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1 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A descrição que este resumo 
apresenta, foi baseada em aulas em sala e 
complementada com o livro de Histologia 
Básica de Junqueira & Carneiro. Todas as 
informações foram trabalhadas com 
objetivo de passar o mais fácil possível o 
assunto. 
 
2 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães 
 
TECIDO ADIPOSO 
 O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual se observa predominancia 
de células adiposas (adipócitos). Essas células podem ser encontradas isoladas ou em pequnos 
grupos no tecido conjuntivo frouxo, porem a maioria delas forma agregados, constituindo o 
tecido adiposo distribuido pelo corpo. Em pessoas de peso normal, o tecido adiposo 
representa cerca de 20 a 25% do peso corporal de uma mulher e de 15 a 20% no homem. 
 O tecido adiposo é o maior deposito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. 
As celulas hepaticas eo musculo esqueletico tambem acumulam energia, mais sob a forma de 
glicogênio. Como os depositos de glicogênio são menores, os grandes depositos de 
triglicerídeos do tecido adiposo são as principais reservas de energia do organismo. Os 
triglicerideos são amis eficientes como reserva energética por que fornecem 9,3 Kcal/g contra 
apenas 4,1 Kcal/g fornecidas pelo glicogênio. Os trigliecerideos do tecido adiposo não são 
depositos estáveis, porem se renovam continualmente, e o tecido é muito influenciado por 
estímulos nervosos e hormonais. Alem do papel energético, o tecido adiposo tem outras 
funções. Localizado sob a pele, modela a superficie, sendo em parte responsavel pelas 
diferenças de contorno entre homens e mulheres. Tambem forma os coxins absorventes de 
choques, principalmente nas palmas das mãos e da planta dos pés. Como as gorduras são amis 
condutoras de calor, o tecido adiposo contribui para o isolante térmico do organismo. Além 
disso, preenche espaços entre os tecidos e auxilia a manter determinados órgãos em posição 
normal. O tecido adiposo tem tambem atividade secretora, sintetizando diversos tipos de 
moléculas. 
 Há duas variedades de tecido adiposo, que apresentam distribuição no corpo, na 
estrutura, na fisiologia e em patologias diferentes. Uma variedade é o tecido adiposo comum, 
amarelo ou Unilocular, cujas células, quando completamente desenvolvidas, contem apenas 
uma gotícula de gordura que ocupa quase todo citoplasma, e a outra é o tecido adiposo pardo 
ou multilocular, formado por células que contem numerosas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias. 
TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR 
 A cor do tecido unilocular varia entre branco e o amarelo escuro, dependendo da 
dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de carotenos dissolvidos nas 
gotículas de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo entrado em humanos adultos é do 
tipo unilocular; seu acumulo em determinados locais é influenciado pelo sexo e pela idade do 
individuo. 
 Esse tecido forma o panículo adiposo, camada disposta sob a pela, e que é de 
espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Com a idade, o panículo adiposo 
tende a desaparecer de certas áreas, desenvolvendo-se em outras. Essa disposição seletiva de 
 
3 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães 
gorduras é regulada, principalmente, pelos hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos 
pela camada cortical da glândula adrenal. 
 
 
Delgada camada de citoplasma, como se fosse um anel, em torno de um espaço deixado pela 
goticula de gordura que foi removida. 
 O tecido unilocular apresenta septos de conjuntivo, que contem vasos sanguineos e 
nervos. Desses septos partem fibras reticulares (colágeno III) que sustentam as células 
adiposas. 
 A vascularização do tecido adiposo é muito abundante quando se considera a 
pequena quantidade de citoplasma funcionante. A relação volume de capilar 
sanguíneo/volume de citoplasma é muito maior no tecido adiposo do que no musculo 
estriado, por exemplo. 
 A remoção dos lipídeos, nos casos de necessidade energética, não se faz igual em 
todos os lugares. Primeiro, são metabolizados os depósitos subcutâneos, os do mesentério e 
os retroperitoneais, enquanto o tecido adiposo localizado nos coxins das mãos e dos pés 
resiste a longos períodos de desnutrição. 
 Após períodos de alimentação muito deficiente em calorias, o tecido adiposo 
unilocular perde quase toda a sua gordura e se transforma em um tecido com células 
poligonais ou fusiformes, com raras gotículas lipídicas. 
 O tecido adiposo unilocular é também um órgão secretor. Sintetiza várias moléculas 
como leptina, que são transportadas pelo sangue, e a lipase lipoproteica já mencionada, que 
fica ligada à superfície das células endoteliais dos capilares sanguíneos situados em volta dos 
adipócitos. A leptina é um hormônio proteico constituído por 164 aminoácidos. Diversas 
células do cérebro e em outros órgãos têm receptores para leptina. Essa molécula participa da 
TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR 
 As células 
adiposas uniloculares 
são grandes, medindo 
cerca de 50 a 150 
nanômetros. Quando 
isoladas, essas células 
são esféricas, 
tornando-se poliédricas 
no tecido adiposo pela 
compressão recíproca. 
A gotícula lipídica é 
removida pelos 
solventes orgânicos, 
utilizados na técnica 
histológica. Por isso nos 
cortes histológicos 
comuns, cada célula 
apresenta apenas uma 
 
4 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães 
regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos. A leptina 
atua principalmente no hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimento e aumentando o gosto 
de energia. 
HISTOGÊNESE DO TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR 
 As células adiposas uniloculares se originam no embrião, a partir de células derivadas 
do mesenquima, os lipoblastos. Essas células são aparecidas com os fibroblastos, porem logo 
acumula gordura no seu citoplasma. As gotículas lipídicas são inicialmente separadas umas as 
outras, porém muitas se fundem, formando a gotícula única característica da célula adiposa 
unilocular. 
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR 
 
Localizando-se em áreas determinadas. Esse tecido é abundante em animais que hibernam, 
nos quais foi chamado de glândula hibernante (designação desapropriada). 
 No feto humano e no recém-nascido, o tecido adiposo multilocular apresenta 
localização bem determinada. Como esse tecido não cresce, sua quantidade no adulto é 
bastante reduzida. 
 As células do tecido adiposo multilocular são menores do que no tecido adiposo 
unilocular e tem forma poligonal. O citoplasma é carregado de gotículas lipídicas de vários 
tamanhos e contem numerosas mitocôndrias, cujas cristas são particularmente longas, 
podendo ocupar toda a espessura da mitocôndria. 
 No tecido adiposo multilocular, as células tomam um arranjo epitelioide, formando 
massas compactas em associação com capilares sanguíneos, lembrando as glândulas 
endócrinas. 
 O tecido adiposo 
multilocular é tambem 
chamado de tecido adiposo 
pardo, por sua cor 
característica. Essa cor se 
deve á vascularização 
abundante e às numerosas 
mitocôndrias encontradas 
em suas células. Por serem 
ricas em citocromos, as 
mitocôndrias tem cor 
avermelhada. Ao contrario 
do tecido unilocular, que é 
encontrado por quase todo 
o corpo, o tecido pardo é 
de distribuição limitada, TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR 
 
5 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães 
 O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor, tendo papel 
importante nos mamíferos que hibernam. Na espécie humana, aquantidade desse tecido só é 
significativa no recém-nascido, tendo função auxiliar na termorregulação. 
 Ao ser estimulado pela liberação de norepinefrina nas terminações nervosas 
abundantes em torno das suas células, o tecido adiposo multilocular acelera a lipólise e a 
oxidação dos ácidos graxos. A oxidação dos ácidos graxos produz calor e não ATP, como a dos 
tecidos em geral, por que as mitocôndrias do tecido multilocular apresentam, nas suas 
membranas internas, uma proteína transmembrana chamada termogenina ou UCP 1 
(UnCoupling Protein 1). Esta proteína possibilita que os prótons transportados para o espaço 
intermembranoso voltem para a matriz mitocondrial, sem que passem pelo sistema 
ATPsintase existente nos corpúsculos elementares das mitocôndrias. Em consequência, a 
energia gerada pelo fluxo de prótons não é usada para sintetizar ATP, sendo dissipada como 
calor. O calor aquece o sangue contido em extensa rede capilar do tecido multilocular e é 
distribuído por todo o corpo, aquecendo diversos órgãos. 
 Nas espécies que hibernam, o despertador da hibernação se deve a ação de estímulos 
nervosos no tecido multilocular, que nesses casos, distribuindo calor, estimula ou desperta os 
tecidos hibernantes. 
 Em humanos, a função desse tecido esta restrita aos primeiros meses de vida pós-
natal. Durante esse tempo, tecido adiposo multilocular produz calor, protegendo o recém-
nascido contra o frio. 
HISTOGÊNESE DO TECIDO ADIPOSO 
 Sua formação é diferente da observada no tecido unilocular. As células mesenquimais 
que formam o tecido multilocular tornam-se epitelioide, adquirindo um aspecto de glândula 
endócrina cordonal, antes de acumularem gordura. Não há neoformação de tecido adiposo 
multilocular após o nascimento nem ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em 
outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deposição e mobilização dos lipídeos 
 Os Lipídeos armazenados nas células adiposas são principalmente triglicerídios, isto é, ésteres de ácidos graxos e 
glicerol. Os triglicerídios armazenados originam-se da seguinte maneira: Absorvidos da alimentação e trazidos até as células 
adiposas como triglicerídios dos quilomicrons. Oriundos do fígado e transportados até o tecido adiposo, sob a forma de 
triglicerídeos constituintes das lipoproteínas de pequeno pelo molecular, ou VLDL. A síntese nas próprias células adiposas, a 
partir da glicose. 
 Os quilomicrons são partículas cujo diâmetro pode alcançar 3 micrômeros, formadas pelas células epiteliais do 
intestino delgado, a partir dos nutrientes absorvidos. São constituídos por 90% de triglicerídeas e pequenas quantidades de 
colesterol, fosfolipídios e proteínas. Após deixarem as células epiteliais, os quilomicrons penetram nos capilares linfáticos do 
intestino e são levados pela corrente linfática, atingindo, posteriormente, o sangue, que os distribui por todo o organismo. Nos 
capilares sanguíneos do tecido adiposo, graças à enzima lipase proteica, produzida pelas células adiposas, ocorre a hidrolise dos 
quilomicrons e das lipoproteínas (VLDL) plasmáticas, com liberação de seus componentes, ácidos graxos e glicerol, que se 
difundem para o citoplasma das células adiposas, no qual se recombinam para formar novas moléculas de triglicerídios, que são 
depositadas. As células adiposas podem sintetizar ácidos graxos e glicerol a partir da glicose, processo que é acelerado pela 
insulina. Esse hormônio estimula tambem a penetração da glicose na célula adiposa (e em outras células também). 
 Quando necessária, a hidrolise dos triglicerídios é desencadeada principalmente pela norepinefrina. Este 
neurotransmissor é liberado pelas terminações pós-glandulares dos nervos simpáticos do tecido adiposo e captado por 
receptores da membrana dos adipócitos que ativam a lipase sensível a hormônio (intracelular), promovendo a liberação de 
ácidos graxos e glicerol, que se difundem para os capilares do tecido adiposo. Os ácidos graxos, que são quase insolúveis na 
água, ligam-se à parte hidrofóbica das moléculas de albumina da plasma sanguíneo e são transportados para outros tecidos, nos 
quais serão utilizados como fonte de energia. O glicerol, muito solúvel no plasma, é captado pelo fígado e removido. 
 
6 Histologia: Tecido Adiposo – Renan Guimarães

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