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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS QUESTÕES PARA REVISÃO DISCIPLINA: DIREITO CIVIL UNIDADE I – LINDB 1. Um projeto de lei federal é aprovado e publicado oficialmente, mas a própria lei estabelece expressamente que seguirá regra de vigência diversa. Nessa hipótese, segundo a LINDB, quando essa lei começa a valer? a) Somente após decisão do STF que reconheça sua validade b) A norma terá vigência conforme o prazo determinado pelo próprio texto legal c) Automática e imediatamente, independentemente do texto d) Seguirá sempre o prazo de 45 dias previsto na LINDB 2. Um cidadão afirma que não cumprirá determinada lei porque desconhece seu conteúdo alegando não ter sido informado pelo Estado. Segundo a LINDB, qual consequência? a) A lei não pode ser aplicada, pois falta publicidade direta b) A alegação de desconhecimento é válida quando comprovada c) Ninguém pode se escusar de cumprir a lei alegando desconhecimento d) A lei perde eficácia enquanto persistir o desconhecimento coletivo 3. Uma lei é publicada e, antes de entrar em vigor, seu texto é republicado apenas para correção de erros. Qual o efeito jurídico segundo a LINDB? a) A lei perde a eficácia original b) O prazo começa a contar novamente a partir da nova publicação c) A republicação não altera o prazo d) O texto anterior permanece válido integralmente 4. Uma lei nova, tratando da mesma matéria anteriormente regulada por outra lei, não afirma expressamente estar revogando a anterior. Segundo a LINDB, o que ocorre? a) Não há revogação sem declaração expressa b) A lei anterior continua vigente até decisão judicial c) Ocorre revogação se a nova lei regula inteiramente a matéria d) A revogação automática só acontece com lei penal 5. Uma lei revogadora é posteriormente revogada por outra legislação posterior que não restaura o texto anterior. A lei original volta a valer automaticamente? a) Sim, sempre b) Apenas em matéria penal c) Não, a LINDB veda repristinação automática d) Sim, desde que seja lei complementar 6. A vacatio legis refere-se ao período entre a publicação e o início de vigência de uma lei. Considerando esse conceito, qual afirmativa é correta? a) A lei sempre entra em vigor 1 ano após a publicação b) A vacatio não pode ser alterada pela própria lei c) A regra geral é 45 dias, salvo disposição contrária d) A vacatio depende de homologação judicial 7. Em caso de omissão legislativa, o juiz aplica jurisprudência obrigatória, ignorando costumes locais. Segundo a LINDB, qual seria o método correto? a) Decidir apenas com base em costumes b) Utilizar analogia, costumes e princípios gerais juntos c) Remeter o caso ao Legislativo d) Suspender o processo até edição de lei específica 8. Em uma situação concreta, a lei existente não prevê hipótese semelhante, mas há normas próximas. Qual instrumento jurídico poderá ser utilizado para decidir o caso? a) Analogia b) Resolução administrativa c) Jurisprudência penal vinculante d) Repristinação automática 9. Criticando decisão judicial, um cidadão sustenta que a lei deveria retroagir e atingir atos jurídicos perfeitos. Qual entendimento prevalece conforme a LINDB? a) A lei nova pode atingir o ato jurídico já perfeito apenas com autorização judicial b) Ato jurídico perfeito não pode ser atingido por lei posterior c) A lei sempre retroage para alcançar todos os fatos d) Atos perfeitos podem ser modificados pelo costume 10. Após cumprir integralmente os requisitos legais, uma pessoa afirma que adquiriu determinado direito, mesmo antes de exercê-lo. Qual conceito jurídico se aplica? a) Direito adquirido b) Direito temporário c) Expectativa aleatória d) Condição futura revogável pelo Estado 11. Uma decisão judicial transita em julgado. A parte contrária afirma poder alterar a decisão por nova lei. Qual cenário se aplica? a) A lei pode desfazer coisa julgada b) A coisa julgada não pode ser modificada por lei posterior c) A coisa julgada é provisória d) A lei pode anular automaticamente decisões anteriores 12. Em país estrangeiro, a obrigatoriedade da lei brasileira depende da aceitação pelo próprio país. Se admitida, quando começa a valer? a) 3 meses após a publicação oficial b) 45 dias, regra geral c) Imediatamente d) Exige decisão internacional 13. Após a reforma da LINDB em 2018, a aplicação das normas deve considerar a realidade social do momento. Qual princípio foi fortalecido? a) Ativismo judicial b) Aplicação conforme realidade social c) Decisão política administrativa d) Segurança penal 14. Um cidadão, tendo cumprido os requisitos legais e pautando-se na boa-fé, reclama preservação de efeitos decorrentes de condutas estatais. Qual princípio pós-2018 é aplicável? a) Exceção à legalidade b) Proteção da confiança c) Competência internacional d) Repristinação automática GABARITO UNIDADE I 1 – B A lei pode estabelecer prazo diferente de vigência; regra geral é 45 dias, mas o próprio texto pode prever outra data. 2 – C Ninguém pode se escusar de cumprir a lei alegando desconhecimento. Art. 3º da LINDB. 3 – B Se houver nova publicação destinada à correção antes da vigência, o prazo da vacatio recomeça. (art. 1º, §3º). 4 – C Mesmo sem declaração expressa, ocorre revogação quando a nova lei regula toda a matéria (art. 2º, §1º). 5 – C A LINDB veda repristinação automática — a lei anterior não volta a vigorar só porque a revogadora foi revogada (art. 2º, §3º). 6 – C Regra da vacatio legis = 45 dias, salvo disposição contrária. (art. 1º). 7 – B Diante de omissão, o juiz decide por analogia, costumes e princípios gerais do direito (art. 4º). 8 – A Analogia se aplica quando a lei não trata do caso, mas existe norma próxima ou semelhante. 9 – B A lei nova não atinge o ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 6º caput e §1º). 10 – A Direito adquirido é incorporado ao patrimônio independentemente de exercício imediato. 11 – B Coisa julgada torna imutável a decisão judicial, não podendo ser atingida por lei posterior (art. 6º, §3º). 12 – A No exterior, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, começa após 3 meses (art. 1º, §1º). 13 – B A reforma de 2018 reforçou a aplicação das normas considerando realidade social e condições de fato. 14 – B O princípio da proteção da confiança preserva condutas estatais e expectativas legítimas do cidadão (pós 2018). UNIDADE II – DOMICÍLIO E BENS 1. De acordo com o Art. 70 do Código Civil, o domicílio da pessoa natural é: a) O lugar que ela passa as férias esporadicamente b) O lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo c) O local considerado como mera residência d) O local de nascimento da pessoa 2. O Direito brasileiro admite, excepcionalmente, a pluralidade de domicílios. Conforme o Art. 71 do Código Civil, qual será considerada o domicílio? a) Quando a pessoa tem apenas uma residência, mas possui propriedades em lugares diversos b) A pluralidade de domicílios nunca é admitida para a pessoa natural c) Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerando-se domicílio qualquer delas d) Apenas quando a pessoa se desloca constantemente 3. Uma pessoa exerce sua profissão em três cidades diferentes (A, B e C). De acordo com o Art. 72 e seu parágrafo único, para as relações concernentes à sua profissão, qual será o domicílio? a) A cidade A, primeira delas b) A cidade em que exercer a profissão por mais tempo c) Cada uma das cidades A, B e C constituirá domicílio para as relações que lhes corresponderem d) A pessoa não tem domicílio profissional fixo 4. De acordo com o Código Civil, qual será o domicílio da pessoa que não possui residência habitual? a) A casa dos pais, apenas b) O local de nascimento c) O lugar que for encontrada d) O local da última residência 5. O domicílio necessário possui um rol elencado no art. 76 do Código Civil de 2002. Qual dos indivíduos abaixo possui domicílio necessário? a) O empresário individual b) O militar da reserva c) O diplomata estrangeiroem serviço no Brasil d) O servidor público civil, no lugar em que exercer permanentemente suas funções 6. O Art. 76, IV, do Código Civil define o domicílio necessário do preso. Qual é este domicílio? a) O último domicílio que possuía antes da prisão b) O local onde reside sua família c) O lugar em que cumprir a sentença d) O foro de domicílio do seu defensor 7. O Art. 75, I, do Código Civil estabelece o domicílio da União, dos Estados e Territórios, dos Municípios e demais pessoas jurídicas. Marque a única alternativa correta: a) Da União, o Distrito Federal b) Dos Estados e Territórios, o lugar onde funcione a administração c) Do Município, o lugar onde funcione o Tribunal de Contas d) Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas coordenadorias e supervisões, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos 8. A mudança de domicílio ocorre com a transferência da residência e com o ânimo definitivo. Segundo o parágrafo único do Art. 74, a prova do ânimo poderá ser feita: a) Apenas por meio de declaração expressa em escritura pública b) Por meio de manifestação expressa ou pelas circunstâncias que acompanham a mudança c) Somente por testemunhas d) Exclusivamente pela aquisição de um imóvel no novo local 9. O Art. 78 do Código Civil autoriza as partes a estipularem, nos contratos escritos, o local onde se devam exercer e cumprir os direitos e obrigações dele resultantes. Este foro é chamado de: a) Foro legal b) Foro judicial c) Foro de eleição d) Foro necessário 10. Durante o patrulhamento em uma cidade do interior, a guarnição PM foi acionada para atender a um atrito entre vizinhos, sendo que um deles, um servidor público civil, alegava que o outro estava tentando forçá-lo a mudar seu domicílio. Ao intervir, o Soldado PM recém-formado deve orientar corretamente o cidadão de que: a) O servidor público civil tem domicílio voluntário no lugar onde exercer permanentemente suas funções b) O domicílio do servidor público militar é o lugar onde ele exercer permanentemente suas funções c) A alteração de domicílio depende de autorização judicial, sendo proibido o domicílio necessário para servidores d) O servidor público civil tem domicílio necessário no lugar onde exercer permanentemente suas funções 11. São considerados bens imóveis, para fins legais, aqueles que não podem ser removidos sem sua destruição. Qual alternativa apresenta um bem imóvel por natureza? a) Os direitos reais sobre imóveis. b) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local c) O solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente d) O direito à sucessão aberta. 12. De acordo com o art. 90 do CC/02, constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que: a) pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação coletiva. b) pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. c) pertinentes à outra pessoa, tenham destinação unitária. d) pertinentes à outra pessoa, tenham destinação coletiva. 13. O art. 85 do Código Civil dispõe acerca do que são bens fungíveis: a) Aqueles que podem ser fracionados em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito b) Aqueles que, embora unidos, podem ser separados sem alteração na substância c) Os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade d) Os que proporcionam reiterada utilização ao homem, sem destruição da sua substância 14. O Aluno Soldado Spark realizava policiamento a pé na Rua Platina quando foi abordado por um transeunte, que o questionou sobre o significado de bens consumíveis, conforme o art. 86 do Código Civil: a) São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação b) São consumíveis os bens imóveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação c) São consumíveis os bens temporários cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação d) São consumíveis os bens coletivos cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação 15. A divisibilidade de um bem é a característica de poder fracionar-se em porções distintas sem que haja alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destina. Um automóvel é um exemplo de bem: a) Divisível, pois pode ser fracionado em peças b) Indivisível por natureza c) Indivisível por vontade das partes d) Divisível por determinação legal 16. As pertenças (como máquinas agrícolas instaladas em uma fazenda) distinguem-se dos bens acessórios (como os frutos) porque: a) Sempre se incorporam ao bem principal, tornando-se partes integrantes b) Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não as abrangem, salvo estipulação em contrário (Art. 94) c) Não se destinam, de modo duradouro, ao uso ou serviço do bem principal d) São bens imóveis por natureza, enquanto os bens acessórios são móveis 17. Quanto ao conceito de benfeitoria, prevista no art. 96 do Código Civil, analise as definições e marque a alternativa correta: I. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor II. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem III. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore a) Apenas uma está correta b) Apenas duas estão corretas c) Nenhuma está correta d) Todas estão corretas 18. Conforme o Art. 99, I, os bens públicos de uso comum do povo são tais como: a) Aqueles destinados a estabelecimento da administração pública (edifícios de repartições públicas) b) Aqueles que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real c) Os rios, mares, estradas, ruas e praças d) Aqueles que não estão afetados a um fim público específico 19. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são: a) Alienáveis, desde que haja autorização legislativa b) Inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma em que a lei determinar c) Alienáveis, desde que submetidos à licitação pública d) Inalienáveis, mas podem ser adquiridos por usucapião 20. Qual instituto jurídico é expressamente vedado de ser aplicado aos bens públicos, conforme estabelece o Art. 102 do Código Civil? a) Servidão b) Direito de superfície c) Usucapião d) Desafetação GABARITO UNIDADE II 1 - B 2 - C 3 - C 4 - C 5 - D 6 - C 7 - A 8 - B 9 - C 10 - D 11 - C 12 - B 13 - C 14 - A 15 - B 16 - B 17 - D 18 - C 19 - B 20 - C UNIDADE III - RESPONSABILIDADE CIVIL 1. Qual das seguintes afirmativas melhor representa a distinção entre responsabilidade civil contratual e extracontratual? a) A responsabilidade contratual decorre sempre de ato ilícito; a extracontratual decorre apenas de descumprimento contratual. b) A responsabilidade contratual nasce do inadimplemento de obrigação prevista no contrato; a extracontratual resulta da violação de uma norma legal e do dever de não causar dano a outrem. c) Ambas são idênticas em todos os aspectos, pois o Código Civil trata-as com os mesmos dispositivos. d) A responsabilidade extracontratual só existe quando há dolo, enquanto a contratual admite culpa apenas. 2. Qual das afirmativas melhor descreve as funções da responsabilidade civil? a) Reparar o dano é função secundária; punir o agressor é função principal. b) Só existem duas funções: reparação e indenização. c) A função principal é alcançar a vítima por meio da reparação; as funções secundárias incluem punir o agressor e caráter preventivo/didático. d) A responsabilidade civil tem apenas finalidade punitiva, não preventiva. 3. Sobre as formas de reparação, assinale a opção CORRETA: a) A reparação in natura (substituição dobem por outro) é sempre uma escolha do suposto causador do dano. b) A reparação pecuniária (indenização) nunca pode substituir a reparação in natura. c) A regra é tentar a compensação in natura; se impossível, procede-se à indenização em dinheiro — a escolha não fica a critério da vítima. d) A reparação in natura é vedada pelo Código Civil moderno. 4. Quanto aos elementos da responsabilidade civil extracontratual, qual alternativa apresenta todos os elementos? a) Conduta humana (ação ou omissão), culpa lato sensu (dolo ou culpa stricto sensu), nexo de causalidade e dano. b) Apenas conduta humana e dano — culpa não é exigida em nenhum caso. c) Dano e nexo de causalidade apenas — a conduta humana é irrelevante. d) Culpa apenas; nexo de causalidade e dano são dispensáveis. 5. Sobre culpa e suas espécies, assinale a alternativa CORRETA: a) Imperícia é um tipo de negligência e sempre equivale a dolo. b) Imprudência refere-se à ação com falta de cuidado; negligência refere-se à omissão com falta de cuidado; imperícia refere-se à falta de capacidade técnica. c) Dolo e culpa são idênticos para fins de responsabilidade civil. d) Culpa stricto sensu exclui a imperícia como espécie. 6. A responsabilidade civil objetiva apresenta qual característica fundamental? a) Dispensa totalmente a existência de nexo de causalidade. b) Fundamento na teoria do risco — dispensa a culpa como requisito para indenizar nos casos previstos em lei ou em atividades de risco. c) É a regra geral do nosso ordenamento; a responsabilidade subjetiva é exceção. d) Torna impossível o direito de regresso em face de agente público. 7. Entre as excludentes do nexo causal, qual alternativa reúne apenas opções CORRETAS? a) Culpa exclusiva da vítima; culpa exclusiva de terceiro; caso fortuito e força maior. b) Culpa concorrente da vítima; culpas somadas do autor e do terceiro; erro inevitável. c) Nulidade do ato; inépcia processual; decisão administrativa. d) Culpa exclusiva do juiz; força maior somente se comprovada em processo penal. 8. Quanto à responsabilidade por atos de terceiros (responsabilidade indireta), assinale a alternativa CORRETA: a) O empregador nunca responde civilmente pelos atos de seus empregados. b) Os pais respondem pelos filhos menores sob sua autoridade e em sua companhia. c)A responsabilidade por fato de terceiro exige prova de dolo exclusivo do representado. d) A responsabilidade indireta é meramente subsidiária e raramente aplicada. 9. Sobre responsabilidade por fato de coisa/animal e responsabilidade do Estado, qual afirmação CORRETA? a)O dono do animal sempre fica isento de responsabilidade se provar que a vítima tinha culpa. b)O Estado responde objetivamente pelos danos causados por seus agentes no exercício de suas funções, e há previsão de direito de regresso contra o agente em caso de dolo ou culpa. c)A responsabilidade por coisa que cai de prédio só existe se houver previsão contratual. d) A responsabilização do Estado é sempre subjetiva, jamais objetiva. 10.Considerando o tratamento do dano e do ônus da prova, assinale a alternativa correta: a)Não há responsabilidade civil sem dano — o autor da demanda tem o ônus de provar o dano (salvo exceções previstas, como inversão no CDC). b)O dano é irrelevante se houver prova de culpa. c)Sempre ocorre a inversão do ônus da prova em todas as ações de responsabilidade civil. d)O ônus da prova do dano recai exclusivamente sobre o réu segundo o material. GABARITO UNIDADE III 1 - B Por que (b) é correta: O material define que a responsabilidade civil contratual "decorre] do inadimplemento da obrigação prevista no contrato", enquanto a extracontratual (aquiliana) decorre da "violação de uma norma legal" e do dever de não causar dano a ninguém; portanto, a distinção feita em (b) corresponde exatamente ao conteúdo exposto. Por que (a) está errada: Inverte as causas: contratual não nasce “sempre” de ato ilícito — nasce do descumprimento contratual; extracontratual é a que normalmente está ligada ao ato ilícito. Por que (c) está errada: O material deixa claro que há regramento técnico e dispositivos aplicáveis específicos (artigos citados diferenciam matéria contratual e extracontratual); não são idênticas em todos os aspectos. Por que (d) está errada: A afirmação é falsa: tanto responsabilidade extracontratual quanto contratual podem envolver culpa (dolo ou culpa stricto sensu); não há exclusividade do dolo para a extracontratual. 2 - C Por que (c) é correta: O material indica que a reparação do dano é a função principal (alcança a vítima). As funções secundárias incluem punir (nem sempre exigido) e caráter didático/preventivo para a sociedade. Por que (a) está errada: Inverte a prioridade: reparação é principal, não secundária. Por que (b) está errada: Reduz a função a termos redundantes; o material lista três funções (reparar, punir em caráter secundário, e didática/preventiva). Por que (d) está errada: A responsabilidade civil possui função preventiva/didática além da punitiva. 3 - C Por que (c) é correta: Conforme o material, a reparação pode ser in natura (substituição do bem) ou pecuniária (dinheiro). A regra é compensar (in natura) e, na impossibilidade, indenizar; e "a escolha não fica a critério da vítima" — está explicitado no slide. Por que (a) está errada: Inverte a titularidade da escolha: material diz que a escolha não é da vítima — a regra é reparar em espécie, só se impossível paga-se valor. Por que (b) está errada: Falso — a indenização em dinheiro é admitida quando a reparação em espécie não é possível. Por que (d) está errada: Não há qualquer vedação; ao contrário, o direito civil reconhece a reparação in natura como forma preferencial. 4 - A Por que (a) é correta: O material descreve que os elementos são: conduta humana (ação/omissão) + culpa (dolo ou culpa lato sensu) + nexo de causalidade + dano/prejuízo. Por que (b) está errada: A responsabilidade subjetiva exige culpa, salvo exceções legais de responsabilidade objetiva; portanto, afirmar que culpa não é exigida "em nenhum caso" é incorreto. Por que (c) está errada: Conduta humana é elemento central; não pode ser considerada irrelevante. Por que (d) está errada: Nexo e dano não são dispensáveis; todos são necessários para a configuração típica da responsabilidade subjetiva. 5 - B Por que (b) é correta: O material distingue: imprudência = ação sem cuidado; negligência = omissão sem cuidado; imperícia = falta de qualificação/técnica, típica de profissionais. Isso corresponde exatamente à alternativa. Por que (a) está errada: Imperícia não é espécie de negligência e não equivale a dolo; trata-se de falta de habilidade técnica, elemento da culpa. Por que (c) está errada: Dolo (vontade de praticar o ato) e culpa (imprudência/negligência/imperícia) são conceitos distintos; embora ambos integrem a culpa lato sensu, não são idênticos. Por que (d) está errada: Imperícia é expressamente listada como espécie da culpa stricto sensu no material; não é excluída. 6 - B Por que (b) é correta: O material explica que a responsabilidade objetiva se funda na Teoria do Risco e se caracteriza pela dispensa total da culpa, ocorrendo "nos casos específicos em lei, ou quando a atividade...implicar risco". Por que (a) está errada: A responsabilidade objetiva não dispensa o nexo de causalidade; exige-se relação entre conduta/atividade de risco e o dano, ainda que não se apure culpa. Por que (c) está errada: O material diz que a responsabilidade subjetiva é a regra geral, e a objetiva é exceção prevista em lei ou para atividades de risco. Por que (d) está errada: Nada no material afirma que a objetiva impede direito de regresso; pelo contrário, no caso do Estado, há direito de regresso contra o agente em dolo ou culpa, conforme o próprio slide sobre responsabilidade do Estado. 7 - A Por que (a) é correta: O material lista como excludentes totais do nexo causal: culpa exclusiva/fato exclusivo da vítima, culpa exclusiva/fato exclusivode terceiro, e caso fortuito e força maior. Por que (b) está errada: Mistura conceitos (culpa concorrente não é excludente total; culpas somadas não excluem nexo automaticamente) e acrescenta "erro inevitável" não tratado como excludente no material. Por que (c) está errada: Itens processuais/administrativos não são apresentados como excludentes do nexo causal no material. Por que (d) está errada: "Culpa exclusiva do juiz" não é listada; e a afirmação sobre força maior condicionada ao processo penal é irrelevante e inválida no contexto civil do material. 8 - B Por que (b) é correta: O material apresenta o rol do art. 932 (lista de responsáveis por atos de terceiros), incluindo pais por filhos menores, caracterizando situação de responsabilidade por atos de terceiros. Por que (a) está errada: Contraria expressamente o material; empregador pode responder por atos de empregados (comitente/empregador responde por prepostos). Por que (c) está errada: A responsabilidade indireta tem natureza objetiva em muitas hipóteses previstas — não exige prova de dolo exclusivo do representado para surgir em todos os casos; o direito de regresso pode existir quando há dolo ou culpa do agente. Por que (d) está errada: O material não a descreve como raramente aplicada; apresenta-a como instituto com hipóteses legais específicas. 9 - B Por que (b) é correta: O material indica que, com base no art. 37, §6º, o Estado (pessoas jurídicas de direito público e concessionárias) responde pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros — trata-se de responsabilidade objetiva — e prevê o direito de regresso contra o agente caso haja dolo ou culpa. Por que (a) está errada: O material sobre o dono do animal (art. 936) indica que o dono ou detentor do animal ressarcirá o dano salvo se provar culpa da vítima ou força maior — logo, não é “sempre isento” ao provar culpa da vítima, porque são excludentes específicos; a redação demonstra que a prova da culpa da vítima é uma das possíveis excludentes, não automática. Por que (c) está errada: O material menciona o art. 938 (coisa que cai de prédio) como hipótese de responsabilidade — não condicionada à previsão contratual. Por que (d) está errada: a responsabilização do Estado por danos causados por seus agentes no exercício de suas funções é tratada como objetiva. 10 - A Por que (a) é correta: O material afirma que "em regra, não há responsabilidade civil sem dano", cabendo ao autor provar o dano (art. 373, I, CPC/2015). Também menciona exceções, como inversão do ônus em relações de consumo pela hipossuficiência, conforme o CDC. Por que (b) está errada: Falso: mesmo havendo prova de culpa, sem dano não se configura a obrigação de indenizar — o dano é elemento essencial. Por que (c) está errada: Não há que se falar em inversão automática do ônus em todas as ações; existem hipóteses específicas (relações de consumo) em que a inversão pode ocorrer. Por que (d) está errada: O ônus imputado é ao autor, salvo exceções; não recai exclusivamente sobre o réu. UNIDADE IV – POSSE E PROPRIEDADE 1. Segundo a Doutrina, o que é o Direito das Coisas? a)É o direito de reaver a coisa do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha b)É o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis c)É o ramo do Direito Civil que se dedica exclusivamente a regular obrigações e contratos de compra e venda d)É o exercício de fato, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade 2. Conforme o Art. 1.196 do Código Civil de 2002, quem é considerado possuidor? a)Todo aquele que possui o justo título de propriedade do bem, independentemente do exercício físico b)Apenas aquele que exerce a posse indireta (mediata), por meio de outrem c)Todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade d)Aquele que adquire a coisa por meio de ato violento, clandestino ou precário 3. Segundo a classificação da posse, quem exerce a posse indireta (mediata) sobre a coisa? a)O locatário e o usufrutuário b)O comodatário e o depositário c)Aquele que tem um justo título, mas não a posse de fato d)O locador, o depositante e o comodante 4. A posse injusta é aquela que apresenta os vícios de aquisição. Quais são os três vícios que, quando presentes, caracterizam a posse como injusta? a)Esbulho, turbação ou ameaça b)Violência, clandestinidade ou precariedade c)Boa-fé, justo título ou tradição d)Abandono, perecimento ou renúncia 5. Segundo o Art. 1.208 do CC/2002, quais atos não induzem posse? a)Os atos de mera permissão ou tolerância, bem como os atos violentos ou clandestinos (enquanto não cessarem) b)Os atos praticados pelo sucessor universal ou pelo sucessor singular c)Os atos de alienação ou de desapropriação d)O exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade 6. No âmbito da Defesa da Posse, qual é a ação judicial cabível no caso de esbulho, que é o atentado consolidado à posse? a)Ação de Interdito Proibitório b)Ação Reivindicatória c)Ação de Reintegração de Posse d)Ação de Manutenção de Posse 7. O Art. 1.228 do CC/2002 estabelece que o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa. Qual é a quarta faculdade inerente à propriedade, que permite ao proprietário exercer seu direito contra quem injustamente possua ou detenha a coisa? a)O direito de reivindicar a coisa b)O dever de cumprir a função social c)A obrigação de plantar ou construir d)Ter a faculdade de gozar ou fruir da coisa 8.Qual dos seguintes é um modo de Aquisição da Propriedade Imóvel por Acessão listado no material? a)Achado de Tesouro b)Formação de Ilhas, Aluvião ou Avulsão c)Registro de título d)Tradição 9.Conforme o Art. 1.240 do CC/2002, para a modalidade de Usucapião Especial Urbana, o possuidor deve ter a posse mansa, pacífica e ininterrupta por qual prazo e sobre qual área máxima do imóvel? a)10 anos, em área não superior a 250 m² b)05 anos, em área não superior a 250 m² c)15 anos, em área não superior a hectares d)02 anos, em área não superior a hectares 10. A renúncia é conceituada como um ato unilateral que leva à perda da propriedade. Qual a descrição correta deste modo de perda da propriedade? a)O proprietário deixa a coisa com a intenção de não mais tê-la consigo, mas sem declaração formal b)Constitui o ato unilateral pelo qual o proprietário declara, de forma expressa, a sua vontade de renunciar a seu direito sobre a coisa c)Consiste na transmissão do direito de propriedade de um patrimônio a outro, como na compra e venda d)O proprietário é privado da coisa, nos casos de necessidade ou utilidade pública ou interesse social 11. Quanto à defesa da posse, analise as definições e marque a alternativa correta: I. No caso de ameaça à posse (risco de atentado à posse), caberá ação de interdito proibitório. II. No caso de turbação (atentados fracionados à posse), caberá ação de manutenção de posse III. No caso de esbulho (atentado consolidado à posse), caberá ação de reintegração de posse. a)Apenas uma está correta b)Apenas duas estão corretas c)Todas estão corretas d)Nenhuma está correta 12. Qual das alternativas NÃO representa uma forma de aquisição de propriedade imóvel? a)Usucapião b)Acessão c)Registro de título d)Alienação GABARITO UNIDADE IV 1 - B 2 - C 3 - D 4 - B 5 - A 6 - C 7 - A 8 - B 9 - B 10 - B 11 - C 12 - D UNIDADE V - NOÇÕES DE DIREITO DE FAMÍLIA 1) Em contraste com a visão tradicional e legalista, a doutrina do Direito de Família reconhece diversas formas de constituição familiar, muitas delas centradas no afeto. Qual das modalidades de família abaixo é expressamente definida pelo vínculo afetivo, independentemente do cumprimento formal dos deveres conjugais rígidos? A) Família monoparental. B) Família anaparental. C) Família homoafetiva. D) Família eudemonista. 2) Os impedimentos matrimoniais previstos no Código Civil se aplicam, via deregra, à constituição da união estável. No entanto, existe exceções a essa regra que permite o reconhecimento da união estável. Qual é a situação que, embora constitua impedimento para o casamento, é ressalvada para fins de união estável? A) O parentesco por afinidade em linha reta, em virtude da extinção do casamento anterior. B) A união de pessoas casadas, desde que estejam separadas de fato ou judicialmente. C) A relação entre ascendentes e descendentes, no caso de parentesco civil. D) A união entre parentes colaterais de terceiro grau, como tios e sobrinhos. 3) De acordo com o Direito de Família brasileiro e a doutrina civilista, o impedimento matrimonial por parentesco de afinidade em linha reta (como entre sogro e nora) é marcado por uma característica peculiar em relação à sua duração. Assinale a alternativa correta sobre a persistência desse impedimento: A) O impedimento cessa automaticamente com a dissolução do casamento ou união estável que deu origem ao vínculo de afinidade. B) O impedimento persiste apenas enquanto o casamento que gerou a afinidade estiver vigente. C) O impedimento não cessa com a dissolução do casamento ou união estável, permanecendo a proibição de casamento entre essas pessoas. D) A proibição é flexibilizada após o divórcio, permitindo o casamento desde que haja autorização judicial. 4) O parentesco em linha colateral se inicia a partir do 2º grau e se estende a primos, tios-avós e sobrinhos-netos (4º grau). Em relação à proibição ou permissão para o casamento entre estes parentes colaterais, o Direito Civil brasileiro, estabelece que: A) O casamento é vedado apenas entre irmãos (2º grau), sendo permitido em todos os graus subsequentes (3º e 4º). B) O casamento é permitido a partir do 4º grau de parentesco colateral, incluindo, por exemplo, o casamento entre primos. C) A proibição de casamento se estende até o 4º grau (primos), sendo permitida apenas a partir do 5º grau. D) Somente o parentesco em linha reta constitui impedimento, sendo o casamento sempre permitido na linha colateral. 5) A obrigação de prestar alimentos, seja entre cônjuges/companheiros ou de pais para filhos, é fundamental no Direito de Família. O balizador legal para a fixação do valor e a extensão dessa obrigação são definidos pelo: A) Percentual fixo de 30% da renda do devedor, conforme determinação legal. B) Binômio necessidade-possibilidade, que permite a extensão da obrigação aos ascendentes (avós) se os pais não puderem provê-la. C) Binômio culpabilidade-proporcionalidade, verificando o responsável pela dissolução do vínculo conjugal. D) Valor mínimo de um salário-mínimo, garantindo o sustento básico do credor. 6) A emancipação é uma das causas de extinção do poder familiar e confere ao filho a plena capacidade para os atos da vida civil. A doutrina, todavia, ressalta um limite importante a essa capacidade plena. Aponte o que a doutrina afirma sobre o alcance da capacidade do emancipado: A) A capacidade plena se estende a todos os fins, inclusive desvinculando o emancipado de legislações especiais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). B) A capacidade é plena apenas para os fins civis/privados, não desvinculando o emancipado de legislações especiais. C) O poder familiar é extinto, mas a plena capacidade civil só é atingida aos 21 anos. D) A emancipação só extingue o poder familiar por decisão judicial, mas não por concessão dos pais. 7) O artigo 1.638 do Código Civil estabelece as hipóteses de perda do poder familiar por decisão judicial. Dentre as condutas dos pais que podem levar à perda desse poder, não inclui-se: A) Deixar o filho em abandono. B) Estupro de vulnerável contra o filho. C) Entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção D) Retenção de bens particulares do filho menor de idade como forma de castigo. 8) Em relação à autorização para viagem de crianças e adolescentes dentro do território nacional, a legislação civil estabelece a regra geral e uma exceção importante. Em qual situação a autorização expressa para a criança ou adolescente viajar dentro do país é desnecessária? A) Quando a viagem for de avião, independentemente do destino, desde que acompanhada por um parente maior de idade. B) Quando a viagem for acompanhada por avós, tios ou pessoa maior de idade autorizada pelo responsável. C) Quando a viagem for para comarca contígua (que faz fronteira) àquela em que a criança mora. D) Quando a criança estiver acompanhada por um dos pais e o destino for outro estado da Federação. 9) O casamento pode ser definido como a união de duas pessoas, reconhecida e regulamentada pelo Estado. Além desses aspectos formais e subjetivos (união de duas pessoas), qual é o binômio essencial apontado pelo conceito apresentado para a finalidade e base do casamento? A) Objetivo de perpetuação da espécie e vínculo de subordinação. B) Objetivo de constituição de uma família e baseado em um vínculo de afeto. C) Vínculo de afinidade e baseado em deveres rígidos. D) Objetivo de mútua assistência e baseada na comunhão de bens. 10) O parentesco por afinidade em linha colateral, representado pelos cunhados (irmãos do cônjuge), é um impedimento temporário ao casamento. A doutrina esclarece sob qual condição esse impedimento cessa, permitindo um novo casamento entre cunhados: A) O impedimento persiste indefinidamente, mesmo após a dissolução do casamento que o gerou. B) Podem se casar somente após o falecimento do cônjuge, mas não após o divórcio. C) Podem se casar, desde que o vínculo que os unia (o casamento com o parente comum) tenha sido dissolvido por divórcio ou morte. D) O impedimento cessa apenas com autorização expressa do cônjuge que faleceu ou se divorciou. GABARITO UNIDADE V 1 - D Correta: D) Família eudemonista. Justificativa: O material define a Família eudemonista como o conceito utilizado para identificar a família pelo seu vínculo afetivo , citando como exemplo um casal que convive sem levar em conta a rigidez dos deveres do casamento Incorreta: A) Família monoparental. Justificativa: Família monoparental é aquela constituída pelo vínculo existente entre um dos genitores com seus filhos, focando na estrutura vertical e não primariamente no afeto em si. Incorreta: B) Família anaparental. Justificativa: Família anaparental é aquela decorrente "da convivência entre parentes ou entre pessoas, ainda que não parentes, dentro de uma estruturação com identidade e propósito", definindo-se pela ausência dos pais, mas não primordialmente pelo afeto como conceito único. Incorreta: C) Família homoafetiva. Justificativa: Família homoafetiva é decorrente da união de pessoas do mesmo sexo, sendo um tipo de família definida pelo gênero dos seus membros, embora o afeto seja um elemento fundamental em todas as famílias. 2 - B Correta: B) A união de pessoas casadas, desde que estejam separadas de fato ou judicialmente. Justificativa: O material afirma que os impedimentos matrimoniais se aplicam à união estável, mas ressalva "a exceção da pessoa casada que esteja separada de fato ou judicialmente (situação em que o vínculo de fato pode ser reconhecido)". Incorreta: A) O parentesco por afinidade em linha reta, em virtude da extinção do casamento anterior. Justificativa: O impedimento do parentesco por afinidade na linha reta não cessa com a dissolução do casamento ou união estável, sendo uma proibição perpétua. Incorreta: C) A relação entre ascendentes e descendentes, no caso de parentesco civil. Justificativa: A união entre ascendentes e descendentes constitui um impedimento matrimonial que se aplica integralmente à união estável, sem exceções mencionadas no material. Incorreta: D) A união entre parentes colaterais de terceiro grau, como tios e sobrinhos. Justificativa: Tios e sobrinhos são parentes colaterais de 3º grau e, embora o material não mencione expressamente se o casamento entre eles é impedido (apenas diz que o casamento entre primos, 4º grau, é permitido ),a regra geral do Direito Civil brasileiro os inclui como impedimento, não sendo a exceção que se aplica à união estável. 3 - C Correta: C) O impedimento não cessa com a dissolução do casamento ou união estável, permanecendo a proibição de casamento entre essas pessoas. Justificativa: A doutrina civilista estabelece expressamente que o impedimento do parentesco por afinidade na linha reta (sogro/nora, padrasto/enteada, etc.) não cessa com a dissolução do casamento ou união estável (divórcio ou falecimento do cônjuge), e a proibição de casamento entre essas pessoas persiste. Incorreta: A) O impedimento cessa automaticamente com a dissolução do casamento ou união estável que deu origem ao vínculo de afinidade. Justificativa: Esta afirmação está incorreta para a linha reta, pois o impedimento não cessa. Incorreta: B) O impedimento persiste apenas enquanto o casamento que gerou a afinidade estiver vigente. Justificativa: Esta regra se aplica aos afins em linha colateral (cunhados), mas não aos da linha reta. Incorreta: D) A proibição é flexibilizada após o divórcio, permitindo o casamento desde que haja autorização judicial. Justificativa: Não há previsão no material sobre flexibilização ou autorização judicial para casamento entre afins em linha reta após o divórcio; a proibição persiste. 4 - B Correta: B) O casamento é permitido a partir do 4º grau de parentesco colateral, incluindo, por exemplo, o casamento entre primos. Justificativa: O material indica que a partir do 4º grau de parentesco colateral (tios-avós, primos e sobrinhos-netos) podem se casar, citando expressamente que o casamento entre primos, por exemplo, é permitido pelo Direito Civil brasileiro. Incorreta: A) O casamento é vedado apenas entre irmãos (2º grau), sendo permitido em todos os graus subsequentes (3º e 4º). Justificativa: O casamento entre tios e sobrinhos (3º grau colateral) também é proibido, e o material indica que a permissão começa a partir do 4º grau. Incorreta: C) A proibição de casamento se estende até o 4º grau (primos), sendo permitida apenas a partir do 5º grau. Justificativa: O material afirma que o casamento entre primos (4º grau) é permitido, ou seja, a permissão começa já no 4º grau. Incorreta: D) Somente o parentesco em linha reta constitui impedimento, sendo o casamento sempre permitido na linha colateral. Justificativa: O parentesco colateral também constitui impedimento em alguns graus, como entre irmãos (2º grau) e tios/sobrinhos (3º grau), sendo permitido apenas a partir do 4º grau. 5 - B Correta: B) Binômio necessidade-possibilidade, que permite a extensão da obrigação aos ascendentes (avós) se os pais não puderem provê-la. Justificativa: O material estabelece que a obrigação de alimentos depende do "binômio necessidade-possibilidade" e pode ser estendida aos ascendentes (avós) se os pais não puderem provê-la. Incorreta: A) Percentual fixo de 30% da renda do devedor, conforme determinação legal. Justificativa: A lei não determina um percentual específico ; o percentual é fixado pelo Juiz com base no binômio necessidade-possibilidade. Incorreta: C) Binômio culpabilidade-proporcionalidade, verificando o responsável pela dissolução do vínculo conjugal. Justificativa: O material foca na necessidade de quem pede e possibilidade de quem paga, e não na culpabilidade pela dissolução do vínculo. Incorreta: D) Valor mínimo de um salário-mínimo, garantindo o sustento básico do credor. Justificativa: O valor dos alimentos não é fixado em um valor mínimo, mas sim verificado de acordo com a situação financeira de quem deve pagar e a necessidade de quem os pede. 6 - B Correta: B) A capacidade é plena apenas para os fins civis/privados, não desvinculando o emancipado de legislações especiais. Justificativa: O material ressalta que a capacidade do emancipado é plena apenas para os fins civis/privados e que "O emancipado não se desvincula de legislações especiais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)". Incorreta: A) A capacidade plena se estende a todos os fins, inclusive desvinculando o emancipado de legislações especiais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Justificativa: Contraria diretamente o material, que afirma que o emancipado não se desvincula de legislações especiais. Incorreta: C) O poder familiar é extinto, mas a plena capacidade civil só é atingida aos 21 anos. Justificativa: A emancipação confere plena capacidade civil para fins privados, e a maioridade civil, no Brasil, é atingida aos 18 anos. Incorreta: D) A emancipação só extingue o poder familiar por decisão judicial, mas não por concessão dos pais. Justificativa: A emancipação é uma causa de extinção do poder familiar e pode ocorrer por diversas vias, incluindo a concessão dos pais (conforme Art. 5º, parágrafo único, do CC). 7 - D Correta: D) Retenção de bens particulares do filho menor de idade como forma de castigo. Justificativa: O art. 1.638 não lista a Retenção de bens particulares do filho menor de idade como forma de castigo, como hipótese de perda do poder familiar As demais alternativas são causas expressas de perda do poder familiar, conforme art. 1.638, senão vejamos Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - castigar imoderadamente o filho; II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão. (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) 8 - C Correta: C) Quando a viagem for para comarca contígua (que faz fronteira) àquela em que a criança mora. Justificativa: a autorização é desnecessária quando a viagem for para comarca contígua (que faz fronteira) daquela em que a criança mora. Incorreta: A) Quando a viagem for de avião, independentemente do destino, desde que acompanhada por um parente maior de idade. Justificativa: A regra geral exige autorização para viagens, a menos que a comarca seja contígua. A companhia de um parente maior ou pessoa autorizada apenas substitui a autorização de um dos pais, mas ainda exige uma autorização formal na maioria dos casos, exceto para comarca contígua. Incorreta: B) Quando a viagem for acompanhada por avós, tios ou pessoa maior de idade autorizada pelo responsável. Justificativa: Neste caso, a viagem é permitida, mas a autorização por escrito do responsável é necessária para que um parente ou terceiro possa acompanhar a criança. Incorreta: D) Quando a criança estiver acompanhada por um dos pais e o destino for outro estado da Federação. Justificativa: O material não indica que a viagem para outro estado seja a exceção. A exceção é especificamente para comarca contígua. 9 - B Correta: B) Objetivo de constituição de uma família e baseada em um vínculo de afeto. Justificativa: O conceito de casamento apresentado no materialé formado com o "objetivo de constituição de uma família" e "baseada em um vínculo de afeto". Incorreta: A) Objetivo de perpetuação da espécie e vínculo de subordinação. Justificativa: A perpetuação da espécie e subordinação não são os elementos do conceito de casamento moderno apresentado no material; o foco é na constituição familiar e no afeto. Incorreta: C) Vínculo de afinidade e baseada em deveres rígidos. Justificativa: O vínculo de afinidade (parentesco por casamento) é uma consequência do casamento, não sua base fundamental. Além disso, a Família Eudemonista é citada como exemplo de convivência sem levar em conta a rigidez dos deveres do casamento. Incorreta: D) Objetivo de mútua assistência e baseada na comunhão de bens. Justificativa: Mútua assistência e comunhão de bens são deveres e regimes patrimoniais do casamento, mas a definição apresentada foca na constituição de família e no vínculo de afeto como objetivo e base. 10 - C Correta: C) Podem se casar, desde que o vínculo que os unia (o casamento com o parente comum) tenha sido dissolvido por divórcio ou morte. Justificativa: O material afirma que os cunhados (afins em linha colateral) podem se casar, desde que o vínculo que os unia tenha sido dissolvido (por divórcio ou morte). Incorreta: A) O impedimento persiste indefinidamente, mesmo após a dissolução do casamento que o gerou. Justificativa: Esta regra se aplica ao parentesco por afinidade em linha reta (sogros, genros, noras, enteados), e não à linha colateral. Incorreta: B) Podem se casar somente após o falecimento do cônjuge, mas não após o divórcio. Justificativa: O material especifica que a dissolução do vínculo pode ocorrer tanto por divórcio quanto por morte. Incorreta: D) O impedimento cessa apenas com autorização expressa do cônjuge que faleceu ou se divorciou. Justificativa: O material não menciona a necessidade de autorização expressa do ex- cônjuge para que o casamento entre cunhados dissolvidos pelo divórcio ou morte ocorra. Questões Direito do Consumidor - Unidade VI 1. De acordo com o Art. 2º do CDC, consumidor é: a) Apenas a pessoa física que compra produtos. b) Toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. c) Apenas empresas que compram produtos para revender. d) Somente quem paga pelo produto. 2. O princípio da vulnerabilidade do consumidor (Art. 4º, I) reconhece que: a) O fornecedor é vulnerável diante do consumidor. b) O consumidor e o fornecedor possuem sempre igualdade técnica. c) O consumidor está em posição de desvantagem em relação ao fornecedor. d) O consumidor deve conhecer todos os produtos antes de comprar. 3. Publicidade enganosa é considerada: a) Direito do consumidor. b) Prática abusiva. c) Promoção válida. d) Ação permitida pelo fornecedor. 4. Segundo o CDC, fornecedor é: a) Apenas empresas privadas. b) Apenas comerciantes de varejo. c) Toda pessoa física ou jurídica que desenvolve atividade de produção, distribuição ou comercialização de produtos ou serviços. d) Apenas empresas estrangeiras. 5. Produto, segundo o Art. 3º do CDC, é: a) Apenas bem material. b) Apenas bem móvel. c) Qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. d) Apenas bens importados. 6. O prazo para reclamar de vícios aparentes em produtos NÃO duráveis é de: a) 10 dias b) 20 dias c) 30 dias d) 90 dias 7. A prática conhecida como “venda casada” é considerada: a) Permitida, desde que haja promoção. b) Prática abusiva.c) Direito do fornecedor. d) Uma técnica de marketing lícita. 8. De acordo com o CDC, serviço é: a) Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo mediante remuneração. b) Apenas serviço público. c) Apenas serviços de lazer. d) Apenas o que não envolve pagamento. 9. A teoria que considera consumidor toda pessoa que retira o produto do mercado, independentemente do uso, é a: a) Teoria finalista clássica. b) Teoria finalista mitigada. c) Teoria objetiva ou maximalista. d) Teoria subjetiva. 10. Com relação aos conceitos básicos expressos no Código de Defesa do Consumidor, julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: I – A coletividade de pessoas não se equipara ao consumidor. II – Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, sempre material. III – Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. a) Apenas o item I é verdadeiro.b) Apenas o item II é verdadeiro c) Apenas o item III é verdadeiro. d) Apenas os itens I e II são verdadeiros. e) Todos os itens são verdadeiros. GABARITO UNIDADE VI 1. (b) O CDC define consumidor como pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. (Art. 2º) 2. (c) O princípio da vulnerabilidade reconhece a inferioridade técnica, econômica e informacional do consumidor. (Art. 4º, I) 3. (b) Publicidade enganosa é exemplo típico de prática abusiva, prejudicando consumidores mesmo na fase pré-contratual. 4. (c) O fornecedor inclui qualquer pessoa — física, jurídica, pública ou privada — que produza, distribua ou comercialize produtos ou serviços. (Art. 3º) 5. (c) Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (Art. 3º, §1º) Vícios aparentes de produtos e serviços não duráveis devem ser reclamados em até 6. (c) 30 dias. 7. (b) Venda casada é expressamente citada como prática abusiva proibida pelo CDC. 8. (a) Serviço é atividade oferecida no mercado mediante remuneração, incluindo financeiros, bancários e securitários. (Art. 3º, §2º) 9. (c) A teoria objetiva ou maximalista considera consumidor quem retira o bem do mercado, mesmo que o utilize na produção. 10. (c) Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Art. 3°, § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.