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CITOPATOLOGIA Recursos de apoio diagnóstico Profa. Natália Helena Mendes Gonçalves http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjW5suBlsvKAhWHIpAKHWN6De4QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.cursogratisonline.com.br%2Ffaculdade-unip-universidade-paulista%2F&psig=AFQjCNF-LS0HkyOquas2EHgd0rmXaIynxQ&ust=1454024621241705 • Aplicação • Excelente desempenho para identificação de lesões precursoras cervicais de baixo grau - que apresentam menor celularidade e na detecção de lesões precursoras cervicais de alto grau. • Incontestável superioridade na obtenção de amostras satisfatórias; • Concentra as células em áreas menores da lâmina, de maneira homogênea, reprodutível e individualizada. Citologia em Meio Líquido • TÉCNICA • Amostra cérvico-vaginal é imediatamente transferida para um frasco contendo uma solução conservante a qual, além das células, conserva também o DNA, o RNA e as proteínas, permitindo a realização de testes adjuntos. • Todos os interferentes (sangue, muco, células inflamatórias) são eliminados da amostra. • Líquido é tratado para remover outros elementos, tais como muco e hemácias antes de uma camada única de células serem depositadas sobre uma lâmina por um equipamento; • Ao final do processo, tem-se uma lâmina com a amostra disposta numa camada fina, limpa e com apenas 13mm de diâmetro. Citologia em Meio Líquido Citologia em Meio Líquido • Preparo do paciente • 1. A coleta deve ser realizada fora do período menstrual da paciente. 2. Não fazer uso de pomadas, cremes ou duchas vaginais nos dois dias que antecedem à coleta da amostra. 3. Abstinência sexual nos 3 dias que antecedem à coleta. 4. Não realizar exame colposcópico imediatamente anterior à coleta da amostra de material endocervical. 5. Não realizar ultrassonografia trans-vaginal antes da coleta da amostra. • Coleta • Escova cervical, e/ ou espátula; • A amostra é depositada num pequeno vidro contendo meio de transporte. Citologia em Meio Líquido • VANTAGENS: • Análise mais fácil; • Diminui erros na maneira de confeccionar a lâmina; • Maior sensibilidade e especificidade • Ensaios com DNA, RNA, tais como a detecção/genotipagem do DNA de HPV, ou a detecção das proteínas E6/E7. Desvantagem • Custo maior Citologia em Meio Líquido • Resultados mais seguros • Maior acuidade do diagnóstico das lesões precursoras e do carcinoma cervical, bem como de lesões precursoras de outros sítios da região anogenital. • Tempo de rastreamento e de obtenção de resultados reduzidos • Mais clareza na visualização e interpretação de células de importância diagnóstica • Alta Produtividade Vantagens da Citologia em meio Líquido • EM APENAS UMA AMOSTRA: • Teste HPV (DNA, PCR) e genotipagem • Agentes Patogênicos • Clamydia • Neisseria • Ureaplasma • Mycoplasma • Streptococcus agalactiae • Herpes 1/2 Vantagens da Citologia em meio Líquido • Teste Papanicolaou convencional • Redução da incidência de câncer cervical; • Limitações de amostragem ou preparação de lâminas: • Apenas uma pequena porção da amostra retirada da paciente é transferido para a lâmina Papanicolaou convencional. • Essas limitações podem levar a imprecisões e diagnósticos equívocos quando se utiliza esta metodologia. • A tecnologia possibilita resultados mais precisos e se comparado com citologia de lâmina convencional temos 47% vs 80% de precisão diagnóstica. • Citologia em base líquida é um aprimoramento do Papanicolaou, • Implementada em praticamente 100% das rotinas de países como EUA e Inglaterra, e ganhando cada vez mais importância em diversos países da Europa e da Ásia; • Hospitais universitários, centros de pesquisa e excelência como a Fundação Oncocentro de São Paulo e os principais laboratórios de patologia do Brasil . Citologia em Meio Líquido Citologia em Meio Líquido Citologia em Meio Líquido MICOPLASMAS • Bactérias desprovidas de parede celular • Não se coram ao Gram • Família: Mycoplasmataceae possui 2 Gêneros: • Mycoplasma / Ureaplasma • Mycoplasma hominis e Mycoplasma genitalium • Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum • Podem ser isolados do trato genital em adultos – comensais ou patógenos • Mycoplasma genitalium • Uretrites, endometrites e cervicites • Detecção: Biologia Molecular • Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum • Vaginites e uretrites • Aborto espontâneo • Infecções extragenitais: pulmões, sítios estéreis (líquido sinovial, SNC) – Pacientes imunocomprometidos MICOPLASMAS Material clínico • Meio de transporte específico: A3 • Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum • Cultura em meio Líquido específico: M42 / U9 • Ágar A7 • O teste por meio de PCR é hoje o método de análise mais utilizado para identificar micoplasmas em cultura TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECUCAR - HPV • Permite a detecção de DNA vírico em fragmentos de biopsia ou escovado cervical, e possuem elevada especificidade e sensibilidade. • HPV possui no seu genoma vários genes expressos. • E6 e E7, foram classificados como oncogenes pela sua capacidade de induzir a transformação maligna das células infectadas. • Codificam oncoproteínas que têm como alvo as proteínas p53 e Rb respectivamente, que são proteínas codificadas por genes supressores tumorais. • Os genes E6 e E7 induzem a divisão celular e evitam a apoptose. ANTICORPOS E SUAS APLICAÇÕES DIAGNÓSTICAS • Anticorpos são proteínas que reconhecem um antígeno de forma específica e com alta afinidade. • Os anticorpos são utilizados para a detecção específica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Antibody.svg http://3.bp.blogspot.com/-rLOo7LEYpMc/TazjIeh_B0I/AAAAAAAAAEc/9j6NEX37yu8/s1600/Ih.jpg Captura Híbrida • DETECÇÃO DE DNA - HPV • Antes dos primeiros sintomas de HPV • Material: raspagem de uma pequena amostra do muco vaginal no colo do útero, vagina ou vulva – mulher • raspagem de uma pequena amostra do muco vaginal no colo do útero, vagina ou vulva • BIOPSIA (colo uterino, vulva, pênis, anus, etc). • Uretra – homem • Coleta: através de uma escova especial e remetida ao laboratório em um recipiente próprio. • Quantifica indiretamente a carga de vírus presente e o soro tipo (18 tipos do HPV) • Exame útil no diagnóstico e acompanhamento da infecção pelo Papilomavírus Humano • A Captura Híbrida não identifica os tipos virais do HPV, e sim os grupos virais. • O teste possui dois pools de sondas, uma para os vírus de baixo risco (não oncogênicos ou seja, que não causam o câncer) que pesquisa os tipos virais 6, 11, 42, 43 e 44; e outra para os vírus de alto risco (oncogênicos ou que podem causar o câncer) que pesquisa os tipos virais 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68. • A Captura Híbrida contém sondas gênicas de 70% dos tipos de HPV de baixo risco e 99% dos oncogênicos. Captura Híbrida • O exame de captura híbrida para HPV deve ser feito por todas as mulheres que tiveram alguma alteração no papanicolau ou que estejam dentro do grupo de risco do HPV, exemplo: muitos parceiros sexuais. • É um teste de biologia molecular qualitativo e quantitativo, que amplifica e detecta o sinal dos híbridos formados pela reação enzima- substrato. A leitura do resultado é feita por quimioluminescência. Captura Híbrida • Reagindo com sonda gênica especifica, o material para análise forma híbridos de RNA/DNA que são capturados por anticorpos que revestem as paredes da microplaca. • A seguir, os híbridos imobilizados, reagem com anticorpos específicos conjugados, formando um substrato estável que é posteriormente detectado por quimioluminescência ultra- sensível. • Os valores lidos pelo quimioluminômetro são transmitidos a um computador,dotado de software específico, que analisa os números recebidos e faz os cálculos de validação do ensaio e a quantificação dos controles positivos, negativos e amostras. • O software executa o relatório final do teste e sua impressão, não havendo margem de erro nos cálculos. Captura Híbrida Imuno ‐ histoquímica • Refere ao processo de localizar antígenos em tecidos, explorando o princípio da ligação específica de anticorpos a antígenos no tecido biológico. • A técninca imuno histoquímica é amplamente utilizada no diagnóstico de células anormais, tais como aquelas encontradas em neoplasias. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Immunohistochemistry.png • Direto • Anticorpo marcado conjugado reagindo diretamente com o antígeno na amostra de tecido. • Essa técnica utiliza apenas um anticorpo e o procedimento é, portanto, simples e rápido. • Indireto • Anticorpo primário não-marcado (primeira camada) que reagem com o antígeno do tecido, e um anticorpo secundário marcado (segunda camada) que reagem com o anticorpo primário. • A segunda camada de anticorpos pode ser marcada com corante fluorescente ou uma enzima. Imuno ‐ histoquímica • Anticorpo é conjugado a uma enzima, como uma peroxidase, que pode catalisar uma reação que produzirá coloração. Alternativamente, o anticorpo pode também ser marcado com um fluoróforo, como fluoresceína, rodamina entre outros. Imuno ‐ histoquímica • Reconhece antígenos e assim identificar e classificar células específicas dentro de uma população celular morfologicamente heterogênea. • A visualização do complexo antígeno-anticorpo é possível pela adição de um cromógeno conjugado ao anticorpo e enzima que pode então ser observado ao microscópio. • Procedimento: • Dependendo do propósito e da espessura da amostra, cortes finos (cerca de 4-40 μm) são feitos no tecido de interesse, ou, se o tecido não for muito espesso e for penetrável, é utilizado inteiro. Os cortes são geralmente realizados através do uso de um micrótomo, e colocados em lâminas. • Fixação do tecido é realizada em formalina e embebição em parafina Imuno ‐ histoquímica APLICAÇÕES DIAGNÓSTICAS • Vários anticorpos são utilizados para o diagnóstico das mais específicas situações: • Fatores Prognósticos de Câncer de Mama (ex. p53) • Perfil Hormonal em adenoma de hipófise • Imunofenotipagem de linfomas e sarcomas • Detecção de sítio primário de adenocarcinoma • Caracterização de neoplasia indiferenciada • Fatores prognósticos de câncer • Detecção de agentes infecciosos PCR – REAÇÃO EM CADEIA DE POLIMERASE Polymerase Chain Reaction • Método de amplificação DNA sem o uso de um organismo vivo; • Comum em laboratórios de pesquisas médicas e biológicas para diversas tarefas como: • Sequenciamento de genes ; • Diagnóstico de doenças hereditárias; • Identificação de "impressão digital" genética (usado em testes de paterninade e na medicina forense); • Detecção de diagnóstico de doenças infecciosas (Chlamydia trachomatis, HPV Vírus do papiloma humano e seus genótipos, HIV, Vírus da Hepatite B) • Criação de organismos transgênicos PROCEDIMENTO • Situações onde a quantidade de DNA disponível é reduzida. • Método muito sensível de análise; • Cuidado para evitar contaminações que possam inviabilizar ou tornar errôneo o resultado. • Utilizar mecanismos da replicação in vitro. • Extrair o material genético da célula ou outro material a ser estudado (exemplo: vestígios de crimes) sem danificá-lo. • Normalmente o material extraído é o DNA (ADN), mas pode- se trabalhar com o RNA (ARN); • Adicionada uma mistura (também conhecida como pré-mix) que contém os dNTPs (desoxirribonucleotídeos trifosfatos), que são as bases nitrogenadas ligadas com um três fosfato, os primers (também chamados de oligonucleotídeos ou iniciadores) e a enzima Taq-polimerase em uma solução tampão. • Toda esta mistura é colocada no termociclador, o qual faz ciclos de temperatura pré-estabelecidos com tempos exatos específicos para cada reação (fragmento a ser amplificado) • Desnaturação (quebra das pontes de hidrogênio) • Temperatura é elevada de 94 a 96°C por pouco tempo para que haja a separação da dupla cadeia de DNA; • Anelamento • Temperatura é reduzida entre 50 a 60 °C dependendo da quantidade de citosina (C) e guanina (G) encontrada no primer, para que os primers se anelem (emparelham) com a fita molde de DNA (anelamento). • Extensão • Temperatura é elevada a 72 °C para que a enzima possa funcionar sintetizando a nova molécula (extensão). • em seguida um novo ciclo é iniciado. Normalmente são realizados de 25 a 40 ciclos para cada reação na qual a taxa de replicação é exponencial. PROCEDIMENTO TERMOCICLADOR https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pcr_machine.jpg RT- PCR • A reação em cadeia de polimerização em tempo real combina a metodologia de PCR convencional com um mecanismo de detecção e quantificação por fluorescência. • A metodologia permite que os processos de amplificação, detecção e quantificação de DNA sejam realizadas em uma única etapa, agilizando a obtenção de resultados e diminuindo o risco de contaminação da amostra e dando maior precisão. • Metodologia de PCR + Sistema de detecção de sinais fluorescentes • Funciona baseado no aumento da fluorescência indicando aumento de material genético específico amplificado; • Detecção, quantificação e amplificação de DNA em uma única etapa • Agilidade na obtenção de resultados • Técnica quantitativa - Quantificação do número de moléculas produzidas a cada ciclo RT- PCR Vantagens PCR em Tempo Real • Coleta de dados na fase exponencial (ciclo a ciclo) • •SEM manipulação pós-PCR • •Resultados quantitativos • •Requer concentrações reduzidas de DNA • •Tempo de reação reduzido • •Maior reprodutibilidade, sensibilidade e precisão • PCR convencional • •Coleta de dados na fase final da reação • •Manipulação pós-PCR • •Preparação de gel de agarose - visualização • •Resultados qualitativos • •Requer concentrações maiores de DNA • •Maior tempo para obter resultados Aplicação • Todas as aplicações da PCR tradicional •Quantificação de carga viral •Quantificação de expressão gênica •Detecção de agentes infecciosos •Caracterização de agentes (Genotipagem) • Paciente do sexo masculino, 35 anos, casado, residente em Maceió/AL, foi atendido no ambulatório da cidade com queixa de tumoração sob a língua e dificuldade de engolir alimentos. Paciente relata prática de sexo oral e anal, fumante, etilista, iniciou a vida sexual ao 13 anos. Após exame clínico o médico evidenciou tumores na língua e amigdala de aspecto vegetante e couve - flor. • Apesar da clínica, o médico solicitou alguns exames para confirmação do diagnóstico. • Qual provavél diagnóstico? • Qual (is) exame (s) você sugeria para o paciente realizar? CASO CLÍNICO 1 Foto - Paciente http://1.bp.blogspot.com/-0Ht1xPiJxRE/VY_3QP2iFHI/AAAAAAAAByk/ukSl8-Zxj4I/s1600/Papiloma%2B6.jpg Biópsia Diagnóstico laboratorial • hibridização in situ, • imunohistoquímica, • PCR • Tratamento • excisão cirúrgica simples • Agentes ceratolíticos (agentes ácidos) ou por meio da crioterapia ou laserterapia