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1 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PEDAGOGIA ALESBELL ALVES CAMPELLO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ORIENTAÇÃO E PRÁTICAS EM PROJETOS NA INFÂNCIA 3º SEMESTRE Porto Velho/RO 2020 2 ALESBELL ALVES CAMPELLO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ORIENTAÇÃO E PRÁTICAS EM PROJETOS NA INFÂNCIA Relatório de Estágio apresentado à Universidade Paulista, como requisito obrigatório para cumprimento da disciplina Estágio Supervisionado Obrigatório. Monitor do Estágio: Maria Corrêa da Silva Porto Velho/RO 2020 3 ALESBELL ALVES CAMPELLO FICHA DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO Universidade Paulista - UNIP Curso de Pedagogia Carga Horária: 100 horas Área do estágio realizado: (x) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental ( ) Supervisão Escolar e/ou Orientação Educacional ( ) Gestão da Educação em Ambiente Escolar ( ) Gestão da Educação em Ambiente Não Escolar Parecer do professor: Certifico que o (a) aluno (a) Alesbell Alves Campello, cumpriu às _____ horas de estágio supervisionado obrigatório tendo obtido a nota final do relatório de estágio supervisionado ______________. Porto Velho, 29 de maio de 2020. Assinatura Professora de Estágio UNIP 4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................................05 2. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DOCENTE .......................................10 3. A ESCOLA COMO ESPAÇO DE PRENDIZAGEM...............................................................12 4. INTERAÇÃO APRENDIZAGEM............................................................................................13 5. O PLANEJAMENTO E AS ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL............................................................................................................................................. 13 6. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL..............................................15 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................16 8. BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................17 5 APRESENTAÇÃO O acadêmico de pedagogia em sua maioria, por falta de esclarecimento chega a questionar a relevância do estágio supervisionado. Por outro lado, no transcorrer do curso, com o acréscimo de novas de disciplinas, percebe a necessidade da prática para ratificar o conhecimento adquirido, apesar da aprendizagem dos novos docentes demonstrarem fraqueza na sua formação. Do mesmo modo Ferreira (2016) acredita na existência da fragilidade na formação dos novos docentes. A partir de 2000 a situação se inverteu, hoje um ou outro tem alguma experiência em sala de aula, a grande maioria nunca entrou em sala de aula e muitos nem têm ideia do que vem a ser um Pedagogo quando iniciam o curso. [...]. Os primeiros dias desses estagiários são muito chocantes. Eles se apavoram com as dificuldades encontradas e denunciam isso aqui na universidade (FERREIRA, 2016). Do ponto de vista dos grandes especialistas da área da pedagogia, através das suas teorias, demostram por intermédio das disciplinas existente no curso que existe a necessidade da preparação do docente no tocante ao conhecimento dessas teorias, no qual vai favorecer o desempenho do acadêmico quanto profissional no seu dia a dia. A referida prática, possui características que na realidade são demonstradas na rotina do docente de educação infantil, também existe a necessidade de esclarecer que, o estágio é um processo de aprendizagem e de preparação para enfrentar os desafios da carreira no qual está abraçando. Em outras palavras, o estágio supervisionado contribui para o acadêmico, no que se refere ao relacionamento teoria aprendida no decorrer do curso e a prática do ensinar ao aluno no seu dia a dia, além de possibilitar o conhecimento no espaço educativo, onde estará entrando em contato com a realidade social e cultural da sala de aula. Dessa forma, o relacionamento do contato com a prática, contribuirá ao acadêmico de pedagogia, a oportunidade de auto analisar, em relação a profissão escolhida, uma vez que a profissão de docente requer amor ao seu semelhante e compreensão da diversidade. Ao passo que, o docente deve ter sempre em mente ao abraçar essa profissão a consciência que, através da educação terá a responsabilidade de transformar e desenvolver aquele no qual está ensinando num contexto pessoal e social e para isso necessita da entrega de corpo e alma para buscar o comprometimento do aluno com seu desenvolvimento e sua aprendizagem pessoal. 1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO – ALUNO UNIP NOME COMPLETO: Alesbell Alves Campello MATRÍCULA: UP 19107310 (X) 3° PERÍODO ( ) 4° PERÍODO ( ) 5° PERÍODO ( ) 6° PERÍODO CARGA HORÁRIA: 100 HORAS 6 ETAPA/MODALIDADE QUE O ALUNO/UNIP IRÁ ESTAGIAR: (X) EDUCAÇÃO INFANTIL ( ) ENSINO FUNDAMENTAL ( ) GESTÃO ESCOLAR ( ) SUPERVISÃO ESCOLAR E/OU ORIENTAÇÃO ESCOLAR A disciplina “Orientação e práticas em projetos na infância” vem para contribuir com o desenvolvimento teórico do novo docente em conciliação ao estágio supervisionado para complementar o dia a dia do novo profissional, ou seja, o estágio é a prática demonstrando a convivência num ambiente escolar e o que acontece no decorrer das atividades laboral na rotina da educação infantil. O que deve evidenciar ao estagiário, não é a busca do defeito segundo seu entendimento em relação ao docente que abre um espaço para o desenvolvimento do futuro docente, ou seja, o estagiário, deve observar e auto avaliar como pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento do discente em relação a sua aprendizagem. Possivelmente, durante o período que o acadêmico de pedagogia estiver em campo para conhecer a pratica, alguns erros diários possam ocorrer e a análise que deve realizar em suas observações não são os acontecimentos negativos com o docente da área da educação infantil, mas sim, buscar não repetir os erros ocorridos quanto for docente, se for o acaso, buscar aprender métodos que venha solucionar caso semelhante se ocorrer em sua vida quanto profissional. Recomenda-se que, o estagiário não deve esquecer, de manter uma ética profissional, afinal o estagiário poderá estar no lugar daquele docente no qual está contribuindo para seu crescimento quanto profissional da área da educação infantil e que tudo nesta vida necessita de um tempo para se adaptar à novas mudanças. Diante de toda essa novidade para um provável docente da educação infantil, deve ter consciência que, o mundo infantil tem evoluído e a vida de uma criança começa neste período, ficando sobre a responsabilidade do docente o desenvolvimento pleno desta criança. Além de educar também deve cuidar, esse é o papel do docente junto a criança. É fundamental que o estagiário tenha em mente que estará dando com seres humanos, mesmo que pequenos, pois deve ter a preocupação nos aspectos físicos, sociais, afetivos, além do educativo, acrescenta-se também o desenvolvimento da criança que, é um processo continuo e de crescimento a base das ações daquele que estiver ensinando. A história nos revela que, a Ciência, Psicologia, Filosofia, Sociologia e a Educação contribui para compreender o sentido do que é infância, possibilitando a transformação da sociedade e 7 da família e de como evolui o desenvolvimento e aprendizagem da criança na educação infantil até a vida adulta (BRASIL, 2018). Sobre a infância o texto do caderno de orientação pedagógica (2018), nos faz entender que no início da industrialização no Brasil, houve a necessidadeda criação de creche, sendo essas assistencialista, com proposito de afastar as crianças pequena da exploração do trabalho. Na atualidade a criança é vista como um sujeito histórico e de direitos, é preciso ter suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais atendidas (BRASIL, 2018). Gasbarro (2007) menciona que, tanto a criança quanto a família precisam de assistência para adaptar no ambiente escolar, uma vez que se torna dolorosa a separação. De acordo com a visão do psicólogo Carvalho (2017) todos que são envolvidos no processo da adaptação da criança na escola tem sua parcela negativa. [...] os papéis entre os pais e os responsáveis das escolas se distanciam devido às disparidades que cada representante tem de suas funções. Os educadores e profissionais das escolas procuram se distanciar das problemáticas relacionadas ao campo da família, por sua vez, as famílias poucos participam das decisões inerentes às situações da criança dentro do campo escolar, às vezes, por discórdias ou inadimplências. Acrescenta-se também Gasbarro (2007) quando diz que, a mãe se sente culpada em separar da sua criança no primeiro dia e para John Bowlby, essa situação é uma questão cultural e histórica, que atribuem as dificuldades de adaptação das crianças à maneira como à família conduz esse processo, o professor sabe exatamente o que deve ser feito, então porque não ajudar a família invés de condenar? Ainda, Gasbarro (2007) continua relatando que, diversos especialistas do ramo da educação infantil compartilham do mesmo ponto de vista no que se refere a adaptação da criação no ambiente da escola, a título de sugestão, a autora diz que, a mãe ou responsável deva permanecer na escola e próximo a sala de aula num ponto visível aos olhos da criança, para que aos poucos a pessoa responsável vá se afastando gradativamente até quando não for mais necessária a sua presença, com isso evitará o choro que é inevitável e o pior, saindo às escondidas criará um sentimento de abandono e desespero na criança. Mesmo que a despedida seja dolorosa para ambos, o melhor caminho é a clareza na despedida que mesmo assim será saudável e necessária. 8 Mesmo que, a habilidade do professor não seja clínica, mas sim, habilidade como ajudar e lidar com a ansiedade da família e partilhar decisões e ações com ela para melhor da criança e desta forma a família tem no profissional – professor, a confiança e buscará sempre ajuda quando se tratar de assunto relacionado ao seu filho no âmbito escolar. Antes de relatar o papel principal do professor Gasbarro (2007) afirma que na adaptação da criança à escola, existe outros procedimentos facilitador que pode contribuir com o processo da adaptação da criança na escola que é, a entrevista com a família antes de iniciar as aulas, com isso pode conhecer características particular da família e consequentemente pode estabelecer ajuda e uma relação de confiança e mantendo a integração dos dois polos, família da criança e a instituição de ensino. Gasbarro citado por Oliveira (2010), descreve que: Um passo inicial de trabalho integrado pode ser dado no período de adaptação e acolhimento aos novatos. Compete ao professor organizar-se para colher a criança e sua família na creche ou pré-escola de modo que diminua a insegurança e a ansiedade familiares nesses momentos, as quais influem na criança prejudicando sua inserção na instituição (GASBARRO apud OLIVEIRA,2010). Gasbarro (2007) expõe que, se a criança ao chegar no ambiente escolar e deparar com um professor acolhedor, um ambiente aconchegante, essa impressão que a criança tiver será guardada por um longo período e irá facilitar positivamente no bem-estar da criança, sendo o contrário irá afetar negativamente essa criança. Outrossim, Gasbarro (2007) faz menção a outro ponto fundamental que, o professor deve ter a preocupação com o planejamento. Os primeiros dias da criança na instituição no que tange a adequação do ambiente, deve ter em mente o bem-estar físico e emocional da criança. Desta forma, o professor deve perceber que a educação infantil não tem caráter assistencialista, mais sim, um papel social de cuidar e educar. O planejamento deve acompanhar as mudanças, por isso o professor deve fazer o seguinte questionamento: para quem, o quê, como, porquê? A resposta pode definir a intensão do trabalho do profissional e essas práticas efetiva uma relação social da criança bem pequena que vem estabelecer com o professor e outras crianças, onde afetará a construção de suas identidades (GASBARRO, 2007). 9 Para melhor compreensão, o planejamento é uma ferramenta importante para demonstrar a intencionalidade do professor da educação infantil, é necessário saber escolher o melhor tipo de planejamento para construir o conhecimento e a aprendizagem da criança (GASBARRA apud OSTETTO, 2010). Ostetto (2010) continua relatando que, o grande problema que incomoda o profissional da educação infantil está na faixa etária com os bebês, para solucionar essa questão alguns professores utilizam e acreditam que o brincar com a criança, tipo contar história remete ao desenvolvimento da capacidade infantil de conhecer o mundo e a si mesmo. Logo, em se tratando do desenvolvimento da criança da educação infantil, torna-se mais proveitosa para aprendizagem quando são elaboradas questões simples e significativa do dia a dia, isso contribui para participação das crianças pequenas e do seu desenvolvimento. Estudiosos da área infantil como Leontiev (1988) e Piaget (1987) evidência a relevância do brincar infantis para o desenvolvimento motor, cognitivo, social e moral das crianças, fato comprovado através da contribuição da pedagogia e da psicologia. O profissional da educação infantil tem que ter a sensibilidade de perceber o potencial que as crianças têm, sempre deixando expressar e revelar o que elas são e do que necessitam, isso significa um planejamento flexível, o que não pode acontecer é uma postura rígida como acontece na maioria das instituições de educação infantil, ainda na atualidade. A preocupação do docente que trabalha na educação infantil é como lidar com as crianças no dia a dia, sabendo que a prática educativa é complexa e no cotidiano da escola apresenta diversas questões que envolve todo contexto do ambiente escolar. Na educação infantil, o que precisa praticar é a questão do educar e cuidar, isso significa dizer que, o educar é necessário incorporar de maneira integrada a função de educar e cuidar, valorizando a capacidade da criança e compreendendo como ajudar a se desenvolver como ser humano. Quanto ao papel do docente, deve ser criativo, ser paciente, ter disponibilidade para brincar com os alunos, exercitar o olhar e a escuta infantil e reconhecer quando a educação é um ato de amor, de construção, de exploração e de busca de novas descobertas. Outra qualidade que o docente deve possuir é a afetividade, ajudar a desenvolver o potencial de cada aluno, considerando suas possibilidades e limitações, sendo sempre um docente mediador, 10 ou seja, posicionar entre o ensino e a aprendizagem, não dar resposta prontas, mais sim, estimular o aluno a buscar a resposta. A interação é outro ponto fundamental entre docente e aluno na educação infantil, está disposto a compreender o mundo da criança considerando o conhecimento já existente na criança, observar através dos erros da criança, mostrando o acerto. Outra questão relevante é nunca ignorar e desrespeitar a opinião da criança. É fundamental criar situações através das brincadeiras, onde desafia a criança em seu estimulo e potencialidade, o docente tem que utilizar sempre a brincadeira como ação pedagógica, afinal a brincadeira representa aprendizagem, esse é o papel do docente, ou seja, favorecer experiência que venha ajudar a criança a desenvolversuas capacidades cognitiva, ou seja, capacidade de atenção, de memória, de raciocínio, entre outras. O docente não deve só buscar a arte de ensinar, mais também a arte de educar as crianças. Outro aspecto importante e crucial para o docente da educação infantil é aprender como avaliar uma criança em todas as suas ações para poder passar de fase em sua vida escolar, por certo, formas suaves e caminhos que favoreça sempre a aprendizagem. Soma-se a isso, ao papel do docente da educação infantil que deve contribuir com a criança para passar de fase, devendo ser preparada, ou seja, para sair do mundo de fantasia para a realidade, como a educação básica preparatória para o crescimento como cidadão, isso é a função do docente nesta fase da criança, saber compreender cada passo para o progresso e organização, dando novos procedimentos para crescimento da criança. 2. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DOCENTE Em conformidade com Gonçalves e outros (2010) o profissional da área de educação para progredir na carreia com excelência, precisa passar pelo estágio supervisionado, onde terá a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender característica da profissão, conhecer rotina à medida que vá tendo contato com as tarefas do estágio, garantir aprendizagem da teoria até então estudada e terá uma nova visão, colocando em prática o que aprendeu e aquilo que ainda não foi exposto teoricamente. Da mesma forma, Gonçalves e outros (2010) salienta que: 11 No caso da formação do professor, a educação formal ancora-se no ensino dos sistemas explicativos das ciências, da filosofia, da jurisprudência e das técnicas relativas à docência, apresentados na forma de saberes disciplinares sistematizados. A vivencia de situações de trabalho, por sua vez, implica a inserção do estudante na dinâmica da escola e o exercício do papel de professor (GONÇALVES, 2010). Além disso, o artigo 1º da Lei nº 11.788/2008, reconhece o estágio supervisionado como ferramenta de obrigação em todas esferas da educação e incluindo o ensino superior. Art. 1º - Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (BRASIL, 2008). Por outro lado a trajetória do estudante teórico para o prático, proporciona ao profissional da educação infantil no exercício da sua função adquirir a experiência necessária para desenvolver verdadeiramente as atribuições de um docente no estágio supervisionado. A sociedade consciente dos direitos ao conhecimento exige a formação do docente com qualidade (AGUIAR, 2019). Em resumo, a autora Gasbarro (2007, p.13) assegura que o aluno no estágio supervisionado desenvolva as seguintes modalidades. Observação: análise, leitura do contexto geral da instituição, desde o espaço físico até as atitudes dos professores; Participação: vivência, envolvimento com atividades que estejam em desenvolvimento, sob o comando do professor; Regência: desenvolvimento de situações de aprendizagem, atividades, brincadeiras sob sua própria orientação, com a supervisão do professor da escola. Certamente, o estágio supervisionado realizado pelo acadêmico tem como finalidade pôr em prática seus conhecimentos e competências, para proporcionar experiências e prepara-lo para desenvolver suas atividades inerente a sua profissão - docente. Logo, o estagiário deve buscar sistematizar o que aprendeu, relacionando teoria e prática, não objetivando criticar os acontecimentos negativos dentro de cada situação vivenciada na sala de aula, mais buscar aprender com os erros observados para que não venha cometê-lo no ato do seu desenvolvimento quanto docente. 12 3. A ESCOLA COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM Na educação infantil um dos aspectos mais relevante é a sala de aula, sendo que a dimensão determina a acomodação dos materiais, a iluminação e a ventilação do espaço físico. Numa creche e pré-escolas o ambiente físico e os arranjos, têm sido apontados como setores que requerem especial atenção e planejamento (BRASIL, 2016). Além disso, o espaço físico da escola é muito mais do que uma simples construção arquitetônica, é um ambiente que, por sua organização, percebe-se o clima que se instaura dentro do grupo. Se estiver rigidamente ordenado, com mesas e cadeias infantis dispostas em simetria, pode-se notar que as crianças interagem muito pouco. Brasil Escola (2011) ressalta que: “[...] a escola não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva. A escola poderá desempenhar o papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sacio”. Inclusive, todo ambiente, é um espaço organizado que espera determinados resultados. A criança é capaz de construir seus conhecimentos e o professor ser o mediador. Para assumir esses entendimentos é preciso dar a ela espaço no espaço, permitir que tenha acesso aos materiais para utilizá-los com autonomia, promover a oportunidade de escolher o que quiser fazer, de tomar iniciativas em relação as suas atividades, de produzir e ser, de fato, construtora de sua aprendizagem. Por conseguinte, Lopes e outros citado por Gandini (1999), afirma que o espaço para a criança deverá estar organizado de acordo com a faixa etária, propondo desafios cognitivos e motores que farão avançar no desenvolvimento de sua potencialidade, que vai refletir na sua cultura e nas camadas distintas dessa influência cultural. Dessa maneira, Lopes (2006) confirma que o espaço da sala de aula é importante para realizar o trabalho com as crianças, a forma como os materiais estão organizados, a qualidade e a adequação são elementos essenciais para um projeto educativo, tarefas imprescindíveis, tendo como caráter pedagógico. Consequentemente Gasbarro citado por Edwards (1999) descreve que, o espaço e o arranjo da sala de aula contribuem para chamar a atenção da criança no que tange ao ambiente e ao estímulo. 13 Mediante o exposto, a questão do espaço na sala de aula é compartilhada pelos docentes da educação infantil, uma vez que o ambiente espaçoso, além de poder misturar crianças de idades diferentes para compartilhar a aprendizagem uma com as outras. 4. INTERAÇÃO APRENDIZAGEM Para a criança a base principal é a família, e também é a primeira a estabelecer contato de interação no meio social, sendo sua primeira escola e a sustentação da solidificação da personalidade. A história nos relata que, o comportamento familiar há muitos anos atrás demonstrava a não existência de uma convivência, mas com passar dos tempos essa mudança contribuiu para comprovar a família presente, a criança aprende a conviver com o meio social, onde cria a sua identidade como ser humano (CAMARGO, 2011). Kaloustian (1988, p.22), ressalta que a família favorece a cultura existente. A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais (BRASIL ESCOLA, 2020). A secretaria de educação de Venda Nova Imigrante do Estado de Espirito Santos (2016) menciona que, as crianças para desenvolversuas competências, a organização do espaço e material da sala de aula deve ser acessível, de forma que possam manuseá-los, além de constituir num espaço privilegiado, pois é nela que acontece grande parte da interação (BRASIL, 2016). Lopes (2006) ratifica que: “É importante considerar que o modo de organizar os materiais e colocá-los em locais “convidativos e acolhedores” no espaço da sala de aula promove o chamamento das crianças para a interação, motivando a iniciativa delas nas ações que se desenvolvem na sala de aula”. 5. O PLANEJAMENTO E AS ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 14 A Secretaria de Educação Continuada (2010), descreve que, para planejar é necessário conhecer a criança, sua potencialidade, sua limitação, sua realidade de onde vive e seus conhecimentos prévios. A finalidade do planejamento, tem como reflexo o trabalho de qualidade do professor que visa ampliar a aprendizagem da criança. É preciso conhecer a comunidade, seus problemas mais candentes, como ela se organiza, o que faz para superar suas dificuldades, quais seus momentos coletivos, de festividade e confraternização. É preciso conhecer as crianças com quem se irá trabalhar, o ambiente social e familiar em que vivem, e conhecê-la também em suas particularidades e singularidades (BRASIL, 2010). A elaboração de um planejamento depende da visão do mundo, de criança, de educação de e processo educativo [...], apresenta alguns tipos de planejamentos e os mais utilizados nas escolas de educação infantil (GASBARRO apud OSTETTO, 2010). Em primeiro lugar Gasbarro citado por Ostetto (2010) faz menção ao planejamento baseado em listagem de atividades, ou seja, diversas listas de atividades, cujo objetivo é manter as crianças ocupadas durante todo período na escola sem se preocupar com o desenvolvimento e aprendizagem. Outrossim, menciona o planejamento fundamentado nas datas comemorativas que, em se tratando da implicação pedagógica torna-se tediosa na medida que é cumprida ano após ano, sendo que não amplia o repertório cultural da criança. Incluindo também, o planejamento baseado em aspectos do desenvolvimento, cuja suas principais características é iniciar o crescimento da criança em seus aspectos físicos, cognitivos e afetivo-sociais (GASBARRO apud OSTETTO, 2010). Além disso, Gasbarro citado por Ostetto (2010) cita o planejamento em temas, cuja a preocupação é com o interesse da criança, colocando em foco as necessidades e as perguntas. Ainda, cita o planejamento em conteúdos por áreas de conhecimento, neste planejamento a preocupação estar com aprendizagem da criança oferecendo ensino para as series iniciais do ensino fundamental. Ainda, a Secretaria municipal da educação e cultura da cidade de Otacílio Costa (2020) diz que é fundamental o docente levar em consideração os interesses, as necessidades e o tempo dispensado da criança para alcançar o objetivo traçado do desenvolvimento da criança. 15 O planejamento educativo deve ser assumido no cotidiano como um processo de reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico. Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para e com o grupo de crianças. Planejamento pedagógico é atitude crítica do professor diante de seu trabalho docente (BRASIL, 2020). 6. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Em conformidade com o parecer CNE/CEB nº 20/2009, o currículo na educação infantil tem sido um campo de controvérsias e de diferentes visões de criança, de família e de funções da creche e da pré-escola. No Brasil nem sempre foi aceita a ideia de haver um currículo para a educação infantil, termo em geral associado à escolarização tal como vivida no ensino fundamental e médio, sendo preferidas as expressões projeto pedagógico ou proposta pedagógica. Nesta mesma linha de raciocínio a definição de projeto ou proposta pedagógica, é um plano de ações que irá orientar e definir metas para o desenvolvimento das crianças (BRASIL, 2009). Nesse sentido, Abuchaim (p.12, 2012) afirma que as crianças não têm estímulos para sua aprendizagem. O currículo na educação infantil vem sofrendo o impacto desses dois modelos conservadores, tanto o que leva a uma prática assistencial e higienista, na qual a criança recebe poucos estímulos para a sua aprendizagem e há uma preocupação apenas com o suprimento de necessidades básicas (sono, alimentação, higiene, segurança), quanto ao que leva a uma prática de escolarização precoce, baseada em um modelo de escola, no qual a aprendizagem é imposta e não construída junto às crianças (ABUCHAIM, 2012). De acordo com Gasbarro citado por Edwards (1999) o sistema utilizado por Reggio Emília, no qual tem diversas escolas onde se tornaram referência para trabalhar com projeto da educação infantil. Sob nosso ponto de vista, o trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a extrair um sentido mais profundo e completo da eventos e fenômenos de seu próprio ambiente e de experiência que mereçam sua atenção. Os projetos oferecem a parte do currículo na qual as crianças são encorajadas a tomarem suas próprias decisões e a fazerem suas próprias escolhas, geralmente em cooperação com seus colegas, sobre o trabalho a ser realizado (EDWARDS, 1999 P.38). 16 Abuchaim (2012) acrescenta que a educação infantil partindo de suposição que as crianças pequenas necessitam de cuidados e de oportunidades de aprendizagem de acordo com suas vontades e necessidades, valorizando seus conhecimentos prévios e a situação socioeconômicos e cultural de onde convivem. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS É inegável que o estágio supervisionado é uma relação da teoria estudada com a pratica vivenciada. Embora, na atual circunstância não nos permitir, vivenciar a pratica, devido essa pandemia que aflige a humanidade. E em decorrência da situação narrada acima, o relatório supervisionado da educação infantil, teve que ser realizado de forma totalmente teórica, isso não significa que, a aprendizagem não seja efetiva, pelo contrário, a condição nos estimula a buscar um segundo plano para desenvolver a pratica de forma diferenciada. Com o proposito, de adquirir o diferencial, trabalhar no mundo da imaginação, a psicologia, menciona que a imaginação pode ser trabalhada em forma de imagens registradas nas experiências vivenciada na vida, tendo o início na memória, reproduzindo o que é vivido em formas de imagens e à medida que a imagem deixa de surgir se modifica e a imaginação se expressa, através das leituras se projeta imagens no qual o registro se torna um espelho da sala de aula presencial. Inegavelmente viver cada momento lido nos textos, remete como estivesse na presença das crianças em sua rotina numa sala de aula, desenvolvendo e aprendendo como fosse a realidade presencial. Uma vez que, a abordagem teórica na sala de aula da instituição, se torna diferente de uma sala de aula de crianças, quando vivenciada, o texto lido subsidia a imaginar como estivesse vivendo o real com as crianças no seu dia a dia. Assim, registrar através da imaginação, possibilita trabalhar à transformação do cidadão de forma que essa transformação venha mudar a sociedade, quando for para mundo verdadeiro. O aprendizado através das leituras realizadas, não é suficiente, mais o profissional da área da 17 educação, quando escolher abraçar essa profissão deve buscar vivenciar esse momento na prática para ter um diferencial. Em virtude da não realização do estágio supervisionado, isso não significa que o novo docente terá desvantagens em relação aqueles que tiveram oportunidade de realizá-lo. Além do mais, oportunidadede se especializar e qualificar dependerá exclusivamente de cada profissional. Logo, o diferencial que o mercado de trabalho exige do profissional que, seja de excelência para executar suas atribuições depende de cada um individualmente. Apesar da necessidade do estágio supervisionado, no qual possibilitaria uma compreensão melhor do ambiente escolar em sua sucessão dos dias e que na atualidade não seja possível, o que resta é procurar fundamentação no campo teórica proporcionando viajar na asa da imaginação para se aproximar da realidade e também aproveitar o conhecimento dos profissionais da educação qualificado e com experiência. Desta forma, o melhor caminho para enriquecer o conhecimento da prática é perseguir junto ao mercado de trabalho estágio, como forma de ampliar a experiência em sala de aula, caso queira se tornar um grande profissional da área da educação e em especial na educação infantil. 8. BIBLIOGRAFIA ABUCHAIM. Beatriz de Oliveira. Currículo, planejamento pedagógico e cotidiano na pré- escola: Do prescrito-planejado ao experenciado –vivido. Doutorado em educação: currículo Pontifícia universidade católica de São Paulo Puc-SP: São Paulo.2012. ALMEIDA, Siderly do Carmo Dahle de Conhecimento e Educação. Almeida, Siderly do Carmo Dahle de; Caetano, Camilla Barreto Rodrigues Cochia; lazilha, Fabrício Ricardo; Silva, Ludhiana Ethel kendrick Matos (orgs.). Esumar. Maringá/PR, 2016. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Caderno de orientações pedagógicas para formação de educadoras e educadores / – BRASIL. LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6nº da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. 25 set.2008. 18 CAMARGO. Itamar Xavier de. Brasil Escola. Interação Entre Escola e Família no Processo de Ensino e Aprendizagem da Criança. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/interacao-entre-escola-familia-no- processoensino-aprendizagem.htm. 2011. Acesso em: 04 mai.2020. AGUIAR. Alves de Paula [et al.] (Org). Estágio Supervisionado na Formação Docente: Experiências e Práticas do IFSC-SJ: Publicação do IFSC, Florianópolis/PR. 2019. GASBARRO, Ana Lucia Marques. Orientação e Prática em Projetos na infância. Editora Sol. Apostila da UNIP – Universidade Paulista. São Paulo/SP.2007. FERREIRA. Adir Luiz. (Org). Natal: EDUFRN, 324 p. Modo de acesso: . Rio Grande do Norte/RN.2016. Os espaços escolares como ambientes de aprendizagem. Prefeitura municipal, secretaria de educação. Nova do Imigrante, 2016. PEREIRA, Lauro do Nascimento - Pedagogo, especialista em docência do ensino superior e gestão pelo Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu (ISESJT).A importância da interação da família e escola - Brasil Escola – Disponível em: . Acesso em: 04 mai. 2020. GONÇALVES. Adair Vieira; PINHEIRO. Alexandra Santos; FERRO. Maria Eduarda. Estágio Supervisionado e Práticas Educativas: Diálogos interdisciplinares. Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Araguaína, Araguaína/TO. 27 de junho de 2010. PIRES. Karina Rizek; MENDES. Roseana Pereira; FARIAS. Vitoria Líbia Barreto de. (org.) Livro de estudo: Módulo III – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, Brasília. 2006. Assessoria de Imprensa da Unoeste. Interação Entre Escola e Família no Processo de Ensino e Aprendizagem da Criança. Brasil Escola – Disponível em: . Acesso em: 04 mai. 2020. Adair Vieira Gonçalves https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/interacao-entre-escola-familia-no-processoensino-aprendizagem.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/interacao-entre-escola-familia-no-processoensino-aprendizagem.htm https://repositorio.ufrn.br/jspui https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-interacao-familia-escola.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-interacao-familia-escola.htm