Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO
PLANO DE 
ENSINO-APRENDIZAGEM
CIÊNCIA E CONHECIMENTO
A LEITURA E 
A PRODUÇÃO DE TEXTOS
FORMAS DE ELABORAR 
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
DIRETRIZES PARA 
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
REFERÊNCIAS
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES 
DE AUTOAVALIAÇÃO
ESTRUTURA DE 
TRABALHOS CIENTÍFICOS
SU
M
Á
RI
O 
R
Á
PI
D
O
5
30
8
98
102
80
6
66
18
Metodologia 
científica
Ardinete Rover
Rosa Maria Pascoali
Ernani Tadeu Rizzi
Roseli Rocha Moterle
Cristiane Sbruzzi Berté
Teresa Machado da Silva Dill
Abele Marcos Casarotto
Claudia Elisa Grasel
Joaçaba
2010
Metodologia 
científica
© 2010 Unoesc Virtual – Direitos desta edição reservados a Unoesc Virtual
Rua Getúlio Vargas, 2125, Bairro Flor da Serra, CEP 89600-000 – Joaçaba, SC, Brasil
Fone: (49) 3551-2123 – Fax: (49) 3551-2004 – E-mail: unoescvirtual@unoesc.edu.br
É proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer meios, sem a permissão expressa da Unoesc Virtual.
M593	 Metodologia	cientíica	/	Ardinete	Rover...	[et	al.].	–	Joaçaba:	Unoesc		 	
 virtual, 2010. 
 104 p. ; 30 cm.
	 	 Bibliograia:	98-101	p.
 Ciência - Metodologia. 2. Pesquisa I. Rover, Ardinete.
 CDD 001.42
Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc
Reitor
Aristides Cimadon
Vice-reitor Acadêmico
Luiz Carlos Lückmann
Vice-reitores de Campus
Campus de São Miguel do Oeste
Vitor Carlos D’Agostini
Campus de Videira
Antonio Carlos de Souza
Campus de Xanxerê
Genesio Téo
Coordenação Geral da Unoesc Virtual
Célio Alves de Oliveira
Coordenação Pedagógica da Unoesc Virtual
Rosa Maria Pascoali
Designer instrucional da Unoesc Virtual
Roseli Rocha Moterle
Coordenações Locais da Unoesc Virtual
Campus de São Miguel do Oeste
Aníbal Lopes Guedes
Campus de Videira
Rosa Maria Pascoali
Campus de Xanxerê
Cristiane Sbruzzi Berté
Secretaria executiva e logística
Carolina Nodari
Revisão linguística e metodológica
Marisa Vargas
Débora Facin
Projeto gráico e diagramação
Mix Comunicação
Professores autores
Ardinete Rover
Rosa Maria Pascoali
Ernani Tadeu Rizzi
Roseli Rocha Moterle
Cristiane Sbruzzi Berté
Teresa Machado da Silva Dill
Abele Marcos Casarotto
Claudia Elisa Grasel
SUMÁRIO
APRESENTAçãO .....................................................................................5
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...........................................................6
UNIDADE 1 CIêNCIA E CONhECIMENTO .....................................................8
SEçãO 1 A NATUREZA DO CONhECIMENTO .................................................................................9
SEçãO 2 MÉTODO E TÉCNICA ................................................................................................. 14
UNIDADE 2 A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS ......................................18
SEçãO 1 DIRETRIZES PARA LEITURA, ANáLISE E INTERPRETAçãO DE TExTOS ................................. 19
SEçãO 2 TÉCNICAS PARA REDIGIR TExTOS ................................................................................ 23
UNIDADE 3 FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS .......................30
SEçãO 1 ELABORAçãO DE CITAçõES ........................................................................................ 31
SEçãO 2 NORMA GERAL PARA INDICAçãO DE AUTORES NAS CITAçõES ........................................... 36
SEçãO 3 FORMAS DE APRESENTAçãO DAS REFERêNCIAS .............................................................. 45
SEçãO 4 OUTRAS NORMAS PARA INDICAçãO DE AUTORIA NAS REFERêNCIAS .................................. 60
UNIDADE 4 DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS ........................66
SEçãO 1 PRáTICA DA DOCUMENTAçãO .................................................................................... 67
SEçãO 2 DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS ........................................................... 71
UNIDADE 5 ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS ..................................80
SEçãO 1 ESTRUTURA E APRESENTAçãO DE TRABALhOS CIENTíFICOS ............................................. 81
SEçãO 2 ELEMENTOS PRÉ-TExTUAIS ........................................................................................ 85
SEçãO 3 ELEMENTOS TExTUAIS .............................................................................................. 91
SEçãO 4 ELEMENTOS PóS-TExTUAIS ........................................................................................ 94
REFERêNCIAS .......................................................................................98
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAçãO ...................................... 102
SEJA BEM-VINDO à DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTíFICA!
Este material didático corresponde à disciplina de Metodologia Cientíica. 
Ele foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma; os conteúdos 
foram cuidadosamente selecionados, e a linguagem utilizada facilitará seus 
estudos a distância.
A	disciplina	de	Metodologia	Cientíica	é	importantíssima	para	a	sua	vida	
acadêmica; os conteúdos apresentados servirão de base para todo o curso 
e,	também,	para	a	sua	atuação	proissional.	Portanto,	é	necessário	que	
você dedique um tempo para a leitura do material e realize as atividades de 
autoavaliação,	que	se	encontram	ao	inal	de	cada	unidade.	As	atividades	de	
autoavaliação não devem ser encaminhadas ao professor tutor, elas foram 
elaboradas	a	im	de	facilitar	seus	estudos	e	testar	seus	conhecimentos	após	
o	término	da	leitura	de	cada	unidade.	Ao	inal	do	material,	você	encontrará	
o	gabarito	para	veriicar	as	suas	respostas.
Quando falamos em Educação a Distância, não quer dizer que você estará 
sozinho nos seus estudos; lembre-se de que poderá contar, sempre que 
precisar, com a ajuda do professor tutor.
Desejamos que tenha muito sucesso nessa disciplina e em todo o curso.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
5
PLANO DE 
ENSINO-APRENDIZAGEM
Ciência e tipos de conhecimento. Métodos de estudo. 
Métodos e técnicas de elaboração e apresentação de 
trabalhos cientíicos (projetos, relatórios e artigos), de 
acordo com as normas da ABNT.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
OBJETIVO GERAL
EM
EN
TÁ
R
IO
FORMAS DE AVALIAÇÃO
 Avaliação G1, composta por 
atividades realizadas a distância, 
com peso 4. As atividades, que se 
encontram descritas no Guia do Aluno, 
A avaliação será composta por:
6
LEVAR o aluno a compreender os conceitos básicos sobre ciência e método 
cientíico	para	a	elaboração	de	textos	de	pesquisa,	obedecendo	às	normas	
da ABNT.
DESPERTAR no aluno, desde o começo de seu curso, o interesse pela 
pesquisa e, assim, educá-lo a pensar e raciocinar de forma crítica.
hABILITAR o aluno para a leitura crítica da realidade e a construção do 
conhecimento.
INSTRUMENTALIZAR o aluno para que, a partir do estudo, possa elaborar 
trabalhos acadêmicos de acordo com as normas técnicas.
OPORTUNIZAR	ao	aluno	assumir	um	comportamento	cientíico,	para	que	
seja capaz de construir textos por meio da pesquisa.
É fundamental que você leia as unidades de estudo desta disciplina para realizar as 
atividades avaliativas!
serão desenvolvidas por meio do 
Portal de Ensino, na opção Aula on-
line; poderão constituir atividades de 
interação,	pesquisa	e/ou	avaliação.
 Avaliação G2, que compreende 
uma prova presencial sobre todo o 
conteúdo da disciplina, com peso 6.
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 7
P
L
A
N
O
 D
E
 E
N
S
IN
O
-A
P
R
E
N
D
IZ
A
G
E
M
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, várias normas.
FAChIN, Odília. Fundamentos da metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientíica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2003. 311 p.
LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalhos cientíicos: 
apresentação,	elaboração	de	citações	e	referências	de	trabalhos	cientíicos.	3.	ed.	rev.	e	atual.	Joaçaba:	Ed.	Unoesc,	
2009.	104	p.	(Metodologia	do	trabalho	cientíico).
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho“As redes de aprendizagem proporcionam uma rica oportunidade de 
intercâmbio de informações e idéias, em que todos os alunos podem 
participar	ativamente,	aprendendo	uns	com	os	outros	e	com	o	professor.”	
(hARASIM et al., 2005, p. 221). 
Indica que a obra apresenta mais de 
três autores. 
Usado entre parênteses, quando a 
obra apresenta mais de três autores. 
Nesse caso, há quatro autores: 
Linda harasim, Lucio Teles, Murray 
Turoff e Starr Roxanne hiltz; observe 
que o autor citado é o primeiro 
apresentado na obra.
Entre parênteses, escrevemos o 
sobrenome do primeiro autor em 
CAIxA-ALTA seguido da expressão 
et al., em letras minúsculas, ano e 
página. 
CITAÇÃO DE MATERIAIS NÃO PUBLICADOS
Devemos indicar o autor, a data e 
o número da página (se houver). 
Caso não houver nenhuma indicação 
de data, você deve informar uma 
data provável ou aproximada. 
Observe que na referência você 
precisa indicar o tipo de material 
consultado.
No texto:
“Quem não possui o hábito da leitura precisa desenvolvê-la, pois é difícil uma 
formação	de	qualidade	sem	muita	leitura.”	(UNOESC	VIRTUAL,	2006,	p.	24).	 
Na referência:
UNOESC VIRTUAL. Metodologia Cientíica: educação a distância. Joaçaba: 
Ed. Unoesc, 2008. Material didático. 
Indicação do tipo de material 
consultado 
METODOLOGIA CIENTíFICA42
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
CITAÇÕES DE INFORMAÇÕES VERBAIS (PALESTRAS, DEBATES, 
COMUNICAÇÕES, ETC.)
Uma informação verbal pode 
ser obtida em uma palestra, um 
debate ou de qualquer outra forma; 
entretanto, somente deve ser usada 
quando for possível comprová-
la. Para tanto, escreva, entre 
parênteses, a expressão “informação 
verbal”,	mencionando	os	dados	
disponíveis em nota de rodapé. 
No texto:
O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre 
(informação verbal)1. 
1 Notícia fornecida por John A. Smith, no Congresso Internacional de 
Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001. 
Na nota de rodapé:
Você precisa tomar cuidado com as citações de textos 
da internet. é necessário analisar cuidadosamente as 
informações obtidas para avaliar sua idedignidade, 
indicando na referência todos os dados que possibilitem 
sua identiicação. Além de citar o endereço eletrônico e a 
data de acesso, é importante buscar o ano da publicação, 
geralmente encontrado no copyright ; se não houver 
ano deinido, você deve informar uma data provável ou 
aproximada.
DESTAQUES NA CITAÇÃO 
Conforme NBR 10520 da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas 
(2002, p. 3), “Para enfatizar trechos 
da citação, deve-se destacá-los 
indicando esta alteração com 
a expressão grifo nosso entre 
parênteses,	após	a	chamada	da	
citação, ou grifo do autor, caso 
o destaque já faça parte da obra 
consultada.”
“Na	medida	em	que	a	atividade	proissional	consegue	cumprir	sua	função,	
o	 signiicado	 a	 ela	 atribuído	 surge	 em	decorrência,	 um	 sentimento de 
gratiicação e de prazer em	relação	à	mesma.”	(FONSECA;	CODA,	2004,	p.	
16, grifo nosso). 
Para Furasté (2003, p. 50, grifo do autor), “As citações podem ser chamadas 
pelo sistema numérico ou pelo sistema alfabético (também chamado de 
autor-data).”	
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 43
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
TRADUÇÃO DE TEXTO 
COINCIDÊNCIA DE SOBRENOME
CITAÇÕES DE UM MESMO AUTOR NO MESMO ANO
INDICAÇÃO DE DATA APROXIMADA
Quando a citação incluir texto 
traduzido pelo pesquisador, 
devemos	apresentar,	após	a	chamada	
da citação, a expressão tradução 
nossa, entre parênteses. 
Quando houver coincidência 
de sobrenome de autores, 
acrescentamos as iniciais de seus 
prenomes nas citações.
As citações de diversos 
documentos de um mesmo autor, 
publicados em um mesmo ano, são 
distinguidas pelo acréscimo de letra 
minúscula, em ordem alfabética, 
após	a	data	e	sem	espacejamento,	
conforme a lista de referências.
[2000	ou	2001]	 .............................. um ano ou outro
[2002?]	 ............................................. data provável
[entre	1986	e	1993]	 .....intervalos menores de 20 anos
[2006]	 ....................data certa, não indicada no item
[ca.	1990]	 ...................................... data aproximada
[199-] ................................................. década certa
Se, mesmo assim, existir 
coincidência na primeira letra do 
nome, informamos os nomes por 
extenso.
Tal inferência fundamenta-se na análise das experiências pelas quais tem 
passado a universidade brasileira nessas últimas décadas e o referencial 
teórico	que	vem	sustentando	seus	modelos	organizacionais,	especialmente	
os	 modelos	 proissional,	 investigativo,	 funcionalista	 operacional	 e	 o	
modelo organizacional da Unoesc, ainda hoje vigentes. (LÜCKMANN, 2004, 
p. 20, tradução nossa). 
(OLIVEIRA, S., 2003) e (OLIVEIRA, A., 2003)
(OLIVEIRA, André, 2003) e (OLIVEIRA, Antônio, 2003) 
De acordo com Santos (2002a) (SANTOS, 2002b) 
ca.	Signiica	
cerca de, 
aproximadamente
METODOLOGIA CIENTíFICA44
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
[199-?]	 ...........................................década provável
[19--]	 .................................................. século certo
[19--?]	 ............................................século provável
Na citação:
Quando o sobrenome do autor for 
citado no decorrer da citação:
Quando o sobrenome do autor for 
citado entre parênteses:
De	acordo	com	Florenzano	([1993?])									
(FLORENZANO,	[1993?])	
FLORENZANO, E. Dicionário de idéias semelhantes. Rio de Janeiro: 
Ediouro,	[1993?].	383	p.	
Na referência:
Outras formas de citação poderão ser encontradas na NBR 10520 
(ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002).
 Autoavaliação 3
Escreva V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa.
 ) ( As supressões são utilizadas para omitir palavras de um texto nas citações diretas e podem 
aparecer	no	início,	meio	ou	ao	inal	da	citação.	
 ) ( As citações que transcrevem literalmente o texto original também são chamadas de citação de 
citação.
 ) ( As citações chamadas pelo sobrenome do autor, seja o escritor, seja uma instituição 
responsável, devem ser em letras maiúsculas quando estiverem entre parênteses e em letras 
minúsculas	quando	estiverem	no	texto;	apenas	o	ano	e	a	página	icam	entre	parênteses.
 ) ( Todas as citações com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem 
esquerda, com letra menor que a utilizada no texto e sem aspas.
 ) ( A	citação	direta	transcreve	exatamente	as	palavras	do	autor	citado,	conservando	a	graia,	a	
pontuação, o uso de maiúscula e o idioma original. 
SEÇÃO 3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS
A referência pode aparecer:
a) no	inal	do	texto,	em	listas	de	
referências;
b) no	im	do	capítulo;
c) em rodapé;
d) antecedendo resumos, resenhas.
A	inalidade	da	indicação	de	uma	
referência é informar a origem das 
ideias apresentadas no decorrer do 
trabalho, por isso é composta de:
a) elementos essenciais – 
informações indispensáveis na 
identiicação	da	obra.	Segundo	
a ABNT, os elementos essenciais 
são: autoria intelectual, título 
e subtítulo, edição e imprenta 
(local, editora e ano da 
publicação).
b) elementos complementares – 
complementam os essenciais; 
são colocados de forma a 
caracterizar os documentos. São 
eles: número total de páginas, 
ISBN, tipo de obra. 
De acordo com NBR 6023 
(ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2002), 
na realização de uma lista de 
referências, devemos observar 
algumas normas no momento de 
apresentar as referências:
  devem	ser	colocadas	ao	inal	do	
texto;
  devem	ser	classiicadas	
em ordem alfabética, pelo 
sobrenome do autor. Se houver 
mais de um autor, apresentar 
na referência a mesma ordem 
descrita no documento 
consultado; 
  o alinhamento dos elementos é 
feito à margem esquerda; 
  o espacejamento entrelinhas 
é simples, com dois espaços 
simples entre as referências;
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 45
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
BO
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
 ) ( Para	fazer	uma	citação	indireta,	você	deve	utilizar	as	próprias	palavras	para	escrever	o	texto	
com o mesmo sentido do original. 
 ) ( Para	enfatizar	trechos	da	citação,		indica-se	a	expressão	“grifada.”
 ) ( O	uso	da	expressão	et	al.	signiica	que	o	livro	apresenta	mais	de	três	autores.
 ) ( Separamos com vírgula os nomes dos autores quando compreendem mais de um na referência.
Você já consegue elaborar uma citação?! 
Além da indicação das informações que foram retiradas de outros autores, 
é essencial que você faça a referência de todas as citações apresentadas 
no seu trabalho, em uma lista de referências, mas como elaborar uma 
referência?
  o sobrenome do autor deve estar 
com todas as letras em CAIxA-
ALTA. 
Livro
AO ELABORAR UMA referência 
de livro, você deve obedecer aos 
seguintes passos:
a) sobrenome do(s) autor(es), 
em letras maiúsculas, seguido 
por outros nomes em letras 
minúsculas, separado por 
vírgula. Quando não houver 
autoria, começar pelo título do 
artigo, com a primeira palavra 
em letras maiúsculas. O autor 
poderá ser uma entidade;
b) título da obra em destaque, 
seguido de ponto;
c) quando houver subtítulo, este 
deve ser separado do título por 
dois-pontos ou travessão e estar 
sem destaque;
d) o número da edição, quando 
houver, deve aparecer seguido 
da abreviação (ed.);
e) se houver emendas, atualização, 
ampliação à edição do livro, 
devem	constar	logo	após	o	
número da edição; 
f) local da publicação, seguido por 
dois-pontos;
g) editora;
h) ano de publicação (em 
algarismos arábicos);
i) número de páginas do livro 
(elemento opcional);
j) se o livro for publicado por 
meio eletrônico, segue-se a 
mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre o endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
à publicação (utilizando a 
expressão Acesso em:). 
Para melhor compreender a forma 
de apresentação das referências de 
livros, destacamos alguns exemplos.
METODOLOGIA CIENTíFICA46
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Para elaborar uma referência, você precisa observar o tipo 
de documento que consultou, como livro, periódico (revista, 
jornal ou outros), se está disponível em meio eletrônico. 
Então, vamos veriicar como apresentar a referência de 
alguns dos principais tipos de documentos. 
Com um autor
LIMA, Valquíria de. Ginástica laboral: atividade física no ambiente de 
trabalho. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2005. 240 p. 
Destacar o título da 
obra em negrito 
O subtítulo é apresentado 
sem destaque
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 47
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Com dois autores
Quando houver dois autores, ambos 
devem ser referenciados, começando 
pelo sobrenome do autor mais 
prenome(s), respeitando a ordem que se 
apresentam no documento pesquisado, 
separados por ponto e vírgula.
Com três autores
Na referência de três autores, todos 
também devem ser referenciados pelo 
sobrenome do autor mais prenome(s), 
respeitando a ordem que se 
apresentam no documento pesquisado, 
separados por ponto e vírgula.
Com mais de três autores
No caso de o texto apresentar com 
mais de três autores, indicamos o 
sobrenome do primeiro mais 
prenome(s), seguido da expressão 
et al.
Livro sem autoria
Se a autoria do livro é desconhecida, 
a entrada na referência deve ser feita 
pelo título, com a primeira palavra 
em letras maiúsculas; as demais 
informações seguem as mesmas 
regras.
JUSTUS, Roberto; ANDRADE, Sérgio Augusto de. O empreendedor: como 
se tornar um líder de sucesso. São Paulo: Larousse, 2007. 127 p. 
ChAMAS, Cláudia Inês; NOGUEIRA, Marylin; SChOLZE, Simone henriqueta 
Cossetin. Scientia 2000: propriedade intelectual para a academia. Rio 
de	Janeiro:	Fundação	Oswaldo	Cruz,	2003.	326	p.	
CARVALhO, Luis Gustavo Grandinetti Castanhos de et al. Justa causa penal-
constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. 120 p.
Separados por ponto e vírgula
Separados por ponto e vírgula
Obs.: autores que constam no livro: 
Luis Gustavo Grandinetti Castanhos 
de Carvalho, Fernando Cerqueira 
Chagas, Flávia Ferrer, Paulo de 
Oliveira Lanzelotti Baldez.
O	et	al.	:	“et”	signiica	“e”	e	“al.”	é	a	abreviatura	
de	“alii”	(que	signiica	outros).	
METODOLOGIA CIENTíFICA48
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
SISTEMA de qualidade nas cadeias agroindustriais. São Paulo: Qualiagro, 
2007. 207 p. 
SEBRAE. Análise e planejamento inanceiro: para pequenos meios de 
hospedagem. São Paulo: Ed. do SEBRAE, 2005. 95 p. 
GOLDRATT, Eliyahu M.; COx, Jeff. A meta: um processo de melhoria 
contínua. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Nobel, 2003. 365 p.
ShANLEY, Patrícia; MEDINA, Gabriel. Frutíferas e Plantas Úteis na 
Vida Amazônica. Belém: Cifor, 2005. 296 p. Disponível em:	.	Acesso em: 
14 fev. 2008.
LUZ, hercílio Pedro da; SGROTT, Emerson Alexandre. Anatomia da 
cabeça e do pescoço:	noções	para	a	prática	médica	e	odontológica.	
Itajaí: Ed. Univali; Joaçaba: Ed. Unoesc, 2003. 155 p.
Com autor-entidade
A entrada é feita pelo nome da 
entidade por extenso com todas as 
letras maiúsculas.
Com emendas, atualização, 
ampliação
Indica que o texto do livro foi 
revisado,	atualizado	e/ou	ampliado.	
Essa emenda é indicada de forma 
abreviada (rev. atual. amp.). 
Em meio eletrônico
Utilizam-se os mesmos elementos da 
publicação física, acrescentando-se 
o endereço eletrônico e a data de 
acesso.
O que fazer quando o livro 
apresenta duas ou mais editoras? 
De acordo com Cruz, Perota e 
Mendes (2002, p. 52), quando 
houver duas editoras, ambas são 
descritas e precedidas de seus 
respectivos locais. Se forem três 
ou mais editoras, mencionamos 
a primeira, ou a que estiver em 
destaque na publicação. Devemos 
separá-las por ponto-e-vírgula.
Capítulo de livro 
PARA CRUZ, RIBEIRO e Furbetta 
(2003, p. 110), ao elaborar uma 
referência de capítulo de um livro, 
você deve obedecer aos seguintes 
passos:
a) sobrenome do(s) autor(es) do 
capítulo, em letras maiúsculas, 
seguido por seu nome, em 
letras minúsculas, separado por 
vírgulas. Quando houver mais de 
uma autoria, a separação entre 
um autor e outro é feita por 
ponto e vírgula;
b) título do capítulo sem destaque 
e subtítulo, se houver; 
c) usar	a	expressão	“In”,	seguida	
por dois-pontos;
d) sobrenome do organizador da 
obra em letras maiúsculas, 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 49
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
O que fazer quando o livro não 
apresenta editora?
Quando	não	é	possível	identiicar	
a editora, usamos a expressão sine 
nomine (sem nome, sem editora), 
abreviada		entre	colchetes:	[s.n.].
O que fazer quando o livro não 
apresenta o local de publicação?
Quando	não	é	possível	identiicar	
o local de publicação, utilizamos 
a expressão sine loco (sem local), 
abreviada	entre	colchetes	[S.l.].
Caso	você	identiique	o	local,	mas	
ele não se apresente no documento, 
deve ser colocado entre colchetes.
Em caso de homônimos de cidade, 
ou seja, quando o nome da cidade 
é comum em dois ou mais estados, 
adiciona-se o estado para melhor 
identiicação.	Por	exemplo:	Capivari	
– RS, SP e Catanduvas – PR, SC.
FRANCO, Ilário. Discurso: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, 
DF: [s.n.], 1993. 107 p.
LARSON, Carlos Eduardo. Curto-teste veterinária: dermatopatias em 
cães e gatos. [S.	l.]: AP, 1996. 33 p. 
MONTEIRO, Denys. Promessa é dívida. Comunidade Rh. [São	Paulo], 2004. 
Disponível em: .	Acesso	em:	27	jul.	2006.
FUNDAçãO ARThUR BERNARDES. Estatuto da Fundação Arthur 
Bernardes. Viçosa, MG: Funarbe, 1994. 12 p. 
acompanhado de vírgula; 
prenome seguido da expressão 
“(Org.)”,	quando	o	autor	for	
Organizador	ou	“(Coord.)”,	
quandoo autor for Coordenador; 
ponto;
e) título da obra, em destaque, 
seguido de ponto; se houver 
subtítulo, este deve estar sem 
destaque;
f) abreviar o número da edição, a 
partir da segunda;
g) local da publicação, 
acompanhado de dois-pontos;
h) editora;
i) ano da publicação (em 
algarismos arábicos);
j) apresentar o número do capítulo 
em que se encontra (cap.), bem 
como	as	páginas	inicial	e	inal	
do capítulo (p.);
k) se o livro for publicado por 
meio eletrônico, deve-se seguir 
a mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
(utilizando a expressão Acesso 
em:). 
METODOLOGIA CIENTíFICA50
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Capítulo de livro em que o autor 
não é o organizador da obra
Capítulo de livro em que o autor é 
o organizador da obra
Capítulo de livro disponível na 
internet
NARDI, herique Caetano. Ética	e	trabalho:	do	código	moral	à	relexão	
ética no contexto das transformações contemporâneas. In: BITENCOURT, 
Claudia (Org.). Gestão contemporânea de pessoas. 2 ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2010. cap. 6, p. 395-408. 
BITENCOURT, Claudia (Org.). Aprendizagem organizacional: uma 
estratégia para mudança. In: ______. Gestão contemporânea de 
pessoas. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. cap. 1, p. 17-30. 
MAKIUChI, Maria de Fátima Rodrigues. Alteridade. In: FERRARO JÚNIOR, 
Luiz Antônio (Org.). Encontros e Caminhos: Formação de educadoras(es) 
ambientais e coletivos educadores. Brasília, DF: MMA, Diretoria de 
Educação Ambiental, 2005. 358 p. Disponível em:	.	Acesso em: 14 fev. 2008.
Artigo de revista 
CONFORME FURASTÉ (2003, p. 97), 
o artigo publicado em revista deve 
conter os seguintes elementos:
a) sobrenome do(s) autor(es), em 
letras maiúsculas, seguido por 
prenome em letras minúsculas, 
separado por vírgula. Quando 
houver mais de uma autoria, 
a separação entre um autor 
e outro é feita por ponto e 
vírgula. Quanto não houver 
autoria, começar pelo título do 
artigo, com a primeira palavra 
em letras maiúsculas. O autor 
poderá ser uma entidade;
b) título do artigo sem destaque;
c) título da revista em destaque;
d) local de publicação; 
e) editor (se houver);
f) ano ou volume (conforme se 
apresenta na revista) e número 
do fascículo;
g) páginas	iniciais	e	inais,	
antecedidas da abreviatura de 
página (p.);
h) data da publicação, mês 
abreviado e ano;
i) acrescentar as informações 
complementares, quando houver 
necessidade (edição especial, 
suplemento, etc.);
j) se o artigo for publicado por 
meio eletrônico, deve-se seguir 
a mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
(utilizando a expressão Acesso 
em:). 
Os artigos, como acontece com os 
livros e outros documentos, podem 
ter um ou mais autores; podem 
ainda ser publicados por entidades 
e, também, pode ocorrer de não 
apresentar	autoria.	Assim,	ique	
atento no momento de fazer a 
referência de um artigo na questão 
de autoria, adequando a norma 
conforme a situação; as demais 
informações são iguais.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 51
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Artigo com um autor
Artigo com dois autores
MENEZES, Débora. Tecnologia ao alcance de todos. Revista Nova 
Escola, São Paulo: Ed. Abril, ano 20, n. 195, p. 31-37, set. 2006. 
EIDT, Paulino; FORMAGINI, Daiane. Colonização do Extremo-Oeste de 
Santa Catarina: fé, altruísmo e empreendedorismo. Visão Global, Joaçaba, 
v.	9,	n.	1-2,	p.	129-144,	jan./dez.	2006.
Nome da revista em destaque
Artigo com três autores
xAVIER, Paulo André Carvalho; FERREIRA FILhO, Anésio de Leles; 
OLIVEIRA, Marco Aurélio Gonçalves de. Avaliação técnica e econômica de 
reatores eletrônicos. Revista Eletricidade Moderna, São Paulo: Técnica 
e Cultural, v. 34, n. 388, p. 48-64, jul. 2006.
METODOLOGIA CIENTíFICA52
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Obs.: autores do artigo: Luísa Giselle 
Boaventura Barros, João Pedro Pedrosa 
Cruz, Adriano Maia dos Santos, Ana 
áurea Alécio de Oliveira Rodrigues e 
Kamilla Freitas Bastos.
Artigo sem autor
Revista considerada no todo
Número especial de revista 
Suplemento de revista
Artigo disponível na internet
LUNKES, Rogério João et al. Controladoria: um estudo bibliométrico no 
Congresso Brasileiro de Contabilidade de 2000, 2004 e 2008. Revista 
Brasileira de Contabilidade,	Brasília,	DF,	ano	38,	n.	175,	p.	23-37,	jan./
fev. 2009. 
CRESCE a participação feminina na área de contabilidade. Rio de Janeiro, CGM 
Publicações,	ano	11,	n.	53,	set./out.	2003.	Disponível	em:	.	Acesso	em:	10	mar.	
2009. 
RACE.	Joaçaba:	Ed.	Unoesc,	v.	8,	n.	1,	jan./jun.	2009.		
AS MELhORES empresas para você trabalhar. Exame, Rio de Janeiro: Ed. 
Abril, 2003. Edição especial.
MãO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por amostra de 
Domicílios, Rio de Janeiro: Ed. do IBGE, v. 7, 1989. Suplemento. 
ROESSING NETO, Ernesto. Perspectivas de um acordo de céus abertos 
na América do Sul. Revista Jurídica, Brasília, DF: Centro de Estudos 
da	Subcheia	para	Assuntos	Jurídicos	da	Casa	Civil	da	Presidência	da	
República,	v.	9,	n.	86,	p.	114-133,	ago./set.	2007.	Disponível em:	.	Acesso em: 30 out. 2007. 
Artigo com mais de três autores
Referencia-se o primeiro autor que 
aparece no documento pesquisado, 
acrescentando-se a expressão et al. 
(que	signiica	e	outros).
Artigo de jornal 
OS ELEMENTOS APRESENTADOS na 
referência de um artigo de jornal 
são:
a) sobrenome do(s) autor(es), em 
letras maiúsculas, seguido por 
prenome em letras minúsculas, 
separado por vírgula. Quando 
houver mais de uma autoria, 
a separação entre um autor 
e outro é feita por ponto e 
vírgula. Quanto não houver 
autoria, começar pelo título do 
artigo, com a primeira palavra 
em letras maiúsculas. O autor 
poderá ser uma entidade;
b) título do artigo;
c) nome do jornal em destaque;
d) local e página (p.);
e) data (dia, mês e ano);
f) relacionar, em caso de 
suplemento ou caderno especial, 
o título, número do volume e 
do fascículo antes do número da 
página;
g) se o jornal for publicado por 
meio eletrônico, deve-se seguir 
a mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
(utilizando a expressão Acesso 
em:). 
Quando o nome do jornal coincidir 
com o nome da cidade onde é 
publicado, não é preciso repetir o 
local de publicação.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 53
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Com autor
Sem autor
Disponível na internet
LIZ, Izabela. O lar em decomposição. A Notícia, Joinville, 12 fev. 2008. 
Variedades, p. B1.
AS SEQUELAS da crise. Diário Catarinense,	Florianópolis,	30	jul.	2009.	
Editoriais, p. 10.
DINIZ, Weiller. Agentes da Abin usaram cartões para sacar R$ 26,5 
milhões. JB On-line, Rio de Janeiro, 13 fev. 2008. Disponível em: 
.	Acesso em: 14 fev. 2009. 
Com indicação 
de Suplemento
Trabalhos acadêmicos (TCC, Monografia, Dissertação e Tese)
NESSE CASO, a ordem dos elementos 
deve ser a seguinte:
a) sobrenome do(s) autor(es), em 
letras maiúsculas, seguido por 
prenome em letras minúsculas, 
separado por vírgula; 
b) título do trabalho em destaque; 
se houver subtítulo, este deve 
ser referenciado sem destaque; 
c) ano da entrega;
d) número de folhas (f.);
e) categoria (grau e área de 
concentração). Se for um 
trabalho feito em disciplina, 
esta deve ser destacada entre 
parênteses;f) instituição;
g) local e ano da defesa;
h) se o trabalho for publicado por 
meio eletrônico, deve-se seguir 
a mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
(utilizando a expressão Acesso 
em:). 
METODOLOGIA CIENTíFICA54
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Vale lembrar que, para a indicação do mês de publicação de 
artigos em revistas, jornais ou meio eletrônico, com exceção 
de maio, os meses são abreviados: jan., fev., mar., abr., 
maio, jun., jul., ago., set., out., nov., dez. 
Tese
Dissertação
TREVISOL,	Joviles	Vitório.	Tecendo a sociedade civil global e 
ampliando a esfera pública: a articulação dos atores civis ante 
o Projeto hidrovia Paraguai-Paraná. 2000. 342 f. Tese (Doutorado 
em Sociologia)–Faculdade	de	Filosoia,	Letras	e	Ciências	Humanas,	
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.
FERNANDES, Liliane Simara. Associação entre indicadores de 
assistência odontológica e indicadores de desenvolvimento social e 
econômico nos 293 municípios de Santa Catarina, Brasil. 2004. 71 
f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)–Universidade do Oeste de 
Santa Catarina, Joaçaba, 2004.
Trabalhos publicados em anais 
DE ACORDO COM Cruz, Ribeiro e 
Furbetta (2003, p. 106-112), as 
publicações de eventos podem ser 
referenciadas com autoria, ou pelo 
nome do evento em sua totalidade. 
Quando forem trabalhos com 
autoria, devemos seguir:
a) sobrenome do(s) autor(es), em 
letras maiúsculas, seguido por 
prenome em letras minúsculas, 
separado por vírgula. Quando 
houver mais de uma autoria, 
a separação entre um autor 
e outro é feita por ponto e 
vírgula. Quanto não houver 
autoria, começar pelo título do 
artigo, com a primeira palavra 
em letras maiúsculas; 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 55
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Monograia
Trabalho de Conclusão de Curso 
(TCC)
Trabalho acadêmico realizado em 
disciplina
Disponível na internet
ZANCO, Ivanete Rissi. A educação física nas associações de pais e 
amigos dos excepcionais. 2005. 42 f. Monograia	(Especialização	em	
Iniciação Desportiva - Formação para o Magistério) –Universidade do 
Oeste de Santa Catarina, xanxerê, 2005. 
MORO, Gerson. Avaliação de peril microbiológico em fábrica de 
ração e desenvolvimento de procedimento para amostragem. 2003. 
56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia de 
Alimentos)–Universidade do Oeste de Santa Catarina, Videira, 2003. 
LOPES, Ângela. Empregabilidade. 2005. 24 f. Trabalho	de	Pós-graduação	
(Disciplina Gestão de Pessoas)–Curso de Especialização em Administração 
de Recursos humanos, área das Ciências Sociais Aplicadas, Universidade 
do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2005. 
FRANCISCO, Esdras Jamil Cremer. Estudo do sistema de iluminação do 
Instituto Central de Ciências (ICC). 2006. 126 f. Trabalho de Conclusão 
de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica)–Faculdade de Tecnologia, 
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2006. Disponível em:	.	Acesso em: 
30 out. 2007. 
b) título do trabalho;
c) In: nome do evento em caixa-
alta;
d) número do evento em arábico; 
e) ano, cidade onde se realizou o 
evento;
f) título do documento, conforme 
sua natureza – Anais..., 
Resumos..., Atas..., etc.; 
g) local da publicação: editora 
(quando houver), data de 
publicação;
h) volume (quando houver);
i) página	inicial	e	inal	do	
trabalho;
j) quando os anais forem 
publicados em meio eletrônico, 
deve-se seguir a mesma ordem 
dos elementos, acrescentando-
se informações sobre endereço 
eletrônico entre sinais 	(precedido	da	expressão	
Disponível em:), acrescida a 
data de acesso (utilizando a 
expressão Acesso em:). 
Quando forem eventos, em sua 
totalidade (congressos, seminários, 
simpósios	e	outros),	devem	constar	
os seguintes elementos:
a) nome(s) do(s) evento(s) em 
letras maiúsculas (pode ocorrer 
mais de um evento ao menos 
tempo);
b) número e ano;
c) cidade onde se realizou o 
evento;
d) título – subtítulo (quando 
houver);
e) Anais... (em destaque);
f) local de publicação: editora 
(quando houver);
g) data de publicação;
h) número de volumes (quando 
houver).
METODOLOGIA CIENTíFICA56
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Cópia física
Disponível na internet
MORAES, Adriana Mellegari Urbano de; WEBER, Alice; hAChMANN, Marco. 
Critérios de rateio dos custos indiretos. In: ENCONTRO DE ESTUDOS E 
PESQUISA EM ORGANIZAçõES, 1., 2005, Joaçaba. Anais... Joaçaba: Ed. 
Unoesc, 2005. p. 21. 
COLUSSO, Larissa et al. A vídeoaula como recurso didático na elaboração 
de	trabalhos	cientíicos.	In:	CONGRESSO	DE	CIÊNCIAS	DA	COMUNICAÇÃO	
DA REGIãO SUL, 8., 2007, Passo Fundo. Anais eletrônicos... São Paulo: 
Intercon	Sul,	2007.	p.	1-15.	Disponível	em:		.	Acesso	
em: 15 fev. 2008. 
Documento jurídico
SEGUNDO FURASTÉ (2003, p. 95), 
os documentos jurídicos incluem 
legislação, jurisprudência (decisões 
judiciais) e doutrina (interpretação 
dos textos legais). A referência 
desses documentos deve conter 
como elementos principais:
a) local de abrangência (país, 
estado e cidade), em letras 
maiúsculas;
b) título e subtítulo (quando 
houver);
c) órgão	que	publicou;
d) local de publicação;
e) data de publicação;
f) se for publicado por meio 
eletrônico, segue-se a 
mesma ordem dos elementos, 
acrescentando-se informações 
sobre o endereço eletrônico 
entre	sinais		(precedido	
da expressão Disponível em:), 
acrescida a data de acesso 
(utilizando a expressão Acesso 
em:). 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 57
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Evento em sua totalidade
Dois eventos ao mesmo tempo
FóRUM DE ExTENSãO, CULTURA E AçãO SOCIAL DA UNOESC, 1., 2007, 
xanxerê. Anais... Joaçaba: Ed. Unoesc, 2007. 
SEMINáRIO DE INICIAçãO CIENTíFICA, 6., 2007, São Miguel d’Oeste; 
SEMINáRIO DE PESQUISA, 5., 2007, São Miguel d’Oeste. Anais... Joaçaba: 
Ed. Unoesc, 2007. 
BRASIL. Código civil. 46. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1995. 
BRASIL. Constituição (1998). Emenda constitucional nº 45, de 30 de 
dezembro de 2004. Diário Oicial da União, Brasília, DF, 31 dez. 2004. 
Disponível	em:	.	Acesso	em:	4	dez.	2006.	
BRASIL. Portaria nº 267, de 6 de março de 2001. Aprova as normas e 
diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do Programa de Saúde 
da Família (PSF). Diário Oicial da União, Brasília, DF, 7 mar. 2001. 
Disponível	em:	.		Acesso	em:	21	ago.	2006.
Documentos em meio eletrônico 
OS ARQUIVOS VIRTUAIS seguem as 
mesmas regras de outra publicação, 
dependendo do tipo de documento 
(livro, revista, artigos, jornal 
e outros). A referência, nesse 
caso, deve conter as seguintes 
informações básicas, quando 
disponíveis:
a) dados da referência, seguindo 
normas conforme o tipo de 
documento	(artigo	de	periódico	
ou jornal, documento jurídico, 
trabalho acadêmico ou outros 
tipos de publicações);
b) endereço eletrônico (URL) 
completo entre os sinais 
	(precedido	da	expressão	
Disponível em:);
c) data de acesso, dia mês e ano 
(precedida da expressão Acesso 
em:).
METODOLOGIA CIENTíFICA58
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Publicação com autoria
Publicação sem autoria 
Publicação com autor-entidade 
sem identiicação do tipo de 
documento
Publicação de artigo em periódico 
com autoria
BORGES, Juliana. Reincidência tributária: teoria e prática. São Paulo: 
Quartier	Latin,	2005.	Disponível	em:	.	Acesso	em:	
28 fev. 2009. 
QUALIDADE de vida: 56% dos alunos têm cárie oculta. Jornal 
Piracicaba, Piracicaba, 13 mar.2006. Disponível em: .	Acesso	em:	10	nov.	2009.	
ASSOCIAçãO DENTAL AMERICANA. Vitamina C da dieta pode proteger 
contra câncer bucal.	2007.		Disponível	em:	.	Acesso	em:	27	out.	2009. 
SILVA FILhO,	Antônio	Mendes	da.	Arquitetura	de	Software	–	sobre	a	
importância do reuso. Revista Espaço Acadêmico, Maringá: Ed. da 
UEM,	ano	6,	n.	68,	p.	15-20,	jan.	2007.	Disponível	em:	.	Acesso	em:	17	maio	2009.
E-mail
AS MENSAGENS OBTIDAS via internet 
também podem ser referenciadas, 
porém recomendamos evitá-las, 
pois constituem caráter informal, 
impessoal e efêmero, como fonte 
cientíica	ou	técnica	de	pesquisa.	
Dados para a referência: autor, 
título da mensagem (quando 
houver),	ou	título	atribuído	[tipo	de	
mensagem].	Mensagem	recebida	por	
	em	data	(dia,	
mês, ano). 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 59
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Periódico como um todo
Monograia em meio eletrônico
Artigo publicado em anais 
eletrônicos
REVISTA ESPAçO ACADêMICO. Maringá, ano 6, n. 68, jan. 2007. Disponível 
em:.	Acesso	em:	17	maio	2009.			
SILVEIRA, Marcos Antônio. Tratamento de esgoto doméstico 
para preservação do meio ambiente.		2005.	102	f.	Monograia	
(Especialização	em	Engenharia	Civil)–Curso	de	Pós-graduação	em	
Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 
2005.	Disponível	em:	.	Acesso	em:	24	jul.	2009.	
SANTOS	NETO,	Martinho	Guedes	dos.	Igreja,	Estado	e	Educação	no	pós-
30:	confronto	ideológico,	ruptura	ou	conivência	política?	In:	SIMPÓSIO	
INTERNACIONAL EM CIêNCIAS DA RELIGIãO, 1., 2007, João Pessoa. 
Anais eletrônicos... João Pessoa: Ed. da UFPB, 2007. Disponível em: 
.		Acesso	em:	16	
fev. 2009. 
LOPES, Daniela. Dando notícias	[mensagem	pessoal].	Mensagem	recebida	
por		em	25	ago.	2005.	
PASSOS, Maria Joana. Citações diretas	[mensagem	de	trabalho].	
Mensagem	recebida	por		em	21	out.	2005.	
SEÇÃO 4 OUTRAS NORMAS PARA INDICAÇÃO 
DE AUTORIA NAS REFERÊNCIAS
Ao fazer a indicação 
de autores na lista 
de referências, 
independentemente do tipo de 
documentação consultada para 
a	pesquisa	(livro,	periódico,	
material da internet, entre 
outros), devemos observar as 
normas quanto ao número de 
autores da publicação, à indicação 
de parentesco, quanto ao nome 
composto do autor e, ainda, como 
indicar o sobrenome de autor 
que apresenta partículas (de, da, 
no nome). Demais informações 
seguem as mesmas normas, 
conforme o tipo do documento. 
METODOLOGIA CIENTíFICA60
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Existem, ainda, outras formas de referências menos 
utilizadas, como lápides, bula de remédio, fax, cartas 
comerciais, cartões postais, transparências, documentos 
de arquivos, desenho técnico, CD-ROM, fotos, gravuras, 
mapas, guias, atas, ilmes e vídeos, ita cassete, material 
cartográico (atlas e globos), slides e outros. A forma de 
elaboração dessas referências pode ser encontrada na NBR 
6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TéCNICAS, 
2002), ou ainda, no livro Diretrizes para elaboração de 
trabalhos cientíicos, publicado em 2007 pela Ed. Unoesc. 
Furasté (2003, p. 79) observa 
que as indicações de parentesco 
– Filho, Júnior, Neto, Sobrinho 
– fazem parte do nome e devem 
ser mencionadas por extenso, 
acompanhando o sobrenome do 
autor. Entretanto, não devemos 
incluir indicações de títulos, cargos, 
graduações, mesmo que apareçam 
na obra referenciada: Dr., Prof., MM., 
Pe., Ph.D. e outros.
CERVEIRA FILhO, Mário; DINIZ, Maria helena. Ações renovatórias e 
revisionais em shopping centers. São Paulo: Saraiva, 2003. 130 p.
FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA JÚNIOR, Moacir de Miranda. 
Gestão estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem, 
conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001. 349 p. 
SILVEIRA NETO, Antônio; CAVALCANTI, Érica Cristina Paiva. O mercado de 
consumo e a prestação de serviços advocatícios. Revista do Direito do 
Consumidor, São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, ano 15, n. 59, p. 9-25, 
jul./set.	2006.	
Indicação de parentesco
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 61
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Se o sobrenome pelo qual o autor 
é mais conhecido for um termo 
composto, devemos citá-lo por 
inteiro.
Se o sobrenome do autor for 
precedido de partículas, como de, 
da, e, estas permanecem com o 
prenome. 
Quando a partícula faz parte do 
sobrenome do autor, ela deve 
anteceder a este. Na dúvida, 
observe como o autor assume seu 
sobrenome	na	icha	catalográica.	
CóRIA-SABINI, Maria Aparecida; OLIVEIRA, Valdir Kessamiguiemon de. 
Construindo valores humanos na escola. 2. ed. Campinas: Papirus, 2005. 96 p. 
DE MARCO, Benhur. Os oestinos: quem são e como vivem os habitantes 
do Oeste catarinense. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2004. 108 p. 
OLIVEIRA, João Manoel de; OLIVEIRA, Célio Alves de. Função social 
do contrato nos empreendimentos relativos ao sistema hidrelétrico 
– UhE Campos Novos. 2006. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Especialização em Direito Público e Novos Direitos)–Universidade do 
Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2006.
Nome composto de autor
Com partícula precedendo o 
sobrenome do autor
Você chegou ao inal da unidade que trata de elaboração de citações e 
referências. Esse conteúdo é muito importante no decorrer de sua vida 
acadêmica. Assim, para aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, 
consulte o livro LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. 
Diretrizes para elaboração de trabalhos cientíicos: apresentação, 
elaboração de citações e referências de trabalhos cientíicos. 3. ed. rev. 
e atual. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 104 p. (Metodologia do trabalho 
cientíico).
E, para gravar mais esse ponto importante, vale a pena parar e fazer uma 
autoavaliação, a im de veriicar como está seu aprendizado quanto à 
elaboração de referências.
METODOLOGIA CIENTíFICA62
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
 Autoavaliação 4
Você leu sobre referências e suas diversas formas de elaboração. Então, vamos fazer uma 
autoavaliação? Analise e organize uma lista de referências a partir das informações que seguem: 
a) Título: O controle externo das contas dos tribunais de conta brasileiros
Subtítulo: o dever de accountability
Autores: Carlos Pedrosa Júnior e Pedro humberto Teixeira Barreto
Site:	http://www.tce.ba.gov.br/publicações/T5
Data de acesso: 24 de abril de 2004
b)	Título	da	obra:	O	prazer	da	produção	cientíica
Subtítulo: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos
Autor: Israel Belo de Azevedo
Local da publicação: São Paulo 
Ano: 2004
Edição: Décima primeira revista e atualizada
Editora: hagnos
c)	Título:	Viagens	à	memória	brasileira
Autor: artigo sem autor
Revista	eletrônica:	Nossa	História	 									
Local de publicação: Rio de Janeiro 
Editora: Vera Cruz 
Data: setembro de 2005 
Ano: 2 
Número: 23
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 63
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Site:	http://www.nossahistoria.net
Data de acesso: 23 de fevereiro de 2005
d) Título: Ponto Final para o Engenho
Autor: Fábio Bianchini
Local	da	publicação:	Florianópolis
Artigo extraído do Jornal Diário Catarinense, de 12 de janeiro de 2006, publicado no caderno de 
Variedades, na página 2.
e) Título: Análise de modelos de regressão linear com aplicações
Autores: Reinaldo Charnet, Clarice Azevedo De Luna Freire, Eugênia M. Reginato Charnet e heloísa 
Bonvino
Local de publicação: Campinas 
Ano da publicação: 1999
Editora: Unicamp 
Quantidade de páginas: 355
f) Título: Infecções emergentes,reemergentes e negligenciadas 
Autor: Celso Ferreira Ramos Filho
Local de publicação: Rio de Janeiro 
Data: maio e junho de 2005
Revista: Revista Sociedade Moderna em Revista 
Páginas 21 a 23.
METODOLOGIA CIENTíFICA64
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Ano: 4
Número da revista: 16
g) Título do artigo: A inluência	do	peril	empreendedor	no	desempenho	do	negócio	em	uma	rede	de	
franquia de confecção infantil
Revista	eletrônica:	Revista	de	Negócios
Autores: Caio Júlio de Souza Fontenelle e Marianne hoeltgebaum
Local de publicação: Blumenau
Data da publicação: outubro a dezembro de 2006
Volume: 11 
Número: 4
Editora: Furb
Páginas: 131 a 149
Site:	http://campeche.inf.furb.br/siic/rn/
Data de acesso: 26 de fevereiro de 2007
Na próxima unidade, vamos aprender a prática da documentação. 
O ichamento é um instrumento utilizado para a elaboração de trabalhos 
durante a sua vida acadêmica.
Além disso, vamos conhecer os diferentes tipos de trabalhos que são 
desenvolvidos na universidade.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 65
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
66
UNIDADE 4
DIRETRIZES PARA 
ELABORAÇÃO 
DE TRABALHOS 
Ao	inal	desta	unidade,	você	deverá	ser	capaz	de:
 CONhECER	os	diversos	tipos	de	ichamento	que	podem	ser	adotados	para	a	organização	de	
informações;
 DIFERENCIAR os tipos de trabalhos solicitados pelos professores.
A	im	de	atingir	os	objetivos	propostos	nesta	unidade,	o	conteúdo	está	dividido	em	seções:	
SEÇÃO 1
Prática da 
documentação 
SEÇÃO 2
Diretrizes 
para elaboração de 
trabalhos
PARA INíCIO DE ESTUDO
Nesta unidade, você vai aprender como documentar textos por meio do 
ichamento.	Esse	procedimento	facilita	a	elaboração	de	um	trabalho	
cientíico.
Você também irá conhecer os diferentes tipos de trabalhos: resumo, 
resenha, paper,	artigo,	projeto	de	pesquisa,	informe	cientíico	e	relatório.
SEÇÃO 1 PRÁTICA DA DOCUMENTAÇÃO 
Como proceder ao registro 
das leituras?
Para que você obtenha 
resultados	eicazes	em	seus	estudos,	
além de muita leitura, é necessário 
compreensão e assimilação dos 
conteúdos. Um recurso que poderá 
auxiliá-lo nesse sentido é adotar a 
prática da documentação. 
Documentação é a organização e 
o registro das informações mais 
importantes, com base nas leituras 
feitas; é uma prática que deverá ser 
desenvolvida, visando facilitar seus 
estudos.
Outro aspecto essencial para o 
registro das leituras realizadas é que 
todo o conteúdo que for copiado 
ou baseado em algum texto ou 
informação de outro autor deverá 
referenciar obrigatoriamente a 
fonte, respeitando, dessa forma, os 
direitos autorais; caso contrário, 
caracteriza-se o plágio. 
Existem duas formas de 
documentação:
a) documentação geral – é a 
conservação do material em 
pastas ou caixas. Geralmente, 
os materiais conservados são 
textos, apostilas, recortes de 
jornais e outros, organizados, 
de preferência, por temas, o que 
torna a busca pela informação 
mais demorada;
b) documentação bibliográica 
– o material lido deve ser 
armazenado; as formas de 
organização e armazenamento 
podem variar: organização por 
meio de citações, resumos, 
comentários, entre outros, e por 
meio do ichamento que, além 
de documentar o texto, registra, 
também, as informações da obra 
consultada. 
Como fazer o registro das 
informações por meio do 
ichamento? 
O ichamento constitui um 
procedimento utilizado na 
organização de dados da pesquisa 
de	documentos;	sua	inalidade	é	
arquivar as principais informações 
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 67
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Você deve ter respeito pelo trabalho de outros autores e a 
consciência e o compromisso de citar a fonte de pesquisa. 
das leituras feitas e auxiliar na 
identiicação	da	obra	consultada.
As	ichas	compreendem	um	dos	mais	
valiosos recursos de estudo; são 
utilizadas pelos pesquisadores para 
a realização de uma pesquisa. 
Você poderá armazenar seu 
ichamento	no	computador,	
facilitando o acesso às informações 
na elaboração dos trabalhos 
acadêmicos. Se você criar esse 
hábito desde a primeira fase do 
curso, certamente facilitará o 
desenvolvimento e, também, a 
melhoria da qualidade em futuros 
trabalhos.
A estrutura mínima sugerida para 
um	ichamento	é:
c) cabeçalho: pode ser dividido 
em apenas dois campos – o 
primeiro deve ser o título geral 
e	o	segundo,	o	título	especíico.	
Menciona-se, com este, o 
número da página;
d) referência: contempla a 
autoria, o título da obra, local 
de publicação, editora e ano de 
publicação;
e) corpo ou texto da icha: 
desenvolve o conteúdo por meio 
de resumo ou citação. 
A seguir, apresentamos um exemplo 
de	icha.
Vamos conhecer duas formas para 
elaborar	um	ichamento:	icha	de	
transcrição	e	icha	de	resumo.
Informe o título geral de estudo.
Informe o assunto especíico de que trata 
o documento pesquisado.
Número	da	página/total	de	
páginas
Informe a referência da obra consultada, conforme Unidade 3, seções 3 e 4 do 
livro didático da disciplina.
Informe o local onde o documento se encontra.
Selecione as partes importantes do texto e elabore as citações, conforme 
orientações na Unidade 3, seções 1 e 2 do livro didático da disciplina.
Ficha de transcrição
CONSTRUíMOS A icha de 
transcrição com a utilização 
de textos de obras, capítulos 
ou	artigos.	No	corpo	da	icha,	
transcrevemos literalmente os 
textos	que	julgamos	signiicativos	
para o nosso trabalho. 
As transcrições podem ser:
a) citações diretas, com texto na 
íntegra;
b) citações com omissão de 
palavras. 
Você deve observar todas as normas 
para elaboração de citações, de 
acordo com a ABNT. As citações 
de	até	três	linhas	devem	icar	em	
texto corrido e entre aspas duplas. 
As citações que ultrapassarem 
três linhas devem ser destacadas 
em	bloco,	4	cm	após	a	margem	
esquerda, letra menor que a 
utilizada no texto, espaçamento 
entrelinhas simples, sem aspas. 
METODOLOGIA CIENTíFICA68
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A Citação 
é a indicação 
de um texto 
escrito por outro 
autor.
Consulte 
as normas 
para a elaboração 
de citações na 
Unidade 3 deste 
material.
Ficha de resumo
A FICHA DE RESUMO é uma síntese 
das principais ideias contidas na 
obra.	Nesse	tipo	de	icha,	você	
deve elaborar uma síntese com 
suas	próprias	palavras.		Segundo	
Medeiros (2004), é um dos recursos 
mais comuns na realização de 
pesquisas	bibliográicas.	
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 69
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Veja a seguir um exemplo de 
ichamento	de	transcrição.
Introdução ao Marketing
Mix de Marketing 1
TULESKI, Yumi Mori. Mix de Marketing: 4 P’s (Produto, Preço, Promoção e 
Praça). Revista CEDET Outsourcing, São Paulo, n. 4, p. 1-9, maio 2009. 
Acervo Particular de Luciano Paganini
O mix de marketing, também conhecido como composto 
de marketing ou 4 P’s, é o conjunto de ferramentas 
que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos 
de marketing no mercado-alvo. Essas ferramentas são 
classiicadas	em	quatro	grupos	amplos,	os	4	P’s	de	
marketing: preço, produto, praça (ou canal) e promoção 
(ou comunicação). Esses termos vem do inglês product, 
price, place and promotion. (TULESKI, 2009, p. 1).
Para	melhor	deinição,	Churchill	e	Peter	(2000	apud	TULESKI,	2009,	
p.	1)	airmam	que	“[...]	um	composto	de	marketing	é	a	combinação	
de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e 
alcançar	os	objetivos	da	organização.”
Sobre	preço,	Tuleski	(2009,	p.	3)	deine	como	“[...]	volume	de	dinheiro	
cobrado	por	um	produto	e/ou	serviço.	Preço	é	a	quantidade	de	dinheiro,	
bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso 
de	um	produto.”	
Título geral Título	especíico Número		da	icha
Referência
Localização da obra
Citação direta 
longa, com 
indicação de autoria 
entre parênteses.Citação de citação 
curta com omissão 
de palavras.
Citação direta curta 
com omissão de 
palavras, indicação 
de autoria entre 
parênteses.
METODOLOGIA CIENTíFICA70
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
METODOLOGIA CIENTíFICA
Observe	um	modelo	de	ichamento	
de resumo.
O	Método	Cientíico
Maior	eiciência	nos	estudos 1
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método cientíico: teoria e prática. São 
Paulo: harbra, 1986. 200 p. 
Biblioteca Unoesc
A obra de Galliano considera que, antes de iniciar o estudo de 
Metodologia	Cientíica,	é	importante	saber	que	não	é	um	“bicho	de	sete	
cabeças”,	mas	que	necessita	de	atenção	e	persistência.
É	necessário	entender	o	método	a	partir	das	próprias	experiências	
vivenciadas no dia a dia, que existem métodos e técnicas e uma diferença 
fundamental entre ambos; o método é um conjunto de etapas a serem 
vivenciadas, e a técnica é um modo de fazer mais hábil, uma vez que um 
método permite a utilização de diferentes técnicas.
O autor também faz referência ao processo de acumulação e transmissão 
de conhecimento como a mola propulsora da ciência e do progresso 
da humanidade, e que o acúmulo de conhecimentos conduz ao 
aperfeiçoamento da mentalidade; é o desenvolvimento racional que 
desperta para a ciência propriamente dita. 
Título geral Título	especíico Número		da	icha
Referência
Localização da obra
Corpo ou 
texto 
da	icha
Com a difusão dos 
microcomputadores e dos 
processadores de texto, Medeiros 
(2004, p. 130) observa que hoje 
se tornou muito fácil armazenar 
informações em arquivos 
eletrônicos, com a vantagem de 
que não há limite de linhas, como o 
ichamento	de	papel.	Outra	grande	
vantagem é a possibilidade de 
copiar textos, transferir informações 
de um local para outro, facilmente.
Dessa forma, você também 
pode	intercalar	o	ichamento	
de transcrição e de resumo, 
construindo parágrafos, resumindo 
as	ideias	do	autor	com	suas	próprias	
palavras e incluindo parágrafos 
com citações curtas e longas. Você 
determina	o	tipo	de	icha	que	vai	
utilizar!
Quando	izer	o	ichamento,	lembre-
se de utilizar as técnicas de leitura, 
aproveitando ao máximo o que 
está	lendo,	a	im	de	compreender	
e separar as partes que interessam 
àquela temática. 
Você percebeu como o trabalho de 
pesquisa poderá ser facilitado, a 
partir da compilação dos dados, por 
meio	do	ichamento?
Você poderá encontrar mais informações sobre o ichamento 
no livro de Medeiros (2004, p. 114-130). Também, se 
você deseja conhecer outros exemplos de ichamento, leia 
Lakatos e Marconi (2003, p. 48-70). 
SEÇÃO 2 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS 
Muitas vezes, o estudante 
ou pesquisador, ao ser 
abordado para fazer um 
trabalho,	tem	diiculdades	de	
diferenciar as características 
quanto à estrutura, ao conteúdo 
ou à forma de apresentação 
inerentes a cada tipo de trabalho.
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 
234),	os	trabalhos	cientíicos	devem	
ser elaborados de acordo com as 
normas preestabelecidas e com os 
ins	a	que	se	destinam;	devem	ser	
inéditos, e não apenas contribuir 
para a ampliação de conhecimentos 
ou à compreensão de certos 
problemas, mas também servir de 
modelo ou oferecer subsídios a 
outros trabalhos.
Por que escrever um trabalho 
cientíico?	A	principal	razão	
é a necessidade de expressar 
os resultados de pesquisas, de 
relexões	e	de	estudos	realizados,	
em determinado período, por 
solicitação dos professores ou 
espontaneamente; por isso, devemos 
pensar em comunicar de forma 
clara, precisa e objetiva. Contudo, 
segundo Oliveira (2003, p. 97-111), 
também	é	necessário	identiicar	
características	especíicas	de	cada	
tipo	de	trabalho	cientíico.	
Resumo
O RESUMO, independentemente de 
sua	classiicação,	de	acordo	com	
Bernardes e Jovanovic (2005, p. 65), 
deve passar uma ideia completa do 
conteúdo do trabalho; por isso, deve 
informar a natureza do trabalho, 
o objeto tratado, os objetivos, 
a fundamentação que subsidiou 
o estudo, os procedimentos 
metodológicos	utilizados	para	
a realização da pesquisa e as 
conclusões.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 71
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Você já sabe escrever textos cientíicos? Não ique apreensivo, esse é um 
processo contínuo que você precisa exercitar!
Na próxima seção, vamos diferenciar os tipos de trabalhos que, em geral, 
são solicitados pelos professores na universidade. 
Vamos conhecer, nesta seção, as características 
e os pré-requisitos de alguns tipos de trabalhos 
cientíicos:	resumo,	resenha,	paper, artigo, projeto 
de	pesquisa,	informe	cientíico	e	relatório.	
METODOLOGIA CIENTíFICA72
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Você sabe o que deve conter o resumo? 
Salomon (2001, p. 114-115), 
Medeiros (2004, p. 142-144) e 
Andrade (2001, p. 57) destacam 
itens importantes a ser observados 
na construção do resumo: 
  introduzir o assunto em poucas 
linhas, escrever de maneira geral 
sobre o tema. A primeira frase 
deve	ser	signiicativa,	explicando	
o tema;
  identiicar	o	objetivo	principal	
do texto;
  veriicar	os	procedimentos	
metodológicos	(quando	houver)	
utilizados na elaboração da 
pesquisa;
  levantar os resultados e 
conclusões do autor;
  seguir	a	lógica	expressa	pelo	
autor, valendo-se, para isso, do 
sumário, e incluir as principais 
partes do texto consultado, 
respeitando a ordem de 
apresentação das ideias ou fatos. 
De posse desses elementos, 
elaborar um plano de redação do 
resumo;
  tomar por base o esquema ou 
plano de redação para fazer 
um rascunho, resumindo por 
capítulo ou partes;
  fazer	uma	releitura	para	veriicar	
se há possibilidade de resumir 
mais,	ou	acrescentar	tópicos	
importantes e refazer a redação;
  fazer uso da terceira pessoa do 
singular e do verbo na voz ativa; 
  evitar o uso de citações, 
iguras,	tabelas,	gráicos,	
fórmulas,	equações	e	diagramas.
De acordo com Andrade (2001, p. 
56-57) e Bernardes e Jovanovic 
(2005, p. 65-67), há vários tipos de 
resumo, cada um com características 
especíicas,	de	acordo	com	suas	
inalidades.
a) Resumo informativo: deve 
expor informações do documento de 
forma que se dispense a consulta ao 
original. 
  apresenta as principais 
ideias contidas no 
texto, respeitando o 
posicionamento do autor, 
sem incluir opiniões ou 
comentários de quem o 
redige;
  é escrito de forma clara, com 
indicação de parágrafo em 
cada ideia principal.
Resumir não é reproduzir frases 
do texto original, fazendo uma 
colagem de trechos do texto. No 
resumo, devemos exprimir, com 
nossas palavras, as ideias do texto, 
mantendo a intenção do autor. Para 
isso, é necessário compreender, 
antecipadamente, o conteúdo de 
todo o material. 
b) Resumo crítico: como a 
própria	denominação	estabelece,	
esse tipo de resumo, além de 
apresentar as características do 
resumo informativo, mantém as 
ideias fundamentais, mas permite 
a manifestação da opinião e 
comentários por parte do autor 
do resumo. De acordo com a NBR 
6028 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003), é também 
chamado de resenha.
c) Resumo de trabalhos cientíicos 
(descritivos): consiste na 
apresentação de forma condensada 
de	um	trabalho	cientíico	(livro,	
artigo, dissertação, tese, etc.). De 
acordo com Severino (2006, p. 173), 
é preciso observar os seguintes 
itens:
  o resumo deve ressaltar 
o objetivo, o método, os 
resultados e as conclusões 
do texto consultado;
  o	texto	é	justiicado,	
em bloco único, sem 
parágrafos, espaçamento 1,5 
entrelinhas; 
  a extensão recomendada, 
segundo a NBR 6028 
(ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003), é:
d) Sinopse: nesse tipo de resumo, 
indica-se o tema ou assunto da 
obra e suas partes principais. É um 
resumo curto, elaborado apenas pelo 
autor da obra ou por seus editores.
Resenha
DE ACORDO COM Machado, Lousada 
e Abreu-Tradelli (2004, p. 69), a 
resenha é considerada uma síntese 
minuciosa ou comentário sobre 
uma obra. É uma espécie de resumo 
crítico; constitui um textoque 
permite comentários, o que exige 
profundo conhecimento do assunto 
do resenhista, bem como capacidade 
crítica para discutir as ideias nele 
contidas. 
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 73
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
de 50 a 100 palavras para trabalhos com menor extensão
de 100 a 250 palavras para	artigos	de	periódicos
de 150 a 500 palavras para	relatórios	de	pesquisa,	como	
Trabalhos de Conclusão de Curso, 
dissertações, teses e outros
  o resumo deve limitar-se 
a expor objetivamente 
o conteúdo do texto, 
sem conter opiniões ou 
observações avaliativas, nem 
desdobramentos explicativos;
  o resumo conclui-se com 
a indicação das palavras-
chave. 
Para saber mais sobre resumos, consulte: MACHADO, Anna 
Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos 
(Coord.). Resumo. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. 69 p.
A estrutura da resenha descreve 
as propriedades da obra (descrição 
física da obra), relata credenciais 
do autor, resume a obra, apresenta 
as conclusões e a metodologia 
utilizada, expõe o quadro de 
referências em que o autor se 
baseou (narração), apresenta uma 
avaliação da obra e menciona a 
quem se destina (dissertação). 
Nascimento	e	Póvoas	(2002,	p.	
32-33) enfatizam que o resenhista, 
além de incluir elementos 
informativos, acrescenta o seu 
julgamento; por isso, deve conhecer 
com profundidade o tema da obra 
analisada, bem como outras obras 
sobre o assunto. Segundo os 
autores, para elaborar uma resenha, 
devemos observar o seguinte 
roteiro:
METODOLOGIA CIENTíFICA74
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
1 Referências, conforme NBR 6023 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2002)
2 Informações gerais sobre o autor da obra
3 Síntese dos principais elementos da obra
a) Sobre o que trata a obra? 
b) Possui alguma característica especial?
c) Como foi abordado o assunto?
4 Conclusão do autor da obra
5 Apreciação crítica
a) Mérito da obra
 – Qual a contribuição dada?
 – Ideias verdadeiras, originais, criativas?
 – Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?
b) Estilo
 – Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente?
c) Forma
 – há equilíbrio na disposição das partes?
d) Indicação da obra
 – A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes? 
Quadro 1: Estrutura de uma resenha
Fonte:	adaptado	de	Nascimento	e	Póvoas	(2002,	p.	33-34).
A resenha pode ser descritiva, 
quando dispensa a apreciação 
de quem a elabora, ou crítica, 
quando exige apreciação de forma 
justiicada;	a	opinião	pode	ser	
concordante, convergente ou 
divergente, parcial ou totalmente. 
É o que coloca Machado, Lousada 
e Abreu-Tradelli (2004, p. 69): 
“[...]	o	resenhista,	deve,	além	de	
apresentar o resumo da obra a ser 
resenhada, expor suas considerações 
sobre aspectos positivos, valores e 
contribuições oferecidas pelo autor, 
[...]	indicar	aspectos	considerados	
negativos diante da análise critica 
realizada.”		
De modo geral, a resenha não deve 
ultrapassar quatro folhas, com 
espaçamento 1,5 entrelinhas. 
Paper
O pApEr É uma contestação ou 
complementação de uma ideia ou 
obra	mediante	julgamento	próprio,	
em que procuramos apresentar, 
de forma concisa, objetiva e 
organizada, as ideias principais 
contidas em um livro, artigo de 
periódico,	de	jornal,	da	internet,	
etc.
É	baseado	em	pesquisa	bibliográica,	
mas, se apenas compilar 
informações sem efetuar avaliações 
ou interpretações sobre elas, o 
resultado	será	um	relatório,	e	não	
um paper. Neste, o pesquisador 
desenvolve seu ponto de vista 
sobre determinado tema, toma 
uma posição e a expressa de forma 
original. 
De acordo com Beuren (2003, p. 35-
36), para a elaboração de um paper, 
devemos: 
  limitar ao máximo o número de 
citações e transcrições do texto 
original;
  contemplar um título que 
apresente de forma ampla o 
assunto a ser tratado;
  fazer uma introdução que 
ofereça visualização sobre o que 
versa o paper;
  explanar as ideias do 
texto original por meio do 
desenvolvimento;
  concluir o paper em consonância 
com o que foi contemplado 
anteriormente;
  respeitar um número máximo 
de páginas, normalmente 
duas ou três, o que demonstra 
capacidade de síntese do autor.
Conforme Prestes (2003, p. 35), 
apresenta-se o paper em texto 
corrido, sem subdivisões de 
seções, contendo introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Deve-
se, também, apresentar o resumo 
antes do texto e as referências ao 
inal.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 75
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Nascimento e Póvoas (2002, p. 34-35) apresentam o 
exemplo de uma resenha, bem como Machado, Lousada e 
Abreu-Tardelli (2004). Vale a pena consultar as obras! 
Como redigir um paper? 
Artigo
SEGUNDO TREVISOL (2009, p. 19), 
o	artigo	cientíico	“[...]	é	um	
‘mensageiro’ da ciência; existe 
para comunicar o conhecimento, 
preferencialmente um dado novo ou 
um olhar distinto sobre determinado 
tema	ou	objeto	de	estudos.”
Consiste no resultado de 
um	problema	cientíico	ou	
desenvolvimento de uma pesquisa 
que pode ser publicado em 
revistas técnicas, jornais ou 
boletins. De acordo com a NBR 
6023 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003), em sua 
estrutura, deve conter elementos 
pré-textuais (título, autoria, resumo 
e relação de palavras-chave na 
língua do texto), elementos textuais 
(introdução, desenvolvimento, 
conclusão)	e	elementos	pós-textuais	
(título, resumo e palavras-chave 
em língua estrangeira, nota(s) 
explicativa(s), referências, glossário, 
apêndice e anexos).
Quanto ao desenvolvimento, este 
pode ser organizado em seções e 
subseções.
Projeto de pesquisa
O PRIMEIRO PASSO a ser dado por 
aquele que se propõe a desenvolver 
uma pesquisa é a escolha do assunto, 
isso dá início ao planejamento. A 
escolha certa do assunto-tema é 
fundamental, segundo Martins (2007, 
p. 19), mas selecionar um tema 
não é tarefa tão fácil! O assunto 
de uma pesquisa deve tratar de um 
tema que necessite de melhores 
deinições,	novos	relacionamentos	
entre variáveis, maior precisão, 
enim,	um	tema	que	exija	maior	
aprofundamento ou dilatação de suas 
fronteiras. 
A estrutura para elaboração do 
projeto de pesquisa deve a NBR 
15287 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005), contendo 
as seguintes etapas:
a) apresentação - compreende 
a capa e a folha de rosto. 
Nessa fase, a questão do título 
é importante, pois devemos 
deixar claro para quem o lê 
o que pretendemos estudar; 
devemos formular uma ideia clara 
do que o assunto vai tratar e 
motivar para a continuação da 
leitura (despertar o interesse). 
Pode comportar um subtítulo; 
nesse caso, o título será 
mais	abrangente,	icando	a	
caracterização para o subtítulo; 
b) sumário – apresenta os títulos e 
subtítulos das seções abordadas 
no estudo, na mesma sequência 
e	graia	que	aparece	dentro	do	
texto, seguidos da página de 
localização;
c) resumo – síntese dos principais 
pontos abordados no projeto;
d) justiicativa	- responde o 
METODOLOGIA CIENTíFICA76
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Para saber mais, consulte: TREVISOL, Joviles Vitório. 
Diretrizes para elaboração de artigos cientíicos. Joaçaba: Ed. 
Unoesc, 2009. 79 p. (Metodologia do trabalho cientíico). 
porquê da pesquisa mediante 
três ideias básicas: atualidade do 
tema, importância e benefício 
que poderá trazer. Quando você 
desenvolver	a	justiicativa,	
algumas	questões	relexivas	
poderão auxiliá-lo: o tema 
é relevante? Por quê? Quais 
os pontos positivos que você 
percebe na abordagem proposta? 
Que vantagens e benefícios você 
pressupõe que sua pesquisa irá 
proporcionar? A redação da 
justiicativa	deve	carregar	boa	
dose de criatividade e capacidade 
de convencimento;
e) problema da pesquisa - trabalha 
com a descrição e delimitação 
da pesquisa. Conforme Strieder 
(2009, p. 37), “O problema 
uma	vez	deinido	indica	o	tipo	
de	pesquisa	cientíica	a	ser	
realizada, também, determinaa	escolha	metodológica	e	as	
técnicas	adequadas	[...]”;
f) objetivos - uma vez caracterizado 
o problema de pesquisa, cabe 
deixar claro nos objetivos o que 
realmente pretendemos com a 
pesquisa, os objetivos devem 
iniciar	com	verbos	no	ininitivo	
que	sugiram	uma	ação	especíica,	
para chegar à possível solução do 
problema; 
g) questões de pesquisa - abre o 
grande problema em questões 
especíicas	que	pretende	
pesquisar; estão diretamente 
ligadas	aos	objetivos	especíicos;
h) referencial	teórico	ou	
levantamento	bibliográico	- 
etapa fundamental da pesquisa, 
pois proporciona uma revisão 
sobre a literatura referente 
ao assunto. Nessa fase, você 
deverá responder às seguintes 
questões: quem já escreveu 
e o que já foi publicado sobre 
o assunto? Que aspectos já 
foram abordados? Quais as 
lacunas existentes na literatura? 
Obtemos, ainda, subsídios para 
elaborar	um	histórico	da	questão,	
bem como uma avaliação dos 
trabalhos publicados sobre o 
tema. É a consulta que fazemos 
em documentos, textos (livros, 
revistas, apostilas, internet, 
etc.).	A	fundamentação	cientíica	
ou revisão de literatura em um 
projeto não necessita ser longa 
ou profunda, porém deve constar 
de citações dos principais autores 
da área de estudo, aplicando-se, 
para tanto, as normas ABNT; 
i) metodologia - descreve a forma 
como será executada a pesquisa, 
os passos que serão dados para 
atingir o objetivo proposto. A 
especiicação	da	metodologia	do	
projeto é a que abrange maior 
número de itens, pois responde 
às questões: Como? Com quê? 
Onde fazer? Quanto? Quando? 
Os itens a seguir estão contidos 
na metodologia e devem estar 
interligados;
j) cronograma - a elaboração do 
cronograma responde à pergunta 
quando? O projeto desde a 
elaboração passa por etapas, e 
estas devem ser previstas em 
cronograma, no qual indicamos as 
atividades e o tempo necessário 
à sua execução. Paralelo a este, 
você poderá fazer um plano de 
trabalho;
k) orçamento - prevê as despesas 
para a realização da pesquisa;
l) referências - lista as obras 
utilizadas na pesquisa 
bibliográica	ou	em	revisão	de	
literatura.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 77
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Para mais informações sobre o assunto, consulte: STRIEDER, 
Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. 
Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 64 p. (Metodologia do trabalho 
cientíico).
Informe científico
Relatórios
É O MAIS breve dos trabalhos 
cientíicos;	restringe-se	ao	relato	de	
resultados, parcial ou total, de uma 
pesquisa, de forma sintetizada, com 
objetivo de esclarecer ou atualizar 
informações ao público interessado.
Para Prestes (2003, p. 35), o informe 
cientíico	é	utilizado	para	dar	
conhecimento de resultados parciais 
de pesquisas em andamento, ou de 
resultados	inais	de	uma	etapa	de	
investigação	cientíica.	É	um	texto	
sintético, estruturado em forma de 
artigo	cientíico,	no	qual	constam	
as primeiras descobertas realizadas, 
as	diiculdades	encontradas	ou	
previstas, os procedimentos 
utilizados	(campo,	laboratório	ou	
bibliográico),	a	data	da	realização	
dos estudos e os resultados.
NO DECORRER DA vida acadêmica, 
o	pesquisador	apresenta	relatórios,	
quer	inanciados	pela	instituição,	
quer para cumprir disciplinas, 
que	podem	ser	classiicados	em	
relatórios	cientíicos,	empresariais,	
de inquérito administrativo ou 
policial, contábeis, de estágio, 
visitas, viagens, etc. Devemos 
levar	em	consideração	a	inalidade	
(Relatar o quê? Para quem?).
Apresentamos, a seguir, um resumo 
dos elementos básicos para a 
estrutura	de	um	relatório,	conforme 
norma NBR 14724 (ASSOCIAçãO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2005).
a) capa – nome da entidade, nome 
do	autor,	título	do	relatório,	
local e data;
b) folha de rosto – nome do autor, 
título	do	relatório,		informe	
em bloco do tipo de trabalho, 
orientador, local e data;
c) resumo – condensação de 
pontos mais relevantes do 
trabalho;
d) sumário – para indicar as 
principais subdivisões e a 
paginação;
e) introdução – objetivo do 
relatório,	suas	circunstâncias	e	
ideia central;
f) desenvolvimento – composto 
por três partes: a descrição do 
contexto, do desenvolvimento 
dos fatos ou de experiências; 
a análise crítica baseada em 
argumentos precisos, objetivos; 
a enumeração dos resultados, 
apresentação das propostas, 
entre outros;
g) conclusão – apresenta o 
resultado. Na conclusão, não 
devemos introduzir elementos 
novos, apenas retomar o que já 
foi explicitado na introdução 
METODOLOGIA CIENTíFICA78
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
e no desenvolvimento, 
acrescentando as conclusões 
logicamente decorrentes dos 
fatos observados;
h) referências – além das 
referências consultadas que 
devemos		apresentar	ao	inal	
e de acordo com as normas da 
ABNT, podemos apresentar as 
demais referências utilizadas 
de forma indireta como base do 
texto.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 79
D
IR
E
T
R
IZ
E
S
 P
A
R
A
 E
L
A
B
O
R
A
ç
ã
O
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S 
Recomendações úteis ao elaborar um trabalho:
Cite autores, reforçando seu ponto de vista e enriquecendo 
alguns argumentos consistentes. 
Ilustre o trabalho com dados estatísticos comentados, 
gráicos	e	iguras	que	melhorem	a	compreensão	do	texto.	
Use	um	encadeamento	lógico	e	coerente	do	tema	
abordado e organize as referências relacionando todos 
os	documentos	consultados	–	livros,	periódicos	e	outros	
documentos (MIRANDA NETO, 2005, p. 15-16). 
 Autoavaliação 5
Assinale V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa.
 ) ( A resenha é um resumo crítico, que permite comentários e juízo de valor, a partir da 
comparação de um texto com mais obras da mesma área. 
 ) ( O resumo é utilizado para condensar um conteúdo, procurando reproduzir frases do texto 
original na sua construção. 
 ) ( No paper, o pesquisador pode desenvolver seu ponto de vista sobre determinado tema, uma 
tomada de posição e a expressão dos pensamentos de forma original. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
80
UNIDADE 5
ESTRUTURA DE TRABALHOS 
CIENTÍFICOS
Ao	inal	desta	unidade,	você	deverá	ser	capaz	de:
 CONhECER as	formas	de	apresentação	de	trabalhos	cientíicos;
 DIFERENCIAR	as	etapas	pré-textual,	textual	e	pós-textual	na	elaboração	do	trabalho	
cientíico.
A	im	de	atingir	os	objetivos	propostos	nesta	unidade,	o	conteúdo	está	dividido	em	seções:	
SEÇÃO 1
Estrutura e 
apresentação de 
trabalhos	cientíicos	
SEÇÃO 4
Elementos 
pós-textuais
SEÇÃO 2
Elementos 
pré-textuais
SEÇÃO 3
Elementos 
textuais 
PARA INíCIO DE ESTUDO
Segundo	Demo	(2000,	p.	161),	o	trabalho	cientíico	leva	o	aluno	a	aprender	
melhor	e	a	tornar-se	um	proissional	capaz	de	usar	a	pesquisa	como	
processo permanente de aprender, de renovar sua competência. 
Nas primeiras unidades, você estudou sobre o método e a técnica, sobre 
a importância da leitura e a prática da documentação, sobre a elaboração 
de citações e referências; essas informações serão utilizadas para o 
desenvolvimento	de	trabalhos	cientíicos.
Nesta unidade, você conhecerá as etapas, os padrões de apresentação 
visual	e	os	elementos	que	compõem	um	trabalho	cientíico,	normatizados	
pela ABNT, que visam à universalização dos padrões de editoração de textos 
impressos.
É	importante	destacar	que,	para	a	elaboração	de	um	trabalho	cientíico,	
você deverá ter em mente a ordenação das etapas correspondentes à 
sequência da investigação, bem como apresentar clareza e qualidade na 
escrita, linguagem clara, objetiva e direta. 
SEÇÃO 1 ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO 
DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Como estruturar e apresentar 
um	trabalho	cientíico?
Azevedo (2004, p. 118) compara 
a estruturação de um trabalho a 
uma construção, na qual o pedreiro 
faz com que cada tijolo apoie o que 
lhe	é	posto	sequencialmente,	a	im	
de que cada um contribua para a 
harmonia do conjunto; desse modo, 
na estruturação do texto, devemos 
observar	a	lógica	na	ordenação	
das etapas; assim, estaspoderão 
contribuir para o entendimento do 
texto em sua totalidade.
Como em toda obra, precisamos 
planejar a estrutura do nosso 
trabalho; por isso, sugerimos 
que, antes de iniciar a digitação 
do seu trabalho, abra um novo 
documento no editor de textos 
de sua preferência e observe as 
regras gerais de apresentação e 
os elementos que farão parte da 
estrutura do seu trabalho. 
É importante destacar que a 
ABNT estabelece regras de 
apresentação e faz recomendações 
de formatação, pois o projeto 
gráico	é	de	responsabilidade	do	
autor/orientador	do	trabalho.	
Neste material, seguimos as 
recomendações apresentadas na 
norma NBR 14724 (ASSOCIAçãO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2005).
Formatação geral 
Folha:	na	coniguração	da	página,	
escolhemos papel no formato A4 (21 
x 29,7 cm). Lembre-se de que, na 
hora da impressão, devemos utilizar 
papel na cor branca.
Margens: 3 cm à esquerda, 2 cm à 
direita, 3 cm na parte superior e 2 
cm na parte inferior.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 81
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
3 cm
2 cm
3 cm 2 cm
Fonte: a ABNT não determina o 
tipo de letra a ser utilizada, porém 
recomendamos as fontes Times New 
roman ou Arial, na cor preta. O 
tamanho da fonte é 12 para todo o 
texto, incluindo títulos de seções 
e subseções; as exceções são as 
citações diretas longas, notas de 
rodapé, paginação e legendas das 
ilustrações e tabelas, que devem ser 
digitadas em fonte menor.
Parágrafos: sugerimos que se 
mantenham as medidas-padrão do 
editor de textos que você utiliza, 
em geral de 1,25 cm.
Espaçamento entrelinhas: todo o 
texto deve apresentar espaçamento 
entrelinhas de 1,5, com exceção 
das citações diretas longas, notas 
de rodapé, referências, legendas 
das ilustrações e das tabelas, 
icha	catalográica	e	a	natureza	
do trabalho, que devem ser 
apresentadas em espaço simples.
Formatação dos títulos e subtítulos
Espaçamento de títulos e 
subtítulos: são separados por dois 
espaços de 1,5 entrelinhas antes e 
depois de texto.
Títulos das seções: todos os títulos 
das seções primárias devem ser 
digitados em letra maiúscula, em 
negrito; devem iniciar em nova 
página, mesmo que haja espaço útil 
na página anterior. 
Os títulos dos elementos pré-
textuais e pós-textuais não são 
numerados e têm alinhamento 
centralizado. 
Os títulos dos elementos textuais 
são numerados progressivamente 
e devem ser alinhados à margem 
esquerda, com o numeral separado 
por um único espaço. Observe a 
numeração e formatação dos títulos 
e subtítulos indicados no exemplo.
METODOLOGIA CIENTíFICA82
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Paginação
AS PáGINAS SãO contadas 
sequencialmente a partir da folha 
de	rosto,	porém	o	número	só	deve	
aparecer a partir da introdução do 
trabalho. Numeram-se, inclusive, 
as folhas que iniciam as seções e 
todos	os	elementos	pós-textuais	que	
o trabalho apresentar; os números 
devem ser em algarismos arábicos 
(1, 2, 3, 4...), no canto superior 
direito da folha, a 2 cm da borda.
Acompanhe, a seguir, um exemplo 
ilustrativo com os principais 
elementos para a apresentação de 
trabalhos acadêmicos. 
 Exemplo de estruturação de um 
trabalho acadêmico:
CAPA
1. INTRODUÇÃO
2.2 SUBTíTULO 2
FOLhA
DE
ROSTO
2. TÍTULO PRINCIPAL
2.1 SUBTíTULO 1
RESUMO
Palavras-chave:
3. CONCLUSÃO
SUMáRIO
1 INTRODUÇÃO............4
2 TÍTULO PRINCIPAL ...5
2.1 SUBTíTULO 1 ..........5
2.1.1 Subtítulo ...........7
2.2 SUBTíTULO 2..........8
3 CONCLUSÃO ........... 10
REFERÊNCIAS ............ 11
2.1.1 Subtítulo
REFERÊNCIAS
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 83
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
1 INTRODUÇÃO Caixa-alta, em negrito 
2 TÍTULO PRINCIPAL 
2.1 SUBTíTULO 1 Caixa-alta, sem negrito 
2.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, com negrito 
2.1.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, sem negrito 
2.1.1.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, sem negrito, em itálico 
2.2 SUBTíTULO 2 
3 CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS 
4
8
5
9
6
10
7
11
METODOLOGIA CIENTíFICA84
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Observe que a numeração de páginas é contada a partir da 
folha de rosto, e os números aparecem alinhados à margem 
superior direita. No exemplo, os títulos centralizados 
são apenas resumo, sumário e referências; os demais são 
alinhados à margem esquerda da folha. 
Sintetizamos os aspectos gráicos de um trabalho cientíico; 
por isso, você deve estar se perguntando: o que são 
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais? 
Os elementos pré-textuais são 
aqueles que antecedem o corpo do 
trabalho, apresentam elementos que 
ajudam	na	identiicação	e	utilização	
do seu trabalho; o corpo do trabalho 
são os elementos textuais, nos 
quais você faz a exposição do texto 
que	produziu/pesquisou;	as	partes	
que complementam o trabalho, 
que	aparecem	após	o	corpo,	são	os	
elementos pós-textuais.
Segundo a NBR 14724 (ASSOCIAçãO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2005), em cada parte da estrutura 
de	um	trabalho	cientíico,	há	
elementos	obrigatórios	e	opcionais.		
Os	elementos	obrigatórios	
devem ser apresentados em 
teses, dissertações, trabalhos 
de especialização, Trabalhos de 
Conclusão	de	Curso	(TCC),	relatórios	
de estágio, conforme o Quadro 1. 
Entretanto, em outros trabalhos de 
menor extensão, não é necessário 
apresentar folha de aprovação e 
resumo em língua estrangeira.
ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS ELEMENTOS TEXTUAIS
Capa*
Lombada 
Folha de rosto* 
Errata
Folha de aprovação*
Dedicatória(s)
Agradecimento(s)
Epígrafe
Resumo em português*
Resumo em língua estrangeira* 
Lista de ilustrações 
Lista de tabelas 
Lista de abreviaturas e siglas 
Lista de símbolos 
Introdução* 
Desenvolvimento* 
Conclusão* 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências*
Glossário
Apêndice(s)
Anexo(s) 
Índice(s)	(só	para	Anais	de	eventos)
 
Quadro 1 – Disposição dos elementos
Fonte: adaptado da NBR 14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
*	De	acordo	com	a	NBR	14724	(ASSOCIAÇÃO	BRASILEIRA	DE	NORMAS	TÉCNICAS,	2005),	os	elementos	são	obrigatórios	na	apresentação	de	um	trabalho	acadêmico,	os	
demais são opcionais.
Nesta seção, conhecemos a estrutura e as regras gerais para a 
apresentação dos trabalhos cientíicos. Você conseguiu compreender o que 
são os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais? 
Na próxima seção, vamos veriicar o que representa cada elemento da 
estrutura e a forma de apresentação dos elementos obrigatórios. 
SEÇÃO 2 ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais 
antecedem o texto, 
conferindo a ele referências 
para	a	sua	identiicação	e	
utilização.
Capa
A CAPA É UMA proteção externa, que 
reveste o trabalho; deve apresentar 
somente as informações necessárias 
à	identiicação	do	trabalho,	
obedecendo à seguinte ordem:
a) nome da instituição;
b) nome do autor do trabalho;
c) título e subtítulo (se houver);
d) local (cidade da instituição à 
qual se entrega o trabalho);
e) ano da entrega do trabalho.
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
SAMUEL JULIANO RIBEIRO DE SOUZA
BANCO DE DADOS E SUAS APLICAçõES
Videira
2005
Nome da instituição
Nome do autor
Título e subtítulo 
(se houver)
Local
Ano
Observe que todos os elementos devem ser centralizados e 
os textos devem estar em letras MAIÚSCULAS, com exceção 
do local.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 85
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Vamos conhecer os elementos pré-textuais?
Lembre-se de que alguns elementos são obrigatórios 
e outros são opcionais, dependendo do tipo de 
trabalho. 
Folha de rosto
A FOLhA DE ROSTO deve conter 
todos os dados necessários à 
identiicação	do	trabalho.	A	ABNT	
não indica as medidas, mas 
estabelece as informações que 
devem ser apresentadas: 
a) nome do autor;
b) título e subtítulo (se houver);
c) inalidade/natureza	do	trabalho	
(deve apresentar o objetivo do 
trabalho);
d) nome do orientador ou professor 
que solicitou o trabalho;
e) local (cidade da instituição à 
qual se entrega o trabalho);
f)cientíico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2006. 279 p.
EVENTO ATIVIDADE DATA
Início da disciplina
Ler	o	plano	de	ensino-aprendizagem.	Veriicar	
orientações iniciais do professor tutor 
___/___
Unidades de estudo
Estudar a Unidade 1 ___/___
___/___
___/___
___/___
___/___
___/___
Estudar a Unidade 2
Estudar a Unidade 3
Estudar a Unidade 4
Estudar a Unidade 5
Realizar as atividades de autoavaliação
Aulas virtuais
Participar do encontro virtual: discussão dos 
conteúdos e orientações para o desenvolvimento das 
atividades da disciplina
___/___
___/___
Atividades de avaliação
___/___
___/___
___/___
Término da disciplina Encerramento das atividades da disciplina ___/___
Avaliação	presencial	−	G2 ___/___
Avaliação presencial de 2ª chamada ___/___
Avaliação	presencial	−	G3 ___/___
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CR
O
N
O
G
R
A
M
A
 D
E 
ES
TU
D
O
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
Ao terminar a leitura desta unidade, você deverá ser capaz de:
 COMPREENDER a importância dos diferentes níveis de conhecimento e saber diferenciá-los;
 PERCEBER	a	importância	do	método	para	a	realização	de	pesquisa	cientíica	e	entender	sua		 	
						classiicação;	
 PERCEBER a técnica como elemento essencial para desenvolver uma pesquisa.
 
UNIDADE 1
CIÊNCIA E 
CONHECIMENTO 
A	im	de	atingir	os	objetivos	propostos	nesta	unidade,	o	conteúdo	está	dividido	em	seções:	
SEÇÃO 1
A natureza do 
conhecimento
SEÇÃO 2
Método e técnica
8
SEÇÃO 1 A NATUREZA DO CONHECIMENTO
De diversas maneiras, 
o ser humano toma 
conhecimento do mundo, 
pois, constantemente, sente a 
necessidade de compreender e 
explicar os fatos, e a relação do 
homem com a realidade passa a ser 
de curiosidade. 
A situação de desconhecimento 
deixa o homem em um estado 
desconfortável; por isso, ele 
busca frequentemente a verdade 
das coisas e do mundo como um 
meio	essencial	para	a	sua	própria	
existência. Sendo um ser racional, 
o homem utiliza-se da razão para 
seu crescimento intelectual e 
material, sempre conquistando 
novas verdades fundamentais à 
continuidade da vida, superando os 
desaios	que	surgem.
Mas como o ser humano busca o 
conhecimento?
Muitas vezes, não temos clareza 
sobre os tipos de conhecimento 
que utilizamos para resolver 
determinados problemas; por isso, 
é importante conhecer os quatro 
tipos de conhecimento que são 
fundamentais: senso comum, 
cientíico, ilosóico e teológico.
Vamos	veriicar	o	que	cada	tipo	de	
conhecimento representa?
CIêNCIA E CONhECIMENTO 9
C
Iê
N
C
IA
 E
 C
O
N
h
E
C
IM
E
N
TO
 
PARA INíCIO DO ESTUDO
Você	já	parou	para	pensar	como	o	ser	humano	constrói	o	conhecimento?
O	homem	pré-histórico	tinha	medo	porque	não	conseguia	entender	os	
fenômenos da natureza. Durante algumas gerações foi assim, mas, no 
decorrer do tempo, o homem passou do medo à tentativa de encontrar 
explicações para os fenômenos da natureza, buscando respostas em suas 
crenças e magias. 
As	crenças	e	magias	não	foram	suicientes.	Os	seres	humanos	evoluíram	
para a busca de respostas por caminhos que pudessem ser comprovados, 
nos	quais	pudessem	reletir	sobre	as	experiências	e	transmitir	a	outros.	
 A necessidade de saber o porquê dos acontecimentos foi o impulso para a 
evolução do homem e o surgimento da ciência. 
Nesta unidade, você estudará o surgimento da ciência e os diferentes níveis 
de conhecimento, o que lhe possibilitará entender como o ser humano 
aprende e utiliza o conhecimento. Você irá perceber a importância do 
método	e	das	técnicas	para	a	realização	de	uma	pesquisa	cientíica.
Então, vamos lá?!
Conhecimento do senso comum 
VOCê Já TOMOU chá de macela para 
curar dor de estômago ou fígado? 
Conforme a crença, a erva deve ser 
colhida na Sexta-Feira Santa, antes 
do Sol nascer, para ocorrer a cura. 
Sua	mãe	ou	avó	já	lhe	proibiu	comer	
uva e melancia ao mesmo tempo por 
causar dor de estômago?
Esse conhecimento está relacionado 
às crenças e aos valores, faz 
parte de antigas tradições; é um 
conhecimento assistemático, isto 
é, que não segue um sistema, não 
é ordenado, não segue métodos, é 
adquirido independentemente de 
estudos, pesquisas ou aplicações de 
métodos de estudos e investigações; 
é um conhecimento acumulado, 
durante a existência, de coisas que 
o homem viu pessoalmente ou ouviu 
de terceiros e que foi absorvendo 
e interiorizando (CERVO; BERVIAN, 
2002, p. 8-12).
Também chamado de conhecimento 
empírico ou vulgar, segundo 
Lückmann, Rover e Vargas (2009, p. 
15), o senso comum é caracterizado 
como um tipo de conhecimento: 
  supericial	- não se preocupa em 
levantar as causas que originam o 
fenômeno;
  sensitivo - ligado à vivência, às 
crenças e aos valores das pessoas;
  subjetivo - baseia-se nas 
opiniões/impressões	pessoais;
  assistemático - não se 
preocupa em dar explicações 
fundamentadas na realidade;
  ametódico	- interpreta a 
realidade de forma direta e 
espontânea, sem aplicação de um 
método;
  acrítico - fundamenta-se em 
opiniões individuais.
O conhecimento do senso comum é 
guiado pelo que adquirimos na vida 
cotidiana ou ao acaso, servindo-nos 
da experiência do outro; às vezes 
ensinando, às vezes aprendendo, em 
um processo intenso de interação 
humana e social. 
Caso você conheça outros exemplos 
de conhecimento empírico, 
descreva-os. 
Para qualquer ser humano, a 
proporção maior de conhecimentos 
pertence ao nível do conhecimento 
empírico, oriundo do senso comum. 
Lakatos	e	Marconi	(2003)	deinem	
senso comum como algo que vem 
da experiência do dia a dia, os 
conhecimentos que se desenvolvem a 
partir do cotidiano ou da necessidade. 
No empirismo, portanto, o 
conhecimento provém da 
experiência vivida, não comprovada 
cientiicamente.	O	cientíico	é	o	que	
vem a provar, comprovar, descobrir e, 
também, solucionar muitos problemas 
que o empirismo não conseguiu 
resolver.
METODOLOGIA CIENTíFICA10
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Conhecimento científico
QUAL É A SUA percepção sobre 
a expressão “comprovado 
cientiicamente”?
É provável que você acredite na 
eicácia	do	produto	com	essa	
airmação,	por	considerar	que	ele	
tenha sido testado, analisado e 
veriicado	por	meio	de	métodos	e	
técnicas	cientíicas.
Lembra-se do chá de macela que é 
usado para curar dor de estômago? 
Para	airmar	que	a	ingestão	desse	
chá determina o desaparecimento 
do sintoma dor de estômago, é 
preciso	estudar,	veriicar	a	relação	
de causa e efeito e o princípio ativo 
do chá de macela que cura a dor 
de estômago, ou seja, comprovar 
cientiicamente.
Diferente do conhecimento do senso 
comum,	o	conhecimento	cientíico	é	
o conhecimento real e sistemático, 
isto é, que segue um sistema, é 
ordenado, provém de métodos, 
é	próximo	ao	exato,	procurando	
conhecer, além do fenômeno em 
si, as causas e leis. De acordo com 
Lückmann, Rover e Vargas (2009, 
p. 16), esse conhecimento opõe-se 
às característcas do senso comum 
porque:
  é factual - estuda a natureza 
dos fatos como acontecem;
  é	metódico	- é elaborado 
a partir da aplicação de um 
método;
  é analítico - analisa os 
fenômenos em partes e suas 
relações;
  é sistemático - busca 
compreender a realidade;
  parte	dos	fatos	especíicos	
para compreender a sua 
universalização; 
  é	veriicável	- submete-se à 
comprovação;
  é explicativo e interpretative - 
busca a origem dos fatos;
  é falível e aberto - suas 
conclusões	não	são	deinitivas,	
podem ser refutadas ou revistas. 
O	conhecimento	cientíico	busca,	
de	maneira	organizada	e	metódica,	
descrever e explicar um fato ou 
acontecimento; faz questionamentos 
e procura explicações sobre os 
fatos, por meio de procedimentos 
que possam levar ao resultado com 
comprovação; não é considerado 
como algo pronto, acabado e 
deinitivo,	busca	constantemente	
explicações, soluções, revisões e 
reavaliações de seus resultados, 
pois, segundo Cervo e Bervian 
(2002), a ciência é um processo em 
construção. 
Ciência	signiica	conhecimento.	
Cervo e Bervian (2002, p. 16)ano da entrega do trabalho.
SAMUEL JULIANO RIBEIRO DE SOUZA
BANCO DE DADOS E SUAS APLICAçõES
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao Curso 
de Ciências da Computação 
da Universidade do Oeste de 
Santa Catarina como requisito 
parcial à obtenção do grau de 
Bacharel em Computação.
 Orientadora: Profa. Maria Tereza Reis Mendes
Videira
2005
Nome do autor
Natureza do trabalho
Fonte menor que a utilizada no 
texto; espaçamento entrelinhas 
simples; recuo entre 6 cm e 8 
cm, a partir da margem
Nome do professor Alinhamento 
à esquerda
Título e subtítulo
Centralizados
Local Centralizados
Ano
A seguir, apresentamos alguns 
exemplos	de	texto	para	identiicar	a	
inalidade	ou	natureza	do	trabalho:
Trabalho da disciplina 
Metodologia	Cientíica,	Curso	
de Engenharia Elétrica, área 
das Ciências Exatas e da Terra, 
Universidade do Oeste de Santa 
Catarina Campus de Joaçaba.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
Projeto de pesquisa apresentado 
à disciplina Sociologia da 
Educação, Curso de Pedagogia, 
área das Ciências humanas e 
Sociais, Universidade do Oeste 
de Santa Catarina Campus de São 
Miguel do Oeste.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado para obtenção 
do título de Bacharel em 
Administração, área das Ciências 
Sociais Aplicadas, Curso de 
Administração, Universidade do 
Oeste de Santa Catarina Campus 
de xanxerê.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
86
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
METODOLOGIA CIENTíFICA
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
É UM ELEMENTO opcional. Você 
pode registrar uma homenagem 
para determinadas pessoas ou 
instituição. Cuide para que o 
número de pessoas não seja muito 
elevado. Você não precisa colocar o 
título	Dedicatória.	
É TAMBÉM UM elemento opcional. 
Você deve centralizar na parte 
superior da folha o título 
AGRADECIMENTOS. Nessa página, 
você pode mencionar o nome 
de pessoas ou instituição que 
colaboraram de maneira relevante 
para a elaboração do trabalho, deve 
ser breve, indicando o motivo da 
gratidão. 
É OUTRO ELEMENTO opcional. Você 
não precisa indicar o título. Trata-se 
de uma frase, um pensamento ou 
mesmo um poema que tenha relação 
direta com o assunto do trabalho 
ou quaisquer fatos relacionados 
à construção dele, seguidos da 
autoria.
COM BASE NA NBR 6028 
(ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003), 
destacamos que o resumo apresenta, 
de forma relevante, os pontos 
principais do trabalho. É composto 
por uma sequência de frases claras, 
airmativas,	e	não	de	enumeração	
de	tópicos.	Você	deve	ressaltar	
claramente o objetivo, o método, os 
resultados e as conclusões obtidas 
no estudo.
No resumo, utilizamos a terceira 
pessoa do singular, na voz ativa. 
O espaçamento é 1,5 entrelinhas, 
redigido em um único parágrafo. A 
extensão do resumo em trabalhos 
acadêmicos pode variar de 150 
a 500 palavras. O título Resumo 
é escrito em letras maiúsculas, 
negrito e centralizado. Logo 
abaixo do resumo, apresentamos 
as palavras-chave do trabalho, 
também chamadas de unitermos 
ou descritores, separadas entre si 
por	ponto	e	inalizadas	também	por	
ponto. Essas palavras servem para 
a catalogação dos trabalhos na 
biblioteca. 
Catalogação 
é a elaboração 
prévia	da	icha	
catalográica	de	um	
documento	bibliográico,	
de forma que ela já 
venha impressa na obra 
publicada (FERREIRA, 
2004).
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 87
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Além de apresentar o resumo em 
língua portuguesa, você deverá 
acrescentar, na sequência, a 
tradução do resumo em um idioma 
de divulgação internacional (em 
inglês – Abstract, em espanhol – 
resumen, em francês – resumé), 
com as mesmas características do 
resumo em língua vernácula. Deve 
conter as palavras-chave na língua 
empregada (keywords, no caso do 
inglês).
Lista de ilustrações
AS ILUSTRAçõES SãO classiicadas	
como: desenhos, esquemas, 
luxogramas,	fotograias,	gráicos,	
mapas, organogramas, plantas, 
quadros, retratos e outros. É um 
elemento opcional, depende da 
relevância e da quantidade de 
ilustrações que o seu trabalho 
apresenta. Deve ser elaborada 
de acordo com a ordem em que 
aparecem no texto, designando o 
nome e o número da página em que 
se encontram.
METODOLOGIA CIENTíFICA88
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
RESUMO
A gestão das competências constitui uma nova abordagem de gerar 
melhorias no panorama da competitividade das organizações. 
O objetivo deste projeto de pesquisa é desenvolver um estudo 
no sentido de avaliar a possível inter-relação entre gestão de 
competências	e	a	qualidade	nos	serviços.	Tomou-se	como	lócus	
de estudo uma Instituição de Ensino Superior: a Universidade do 
Oeste de Santa Catarina (UNOESC), por representar um setor de 
particular	interesse	cientíico	para	a	pesquisadora.	Em	relação	aos	
procedimentos	metodológicos,	a	pesquisa	escolhida	foi	a	qualitativa	
com recorrências a técnicas também quantitativas, com vistas à 
complementação e robustez na produção de informações. A análise 
será	efetuada,	a	im	de	transformar	as	informações	em	conhecimentos,	
por meio de técnicas interpretativas para as entrevistas e de 
ferramentas estatísticas para os questionários. Os resultados são 
a geração de conhecimentos aplicáveis à melhoria de processos de 
gestão de competências e a checagem do impacto dessa gestão sobre 
a qualidade dos serviços prestados.
Palavras-chave: Qualidade. Gestão de competências. Serviços 
Educação superior.
Contextualização 
do assunto
Objetivos
Procedimentos
metodológicos
Resultados
Palavras-chave
Lista de tabelas
ELEMENTO OPCIONAL. A lista de 
tabelas	deve	ser	inserida	após	a	
lista de ilustrações e está inclusa no 
grupo dos elementos pré-textuais. 
De acordo com Prestes (2003, p. 45), 
apresenta informações de elementos 
com tratamento estatístico. Deve 
ser elaborada de acordo com a 
ordem apresentada no texto, 
com cada item designado por seu 
título	especíico,	acompanhado	do	
respectivo número da página. 
É importante destacar que 
a construção da(s) tabela(s) 
deve obedecer às Normas de 
Apresentação Tabular, publicadas 
pelo IBGE (1993).
Observe o exemplo de indicação 
da tabela no texto e também na 
referência.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 89
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Observe o exemplo de indicação da 
ilustração no texto e também na 
referência.
Mapa 1: Dinâmica da vegetação na bacia do sul da Amazônia
Fonte: Embrapa (2006).
Na referência:
EMBRAPA. Dinâmica da vegetação na bacia do Sul da Amazônia, 
2006.	Disponível	em:	.		Acesso	em:	5	dez.	2006.	
Lista de abreviaturas, siglas e símbolos
Sumário
É UM ELEMENTO opcional. Conforme 
Cruz, Perota e Mendes (2004, 
p. 14), relacionamos, em ordem 
alfabética, as abreviaturas e siglas 
utilizadas no texto, acompanhadas 
das palavras ou expressões 
correspondentes destacadas no 
texto. É aconselhável elaborar 
listas separadas para cada um 
dos elementos (abreviaturas, 
siglas e símbolos), em virtude da 
quantidade.
SEGUNDO PRESTES (2003, p. 
45),	o	sumário	tem	a	inalidade	
de atribuir uma visão geral do 
trabalho, localizando o assunto 
procurado. De acordo com a NBR 
6027 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003), ele deve 
ser apresentado da seguinte forma:
  o título Sumário deve ser 
indicado na forma centralizada, 
em letras maiúsculas e negrito;
  os elementos pré-textuais não 
devem ser apresentados;
  os números das seções e 
subseções devem ser alinhados à 
margem esquerda, sem nenhum 
destaque independentemente da 
hierarquia; 
  os títulos e subtítulos devem 
ser apresentados da mesma 
forma que aparecem no corpo do 
trabalho;
  após	títulos	ou	subtítulos,	a	
linha deve ser pontilhada até a 
indicação do número da página; 
para esse pontilhado não se usa 
negrito;
  o número da primeira página 
em que se inicia o título ou osubtítulo	deve	ser	justiicado	à	
direita,	após	pontilhado,	depois	
do título ou subtítulo; 
  o espaçamento entrelinhas é 
1,5.
METODOLOGIA CIENTíFICA90
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Tabela 1: Financiamento tabela price
ANO SALDO INICIAL PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO SALDO FINAL
2001 1.230,00 494,60 123,00 371,60 858,40
2002 858,40 494,60 85,84 408,76 449,64
2003 449,64 494,60 44,96 449,64 0,00
Total 1.483,80 253,80 1.230,00
Fonte: Novello, Menegat e Rover (2004, p. 89).
Na referência:
NOVELLO, Aliciane; MENEGAT, Valdenir; ROVER, Ardinete. Operações de 
leasing como fator de competitividade. Revista de Administração, 
Contabilidade e Economia (RACE), Joaçaba: Ed. Unoesc, v. 3, n. 1, p. 
79-92, 2004.
 Observe o exemplo da estrutura de 
um sumário. 
SUMáRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................ 4
2 TÍTULO PRINCIPAL ................................. 5
2.1 SUBTíTULO 1....................................... 5
2.1.1 Subtítulo ........................................ 6
2.2 SUBTíTULO 2....................................... 8
3 CONCLUSÃO ........................................ 10
REFERÊNCIAS ......................................... 11
Os títulos devem 
ser formatados da 
mesma forma em 
que aparecem no 
texto.
SEÇÃO 3 ELEMENTOS TEXTUAIS
Um trabalho acadêmico 
pode ser um documento 
que representa o resultado 
de um esforço intelectual 
voltado tanto ao aprendizado de 
determinado conteúdo quanto ao 
desenvolvimento da capacidade 
de análise, desenvolvimento e 
síntese. 
O que devo fazer antes de começar a 
escrever um texto?!
Para elaborar um trabalho, você 
deve	deinir	o	tema	de	estudo,	
as principais questões de que irá 
tratar; mas, para isso, é essencial 
um	bom	embasamento	teórico.	
Pesquise	em	livros,	periódicos,	
recursos eletrônicos e em outros 
meios informações sobre a temática 
que pretende desenvolver em sua 
pesquisa. Com essas informações, 
você já pode começar a escrever 
o texto. Procure acrescentar 
suas	próprias	ideias,	alinhadas	
aos autores os quais pesquisou, 
seguindo, é claro, a estrutura para a 
elaboração do trabalho. 
Vamos	veriicar	os	elementos	
textuais que compõem a parte 
fundamental de um trabalho: 
introdução, desenvolvimento e 
conclusão. 
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 91
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Você compreendeu o que são elementos pré-textuais e como estruturá-los 
para a elaboração do seu trabalho?
Na próxima seção, vamos falar sobre os elementos textuais: introdução, 
desenvolvimento e conclusão. Vamos lá?! 
Introdução
É A PARTE INICIAL do texto, na 
qual o assunto é apresentado em 
sua totalidade de maneira clara, 
precisa e sintética e tem a função 
de situar o leitor no contexto do 
tema pesquisado. Deve descrever, 
sucintamente, os objetivos e as 
razões que o levaram a realizar o 
estudo.
Introduzir é convidar o leitor a 
conhecer o que escrevemos; para 
tanto,	é		preciso	reletir	sobre	o	
assunto	abordado,	a	im	de	construir	
ideias de forma convincente. 
De acordo com Bastos et al. (2002, 
p. 64), a introdução é a primeira 
impressão que o leitor tem do 
trabalho; por isso, é importante 
estar claro o que já foi escrito a 
respeito do assunto abordado, a 
relevância do assunto, os objetivos 
do trabalho, a apresentação dos 
procedimentos adotados no decorrer 
da pesquisa. Segundo Beuren (2003, 
p. 171), para facilitar a leitura 
e o entendimento do assunto, a 
introdução pode ser estruturada por 
subtítulos. 
A redação do texto, na introdução, 
deve conter quatro ideias básicas – 
respostas às perguntas:
  Que fazer? O que será 
tematizado?
  Por que fazer? Por que foi 
escolhido o tema?
  Quais são as contribuições 
esperadas?
  Como fazer? Qual será a 
trajetória	desenvolvida	para	
a construção do trabalho 
empreendido? 
Observe que a leitura é muito importante nessa fase, pois é 
a partir das informações coletadas dos textos lidos que você 
poderá redigir seu próprio texto. 
Comece a escrever. Mesmo com vocabulário mais simples, 
escreva! é um exercício! Você verá que redigir textos não 
é tão difícil; entretanto, é preciso ler para enriquecer seu 
vocabulário e aumentar seus conhecimentos. Quanto mais 
você ler, mais subsídios terá para escrever!
E o desenvolvimento? O que fazer?! 
Desenvolvimento
É NO DESENVOLVIMENTO do 
trabalho que reunimos, analisamos 
e discutimos as ideias de vários 
autores sobre o tema de estudo; 
porém, para a realização dessa 
etapa, o acadêmico já deve ter 
compilado alguns textos, por 
meio de anotações, comentários, 
resenhas,	citações	em	ichas	de	
leitura. É muito oportuno que você 
retome algumas orientações para 
a leitura e produção de textos, 
apresentadas na Unidade 2, pois a 
METODOLOGIA CIENTíFICA92
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
qualidade de seu trabalho depende 
da riqueza de seus apontamentos.
No desenvolvimento do trabalho, 
concentra-se a fundamentação 
teórica,	considerada	a	parte	
principal do texto que promove a 
discussão	cientíica		e	comprova	
ideias enunciadas na pesquisa. Para 
redigir o desenvolvimento do texto, 
você precisa recorrer às citações 
que, com as suas inferências e 
deduções a partir das ideias dos 
autores citados, promovem a 
cientiicidade	do	seu	trabalho.
De acordo com Salomon (2001, p. 
351), é preciso que o trabalho siga 
uma	lógica	na	exposição;	então,	
para	elaborar	um	texto	cientíico,	
procure escrever com objetividade, 
clareza e simplicidade. 
Mas como estruturar o 
desenvolvimento do trabalho?
De acordo com a extensão do 
trabalho, é conveniente que 
você faça divisões entre títulos 
e subtítulos, conforme vimos na 
Seção 1 deste material. O bom 
senso, segundo Bastos et al. (2002, 
p. 65), indica que o trabalho 
deve ser dividido, ao menos, em 
duas partes, pois não dividir é 
considerar tudo dentro da mesma 
hierarquia – questões principais 
iguais às questões secundárias. 
A divisão em partes, portanto, 
comporta subdivisões, uma vez 
que as questões principais estão 
constituídas em partes; assim, 
é preciso, em seguida, esmiuçar, 
isto é, escrever com detalhes. 
Toda e qualquer parte da divisão 
e subdivisão deve ser anunciada 
(introduzida) com um encadeamento 
no assunto abordado no trabalho.
Na elaboração de textos, quando 
houver uma palavra em outro 
idioma, devemos destacá-la em 
itálico,	a	im	de	diferenciá-la.
Conclusão
É O ÚLTIMO elemento textual, 
é a síntese dos resultados do 
trabalho, uma recapitulação 
sintética dos resultados oriundos 
da discussão apresentada no 
desenvolvimento, ressaltando o 
alcance e as consequências de suas 
contribuições.
Sua função é destacar essas 
deduções de modo que respondam 
às questões apresentadas na 
introdução. 
Deve ser um texto breve, baseado 
em dados comprovados e sem o uso 
de citações.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 93
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Lembre-se de que os autores citados no corpo do trabalho 
devem constar na lista de referências!
Vamos,	agora,	veriicar	algumas	orientações	para	elaborar	a	
conclusão?! 
SEÇÃO 4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Complementam o trabalho e 
são	apresentados	logo	após	os	
elementos textuais, como: 
  referências;
  glossário;
  apêndices;
  anexos;
  índice.
Referências
AS REFERêNCIAS SãO elemento 
obrigatório.	O	título	deve	ser	
apresentado em letras maiúsculas, 
em negrito, com alinhamento 
centralizado. 
As referências devem ser 
apresentadas em ordem alfabética 
do sobrenome do primeiro autor 
responsável pela obra, alinhadas à 
margem esquerda da página, com 
espaçamento entrelinhas simples, 
separadas entre si por dois espaços 
simples.
Na lista de referências, você deve 
apresentar a referência de todas 
as fontes citadas no texto. Para 
elaborar as referências, consulte a 
unidade	especíica.
METODOLOGIA CIENTíFICA94
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Certamente, você vai precisar de certo tempo para ler, reler, 
documentar, analisar, escrever,reescrever, a im de elaborar a 
introdução, o desenvolvimento e a conclusão do seu trabalho. 
Para inalizar a estrutura do seu trabalho, falta somente conhecermos o 
que compõe os elementos pós-textuais. Vamos à próxima seção? 
Vamos conhecer os elementos pós-textuais ?
Lembre-se de que alguns elementos são obrigatórios 
e outros são opcionais, dependendo do tipo de 
trabalho. 
REFERêNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à 
metodologia	do	trabalho	cientíico:	elaboração	de	
trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2001. 174 p. 
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 
NBR 6022: informação e documentação: artigo em 
publicação	periódica	cientíica	impressa:	apresen-
tação. Rio de Janeiro, 2003.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção 
cientíica:	descubra	como	é	fácil	e	agradável	
elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e atual. 
São Paulo: hagnos, 2004. 205 p.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. 
Metodologia	Cientíica:	para	uso	dos	estudantes	
universitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-hILL do 
Brasil, 1983.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para 
o	trabalho	cientíico:	explicitação	das	normas	da	
ABNT.	12.	ed.	Porto	Alegre:	[s.n.],	2003.	147	p.
Observe que o 
espaçamento 
entrelinhas é 
simples, e o 
alinhamento é à 
esquerda.
Glossário
Apêndices
É UM DOS elementos opcionais, 
utilizado	logo	após	a	lista	de	
referências. Apresenta, em ordem 
alfabética, as expressões ou 
palavras explicativas de termos de 
uso restrito, técnicos ou de sentido 
obscuro, pouco usuais. Elaboramos o 
glossário com a expectativa de que 
o leitor consiga compreender melhor 
o	signiicado	das	expressões	que	
foram utilizadas no texto.
É UM ELEMENTO elaborado pelo 
autor para melhor compreensão 
do documento, ou seja, destinam-
se a complementar as ideias 
desenvolvidas no decorrer do 
trabalho. 
Você deve apresentar a numeração 
de páginas na mesma sequência 
do texto. De acordo com a NBR 
14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2005), os 
apêndices	são	identiicados	por	
letras maiúsculas consecutivas, 
seguidas de travessão e do 
respectivo título. Observe o exemplo 
apresentado por Beuren (2003, p. 
176).
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 95
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
Observe o exemplo de elaboração de 
uma lista de referências.
APêNDICE A – Questionário
APêNDICE B – Roteiro de entrevistas 
Anexos
Índices
SERVEM DE FUNDAMENTAçãO, 
comprovação e ilustração e não são 
elaborados pelo autor. É, também, 
um elemento opcional. Você deve 
apresentar a numeração de páginas 
na mesma sequência do texto. Tal 
qual	nos	apêndices,	a	identiicação	
deve ser feita com letras 
maiúsculas, e não com números, 
seguida de travessão e título. 
ELEMENTO NãO OBRIGATóRIO. 
Conforme Prestes (2003, p. 47), 
o índice é o detalhamento dos 
assuntos, títulos, nomes, datas e 
outros elementos que o autor queira 
destacar, em ordem alfabética; 
indica a página onde podem ser 
localizados no texto os elementos 
destacados.
ANExO A – Estatuto da Instituição
ANEXO	B	–	Projeto	Político-pedagógico	
Para a elaboração de trabalhos cientíicos, você deve 
observar quais elementos são obrigatórios e quais são 
opcionais. 
METODOLOGIA CIENTíFICA96
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
é importante que você esteja atento para, em toda a 
produção cientíica, atender às normas que norteiam os 
trabalhos cientíicos, observando, ainda, se houve alterações 
nas normas para manter-se atualizado. 
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 97
E
S
T
R
U
T
U
R
A
 D
E
 T
R
A
B
A
L
h
O
S
 C
IE
N
T
íF
IC
O
S
 Autoavaliação 6
Agora	que	você	já	passou	por	todas	as	fases	de	elaboração	de	um	trabalho	cientíico,	pré-textuais,	
textuais	e	pós-textuais,	vamos	fazer	uma	autoavaliação?
Classiique	as	situações	como	elementos	pré-textuais	(PR),	textuais	(TE)	ou	pós-textuais	(PO):		
( ) apêndice
( ) introdução
( ) capa
( ) referências
( ) glossário
( ) resumo
( ) anexos
( ) folha de rosto
( ) conclusão
( ) sumário
( ) desenvolvimento 
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho 
cientíico: elaboração de trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2001. 174 p.
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação 
e	documentação:	artigo	em	publicação	periódica	cientíica	impressa:	
apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6023: informação e documentação: referências: 
elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um 
documento. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027: sumário. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6028: informação e documentação: resumos: 
apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de 
Janeiro, 2002. 
______. NBR 10522: Abreviação	na	descrição	bibliográica.	Rio	de	
Janeiro, 2002.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos 
acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
______. 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: 
apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção cientíica: descubra 
como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e 
atual. São Paulo: hagnos, 2004. 205 p.
BASTOS, Cleverson Leite et al. Aprendendo a aprender: introdução à 
metodologia	cientíica.	16.	ed.	Petrópolis:	Vozes,	2002.	104	p.
BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho; JOVANOVIC, Maria Luiza. A 
produção de relatórios de pesquisa: redação e normalização. Jundiaí, 
SP: Fontoura, 2005. 192 p.
BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográicos em 
contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003. 189 p.
REFERÊNCIAS
98
BORGES, Jorge Luis. Humanidades, Brasília, DF: Ed. da UnB, v. 1, p. 15, 
out./dez.	1982.	
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientíica. 5. 
ed. São Paulo: Prentice hall, 2002. 242 p.
______. Metodologia Cientíica: para uso dos estudantes 
universitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-hILL do Brasil, 1983.
CRUZ, Anamaria da Costa; PEROTA, Maria Luiza Rocha; MENDES, Maria 
Tereza Reis. Elaboração de referências	(NBR	6023/2002).	2.	ed.	Rio	de	
Janeiro:	Interciências;	Niterói:	Intertexto,	2002.	89	p.
______. Trabalhos acadêmicos, dissertações e teses: estrutura e 
apresentação	(NBR	14724/2002).	2.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Interciências;	
Niterói:	Intertexto,	2004.	134	p.
CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá; FURBETTA, Nelly. Metodologia cientíica: 
teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003. 218 p.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 1987. 120 p.
______. Metodologia do conhecimento cientíico. São Paulo: Atlas, 
2000. 216 p. 
FAChIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2003. 195 p. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de holanda. Novo dicionário Aurélio da 
língua portuguesa. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para o trabalho cientíico: 
explicitação	das	normas	da	ABNT.	12.	ed.	Porto	Alegre:	[s.n.],	2003.	147	
p.
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método cientíico: teoria e prática. 
São Paulo: harbra, 1986. 200 p.
hÜhNE, Leda Miranda. Metodologia cientíica: caderno de textos e 
técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000.
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.
99REFERêNCIAS
R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
metodologia cientíica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 311 p.
LIPMAN,		Matthew.	O pensar na educação. Tradução Ann Mary Fighiera 
Perpétuo.	Petrópolis:	Vozes,	1995.
LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes 
para elaboração de trabalhos cientíicos: apresentação, elaboração 
de	citações	e	referências	de	trabalhos	cientíicos.	3.	ed.	rev.	e	atual.	
Joaçaba:	Ed.	Unoesc,	2009.	104	p.	(Metodologia	do	trabalho	cientíico).
MAChADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos 
(Coord.). Resenhas. São Paulo: ParábolaEditorial, 2004. 123 p.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de 
monograias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2000. 116 p.
______. ______. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 134 p.
MEDEIROS, João Bosco. Redação cientíica:	a	prática	de	ichamentos,	
resumos, resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 323 p.
______. ______. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 306 p.
MIRANDA NETO, Manoel José de. Pesquisa para o planejamento: 
métodos e técnicas. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 2005. 84 p.
NASCIMENTO, Dinalva Melo do; PóVOAS, Ruy do Carmo. Metodologia do 
trabalho cientíico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002. 
184 p.
OLIVEIRA, Antônio Benedito Silva (Coord.). Métodos e técnicas de 
pesquisa em contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003. 177 p.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia cientíica: projetos 
de	pesquisa,	TGI,	TCC,	monograias,	dissertações	e	teses.	São	Paulo:	
Pioneira Thomson Learning, 2002. 320 p.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do 
conhecimento cientíico: do planejamento aos textos, da escola à 
academia. 2. ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Rêspel, 2003. 256 p.
RAUEN, Fábio José. Roteiros de investigação cientíica. Tubarão: Ed. 
da Unisul, 2002. 268 p.
100 METODOLOGIA CIENTíFICA
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
 
ROESCh, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de pesquisa em 
administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações 
e estudos de caso. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 301 p.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monograia. 10. ed. rev. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001. 412 p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho cientíico. 22. 
ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2006. 279 p. 
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada 
à contabilidade: orientações	de	estudos,	projetos,	artigos,	relatórios,	
monograias,	dissertações,	teses.	São	Paulo:	Atlas,	2003.	181	p.
SOARES, Maria do Carmo Silva. Redação de trabalhos cientíicos. São 
Paulo: Cabral, 1995. 167 p.
STRIEDER, Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. 
Joaçaba:	Ed.	Unoesc,	2009.	64	p.	(Metodologia	do	trabalho	cientíico).
TREVISOL,	Joviles	Vitório.	Diretrizes para elaboração de artigos 
cientíicos. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 79 p. (Metodologia do trabalho 
cientíico).	
101REFERêNCIAS
R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Autoavaliação 1
1 V – F – V
2 C – D – A – B
Autoavaliação 2
1 Ideia principal: críticas e ironias de Lacan ao existencialismo.
2 Ideias secundárias: o existencialismo desemboca na subjetividade como 
versão moderna do cartesianismo.
3 Palavras-chave: Lacan – existencialismo – críticas – subjetividade – 
versão cartesianismo – liberdade – muros – prisão – prova – impotência – 
superar situação.
Autoavaliação 3
V – F – V – F – V – V – F – V – F
Autoavaliação 4
a) PEDROSA JUNIOR, Carlos; BARRETO, Pedro humberto Teixeira. O controle 
externo das contas dos tribunais de conta brasileiros: o dever de 
accountability.	Disponível	em:	.	
Acesso em: 24 abr. 2004.
b) AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção cientíica: descubra como 
é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e atual. São 
Paulo: hagnos, 2004. 
c) VIAGENS	à	memória	brasileira.	Nossa História, Rio de Janeiro: Vera Cruz, 
ano	2,	n.	23,	set.	2005.	Disponível	em:	.	
Acesso em: 23 fev. 2006. 
d) BIANChINI, Fábio. Ponto Final para o Engenho. Diário Catarinense, 
Florianópolis,	12	jan.	2006.	Variedades,	p.	2.
e) ChARNET, Reinaldo et al. Análise de modelos de regressão linear com 
aplicações. Campinas: Ed. da Unicamp, 1999. 355 p.
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES 
DE AUTOAVALIAÇÃO
102
f) RAMOS FILhO, Celso Ferreira. Infecções emergentes, reemergentes e 
negligenciadas. Sociedade Moderna em Revista, Rio de Janeiro, ano 4, n. 
16,	p.	21-23,	maio/jun.	2005.
g) FONTENELLE, Caio Júlio de Souza; hOELTGEBAUM, Marianne. A inluência	do	
peril	empreendedor	no	desempenho	do	negócio	em	uma	rede	de	franquia	de	
confecção infantil. Revista de Negócios, Blumenau: Ed. da FURB, v. 11, n. 
4,	p.	131-149,	out./dez.	2006.	Disponível	em:	.	Acesso	em:	26	fev.	2007.
Autoavaliação 5
V – F – V
Autoavaliação 6
PO – TE – PR – PO – PO – PO – PR – TE – PR – TE.
103RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAçãO
R
E
S
P
O
S
TA
S
 D
A
S
 A
T
IV
ID
A
D
E
S
 D
E
 A
U
TO
A
VA
L
IA
ç
ã
O
104 METODOLOGIA CIENTíFICA
Universidade do Oeste de Santa Catarina
www.unoesc.edu.br/virtual
Campus de Joaçaba
Rua Getúlio Vargas, 2125, Bairro Flor da Serra
CEP: 89600-000
Fone: (49) 3551-2000
Campus de São Miguel do Oeste
Rua Oiapoc, 211, Bairro Agostini
CEP: 89900-000
Fone: (49) 3631-1000
Campus de Videira
Rua Paese, 198, Bairro Universitário
CEP: 89560-000
Fone: (49) 3533-4400
Campus de Xanxerê
Rua Dirceu Giordani, 696, Bairro Universitário
CEP: 89820-000
Fone: (49) 3441-7000airmam	que	“A	ciência	é	um	modo	
de compreender e analisar o mundo 
empírico, envolvendo o conjunto 
de procedimentos e a busca do 
conhecimento	cientíico	através	do	
uso	da	consciência	crítica	[...]”
CIêNCIA E CONhECIMENTO 11
C
Iê
N
C
IA
 E
 C
O
N
h
E
C
IM
E
N
TO
 
Mas o que é ciência?
Conhecimento filosófico
QUANTAS VEZES VOCê já parou para 
reletir	sobre	o	seu	comportamento	
diante de uma situação? Você está 
ilosofando,	quando	faz	relexões	
sobre a vida, sobre a ética, sobre a 
moral, sobre princípios!
A	ilosoia	procura	compreender	a	
realidade em seu contexto universal. 
Não	há	soluções	deinitivas	para	
um grande número de questões, 
mas habilita o ser humano a 
fazer uso de suas faculdades 
para entender melhor o sentido 
METODOLOGIA CIENTíFICA12
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Oliveira (2002, p.-47)	deine	a	
ciência como o estudo, com critérios 
metodológicos	das	relações	existentes	
entre causa e efeito de um fenômeno 
qualquer, no qual o estudioso se 
propõe a demonstrar a verdade dos 
fatos e suas aplicações práticas. 
É uma forma de conhecimento 
sistemático dos fenômenos da 
natureza, fenômenos sociais, 
biológicos,	matemáticos,	físicos	
e químicos, para se chegar a um 
conjunto de conclusões verdadeiras, 
lógicas,	exatas,	demonstráveis,	por	
meio da pesquisa e dos testes. 
Você conseguiu entender que a 
ciência é justamente o conjunto de 
conhecimentos que se desenvolve, 
que se acumula, transforma-se e 
reorganiza-se	em	razão	de	uma	lógica	
própria	do	comportamento	humano?
O	conhecimento	cientíico	promoveu	
o desenvolvimento da humanidade, 
proporcionou conforto às pessoas e a 
cura da maioria das doenças.
Você conseguiria imaginar o mundo 
sem a eletricidade? De quantas coisas 
nós	seríamos	privados?	De	tudo	o	que	
há à sua volta, o que não existiria se 
não houvesse a eletricidade?
Foram conhecimentos adquiridos por 
meio	da	experimentação	cientíica	
que levaram o homem a descobrir 
a eletricidade e, a partir dela, criar 
a instalação elétrica, aparelhos, 
motores, máquinas, etc.
Quanto o homem evoluiu com 
essa descoberta ou conhecimento 
cientíico!
há alguns anos, as pessoas 
morriam em virtude de doenças, 
cujas causas eram desconhecidas 
e, consequentemente, não havia 
prevenção nem tratamento adequado. 
Utilizavam-se do conhecimento 
empírico na tentativa de cura.
hoje, muitas dessas doenças são 
curáveis (gripe, sarampo, tuberculose, 
alguns tipos de câncer, etc.) ou até 
erradicadas (poliomielite – paralisia 
infantil), em muitos países como 
o Brasil, graças ao conhecimento 
cientíico.
há, no ser humano, a incessante 
busca de respostas que resolvam 
seus problemas. Nessa busca, nem 
sempre a procura é por soluções 
materiais. às vezes, o homem procura 
respostas para as inquietações que o 
incomodam,	que	o	levam	à	relexão	
sobre a vida, sobre o comportamento 
humano; não é uma questão de 
encontrar a solução no conhecimento 
empírico	ou	no	cientíico,	pois	está	
procurando compreender por que as 
coisas são como são, compreender o 
sentido do mundo, da vida, das coisas 
ao seu redor.
Nesse caso, é o conhecimento 
ilosóico	que	ajuda	o	homem	a	chegar	
a um entendimento, já que, às vezes, 
nossas dúvidas permanecem diante do 
inexplicável.
da vida concretamente; busca 
constantemente o sentido da 
justiicação,	possibilidade	de	
interpretação a respeito do homem 
e sua existência concreta. 
Cervo e Bervian (2002) apresentam 
algumas questões que ajudam 
a	compreender	as	relexões	da	
ilosoia.
  A máquina substituirá o homem? 
  As conquistas espaciais 
comprovam o poder ilimitado do 
homem? 
  O que é valor hoje?
Quando	fazemos	algumas	relexões,	
às vezes, as dúvidas não são 
esclarecidas e permanecemos 
diante do mistério. A ciência, com 
todo o seu avanço, não consegue 
explicar determinadas situações, 
acontecimentos inesperados; 
nem	a	ilosoia,	com	seus	grandes	
pensadores, consegue esclarecer. 
Tudo isso que a inteligência 
humana é incapaz de explicar ou 
compreender é objeto da fé ou do 
dogma, ou seja, do conhecimento 
teológico.		
Conhecimento teológico
VOCê TEM FÉ? Em que você acredita, 
mesmo sem provas, mesmo sem ver? 
Explique.
O	conhecimento	teológico,	de	
acordo com Silva (2003, p. 36), é 
produto da fé humana, entendendo 
fé como uma crença nos fatos 
sem esperar por provas dos 
acontecimentos, sem que possamos 
vê-los. É o estudo de questões 
referentes ao conhecimento da 
divindade, implicando sempre uma 
atitude de fé diante das revelações 
de um mistério ou sobrenatural, 
interpretado como mensagem ou 
manifestação divina. 
É um tipo de conhecimento 
sistematizado, infalível e 
indiscutível, mas que não pode 
ser	veriicado	como	conhecimento	
cientíico,	pois	são	atos	de	fé.			
Esse conhecimento também está 
relacionado com um Deus, seja por 
meio de Jesus Cristo, Buda, Maomé, 
um Ser invisível, seja qualquer 
entidade atribuída como ser 
supremo, dependendo da cultura de 
cada povo, com quem o ser humano 
se relaciona por intermédio da fé 
religiosa.
Agora que você já estudou sobre 
os tipos de conhecimento, é 
importante que perceba que 
o	conhecimento	cientíico	
é empregado durante a vida 
acadêmica e faz parte da formação 
cientíica	do	estudante,	leva	o	
aluno a desenvolver uma atitude 
investigativa, em conhecimentos já 
DOGMA
 caráter de certeza 
absoluta, indiscutível 
em uma doutrina 
religiosa.
MISTéRIO
 tudo o que é oculto, 
que provoca curiosidade 
e busca, pode estar ligado 
a dados da natureza, da 
vida futura, da existência 
do absoluto, entre 
outros.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 13
C
Iê
N
C
IA
 E
 C
O
N
h
E
C
IM
E
N
TO
 
comprovados, acumulados por outros 
estudiosos, buscando elementos 
que darão suporte à análise de sua 
pesquisa. Assim, além de ampliar 
seus conhecimentos, você terá 
condições de iniciar pesquisas, 
produzindo novos conhecimentos.
SEÇÃO 2 MéTODO E TéCNICA 
Quando você vai comer uma 
laranja, o que você faz 
primeiro? Você corta a 
laranja em pedaços e depois tira a 
casca?
É provável que você utilize um 
método mais fácil para comer uma 
laranja: primeiro descasca e depois 
tira os pedaços.
De acordo com Galliano (1986, p. 
4-5), qualquer pessoa vive, no seu 
dia a dia, cercada por métodos em 
todos os lados, ainda que não os 
perceba. Ao limpar a casa, você 
não passa antes o pano molhado 
e depois varre o chão; ao fazer um 
churrasco, você não assa primeiro 
a carne e depois coloca o sal e os 
temperos; precisa usar o método 
adequado para atingir um objetivo 
tão simples. 
Mas, o que é método?
Lakatos e Marconi (2003, p. 85) 
deinem	método	como	o	conjunto	
das atividades sistemáticas e 
racionais que, com maior segurança 
e economia, permite alcançar o 
objetivo, traçando o caminho a 
ser seguido, detectando erros e 
auxiliando nas suas decisões. Para 
Oliveira (2002, p. 58), método é 
um conjunto de regras ou critérios 
que servem de referência no 
processo de busca da explicação 
ou da elaboração de previsões em 
relação a questões ou problemas 
especíicos.	
Porém, antes de desenvolver o 
método, precisamos estabelecer os 
objetivos que pretendemos atingir, 
de forma clara, examinando de 
maneira ordenada as questões: 
  O que ocorre?
  Onde ocorre?
  Quando ocorre?
  Como ocorre?
  Por que ocorre?
Se você for colocar uma meia 
e calçar seus sapatos, primeiro 
calça	o	sapato,	depois	veriica	
que não é possível pôr a meia já 
calçado o sapato; assim, é preciso 
descalçar para então colocar a meia 
e novamente calçá-lo. Observe 
a importância de seguir a ordem 
correta das ações.
Segundo Galliano (1986), ao deixar 
de seguir a ordem correta das 
METODOLOGIA CIENTíFICA14
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Nesta seção, você veriicou que o conhecimento cientíico depende de 
investigação, veriicação e análise, mas depende, também, da aplicação de 
métodos e técnicas para chegar a um resultado.
Então, vamos estudar o que é método e técnica na próxima seção?!
ações no emprego do método, 
não alcançamos o resultadona 
primeira tentativa. Para alcançar o 
resultado esperado, devemos voltar 
ao início da sequência e fazê-la de 
forma correta, ou seja, observar 
o método, pois, quando o método 
não é observado, gastamos tempo 
e energia inutilmente. O método 
nada mais é do que o caminho para 
chegarmos	a	um	im.
O método está presente em 
qualquer	pesquisa	cientíica,	pois	é	
o instrumento que possibilita aos 
pesquisadores, independentemente 
da área da pesquisa, orientações 
que visam facilitar a realização 
do trabalho. O método pode ser 
apresentado como um conjunto de 
normas que determina o traçado das 
etapas fundamentais da pesquisa.
Você consegue lembrar outros 
métodos que estão presentes na sua 
vida cotidiana? Descreva-os.
Como se classiicam os métodos 
cientíicos?
O	método	cientíico	não	é	um	
apenas; existem diferentes 
formas de procedermos para obter 
resultados	cientíicos,	de	acordo	
com Miranda Neto (2005, p. 22-26). 
Você é quem decide qual é o método 
mais adequado para a sua pesquisa. 
Estudaremos, nesta seção, sobre os 
métodos indutivo e dedutivo. 
O método indutivo é um 
procedimento do raciocínio que, 
a partir de uma análise de dados 
particulares, encaminhamos para as 
noções gerais. Observe o exemplo 
apresentado por Fachin (2003, p. 
29-31).
Partindo da observação empírica de que a prata é minério condutor de 
eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, ela faz, por sua vez, 
parte dos minérios. Assim, inferimos por análise indutiva que a prata é 
condutor de eletricidade.
A prata é um metal; logo, a prata é condutor de eletricidade. Pelo 
raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores 
de eletricidade, e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, 
entendemos que a prata é um metal.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 15
C
Iê
N
C
IA
 E
 C
O
N
h
E
C
IM
E
N
TO
 
O método dedutivo parte do geral 
para o particular. Conforme o 
mesmo	exemplo,	a	autora	airma	que	
todos os metais são condutores de 
eletricidade.
METODOLOGIA CIENTíFICA16
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
É importante destacar que os 
métodos indutivo e dedutivo não se 
opõem, pois, segundo Fachin (2003, 
p. 31), constituem uma única cadeia 
de raciocínio.
Até o momento, falamos sobre 
método de pesquisa; agora, vamos 
falar sobre técnica.
No método de pesquisa, existem as 
técnicas que	podem	ser	deinidas	
como os diversos procedimentos ou 
recursos peculiares a cada objeto de 
pesquisa, dentro das mais variadas 
etapas do método.
Podemos dizer que a técnica é uma 
instrução	especíica	da	ação,	seu	
progresso e alteração ocorrem de 
acordo	com	o	progresso	tecnológico	
e	cientíico;	a	técnica	especiica	
como fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58).
A técnica da pesquisa trata dos 
procedimentos práticos que devem 
ser adotados para realizar um 
trabalho	cientíico,	qualquer	que	
seja o método que se aplique; é o 
que escreve Miranda Neto (2005, p. 
39). A técnica serve para registrar 
e	quantiicar	os	dados	observados,	
ordená-los	e	classiicá-los.	
Para a realização de uma pesquisa, 
é necessário o uso de técnicas 
adequadas capazes de coletar 
dados	suicientes	de	modo	que	
contemplem os objetivos traçados, 
conforme foram projetados. há, 
também, a necessidade de se 
observar o que vai ser estudado, 
a quem irá se reportar, quais 
instrumentos vai utilizar, que podem 
ser: questionários, entrevistas, 
observação, formulários, discussão 
em grupo, entre outros.
E, então, como podemos 
diferenciar método e técnica? 
Método, segundo Galliano (1986, 
p. 6), é um conjunto de etapas, 
ordenadamente dispostas, que 
devem ser vencidas, na investigação 
da verdade, para se alcançar 
determinado objetivo. Já a técnica 
é o modo de fazer de forma hábil, 
mais segura e correta algum tipo de 
atividade. 
Para entender melhor, leia um exemplo muito interessante 
que utiliza o método de indução, no livro Aprendendo a 
aprender: uma introdução à metodologia cientíica, de Bastos 
et al. (2002, p. 87-90). 
 Autoavaliação 1
1 Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso para as questões seguintes que tratam do conhecimento 
cientíico.
 ) ( É sistemático, refere-se ao conhecimento controlado por registros e observações.
 ) ( É assistemático, está relacionado às crenças e aos valores, faz parte de antigas tradições. 
 ) ( São feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os fatos, por meio de procedimentos 
que possam levar ao resultado com comprovação.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 17
C
Iê
N
C
IA
 E
 C
O
N
h
E
C
IM
E
N
TO
 
2 Relacione a primeira coluna com a segunda.
a) Método
b) Técnica
c) Método indutivo
d) Método dedutivo
 ) ( parte de uma análise de dados particulares, devidamente 
constatados, a partir dos quais podemos inferir verdades 
universais.
 ) ( parte do geral para chegar à realidade de casos 
especíicos.
 ) ( conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, 
com maior segurança e economia, permite alcançar o 
objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros.
 ) ( são diversos procedimentos ou recursos peculiares a 
cada objeto de pesquisa, nas mais variadas etapas do 
método.
Você consegue diferenciar os tipos de conhecimento? Conseguiu perceber 
a importância do método para a realização de pesquisa cientíica? Se 
necessário, faça uma nova leitura, registre suas dúvidas e encaminhe-as 
ao professor tutor. 
Na próxima unidade, vamos veriicar as etapas referentes à realização 
de uma leitura e à importância da leitura para a sua formação 
acadêmica. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
UNIDADE 2
A LEITURA E 
A PRODUÇÃO DE TEXTOS
Ao	inal	desta	unidade,	você	deverá	ser	capaz	de:
 DESTACAR a relevância da leitura para o processo de formação do aluno;
 COMPREENDER as etapas referentes à realização de uma leitura;
 ENTENDER as técnicas para redigir textos.
SEÇÃO 1
Diretrizes para leitura, 
análise e interpretação 
de textos 
SEÇÃO 2
Técnicas para 
redigir textos
A	im	de	atingir	os	objetivos	propostos	nesta	unidade,	o	conteúdo	está	dividido	em	seções:	
18
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 19
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
SEÇÃO 1 DIRETRIZES PARA LEITURA, ANÁLISE E 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Você tem o hábito de ler? 
Pode começar a desenvolver 
esse hábito fazendo uma 
leitura sobre assuntos que lhe 
agradem: ler uma revista de moda, 
de esportes, um gibi, um jornal, 
um livro policial, um romance, uma 
aventura,	enim,	qualquer	leitura	
que seja agradável para você!
Na universidade, você será 
convidado	a	ler	textos	cientíicos	
ou	ilosóicos	que	exigem	disciplina	
intelectual para compreender, com 
proveito, os assuntos abordados. 
Uma leitura mais aprofundada 
favorece o seu desempenho na vida 
acadêmica,	proissional	e,	também,	
na vida pessoal, aumentando o 
seu vocabulário e conhecimento 
sobre	as	coisas,	ainal,	você	poderá	
estar em contato com pessoas 
de conhecimentos e culturas 
diferentes.	Proissionalmente,	você	
pode ser prejudicado ou favorecido, 
dependendo dos conhecimentos 
adquiridos.	Um	bom	proissional	
precisa	saber	muito	de	sua	proissão,	
mas também deve ter cultura.
Quem não possui o hábito da 
leitura precisa desenvolvê-lo, 
precisa perceber a importância dela 
para sua vida, pois é difícil uma 
formação de qualidade sem muita 
leitura. Para adquirir esse hábito, 
devemos reservar um tempo diário 
para ler, selecionar material e local 
apropriados. 
Como você costuma selecionar seu 
material de leitura?
Seu amigo lhe indica um livro 
para leitura, você localiza a obra e 
começa a leitura imediatamente. 
Após	ler	algumas	páginas,	você	
percebe que o texto não é tão 
agradável, que a linguagem é muito 
difícil, então desiste da leitura. Isso 
acontece porque você precisa saber 
selecionar o texto para a leitura.
Conforme Medeiros (2007, p. 18-20), 
o rendimento nos estudos depende 
de organização, ambiente adequado, 
PARA INíCIO DO ESTUDO
Quando optamos por um curso superior, aumenta o nosso compromisso de 
nos tornarmos leitores assíduos dos temas que sãotratados em sala de aula 
e dos acontecimentos que envolvem a sociedade em que vivemos. 
Precisamos reservar tempo para a leitura, pois o ato de ler constitui uma 
atitude fundamental para a nossa formação; é por meio da leitura que 
podemos obter informações necessárias sobre qualquer área do saber. 
Nesta unidade, você estudará sobre as diretrizes para a leitura. É isso 
que permite a você compreender melhor o conteúdo no momento de fazer 
a análise e interpretação de textos. Você vai aprender as técnicas de 
sublinhar	e	esquematizar,	um	processo	que	possibilita	identiicar	as	ideias	
principais das leituras, requisito fundamental para a compreensão do 
assunto e para a produção de textos.
Então, vamos conhecer algumas técnicas para redigir textos?
METODOLOGIA CIENTíFICA20
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
utilização de técnicas de leitura 
para	maior	eiciência:
  é preciso motivação para o 
estudo - indivíduo desmotivado 
diicilmente	aprende;
  a organização do estudo é 
fundamental – reservar horas 
do dia para o estudo e revisão 
da matéria é prática relevante 
para	estudo	eicaz.	Quem	
empurra o estudo para mais 
tarde ou outro dia talvez não 
esteja	suicientemente	motivado	
para estudar; assim, seu 
aproveitamento é quase nulo;
  dispor de material de consulta 
e pesquisa – ter sempre em 
mãos bons dicionários, livros de 
consulta, livros-textos;
  analisar a veracidade dos 
documentos (livros, revistas, 
jornais, sites, etc.).
Para selecionar um material de 
leitura, você precisa:
  ter	um	objetivo	deinido.	Para	
que você está lendo? Qual o 
propósito?;
  buscar saber a autenticidade 
do	texto,	veriicando	a	autoria,	
época, local, se é documento 
original	ou	cópia,	por	qual	via	
chegou até você. Analise a 
autoridade dos autores citados;
  procurar saber um pouco sobre a 
biograia	do	autor	para	perceber	
a visão dele sobre o assunto 
(geralmente, encontramos na 
apresentação ou prefácio do 
livro);
  fazer	uma	triagem,	veriicando	
a aplicabilidade do conteúdo no 
momento.
Antes de ler o material que você 
selecionou, de acordo com Medeiros 
(2007, p. 19), Cervo e Bervian (2002, 
p.	91),	Nascimento	e	Póvoas	(2002,	
p. 29-30) e Galliano (1986, p. 74), 
primeiro você precisa:
  fazer uma leitura de 
reconhecimento;
  olhar a capa e a contracapa;
  observar o autor e a orelha do 
livro (se houver, geralmente 
apresenta síntese da obra e 
biograia	do	autor);
  analisar o sumário, observando 
os títulos e subtítulos;
  veriicar	as	referências	indicadas	
pelo autor para ter uma noção 
mais precisa sobre as bases nas 
quais o autor se apoiou;
  fazer a leitura do prefácio e da 
introdução dos livros;
  olhar o verso da capa do livro, 
para depois ler. 
No livro, os dados para elaborar uma 
referência estão contemplados em 
uma icha catalográica, na segunda 
ou terceira folha; nas revistas, estão 
na	capa.	Faça	uma	cópia	desses	
dados ou anote, para referenciar 
ao	inal	do	texto,	quando	fazer	os	
apontamentos.
Observe que, tratando-se de um livro, você deve percorrer 
o capítulo introdutório; no caso de leitura de um capítulo, 
ler o primeiro parágrafo. Em um artigo de revista ou jornal, 
geralmente, a ideia estará no título do artigo e nos subtítulos 
que se apresentarem. Lembre-se de que os primeiros 
parágrafos, em geral, tratam dos dados mais importantes. 
 
A	icha	
catalográica	
apresenta todos os 
dados de referência da 
obra,	obedecendo	ao	Código	
de Catalogação Anglo 
Americana em vigor. 
(PRESTES , 2003, 
p. 147).
Tipos de análise de textos para leitura
COM CERTEZA, você já sabe 
que, mesmo com todo o avanço 
tecnológico,	a	leitura	é	a	melhor	
forma para a aquisição do 
conhecimento. Por intermédio 
da leitura, podemos ampliar e 
aprofundar nosso conhecimento 
sobre determinado campo 
cultural	ou	cientíico,	aumentar	
o vocabulário pessoal e, por 
consequência, comunicar nossas 
ideias	de	forma	mais	eiciente.
Os maiores obstáculos na 
aprendizagem, de acordo com 
Severino (2006, p. 47), estão 
diretamente relacionados com a 
diiculdade	encontrada	pelo	aluno	
na	compreensão	de	textos	teóricos.
Ao fazer uma leitura, que medidas 
você toma quanto à análise do 
conteúdo pesquisado?
Os autores Medeiros (2007, p. 
99-102), Severino (2006, p. 51-
61) e Silva (2003, p. 20-21) assim 
escrevem sobre os tipos de análise 
que devemos fazer para facilitar 
nossa leitura:
a) análise textual – é a leitura 
de reconhecimento para termos 
uma visão global do conteúdo, 
do vocabulário utilizado pelo 
autor, dos fatos abordados no 
texto, dos autores citados. 
Nessa primeira leitura, evite 
sublinhar o texto. Procure 
fazer a leitura em etapas, cada 
capítulo ou unidade de forma 
separada,	a	im	de	compreender	
a organização das partes e, 
depois, do todo, pois nem 
sempre o título apresenta uma 
ideia	iel	do	tema.	No	entanto,	
evite um espaçamento de tempo 
muito grande entre a leitura 
das unidades, porque isso pode 
prejudicar a compreensão da 
relação entre elas;
b) análise temática – nessa 
etapa,	procuramos	“ouvir”	o	
autor para compreender o que 
o texto fala, pois quando lemos 
um texto é como se o autor 
estivesse falando conosco. 
Avançando um pouco mais, 
levante a problematização 
do tema. Pergunte-se: 
como o assunto está sendo 
problematizado? Qual o problema 
a ser resolvido? Essa não é uma 
tarefa fácil, em geral, essas 
respostas	icam	subentendidas,	
cabe	a	você	identiicá-las.	
Para assimilar e apreender as 
ideias do autor, preste atenção 
nas palavras-chave, na ideia 
principal contida no texto. 
O autor pode abordar ideias 
secundárias associadas ao tema 
central, que você deve perceber 
na leitura do texto, justamente 
para saber diferenciar a ideia 
principal das secundárias; estas 
poderiam ser eliminadas sem 
comprometer	a	sequência	lógica	
do texto. Isso não quer dizer 
que elas não deveriam estar 
no	texto,	signiica	que	são	
informações complementares 
que enriquecem o conteúdo, 
facilitam a compreensão e nos 
passam conhecimentos. Depois 
da análise temática, você já 
pode realizar o resumo do 
texto com base na síntese das 
ideias do raciocínio (e não da 
mera redução de parágrafos) e, 
também, esquematizar o roteiro 
lógico	para	a	elaboração	de	seu	
trabalho;
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 21
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
METODOLOGIA CIENTíFICA22
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
c) análise interpretativa – nesse 
momento, buscamos uma 
compreensão interpretativa do 
pensamento expresso no texto. 
Agora, você já é capaz de se 
apropriar do conhecimento 
emitido pelo autor, captando, 
além das ideias enunciadas, as 
entrelinhas do texto, explorando 
toda a fecundidade das ideias 
expostas, percebendo a posição 
assumida pelo autor referente 
à temática e estabelecendo 
comparações com ideias de 
outros	autores.	O	próximo	
passo a seguir é a interpretação 
crítica, a tomada de posição 
a respeito do texto lido, 
observando a coerência e a 
validade dos termos empregados, 
a profundidade da análise, a 
relevância e a contribuição do 
tema abordado e o alcance de 
suas conclusões.
Observe	no	luxograma	uma	síntese	
das etapas de leitura abordadas 
nesse	tópico.
LEITURA
ANáLISE TEMáTICA
Determinação do 
tema-problema
Sequência das ideias do 
autor
Ideias secundárias
ANáLISE TExTUAL
Leitura de 
reconhecimento
Deinição	da	unidade	
do texto
Vocabulário, crenças 
do autor, fatos, 
esquematização do 
texto
ANáLISE 
INTERPRETATIVA
Interpretação das 
ideias do autor
Leitura das 
entrelinhas
Associação de ideias 
e crítica do texto 
lido
Fluxograma	1	–	Leitura	eicaz
Fonte: adaptado de Silva (2003, p. 21).
Depois das análises dos textos 
lidos, você será capaz de debater a 
temática e organizar um novo texto, 
com	redação	própria,	discussão	e	
considerações pessoais.
Na universidade, você fará muitas 
leituras para a realização de 
trabalhos	cientíicos.	Para	adquirir	
o hábito da leitura, devemos 
selecionar material e local 
apropriados e reservarum tempo 
diário para ler. Visite a Biblioteca 
da Universidade, observe o acervo 
de materiais para leitura, tanto 
impressos quanto digitais e o 
caminho ideal para localizar livros e 
demais materiais, para a realização 
de seus trabalhos. Além disso, na 
internet, há diversos sites de busca 
por	conteúdos	especíicos	que	
podem ajudar.
SEÇÃO 2 TéCNICAS PARA REDIGIR TEXTOS
Na	redação	do	texto	cientíico,	
Fachin (2003, p. 188) 
determina que as informações 
devem	obedecer	à	ordem	lógica	do	
raciocínio, passando para o papel 
uma linguagem clara e precisa, 
sem verbalismo inconsistente, 
podendo seguir estas orientações:
  usar frases completas e curtas;
  evitar repetições do título na 
primeira frase;
  empregar verbos em terceira 
pessoa;
  coletar	dados	bibliográicos	
obedecendo à ordem das 
informações; 
  preferir palavras familiares e 
termos de fácil compreensão;
  no rascunho, escrever o que lhe 
vier à cabeça; depois, eliminar 
as partes desnecessárias e dar 
continuidade à construção do 
texto;
  recorrer à leitura de um amigo, 
as reações dele poderão ser de 
grande utilidade;
  usar clareza ao expressar 
as ideias, pois um trabalho 
cientíico	tem	por	objetivo	
expressar, e não impressionar;
  ter sempre em mãos um 
dicionário de língua portuguesa;
  ter cuidado com termos 
que expressem qualidade, 
quantidade, frequência, por 
exemplo,	“bom”,	“muito”,	“às	
vezes”;	esses	termos	podem	
dar margem a diferentes 
interpretações.
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 23
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
Seguem algumas dicas de sites que podem auxiliá-lo na 
busca de conteúdo na internet:
www.google.com.br
scholar.google.com.br
www.scielo.br
www.dominiopublico.gov.br
www.periodicos.capes.gov.br
Indexação Compartilhada de Artigos e Periódicos (ICAP) 
disponível no site da biblioteca Unoesc 
Essas orientações são muito úteis 
para que você possa realizar melhor 
suas leituras, entretanto, é muito 
importante que você anote todas as 
informações das obras consultadas e 
todos os dados das publicações para 
fazer a referência de suas fontes de 
pesquisa.
Muito bem, agora que você já sabe como alcançar os 
resultados desejados com a leitura, vamos conhecer algumas 
técnicas para redigir e analisar os textos. 
Vamos em frente! 
O rigor nas regras apresentadas faz 
do	trabalho	uma	atividade	cientíica	
que deve atender os leitores em 
geral, porém a linguagem escrita 
deve	considerar	seu	estilo	próprio	
de escrever.
Anotações
Técnica de sublinhar 
QUANDO VOCê REALIZA uma leitura 
tem o hábito de fazer anotações 
nos textos selecionados para a 
realização de suas pesquisas? Faz 
isso logo na primeira leitura para 
ganhar tempo? Medeiros (2007, p. 
20)	deine	“[...]	anotações	como	o	
processo de seleção de informações 
para posterior aproveitamento. As 
anotações devem permitir a redação 
a	partir	delas	[...]”	Por	isso,	para	
melhor aproveitamento, devemos:
  elaborar anotações apenas 
depois de uma leitura completa 
do texto;
  na releitura, levantar palavras 
desconhecidas, localizar no 
dicionário e anotar à margem do 
texto	o	signiicado;
  destacar	as	palavras-chave	após	
ter compreendido o conteúdo; 
com essas palavras, é possível 
construir um texto (MEDEIROS, 
2007, p. 20).
A leitura atenta do texto é 
o primeiro passo para a sua 
compreensão, e as anotações a 
partir disso evitam perda de tempo 
futuro, pois os apontamentos feitos 
podem servir de base para várias 
pesquisas. 
O USO DESSA TÉCNICA, segundo 
Salomon (2001, p. 103-104), Oliveira 
(2003, p. 153) e Medeiros (2004, p. 
25), possibilita destacar as ideias 
principais, as palavras-chave e as 
passagens importantes de um texto. 
Em geral, a ideia principal encontra-
se na primeira frase. É preciso ler 
o texto e formular perguntas sobre 
ele, procurando respondê-las à 
medida que se lê.
Para	a	eicácia	no	uso	dessa	técnica,	
você poderá seguir alguns passos:
  fazer a primeira leitura integral 
do texto, sem sublinhá-lo;
  em uma segunda leitura, 
sublinhar apenas o que é 
realmente importante – ideias 
principais, destaque às palavras-
chave. As palavras sublinhadas 
devem permitir uma releitura do 
texto, semelhante à leitura de 
um telegrama;
  reconstruir o parágrafo com 
base nas palavras e expressões 
sublinhadas;
METODOLOGIA CIENTíFICA24
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Vamos conhecer algumas técnicas na 
elaboração de trabalhos para facilitar seus 
estudos.
Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos 
meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. 
A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários, 
etc. sobre a realidade acompanhada ou não de interpretações ou 
explicações. A segunda função atende à procura da distração, de evasão, 
de divertimento, por parte do público. Uma terceira função é persuadir 
o indivíduo – convencê-lo a adquirir certo produto, a votar em certo 
candidato, a se comportar de acordo com o desejo do anunciante. 
A quarta função – ensinar – é realizada de modo direto ou indireto, 
intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação 
do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos, planos, 
destrezas,	etc.	(PFROMM	NETO,	[19--]	apud	SOARES;	CAMPOS,	1978,	p.	
111).
Técnica de esquema
SEGUNDO MEDEIROS (2007, p. 22), 
o esquema deve ser produzido 
somente	após	anotações	do	
texto. Nessa técnica, listamos 
tópicos	essenciais	do	texto,	com	
a	inalidade	de	permitir	uma	
visualização completa do texto. 
Essa alternativa é uma das melhores 
formas de estudar. É indispensável 
uma boa leitura do material 
para compreendermos o texto 
e estabelecermos hierarquia em 
relação às ideias.
O esquema deve conter as ideias do 
autor, a ideia principal e detalhes 
importantes. Para elaborar um 
esquema, você deverá respeitar 
algumas características: 
  não é permitido alterar as ideias 
do autor, você deve manter 
idelidade	ao	texto	original;
  parta sempre das ideias mais 
importantes para construir a 
estrutura	lógica;
  deve	ser	funcional	e	lexível,	
mas você pode elaborá-lo de 
acordo com suas habilidades.
Não existem normas quanto à elaboração de 
esquema!	Você	deine	a	maneira	para	estruturá-lo.	
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 25
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
  não interromper a leitura 
ao encontrar palavras 
desconhecidas.	Se	após	a	leitura	
completa do texto, as dúvidas 
persistirem, você deve anotá-
las para buscar esclarecimentos 
(mantenha à vista um 
dicionário).
A técnica de sublinhar é usada para 
marcar apenas o texto estritamente 
necessário, para melhor entender 
veja o exemplo:
METODOLOGIA CIENTíFICA26
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Veja algumas dicas úteis para a 
elaboração de um esquema, segundo 
hühne (2000): 
  após	a	leitura	do	texto,	
atribuir títulos e subtítulos às 
ideias	identiicadas	no	texto,	
anotando-os às margens;
  colocar esses itens no papel 
como uma sequência ordenada 
por números (1, 1.1, 1.2, 2, 
etc.) para indicar suas divisões; 
  utilizar símbolos para relacionar 
as ideias esquematizadas, como 
setas para indicar que uma ideia 
leva a outra, sinais de igual para 
indicar semelhança ou cruzes 
para indicar oposição, etc.;
  é igualmente útil utilizar chaves 
ou círculos para agrupar ideias 
semelhantes.
Você pode usar a criatividade para 
a elaboração do esquema, mas 
deve sempre obedecer a uma ordem 
hierárquica para apresentar as parte 
do conteúdo. Veja os exemplos:
Renascimento
Idade Moderna
Europa
Inspirado na cultura 
Greco-Romana
Esquema 1: Idade Média (1453-1789) Renascimento
Fonte: Colégio Rainha da Paz (1999).
Desenvolvimento 
comercial urbano-
burguês e centralização 
do poder
Nova 
mentalidade
homem ideal
Questionador
Estudioso
Renascimento	cientíico Renascimento artístico
Novos métodos:
•	 Pesquisa
•	 Observação
•	 Experiência
•	 Novasteorias
•	 Racionalismo
•	 Otimismo
•	 Busca da verdade
•	 Busca da perfeição
•	 Perspectiva
•	 Naturalismo
•	 Representação da 
realidade
•	 humanismo
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 27
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
Esquema 2: Esquema estrutural e dinâmico
Fonte:	Carneiro	([1999?]).
Exemplos dos mais diversos tipos de esquema estão no livro 
de Salomon (2001, p. 109-113). 
O vocabulário caminha paralelamente ao desempenho da 
leitura; quem pouco lê tem vocabulário reduzido. Assim, 
faça sempre uma leitura atenta e esteja sempre com lápis 
à mão para anotar palavras desconhecidas, consultando no 
dicionário o signiicado e, sempre que tiver oportunidade, 
utilize essas palavras em seus textos para incorporar ao seu 
vocabulário. 
1. Grupo
1.1 Estrutura
1.1.2 Essência
1.2.1 Pré-tarefa
1.2.2 Tarefa
1.2.3 Projeto
1.2 Dinâmica
1.2.1.1 Dependência
1.2.1.2 Luta-Fuga
1.2.1.3 Acasalamento
1.1.2.1 Amor 1.1.2.1.1 Tele
1.1.1.1 Individualidade
1.1.1.2 Díade
1.1.1.3 Grupalidade
1.1.1.4 Serialidade
1.1.1.5 Multidão ou Público
1.1.1 Existência
METODOLOGIA CIENTíFICA28
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
 Autoavaliação 2
Nesta	unidade,	veriicamos	a	importância	da	leitura	e	algumas	técnicas	para	melhor	aproveitar	os	
estudos, facilitando a assimilação, a memorização e o registro das informações. 
Analise	o	texto	a	seguir,	procure	identiicar	a	ideia	principal,	ideias	secundárias	e	as	palavras-chave	do	
texto. 
Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas, administrar é lidar 
com recursos, papéis, coisas, processos. Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente 
de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir ser o líder da 
equipe	e	pode	ser	o	líder	da	equipe	sem	ser	o	chefe.	[...]	Um	bom	líder	precisa	possuir	várias	virtudes,	
entre	elas:	competência	(conhecimento,	habilidades	e	atitude/ação),	ética	(integridade	e	honestidade),	
entusiasmo,	empatia,	autoconiança,	sensibilidade,	humildade,	imparcialidade,	saúde,	autoconhecimento,	
motivação	e	inteligência	acima	da	média.	[...]	É	fundamental	que	goste	de	se	relacionar	com	pessoas,	
que saiba ouvir e que seja observador. Para se tornar um bom líder é preciso procurar estar preparado, 
ser	proativo	e	ser	relexivo.	É	importante	ainda	se	auto-avaliar,	procurar	melhorar	continuamente	e	ter	
entusiasmo e otimismo. (JORDãO, 2004).
Referência:
JORDãO, Sonia. Empreendedorismo e liderança nas empresas. João Pessoa: Portal Administradores 
Negócios	Digitais, 18	mar.	2004.		Disponível	em:	.	Acesso	em:	7		jun.	2008.
Ideia principal
Ideias secundárias
Palavras-chave
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 29
A
 L
E
IT
U
R
A
 E
 A
 P
R
O
D
U
ç
ã
O
 D
E
 T
E
x
TO
S
Nesta unidade, você pôde identiicar as características indispensáveis 
para a realização de uma boa leitura. Atente para elas quando desenvolver 
uma leitura e para melhor entender os textos. 
Na próxima unidade, vamos conhecer as normas utilizadas na elaboração 
de citações e referências, de modo que você possa indicar as fontes de 
pesquisas quando da elaboração dos seus trabalhos. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
UNIDADE 3
FORMAS DE ELABORAR 
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
Ao	inal	desta	unidade,	você	deverá	ser	capaz	de:
 CONhECER as normas que norteiam a elaboração de citações e referências;
 ELABORAR a citação de informações extraídas de textos publicados por outros autores;
 ELABORAR a referência dos conteúdos citados no decorrer de um texto.
A	im	de	atingir	os	objetivos	propostos	nesta	unidade,	o	conteúdo	está	dividido	em	seções:	
30
SEÇÃO 1
Elaboração de 
citações
SEÇÃO 4
Outras normas para 
indicação de autoria nas 
referências
SEÇÃO 2
Norma geral para 
indicação de autores nas 
citações
SEÇÃO 3
Formas de 
apresentação das 
referências
PARA INíCIO DE ESTUDO
Para	a	elaboração	de	trabalhos	cientíicos,	você	precisa	consultar	na	
literatura	informações	sobre	o	seu	tema	de	estudo,	a	im	de	proporcionar	
cientiicidade	ao	texto.	Nessa	etapa,	segundo	Lückmann,	Rover	e	Vargas	
(2009, p. 53), é fundamental fazer citações e a referência da literatura 
utilizadas na pesquisa, de acordo com a Associação Brasileira de Normas 
Técnicas	(ABNT),	órgão	que	normatiza,	entre	outros	documentos,	a	
realização	de	trabalhos	cientíicos.		
Nesta	unidade,	vamos	identiicar	as	diferentes	formas	de	se	fazer	uma	
citação e de referenciar corretamente os autores que foram citados na 
elaboração	de	um	trabalho	cientíico.	Para	facilitar	a	sua	compreensão,	
utilizamos exemplos ilustrativos.
Então, vamos à primeira seção sobre elaboração de citações?!
SEÇÃO 1 ELABORAÇÃO DE CITAÇÕES
Conforme a NBR 10520, as 
citações são informações 
extraídas de textos publicados 
por autores da área investigada 
e que são utilizadas como fonte 
de referência (ASSOCIAçãO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2002). Citações bem escolhidas 
enriquecem o trabalho. 
Outro aspecto muito importante 
para o registro das leituras é que 
todo conteúdo copiado ou baseado 
em algum texto ou informação 
de outro autor deverá referenciar 
obrigatoriamente a fonte, 
respeitando-se, dessa forma, os 
direitos autorais; caso contrário, 
caracteriza-se o plágio. 
há duas formas de se fazer citação: 
direta ou indireta; em casos 
eventuais, pode ocorrer uma citação 
de citação. 
Citação direta 
CITAÇÃO DIRETA CURTA
AS CITAçõES DIRETAS, também 
chamadas de literais, textuais 
ou de transcrição, são aquelas 
que transcrevem exatamente 
as palavras do autor. Em alguns 
casos, você pode suprimir palavras 
ou trechos do texto citado. Você 
vai utilizar uma citação direta 
quando for absolutamente essencial 
transcrever as palavras do autor. 
As citações diretas podem ser 
curtas ou longas.
Compreende trechos de até três 
linhas, mantendo-se exatamente as 
palavras do autor. A citação direta 
curta é usada no corpo do trabalho, 
apresentada entre aspas duplas. 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 31
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
 
Plagiar 
signiica	assinar	
ou apresentar como 
sua obra artística ou 
cientíica	de	outrem.	
(FERREIRA, 2004).
CITAÇÃO DIRETA LONGA
Se a citação apresentar mais de 
três linhas, chamamos de citação 
direta longa. Da mesma forma 
que nas citações diretas curtas, 
você deverá manter exatamente as 
palavras do autor. A citação direta 
longa deve ser destacada com 
recuo de 4 cm a partir da margem 
esquerda, com letra menor que a 
utilizada no texto, sem aspas, com 
espaço simples entrelinhas.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Compreende a menção de um trecho 
de documento já citado em outra 
obra à qual não tivemos acesso 
e que tomamos conhecimento 
apenas por citação de outro autor. 
Deve ser usada somente na total 
impossibilidade de acesso ao 
documento original. 
Nesse caso, a autoria deve ser 
referenciada pelo sobrenome do 
autor original e, na sequência, 
entre parênteses, ano e página em 
que o autor original escreveu (se 
houver), seguida da expressão latina 
apud	(que	signiica	citado	por)	para	
indicar a obra da qual foi retirada 
a citação, depois o sobrenome do 
autor que fez a citação, em CAIxA-
ALTA, ano e página do documento 
do qual retiramos a citação. 
METODOLOGIA CIENTíFICA32
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
A escolha do tema da pesquisa é fundamental, conforme Azevedo (2004, 
p. 41), “O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do 
assunto (tema, objeto, problema) a ser investigado.”
Para explicar a importância do meio ambiente ao se referir sobre o custo 
social na produção do agrocombustível, cita-se o seguinte trecho de 
Valero (2008):
Os impactos ao meio ambiente estão sendo ignorados 
pelos	 que	 defendem	 a	 substituição	 do	 petróleo	 pelo	
álcool combustível como medida para reduzir o 
aquecimento global. Um dosprocessos de produção mais 
comuns é a queima da palha do canavial, para facilitar o 
corte manual e aumentar a produtividade do cortador de 
cana. Essa prática reduz custos de transporte e aumenta 
a	eiciência	das	moendas	nas	usinas. 
Com aspas
no início Com aspas
ao	inal
Sem aspasLetra menor
Recuo 4cm
Espaço 
entrelinhas 
simples
Sem aspas
CITAÇÕES DIRETAS COM OMISSÃO DE PALAVRAS
Algumas palavras podem ser 
omitidas sem a necessidade de se 
modiicar	o	sentido	da	citação.	
Essas palavras podem ser suprimidas 
no	início,	meio	ou	inal	do	texto	
e devem ser substituídas por 
reticências	entre	colchetes	[...]	Essa	
situação pode ocorrer tanto em 
citações diretas curtas quanto em 
citações diretas longas. 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 33
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Sobre gestão por competências, Brandão e Aquino (2001 apud BITENCOURT; 
BARBOSA, 2004, p. 246) assim se posicionam:
Deve fazer parte das políticas que recaem sobre as 
pessoas e para o sucesso organizacional direcionada 
ao recrutamento, seleção, treinamento, entre outros, 
fazendo parte das competências necessárias para atingir 
os objetivos da organização, lembrando sempre que 
devem estar alinhadas à estratégia organizacional.
Para explicar o surgimento da propriedade privada, recorre-se ao 
seguinte trecho:
[...]	 os	 avanços	 recentes	 em	 clonagem	 reprodutiva	
permitem quatro conclusões importantes: 1) a maioria 
dos clones morre no início da gestação; 2) os animais 
clonados têm defeitos e anormalidades semelhantes, 
independentemente da célula doadora ou da espécie; 3) 
essas anormalidades provavelmente ocorrem por falhas 
na	reprogramação	do	genoma;	4)	a	eiciência	da	clonagem	
depende do estágio de diferenciação da célula doadora. 
(hOChEDLINGER; JAENISCh, 2003 apud ZATZ, 2004). 
Autores e ano do 
texto original
Indicação de uma 
citação de citação
Autores e ano de 
onde foi referida a 
citação
Também podemos citar a autoria 
após	o	texto,	indicando	sobrenome	
dos dois autores (do texto original 
e do que citado) em CAIxA-ALTA, 
entre parênteses, com as demais 
informações. 
Observe que, no caso de citação de citação, na lista de 
referências, você deve mencionar somente a obra consultada, 
apontando o autor da obra citada, e não o autor original da 
citação. 
METODOLOGIA CIENTíFICA34
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Descrevendo	sobre	o	proissional	que	o	mundo	moderno	exige	para	atuar	
no mercado de trabalho, Moura e Silva (2003, p. 5) colocam que ele deve 
“[...] ter iniciativa, ética, visão de futuro, habilidade de negociação, 
agilidade, segurança para resolver os problemas que surgem, capacidade 
de	aprender	a	lidar	com	mudanças,	lexibilidade.”
O líder exerce papel fundamental na organização:
O papel do líder é ser útil. Ele está constantemente 
procurando formas de ajudar todos os funcionários a 
se realizar no trabalho ou como indivíduos. Parte disso 
é	 o	 esforço	 do	 líder	 para	 identiicar	 e	 remover	 fatores	
desmotivadores sistematicamente [...] Outra parte é 
encorajar as pessoas a colocar em prática o melhor do 
que são capazes. (RAO, 2009, p. 80).
A	importância	do	estudo	da	ilosoia	no	ensino	médio	para	que	o	jovem	
se sinta mais seguro sobre o que fazer em sua vida é a temática que 
Surdi	(2006,	p.	224)	chama	a	sociedade	para	reletir:
O jovem está numa situação de desconforto em função 
das decisões que precisam ser tomadas, pois não é mais 
criança e nem mesmo um adulto maduro. Essas decisões 
implicam em responsabilidade e no exercício da liberdade 
e que serão cruciais na sua existência [...]
Citação com omissão 
no início do texto
Citação com omissão 
no meio do texto
Citação com omissão 
no	inal	do	texto
é aconselhável apresentar uma citação direta, curta ou 
longa, em uma mesma página; você não deve dispor uma 
mesma citação em páginas diferentes. Caso isso aconteça, 
deixe um espaço em branco e apresente a citação inteira na 
página seguinte. 
 
Agora que já conhecemos o tipo de citação direta, vamos 
conhecer outro tipo de citação: a citação indireta.
Citação indireta 
A CITAçãO INDIRETA é também 
chamada de paráfrase ou sintética. 
Deve ser usada no corpo do trabalho 
de maneira corrente, sem o uso de 
aspas; deve-se indicar o autor da 
mesma forma que na citação direta. 
Quando	izer	parte	do	texto,	deverá	
constar o sobrenome do autor, com 
primeira letra maiúscula e, entre 
parênteses, o ano da publicação e 
a(s) página(s) pesquisada(s).
CITAÇÃO INDIRETA DE DIVERSOS DOCUMENTOS DE MESMA AUTORIA 
PUBLICADOS EM ANOS DIFERENTES
Nesse caso, se mencionados 
simultaneamente no trabalho, têm 
seus respectivos anos separados 
por vírgula e colocados em ordem 
cronológica.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 35
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Conforme Ferreira Filho, Nunomura e Tsukamoto (2006, p. 28), a ginástica 
brasileira vem conquistando títulos expressivos no meio internacional, 
igualando-se aos melhores países do mundo. Assim, a Ginástica Artística 
destaca-se na mídia, mas muitas pessoas questionam se o fato da estatura 
baixa estaria relacionado aos treinamentos da modalidade das ginastas. 
Sobre uma pessoa que viveu muitos anos sem nunca ter o privilégio de 
ser	 letrada,	pode-se	dizer	que	 sua	contribuição	de	 forma	cientíica	não	
houve.	Parece	que	a	 identiicação	e	a	valorização	do	homem	não	estão	
vinculadas à questão da experiência, mas sim à relação da conquista de 
títulos (BOAVENTURA, 2004, p. 785).
Observe a 
indicação dos autores
Quando o sobrenome do autor for 
mencionado	após	a	citação	indireta,	
deverá	icar	entre	parênteses,	em	
CAIxA-ALTA, seguido do ano e 
número da(s) página(s).
Obs.: quanto ao número da(s) 
página(s), essa informação é 
facultativa. 
As citações indiretas resultam 
da análise e interpretação das 
leituras que você faz; à medida 
que ler mais, poderá fazer citações 
de diversos documentos que 
expressam as mesmas ideias da 
temática pesquisada. Nesses 
casos, veriique a seguir como 
apresentar as citações.
 
É opcional 
apresentar o número 
da página nas citações 
indiretas, mas é aconselhável 
mencioná-las para facilitar a 
localização da fonte original e 
também para publicação de 
artigos	em	periódicos	que	
fazem essa exigência.
CITAÇÕES INDIRETAS DE VÁRIOS AUTORES
Quando forem citados vários 
autores na formulação de uma 
citação indireta, estes devem ser 
mencionados simultaneamente 
nos trabalhos, separando-se o 
sobrenome do autor por ponto e 
vírgula, em ordem alfabética e, 
após,	o	ano	de	publicação.
SEÇÃO 2 NORMA GERAL PARA INDICAÇÃO 
DE AUTORES NAS CITAÇÕES
Agora você vai conhecer 
mais algumas normas para 
situações que poderão 
acontecer no decorrer da 
construção de uma citação para 
um	texto	cientíico.
METODOLOGIA CIENTíFICA36
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
A Administração de Recursos humanos consiste no planejamento, na 
organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de 
técnicas	 capazes	 de	 promover	 o	 desenvolvimento	 eiciente	 do	 pessoal	
e	da	própria	organização.	Ao	mesmo	 tempo	que	o	 indivíduo	alcança	os	
objetivos individuais, mantém-se na organização, trabalhando e dando o 
máximo de si, com uma atitude positiva e favorável (ChIAVENATO, 1999, 
2003, 2005). 
A Administração de Recursos humanos (ARh) representa todas aquelas 
coisas muito pequenas e muito numerosas que frustram ou impacientam, 
ou que alegram e satisfazem, mas que levam as pessoas a desejarem 
permanecer	na	organização.	E	mais,	cuida	da	vida	proissional,	do	ambiente	
empresarial o qual proporciona mais qualidade de vida ao empregado; é 
uma equipe comprometida com os objetivos da empresa (ChIAVENATO, 
2000; GIL, 2001; TOLEDO, 1992). 
Agora que você já conhece a classiicação das citações: 
citação direta curta, citação direta longa, citação de citação, 
citação com omissão de palavras e citação indireta, vamos 
conhecer a normatizaçãogeral para a indicação dos autores 
nas citações.
Você percebeu que existe diferença na 
maneira de apontar o autor no momento de 
fazer a citação? 
INDICAÇÃO DO AUTOR NO TEXTO
INDICAÇÃO DO AUTOR ENTRE PARÊNTESES
Nesse caso, iniciamos a transcrição 
com o sobrenome do autor ou 
autores (até três autores), com a 
primeira letra maiúscula e demais 
minúsculas e, na sequência, entre 
parênteses, ano da publicação e 
página. 
Mencionamos o SOBRENOME do(s) 
autor(es), entre parênteses, em 
CAIxA-ALTA, isto é, com todas as 
letras MAIÚSCULAS, separado(s) 
por ponto-e-vírgula, quando houver 
mais de um autor, ano e página.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 37
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
A indicação de autores nas 
citações (direta ou indireta), 
independentemente do tipo de 
documentação consultada para a 
pesquisa	(livro,	periódico,	material	
da internet, entre outros), pode 
ser apresentada de duas formas: no 
decorrer	ou	ao	inal	da	citação.
Ao se referirem às apresentações em seminário, Lakatos e Marconi (2001, p. 
35) apontam que “Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, 
discussão	e	debate;	sua	inalidade	é	pesquisar	e	ensinar	a	pesquisar.”
“Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão 
e	 debate;	 sua	 inalidade	 é	 pesquisar	 e	 ensinar	 a	 pesquisar.”	 (LAKATOS; 
MARCONI, 2001, p. 35). 
Observe a 
indicação do(s) autor(es)
Observe a 
indicação do(s) autor(es)
Observe que você determina, de acordo com o texto, se vai 
indicar o autor no decorrer ou ao inal da citação, mas deve 
seguir a norma. é importante destacar que, de modo geral, 
a apresentação da citação independe do tipo de obra, com 
exceção das citações de apostilas e de material avulso. 
 
Agora que você já sabe como indicar o(s) autor(es) em uma 
citação, vamos veriicar alguns exemplos de quando houver 
citações de textos sem autor, com um autor, com dois 
autores, com três autores e com mais de três autores.
METODOLOGIA CIENTíFICA38
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
CITAÇÃO SEM AUTOR
Nas citações sem autor ou 
responsabilidade,	a	identiicação	é	
feita pela primeira palavra do título 
seguida de reticências, da data 
de publicação do documento e da 
página. 
No texto:
“Cada vez mais, empresas e pessoas percebem que o verdadeiro valor 
de	um	produto	está	no	que	ele	pode	promover	à	sociedade.”	(VALOR..., 
2005, p. 5). 
No texto:
A	 prática	 empresarial	 tem	 demonstrado	 que	 a	 eicácia	
do poder pessoal transcende, e muito, o poder 
organizacional. O primeiro depende das habilidades 
e capacidades humanas inerentes à pessoa do líder. 
Enquanto que o segundo, independente do ocupante 
da função gerencial, é determinado pela estrutura 
hierárquica da empresa. Eventualmente, qualquer pessoa 
que vá ocupá-lo já encontra. (UMA NOVA...,	[2009?]).	
Na referência:
VALOR Brasil: marca de responsabilidade social. FAE Business, Curitiba: 
Unifae,	 	n.	13,	p.	5-6,	nov.	2005.	Disponível	em:	.	 	 Acesso	
em: 16 fev. 2010.
Na referência:
UMA NOVA liderança em busca de excelência. Rio de Janeiro: Educação 
Empresarial.	[2009?].	Disponível	em:	.	Acesso	em:	24	dez.	2009.	
Se o título iniciar por artigo ou 
monossílabo, este deve ser incluído 
na indicação da fonte.
CITAÇÃO COM UM AUTOR
Sobrenome do autor, apenas com 
primeira letra maiúscula e, entre 
parênteses, ano e página. 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 39
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
Ao dar início a sua vida universitária, o estudante precisa 
começar a formar sua biblioteca pessoal, adquirindo 
paulatinamente, mas de maneira sistemática, os livros 
fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. 
[...]	 O	 estudante	 precisa	 munir-se	 de	 textos	 básicos	
para	 o	 estudo	 de	 sua	 área	 especíica,	 tais	 como	 um	
dicionário,	um	texto	introdutório,	um	texto	de	história,	
algum possível tratado mais amplo, algumas revistas 
especializadas,	 todas	 obras	 especíicas	 à	 sua	 área	 de	
estudos	e	áreas	ains.	
Quando se fala de consumo de produtos de origem animal, há uma 
exigência do consumidor, cada vez maior, no controle da qualidade desses 
produtos, é o que indicam Silva e Nääs (2006). Os métodos manuais de 
controle existentes, aplicáveis à produção animal, começam a se mostrar 
ineicientes	para	garantir	percentual	crescente	dessa	qualidade,	pois	essa	
garantia	 somente	pode	 ser	 efetiva	 se	houver	 rastreamento	coniável	do	
animal desde o seu nascimento até o abate. 
Ao dar início à sua vida universitária, o estudante precisa 
começar a formar sua biblioteca pessoal, adquirindo 
paulatinamente, mas de maneira sistemática, os livros 
fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. 
[...]	 O	 estudante	 precisa	 munir-se	 de	 textos	 básicos	
para	 o	 estudo	 de	 sua	 área	 especíica,	 tais	 como	 um	
dicionário,	um	texto	introdutório,	um	texto	de	história,	
algum possível tratado mais amplo, algumas revistas 
especializadas,	 todas	 obras	 especíicas	 à	 sua	 área	 de	
estudos	e	áreas	ains.	(SEVERINO, 2006, p. 24-25). 
Também podemos indicar a 
referência, entre parênteses, com o 
sobrenome do autor em CAIxA-ALTA, 
ano e página.
CITAÇÃO COM DOIS AUTORES
Quando dois autores fazem parte do 
texto, escrevemos os sobrenomes 
dos autores com a primeira letra 
maiúscula, separados pela conjunção 
“e”	entre	eles,	o	ano	e	página	entre	
parênteses. 
Considerando que, na formação 
universitária, o aluno necessita 
fundamentalmente de um bom 
embasamento	teórico	para	
a realização das atividades 
práticas,	de	laboratório	ou	de	
campo, Severino (2006, p. 24-25) 
recomenda:
Você percebeu que essa é uma citação indireta? Lembra que 
comentamos anteriormente que as regras são as mesmas para 
a indicação de autores, tanto direta quanto indireta? Outra 
observação é que, nessa citação, não consta a página; você 
sabe por quê? Essa é uma citação de um artigo publicado na 
internet; logo, indicamos apenas autor e ano. 
METODOLOGIA CIENTíFICA40
M
E
TO
D
O
L
O
G
IA
 C
IE
N
T
íF
IC
A
Observe que, caso os autores sejam 
mencionados	após	a	citação,	você	
deve citar os sobrenomes dos dois 
autores em CAIxA-ALTA, separados 
por ponto e vírgula, ano e página. 
“As sementes de Esenbeckia grandilora apresentam tricomas pluricelulares no 
óvulo,	são	classiicadas	como	mesotestal,	com	ausência	do	tégmem,	ausência	
de	endosperma	e	tipo	de	reserva	lipo-protéica”	(SILVA; PAOLI, 2006, p. 7). 
De acordo com Bastos, Souza e	Costas	(2006),	“[...]	o	fator	humano	passa	
a desempenhar papel fundamental para a aquisição das competências 
organizacionais	capazes	de	agregar	valor	a	seus	produto/serviços.”
“[...]	 o	 fator	 humano	 passa	 a	 desempenhar	 papel	 fundamental	 para	 a	
aquisição das competências organizacionais capazes de agregar valor a 
seus	produto/serviços.”	(BASTOS; SOUZA; COSTA, 2006).
CITAÇÃO COM TRÊS AUTORES
CITAÇÃO COM MAIS DE TRÊS AUTORES
Como parte do texto, indicamos 
os sobrenomes dos autores com 
a primeira letra maiúscula, 
separados por vírgula do primeiro 
para o segundo e com a conjunção 
“e”	(minúscula)	deste	para	o	
terceiro autor, ano e página entre 
parênteses.
Indicamos o sobrenome do primeiro 
autor seguido da expressão et al., 
ano e página.
Entre parênteses, escrevemos os 
sobrenomes dos autores em CAIxA-
ALTA, separados por ponto e vírgula, 
ano e página (se houver). 
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 41
FO
R
M
A
S
 D
E
 E
L
A
B
O
R
A
R
 C
IT
A
ç
õ
E
S
 E
 R
E
FE
R
ê
N
C
IA
S
A comunicação em redes é a nova tendência na educação; é o que apontam 
harasim et al. (2005, p. 221): “As redes de aprendizagem proporcionam 
uma rica oportunidade de intercâmbio de informações e ideias, em que 
todos	os	alunos	podem	participar	ativamente.”

Mais conteúdos dessa disciplina