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WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA GINECO I CICLO MENSTRUAL Padrão normal • Duração do ciclo: 21 a 35 dias • Duração do fluxo: 2 a 6 dias • Intensidade do fluxo: 20 a 60 ml A mulher saudável menstrua todo mês, mais ou menos dentro destes valores. Fisiologia Eventos principais: recrutamento e maturação folicular O hipotálamo esPmula a hipófise, que age sobre os ovários e útero. • O GnRH hipotalâmico esPmula a hipófise a produzir e secretar as gonadotrofinas (FSH e LH), que agem sobre os ovários, liberando E e P, que fazem proliferação, secreção e menstruação; • O hipotálamo só esPmula a adenohipófise se a secreção de GnRH for PULSÁTIL. Essa pulsaPlidade varia em frequência e amplitude no ciclo; o A fase folicular (antes da ovulação) é caracterizada por pulsos de alta frequência, mas de baixa amplitude; o A fase lútea (depois da ovulação) tem pulsos de baixa frequência e alta amplitude. • O hipotálamo esPmula a hipófise, exceto a dopamina que inibe a prolacPna! • Se cortar a circulação porta-hipofisária, ocorre um hipopituitarismo com hiperprolacPnemia! O GNRH aumenta o FSH que produz aumento de estrogênio e inibina B, que faz inibição de FSH e pico de LH, responsável pela liberação de óvulos e aumento da progesterona, que é o hormônio que prepara para a gestação. Em seguida, o LH é inibido pois não é mais necessário. Se não houver gestação, não há suporte hormonal, então o corpo lúteo regride! Teoria das 2 células e 2 gonadotrofinas Na teca, sob efeito do LH, o colesterol é converPdo em androstenediona e testosterona. O androgênio é a base para produção do estrogênio, sendo este produzido na camada granulosa. Na granulosa, sob efeito do FSH, ocorre a aromaPzação, que é a transformação do androgênio da teca em estrogênio (estrona e estradiol). O ovário produz estrona e estradiol, dois estrogênios. o Fase folicular: E e Inibina B (before ovulaMon) o Fase lútea: P e Inibina A (aNer ovulaMon) O ciclo menstrual divide-se em ciclo ovariano e uterino. É o mesmo ciclo, sob perspecPvas diferentes. ADENOHIPÓFISE produz FSH, LH, GH, ACTH e prolacTna NEUROHIPÓFISE Armazena ocitocina e ADH WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Ciclo ovariano Possui as fases folicular, ovulatória e lútea 1) Fase folicular: recrutamento à ovulação • Aumento do estrogênio e inibina B • FSH aumenta com a regressão do corpo lúteo (ciclo anterior) • Seleção do folículo dominante (tem mais receptores de FSH) • Elevação de estrogênio e inibina B inibem o FSH 2) Fase ovulatória: pico de estradiol → pico de LH • Ovulação ocorre 32-36h após início do aumento de LH e 10-12h após seu pico máximo* 3) Fase lútea: folículo roto → corpo lúteo • Ocorre aumento de progesterona e inibina A e duração ± fixa de 14 dias • Se regressão do corpo lúteo → ↓E, P e Inibina A ! aumenta os pulsos de GnRH e aumenta FSH ! novo recrutamento folicular • Na verdade, o aumento do FSH já ocorre no final do ciclo anterior quando o corpo lúteo começa a regredir, e não no inicio do ciclo vigente • Se engravidar, o HCG sustenta corpo lúteo e mantém progesterona! Ciclo uterino Possui as fases proliferaMva, secretora e menstrual • Camadas do endométrio: compacta (superficial), esponjosa (média) e basal (profunda). Quem descama na menstruação é a compacta e esponjosa, que também são chamadas, juntas, de camada funcional! Fase proliferaTva inicial: glândulas curtas e pequenas • Quem prolifera: estrogênio Fase secretora: glândulas mais longas, tortuosas e dilatadas • Quem torna o endométrio secretor: progesterona ANTICONCEPÇÃO MUCO CERVICAL Fase folicular Ação estrogênica Muco fino → filância Cristalização → aspecto arboriforme na lâmina (“lâmina de samambaia”) Fase lútea Ação da progesterona Muco espesso (sem filância) Sem cristalização WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA A escolha do método baseia-se na facilidade de uso, reversibilidade e índice de Pearl (segurança baseada na taxa de gravidez para cada 100 mulheres/ano usando determinado método contracepPvo). • Ao acaso, sem proteção, apenas 85% das mulheres conseguem engravidar; por isso, deve-se aguardar 1 ano para invesPgar casais que tentam engravidar e não conseguem. Categorias 1 e 2 pode usar o método contracepMvo; categorias 3 e 4 não devem usar! Comportamentais: tabelinha, curva térmica (progesterona aumenta 0,3oC), muco cervical (mais filante, mais estrogênio, pico de LH, está ovulando) → tentam prever a ovulação • Baixa eficácia! Não usar! Na verdade, é uma forma barata de prever ovulação para quem quer engravidar Amenorreia da lactação: deve ser AME, amenorreia e até 6 meses. Indicar ACO de progesterona para aumentar a confiabilidade. Barreira: condom → ideia é a proteção de DSTs (parcial para HPV e herpes) • Índice de Pearl (uso spico): 18 (masc) 21 (fem) • Baixa eficácia (mas o feminino confere maior área de proteção)! • Indicar o condom como fator para proteção de DST, mas não como método contracepPvo. Hormonais: • Progesterona: minipílula, injetável trimestral, implante subdérmico o Minipílula: não é anovulatória; altera o muco cervical e atrofia o endométrio. ▪ Ideal na amamentação ou peri-menopausa (existem outro mecanismo junto). ▪ Não precisa mais esperar 6 semanas na puérpera, pode iniciar no pós-parto imediato. o Pílula de desogestrel 75mcg (Cerazeue): anovulação em 97% dos casos, mas não é minipílula. o Injetável trimestral e implante subdérmico: alteram o muco, endométrio e fazem anovulação! ▪ O injetável trimestral pode gerar spoVng, ganho de peso (3-4kg) e pode reduzir a massa óssea. ▪ Implante subdérmico em obesas tem efePvidade reduzida. ▪ O implante tem índice de Pearl menor que laqueadura e vasectomia o Contraindicações: ▪ Gravidez, tumor hepáPco, HAS grave, AVE, TVP, TEP aguda (categoria 3). ▪ CA mama atual (categoria 4). • E + P: ACO, anel vaginal, adesivo e injeção mensal. o Alteram o muco cervical, endométrio, moPlidade tubária e anovulação! o Estrogênio alto inibe FSH; não pode ser apenas estrogênio pois, dentre outras coisas, a dose alta promove ovulação (pico de E faz pico de LH). o Progesterona inibe LH! o Contraindicações principais (categoria 4): ▪ Amamentação 15 cigarros) após 35 anos (menos que 15 é categoria 3) ▪ DM com vasculopaPa, HAS grave ▪ IAM, TVP, TEP e AVE atuais ou prévios Os métodos contracepTvos incluem mudanças comportamentais, barreira, DIU, hormônios sistêmicos ou cirurgia. Mecanismos de ação Barreiras |sicas e espermicidas Anovulação Alteração no muco/endométrio Contraindicações: critérios de elegibilidade da OMS Categoria 1: pode usar Categoria 2: usar com cautela Categoria 3: contraindicação relaPva Categoria 4: contraindicação absoluta WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA ▪ Enxaqueca com aura (não importa a idade) ! pode ter AVE Benekcio não contracepTvo do método combinado: diminuição do risco de câncer de ovário e de endométrio Parar de usar o ACO esta relacionado ao aumento do risco de CA de colo, em função do comportamento. DIU – nenhum dos dois são anovulatórios, não de forma confiável! • Cobre: duração de 10 anos o Ação irritaPva, inflamatória e espermicida o Não colocar em mulher com SUA ou dismenorreia, pois é irritaPvo • Progesterona: duração de 5 anos o Ação local com atrofia endometrial e torna o muco hosPl o Melhora dismenorreia e SUA • Índice de Pearl próximo ao da laqueadura • Contraindicações: o grande problema são alterações intrauterinas o Gravidez, distorção da cavidade, como um mioma, infecção intrauterina, SUA inexplicado, CA colo e endométrio atuais o Ca de mama atua no DIU de progesterona o Entre 48h e 4 semanas pós-parto Pode ser colocado nas primeiras 48h pós-parto, qualquer DIU, mesmo amamentando Caso a paciente engravide, se corda esPver visível, rePrar o DIU. Se não esPver a corda, não fazer nada. LARC – Long AcTng Reversible ContracepTon: DIU decobre, DIU de progesterona e implante subdérmico Método cirúrgico ! Laqueadura tubária • Maior de 25 anos OU > 2 filhos • Tem que estar fora do ciclo gravídico puerperal, não pode ser no parto e só após 42 dias se aborto • Respeitar período 60 dias entre a vontade e a cirurgia A laqueadura pode ser feita durante o parto se for: • Cesareanas de repePção • Risco de vida por patologia grave (HAS grave, p.ex) – desde que cesárea Rifampicina, anTconvulsivantes, anTrretrovirais → diminuem a eficácia do contracepTvo combinado! O ácido valproico dos anTconvulsivantes, pode usar, em geral ContracepTvo mais seguro Implante subdérmico de levonorgestrel! Contracepção de Emergência Alteram ovulação, muco e trompas 1a fase ciclo: impede/posterga a ovulação 2a fase ciclo: altera muco Levonorgestrel (mais eficaz e menos efeitos colaterais) • 1cp 1,5 mg dose única • 1cp 0,75 mg 12/12h Método Yuzpe (método pouco usado e muito efeito) • 100 mcg EE + 0,5 mg levonogestrel 12/12h DIU de cobre • Não pode ser colocado após violência sexual! • Não é escolha comum! WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA EMBRIOLOGIA Genitália Interna: • Müller → faz genitália interna (mulher) o Desenvolvimento do útero, trompas e 2/3 superiores da vagina • Homem: tem hormônio anP-mulleriano = cresce ducto Wolff (ducto mesonéfrico) • Mulher: sem hormônio anP-mulleriano = cresce ducto de Müller (ducto paramesonéfrico) Genitália Externa: • Depende de ação androgênica! 1/3 inferior da vagina, lábios, clitóris • Homem: com di-hidrotestosterona → fica masculina • Mulher: sem di-hidrotestosterona → fica feminina Homens com insensibilidade aos receptores androgênicos terão genitália externa feminina FISIOLOGIA • ComparPmento I – Uterovaginal (Proliferação, secreção e menstruação) • ComparPmento II – Ovariano (E e P) • ComparPmento III – Hipofisário (FSH e LH) • ComparPmento IV – Hipotalâmico (GnRH) AMENORREIA ! Amenorreia é um atraso menstrual prolongado, que merece invesPgação! • Primária: nunca menstrou o 14 anos sem menstruação e sem desenvolvimento sexual secundário, invesPgar! ▪ Telarca, pubarca, esPrão de crescimento e menarca o 16 anos sem menstruação e com desenvolvimento sexual secundário, invesPgar! • Secundária: já menstruou e não menstrua mais! o Sem menstruação por 6 meses ou 3 ciclos AMENORREIA SECUNDÁRIA • 1º) Excluir gestação → β-HCG • 2º) Dosar TSH e PROLACTINA (ao mesmo tempo) o HipoPreoidismo – invesPgar; se ocorrer, tratar que irá melhorar a hiperprolacPnemia! o HiperprolacPnemia HiperprolacTnemia WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Carbegolina tem facilidade posológica e menos efeitos adversos que a bromocripMna. Não se faz mais cirurgia no prolacMnoma, mesmo que macro. LEMBRAR ! DOPAMINA INIBE PROLACTINA Várias medicações inibem a dopamina, que é antagonista da prolacMna e, assim, aumentam a prolacMna! • 3º) Teste da Progesterona o Avalia os níveis de estrogênio e trato de saída o Medroxiprogesterona 10mg 5-10 dias (Provera) o Aguardar 7 dias. Ou a paciente sangra ou não! ❖ Houve sangramento: faltava progesterona -> A causa é anovulação, como na SOP ❖ Sem sangramento: falta de estrogênio? Lesão endometrial? Obstrução ao fluxo? ▪ ConPnuar invesPgação... • 4º) Teste do Estrogênio + Progesterona o Avalia endométrio e trato de saída o Estrogênio 21 dias + Progesterona 5 dias (nos úlPmos 5 de Estrogênio) o Aguardar 7 dias e ver se sangra ou não • Houve sangramento: falta de estrogênio -> Anatomia normal (exclui causa anatômica); causas são do comparPmento II, III ou IV. ConPnuar invesPgação. • Sem sangramento: alteração do trato de saída -> causa é do comparPmento I. • 5º) Dosar FSH (normal de 5 a 20) o Causa ovariana ou central? o FSH > 20 ▪ Causa ovariana (comparPmento II), pois o essmulo chega o FSH normal ou diminuído ( chega esqmulo, mas o ovário não funciona o Pedir carióPpo se infanPlismo sexual e FSH alto!! o Disgenesia gonadal: maior causa de amenorreia primaria sem caracterísPca sexual secundária! Se for tem que Prar as gônadas, pois pode virar CA de ovário • LH / FSH baixos o Fazer teste do GnRH – hipófise/hipotálamo DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE AMENORREIA ProlacTnoma Medicamentosa Outras DiagnósTco RM Metoclopramida NeurolépPcos Tricíclicos RaniPdina ACO... Gestação Lactação HipoPreoidismo EsPmulação Estresse S.Cushing Tratamento Inicial é clínico (ag dopaminérgico) Carbegolina ou BromocripPna Criptomenorreia ! mulher que menstrua, mas não consegue exteriorizar WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA Hipotalâmicas (comp. IV) • Tumores o Craniofaringioma • Síndrome de Kallman o Tríade: amenorreia, anosmia/hiposmia e cegueira para cores • Estresse, anorexia, exercício |sico extenuante Hipofisárias (comp. III) • Tumores o ProlacPnomas • Sd Sheehan: Necrose hipofisária pós-parto após sangramento significaPvo (gera agalacPa e pode até gerar pan-hipopituarismo) Ovarianas (comp. II) Tratamento é sempre reposição hormonal • FOP – Falência Ovariana Precoce o 20) esgotaram os folículos – sintomas de climatério • Sd Savage o Folículo selvagem! Tem folículo, mas é resistente às gonadotrofinas! o Pode ser amenorreia 1a ou 2a o DD de FOP, tem síndrome climatérica – diferenciação seria biópsia ovariana • Disgenesia gonadal o Maior causa de amenorreia primária sem caracteres sexuais secundários* o A mais comum é Sd Turner (45 XO) ! baixa estatura, pescoço alado, tórax em escudo, hiperteilorismo mamário o Disgenesia com Y ! rePrar gônada! Pode evoluir para CA de ovário Uterovaginais (comp. I) • Malformações müllerianas o Rokitansky → 46 XX vagina curta e sem útero e trompas (mas tem ovários) ▪ Mamas e pelos pubianos normais (tem caracter 2a normal) o Útero bicorno, septado, unicorno e didelfo • Síndrome de Asherman o Lesão endometrial, não responde a E e P. Aderências endometriais (sinéquias intra-uterinas) pós trauma, como curetagem, infecções... o DiagnósPco e tratamento por histeroscopia! Confirma e desfaz aderências • Hiperplasia Adrenal Congênita o Mais causa de genitália ambígua na menina* o Deficiência de 21-hidroxilase! Há aumento de 17OH progesterona e androgênios, podem confundir com SOP na vida adulta, se não Pver Pdo manifestação precoce (mais comum) Síndrome de Morris – insensibilidade ao androgênio • Pseudo-hermafrodiMsmo masculino: androgênio não atua e o homem tem genitália feminina. • 46 XY • Genitália externa feminina Rokitansky x Morris SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS (Anovulação Hiperandrogênica) Rokitansky Morris Agenesia mülleriana Defeito nos receptores androgênicos 46 XX (feminino) 46 XY (masculino) Amenorreia 1ª, com caracteres sexuais 2º, sem útero, vagina curta e pelos normais Tem ovários normais Amenorreia 1ª, mamas pequenas, sem útero, vagina curta, mas sem pelos Tem tesqculo – pode confundir com hérnia inguinal --- RePrar gônada e ampliar vagina WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA • É um diagnósPco de exclusão! • Afeta 5-10% das mulheres → doença ginecológica mais comum! A SHBG transporta os hormônios sexuais (a maior parte fica ligado, a fração livre é pequena), mas a fração livre é a parte aPva. A paciente com SOP tem redução da SHBG (menor produção hepáPca), aumentando a fração livre de hormônios sexuais. A gênese da doença está na resistência à insulina! É necessário tratar essa resistência, o que fará com que o |gado produza mais SHBG e diminua as frações livresde estrogênio e progesterona, combatendo o hiperandrogenismo e a anovulação. • Acantose nigricans – resistência periférica à insulina • Acne, alopecia, hirsuPsmo (pelo grosso com distribuição masculina em uma mulher – Escala de ferriman > 8) • Irregularidade menstrual e inferPlidade • Oligomenorreia ou amenorreia O diagnósTco é clínico, mas é necessário solicitar laboratoriais para excluir outras doenças: • TSH, prolacTna: Causas de irregularidade menstrual • 17-OH-progesterona: Hiperplasia adrenal congênita – 17-OH-P 12 folículos • 2 a 9 mm ou • > 10 cm³ ovário • Oligo ou anovulação • Hiperandrogenismo Tratamento • APvidade |sica • Dieta • Perda de peso Além disso, avaliar o objePvo pessoal em outras situações: • Controle da insulina o Me�ormina o Associar ACO para não engravidar • Tratar hirsuTsmo o APvidade |sica diminui resistência periférica, aumentando SHBG e melhorando o hirsuPsmo o Dermatologia o Ciproterona (progestágeno): é uma progesterona anP-androgênica! • Controle do ciclo o ACO ou progesterona (ciproterona) • Gestação o Indutores de ovulação (clomifeno) o Se não funcionar, adicionar me�ormina! Quer engravidar agora? • Não ! ACO + cosméPco + anPandrogênico (SOS)/ espironolactona/finasterida • Sim ! MEV + clomifeno (se necessário + me�ormina) Resistência insulínica + anovulação + hiperandrogenismo WL RESUMOS RESIDÊNCIA MÉDICA