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Aula 03 Edificações p/ TERRACAP (Engenharia Civil) - Com videoaulas Professor: Marcus Campiteli Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 137 AULA 3: CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO SUMÁRIO PÁGINA CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 1. INTRODUÇÃO 3 2. EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 5 2.1 Formas 5 2.2 Armaduras 12 2.3 Concretagem 15 2.4 Cura e Retirada de Formas e Escoramento 22 3. PROJETO DE CONCRETO ARMADO 41 3.1 Informações iniciais da NBR 6118/2014 41 3.2 Características dos Materiais 44 3.3 Comportamento conjunto dos Materiais 54 3.4 Agressividade do Ambiente 55 3.5 Ações a considerar no dimensionamento das estruturas 63 3.6 Conceitos Adicionais 66 3.7 Dimensões Limites 73 3.8 Fissuração 78 3.9 Demais Considerações 80 4. CONCRETO PROTENDIDO 89 5. QUESTÕES APRESENTADAS 115 6. GABARITO 135 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 136 Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 137 Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as informações normativas acerca de concreto armado e protendido. Afinal, a norma representa a fonte mais confiável de informações técnicas para a nossa prova. Vale a pena focar as partes negritadas. Apresentamos fotos e figuras, pois em um curso de engenharia funciona aquela ideia de que uma imagem vale mais do que mil palavras. As normas aqui compiladas foram a NBR 6118/2014 - Projeto de estruturas de concreto ± Procedimento e a NBR 14931/2004 ± Execução de estruturas de concreto ± Procedimento. Os textos estão baseados nas obras indicadas na Referência Bibliográfica. Nesta aula há uma mudança, que é trazer as questões comentadas junto à teoria, pois os comentários complementam-na. Dessa forma mantém-se a continuidade de cada assunto. Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os capítulos finais com as questões apresentadas e o gabarito final. Bons estudos e boa sorte ! Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 137 CONCRETO ARMADO 1 ± INTRODUÇÃO De acordo com a norma NBR 6118, os elementos de concreto armado são aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência. Fonte: Manual do Construtor ± Eng. Roberto Chaves (Notas de aula do Eng. Rafael Di Bello) Portanto, no concreto armado trabalham em conjunto o concreto e o aço por meio da aderência entre eles. Explicando melhor essa parte final da definição da norma, o concreto armado somente será submetido a carregamento, sejam cargas externas ou o seu peso próprio, após a pega (endurecimento) Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 137 do concreto, a partir do qual haverá aderência entre este e a armadura para que trabalhem em conjunto. A mais importante característica mecânica do concreto é a sua resistência à compressão. Nas regiões tracionadas, onde o concreto possui baixa resistência, as barras de aço absorvem os esforços de tração. Um bom exemplo para visualizarmos essa situação de uma peça de concreto armado resistindo a tensões de tração e compressão ao mesmo tempo é o da viga flexionada sob carregamento vertical, onde as tensões de tração ocorrem na parte inferior e as de compressão na parte superior. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 137 <http://www.joinville.udesc.br> 2 ± EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 2.1 ± FORMAS No projeto do escoramento devem ser consideradas a deformação e a flambagem dos materiais e as vibrações a que o escoramento estará sujeito. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 137 Fonte: Manual do Construtor do Eng. Roberto Chaves (Notas de Aula do Eng. Rafael Di Bello) Quando de sua construção, o escoramento deve ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a facilitar a remoção das fôrmas, de maneira a não submeter a estrutura a impactos, sobrecargas ou outros danos. Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas, prevendo-se o uso de lastro, piso de concreto ou pranchões para correção de irregularidades e melhor distribuição de cargas, assim como cunhas para ajuste de níveis. Quando agentes destinados a facilitar a desmoldagem forem necessários, devem ser aplicados exclusivamente na fôrma antes da colocação da armadura e de maneira a não prejudicar a superfície do concreto. 1) (52 ± UFTM/2013 ± VUNESP) As peças que ligam os painéis das fôrmas dos pilares, colunas e vigas destinadas a reforçar essas fôrmas para que resistam aos esforços que nelas atuam, por ocasião do lançamento do concreto, chamam-se Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 137 Azeredo (1997) De acordo com Azeredo (1997); (A) escoras. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 137 Peças inclinadas, trabalhando à compressão, empregadas frequentemente para impedir o deslocamento dos painéis laterais das fôrmas de vigas, escadas, blocos de fundações, etc. (B) chapuzes. Pequenas peças feitas de sarrafos de 2,5 x 10,0 cm, de cerca de 15 a 20 cm de comprimento, geralmente empregadas como suporte e reforço de pregação das peças de escoramento, ou como apoio dos extremos das escoras. (C) talas. Peças idênticas aos chapuzes, destinadas à ligação e à emenda das peças de escoramento, são em geral, empregadas nas emendas de pés-direitos e pontaletes e na ligação dessas peças com as guias e travessas. (D) cunhas. Peças prismativas, geralmente usadas aos pares, com a dupla finalidade de forçar o contato íntimo entre os escoramentos e as fôrmas, para que não haja deslocamento durante o lançamento do concreto, e facilitar, posteriormente, a retirada desses elementos. Devem ser feitas, de preferência, de madeiras duras para que não se deformem ou se inutilizem facilmente. (E) gravatas. Peças que ligam os painéis das formas dos pilares, colunas e vigas, destinadas a reforçar essas fôrmas, para que resistam aos esforços que nelas atuam na ocasião do lançamento do concreto. As gravatas, embora possam ser independentes das travessas dos painéis, são, em geral, por medida de economia, formadas por Edificações ʹ Terracap/2017Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 137 essas travessas, pregadas numa posição que permite que elas sejam ligadas pelas extremidades. Demais descrições: Painéis - Superfícies planas, de dimensões várias, formadas de tábuas de 2,5 cm (1 ") de espessura, ligadas, geralmente, por sarrafos de 2,5 x 10,0 cm (1" x 4"), de 2,5 x 15,0 cm (1" x 6") ou por caibros de 7,5 x 7,5 cm (3" x 3") ou 7,5 x 10,0 cm (3" x 4") ou ainda por placas de madeira compensada, ligadas como foi descrito anteriormente. Os painéis formam os pisos das lajes e as faces das vigas, pilares, paredes e fundações. Travessas - Peças de ligação das tábuas dos painéis de vigas, pilares, paredes e fundações são feitas de sarrafos de caibros de 7,5 x 10,0 m (3" x 4"). Como medida de economia; são elas em geral, utilizadas como elementos das gravatas, podendo ser pregadas de chato (deitadas) ou de cutelo (aprumadas, de espelho). A distância entre as travessas é geralmente constante no mesmo painel, de modo que a sua fixação pode ser feita com facilidade e rapidez, por meio de mesas previamente bitoladas. Travessões - Peças de suporte empregados somente nos escoramentos dos painéis das lajes; são em geral feitas de caibros de 7,5 x 7,5 cm (3" x 3") ou 7,50 X 10,00 m (3" x 4") e trabalham como vigas contínuas apoiadas nas guias. Guias - Peças de suporte dos travessões; trabalham como vigas contínuas apoiando-se sobre os pés-direitos. São feitas, em geral de caibros de 7,50 x 10,0 m (3" x 4"). As tábuas de 2,50 x 30,00 m (1" x 12") podem também ser usadas como guias, trabalhando de cutelo, isto é, na direção da maior resistência. Nesse caso, os travessões são suprimidos. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 137 Faces (painéis) das vigas - Painéis que formam os lados das fôrmas das vigas, cujas tábuas são ligadas por travessas verticais de 2,50 x 10,00 m (1" x 4") ou de 2,5 x 15,0 cm (1" x 6") ou por caibros de 7,5 x 10,0 cm (3" x 4"), em geral pregadas de cutelo. Fundos das vigas - Painéis que constituem a parte inferior das fôrmas das vigas, com travessas de 2,5 x 10,0 cm (1" x 6") geralmente pregadas de cutelo. Travessas de apoio - Peças fixadas sobre as travessas verticais das faces da viga, destinadas a servir de apoio para as extremidades dos painéis das lajes e das respectivas peças de suporte (travessões e guias). Cantoneiras (chanfrados ou meio-fio) - Pequenas peças triangulares pregadas nos ângulos internos das formas, destinadas a evitar as quinas vivas dos pilares, vigas, etc. Montantes - Peças destinadas a reforçar as gravatas dos pilares feitas em geral de caibros de 7,5 x 7,5 cm (3´ x 3´) ou 7,5 X 10,0 cm (3´ x 4´) reforçam ao mesmo tempo várias gravatas. Os montantes colocados em faces opostas de pilares, paredes e fundações, são ligados entre si por ferros redondos ou por tirantes. Pés-direitos - Suportes das fôrmas das lajes, cujas cargas recebem por intermédio das guias. Feitas usualmente de caibros de pinho, de 7,5 x 10,0 cm (2´ x 4´), ou de peroba, de bitolas comuns, são geralmente de comprimento constante num mesmo pavimento. Pontaletes - Suportes das fôrmas das vigas, as quais sobre eles se apóiam por meio de caibros curtos de seção normalmente idêntica à do pontalete e independentes das travessas da fôrma. Num mesmo pavimento o comprimento dos pontaletes varia, naturalmente, com a altura das vigas. São como os pés-direitos, feitos comumente de caibros de pinho, de 7,5 x 10,0 cm (3´ x 4´), ou Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 137 de caibros de perobas, de bitolas comuns ou ainda de estacas de eucaliptos quando o pé-direito é excessivo. Calços - Peças de madeira sobre os quais se apóiam os pontaletes e pés-direitos, por intermédio das cunhas; são geralmente feitas de pedaços de tábua de aproximadamente 30 cm de lado. Mediante a superposição de calços e variação do encaixe das cunhas, podem ser eliminadas as pequenas diferenças de comprimento dos pés-direitos e pontaletes de um mesmo escoramento, ou podem essas peças ser adaptadas ao escoramento de vigas e lajes de alturas ou espessuras diferentes. Espaçadores - Pequenas peças feitas de sarrafos ou caibros, empregados nas fôrmas de paredes e fundações e vigas, para manter a distância interna entre os painéis; à medida que se faz o enchimento das fôrmas, os espaçadores vão sendo retirados e, para facilitar essa operação quando feitos de caibros, devem ser apertados com cunhas. Janelas - Aberturas localizadas na base das fôrmas dos pilares e paredes ou junto ao fundo das vigas de grande altura, destinadas a facilitar-lhes a limpeza imediatamente antes do lançamento do concreto. Travamento - Ligação transversal das peças de escoramento que trabalham à f1ambagem (carga de topo), destinada a subdividir- lhes o comprimento e aumentar-lhes a resistência. Contraventamento - Ligação destinada a evitar qualquer deslocamento das fôrmas assegurando a indeformabilidade do conjunto. Consiste na ligação das fôrmas entre si, por meio de sarrafos e caibros, formando triângulos. Nas construções comuns o contraventamento, em geral, é feito somente em planos verticais, destinando-se a impedir o desaprumo das fôrmas dos pilares e Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 137 colunas, sendo desnecessário no plano horizontal, visto que as fôrmas das lajes geralmente já impedem a deformação do conjunto, nesse plano. Gabarito: E 2.2 ± ARMADURAS A superfície da armadura deve estar livre de ferrugem e substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o aço, o concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que apresentem produtos destacáveis na sua superfície em função de processo de corrosão devem passar por limpeza superficial antes do lançamento do concreto. Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em ambientes de agressividade fraca a moderada, por períodos de até três meses, sem produtos destacáveis e sem redução de seção, podem ser empregadas em estruturas de concreto. Caso a armadura apresente nível de oxidação que implique redução da seção, deve ser feita uma limpeza enérgica e posterior avaliação das condições de utilização, de acordo com as normas de especificação do produto, eventualmente considerando-a como de diâmetro nominal inferior. No caso de corrosão por ação e SUHVHQoD�GH�FORUHWRV��FRP�IRUPDomR�GH�³SLWHV´�RX�FDYLGDGHV, a armadura deve ser lavada com jato de água sob pressão para retirada do sal e dos cloretos dessas pequenas cavidades. A limpeza pode ser feita por qualquer processo mecânico como, por exemplo, jateamento de areia ou jato de água. As barras de aço devem ser sempre dobradas a frio. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 137 As emendas devem ser feitas de acordo com o previsto no projeto estrutural, podendo ser executadas emendas: - por traspasse;- por luva com preenchimento metálico, prensadas ou rosqueadas; - por solda; - por outros dispositivos devidamente justificados. As luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas. A barra emendada, no ensaio de qualificação, deve obter o alongamento mínimo de 2%. A montagem da armadura deve ser feita por amarração, utilizando arames. A distância entre pontos de amarração das barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm. O cobrimento (distância entre a face da armadura e a face do concreto ± proteção da armadura) deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. Segue abaixo uma figura para apresentar a posição do cobrimento (c) na seção transversal de uma laje. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 137 Fonte: < http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Lancamento/Pre-dimensionamento_EESC.pdf> É permitido o uso de espaçadores de concreto ou argamassa, desde que apresente relação água/cimento �0,5, e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar. Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no projeto. Fonte: <www. scpisos.com.br> Caso a concretagem seja interrompida por mais de 90 dias, as barras de espera devem ser pintadas com pasta de cimento para proteção contra a corrosão. 2) (5 ± SAEP/2014 ± VUNESP) No projeto de estruturas de concreto, o tipo mais utilizado em emendas de barras de aço é Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 137 por traspasse. Porém, esse tipo não é permitido para tirantes e pendurais e também para barras de bitola maior que (A) 25,0 mm. (B) 16,0 mm. (C) 20,0 mm. (D) 12,5 mm. (E) 32,0 mm. De acordo com a NBR 6118/2014, não são permitidas emendas por traspasse para barras de bitola maior que 32 mm, assim como deve ser tomados cuidados especiais na ancoragem e na armadura de costura dos tirantes e pendurais. Verifica-se que a norma não veda o traspasse em tirantes e pendurais, mas apenas prevê a adoção de cuidados especiais. Gabarito: E 2.3 - CONCRETAGEM Fôrmas construídas com materiais que absorvam umidade ou facilitem a evaporação devem ser molhadas até a saturação, para minimizar a perda de água do concreto, fazendo-se furos para escoamento da água em excesso, salvo especificação contrária em projeto. A equipe de trabalhadores devidamente treinados para a operação de concretagem deve estar dimensionada para realizar as etapas de preparo do concreto (se for o caso), lançamento e adensamento, no tempo estabelecido. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 137 A inspeção e liberação do sistema de fôrmas, das armaduras e de outros itens da estrutura deve ser realizada antes da concretagem. O método de documentação dessa inspeção deve ser desenvolvido e aprovado pelas partes envolvidas antes do início dos trabalhos. Cada um desses aspectos deve ser cuidadosamente examinado, de modo a assegurar que está de acordo com o projeto, as especificações e as normas técnicas. $SyV� D� GHVFDUJD� GR� FRQFUHWR�� D� ³ELFD´� do caminhão betoneira de descarga deve ser lavada no canteiro de obras. A temperatura da massa de concreto, no momento do lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C nas 48 h seguintes. Em nenhum caso devem ser usados produtos que possam atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos à base de cloreto de cálcio. Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente PXLWR�TXHQWH�����&��H��HP�HVSHFLDO��TXDQGR a umidade relativa do ar for baL[D��������H�D�YHORFLGDGH�GR�YHQWR�DOWD������P�V���GHYHP� ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto. Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento, devem ser tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto (cura). Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 137 suspensa se as condições ambientais forem adversas, com temperatura ambiente superior a 40°C ou vento acima de 60 m/s. Recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 min. Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. No caso de concreto bombeado, o diâmetro interno do tubo de bombeamento deve ser no mínimo 4x o diâmetro máximo do agregado. Fonte: <revista.construcaomercado.com.br> Em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do concreto após o início da pega. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 137 Deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). As fôrmas devem ser preenchidas em camadas de altura compatível com o tipo de adensamento previsto (ou seja, em camadas de altura inferior à altura da agulha do vibrador mecânico) para se obter um adensamento adequado. Em peças verticais e esbeltas, tipo paredes e pilares, pode ser conveniente utilizar concretos de diferentes consistências, de modo e reduzir o risco de exsudação e segregação. Quando o lançamento for submerso, o estudo de dosagem deve prever um concreto auto-adensável, coeso e plástico. Na falta de um estudo de dosagem que garanta essas características, deve-se preparar o concreto com consumo mínimo de cimento 3RUWODQG������NJ�P3 e consistência plástica, de forma que possa ser levado ao local de lançamento por meio de uma tubulação submersa. A ponta do tubo de lançamento deve ser mantida dentro do concreto já lançado, a fim de evitar agitação prejudicial. Após o lançamento o concreto não deve ser manuseado para adquirir uma forma definitiva específica, devendo-se manter continuidade na concretagem. O lançamento de concreto submerso não deve ser realizado quando a temperatura da água for menor que 5°C,mesmo estando o concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade da água for maior que 2 m/s. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 137 Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deve ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento adequado à sua consistência. Fonte: <http://files.construfacil.webnode.com> Fonte: <http://www.pisosindustriais.com.br> Deve-se evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. No adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ultrapassar 20 cm. Em todos os casos, a altura da camada de concreto a ser adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a facilitar a saída de bolhas de ar. Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura da camada deve ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 137 agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca de 10 cm na camada anterior. Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto. Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o adensamento com vibradores de imersão (ver figura 2): - preferencialmente aplicar o vibrador na posição vertical; - vibrar o maior número possível de pontos ao longo do elemento estrutural; - retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulha se feche novamente; - não permitir que o vibrador entre em contato com a parede da fôrma, para evitar a formação de bolhas de ar na superfície da peça, mas promover um adensamento uniforme e adequado de toda a massa de concreto, observando cantos e arestas, de maneira que não se formem vazios; - mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante. O momento ORJR� DSyV� R� ILP� GH� SHJD� p� GHQRPLQDGR� ³FRUWH� YHUGH´� As juntas de concretagem, sempre que possível, devem ser previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento, preferencialmente em posição normal aos esforços de compressão, salvo se demonstrado que a junta não provocará a diminuição da resistência do elemento Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 137 estrutural. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares, ou paredes, o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal. Deve ser evitada a manipulação excessiva do concreto, como processos de vibração muito demorados ou repetidos em um mesmo local, que provoca a segregação do material e a migração do material fino e da água para a superfície (exsudação), prejudicando a qualidade da superfície final com o conseqüente aparecimento de efeitos indesejáveis. Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início de vida são: mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura. 3) (25 ± SAEP/2014 ± VUNESP) Para reforçar uma fundação foi necessário executar uma sapata e um pilar ao lado de uma já existente. No lançamento do concreto não deve ocorrer a segregação no caso de peças estreitas e altas. Para dispensar a majoração desses cuidados, a altura máxima de queda livre do concreto é (A) 2,0 m. (B) 1,5 m. (C) 1,0 m. (D) 2,3 m. (E) 2,5 m De acordo com a NBR 14.931/2004, deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 137 de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). Gabarito: A 2.4 ± Cura e retirada de formas e escoramentos Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: - evitar a perda de água pela superfície exposta; - assegurar uma superfície com resistência adequada; - assegurar a formação de uma capa superficial durável. O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio de tratamento térmico ou pelo uso de aditivos que não contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem. 4) (31 ± PMSP-2008 ± FCC) O concreto deve ser lançado nas fôrmas com técnicas que eliminem ou reduzam significativamente a segregação entre seus componentes. Deve-se utilizar (A) sistema de injeção ascendente dentro das fôrmas, em armaduras pouco densas, onde a possibilidade de impacto pela ação de energia cinética for grande. (B) malha de aço complementar que servirá de elemento inibidor de segregação e dissipador da energia potencial, em alturas de lançamento iguais ou maiores que 1,60 m. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 137 (C) dispositivos redutores de segregação, como funis e calhas intermediárias, em alturas de lançamento iguais ou superiores a 2,00 m. (D) agregados leves em substituição aos pesados, como a argila expandida, em proporção máxima de 30%, em situações de grande impacto ou de valor energético potencial elevado. (E) a adição de agregados leves e composição de armaduras dissipadoras de impacto exclusivamente em sistemas ascendentes de concretagem dentro das fôrmas. De acordo com a norma NBR 14931, deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). Gabarito: C 5) (36 ± Infraero/2011 ± FCC) A cura é o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante um fenômeno fundamental no concreto, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Este fenômeno é denominado de (A) hidratação dos materiais cimentantes. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 137 De acordo com Mehta (1994), a hidratação é o processo de reações químicas entre os minerais do cimento e a água. Um cimento é chamado hidráulico quando os produtos de hidratação são estáveis em meio aquoso. O cimento hidráulico mais utilizadopara fazer concreto é o cimento Portland, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos. Os silicatos de cálcio hidratados, formados pela hidratação do cimento Portland, são os principais responsáveis por sua característica adesiva e são estáveis em meios aquosos. A hidratação dos silicatos confere resistência mecânica à pasta e a hidratação dos aluminatos é responsável pela pega (endurecimento). 'H�DFRUGR�FRP�R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD� Revista Téchne, da Pini, a hidratação do cimento é, obviamente, o fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Para que a hidratação se processe convenientemente é essencial manter a massa em condições ótimas de umidade e de temperatura, o que se consegue pela adoção de sistemas e produtos de cura que mantenham essas condições o maior tempo possível após o adensamento do concreto. Altas temperaturas durante o período crítico de hidratação do cimento aumentam a resistência mecânica do concreto nas primeiras idades mas, por outro lado, resultam em queda nas idades posteriores. (B) reação álcalis-agregado. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 137 Segundo Mehta (1994), a reação álcali-agregado trata-se de reações químicas envolvendo íons alcalinos do cimento Portland, íons hidroxila e certos constituintes silicosos que podem estar presentes no agregado, resultando em expansão e fissuração do concreto, levando-o à perda de resistência, elasticidade e durabilidade. (C) evaporação da água da mistura. 'H�DFRUGR�FRP�R�DUWLJR�³&XUD�GH�SDYLPHQWRV�GH�FRQFUHWR´��GD� Revista Téchne, da Pini, quando o meio ambiente propicia temperaturas elevadas durante a pega do concreto, a perda rápida de água poderá causar danos à resistência da massa endurecida, assim como produzir fissuração, em um primeiro momento, de natureza plástica - fissuras superficiais que trarão, em longo prazo, desgaste e quebra de suas bordas - o esborcinamento. (...) A evaporação, no entanto, exige uma proteção que somente será bem-sucedida se forem adequados os tipos de agentes de cura, a duração do processo, a eficácia do material em minimizar as variações de temperatura da massa e o tempo decorrido entre as operações de acabamento superficial e a aplicação da cura. O pavimento de concreto tem uma característica peculiar: a área exposta é muito mais significativa do que o volume da placa, o que aumenta a velocidade de evaporação, com a conseqüência já mencionada de aparição de fissuras de retração plástica. O mecanismo de geração destas está intimamente ligado à acomodação do concreto recém-adensado, à conseqüente exsudação da água de mistura e à velocidade de evaporação resultante (figura abaixo), função da velocidade do vento, das temperaturas do ar e do concreto e da umidade relativa do ar. Quando a velocidade ou taxa de Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 137 evaporação excede a velocidade de exsudação, instala-se a fissuração plástica. A evaporação rápida também poderá reduzir a resistência mecânica, aumentar o desgaste superficial ao longo do tempo e, finalmente, comprometer a durabilidade da estrutura. Afirma Rhodes que a cura será bem-sucedida desde que, medida após sete dias, a perda de água seja de até 20%. (D) retração volumétrica. Retração é o encurtamento do concreto devido à evaporação da água desnecessária à hidratação do cimento. A retração depende da umidade relativa do ambiente, da consistência do concreto no lançamento e da espessura fictícia da peça. Conforme Leonhardt (1977), o concreto experimenta alterações de volume com o tempo, devido a influências do meio ambiente (ar, água), isto é, do clima. A retração (shrinkage) é a diminuição de volume devido à evaporação da água não consumida na reação química de pega do concreto. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 137 A retração ocorre durante a contração da massa do gel de cimento, por ocasião da evaporação da água não fixada quimicamente do gel. Isso ocorre nas peças de concreto, independentemente do estado de tensões existente, dependendo somente das tensões capilares, do tempo ou da idade do concreto e especialmente do clima, isto é, temperatura e umidade relativa do meio ambiente. O teor de cimento e o fator água-cimento influenciam o valor da retração: um teor mais elevado de cimento e/ou um fator água- cimento maior aumentam as deformações de retração. A retração começa sempre nas superfícies externas das peças estruturais, sendo impedida pelas zonas internas. Consequentemente aparecem tensões internas, especialmente em peças espessas. Essas tensões podem produzir fissuras porque os maiores encurtamentos devidos à retração aparecem no lado externo do concreto novo que possui ainda pequena resistência à tração. Como efeitos indesejáveis citam-se: - aumento das flechas da zona comprimida; - redistribuição de tensões, em uma peça estrutural, nos trechos de ligação rígida com outras peças estruturais (p.e. revestimento de paredes); - fissuras nas superfícies externas devidas às tensões de retração. (E) abatimento do concreto. De acordo com Leonhardt (1977), a propriedade mais importante do concreto fresco é, juntamente com a massa específica, a consistência, que é decisiva para a trabalhabilidade. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 137 Segundo Mehta (1994), a consistência pode ser medida pelo ensaio do abatimento do tronco de cone. Ela é usada como um simples índice de mobilidade ou da fluidez do concreto fresco. Uma variação fora do normal no resultado do abatimento pode significar uma mudança imprevista nas proporções da mistura (traço), granulometria do agregado ou teor de água do concreto. Para uma dada dimensão máxima do agregado graúdo, o abatimento ou consistência do concreto é uma função direta da quantidade de água na mistura. As misturas fluidas de concreto com elevada consistência tendem a segregar e exsudar, afetando desfavoravelmente o acabamento. Misturas com consistência seca podem ser difíceis de lançar e de adensar, e o agregado graúdo poderá segregar no lançamento. Portanto, a hidratação do cimento é o fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Gabarito: A 6) (28 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) Ao se controlar o recebimento do concreto, verifica-se a trabalhabilidade deste (solicitada no projeto). Para isso, é suficiente aplicar o slump test que é (A) para efetuar a dosagem por tabela de traço. (B) para medir a temperatura do concreto. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 137 (C) o ensaio do abatimento.(D) para verificar a massa de cimento por metro cúbico. (E) para fixar a percentagem de areia em relação ao volume real de agregado total. Conforme vimos acima, no item E, de acordo com Leonhardt (1977), a propriedade mais importante do concreto fresco é, juntamente com a massa específica, a consistência, que é decisiva para a trabalhabilidade. Gabarito: C 7) (45 ± TRE-AM ± 2003 ± FCC) A cura do concreto, durante o processo de hidratação do cimento, é (A) o ato de adicionar água ao cimento. (B) o início do endurecimento, que ocorre uma hora, aproximadamente, após a adição de água. (C) o fenômeno de transformação de compostos mais solúveis em menos solúveis do cimento. (D) o endurecimento, quando atinge a resistência especificada. (E) a medida que evita a evaporação precoce da água necessária à hidratação do cimento. A cura é o conjunto de providências tomadas para reduzir a perda de água do concreto. Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: - evitar a perda de água pela superfície exposta; Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 137 - assegurar uma superfície com resistência adequada; - assegurar a formação de uma capa superficial durável. Por fim, podemos adotar o comando da questão anterior, que define cura como o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Gabarito: E 8) (53 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) A alteração do grau de hidratação (relação a/c) é conseguida através de alguns recursos. É prejudicial à resistência do concreto: (A) diminuir o tempo de cura. (B) empregar aditivos aceleradores ou retardadores. (C) diminuir a quantidade do agregado miúdo. (D) empregar aditivos de água ou superplastificantes. (E) mudança do tipo de cimento (composição química). De acordo com Helene e Tutikian (2011), a alteração do grau de hidratação é conseguida por meio de: - mudança do tipo de cimento (composição química e/ou características físicas); - alteração nas condições de cura (idade, pressão, umidade e temperatura); Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 137 - emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. E a alteração da relação água/cimento pode ser alcançada por meio de: - mudança do tipo de cimento (finura ou composição química); - mudança dos agregados (textura, dimensão, granulometria, DEVRUomR�G¶iJXD�� - emprego de aditivos redutores de água ou superplastificantes. Conforme vimos nas questões anteriores, a cura é o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Portanto, a redução do tempo de cura prejudica a hidratação do cimento, assim como permite a ocorrência de retração que gera fissuras adicionais, prejudicando a resistência à compressão do concreto. Gabarito: A 9) (32 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Utilizar cimento com granulometria menor na produção do concreto provoca (A) a necessidade de ajustes na dosagem dos agregados, caracterizados pela determinação da plasticidade e moldagem do concreto nas fôrmas de compensado de madeira, fato que não ocorre quando da aplicação de fôrmas metálicas. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 137 (B) equalização de potenciais entre todas as malhas da estrutura cristalina do concreto, provocando a estabilização de todas as massas metálicas da estrutura da armadura. (C) segregações localizadas, sobretudo em locais onde estão locadas as juntas de dilatação, tendo em vista a ocorrência de adensamentos nos decantadores primários e digestores secundários. (D) hidratação das partículas deste de forma mais rápida, com liberação de calor de hidratação em menor intervalo de tempo e choque térmico do concreto mais elevado, após a retirada das fôrmas, o que favorece a fissuração do concreto. (E) ocorrência de anomalias extremamente prejudiciais na estrutura, uma vez que nem sempre é possível evitar a coação de microcimentos na superfície das lajes quando do emprego de resina de poliuretano. A finura (ou superfície específica) de um cimento influencia sua velocidade de hidratação. De acordo com Thomaz (2011), quanto mais fino o cimento mais rapidamente ele se hidrata e libera calor. O aumento da finura e o aumento do teor de C3S do cimento Portland comum permitiram altas resistências nas primeiras idades do concreto. Contudo, existe uma relação inversa entre uma alta resistência à compressão nas primeiras idades e a resistência à fissuração. Gabarito: D 10) (35 ± PMSP-2008 ± FCC) Em um concreto dosado a partir de um cimento CP-II-E-32, Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 137 I. quanto mais próxima de 0,35 L/kg for a relação água/cimento, maior será a resistência do concreto final. Primeiramente, a relação água cimento é adimensional, pois compara-se massa de água com massa de cimento. Ademais, em tese, quanto menor o fator a:c maior é a resistência obtida, desde que haja água suficiente para a completa hidratação do cimento. E pode-se conseguir fatores a:c inferiores a 0,35. Gabarito: Errada II. um traço em volume 1:2:4 garantirá uma resistência à compressão a 7 dias certamente maior que 28 MPa. A garantia da resistência à compressão a ser atingida a 7 dias depende do tipo de cimento utilizado, da granulometria da areia e do agregado, assim como o tipo deste último. Portanto, não há como garantir uma determinada resistência somente com base no traço em volume. Gabarito: Errada III. um traço em massa que contenha mais que 420 kg de cimento por m3 de concreto é considerado de alto consumo de aglomerante. Segue abaixo uma composição do SINAPI, sistema referencial de preços elaborado pela CEF e IBGE, com as composições de preços unitários dos serviços de edificações, conforme será apresentado a vocês na aula de Análise Orçamentária. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 137 Verifica-se que o consumo de cimento é de 349 kg/m3 de concreto com fck = 25 Mpa. Consumo de cimento superior a 400 kg/m3 é considerado elevado. Gabarito: Correta Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Gabarito: C 11) (31 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) A proporção de 1:2:4 utilizada para o preparo de um traço de concreto simples significa uma medida de(A) cimento para duas de brita e quatro de areia. (B) brita para duas de cimento e quatro de areia. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 137 (C) cimento para duas de areia e quatro de brita. (D) areia para duas de brita e quatro de cimento. (E) brita para duas de areia e quatro de cimento. O traço traz a proporção entre o cimento : areia : brita em peso ou em volume, nessa ordem. Portanto, a proporção 1:2:4 significa uma medida de 1 de cimento para 2 de areia para 4 de brita. Gabarito: C (TCE-PI ± 2005 ± FCC) Instruções: Para responder às questões de números 79 e 80 considere os dados a seguir. Numa mistura de concreto foram consumidos: 2 sacos de cimento 141 litros de areia seca 176 litros de pedra seca massas específicas: cimento = 1,42kgf/litro areia seca = 1,54kgf/litro pedra seca = 1,39kgf/litro 12) 79. O traço em volume é, aproximadamente, (A) 1 : 3,5 : 5 (B) 1 : 3 : 4 Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 137 (C) 1 : 2, 5 : 3,5 (D) 1 : 2 : 2,5 (E) 1 : 2 : 3 2 sacos de cimento = 100 kg Vcimento = 100 kg/1,42 kg/L = 70,42 L Com isso, teremos o seguinte traço, em volume: 70,42 L : 141 L : 176 L = 1:2:2,5 Gabarito: D 13) 80. O traço em peso é, aproximadamente, (A) 1: 1,41: 1,76 (B) 1: 2,17: 2,45 (C) 1: 2,77: 2,95 (D) 1: 2,82: 3,52 (E) 1: 3,25: 5,87 Peso da areia = 141 L x 1,54 kg/L = 217,14 kg Peso da pedra = 176 L x 1,39 kg/L = 244,64 kg Com isso, teremos o seguinte traço, em peso: 100 kg : 217,14 kg : 244,64 kg = 1:2,17:2,45 Gabarito: B Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 137 14) (60 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Um traço de concreto 1:2:3, executado de maneira normalizada, sob cura ideal, teve sua característica de resistência à compressão identificada acima de 25 MPa. O cimento utilizado foi o CP-II-E32. Outros três traços foram produzidos: I. 1:2:2,5 II. 1:2,5:3,5 III. 1:3:5. Em comparação ao primeiro traço, a resistência de cada concreto feito com os traços I a III, será, respectivamente, (A) menor, menor, menor. (B) maior, menor, maior. (C) maior, maior, maior. (D) menor, maior, maior. (E) maior, menor, menor. O concreto de traço I terá maior resistência, pois contém maior proporção de cimento (1/5,5) > (1/6), que é a principal característica a influenciar a resistência à compressão. Já o concreto de traço II terá menor resistência, pois contém menor proporção de cimento (1/7) < (1/6). E o concreto de traço III terá menor resistência pelo mesmo motivo: (1/9) < (1/6). Gabarito: E Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 137 15) (33 ± TRE-PB ± 2007 ± FCC) Numa mistura de concreto feito na obra, o traço é 1:2,5:3,5 em volume e o consumo de cimento é de 300 Kg/m3. A quantidade aproximada em litros de areia e de pedra, respectivamente, para um saco de cimento é: (A) 175 e 125 (B) 126 e 90 (C) 125 e 175 (D) 100 e 150 (E) 90 e 126 Dados: 1 saco de cimento = 36 litros Vareia = 2,5 x Vcimento = 2,5 x 36 L = 90 L de areia Vpedra = 3,5 x Vcimento = 3,5 x 36 L = 126 L de pedra Gabarito: E 16) (46 ± MPE-MA/2013 ± FCC) O traço em massa do concreto a ser executado em obra é 1,2:2:3:0,3 (cimento, areia, brita e água) com agregados secos. O volume de brita necessário para a produção de 1 m3 de concreto é, em m3, Dados: í Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco adensado; í Cimento: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 137 í Areia: massa específica dos sólidos =2,5 g/cm3; í Brita: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; í Índice de vazios da brita fornecida seca =0,80 í Massa específica aparente da areia seca =1.550 kg/m3. (A) 0,72 (B) 1,20 (C) 2,00 (D) 2,40 (E) 3,00 Massa de cimento: Adota-se a seguinte fórmula: C = ଵሺᦿ ାೌᦿೌ ା್ᦿ್ ାೌᦿೌ ሻ Onde: mc, ma, mb e mag: massa de cimento, areia, brita e água ᦿc, a, b e ag: massa específica dos sólidos do cimento, areia, brita e água. Para a massa, adota-se a proporção do traço em massa: C = 1000/[(1,2/3)+(2/2,5)+(3/3)+0,3] C = 1000/[(12+24+30+9)/30]=30000/75=400 kg Massa de areia = 400.2 = 800 kg Massa de brita = 400.3 = 1.200 kg Volume dos sólidos de brita = 1.200/3 = 0,4 m3 Índice de vazios = e = Vv/Vg = (Vt ± Vg)/Vg, Vg.e = Vt - Vg Vt = Vg.(1+e), Vt = 0,4.1,8 = 0,72 m3 Gabarito: A Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 137 17) (51 ± TRE-BA ± 2003 ± FCC) Os incorporadores de ar são usados no concreto com a finalidade de (A) aumentar sua resistência à compressão. (B) melhorar sua trabalhabilidade. (C) acelerar a pega. (D) eliminar o efeito de deformação lenta. (E) retardar a pega. Os aditivos são produtos que adicionados em pequenas quantidades a concretos de cimento portland modificam algumas de suas propriedades para melhor adequá-las a determinadas condições. (Yazigi, 2009). O aditivo incorporador de ar trata-se de um produto que incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto. Ele melhora a trabalhabilidade, contudo, reduz as resistências mecânicas de concretos e argamassas. Os aditivos plastificantes permitem a redução da relação água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da permeabilidade dos concretos e argamassas. Para acelerar a pega , adota-se aditivo acelerador de pega. A fluência ou deformação lenta do concreto é o encurtamento do mesmo devido à ação de forças permanentemente aplicadas. Para eliminar os seus efeitos, calcula-se e aplica-se armadura complementar na peça de concreto. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 137 Para retardar a pega adota-se o aditivo retardador de pega, o que permite, por exemplo, a realização de concretagens em dias com temperatura elevada. Gabarito: B 3 ± PROJETO DE CONCRETO ARMADO 3.1 ± Informações iniciais da NBR 6118/2014 Pessoal, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do concreto são: - lixiviação: é o mecanismo responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as superfícies expostas com produtos específicos, como os hidrófugos; - expansão por sulfato: é a expansão poração de águas ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento resistente a sulfatos; - reações álcali-agregado: é a expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura são: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 137 - despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade; e - despassivação por ação de cloretos: consiste na ruptura local da camada de passivação, causada por elevado teor de íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O uso de cimento composto com adição de escória ou material pozolânico é também recomendável nestes casos. E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação. Alguns exemplos de medidas preventivas: - barreiras protetoras em pilares (de viadutos, pontes e outros) sujeitos a choques mecânicos; - período de cura após a concretagem; - juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações volumétricas; - isolamentos térmicos, em casos específicos, para evitar patologias devidas a variações térmicas. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 137 18) (52 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) Um dos mecanismos de deterioração da vida útil das estruturas de concreto é a OL[LYLDomR��D�TXDO�p�GHILQLGD�SHOD�1%5�����������í�3URMHWR�GH� estruturas de concreto como (A) a ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento. (B) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera. (C) reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. (D) a expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos. (E) a expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. Conforme vimos na aula, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do concreto são: - lixiviação: ocorre por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento; - expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 137 - expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos; - reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura são: - despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera; e - despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto). E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação. Gabarito: A 3.2 - Características dos materiais a) Concreto: São considerados concretos de massa específica normal, que são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica compreendida entre 2.000 kg/m3 e .2.800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2.400 kg/m3 e para o concreto armado 2.500 kg/m3. Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar para valor da massa específica do concreto Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 137 armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3. Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/°C. Primeiramente, vale trazer a classificação do concreto para fins estruturais, da NBR 8953: De acordo com NBR 6118, a classe C20, ou superior, se aplica a concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. Portanto, pessoal, de acordo com a norma, o pré-requisito do concreto destinado ao concreto armado é que ele deve ter resistência característica à compressão ����03D, aos 28 dias. A resistência característica do concreto corresponde à resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançada, ou Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 137 seja, possui 95% de probabilidade de ser superada, a partir da distribuição normal de Gauss, a seguir: A norma NBR 12655 apresenta a seguinte fórmula para lotes com número de exemplares n > 20: fck est = fcm - 1,65 Sd onde: fcm é a resistência média dos exemplares do lote, em megapascals; Sd é o desvio-padrão do lote para n-1 resultados, em megapascals. Para uso em concreto protendido o concreto deve apresentar resistência característica à compressão ����03D. E concretos com resistência característica à compressão inferior a 20 MPa, até o limite de 15 MPa, somente podem ser usados em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. A resistência à tração do concreto de classe até C50 pode ser estimada a partir da sua resistência à compressão, pelas seguintes fórmulas: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 137 Onde: fct,m - Resistência média à tração do concreto fck - Resistência característica à compressão do concreto Por exemplo, pode-se estimar a resistência média à tração de um concreto com resistência característica à compressão de 25 MPa como 0,3 x (25)2/3 = 2,56 MPa.Percebam como a resistência à tração do concreto é bem menor que a sua resistência à compressão. Nesse caso específico, ele corresponde a quase 10% da resistência à compressão. O módulo de Elasticidade também pode ser estimado a partir da resistência característica à compressão do concreto, conforme a seguir: Eci = ĮE.5600.(fck)1/2, para fck de 20 MPa a 50 MPa; Eci =21,5.103��ĮE .((fck/10) + 1,25)1/3, para fck de 55 MPa a 90 MPa. Sendo: ĮE = 1,2 para basalto e diabásio ĮE = 1,0 para granito e gnaisse ĮE = 0,9 para calcário ĮE = 0,7 para arenito 19) (36 ± TRT-15/2013 ± FCC) Nos projetos de estruturas de concreto armado com 25 MPa de resistência característica à compressão, quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias, o módulo de elasticidade ou módulo de deformação tangente inicial do concreto (Eci), em MPa, pode ser estimado em Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 137 (A) 140 000. (B) 28 000. (C) 25 000. (D) 119 000. (E) 23 800. De acordo com a NBR 6118/2014, quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial, para fck de 20 MPa a 50 MPa, pela expressão Eci = Į E . 5600 . (fck)1/2 Sendo: Į E = 1,2 para basalto e diabásio Į E = 1,0 para granito e gnaisse Į E = 0,9 para calcário Į E = 0,7 para arenito Podemos considerar Į E = 1,0, por representar a maior parte dos agregados utilizados no Brasil. Com isso, teremos: Eci = 5600.(25)1/2 = 28.000 MPa Gabarito: B 20) (54 ± Defensoria-SP/2013) O ensaio realizado para a determinação da resistência característica do concreto, ou seja, a resistência à compressão é determinada por um ensaio Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 137 padronizado empregando-se corpos de prova cilíndricos. As dimensões dos corpos de prova são: (A) 30 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (B) 15 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (C) 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. (D) 10 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (E) 10 cm de diâmetro e 15 cm de altura. De acordo com a NBR 5738/2003, os corpos-de-prova devem ter altura igual ao dobro do diâmetro, e este pode ser de 10,15, 20, 25, 30 ou 45 cm. Portanto, as dimensões de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura atendem aos condicionantes da norma. Gabarito: C 21) (39 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Na definição de agregado graúdo para concreto, a areia tem grãos que passam na peneira ABNT x mm e ficam retidos na peneira ABNT y mm, ressalvados os valores limites. Os valores de x e y são, correta e respectivamente, (A) 75 e 4,75. (B) 150 e 9,25. (C) 300 e 9,75. (D) 950 e 38. (E) 950 e 76. De acordo com a NBR 7211: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 137 - agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm. - agregado graúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm. Gabarito: A 22) (44 ± Copergás/2011 ± FCC) Cimento Portland é o produto obtido pela pulverização de clínquer constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adições de substâncias que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego. Hoje, o cimento Portland é normalizado e existem onze tipos no mercado. O cimento Portland de alto-forno contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa o que lhe confere propriedades como: baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade, sendo recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade como também para aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou protendido etc. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735. Este cimento é denominado (A) CP-I. (B) CP-II-F. (C) CP-III. (D) CP-IV. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 137 (E) CP-V-ARI. Segue a composição dos cimentos portland comuns e compostos: E seguem as composições dos cimentos portland de alto-forno e pozolânicos: E a composição do cimento portland de alta resistência inicial: De acordo com as composições apresentadas acima e com a respectiva norma NBR 5735, verifica-se tratar-se do cimento de Alto- Forno, CP III. Gabarito: C Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 137 23) (38 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Em um saco de cimento, a sigla CP IV-25 indica que se trata de cimento Portland pozolânico com resistência à compressão de (A) 25 MPa aos 7 dias de idade. (B) 25 MPa aos 28 dias de idade. (C) 28 MPa aos 25 dias de idade. (D) 28 MPa aos 28 dias de idade. (E) 32 MPa aos 25 dias de idade. O valor que acompanha a sigla representa a resistência à compressão em MPa aos 28 dias de idade. Gabarito: B b) Aço de Armadura Passiva Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480 com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60. Segue a tabela com as características mecânicas das barras e fios de aço para concreto armado exigidas pela NBR 7480: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 137 Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7.850 kg/m3. O valor 10-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre ±20°C e 150°C. Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa. Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores mínimos indicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados como de alta ductilidade. Os aços CA-60 que obedeçam também às especificações dessa Norma podem ser considerados como de ductilidade normal. Em ensaios de dobramento a 180°, não deve ocorrer ruptura ou fissuração. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 137 3.3 - Comportamento conjunto dos Materiais a) Aderência Consideram-se em boa situação quanto à aderência os trechos das barras que estejam em uma das posições seguintes: a) com inclinação maior que 45º sobre a horizontal; b) horizontais ou com inclinação menor que 45r sobre a horizontal, desde que: - para elementosestruturais com h < 60 cm, localizados no máximo 30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima; - para elementos estruturais com h Ӌ 60 cm, localizados no mínimo 30 cm abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima. Os trechos das barras em outras posições e quando do uso de formas deslizantes devem ser considerados em má situação quanto à aderência. b) Segurança e Estados Limites Consideram-se os estados limites últimos e os estados limites de serviço. O estado limite último (ELU) é o estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. Estados limites de serviço são aqueles relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e à Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 137 boa utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos equipamentos utilizados. A solução estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à durabilidade da estrutura. As exigências relativas à capacidade resistente e ao desempenho em serviço deixam de ser satisfeitas, quando são ultrapassados os respectivos estados limites último e de serviço. 3.4 - Agressividade do ambiente: A tabela seguinte, da NBR 6118/2014, apresenta o grau de agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a estrutura de concreto armado. A partir da classificação da agressividade, estabelece-se a relação água/cimento do concreto e a resistência à compressão característica. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 137 Podemos verificar pela tabela que a menor resistência à compressão característica aceita é de 20 MPa (C20). Caso a agressividade seja enquadrada como IV, a resistência mínima a compressão deverá ser de 40 MPa (C40). E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 137 Nesse caso, para o Cespe, deve-se atentar para as exceções, tal como a que consta no final da observação b acima, em que o cobrimento pode ser reduzido para 15 mm caso a face superior de lajes e vigas sejam revestidas com argamassa de contrapiso, carpete e madeira, além de outros. Se houver adequado controle de execução do concreto armado, a norma NBR 6118 permite a redução da tolerância para 5 mm, ou seja, os cobrimentos nominais podem ser reduzidos em 5 mm. Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela acima podem ser reduzidos em até 5 mm. O cobrimento não pode ser menor que o diâmetro da barra e a dimensão máxima do agregado graúdo não pode superar 20% do cobrimento. 24) (54 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Nos banheiros e cozinhas em microclimas urbanos, o valor de cobrimento nominal nas lajes em concreto armado é x mm e o valor de cobrimento nominal nas vigas e pilares em concreto armado é y mm. A soma dos valores de x e y, em mm, está entre (A) 40 e 45. (B) 45 e 50. (C) 50 e 75. (D) 75 e 85. (E) 85 e 95. A tabela seguinte, da NBR 6118/2014, apresenta o grau de agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a estrutura de concreto armado. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 137 Portanto, verifica-se que a classe de agressividade ambiental é II. A questão não fala em revestimento do concreto com argamassa e pintura. Logo, não se considera uma classe em nível mais brando, conforme observação 1). E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 137 Cobrimento nominal em lajes: 25 mm Cobrimento nominal em vigas e pilares: 30 mm Soma = 55 mm Gabarito: C 25) (84 ± TCE-PI ± 2005 ± FCC) O cimento de alto-forno, fabricado com adição de escória de alto-forno siderúrgico, NÃO é recomendado para concreto A ABCP (2002) apresenta a seguinte tabela com as características dos cimentos: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 137 (A) em contato com meios agressivos. Pela tabela, o CP III, ou cimento portland de alto-forno, apresenta maior durabilidade e maior impermeabilidade, o que o faz recomendável para meios agressivos. (B) executado dentro da água do mar. Pela tabela, o CP III apresenta maior resistência aos agentes agressivos, tais como a água do mar e de esgotos, fazendo-o recomendável para concreto executado dentro da água do mar. (C) pré-moldado que exija altas resistências nos primeiros dois dias. Pela tabela, o CP III apresenta menor resistência nos primeiros dias e maior no final da cura. Portanto, o CP III não é recomendável para concreto pré-moldado que exija altas resistências nos primeiros dois dias. (D) em contato com sulfatos. Pela tabela, o CP III apresenta maior resistência aos sulfatos, fazendo-o recomendável para concreto em contato com sulfatos. (E) de massa (barragens). Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 61 de 137 Pela tabela, o CP III apresenta baixo calor de hidratação, característica importante para grandes volumes de concreto, que é o caso das barragens. Portanto, ele é recomendável para concretos de massa para barragens. Gabarito: C 26) (32 ± TRF3/2014 ± FCC) A função principal da adição de gesso ao clínquer, no processo de produção do cimento Portland, é (A) aumentar a durabilidade. (B) aumentar a finura. (C) alterar a permeabilidade. (D) controlar o calor de hidratação. (E) controlar o tempo de pega. O clínquer resulta da mistura de cal, sílica, alumina, óxido de ferro (estes com 95% a 96%), magnésia (2% a 3%, limitada a 6,4% no Brasil), e óxidos menores, finamente pulverizada e homogeneizada, submetida à ação do calor do forno produtor de cimento, até a temperatura de fusão incipiente. Nesse processo, ocorrem combinações químicas, principalmente no estado sólido, que conduzem à formação do silicato tricálcico, silicato bicálcico, aluminato tricálcico e o ferro aluminato tetracálcico (BAUER, 2012). De acordo com BAUER (2012), o aluminato de cálcio muito contribui para o calor dehidratação, especialmente no início da cura. O silicato tricálcico é o segundo componente em importância no processo de liberação de calor. O aluminato de cálcio na forma cristalina é responsável pela rapidez da pega. A adição de Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 137 proporção conveniente de gesso controla o tempo de hidratação. O silicato tricálcico é o segundo componente com responsabilidade pelo tempo de pega do cimento. Gabarito: E 27) (33 ± TRF3/2014 ± FCC) O cimento Portland de alto- forno é o aglomerante hidráulico obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland e escória granulada de alto- forno, moídos em conjunto ou em separado. As classes correspondentes ao cimento Portland de alto-forno são: (A) CP IV-25 e CP IV-32. (B) CP III-25, CP III-32 e CP III-40. (C) CP II-25 e CP II-32. (D) CP V-25 e CP V-32. (E) CP IV-25, CP IV-32 e CP IV-40. Conforme vimos na questão anterior, o cimento Portland de alto-forno corresponde à classe CP III. Gabarito: B 28) (29 - TRE-PB ± 2007 ± FCC) NÃO afeta a resistência à compressão do concreto: (A) as condições de cura (idade, temperatura e umidade). (B) o emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. (C) o tipo do cimento. (D) a relação água/cimento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 137 (E) manter as formas e o escoramento por mais de 28 dias. A resistência do concreto depende de diversos fatores, desde a dosagem do concreto, quanto das condições de cura, emprego de aditivos, o tipo de cimento, a relação água-cimento (quanto menor, maior a resistência) etc. Contudo, a manutenção da forma por mais de 28 dias não afeta a resistência à compressão porque esta é a idade em que é medida a resistência característica à compressão do concreto para verificar se ela atingiu a resistência especificada no projeto. Contudo, nesta idade, considera-se que o concreto atingiu de 60% a 90% da sua resistência final. Assim, verifica-se que esta questão, a depender do ponto de vista, pode ser questionada. Gabarito: E 3.5 - Ações a considerar no dimensionamento das estruturas Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta os possíveis estados limites últimos e os de serviço. As ações a considerar classificam-se em permanentes, variáveis e excepcionais. a) Ações Permanentes Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construção. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 64 de 137 Também são consideradas como permanentes as ações que crescem no tempo, tendendo a um valor limite constante. As ações permanentes diretas são constituídas pelo: - peso próprio da estrutura e - pelos pesos dos elementos construtivos fixos e das instalações permanentes. Consideram-se como permanentes os empuxos de terra e outros materiais granulosos quando forem admitidos não removíveis. As ações permanentes indiretas são constituídas: - pelas deformações impostas por retração e fluência do concreto; - deslocamentos de apoio; - imperfeições geométricas; e - protensão. b) Ações Variáveis As ações variáveis diretas são constituídas: - pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção; - pela ação do vento e da água. As cargas acidentais previstas para o uso da construção correspondem normalmente a: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 65 de 137 - cargas verticais de uso da construção; - cargas móveis, considerando o impacto vertical; - impacto lateral; - força longitudinal de frenação ou aceleração; - força centrífuga. E as Ações variáveis indiretas são: - variações uniformes de temperatura; - variações não uniformes de temperatura; - ações dinâmicas (estrutura sujeita a choques e vibrações que possam influenciar na sua fadiga); c) Ações Excepcionais A norma NBR 6118 não define, e prevê a análise caso a caso por normas específicas. Podemos citar como exemplo a ocorrência de choques inesperados, terremotos, explosões etc. - Combinações da Ações A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura. As ações também são classificadas de acordo com sua permanência na estrutura e devem ser verificadas como estabelecido a seguir: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 66 de 137 - quase permanentes: podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de deformações excessivas; - frequentes: se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação dos estados limites de formação de fissuras, de abertura de fissuras e de vibrações excessivas. Podem também ser consideradas para verificações de estados limites de deformações excessivas decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedações; - raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de formação de fissuras. 3.6 ± Conceitos Adicionais a) Elementos lineares: São aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominados barras. De acordo com a sua função estrutural, recebem as designações de vigas, pilares, tirantes e arcos. - Vigas: elementos lineares em que a flexão é preponderante. - Pilares: elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes. - Tirantes: elementos lineares de eixo reto em que as forças normais de tração são preponderantes. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 67 de 137 - Arcos: elementos lineares curvos em que as forças normais de compressão são preponderantes, agindo ou não simultaneamente com esforços solicitantes de flexão, cujas ações estão contidas em seu plano. Fonte: Livro Concreto Armado Eu te Amo b) Elementos de superfície: Elementos em que uma dimensão, usualmente chamada espessura, é relativamente pequena em face das demais, podendo receber as designações apresentadas em placas, chapas, cascas e pilares-paredes. - Placas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes. Placas com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas placas espessas. - Chapas: elementos de superfícieplana, sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. As chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas-parede. - Cascas: elementos de superfície não plana. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 68 de 137 - Pilares-parede: elementos de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente dispostos na vertical e submetidos preponderantemente à compressão. Podem ser compostos por uma ou mais superfícies associadas. Para que se tenha um pilar- parede, em alguma dessas superfícies a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal do elemento estrutural. - Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte. - Quando as hipóteses de dimensões limites, descritas anteriormente, não forem verificadas, em vez da regra anterior, vale a regra de analisar a laje nervurada considerando a capa como laje maciça apoiada em grelha de vigas. - As lajes nervuradas bidirecionais podem ser calculadas, para efeito de esforços solicitantes, como lajes maciças. <http://www.fec.unicamp.br> Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 69 de 137 29) (49 ± Copergás/2011 ± FCC) A principal característica das lajes nervuradas é a diminuição da quantidade de concreto na região tracionada, podendo ser utilizado um material de enchimento. Além de reduzir o consumo de concreto, há um alívio do peso próprio. Ressalta-se, porém, que a resistência do material de enchimento não é considerada no cálculo da laje. Entre os vários tipos de materiais de enchimento, podem ser utilizados (A) blocos de EPS, blocos de PVC e areia. (B) blocos cerâmicos, blocos de madeira e blocos de EPS. (C) placas de madeira, blocos cerâmicos e mantas não tecidas. (D) material britado, blocos vazados de concreto e blocos de EPS. (E) blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS. Fonte: LIBÂNIO (2003) Podem ser utilizados vários tipos de materiais de enchimento, entre os quais: blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS (poliestireno expandido), também conhecido como isopor. Blocos cerâmicos ou de concreto Em geral, esses blocos são usados nas lajes com vigotas pré- moldadas (Figura abaixo), devido à facilidade de execução. Eles são melhores isolantes térmicos do que o concreto maciço. Uma de suas restrições é o peso específico elevado, para um simples material de enchimento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 70 de 137 Fonte: Pereira (2001) apud Libânio (2003) Blocos de EPS Os blocos de EPS vêm ganhando espaço na execução de lajes nervuradas, sendo utilizados principalmente junto com as vigotas treliçadas pré-moldadas (Figura abaixo). Fonte: Franca & Fusco (1997) apud Libânio (2003) As principais características desses blocos são: ͌ Permite execução de teto plano; ͌ Facilidade de corte com fio quente ou com serra; ͌ Resiste bem às operações de montagem das armaduras e de concretagem, com vedação eficiente; ͌ Coeficiente de absorção muito baixo, o que favorece a cura do concreto moldado no local; Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 71 de 137 ͌ Baixo módulo de elasticidade, permitindo uma adequada distribuição das cargas; ͌ Isolante termo-acústico. Caixotes reaproveitáveis A maioria dessas formas é de polipropileno ou de metal. Sua principal vantagem são os vazios que resultam, diminuindo o peso próprio da laje (figura abaixo). Figura: Capitel e viga-faixa Fonte: Libânio (2003) Após a execução, para retirar os caixotes, pode-se injetar ar comprimido. O número de reutilizações dessas formas pode ultrapassar cem vezes. As fôrmas reaproveitáveis dispensam o uso do tabuleiro tradicional, que pode ser substituído por pranchas colocadas apenas na região das nervuras. As vigotas pré-moldadas substituem com vantagens essas pranchas, simplificando a execução. Gabarito: E Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 72 de 137 c) Lajes-cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis. Fonte: <http://www.nepae.feis.unesp.br/Apostilas/Estudo%20das%20lajes.pdf> d) São consideradas vigas-parede as vigas altas em que a relação entre o vão e a altura l/h é inferior a 2 em vigas biapoiadas e inferior a 3 em vigas contínuas. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 73 de 137 <http://cypecad.multiplus.com> 3.7 - Dimensões Limites a) Vigas e vigas-parede A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12 cm e das vigas-parede, menor que 15 cm. Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições: - alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e coberturas estabelecidos na NBR 6118; Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 74 de 137 - lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931. 30) (46 ± MPE-AM/2013 ± FCC) Em vigas com armadura de tração composta por aço CA-50 deve dispor-se, longitudinalmente e próxima a cada face lateral da viga, na zona tracionada, uma armadura de pele, quando a medida da altura útil da viga (A) ultrapassar 60 cm. (B) não ultrapassar 40 cm. (C) for, no mínimo, 45 cm. (D) for inferior a 30 cm. (E) for menor que 50 cm De acordo com a NBR 6118/2014, em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da armadura de pele. Gabarito: A 31) (4 ± SAEP/2014 ± VUNESP) No projeto de estruturas de concreto, em cada face da alma da viga, a utilização da armadura de pele pode ser dispensada para vigas com altura igual ou inferior a (A) 80 cm. (B) 70 cm. (C) 60 cm. (D) 85 cm. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 75 de 137 (E) 75 cm De acordo com a NBR 6118/2014, em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da armadura de pele. Gabarito: C b) Pilares e pilares-parede A seção transversal de pilares e pilares-parede maciços,qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente adicional. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm2. 32) (50 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) De acordo com a NBR 6.118:2003, pilares com menor dimensão da seção transversal entre 12 cm e 19 cm devem receber um FRHILFLHQWH�GH�PDMRUDomR�DGLFLRQDO�DŽQ� ������± (0,05.b), onde Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 76 de 137 b é a menor dimensão. Se o momento fletor característico de 200 kN.m atua em um pilar de concreto armado de seção retangular (15 cm por 40 cm) com o coeficiente de segurança GDV�Do}HV�DŽI� ������HQWmR�R�YDORU�GR�PRPHQWR�IOHWRU�GH�FiOFXOR� Md é (A) 200 kNm. (B) 210 kNm. (C) 240 kNm. (D) 320 kNm. (E) 336 kNm. De acordo com a nova versão da norma NBR 6118/2014, a seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente adicional. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm2. DŽn = 1,95 ± (0,05.b) = 1,95 ± (0,05.15) = 1,2 Md = 200 x 1,4 x 1,2 = 336 kN.m Gabarito: E c) Lajes - Lajes Maciças Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 77 de 137 Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura: - 7 cm para lajes de cobertura não em balanço; - 8 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço; - 10 cm para lajes em balanço; - 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN; - 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; - 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas; - 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel. - Lajes Nervuradas A espessura da mesa, quando não houver tubulações horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a 1/15 da distância entre as faces das nervuras e não menor que 4 cm. <http://www.fec.unicamp.br> ajustado para a NBR 6118/2014 Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 78 de 137 O valor mínimo absoluto deve ser 5 cm, quando existirem tubulações embutidas de diâmetro máximo 10 mm. A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm. Nervuras com espessura menor que 8 cm não devem conter armadura de compressão. 3.8 - Fissuração A abertura máxima característica das fissuras, desde que não exceda valores da ordem de 0,2 mm a 0,4 mm, sob ação das combinações frequentes, não tem importância significativa na corrosão das armaduras passivas. 33) (52 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) Na dosagem de concreto, tem que observar diversos objetivos como trabalhabilidade, resistência e economia. Para atingi-los NÃO é correto afirmar: De acordo com Mehta (1994), um empacotamento denso de agregados, com o menor número de vazios, será o concreto mais econômico, pois irá requerer a mínima quantidade de pasta de cimento. Na dosagem do concreto, o principal objetivo é obter um balanço ponderado entre trabalhabilidade, resistência, durabilidade e economia. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 79 de 137 A consideração chave que comanda a maioria dos princípios que regem os procedimentos de proporcionamento dos materiais constituintes do concreto é reconhecer que cimento custa muito mais que agregado. Nesse sentido, o aumento da dimensão máxima característica do agregado provoca o decréscimo do consumo de água, o que, por consequência, permite a redução da quantidade de cimento para se obter a resistência desejada do concreto, reduzindo o seu custo. Portanto, a adoção da menor dimensão máxima característica do agregado não reduz o custo do concreto, mas ao contrário. Gabarito: E 34) (36 ± TRE-SE ± 2007 ± FCC) A fissuração do concreto e das argamassas em geral, é um fenômeno natural, economicamente de difícil eliminação, porém, ela pode ser melhorada (A) diminuindo a finura do cimento. (B) aumentando a relação água/cimento. (C) usando quantidade de ferro, teoricamente necessária a absorver os esforços de tração. (D) utilizando maior quantidade de agregados graúdos. (E) utilizando maior quantidade de agregados miúdos. Conforme vimos acima, o aumento da dimensão máxima característica do agregado provoca o decréscimo do consumo de água, o que, por consequência, reduz a fissuração do concreto e das argamassas em geral. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 80 de 137 Gabarito: D 3.9 - Demais considerações gerais Pessoal, não é idéia desta aula avançar na parte de cálculo estrutural, contudo, achei as considerações abaixo com cara de questão do Cespe: - A laje do pavimento de um edifício pode ser considerada como uma chapa totalmente rígida em seu plano, desde que não apresente grandes aberturas e cujo lado maior do retângulo circunscrito ao pavimento em planta não supere em três vezes o lado menor. - Aplicam-se às estruturas de placas métodos baseados na teoria da elasticidade, com coeficiente de Poisson igual a 0,2. - Para a consideração do estado limite último das estruturas com elementos de placas, a análise de esforços pode ser realizada através da teoria das charneiras plásticas. Fonte:<www.upf.br/seer/index.php/ciatec/article/download/612/411> Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 81 de 137 35) (21 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) As lajes retangulares em concreto armado podem ser armadas em uma só direção. Essas lajes, mesmo quando apoiadas nas quatro bordas, são aquelas em que a razão entre o maior e o menor vão é superior a (A) 1,2. (B) 1,5. (C) 1,6. (D) 1,8. (E) 2,0 A armadura em duas direções ou em cruz é adotada em lajes em que a maior dimensão não ultrapasse o dobro da outra, e a armadura em uma só direção é adotada quando a laje apresenta uma dimensão maior que o dobro da outra. Gabarito: E - Nas vigas, o espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve ser, na direção horizontal, � - 20 mm; - diâmetro da barra, do feixe ou da luva; - 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo. - Nos pilares, nas armaduras longitudinais, o diâmetro das barras longitudinais deve VHU� 10 mm assimcomo > 1/8 da menor dimensão. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 82 de 137 - Nos pilares, nas armaduras longitudinais, em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro. - Nos pilares, o espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve ser, medido da seção transversal, � - 20 mm; - diâmetro da barra, do feixe ou da luva; - 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo. - Nos pilares, o espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras, deve ser ��[ a menor dimensão da seção no trecho considerado, sem exceder 400 mm. - A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes. - O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser : - 200 mm; - menor dimensão da seção; - 24 ȭ para CA-25, 12 ȭ para CA-50. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 83 de 137 Fonte: livro Concreto Armado Eu te Amo - As aberturas em vigas, contidas no seu plano principal, como furos para passagem de tubulação vertical nas edificações, não devem ter diâmetros superiores a 1/3 da largura dessas vigas nas regiões desses furos. - A distância mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser no mínimo igual a 5 cm e duas vezes o cobrimento previsto nessa face. 36) (46 ± Analista Legislativo/SP ± 2010 ± FCC) Considere as seguintes afirmações sobre as hipóteses básicas utilizadas para a análise dos esforços resistentes de uma seção de viga em concreto armado: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 84 de 137 I. As seções transversais se mantêm planas após ocorrer deformação por flexão. De acordo com a NBR 6118, uma das hipóteses básicas considerada na análise dos esforços resistentes de uma seção de viga ou pilar é que as seções transversais se mantêm planas após deformação. Gabarito: Correta II. A deformação das barras passivas aderentes em tração ou compressão deve ser a mesma do concreto em seu entorno. Exato, está de acordo com a NBR 6118, em que a deformação das barras passivas aderentes ou o acréscimo de deformação das barras ativas aderentes em tração ou compressão deve ser o mesmo do concreto em seu entorno. Gabarito: Correta III. As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, não podem ser desprezadas, obrigatoriamente no ELU (Estado Limite Último). Pelo contrário, de acordo com a NBR 6118, as tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, podem ser desprezadas, obrigatoriamente no ELU. Gabarito: Errada IV. A distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico igual a 0,85 fcd. Exato, de acordo com a NBR 6118, a distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico igual a 0,85 fcd. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 85 de 137 Esse diagrama pode ser substituído pelo retângulo de altura 0,8 x (onde x é a profundidade da linha neutra), com a seguinte tensão: - 0,85 fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a partir desta para a borda comprimida; - 0,80 fcd no caso contrário. As diferenças de resultados obtidos com esses dois diagramas são pequenas e aceitáveis, sem necessidade de coeficiente de correção adicional. Segue o esquema do diagrama tensão-deformação: Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) I, II e III. (E) I, II e IV. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 86 de 137 Gabarito: E 37) (47 ± Analista Legislativo/SP ± 2010 ± FCC) No dimensionamento à flexão simples de vigas de concreto armado, o estado limite último no domínio 3 é definido por: (A) ruptura convencional por deformação plástica excessiva com tração não uniforme, sem compressão. (B) ausência de ruptura à compressão do concreto e por alongamento máximo permitido para o aço. (C) ruptura convencional à compressão do concreto e por HVFRDPHQWR�GR�DoR��İs İyd). (D) ruptura convencional à compressão do concreto e aço WUDFLRQDGR�VHP�HVFRDPHQWR��İs < İyd). (E) ruptura convencional por encurtamento limite do concreto com compressão não uniforme, sem tração. De acordo com a NBR 6118, o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na seção transversal pertencer a um dos domínios definidos na figura a seguir: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 87 de 137 Ruptura convencional por deformação plástica excessiva: - reta a: tração uniforme (alongamento do concreto armado de ���SRU������ ���Å� ���� - domínio 1: tração não uniforme, sem compressão; - domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à FRPSUHVVmR�GR�FRQFUHWR��İc �����Å���H�FRP�R�Pi[LPR�DORQJDPHQWR� permitido); Ruptura convencional por encurtamento limite do concreto: - domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e com HVFRDPHQWR�GR�DoR��İs �İyd); - domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e aço tracionado sem HVFRDPHQWR��İs ��İyd); - domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas; - domínio 5: compressão não uniforme, sem tração; - reta b: compressão uniforme. Conforme está destacado acima, o estado limite último no domínio 3 é definido por ruptura convencional à compressão do concreto �İc ����Å� e poU�HVFRDPHQWR�GR�DoR��İs �İyd). Gabarito: C 38) (53 ± UFTM/2013 ± VUNESP) A deformabilidade das lajes e vigas flexionadas deve ser analisada levando-se em Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 88 de 137 consideração que o concreto armado passa por diversos estágios de comportamento ao longo de um carregamento crescente. Quando a fissuração é intensa e o aço atinge o limite do escoamento caminhando para a ruptura do concreto e do aço, o diagrama de tensões no concreto tende a ficar uniforme com quase todas as fibras trabalhando com sua tensão máxima. O estágio alcançado é conhecido como estádio(A) I. (B) II. (C) III. (D) I V. (E) V. Conforme vimos na questão anterior, o estágio em que o aço atinge o limite do escoamento e o concreto caminhando para a ruptura à compressão é a do domínio 3. Gabarito: C Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 89 de 137 4 ± CONCRETO PROTENDIDO Adota-se para o concreto protendido o sitio <http://www.rudloff.com.br>, por ser bem didático, e o apoio do sitio <http://www.ecivilnet.com/artigos/ concreto_protendido.htm>, por Walter Pfeil, assim como as normas da ABNT, NBR 6118 e NBR 14931 (Anexos A, B e C). Os elementos de concreto protendido são aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado limite último (ELU). A armadura ativa (de protensão) é constituída por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial. O artifício da protensão, aplicado ao concreto, consiste em introduzir esforços prévios que reduzam ou anulem as tensões de tração no concreto sob ação das solicitações em serviço. Nessas condições minimiza-se a importância da fissuração como condição determinante de dimensionamento da viga, por exemplo. A protensão do concreto é realizada, na prática, por meio de cabos de aço de alta resistência, tracionados e ancorados no próprio concreto. O artifício da protensão desloca a faixa de trabalho do concreto para o âmbito das compressões, onde o material é mais eficiente. Com a protensão, aplicam-se tensões de compressão nas partes da seção tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. Desse modo, pela manipulação das tensões internas, pode-se obter a contribuição da área total da seção. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 90 de 137 Sob ação de cargas, uma viga protendida sofre flexão, alterando-se as tensões de compressão aplicadas previamente. Quando a carga é retirada, a viga volta à sua posição original e as tensões prévias são restabelecidas. Se as tensões de tração provocadas pelas cargas forem inferiores às tensões prévias de compressão, a seção continuará comprimida, não sofrendo fissuração. Sob ação de cargas mais elevadas, as tensões de tração ultrapassam as tensões prévias, de modo que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protensão provoca o fechamento das fissuras. Os aços utilizados nos cabos de protensão têm resistência três a cinco vezes superiores às dos aços usuais do concreto armado. O concreto protendido pode ser adotado em edifícios, reservatórios, pistas de aeroporto, pisos, pontes, viadutos, barragens etc. Fonte: < http://wwwp.feb.unesp.br> Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 91 de 137 2.1 ± Vantagens Técnicas do Concreto Protendido Em relação ao concreto armado, o concreto protendido apresenta as seguintes vantagens: a) Reduz as tensões de tração provocadas pela flexão e pelos esforços cortantes. b) Reduz a incidência de fissuras. c) Reduz as quantidades necessárias de concreto e de aço, devido ao emprego eficiente de materiais de maior resistência. d) Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão, permite reduzir a altura necessária da viga. e) Facilita o emprego generalizado de pré-moldagem, uma vez que a protensão elimina a fissuração durante o transporte das peças. f) Durante a operação de protensão, o concreto e o aço são submetidos a tensões em geral superiores às que poderão ocorrer na viga sujeita às cargas de serviço. A operação de protensão constituído, neste caso, uma espécie de prova de carga da viga. Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea d acima. Para ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado têm seu vão livre limitado a 30m ou 40m, enquanto as pontes com vigas protendidas já atingiram vãos de 250m. 2.2 ± Tipos de Concreto Protendido A execução do concreto protendido pode ser de: a) Concreto com Armadura Ativa Pré-tracionada (protensão com aderência inicial): concreto protendido em que o pré- alongamento da armadura ativa é feito utilizando-se apoios Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 92 de 137 independentes do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se só por aderência. b) Concreto com Armadura Ativa Pós-Tracionada (protensão com aderência posterior): concreto protendido em que o pré- alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, criando posteriormente aderência com o concreto de modo permanente, através da injeção das bainhas. c) Concreto com Armadura Ativa Pós-Tracionada sem Aderência (protensão sem aderência): concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados. Neste último caso adotam-se cordoalhas engraxadas. 2.3 ± Protensão Aderente É o sistema de protensão no qual a injeção de nata de cimento nas bainhas garante a aderência mecânica da armadura de protensão ao concreto em todo o comprimento do cabo, além de assegurar a proteção das cordoalhas contra a corrosão. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 93 de 137 A aderência responde por melhor distribuição das fissuras, por maior segurança à ruína e por maior segurança da estrutura na parte e no todo, diante de situações corno incêndios e explosões. O cabo de protensão é composto basicamente por: - uma ou mais cordoalhas de aço; - ancoragens; - bainha metálica; - e purgadores. As cordoalhas ficam inicialmente soltas dentro da bainha, o que permite a sua movimentação na ocasião da protensão. Após a concretagem da estrutura e a cura do concreto, os cabos são protendidos e é injetada nata de cimento no interior das bainhas (Concreto com Armadura Ativa Pós-Tracionada ± protensão com aderência posterior). - Preparação: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 94 de 137 - Protensão: - Injeção da Nata de Cimento: Edificações ʹ Terracap/2017Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 95 de 137 a) Bainhas As principais funções das bainhas são possibilitar a movimentação das cordoalhas durante a operação de protensão e receber a nata de cimento, na operação de injeção. Bainhas usadas em vigas têm seção transversal circular, enquanto em lajes, usam-se bainhas chatas. Sua escolha deve ser feita em função da quantidade de cordoalhas do cabo. As bainhas devem ter diâmetro interno pelo menos medindo 10 mm (admitindo-se 6 mm para bainhas chatas) a mais do que o diâmetro do respectivo cabo e área interna de sua seção transversal igual a no mínimo 2,5 vezes a área da seção transversal dos aços de protensão. Para cabos verticais e para o caso de se adotar o princípio da cablagem pós-enfiada (concretagem da peça estrutural com as bainhas vazias) esses valores devem ser aumentados. No caso de barra, o diâmetro interno da bainha deve medir pelo menos 6 mm a mais que o diâmetro da barra. Para evitar que os aços de protensão permaneçam no interior das bainhas por período muito prolongado até a operação de protensão, deve ser adotado, sempre que possível, o critério de pós- enfiação da cablagem. As emendas de bainhas são asseguradas por meio de luvas externas, feitas com o mesmo material das bainhas e diâmetro ligeiramente maior. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 96 de 137 b) Cordoalhas As cordoalhas mais utilizadas neste sistema de protensão são compostas de sete fios e têm diâmetro de 12,7 mm ou 15,2 mm. São produzidas sempre na condição de relaxação baixa e fabricadas com seis fios de mesmo diâmetro nominal encordoados em torno de um fio central de diâmetro ligeiramente maior do que os demais. É vedado efetuar no elemento tensor, o corte com maçarico, bem como o endireitamento através de máquinas endireitadoras ou qualquer outro processo, pois esses procedimentos alteram radicalmente as propriedades físicas do aço. c) Ancoragens As ancoragens são dispositivos capazes de manter o cabo em estado de tensão, transmitindo a força de protensão ao concreto ou ao elemento estrutural. A protensão faz com que a região das ancoragens seja altamente solicitada. São basicamente de quatro tipos: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 97 de 137 - Ancoragens ativas: são as ancoragens nas quais se promove o estado de tensão no cabo, através do macaco de protensão. - Ancoragens passivas: são dispositivos embutidos no concreto, destinados a fixar a extremidade do cabo oposta àquela da ancoragem ativa. Somente recebem o esforço advindo da protensão executada na ancoragem ativa. A transferência da força de protensão para o concreto se dá por aderência das cordoalhas e por tensões de compressão entre a ancoragem e o concreto. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 98 de 137 Ancoragens de emenda: são combinações de duas ancoragens, uma passiva e uma ativa, que permitem a continuação de cabos a partir de pontos intermediários. Ancoragens intermediárias: são ancoragens posicionadas no meio dos cabos, quando suas extremidades forem inacessíveis para a protensão. a.1) Ancoragem Ativa É composta por bloco de ancoragem com furos tronco cônicos, cunhas tripartidas e placa funil, repartidora de esforços sobre o concreto. A placa funil é o único componente da ancoragem que é posicionado na estrutura antes da concretagem. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 99 de 137 a.2) Ancoragem Ativa com Bainha Achatada Tem formato achatado e destina-se à protensão de lajes, pisos, tabuleiros de pontes e outras estruturas delgadas. Os cabos, com até 4 cordoalhas de 12,7 mm ou 15,2 mm, são colocados em bainhas metálicas chatas (com exceção das bainhas para cabos monocordoalhas, que são redondas) e as cordoalhas são protendidas uma a uma. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 100 de 137 2.4 ± Protensão sem Aderência É o sistema de protensão no qual não existe aderência entre o aço de protensão e a estrutura de concreto. Os cabos são compostos basicamente por uma ancoragem em cada extremidade e uma cordoalha de aço envolta com graxa e capa de polietileno de alta densidade. De acordo com Walid Yazigi (2009), utiliza-se uma proteção anticorrosiva ao cabo formada por tubo de polietileno ou polipropileno e uma proteção secundária constituída por graxa especial que envolve diretamente a cordoalha. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 101 de 137 A graxa possibilita a movimentação das cordoalhas nas bainhas, por ocasião da protensão. Após a concretagem da estrutura e a cura do concreto, os cabos são protendidos e ancorados (Concreto com Armadura Ativa Pós-Tracionada sem Aderência ± protensão sem aderência. Neste sistema, como não existe aderência entre a armadura de protensão e o concreto, a manutenção da tensão ao longo da vida útil da estrutura se concentra nas ancoragens. Devido a isso, é fundamental que elas sejam fabricadas com elevado padrão de qualidade. As cordoalhas usadas no sistema de protensão não aderente são as mesmas utilizadas no sistema aderente, compostas de sete fios e com diâmetro de 12,7 mm ou 15,2 mm. a) Cabo Engraxado O cabo engraxado é fabricado por meio de processo contínuo, através do qual a cordoalha é coberta com graxa inibidora de corrosão e então revestida com uma capa de polietileno de alta densidade (PEAD), a qual constitui a bainha do cabo. As bainhas de PEAD que revestem individualmente as cordoalhas devem ter espessura da parede mínima de 1 mm e seção circular com diâmetro interno que permita o livre movimento da cordoalha em seu interior. Devem ser impermeáveis, duráveis e Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 102 de 137 resistentes aos danos provocados por manuseio no transporte, instalação, concretagem e tensionamento. A graxa de proteção anticorrosiva e lubrificante deve ter características que não ataquem o aço, tanto no estado de repouso, como no estado limite característico de tensão desse aço. b) Vantagens A protensão não aderente pode ser executada a partir de equipamentos leves, facilmente aplicáveis em obras de pequeno porte. Isso possibilita ao concreto protendido ser competitivo com o concreto armado em edifícios residenciais com vãos pequenos (de 3 a 5 metros), o que não acontece com a protensão aderente. Além disso,os cabos engraxados são leves, de fácil manuseio e flexíveis, o que permite a existência de curvas em sua disposição em planta e possibilita o desvio de eventuais obstáculos existentes em seu trajeto. 2.5 ± Processo de Protensão A operação de protensão é aplicada através de macacos hidráulicos e bombas de alta pressão. Normalmente, é composta Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 103 de 137 pelas etapas de preparação, colocação do equipamento, protensão das cordoalhas, cravação e acabamento. a) Preparação As formas dos nichos devem ser retiradas, seguidas de limpeza, quando necessária, da área de apoio do bloco da ancoragem. Em seguida, deve ser feita a colocação do bloco e das cunhas. Após o concreto atingir a resistência mínima indicada em projeto estrutural, deve ser providenciado o posicionamento do macaco hidráulico e dos seus acessórios. b) Protensão A operação de protensão é realizada pelo acionamento do macaco, através da bomba de alta pressão. As cordoalhas são tracionadas obedecendo à força indicada no projeto estrutural. Deve- se registrar a pressão indicada no manômetro e o correspondente alongamento dos cabos. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 104 de 137 c) Ancoragem e(ou) Cravação Quando o macaco atingir carga e/ou alongamento indicados no projeto estrutural, finaliza-se a protensão. A pressão no macaco é aliviada e as cordoalhas se ancoram automaticamente no bloco. Em seguida, é feita a remoção do equipamento de protensão. d) Acabamento Após a liberação da protensão, é feito o corte das pontas das cordoalhas. Em seguida, deve-se providenciar o fechamento dos Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 105 de 137 nichos e, no caso de protensão com aderência, a injeção dos cabos com nata de cimento. 2.6 ± Processo de Injeção A injeção de nata de cimento nas bainhas visa assegurar a aderência mecânica entre as armaduras de protensão e o concreto em todo o comprimento do cabo e a proteção das cordoalhas contra a corrosão. A nata de cimento é obtida pela combinação de água, cimento e aditivos. As características da calda de injeção variam ligeiramente com as diversas marcas de cimento e tipos de aditivos. A nata de injeção deve atender aos requisitos estabelecidos nas normas técnicas quanto a: fluidez, exsudação, expansão, resistência mecânica, retração, absorção capilar, tempo de pega, tempo de injetabilidade, dosagem de aditivos, e ausência de agentes agressivos. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 106 de 137 2.7 ± Nichos de Protensão Por razões construtivas ou estéticas, normalmente é interessante que as ancoragens ativas fiquem reentrantes à superfície acabada do concreto. Para o acesso a elas, durante a aplicação da protensão, torna-se então necessário que se preveja, no projeto estrutural, a execução de nichos nos elementos de concreto. Após a protensão, os nichos são fechados, formando-se assim uma superfície plana que protege ancoragens e cordoalhas contra a corrosão. 2.8 ± Fendilhamento e Fretagem O concreto quando protendido é solicitado por tensões elevadas nas imediações das ancoragens, que provocam altos esforços de fendilhamento concentrados nestas regiões. É fundamental a existência de armação que combata estes esforços, assim como de armaduras de fretagem para distribuí-los. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 107 de 137 2.9 ± Perdas da Força de Protensão Fonte: <http://www.rudloff.com.br/downloads/publicacoes-tecnicas/publicacao2_perdas_da_forca_ de_protensao.pdf> a) Perdas Imediatas Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 108 de 137 - por atrito Nas peças pós-tracionadas, a armadura ativa ao ser posta em tensão pelo macaco sofre um alongamento gradativo que varia de zero até o valor final. Em conseqüência, e como a bainha apresenta quase sempre desenvolvimento curvo e sinuosidades involuntárias, surge o inevitável atrito entre o aço de protensão e a bainha. As perdas de protensão por atrito ao longo do cabo são calculadas em função da curvatura do cabo e dos seguintes coeficientes, que dependem das características dos materiais empregados: - µ = coeficiente de atrito aparente entre cabo e bainha; - k = coeficiente de perda por metro provocada por curvaturas não intencionais no cabo. - por acomodação da ancoragem A acomodação das cunhas nas ancoragens (cravação) provoca uma perda de aproximadamente 6 mm no alongamento inicial ao qual se chegou antes da cravação. Em cabos muito curtos, com menos de 10 m de comprimento e uma ancoragem ativa, pode-se compensar a perda de cravação através da colocação de calços de aço de aproximadamente 6 mm. - no equipamento de protensão As perdas por atrito que ocorrem internamente no macaco de protensão podem ser avaliadas em 2,5 % do esforço da protensão. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 109 de 137 Portanto, o projetista deve levar em conta este valor por ocasião do cálculo final do esforço da protensão. b) Perdas Progressivas As perdas progressivas decorrem da natureza intrínseca dos materiais aço e concreto e são devidas a uma diminuição de volume de concreto, decorrente dos fenômenos de retração e deformação lenta. São devidas também à fluência do aço, à qual corresponde uma relaxação, isto é, perda de tensão. - fluência e retração no concreto A fluência ou deformação lenta do concreto é o encurtamento do mesmo devido à ação de forças permanentemente aplicadas. A fluência varia linearmente com a tensão aplicada e compõe- se de uma parte rápida e uma parte lenta. A parte rápida é irreversível. A lenta é composta pela deformação reversível e irreversível. Retração é o encurtamento do concreto devido à evaporação da água desnecessária à hidratação do cimento. A retração depende da umidade relativa do ambiente, da consistência do concreto no lançamento e da espessura fictícia da peça. - fluência do aço ± relaxação Fluência do aço vem a ser o alongamento que o mesmo sofre no decorrer do tempo quando mantido sob tensão constante. Há tratamentos térmicos que permitem amenizar o valor destas perdas (aços de relaxação baixa RB). Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 110 de 137A tabela a seguir (Tab. 5, NBR 7197) fornece os valores de relaxação para os aços que a 20ºC foram submetidos durante 1000h a tensão de 60%, 70% e 80% da resistência característica de tração do aço. 2.10 ± Demais Considerações 2.12.1 ± Definições da norma NBR 14931 Pessoal, além de entender o sistema de protensão, sabemos que para a prova é importante sabermos as definições das normas aplicáveis. - ancoragem: dispositivo capaz de manter o cabo em estado de tensão, transmitindo força de protensão à estrutura. - ancoragem ativa: ancoragem na qual se promove o estado de tensão no cabo, através de equipamento de protensão. - ancoragem de emenda: dispositivo destinado a dar continuidade a trechos de cabos. - ancoragem morta: dispositivo imerso no concreto destinado a fixar a extremidade do cabo oposta àquela da ancoragem ativa. Esta ancoragem não permite acesso para operação e verificação do grau de protensão e da eventual ocorrência de deslizamento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 111 de 137 - ancoragem passiva: dispositivo embutido no concreto destinado a fixar a extremidade do cabo oposta àquela da ancoragem ativa. Embora de configuração análoga àquela da ancoragem ativa, pode ou não permitir acesso para operação de protensão e possibilita verificação do grau de protensão e a eventual ocorrência de deslizamentos. - cabeça pré-moldada: peça de concreto que aloja uma ou mais ancoragens, executada previamente com a finalidade de permitir a antecipação das operações de tensionamento dos cabos e com a função de melhorar a distribuição dos esforços nas extremidades. - cabo: conjunto formado por fios, cordoalhas ou barras e seus dispositivos complementares, como ancoragem, bainhas, purgadores etc. - fretagem: armadura passiva (frouxa) destinada a resistir às tensões locais de tração no concreto, transmitidas pela ancoragem. - bainha duto que isola o cabo do concreto. - luva: peça destinada a emendar bainhas. - trombeta ou funil: peça que faz a concordância da bainha com a ancoragem. - suporte: dispositivo utilizado para manter a bainha na posição de projeto. - espaçadores: dispositivos utilizados em alguns tipos de cabos, destinados a manter seus elementos componentes afastados uns dos outros. - operação de protensão: ato de aplicar força de tração no cabo de protensão, sob condições previamente especificadas. - operação de cravação: ato de fixar o cabo à ancoragem ativa, após a operação de protensão. - operação de reprotensão: compreende a execução de operação de protensão em cabo já protendido, sem a necessidade de efetuar a desprotensão. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 112 de 137 - desprotensão: ato de proceder, controladamente, à diminuição de tensão de cabo já protendido. - acomodação de ancoragem: perda de alongamento prevista e previamente determinada, para cada tipo de ancoragem, que ocorre durante a operação de cravação. - deslizamento: movimento não previsto entre a armadura de protensão e a ancoragem. - zona de ancoragem: região de uma peça de concreto onde se situam as ancoragens, especialmente reforçada, para atender aos esforços locais que aí se manifestam. Seguem demais recomendações da norma 14.931/2004: Caso seja indispensável a execução de solda próxima aos aços para amadura de protensão, deve ser usada proteção que garanta a integridade dos mesmos. É vedado o uso de óleo solúvel em água para proteger o aço de protensão contra corrosão. 2.10.2 ± Estados Limites No dimensionamento estrutural, além dos estados limite último e de serviço aplicáveis ao concreto armado, usualmente podem ocorrer as verificações quanto ao: a) estado limite de descompressão (ELS-D): estado no qual em um ou mais pontos da seção transversal a tensão normal é nula, não havendo tração no restante da seção. Verificação usual no caso do concreto protendido. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 113 de 137 b) estado limite de descompressão parcial (ELS-DP): estado no qual garante-se a compressão na seção transversal, na região onde existem armaduras ativas. Essa região deve se estender até uma distância ap da face mais próxima da cordoalha ou da bainha de protensão, conforme figura a seguir: c) estado limite de compressão excessiva (ELS-CE): Estado em que as tensões de compressão atingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do concreto protendido na ocasião da aplicação da protensão. 39) (28 ± SEGAS/2013 ± FCC) É característica das lajes planas protendidas: (A) a possibilidade de utilização de vãos maiores, proporcionando maiores áreas livres. (B) deformações maiores em comparação a estruturas de concreto simples equivalentes. (C) a consideração das deformações geradas pelo peso próprio no dimensionamento. (D) a baixa resistência ao puncionamento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 114 de 137 (E) o intervalo de tempo prolongado para a retirada do escoramento. Leonhardt (1983) apresenta as seguintes vantagens do concreto protendido: - devido ao emprego de materiais de resistências elevadas (tanto o aço como o concreto), o concreto protendido permite vãos maiores e estruturas mais esbeltas, de menor peso próprio do que as de concreto armado; - a protensão melhora a capacidade de utilização, impedindo que as fissuras se desenvolvam no concreto ou, pelo menos, fazendo com que as aberturas de fissuras possam ser limitadas com segurança a um valor não prejudicial. Isto aumenta a durabilidade; - as deformações permanecem muito pequenas, porque a estrutura, sob a ação de cargas de utilização ± mesmo no caso de protensão parcial ± permanece praticamente no Estádio I; - as estruturas de concreto protendido apresentam uma elevada resistência à fadiga, porque a amplitude de oscilações das tensões no aço ± mesmo no caso de protensão inicial ± permanece pequena e, com isso, muito abaixo da resistência à fadiga; - as estruturas de concreto protendido podem suportar consideráveis excessos de carga sem danos remanescentes. As fissuras que surgem por ocasião do excesso de carga voltam a se fechar por completo, desde que as tensões no aço permaneçam abaixo do limite de alongamento de 0,01%. 1R�DUWLJR�LQWLWXODGR�³&RQFUHWRV�H�&DERV´��GD�5HYLVWD�7pFKQH��GD� PINI, há o seguinte comentário acerca de lajes de concreto SURWHQGLGR�� ³Algumas dessas considerações são mais ligadas à tecnologia e desempenho, como a redução das deformações, o Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 115 de 137 melhor comportamento em relação a fissuras e maior resistência ao puncionamento.´��JULIHL� (�DLQGD��³No entanto, há vantagens com reflexo direto no custo ou facilidade de execução. "Como as lajes protendidas trabalham com tensões relativamentebaixas, é possível retirar antecipadamente o escoramento e as fôrmas e aumentar a velocidade da obra", comenta Pedro Ferreira, gerente de contrato da Hochtief. "Além disso, a ausência de vigas leva a economia de material, redução do peso próprio da estrutura e melhor aproveitamento dos espaços", acrescenta.´ Gabarito: A 5 ± QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 1) (52 ± UFTM/2013 ± VUNESP) As peças que ligam os painéis das fôrmas dos pilares, colunas e vigas destinadas a reforçar essas fôrmas para que resistam aos esforços que nelas atuam, por ocasião do lançamento do concreto, chamam-se (A) escoras. (B) chapuzes. (C) talas. (D) cunhas. (E) gravatas. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 116 de 137 2) (5 ± SAEP/2014 ± VUNESP) No projeto de estruturas de concreto, o tipo mais utilizado em emendas de barras de aço é por traspasse. Porém, esse tipo não é permitido para tirantes e pendurais e também para barras de bitola maior que (A) 25,0 mm. (B) 16,0 mm. (C) 20,0 mm. (D) 12,5 mm. (E) 32,0 mm. 3) (25 ± SAEP/2014 ± VUNESP) Para reforçar uma fundação foi necessário executar uma sapata e um pilar ao lado de uma já existente. No lançamento do concreto não deve ocorrer a segregação no caso de peças estreitas e altas. Para dispensar a majoração desses cuidados, a altura máxima de queda livre do concreto é (A) 2,0 m. (B) 1,5 m. (C) 1,0 m. (D) 2,3 m. (E) 2,5 m 4) (31 ± PMSP-2008 ± FCC) O concreto deve ser lançado nas fôrmas com técnicas que eliminem ou reduzam significativamente a segregação entre seus componentes. Deve-se utilizar Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 117 de 137 (A) sistema de injeção ascendente dentro das fôrmas, em armaduras pouco densas, onde a possibilidade de impacto pela ação de energia cinética for grande. (B) malha de aço complementar que servirá de elemento inibidor de segregação e dissipador da energia potencial, em alturas de lançamento iguais ou maiores que 1,60 m. (C) dispositivos redutores de segregação, como funis e calhas intermediárias, em alturas de lançamento iguais ou superiores a 2,00 m. (D) agregados leves em substituição aos pesados, como a argila expandida, em proporção máxima de 30%, em situações de grande impacto ou de valor energético potencial elevado. (E) a adição de agregados leves e composição de armaduras dissipadoras de impacto exclusivamente em sistemas ascendentes de concretagem dentro das fôrmas. 5) (36 ± Infraero/2011 ± FCC) A cura é o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante um fenômeno fundamental no concreto, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Este fenômeno é denominado de (A) hidratação dos materiais cimentantes. (B) reação álcalis-agregado. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 118 de 137 (C) evaporação da água da mistura. (D) retração volumétrica. (E) abatimento do concreto. 6) (28 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) Ao se controlar o recebimento do concreto, verifica-se a trabalhabilidade deste (solicitada no projeto). Para isso, é suficiente aplicar o slump test que é (A) para efetuar a dosagem por tabela de traço. (B) para medir a temperatura do concreto. (C) o ensaio do abatimento. (D) para verificar a massa de cimento por metro cúbico. (E) para fixar a percentagem de areia em relação ao volume real de agregado total. 7) (45 ± TRE-AM ± 2003 ± FCC) A cura do concreto, durante o processo de hidratação do cimento, é (A) o ato de adicionar água ao cimento. (B) o início do endurecimento, que ocorre uma hora, aproximadamente, após a adição de água. (C) o fenômeno de transformação de compostos mais solúveis em menos solúveis do cimento. (D) o endurecimento, quando atinge a resistência especificada. (E) a medida que evita a evaporação precoce da água necessária à hidratação do cimento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 119 de 137 8) (53 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) A alteração do grau de hidratação (relação a/c) é conseguida através de alguns recursos. É prejudicial à resistência do concreto: (A) diminuir o tempo de cura. (B) empregar aditivos aceleradores ou retardadores. (C) diminuir a quantidade do agregado miúdo. (D) empregar aditivos de água ou superplastificantes. (E) mudança do tipo de cimento (composição química). 9) (32 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Utilizar cimento com granulometria menor na produção do concreto provoca (A) a necessidade de ajustes na dosagem dos agregados, caracterizados pela determinação da plasticidade e moldagem do concreto nas fôrmas de compensado de madeira, fato que não ocorre quando da aplicação de fôrmas metálicas. (B) equalização de potenciais entre todas as malhas da estrutura cristalina do concreto, provocando a estabilização de todas as massas metálicas da estrutura da armadura. (C) segregações localizadas, sobretudo em locais onde estão locadas as juntas de dilatação, tendo em vista a ocorrência de adensamentos nos decantadores primários e digestores secundários. (D) hidratação das partículas deste de forma mais rápida, com liberação de calor de hidratação em menor intervalo de tempo e choque térmico do concreto mais elevado, após a retirada das fôrmas, o que favorece a fissuração do concreto. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 120 de 137 (E) ocorrência de anomalias extremamente prejudiciais na estrutura, uma vez que nem sempre é possível evitar a coação de microcimentos na superfície das lajes quando do emprego de resina de poliuretano. 10) (35 ± PMSP-2008 ± FCC) Em um concreto dosado a partir de um cimento CP-II-E-32, I. quanto mais próxima de 0,35 L/kg for a relação água/cimento, maior será a resistência do concreto final. II. um traço em volume 1:2:4 garantirá uma resistência à compressão a 7 dias certamente maior que 28 MPa. III. um traço em massa que contenha mais que 420 kg de cimento por m3 de concreto é considerado de alto consumo de aglomerante. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 11) (31 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) A proporção de 1:2:4 utilizada para o preparo de um traço de concreto simples significa uma medida de (A) cimento para duas de brita e quatro de areia. (B) brita para duas de cimento e quatro de areia. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 121 de 137 (C) cimento para duas de areia e quatro de brita. (D) areia para duas de brita e quatro de cimento. (E) britapara duas de areia e quatro de cimento. (TCE-PI ± 2005 ± FCC) Instruções: Para responder às questões de números 79 e 80 considere os dados a seguir. Numa mistura de concreto foram consumidos: 2 sacos de cimento 141 litros de areia seca 176 litros de pedra seca massas específicas: cimento = 1,42kgf/litro areia seca = 1,54kgf/litro pedra seca = 1,39kgf/litro 12) 79. O traço em volume é, aproximadamente, (A) 1 : 3,5 : 5 (B) 1 : 3 : 4 (C) 1 : 2, 5 : 3,5 (D) 1 : 2 : 2,5 (E) 1 : 2 : 3 13) 80. O traço em peso é, aproximadamente, Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 122 de 137 (A) 1: 1,41: 1,76 (B) 1: 2,17: 2,45 (C) 1: 2,77: 2,95 (D) 1: 2,82: 3,52 (E) 1: 3,25: 5,87 14) (60 - TJ-PI ± 2009 ± FCC) Um traço de concreto 1:2:3, executado de maneira normalizada, sob cura ideal, teve sua característica de resistência à compressão identificada acima de 25 MPa. O cimento utilizado foi o CP-II-E32. Outros três traços foram produzidos: I. 1:2:2,5 II. 1:2,5:3,5 III. 1:3:5. Em comparação ao primeiro traço, a resistência de cada concreto feito com os traços I a III, será, respectivamente, (A) menor, menor, menor. (B) maior, menor, maior. (C) maior, maior, maior. (D) menor, maior, maior. (E) maior, menor, menor. 15) (33 ± TRE-PB ± 2007 ± FCC) Numa mistura de concreto feito na obra, o traço é 1:2,5:3,5 em volume e o consumo de cimento é de 300 Kg/m3. A quantidade aproximada em litros Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 123 de 137 de areia e de pedra, respectivamente, para um saco de cimento é: (A) 175 e 125 (B) 126 e 90 (C) 125 e 175 (D) 100 e 150 (E) 90 e 126 Dados: 1 saco de cimento = 36 litros 16) (46 ± MPE-MA/2013 ± FCC) O traço em massa do concreto a ser executado em obra é 1,2:2:3:0,3 (cimento, areia, brita e água) com agregados secos. O volume de brita necessário para a produção de 1 m3 de concreto é, em m3, Dados: í Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco adensado; í Cimento: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; í Areia: massa específica dos sólidos =2,5 g/cm3; í Brita: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; í Índice de vazios da brita fornecida seca =0,80 í Massa específica aparente da areia seca =1.550 kg/m3. (A) 0,72 (B) 1,20 (C) 2,00 (D) 2,40 (E) 3,00 Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 124 de 137 17) (51 ± TRE-BA ± 2003 ± FCC) Os incorporadores de ar são usados no concreto com a finalidade de (A) aumentar sua resistência à compressão. (B) melhorar sua trabalhabilidade. (C) acelerar a pega. (D) eliminar o efeito de deformação lenta. (E) retardar a pega. 18) (52 ± MPE-SE ± 2009 ± FCC) Um dos mecanismos de deterioração da vida útil das estruturas de concreto é a OL[LYLDomR��D�TXDO�p�GHILQLGD�SHOD�1%5�����������í�3URMHWR�GH� estruturas de concreto como (A) a ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento. (B) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera. (C) reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. (D) a expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos. (E) a expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 125 de 137 19) (36 ± TRT-15/2013 ± FCC) Nos projetos de estruturas de concreto armado com 25 MPa de resistência característica à compressão, quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 dias, o módulo de elasticidade ou módulo de deformação tangente inicial do concreto (Eci), em MPa, pode ser estimado em (A) 140 000. (B) 28 000. (C) 25 000. (D) 119 000. (E) 23 800. 20) (54 ± Defensoria-SP/2013) O ensaio realizado para a determinação da resistência característica do concreto, ou seja, a resistência à compressão é determinada por um ensaio padronizado empregando-se corpos de prova cilíndricos. As dimensões dos corpos de prova são: (A) 30 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (B) 15 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (C) 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. (D) 10 cm de diâmetro e 45 cm de altura. (E) 10 cm de diâmetro e 15 cm de altura. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 126 de 137 21) (39 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Na definição de agregado graúdo para concreto, a areia tem grãos que passam na peneira ABNT x mm e ficam retidos na peneira ABNT y mm, ressalvados os valores limites. Os valores de x e y são, correta e respectivamente, (A) 75 e 4,75. (B) 150 e 9,25. (C) 300 e 9,75. (D) 950 e 38. (E) 950 e 76. 22) (44 ± Copergás/2011 ± FCC) Cimento Portland é o produto obtido pela pulverização de clínquer constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adições de substâncias que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego. Hoje, o cimento Portland é normalizado e existem onze tipos no mercado. O cimento Portland de alto-forno contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa o que lhe confere propriedades como: baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade, sendo recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade como também para aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou protendido etc. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735. Este cimento é denominado (A) CP-I. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 127 de 137 (B) CP-II-F. (C) CP-III. (D) CP-IV. (E) CP-V-ARI. 23) (38 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Em um saco de cimento, a sigla CP IV-25 indica que se trata de cimento Portland pozolânico com resistência à compressão de (A) 25 MPa aos 7 dias de idade. (B) 25 MPa aos 28 dias de idade. (C) 28 MPa aos 25 dias de idade. (D) 28 MPa aos 28 dias de idade. (E) 32 MPa aos 25 dias de idade. 24) (54 ± UFTM/2013 ± VUNESP) Nos banheiros e cozinhas em microclimas urbanos, o valor de cobrimento nominal nas lajes em concreto armado é x mm e o valor de cobrimento nominal nas vigas e pilares em concreto armado é y mm. A soma dos valores de x e y, em mm, está entre (A) 40 e 45. (B) 45 e 50. (C) 50 e 75. (D) 75 e 85. (E) 85 e 95. Edificações ʹ Terracap/2017Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 128 de 137 25) (84 ± TCE-PI ± 2005 ± FCC) O cimento de alto-forno, fabricado com adição de escória de alto-forno siderúrgico, NÃO é recomendado para concreto (A) em contato com meios agressivos. (B) executado dentro da água do mar. (C) pré-moldado que exija altas resistências nos primeiros dois dias. (D) em contato com sulfatos. (E) de massa (barragens). 26) (32 ± TRF3/2014 ± FCC) A função principal da adição de gesso ao clínquer, no processo de produção do cimento Portland, é (A) aumentar a durabilidade. (B) aumentar a finura. (C) alterar a permeabilidade. (D) controlar o calor de hidratação. (E) controlar o tempo de pega. 27) (33 ± TRF3/2014 ± FCC) O cimento Portland de alto- forno é o aglomerante hidráulico obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland e escória granulada de alto- forno, moídos em conjunto ou em separado. As classes correspondentes ao cimento Portland de alto-forno são: Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 129 de 137 (A) CP IV-25 e CP IV-32. (B) CP III-25, CP III-32 e CP III-40. (C) CP II-25 e CP II-32. (D) CP V-25 e CP V-32. (E) CP IV-25, CP IV-32 e CP IV-40. 28) (29 - TRE-PB ± 2007 ± FCC) NÃO afeta a resistência à compressão do concreto: (A) as condições de cura (idade, temperatura e umidade). (B) o emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. (C) o tipo do cimento. (D) a relação água/cimento. (E) manter as formas e o escoramento por mais de 28 dias. 29) (49 ± Copergás/2011 ± FCC) A principal característica das lajes nervuradas é a diminuição da quantidade de concreto na região tracionada, podendo ser utilizado um material de enchimento. Além de reduzir o consumo de concreto, há um alívio do peso próprio. Ressalta-se, porém, que a resistência do material de enchimento não é considerada no cálculo da laje. Entre os vários tipos de materiais de enchimento, podem ser utilizados (A) blocos de EPS, blocos de PVC e areia. (B) blocos cerâmicos, blocos de madeira e blocos de EPS. (C) placas de madeira, blocos cerâmicos e mantas não tecidas. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 130 de 137 (D) material britado, blocos vazados de concreto e blocos de EPS. (E) blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS. 30) (46 ± MPE-AM/2013 ± FCC) Em vigas com armadura de tração composta por aço CA-50 deve dispor-se, longitudinalmente e próxima a cada face lateral da viga, na zona tracionada, uma armadura de pele, quando a medida da altura útil da viga (A) ultrapassar 60 cm. (B) não ultrapassar 40 cm. (C) for, no mínimo, 45 cm. (D) for inferior a 30 cm. (E) for menor que 50 cm 31) (4 ± SAEP/2014 ± VUNESP) No projeto de estruturas de concreto, em cada face da alma da viga, a utilização da armadura de pele pode ser dispensada para vigas com altura igual ou inferior a (A) 80 cm. (B) 70 cm. (C) 60 cm. (D) 85 cm. (E) 75 cm Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 131 de 137 32) (50 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) De acordo com a NBR 6.118:2003, pilares com menor dimensão da seção transversal entre 12 cm e 19 cm devem receber um FRHILFLHQWH�GH�PDMRUDomR�DGLFLRQDO�DŽQ� ������± (0,05.b), onde b é a menor dimensão. Se o momento fletor característico de 200 kN.m atua em um pilar de concreto armado de seção retangular (15 cm por 40 cm) com o coeficiente de segurança GDV�Do}HV�DŽI� ������HQWmR�R�YDORU�GR�PRPHQWR�IOHWRU�GH�FiOFXOR� Md é (A) 200 kNm. (B) 210 kNm. (C) 240 kNm. (D) 320 kNm. (E) 336 kNm. 33) (52 ± TRE-MS ± 2007 ± FCC) Na dosagem de concreto, tem que observar diversos objetivos como trabalhabilidade, resistência e economia. Para atingi-los NÃO é correto afirmar: 34) (36 ± TRE-SE ± 2007 ± FCC) A fissuração do concreto e das argamassas em geral, é um fenômeno natural, Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 132 de 137 economicamente de difícil eliminação, porém, ela pode ser melhorada (A) diminuindo a finura do cimento. (B) aumentando a relação água/cimento. (C) usando quantidade de ferro, teoricamente necessária a absorver os esforços de tração. (D) utilizando maior quantidade de agregados graúdos. (E) utilizando maior quantidade de agregados miúdos. 35) (21 ± Fundação Casa/2013 ± VUNESP) As lajes retangulares em concreto armado podem ser armadas em uma só direção. Essas lajes, mesmo quando apoiadas nas quatro bordas, são aquelas em que a razão entre o maior e o menor vão é superior a (A) 1,2. (B) 1,5. (C) 1,6. (D) 1,8. (E) 2,0 36) (46 ± Analista Legislativo/SP ± 2010 ± FCC) Considere as seguintes afirmações sobre as hipóteses básicas utilizadas para a análise dos esforços resistentes de uma seção de viga em concreto armado: I. As seções transversais se mantêm planas após ocorrer deformação por flexão. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 133 de 137 II. A deformação das barras passivas aderentes em tração ou compressão deve ser a mesma do concreto em seu entorno. III. As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, não podem ser desprezadas, obrigatoriamente no ELU (Estado Limite Último). IV. A distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico igual a 0,85 fcd. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) I, II e III. (E) I, II e IV. 37) (47 ± Analista Legislativo/SP ± 2010 ± FCC) No dimensionamento à flexão simples de vigas de concreto armado, o estado limite último no domínio 3 é definido por: (A) ruptura convencional por deformação plástica excessiva com tração não uniforme, sem compressão. (B) ausência de ruptura à compressão do concreto e por alongamento máximo permitido para o aço. (C) ruptura convencional à compressão do concreto e por HVFRDPHQWR�GR�DoR��İs İyd). (D) ruptura convencional à compressão do concreto e aço WUDFLRQDGR�VHP�HVFRDPHQWR��İs < İyd). Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 134 de 137 (E) ruptura convencional por encurtamento limite do concreto com compressão não uniforme, sem tração. 38) (53 ± UFTM/2013 ± VUNESP) A deformabilidade das lajes e vigas flexionadas deve ser analisada levando-se em consideração que o concreto armado passa por diversos estágios de comportamento ao longo de um carregamento crescente. Quando a fissuração é intensa e o aço atinge o limite do escoamento caminhando para a ruptura do concreto e do aço, o diagrama de tensõesno concreto tende a ficar uniforme com quase todas as fibras trabalhando com sua tensão máxima. O estágio alcançado é conhecido como estádio (A) I. (B) II. (C) III. (D) I V. (E) V. 39) (28 ± SEGAS/2013 ± FCC) É característica das lajes planas protendidas: (A) a possibilidade de utilização de vãos maiores, proporcionando maiores áreas livres. (B) deformações maiores em comparação a estruturas de concreto simples equivalentes. (C) a consideração das deformações geradas pelo peso próprio no dimensionamento. (D) a baixa resistência ao puncionamento. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 135 de 137 (E) o intervalo de tempo prolongado para a retirada do escoramento. 6 ± GABARITO 1) E 11) C 21) A 31) C 2) E 12) D 22) C 32) E 3) A 13) B 23) B 33) E 4) C 14) E 24) C 34) D 5) A 15) E 25) C 35) E 6) C 16) A 26) E 36) E 7) E 17) B 27) B 37) C 8) A 18) A 28) E 38) C 9) D 19) B 29) E 39) A 10) C 20) C 30) A Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 136 de 137 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - Associação Brasileira de Cimento Portland ± ABCP. Guia básico de utilização do cimento portland. 7ª Edição. São Paulo, 2002. - Associação Brasileira de Normas Técnicas ± ABNT. NBR 6118/2007 ± Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento. - Associação Brasileira de Normas Técnicas ± ABNT. NBR 14931/2004 ± Execução de Estruturas de Concreto - Procedimento. - Azeredo, Hélio Alves de. O Edifício até sua Cobertura. São Paulo. Edgard Blucher, 1997. - Botelho, Manoel Henrique Campos; e Marchetti, Osvaldemar. Concreto Armado Eu Te Amo. São Paulo. Edgard Blucher, 2002. - Hanai, João Bento de. Fundamentos do Concreto Protendido, acessado no sitio: <http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/protendido /arquivos/cp_ebook_2005.pdf>. - Leonhardt, Fritz e Monnig, Eduard. Princípios Básicos de Dimensionamento de Estruturas de Concreto, volume 1. Rio de Janeiro. Interciência: 1977. - Leonhardt, Fritz e Monnig, Eduard. Concreto Protendido, volume 5. Rio de Janeiro. Interciência: 1983. Edificações ʹ Terracap/2017 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 137 de 137 - Mehta, Povindar Kumar e Monteiro, Paulo J. M.. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo. Pini: 1994. - Pinheiro, Libânio M. e Razente, Julio A.. Lajes Nervuradas. USP ± EESC ± Departamento de Engenharia de Estruturas. 2003. - Ratton Filho, Hostílio X. Tecnologia das Misturas Ligantes Minerais ± Inertes. Rio de Janeiro. IME: 1986. - Souza, Ana L. Rocha. O Projeto para Produção das Lajes Racionalizadas de Concreto Armado de Edifícios. Dissertação de Mestrado em Engenharia. Escola Politécnica - Universidade de São Paulo, São Paulo: 1996. - Tartuce, Ronaldo. Dosagem Experimental do Concreto. São Paulo. Pini: 1989. - Thomaz, Eduardo. Cimentos e Concretos ± 1900 a 2008. Notas de Aula. 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