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O Manual da Bandagem Elástica 
Funcional no Pré e Pós-Parto
A bandagem elástica funcional, também conhecida como Kinesio Taping, estabeleceu-se como uma 
ferramenta terapêutica valiosa e não invasiva, ganhando destaque na saúde da mulher. Sua 
importância cresce exponencialmente ao oferecer suporte, alívio e conforto durante as fases 
críticas da gestação e do puerpério.
Introdução à Bandagem Elástica 
Funcional
Definição e Essência da Técnica
Conforme explica a Dra. Paola Freitas, a bandagem 
elástica funcional é uma fita adesiva de algodão, 
elástica e com uma densidade muito semelhante à 
da pele humana. Seu design foi concebido para 
oferecer suporte a músculos e articulações, aliviar 
dores e melhorar a circulação, tudo isso com um 
diferencial crucial: a capacidade de não restringir o 
movimento. Essa característica permite que a 
paciente mantenha suas funções e atividades 
diárias, enquanto a bandagem atua continuamente 
para promover os efeitos terapêuticos desejados.
Origem e Evolução
A técnica foi desenvolvida no Japão, na década de 
1970, pelo quiropata Dr. Kenzo Kase. Ele observou 
que as bandagens rígidas existentes, embora 
eficazes para estabilização, limitavam a função 
muscular e articular dos atletas. Sua inovação foi 
criar um material que pudesse fornecer os mesmos 
benefícios fisiológicos 4 como alívio da dor e 
suporte muscular 4 mas que permitisse total 
mobilidade.
Análise das Cores
Uma dúvida comum diz respeito à 
influência das cores da bandagem. Com 
base em evidências científicas atuais, não 
há diferença comprovada no efeito 
fisiológico entre as cores. No entanto, a 
Dra. Paola Freitas compartilha uma 
observação clínica importante: fitas de 
cores mais escuras (como preto, azul e 
marrom) parecem ter uma aderência 
sutilmente superior, possivelmente devido 
à interação da tinta com o adesivo, 
embora a diferença seja mínima.
A popularidade da bandagem explodiu nas Olimpíadas dos anos 90, quando atletas de elite 
apareceram com as fitas coloridas, despertando a curiosidade mundial. No Brasil, a técnica foi 
inicialmente adotada pela fisioterapia ortopédica e, com o tempo, expandiu-se para diversas outras 
áreas, como a oncologia, a dermato-funcional e, de forma muito significativa, a obstetrícia e a 
fisioterapia pélvica.
Mecanismos de Ação e Benefícios Terapêuticos
Para aplicar a bandagem de forma eficaz, é crucial compreender como ela interage com o corpo 
para produzir resultados. A eficácia da técnica não está na fita em si, mas na forma como a 
aplicação correta 4 com a tensão, o posicionamento e o objetivo adequados 4 ativa mecanismos 
fisiológicos que promovem alívio e recuperação.
Efeito Analgésico (Teoria das Comportas)
A aplicação da fita sobre a pele gera um estímulo tátil contínuo. Esse estímulo ativa os nervos 
periféricos, que enviam uma informação sensorial ao cérebro. Essa informação "compete" com 
o sinal de dor que vem da mesma região. Utilizando a analogia da Dra. Paola, a técnica 
consegue "enganar o cérebro", fazendo com que a percepção do estímulo tátil se sobreponha 
à percepção da dor, resultando em analgesia.
Efeito Circulatório (Descompressão)
Ao ser aplicada, a bandagem eleva suavemente a pele, criando mais espaço no tecido 
subcutâneo. Essa descompressão reduz a pressão sobre os vasos sanguíneos e linfáticos, 
facilitando a circulação. O resultado é uma melhora na drenagem de fluidos em excesso 
(reduzindo edemas) e um aumento do fluxo de sangue rico em nutrientes para a área, o que 
acelera a reparação tecidual.
Avaliação dos Benefícios na Gestação e Pós-Parto
Os mecanismos de ação se traduzem em benefícios diretos que melhoram significativamente a 
qualidade de vida da mulher durante a gestação e o puerpério.
01
Alívio de Dores 
Lombares e Pélvicas
A bandagem oferece um 
suporte externo que ajuda a 
distribuir melhor o peso do 
abdômen em crescimento, 
aliviando a sobrecarga sobre a 
coluna lombar e a articulação 
sacroilíaca, que são pontos 
comuns de dor.
02
Suporte Abdominal
A aplicação correta 
proporciona uma sensação de 
sustentação para a barriga, 
diminuindo a pressão sobre a 
coluna e a região púbica. 
Muitas pacientes relatam um 
conforto imediato, interpretado 
como uma sensação de 
"suporte" ou "sustentação" do 
peso abdominal, que se traduz 
em menor tensão 
musculoesquelética.
03
Redução de Edemas
Ao facilitar a circulação linfática 
e sanguínea, a bandagem é 
extremamente eficaz na 
diminuição do inchaço, uma 
queixa muito comum em 
gestantes, especialmente nos 
pés, tornozelos e pernas.
04
Correção e Suporte Postural
A fita funciona como um estímulo 
proprioceptivo, ou seja, ela "lembra" o corpo da 
paciente sobre a postura correta. Toda vez que a 
postura se desalinha, a leve tração da fita na 
pele serve como um lembrete tátil para o 
realinhamento.
05
Recuperação Muscular e de Lesões
A técnica modula as fases da cicatrização e 
melhora a função muscular sem restringir o 
movimento. No pós-parto, por exemplo, ela 
auxilia na recuperação dos músculos abdominais 
e oferece suporte durante a amamentação.
Princípios Fundamentais de Aplicação Segura e Eficaz
A eficácia da bandagem elástica funcional depende diretamente da precisão na sua aplicação. Não 
se trata apenas de colar uma fita na pele; a técnica correta envolve o domínio de conceitos como 
tensão, posicionamento das âncoras e a preparação adequada da pele. Cada detalhe é crucial para 
garantir não apenas o resultado terapêutico, mas também a segurança e o conforto da paciente.
Análise das Tensões da Bandagem
A tensão aplicada na fita determina o efeito fisiológico que será gerado. É essencial escolher o nível 
de tensão correto para cada objetivo terapêutico.
Nível de Tensão Objetivo Terapêutico e Aplicação
Sem Tensão (0-
10%)
Utilizada primariamente para drenagem linfática e redução de edemas. 
A tensão é gerada apenas pela elasticidade natural da fita ao ser 
removida do papel protetor.
Tensão Leve (10-
15%)
Aplicada para auxiliar a circulação em sistemas venosos e linfáticos 
comprometidos, quando há necessidade de um estímulo circulatório 
suave.
Tensão Moderada 
(25-50%)
Ideal para oferecer suporte muscular, facilitar ou inibir movimentos e 
auxiliar na correção postural. É a faixa de tensão mais utilizada para 
sustentação abdominal.
Tensão Forte (75%) Reservada para promover estabilização articular máxima e para o 
alívio de dor aguda em pontos específicos (como a região lombar). A 
tensão de 100% nunca é utilizada neste contexto para evitar lesões na 
pele.
Conceitos Críticos: Âncora e Zona Terapêutica
Dois conceitos são a base de toda aplicação segura:
Âncora: São as extremidades da fita (geralmente os primeiros e últimos 2-3 cm). É obrigatório 
que as âncoras sejam aplicadas sem tensão alguma. Elas servem unicamente para fixar a 
bandagem na pele de forma segura, prevenindo irritações e a formação de bolhas.
Zona Terapêutica: Corresponde à parte central da fita, localizada entre as âncoras. É nesta zona 
que a tensão apropriada é aplicada para alcançar o objetivo desejado, seja ele de suporte, 
descompressão ou analgesia.
Técnicas de Corte Mais Comuns
A forma como a fita é cortada permite adaptar a aplicação a diferentes áreas do corpo e objetivos 
terapêuticos.
Corte em "I"
O corte mais simples, utilizado para suporte muscular específico, alívio de dor pontual e 
melhora da circulação em áreas menores.
Corte em "Y"
Usado para envolver grandes grupos musculares (como a panturrilha) ou articulações, 
distribuindo a tensão ao redor da estrutura.
Corte em "X"
Ideal para pontos de dor bem localizados ou articulações complexas, oferecendo 
suporte multidirecional.
Corte em "Polvo" ou "Garfo"
A principal técnica para drenagem linfática e redução de edemas. A base (âncora) é 
posicionada próxima a um gânglio linfático, e os filamentos (as "perninhas") são 
distribuídos sobre a área edemaciada para direcionar o fluido.
Corte em "Web" ou "Teia"
Uma técnica alternativa para drenagem, especialmente eficaz paraedema na região 
maleolar (tornozelo) e para tratamento de seromas ou alívio em áreas de dor 
concentrada (como nódulos de leite na mama). O centro da fita é cortado em formato de 
rede para maximizar a descompressão local.
Abordagem Anatômica e Fisiológica 
da Gestante
Uma aplicação segura e eficaz da bandagem elástica funcional em gestantes é impossível sem um 
profundo conhecimento da anatomia e fisiologia específicas deste período. Conforme recomendado 
pela Dra. Paola Freitas, o profissional deve estudar detalhadamente as alterações nos sistemas 
muscular, articular e linfático para compreender as queixas da paciente e direcionar o tratamento 
de forma assertiva. A bandagem não é uma solução única; ela é uma ferramenta que, quando 
aplicada com base em um raciocínio clínico sólido, potencializa os resultados e garante a segurança 
da mãe e do bebê.
Principais Alterações Anatômicas e Biomecânicas
A gravidez impõe uma série de adaptações estruturais significativas no corpo da mulher, que são a 
causa de muitos desconfortos comuns.
Alterações Posturais
O crescimento do útero desloca o centro de 
gravidade para frente, levando a uma 
compensação postural. É comum o aumento 
da lordose lombar (curvatura da parte inferior 
das costas) e da cifose torácica (curvatura da 
parte superior das costas), o que gera uma 
sobrecarga significativa e, 
consequentemente, dor nessas regiões.
Diástase do Reto Abdominal
Trata-se do afastamento dos músculos retos 
abdominais para acomodar o crescimento do 
útero. É uma alteração fisiológica e esperada 
durante a gestação. No entanto, se não for 
devidamente acompanhada no pós-parto, 
pode se tornar patológica, levando a dores 
lombares crônicas, instabilidade pélvica e até 
incontinência urinária.
Mudanças na Pelve
A pelve se adapta para o parto, com um 
aumento da inclinação pélvica e uma 
horizontalização do cóccix. Essas mudanças, 
embora necessárias, podem gerar dores por 
compensação em outras articulações e 
músculos que tentam estabilizar o corpo.
Alteração do Centro de 
Gravidade
O deslocamento do centro de gravidade e o 
peso do útero aumentam a pressão sobre a 
região inguinal. Essa compressão dificulta o 
retorno venoso e linfático dos membros 
inferiores, sendo uma das principais causas 
do inchaço e da sensação de pernas 
pesadas.
Impacto no Sistema Circulatório e Linfático
A gestação provoca um impacto profundo no sistema circulatório. O volume sanguíneo pode 
aumentar em até 50% para nutrir o feto. Simultaneamente, alterações hormonais, como o aumento 
da progesterona e da relaxina, afetam a elasticidade dos vasos sanguíneos. Somado a isso, a 
compressão exercida pelo útero em crescimento sobre as veias pélvicas dificulta o retorno do 
sangue ao coração. O resultado combinado desses fatores é a alta prevalência de edemas, varizes 
e a constante sensação de peso e cansaço nas pernas.
Protocolos de Aplicação: Técnicas Comuns no Pré-Parto
Esta seção detalha as aplicações práticas da bandagem para as queixas mais comuns em cada 
fase, transformando a teoria em ação terapêutica. As técnicas descritas abaixo representam 
protocolos eficazes para proporcionar alívio, suporte e conforto à gestante.
Suporte Abdominal 
e Alívio da Dor 
Púbica
Objetivo: Proporcionar 
uma sensação de 
sustentação para o 
abdômen, aliviando a 
pressão sobre a região 
púbica e a coluna lombar.
Técnica: Utiliza-se um 
formato de "H", com duas 
fitas verticais e uma 
horizontal. A fita 
horizontal, cortada em "I", 
é a principal, posicionada 
abaixo do umbigo com 
uma tensão moderada 
(25%) na zona terapêutica, 
criando um efeito de 
"elevação". As fitas 
verticais seguem a linha do 
reto abdominal para 
complementar o suporte. 
As âncoras são sempre 
aplicadas sem tensão.
Alívio de Dor 
Lombar e Sacral
Objetivo: Reduzir a dor 
aguda e a tensão muscular 
na região lombar e sacral.
Técnica: Para dor pontual, 
aplica-se múltiplas fitas 
em "I" cruzadas sobre o 
ponto de maior dor 
(formato de asterisco) com 
tensão forte (75%). Para 
uma dor mais difusa na 
região sacral, pode-se 
usar um formato de "A", 
contornando a articulação 
sacroilíaca.
Melhora da 
Respiração (Tensão 
Diafragmática)
Objetivo: Aliviar o 
desconforto respiratório 
causado pela compressão 
do diafragma pelo útero 
em crescimento.
Técnica: Uma fita em "I" é 
aplicada horizontalmente 
logo abaixo do processo 
xifoide, com tensão 
moderada (25%) no 
centro. As extremidades 
(âncoras) contornam as 
costelas inferiores sem 
nenhuma tensão.
Protocolos de Aplicação: Mais Técnicas Pré-Parto e Pós-Parto
Estímulo da Motilidade Intestinal
Objetivo: Auxiliar no alívio da constipação, uma 
queixa comum na gestação.
Técnica: Fitas em "I" ou "Y" são aplicadas 
seguindo o trajeto do cólon. O raciocínio clínico 
é crucial: a aplicação começa no final do 
trânsito intestinal para "puxar" o conteúdo em 
direção à saída. Primeiro, aplica-se uma fita no 
cólon descendente, com a âncora posicionada 
perto da pelve, para estimular o esvaziamento. 
Em seguida, continua-se no cólon transverso e, 
por fim, no ascendente, sempre posicionando a 
âncora no final de cada segmento para 
direcionar o peristaltismo corretamente. A 
técnica é aplicada sem adicionar nenhuma 
tração manual; a única tensão presente é a 
residual (0-10%) da própria fita ao ser 
removida do papel protetor.
Redução de Edema e Pernas 
Pesadas
Objetivo: Facilitar a drenagem linfática e 
reduzir o inchaço nos membros inferiores.
Técnica: Utiliza-se o corte em "Polvo" ou 
"Web". A âncora é posicionada próxima a um 
aglomerado de gânglios linfáticos (ex: 
retromaleolar no tornozelo ou fossa poplítea 
atrás do joelho). Os filamentos são distribuídos 
sobre a área edemaciada (pé, tornozelo, 
panturrilha) sem tensão, direcionando o fluido 
em direção à âncora. A aplicação nos pés pode 
formar uma espécie de "botinha".
Pós-Parto Imediato (Compressão e 
Suporte Abdominal)
Objetivo: Oferecer suporte para a musculatura 
abdominal, auxiliar no fechamento da diástase 
fisiológica e proporcionar conforto, 
especialmente após uma cesárea.
Técnica: Aplicação em multicamadas com fitas 
em "I". É crucial não aplicar tensão sobre a 
cicatriz da cesárea. A área da cicatriz é 
apenas coberta suavemente. As fitas são 
sobrepostas em camadas (como escamas), 
respeitando as linhas de tensão naturais do 
abdômen: aplicadas de forma oblíqua no 
abdômen inferior e mais horizontalmente na 
região superior. Elas partem das laterais em 
direção à linha média, com uma leve tração 
para aproximar a musculatura do reto 
abdominal, gerando uma compressão suave e 
uma sensação de segurança.
Suporte e Alívio na Amamentação
Objetivo: Aliviar o desconforto, melhorar a 
drenagem e oferecer suporte para as mamas.
Técnica: Existem três abordagens principais:
Drenagem: Corte em "Polvo" com a âncora 
no gânglio supraclavicular e os filamentos 
espalhados sobre a mama, direcionando a 
linfa.
1.
Suporte: Fitas em "I" aplicadas 
contornando a base e a lateral da mama 
para dar sustentação.
2.
Leite Empedrado: Corte em "Web" aplicado 
diretamente sobre nódulos de leite para 
criar uma descompressão local e facilitar 
sua dissolução.
3.
Cuidados, Precauções e Contraindicações
A excelência profissional no uso da bandagem elástica transcende a simples execução técnica. Ela 
reside na diligência com a segurança da paciente, na atenção aos detalhes e na adoção de uma 
abordagem terapêutica holística. A responsabilidade do terapeuta é garantir que cada aplicação 
seja não apenas eficaz, mas também completamente segura.
Checklist de Cuidados Essenciais
1 Avaliação e Preparo da Pele
A pele deve estar completamente 
limpa e seca, livre de óleos ou 
cremes.
Realize um teste de alergia aplicando 
um pequeno pedaço da fita no dorso 
da mão da paciente e aguardando de 
10 a 15 minutos.
Em peles muito oleosas ou sensíveis, 
utilize um creme barreira antes da 
aplicação para proteger a pele e 
melhorar a aderência.
2 Aplicação e Ativação
Sempre arredonde as pontas da fita 
comuma tesoura para evitar que 
descolem prematuramente.
Manuseie a fita sem tocar na parte 
adesiva para não comprometer a cola.
Após a aplicação, friccione 
suavemente a fita com o papel 
protetor ou com as mãos. O calor 
gerado por essa fricção ativa o 
adesivo, garantindo uma fixação ideal.
3 Orientações à Paciente
Duração: A fita deve permanecer na 
pele por 3 a 5 dias.
Higiene: A paciente pode tomar 
banho normalmente. Para secar, 
deve-se dar batidas leves com a 
toalha ou usar um secador de cabelo 
no modo frio.
Proibição: Oriente a paciente a não 
coçar a área da aplicação, pois o 
atrito pode causar irritação na pele e a 
formação de bolhas.
4 Remoção Correta
A remoção deve ser feita de forma 
lenta e cuidadosa. Nunca puxe a fita 
de uma vez, como um curativo 
comum.
O método correto é tracionar a pele 
em uma direção enquanto enrola a fita 
sobre si mesma na direção oposta, 
minimizando a agressão à pele.
Precauções e Contraindicações Absolutas
A segurança da paciente é a prioridade máxima. Certas condições exigem cautela ou a não 
aplicação da técnica.
Condição Ação Recomendada
Alergia conhecida à fita ou ao 
adesivo.
Não aplicar.
Doenças circulatórias graves ativas 
(ex: trombose, flebite).
Não aplicar na região afetada.
Condições dermatológicas ativas 
(ex: feridas abertas, dermatites, 
pele extremamente ressecada ou 
descamando) na área de aplicação.
Não aplicar.
Pele sensível ou ressecada. Avaliar com extremo cuidado, usar creme barreira e 
monitorar a reação.
Complicações na gestação 
(gestação de risco).
Obter liberação do médico obstetra antes de qualquer 
aplicação.
A Filosofia Profissional
"Não Seja um Aplicador 
de Fita"
a bandagem elástica é uma ferramenta, não uma terapia isolada. Seu verdadeiro valor é 
desbloqueado quando ela é integrada a uma avaliação clínica completa e associada a outras 
abordagens terapêuticas, como terapia manual, exercícios específicos, drenagem linfática e 
orientações posturais.
O objetivo final não é ser um técnico que simplesmente aplica um produto, 
mas sim um especialista que compreende as disfunções, raciocina 
clinicamente e utiliza a bandagem como parte de uma estratégia integral para 
solucionar os problemas da paciente. É essa visão integrada que diferencia 
um profissional de excelência de um mero "aplicador de fita".

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