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In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia PATOLOGIA GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PRÁ PROGRAMA FORMA PARÁ CURSO: ENFERMAGEM Profa. Dra. Patrícia Lima patricia.lima@uepa.br MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Métodos de estudo • Citologia • Histopatologia (biópsias) • Macroscopia (patologia cirúrgica/imagem) • Autópsias • Testes moleculares – In situ (imuno-histoquímica, hibridização etc) – Patologia molecular In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia 1.Estudo Morfológico • Forma mais tradicional de estudo em patologia, tanto para investigação quanto para diagnóstico – Macroscopia – Microscopia • Exames – Citológicos – Anatomopatológicos – Necropsia Métodos de Estudo em Patologia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Importante meio de diagnóstico de muitas doenças, sobretudo neoplasias malignas e suas lesões precursoras Melhor exemplo: Exame colpocitológico para detecção de câncer do colo uterino Também detectam agentes infecciosos e parasitários Obtenção da amostra 1. Raspado de pele ou mucosas 2. Secreções (árvore traqueobrônquica) 3. Líquidos (urina) 4. Punção aspirativa (tireóide, mama, etc) Fixação: alcool etílico Coloração: Papanicolau Resultado: diagnóstico morfológico, complementado pela etiologia do processo (doenças infecciosas). Classificação de Papanicolau em lesões cancerosas Exames citológicos In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Analisa células individualizadas/livres Origem: Liquídos orgânicos Urina, liquor, liquido ascítico Punções aspirativas Pulmão, mama, linfonodos, sangue Secreções Escarro, abcessos Lavados cavitários Lavado brônquico Raspados Cervicovaginal In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Células devem ser fixadas e coradas Fixador mais comum é o álcool 95% Corante hematoxilina eosina Detecção de células neoplásicas, parasitas e bactérias Origem das amostras: Punções aspirativas ou raspados In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Exemplo: Exame Papanicolau Células do canal endocervical Detecção de cancer do colo do útero Detecta células anormais que podem desenvolver cancer In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Células normais Alteração = aumento/duplicação do núcleo Pessoa treinada – interpretação dos resultados In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Esfregaço de células sanguíneas Contagem de 200 células e classificação morfológica In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia EXAMES CITOLÓGICOS Anemia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia BIÓPSIAS → diagnóstico e/ou tratamento Biópsias ablativas (extirpação total da lesão) Biópsia incisional (somente parte da lesão é retirada) Material representativo e colhido de maneira adequada Fixação: formaldeído 4% Inclusão em parafina Dissecação e exame macroscópico Microtomia Desparafinização Coloração: hematoxilina- eosina (HE) Exames anatomopatológicos In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Podem ser para diagnóstico ou tratamento - Ablativa ou excicional Remoção de toda a lesão para tratamento - Incisional Retira parte da lesão para diagnóstico Importante: Amostragem deve ser representativa de toda lesão/tecido Não só superficial Pode ser com auxílio de ultrassom para atingir ponto desejado BIÓPSIAS In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Biópsia em caso de suspeita de câncer pulmonar guiada por tomografia computatorizada BIÓPSIAS http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ Interpretação de corte histológico http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ http://mol.icb.usp.br/index.php/1-12-conceitos-basicos/ In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Amostras acondicionadas em um fixador Formaldeído a 4% Previne autólise e mantem estrutura celular Volume de 6 a 10 vezes maior que a amostra Amostras devem ser acompanhadas de informações do paciente e de outras observações clínicas Evitar diagnóstico errôneo BIÓPSIAS Princípio de histopatologia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia No laboratório as amostras são parafinizadas, cortadas e amostras significativas do tecido coletado são coradas e analizadas Tecidos corados com corantes simples podem ser analizados em microscópio de luz BIÓPSIAS In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Microscópio de luz (óptico) Cortes histológicos e preparações citológicas In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia ANÁLISE HISTOLÓGICA Infiltração de gordura hepática Hematoxilina/eosina In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia ANÁLISE HISTOLÓGICA Mycobacterium tuberculosis Hematoxilina/eosina + Ziehl Neelsen In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Luz polarizada: cristais Campo escuro: microorganismos Contraste de fase: células vivas, não coradas Invertido: células em cultura Fluorescência Varredura confocal: análise tridimensional Eletrônico Microscopia especial In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Exame post mortem de órgãos para se determinar a causa da morte e conhecer as lesões e as doenças existentes no indivíduo. Necrópsia médico- científica Realizada em grandes centros médicos: determina a causa da morte e correlaciona os achados morfológicos com os clínicos Necrópsia médico- legal: objetivo fundamental de determinar a causa da morte In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia 2.Imunohistoquímica e Imunocitoquímica • Utilização de anticorpos para a detecção de antígenos presentes na superfície ou no interior das células ou nos tecidos • O anticorpo deve estar marcado com um elemento que possa ser visualizado – Fluorescente: imunofluorescência – Enzimática: imunoenzimática Exemplos ► Técnicas utilizadas quando o estudo morfológico convencional é insuficiente para o reconhecimento e diagnóstico da doença Diferenciação de tumores Pesquisa de receptores para hormônios ou para fatores de crescimento Detecção de agentes infecciosos In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Método que associa anticorpos com reagentes específicos para localizar estruturas em células O produto é analizado em microscópio em corte histológico Anticorpos ligados a marcadores fluorescentes Resultado qualitativo – Presença/ausência de determinado marcador In tr od u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia A) Imunofluorescência direta; A’) Imunofluorescência indireta; B) Imunoperoxidase direta; B’) Imunoperoxidase indireta. In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Imunofluorescência direta e indireta Proteina presente só em células cancerosas In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia BIÓPSIAS Tecidos corados com anticorpos fluorescentes podem ser analizados em microscópio de fluorescência In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Muito importante em certo tipo de neoplasias Classificação precisa depende da identificação de proteínas específicas expressas pelo tipo celular Podem ajudar na identificação da sede primária do tumor Identificação de micrometástases em linfonodos sentinelas In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Diagnóstico de neoplasias In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Diagnóstico de margem pós cirurgica In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Diagnóstico de metástase em linfonodos Anticorpo anticitoqueratina Expresso em céls epiteliais In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Diagnóstico de neoplasias Proteína Ki67 – comum em neoplasias de mama Muito presente nas células que estão se dividindo < 10% - normal 10 – 20% - intermediário > 20% - alto In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Proliferação alta Proliferação baixa Neoplasia de mama In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Aplicações Diagnóstico de neoplasias Presença de receptores para Estrogenio e Progesterona Recomendação: Uso de tratamentos que reduzem os níveis hormonais e reduzem taxa de crescimento da neoplasia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia IMUNO-HISTOQUÍMICA Neoplasia de mama positiva para ER Recomenda o uso de anti-estrogenos (tamoxifen) In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Imunohisto/citoquímica enzimática – Conjugação com uma enzima. O anticorpo é localizado por meio de técnicas histoquímicas, geralmente, usadas em enzimas. A enzima mais usada é a peroxidase, que pode ser localizada pelo método DAB (3- 3’diaminobenzidina) e visualizada tanto no microscópio ótico como no eletrónico. https://knoow.net/ciencmedicas/medicina/anticorpo/ https://knoow.net/ciencmedicas/medicina/histoquimica-e-citoquimica/ https://knoow.net/ciencterravida/biologia/peroxidases/ https://knoow.net/ciencterravida/biologia/microscopia/ In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia P16+ P16- Imunocitoquímica enzimática In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Fígado Citoqueratina 8 Imunohistoquímica enzimática In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia Citomegalovirus In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Técnicas de manipulação de DNA e RNA Estão cada vez mais comuns e com menor custo Muitas vezes associadas a diagnósticos mais precisos e precoces In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Hibridação molecular Característica da estrutura do DNA – bases são complementares In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR • Hibridação molecular • Sondas de DNA • São como os anticorpos porém para sequências específicas de DNA • Sondas são acopladas a compostos fluorescentes ou radioativos Qualquer tipo de amostra pode ser submetido a esta técnica In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Alterações cromossômicas são comuns em diversas neoplasias Translocações Genes mudam de posição ou de cromossomo Amplificações Genes ou regiões gênicas são duplicadas Deleções Genes são deletados e não são mais detectados In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia ALTERAÇÕES NÍVEL CROMOSSÔMICO Deleção Duplicação Inversão In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia ALTERAÇÕES NÍVEL CROMOSSÔMICO Translocação In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR FISH – hibridização fluorescente in situ “Coloração de cromossomos” In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Sonda para sequência do cromossomo 3 - Leucemia In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR Deleção do gene PTEN em cancer de prostata In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE Reação em cadeia da polimerase: Funciona como uma replicação in vitro São adicionados todos os ingredientes para o funcionamento da DNA polimerase 1.Água 2.MgCl2 3.Tampão 4.dNTPs (A, T, C, G) 5.Taq DNA Polimerase 6.Primers 7.DNA Termociclador: controle da temperatura REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE Presença de DNA de vírus, bactéria Diagnóstico HIV – sensibilidade e especificidade > 99% Genotipagem para mutação no p53: In tr o d u çã o a o E st u d o d a P a to lo g ia GENOTIPAGEM Genotipagem em larga escala Até 3 milhões de mutações com baixo custo