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Escola de Ciência e Tecnologia Roteiros de Física Experimental Escola de Ciência e Tecnologia 2 Pequenas Considerações Com o começo das atividades dos laboratórios de ciência e tecnologia no ano de 2009 foram adquiridos muitos equipamentos. Vários roteiros foram elaborados por professores e alguns já tinham sidos licenciados a Unigranrio. Como iniciativa da direção da Escola de Ciência e Tecnologia digitalizou—se todos esses documentos e alguns destes foram utilizados no primeiro curso de Física Experimental lecionado por mim em 2013-2. A primeira parte do curso foi sobre Teoria do Erro seguindo o excelente material do Instituto de Física da USP com o Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks como autor e a Profª. Dra. Ewa Shibulska como revisora. O pequeno texto de 27 páginas está no link: http://stoa.usp.br/fap0181/files/70/162/ConcBasTeorErr-c.pdf Para as normas de arredondamento usamos a norma NBR 5891. Seguem os roteiros elencados por mim para a disciplina e alguns outros que podem fazer parte da disciplina. Prof. Dr. Paulo Sérgio de Abreu Bonfim Fevereiro de 2015. Escola de Ciência e Tecnologia 3 Prática 01: O equilíbrio de um móvel num plano inclinado 1. Material/Aparelho utilizado: Plano inclinado 2. Objetivos: Reconhecer os efeitos da força motora Px e sua equilibrante: tensão, compressão, atrito, etc; Reconhecer os efeitos da componente ortogonal da força peso Py e sua equilibrante (força normal N); Reconhecer a dependência de Px e Py em função da massa envolvida e da aceleração gravitacional no local; Construir o diagrama de forças atuantes sobre um corpo. 3. Atividades: Determine a força peso P do carro (com duas massas de 50g acopladas). P = ____________________N Monte o equipamento conforme a figura, prendendo a cabeceira do dinamômetro entre os dois fixadores. Escola de Ciência e Tecnologia 4 O dinamômetro deve ficar paralelo à rampa. Girando o manípulo do fuso, incline o plano articulável até um ângulo desejado. = _________________ Verifique o zero do dinamômetro. Antes de executar a leitura, bata levemente com o dedo na capa do dinamômetro, isto diminui a frenagem entre a escala e a capa. Prenda o móvel pela conexão flexível ao dinamômetro, atento para que a escala não se atrite com a capa. O indicador da orientação (esfera dependurada) da força peso atuante no carrinho, não deve tocar na base do conjunto, caso necessário, eleve um pouco a rampa (mesmo que tenha que escolher outro ângulo ). Faça o Diagrama de forças que atuam neste momento sobre o móvel, identificando cada uma delas. Caso o móvel fosse solto do dinamômetro, o que você supõe que ocorreria com ele? Justifique a sua resposta. A força peso atua segundo a orientação do conjunto móvel dependurado no carro, justifique o fato de, quando livre, o móvel executar um movimento ao longo da rampa. Qual é o agente físico responsável por este deslocamento? Com o valor da força peso do móvel e a inclinação da rampa, faça um diagrama identificando as características do vetor componente Px. Qual a orientação e o valor modular da força de tensão T (força aplicada pelo dinamômetro)? Confronte o valor da força de tensão T com o valor calculado para a força componente Px. Caso haja diferença, calcule o percentual de erro e procure justificá-lo. Escola de Ciência e Tecnologia 5 Dê a orientação e calcule o valor da força normal N. Segure com a mão, a cabeceira do plano inclinado e devagar, vá levando-a de modo a se aproximar de 45º. Para que valores tendem as componentes Px e Py quando o plano inclinado tende ao ângulo de 45º? Justifique a sua resposta. Escola de Ciência e Tecnologia 6 Prática 02: A primeira lei do movimento de Newton e noções sobre as forças de atrito 1. Material/Aparelho utilizado Dinamômetro Fio de poliamida Bloco de madeira 2. Objetivos Construir e interpretar tabelas de dados; Reconhecer, por extrapolação, a primeira lei de Newton; Mencionar que a força é o agente capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento de um corpo; Comparar atrito estático com o atrito cinético; Classificar as forças de atrito. 3. Montagem Monte a prática conforme a figura. 4. Atividades Com o bloco de madeira sobre a mesa (face revestida) e mantendo o dinamômetro paralelo à superfície, aplique uma força de 0,2 N sobre o móvel. O bloco se moveu sob a ação da força de 0,2 N? Aumente a intensidade da força de 0,2 N em 0,2 N completando a Tabela Superfícies em Contato Tampo da mesa e esponja Forças aplicadas em N Ocorrência de movimento (sim) ou (não) 0,2 0,4 0,6 Escola de Ciência e Tecnologia 7 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 Tabela 1 Observe que o movimento relativo de deslizamento, entre as superfícies em contato, só ocorre para valores da força aplicada acima de um certo limite. Qual foi o valor aproximado da menor força aplicada capaz de iniciar o movimento entre as superfícies esponjosa do bloco e a superfície da mesa? Vire o bloco deixando agora sua superfície de madeira em contato com a mesa. Procedendo como anteriormente, complete a Tabela 2. Superfícies em Contato Tampo da mesa e esponja Forças aplicadas em N Ocorrência de movimento (sim) ou (não) 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 Tabela 2 Compare suas respostas nos itens I e II e procure justificar a diferença. Pelas leis da mecânica newtoniana, ―um corpo em repouso, assim permanecerá, a menos que uma força resultante externa venha a atuar sobre o mesmo‖. Nos dois Escola de Ciência e Tecnologia 8 casos anteriores, você tentou tirar o bloco do repouso aplicando forças externas paralelas às superfícies em contato. Justifique o fato das forças externas iniciais, dentro de um certo limite, não terem conseguido movimentar o bloco de madeira? Segundo suas observações, o que você deve admitir para justificar uma resultante externa nula no intervalo inicial em que a força aplicada não foi capaz de mover o corpo de prova? Esta força resistente, além de contrariar a força externa que tende a deslocar o bloco, também acompanha o seu aumento modular até um certo valor máximo, a partir deste valor máximo, qualquer acréscimo dada à força aplicada surge como força resultante e desloca o móvel, tirando as superfícies em contato do seu repouso relativo. A força de atrito estático. Sempre que houver tendência ao movimento relativo entre quaisquer superfícies em contato inicialmente em repouso, se verifica a presença desta força que se opõe ao movimento, denominada forçade atrito estático (Fe). O valor máximo da Fe equivale ao módulo da menor força aplicada necessária para iniciar o movimento relativo entre as superfícies que se tocam, logo: Fe máxima = F mínima para iniciar o movimento A força de atrito em relação à área de contato. Devido à impossibilidade de se obter superfícies perfeitamente polidas e sem forças de coesão moleculares nas poucas regiões pontuais, efetivamente em contato (grande responsáveis pela força de atrito) é inviável se buscar o relacionamento entre a Fe e a área real de contato entre as superfícies. Sob as seguintes condições, bastante difíceis, referentes as duas superfícies a serem testadas, se verificaria pouca variação na força de atrito em relação à área de contato: Secas; Não lubrificadas; Indeformáveis; Uniformemente acabadas; Adicionando os cuidados de que durante os ensaios devam ocorrer: Controle da umidade; Isenção de formação de películas superficiais; Isenção de contaminações; Controle da temperatura das superfícies, etc. Escola de Ciência e Tecnologia 9 Na maioria das atividades as condições de trabalhão não obedecem estas condições e as diferenças devida às variações na área de contato efetivo podem chegar a valores ―alarmantes‖. Experimente! Da Vinci, Leonardo (1452-1519) Pintor, escultor, arquiteto e engenheiro, ícone dos talentos versáteis da Itália do Renascimento. A lei empírica de Leonardo da Vinci sobre o atrito A lei empírica de Leonardo Da Vinci sobre o atrito: ―A força de atrito independe da área de contato‖ é aceita devida à proporcionalidade existente entre a área efetiva e a força Normal N, atuante nos pontos de contato entre as duas superfícies que buscam o movimento relativo. O coeficiente de atrito estático Deste modo, se utiliza a proporcionalidade existente entre o módulo da força mínima aplicada para iniciar o movimento relativo entre as superfícies (Fmin) e o módulo da força normal N, para determinar o número µe denominado coeficiente de atrito estático. µe = Fmin / N O coeficiente de atrito estático µe (que informa o grau de atrito entre as superfícies em estudo) depende: Da natureza destas superfícies; Das forças de adesão eletromagnética nos pontos em que as superfícies se tocam; De quão ásperas são as superfícies; Da umidade existente; Do nível de contaminação, etc; A soldagem a frio. Existem casos onde as superfícies envolvidas são metálicas e super polidas que, quando postas em contato, as forças de adesão são tão grandes que se prendem uma à outra de tal forma que o processo é conhecido como solda a frio. Segundo o exposto acima podemos escrever: Força mínima para o movimento relativo = força máxima de atrito estático. Fmin = µe N logo: Fe ≤ µe N Nas atividades em que o móvel em repouso se encontra sobre uma sustentação horizontal, a força normal N coincide com a força peso P. Determine o valor da força normal N que atua sobre o corpo de prova utilizado neste experimento. Escola de Ciência e Tecnologia 10 Com base na tabela 2, determine o valor médio da Fe máxima entre a superfície de madeira e a superfície da mesa. Calcule o valor aproximado do µe entre as superfícies de madeira do bloco e a superfície da mesa. É válido se afirmar que o valor do µe entre as duas superfícies acima é fixo e pode, com toda certeza, ser ―tabelado‖? Justifique a sua resposta. Caso déssemos um empurrão no bloco, com a parte esponjosa em contato com a mesa e depois, com a sua superfície de madeira para baixo, em qual das situações o bloco pára primeiro? Justifique a sua resposta. Extrapole sua resposta anterior, para o caso ideal de não existir qualquer tipo de atrito entre as superfícies. Que tipo de movimento o móvel executaria neste caso ideal de ausência de atrito? Newton, Sir Isaac (1643-1727) Físico e matemático inglês. O atrito versus a primeira lei de Newton para o movimento. Discuta a validade da seguinte afirmação. “Um corpo em repouso, ou em movimento retilíneo e uniforme, assim permanecerá, a menos que uma força resultante externa venha a atuar sobre ele”. Esta afirmação é conhecida como a primeira lei de Newton para o movimento. Salientamos que o movimento retilíneo e uniforme é um movimento ideal, muito difícil de se obter na prática, contudo, qualquer aproximação conseguida é de grande utilidade para a compreensão de muitos fenômenos. Exemplo: ao executas a tarefa de aplicar as forças indicadas sobre o bloco de madeira, você deve ter percebido que, logo após iniciar o movimento, o valor da força aplicada decaía. O módulo da força de atrito estático máximo. Chamamos de módulo da força de atrito estático máxima ao valor da menor força necessária para iniciar o movimento. A força de atrito cinético Uma vez começado o movimento do corpo, a força necessária para mantê-lo em MRU, anulando a força de atrito é menor. Escola de Ciência e Tecnologia 11 Esta força que atua entre as superfícies que se deslocam em movimento relativo, uma sobre a outra, é denominada de força de atrito cinético e é representada por Fc . Puxe o bloco com a sua superfície de madeira em contato com a mesa, procurando manter uma velocidade baixa e constante. Durante o deslocamento do bloco anote o valor da força aplicada. Refaça 5 vezes a operação e, para cada caso, anote o valor encontrado. Determine a média dos valores encontrados. A expressão Fc = µc N vincula força de atrito cinético com a força normal às superfícies em movimento relativo. Identifique cada termo desta expressão e determine o valor médio da Fc e, a partir desta, calcule o valor provável do µc entre as superfícies da mesa e a da face esponjosa do bloco. É válido se afirmar que o valor do µc entre os pneus de um carro e o asfalto é constante? Justifique a sua resposta. Este valor seria o mesmo em dias chuvosos? Justifique sua resposta. Comente duas vantagens da presença do atrito. Exemplo: O atrito é que nos permite mexer o alimento no interior de uma panela, etc. Cite duas desvantagens da presença de atrito. Justificando cada caso. Escola de Ciência e Tecnologia 12 Prática 03: O MRU utilizando cerca ativadora, um sensor e dez registros 1. Material/Aparelho utilizado: Trilho de ar 2. Objetivos Identificar um movimento retilíneo e uniforme (MRU); Determinar a velocidade média de um móvel; Construir o gráfico da variação da posição do móvel em função do tempo; Obter o valor da velocidade média do móvel a partir do gráfico x versus t; Identificar um MRU a partir do gráfico x versus t; Reconhecer as variáveis da expressão ; Fornecer a equação horária de um móvel em MRU, a partir de suas observações e medições. Execute a montagem conforme a imagem acima. 3. Atividades: Arbitre a posição inicial do móvel como sendo zero milímetro. O fato de você ter deslocado o referencial para = zero, não altera os , nem os , no respectivo movimento. Sempre que possível arbitre a posição inicial . Como os bloqueios da régua têm uma extensão de 18 mm, calcule as posições fazendo sucessivas adições desta extensão:Escola de Ciência e Tecnologia 13 ... Calcule os valores de até a última posição , anotando as posições na primeira coluna da tabela 1. Encoste o carro (com duas cargas de 0,5 N) na bobina. Dispare o móvel e verifique no cronômetro o tempo de passagem dos 10 bloqueios da régua transportada pelo móvel. Faça a rolagem dos tempos o visor do cronômetro e os copie para a segunda coluna da tabela 1. Calcule os intervalos de tempo e anote na quarta coluna da tabela1. (m) (s) (s) (m/s) = t0 = = = t1 = = = t2 = = = t3 = = = t4 = = = t5 = = = t6 = = = t7 = = = t8 = = = t9 = = Tabela 1 Usando a expressão , calcule as velocidades médias em cada intervalo anotando-as na tabela 1. Faça o Gráfico versus t, das velocidades médias obtidas nos dez intervalos, considerando o instante inicial igual a zero. Este gráfico não deve ser confundido com o da velocidade instantânea, ao traçá-lo leve em conta que a velocidade média é constante dentro do intervalo considerado. Classifique o movimento estudado em função da trajetória e do comportamento das velocidades médias obtidas. A análise dos dados obtidos, até o momento, apenas permite dizer que o móvel executou um movimento retilíneo com velocidade média constante. Escola de Ciência e Tecnologia 14 Isto implica que o móvel, além da trajetória retilínea, não sofreu variação na sua velocidade, logo: Sempre que as características do vetor velocidade não variarem, você pode afirmar que o movimento não é acelerado. Assim sendo, o presente caso trata de um movimento retilíneo e uniforme – MRU (velocidade constante). Com os dados da tabela 1 construa o Gráfico x versus t deste movimento. Matematicamente, como é denominado este tipo de curva? Qual o significado físico da tangente a qualquer ponto da curva traçada? Trace algumas tangentes à curva obtida e verifique o que acontece com a velocidade, à medida que o tempo passa. Como se comporta o deslocamento de um móvel, em MR, em relação ao gasto para percorrê-lo? Duas grandezas que assim se comportam são ditas diretamente proporcionais e são representadas do seguinte modo . Matematicamente, para trocar o sinal de proporcionalidade (α) pelo de igualdade (=), é necessário a introdução de uma constante, logo implica que , onde, . No MRU a distância percorrida (medida feita sobre a trajetória) coincide com o módulo do deslocamento sofrido pelo móvel. Observe que a razão ( ) é representada pela tangente do Gráfico x versus t. Determine a partir do Gráfico x versus t, a velocidade do móvel. Compare o valor encontrado através do gráfico com as velocidades médias obtidas nos diferentes intervalos (tabela 1) e tire conclusões. Partindo da expressão de definição da velocidade com , se obtém , expressão matemática conhecida com equação horária do MRU, onde: x = posição considerada como final = posição considerada como inicial velocidade do móvel (no MRU é constante) = intervalo de tempo que o móvel levou para se deslocar de até x. Determine a equação horária do movimento estudado e defina o movimento retilíneo e uniforme. Escola de Ciência e Tecnologia 15 Prática 04: A colisão elástica e a conservação do momento linear com cerca ativadora de 30 registros 1. Material/Aparelho utilizado: Trilho de ar 2. Objetivos: Verificar experimentalmente os princípios de conservação do momento linear (quantidade de movimento); Verificar experimentalmente os princípios de conservação da energia cinética; Utilizar os conhecimentos adquiridos, identificando, formulando, equacionando e resolvendo problemas do cotidiano, relativos à conservação da energia. 3. Montagem: Execute a montagem conforme as imagens abaixo 4. Atividades: As medidas de massa ou quantidade de movimento linear. O movimento linear (Q) ou quantidade de movimento linear de um corpo é definido como o produto de sua massa (m), pela sua velocidade (v). Q = m . v Determine as massas dos carros 1 e 2. Escola de Ciência e Tecnologia 16 ________ g = __________ Kg ________ g = __________ Kg Os cálculos iniciais, preparatórios para o experimento Quando a traseira do móvel 1 estiver sobre a marca dos 100 mm, a sombra do primeiro bloqueio da régua (parte da pintada da régua) que ele transporta deve estar iniciando sua passagem pelo orifício do sensor S0. Considere esta posição como a posição do móvel 1 quando ele acionar o sensor. = 100 mm = ____________. m Calcule a posição do carro 1 quando o segundo bloqueio da régua que ele transporta passar pelo sensor S0 adicionando os 18 mm referentes à largura da máscara. = ____________ mmm = ______________. m Procedendo desta maneira, determine o módulo das demais posições que o carro 1 ocupará quando os outros bloqueios da régua passarem pelo sensor S0. Preencha a segunda coluna da Tabela 1 com os valores encontrados. Carro 1 ida Tempo (s) Posição ( m) Velocidade (m/s) = 0.000 = 100 (S0 00 ) = = (S0 01 ) = = (S0 02 ) = = (S0 03 ) = = (S0 04 ) = = (S0 05 ) = = (S0 06 ) = = (S0 07 ) = = (S0 08 ) = = (S0 09 ) = = = = = Tabela 1 Escola de Ciência e Tecnologia 17 Observe que quando a traseira do móvel 2 estiver sobre a marca dos 600 mm, a sombra do primeiro bloqueio da régua que ele transporta estará iniciando sua passagem pelo orifício do sensor S1. Considere esta posição como a posição do carro 2 quando ele acionar o segundo sensor. = 600 mm = ____________. m Calcule a posição do carro 2 quando o segundo bloqueio da régua que ele transporta passar pelo sensor S1 adicionando 18 mm referentes à largura do bloqueio (parte pintada de azul da régua). = _______________ mm = ____________. m Procedendo de maneira análoga, determine o módulo das demais posições que o carro 2 ocupará quando os outras bloqueios da régua passarem pelo sensor S1. Preencha a segunda coluna da Tabela 2 com os valores encontrados. Carro 2 ida Tempo (s) Posição ( m) Velocidade (m/s) = = 600 (S0 00 ) = = (S0 01 ) = = (S0 02 ) = = (S0 03 ) = = (S0 04 ) = = (S0 05 ) = = (S0 06 ) = = (S0 07 ) = = (S0 08 ) = = (S0 09 ) = = = = = Tabela 2 No decorrer do experimento o carro 1 baterá no carro 2 e voltará. Ao retornar, o carro 1 irá ativar novamente o sensor S0, registrando mais 10 intervalos de tempo. O carro 1, neste retorno, quando voltar a ativar o sensor, sua régua estará deslocada (em relação à Escola de Ciência eTecnologia 18 sua posição inicial) de 180 mm (10 intervalos de 18 mm). Portanto a posição inicial do carro 1 na reativação do sensor será 280 mm (100 mm + 180 mm). Considere esta posição como a posição de retorno do carro 1. Posição de retorno do carro 1 quando ele volta a acionar o sensor S0. Retorno = 280 mm = ___________. m Calcule a posição de retorno do carro 1 quando o segundo bloqueio da régua passar pelo sensor S0. Retorno – 18 mm = ___________. m Observe que por ser retorno do carro 1 a posição relativa será obtida subtraindo dos 280 mm (sucessivamente) cada um dos intervalos dos bloqueios da régua. Procedendo de modo análogo, calcule a posição do carro 1 quando o segundo bloqueio da régua que ele transporta (no retorno) passar pelo sensor S0. Retorno – 18 mm = ___________. m Com os valores das posições assim calculadas, preencha a segunda coluna da tabela 3. Carro 1 volta Tempo (s) Posição ( m) Velocidade (m/s) = = (S0 00 ) = = (S0 01 ) = = (S0 02 ) = = (S0 03 ) = = (S0 04 ) = = (S0 05 ) = = (S0 06 ) = = (S0 07 ) = = (S0 08 ) = = (S0 09 ) = = = = = Tabela 3 Andamento do experimento com a coleta de dados experimentais. Escola de Ciência e Tecnologia 19 Segure o carro 2 com a sombra do primeiro bloqueio da régua 1 mm antes da fotocélula S0; ligue a unidade de fluxo de ar; encoste o carro 1 contra o largador; acione o interruptor da bobina impulsionando o móvel 1 (carro 1); (Você somente irá soltar o carro 2 alguns segundos antes do impacto do carro 1 contra ele) Faça a rolagem dos dados no cronômetro e anote: Os tempos de ida do carro 1 na tabela 1. Os tempos de ida do carro 2 na tabela 2. Os tempos de volta do carro 1 na tabela 3. Utilizando a expressão: Determine a velocidade média de ida do carro 1, anotando-a na terceira coluna da tabela 1. Determine a velocidade média de ida do carro 2 e anote-a na terceira coluna da tabela 2. Determine a velocidade média de volta do carro 1 e anote-a na terceira coluna da tabela 3. O que aconteceu com os valores das velocidades médias antes e depois do choque? Calcule a energia cinética ( ) média dos dois carros, antes e após a colisão. Compare os resultados e discuta a validade da afirmação: “A energia cinética total do sistema antes da colisão se conserva após a colisão”. Calcule o valor das quantidades de movimento de cada um dos móveis, antes e após a colisão. _____________ Kg . m/s _______________ Kg . m/s _______________ Kg . m/s Compare os resultados e discuta a validade da afirmação: Escola de Ciência e Tecnologia 20 ―A quantidade de movimento do sistema antes da colisão se conserva (após a colisão).” *Observação: Chamamos de colisão elástica àquela em que se verifica tanto a conservação da quantidade de movimento como a conservação da energia cinética total das partículas que a compõem os corpos. Esta colisão ocorre quando não há alteração nas massas dos corpos, nem deformações. A colisão entre dois móveis (num colchão de ar) dotados de ímãs com mesmo pólo se aproximando é uma colisão elástica (mesmo que os dois móveis não se toquem). Escola de Ciência e Tecnologia 21 Prática 05: A colisão perfeitamente inelástica, conservação do momento linear com cerca ativadora e 20 registros 1. Material/ Aparelho utilizado: Trilho de ar 2. Objetivos: Verificar experimentalmente o princípio de conservação do momento linear (quantidade de movimento); Verificar experimentalmente que num choque inelástico não ocorre a conservação da energia cinética. 3. Montagem: Execute a montagem conforme a imagem As medidas de massa ou quantidade de movimento linear. O movimento linear (Q) ou quantidade de movimento linear de um corpo É definido como o produto de sua massa (m), pela sua velocidade (v). Q = m . v Determine as massas dos carros 1 e 2. ________ g = __________ Kg ________ g = __________ Kg Escola de Ciência e Tecnologia 22 4. Atividades: Os cálculos iniciais, preparatórios para o experimento. Antes do impacto o carro 1 (móvel 1) estará em movimento. No momento do impacto o carro 1 se acopla definitivamente ao carro 2, formando um sistema composto denominado móvel 2. Alinhando a cabeceira esquerda do móvel 1 sobre a marca dos 300 mm, a sombra do primeiro bloqueio da régua ficará 1 mm na frente da fotocélula S0, logo, a posição inicial do móvel é: = 100 mm = ____________. m Calcule a posição do móvel 1 quando o segundo bloqueio da régua que ele transporta passar pelo sensor S0. Para isto, adicione à posição anterior 18 mm referentes à largura do bloqueio da régua. = ____________ mm = ______________. m Determine o módulo das posições que o móvel 1 ocupará quando os outros bloqueios da régua transportada passar pelo sensor S0, completando a segunda coluna da tabela 1. Móvel 1 ida Tempo (s) Posição ( m) Velocidade (m/s) = 0.000 = 300 (S0 00 ) = = (S0 01 ) = = (S0 02 ) = = (S0 03 ) = = (S0 04 ) = = (S0 05 ) = = (S0 06 ) = = (S0 07 ) = = (S0 08 ) = = (S0 09 ) = = = = = Tabela 1 Escola de Ciência e Tecnologia 23 Alinhando a cabeceira esquerda do móvel 2 sobre a marca dos 800 mm, a sombra do primeiro bloqueio da régua ficará 1 mm na frente da fotocélula S1, logo, a posição inicial do móvel 2 é: = 700 mm = ____________. m Calcule a posição do móvel 2 quando o segundo bloqueio da régua transportada passar pelo sensor S1. Para isto, adicione à posição anterior 18 mm referentes à largura do bloqueio da régua. = _______________ mm = ____________. m Determine o módulo das demais posições que o móvel 2 ocupará quando os outros bloqueios da régua transportada passar pelo sensor S1, preenchendo a segunda coluna da tabela 2. Móvel 2 ida Tempo (s) Posição ( m) Velocidade (m/s) = 0.000 = 700 (S1 00 ) = = (S1 01 ) = = (S1 02 ) = = (S1 03 ) = = (S1 04 ) = = (S1 05 ) = = (S1 06 ) = = (S1 07 ) = = (S1 08 ) = = (S1 09 ) = = = = = Tabela 2 Andamento do experimento com a coleta de dados experimentais. Acione duas vezes a tecla F6 (choque inelástico 2 sensores) do cronômetro micro controlado. Para o movimento do móvel 1, você irá utilizar as 10 medidas de tempo do SENSOR S0, indicadas no visor por (S0 00 ) até (S0 09 ). Para o movimento do móvel 2, Escola de Ciênciae Tecnologia 24 você irá utilizar as 10 medidas de tempo do SENSOR S1, indicadas no visor por (S1 00 ) até (S1 09 ). Ligue a unidade de fluxo de ar e acione o interruptor da bobina impulsionando o móvel 1. Você deverá soltar o carro 2 somente alguns segundos antes do impacto do móvel 1 com ele. O primeiro sensor será acionado pela passagem do móvel 1 e serão registrados 10 intervalos de tempo. Complete a primeira coluna da tabela 1 com os tempos de ida do móvel 1. Determine e anote na terceira coluna da tabela 1, a velocidade média do móvel 1 antes da colisão. Use expressão . O segundo sensor será acionado pela passagem do móvel 2 e serão registrados 10 intervalos de tempo. Complete a primeira coluna da tabela 2 com os tempos ida do móvel 2. Determine e anote na terceira coluna da tabela 1, a velocidade média do móvel 2 após a colisão. Use a expressão . O que aconteceu com o valor das velocidades médias antes e depois do choque? Calcule a energia cinética ( ) média antes e depois do choque. ( ) ( ) ( ) ( ) Compare os resultados e discuta a validade da afirmação: ―A energia cinética do sistema antes da colisão inelástica não se conserva após a colisão”. Calcule o valor da quantidade de movimento dos móveis antes da colisão ( ) e após a colisão ( ). Escola de Ciência e Tecnologia 25 Compare os resultados e discuta a validade da afirmação: ―A quantidade de movimento do sistema antes da colisão se conserva (após a colisão)”. Chamamos de colisão perfeitamente inelástica àquela que ocorre quando dois corpos colidem e aderem um ao outro sem perda de massa. Numa colisão perfeitamente inelástica se forem conhecidas as quantidades dos movimentos iniciais, a conservação do momentum é suficiente para permitir a determinação da velocidade final das massas combinadas ( ). Escola de Ciência e Tecnologia 26 Prática 06: O MHS num sistema oscilante massa - mola helicoidal. 1. Material/ Aparelho utilizado: Hooke – Arquimedes 2. Objetivos: Reconhecer o MSH (senoidal) como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional à elongação; Aplicar convenientemente as equações da velocidade e aceleração de um MSH executado por um oscilador massa e mola helicoidal. 3. Montagem: Execute a montagem conforme a figura ao lado. 4. Atividades A equação de definição do MHS Identifique cada termo da equação de definição do MHS (movimento harmônico simples). Nesta atividade consideraremos o movimento em fase com o móvel de referência, logo: A velocidade instantânea, num instante genérico. A velocidade instantânea, num instante genérico t, será dada pela derivada de primeira ordem de x em relação ao tempo: v = Escola de Ciência e Tecnologia 27 v = d ( A cos t) / dt = - A sen A aceleração, num instante genérico. A aceleração a, por definição será a derivada de segunda ordem de x em relação ao tempo: a = = = d = = A equação diferencial que define o MHS não amortecido + ( I ) Esta equação é conhecida como a equação diferencial que define o MHS não amortecido, juntamente com a equação x = A cos ( Anote o valor da massa total m que será utilizada neste experimento (gancho médio com 3 pesos). Pesos: ________________ Gancho: ______________ Conjunto (pesos + gancho): ____________________ Acople o peso na mola. A massa da mola, por ser muito pequena, não será considerada neste momento. Determine e anote a posição de equilíbrio X0 do sistema. X0 = _________________________________ m. Distenda a mola 10 mm além de X0 e libere o sistema. Comente o observado. Classifique o tipo de movimento executado pelo peso m dependurado na mola. O que você observa em relação à amplitude A do movimento à medida que o tempo passava? Cite duas causas que possam ter contribuído para tal fato. O que você observa em relação à freqüência do MHS à medida que o tempo passa? As análises seguintes se baseiam na hipótese da inexistência de agentes causadores do amortecimento devido às seguintes técnicas que serão utilizadas: O movimento será observado nos primeiros momentos, quando os efeitos de amortecimento não são ainda tão acentuados. No início do movimento serão utilizadas pequenas amplitudes. Escola de Ciência e Tecnologia 28 A equação diferencial que define o MHS executado por um móvel que oscila, com pequenas amplitudes, suspenso numa mola helicoidal. Combinando a principal equação da dinâmica do ponto material F= ma com a equação da lei de Hooke: , logo: Como a aceleração é dada por : ( ) (II) Dividindo os termos por m: ( ) (III) Esta é a equação diferencial que define o MHS executado por um móvel de massa que oscila, com pequenas amplitudes, suspenso numa mola de constante de elasticidade K. Compare as equações (II) e (III) e complete as lacunas abaixo: (IV) Como também está relacionado ao período por: (V) Combinando as relações (IV) e (V), obtemos: Um processo dinâmico para a determinação de K A relação acima permite determinar, pelo processo dinâmico, a constante K (com razoável precisão) uma vez conhecidos os valores da massa m e o período . Nesta atividade não se considerou a fração da massa da mola ( ) que deveria ser acrescida a “m”. Atenção: Caso você queira considerar a massa ― ‖ da mola, utilize a expressão: [ ] Determine, pelo processo dinâmico, a constante de elasticidade K da mola. Integrando a equação: Escola de Ciência e Tecnologia 29 ( ) ( ) ( ) Como : ( ) ( ) O princípio da conservação da energia. A soma (energia cinética + energia potencial elástica), em cada ponto da trajetória, é constante (princípio da conservação da energia). Como: ( ) ( ) ( ) Isto significa que o trabalho realizado por uma força variável F (variando de 0 a Kx) para provocar um deslocamento x no móvel, é igual ao trabalhão realizado por uma força constante de módulo Kx para provocar o mesmo deslocamento. Neste caso, a energia consumida na realização deste trabalho se transforma integralmente em energia potencial elástica (energia armazenada na mola). Inicialmente considerea massa m na condição de equilíbrio. Determine a elongação necessária para ocorrer um depósito energético de 0,3 J na energia potencial elástica da mola. Puxe o corpo para a elongação determinada. Solte o sistema e determine a freqüência e o período do MHS executado pela massa m. Calcule a pulsação do MHS executado pela massa m. Determine a energia potencial elástica, armazenada na mola, no ponto médio da sua trajetória. Considerando a equação , calcule a velocidade do móvel ao cruzar o ponto médio da trajetória. Qual a posição x que o móvel m deve ocupar para que sua velocidade seja a quarta parte da determinada no item anterior? Expresse a equação em seno do MHS (durante as primeiras oscilações). Identifique cada termo da mesma. Escola de Ciência e Tecnologia 30 Prática 07: A composição e decomposição de forças coplanares concorrentes 1. Material/Aparelho utilizado: Quadro de forças 2. Objetivos: Determinar a força equilibrante de um sistema de duas forças colineares ou não; Calcular a resultante de duas forças coplanares quaisquer, utilizando: O método analítico; O método geométrico. 3. Atividades: Faça a aferição dos dinamômetros magnéticos e acople-os ao painel conforme figura abaixo. Os dois dinamômetros superiores são conectados entre si com um fio flexível. O terceiro dinamômetro é dependurado pelo segundo fio, no ponto intermediário do fio que une os dinamômetros. Tracione o terceiro dinamômetro e prenda-o magneticamente ao painel. F1 FE Escola de Ciência e Tecnologia 31 Para uma fixação mais eficaz dos dinamômetros no painel, utilize o ímã no orifício do dinamômetro. Composição de duas forças que formam 120 graus entre si Posicione os dois dinamômetros superiores de modo a formarem um ângulo de 120º entre si. Movimente o dinamômetro inferior até conseguir o seu alinhamento vertical no O ponto central (ponto de aplicação das forças). Este dinamômetro tornará possível determinar a direção, o sentido e o módulo da força equilibrante , cujas componentes são as tensões e . O ângulo entre as forças componentes e é lido na escala angular. A variação do ângulo entre as forças é feita movimentando adequadamente o(s) dinamômetro(s). Meça os valores das forças e . = ____________________N = ____________________N Meça o módulo da força equilibrante . = ____________________N A força resultante difere da equilibrante apenas no sentido. Assinale no gráfico a orientação da força resultante , tal que: Composição de duas forças coplanares que formam 90 graus entre si Ajuste o ângulo entre as forças e para 90º. Escola de Ciência e Tecnologia 32 Determine graficamente a força resultante tal que: No caso de = = (em módulo), é válido se afirmar que o módulo da força resultante será ? Justifique sua resposta. Em que condições será possível igualar o módulo da força resultante a , isto é, obter a igualdade ? Composição de duas forças coplanares que formam 60 graus entre si Movimente os dois dinamômetros superiores de modo a formarem um ângulo de 60º entre si. Posicione o dinamômetro inferior até conseguir seu alinhamento abaixo do ponto O. Meça os valores de e . = ____________________N Escola de Ciência e Tecnologia 33 = ____________________N Usando a expressão geral: Determine, algebricamente, o valor da força resultante . Compare o valor calculado com o valor medido e discuta as possíveis diferenças. Resultante de duas forças coplanares concorrentes de módulos iguais Usando a expressão geral: Determine o ângulo que deve existir entre duas forças e (de iguais valores modulares) para que uma terceira força (de mesmo valor) venha a equilibrar o sistema. Monte o painel de forças de modo que o ângulo entre os dinamômetros e seja o calculado no item anterior. Posicione e tracione o dinamômetro inferior de modo a obter o mesmo valor modular das componentes e . Verifique experimentalmente as características da força equilibrante e tire conclusões. Utilizando a expressão geral: Calcule o módulo da força resultante e compare com o resultado obtido experimentalmente para a força equilibrante . Resultante de duas forças coplanares concorrentes quaisquer Determine o peso do gancho com 3 pesos acopláveis e anote o valor encontrado Escola de Ciência e Tecnologia 34 como carga total P. P= __________________N Dependure a carga total P (gancho+ pesos) no ponto O. Determine e anote o valor do ângulo entre as forças e no estado de equilíbrio. = ______________________ Faça um diagrama de forças das forças que atuam no ponto (de concorrência) O, identificando o ângulo e os vetores , e P. Justifique, em termos vetoriais, o estado de equilíbrio do sistema e determine a força resultante. Puxe levemente para baixo (+/- 10 mm) a carga total P e torne a soltá-la. Em seguida, suba levemente (+/- 10 mm) a carga total P e torne a soltá-la. Justifique, em termos vetoriais, o retorno do sistema à posição de equilíbrio. O que acontece com módulo da força resultante à medida que o ângulo entre as forças componentes diminui? Experimente. Escola de Ciência e Tecnologia 35 Prática 08: Condições de equilíbrio do corpo rígido, o teorema de Varignon. 1. Material/Aparelho utilizado: Quadro de forças 2. Objetivos Reconhecer as condições de equilíbrio de um corpo rígido; Calcular o momento resultante, em relação a um eixo, de duas ou mais forças coplanares; Verificar as condições de equilíbrio de um corpo rígido extenso. 3. Andamento das atividades Meça e anote, com antecedência, o peso do travessão graduado: P=_________________N Meça e anote os pesos , e de 3 conjuntos iguais formados, cada um, por um gancho e um disco fino. =_____________N =_____________N =_____________N 4. Montagem Monte o equipamento conforme a figura. Coloque o travessão com a escala voltada para frente. Posicione e alinhe os dinamômetros (ajuste o zero do dinamômetro). Suspenda o travessão graduado com os fios posicionados na marca de 200 mm. Escola de Ciência e Tecnologia 36 Utilizando os 3 conjuntos de pesos, aplique as forças ( = + ) e ( = ) respectivamente distantes 50 mm à esquerda e 100 mm à direita do ponto central ―0‖. Identifique e determine os valores das forças atuantes sobre o travessão graduado. Embora identificando cinco forças atuantes sobre o travessão (corpo de prova considerado um corpo rígido extenso), observe que ele não se movimenta.As duas condições (necessárias e suficientes) para que um corpo rígido extenso esteja em equilíbrio são: A força resultante das forças atuantes sobre o corpo deve ser nula, isto é: = 0 Isto garante a ausência de movimento de translação. O momento resultante das forças que atuantes sobre o corpo, em relação a um eixo qualquer, deve ser nulo. ∑ ∑ = 0 Isto garante a ausência de movimento de rotação. Determine a força resultante atuante sobre o travessão no estado de equilíbrio em que se apresenta. = _________________ N Determine o momento resultante das forças atuantes sobre o travessão, neste estado de equilíbrio, em relação ao eixo que passa perpendicularmente pelo ponto central 0. = ∑ = _____________________ N.m Escola de Ciência e Tecnologia 37 Compare os seus resultados com as condições para que um corpo rígido extenso esteja em equilíbrio. Varignon, Pierre (1654 – 1722) Pierre Varignon foi um matemático francês, membro da Academié des Sciences. Teorema de Varignon Discuta a validade da seguinte afirmação: “Num corpo extenso rígido sujeito a ação de várias forças coplanares, o momento resultante em relação a um eixo perpendicular a um ponto qualquer do plano é igual a soma dos momentos das componentes em relação ao mesmo eixo.” (A expressão acima é conhecida como Teorema de Varignon.) Verificando as condições de equilíbrio do corpo rígido. Monte o equipamento conforme a figura. Coloque o travessão graduado no orifício ―O‖ do quadro de forças. Fixe em cada um dos orifícios identificados pelas letras ―N‖ e ―Q‖ um parafuso. Posicione pesos diferentes à esquerda e à direita do ponto ―O‖, até obter o equilíbrio horizontal do sistema. Identifique: O valor da força O valor da força A distância que a força se encontra do ponto ―O‖. Verifique, vetorialmente, a veracidade das condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido e extenso. ∑ 0 ∑ = 0 Escola de Ciência e Tecnologia 38 Prática 09: A vantagem mecânica da roldana fixa 1. Material/Aparelho utilizado: Hooke – Arquimedes 2. Objetivos Reconhecer que a roldana fixa modifica a direção e o sentido da força motora. Determinar as vantagens mecânicas Vmer, Vmei e Vmd da máquina simples denominada roldana fixa. 3. Atividades A roldana A roldana é uma roda com um sulco periférico, dotada de liberdade de giro em torno de um eixo que passa pelo seu centro. A roldana fixa Chama-se roldana fixa quando o seu eixo estiver fixado a um suporte de modo a permitir apenas o movimento de rotação. Monte o conjunto conforme a figura abaixo. O que você entende por roldana fixa? Escola de Ciência e Tecnologia 39 Cite algum equipamento ou mecanismo onde você poderia encontrar uma roldana fixa como parte integrante. Meça a força resistente FR (peso do conjunto formado pelo gancho com dois pesos acopláveis). FR = __________ N Com o dinamômetro na posição indicada determine o valor da força motora equilibrante FM. FM = __________ N Determine a vantagem mecânica estática real (Vmer) da roldana fixa utilizada. A vantagem mecânica estática real Vmer é a razão entre a força resistente FR e a menor força motora FM que equilibra o sistema. Meça a distância Dm que deve ser percorrida pela força motriz FM, para elevar a força resistente FR (carga) de uma distância dR qualquer, utilizando um sistema de roldana fixa. Determine a vantagem mecânica estática ideal Vmei da roldana fixa. A vantagem mecânica estática ideal Vmei é a razão entre a distância DM percorrida pela força motriz e a distância dR percorrida pela força resistente. Verifique que na determinação da vantagem mecânica estática ideal Vmei não se considera nem o atrito nem o peso da roldana. Com o dinamômetro preso na ponta livre do cordão, levante e abaixe lentamente os pesos até o sistema ficar equilibrado. Determine valor médio da menor força motriz FM capaz de imprimir um movimento uniforme ao sistema. Calcule a vantagem mecânica dinâmica Vmd da roldana fixa utilizada. A vantagem mecânica dinâmica Vmd é a razão entre a força resistente FR e a menor força motora FM que produz um movimento uniforme ao sistema. Verifique a veracidade da sua resposta dependurando na extremidade livre do cordão uma segunda massa de peso igual a FR. Escola de Ciência e Tecnologia 40 Está correta a afirmação ―...a roldana fixa é uma máquina simples porque é capaz de modificar a direção e o sentido da força motora...‖? Justifique sua resposta. No sistema de roldana fixa quantos centímetros de cordão deve, a força motora, FM puxar para que a carga se eleve 5cm? Cite um equipamento que utilize uma roldana fixa. Compare a vantagem mecânica das roldanas fixa com a da roldana móvel. Escola de Ciência e Tecnologia 41 Prática 10: A determinação experimental da vantagem mecânica da roldana móvel 1. Material/Aparelho utilizado: Quadro de forças 2. Objetivos: Reconhecer que a roldana móvel modifica o valor da força aplicada, podendo, também, alterar a sua direção e/ou sentido. Determinar as vantagens mecânicas: Vmer, Vmei e Vmd da roldana móvel. 3. Atividades: Roldana: É uma roda com um sulco periférico, dotada de liberdade de giro em torno de um eixo que passa pelo seu centro. As roldanas podem ser classificadas como: Roldana Fixa: Roldana que tem seu eixo fixado a um suporte de modo a permitir apenas o movimento de rotação do disco. Roldana Móvel: Roldana cujo disco é capaz de executar movimento de rotação e cujo eixo é capaz de executar movimento de translação. Com o dinamômetro, meça o valor da força resistente FR (carga ou peso do conjunto formado pelo gancho e 4 pesos acopláveis). Monte o conjunto conforme a figura. Escola de Ciência e Tecnologia 42 FR = __________ N Prenda o dinamômetro, segundo a direção A e determine o valor da força equilibrante FM. A vantagem mecânica estática real da roldana móvel. Determine a vantagem mecânica estática real Vmer da roldana móvel utilizada. Chamamos de vantagem mecânica estática real Vmer à razão entre a força resistente FR e a menor força motriz FM que equilibra o sistema. Fixe a régua no painel. Meça a distância dm percorrida pela força motriz FM, para elevar a carga de uma distância qualquer dR. A vantagem mecânica estática ideal da roldana móvel. Determine a vantagem mecânica estática ideal Vmei da roldana móvel. Verifique que o zero da régua coincida com a parte superior dos pesos suspensos. Chamamos de vantagem mecânica estática ideal Vmei à razão entre a distância dm percorrida pela força motriz e a distância dR percorrida pela força resistente. Observe que na determinação da vantagem mecânica estáticaideal Vmei não se considera o atrito nem o peso da roldana. Puxando lentamente o dinamômetro, determine o valor da menor força motriz FM capaz de imprimir um movimento uniforme ao sistema. A vantagem mecânica dinâmica da roldana móvel. Escola de Ciência e Tecnologia 43 Calcule a vantagem mecânica dinâmica Vmd da roldana móvel utilizada. Chamamos de vantagem mecânica dinâmica Vmd à razão entre a força resistente FR e a menor força motriz FM que produz um movimento uniforme ao sistema. Verifique a veracidade da sua resposta, dependurando uma segunda massa de peso igual a metade da FR na extremidade livre do cordão. Segundo suas observações, a afirmação a seguir está correta? Justifique sua resposta. ―...a roldana móvel é uma máquina simples porque é capaz de modificar a direção e/ou sentido da força motriz...‖. No sistema utilizado, quantos centímetros de cordão deve a força motriz FM puxar para que a carga suba 5cm? Fixe a régua ao painel e faça as medidas correspondentes aos deslocamentos efetuados pela FR e pela FM, respectivamente. Cite um equipamento que utilize em sua composição a roldana móvel. Escola de Ciência e Tecnologia 44 Prática 11: Forças colineares de mesmo sentido e de sentido inverso 1. Material/Aparelho utilizado: Quadro de forças 2. Objetivos Representar vetorialmente uma força; Determinar a equilibrante de um sistema de forças colineares; Calcular a resultante de duas ou mais forças utilizando o método analítico e geométrico; Verificar as situações de equilíbrio vetorial dos experimentos executados. 3. Montagem: Execute a montagem que está representada na figura ao lado. Fixe um dinamômetro no painel, utilizando um imã fixador; Suspenda pelo dinamômetro dois ganchos e num deles o peso 22,5g. Observe o zero do dinamômetro na posição em que será utilizado. 4. Atividades: Com o dinamômetro, determine o peso do gancho 1. = ___________________N Solte (deixando-o cair livremente) o gancho 1 de uma altura de 10cm sobre o tampo da mesa. No momento em que você segurava o gancho 1 ele se encontrava parado em relação à mesa. O que aconteceu quando o gancho foi solto? O que atuou sobre o gancho 1 em repouso para que ele entrasse em movimento? Qual o valor da força resultante que atuou sobre o gancho 1 no momento em que foi solto? Escola de Ciência e Tecnologia 45 Dependure no dinamômetro o gancho 1. Observe que o dinamômetro indica a força equilibrante aplicada. Informe o valor modular, a direção e o sentido da força equilibrante que atua no gancho 1. Faça um diagrama de forças das forças que atuam no gancho 1 quando suspenso pelo dinamômetro. Estas forças são colineares? Justifique a sua resposta. Determine o peso do segundo gancho (gancho com o peso acoplado), denominado de conjunto gancho 2. =______________N Adicione o gancho 2 ao gancho 1 (já preso ao dinamômetro). Faça um novo diagrama de forças mostrando as forças atuantes no gancho 1. Qual o valor modular da força resultante que atua sobre o gancho 1? Justifique a sua resposta. Puxe o conjunto gancho 2 um centímetro para baixo e torne a soltá-lo. Justifique (vetorialmente) a subida do corpo no instante em que o soltamos. Caso removêssemos o dinamômetro, qual seria a força resultante que atuaria sobre o corpo de conexão, denominado de gancho 1? Faça um diagrama de forças deste caso, mostrando a força resultante e suas componentes, atuantes no gancho 1. Estas forças são coplanares e/ou colineares? Justifique a sua resposta. Escola de Ciência e Tecnologia 46 Prática 12: Vantagem mecânica da talha exponencial 1. Material/Aparelho utilizado: Quadro de forças 2. Objetivos Reconhecer a talha exponencial como uma máquina simples formada por um conjunto de roldanas móveis, podendo este conjunto trabalhar combinado com uma roldana fixa; Reconhecer que a talha exponencial modifica o módulo da força motora, podendo, também, alterar a direção e o sentido desta força; Determinar a vantagem mecânica da máquina simples denominada talha exponencial. 3. Atividades Utilizando o dinamômetro, meça o peso do conjunto de duas roldanas móveis, um gancho e 4 pesos acopláveis, anotando o valor encontrado como força resistente . =_____________N Monte o equipamento conforme a figura abaixo. Escola de Ciência e Tecnologia 47 A vantagem mecânica da talha exponencial composta por duas roldanas móveis Monte um sistema de talha exponencial, composto por 2 roldanas móveis, uma roldana fixa e dois fios conforme a figura1. Puxe lentamente com o dinamômetro a ponta livre do fio, segundo a orientação A. Não se esqueça de ajustar o zero (aferir) do dinamômetro na posição em que será utilizado. Determine o valor da força motora indicada pelo dinamômetro. =_____________N Determine a vantagem mecânica da talha exponencial composta por duas roldanas móveis. Chamamos de vantagem mecânica a razão entre a força resistente e a força motora . A partir da expressão que calcula a vantagem mecânica, determine a carga necessária ( ) para manter o sistema em equilíbrio. ou Suspenda pela extremidade livre do fio a carga calculada e verifique se esta mantém o sistema em equilíbrio. Utilizando o dinamômetro, meça agora o peso do conjunto formado por três roldanas móveis, um gancho e 4 pesos acopláveis. =_____________N Com o auxílio de um colega, monte um sistema de talha exponencial, conforme a figura 2, composto por três roldanas móveis, uma roldana fixa, um fio de poliamida de 0,80 m, um fio de poliamida de 0,35 m e um de 0,44 m. A vantagem mecânica da talha exponencial composta por três roldanas móveis Com o auxílio de um colega, monte um sistema de talha exponencial, conforme a figura 2, composto por três roldanas móveis, uma roldana fixa, um fio de poliamida de 0,80 m, um fio de poliamida de 0,35 m e um de 0,44 m. Escola de Ciência e Tecnologia 48 Puxe lentamente a ponta livre do fio, com o dinamômetro, segundo a orientação A. Determine o valor da força motora indicado pelo dinamômetro. =___________________N Calcule a vantagem mecânica desta talha exponencial composta por 3 roldanas móveis. A partir da expressão que calcula a vantagem mecânica, determine a carga necessária ( ) para manter o sistema em equilíbrio: ou Suspenda pela extremidade livre do fio a carga calculada e verifique se esta mantém o sistema em equilíbrio. Verifique que cada roldana móvel reduz à metade a que recebe, por este motivo é que denominamos a este conjunto de talha exponencial. Para um caso geral podemos afirmar que : , onde o expoente n é o número de roldanas móveis utilizadas na talha exponencial. Segundo suas observações, a afirmação a seguir está correta? Justifique sua resposta. ―Numa talha exponencialhá tantas cordas quanto o número de roldanas móveis‖. Verifique a validade de suas observações utilizando como e os conjuntos de massas acopláveis com gancho disponíveis. Escola de Ciência e Tecnologia 49 Prática 13: Condições gerais de equilíbrio estático para um corpo esférico rígido apoiado. 1. Material/Aparelho utilizado: Sólidos com largador 2. Objetivos Reconhecer as duas condições para que um corpo se encontre em equilíbrio estático em relação a um referencial; Conceituar centro de gravidade de um corpo; Construir o diagrama das forças atuantes cobre um dado corpo. Fundamentos teóricos e práticos O corpo rígido Entende-se por corpo rígido àqueles cujas partes componentes não se deslocam entre si, mesmo quando submetidos a forças externas. As condições para o equilíbrio estático de um corpo rígido. Para que um corpo rígido se encontre em equilíbrio estático em relação a um referencial, as seguintes condições devem ser satisfeitas: A força resultante externa (resultante das forças externas que atuarem sobre o corpo) deve ser nula, isto é: F = 0 O torque (conjugado, ou momento) resultante que atua sobre o corpo deve ser nulo, isto é: = 0 É chamado de torque t (conjugado, ou momento) de uma força F, em relação a um ponto denominado centro dos momentos, ao produto da intensidade F da força pela menor distância ―r‖ (ou braço) existente entre o centro dos momentos e a reta de ação da força. = Fr (é isto que o faz girar). 3. Atividades Monte o equipamento conforme a figura abaixo: Figura 1 Escola de Ciência e Tecnologia 50 Deposite a esfera na região central e comente o ocorrido. Após certo tempo de oscilações (movimento de vai e vem) o que aconteceu com a esfera? Assinale o ponto onde a esfera parou, denominado de posição de equilíbrio. O que ocorre quando você afasta a esfera da posição de equilíbrio? A Figura 2 representa as forças atuantes na esfera quando ela se encontrava numa posição A: Figura 2 N = força normal (força aplicada sobre a esfera pela rampa). P = força peso da esfera (força aplicada no seu centro de massa do corpo). Px = componente ortogonal da força peso segundo o eixo dos x (força que surge ao deslocarmos o corpo de sua posição de equilíbrio). Faça o diagrama de forças atuantes na esfera quando ela se encontrar na posição D da Figura 2, indicando a direção e o sentido da componente Px. Justifique o motivo da orientação da componente Px, variar de ponto para ponto durante o movimento da esfera na rampa. Largue a esfera na posição D e comente o observado e justifique fisicamente o ocorrido. Observe que a esfera tende a voltar para a mesma posição. A esfera quando colocada nesta posição apresenta uma modalidade de equilíbrio denominada equilíbrio estável. O que ocorre se a esfera estiver sobre uma superfície perfeitamente horizontal? Faça um diagrama de forças deste caso. Comente o motivo pelo qual a modalidade de equilíbrio é denominada de equilíbrio indiferente. A Figura 3 mostra uma esfera sobre uma calota esférica. Figura 3 A N P Px D B D P N A Escola de Ciência e Tecnologia 51 Represente as forças que atuam sobre a esfera nos pontos B e D. Identifique na Figura 4 a direção e o sentido da componente Px nas posições B e D. Justifique a orientação de a componente Px variar de ponto para ponto durante o movimento da esfera sobre a calota. Baseado em suas observações e análises, justifique o equilíbrio da esfera da Figura 4, denominado de equilíbrio instável. Discuta a validade da seguinte afirmação: ―Um corpo apoiado sobre outro, num plano horizontal, se encontra em equilíbrio quando a projeção do seu centro de massa estiver dentro do seu polígono se sustentação‖. Escola de Ciência e Tecnologia 52 Prática 14: A transformação isotérmica, a lei de Boyle- Mariotte. 1. Material/Aparelho utilizado: Aparelho gaseológico 2. Objetivos: Reconhecer o comportamento do volume de um gás em função da pressão, mantendo-se constante a temperatura; Construir o gráfico que relaciona a pressão de um gás versus o volume ocupado por ele; Construir o gráfico que relaciona a pressão de um gás versus o inverso do volume por ele ocupado; Reconhecer a validade da lei de Boyle-Mariotte para a transformação isotérmica de uma massa gasosa. Fundamentos teóricos Boyle, Robert (1627 – 1691) Robert Boyle foi um físico e químico inglês, aperfeiçoou a máquina pneumática, estabeleceu a diferença entre mistura e combinação química, fez observações sobre o vácuo, estudou a pressão atmosférica, marcou o início da química científica e em 1664 enunciou a lei da compressibilidade dos gases. Mariotte, Edeme (1620 – 1684) Edme Mariotte foi um físico e matemático francês, descobridor do ponto cego da retina, autor de observações sobre o calor radiante e inventor do frasco de Mariotte. Escola de Ciência e Tecnologia 53 Dezessete anos depois de Boyle (com o mesmo aparelho utilizado por Boyle), também estudou e verificou o comportamento do volume V de gases estáticos submetidos a variações de pressão P com a temperatura constante T. A lei de Boyle e Mariotte ―Sob temperatura constante T, o volume V ocupado por certa massa de gás é inversamente proporcional à pressão P à qual o gás está submetido‖, ou seja: V (1/P), logo, PV = constante = K; isto é: P0V0 = ... = P2V2 = ... = PnVn = constantes = K Esta relação é rigorosa para os gases ideais e tem validade aproximada para os gases reais. Neste experimento a pressão total P é a adição algébrica da pressão atmosférica P0 mais uma sobrepressão manométrica p, provocada pela compressão produzida ao girar-se o manípulo empurrando o êmbolo. P = P0 + p (II) Combinando as expressões (I) e (II), temos (mantendo a temperatura constante): (P0 + p) V = K (III) A determinação do volume inicial do gás O volume inicial de gás (ar) é aquele contido no interior do manômetro, seringa, tubo de conexão, etc. Embora se consiga medir com facilidade o volume de ar contido na seringa, o mesmo não ocorre em relação aos demais componentes. Utilize o seguinte procedimento para determinar o volume inicial: Denomine de o volume inicial, não importando qual seja o seu valor. Girando o manípulo um certo número de voltas se obtém uma redução no volume será: Nesta operação a pressão sofre um acréscimo , de tal forma que a nova pressão será: . Pela Lei de Boyle sabe-se que: Efetuando as multiplicações e isolando resulta: Escola de Ciência e Tecnologia 54 3. Atividades: Abra a válvula. Eleve o êmbolo da seringa introduzindo uma determinada quantidade de ar no sistema. Feche a válvula confinando o volume . Dê três voltas no manípulo e anote na tabela 1, o volume ocupado pelo gás. Medida N= Volume V (ml) Pressão manométrica Pressão Total0 1 2 3 4 5 6 7 Tabela 1 Você irá comprimir gradualmente o gás confinado dando três voltas no manípulo a cada leitura, variando assim o volume de . A cada volta do manípulo ocorrerá uma variação de 0,45 ml no volume de gás aprisionado. Desta forma: = 3 voltas x 0,45 ml/volta = 1,35 ml Expresse na Tabela 1 o volume V em função do volume inicial e do número de voltas do manípulo. Na primeira medida anote . Na segunda medida ( ou ) Na terceira medida (ou ) E assim sucessivamente. As três primeiras linhas referentes ao volume já estão preenchidas a título de exemplo. A cada três voltas do manípulo leia e anote na coluna correspondente da Tabela 1, a pressão indicada pelo manômetro (pressão manométrica). Ao iniciar o processo, o ar no interior da seringa estava submetido à pressão atmosférica. Assim sendo, a pressão total será a soma da pressão manométrica com a pressão atmosférica, que pode ser tomada como 1 kgf/cm², aproximadamente. Complete a quarta coluna da tabela 1 adicionando 1 kgf/cm² às leituras da pressão manométrica para obter a pressão total. Por meio da expressão: , calcule o volume inicial . Utilize os valores contidos na tabela 1, lembrando que e que . = ___________________ml Escola de Ciência e Tecnologia 55 Substituindo o valor calculado para na segunda coluna da Tabela 1, determine o volume V ocupado pelo gás em cada etapa do experimento. Preencha com estes valores a segunda coluna da Tabela 2. Medida = n Volume V (ml) Pressão total kgf/cm² 0 1 2 3 4 5 6 7 Tabela 2 Transporte para a Tabela 2 os valores da pressão total da Tabela 1. Faça os cálculos e preencha a quarta coluna da Tabela 2. Os valores encontrados são semelhantes? Com os dados listados na tabela 2, construa o gráfico da Pressão versus volume. Complete as colunas 2 e 3 da Tabela 3. Calcule o inverso do volume (1/V) e complete a coluna 4 da Tabela 3. Medida = n Volume V (ml) Pressão total kgf/cm² Inverso do volume 1/V 0 1 2 3 4 5 6 7 Tabela 3 Com os dados listados na tabela 3, construa o gráfico da pressão versus o inverso do volume. Calcule e interprete fisicamente o valor da inclinação da curva obtida no gráfico P versus (1/V). Escola de Ciência e Tecnologia 56 Extrapole o valor de 1/V para uma tendência a zero e tire conclusões. Comente o intervalo de validade da lei de Boyle e Mariotte para os gases reais. Escola de Ciência e Tecnologia 57 Prática 15: O princípio de Arquimedes 1. Material/aparelho utilizado: Hooke Arquimedes 2. Objetivos Identificar a presença do empuxo em função da aparente diminuição da força-peso de um corpo submerso num líquido. Reconhecer a veracidade da afirmação: ―todo corpo mergulhado em um fluído fica submetido à ação de uma força vertical, orientada de baixo para cima, denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do fluído deslocado‖. 3. Montagem Execute a montagem conforme a figura 1: 4. Atividades Mergulhe lentamente o êmbolo na água do copo. Determine o empuxo sofrido pelo êmbolo quando ele estiver completamente submerso. Escola de Ciência e Tecnologia 58 Mantendo o êmbolo submerso, encha o recipiente superior com água. Observe a indicação no dinamômetro. Descreva o ocorrido. Observe que o êmbolo, ao submergir, desloca um volume de água igual ao seu volume que foi submerso (princípio da impenetrabilidade da matéria). Ao encher o recipiente, o volume de água dentro dele é igual ao volume de água deslocado pelo êmbolo submerso. Quando o recipiente estiver cheio, anote o valor indicado pelo dinamômetro. Compare o volume da água contida no recipiente com o volume do cilindro que foi submerso. É correto afirmarmos que o volume de água deslocada pelo êmbolo, quando completamente submerso, é igual ao volume interno do recipiente utilizado? Justifique a sua resposta. Determine o peso do volume de água deslocada pelo cilindro, quando completamente submerso. Compare o peso do volume do líquido deslocado pelo cilindro submerso com o valor do empuxo E (força orientada de baixo para cima, aplicada pelo líquido). Verifique a veracidade da seguinte afirmação: ―Todo corpo mergulhado em um fluido fica submetido à ação de uma força vertical, orientada de baixo para cima, denominada empuxo, de módulo igual ao peso do volume do fluido deslocado‖. Observações: A afirmação acima é conhecida como ―princípio de Arquimedes‖. Entende-se por fluido aquilo que escoa como um líquido ou que se expande como um gás. Arquimedes de Siracusa (287 a 212 AC). Cientista, matemático, astrônomo, filósofo, físico e engenheiro. Escola de Ciência e Tecnologia 59 Arquimedes viveu em Siracusa, cidade na costa oriental da Sicília – Itália. Escola de Ciência e Tecnologia 60 Prática 16: Os meios de propagação de calor (meio de transmissão, transferência de calor) 1. Material/Aparelho utilizado: Meios de propagação de calor 2. Objetivos: Identificar, comparar e classificar as formas de propagação do calor Reconhecer que o calor, para se propagar, necessita de uma diferença de temperatura entre as regiões de escoamento Mencionar que o fluxo térmico sempre se verifica no sentido das temperaturas decrescentes. A propagação do calor de molécula a molécula, sem deslocamento de matéria. 3. Montagem Nesta atividade você manterá a lâmpada desligada e utilizará como fonte térmica, uma lamparina. Prenda os corpos de prova esféricos com cera de vela sobre as marcas existentes na lâmina (use o mínimo possível de parafina), conforme a figura 1. Figura 1 Fixe a lâmina com os corpos de prova virados para baixo, 20 mm acima do pavio da lamparina, conforme a Figura 2. Figura 2 4. Atividades . Acenda a lamparina e aqueça a extremidade livre da lâmina. Escola de Ciência e Tecnologia 61 Descreva o observado Após a queda das esferas, apague a lamparina utilizando o capuchama. a. Justifique o fato de a energia térmica penetrar no extremo da lâmina com as esferas se desprenderem, sucessivamente, nos pontos 1, 2, 3, 4 e 5. b. Qual a função da cera e das esferas utilizadas no experimento? c. Pode a esfera 2 cair antes da esfera 1? Justifique a sua resposta. d. Como é denominada esta maneira do calor se propagar e qual a sua principal característica? 5. A propagação do calor de molécula a molécula, sem deslocamento de matéria. Monte o conjunto, conforme a Figura 3, mantendo a lâmpada desligada. Não olhe para o filamento da lâmpada enquanto a mesma estiver em atividade. A ventoinha deve ficar acimada lâmpada, na região central. Caso contrário, ajuste o sistema de modo a consegui-lo. Figura 3 6. Atividades . Ligue a lâmpada. Aguarde alguns minutos e comente o observado a. O que acontece à molécula de ar frio que se encontra próxima da lâmpada aquecida? b. Com base no princípio de Arquimedes, justifique o movimento de subida da molécula aquecida de ar. c. Justifique o movimento da ventoinha. d. Como se denomina esta maneira do calor se propagar e qual a sua principal característica? 7. A propagação do calor por onda eletromagnética, sem necessidade de um meio material. Execute a montagem da Figura 4, mantendo a chave desligada Escola de Ciência e Tecnologia 62 Figura 4 Caso necessário, garanta o alinhamento entre o bulbo do termômetro e a fonte irradiante, colocando um calço sob o protetor com suporte para termômetro. Meça a temperatura inicial indicada pelo termômetro Ligue a lâmpada por cinco minutos (cronometrados), anotando a temperatura final. Desligue a lâmpada De onde veio a energia térmica capaz de provocar a elevação de temperatura indicada no termômetro? A energia térmica cruza o espaço, inclusive o gás rarefeito do interior da lâmpada até atingir o bulbo do termômetro. Para se propagar, o calor também se utiliza da irradiação infravermelha, um fenômeno de natureza eletromagnética. Justifique o fato da propagação do calor por irradiação não necessitar de um meio material para se propagar. Como é denominada esta maneira de o calor se propagar e qual a sua principal característica? Procure justificar a função da superfície espelhada existente na parte traseira da lâmpada Esta maneira ondulatória do calor se propagar goza da propriedade da reflexão. 8. A influência da cor e da substância em isolamentos térmicos, o corpo negro. Execute a montagem da Figura 5, mantendo a chave desligada Caso necessário, garanta o alinhamento entre o bulbo do termômetro e a fonte irradiante, colocando um calço sob o protetor com suporte para termômetro. Figura 5 Cubra o bulbo do termômetro com o pequeno retângulo de papel branco. Prenda o papel com dois elásticos – Figura 6. Escola de Ciência e Tecnologia 63 Figura 6 Meça a temperatura inicial. Ligue a lâmpada por cinco minutos (cronometrados). Meça a temperatura final. Retire o papel branco do termômetro. Esfrie o termômetro com um pano úmido. Repita os mesmos procedimentos anteriores, agora cobrindo o bulbo do termômetro com o papel carbono preto. Figura 7 Qual a cor de tecido é mais recomendada para vestuários em zonas de temperatura elevada? Justifique a sua resposta. Atividade adicional Os tipos de tecidos e o isolamento térmico que propiciam. Sugerimos uma atividade semelhante, porém com todos os tecidos de cor branca, exemplo: lã, linho, seda, etc. Verifique qual o tipo de tecido é mais recomendado para o uso no deserto. Escola de Ciência e Tecnologia 64 Prática 17: A determinação do equivalente em água de um calorímetro. 1. Material/Aparelho utilizado: Calorímetro 2. Objetivos: Identificar as trocas de calor envolvidas no processo; Determinar o equivalente em água de um calorímetro. Fundamentos O equivalente em água do calorímetro O equivalente em água de um calorímetro é a massa de água (em gramas) que equivale, em efeito térmico, ao conjunto de componentes do calorímetro (vaso tampa, agitador, termômetro, etc). O equivalente em água do calorímetro é uma de suas características mais importantes. O calorímetro experimenta todas as trocas de calor necessárias para atingir o equilíbrio térmico, logo, ele intervém e deve ser considerado nos cálculos pertinentes a estas trocas. Uma vez definidos todos os componentes do calorímetro, o sistema fica invariável em sua constituição (física e quimicamente) Isto permite determinarmos a quantidade de calor necessária para elevar a sua temperatura de 1ºC. Uma vez determinado o equivalente em água de um calorímetro, você não deve trocar nenhuma de suas partes, caso contrário o calorímetro se modifica e o equivalente em água deve ser determinado novamente. Nesta atividade você irá determinar o equivalente em água de um calorímetro a partir de duas massas de água a temperaturas diferentes. É de suma importância a qualidade das medidas, inclusive as das massas líquidas. 3. Atividades Coloque no calorímetro 50 ml de água fria com temperatura em torno de 10ºC abaixo da temperatura ambiente. Em atividades didáticas pode ser considerada que 1 cm³ de água destilada = 1 ml o que, com boa aproximação, corresponde a 1 grama. Tampe o conjunto e introduza o termômetro no calorímetro. Escola de Ciência e Tecnologia 65 Prepare num copo de Becker vazio 50 ml de água morna com temperatura em torno de 10º C acima da temperatura ambiente. Meça a temperatura inicial do calorímetro com água fria (ela pode ter variado. = _______________________ºC Meça a temperatura da água morna do copo (ela pode ter variado). =________________________ºC Derrame a água morna no calorímetro. Tampe o calorímetro. Introduza o termômetro no calorímetro pelo orifício da tampa. Agite leve e constantemente a mistura. Anote a máxima temperatura alcançada (temperatura de equilíbrio térmico entre o calorímetro e a mistura). = _____________ Com os dados obtidos calcule a massa total de água utilizada. Determine o equivalente em água do calorímetro, sabendo que: Calor perdido = calor ganho ( ) ( ) Onde: = massa de água morna = calor específico da água = temperatura inicial da água morna = temperatura de equilíbrio térmico = equivalente em água do calorímetro = massa de água fria = temperatura inicial da água fria Caso o tempo para realização desta atividade já esteja comprometido: Identifique este calorímetro e anote o valor determinado com a observação: Equivalente em água (obtido com uma única medida): = _________g Caso o tempo para realização desta atividade não esteja comprometido: Esvazie, seque o calorímetro e refaça o experimento. Resultado da segunda medida: Escola de Ciência e Tecnologia 66 =___________g Refaça uma terceira vez o experimento. =____________g Calcule o valor médio do equivalente em água deste calorímetro. Identifique este calorímetro e anote o valor determinado com a observação: Equivalente em água deste calorímetro (média de três medidas): =____________g Observação 1: substituindo a água por glicerina, cujo calor específico é menor do que o da água, você pode obter resultados mais precisos. Observação 2: sempre que possível, é recomendável realizar várias medidas do equivalente em água, inclusive variando um pouco as massas e calculando o seu valor médio. Escola de Ciência e Tecnologia 67 Prática 18: O Calor específico do alumínio 1. Material / Aparelho utilizado: Calorímetro / Termômetro 2. Objetivos: Estudaras trocas de calor entre corpos a temperaturas distintas. Medir a capacidade calorífica de um calorímetro. Medir o calor específico de uma substância sólida. 3. Montagem A figura 1 mostra de modo esquemático a montagem utilizada para a realização do experimento. Ela consiste de um calorímetro didático de constituição robusta, com vaso externo de isopor e resistente ao calor e vaso central de alumínio. Escola de Ciência e Tecnologia 68 Análise teórica O presente experimento é dividido em duas etapas. Na primeira, iremos medir a capacidade calorífica do nosso calorímetro. Na segunda, mediremos o calor específico de um bloco de alumínio. Assim sendo, faremos, a seguir, a descrição teórica de cada parte. Como vimos anteriormente, a capacidade calorífica dá uma informação global sobre as variações de temperatura de um corpo quando este troca calor com sua vizinhança. É, portanto, uma característica do corpo por inteiro. Já o calor específico é uma característica particular de uma substância. Uma vez que o calorímetro é composto de diversas partes com substâncias diferentes, é mais conveniente lidar com sua capacidade calorífica do que tentarmos obter o calor específico de suas diferentes partes. Assim sendo, mediremos, na primeira parte do experimento, a capacidade calorífica do nosso calorímetro, para em seguida realizarmos uma medida do calor específico do alumínio. Capacidade calorífica do calorímetro Para determinarmos a capacidade calorífica do calorímetro, iremos, inicialmente, introduzir neste uma massa Ma de água fria e, após algum tempo, medir a temperatura inicial do calorímetro com água fria T1. Em seguida, adicionaremos a mesma massa Ma de água morna à temperatura T2. Após algum tempo, o equilíbrio térmico é atingido à temperatura Te. Supondo não haver perdas de calor para o ambiente externo ao calorímetro, a soma do calor cedido pela água morna com o calor recebido pelo calorímetro contendo água fria deve ser nula: Ma Ca ( Te - T1 ) + Ccal ( Te - 1 ) + Ma Ca ( Te - T2 ) = 0 Onde: Ca = é o calor específico da água Ccal = é a capacidade calorífica do calorímetro, que queremos determinar. Calor específico do Alumínio Nesta parte, determinaremos o calor específico do alumínio. Para tal, vamos, inicialmente, preparar o calorímetro contendo uma massa Ma de água à temperatura ambiente Tamb. Em seguida, vamos inserir no interior do calorímetro um bloco de alumínio de massa Mal, preparado inicialmente à temperatura Tal. Finalmente, mediremos a temperatura de equilíbrio térmico Te do sistema e obteremos o calor específico do alumínio a partir do balanço das trocas de calor no sistema: Ma Ca ( Te - Tamb ) + Ccal ( Te - Tamb ) + Mal Cal ( Te - Tal )= 0 Escola de Ciência e Tecnologia 69 Onde: Cal = é o calor específico do alumínio Capacidade Calorífica do calorímetro Coloque 50 ml de água fria (cerca de 10ºC abaixo da temperatura ambiente) no interior do calorímetro. Prepare 50 ml de água morna (cerca de 10ºC acima da temperatura ambiente). Meça e anote a temperatura T1 do calorímetro com água fria. Meça e anote a temperatura T2 da água morna. Derrame água morna no interior do calorímetro com água fria. Agite a mistura de maneira leve e constante, observando o aumento da temperatura do sistema. Meça e anote a temperatura máxima alcançada, isto é, a temperatura Te de equilíbrio térmico entre o calorímetro e a mistura. De posse das medidas de temperatura que você efetuou e sabendo que 1 ml de água possui 1g de massa, substitua os dados experimentais na Equação (a) e calcule a capacidade calorífica do calorímetro. Repita o experimento mais duas vezes e calcule a média dos valores obtidos para a capacidade calorífica do calorímetro. Ao final de cada experimento, esvazie o calorímetro e espere alguns minutos para que ele retorne à temperatura ambiente. Calor específico do Alumínio Coloque 100 ml de água à temperatura ambiente no interior do calorímetro. Tampe o conjunto e introduza o termômetro no interior do calorímetro. Meça e anote a massa Mal do bloco de alumínio que será utilizado. Coloque o bloco de alumínio no interior do Becker com 100 ml de água à temperatura ambiente, e aqueça o conjunto até começar a ebulição da água. Em seguida aguarde três minutos, agitando levemente o bloco de alumínio no interior da água quente. Meça e anote a temperatura inicial Tal do bloco de alumínio e da água quente. Meça e anote a temperatura ambiente Tamb do calorímetro com água. Transporte o bloco de alumínio, com auxílio de um fio, para o interior do calorímetro. Deposite suavemente o bloco de alumínio no fundo do calorímetro, tomando muito cuidado para não quebrar o calorímetro. Tampe o calorímetro e introduza o termômetro no orifício da tampa. Agite a mistura de maneira leve e constante, observando o aumento da temperatura do sistema. Meça e anote a temperatura máxima alcançada, isto é, a temperatura Te de equilíbrio térmico do sistema. De posse das medidas de temperatura que você efetuou, substitua os dados experimentais na equação e calcule o calor específico do alumínio. Escola de Ciência e Tecnologia 70 Prática 19: Coeficiente de dilatação linear. 1. Material / Aparelho utilizado: Dilatômetro / Termômetro 2. Objetivos: Determinar o coeficiente de dilatação linear de uma haste metálica. Fundamentação teórica Um corpo sólido, submetido a ação do calor, apresenta alterações em suas dimensões a medida que sua temperatura varia. A dilatação segundo uma dimensão é denominada dilatação linear. Um bom exemplo é o espaço deixado entre os trilhos de uma linha férrea. Caso este espaço não existisse, os trilhos iriam se deformar, pois apesar da dilatação ser muito pequena, quando comparada ao comprimento do trilho, as forças envolvidas são de magnitude muito grande. Vamos analisar a dilatação linear de uma haste fina de comprimento inicial à temperatura . Variando a temperatura desta haste para T, verifica – se que seu comprimento muda de valor, para A experiência mostra que a dilatação sofrida pela haste , é proporcional ao seu comprimento inicial e a variação de temperatura . Deste modo temos: A constante de proporcionalidade é denominada de coeficiente de dilatação linear. Seu valor depende da natureza do material da haste. Na tabela apresentamos os valores do coeficiente de dilatação linear para alguns materiais. 3. Montagem Material Alumínio 2,4 Latão 2,0 Prata 1,9 Ouro 1,4 Cobre 1,4 Ferro 1,2 Aço 1,2 Platina 0,9 Vidro 0,9 Vidro Pirex 0,3 Escola de Ciência e Tecnologia 71 Execute a montagem de acordo com a figura. 4. Atividades Determine o comprimento inicial da haste, desde o eixo de apoio II até o centro do fixador I. = _______________________ Leia no termômetro a temperatura inicial da barra. = ___________________________ Ligue a manta e aguarde até a água ferver. Quando a água ferver, os vapores que circulam no interior da haste fazem com que ela se dilate. Durante a dilatação da haste, observar – se: a) O termômetro acusa temperatura ascendente.b) O ponteiro gira, o que indica que a haste aumenta seu comprimento. Aguarde até a temperatura e a dilatação se estabilizem; determine a temperatura final da haste. Leia no nanômetro a dilatação sofrida pela barra: = _________________________ A partir dos dados experimentais, determine o coeficiente de dilatação linear da haste. Compare o valor encontrado com o valor tabelado. Apresente os caçulos em seu relatório. = ___________________ Material da haste: _______________ Após os cálculos, troque a barra e repita os procedimentos no intuito de saber qual o coeficiente da nova barra e de quê ela é feita. = ________________ Material da haste: ________________ Escola de Ciência e Tecnologia 72 Explique por que não foi medida a dilatação superficial ou volumétrica da barra. Explique o por quê os trilhos nas ferrovias e as placas de concreto em viadutos devem ser assentadas com um espaço entre elas. Compare os valores de encontrados nas tarefas 1 e 2 e explique a diferença existente entre os resultados. Tire uma conclusão deste experimento. Analisando a tabela, verificamos que a dilatação linear do sólido é realmente muito pequena, quando comparamos as suas dimensões. A equação mostra, por exemplo, que a dilatação de uma haste de cobre de 1,0 m de comprimento que sofre uma variação de temperatura de 100º C é de apenas 1,4 mm. Escola de Ciência e Tecnologia 73 Prática 20: Descargas atmosféricas, configurações das linhas de força entre eletrodos (não submersos), o pára-raios, a gaiola de Faraday e cabos coaxiais 1. Material/Aparelho utilizado: Van de Graaf 2. Objetivos Mapear a configuração das linhas de força entre eletrodos de vários formatos; Interpretar, a partir das linhas de força, o comportamento do campo elétrico nas proximidades de dois eletrodos de formatos diferentes; Identificar e descrever uma blindagem para o campo elétrico; Identificar e descrever o poder das pontas. 3. Montagem Execute a montagem conforme a figura. Figura 1 Coloque os eletrodos sobre mesa projetável. Coloque a mesa projetável com eletrodos sobre o retroprojetor. Faça as conexões elétricas entre os bornes da mesa projetável e o gerador eletrostático. As conexões elétricas (+) e (-) não devem tocar na base do gerador nem na carenagem do retroprojetor (caso ela seja condutora elétrica). Coloque uma fina camada de óleo de rícino na cuba de vidro; Espalhe um pouco de milho granulado sobre o óleo da cuba; Deposite a cuba de vibro o conjunto sobre os eletrodos Escola de Ciência e Tecnologia 74 4. Atividades: Ligue o gerador apenas o tempo necessário para o alinhamento das partículas. Desenhe o aspecto das linhas de força entre os dois eletrodos retos (com cargas de sinais contrários). Figura 2 Assinale na figura a região onde o campo elétrico E é mais intenso. Ao assinalar o vetor campo elétrico lembre que o eletrodo conectado à esfera do gerador tem polaridade negativa. Trace o vetor E que melhor representa o campo elétrico nos pontos A, B e C. O que acontece com a densidade das linhas de força do campo elétrico na região mais central das placas paralelas? A partir da densidade destas linhas de força, avalie o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B e C. Durante a atividade se observou que as partículas de milhos se orientam sob a ação do campo elétrico. Justifique como elas puderam interagir com o campo elétrico sendo dielétricas e eletricamente neutras. Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C Escola de Ciência e Tecnologia 75 Verifique que as linhas de força, nos pontos superficiais, são sempre perpendiculares às superfícies metálicas. Por que o campo elétrico não pode ter componente paralela aos eletrodos junto às suas superfícies? Procedendo de maneira semelhante, analise os casos representados a seguir: Represente na figura as linhas de força entre um par de eletrodos pontuais (com cargas de sinais contrários). Figura 3 A partir da densidade das linhas de força, comente sobre o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B, e C. Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C Escola de Ciência e Tecnologia 76 Represente na figura as linhas de força entre um eletrodo pontual contendo um eletrodo em anel circundante (com cargas de sinais contrários) Figura 4 A partir da densidade das linhas de força, comente sobre o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B, e C. Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C Escola de Ciência e Tecnologia 77 Represente na figura as linhas de força entre um eletrodo reto e um eletrodo pontual (com cargas de sinais contrários). Figura 5 A partir da densidade das linhas de força, comente sobre o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B, C e D. Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C D Escola de Ciência e Tecnologia 78 Represente na figura as linhas de força entre dois eletrodos retos (com cargas de sinais contrários) contendo um anel metálico entre eles. Figura 6 A partir da densidade das linhas de força, comente sobre o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B e C. Como são as linhas de força no interior do anel? O que isso significa? Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C Escola de Ciência e Tecnologia 79 Represente na figura as linhas de força entre um eletrodo pontual e um eletrodo em anel (com cargas de sinais contrários) contendo coaxialmente um anel metálico entre eles. Figura 7 A partir da densidade das linhas de força, comente sobre o comportamento do campo elétrico nas regiões assinaladas por A, B e C. Como são as linhas de força no interior do anel maior? O que isso significa? Mesa projetável de Adesão Magnética para Gerador A B C Escola de Ciência e Tecnologia 80 Prática 21: A lei de Faraday, a lei de Lenz e a lei de Foucault, o freio magnético.1. Material/Aparelho utilizado: Lenz-Foucault 2. Objetivos Reconhecer e enunciar: Lei da indução de Faraday; Lei de Lenz; Identificar correntes parasitas de Foucault; Entender o funcionamento do freio magnético como uma aplicação das leis de Faraday, Lenz e Foucault. A indução magnética A corrente elétrica gera um campo magnético. O campo magnético variável é capaz de gerar uma corrente elétrica. Este segundo fenômeno é chamado de indução magnética. Suponha um contorno fechado imerso em um campo magnético e que esse contorno seja condutor, como um anel metálico, por exemplo. A indução eletromagnética, a corrente induzida e o fluxo indutor Sempre que houver variação do fluxo de indução através desse contorno fechado condutor, surgirá nele uma corrente elétrica. A esse fenômeno damos o nome de indução eletromagnética. A corrente que surge é denominada corrente induzida e o fluxo que a produziu de fluxo indutor. A lei de Lenz O sentido da corrente induzida A lei de Lenz estabelece que: ―A corrente induzida surge num sentido tal que produz um fluxo induzido em oposição à variação do fluxo indutor que lhe deu origem‖. Foucault, Jean Bernard Léon Jean Bernard Léon Foucault (1819-1868) foi um físico e astrônomo francês com muitos trabalhos relevantes. Foucault ficou bastante conhecido foi pela sua experiência envolvendo o pêndulo de Foucault, que demonstra a rotação da Terra em torno de seu eixo. A corrente de Foucault Foucault estabeleceu que uma placa metálica maciça pudesse ser imaginada como a justaposição de várias espiras. A variação de fluxo através da pela também induz correntes em suas ―espiras‖ denominadas de correntes de Foucault. Em nosso experimento, afastando o corpo de prova pendular da posição de equilíbrio e abandonando, ele deveria continuar oscilando – Figura 1 e 2. Escola de Ciência e Tecnologia 81 No entanto,quando o pêndulo passa, por entre os imãs, varia o fluxo magnético atuante sobre ele. Essa variação do fluxo gera as correntes de Foucault (correntes induzidas) no pêndulo num sentido tal que produz um campo induzido em oposição ao campo dos pólos magnéticos, parando bruscamente o movimento pendular, funcionando como um potente freio magnético. Figura 1 Figura 2 Substituindo este pêndulo por outro recortado em forma de pente, praticamente não há indução de correntes e o movimento pendular leva mais tempo para parar. Abandonando o imã móvel encapsulado no interior do tubo de alumínio, a variação do fluxo magnético gera correntes induzidas de Foucault, enquanto que no PVC (material não condutor) este fenômeno de frenagem não ocorre. 3. Atividades Execute a montagem das figuras 3 e 4. Detalhe da posição da almofada redutora de impacto. Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Escola de Ciência e Tecnologia 82 Coloque o pêndulo em forma de pente. (Figura 5) Afaste-o da posição de equilíbrio. Solte o pêndulo e registre quantas oscilações ele executa até parar. Repita as operações anteriores utilizando agora o pêndulo vazado. (Figura 6) Registre quantas oscilações ele executa até parar. Repita as operações anteriores utilizando o pêndulo com área fechada. (Figura 7) Registre quantas oscilações ele executa até parar. Justifique os diferentes números de oscilações para cada configuração. Figura 7 Introduza o imã cilíndrico pela abertura superior do tubo isolante. Abandone-o e avalie o tempo que ele demora a atravessar o tubo. Figura 8 A seguir, introduza o imã cilíndrico pela abertura superior do tubo condutor. Abandone- o e avalie o tempo que ele demora a atravessar o tubo. Figura 9 Justifique a diferença de tempo de queda entre as duas situações. Escola de Ciência e Tecnologia 83 Justifique a influência do material do qual é feito o tubo na variação de velocidade de queda do imã.