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Periodontia ANATOMIA E HISTOLOGIA DO PERIODONTO Periodonto de proteção: Gengiva Periodonto de sustentação: Ligamento periodontal; Osso alveolar; Cemento radicular. TECIDO GENGIVAL Caracteriza o periodonto de revestimento; Barreira de proteção. Mucosa oral – mucosa mastigatória (gengiva e palato duro); Mucosa especializada – recobre o dorso da língua; Mucosa de revestimento – recobre o restante. Gengiva: parte da mucosa mastigatória que reveste o processo alveolar e circunda a porção cervical do dente. Coloração róseo claro. Gengiva livre – cor rósea, superfície opaca e consistência firme; - Vestibular/lingual e palatina, também chamada de gengiva interdental; - Margem gengival livre (MGL) até a ranhura gengival (30-40% da população) MARGEM GENGIVAL ↓ FREQUENTEMENTE ARREDONDADA ↓ PEQUENA INVAGINAÇÃO DE SULCO ENTRE O DENTE E A GENGIVA PERI: em torno de. ODONTO: dente Gengiva interdental (papila interdental) – forma: contato entre os dentes, largura da superfície proximal destes pela anatomia da JCE. Dentes anteriores: forma piramidal –ponto de contato; Dentes posteriores: forma achatada (sela) –superfície de contato; Área de COL: área separada pela porção vestibular e versão lingual/palatina Epitélio delgado não queratinizado. Gengiva inserida – textura firme e cor rósea Pontilhados delicados (aspecto casca de laranja) Da ranhura gengival à linha ou junção mucogengival firmemente inserida no osso alveolar e cemento. Mucosa alveolar – frouxa, móvel, coloração vermelho mais escuro. EPITÉLIO Protege as estruturas mais profundas; Permite a troca seletiva com o ambiente bucal. 3 tipos de epitélio: Oral – voltado para a cavidade oral/externo. Do sulco – voltado para o dente, sem ficar em contato com a superfície do dente (sulcular). Juncional – promove o contato da gengiva com o dente. Epitélio oral (bucal) – Queratinócitos: 90% Melanócitos; Células de Langerhans; Células inflamatórias; Células de Merkel. Gengiva Epitélio oral externo Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado Camada córnea: Célula sofreu diversas alterações; Perda da capacidade de produção de energia; Citoplasma preenchido por queratina; Queratinização do epitélio; Paraqueratinizada com núcleo; Ortoqueratinizada sem núcleo. CÉLULAS DE LANGERHANS: células de defesa CÉLULAS DE MERKEL: função sensorial e tátil. Camada granulosa: Grânulos de queratinócitos; Diminuição de organela; Transição acentuada das células entre a camada granular e córnea; Processo de Queratinização. Camada espinhosa: Poliédricas; Hemidesmossomos; Projeções citoplasmáticas curtas – espinhos. Camada basal: Cilíndricas ou cubicas; Capacidade de divisão; Muitas organelas. *A união e interdigitação das cristas epiteliais e das papilas do tecido conjuntivo resulta nos “furinhos” da gengiva inserida (aspecto de casca de laranja). EPITÉLIO DO SULCO (ES) Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado; Semelhante ao epitélio oral; Se estende da crista da margem gengival até o início do epitélio Juncional; Células cúbicas. EPITÉLIO JUNCIONAL (EJ) Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado; Porção coronal mais espesso (15 a 30 camadas); EJ aderida a superfície dentária através de uma lâmina basal (semelhante a camada basal) Hemidesmossomos – reforçado p/ fibras gengivais; Em constante renovação (mitose) células p/ sulco; 3 zonas do epitélio Juncional: apical – células germinativas; Médio – adesividade; Coronal – maior permeabilidade. FLUIDO GENGIVAL Substancia eliminada dentro do sulco –proveniente do tecido conjuntivo. Função: limpar o sulco; Adesividade ao epitélio –produção de proteína plasmática-; Atividade antimicrobiana; Iniciar a atividade dos anticorpos; Na inflamação –fluido aumentado- “exudato inflamatório”. A cárie chega através da zona coronal TECIDO CONJUNTIVO (TC) Lâmina própria; Tecido predominante na gengiva; Constituído por: fibras colágenas (60% do volume total); Fibroblastos (5%); Vasos, nervos e matriz extracelular (35%). FIBRAS GENGIVAIS Fibras circulares (FC); Fibras dentogengivais (DGV); Fibras dentoperiosticas (DPF); Fibras transeptais (TF). Função: Proporcionar tonicidade e resistência à gengiva marginal livre; Contorno e suporte para a gengiva inserida; Proporcionar a posição mais coronária da inserção do tecido conjuntivo na superfície dentária; Protegem o epitélio Juncional e o ligamento periodontal; Dão suporte à papila dentária. Outros feixes de fibra: oxitalâmicas; Reticulares; Elásticas. Se espalham ao redor ou entre os feixes principais. CÉLULAS Fibroblastos; Mastócitos; Células endoteliais; Macrófagos. Leucócitos PMN; Linfócitos; ESPAÇO BIOLÓGICO Espaço biológico – distancia biológica (aproximadamente +/- 3,0mm) Epitélio biológico (2,04mm): Epitélio Juncional – 0,94mm + Inserção conjuntiva – 1,07mm Distância biológica (2,73mm): Início no sulco gengival – 0,69mm Epitélio juncional – 0,97mm Fim na inserção conjuntiva – 1,07mm PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO Ligamento periodontal: é um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lamina ou ao osso alveolar. Em direção coronal, esse ligamento é continuo, com a lâmina própria da gengiva e está separado delas pelos feixes de fibras colágenas que ligam a crista alveolar a raiz (as fibras da crista alveolar). Funções: proporcionar um invólucro dos tecidos moles para proteger vasos e nervos de injurias mecânicas; Transmissão de força ao osso; Fixar um dente ao osso; Amortecer, resistir ao impacto de forças oclusais; Fonadora e remodeladora de cemento, ligamento e osso alveolar; Função nutricional (para cemento, osso e gengiva) e sensorial (tato, pressão e dor); Drenagem linfática. Constituído por: elementos celulares; Fibras; Substâncias fundamentais Elementos celulares: fibroblastos (35%) em maior número; Células ósseas cementárias, mesenquimais. Grupo principal de feixes de fibras colágenas: fibras da crista alveolar; Fibras horizontais; Fibras obliquas; Fibras apicais. Fibras elásticas: oxitalâmicas e elaumicas – menor quantidade Visível apenas histologicamente Espaço biológico ≠ distancia biológica CEMENTO RADICULAR Tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares e, ocasionalmente, pequenas porções das coroas dos dentes. 60% matriz inorgânica: Hidroxipatita e fosfato de cálcio; 40% de matriz orgânica: Colágeno do tipo I (90%). Cemento acelular de fibras extrínsecas (AEFC) Porções coronárias e médio da raiz; Fibras de Sharpey; Conecta o dentre ao osso alveolar PD; Formado com dentina, antes da oclusão. Cemento celular estratificado misto: Desenvolvimento após a erupção; Cementócitos em lacunas; Terço apical das raízes; Fibras extrínsecas (fibroblastos); Fibras intrínsecas (cementoblastos). Cemento celular das fibras intrínsecas: Rápida deposição; Contribui para o processo de reparo aos danos à superfície radicular; Contem células, mas não apresenta fibras extrínsecas. Relação cemento-esmalte: 5-10% dentina mais exposta; 30% cemento acabando junto com esmalte; 60-65% cemento formado por cima do esmalte. OSSO ALVEOLARO processo alveolar é definido como as partes da maxila e da mandíbula que formam e dão suporte aos alvéolos dos dentes. Depende do dente – o dente e o processo alveolar se formam juntos; se perde o dente, o processo alveolar será reabsorvido. Crista alveolar; Osso alveolar; Osso compactado; Osso esponjoso. Células Osteoblastos – produção de osteóides, fibras colágenas, proteoglicanas e glicoproteínas. Osteócitos – presentes no tecido mineralizado; comunicam-se através dos canalículos. Osteoclastos – células gigantes especializadas em destruição da matriz mineralizada. Não contêm vasos sanguíneos e linfáticos; Não possuem inervação. As fibras de Sharpey são produzidas por fibroblastos. Sistema de Havers