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DIREITO PENAL - CARREIRAS POLICIAIS 
RESUMOS
ILUSTRADOS
MARCELOMAPAS
Gostaria de te parabenizar por adquirir esse
material. O nosso material é feito com muita
dedicação para te ajudar a alcançar os seus objetivos
nos estudos. Espero que você goste! 
Olá, tudo bom? 
Esse material destina-se exclusivamente a exibição
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pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. 
Entretanto, acreditamos que você
é uma pessoa de bem e que
jamais faria uma coisa dessas.
Agradecemos a sua compreensão
e desejamos um ótimo estudo. 
Resumosmapasdireito
Marcelo.mapaseresumos@gmail.com
Homicídio .............................................................................................................................................................................04
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação.....................................................................08
Infanticídio............................................................................................................................................................................09
Aborto....................................................................................................................................................................................10
Das Lesões Corporais ......................................................................................................................................................13
Dos crimes Contra a Honra ............................................................................................................................................17
Constrangimento Ilegal....................................................................................................................................................21
Ameaça..................................................................................................................................................................................22
Crime de Perseguição ou “Stalking”............................................................................................................................23
Crime de Violência psicológica contra a mulher......................................................................................................25
Contágio................................................................................................................................................................................26
Sequestro e Cárcere Privado.........................................................................................................................................26
Redução de Condição análoga à de Escravidão......................................................................................................28
Inviolabilidade de Domicílio.............................................................................................................................................28
Furto ......................................................................................................................................................................................30
Roubo ....................................................................................................................................................................................35
Extorsão................................................................................................................................................................................37
Estelionato...........................................................................................................................................................................40
Peculato................................................................................................................................................................................40
Excesso de Exação............................................................................................................................................................41
Estupro..................................................................................................................................................................................41
Escusas Absolutórias.......................................................................................................................................................42
Corrupção Ativa..................................................................................................................................................................42
Corrupção Passiva.............................................................................................................................................................42
Prevaricação........................................................................................................................................................................43
Concussão............................................................................................................................................................................43
SUMÁRIO 
Se doloso, será o
tribunal do júri. 
COMPETÊNCIA
É o dolo (direto ou eventual), consciente
vontade de realizar o tipo penal.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
HOMICÍDIO
QUANDO SE INICIA A VIDA
EXTRAUTERINA?
O crime de homicídio tem
como limite mínimo o
começo do nascimento,
marcado pelo início das
contrações expulsivas.
Produz resultado naturalístico, ou seja, se
consuma com a morte da vítima 
CRIME MATERIAL
ELEMENTO SUBJETIVO
HOMICÍDIO SIMPLES
Art. 121. Matar
alguém: Pena –
reclusão, de 6 (seis) a
20 (vinte) anos.
CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA
§ 1º Se o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir
a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).
HOMICÍDIO
SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO
AUTOR- Crime
comum,
praticado por
qualquer pessoa.
VÍTIMA - SER
HUMANO VIVO.
Diminuição de pena ou homicídio
privilegiado - DE 1/6 a 1/3
RELEVANTE VALOR SOCIAL 
Diz respeito aos
interesses de toda uma
coletividade, logo, o
motivo deve ser nobre
e altruístico. Ex.:
Indignação contra um
traidor da pátria
RELEVANTE VALOR MORAL
De interesse pessoal, atrelado aos
sentimentos de piedade, misericórdia e
compaixão. Ex.: Apressar a morte de
paciente desenganado pela medicina. 
SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO
Aqui o sujeito ativo, logo em seguida a
injusta provocação da vítima, reage, de
imediato, sob intenso choque emocional,
capaz de anular sua capacidade de
autocontrole durante o cometimento do
crime.
Ex.: O agente está no caixa de uma loja
aguardando para efetuar o pagamento
quando o vendedor chega o acusando
injustamente de furto, o agente perde
totalmente o controle de suas
emoções e acaba matando o vendedor.
4
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
HOMICÍDIO HOMICÍDIO
Homicídio Qualificado - Reclusão de
12 a 30 anos
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - Mediante paga ou
promessa de recompensa
ou por outro motivo torpe
(qualificadora subjetiva)
Motivo torpe - quando a
razão do delito for vil,
ignóbil, repugnante, abjeta.
Ex.: O matador profissional que
mata para receber recompensa
II - por outro motivo fútil (qualificadora
subjetiva)
Motivo fútil - quando
há real desproporção
entre o delito e sua
causa moral. A pessoa
mata por bobeira,
coisa insignificante.
Ex.: O agente mata a
vítima por ela não ter
lhe dado R$ 2,00
quando lhe foi
solicitado.
III - com emprego de (qualificadora objetiva):
Veneno; Fogo; Tortura; Meio
Cruel; Explosivo; Asfixia; Perigo
comum; Meio insidioso; 
Este inciso qualifica o homicídio cruel,de 16 a 24 anos (sem multa);
Resultado morte: reclusão, de 24 a 30
anos (sem multa).
38
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim
de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou
preço do resgate: Pena - reclusão, de 8
(oito) a 15 (quinze) anos.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
EXTORSÃO EXTORSÃO 
Extorsão mediante restrição da liberdade
da vítima - SEQUESTRO RELÂMPAGO
REQUISITOS:
A vítima deve ter a sua
liberdade de locomoção
CERCEADA POR CERTO
TEMPO, durante o qual
fica submetida ao poder
do agente.
A restrição da liberdade deve ser
usada como FORMA DE COMPELIR A
VÍTIMA A SATISFAZER A PRETENSÃO
DO AGENTE: o pagamento de resgate
a ser efetivado pela própria vítima.
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 
ATENÇÃO: TRATA-SE DE CRIME HEDIONDO
Como identificar A EXTORSÃO
mediante sequestro?
O especial fim de agir é essencial
para a identificação deste tipo penal,
que não tem outra finalidade especial
a não ser o cerceamento do direito
ambular da vítima.
Como identificar A EXTORSÃO
mediante sequestro?
Além disto, a vantagem obtida pelo
agente é prestada por 3º pessoa, diversa
daquela que tem sua liberdade cerceada.
BEM JURÍDICO TUTELADO:
Crime pluriofensivo:
protege o patrimônio, a
liberdade individual, além
da integridade física.
SUJEITOS DO CRIME:
Sujeito ativo e passivo: crime comum.
Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo
– quando o prejuízo patrimonial recai sobre
ela.
CRIME PERMANENTE -
Sua consumação se inicia
quando ocorre a privação
da liberdade da vítima,
perdurando durante todo
o tempo de cerceamento.
CRIME FORMAL - não se
exige que o agente
alcance a vantagem
pretendida, basta agir
com tal intenção.
CRIME PLURISSUBSISTENTE –
admite tentativa. Enquanto não
houver submissão da vítima ao poder
do agente, será apenas tentativa.
39
CONTRA IDOSO - Aplica-se a pena
em dobro se o crime for cometido
contra idoso.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
ESTELIONATO DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
EXTORSÃO 
SEQUESTRO QUALIFICADO 
Se o sequestro dura +
de 24 horas;
Contra menor de 18
ou maior de 60 anos; 
Praticado por bando ou
quadrilha (três ou mais
pessoas); PENA DE 12
a 20 anos de Reclusão 
Se do fato resulta lesão de natureza
grave - PENA DE 16 a 24 anos de
Reclusão; Se resulta a morte: PENA
DE 24 a 30 anos de Reclusão 
DELAÇÃO PREMIADA
§ 4 º - Se o crime é cometido em
concurso, o concorrente que o
denunciar à autoridade, facilitando a
libertação do sequestrado, terá sua
pena reduzida de um a dois terços. 
EXTORSÃO INDIRETA
Art. 160 - Exigir ou
receber, como garantia de
dívida, abusando da
situação de alguém,
documento que pode dar
causa a procedimento
criminal contra a vítima
ou contra terceiro: 
Pena - reclusão, de 1 (um)
a 3 (três) anos, e multa.
Art. 171. Obter, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento.
EMITIR CHEQUES 
SEM PROVISÃO 
FUNDOS 
FRUSTAR 
PAGAMENTO
STF: Se o individuo emite cheque com a
certeza de inexistência de fundos, não há
de se falar em ilícitos Criminal. SÚMULA
246 
PECULATO
Art. 312- Apropriar-se o funcionário
público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou
particular, de quem tem a posse em
razão do cargo, ou desviá-ló, em
proveito próprio ou alheio. 
PALAVRAS-CHAVE 
DINHEIRO;
VALOR;
QUALQUER OUTRO
BEM MÓVEL, PÚBLICO
OU PARTICULAR. 
 - APROPRIAR-SE DE:
40
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
EXCESSO DE EXAÇÃOPECULATO
FURTO
O agente tem posse e detenção do bem, se
vale DA FACULDADE que lhe proporciona a
qualidade de funcionário público para
realizar a subtração 
APROPRIAÇÃO 
O agente tem a posse
do bem e comporta-se
como se dono fosse.
SUJEITO ATIVO - Somente o funcionário
público e as pessoas a ele equiparadas.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
Reparação do dano deve ser feita antes do
trânsito em julgado da sentença criminal. 
NÃO EXCLUI A SANÇÃO
ADMINISTRATIVA. Caso não seja
feita a reparação de início e somente
POSTERIORMENTE, haverá a
redução da pena pela metade. 
CULPOSO - O funcionário
concorre culposamente.
DESVIO - Peculato
próprio - O agente tem a
posse e lhe dá destino
diverso. 
O particular que contribuiu, ou concorre
para que seja praticado essa prática
defeituosa, também responderá pelo
peculato, pois as circunstâncias de
caráter pessoal não se comunica, salvo
elementares do crime 
Art. 316 - Exigir o funcionário tributo
ou contribuição social que sabe ou
deveria saber indevido, ou quando,
emprega na cobrança meio vexatório
ou gravoso, que a lei não autoriza.
EXIGÊNCIA INDEVIDA 
Quando não há
autorização legal;
Valor já quitado;
Quantia que excede a
prevista em lei.
COBRANÇA VEXATÓRIA OU GRAVOSA
NÃO AUTORIZADA EM LEI
A contribuição é devida. O meio gravoso ou
vexatório não está na lei.
CONSUMAÇÃO: Ocorre quando com o
emprego do meio vexatório ou gravoso/
cobrança ou exigência feita. 
TENTATIVA - Admite-se 
ESTUPRO 
Art. 213. Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele
se pratique outro ato libidinoso: Pena -
reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
ATIVOS QUEM PRATICA O ATO;
PASSIVO QUEM SOFRE O
CONSTRANGIMENTO.
41
Vantagem indevida a funcionário.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
CORRUPÇÃO ATIVAESTUPRO 
CONSUMAÇÃO - Consuma-se com ato de
libertinagem. 
QUALIFICADORAS
Resulta lesão corporal grave ou gravíssima.
Vítima é menor de 18
anos ou maior de 14
anos - Pena de 8 a 12
anos de Reclusão.
Resulta em morte -
Pena de 12 a 30 anos
de reclusão. 
EXCUSAS ABSOLUTÓRIAS 
IMUNIDADES
ABSOLUTAS - ART.181, CP
Com isenção de penas;
Do cônjuge, na constância da
sociedade conjugal;
De ascendente ou descendentes, seja
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.
RELATIVAS - ART.182, CP
Somente mediante
representante;
Do cônjuge
desquitado ou
judicialmente
separado;
De irmão, legítimo
ou ilegítimo;
De tio ou sobrinho,
com quem o agente
coabita. 
Art. 333 - Oferecer ou prometer
vantagem indevida a funcionário
público, para determina-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício. 
PALAVRAS-CHAVE 
OFERECER;
PROMETER;
TENTATIVA - Sim, admite-se a tentativa.
Acontece quando o funcionário
retarda ou omite o ato de ofício, ou
pratica ato que inflige seu dever
funcional. Aumento 1/3 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Art.317 - Solicitar ou receber, para si
ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, em
razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem. 
PALAVRAS-CHAVE
SOLICITAR 
RECEBER
CLASSIFICAÇÃO 
IMPRÓPRIO - É a prática de ato legítimo,
lícito e justo.
PRÓPRIO - O funcionário
público deixa de praticar
ou pratica ato de ofício
para beneficiar alguém. 
42
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
CONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVA 
CONSUMAÇÃO - Ocorre o ato de solicitar,
receber ou aceitar a promessa de
vantagem indevida. 
AUMENTO 1/3
Retarda ou deixa de
praticar ato de ofício
que lhe competia
desempenhar ou
termina praticando. 
PREVARICAÇÃO 
Art.319 - Retardar ou deixar de
praticar, indevidamente, ato de ofício,
ou praticá-lo contra disposição
expressa da lei para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal. 
PALAVRAS-CHAVE 
Retardar; 
Deixar de praticar;
Praticar.
Ato de ofício para satisfazer INTERESSE ou
SENTIMENTO PESSOAL
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Quando o ato for acordado
anteriormente entre o funcionário
PÚBLICO E PARTICULAR; 
Art. 316 - Exigir, para si ou para
outrem direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes
de assumi-lá, mas em razão dela,
vantagem indevida. 
PALAVRAS-CHAVE 
A última cede as exigências ante o
temor de represálias. 
Exigir;
Ordenar;
reivindicar;
Impor. 
PENA - De 2 a 12 anos de reclusão, e multa. 
CONSUMAÇÃO 
Admite-se quando há
mera exigência da
vantagem indevida.
43que aumenta inutilmente o
sofrimento da vítima, ou que possa
resultar perigo comum, capaz de atingir
número indeterminado de pessoas.
IV -
À traição (qualificadora subjetiva);
Dissimulação; (qualificadora Objetiva)
Emboscada;
Recurso que Dificulte ou;
torne impossível a defesa da vítima.
Ex.: Atirar na
vítima pelas costas
ou durante o sono.
V- Para assegurar : (Qualificadora
subjetiva) 
de outro
crime
A Execução; A ocultação;
A Impunidade; Vantagem
FEMINICÍDIO
VI - Contra a mulher por razões da condição
de sexo feminino. (qualificadora objetiva)
O feminicídio, é uma
violência de gênero, é a
morte de mulher em
razão da condição do
sexo feminino.
O art. 121, § 2º-A, do CP foi acrescentado
para esclarecer quando a morte da mulher
deve ser considerada em razão da
condição do sexo feminino:
Violência doméstica
e familiar;
menosprezo ou
discriminação à
condição de mulher.
5
Órgãos de segurança
pública: polícia federal,
polícia rodoviária
federal, polícia
ferroviária federal,
polícias civis, polícias
militares e corpos de
bombeiros militares,
guardas civis e agentes
de trânsito (art. 144).
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
HOMICÍDIO HOMICÍDIO
A Lei 13.104/15 acrescentou o art. 121,
§ 7º, do CP, o qual prevê um AUMENTO
DE PENA QUE ELEVA DE 1/3 (um terço)
até a 1/2 (metade) a pena do
FEMINICÍDIO se o crime for praticado:
Durante gestação;
Até três meses após
o parto;
Contra maior de 60
anos;
Contra pessoa com
deficiência ou que
tenha doenças
degenerativas que
acarretem
vulnerabilidade física
ou mental;
Na presença física ou virtual de
descendentes ou ascendentes da
vítima;
Em descumprimento da medida
protetiva (Incisos I, II e III, do art. 22 da
lei 11.340/2006). 
HOMICÍDIO FUNCIONAL
(QUALIFICADORA SUBJETIVA):
Contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição:
Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica
(art. 142). 
HOMICÍDIO FUNCIONAL
(QUALIFICADORA SUBJETIVA):
Integrantes do sistema prisional: Diretor
da penitenciária, agentes penitenciários,
guardas, e etc;
Integrantes da Força Nacional de
Segurança Pública: polícia da União.
Contra cônjuge,
companheiro ou
parente
consanguíneo até
3º grau de algum
dos agentes acima
mencionados.
No homicídio funcional não se aplica: 
Membros do judiciário e seus servidores;
Polícia legislativa da câmara dos
deputados; ex-autoridades ou ex-agentes;
Membros do ministério público e seus
servidores. 
VIII - Com emprego de arma de fogo de
uso restrito ou proibido (qualificadora
objetiva).
IMPORTANTE:
A Lei nº 14.344/2022 (Lei
Henry do Borel) inseriu
uma nova qualificadora do
crime de homicídio:
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30
(trinta) anos. Além desta qualificadora,
foram inseridas duas causas de aumento
de pena. 
6
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
HOMICÍDIO HOMICÍDIO
DOIS TERÇOS
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor
de 14 (quatorze) anos é aumentada de: 
I - 1/3 (um terço) até
a metade se a vítima é
pessoa com
deficiência ou com
doença que implique o
aumento de sua
vulnerabilidade;
II - 2/3 (dois terços) se o autor é
ascendente, padrasto ou madrasta,
tio, irmão, cônjuge, companheiro,
tutor, curador, preceptor ou
empregador da vítima ou por qualquer
outro título tiver autoridade sobre ela. 
ATENÇÃO
Dentro das qualificadoras, existe a
classificação entre
qualificadoras objetivas (que
dizem respeito ao meio de
execução e ao modo de execução)
e as qualificadoras subjetivas (
que se liga a motivação do crime). 
Sendo a qualificadora do
homicídio classificada
como objetiva, há a
possibilidade de
aplicação em conjunto
com outra
qualificadora de
natureza subjetiva, ou
mesmo cumulação com
alguma hipótese de
homicídio privilegiado.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Nos delitos dolosos,
aumenta a pena do
homicídio (simples,
privilegiado ou qualificado)
quando praticado:
Contra pessoa menor de
14(quatorze) anos;
Contra pessoa maior de 60
(sessenta) anos.
AUMENTO DE 1/3 (UM TERÇO)
Nos delitos dolosos, aumenta a pena do
homicídio (simples, privilegiado ou
qualificado) quando praticado:
Por milícia privada,
sob o pretexto de
prestação de serviço
de segurança. Ex.:
pessoas armadas que
matam pra devolver a
paz de sociedades
carentes.
Por grupo de
extermínio. Ex.: grupo
de justiceiros que
matam marginais;
AUMENTO DE 1/3 (UM TERÇO) ATÉ
1/2 (METADE)
Diz-se culposo o homicídio quando o
agente, com manifesta imprudência,
negligência ou imperícia, deixa de
empregar a atenção ou diligência de que
era capaz, provocando, com sua
conduta, a morte de alguém.
7
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
HOMICÍDIO
AUMENTO DE 1/3 (UM TERÇO) ATÉ
1/2 (METADE)
Se a morte foi prevista
- culpa consciente;
Se a morte foi
previsível - culpa
inconsciente.
Causas de aumento de pena no homicídio
culposo - Aumento de 1/3 (UM TERÇO)
Omissão de socorro; 
Inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício;
Não procurar diminuir as
consequências do comportamento;
Se o agente foge para evitar a prisão
em flagrante.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A
OU AUXÍLIO SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO 
Art. 122 - Induzir ou instigar
alguém a suicidar-se ou a
praticar automutilação ou
prestar-lhe auxílio material
para que o faça: Pena -
reclusão, de 6 (seis) meses a
2 (dois) anos.
SUJEITO ATIVO:
Crime comum -
pode ser cometido
por qualquer
pessoa, e admite-
se o concurso de
pessoas.
SUJEITO PASSIVO:
Apenas pessoa
capaz pode ser
sujeito passivo -
maiores de 14
anos.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A
OU AUXÍLIO SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO 
AÇÃO PENAL: Sempre será Ação penal
pública incondicionada.
VOLUNTARIEDADE: Somente é punido
o dolo, não se admite a figura culposa.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:
Crime formal - Não
exige o resultado
naturalístico, o mero
induzimento, instigação
ou auxílio já consumam
o crime. Admite a
tentativa. 
ATENÇÃO:
O suicídio e a automutilação não são
puníveis, uma vez que a lesividade não
ultrapassa a esfera individual.
A conduta do agente, tanto
no induzimento, instigação e
auxílio à automutilação,
quanto ao suicídio, DEVE ser
dirigida a uma ou mais
pessoas DETERMINADAS,
ainda que o crime tenha
ocorrido por meio eletrônico.
Ex.: ideias suicidas em
espetáculos, obras
literárias endereçadas ao
público em geral, não
configuram este crime,
serão atípicas. 
8
Auxílio ao
suicídio ou á
automutilação: 
Auxiliar é participar
materialmente, é
dar o meio para o
suicídio.
A conduta é realizada por meio da
rede de computadores, de rede
social ou transmitida em tempo real
(§ 4º do art. 122 do CP);
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A
OU AUXÍLIO SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO 
Induzimento ao suicídio ou á
automutilação: induzir é criar na
mente da vítima o desejo do suicídio,
é criar a ideia, um pensamento até
então inexistente.
Instigação ao
suicídio ou á
automutilação:
Instigar é estimular,
é reforçar uma ideia
preexistente, é
insistir na ideia da
vítima.
QUALIFICADORAS
Prevê o § 1º do art. 122
do CP que: Se da
automutilação ou da
tentativa de suicídio
resultar lesão corporal de
natureza grave ou
gravíssima, a punição será
a reclusão de 1 a 3 anos.
Prevê o § 2º do art. 122 do CP que: Se o
suicídio se consumar ou se da
automutilação resultar morte, a pena será
de reclusão, de 2 a 6 anos.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
A pena é duplicada se (§
3º do art. 122 do CP): 
I - se o crime é praticado
por motivo egoístico, torpe
ou fútil;
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A
OU AUXÍLIO SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO 
A pena é duplicada - § 3º do art. 122 
II – se a vítima é menor
(Menor de 18 anos e
maior que 14 anos) ou
tem diminuída, por
qualquer causa, a
capacidade de resistência.
A pena é aumentada até o dobro se:
Aumenta a pena em metade
Se o agente é líder ou
coordenador de grupo
ou de rede virtual (§ 5º
do art. 122 do CP).
Se o crime de que trata o § 1º resulta
em lesão corporal de natureza
gravíssima e é cometido contra menor
de 14 (quatorze) anos ou contra quem,
por enfermidade ou deficiênciamental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato...
... ou que, por qualquer
outra causa, não pode
oferecer resistência,
responde o agente pelo
crime descrito no § 2º do
art. 129 deste Código
(Pena – reclusão, de dois
a oito anos).
9
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A
OU AUXÍLIO SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO 
Se o crime de que trata o § 2º é cometido
contra menor de 14 (quatorze) anos ou
contra quem não tem o necessário
discernimento para a prática do ato...
... ou que, por qualquer
outra causa, não pode
oferecer resistência,
responde o agente pelo
crime de homicídio, nos
termos do art. 121 do CP
(Pena: reclusão, de seis a
vinte anos).
INFANTICÍDIO 
Art. 123 - Matar, sob a influência do
estado puerperal, o próprio filho, durante
o parto ou logo após: Pena - detenção, de
dois a seis anos.
Crime próprio: somente a mãe, a
parturiente;
A morte pode ser causada de
forma livre, por ação (ex.: morte
por asfixia) ou omissão (ex.: faltar
com a amamentação), por meios
diretos ou indiretos.
Durante o parto ou após o parto
Antes do parto, a morte do feto será
aborto, e se não se verificar, pelo menos,
logo após, será homicídio.
O DELITO SÓ É PUNIDO A TÍTULO DE DOLO, NÃO
PODE SER CRIME CULPOSO.
O CRIME É MATERIAL E A TENTATIVA É ADMITIDA.
DOUTRINA Para alguns doutrinadores, é tido
como homicídio privilegiado.
INFANTICÍDIO 
Concurso de pessoas:
Mãe e terceiro
praticam atos
executórios
conjuntamente:
Ambos coautores
de infanticídio;
Mãe, auxiliada
por terceiro,
pratica atos
executórios: Mãe
- autora e terceiro
- partícipe;
Terceiro, induzido
pela mãe, pratica atos
executórios sozinho:
divergência 
 
→ 1ª corrente: ambos
respondem por
homicídio. 
→ 2ª corrente: ambos
respondem por
infanticídio. 
ABORTO
O aborto é a interrupção da
gravidez, a qual resulta na morte do
feto, embrião ou óvulo.
Qual o momento inicial da gravidez?
Para a doutrina penal
majoritária, a gravidez tem
início com a NIDAÇÃO, que
é a fixação do óvulo
fecundado no útero.
ESPÉCIES DE ABORTO
ABORTO NATURAL:
Interrupção espontânea da
gravidez, não há crime;
ABORTO ACIDENTAL:
Provocado por quedas,
acidentes, traumatismos e
etc. Não há crime;
10
CONSUMAÇÃO: 
 
Crime material; Se consuma
com a morte do feto.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
ABORTO
EXCEÇÃO: No caso de anencefalia o STF
jpa decidiu que pode haver aborto.
ABORTO PERMITIDO: São
os abortos necessário e
sentimental, quando a lei
faculta o seu acontecimento
(art. 128 do CP).
ESPÉCIES DE ABORTO
Necessário: É praticado por médico,
em casos de perigo de morte da
gestante e quando não há outro meio
para salvá-la.
Sentimental: É
praticado por médico,
com o consentimento
da gestante (ou
representante legal)
em casos de estupro.
ABORTO CRIMINOSO: Temos três tipos
penais, que explicaremos mais adiante. 
Espécies de aborto proibitivos
ABORTO EUGÊNICO -
Aborto praticado para
evitar o nascimento de
criança com gravidade de
enfermidade, no caso de
má formação do feto.
ABORTO MISERÁVEL - Realizado para
evitar a condição de miserabilidade da mãe
e da família.
ABORTO "HONORIS
CAUSA" - Realizado para
esconder gravidez.
ABORTO
ABORTOS CRIMINOSOS
Autoaborto e aborto consentido:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma
ou consentir que outrem lhe provoque:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
BEM JURÍDICO TUTELADO: Vida humana
intrauterina;
SUJEITOS DO CRIME:
SUJEITO ATIVO: Crime de
mão própria, realizado
somente pela gestante.
Admite participação, mas
não coautoria.
SUJEITO PASSIVO: O FETO.
VOLUNTARIEDADE: Crime de dolo
necessário, em todas as
modalidades, ou seja, NÃO EXISTE A
MODALIDADE CULPOSA.
ADMITE TENTATIVA
CONDUTAS:
AUTOABORTO: A gestante realiza o aborto
em si mesma (com ou sem auxílio de
terceiro).
ATENÇÃO:
 
 A mãe responderá pelo art. 124,
enquanto o terceiro participante
responderá nas penas do art. 126 do CP.
11
Atenção! Essas causas de aumento
somente se aplicam aos crimes
definidos nos arts. 125 e 126 (“dois
artigos anteriores”). 
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
ABORTO ABORTO
ABORTOS CRIMINOSOS
Autoaborto e aborto consentido:
ABORTO CONSENTIDO: 
A gestante se limita a
consentir que terceira
pessoa realize o aborto, não
pratica nenhum ato
executório. A gestante
responde pelo art. 124.
Métodos contraceptivos - Exercício
regular do direito - Art. 23, CP 
Art. 125 - Provocar aborto, SEM o
consentimento da gestante: Pena –
Reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
SEM consentimento; 
Crime comum - Praticado
por qualquer pessoa;
Dupla subjetividade
passiva: Feto e gestante.
Art. 126 - Provocar aborto, COM o
consentimento da gestante: Pena –
Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
COM consentimento; obs.:
se antes da interrupção da
gravidez a gestante
desistir do intento
criminoso, responderá por
aborto não consentido o
terceiro que insistir em
provocá-lo;
Crime comum - praticado
por qualquer pessoa;
Sujeito passivo: apenas o
Feto.
ATENÇÃO:
O art. 126, parágrafo único, do CP
desconsidera a vontade positiva da
gestante quando menor de 14 anos,
alienada ou débil mental, 
ou se o seu consentimento foi obtido
mediante fraude, grave ameaça ou
violência. 
Nestas hipóteses,
aplica-se ao terceiro
provocador a pena do
art. 125 do CP (reclusão,
de 3 a 10 anos), ficando a
gestante isenta de
sanção penal.
 MAJORADO/AUMENTADO: 
A) Se, em consequência do aborto ou das
manobras abortivas, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave (art. 129, §§ 1º
e 2º, do CP);
B) Se, por qualquer
dessas causas (aborto
ou meios empregados),
lhe sobrevém a morte;
12
Crime de Ação livre:
Admite qualquer meio
executório, desde que
aptos a causar a lesão.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DAS LESÕES CORPORAIS 
A LESÃO PODERÁ SER:
Leve ⇾ Art. 129, caput;
Grave ⇾ Art. 129, §1º;
Gravíssima ⇾ Art. 129, §2º;
Seguida de morte ⇾ Art. 129, §3º;
Culposa ⇾ Art. 129, §6º.
Bem jurídico tutelado:
Integridade corporal;
Saúde fisiológica;
Saúde Mental.
Sujeito ativo:
Crime comum -
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo:
Regra - crime comum
- qualquer pessoa.
Exceções: Art. 129, §1º, IV
Art. 129, §2º, V
Exceções:
Art. 129, §9: pessoa que se enquadre
como ascendente, descendente, irmão,
cônjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido, ou
mantenha relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade com o
agente do ato delituoso.
Art. 129, §12: autoridade
ou agente descrito nos
arts. 142 e 144 da CF, no
exercício das funções ou
em decorrência dela, bem
como seus familiares
descritos no parágrafo.
DAS LESÕES CORPORAIS 
ATENÇÃO! é desnecessário que haja
violência física. A atuação sobre o
psiquismo da vítima pode produzir danos ao
seu funcionamento orgânico ou mental.
O crime pode ser doloso ou culposo.
LESÃO CORPORAL
LEVE: Art. 129 - Ofender
a integridade corporal ou
a saúde de outrem:
Pena: detenção, de três
meses a um ano.
Crime de menor potencial ofensivo;
Admite-se os institutos
despenalizadores;
Ação penal pública condicionada a
representação;
Substituição de pena - §5º do art. 129 -
No caso de lesões leves, o juiz pode
substituir a pena de detenção pela de
multa em duas hipóteses:
I - Se o agente
comete o crime
impelido por motivo
de relevante valor
social ou moral ou
sob o domínio de
violenta emoção;
II - se as lesões são
recíprocas.
13
Debilidade: Diminuição ou
enfraquecimento da capacidade funcional
de membro, sentido ou função da vítima
(se for total, é gravíssima.) 
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DAS LESÕES CORPORAIS DAS LESÕES CORPORAIS 
LESÃO CORPORAL GRAVE:
I- Incapacidade para as ocupações
habituais, por mais de trinta dias:
Ocupações habituais -
Significa qualquer atividade do
dia a dia, desde que seja lícita.
Por se tratar de crime que
deixa vestígios, é
indispensável a realização de
exame de corpo de delito.
II - Perigo de vida:
Lesão que coloque em risco a vida da
vítima; Se trata de crime preterdoloso,
pois caso esse risco seja doloso o crime
será de tentativa de homicídio;
Exemplo de perigo
de vida:
Traumatismocranioencefálico;
III – Debilidade permanente de membro,
sentido ou função:
Membros são os braços,
antebraços e mãos;
coxas, pernas e pés.
IV – Aceleração do parto:
Parto prematuro;
O agente precisa saber da gravidez;
Crime preterdoloso;
Não confundir quando a lesão causa
aborto, pois, nessa hipótese, será
lesão corporal gravíssima.
§ 2º Se resulta: 
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA
I- Incapacidade permanente para o
trabalho:
Aqui a vítima não pode
mais trabalhar;
Diferente do que era
tratado na lesão grave,
está ligado a uma atividade
remunerada.
II - Enfermidade incurável: Não há cura ou
tratamento certo segundo a medicina.
III – Perda ou inutilização
do membro, sentido ou
função: A vítima, neste
caso, perde a função por
inteiro;
Ex.: cegueira dos dois
olhos. A perda de um
braço ou de uma perna
também poderá gerar a
lesão corporal gravíssima;
Diante de órgãos duplos, a lesão deverá
atingir os dois para ser gravíssima.
IV – Deformidade permanente:
Para o STJ, a qualificadora
“deformidade permanente”
do crime de lesão corporal
não é afastada por posterior
cirurgia estética reparadora
que elimine ou minimize a
deformidade na vítima. 
Isso porque, o fato criminoso é
valorado no momento de sua
consumação, não o afetando
providências posteriores (Inf. 562).
14
§3º - Se resulta morte
e as circunstâncias
evidenciam que o
agente não quis o
resultado, nem assumiu
o risco de produzi-lo.
Pena: reclusão, de
quatro a doze anos.
O crime for praticado por milícia
privada, sob pretexto de prestação de
serviço de segurança;
O crime for praticado por grupo de
extermínio.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DAS LESÕES CORPORAIS DAS LESÕES CORPORAIS 
LESÃO CORPORAL COM RESULTADO
MORTE (QUALIFICADORA)
V – Aborto:
Deve ser preterdoloso;
Caso haja dolo
antecedente e
consequente, haverá o
crime de aborto mesmo;
O agente deve saber que
a vítima está grávida.
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA
Também chamada de “homicídio
preterdoloso”.
"Agente não quis o resultado" - A
morte, aqui, é sempre culposa;
crime preterdoloso por excelência;
Não admite tentativa.
LESÃO CORPORAL DOLOSA
PRIVILEGIADA
§4º - Se o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social
(interesses de toda uma coletividade) ou
moral (interesse pessoal) ou sob o
domínio de violenta emoção (sob intenso
choque emocional, capaz de anular sua
capacidade de autocontrole), logo em
seguida a injusta provocação da vítima, o
juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3.
LESÃO CORPORAL DOLOSA
PRIVILEGIADA
MEIOS DE PROVAS 
Corpo de delito;
Testemunhal (Art.167,
CPP);
Art. 158, do CPP
AUMENTO DE PENA NA
Lesão corporal dolosa
(§7º do art. 129) -
Aumenta-se a pena de
1/3, quando:
O crime for praticado contra
menor de 14 anos;
O crime for praticado contra
maior de 60 anos
1.
2.
LESÃO CORPORAL
CULPOSA - §6º - Se a lesão
é culposa: Pena: detenção,
de dois meses a um ano.
Crime de menor potencial ofensivo;
Ação penal pública condicionada a
representação;
Aqui, POUCO IMPORTA o grau da lesão,
se é leve, grave ou gravíssima. Importa
o elemento subjetivo: culpa.
15
PERDÃO JUDICIAL - §8º DO ART. 129.
O perdão judicial é admitido em casos
de lesão corporal culposa, nas
mesmas hipóteses em que se admite
no crime de homicídio culposo.
No §11, temos uma majorante caso a
violência doméstica e familiar ocorra
contra pessoa portadora de deficiência
(aumento de 1/3).
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DAS LESÕES CORPORAIS DAS LESÕES CORPORAIS 
AUMENTO DE PENA NA Lesão
corporal CULPOSA (§8º do art. 129)
- A lesão corporal culposa será
majorada de 1/3, quando:
O crime resultar de inobservância
de regra técnica de profissão, arte
ou ofício;
O agente deixar de prestar
imediato socorro à vítima;
O agente não procura diminuir as
consequências do seu ato;
O agente foge para evitar prisão
em flagrante.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
(ART. 129, §§ 9º, 10, 11)
Embora a Lei Maria da Penha se
direcione à proteção da mulher,
ela alterou os §§9º, 10 e 11 do
artigo 129, que protegem
AMBOS OS SEXOS, desde que
as lesões ocorram no âmbito
familiar ou doméstico
Art. 129, §9º - Se a lesão for praticada
contra ascendente, descendente, irmão,
cônjuge ou companheiro, ou com quem
conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações
domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: Pena - 03 meses a 03 anos.
Este parágrafo trata da LESÃO LEVE
qualificada em razão de violência
doméstica ou familiar. Caso a LESÃO
SEJA GRAVE, GRAVÍSSIMA OU SEGUIDA
DE MORTE, o agente não responderá pelo
§9º, mas sim pelo resultado qualificador,
com a causa de aumento (1/3) do §10º do
art. 129.
Lesão Corporal Contra
Autoridade ou Agente
de Segurança Pública:
§ 12 - Se a lesão for
praticada contra
autoridade ou agente
descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição
Federal, integrantes do
sistema prisional...
... da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo
até terceiro grau, em razão dessa
condição, a pena é aumentada de um a
dois terços.
Lesão Corporal Praticada Contra
Mulher: § 13 - Se a lesão for
praticada contra a mulher, por razões
da condição do sexo feminino, nos
termos do § 2º-A do art. 121 deste
Código: Pena - reclusão, de 1 (um) a
4 (quatro anos).”
16
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DAS LESÕES CORPORAIS 
 Aqui se pune duas situações distintas: 
A Lesão corporal
praticada contra
mulher no contexto
de violência
doméstica e
familiar;
 E a Lesão corporal
praticada contra
mulher em razão de
menosprezo ou
discriminação ao
seu gênero.
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
a HONRA É UM bem jurídico estabelecido E
RESGUARDADO PELA CARTA MAGNA, EM
SEU art. 5º, inciso X.
CONCEITO: Honra é um
conjunto de atributos
inerentes à personalidade,
relacionados a aspectos
de valor individual e social,
tanto de ordem moral,
quanto intelectual e física.
Injúria - Honra Subjetiva 
Difamação - Honra objetiva
Calúnia - Honra objetiva
HONRA OBJETIVA E SUBJETIVA:
HONRA OBJETIVA HONRA SUBJETIVA
Reputação que
determinado
indivíduo ostenta
perante a sociedade;
 
Os delitos que
ofendem a honra
objetiva se
consumam quando
terceira pessoa
toma conhecimento
da imputação;
 
Em regra, admitem
retratação.
Conceito que alguém
tem de si mesmo,
relacionada à
dignidade,
autoestima;
 
A consumação se dá
quando a própria
vítima toma
conhecimento do que
foi falado;
 
Não admitem
retratação (o prejuízo
à autoestima já
ocorreu com a
ofensa).
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA
Art. 138 do CP: Na CALÚNIA, o agente
imputa, falsamente, um fato determinado,
previsto como crime. Pena: detenção, 6
meses a 2 anos, e multa. 
Ex.: Joana diz que foi
Claúdia quem furtou o
notebook da aluna
Fernanda durante a
aula, no dia tal.
Art. 139 do CP: Na DIFAMAÇÃO, o
agente imputa um fato desonroso,
mas não criminoso, que pode ser
verdadeiro ou falso. Pena: detenção,
3 meses a 1 ano, e multa. Ex.: Luiz diz
que viu José, que é casado, entrando
no motel com outra mulher.
Art. 140 do CP: Na INJÚRIA, o agente
atribui uma qualidade negativa à
vítima. Pena: detenção, 1 a 6 meses, ou
multa.Pode envolver tanto aspectos
físicos (ex.: dizer que a vítima é
orelhuda ou feia) quanto morais (ex.:
dizer que a vítima é burra).
CALÚNIA
A calúnia pode ser feita
na presença ou na
ausência do ofendido,
por qualquer forma
(palavras, gestos,
escritos, desenhos
etc.); Somente se
configura o crime se a
imputação for falsa
17
DIFAMAÇÃO
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
CALÚNIA
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
Sujeito ativo – Qualquer pessoa.
Sujeito passivo – Qualquer pessoa,
inclusive INIMPUTÁVEIS, pessoas
desonradas, pessoa jurídica (em caso
de crime ambiental), mortos.
Crime formal - Apenas a calúnia
escrita admite tentativa;
A honra é um bem jurídico disponível, de
modo que o consentimento (anterior ou
contemporâneo à ofensa) da vítima exclui
a ilicitude da conduta.
Propagação ou divulgação da calúnia
O art. 138, §1º, doCódigo
Penal estende a aplicação do
tipo penal àquele que toma
conhecimento da imputação
e, sabendo-a falsa, contribui
para difundi-la, alastrá-la.
EXCEÇÃO DA VERDADE:
Aplicado em regra; A calúnia é a falsa
imputação de fato criminoso determinado a
alguém; A lei confere ao sujeito que está
sendo acusado da prática de calúnia a
possibilidade de se defender
demonstrando a veracidade daquilo que
foi falado;
ATENÇÃO!
Há três hipóteses nas quais
a exceção da verdade é
proibida:
1- se, o fato imputado
como crime se
proceder por ação
privada, e o ofendido
não foi condenado por
sentença irrecorrível;
2- se o fato é imputado ao Presidente da
República ou a chefe de governo
estrangeiro.
3- se do crime imputado, embora de ação
pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.
Pode ser feita na presença ou na
ausência do ofendido, por qualquer
forma (palavras, gestos, escritos,
desenhos etc.
Sujeito ativo –
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo –
Qualquer pessoa,
inclusive o inimputável,
a pessoa desonrada e a
pessoa jurídica. 
A jurisprudência cível é pacífica no sentido
de que a pessoa jurídica possui reputação
a zelar, fazendo jus à indenização por
danos morais quando sofre abalo em sua
imagem;
Não se pune criminalmente a difamação
contra os mortos;
Admite-se a tentativa.
EXCEÇÃO DA VERDADE
A exceção da verdade
somente se admite se o
ofendido é funcionário
público e a ofensa é
relativa ao exercício
de suas funções.
18
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
INJÚ RIA
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
O crime se consuma a partir do
conhecimento da ofensa pela vítima
(ainda que ela não se sinta ofendida),
não importando que ela chegue ao
conhecimento de terceira pessoa.
Sujeito ativo – Qualquer
pessoa.
Sujeito passivo –
Qualquer pessoa capaz de
compreender a injúria –
pois, embora não se exija
que a pessoa se sinta
ofendida, o tipo clama
essa possibilidade, já que
o que se protege aqui é a
honra subjetiva. 
A pessoa jurídica não pode ser vítima
de injúria, pois só possui honra
objetiva. Crime formal - Admite-se a
tentativa apenas na injúria escrita.
NÃO se admite exceção da verdade.
PERDÃO JUDICIAL : É aplicável apenas
para o crime de injúria (art. 140, §1º, CP).
Será possível nas seguintes hipóteses:
1- Quando o ofendido, de forma
reprovável, provocou diretamente a
injúria; 
2- No caso de retorsão imediata,
que consista em outra injúria;
INJÚ RIA REAL 
(Art. 140, §2º, CP): É a modalidade de injúria
em que o agente, para ofender a vítima,
não emprega palavra, mas violência ou vias
de fato consideradas humilhantes. Ex.:
Cuspe no rosto, tapa na cara etc. - Crime
de menor potencial ofensivo. 
INJÚRIA RACIAL OU PRECONCEITUOSA
(ART. 140, §3º, CP):
A Lei 14.532/2023, publicada em
11/01/2023 trouxe uma alteração na
redação do art. 140, §3º, do CP, uma
vez que antes desta lei, a injúria racial
era composta de sete modalidades
(raça, cor, etnia, religião, origem,
condição de pessoa idosa ou portadora
de deficiência da vítima), agora a nova
tipificação do crime reduziu as
modalidades de injúria preconceituosa.
Se a injúria consiste na utilização de
elementos referentes a:
 religião;
 ou à condição de pessoa idosa;
 ou com deficiência: Pena -
reclusão, de 1 (um) a 3 (três)
anos, e multa.
Crime prescritível e afiançável; Ação
Pública condicionada à representação.
E as outras modalidades?
As outras modalidades
foram transferidas para a
Lei n.º 7.716, de 5 de
janeiro de 1989 (Lei do
Crime Racial), equiparadas
ao crime de racismo.
19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7716.htm
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
INJÚ RIA REAL INJÚRIA RACIAL OU PRECONCEITUOSA
(ART. 140, §3º, CP):
Injuriar alguém, ofendendo-lhe a
dignidade ou o decoro, em razão de:
 raça,
 cor,
 etnia,
 ou procedência
nacional.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa. Ex.: “Você é um negro safado!”
Crime imprescritível e inafiançável;
Ação Penal Pública incondicionada.
Essas modalidades,
apesar de continuarem a
ser crime de injúria, não
são mais tratadas pelo
art. 140 do CP, mas sim
pela Lei n.º 7.716/89 (Lei
do crime racial). 
ATENÇÃO:
AÇÃO PENAL - REGRA GERAL
Segundo o art. 145, os crimes contra a
honra, se procedem mediante queixa, ou
seja, são crimes de ação penal privada.
EXCEÇÕES:
Injúria que resulte em
lesão corporal leve: Ação
penal pública condicionada
à representação do
ofendido;
Injúria que resulte em lesões grave,
gravíssima ou seguida de morte: Ação
penal pública incondicionada;
Se forem contra a honra do Presidente
da República ou de chefe de governo
estrangeiro: Ação penal pública
condicionada à requisição do Ministro da
Justiça;
EXCEÇÕES:
Contra a honra de
funcionário público:
conforme o STF, de
acordo com a Súmula
714, haverá
legitimidade
concorrente, ou seja,
poderá se dar por ação
penal privada ou por
pública condicionada à
representação do
ofendido.
Injúria preconceituosa/racial: Ação penal
pública condicionada à representação do
ofendido.
Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço), se
qualquer dos crimes é cometido (art.141):
CAUSAS DE AUMENTO:
Contra o Presidente da República, ou
contra chefe de governo estrangeiro;
 Contra funcionário público, em razão
de suas funções;
Na presença de várias
pessoas, ou por meio
que facilite a divulgação
da calúnia, da difamação
ou da injúria;
20
Assim, à luz do disposto
no art. 5.º, inciso II, da
CF/88, somente a lei
pode obrigar alguém a
adotar determinado
comportamento, ou
então proibi-lo de agir ao
seu livre arbítrio.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
CAUSAS DE AUMENTO:
Contra criança,
adolescente, contra
pessoa maior de 60
anos ou portadora de
deficiência, exceto no
caso de injúria;
Atenção! Se o crime é cometido
mediante paga ou promessa de
recompensa, aplica-se a pena em dobro
(Art. 141, §1°, CP – Lei 13.964/2019)
Se o crime é cometido ou
divulgado em quaisquer
modalidades das redes
sociais da rede mundial de
computadores, aplica-se em
triplo a pena. (Art. 141, §2°,
CP – Lei 13.964/2019)
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Art. 146 - Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, ou depois de
lhe haver reduzido, por qualquer outro
meio, a capacidade de resistência a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que
ela não manda. Pena: Detenção de três
meses a um ano, ou multa.
O crime de constrangimento ilegal tutela a
liberdade pessoal e a autodeterminação. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
O CRIME PODE OCORRER EM
DUAS HIPÓTESES:
1º - Quando a vítima é compelida a fazer
algo (conduta comissiva ou positiva). 
 Ex.: beber um copo de cerveja, andar sem
sapatos em via pública etc;
2º - Quando a vítima é compelida a deixar
de fazer algo (conduta omissiva ou
negativa). Ex: não fumar em local
permitido. 
Sujeito ativo –
crime comum.
Doentes mentais e crianças de tenra
idade: não podem ser vítimas deste delito.
SERÃO objeto do crime. 
Sujeito passivo – crime comum - Qualquer
pessoa, desde que dotada de capacidade
de autodeterminação.
Criança ou
Adolescente: se
o menor de 18
anos estiver sob a 
guarda do agente
e for submetido a
vexame ou
constrangimento,
haverá crime
previsto no art.
232 do ECA.
Idoso: se o idoso
for coagido, de
qualquer modo, a
doar, contratar,
testar ou
outorgar
procuração,
haverá o delito
previsto no art.
107 do Estatuto
do idoso.
EX.: O agente apontou
arma de fogo para criança
portadora de síndrome de
Down, visando a
constranger os pais.
21
Ação penal pública condicionada à
representação (inclusive no âmbito
da Maria da Penha);
Para a execução do
crime se reúnem mais
de 3 pessoas (exige-se,
no mínimo, 4 pessoas).
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
AMEAÇACONSTRANGIMENTO ILEGAL
Consumidor: utilizar, na cobrança de
dívidas, ameaça, coação,
constrangimento físico ou moral, haverá
crime previsto no art. 71 do CDC.
Presidente da República, Presidente
do Senado, Presidente da Câmara
ou Presidente do STF: caso esse
constrangimento ilegal se dê por
motivos políticos,haverá um crime
contra a segurança nacional.
Não se admite a
modalidade
culposa;Trata-se de crime
material e instantâneo;
admite tentativa.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
As penas aplicam-se CUMULATIVAMENTE
e EM DOBRO, quando: 
Se houver emprego de arma
(doutrina majoritária entende que
consiste em qualquer tipo de
instrumento com potencialidade
lesiva, ex. faca de cozinha).
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CRIME
A intervenção médica ou cirúrgica, sem
o consentimento do paciente ou de seu
representante legal, se justificada por
iminente perigo de vida; A coação
exercida para impedir suicídio.
Art. 147, CP - Ameaçar alguém, por
palavra, escrito ou gesto, ou qualquer
outro meio simbólico, de causar-lhe mal
injusto e grave: Pena - detenção, de um a
seis meses, ou multa.
Crime de menor
potencial ofensivo;
Crime de forma livre;
Crime comum;
A AMEAÇA PODE SER:
Explícita: clara e induvidosa; 
Implícita: de forma velada
Direta:o mal
prometido atinge a
própria vítima da
ameaça;
Indireta: o mal
prometido será
causado em terceira
pessoa;
Incondicional: não
depende, para efetivar-se,
de acontecimento futuro;
Condicional: depende,
para efetivar-se, de um
acontecimento futuro.
Crime formal - Admite a tentativa;
Sujeito ativo – crime comum; 
Sujeito passivo – qualquer pessoa, desde
que seja:
22
Art. 147-A. Perseguir alguém,
reiteradamente e por qualquer meio,
ameaçando-lhe a integridade física ou
psicológica, restringindo-lhe a
capacidade de locomoção ou, de
qualquer forma, invadindo ou
perturbando sua esfera de liberdade
ou privacidade. Pena – reclusão, de 6
(seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA AAMEAÇA
Pessoa certa; determinada; capaz
de entender o mal prometido.
NÃO podem ser
sujeito passivo, por
não apresentarem
condições de tomar
consciência do mal:
Pessoas indeterminadas;
As crianças de pouca idade;
Doentes mentais;
Absolutamente embriagados (a não ser
que a ameaça se reflita sobre outras
pessoas, capazes de adverti-los);
Pessoas jurídicas (a não ser que
recaia sobre os componentes);
Pessoas incapazes,
no caso concreto, de
entenderem a
ameaça (exemplo: um
surdo em relação a
uma ameaça verbal).
Não há necessidade de ser a ameaça
proferida na presença da vítima. Basta
que chegue ao seu conhecimento.
 LIBERDADE INDIVIDUAL
CRIME DE PERSEGUIÇÃO OU “STALKING”
A Lei 14.132/2021
inseriu o artigo 147-A
ao Código Penal,
tipificando a conduta
de perseguição,
também conhecida
pelo termo em inglês
“stalking”.
Bem jurídico tutelado: É a liberdade
pessoal, bem como a integridade física da
vítima.
Sujeitos do crime: Ativo – crime
comum; Passivo – crime comum.
Tipo objetivo: “Perseguir”
- molestar, assediar,
importunar. E a lei exige, que
a perseguição se dê
reiteradamente, ou seja,
trata-se de crime habitual.
Crime de forma livre, em outras
palavras, a perseguição pode se dar por
qualquer meio. Ex.: em redes sociais e
por meio de mensagens eletrônicas.
23
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
CRIME DE PERSEGUIÇÃO OU “STALKING”
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
Ameaçar a integridade física ou
psicológica da vítima: A perseguição pode
ocorrer por meio de reiteradas ameaças,
inclusive enviadas por meio digital, contra a
vítima, afetando a sua liberdade individual.
Restringir-lhe a
capacidade de
locomoção: A simples
limitação na
capacidade de
locomoção já é
suficiente para
configurar o crime. Ex.:
O perseguidor se
coloca a frente da
casa da vítima,
fazendo com que esta
opte pelo
recolhimento ao lar.
De qualquer forma, invadir ou perturbar
sua esfera de liberdade ou privacidade:
Esfera de liberdade: busca-se proteger
outras liberdades constitucionais diversas
da liberdade de locomoção, como a
liberdade religiosa, a de manifestação do
pensamento, etc.
Esfera de privacidade:
se refere ao âmbito em
que se desenvolve a
vida interior do indivíduo,
alcançando seu círculo
íntimo de relações
interpessoais
(amizades, vínculos
familiares e românticos).
Os paparazzi, que perseguem as
celebridades em busca de flagras,
podem, ser acusados desse crime?
SIM, a depender do
caso concreto.
Quando os paparazzi
registram as
celebridades que
estejam em locais
públicos, não há crime. 
O crime pode ser configurado se o
paparazzi extrapola o trabalho normal e
promove uma perseguição reiterada
sobre determinado artista ameaçando a
sua integridade física ou psicológica,
restringindo a sua capacidade de
locomoção ou invadindo, perturbando a
sua esfera de liberdade ou privacidade.
Concurso de crimes: Em
havendo o uso de
violência, haverá a
incidência do concurso
material de crimes, em que
as sanções penais serão
aplicadas em conjunto,
conforme o disposto no §
2º do art. 147-A.
Causas de aumento de pena: A
pena é aumentada de metade se o
crime é cometido:
Contra criança,
adolescente ou idoso; 
Mediante o concurso
de 2 ou mais pessoas;
24
Bem jurídico tutelado: O delito de
violência psicológica tutela o direito
fundamental “a uma vida livre de
violência, tanto na esfera pública
como na esfera privada” (Convenção
de Belém do Pará, Decreto n.
1.973/1996, art. 3º).
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
CRIME DE PERSEGUIÇÃO OU “STALKING”
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
Causas de aumento de pena: 
Mediante o emprego de arma -
qualquer instrumento dotado de
potencialidade lesiva e que possa ser
usado para ataque ou defesa.
Contra mulher por razões da condição de
sexo feminino - O que são as razões de
condição de sexo feminino:
(a) Violência doméstica
e familiar contra a
mulher;
(b) Menosprezo ou
discriminação à condição
de mulher.
CRIME DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
CONTRA A MULHER
Art. 147-B. Causar dano emocional à
mulher que a prejudique e perturbe seu
pleno desenvolvimento ou que vise a
degradar ou a controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento,
chantagem, ridicularização, limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
cause prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação: Pena – reclusão, de 6
(seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a
conduta não constitui crime mais grave. 
CRIME DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
CONTRA A MULHER
Sujeitos do crime: 
Ativo – crime comum;
Passivo – crime próprio
(sexo feminino). Inclui-se
a mulher transgênero,
ainda que não tenha se
submetido a cirurgia de
redesignação sexual ou
alterado o nome e sexo
no registro civil. 
Tipo objetivo:
“Causar dano emocional à mulher”
que a prejudique e perturbe seu pleno
desenvolvimento;
“Causar dano emocional à mulher”
visando degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e
decisões. 
Tipo Subjetivo:
O dolo é o elemento necessário para a
prática do crime, o agressor, com
consciência e vontade, ameaça,
constrange, humilha, manipula, isola,
chantageia, ridiculariza, limita o direito de ir
e vir ou qualquer outro meio que cause
prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação.
Ação penal: A ação
penal é pública
incondicionada, não
dependendo o Ministério
Público do pedido-
autorização da vítima.
25
Detenção. 
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
CONTÁGIO 
CONCEITO
Expor alguém, por meio
de relações sexuais ou
qualquer ato libidinoso,
a contágios e moléstia
vulnerária, de que sabe
ou deve saber que estar
contaminado. 
PENA
AIDS Algumas correntes enquadram
nessa conduta.
INTENÇÃO DE TRANSMITIR 
Se a intenção é transmitir a moléstia a pena
é de reclusão. 
AÇÃO PENAL 
Somente se
procede mediante
representação. 
DOLO DO AGENTE 
LESÃO LEVE - Contágio
de moléstia grave;
LESÃO
GRAVE/GRAVÍSSIMA
OU SEGUIDA DE MORTE 
Perigo de contágio de
moléstia grave será absorvido
e considerado crime meio.
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
Art. 148, CP - Privar alguém de sua
liberdade, mediante sequestro ou
cárcere privado: Pena: Reclusão, de 1
(um) a 3 (três) anos.
Bemjurídico
tutelado - Liberdade
de locomoção.
Prevalece hoje que é
bem DISPONÍVEL. 
Ex.: reality show BBB.
SUJEITOS DO CRIME
Ativo: crime comum;
Passivo: crime comum;
Paralíticos, paraplégicos
e tetraplégicos:
podem ser vítimas de
sequestro ou cárcere
privado, mesmo que, para
movimentarem-se,
necessitem de auxílio de
aparelhos ou de terceiros.
TIPO OBJETIVO:
A ação incriminada consiste na privação
da liberdade de alguém. Os meios são o
sequestro e o cárcere privado.
SEQUESTRO
Há privação da liberdade, mas sem
confinamento. Ex.: O sequestrado está em
uma chácara ou em uma ilha e tem
liberdade de andar por elas.
26
O CRIME É PERMANENTE E MATERIAL.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
CÁRCERE PRIVADO
Há um confinamento, é
mais restrito, ficando o
sequestrado preso em um
cômodo de uma casa, por
exemplo.
TIPO SUBJETIVO: O dolo, ou seja, Não se
admite a modalidade culposa.
Por se tratar de crime permanente,
cuja consumação se protrai no tempo,
caso surja lei penal mais gravosa
enquanto o agente permanece
cometendo o delito, é permitida a sua
aplicação (Súmula 711 do STF).
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
No sequestro ou cárcere privado a privação
da liberdade da vítima prolonga-se no tempo.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
No constrangimento ilegal a
privação da liberdade da
vítima é momentânea,
somente para que esta faça
ou deixe de fazer alguma
coisa. Ex.: vítima compelida
a dar fuga a um criminoso
em seu automóvel. 
Qualificadoras -
Reclusão, de 2 (dois) a
5 (cinco) anos:
Se a vítima é ascendente,
descendente, cônjuge ou
companheiro do agente;
Se a vítima é maior de 60
(sessenta) anos;
Se a vítima é menor de 18
(dezoito) anos;
Se o crime é praticado
mediante internação da
vítima em casa de saúde
ou hospital;
Se a privação da liberdade
dura mais de quinze dias;
Se o crime é praticado
com fins libidinosos.
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos:
Se resulta à vítima, em razão de maus-
tratos ou da natureza da detenção,
grave sofrimento físico ou moral.
REDUÇÃO DE CONDIÇÃO ANÁLOGA
À DE ESCRAVIDÃO 
Art. 149 - Reduzir alguém a condição
análoga à de escravo, quer submetendo-
o a trabalhos forçados ou a jornada
exaustiva, quer sujeitando-o a
condições degradantes de trabalho,
quer restringindo, por qualquer meio,
sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou
preposto: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8
(oito) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
Bem jurídico tutelado: Tutela-se, a
liberdade individual da vítima, a integridade
corporal, a saúde e a dignidade humana do
trabalhador.
27
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
DOS CRIMES CONTRA A
 LIBERDADE INDIVIDUAL
REDUÇÃO DE CONDIÇÃO ANÁLOGA
À DE ESCRAVIDÃO 
SUJEITOS DO CRIME: 
Sujeito ativo – crime comum; 
Sujeito passivo – crime comum.
Tipo objetivo: O núcleo do tipo é "reduzir",
que significa sujeitar, submeter, subjugar a
vítima a viver como viviam os escravos.
Tipo subjetivo: É o
dolo. Não é punida a
modalidade culposa.
Trata-se de crime material e
permanente. Admite-se a tentativa.
É desnecessária a imposição de
maus-tratos, e também não se exige a
comprovação do sofrimento
suportado pelo sujeito passivo. 
Basta o cerceamento da sua
liberdade individual.
CONDUTAS EQUIPARADAS:
§ 1º Nas mesmas penas
incorre quem:
I - Cerceia o uso de qualquer
meio de transporte por parte
do trabalhador, com o fim de
retê-lo no local de trabalho;
CONDUTAS EQUIPARADAS:
II – Mantém vigilância ostensiva no local de
trabalho ou se apodera de documentos ou
objetos pessoais do trabalhador, com o fim
de retê-lo no local de trabalho.
REDUÇÃO DE CONDIÇÃO ANÁLOGA
À DE ESCRAVIDÃO 
Pena - reclusão, de 2 (dois)
a 8 (oito) anos, e multa,
além da pena
correspondente à violência.
CONDUTAS EQUIPARADAS:
Causas de aumento de pena - Aumenta-
se de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou origem.
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
Art. 150 - Entrar ou permanecer, em
casa alheia ou em uma de suas
dependências, de forma: 
CLANDESTINA - oculta, sem ser visto;
ASTUCIOSA - Por meio de engano,
fraude;
FORÇADA - Contra a vontade
expressa ou tácita de quem de direito. 
Pena: Detenção, de 1 (um) a 3 (três)
meses, ou multa.
Quem de direito - É a
pessoa que pode
controlar a entrada e a
saída do domicílio: 
FAMÍLIA;
REPÚBLICA DE
ESTUDANTES -
Quaisquer deles;
CONDOMÍNIO - Síndico
(Para as áreas comuns). 
28
CRIME COMUM
CRIME COMETIDO Á NOITE - Vai do
anoitecer ao alvorecer; LUGAR
ERMO - Local afastado do centro
urbano; VIOLÊNCIA - Contra pessoa
(Lesão corporal).
Qualquer compartimento habitado; 
Aposento ocupado de habitação
coletivos (Repúblicas, Quarto de
hotel, casa, apartamento,
barracos, etc);
Compartimento não aberto ao
público, onde alguém exerce
profissão ou atividade: Escritório,
consultório, oficina. 
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
Pode ser perpetrado
por qualquer pessoa
(Incluindo proprietário
da casa alugada, que
ingressa na residência
sem anuência do
indivíduo). 
CRIME DOLOSO
O agente deve ter a intenção de entrar na
casa ou ali permanecer, contra a vontade
de Morador. INEXISTE A MODALIDADE
CULPOSA. 
CRIME MENOR potencial
ofensivo, ainda que na
forma qualificada -
QUALIFICADORAS:
EMPREGO DE ARMAS - Seja
ela própria ou imprópria. A
arma de brinquedo não
qualifica o crime, bem como
simulação de uso de arma;
POR DUAS OU MAIS PESSOAS - O que
dificulta a defesa da vítima para impedir a
entrada ou permanência em seu domicílio. 
PENA: Detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, além da pena correspondente a
violência.
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
NORMA PENAL PERMISSIVA
(PODE ENTRAR): 
Durante o dia - com observância das
formalidades, para efetuar prisão ou outra
diligência; A qualquer hora do dia ou da
noite, no caso de flagrante. 
 AUTORIZADOS 
Flagrante delito;
Desastre (Ex.:
explosão de botijão de
gás);
Prestar socorro ao
morador (Ex.: enfarto
ou queda);
Durante o dia por
determinação judicial
(18 as 6 horas). 
COMPREENDE A EXPRESSÃO "CASA":
NÃO COMPREENDE A EXPRESSÃO "CASA": 
HOSPEDARIA - Local
destinado a receber
hóspedes, (Hotel, Motel,
etc). 
ESTALAGEM - Local
também destinado a
receber hóspedes, em
menor proporção, como
é o caso da pensão.
29
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
NÃO COMPREENDE A EXPRESSÃO "CASA": 
QUALQUER OUTRA HABITAÇÃO
COLETIVA (Campina, etc);
BARES E RESTAURANTES;
CASA DE JOGOS E OUTRAS DO
MESMO GÊNERO (Teatros e cinemas).
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
 FURTO SIMPLES
Art. 155, CP - Subtrair, para si ou
para outrem, coisa alheia móvel.
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 4
(quatro) anos e multa.
Objeto jurídico:
Conforme a doutrina
majoritária, os bens
tutelados são a
propriedade, a posse e
a detenção legítimas.
Objeto material: “Coisa alheia móvel”.
“Móvel”: Todo e qualquer bem suscetível de
apreensão e de transporte. Logo, imóveis
não são objetos de furto.
SUJEITO PASSIVO - 
 Proprietário, possuidor ou
detentor do bem (legítimos).
Se o ladrão1 subtrai do ladrão2 objeto
furtado por este, responde por algum
crime, já que a posse do segundo é
ilegítima? R.: Sim, responde normalmente
por furto. Porém, o sujeito passivo não será
o ladrão2, mas o proprietário legítimo do
bem (lesado do crime de furto pelo ladrão1).
SUJEITO ATIVO - Qualquer pessoa, menos
o proprietário, possuidor ou detentor do
bem (legítimos), já que nestes casos
faltaria a elementar “alheia”.
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
 FURTO SIMPLES
Caso o proprietário de um bem
subtraia coisa sua que esteja sob a
legítima posse de terceiro, a
exemplo de um bem que está
empenhado por dívida, cometerá
crime de furto? R.: Conforme a
doutrina majoritária, NÃO. 
Justamente por ser coisa
própria, faltando a
elementar “alheia”. Pode
ser caracterizado o crime
previstono art. 346 do
CP, qual seja,
defraudação de penhor.
Elemento subjetivo: Exige dolo genérico +
dolo específico:
 Exige dolo genérico:
 furto é crime exclusivamente doloso.
Exige dolo
específico: para si
ou para outrem
“animus rem sibi
habendi”, que é o
dolo de
assenhoramento
definitivo da coisa.
NÚCLEO DO TIPO: “subtrair” - Consiste na
retirada da coisa com consequente
diminuição patrimonial para o sujeito
passivo.
30
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO NOTURNO
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
 FURTO SIMPLES
CONSUMAÇÃO: O furto se consuma
com a inversão da posse do bem
(STF-HC 114.329). 
Teoria da amotio: a
consumação se dá
quando há a inversão da
posse, ou seja, quando
a coisa subtraída passa
para o poder do agente,
ainda que por uma
brevidade de tempo. 
Não há necessidade de
deslocamento da coisa, nem de
que haja a posse mansa e
pacífica do bem.
TENTATIVA: É ADMISSÍVEL.
 FURTO DE USO
São necessários os seguintes requisitos
para ser enquadrado como furto de uso:
✓ Intenção, desde o
início, de uso
momentâneo da coisa
subtraída;
✓ Ausência do animus
de assenhoramento.
✓Coisa não consumível
(se for coisa
consumível, nunca será
possível restituir as
mesmas coisas nos
mesmos moldes ao
sujeito passivo);
✓ Restituição imediata
e integral à vítima.
Art. 155, CP - Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel. Pena:
Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e
multa. § 1º - A pena aumenta-se de 1/3
(um terço), se o crime é praticado
durante o repouso noturno.
 DURANTE O REPOUSO NOTURNO:
Não há horário definido. Deve ser
verificado o costume da localidade
(“costume interpretativo”).
Pode ser noite e não se verificar o
repouso noturno. ex.: avenida
movimentada de bares em SP às 23h:
embora seja noite, não há repouso
noturno. 
Nunca será durante o dia, mesmo
que a vítima esteja dormindo.
1.
2.
3.
Natureza jurídica: Causa
de diminuição de pena.
Requisitos:
primariedade do agente
+ pequeno valor da
coisa. 
Primariedade do agente: Pelas regras de
reincidência do art. 62 a 65 do CP, é
primário: Aquele que não apresenta
condenação irrecorrível anterior;
Aquele que, depois de
5 anos da extinção da
pena a que foi
condenado pela prática
de outro delito, vier a
cometer um furto.
(Maus antecedentes).
31
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO NOTURNO
FURTO PRIVILEGIADO:
Art. 155, CP - Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel. Pena: Reclusão,
de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
§ 2º - Se o criminoso é
primário, e é de
pequeno valor a coisa
furtada, o juiz pode
substituir a pena de
reclusão pela de
detenção, diminuí-la
de um a dois terços, ou
aplicar somente a
pena de multa.
Pequeno valor: a jurisprudência tem
admitido em casos que a coisa tem valor de
até 1 salário mínimo. 
Furto privilegiado
cometido durante o
repouso noturno:
o furto cometido
durante o repouso
noturno é causa de
aumento de pena
compatível com o
privilégio.
Furto privilegiado-qualificado:
Súmula 511, STJ: No caso de crime de
furto qualificado, tratando-se de réu
primário, se o objeto subtraído for de
pequeno valor e a qualificadora for de ordem
objetiva, será permitido o reconhecimento
de furto privilegiado.
FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA:
§ 3º - é equiparada à coisa móvel a
energia elétrica, ou ainda qualquer outra
energia capaz de ter valor econômico.
(“Gato”) x
Estelionato para o
consumo com fraude
no medidor:
No FURTO DE
ENERGIA ELÉTRICA,
o agente não está
autorizado a
consumir a coisa –
há uma ligação
clandestina.
No ESTELIONATO, o agente está
autorizado a consumir a coisa, mas
utiliza a fraude para que o
medidor não mostre seu real
consumo, para pagar menos.
Furto Qualificado (art. 155, §4º, CP) - A
pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito)
anos, e multa, se o crime é cometido:
Com destruição ou
rompimento de
obstáculo à
subtração da coisa;
No rompimento o obstáculo é
danificado, mas continua existindo.
Na destruição o obstáculo
desaparece. 
O rompimento deve ser sobre uma
coisa exterior à coisa subtraída.
32
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO QUALIFICADO - ART. 155, §4º,
O reconhecimento da qualificadora de
rompimento de obstáculo exige a
realização de exame pericial, o qual
somente pode ser substituído por
outros meios probatórios quando
inexistirem vestígios.
A pena é de reclusão
de 2 (dois) a 8 (oito)
anos, e multa, se o
crime é cometido:
com abuso de
confiança, ou
mediante fraude,
escalada ou destreza;
Abuso de confiança – única
qualificadora de ordem subjetiva
O agente tem uma relação especial
de confiança com a vítima;
O agente se aproveita dessa
confiança para subtrair a coisa.
FRAUDE MATERIAL 
Aqui o agente utiliza artifício.
Ex.: O agente, em um restaurante, se utiliza
de um falso uniforme de garçom para
subtrair pertences da mesa de clientes.
FRAUDE INTELECTUAL 
O agente utiliza-se de conversa enganosa,
para enganar a vítima e subtrair seus bens.
Ex.: Se o agente coloca um produto caro
numa caixa de produtos baratos,
enganando o caixa acerca do conteúdo que
está levando.
FURTO QUALIFICADO - ART. 155, §4º
Mediante escalada –
Aqui o sentido de
“escalada” é o de
transpor um difícil
obstáculo. o furto
qualificado pela
escalada exige uma
via de acesso anormal
+ esforço incomum.
Mediante Destreza - Habilidade incomum
que permite ao agente subtrair o bem que
está junto ao corpo da vítima sem que esta
note. Ex.: batedor de carteiras.
A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito)
anos, e multa, se o crime é cometido:
Cometido com emprego de
chave falsa;
Qualquer instrumento, com ou sem a
forma de chave, que se destine a abrir
fechaduras (ex.: arame, grampo, prego,
mixa, cópia da chave verdadeira, etc.).
Cometido mediante
concurso de duas ou
mais pessoas;
Para a doutrina
majoritária, autores e
partícipes são
contabilizados, inclusive
os inimputáveis.
A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10
(dez) anos, e multa, se o crime é
cometido: Com emprego de explosivo ou
de artefato análogo que cause perigo
comum; (CRIME HEDIONDO)
33
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO QUALIFICADO - ART. 155, §4º, FURTO QUALIFICADO - ART. 155, §4º - B
Trata-se de
qualificadora de
ordem objetiva,
motivo pelo qual se
comunica aos
coautores e
partícipes do crime
(art. 30, CP).
Com emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo
comum; (CRIME HEDIONDO)
É imprescindível que o emprego do
explosivo cause perigo comum, ou
seja, deve haver o risco ou a
probabilidade de dano à vida, à
integridade física ou patrimônio de um
número indeterminado de pessoas.
Art. 155, §4-B: Furto mediante fraude
cometido por meio de dispositivo
eletrônico ou informático (Lei
14.155/2021). A pena é de reclusão de 4
(quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se:
Se o furto mediante fraude é cometido por
meio de dispositivo eletrônico ou
informático, conectado ou não à rede de
computadores, com ou sem violação de
mecanismo de segurança ou a utilização de
programa malicioso, ou por qualquer outro
meio fraudulento análago.
Exemplo: O agente
invade o computador da
vítima, lá instala um
malware (programa
malicioso), descobre sua
senha e subtrai valores
de sua conta bancária.
O furto qualificado
mediante fraude terá
uma CAUSA DE
AUMENTO de pena
variável, a ser escolhida
pelo critério da
relevância do resultado
gravoso:
Aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3
(dois terços), se o crime é praticado
mediante a utilização de servidor
mantido fora do território nacional;
Aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro,
se o crime é praticado contra idoso
(igual ou superior a 60 anos) ou
vulnerável (pessoa menor de 14 anos e
pessoa sem discernimento causado por
enfermidade ou deficiência mental). 
FURTO QUALIFICADO (§5º, §6º e §7º): A
pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito)
anos, e multa, se:
Se a subtração é de veículo automotor
que venha a ser transportado para outroEstado ou para o exterior.
A pena é de
reclusão de 2
(dois) a 5 (cinco)
anos, e multa, se:
Se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes no local da
subtração.
34
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO QUALIFICADO (§5º, §6º E §7º) ROUBO 
1) Animal domesticável;
2) Destinado à
reprodução;
3) Tem que estar vivo no
momento da subtração
(ainda que mate ou
divida em partes no local
da substração).
SÃO REQUISITOS DA QUALIFICADORA:
A pena é de reclusão de 4 (quatro) a
10 (dez) anos, e multa, se:
Se a subtração for de substâncias
explosivas ou de acessórios que,
conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego
ROUBO 
Art.157, CP - Subtrair coisa móvel
alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência á pessoa,
ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de
resistência. Pena: Reclusão, de 4
(quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
ROUBO PRÓPRIO (CAPUT)
VIOLÊNCIA PRÓPRIA -
Subtrair, mediante
grave ameaça ou
violência: é a imposição
de força física sobre o
corpo da vítima,
independentemente de
dano.
VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA - depois de havê-la,
por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência: qualquer
outra forma que reduz a capacidade de
resistência da vítima. Ex.: sonífero, etc.
ROUBO PRÓPRIO (CAPUT)
TENTATIVA - é cabível
quando o agente emprega
violência à pessoa ou grave
ameaça mas, por
circunstâncias alheias a sua
vontade, não consegue se
apoderar do bem.
ROUBO IMPRÓPRIO - ART. 157, §1º, CP
Art.157, CP - (...) - §1º Na mesma pena
incorre quem, logo depois de subtraída a
coisa, emprega violência contra pessoa ou
grave ameaça, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da
coisa para si ou para terceiro.
REQUISITOS:
1) A subtração acontece
em momento anterior ao
constrangimento (a
subtração, em si, é feita
sem violência ou grave
ameaça);
2) Relação de imediatidade
entre a subtração e o
constrangimento;
3) Violência ou grave ameaça como
meios executórios (Roubo impróprio
só é admitido com violência própria);
4) Intenção especial de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção
da coisa;
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O ladrão deve permanecer com a
vítima por tempo superior ao
necessário para execução do roubo,
seja para assegurar o objeto do roubo,
seja para escapar da ação policial.
Aqui a substância explosiva é o objeto
material do crime de roubo. Ex.: sujeito
que, mediante violência ou grave
ameaça, subtrai uma banana de dinamite
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
ROUBO IMPRÓPRIO - ART. 157, §1º, CP
REQUISITOS:
5) segundo o STJ (REsp 1.025.162) não
cabe tentativa, pois trata-se de crime
unissubsistente.
PRÓPRIO IMPRÓPRIO
Utiliza a
violência/grave
ameaça antes ou
durante a
subtração do bem.
Admite a violência
imprópria (redução
da capacidade de
resistência da
vítima)
Utiliza a
violência/grave
ameaça após a
subtração, com o
objetivo de
assegurar a
impunidade do
crime ou detenção
da coisa.Não
admite a violência
imprópria,
somente a
violência própria.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Se o agente mantém a vítima em seu
poder, restringindo sua liberdade:
1/3 até a 1/2
Se a subtração for de
substâncias explosivas ou
de acessórios que,
conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua
fabricação, montagem ou
emprego:
ROUBO - CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma branca.
Se a subtração for
de veículo automotor
que venha a ser
transportado para
outro Estado ou
exterior.
Se há concurso de duas ou mais pessoas:
A causa de aumento será aplicada ainda
que um dos indivíduos seja inimputável
(pela menoridade ou outra circunstância) ou
desconhecido.
Se a vítima está em
serviço de transporte
de valores e o agente
conhece tal
circunstância:
O transporte desses valores deve
ser a serviço de alguém. Se a vítima
estiver transportando seus próprios
valores não se aplica. Além disto,
“valores” não se refere
exclusivamente a dinheiro. 
O STJ já reconheceu
como transporte de
grande quantidade
de cosméticos, por
exemplo.
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DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA - 2/3 
Se a violência ou
ameaça é exercida com
emprego de arma de
fogo: Esta majorante se
aplica unicamente a arma
de fogo de uso permitido.
Se há destruição ou rompimento de
obstáculo mediante o emprego de
explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum:
Para incidir esta majorante a pessoa
não deve estar armada, portando 
 somente os artefatos explosivos,
além disto, é imprescindível que do
seu emprego cause perigo comum.
Se a violência ou grave
ameaça é exercida com
emprego de arma de fogo
de uso restrito ou proibido,
aplica-se em dobro a pena
prevista no caput deste
artigo.
CUIDADO, NÃO CONFUNDA!
Hoje temos três hipóteses que devem
ser diferenciadas:
1) Roubo praticado mediante o emprego
de arma branca: causa de aumento de 1/3
a ½.
2) Roubo praticado com emprego de arma
de fogo de uso permitido: causa de
aumento de pena de 2/3.
3) Roubo praticado com emprego de arma
de fogo de uso restrito ou proibido: aplica-
se em dobro a pena prevista no caput.
EXTORSÃO 
Art. 158 - Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, e
com o intuito de obter para si ou para
outrem indevida vantagem econômica,
a fazer, tolerar que se faça ou deixar de
fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de
4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
BEM JURÍDICO TUTELADO:
Crime pluriofensivo:
protege o patrimônio, a
liberdade individual, além
da integridade física.
COMO IDENTIFICAR A EXTORSÃO?
O agente depende da colaboração da vítima
/ o agente busca vantagem mediata. 
SUJEITOS DO CRIME:
Sujeito ativo: crime comum.
Sujeito passivo:
A pessoa atingida pela violência ou
grave ameaça; A pessoa que faz,
deixa de fazer ou tolera que se faça
algo; A pessoa que suporta o prejuízo
patrimonial.
CONSUMAÇÃO: o crime se consuma no
momento em que a vítima se sente
constrangida a adotar o comportamento
determinado pelo agente, ainda que ele não
obtenha a vantagem econômica indevida.
Tentativa: É cabível por tratar-se de crime
plurissubsistente.
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ATENÇÃO: TRATA-SE DE
CRIME HEDIONDO.
DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIES 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIODOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
EXTORSÃO 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA:
ATENÇÃO! Ao contrário do que
acontece no roubo, aqui se ADMITE a
aplicação das causas de aumento de
pena à extorsão qualificada.
§ 1º - Se o crime é
cometido por duas ou
mais pessoas, ou com
emprego de arma,
aumenta-se a pena de
1/3 (um terço) até
1/2 (metade).
Cometido por duas ou mais pessoas:
Computa-se o inimputável e eventuais
agentes não identificados;
A jurisprudência admite o
concurso de crimes entre
extorsão majorada pelo
concurso de pessoas e
corrupção de menores ou
associação criminosa, por
se tratarem de bens jurídicos
distintos.
Mediante o uso de arma:
Engloba arma de fogo e
arma branca;
Lembrando que, quanto à
arma de fogo, deve-se
analisar a potencialidade
lesiva. (ex.: arma
desmuniciada e arma de
brinquedo).
EXTORSÃO 
EXTORSÃO QUALIFICADA PELA LESÃO
CORPORAL GRAVE OU MORTE:
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada
mediante violência o disposto no §3º
do artigo anterior. LOGO, se da
violência resulta lesão corporal grave,
a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 18
(dezoito) anos, além da multa;
Se resulta morte, a
reclusão é de 20 (vinte)
a 30 (trinta) anos, sem
prejuízo da multa.
Extorsão mediante restrição da liberdade
da vítima - SEQUESTRO RELÂMPAGO
§3º - Se o crime é cometido mediante
a restrição da liberdade da vítima, e
essa condição é necessária para a
obtenção da vantagem econômica, a
pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa;
se resulta lesão corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159,
§§ 2º e 3º, respectivamente.
Resultado Lesão Corporal grave:
reclusão,

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