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RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 2 2025. Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. ELABORAÇÃO E INFORMAÇÕES Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. Secretaria Executiva – SE Rua Cristiano Viana, 428, CEP 01311-300 - São Paulo – SP Telefone: +55(11) 32042100 https://www.arsesp.gov.br DIRETOR-PRESIDENTE Thiago de Mesquita Nunes CONSELHO DIRETOR Amauri Gavião A. Marques da Silva Gustavo Zarif Frayha Thiago Roberto Magalhães Veloso Daniel Antonio Narzetti SUPERINTENDÊNCIAS Luiz Antonio de Oliveira Junior Luiza Kaschny Borges Burgardt Marcelo de Guimarães Santos Carina Aparecida Lopes Couto Eduardo Sormanti Hassin Mauricio Loureiro Jefferson Leão de Meirelles Raisa Reis Rempel SECRETARIA EXECUTIVA Mirian Di Paula OUVIDOR Paulo Arthur Lencioni Goes RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 3 SECRETARIA DE GOVERNO ARSESP – AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO PROGRAMA: 3937 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DE SP EXERCÍCIO DE 2024 (Período: 01/01/2024 à 31/12/2024) Secretaria Executiva: Mirian di Paula Gerente Orçamentária-Financeira e Gerente do Programa Arsesp 3937: Elaine Cristina Eder Assistente de Monitoramento do Programa Arsesp 3937: Bruno Cruz Silva RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 4 Sumário 1. SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................... 6 1.1 Objetivos e Estratégia do Programa 3937 – Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados. ...................................................................................... 6 2. APRESENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2024 - PROGRAMA, PRODUTOS E INDICADORES ...........................................................................................................12 2.1. Objetivo .............................................................................................................12 2.2. Indicadores Plano Plurianual 2024-2027 .....................................................12 3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ...................................................18 3.1. Receitas .............................................................................................................18 3.2. Despesas ...........................................................................................................23 4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS DIRETORIAS DA ARSESP ATRÁVES AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E NÃO ORÇAMENTÁRIAS DEFINIDAS NO PLANO PLURIANUAL EM 2024 ........................................................26 4.1. Escritório de Projetos – ESPRO ......................................................................26 4.2. Planejamento Estratégico ...............................................................................26 4.3. Unidade de Gestão da Integridade - UGI ....................................................27 4.4. Leilões do Governo do Estado .......................................................................27 5. DIRETORIA DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................................29 Ação Orçamentária 5755 – Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica .........29 5.1. Geração e Distribuição de Energia Elétrica: ................................................29 6. DIRETORIA DE SANEAMENTO BÁSICO ............................................................34 Ação Orçamentária 2073 –Serviços de saneamento básico regulados e fiscalizados. ...................................................................................................................34 5.1. Superintendência de Regulação de Saneamento Básico ...............................34 5.2. Superintendência de Fiscalização de Saneamento Básico ........................38 6. DIRETORIA DE GÁS CANALIZADO ....................................................................42 Ação Orçamentária 2206 – Serviços de Distribuição de Gás Canalizado regulados e fiscalizados. .............................................................................................42 6.1. Superintendência de Regulação de Gás Canalizado ..................................42 6.2. Superintendência de Fiscalização de Distribuição de Gás Canalizado ....47 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 5 7. DIRETORIA ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE MERCADOS .............................48 Ação Orçamentária 2191 – Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico- Financeira. .....................................................................................................................48 7.1. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-Financeira e de Mercados: Saneamento Básico ..................................................................................50 7.2. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-Financeira e de Mercados: Gás Canalizado ..........................................................................................52 7.3. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Saneamento ..................................................................................................................53 7.4. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Gás Canalizado .............................................................................................................55 7.5. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Energia Elétrica.............................................................................................................56 8. DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS .................................................56 8.1. COMUNICAÇÃO .................................................................................................56 8.2. CONVÊNIOS E APOIO NORMATIVO: .............................................................59 8.3. NOVOS SERVIÇOS ...........................................................................................60 9. OUVIDORIA ...........................................................................................................61 9.1. Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU (Ouvidoria Setorial): ...........61 10. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DO PROGRAMA ARSESP EM 2024..........................................................................................................64 10.1. INDICADORES DE PROGRAMA A SEREM JUSTIFICADOS ......................66 10.2. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DOS PRODUTOS ATÉ 31/12/2024 ...........................................................................................................73 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................84 12. GLOSSÁRIO DE SIGLAS – ARSESP ...............................................................86 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 6 1. SUMÁRIO EXECUTIVO O Relatório Anual de Atividades PPA 2024 da Arsesp apresenta um panorama completo das ações e iniciativas desenvolvidas ao longo do exercício, evidenciando o compromisso com a regulação e fiscalização dos serviços públicos delegados em São Paulo. A seguir, apresentamos de forma concisa os principais aspectos e resultados alcançados: 1.1 Objetivos e Estratégia do Programa 3937 – Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados. Missão Contribuir para a melhoria da prestação dos serviços públicos por meio de uma regulação eficaz e fiscalização rigorosa, garantindo a sustentabilidade dos contratos e o equilíbrio entre usuários, prestadores e o poder público. Abordagem Estratégica Alinhamento das ações com o plano plurianualobtido pelas concessionárias de distribuição de gás canalizado; • Desenvolvimento de estudos, em andamento, para proposta metodológica de fator de compartilhamento de eficiência (Fator X), das companhias de distribuição de gás canalizado. 7.3. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Saneamento Fiscalizações econômico-financeiras periódicas para verificar as receitas, despesas, investimentos, controle e gestão de ativos imobilizados das concessionárias de serviços de saneamento básico. • Fiscalizações, num total de 45, sobre a base blindada de ativos da Sabesp, com a verificação de mais de 3.600 ativos; • Fiscalização econômico-financeira da Sabesp: Novo Rio Pinheiros, com fiscalizações em campo para inspeção dos investimentos realizados, e continuidade da fiscalização documental com verificação de medições contratuais; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 54 • Fiscalização econômico-financeira para verificar os Contratos de Performance firmados pela Sabesp; • Fiscalizações dos investimentos realizados pela Sabesp no município de São Paulo para certificar o montante mínimo contratual e o atendimento aos investimentos pactuados com o Comitê Gestor do contrato; • Fiscalizações sobre o repasse financeiro da Sabesp para os Fundos Municipais de Saneamento; • Revisão do Manual de Controle Patrimonial das empresas de saneamento reguladas pela Arsesp; • Elaboração dos cálculos para recolhimento da Taxa de Fiscalização, Controle e Regulação (TRCF): ajuste do ano de 2024 e projeção para recolhimento em 2025 – 9 concessionárias de saneamento; • Elaboração dos relatórios analíticos de 346 municípios, apresentando dados e indicadores econômicos-financeiros relativos ao ano de 2023; • Acompanhamento do envio de dados de 2023 da Contabilidade Regulatória pelas concessionárias de saneamento; • Estudos para definição da metodologia de cobrança de Remuneração Regulatória alternativa à Taxa de Fiscalização, Controle e Regulação; • Deliberação Arsesp Arsesp nº 1.515/2024, dispôs sobre a conclusão e publicação de metodologia para reversibilidade e indenização de ativos no setor de saneamento básico, Ação DEF 11 da Agenda Regulatória 2023-2024 com cooperação técnica da CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina; • Deliberação Arsesp nº 1.488/2024, dispôs sobre a conclusão e publicação da metodologia para certificação anual de investimentos no RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 55 setor de saneamento básico – Ação DEF 09 da Agenda Regulatória 2022-2023; 7.4. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Gás Canalizado Início dos processos de validação dos Laudos de Ativos em Operação até dezembro de 2023 das concessionárias de distribuição de gás canalizado: Comgás, Necta e Naturgy. • Fiscalizações, num total de 24, sobre as concessionárias de distribuição de gás canalizado, no âmbito das atividades para a validação dos laudos de ativos em operação da Comgás, Necta e Naturgy; • Acompanhamento do envio de dados de 2023 da Contabilidade Regulatória pelas concessionárias de gás canalizado; • Elaboração dos cálculos dos valores que deverão ser aplicados em P&D, pelas concessionárias de gás canalizado Comgás, Necta e Naturgy; • Acompanhamento da implantação do Manual de Controle Patrimonial das empresas de distribuição de gás canalizado reguladas pela Arsesp; • Elaboração dos cálculos para recolher a Taxa de Fiscalização, Controle e Regulação (TRCF): ajuste do ano de 2024 e projeção para recolhimento em 2025 – 3 concessionárias de gás e 2 comercializadoras de gás no mercado livre; • Prestação de contas dos Contratos de Concessão de Gás Canalizado – TCE – Alimentação de dados DE 2023 no sistema AUDESP; • Deliberação Arsesp nº 1.488/2024, trouxe a conclusão e publicação da metodologia para certificação anual de investimentos no setor de gás canalizado – ação DEF 08 da Agenda Regulatória 22-23; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 56 7.5. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – Energia Elétrica Fiscalizações sobre partes relacionadas nas concessionárias de energia elétrica (atividade delegada pela Aneel – Contrato de Metas): CPFL Santa Cruz e CTEEP (2 contratos). Fiscalizações sobre P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e PEE (Programa de Eficiência Energética) nas concessionárias de energia elétrica (atividade delegada pela Aneel – Contrato de Metas): EDP São Paulo, Elektro e CPFL Paulista. 8. DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Ação Orçamentária 8362 – Ações Institucionais e Relacionamento com Usuários A publicação do Decreto n° 67.882, de 15 de agosto de 2023 alterou o regulamento da Arsesp modificando a denominação de Diretoria de Relações Institucionais para Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização de Serviços e de Relações Institucionais - DRI e remodelou seu escopo de atuação. Com isso, a diretoria agregará as atividades de regulação e fiscalização de concessões de: parques, hospitais, centro de convenções e conjunto habitacional. 8.1. COMUNICAÇÃO Audiências (AP) e Consultas Públicas (CP) Realizou 4 (quatro) audiências públicas: 3 para o setor de gás canalizado; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 57 1 para o setor de saneamento básico; Realizou 13 (treze) consultas públicas: 4 Gás; 4 institucionais; 5 Saneamento; Realizou 3 (três) Tomadas de Subsídios Interna dirigida aos servidores da Agência: 3 institucionais; Eventos Setoriais: 66º Congresso Estadual de Municípios, de 11 a 15/03/24, em Campos do Jordão; V Fórum Saneamento, de 07 a 08/05/24; 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos, de 07 a 09/05/24, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo; 52º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, de 20 a 24/05/24, em Ribeirão Preto/SP; Brazil Water Week, de 03 a 07/06/24, online; 7ª Conexidades /Multiplicidades, de 04 a 08/06/2024, em São Sebastião/SP; Congresso Nacional de Consórcios Públicos e Municípios, de 18 a19/06/24, em Brasília/DF; 21º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – SILUBESA, de 28 a 30/08/24, em Recife/PE; Desenvolvimento Urbano e Serviços Públicos: Infraestrutura Subterrânea e Enterramento de Redes Aéreas – Evento conjunto RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 58 CDHU/Arsesp em 20/09/2024, no Auditório da Associação Comercial, em São Paulo/SP; 1º Encontro Municipalista de Prefeitas e Prefeitos eleitos para 2025/2028, de 18 a 19/11/24, em Campinas/SP; XVI Fórum Ibero Americano de Regulação, de 25 a 26/11, em Brasília/DF Troca de experiência: ARSAL Pauta: mídia, clipagem da equipe de comunicação, designação de equipe específica, definição da logística; Cronograma de fiscalização: critérios para definição dos municípios a serem visitados; Incidentes: critérios para deslocamento e acompanhamento; Monitoramento de pressão e perdas: remotamente e em campo; Banco de dados: gerenciamento dos dados para tomada de decisão. ARPE Pauta: conhecer as boas práticas da agência. As áreas de interesse: Fiscalização, definição e acompanhamento das metas legais, regulação por exposição. AGEAC Pauta: visita institucional ARPV Pauta: troca de experiencia e Agenda Regulatória ANA Pauta: concessão automática nas tarifas social e vulnerável no âmbito do Estado de São Paulo Osinergmin (Agência do Peru) RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 59 Pauta: compartilhamento de experiencias de rede subterrânea de infraestrutura de serviços públicos, particularmente de gás a nível doméstico. Secretaria Especial de Parcerias Estratégicas do Estado do Mato Grosso do Sul Pauta: troca de experiencia sobrea estrutura da agência e o modelo de fiscalização da Arsesp relacionado aos novos serviços. Lançamento da nova intranet da Arsesp 8.2. CONVÊNIOS E APOIO NORMATIVO: Celebrou 9 (nove) novos Convênios de Cooperação Técnica: Aparecida (água/esgotamento sanitário/manejo se resíduos); Canas (água/esgotamento sanitário); Várzea Paulista (água/esgotamento sanitário); Brejo Alegre (água/esgotamento sanitário); Igarapava (água/esgotamento sanitário); Jardinópolis (água/esgotamento sanitário/limpeza urbana e manejo de resíduos). *Convênio entre a Arsesp e CIRSOP (em fase final de assinatura); *Convênio entre Arsesp e URAE-1 (em fase final de assinatura). Celebrou 4 (quatro) novos Protocolos de Intenção para futura celebração de Convênios de Cooperação para regulação de serviços: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 60 o Protocolo de Intenção entre Arsesp e CONSAÚDE (manejo de resíduos sólidos); o Protocolo de Intenção entre Arsesp e CEMMIL ((manejo de resíduos sólidos); o Protocolo de Intenção entre Arsesp e Álvares Florence; e o Protocolo de Intenções entre Arsesp e Pirangi. Procedeu a habilitação de 25 novos Fundos Municipais de Saneamento. Revisou aproximadamente 63 minutas de Deliberações antes de sua publicação. Realizou o tratamento de 480 demandas externas oriundas dos Poderes Executivo, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública. Ação Orçamentária 2224 – Serviços delegados atribuídos pela lei 17.293/2020 regulados e fiscalizados. 8.3. NOVOS SERVIÇOS Assumiu a regulação e fiscalização de 7 (sete) Parques Estaduais: Parque Villa Lobos; Parque Candido Portinari; Parque da Água Branca; Parque Estadual da Cantareira; Parque Alberto Lofgren; Parque Estadual de Campos do Jordão; e Parque Caminhos do Mar. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 61 Realizou 10 (dez) fiscalizações de campo, tendo encontrado 54 constatações passíveis de não conformidade, das quais 47 foram saneadas pelas Concessionárias quando apontadas pela Arsesp, perfazendo uma média de 87% de constatações corrigidas em 2024. Instaurou 4 (quatro) Processos Administrativos Sancionatórios em razão de 7 constatações não saneadas pelas Concessionárias. 9. OUVIDORIA 9.1. Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU (Ouvidoria Setorial): Em 2024 o Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU-Arsesp registrou 58.020 manifestações provenientes de usuários dos serviços regulados pela Agência, sendo 126 de energia elétrica, 53.309 de saneamento básico, 4.576 de gás canalizado e 9 de parques estaduais concedidos. No setor de saneamento básico, 44.801 referem-se às solicitações de informação, 5.809 de reclamações, 2.699 de solicitações de primeiro contato, denúncias, elogios, sugestões ou críticas. No setor de gás canalizando, 3.728 referem-se às solicitações de informação, 593 de reclamações, 255 de solicitações de primeiro contato, elogios, críticas e sugestões. Em análise ao sistema de atendimento da ANEEL, verifica-se que em 2024 foram registradas 110.383 manifestações, sendo 77.831 pedidos de informações, 32.336 reclamações e 216 classificadas como Denúncias, Elogios, Sugestões ou Críticas. Cabe, porém, esclarecer que do total informado o SAU-Arsesp atuou no acolhimento e registro de 126 manifestações ao longo de 2024. As tratativas das manifestações são de RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 62 atribuição da ANEEL, como a análise das demandas e o envio de comunicações aos consumidores. No setor de parques estaduais, o SAU-Arsesp registrou 9 manifestações de usuários, sendo que o Parque mais reclamado foi o Villa-Lobos com 5 manifestações, seguido do Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) com 2 e dos Parques Estaduais da Cantareira e Alberto Löfgren, com 1 manifestação cada. As manifestações diziam respeito à falta de conservação/manutenção (6), falta de acessibilidade (1), segurança (1) e estacionamento irregular (1). 9.2. Ouvidoria Institucional Em 2024 a Ouvidoria realizou 3118 atendimentos a usuários, dos quais: (i) 1964 referentes aos prestadores de serviços de energia elétrica, saneamento, gás canalizado e parques estaduais, sendo, portanto, redirecionados para o SAU ou aos próprios prestadores desses serviços; (ii) 847 sobre temas não relacionados às atribuições da Arsesp; (iii) 168 relacionados aos serviços prestados pela própria Agência e que foram, assim, tratados pela Ouvidoria Institucional; e (iv) 139 pedido de acesso a informação, com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação- LAI). A Ouvidoria Institucional também realizou no ano de 2024 as seguintes atividades: (i) criação do Conselho de Usuários da Arsesp e realização da primeira Rodada de Consulta sobre os serviços oferecidos pela Agência (Lei Federal nº 13.460/2017 e Decreto Estadual nº 68.156/2023); (ii) elaboração do Autodiagnóstico da Ouvidoria com base no Modelo de Maturidade de Ouvidorias Públicas (Decreto Estadual nº 68.156/2023 e Resolução CGE nº RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 63 22/2023); e (iii) Coordenação da elaboração do Plano de Dados Abertos da Arsesp, com a formação do inventário de base de dados da Agência. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 64 10. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DO PROGRAMA ARSESP EM 2024 3937 - Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados de São Paulo Dotação orçamentária atualizada: R$ 168.584.343,00 (Cento e sessenta e oito milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil, trezentos e quarenta e três reais). Indicadores Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA 2024 Resultado Acumulado até 2024 % 4519 Índice Médio Anual de Reclamações de Saneamento Básico a cada 10 mil economias de água. 3,3 4,444 65,45% 2,975 4,444 50,62% 4521 Índice Médio Anual de Reclamações de Gás 11,8 2,096 182,24% 11,35 2,096 181,53% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 65 Canalizado a cada 10 mil usuários 4889 Acompanhamento do Indicador DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) global do Estado de São Paulo frente aos limites estabelecidos pela ANEEL. 6,88 6,18 110,17% 6,6175 6,18 106,61% 4894 Acompanhamento do Indicador FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) global 5,18 3,34 135,52% 4,84 3,34 130,99% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 66 do Estado de São Paulo frente aos limites estabelecidos pela ANEEL. Observação: Os 4 indicadores de resultado têm a sua polaridade negativa, quanto menor resultado em comparação a meta, melhor sua avaliação. 10.1. INDICADORES DE PROGRAMA A SEREM JUSTIFICADOS 4519 Índice Médio Anual de Reclamações de Saneamento Básico a cada 10 mil economias de água. 3,3 4,444 65,45% 4521 Índice Médio Anual de Reclamações de Gás Canalizado a cada 10 mil usuários 11,8 2,096 182,24% 4894 Acompanhamento do Indicador FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) global do 5,18 3,34 135,52% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 67 Estado de São Paulo frente aos limites estabelecidos pela ANEEL. 4519 Índice Médio Anual de Reclamações de Saneamento Básico a cada 10 mil economias de água Embora o processo de formulação da meta tenha considerado o comportamento histórico do índice, o resultado obtido foi superior à meta estabelecida. Lembramos que este indicador de resultado tem a sua polaridade negativa, ou seja, quanto menor resultado em comparação a meta, melhor sua avaliação. Na análise do ano, percebe-se que o resultado superior à meta proposta se deveu, principalmente, a doisfatores: a tendência de crescimento alavancada pela estiagem nos meses de inverno, que causou desabastecimento em vários municípios e a disparidade entre os universos de atendimento das prestadoras. Ao longo do ano, o número de reclamações seguiu a tendência de crescimento e, comparando com o ano anterior, 2024 teve um aumento de 13,81% no registro das reclamações. Porém, o aumento foi intensificado no final do primeiro semestre e início do segundo semestre, principalmente nos RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 68 meses de julho e agosto, que tiveram crescimento nas reclamações (em relação ao mês anterior) na ordem de 27,21% e 21,74%, respectivamente. Com isso, a prestadora Sabesp encerrou 2024 com 4,46 reclamações a cada 10 mil economias de água. Outras prestadoras de serviços de saneamento também tiveram um resultado alto, como a Saeg com 3,98 reclamações a cada 10 mil economias e a Saneaqua, com 3,55 reclamações a cada 10 mil. Lembramos que essas prestadoras atendem a números menores de unidade de consumo, porém o cálculo feito para chegar ao total a cada 10 mil economias é comum a todas as prestadoras, seja a Sabesp, que atende mais de 50% dos municípios do Estado, ou a Saeg e Saneaqua, que atendem a 52.771 e 19.733 economias, respectivamente. 4521 Índice Médio Anual de Reclamações de Gás Canalizado a cada 10 mil usuários Embora o processo de formulação da meta tenha considerado o comportamento histórico do índice, o resultado obtido foi significativamente inferior à meta estabelecida. Lembramos que este indicador de resultado tem a sua polaridade negativa, ou seja, quanto menor resultado em comparação a meta, melhor sua avaliação. O resultado de 2,096 é significantemente inferior à meta proposta, de 11,8, porém reflete a diminuição do número de reclamações registradas no SAU- RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 69 Arsesp em relação ao ano anterior. Em 2023 foram 719 reclamações; em 2024 foram 593, ou seja, -17,52%. O decrescimento dos registros de reclamações no SAU-Arsesp reflete o trabalho desenvolvido pelas concessionárias no sentido de resolver os problemas em primeiro nível, de maneira que o usuário não tenha que recorrer à Agência Reguladora. Ao mesmo tempo em que houve a diminuição de registros de reclamações, verifica-se, na análise dos dados, que as reclamações referentes a pedidos de ligação caíram para 57% do total apurado em 2023 (em 2024 foram 53 reclamações, contra 93 registradas em 2023). Compreende-se que esse resultado foi obtido através de um conjunto de ações adotadas pelas concessionárias, assim como pela atuação da Arsesp no cumprimento de suas obrigações enquanto órgão regulador. 4894 Acompanhamento do indicador FEC. Inicialmente destaca-se que os indicadores de resultado DEC e FEC, apresentados como dezembro, trata-se de dados anualizados e, em razão de fechamento de informações perante os agentes, reflete o anualizado de jan/24 até dez/24. Visando manter a qualidade na prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica, a ANEEL exige que as concessionárias mantenham um RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 70 padrão de continuidade e, para tal, edita limites para os indicadores coletivos de continuidade, DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), conforme definido no Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição - PRODIST. Os indicadores são apurados pelas distribuidoras e enviados periodicamente para verificação da continuidade do serviço prestado, representando, respectivamente, o tempo e o número de vezes que uma unidade consumidora ficou sem energia elétrica, o que permite a avaliação da continuidade da energia oferecida à população. A regulação da qualidade relativa à continuidade indica o estabelecimento das metas dos indicadores globais e individuais, por meio de agrupamentos de todos os conjuntos de unidades consumidoras das Concessões do país, em aproximadamente 30 clusters (benchmark setorial). Conjuntos pertencentes a uma mesma família buscam refletir homogeneidade quanto aos custos associados à qualidade na rede. Assim, metas de qualidade coletiva dos conjuntos podem ser as mesmas em várias localidades do país – por conjunto – e que agregadas formam a meta coletiva da distribuidora. No indicador do Estado de São Paulo, tais metas também são agregadas entre as concessões. Assim, o indicador refletido na meta possui substancialmente a indicação dos limites exigidos ao país. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 71 O indicador DEC reflete fortemente a capacidade logística de atender os usuários do estado, em média. Ou seja, entende-se que em média cada usuário em São Paulo fique, no máximo 6,88 horas/ano sem energia considerando os custos associados à qualidade de rede comparáveis a outros conjuntos e concessões do próprio estado e do país. Também se verifica a quantidade média de interrupções que os usuários estariam sujeitos, que no caso de São Paulo seria de, no máximo, 5,18 interrupções/ano. Neste caso, a quantidade de ocorrências possui forte correlação com investimentos e manutenção em redes. Verifica-se que no estado de São Paulo ambos os indicadores tiveram em 2024 resposta melhor do que a meta, ou seja, os usuários foram atendidos, em média, de forma mais eficaz do que o que se objetivou. Nota-se que ações de manutenção e investimento tem surtido ótimos efeitos e permitiram o cumprimento de 134,94% do indicador FEC, em que pese o indicador de DEC de 110,17% também tenha se mostrado positivo. Efeitos provocados por intempéries acima ou abaixo da média também podem produzir variabilidades anuais em volumes de ocorrências e, consequentemente, na maior ou menor capacidade de atendimento e redução de ocorrências. De fato, tais efeitos podem reproduzir algumas diferenças que resultem em variações positivas ou negativas. No entanto, fica evidente que em relação ao que se observa no comparativo com o RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 72 benchmark setorial, os usuários paulistas estão com a prestação de serviço médio da qualidade em níveis desejados e com melhoria em relação ao ano anterior, até a data de fechamento. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 73 10.2. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DOS PRODUTOS ATÉ 31/12/2024 Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultad o 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulad o até 2024 % 2057 - Cumprimento de Ações Institucionais e de Relacionamento com Usuários (F) 4566 - Percentual de reclamações encerradas no serviço de atendimento aos usuários da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de 93,2 % 93,08% 99,87% 93,5 % 93,08% 99,55% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 74 São Paulo - Arsesp (%) (LOA) 4578 - Índice de realização da Agenda Regulatória da Diretoria de Relações Institucionais , publicada e consolidada a partir de consulta pública (%) (PPA) 85% 94,2% 110,82 % 90% 94,2% 104,67 % Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro permitido. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 75 Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulado até 2024 % 2073 - Serviços de Saneamento Básico Regulados e Fiscalizados (F) 4587 - Número de relatórios de fiscalizações emitidos pela diretoria de regulação e fiscalização dos Serviços de saneamento básico (unidade) (Indicador LOA) 620 674 108,71% 2516 674 26,79% RELATÓRIO DEATIVIDADES ARSESP ANO 2024 76 4594 - Percentual de cumprimento da Agenda Regulatória da diretoria de saneamento (%) (PPA) 85% 94,2% 110,82% 90% 94,2% 104,67% Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro permitido. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 77 Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulado até 2024 % 2191 - Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeiras (F) 4800 - Número de relatórios emitidos de fiscalizações realizadas pela superintendência de fiscalização econômico- financeira e contábil (unidade) (Indicador LOA) 70 94 134,29% 295 94 31,86 % 4801 - Índice de realização da Agenda Regulatória da diretoria de 85% 85,3% 100,35% 90% 85,3% 94,78% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 78 regulação econômico- financeira e mercados (DREFM) (%) (Indicador PPA) Justificativa do indicador 4800 - O indicador ficou acima de 130% da meta devido a grande quantidade de relatórios finalizados e emitidos de fiscalizações de anos anteriores, além de que nesse ano também ocorreram fiscalizações, com emissão dos relatórios, que até então não eram realizadas pela superintendência de fiscalização econômico-financeira e contábil. Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulado até 2024 % 2206 - Serviços de Distribuição de Gás Canalizado Regulados e Fiscalizados (F) 4824 - Número de relatórios de 334 380 113,77% 1.348 380 28,19 % RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 79 fiscalizações emitidos pela diretoria de regulação e fiscalização dos serviços de gás canalizado (unidade) (Indicador PPA) 4825 - Índice de realização da Agenda Regulatória da diretoria de gás canalizado (%) (Indicador LOA) 90% 98,2% 109,11% 91% 98,2% 107,91% Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro permitido Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulado até 2024 % RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 80 2224 - Serviços Delegados Atribuídos pela Lei 17.293/2020 Regulados e Fiscalizados (F) 4865 - Número de relatórios e ou, outros documentos emitidos relatando as atividades realizadas sobre os outros serviços delegados pelo poder executivo. (unidade) (Indicador LOA) 1 8 800% 11 8 72,72% 4868 - Número de novos serviços delegados atribuídos à Arsesp (unidade) (Indicador PPA) 1 4 400% Indicador foi substituído a partir do exercício de 2025. Justificativas: Indicador: 4865 - Número de relatórios e ou, outros documentos emitidos relatando as atividades realizadas sobre os outros serviços delegados pelo poder executivo: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 81 Na elaboração do Plano Plurianual do período 2024 a 2027, as metas foram definitas de forma simbólica, adotando 1 relatório de fiscalização para cada exercício, totalizando 4 no final do ciclo PPA, por ser tratar de uma atividade nova na Arsesp. Em 2024 foi revista a meta para exercício de 2025, de 1 relatório de fiscalização para 8 relatórios de fiscalização. Indicador: 486 - Número de novos serviços delegados atribuídos à Arsesp: Este indicador será descontinuado a partir do exercício de 2025, por não ser possível ter controle pleno para desprender medidas e esforços para o atingimento real do indicador. Assim, substituímos para: IRC-PE: Indicador de Resolução de constatações passíveis de regularização verificadas em fiscalização – Parques Estaduais. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 82 Indicadores de Produto Meta Anual 2024 Resultado 2024 % Meta Final do PPA Resultado Acumulado até 2024 % 2273 - Serviços de Energia Elétrica Fiscalizadas no Âmbito do Convênio com a Aneel (F) 4914 - Percentual de cumprimento dos produtos demandados conforme contratos de metas celebrados anualmente com a Aneel. (%) (Indicador LOA) 90% 100% 111,11% 90% 100% 111,11% 4919 - Nota de qualidade dos produtos entregues à Aneel pela superintendência 90% 100% 111,11% 90% 100% 111,11% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 83 de assuntos energéticos. (unidade) (Indicador PPA) Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro permitido. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 84 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao encerrar o presente Relatório Anual de Atividades de 2024, a ARSESP consolida seu compromisso em oferecer uma regulação efetiva, transparente e pautada por resultados mensuráveis na melhoria contínua dos serviços públicos delegados em todo o Estado. Neste ano, cada Diretoria desempenhou funções cruciais, destacando-se na adoção de processos de controle mais eficientes, na aplicação de métodos de monitoramento baseados em dados confiáveis. O fortalecimento do diálogo com as concessionárias, permissionárias, prefeituras e demais atores setoriais constituiu elemento essencial para a consolidação de um ambiente regulatório transparente, participativo e orientado aos resultados. Nesse contexto, iniciativas como a modernização de processos normativos (conclusão de 22 projetos da Agenda Regulatória), a capacitação continuada do corpo técnico e o aperfeiçoamento dos canais de atendimento (recebimento e tratamento de cerca de 6.400 reclamações dos usuários dos serviços), contribuíram para este fortalecimento. Além disso, a intensificação das ações de fiscalização (emissão de mais de 1.300 relatórios de fiscalização), aliada ao uso de tecnologias e ferramentas analíticas, confere maior precisão à avaliação de indicadores e ao cumprimento das metas contratuais. Diante das transformações e dos desafios que se apresentam, a ARSESP seguirá promovendo práticas ainda mais modernas de regulação, estimulando a inovação, o intercâmbio de conhecimento e o respeito aos princípios de sustentabilidade econômica e ambiental. Assim, consolida-se o compromisso de garantir serviços públicos delegados que atendam aos mais RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 85 elevados padrões de eficiência e responsabilidade social, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e para a melhoria da qualidade de vida. Para os próximos anos a Arsesp pretende expandir o uso de tecnologias avançadas, aumentar seu corpo técnico e ampliar as iniciativas de capacitação, aumentando ainda mais o compromisso com a transparência para atender a ampliação dos serviços delegados pelo poder concedente. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 86 12. GLOSSÁRIO DE SIGLAS – ARSESP ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Arsesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo AP – Audiência Pública CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina CEMMIL – Consórcio Intermunicipal "CEMMIL" para o Desenvolvimento Sustentável CGE – Controladoria Geral do Estado CICC-SP – Centro Integrado de Comando e Controle de São Paulo CIRSOP – Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista CND – Certidão Negativa de Débitos CP – Consulta Pública CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito CUSD – Contrato de Uso do Sistema de Distribuição DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora DEF – Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados DIT – Demais Instalaçõesde Transmissão EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental EPE – Empresa de Pesquisa Energética ESPRO – Escritório de Projetos da Arsesp FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora FGV – Fundação Getulio Vargas RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 87 GT-SP – Grupo de Trabalho do Estado de São Paulo ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas ISH – Índice de Segurança Hídrica LAI – Lei de Acesso à Informação LOA – Lei Orçamentária Anual MMA – Ministério do Meio Ambiente MP – Ministério Público MPE – Ministério Público Estadual MPF – Ministério Público Federal ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico OS – Ordem de Serviço P&D – Pesquisa e Desenvolvimento P0 – Parcela de Recuperação de Investimentos (usado na revisão tarifária) PPA – Plano Plurianual PMBOK® – Project Management Body of Knowledge (Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos) PSA – Pagamento por Serviços Ambientais PEE – Programa de Eficiência Energética PRODIST – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica RMSP – Região Metropolitana de São Paulo RTO – Revisão Tarifária Ordinária RSU – Resíduos Sólidos Urbanos SAE – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística SAFI – Sistema de Apoio à Fiscalização SAU – Serviço de Atendimento ao Usuário SEI – Sistema Eletrônico de Informações RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 88 SEMIL – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística SMRSU – Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos SP – São Paulo TCE – Tribunal de Contas do Estado TRCF – Taxa de Regulação, Controle e Fiscalização TUI – Termo de Utilização de Interconexão UGI – Unidade de Gestão da Integridade URAE – Unidade Regional de Apoio à Estruturação RELATÓRIO DE COMUNICAÇÃO Relatório da Primeira Rodada de Avaliação do Conselho de Usuários Dúvidas ou reclamações sobre os serviços de energia elétrica, gás canalizado e saneamento básico? Para reclamações, ligue primeiro para a concessionária que atua em sua cidade. Caso a situação não seja resolvida ou você não fique satisfeito, ligue para Arsesp. Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) Energia elétrica – 0800 72 70167 Gás canalizado – 0800 77 004 27 Saneamento – 0800 77 168 83 Ou escreva para Arsesp@sp.gov.br Ouvidoria – 0800 770 6884 https://fala.sp.gov.br/ Canal Exclusivo para Prefeitos: whatsapp 11 96919-4920 convenios@arsesp.sp.gov.br Rua Cristiano Viana, 428 - CEP 05411-902 | São Paulo – SP PABX: (11)3204-2100 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 1 SEÇÃO 2 – Indústria Nacional do Petróleo e do Gás Natural Exploração e Produção 2.1 Blocos na Fase de Exploração e Campos em Desenvolvimento e em Produção sob Contrato 2.2 Atividades Exploratórias e Explotatórias 2.3 Reservas 2.4 Produção 2.5 Ações de Fiscalização e Comunicação de Incidentes nas Atividades de Exploração e Produção 2.6 Participações Governamentais e de Terceiros 2.7 Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Formação de Recursos Humanos 2.8 Preços de Referência do Petróleo e do Gás Natural Refino e Processamento 2.9 Refino de Petróleo 2.10 Processamento de Gás Natural 2.11 Produção de Derivados de Petróleo 2.12 Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo Industrialização do Xisto 2.13 Industrialização do Xisto Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural 2.14 Terminais 2.15 Dutos Comércio Exterior 2.16 Importação e Exportação de Petróleo 2.17 Importação e Exportação de Derivados de Petróleo 2.18 Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados 2.19 Importação e Exportação de Gás Natural 2 O desempenho da indústria de petróleo e gás natural no Brasil em 2024 é retratado nesta seção, com foco em cinco temas: Exploração e Produção; Refino e Processamento; Industrialização do Xisto; Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural; e Comércio Exterior. O tema Exploração e Produção traz um panorama do segmento upstream em oito capítulos. O primeiro capítulo mostra a situação vigente, em 31 de dezembro de 2024, das áreas concedidas pela ANP para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. O segundo apresenta dados sobre atividade sísmica, perfuração de poços e métodos potenciais. O terceiro contempla a evolução das reservas brasileiras, totais e provadas, de petróleo e gás natural. O quarto capítulo aborda o desempenho das atividades de produção nacional de hidrocarbonetos. O quinto capítulo apresenta as ações de fiscalização e comunicação de incidentes nas atividades de exploração e produção. Em seguida, o sexto capítulo divulga os montantes das participações governamentais (royalties, participação especial, proprietários de terra) pagas pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro. O sétimo capítulo apresenta as informações relativas ao volume de recursos destinados à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação e à formação de recursos humanos. Finalmente, o oitavo capítulo registra os preços médios de petróleo e gás natural, que toma como base os preços de referência utilizados no cálculo das participações governamentais. O segundo tema desta seção, Refino e Processamento, está estruturado em quatro capítulos: Refino de Petróleo; Processamento de Gás Natural; Produção de Derivados de Petróleo; Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo. Os dois primeiros capítulos abordam, respectivamente, a infraestrutura do parque de refino de petróleo e das unidades de processamento de gás natural no Brasil. O terceiro capítulo apresenta a evolução da produção nacional de derivados e o quarto compila dados sobre os preços médios praticados pelos produtores e importadores. O tema Industrialização do Xisto traz uma síntese das atividades relacionadas ao xisto betuminoso que têm interface com a indústria nacional do petróleo. O tópico Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural é apresentado em dois capítulos: Terminais e Dutos, ambos com informações sobre a infraestrutura para transporte e transferência de hidrocarbonetos e etanol disponível no país. O último tema da segunda seção, Comércio Exterior, compreende quatro capítulos: Importação e Exportação de Petróleo; Importação e Exportação de Derivados de Petróleo; Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados; Importação e Exportação de Gás Natural. São apresentados os volumes de petróleo, de seus derivados e de gás natural transacionados internacionalmente e os montantes financeiros envolvidos, além da evolução do superávit externo do Brasil em relação ao petróleo e seus derivados. 3 Exploração e Produção 2.1. Blocos na Fase de Exploração e Campos em Desenvolvimento e em Produção sob Contrato A ANP tem como uma das principais atribuições a promoção de rodadas para licitar blocos e áreas de petróleo e gás natural. As rodadas de licitações são leilões por meio dos quais a União concede o direito de explorar e produzir petróleo e gás natural no Brasil. Desde 1999, foram realizadas diversas rodadas de blocos exploratórios e de campos maduros sob o regime de concessão; do pré-sal, sob o regime de partilha de produção; ciclos de Oferta Permanente, tanto sob o regime de concessão e quanto sob o regime de partilha; além de rodadas de Volumes Excedentes da Cessão Onerosa, também sob o regime de partilha. Mais de 100 empresas, nacionais e estrangeiras, de diferentes portes, já participaram dos certames. Atualmente, a maior parte da produção brasileira é proveniente de blocos licitados nas rodadas da ANP. Após a licitação dos blocos e áreas, são assinados os contratosde exploração e produção de petróleo e gás natural, que costumam ter duas fases. A primeira é a fase de exploração. Ela serve para descobrir e avaliar reservas de petróleo e gás natural. A segunda fase é a de produção. É nessa etapa que o petróleo ou o gás encontrado passa a ser extraído e comercializado. No final de 2024, 769 áreas estavam sob contrato: 420 blocos na fase de exploração, 47 campos em desenvolvimento da produção e 302 campos na etapa de produção. Dos 420 blocos em fase de exploração, 142 se localizavam em mar e 278 em terra. Dos 238 blocos contratados sob o regime de concessão, três foram concedidos na Terceira Rodada; um na Quarta; sete na Sexta; oito na Sétima; cinco na Nona; dois na 10ª; 29 na 11ª; oito na 12ª; 9 na 13ª; 22 na 14ª; 17 na 15ª; seis na 16ª; e cinco na 17ª. Ainda sob o regime de concessão, nos ciclos de Oferta Permanente, 33 blocos foram concedidos no 1º Ciclo, 17 no 2º Ciclo, 58 no 3º. e 181 no 4º. Dos blocos contratados sob o regime de partilha de produção havia 13 blocos: um licitado na Primeira Rodada; um na Segunda; um na Terceira; um na Quarta; três na Quinta; e um na Sexta. Ainda sob o regime de partilha, nos ciclos de Oferta Permanente, quatro blocos foram contratados no 1º Ciclo e um no 2º. Em 2024, dos 420 blocos exploratórios sob contrato, a Petrobras tinha participação em 63, dos quais 17 eram contratos exclusivos e os outros 46 em consórcio com outras empresas. A Shell Brasil tinha 57 blocos marítimos sob contrato de exploração, dos quais quatro exclusivos e os outros 53 em consórcio com outras empresas. Destaca-se também a Elysian Petroleum com 122 blocos terrestres e a Petro-Victory, com 34 blocos terrestres sob contrato, todos exclusivos. A Imetame possuía 23 blocos terrestres sob contrato, sendo cinco exclusivos. A Eneva possuía o contrato de exploração de 22 blocos terrestres, sendo 18 exclusivos e a Origem 18 contrato de exploração de 22 blocos terrestres, todos exclusivos. Dentre as contratadas que atuam como operadoras de consórcios estão: Petrobras (44 blocos), Shell (19), Imetame (18) e ExxonMobil (14). Ao longo de 2024, foram iniciados seis Planos de Avaliação de Descobertas (PADs) e foram recebidas dez Declarações de Comercialidade referentes a contratos na fase de exploração, sendo nove efetivadas no ano de 2024 (Áreas de Desenvolvimento de Água Real, Caboclinho 4 Branco, Espadim, Manjuba, Muriqui, Raia Manta, Raia Pintada, Tucano Grande e Tucano Grande Sul) e uma outra cuja efetivação ainda dependia da aprovação do Relatório Final de Avaliação de Descoberta pela ANP no final de 2024 (Área de Desenvolvimento de Batuíra). Foram seis Declarações de Comercialidade em ambiente terrestre e quatro em ambiente marítimo. Em 2024, a fase de exploração foi encerrada para 48 blocos, 46 sob o regime de concessão e dois sob o regime de partilha da produção. Desse total, 42 eram blocos sob contrato em ambiente marítimo e seis em ambiente terrestre. Dos 47 campos na etapa de desenvolvimento, 23 eram marítimos e 24 terrestres. Desse total, 10 campos estavam sob contrato exclusivo da Petrobras e outros quatro em consórcio com outras empresas em diferentes bacias. A Eneva possuía o contrato exclusivo de sete campos terrestres na bacia do Parnaíba. A Equinor Brasil tinha quatro contratos em consórcio com outras empresas nas bacias de Campos e Santos. A Imetame tinha o contrato exclusivo de três campos terrestres nas bacias do Espírito Santo e Recôncavo. A Petrogal possuía três contratos em consórcio com outras empresas na bacia de Santos. A IBV Brasil possuía três campos em consórcio nas bacias de Campos e Sergipe. As empresas Brasil Refinarias, Karoon e Petro-Victory também tinham dois contratos exclusivos nas bacias do Potiguar, Recôncavo e Santos. A ExxonMobil Brasil e Repsol Sinopec possuíam dois contratos em consórcio nas bacias de Campos e Santos. Outras empresas que possuem contratos, consorciadas ou não, são: 3R Petroleum Offshore, Aguila, BW Maromba, Capixaba Energia, Mandacaru Energia, Níon Energia, ONGC Campos, Origem, Perícia, Petro Rio Jaguar, Petro-Victory, Potiguar E&P e Recôncavo Energia possuíam contratos, consorciados ou não, nas bacias Camamu, Campos, Espírito Santo, Potiguar e Sergipe. Com relação aos 302 campos em fase de produção – dos quais 75 em mar e 227 em terra – a Petrobras era a única contratada em 46 e operadora do consórcio de outros 17 campos. Além disso, a Potiguar E&P era a única contratada de 27 campos terrestres e tinha participação em outros dois, todos na Bacia Potiguar. A 3R Potiguar possuía 21 campos na Bacia Potiguar. A 3R Bahia era a única contratada de 13 campos terrestres e tinha participação em um, todos na Bacia do Recôncavo. A PetroRecôncavo possuía 100% dos contratos de 11 campos na Bacia do Recôncavo. A Trident Energy possuía 100% dos contratos de 9 campos na Bacia do Campos. A Seacrest SPE Cricaré possuía 100% dos contratos de 10 campos na Bacia do Espírito Santo. Em 2024, foram declarados comerciais os campos de Águia Real e Batuíra, operados pela Capixaba Energia; Espadim e Manjuba, operados pela Petrobras; Piaçabuçu, operado pela Perícia; Lagoa Parda Sul, Tucano Grande e Tucano Grande Sul, operados pela Imetame; Raia Manta e Raia Pintada, operados pela Equinor Energy; Camaçari e Rio Joanes, operados pela Creative Energy; e Fazenda Sori, operado pela Brasil Refinarias. Em 2024, iniciaram a produção os campos terrestres de Araçás Leste, operado pela Brasil Refinarias; Cardeal Amarelo, operado pela Recôncavo Energia; e Gavião Tesoura, operado pela Eneva. Foi iniciada produção das unidades marítimas FPSO Almirante Barroso, que recebe produção dos campos de Itapu e Itapu ECO; FPSO Anna Nery, que recebe produção dos campos de Marlim e Marlim Sul; FPSO Anita Garibaldi, que recebe produção dos campos de Espadim, Marlim, Marlim Sul e Voador; e FPSO Sepetiba que recebe produção dos campos de Mero e AnC_Mero. Quadro 2.1 Quadro 2.2 Quadro 2.3 2.2. Atividades Exploratórias e Explotatórias A promoção de estudos geológicos é uma das atribuições legais da ANP. O conhecimento geológico sobre as bacias sedimentares brasileiras é fundamental para a expansão contínua da atividade exploratória da indústria do petróleo e do gás natural. A ampliação do potencial petrolífero gera emprego e renda, fortalece a economia nacional, impulsiona as economias locais e garante receitas para a União, que é a proprietária exclusiva das riquezas minerais. 5 A atividade exploratória inclui a aquisição de dados por meio de pesquisas nas bacias sedimentares realizadas tanto por concessionários quanto por empresas de aquisição de dados (EAD). Além destes, há os dados de fomento, que são os adquiridos pela ANP, seja por meio de empresa contratada ou instituição conveniada e aqueles obtidos por instituição acadêmica. Esses dados podem ser sísmicos – adquiridos com a utilização de métodos geofísicos de reflexão e/ou refração de ondas – ou não sísmicos, também chamados potenciais, tais como os obtidos por métodos gravimétricos e magnetométricos. Dados exclusivos são aqueles adquiridos por concessionários nos limites de sua área de concessão, por intermédio de EAD ou por meios próprios. E dados não exclusivos são os obtidos por EAD em área que seja ou não objeto de contrato de concessão, mediante autorização da ANP. Em 2024, não houve aquisição de nenhum tipo de dados sísmicos 2D. Por meio da sísmica 3D, houve aquisição de 681 km² em dados exclusivos, com decréscimo de 23,7% com relação a 2023, e de 31,7 mil km² de dados não exclusivos, resultando em uma alta de 27,4%. Nos dados exclusivos houve ainda a aquisição de 478 km² de sísmica 4D/4C. A gravimetria usa informações do campo de gravidade terrestre para investigar a distribuição de densidades no subsolo. A partir de medidas da aceleração, é possível verificar, via métodos de modelagem direta ou inversão geofísica, a distribuição de densidades que expliqueo acúmulo de hidrocarbonetos. Já a magnetometria é uma técnica que utiliza a informação do campo magnético terrestre para a investigação das estruturas em subsuperfície. Ela é importante na determinação de parâmetros regionais de profundidade média de fontes magnéticas para modelagem de bacias sedimentares. Em 2024, houve aquisição de 7.634 km de dados exclusivos. tanto com gravimetria quanto com magnetometria Não houve aquisição de dados nem com gravimetria (km²) nem com a magnetometria (km²). No que se refere aos dados não exclusivos, foram adquiridos153 km com magnetometria (km), e 12.446 km² com gravimetria (km²) Com relação aos dados de fomento, não houve aquisição em 2024. Tabela 2.1 Em 2024, foram perfurados 266 poços, sendo 180 em terra (67,7% do total, com aumento de 39,5% em relação ao ano anterior) e 86 no mar (quantidade 2,3% inferior à registrada em 2023). O número total de poços perfurados registrou aumento de 22,6% em comparação a 2023. A maioria eram explotatórios: 242, correspondendo a 91% do total. Foram perfurados ainda 15 poços exploratórios (5,6% do total) e nove poços especiais. Em 2024, foram realizadas três descobertas em mar e uma em terra (ver nota 2 da Tabela 2.2). Tabela 2.2 2.3. Reservas No fim de 2024, as reservas totais de petróleo do Brasil foram contabilizadas em aproximadamente 29,2 bilhões de barris, volume 6% maior do que o registrado em 2023, sendo 804,2 milhões em terra e quase 28,4 bilhões em mar. Por sua vez, as reservas provadas totalizaram 16,8 bilhões de barris, com alta de 6% em relação a 2023, das quais 556,4 milhões de barris em terra e cerca de 16,3 bilhões em mar. As reservas provadas são aquelas que, com base na análise de dados geológicos e de engenharia, se estimam recuperar comercialmente de reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau de certeza, e cuja estimativa considere as condições econômicas vigentes, os 6 métodos operacionais usualmente viáveis e os regulamentos locais instituídos pela legislação petrolífera e tributária. Já as reservas totais representam a soma das reservas provadas, prováveis e possíveis. Dentre os estados com maiores volumes de reservas provadas de petróleo encontram-se Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, que representam, respectivamente, 87,3%, 6,1% e 3,5% das reservas. No Rio de Janeiro, o volume de reservas provadas teve aumento de 7,7%, totalizando 14,7 bilhões de barris. Já São Paulo, registrou queda de 6,7% no volume de reservas, que ficou em 1 bilhão de barris. No Espírito Santo, houve aumento de 14,1% nas reservas localizadas em terra e queda de 14,5% nas situadas em mar, totalizando 42,5 milhões e 546,6 milhões de barris, respectivamente. Em 2024, o Brasil ocupou a 15ª posição no ranking mundial de países com as maiores reservas provadas de petróleo. Tabela 1.1 Tabela 2.3 Tabela 2.4 Gráfico 2.1 Gráfico 2.2 As reservas totais de gás natural aumentaram – em 5,1% na comparação anual – e somaram 740,5 bilhões de m³ em 2024. As reservas provadas de gás natural também tiveram acréscimo em 2024, de 5,6% no total, somando 546 bilhões de m³. As reservas em terra apresentaram aumento de 4,1%, atingindo quase 104,7 bilhões de m³. Já as reservas em mar subiram em 6%, totalizando 441,4 bilhões de m³. O Rio de Janeiro segue sendo o estado detentor do maior volume de reservas provadas de gás natural, que alcançaram 400,5 bilhões de m³ em 2024, 73,3% do total das reservas nacionais. Em 2024, o Brasil ocupou a 28ª colocação no ranking das maiores reservas provadas de gás natural do mundo. Tabela 2.5 Tabela 2.6 Gráfico 2.3 Gráfico 2.4 2.4. Produção Em 2024, a produção nacional de petróleo apresentou queda de 1% na comparação anual, atingindo pouco mais de 1,2 bilhão de barris (média de 3,4 milhões de barris por dia). y A produção de petróleo no pré-sal, em compensação, aumentou 2%, atingindo 967,9 milhões de barris em 2024. Isso significa, na média, uma produção de 2,6 milhões de barris/dia. O pré-sal representou 78,8% da produção nacional total. Considerando a produção mar x terra, a produção offshore correspondeu a 97,5% do total. Por localização, o Rio de Janeiro manteve a liderança da produção de petróleo nacional, sendo responsável por 87% da produção total, com média de 2,9 milhões de barris/dia em 2024. O estado de São Paulo foi o segundo maior produtor, com 202,4 mil barris/dia de produção média em 2024. O estado do Espírito Santo foi o terceiro maior produtor, com média de 154,9 mil barris/dia. 7 Em 2024, havia 7.839 poços produtores de petróleo e gás natural no Brasil, dos quais 7.235 em terra e 604 no mar. Em 2024, 78 diferentes correntes produziram petróleo no Brasil. O petróleo brasileiro teve uma densidade média de 27,9 graus API e teor de enxofre de 0,4%. A relação reserva/produção (R/P) de petróleo aumentou de 12,8 anos, em 2023, para 13,7 anos, em 2024, em função do expressivo crescimento das reservas provadas. O Brasil ficou na 9ª colocação do ranking mundial de produtores de petróleo, em 2024. A produção de líquido de gás natural (LGN) foi de 27,7 milhões de barris, 5,2% menor que a de 2023. O Estado de São Paulo se manteve, pelo nono ano consecutivo, como o maior produtor nacional, com 13,9 milhões de barris, apesar de ter registrado queda de 6,1%. O Estado do Rio de Janeiro foi o segundo maior estado produtor, com 5,5 milhões de barris, após alta de 13,2% em relação ao ano anterior. Os dois maiores estados produtores representaram 70,4% da produção nacional em 2024. Os Estados do Amazonas e do Espírito Santo, com 4,8 e 2,4 milhões de barris, respectivamente, também apresentaram produção relevante de LGN no ano. Em 2024, a Petrobras manteve-se como a concessionária que mais produziu petróleo e gás natural: 63,1% e 64,8% de participação no total, respectivamente. Como operadora, a produção da Petrobras representou 88,4% do total nacional de petróleo e 91% do total de gás natural. Tabela 2.7 Tabela 2.8 Tabela 2.9 Tabela 2.10 Tabela 2.11 Tabela 2.12 Gráfico 2.5 Gráfico 2.6 Gráfico 2.7 A produção de gás natural nacional manteve crescimento pelo 14º ano consecutivo, com aumento de 2,5% em relação a 2023, totalizando 56,1 bilhões de m³ em 2024. Na década 2015- 2024, a produção nacional de gás natural apresentou crescimento médio de 5,3% ao ano e acumulado de 59,6%. Dos campos em mar vieram 84,8% do gás natural produzido no Brasil, totalizando 47,5 bilhões de m³Já a produção em terra chegou a 8,5 bilhões de m³. Por estados, o Rio de Janeiro foi o maior produtor de gás natural em 2024: 41,8 bilhões, o equivalente a 74,5% da produção nacional total e 87,9% da produção total em mar. O estado do Amazonas foi segundo maior produtor nacional e o maior produtor em terra (61,1% do total produzido em terra), com produção de pouco mais de 5,2 bilhões de m³ em 2024 ou 9,3% do total nacional. O estado de São Paulo foi o terceiro maior produtor nacional, com 7,5% da produção total, o equivalente a 4,2 bilhões de m³. A produção de gás natural no pré-sal teve crescimento de 5,3% em 2024, atingindo 43 bilhões de m³ e representando 76,7% da produção total. A relação reserva/produção (R/P) de gás natural aumentou de 9,5 anos, em 2023, para 9,7 anos, em 2024. Em 2024, o Brasil estava na 30ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural. Para o cálculo da posição brasileira, foram descontados da produção os volumes de queimas, perdas 8 e reinjeção, no intuito de possibilitar a comparação com os dados mundiais publicados pelo Energy Institute (vide Tabela 1.7). Tabela 2.13 Gráfico 2.7 Gráfico 2.8 Do total de gás natural produzido em 2024, o gás associado representou 50,5 bilhões de m³, o equivalente a 90% do volume produzido, 3,2% maior em relação a 2023. O Rio de Janeiro continuou liderando a produção, com 41,8 bilhões de m³ (82,7% do total de gás associado produzido,após alta de 5,7%). A produção de gás não associado foi de pouco mais de 5,6 bilhões de m³ em 2024. Amazonas, Maranhão e São Paulo foram os estados com maior produção deste tipo de gás: respectivamente 1,8 bilhão de m³ (32,2% do total de gás não associado1,4 bilhão de m³ (25,2% do total de gás não associado) e 1,2 bilhão de m³ (21,5% do total de gás não associado). Em 2024, 2,8% da produção total foi queimada ou perdida, e 54,3%, reinjetada. Em comparação a 2023, o volume de queimas e perdas teve aumento de 12,6% e o de reinjeção cresceu 5,9%. O aproveitamento do gás natural produzido alcançou 42,9% em 2024. Tabela 2.14 Tabela 2.15 Tabela 2.16 2.5. Ações de Fiscalização e Comunicação de Incidentes nas Atividades de Exploração e Produção A fiscalização de segurança operacional das atividades de exploração e produção (E&P) no Brasil possui caráter preventivo e é executada por meio de auditorias que avaliam – de acordo com o procedimento da Resolução ANP nº 851/2023 – a eficácia do sistema de gestão da segurança operacional com base nos respectivos regulamentos técnicos afetos às instalações e ambientes nos quais se inserem. Em 2024, foram realizadas 35 ações de fiscalização de segurança operacional das atividades de E&P (24 offshore e 13 onshore). Os desvios em relação aos requisitos dos regulamentos técnicos são registrados como não conformidades, podendo resultar em autuações ou interdições. Não conformidades críticas são lavradas devido a situações de risco grave e iminente e resultam na interdição total ou parcial da instalação ou unidade operacional auditada. Como resultado das ações, houve 150 autuações e 23 interdições. A comunicação à ANP de incidentes ocorridos em instalações de operadores de contrato de exploração e produção de petróleo e gás natural deve ser feita de acordo com a Resolução ANP nº 882/2024. Em 2024, foram comunicados 2.690 incidentes, sendo 121 graves, 478 moderados e 2.091 leves. A investigação de incidentes realizada pela ANP tem o intuito de esclarecer o(s) fator(es) causal(is) e a(s) causa(s) raiz(es) do incidente; avaliar as medidas mitigadoras adotadas pelo agente regulado e apresentar recomendações, quando necessário; apresentar ações complementares a serem tomadas tanto pelo agente regulado quanto pela ANP para evitar a recorrência do incidente e/ou aprimorar a segurança operacional; verificar a aderência das operações à regulamentação aplicável; tornar públicas as informações relacionadas ao incidente e os resultados da investigação realizada pela Agência, quando esta julgar que tal informação possa contribuir para o incremento da segurança operacional de outros agentes regulados, ressalvadas as informações classificadas como reservadas, de acordo com a legislação aplicável. 9 Tabela 2.17 Tabela 2.18 2.6. Participações Governamentais e de Terceiros A Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petróleo) estabeleceu as participações governamentais a serem pagas pelos concessionários de exploração e produção de petróleo e gás natural: bônus de assinatura, royalties, participação especial e pagamento pela ocupação ou retenção de área. Destes quatro, somente os royalties já existiam antes da Lei nº 9.478/1997, porém em percentual inferior. Os royalties são uma compensação financeira devida à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios beneficiários pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro: uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos não renováveis. Os royalties incidem sobre o valor da produção do campo e são recolhidos mensalmente pelas empresas contratadas até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. Em 2024, foram arrecadados R$ 58,2 bilhões em royalties, valor 8,5% acima do registrado em 2023. Desse montante, 26,7% destinaram-se aos estados produtores ou confrontantes; 33,8% aos municípios produtores ou confrontantes; 30,8% à União, divididos entre Comando da Marinha (2,5%), Ministério da Ciência e Tecnologia (1,7%), Fundo Social (8,6%) e 18% à Educação e Saúde. Outros 8,4% foram destinados ao Fundo Especial dos estados e municípios. Ao estado do Rio de Janeiro, maior produtor nacional de petróleo e gás natural, juntamente com seus municípios, destinaram-se 47,8% do total arrecadado no País a título de royalties. Tabela 2.19 A participação especial é uma compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural para campos de grande volume de produção. Para apuração da participação especial sobre a produção de petróleo e de gás natural, alíquotas progressivas – que variam de acordo com a localização da lavra, o número de anos de produção e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada – são aplicadas sobre a receita líquida da produção trimestral de cada campo, consideradas as deduções previstas no § 1º do artigo 50 da Lei nº 9.478/1997 (royalties, investimentos na exploração, custos operacionais, depreciação e tributos). A destinação dos recursos da participação especial é realizada em função de quatro tipos de distribuições existentes na legislação: (1) Para recursos provenientes de campos terrestres, 50% são repassados à União, 40% aos estados produtores e 10% aos municípios produtores, conforme determinado pelo artigo 50 da Lei 9.478/97; (2) Para recursos provenientes de campos com declaração de comercialidade anterior a 3 de dezembro de 2012, produção realizada pré-sal e localizados na área definida pelo inciso IV do artigo 2º da Lei 12.351/10 (DARF 3037), 50% destes recursos são destinados ao Fundo Social previsto na mesma lei, 40% aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a produção e 10% aos municípios confrontantes; (3) Para recursos provenientes de campos marítimos, exceto pré-sal, e cujas declarações de comercialidade tenham ocorrido antes de 3 de dezembro de 2012, 50% são repassados à União, 40% aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a produção e 10% aos municípios confrontantes, conforme determinado no artigo 50 da Lei 9.478/97; e 10 (4) Para recursos provenientes de campos marítimos com declaração de comercialidade posterior a 3 de dezembro de 2012 (DARF 3990), 50% são repassados à União, 40% aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a produção e 10% aos municípios confrontantes, conforme determinado pela Lei 12.858/13. Em 2024, a distribuição da participação especial foi 5% inferior à de 2023, atingindo R$ 39,8 bilhões. Desse valor, conforme definido pela lei, R$ 14,7 bilhões foram destinados aos estados produtores ou confrontantes; R$ 3,6 bilhões aos municípios produtores ou confrontantes; R$ 864,7 milhões ao Ministério de Minas e Energia; R$ 216,2 milhões ao Ministério do Meio Ambiente; e R$ 16,7 bilhões ao Fundo Social. Além disso, R$ 441,7 milhões foram destinados à Educação e R$ 147,2 milhões à Saúde. Os principais estados beneficiários das participações especiais foram: Rio de Janeiro (R$ 12,6 bilhões – 31,8% do valor total e 86,1% do total destinado aos estados); São Paulo (R$ 1,2 bilhão – 2,9% do valor total e 7,9% do valor destinado aos estados); Espírito Santo (R$ 831 – 2,1% do valor total e 5,7% do valor destinado aos estados). Entre os municípios beneficiários, destacaram-se Maricá/RJ (R$ 1,5 bilhão); Niterói/RJ (R$ 1,3 bilhão); Rio de Janeiro/RJ (R$ 236,2 milhões) e Ilhabela/SP (R$ 144,9 milhões). Tabela 2.20 Gráfico 2.10 Em 2024, o pagamento pela ocupação ou retenção de 798 áreas somou R$ 441,8 milhões. Do total de áreas ocupadas, 396 blocos encontravam-se na fase de exploração e foram responsáveis por 21,8% do pagamento total. Além disso, 57 campos estavam na etapa de desenvolvimento da produção, respondendo por 2,9% do valor pago. Outros 345 campos encontravam-se na etapa de produção, correspondendo a 75,2% do pagamento total. Tabela 2.21Adicionalmente às participações governamentais, a Lei do Petróleo estabelece o pagamento, pelos concessionários, de uma participação sobre o valor do petróleo e do gás natural produzido aos proprietários das terras onde são realizadas as atividades de exploração e produção. O valor da participação a ser distribuída entre os proprietários de terra é apurado mensalmente, multiplicando-se percentual, entre 0,5% e 1%, sobre a receita bruta de produção em cada poço localizado em terras do proprietário. Em 2024, este pagamento somou R$ 151 milhões, 8,8% superior ao registrado no ano anterior. O montante foi distribuído a 2.115 proprietários cadastrados em nove estados e, no caso de propriedades não regularizadas, depositado em poupança. O estado do Rio Grande do Norte tem o maior número de proprietários, 1.147, cujos pagamentos corresponderam à soma de 45,3 milhões, ou 30% do total pago. Tabela 2.22 Gráfico 2.11 2.7. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Formação de Recursos Humanos A Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petróleo) estabelece como atribuição da ANP o estímulo à pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento. Para tanto, a partir de 1998, a ANP incluiu nos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural uma Cláusula de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Esta cláusula estabelece para as empresas petrolíferas contratadas a obrigação de aplicar recursos em atividades qualificadas como PD&I, em montante 11 que varia de 0,5% a 1% da receita bruta de produção, conforme disposições específicas de cada modalidade de contrato (concessão, partilha de produção ou cessão onerosa). Entre 2015 e 2024, o valor total da obrigação de investimentos em PD&I foi de aproximadamente R$ 24,3 bilhões. Em 2024, o montante correspondeu a R$ 4,2 bilhões, valor 8,5% maior do que o de 2023. Desse valor, 65,6% (R$ 2,8 bilhões) da obrigação de investimentos correspondeu à Petrobras. Tupi foi o campo que gerou maior valor de obrigação de investimentos, que correspondeu a 29,4% do total ou R$ 1,2 bilhão. Ainda como parte das atribuições previstas na Lei do Petróleo e com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico, a ANP implementou, em 1999, um programa para incentivar a formação de mão de obra especializada no setor do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. Esta iniciativa, denominada Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH-ANP), teve sua primeira fase entre os anos de 1999 e 2018, com resultados relevantes: a formação de mão de obra especializada para inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento de novas pesquisas para o setor regulado pela ANP. Na primeira fase, os recursos financeiros oriundos do Tesouro Nacional, por meio do CTPetro, sofreram drástica redução no ano de 2015, quando o PRH-ANP passou a subsistir apenas com os recursos remanescentes de anos anteriores e de aportes da Cláusula de PD&I. Como resultado, o Programa só permaneceu ativo até a conclusão dos bolsistas ativos, sendo encerrado em 2018. A segunda fase do PRH-ANP teve início em 2019, com a seleção de 55 programas, mesma quantidade à existente ao final da primeira. Nesta fase, os recursos financeiros são oriundos da Cláusula de PD&I, constante dos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. De 2015 a 2024, foram investidos R$ 324,6 milhões na concessão de bolsas de estudo e taxa de bancada. No ano de 2024, foram investidos R$ 7,5 milhões no PRH-ANP/MCT Nível Superior. Tabela 2.23 Tabela 2.24 Tabela 2.25 Gráfico 2.12 2.8. Preços de Referência do Petróleo e do Gás Natural De acordo com o Decreto nº 2.705/1998, conhecido como “Decreto das Participações Governamentais”, os preços de referência do petróleo e do gás natural são utilizados na determinação do valor da produção para fins de cálculo de royalties e participação especial. O Preço de Referência do Petróleo (PRP), adotado para cálculo das participações governamentais, é calculado pela ANP, mensalmente, tendo como base as médias mensais das cotações do petróleo referência (tipo Brent) e de derivados (leves, médios e pesados), ao qual se incorpora um diferencial de qualidade em função das características físico-químicas de cada corrente. Os valores apurados pela ANP são divulgados em reais por metro cúbico (R$/m³). Já o Preço de Referência do Gás Natural (PRGN), adotado para cálculo das participações governamentais, é calculado pela ANP, mensalmente, para cada campo, pelo somatório dos produtos das frações volumétricas do gás natural que, após seu processamento, podem ser 12 obtidas como condensado de gás natural (VCGN), gás liquefeito de petróleo (VGLP) e gás processado (VGP), pelos correspondentes preços (PCGN, PGLP e VGP). Sua unidade de medida é Reais por metro cúbico (R$/m³). Em 2024, o preço médio de referência do petróleo em reais foi de R$ 392,76/barril e registrou alta de 4,2% em comparação a 2023. Em dólares, também houve aumento, de 1,1%, e o preço ficou cotado a US$ 75,34/barril. Já o preço de referência do gás natural em reais foi de R$ 821,99/mil m³, com queda de 7,9% em relação a 2023. Em dólares, o preço fixou-se em US$ 157,68/mil m³, com queda de 10,7% comparado ao ano anterior. Tabela 2.26 Tabela 2.27 Refino e Processamento 2.9. Refino de Petróleo Em 2024, o parque de refino brasileiro contava com 17 refinarias de petróleo, com capacidade para processar 2,4 milhões de barris/dia, além de uma unidade de processamento de xisto com capacidade para processar 6.120 t/dia (vide nota específica nº 3 da Tabela 2.28). A capacidade de refino medida em barris/dia-calendário foi de 2,3 milhões de barris/dia. O fator de utilização das refinarias no ano foi de 86,4%. A Univen teve sua autorização cancelada em 2024. Dez dessas refinarias pertencem à Petrobras e respondem por 78,6% da capacidade total, sendo a Replan (SP) a de maior capacidade instalada: 434 mil barris/dia ou 17,9% do total nacional. Manguinhos (RJ), Refmat (BA), Riograndense (RS), Dax Oil (BA), Ssoil (SP), 3R Potiguar e Ream (AM) são refinarias privadas. Em 2024, foi processada uma carga de pouco menos de 2 milhões de barris/dia pelo parque de refino nacional, sendo 98,3% desse volume de petróleo (nacional e importado) e 1,7% de outras cargas (resíduos de petróleo, resíduos de terminais e resíduos de derivados). Houve uma queda de 14,8 mil barris/dia (equivalente a 0,7%) no volume de petróleo processado em relação a 2023. O processamento de petróleo nacional teve diminuição de 0,5%, alcançando pouco mais de 1,7 milhão de barris/dia, e correspondeu a 86,2% do volume total processado. Já o processamento de petróleo importado registrou aumento de 0,6% em comparação a 2023, chegando a 240 mil barris/dia e 12,1% do volume total processado. Tabela 2.28 Tabela 2.29 Tabela 2.30 Gráfico 2.13 Gráfico 2.14 A Replan (SP) foi responsável pelo maior volume de carga processada no País: 398,9 mil barris/dia (20,1% do total). Em seguida vieram Revap (SP), com 11,9% do volume de carga processada; Refmat (BA), com 11,6%; e Reduc (RJ), com 10,8%. A Replan (SP) também foi a refinaria que mais processou petróleo nacional (22,3% do total), enquanto a Reduc (RJ) foi responsável por processar 36,1% de todo o petróleo importado. A Refap (RS) foi a que processou maior volume de outras cargas (29,1%). Tabela 2.31 Gráfico 2.15 Em 2024, as refinarias nacionais possuíam capacidade de armazenamento de quase 5,9 milhões de m³ de petróleo e de 10,6 milhões de m³ de derivados de petróleo, intermediários e etanol. 13 As oito refinarias da Região Sudeste concentravam, juntas, 56% da capacidade nacional de armazenamento de petróleo (3,3 milhões de m³). Dessa capacidade, 1,9 milhão de m³ (32,6% do total nacional) se localizava noestado de São Paulo e 943,6 mil m³ (16,1% do total) no Rio de Janeiro. As refinarias com maior capacidade de armazenamento de petróleo eram Reduc (RJ), Replan (SP) e Rnest (PE), com aproximadamente 943,4 mil m³ (16,1% do total), 876,8 mil m³ (15% do total) e 803,2 mil m³ (13,7% do total), respectivamente. Em 2024, o Sudeste também era a região com maior capacidade de armazenamento de derivados, intermediários e etanol, com pouco menos de 6,9 milhões de m³ (64,9% do total), dos quais 4,3 milhões de m³ (40%) no estado de São Paulo e 2 milhões de m³ (18%) no Rio de Janeiro. A refinaria com maior capacidade de armazenamento era a Replan (1,9 milhões de m³; 18,2%), seguida da Reduc (1,7 milhão de m³; 16,1%) e da Revap (1,2 milhão de m³; 11,3%), todas da Região Sudeste. Tabela 2.32 2.10. Processamento de Gás Natural Em 2024, o gás natural foi processado em 14 polos produtores, que, juntos, somavam 109,7 milhões de m³/dia de capacidade nominal. A capacidade de processamento aumentou 11% em relação a 2023. Em 2024 foram autorizadas a primeira UPGN do Complexo Boaventura, em Itaboraí, Rio de Janeiro e a UPGN PetroRecôncavo em Mata de São João, Bahia. O volume total processado no ano foi de 18,3 bilhões de m³ (50,1 milhões de m³/dia), correspondente a 45,7% da capacidade total instalada. Na comparação com 2023, o processamento de gás natural registrou queda de 9%. Os polos de Cabiúnas (Rio de Janeiro), Urucu (Amazonas), Caraguatatuba (São Paulo) e Cacimbas (ES) foram responsáveis por 89% do volume total de gás natural processado. Como resultado do processamento de gás natural, os polos produziram pouco mais de 3 milhões de m³ de GLP; 947,1 mil m³ de C5+ (gasolina natural); 289,8 milhões de m³ de etano; 709,3 mil m³ de propano; 150,9 mil m³ de LGN e 16,7 bilhões de m³ de gás seco. A Reduc foi responsável por 100% da produção de etano e quase 100% de propano. Os polos de Caraguatatuba e Cabiúnas foram os que mais produziram GLP (23,4% e 22,1% do total, respectivamente). Os maiores produtores de C5+, foram Caraguatatuba e Reduc (25,5% e 24,9%, respectivamente). Por fim, os maiores produtores de gás seco foram os polos de Cabiúnas e Caraguatatuba, com 36,4% e 24,1%, respectivamente. Tabela 2.33 Tabela 2.34 Tabela 2.35 Tabela 2.36 Gráfico 2.16 Cartograma 2.1 2.11. Produção de Derivados de Petróleo Em 2024, a produção brasileira de derivados de petróleo foi de cerca de 130,4 milhões de m³, 1,2% superior à de 2023. Esse valor não inclui o volume de derivados produzidos a partir do xisto betuminoso. Portanto, para se obter o volume total de derivados produzidos no País, deve-se somar os dados apresentados neste tema àqueles constantes na Tabela 2.48 (Capítulo 2.13 – Industrialização do Xisto). 14 Os derivados energéticos corresponderam a 87,7% do total produzido, com 114,4 milhões de m³, após alta de 1,6% em relação a 2023. A produção dos derivados não energéticos foi de quase 16 milhões de m³, após uma queda de 1,7% em comparação ao ano anterior. Dentre os derivados energéticos, houve variação na produção de gasolina A (+4,3%), gasolina de aviação (+19,1%), GLP (-2,3%), óleo combustível (-6,7%), óleo diesel (+3,3%), QAV (+7,8%) e querosene iluminante (-6,8%). No que se refere aos derivados não energéticos, houve alta na produção dos seguintes produtos: asfaltos (+1,8%), óleo lubrificante (+25,9%) e parafina (+38,8%). Por outro lado, houve queda na produção de solvente (-10,5%), nafta (-6,7%), outros derivados não energéticos (-1,4%) e coque (-0,7%). Tabela 2.37 Tabela 2.38 Gráfico 2.17 Gráfico 2.18 Gráfico 2.19 As refinarias foram responsáveis pela produção de aproximadamente 126 milhões de m³ de derivados de petróleo ou 96,6% do total, sendo o restante da produção dividido entre centrais petroquímicas (1,4 milhão de m³ ou 1,1% do total), UPGNs (2,4 milhões de m³ ou 1,8% do total) e outros produtores (640 mil m³ ou 0,5% do total). As refinarias que se localizam na Região Sudeste responderam por 62,4% (78,6 milhões de m³) desse volume, sendo as de São Paulo responsáveis por 42,1% (53,1 milhões de m³) da produção total. A Replan (SP) foi a refinaria que produziu o maior volume de derivados de petróleo: 24,1 milhões de m³, o equivalente a 19,2% da produção das refinarias. Destacou-se na produção de derivados energéticos, sendo a refinaria que mais produziu óleo diesel (21,8% do total deste produto), gasolina A (19,8% do total deste produto) e GLP (19,6% do total deste produto). Também foi a refinaria que mais produziu o não energético coque (30,1% do total deste produto). A Revap (SP) foi a principal produtora de QAV (36,7% do total). A RPBC (SP) liderou a produção de solvente (37,8% do total) e foi a única refinaria a produzir gasolina de aviação. A Refmat (BA) liderou a produção nacional de parafina (69,9% do total produzido), de querosene iluminante (85,4% do total deste derivado) e óleo combustível (23,9% do total produzido). A Regap (MG) foi a maior produtora de asfalto (24,9% do total produzido). Já a Reduc (RJ), maior produtora de derivados não energéticos (20,1% do total geral), destacou-se na produção de óleo lubrificante (71,8% do total produzido), de outros derivados não energéticos (35,7%), e de nafta (26,5% do total produzido). Em relação às centrais petroquímicas, sua produção de combustíveis atingiu pouco mais de 1,4 milhão de m³, registrando queda de 1,2% em relação a 2023. A maior parte da produção das centrais foi de gasolina A (89,2%; alta de 1,6%) e de GLP (queda de 19,4%). Tabela 2.39 Tabela 2.40 2.12. Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo Os preços médios ponderados semanais praticados pelos produtores (refinarias, centrais petroquímicas e formuladores) e importadores de gasolina A, óleo diesel, QAV, GLP e óleo combustível são publicados nesse Anuário Estatístico desde a edição de 2003, em substituição às séries de preços de realização e faturamento dos derivados de petróleo. A partir da abertura do mercado nacional de derivados, em janeiro de 2002, os preços de realização e faturamento 15 deixaram de existir e os preços passaram a flutuar de acordo com as condições econômicas do mercado nacional. Vale ressaltar que, nos preços dos produtores e importadores publicados neste capítulo, estão incluídas as parcelas relativas à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), instituída pela Lei nº 10.336/2001; aos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep); e ao financiamento da Seguridade Social (Cofins), conforme a Lei nº 9.990/2000. Não estão computados os valores do ICMS, que dependem de legislação de cada unidade da Federação. Os preços divulgados neste capítulo são reportados semanalmente pelos produtores e importadores à ANP, que, por meio da Portaria ANP nº 297/2001, instituiu a obrigatoriedade da apresentação das informações relativas à comercialização de gasolina A, óleo diesel, QAV, GLP e óleo combustível. Esses valores são frequentemente atualizados e encontram-se disponíveis para consulta no portal da ANP na internet. No ano de 2024, os preços médios ponderados, em reais, de produtores e importadores de derivados para o Brasil apresentaram as seguintes variações em relação a 2023: gasolina A (+9,8%), óleo diesel (+9,3%); GLP (-1,3%); QAV (-1,6%); óleo combustível A1 (-4,1%), e óleo combustível B1 (+10,2%). Tabela 2.41 Tabela 2.42 Tabela 2.43 Tabela 2.44 Tabela 2.45 Tabela 2.46 Industrialização do Xisto 2.13. Industrialização do Xisto Este capítulo apresenta, de forma sintética, as atividades relacionadas ao xisto betuminoso que têm interface com a indústria nacional do petróleo. O xisto é uma rocha sedimentar rica em matéria orgânica (querogênio). Quando submetido a temperaturas elevadas, decompõe-se em óleo, água, gás e um resíduo sólido contendo carbono. Por meio de sua transformação, é possível produzire diretrizes estabelecidas na legislação e no Plano de Gestão, visando a implementação de práticas modernas de governança, acompanhamento de indicadores e uso de ferramentas tecnológicas para monitoramento. Monitoramento de Indicadores de Desempenho Reclamações: Monitoramento do índice médio anual de reclamações em setores como saneamento básico e gás canalizado. As variações registradas refletem tanto desafios (como os efeitos de estiagens que impactam o abastecimento) quanto melhorias decorrentes de ações corretivas implementadas. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 7 Continuidade dos Serviços: Acompanhamento dos indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção) no setor de energia elétrica, que evidenciam a eficiência dos investimentos e das manutenções realizadas pelas concessionárias, superando, em muitos casos, as metas estabelecidas. Cumprimento da Agenda Regulatória: A Agenda Regulatória da Arsesp estabelece os temas prioritários a serem regulados e fiscalizados, orientando as ações da agência em consonância com os planos estratégicos e plurianuais. Ela organiza processos normativos, consultas públicas e audiências, promovendo transparência e participação social. Fiscalização: As atividades das fiscalizações dos serviços públicos regulados, constituem o monitoramento constante e o controle das atividades realizadas pelas concessionárias, garantindo a qualidade e a eficiência na prestação dos serviços. Diretoria de Energia Elétrica Fiscalização e Monitoramento Ações de Campo: Realização de fiscalizações programadas nas concessionárias de geração, transmissão e distribuição, com ênfase em identificar falhas na manutenção e operação das redes elétricas. Relatórios e Análises: Emissão de diversos relatórios de análise e acompanhamento, que incluíram a verificação dos indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção). Os resultados indicaram que os serviços apresentaram continuidade superior às metas, reforçando a eficácia dos investimentos e dos processos de manutenção. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 8 Atendimento a Demandas Externas: Resposta a questionamentos e demandas de órgãos reguladores e externos, como a ANEEL, garantindo que as informações sobre a qualidade do fornecimento sejam transparentes e estejam alinhadas com os padrões exigidos e identificação e encaminhamento de ações corretivas em casos de irregularidades, com o objetivo de aprimorar a operação das concessionárias e reduzir os índices de interrupção dos serviços. Diretoria de Saneamento Básico Projetos Estratégicos e Inovação Conservação de Mananciais: Implementação de projetos voltados à restauração ecológica e à proteção dos recursos hídricos, incluindo ações de conservação de solos, implantação de pequenas barragens e mecanismos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Revisão Normativa: Atualização e padronização dos normativos referentes à fiscalização dos serviços, como o desenvolvimento do “Guia para Análise de Impacto Regulatório”, que orienta futuras ações e aprimoramento das práticas de regulação. Monitoramento e Indicadores de Desempenho Acompanhamento detalhado dos índices de reclamações relativas aos serviços de saneamento, com a implementação de medidas para reduzir os níveis de insatisfação dos usuários, ajustando as metas e adotando ações preventivas. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 9 Ações de Fiscalização e Capacitação Realização de fiscalizações e auditorias para verificar a conformidade dos serviços prestados. Promoção de treinamentos e capacitações voltados aos agentes de fiscalização, garantindo o uso de metodologias modernas e o compartilhamento de melhores práticas. Diretoria de Gás Canalizado Elaboração de Normativos: Publicação de diversas deliberações que orientam a regulação do setor, definindo regras para a prestação dos serviços de gás, autorizando a atuação de comercializadores e ajustando modelos contratuais e tarifários. Consultas Públicas e Audiências: Realização de processos de consulta e audiências públicas para integrar as demandas dos usuários e stakeholders, permitindo ajustes e aperfeiçoamentos das normas. Acompanhamento do Mercado: Monitoramento contínuo dos indicadores de reclamações e da satisfação dos usuários, evidenciando a diminuição significativa dos registros, resultado das ações corretivas e do aprimoramento das práticas das concessionárias. Integração com o Setor: Apoio na definição de novos modelos contratuais, visando dinamizar o mercado de gás canalizado e incentivar a competitividade, além de promover a transparência e a participação dos agentes regulados. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 10 Diretoria de Relações Institucionais Comunicação e Participação Social Organização de Audiências e Consultas Públicas: Coordenação de audiências públicas e consultas que reuniram representantes de usuários, concessionárias, órgãos governamentais e outros stakeholders, fortalecendo o diálogo e a transparência das ações. Eventos Institucionais: Participação ativa em congressos, simpósios e fóruns setoriais, ampliando a visibilidade da Arsesp e promovendo a troca de experiências com outras instituições. Gestão de Convênios e Parcerias Celebração de convênios e protocolos de cooperação técnica com entidades como consórcios, secretarias estaduais e outras agências reguladoras, visando integrar práticas e ampliar a eficiência das ações regulatórias. Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados Ações de Fiscalização Econômico-Financeira: Na Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados, foram adotadas diversas medidas para aprimorar a gestão econômico-financeira e fortalecer a transparência dos processos regulatórios. A diretoria realizou auditorias detalhadas que abarcaram a verificação de receitas, despesas, investimentos e o controle patrimonial das concessionárias, além de promover a revisão das metodologias tarifárias para assegurar a correta aplicação dos recursos. Foram elaborados pareceres técnicos e estudos sobre custos de capital, contribuindo para uma avaliação mais precisa dos indicadores financeiros e RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 11 para a definição de metas realistas. Adicionalmente, a condução de consultas públicas e audiências ampliou a participação dos stakeholders, integrando as demandas dos usuários ao processo de tomada de decisão e consolidando a robustez das ações regulatórias no setor. Considerações Finais Cada diretoria da Arsesp demonstrou, ao longo de 2024, um comprometimento específico e integrado com os objetivos da agência. As ações detalhadas – desde a fiscalização rigorosa e o monitoramento de indicadores até a inovação nos processos normativos e a promoção da transparência – evidenciam uma estratégia de regulação robusta e adaptada aos desafios contemporâneos dos serviços públicos delegados. Essa abordagem integrada, aliada ao constante diálogo com os stakeholders e à capacitação contínua dos profissionais, reforça a missão da Arsesp de garantir serviços de qualidade e promover o desenvolvimento sustentável do setor. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 12 2. APRESENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2024 - PROGRAMA, PRODUTOS E INDICADORES PROGRAMA 3937 - REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DE SAO PAULO 2.1. Objetivo Contribuir para a melhoria da prestação dos serviços públicos, por meio da sua regulação, respeitando os contratos e garantindo o equilíbrio na relação entre usuários, prestadores de serviço e poder público e auxiliando para a sustentabilidade destes serviços delegados. 2.2. Indicadores Plano Plurianualuma série de subprodutos que podem ser aproveitados pelos mais diversos segmentos industriais. A Petrobras concluiu, em novembro de 2023, a venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), para a Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources). A unidade de industrialização de xisto passou a se chamar Paraná Xisto S/A. Em 2024, o volume de xisto bruto processado foi de pouco menos de 2 milhões de toneladas, 63,4% superior ao de 2023. Da transformação do xisto, são obtidos os seguintes derivados energéticos: gás de xisto, GLP e óleo combustível. Também são produzidos nafta e outros derivados não energéticos. A produção de gás de xisto, em 2024, somou 28,9 mil toneladas, registrando queda de 0,9% em relação a 2023. Já o volume de GLP obtido a partir do processamento do xisto teve alta expressiva de 123,5%, atingindo aproximadamente 14,7 mil m³. O volume de óleo combustível aumentou 78,8% em relação ao ano anterior, totalizando 259,3 mil m³. Quanto aos produtos não energéticos, a produção de nafta teve alta de 24,6% atingindo 30,9 mil m³. Tabela 2.47 16 Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural 2.14. Terminais Para viabilizar a movimentação de petróleo, derivados e etanol no território nacional, o Brasil dispunha de 129 terminais autorizados em 2024, sendo 67 terminais aquaviários (com 1.870 tanques) e 62 terminais terrestres (com 659 tanques), totalizando 2.529 tanques. A capacidade nominal de armazenamento era de cerca de 15,6 milhões de m³, dos quais 5,2 milhões de m³ (33,2% do total) destinados ao petróleo; 10 milhões de m³ (64,4% do total) destinados aos derivados (exceto GLP) e ao etanol; e 377,1 mil m³ (2,4% do total) destinados ao GLP. Os terminais aquaviários concentraram a maior parte da capacidade nominal de armazenamento (11,1 milhões de m³, 70,9% do total) e o maior número de tanques autorizados (73,9% do total). Tabela 2.48 2.15. Dutos Em 2024, o Brasil contava com 608 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e etanol, perfazendo 20,5 mil km. Destes, 180 dutos (14,5 mil km) eram destinados ao transporte e 428 (6 mil km) à transferência. Para a movimentação de gás natural, havia 118 dutos, com extensão de 11,8 mil km. Para os derivados combustíveis e derivados para a indústria petroquímica, havia 426 dutos, numa extensão de 5,9 mil km. Para a movimentação de petróleo, havia 31 dutos – totalizando 2,3 mil km de extensão. E os 492 km restantes, compostos por outros 33 dutos, eram reservados à movimentação de etanol. Os traçados dos dutos encontram-se ilustrados nos Cartogramas 2.2 e 2.3. Tabela 2.49 Cartograma 2.2 Cartograma 2.3 Comércio Exterior 2.16. Importação e Exportação de Petróleo Em 2024, o Brasil importou menos petróleo, o equivalente a uma queda de 2,6% n em comparação a 2023, totalizando um volume importado de 103,2 milhões de barris de petróleo. As regiões das quais o Brasil mais importou petróleo foram a África e o Oriente Médio: 41,2 milhões de barris (40% do total; alta de 6,5% frente a 2023) e 23,6 milhões de barris (22,9% do total; alta de 0,8%), respectivamente. Em seguida, vieram as Américas Central e do Sul, com 17,4 milhões de barris (16,9% do total, queda de 23,3% em comparação a 2023). A América do Norte exportou para o Brasil 16,7 milhões de m³ de petróleo, o que correspondeu a 16,2% do total, e um decréscimo de 9% em relação ao ano anterior. Considerando a importação por países, a Arábia Saudita e os Estados Unidos foram dos quais o Brasil mais importou. Da Arábia Saudita foi importado um volume de 23,6 milhões de barris, o equivalente a 22,9% do total, com crescimento de 0,8% em relação a 2023. Dos Estados Unidos, importamos 16,7 milhões de barris de petróleo, o equivalente a 16,2% do total, com queda de 9% em comparação ao ano anterior. 17 O dispêndio com as importações de petróleo diminuiu 4,1%, totalizando cerca de US$ 8,7 bilhões em 2024. Parte dessa redução se deveu à queda no preço médio do barril importado, que atingiu US$ 84,22, valor 1,5% menor que o registrado em 2023. Tabela 2.50 Tabela 2.52 Gráfico 2.20 Gráfico 2.21 Em 2024, as exportações brasileiras de petróleo aumentaram 9,5% em relação a 2023, alcançando 637,3 milhões de barris. A receita gerada foi 5,5% maior que em 2023, totalizando quase US$ 45 bilhões. O preço médio do barril de petróleo para exportação passou de US$ 73,23 para US$ 70,55, registrando queda de 3,7%. O principal destino das exportações brasileiras de petróleo, em 2024, foi a região Ásia-Pacífico, com 357,8 milhões de barris (56,1% do volume total), com alta de 11,3% em comparação a 2023. Em seguida, veio a Europa, com 156,1 milhões de barris de petróleo exportados (24,5% do volume total), e alta de 14,3% em relação a 2023. Registrou-se aumento também nas exportações para a América do Norte (+33,8%), que alcançaram 87,2 milhões de barris, correspondendo a 13,7% do volume total. As Américas Central e do Sul importaram do Brasil 31,8 milhões de barris, ou 5% do total, após queda de 44%. Por países, a China foi o maior importador de petróleo do Brasil, com volume de 280,7 milhões de barris (44% do total). Em seguida vieram os Estados Unidos, com 87,2 milhões de barris, conforme se pode ver na tabela 2.52. Tabela 2.51 Tabela 2.52 Gráfico 2.22 Gráfico 2.23 Cartograma 2.4 2.17. Importação e Exportação de Derivados de Petróleo Em 2024, o volume de derivados de petróleo importado pelo Brasil ficou quase inalterado em relação a 2023, totalizando 34,4 milhões de m³. Por sua vez, o dispêndio com a importação caiu 10,5% em comparação ao ano anterior, situando-se em US$ 17 bilhões. Os derivados energéticos representaram 62,9% do volume importado, após queda de 3,5% em relação a 2023, atingindo 21,6 milhões de m³. A importação de derivados não energéticos teve variação positiva de 7,2%, situando-se em cerca de 12,8 milhões de m³. Dentre os derivados energéticos, os importados em maior volume foram óleo diesel, GLP e gasolina A, representando, respectivamente, 41,7%, 9,8% e 8% da importação total. Dentre os não energéticos, nafta e coque se sobressaíram, com percentuais de 14,8% e 12,6% do total, respectivamente. Com exceção da parafina (-33,8%) e da nafta (-3%), houve alta na importação de todos os derivados não energéticos, sendo as maiores observadas no asfalto (+108,6%), outros derivados não energéticos (+61,5%) e coque (+20,5%). Com relação ao dispêndio com as importações, os montantes gastos com óleo diesel e nafta foram os mais expressivos: respectivamente US$ 8,4 bilhões (queda de 13,7%) e US$ 2,6 bilhões (queda de 0,8%). As importações de derivados de petróleo originaram-se das seguintes regiões: América do Norte (36% do total), com destaque para os Estados Unidos (35,9%); Comunidade dos Estados Independentes (32,2%), com destaque para a Rússia (32,2%); Europa (9,8%), com destaque 18 para a Espanha (4%); Oriente Médio (7,8%); Américas Central e do Sul (7,1%); África (4,2%), e Ásia Pacífico (2,8%). Os Estados Unidos foram o principal exportador para o Brasil dos seguintes derivados: coque (80,3% do total importado), lubrificante (70,9% do total importado), GLP (60,5% do total importado), e nafta (54,2% do total importado). A Rússia foi o principal exportador de óleo diesel (65,4% do total importado) e de solvente (44,3% do total). A Holanda foi o principal exportador de gasolina A (33,5%). E a Índia foi o principal exportador de QAV (27,5% do total) para o Brasil. Tabela 2.53 Tabela 2.54 Tabela 2.57 Gráfico 2.24 Gráfico 2.25 Gráfico 2.26 Em 2024, a exportação de derivados de petróleo realizada pelo Brasil para outros países somou 21,8 milhões de m³, registrando alta de 5,1% em relação a 2023. Os derivados energéticos representaram 91,1% do total exportado, com destaque para óleo combustível e QAV, representando 63,8% e 13,3% do total, respectivamente. Em seguida,veio a gasolina A, correspondendo a 9,1% do que foi exportado. A receita total com exportação de derivados aumentou 0,9%, somando US$ 12,1 bilhões. O principal destino dos derivados de petróleo brasileiros foi a região Ásia-Pacífico, com 46,2% do total. Em seguida, as regiões da América do Norte, Américas Central e do Sul, Europa, África e Oriente Médio, que importaram, respectivamente, 16,7%, 15,4%, 11,2%, 6,5% e 4% do total. Em 2024, praticamente não houve exportações de derivados de petróleo para a região da Comunidade dos Estados Independentes, como se pode ver na tabela 2.56. Por países, Singapura e Estados Unidos foram os maiores importadores de derivados do Brasil, com 7,3 milhões de m³ (46,2% do total exportado) e 3,4 milhões de m³ (15,7% do total), respectivamente. O derivado que o Brasil mais exportou para Singapura foi óleo combustível (52% do total exportado deste derivado), enquanto as exportações para os Estados Unidos se concentraram em gasolina A (91,8% do total exportado deste derivado). Tabela 2.55 Tabela 2.56 Tabela 2.57 Gráfico 2.27 Gráfico 2.28 Cartograma 2.5 2.18. Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados Em 2024, o Brasil manteve o superávit no comércio internacional de petróleo e derivados, já alcançado em 2015, pois a exportação líquida de petróleo, em volume, superou a importação líquida de derivados, como pode ser visto na tabela 2.58. Tabela 2.58 Gráfico 2.29 2.19. Importação e Exportação de Gás Natural Em 2024, as importações brasileiras de gás natural aumentaram 30% em comparação a 2023, totalizando 8,4 bilhões de m³. Desse volume, 3,3 bilhões de m³ (39,2% do total) corresponderam 19 a importações de gás natural liquefeito (GNL) e 5,1 bilhões de m³ a importações de gás natural da Bolívia. O dispêndio com a importação de gás natural foi de quase US$ 1,3 bilhão, o que representou uma queda de 7,1% em relação a 2023. O valor médio do gás natural importado aumentou 2,2% em 2024, fixando-se em US$ 247,63/mil m³. Por sua vez, o dispêndio com GNL registrou alta de 209,55%, totalizando US$ 1,2 bilhão, a um valor médio de US$ 360,18/mil m³ (queda de 21,1%). Os países fornecedores de GNL para o Brasil foram Estados Unidos (83,3%), Trinidad e Tobago (8,9%), Jamaica (2,8%), Nigéria (2,6%), Chile (1,6%) e Espanha (0,7%). Em 2024, as exportações brasileiras de GNL totalizaram 2,5 milhões de m³, volume 97,5% menor do que o do ano anterior. Esse volume correspondeu a operações de “cool down”, na qual volumes de GNL são utilizados para manter o resfriamento dos navios transportadores de GNL ou utilizado como combustível para que os navios possam realizar viagens até o próximo terminal de carregamento. Nestes casos não há como atribuir um país de destino para os volumes exportados. A receita com a exportação de GNL foi de pouco mais de US$ 1,3 milhão, valor 97,1% menor do que o registrado em 2023. Houve alta de 19,8% no valor médio registrado em 2024, que chegou a US$ 532,19/mil m³. Tabela 2.59 Tabela 2.60 Tabela 2.61 Tabela 2.62 SEÇÃO 1 – Panorama Internacional Petróleo 1.1 Reservas 1.2 Produção 1.3 Consumo 1.4 Refino 1.5 Preços Gás Natural 1.6 Reservas 1.7 Produção 1.8 Consumo A primeira seção do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2025 retrata o desempenho da indústria mundial de petróleo e gás natural, contextualizando a atuação do Brasil, e se desdobra em dois grandes temas: Petróleo e Gás Natural. O primeiro capítulo de cada um deles trata da evolução das Reservas; o segundo, da Produção; e o terceiro, do Consumo entre os anos de 2015 e 2024. Os dados desta seção estão baseados nas informações divulgadas pelo Energy Institute, no Statistical Review of World Energy 2025 e pela Eni, no World Energy Review 2025. No tema Petróleo são apresentados mais dois capítulos – Refino e Preços – que abordam, respectivamente, a situação do refino mundial e a evolução das cotações internacionais do petróleo, tomando como referência os tipos Brent e West Texas Intermediate (WTI). Petróleo 1.1. Reservas Em 2024, as reservas provadas de petróleo no mundo somavam cerca de 1,8 trilhão de barris, após um pequeno crescimento de 0,2% em relação a 2023. O volume de reservas dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se manteve estável em 2024 comparado ao ano anterior, totalizando 1,2 trilhão de barris (69,5% do total mundial). E as reservas dos países que não fazem parte da Opep tiveram um pequeno aumento de 0,5% em seu volume, somando 546,8 bilhões de barris. O volume de reservas do Oriente Médio, região que concentra a maior parte das reservas mundiais, atingiu 871,7 bilhões de barris (48,7% do total mundial) e manteve-se praticamente estável em relação ao ano anterior. Em segundo lugar em volume de reservas, situaram-se as Américas Central e do Sul, que registraram pequeno crescimento de 0,2%, somando 345,6 bilhões de barris (19,3% do total mundial). Destaque para o crescimento das reservas provadas do Brasil, de 6%, totalizando 16,8 bilhões de barris (ver mais na seção 2, tabela 2.4). O Brasil ocupa a 15ª posição no ranking mundial de reservas provadas de petróleo. Na América do Norte, as reservas cresceram 0,6%, totalizando 249,4 bilhões de barris (13,9% do total mundial). As reservas da Comunidade dos Estados Independentes mantiveram-se estáveis, totalizando 145,8 bilhões de barris (8,1% do total mundial). Por sua vez, as reservas da África cresceram 0,5% em relação ao ano anterior, atingindo 120,3 bilhões de barris (6,7% do total mundial). As reservas da região Ásia-Pacífico registraram crescimento de 1,6%, totalizando 47 bilhões de barris (2,6% do total). Por fim, na Europa houve queda de 5,5% no volume de reservas, que se situou em 11,3 bilhões de barris (0,6% do total mundial). Dentre os países, a Venezuela continuou como a detentora do maior volume de reservas petrolíferas, com 302,8 bilhões de barris (16,9% do total mundial). As reservas sauditas mantiveram-se praticamente estáveis, totalizando 267,3 bilhões de barris (14,9% do total mundial), o que manteve a Arábia Saudita na segunda posição do ranking mundial de reservas provadas de petróleo. Tabela 1.1 Gráfico 1.1 Cartograma 1.1 1.2. Produção O volume de petróleo produzido no mundo em 2024 cresceu 0,6% em relação a 2023, passando de 96,3 milhões de barris/dia para quase 96,9 milhões de barris/dia. Os países produtores da Opep registraram crescimento de 0,1%, com um acréscimo de 45 mil barris/dia no total. Já a produção dos países que não fazem parte da Opep registrou alta de 0,8% se comparada a 2023, o equivalente a um aumento de 515 mil de barris/dia no ano de 2024. Dentre os países da Opep que registraram as maiores quedas percentuais na produção de petróleo em 2024 estão o Coveite (-6,3%), a Argélia (-5,8%), o Congo (-4,1%), a Libia (-3,9%) e a Arábia Saudita (-3,6%). Por outro lado, a Venezuela teve crescimento de 13,9%, o Irã de 10,7%, a Guiné Equatorial de 9,8%, e a Nigéria de 6,6%. Enquanto isso, dentre os países que não fazem parte da Opep, a Guiana foi a que teve o maior crescimento percentual na produção de petróleo (57,5%). Outros países que registraram aumentos significativos foram Argentina (13,3%) e Brunei (11%). Os Estados Unidos mantiveram a posição de maior produtor mundial de petróleo, com volume médio de 20,1 milhões de barris/dia (20,8% do total mundial) em 2024. A Arábia Saudita ocupou novamente o segundo lugar no ranking, com produção média de 10,9 milhões de barris/dia (11,8% do total mundial), um decréscimo de 3,6% ante 2023. Em seguida, vieram Rússia (11,4% do total mundial), Canadá (6,1% do total mundial) e Irã (5,2% do total mundial). O Brasil se manteve na 9ª posição do ranking, apesar de ter registrado queda de 1% no volume de petróleo produzido em 2024. Esse volume,de 3,5 milhões de barris/dia, correspondeu a3,6% do total mundial produzido. É importante mencionar que no cálculo da produção de petróleo do Energy Institute é considerada também a produção de líquido de gás natural (LGN). O Oriente Médio continuou como a região de maior produção de petróleo, com um volume médio de 30,1 milhões de barris/dia (31,1% do total mundial), após decréscimo de 0,4% em comparação com 2023. A América do Norte veio em seguida, com produção média de 27,9 milhões de barris/dia (28,8% do total mundial), após crescimento de 3%. A Comunidade dos Estados Independentes ocupou o terceiro lugar, com 13,5 milhões de barris/dia (13,9% do total mundial), após decréscimo de 2,9%. Em seguida veio a região das Américas Central e do Sul com crescimento de 6% em sua produção de petróleo, atingindo 7,8 milhões de barris/dia (8% do total mundial). A região Ásia-Pacífico, com média de produção de 7,3 milhões de barris/dia de petróleo (7,5% do total mundial), registrou um pequeno crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior. A região da África cresceu em 0,3% a sua produção, ficando em quinto lugar, com total de 7,2 milhões de barris/dia (7,5% do total mundial). Por fim veio a Europa, com média de produção de 3 milhões de barris/dia de petróleo (3,1% do total mundial), após registrar queda de 7,1% em relação a 2023. Tabela 1.2 Gráfico 1.2 Cartograma 1.2 1.3. Consumo Em 2024, o consumo mundial de petróleo totalizou 101,4 milhões de barris/dia, após crescimento de 0,7% (o equivalente a 724 mil barris/dia) em comparação com 2023. No ranking de países que mais consumiram petróleo em 2024, as três primeiras posições se mantiveram as mesmas do ano anterior. Assim, os Estados Unidos, ocupando a primeira posição, consumiram quase 19 milhões de barris/dia (18,7% do total mundial). Em seguida veio a China, com consumo médio de 16,4 milhões de barris/dia de petróleo (16,1% do total mundial). Na terceira colocação se manteve a Índia, com 5,6 milhões de barris/dia (5,5% do total mundial). O Brasil ocupou o sétimo lugar, com consumo de cerca de 2,6 milhões de barris/dia (2,5% do total mundial), mesmo após a queda de 0,1% em relação ao ano de 2023. Dentre as regiões, a posição de maior consumidora de petróleo continuou sendo de Ásia-Pacífico, com 38,4 milhões de barris/dia (37,9% do total mundial). O crescimento do consumo nessa região foi de 0,7% (equivalente a 251 mil barris/dia). Em seguida veio a América do Norte, com consumo de 23,2 milhões de barris/dia de petróleo (22,9% do total mundial), após discreta alta de 0,1% em relação a 2023. A Europa teve crescimento de 0,8% em seu consumo, atingindo 14,1 milhões de barris/dia (13,9% do total mundial). O Oriente Médio, por sua vez, foi responsável por 9,8% do consumo mundial, com 9,9 milhões de barris/dia, registrando um crescimento de 1,6% em relação a 2023. As Américas Central e do Sul registraram queda de 0,3% em 2024, totalizando 6,3 milhões de barris/dia (6,2% do total mundial). Já a Comunidade dos Estados Independentes teve crescimento de 1,9%, totalizando 4,9 milhões de barris/dia (4,6% do total mundial). Por último, o consumo da África cresceu 2,5%, totalizando 4,6 milhões de barris/dia no consumo de petróleo (4,5% do total mundial). Tabela 1.3 Gráfico 1.3 Cartograma 1.3 1.4. Refino Em 2024, a capacidade efetiva de refino instalada no mundo teve alta de 1,1% em relação ao ano anterior, chegando a 104,5 milhões de barris/dia, isto é, 1,2 milhão de barris/dia acima de 2023. Dentre os países que ampliaram sua capacidade de refino, a Nigéria se destacou com um incremento de 501 mil barris/dia, totalizando 1 milhão de barris/dia. Em seguida, veio a Malásia, com um aumento de capacidade de 200 mil barris/dia, somando 1,2 milhão de barris/dia. Em contrapartida, o Japão teve diminuição de 113,9 mil barris/dia na capacidade de refino. No ranking de países com maior capacidade de refino de petróleo, a China ocupou a primeira posição, com 18,5 milhões de barris/dia (17,7% da capacidade mundial). Em seguida vieram os Estados Unidos, com 18,4 milhões de barris/dia (17,6% da capacidade mundial); Rússia, com 6,8 milhões de barris/dia (6,5% da capacidade mundial); e Índia, com 5,2 milhões de barris/dia (4,9% da capacidade mundial). A Coreia do Sul foi o quinto país com maior capacidade de refino, com aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia (3,2% da capacidade mundial). Juntos, estes cinco países responderam por 50% da capacidade mundial de refino. O Brasil ocupou o nono lugar no ranking, com capacidade de refino de 2,3 milhões de barris/dia (2,2% da capacidade mundial). Dentre as regiões, Ásia-Pacífico foi a que apresentou a maior capacidade de refino, com 37,7 milhões de barris/dia (36,1% da capacidade mundial), com alta de 0,8% (equivalente a 294,2 mil barris/dia) em relação ao ano anterior. Dentre as regiões, Ásia-Pacífico foi a que apresentou maior capacidade de refino, com 37,7 milhões de barris/dia (36,1% da capacidade mundial), com alta de 0,8% (equivalente a 294,2 mil barris/dia) em relação ao ano anterior. Tabela 1.4 Gráfico 1.4 Cartograma 1.4 1.5. Preços Em 2024, o óleo do tipo Brent teve cotação média de US$ 80,76/barril no mercado spot, registrando uma queda de 2,3% em relação a 2023. Enquanto isso, o petróleo do tipo WTI teve cotação média de US$ 75,87/barril, com queda de 3,8% ante 2023. A diferença de preços entre o Brent e o WTI passou de US$ 3,76/barril, em 2023, para US$ 4,89/barril, em 2024. Nos últimos dez anos, o crescimento médio anual dos preços WTI foi de 4,5% e Brent foi de 4,4% a.a. Tabela 1.5 Gráfico 1.5 Gráfico 1.6 Gás Natural 1.6. Reservas Em 2024, as reservas provadas mundiais de gás natural somaram 208,4 trilhões de m³, registrando crescimento de 1% em comparação com o ano anterior. As reservas dos países membros da Opep tiveram pequena variação de + 0,2% e e totalizaram 74,9 trilhões de m³, representando 35,9% do total das reservas. Os países que não fazem parte da Opep tiveram um aumento de 1,4% em suas reservas de gás natural, atingindo 133,5 trilhões de m³. No ranking de países com maiores reservas provadas de gás natural, as três primeiras posições foram ocupadas pelos mesmos países do ano anterior. A Rússia liderou, com 47,2 trilhões de m³ (22,6% do total mundial). Em seguida, vieram Irã, com 34 trilhões de m³ (16,3% do total) e Catar, com 23,8 trilhões de m³ (11,4% do total mundial). Juntos, esses três países responderam por 50,4% das reservas globais de gás natural. Por regiões, a maior parte das reservas provadas se concentrou no Oriente Médio, somando 83,2 trilhões de m³ (39,9% do total), após pequena variação positiva de 0,2%. Em seguida, ficou a Comunidade dos Estados Independentes, com 65,7 trilhões de m³ (31,5% do total), sem variação em comparação com 2023. A reservas da América do Norte cresceram 8,9% em 2024, totalizando 21,1 trilhões de m³ (10,1% do total mundial). Já as reservas da África tiveram discreto aumento de 0,2%, totalizando 15,9 trilhões de m³ (7,6% do total). A região Ásia-Pacífico alcançou 11,7 trilhões de m³ em volume de reservas (5,6% do total), após pequena alta de 0,5% em relação a 2023. As Américas Central e do Sul apresentaram crescimento de 0,9%, totalizando 7,3 trilhões de m³ (3,5% do total). Por fim, a Europa apresentou queda de 0,3%, somando 3,5 milhões de m3(1,7% do total). Em 2024, o Brasil ocupou a 28ª colocação no ranking das maiores reservas provadas de gás natural do mundo. Tabela 1.6 Gráfico 1.7 Cartograma 1.5 1.7. Produção Em 2024, a produção mundial de gás natural alcançou 4,1 trilhões de m³, após registrar alta de 1,5% em relação a 2023. Os países que apresentaram maior crescimento volumétrico na produção foram a Rússia (alta de 43,5 bilhões de m³) e a China (alta de 14,1 bilhões de m³). No polo oposto, o Egito registrou o maior decréscimo volumétricona produção anual de gás natural, com queda de 9,6 bilhões de m³. A produção de gás natural dos países membros da Opep atingiu 660,2 bilhões de m³ (16% do total mundial), após crescer 1,9% em comparação com 2023. Os países que não fazem parte da Opep produziram 3,5 trilhões de m³ (84% do total mundial) de gás natural, registrando alta de 1,4% em relação ao ano anterior. No ranking global de maiores produtores de gás natural, os Estados Unidos se mantiveram em primeiro lugar, com 1 trilhão de m³ (25% do total mundial), sem variação em relação a 2023. Em seguida veio a Rússia, com 629,9 bilhões de m³ produzidos (15,3% do total mundial), após crescimento de 7,4%. Dentre as regiões, a América do Norte continuou como maior produtora global de gás natural, alcançando um volume de 1,3 trilhão de m³ (30,6% do total mundial), com pequena variação positiva de 0,1%. Em seguida, veio a Comunidade dos Estados Independentes, com produção de 813,3 bilhões de m³ (19,7% do total mundial), após crescimento de 5,3%. O Oriente Médio registrou um crescimento volumétrico de 18,4 bilhões de m³ na produção de gás natural, totalizando 738,4 bilhões de m³ (17,9% do total mundial), após crescimento de 2,6%, mantendo-se como terceira maior região produtora. Depois, veio a região Ásia-Pacífico, com crescimento de 2,4% (equivalente a 16,4 bilhões de m³) em sua produção, que alcançou 707,5 bilhões de m³ (17,2% do total mundial). Por sua vez, a África registrou queda de 5,5% (equivalente a 14,1 bilhões de m³), somando 239,6 bilhões de m³ (5,8% do total mundial). Já a Europa registrou queda de 3,1% (equivalente a 6,4 bilhões de m³), somando 197,5 bilhões de m³ (4,8% do total mundial). Por fim, as Américas Central e do Sul registraram crescimento de 1,9% (equivalente a 3,1 bilhões de m³), totalizando 165,1 bilhões de m³ (4% do total mundial). Cabe ressaltar que a metodologia de cálculo do Energy Institute para a produção de gás natural não inclui queima, perda e reinjeção, diferentemente da realizada no Brasil. Isso justifica a diferença entre valores que constam desta Seção e da Tabela 2.13 da Seção 2 do Anuário. O Brasil se situou na 30ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural, com produção de 22,8 bilhões de m³ (0,6% do total mundial), após queda de 2,5% no volume produzido em 2024. Tabela 1.7 Gráfico 1.8 Cartograma 1.6 1.8. Consumo Em 2024, o consumo global de gás natural cresceu 2,8%, alcançando 4,1 trilhões de m³. A China e a Rússia foram os países com maior incremento volumétrico no consumo em relação a 2023.A primeira registrou alta de 29,6 bilhões de m³ (+7,3%) e a segunda, de 23,7 bilhões de m³ (+ 5,2%). Em contrapartida, o Turcomenistão e a França experimentaram as maiores quedas no consumo:6,8 bilhões de m³ (- 19,2%) e 2,1 bilhões de m³ (- 6,1%), respectivamente. No ranking de maiores consumidores de gás natural, os Estados Unidos permaneceram na primeira posição, com 902,2 bilhões de m³ (21,9% do total mundial), seguidos da Rússia, com 477 bilhões de m³ (11,6% do total mundial), e da China, com 434,4 bilhões de m³ (10,5% do total mundial). Por regiões, a América do Norte continuou como maior consumidora de gás natural, totalizando 1,1 trilhão de m³ (27,4% do total mundial), após crescimento de 1,6%. Em seguida, veio a região Ásia- Pacífico, com 972,7 bilhões de m³ (23,6% do total mundial), após alta de 4,8%. Por sua vez, a Comunidade dos Estados Independentes registrou crescimento de 4,1% no consumo de gás natural, que subiu para 616 bilhões de m³ (14,9% do total mundial). O Oriente Médio apresentou crescimento de 2,1%, totalizando 592,5 bilhões de m³ (14,4% do total mundial). Já a Europa apresentou acréscimo de 1,6%, totalizando 468,7 bilhões de m³ (11,4% do total mundial). Em seguida, a África teve queda de 0,6%, alcançando 178 bilhões de m³ (4,3% do total mundial). Por fim, nas Américas Central e do Sul, com crescimento no consumo de 4,5%, atingindo 168,9 bilhões de m³ (4,1% do total mundial). O Brasil registrou crescimento de 5%, totalizando 31,4 bilhões de m³ (0,8% do total mundial), e ocupou a 31ª posição no ranking de maiores consumidores de gás natural. Tabela 1.8 Gráfico 1.9 Cartograma 1.7 SEÇÃO 3 - COMERCIALIZAÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS 3.1 Bases de Distribuição 3.2 Vendas das Distribuidoras REVENDA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 3.3 Postos Revendedores 3.4 Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) 3.5 Preços ao Consumidor QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS 3.6 Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) FISCALIZAÇÃO 3.7 Ações de Fiscalização do Abastecimento COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL 3.8 Consumo Próprio e Vendas de Gás Natural As atividades de comercialização subdividem-se em cinco temas: Distribuição de Combustíveis, Revenda de Derivados de Petróleo, Qualidade dos Combustíveis, Fiscalização e Comercialização de Gás Natural. A ANP empenha-se constantemente na coleta, análise e organização dos dados, porém grande parte da informação veiculada nesta seção do Anuário Estatístico é transmitida pelos próprios agentes regulados. O tema Distribuição de Combustíveis divide-se em dois capítulos: Bases de Distribuição e Vendas das Distribuidoras. O primeiro retrata a infraestrutura da distribuição de derivados no Brasil ao fim de 2024 e o segundo registra o volume comercializado pelas distribuidoras nos últimos dez anos. Na sequência, a Revenda é analisada em três capítulos: sob a ótica dos Postos Revendedores, dos Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) e dos Preços ao Consumidor. Os dois primeiros apresentam, respectivamente, a base de revenda de derivados dos postos e a dos TRRs, enquanto o terceiro traz um registro dos preços ao consumidor, calculados a partir do levantamento de preços da ANP e das informações das distribuidoras. Em seguida, o tema Qualidade dos Combustíveis mostra os índices de conformidade encontrados em amostras de etanol hidratado, gasolina C e óleo diesel. O tema Fiscalização apresenta as ações de fiscalização do abastecimento e infrações, por segmento e regiões do País. O último tema desta seção – Comercialização de Gás Natural – enfoca a evolução de vendas, o consumo próprio e os demais destinos do gás natural produzido e importado pelo Brasil. 2 Distribuição de Combustíveis 3.1 Bases de Distribuição Ao fim de 2024, havia no Brasil 301 bases de distribuição de combustíveis líquidos autorizadas pela ANP, divididas da seguinte maneira entre as regiões: 99 no Sudeste, 56 no Sul, 52 no Centro-Oeste, 48 no Nordeste e 46 no Norte. Por sua vez, as unidades da Federação com maior número de bases eram São Paulo (54), Paraná (29), Minas Gerais e Mato Grosso (28), Bahia (23) e Pará (21). A capacidade nominal de armazenamento das bases de distribuição era de 7,9 milhões de m³. Desse total, 5,3 milhões de m³ (66,5%) destinaram-se aos derivados de petróleo (exceto GLP) e dividiram- se pelas regiões nos seguintes percentuais: Sudeste (33,3%), Sul (25,2%), Nordeste (17,1%), Norte (14,6%) e Centro-Oeste (9,6%). Já as bases de distribuição de etanol tinham capacidade de armazenamento de 1,9 milhão de m³ (23,6% do total), alocada na seguinte proporção: Sudeste (44,7%), Sul (19,7%), Centro-Oeste (13,4%), Nordeste (12,2%) e Norte (9,9%). Por sua vez, a capacidade de armazenamento de GLP, de 219 mil m³ (2,8% do total), distribuía-se da seguinte forma: Sudeste (49,8%), Nordeste (19,5%), Norte (13,1%), Sul (12,9%) e Centro-Oeste (4,7%). A capacidade de armazenamento do biodiesel, de 561,7 mil m³ (7,1% do total), estava alocada da seguinte forma: Sudeste (31,5%), Sul (27%), Norte (17,2%), Nordeste (12,5%), e Centro-Oeste (11,8%). Tabela 3.1 3.2 Vendas das Distribuidoras Em 2024, as vendas nacionais de derivados de petróleo pelas distribuidoras registraram leve alta de 0,6%, totalizando 134,3 milhões de m³. As vendas de GLP registraramalta de 2,2%, totalizando pouco mais de 13,7 milhões de m³. Já as vendas de óleo combustível diminuíram em 7,8%, totalizando 1,8 milhão de m³. Querosene iluminante teve queda de 5,6%, com 6,6 mil m³. QAV teve alta de 6,8%, com 7 milhões de m³. Gasolina C teve uma diminuição de 3,5%, com 44,4 milhões de m³. As vendas de óleo diesel aumentaram em 2,9%, atingindo 67,4 milhões de m³. Já as vendas de gasolina de aviação registraram queda 1,3%, atingindo 42 mil m³. Gasolina de aviação e querosene iluminante continuaram representando uma parcela pequena do total de vendas de 2024, ou seja, menos de 0,1%. O volume total de vendas não inclui nafta, óleo combustível marítimo e nem óleo diesel marítimo, que são vendidos diretamente pelos produtores aos consumidores, sem a intermediação das distribuidoras. Tabela 3.2 Gráfico 3.1 Como já mencionado, em 2024, as vendas de óleo diesel pelas distribuidoras aumentaram 2,9% e alcançaram 67,4 milhões de m³, volume correspondente a 50,2% do total de vendas de derivados de petróleo no ano. 3 Em comparação com 2023, todas as Regiões registraram alta em suas vendas. O maior aumento, em termos percentuais, foi verificado novamente na região Nordeste (4,9%), que concentrou 16% das vendas desse derivado, ou seja, 10,8 milhões de m³. A Região Sul apresentou elevação de 3%, com volume de 13,7 milhões de m³ ou 20,3% do total. A Região Sudeste teve alta de 2,9%, com 26,3 milhões de m³ ou 39,1% do total. A Região Norte registrou elevação de 2% no volume comercializado deste derivado, chegando a 6,7 milhões de m³ ou 10% do total. Por fim, as vendas de óleo diesel na Região Centro-Oeste aumentaram em 1,3%, atingindo 9,9 milhões de m³, ou 14,6% do total. Entre as unidades da Federação, o estado de São Paulo foi o responsável pelo maior volume de vendas de diesel – 13,7 milhões de m³, o correspondente a 20,4% do total, com aumento de aproximadamente 2% em relação a 2023. Em seguida, vieram Minas Gerais (12,5% do total) e Paraná (9,6% do total). O mercado de óleo diesel foi suprido por 155 distribuidoras, com as três empresas líderes em vendas concentrando 57,5% do mercado: Vibra (23,2%), Ipiranga (17,7%) e Raízen (16,5%) Tabela 3.3 Tabela 3.4 Gráfico 3.2 Em 2024, as vendas de gasolina C apresentaram queda de 3,5% em relação a 2023, atingindo 44,4 milhões de m³, o correspondente a 33,1% do volume total de derivados comercializado. Somente as regiões Norte e Nordeste registraram aumento no volume de vendas de gasolina C em 2024. A Região Sudeste foi a que apresentou maior volume de comercialização deste combustível, totalizando 17,3 milhões de m³, o equivalente a 39% das vendas totais, com queda de 7,3%. Em segundo lugar, veio a Região Sul, que foi responsável por 22,8% do total, o correspondente a 10,1 milhões de m³; queda de 1,8%. As outras regiões responderam pelos seguintes volumes de vendas: Nordeste, 9,7 milhões de m³ (21,8% do total, com alta de 3,1%), Centro-Oeste, 3,8 milhões de m³ (8,5% do total, com diminuição de 10,2%), e Norte, 3,5 milhões de m³ (7,9% do total, com alta de 1,7%). São Paulo foi o estado com o maior consumo de gasolina C – 9,4 milhões de m³ (21,1% do total) – e registrou uma diminuição de 10,3% em relação ao ano anterior. Em seguida, vieram Minas Gerais, com cerca de 4,6 milhões de m³, volume 4,7% menor do que o registrado em 2023, e Rio Grande do Sul, com 3,9 milhões de m³, 0,5% maior do que o do ano anterior. Em 2024, o mercado de distribuição de gasolina C foi suprido por 146 distribuidoras e ficou concentrado em três empresas, que detiveram 53,8% do total das vendas: Vibra (21,6%), Ipiranga (16,7%) e Raízen (15,5%). Tabela 3.5 Tabela 3.6 Gráfico 3.3 Como já mencionado anteriormente, as vendas de GLP em 2024 tiveram alta de 2,2% em relação ao ano anterior, alcançando um volume de 13,7 milhões de m³, o que correspondeu a 10,2% do total de vendas de derivados. Todas as regiões registraram aumento em seus volumes comercializados de GLP. Na Região Sudeste foram comercializados 5,9 milhões de m³, volume equivalente a 42,8% do total e 1,5% maior do que o registrado em 2023. Na Região Nordeste foram vendidos 3,3 milhões de m³, 24,1% do total, uma alta de 2,2%. A Região Sul registrou um aumento de 2,5% em relação a 2023, com 2,4 milhões de m³ ou 17,8% do total. A Região Centro-Oeste teve alta de 2,4%, com 1,2 milhão de m³ ou 8,7% 4 do total. Na Região Norte foram comercializados 905,4 mil m³, equivalentes a 5,7% do total, depois de um acréscimo de 6,6% na comparação com o ano anterior. São Paulo foi o estado que concentrou o maior volume de vendas: pouco menos de 3,2 milhões de m³, o equivalente a 23,3% do total nacional, com leve alta de 0,4%. Em seguida, veio Minas Gerais, com 1,5 milhão de m³ ou 10,7% do total nacional, após registrar um aumento de 5,1%. Por fim, veio o estado do Paraná, com aproximadamente 1 milhão de m³ ou 7,5% do total comercializado, com alta de 1,3%. Vinte empresas participaram da distribuição de GLP, sendo que quatro delas concentraram 89,3% das vendas totais: Copa Energia (24,3%), Ultragaz (23%), Nacional Gás (21,3%) e Supergasbras (20,7%). Tabela 3.7 Tabela 3.8 Gráfico 3.4 Em 2024, as vendas de óleo combustível pelas distribuidoras apresentaram queda de 7,8%, alcançando 1,8 milhão de m³, e corresponderam a 1,3% das vendas nacionais dos principais derivados de petróleo. As Regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste registraram alta na comercialização deste derivado. A Região Nordeste foi a que apresentou maior volume de vendas, com 631 mil m³, o equivalente a 35,9% do total, representando uma elevação de 8,8%. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram altas nas vendas de, respectivamente, 20% (301,4 mil m³ ou 17,2% do total), 4,3% (277,4 mil m³ ou 15,8% do total) e 47,2% (93,8 mil m³ ou 5,3% do total). Por outro lado, a Região Norte registrou queda de 39,2% nas vendas desse derivado, chegando ao patamar de 453 mil m³ ou 25,8% do total nacional. Pará foi o estado que concentrou o maior volume de vendas, com 451,4 mil m³, o equivalente a 25,7% do total nacional, com queda de 39,3%. Em seguida, veio Maranhão, com 417,9 mil m³ ou 23,8% do total nacional, após registrar um aumento de 9,6%. Por fim, veio o estado do Bahia, com aproximadamente 188,9 mil m³ ou 10,8% do total comercializado, com alta de 8,1%. Três empresas responderam pela quase totalidade (94,4%) da distribuição de óleo combustível: Vibra (73,8%), Raízen (16,4%) e Ipiranga (4,2%). Outras nove distribuidoras complementaram o mercado desse derivado. Tabela 3.9 Tabela 3.10 Gráfico 3.5 O volume de vendas de QAV aumentou 6,8% em comparação a 2023, totalizando aproximadamente 7 milhões de m³, o equivalente a 5,2% das vendas totais dos principais derivados de petróleo. Em 2024, todas as Regiões registraram aumento no volume de vendas de QAV. A Região Norte registrou variação positiva 50%, chegando a 291 mil m³, o equivalente a 4,2% do total. A Região Nordeste teve alta de 19,6%, atingindo 1,1 milhão de m³, equivalente a 15,1% do total. A Região Sudeste chegou a 4,7 milhões de m³ ou 67,7% do total, mantendo-se como a Região que concentrou o maior volume de vendas deste derivado, depois de um leve acréscimo de 0,6% em relação ao ano anterior. A Região Sul registrou aumento de 29,3%, chegando a 337,7 mil m³ ou 4,8% do total. A Região Centro-Oeste aumentou seus volumes de vendas em 13,4%, chegando a 573,9 mil m³, ou 8,2% do total. 5 São Paulo foi o estado com o maior consumo de QAV: 3,5 milhões de m³, correspondentes a 50,7% do total, registrando queda de 6,9%. Em seguida, vieram Rio de Janeiro, com 852,3 mil m³, ou 12,2% do total, com alta de 20%, e o Distrito Federal, com 382,6 mil m³, 5,5% do total, com alta de 6,7%. Seis distribuidoras foram responsáveis por abastecer o mercado nacional de QAV. As que tiveram a maior participação nas vendas foram: Vibra (60,4%), Raízen (20,4%) e AirBP Brasil (18,5%). Tabela 3.11 Tabela 3.12 Gráfico 3.6 Em 2024, a comercialização de querosene iluminante registrou diminuição de 5,6% em relação a 2023, totalizando 6,6 mil m³, menos de 0,1% das vendas totais dos principais derivados de petróleo. As vendas de querosene iluminante por região se distribuíram da seguinte maneira: Nordeste, 5,4 mil m³ (81,1% do total), com elevação de 4,7%; Sudeste, 741 m³ (11,2% do total, com alta de 7,1%), e Sul, 512,5 m³ (7,7% do total, com queda de 57,2%). Nas regiões Norte e Centro-Oeste não foram registradas vendas de querosene iluminante durante o ano. Bahia foi o estado que apresentou maior volume de vendas de querosene iluminante, com 5,4 mil m³, ou 81,1% do total, com alta de 4,7%. Em seguida vieram Minas Gerais, com 710 m³ (10,7% do total; alta de 12,5%), e Rio Grande do Sul, com 335 m³ (5% do total; queda de 29,5%) As vendas nacionais de querosene iluminante foram realizadas por apenas três empresas, a saber: Raízen (87,4%), Vibra (11,5%) e Ipiranga (1,1%). Tabela 3.13 Tabela 3.14 Gráfico 3.7 Em 2024, as vendas de gasolina de aviação diminuíram 1,3% em relação a 2023, atingindo 42 mil m³, o que representou menos de 0,1% do total dos principais derivados de petróleo. A Região Norte teve uma queda de 4,4%, com 7,3 mil m³, representando 17,4% do total. A Região Nordeste teve aumento de 11%, com um volume de 4,4 mil m³ ou 10,6% do total comercializado deste derivado. A Região Sudeste também registrou alta no volume comercializado, de 0,7%, com 12,5 mil m³, correspondendo a 29,7% do total. A Região Sul teve acréscimo de 1%, atingindo 7,6 mil m³ ou 18,1% do total. A Região Centro-Oeste registrou queda, de 7,4%, no consumo deste derivado, com pouco menos de 10,2 mil m³, representando 24,2% do total. São Paulo foi o estado que concentrou o maior volume de vendas desse derivado, com 7,6 mil m³, ou 18% do total, depois de alta de 3,7%. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso, com 4,6 mil m³ (11% do total; queda de 4,9%), e Minas Gerais, com 3,2 mil m³ (7,5% do total; queda de 6,3%) A distribuição desse derivado foi realizada por seis empresas: Vibra (60,4%), Raízen (20,4%), Air BP Brasil (18,5%), Air BP Petrobahia (0,4%), Gran Petro e Rede Sol (0,2%). Tabela 3.15 Tabela 3.16 Gráfico 3.8 Revenda de Derivados de Petróleo 6 3.3 Postos Revendedores Ao fim de 2024, 44.973 postos revendedores de derivados de petróleo operavam no País. Desses, 36,5% estavam localizados no Sudeste, 27,5% no Nordeste, 18% na Região Sul, 9,2% no Centro- Oeste e 8,8% na Região Norte. Os estados com maior concentração de postos eram: São Paulo (19,3%), Minas Gerais (10,9%), Bahia (7,6%), Rio Grande do Sul (7%), Paraná (6,4%) e Rio de Janeiro (4,6%). Em âmbito nacional, 41,2% dos postos revendedores se dividiram entre quatro das 62 bandeiras atuantes: Vibra (15%), Ipiranga (12,9%), Raízen (10,6%) e Ale (2,7%). Os postos revendedores que operam com bandeira branca (aqueles que podem ser abastecidos por qualquer distribuidora) tiveram participação de 48,2% em 2024. Tabela 3.17 Tabela 3.18 Gráfico 3.9 3.4 Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) Em 2024, 632 TRRs estavam cadastrados na ANP. As Regiões Sul e Sudeste concentravam, respectivamente, 38% e 25,2% desse total, enquanto Centro-Oeste, Nordeste e Norte reuniam 22,5%, 8,1% e 6,3%, nessa ordem. As unidades da Federação com o maior número de TRRs eram: Rio Grande do Sul (15,8%), Paraná (14,9%), São Paulo (13,9%), e Mato Grosso (11,2%). Tabela 3.19 3.5 Preços ao Consumidor Em 2024, o preço médio nacional da gasolina C registrou alta de 7,6% em relação a 2023, passando para R$ 5,93. Os preços mais baixos foram verificados no Maranhão (R$ 5,71) e os mais altos no Acre, com preço médio de R$ 7,09. Nas regiões, foram registrados os seguintes preços médios: Norte (R$ 6,25), Nordeste (R$ 5,97), Sudeste (R$ 5,82), Sul (R$ 6,00) e Centro-Oeste (R$ 5,90). Da mesma forma, o preço médio do óleo diesel no Brasil aumentou 2,8% em 2024, fixando-se em R$ 5,92. Os menores preços foram observados em Sergipe (R$ 5,67) e os maiores no Acre (R$ 7,31). Nas regiões brasileiras, os preços médios foram de: Norte (R$ 6,25), Nordeste (R$ 5,91), Sudeste (R$ 5,87), Sul (R$ 5,89) e Centro-Oeste (R$ 5,92). Os preços do GLP ao consumidor (R$/kg) tiveram queda de 0,6% no mercado nacional, atingindo R$ 7,97. Os menores preços foram observados em Pernambuco (R$ 6,91) e os maiores em Roraima (R$ 10,06). Nas regiões brasileiras, registraram-se os seguintes preços médios: Norte (R$ 8,86), Nordeste (R$ 7,88), Sudeste (R$ 7,77), Sul (R$ 8,13) e Centro-Oeste (R$ 8,17). Por fim, em 2024 o preço médio nacional do gás natural veicular (GNV) registrou alta de 3,3% em relação ao ano anterior, passando para R$ 4,62. Os menores preços foram observados em Mato Grosso (R$ 3,57), e os maiores, no Distrito Federal (R$ 6,69). Nas regiões brasileiras, foram registrados os seguintes preços médios: Norte (R$ 4,69), Nordeste (R$ 4,61), Sudeste (R$ 4,60), Sul (R$ 4,72) e Centro-Oeste (R$ 4,64). Tabela 3.20 Tabela 3.21 Tabela 3.22 7 Tabela 3.23 Gráfico 3.10 Em 2024, o preço do querosene iluminante ao consumidor foi de R$ 8,103 em Curitiba, único município o que apresentou esta cotação de preços. Em relação ao óleo combustível A1, o único preço cotado, em 2024, foi de R$ 4,499. O preço médio do QAV ao consumidor foi de R$ 4,512 em 2024. Belém registrou o menor preço R$ 4,134 entre os municípios selecionados, enquanto Manaus registrou o maior valor R$ 5,209) Tabela 3.24 Tabela 3.25 Tabela 3.26 Gráfico 3.11 Qualidade dos Combustíveis 3.6 Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) O PMQC é o instrumento utilizado pela ANP para verificar a qualidade dos principais combustíveis líquidos comercializados no Brasil. Por meio do programa, identificam-se focos de não conformidade, ou seja, a existência de produtos que não atendem às especificações técnicas, e planejam-se ações de fiscalização realizadas pela ANP ou órgão conveniados. As amostras são analisadas em relação a diversos parâmetros técnicos estabelecidos nas respectivas normativas de qualidade. As análises são feitas no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT), localizado em Brasília, e nas instituições de ensino e/ou de pesquisa contratadas pela ANP por meio de processo licitatório. Em 2024, foram coletadas 65.614 amostras de combustíveis, 33,8% a menos do que em 2023. Destas, 2.557 apresentaram não conformidades1. Foram analisadas 17.974 amostras de etanol hidratado, 24.311 de gasolina C e 23.329 de óleo diesel; destas, respectivamente, 351, 533 e 1.673 estavam não conformes. No caso do etanol hidratado, os ensaios realizados pelas instituições integrantes do PMQC encontraram 548 não conformidades, sendo 54,7% referentes à massa específica/teor alcoólico; 24,1% a condutividade; 15,1% a aspecto, cor, teor de hidrocarbonetos, teor de metanol e material não volátil, e 6% referente ao pH. No caso da gasolina C, foram verificadas 571 não conformidades, sendo 76,7% referentes ao teor de etanol anidro combustível, 13% à destilação e 10,3% a aspecto, cor, benzeno (máximo), olefínico (máximo), aromáticos (máximo), Teor de Enxofre e Teor de Metanol. Em 2024, como no ano anterior, não foram verificadas não conformidades referentes à octanagem do produto, no caso deste combustível. No que diz respeito ao óleo diesel, foram observadas 1.888 não conformidades, das quais 54% relativas ao teor de biodiesel (verificação do cumprimento ao dispositivo legal que determina a adição de biodiesel ao óleo diesel); 23,5% a ponto de fulgor; 13% relativas a cor ASTM, destilação, teor de 1 Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não conformidades. 8 água, contaminação total, teor de água e sedimentos, água livre, material particulado e massa específica; 5,5% à concentração de enxofre; 3,9% aoaspecto (indicação visual de qualidade e de possíveis contaminações); e 0,2% a corante. Tabela 3.27 Tabela 3.28 Gráfico 3.12 Gráfico 3.13 Gráfico 3.14 Gráfico 3.15 Fiscalização 3.7 Ações de Fiscalização do Abastecimento Em 2024, foram realizadas 17.341 ações de fiscalização do abastecimento, das quais 4.600 resultaram na lavratura de autos de infração, o que corresponde a 26,5% do total. Os principais segmentos fiscalizados foram os postos revendedores (foco de 77,3% das ações de fiscalização) e os revendedores de GLP (alvo de 10,9% das ações). A Região Sudeste foi alvo do maior número de ações de fiscalização, 7.834, num total equivalente a 45,2%, seguida pela Região Centro-Oeste, com 16,2%, e pela Região Nordeste, com 15,6%. As Regiões Sul e Norte foram responsáveis por 13,3% e 9,8%, respectivamente. Tabela 3.29 Cartograma 3.1 Comercialização de Gás Natural 3.8 Consumo Próprio e Vendas de Gás Natural Em 2024, as vendas de gás natural diminuíram 4,8% em relação ao ano anterior, totalizando 18,9 bilhões de m³. No acumulado de 10 anos, houve decrescimento, em média, de 5,1% ao ano. A Região Sudeste continuou sendo a maior consumidora de gás natural no Brasil, respondendo por 59,1% de todo o volume comercializado em território nacional. Em 2024, as vendas destinadas a essa Região também registraram queda de 10,3%, totalizando 11,2 bilhões de m³. Já a Região Nordeste registrou alta de 7,8% nas vendas de gás natural, que alcançaram 4,3 bilhões de m³ (23% do total). A Região Norte teve acréscimo de 5,6% nas vendas, que atingiram 1,8 bilhão de m³ (9,3% do total). A Região Sul registrou queda de 8,3 em suas vendas, que totalizaram 1,3 bilhão de m³ (7,1% do total). O Centro-Oeste registrou crescimento nas vendas, de 12,6%, que somaram 293 milhões de m³ (1,6% do total nacional). Como nos anos anteriores, os maiores volumes de gás natural foram vendidos no estado do Rio de Janeiro (5 bilhões de m³, 26,3% do total, após queda de 10,2%) e no estado de São Paulo (4,8 bilhões de m³, 25,7% do total, após queda de 8,1%). No que se refere ao consumo próprio (o gás natural utilizado nas áreas de produção, refino, processamento e movimentação), houve aumento de 6,7% em comparação a 2023. Do total de 9,8 bilhões de m³ consumidos em 2024, 82%, ou 8 bilhões de m³, corresponderam à Região Sudeste, com alta de 9,9%. 9 As demais regiões registraram as seguintes variações relacionadas ao consumo próprio de gás natural durante o ano de 2024 em comparação a 2023: Região Norte apresentou decréscimo de 5%, com 177,5 milhões de m3 de consumo ou 1,8% do total; Região Nordeste registrou crescimento de 3,8%, com pouco mais de 1,1 bilhão de m3 de consumo ou 11,3% do total; e a Região Sul registrou queda de 22%, com 478,4 milhões de m3 de consumo, que representou 4,9% do total nacional. No balanço do gás natural no Brasil, a oferta interna corresponde à soma dos valores de importações e produção, descontados ajustes, queima, perda, reinjeção e exportações. O valor da oferta interna também pode ser obtido pela soma do consumo próprio total, do LGN absorvido, das vendas e importadores. Em 2024, a oferta interna de gás natural foi de 32,2 bilhões de m³. Desse total, 58,6% destinaram-se às vendas, 30,4% ao consumo próprio total, 6,3% aos importadores, enquanto outros 4,7% foram ofertados como LGN. Tabela 3.30 Tabela 3.31 Tabela 3.32 Gráfico 3.16 Gráfico 3.17 SEÇÃO 4 – BIOCOMBUSTÍVEIS Etanol 4.1 Produção 4.2 Importação e Exportação 4.3 Distribuição 4.4 Preços do Etanol Hidratado ao Consumidor Biodiesel 4.5 Produção de Biodiesel 4.6 Consumo de Metanol 4.7 Produção de Glicerina 4.8 Matérias-primas Utilizadas na Produção de Biodiesel 4.9 Leilões de Biodiesel Biometano 4.10 Biometano RenovaBio 4.11 RenovaBio O objeto desta seção são os Biocombustíveis, subdividindo-se em quatro temas: Etanol, Biodiesel, Biometano e RenovaBio. O tema Etanol está estruturado em quatro capítulos: Produção; Importação e Exportação; Distribuição; Preços ao Consumidor. O primeiro traz informações sobre a produção de etanol anidro e hidratado nas Regiões e unidades da Federação. O segundo refere-se às importações e exportações de etanol, de acordo com países e Regiões geográficas. O terceiro capítulo descreve o mercado de distribuição do etanol hidratado. E o último mostra a evolução, por estados, dos preços médios ao consumidor, conforme levantamento de preços realizado pela Superintendência de Defesa da Concorrência (SDC) da ANP. O tema Biodiesel apresenta dados de capacidade nominal e produção de biodiesel (B100) das unidades produtoras autorizadas pela ANP, abrangendo as rotas de produção adotadas (metílica ou etílica), as matérias-primas utilizadas, bem como a quantidade de glicerina gerada como subproduto. Apresenta também o volume mensal de metanol utilizado na produção de B100, por estado. O tema Biometano inclui a capacidade de processamento e o volume processado de biogás para produção de biometano por Regiões e unidades da Federação. O tema RenovaBio traz a evolução da aprovação dos certificados de produção eficiente de biocombustíveis; a emissão de créditos de descarbonização (CBIOs) pelos produtores e importadores e a aposentadoria de CBIOs pelas distribuidoras. O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis instituída pela Lei nº 13.576/2017 e tem como objetivo contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Etanol 4.1 Produção Em 2024, a produção total de etanol registrou alta de 4,2%, totalizando 37 milhões de m³. A produção de etanol anidro diminuiu 8,2%, ao passo que a produção de etanol hidratado teve acréscimo de 12,3%. A taxa média anual de crescimento da produção de etanol para o período 2014-2024 foi de 2,1%. A Região Sudeste, maior produtora nacional de etanol, com volume de 17,3 milhões de m³ (46,9% da produção brasileira), apresentou alta de 0,6% em relação a 2023. A produção de etanol nas Regiões Centro-Oeste e Norte também seguiram a tendência de alta, com aumentos de 11,1% e 3,1%, totalizando 16,3 milhões de m³ e 261,5 mil m³, respectivamente. Por outro lado, as Regiões Nordeste e Sul registraram quedas de 7,1% e 7,8%, chegando a 1,9 milhão de m³ e 1,1 milhão de m³ de etanol produzidos, respectivamente. O estado de São Paulo foi o estado onde mais se produziu etanol, chegando a 13,7 milhões de m³ ou 37,1% da produção nacional, depois de uma pequena queda de 0,3%. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso, com 6,6 milhões de m³ (17,8% do total; alta de 21,8%), e Goiás, com 5,7 milhões de m³ (15,3% do total; alta de 3,4%). Tabela 4.1 Gráfico 4.1 Gráfico 4.2 A produção nacional de etanol anidro foi de 12,8 milhões de m³ em 2024, 8,2% menor do que em 2023. Já a taxa média anual de crescimento da produção de etanol anidro para o período 2015-2024 foi de 1,2%. O Sudeste foi a Região que mais produziu etanol anidro, com 6,7 milhões de m³, equivalentes a 52,6% da produção nacional, depois de diminuição de 10,4% em comparação à produção de 2023. As Regiões Norte, Nordeste e Sul seguiram a tendência de queda, conforme mostra a tabela 4.2. A Região Centro-Oeste foi a única que registrou alta, de 3,1%, com volume de 4,7 milhões de m³. Por estados, São Paulo foi o maior produtor de etanol anidro, com volume de 5,5 milhões de m³, correspondente a 42,7% da produção nacional. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso (16,5% do total; alta de 6,8%) e Goiás (10,6% do total; alta de 6,8%). Tabela 4.2 Gráfico 4.3 Gráfico 4.4 Como já mencionado anteriormente, em 2024, a produção de etanol hidratado aumentou 12,3% no Brasil, totalizando 24,1 milhões de m³, o equivalente a 65,3% da produção nacional de etanol (anidro + hidratado). A taxa média de crescimento na produção de etanol hidratado no período 2014-2024 foi de 2,6%. Em 2024, todas as Regiões seguiram tendência de altanos volumes produzidos de etanol hidratado. A Região Centro-Oeste foi a maior produtora de etanol hidratado, totalizando 11,6 milhões de m³, ou 48,3%, depois de alta de 14,6%. Em seguida veio a Região Sudeste, com 10,6 milhões de m³, com alta de 9,1%. A Região Nordeste, terceira maior produtora de etanol hidratado, registrou aumento de 21,5%, com volume de 1,2 milhão de m³. A Região Sul aumentou sua produção em 8,6%, com volume de 563,5 mil m³. A Região Norte registrou aumento de 15,5% no volume produzido deste biocombustível, com 123,6 mil m³. Por estados, São Paulo foi o que apresentou a maior produção de etanol hidratado, com volume de 8,2 milhões de m³, correspondente a 34,1% da produção nacional, depois de uma elevação de 7,8%. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso, com 18,5% (alta de 30,4%) e Goiás, com 17,8% do total (alta de 2,3%). Tabela 4.3 Gráfico 4.5 Gráfico 4.6 4.2 Importação e Exportação Em 2024, o Brasil importou 194,6 mil m³ de etanol, registrando alta de 226,4% em relação a 2023. Do total do volume importado, 56,9% foram de procedência dos Estados Unidos. Por outro lado, as exportações brasileiras de etanol, em 2024, diminuíram 24,9% em relação ao ano anterior, atingindo 1,9 milhão de m³. Seguindo essa tendência de queda, todas as Regiões Geográficas apresentaram queda no volume de etanol importado do Brasil. A Região do Oriente Médio registrou queda de 72,7%; a Região da Europa teve diminuição de 68,6%; a Região das Américas Central e do Sul diminuiu 50%; a Região da América do Norte; queda de 16,7%; a Região da África, queda de 3,4%, por fim, a Região da Ásia-Pacífico registrou diminuição de 2,5%. Os principais destinos do etanol brasileiro foram a Região Ásia-Pacífico e a América do Norte, as quais importaram, respectivamente, 1,1 mil m³ (41,1% do total) e 313,5 mil m³ (16,6% do total). Em seguida, veio a África, que importou 232,6 mil m³ (12,3% do total). Depois vieram a Europa, com 194,7 mil m³; as Américas Central e do Sul, com 44,3 mil m³ de etanol brasileiro, e o Oriente Médio, com 21,4 mil m³ importado deste derivado. Dentre os países, a Coreia do Sul continuou sendo o que mais importou etanol brasileiro: 774,8 mil m³, representando 41,1% do volume total exportado pelo Brasil. Tabela 4.4 Tabela 4.5 4.3 Distribuição Por ser adicionado à gasolina A (aquela produzida por refinarias, centrais petroquímicas e formuladores) para a produção de gasolina C, o etanol anidro tem participação proporcional à da gasolina C no mercado de distribuição. A partir do volume de vendas desta última e do percentual de adição de etanol anidro vigente (27% desde 16 de março de 2015), calcula-se que o volume de vendas de etanol anidro tenha sido equivalente a 12 milhões de m³ em 2024. As vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras, por sua vez, totalizaram 21,7 milhões de m³, volume 33,9% superior ao de 2023. Todas as Regiões registraram aumento nas vendas de etanol hidratado, como mostra a tabela 4.6. A Região Norte foi a que registrou o maior percentual de alta no volume comercializado deste biocombustível - de 71,8% - totalizando 469,9 mil m³ ou 2,2% do total. A Região Sudeste foi a responsável pelo maior volume de etanol hidratado vendido pelas distribuidoras (14,2 milhões de m³), o equivalente a 65,3% do total. A Região Centro-Oeste foi responsável por 16,5% do total vendido deste bicombustível, chegando a 3,6 milhões de m³, depois de um aumento de 33,5%. Na Região Sul foram comercializados 1,8 milhão de m³, ou 8,2% do total, com acréscimo de 65,4%. Por fim, a Região Nordeste registrou alta de 41,1%, chegando a 1,7 milhão de m³ ou 7,9% do total. São Paulo foi o estado que registrou o maior volume de vendas de etanol hidratado, com pouco menos de 10,4 milhões ou 47,8% do total nacional, depois de alta de 25,2%. Em seguida vieram os estados de Minas Gerais, com 11,6% do total (alta de 32,5%), e Goiás, com 7,9% do total, depois de registrar uma alta de 25,3%. Tabela 3.2 Tabela 4.6 Gráfico 4.7 Em 2024, três empresas distribuidoras concentraram 50,2% das vendas de etanol hidratado no território nacional: Raízen, com 16,8% de participação no mercado; Vibra, com 16,7%; Ipiranga, com 16,7%. Os 49,6% restantes foram distribuídos por outras 145 empresas. Tabela 4.7 Gráfico 4.8 Somadas, as vendas de etanol anidro (12 milhões de m³) e hidratado (21,7 milhões de m³) foram superiores às de gasolina A (32,4 milhões de m³). Gráfico 4.9 4.4 Preços do Etanol Hidratado ao Consumidor Em 2024, o preço médio anual do etanol hidratado ao consumidor foi de R$ 3,86/litro, valor 2,8% superior ao registrado no ano anterior. Os preços mais baixos foram observados na Região Sudeste (R$ 3,77/litro), com destaque para o estado de São Paulo (R$ 3,69/litro). Os preços mais altos foram registrados na Região Norte (R$ 4,56/litro) e, por estados, no Amapá (R$ 5,00/litro). Tabela 4.8 Gráfico 4.10 Biodiesel 4.5 Produção de Biodiesel O biodiesel é um combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel após passar por processos de purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel). A sua mistura ao diesel fóssil teve início em 2004. Em 2024, o percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel foi de 12% até fevereiro e 14% no restante do ano. Em 2024, a capacidade nominal de produção de biodiesel (B100) no Brasil era de cerca de 14,9 milhões de m³ (41,3 mil m³/dia). Já a produção nacional foi de pouco menos de 9,1 milhões de m³, o que correspondeu a 60,9% da capacidade total. Em comparação a 2023, a produção de biodiesel foi 20,4% superior. Em 2024, todas as regiões registraram aumento na produção de biodiesel. A Região Sul foi a maior produtora de biodiesel em 2024, com 3,7 milhões de m³, ou 41,1% do total nacional, depois de alta de 18,4%. A Região Centro- Oeste foi a segunda maior produtora, com 3,6 milhões de m³, ou 39,6% do total nacional, com alta de 18,1%. A terceira maior produtora de biodiesel foi a Região Nordeste, com 790,4 mil m³, ou 8,7% do total, registrando acréscimo de 26,5%. Em seguida vieram as Regiões Sudeste, com 567,4 mil m³ (6,3% do total, alta de 30,3%) e Norte, com 395,7 mil m³ (4,4% do total; alta de 39,7%) Por estados, o Rio Grande do Sul foi o maior produtor de biodiesel, com um volume de aproximadamente 2 milhões de m³, o equivalente a 21,6% do total nacional. Sua produção cresceu 15,5% em comparação ao ano anterior. Em seguida, vieram Mato Grosso, com 1,9 milhão de m³ produzido (21,2% do total nacional), após alta de 24%, e Paraná, com 1,3 milhão de m³ (14,4% do total), depois de alta de 21,7%. Tabela 4.9 Tabela 4.10 Gráfico 4.11 4.6 Consumo de Metanol O consumo de metanol pode variar em função do processo de produção e das matérias-primas utilizadas na fabricação de biodiesel. Em 2024, o consumo total de metanol empregado na produção de biodiesel pelo processo de transesterificação de óleos vegetais e gorduras animais foi de pouco menos de 1 milhão de m³, 24% maior do que em 2023. Dentre as Regiões, o maior consumo de metanol para a produção de biodiesel foi registrado na Região Centro Oeste, de 421,8 mil m³ (40,4% do total nacional). Em seguida, veio a Região Sul, com consumo de 416,2 mil m³ de metanol (39,8% do total). As Regiões Nordeste e Sudeste foram responsáveis pelo consumo de 94,6 mil m³ e 67,3 mil m³ de metanol na produção de biodiesel, respectivamente, correspondentes a 9% e 6,4% de participação no total nacional. Na Região Norte, o volume foi de 45,4 mil m³ (4,3% do total). 4.7 Produção de GlicerinaA glicerina gerada na produção de biodiesel pode variar em função do processo de produção e das matérias-primas utilizadas. O volume apresentado na tabela 4.12 refere-se à produção de glicerina bruta. Em 2024, foram gerados 802,6 mil m³ de glicerina como subproduto da produção de biodiesel (B100), 23,3% a mais do que em 2023. O maior volume de produção se deu na Região Centro-Oeste (42,6% do total), seguida das Regiões Sul (39,5%), Nordeste (8,4%), Sudeste (5,7%) e Norte (3,8%). 4.8 Matérias-primas Utilizadas na Produção de Biodiesel A soja é a principal matéria-prima utilizada na produção de biodiesel (B100). Em 2024, 74% do total de matéria prima utilizada correspondeu à soja. As demais matérias-primas utilizadas podem ser conferidas na tabela 4.13. Tabela 4.11 Tabela 4.12 Tabela 4.13 Gráfico 4.12 Gráfico 4.13 Gráfico 4.14 Cartograma 4.1 Cartograma 4.2 4.9 Leilões de Biodiesel A partir de janeiro de 2024, passou a vigorar um novo modelo de comercialização de biodiesel, em substituição aos leilões públicos, para atendimento do percentual de mistura obrigatória ao diesel de origem fóssil. Nesse novo modelo, as distribuidoras passaram a comprar o biodiesel diretamente dos produtores, conforme a Resolução CNPE nº 14/2020 e a Resolução ANP nº 857/2023. As metas mínimas de contratação estabelecidas para os distribuidores de combustíveis líquidos e os produtores de biodiesel, conforme a Resolução ANP nº 857/2023, de 2024, podem ser consultadas no site da ANP, link (https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/distribuicao-e- revenda/comercializacao-de-biodiesel). Na tabela 4.14, apresentam-se os leilões de biodiesel e os volumes comercializados até 2021. 4.10 Biometano O biometano é um biocombustível gasoso constituído essencialmente de metano, derivado da purificação do biogás. Por sua vez, o biogás é originário da digestão anaeróbica de material orgânico (decomposição por ação das bactérias), composto principalmente de metano e dióxido de carbono (CO2). O biometano obtido de resíduos essencialmente orgânicos é aquele proveniente das atividades agrossilvopastoris ou de atividades comerciais (como, por exemplo, alimentos descartados por bares e restaurantes), excluídos o gás de aterro sanitário e o proveniente de estações de tratamento de esgoto, uma vez que estes podem conter outros resíduos não orgânicos. A purificação do biogás resulta no biometano com elevado teor de metano em sua composição, reunindo características que o torna intercambiável com o gás natural em todas as suas aplicações. Ou então passível de ser transportado na forma de gás comprimido por meio de caminhão-feixe (gasoduto virtual) ou na forma de gás liquefeito, denominado biometano liquefeito - Bio-GNL. Em 2024, a capacidade instalada de processamento de biogás foi de 503,6 milhões de m³. O volume processado de biogás correspondeu a 231,6 milhões de m³, ou 46% da capacidade instalada. O estado onde houve maior processamento foi o Rio de Janeiro, com 153,1 milhões de m³, 66,1% do total, seguido de Ceará (25,2% do total) e São Paulo (8,7% do total). Em 2024 houve produção de 81,5 milhões de biometano, volume 8,9% superior ao registrado no ano anterior. A produção ocorreu em apenas duas Regiões, a Sudeste e a Nordeste, com 55,8 mil m³ (68,4% do total; alta de 5,5%) e 25,7 mil m³ (alta de 0,3%), respectivamente. Tabela 4.15 Tabela 4.16 Tabela 4.17 Gráfico 4.15 Gráfico 4.16 4.11 RenovaBio O RenovaBio é uma política instituída pela Lei nº 13.576/2017 com o objetivo de promover a expansão adequada da produção e uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira. O RenovaBio dá ênfase à continuidade do fornecimento de combustíveis, ao aumento da eficiência energética do setor produtivo de biocombustíveis, e à contribuição para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). São três instrumentos de implementação do RenovaBio: (i) as metas de descarbonização, (ii) a certificação da produção eficiente de biocombustíveis e (iii) os créditos de descarbonização (CBIOs). Eles se inter-relacionam de modo a, em seu conjunto, garantir o RenovaBio como estratégia nacional integrada para os biocombustíveis. Metas de Descarbonização são metas obrigatórias a serem cumpridas pelas distribuidoras de combustíveis, definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Após definidas as metas anuais de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, a ANP individualiza essas metas aplicadas a todas as distribuidoras de combustíveis fósseis que comercializam gasolina automotiva e óleo diesel, para cada ano em curso, com base nas vendas anuais de cada distribuidor no ano anterior, conforme a Resolução ANP nº 791, de 12/06/2023. Certificação da Produção Eficiente de Biocombustíveis é o certificado que fornece a nota de eficiência energética-ambiental, volume elegível e o fator de geração de CBIOs de cada produtor e importador de biocombustível certificado. Para emitir e comercializar os CBIOs, os produtores e importadores precisam obter o Certificado de Produção Eficiente de Biocombustíveis (Resolução ANP nº 758, de 23/11/2018). Em 2024, a ANP aprovou 126 certificados de produção eficiente de biocombustíveis para os produtores e importadores de biocombustíveis poderem emitir CBIOs, resultando em crescimento de 74% em relação ao ano anterior. Créditos de Descarbonização (CBIOs) são o ativo ambiental, equivalente a uma tonelada de CO2 evitada, que podem ser gerados quando produtores e importadores de biocombustíveis certificados comercializam seu produto no mercado interno, de acordo com o fator de geração de CBIO e o volume comercializado de biocombustíveis. Os CBIOs gerados são escriturados por instituições financeiras contratadas pelos produtores e importadores e colocados à venda na bolsa de valores brasileira, a B3. Por outro lado, os distribuidores terão que aposentar (adquirir e tirar de circulação) o número de CBIOs equivalente às suas metas compulsórias individuais de redução das emissões de gases causadores de efeito estufa. No ano de 2024, foram emitidos 42,5 milhões de CBIOs pelos produtores e importadores de biocombustíveis certificados, 23% superior a 2023. Em 2024, as distribuidoras aposentaram 54,4 milhões de CBIOs referentes às suas metas compulsórias de redução das emissões de gases causadores de efeito estufa. Os outros agentes aposentaram dois CBIOs, conforme pode ser visto na tabela 4.20. Tabela 4.18 Tabela 4.19 Tabela 4.20 SEÇÃO 5 – RODADAS DE LICITAÇÕES Em 2024, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não realizou Rodadas de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural. Os resultados completos de todas as rodadas podem ser vistos nas tabelas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4. Tabela 5.1 Tabela 5.2 Tabela 5.3 Tabela 5.4 Guia de Leitura O Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2025 consolida os dados referentes ao desempenho da indústria e do sistema de abastecimento de petróleo, gás natural e biocombustíveis no período de 2015 a 2024. O conhecimento desse desempenho é essencial para o planejamento e para a tomada de decisões do governo e de agentes econômicos. Três critérios básicos orientam a estruturação do Anuário. O primeiro leva em conta a abrangência geográfica, qual seja, os panoramas mundial e nacional. O segundo é a apresentação dos dados em função da cadeia produtiva dos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O terceiro contempla a apresentação das atividades regulatórias da ANP no ano de 2024. As informações estão organizadas em seis seções, que se desdobram em temas e/ou capítulos. Uma breve apresentação introduz cada seção e fornece ao leitor um cenário dos assuntos abordados. As informações estão dispostas em cada capítulo por meio de textos, gráficos, cartogramas, tabelas e quadros. Estarelação é apresentada após o sumário de seções. A primeira seção traz um panorama da indústria mundial de petróleo e gás natural, destacando seus volumes de reservas, produção, capacidade nominal de refino e consumo. Esses dados servem como referência à contextualização da indústria nacional no cenário internacional. Na segunda seção, há informações sobre o desempenho da indústria brasileira do petróleo referentes a: exploração; produção; refino; processamento; industrialização do xisto; movimentação; comércio exterior; dependência externa de petróleo, derivados e gás natural; preços dos produtores e importadores de derivados de petróleo. Constam também dados de arrecadação de participações governamentais sobre atividades de exploração e produção e pagamento de participação a proprietários de terras. Além disso, são apresentadas as ações de fiscalização e comunicação de incidentes nas atividades de exploração e produção; os preços de referência de petróleo e gás natural e os volumes de recursos destinados a pesquisa, desenvolvimento e inovação e formação de recursos humanos (PRH-ANP). Em seguida, a terceira seção contempla a distribuição e a revenda de derivados de petróleo e gás natural, assim como a infraestrutura de comercialização existente – bases de distribuição, postos revendedores, transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), além do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC). Também apresenta a evolução dos preços ao consumidor de derivados de petróleo e as ações de fiscalização do abastecimento. Os dados de produção de biodiesel e biometano, produção, comércio exterior e comercialização de etanol – anidro e hidratado – e os preços do etanol hidratado ao consumidor, além das atividades do RenovaBio, encontram-se na quarta seção. Na quinta seção é apresentada uma síntese das Rodadas de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural realizadas pela ANP. Finalmente, na sexta seção são listadas as Resoluções ANP publicadas no ano de 2024, com suas respectivas ementas, além dos anexos. Estes são compostos de outras peças documentais, a saber: Glossário, que define os vários termos mencionados; Fatores de Conversão, Densidades e Poderes Caloríficos Inferiores de vários produtos, além de relações entre unidades físicas comumente utilizadas; Lista de Agentes Econômicos que atuam na indústria brasileira do petróleo e na distribuição nacional de derivados de petróleo e etanol; Relação de Fontes de dados consultadas na elaboração das estatísticas.2024-2027 Programa Indicadores Tipo de Indicador 3937 - Regulação E Fiscalização dos 4519 Índice Médio Anual de Reclamações de Saneamento Básico a cada 10 mil economias de água. Indicador de Resultado RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 13 Serviços Públicos Delegados de São Paulo. 4521 Índice Médio Anual de Reclamações de Gás Canalizado a cada 10 mil usuários Indicador de Resultado 4889 Acompanhamento do Indicador DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) global do Estado de São Paulo frente aos limites estabelecidos pela ANEEL. Indicador de Resultado 4894 Acompanhamento do Indicador FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) global do Estado de São Paulo frente aos limites estabelecidos pela ANEEL. Indicador de Resultado Produtos Indicadores Tipo de Indicador RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 14 2273 – Serviços de Energia Elétrica Fiscalizadas do âmbito do convênio com a Aneel 4914 – Percentual de cumprimento dos produtos demandados conforme contratos de metas celebrados anualmente com a Aneel. LOA (Quantitativo) 4919 - Nota de qualidade dos produtos entregues à Aneel pela Superintendência de Assuntos Energéticos PPA (Qualitativo) 2073 - Serviços de Saneamento Básico Regulados e Fiscalizados 4587 – Número de relatórios de fiscalizações emitidos pela diretoria de regulação e fiscalização dos serviços de Saneamento Básico LOA (Quantitativo) 5694 - Percentual de cumprimento da Agenda Regulatória da Diretoria de Saneamento. PPA (Qualitativo) RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 15 2206 - Serviços de Distribuição de Gás Canalizado Regulados e Fiscalizados 4824 - Número de relatórios de fiscalizações emitidos pela diretoria de regulação e fiscalização dos serviços de gás canalizado LOA (Quantitativo) 4825 - Índice de realização da Agenda Regulatória da Diretoria de Gás Canalizado PPA (Qualitativo) 2057 - Cumprimento de Ações Institucionais e Relacionamento com Usuários 4566 - Percentual de reclamações encerradas no serviço de Atendimento aos Usuários da Agência Reguladora de Saneamento e Energia – Arsesp. LOA (Quantitativo) 4578 - índice de realização da agenda regulatória da diretoria de relações institucionais, publicada e consolidada a partir de consulta pública. PPA (Qualitativo) RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 16 2191 - Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico- Financeira 4800 - Número de relatórios emitidos de fiscalizações realizadas pela superintendência de fiscalização econômico-financeira e contábil. LOA (Quantitativo) 4801 - Índice de realização da Agenda Regulatória da Diretoria de Regulação Econômico-Financeira e Mercados (DREFM). PPA (Qualitativo) 2224 - Serviços Delegados Atribuídos pela Lei 17.293/2020 Regulados e Fiscalizados 4865 - Número de relatórios e ou, outros documentos emitidos relatando as atividades realizadas sobre os outros serviços delegados pelo poder executivo. LOA (Quantitativo) 4868 – Número de novos serviços delegados atribuídos à Arsesp PPA (Qualitativo) RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 17 Observações: São de periodicidade de apuração mensal os indicadores LOA 4587, 4800, 4824, 4914 resultado 4566; São de periodicidade de apuração trimestral os indicadores LOA 4578, 4594, 4801, 4825; São de periodicidade de apuração quadrimestral os indicadores 4868 e 4919,4865; e São de periodicidade de apuração anual os indicadores de Resultado 4519, 4521, 4889 e 4984. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 18 3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 3.1. Receitas Taxa de Regulação, Controle e Fiscalização Serviços de Saneamento Básico RECEITA ESTIMADO REAL % SABESP 98.603.851,51 98.603.851,51 100,0% Saneaqua 122.835,76 123.701,01 100,7% BRK Ambiental 67.402,51 67.402,51 100,0% Águas de Piquete 16.022,11 16.022,11 100,0% SAEG Guaratinguetá 344.135,98 344.135,98 100,0% Águas de Cabrália 7.339,34 7.339,34 100,0% Terra Campos Ambiental 94.776,66 95.513,72 100,8% Igarapava 44.720,71 44.720,71 100,0% Aparecida (SAAE) 127.368,82 127.368,82 100,0% Receita total 99.428.453,40 99.430.055,71 100,0% O quadro apresenta a receita estimada e realizada de diversas empresas e concessionárias de saneamento. A receita total estimada era de R$ RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 19 99.428.453,40 (noventa e nove milhões, quatrocentos e vinte e oito mil, quatrocentos e cinquenta e três reais e quarenta centavos), enquanto a receita real arrecadada foi de R$ 99.430.055,71 (noventa e nove milhões, quatrocentos e trinta mil, cinquenta e cinco reais e setenta e um centavos), resultando em um desempenho de 100,0%, ou seja, atingiu exatamente a meta prevista. A principal fonte de receita é a SABESP, responsável por R$ 98.603.851,51, representando a maior parte do total arrecadado. A arrecadação geral foi precisa e dentro das expectativas, com algumas pequenas variações positivas em determinados prestadores, devido aos encargos gerados pelo atraso no pagamento. Serviços de Distribuição de Gás Canalizado RECEITA ESTIMADO REAL % Comgás 69.005.308,78 69.005.308,78 100,0% Naturgy 5.259.020,40 5.259.020,40 100,0% GBD 698.038,51 698.038,51 100,0% Edge Comercialização S.A. 54.989,67 54.989,67 100,0% Raízen 5.073.709,33 5.073.709,33 100,0% Receita total 80.091.066,69 80.091.066,69 100,0% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 20 O quadro apresenta a receita estimada e realizada pelas concessionárias do setor de gás. A receita total prevista era de R$ 80.091.066,69 (oitenta milhões, noventa e um mil, sessenta e seis reais e sessenta e nove centavos), e o valor efetivamente arrecadado foi exatamente o mesmo, atingindo 100% da meta. A maior fonte de receita é a Comgás, responsável por R$ 69.005.308,78, representando a maior parte do total arrecadado. O desempenho geral mostra que a arrecadação foi precisa e alinhada às expectativas, sem desvios ou variações significativas. Serviços de Energia Elétrica – Convênio ANEEL RECEITA ESTIMADO REAL % ANEEL 8.500.000,00 10.983.379,67 129,2% Receita total 8.500.000,00 10.983.379,67 129,2% O valor de R$ 5.274.969,42 (cinco milhões, duzentos e setenta e quatro mil e novecentos e sessenta e nove reais e quarenta e dois centavos), recebido 2024, refere-se ao contrato de metas para o exercício de 2024. Já o valor de R$ 5.708.410,25 (cinco milhões, setecentos e oito mil, quatrocentos e dez reais e vinte e cinco centavos) corresponde às entregas realizadas no contrato de metas de 2023. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 21 Auto de Infração Os autos de infrações recebidos no exercício somam a importância de R$ 576.392,96 (quinhentos e setenta e seis mil, trezentos e noventa e dois reais e noventa e seis centavos). Deste total, foi repassado a parcela do DREM no valor de R$ 172.917.89 (cento e setenta e dois mil, novecentos e dezessete reais e oitenta e nove centavos), ficando a receita liquida para a Arsesp de R$ 403.475,07(quatrocentos e três mil, quatrocentos e setenta e cinco reais e sete centavos). Receitas Patrimoniais e outras receitas (ressarcimento de funcionário cedido) O quadro apresenta a distribuição das receitas considerando a incidência do DREM (Descentralização da Receitados Estados e dos Municípios) conforme a Emenda Constitucional 132/2023. O total arrecadado foi de R$ 27.620.668,52 (vinte e sete milhões, seiscentos e vinte mil, seiscentos e Realizado ARSESP DREM Comgás 303.102,08 212.171,46 90.930,62 Necta 154.180,96 107.926,67 46.254,29 Naturgy 119.109,92 83.376,94 35.732,98 576.392,96 403.475,07 172.917,89 Outras Receitas Total Gás Auto de Infração Descrição da Receita (com incidência DREM) Receita Orçamentária ARSESP (70%) Receita DREM (30%) Receita Total Rendimentos Financeiros 13.461.177,46 5.769.075,54 19.230.253,00 Rendimentos Financeiros (receita ANEEL) 7.980.191,92 0,00 7.980.191,92 Outras Receitas Correntes 410.223,60 0,00 410.223,60 Total de Receitas (sem incidência DREM) 21.851.592,98 5.769.075,54 27.620.668,52 RECEITAS COM E SEM INCIDÊNCIA DO DREM EC 132/2023 em (R$ 1,00) RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 22 sessenta e oito reais e cinquenta e dois centavos). Desse montante, R$ 21.851.592,98 (vinte e um milhões, oitocentos e cinquenta e um mil, quinhentos e noventa e dois reais e noventa e oito centavos) correspondem à receita orçamentária da Arsesp, enquanto R$ 5.769.075,54 (cinco milhões, setecentos e sessenta e nove mil, setenta e cinco reais e cinquenta e quatro centavos) foram destinados ao DREM. Entre as receitas que sofrem incidência do DREM, os rendimentos financeiros foram a principal fonte de arrecadação, totalizando R$ 19.230.253,00, sendo R$ 13.461.177,46 (treze milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, cento e setenta e sete reais e quarenta e seis centavos) destinados à Arsesp e R$ 5.769.075,54 (cinco milhões, setecentos e sessenta e nove mil, setenta e cinco reais e cinquenta e quatro centavos) ao DREM. Já os rendimentos financeiros específicos do contrato de metas entre a Arsesp e a ANEEL totalizaram R$ 7.980.191,92, sem incidência do DREM, sendo integralmente destinados à Arsesp. Além disso, as outras receitas correntes somaram R$ 410.223,60, também sem incidência do DREM, por se tratar se ressarcimento das despesas com funcionários cedidos. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 23 3.2. Despesas O quadro orçamentário apresenta um panorama detalhado da execução financeira do período analisado. Inicialmente, a dotação prevista era de R$ 157.384.343,00 (cento e cinquenta e sete milhões, trezentos e oitenta e quatro mil, trezentos e quarenta e três reais). Durante o período, houve um acréscimo, elevando a dotação atual para R$ 168.584.343,00 (cento e sessenta e oito milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil, trezentos e quarenta e três reais), especificamente para a natureza de despesas com pessoal e encargos sociais. Deste montante, já foram empenhados R$ 93.440.166,78 (noventa e três milhões, quatrocentos e quarenta mil, cento e sessenta e seis reais e setenta e oito centavos), representando 55,4% do total disponível. O valor efetivamente liquidado, ou seja, aquele que já foi pago, é de R$ 88.606.324,88 (oitenta e oito milhões, seiscentos e seis mil, trezentos e vinte Dotação Inicial Dotação Atual Empenhado % Anulado Liquidado % 3 - DESPESAS CORRENTES 151.932.901,00 163.132.901,00 91.799.719,59 56,3% 11.589.978,64 88.068.368,19 54,0% 31 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 44.744.635,00 55.944.635,00 54.708.741,96 97,8% 2.118.085,91 54.708.741,96 97,8% 319007 - CONTRIBUICAO ENTIDADES FEC. PREV. 838.555,00 1.338.555,00 1.190.154,37 88,9% 0,00 1.190.154,37 88,9% 319011 - VENCIMENTOS E VANT. FIXAS-PESSOAL CIVIL 31.835.777,00 39.035.777,00 37.990.952,78 97,3% 1.146.477,00 37.990.952,78 97,3% 319013 - OBRIGACOES PATRONAIS 9.204.102,00 10.704.102,00 10.663.238,59 99,6% 823.169,66 10.663.238,59 99,6% 319096 - RESSARC. DESP. PESS.REQUISITADO 2.866.201,00 4.866.201,00 4.864.396,22 100,0% 148.439,25 4.864.396,22 100,0% 33 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES 107.188.266,00 107.188.266,00 37.090.977,63 34,6% 9.471.892,73 33.359.626,23 31,1% 339014 - DIARIAS-CIVIL 1.205.010,00 1.766.582,00 1.009.444,15 57,1% 648.511,09 1.009.444,15 57,1% 339030 - MATERIAL DE CONSUMO 398.000,00 398.000,00 51.358,19 12,9% 1.700,00 20.353,98 5,1% 339033 - PASSAGENS E DESP. COM LOCOMOCAO 2.083.560,00 2.783.560,00 2.466.727,97 88,6% 323.690,15 2.424.760,26 87,1% 339035 - SERVICOS DE CONSULTORIA 1.551.090,00 1.551.090,00 0,00 0,0% 0,00 0,00 0,0% 339036 - OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PF 944.460,00 944.460,00 321.597,85 34,1% 518.929,83 321.597,85 34,1% 339037 - SERVICOS DE LIMPEZA,VIGIL.E OUTROS-PJ 1.195.224,00 1.405.224,00 1.252.619,67 89,1% 70.676,16 1.159.785,04 82,5% 339039 - OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PJ 79.815.769,00 78.344.197,00 22.857.729,34 29,2% 6.461.782,29 20.367.457,02 26,0% 339040 - SERVICOS DE TI E COMUNICACAO - PJ 17.668.290,00 17.668.290,00 7.307.094,36 41,4% 1.180.249,48 6.298.271,06 35,6% 339047 - OBRIGACOES TRIBUT. CONTRIBUTIVAS 1.486.853,00 1.486.853,00 1.277.253,77 85,9% 164.775,11 1.277.253,77 85,9% 339050 - SERVICOS DE UTILIDADE PUBLICA 640.000,00 640.000,00 498.537,83 77,9% 91.452,26 432.088,60 67,5% 339092 - DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES 50.010,00 50.010,00 30.882,54 61,8% 10.126,36 30.882,54 61,8% 339093 - INDENIZACOES E RESTITUICOES 150.000,00 150.000,00 17.731,96 11,8% 0,00 17.731,96 11,8% 4 - DESPESAS DE CAPITAL 5.451.442,00 5.451.442,00 1.640.447,19 30,1% 0,00 537.956,69 9,9% 44 - INVESTIMENTOS 5.451.442,00 5.451.442,00 1.640.447,19 30,1% 0,00 537.956,69 9,9% 449051 - OBRAS E INSTALACOES 4.591.442,00 2.366.442,00 0,00 0,0% 0,00 0,00 0,0% 449052 - EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE 860.000,00 3.085.000,00 1.640.447,19 53,2% 0,00 537.956,69 17,4% Total Geral 157.384.343,00 168.584.343,00 93.440.166,78 55,4% 11.589.978,64 88.606.324,88 52,6% RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 24 e quatro reais e oitenta e oito centavos), equivalente a 52,6% do orçamento. Além disso, houve anulação de R$ 11.589.978,64 (onze milhões, quinhentos e oitenta e nove mil, novecentos e setenta e oito reais e sessenta e quatro centavos), referente aos contratos estimados, em sua maior parte na área de tecnologia da informação. O principal componente dessas despesas é o grupo de pessoal e encargos sociais, cuja dotação passou de R$ 44.744.635,00 (quarenta e quatro milhões, setecentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e trinta e cinco reais) para R$ 55.944.635,00 (cinquenta e cinco milhões, novecentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e trinta e cinco reais). Esse grupo apresenta alta execução, com 97,8% do valor empenhado e liquidado, destacando-se os gastos com vencimentos e vantagens fixas do pessoal civil, que somam R$ 37.990.952,78 (trinta e sete milhões, novecentos e noventa mil, novecentos e cinquenta e dois reais e setenta e oito centavos), além de obrigações patronais, que totalizam R$ 10.663.238,59 (dez milhões, seiscentos e sessenta e três mil, duzentos e trinta e oito reais e cinquenta e nove centavos). O que representa que a Arsesp tem realizado suas atividades predominantemente com o quadro de pessoal próprio. Por outro lado, o grupo de outras despesas correntes apresenta uma execução significativamente mais baixa. Embora a dotação atual permaneça em R$ 107.188.266,00 (cento e sete milhões, cento e oitenta e oito mil, duzentos e sessenta e seis reais), apenas 34,6% desse valor foi empenhado e 31,1% foi efetivamente liquidado. Alguns itens se destacam, como as passagens e despesas com locomoção, que possuem uma taxa de execução de 88,6%, atingindo R$ 2.466.727,97 (dois milhões, quatrocentos e sessenta e seis mil, setecentos e vinte e sete reais e noventa e sete centavos), e os serviços de tecnologia da informação e comunicação, com 41,4% empenhado, somando R$ 7.307.094,36 (sete milhões, trezentos e sete mil, RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 25 noventa e quatro reais e trinta e seis centavos). Em contrapartida, consultorias não tiveram nenhum valor executado,e serviços terceirizados apresentam baixos índices de liquidação, evidenciando uma baixa utilização de serviços de terceiros para execução de atividades de apoio as atividades da Arsesp, exceto para áreas meio como limpeza, portaria, vigilância, manutenção predial, apoio a tecnologia da informação entre outros desses serviços. A categoria de serviços de terceiros – pessoas jurídicas, por exemplo, tinha uma dotação de R$ 78.344.197,00 (setenta e oito milhões, trezentos e quarenta e quatro mil, cento e noventa e sete reais), mas apenas 29,2% foram empenhados, correspondendo a R$ 22.857.729,34 (vinte e dois milhões, oitocentos e cinquenta e sete mil, setecentos e vinte e nove reais e trinta e quatro centavos). Já no grupo de despesas de capital, que inclui investimentos e aquisições de bens permanentes, a dotação total foi de R$ 5.451.442,00 (cinco milhões, quatrocentos e cinquenta e um mil, quatrocentos e quarenta e dois reais). Deste valor, 30,1% foram empenhados, enquanto apenas 9,9% foram liquidados, indicando uma execução baixa. O subgrupo de obras e instalações, inicialmente previsto em R$ 4.591.442,00 (quatro milhões, quinhentos e noventa e um mil, quatrocentos e quarenta e dois reais), não teve valores empenhados ou liquidados. Já o subgrupo de equipamentos e materiais permanentes teve 53,2% empenhado, atingindo R$ 1.640.447,19 (um milhão, seiscentos e quarenta mil, quatrocentos e quarenta e sete reais e dezenove centavos), mas apenas 17,4% liquidado, resultando em um valor efetivamente pago de R$ 537.956,69 (quinhentos e trinta e sete mil, novecentos e cinquenta e seis reais e sessenta e nove centavos). Os valores de despesas com capital foram dispendidos na modernização dos painéis de visualização de dados nas dependências da Arsesp. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 26 Diante dessa análise, observa-se que as despesas com pessoal e encargos sociais foram as mais bem executadas. Por outro lado, outras despesas correntes apresentam execução uma parcial, principalmente nos serviços terceirizados e consultorias. Esses dados demonstram que, conforme projetado pela administração existe uma demanda pela realização de um novo concurso para completar o quadro de funcionários e convergir esforços para executar todas as atividades atribuídas à Arsesp. 4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS DIRETORIAS DA ARSESP ATRÁVES AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E NÃO ORÇAMENTÁRIAS DEFINIDAS NO PLANO PLURIANUAL EM 2024 4.1. Escritório de Projetos – ESPRO O Escritório de Projetos - ESPRO tem como objetivo acompanhar a execução dos projetos da agência, principalmente aqueles elencados na Agenda Regulatória, através de indicadores de performance, e apresentar as informações estratégicas consolidadas à alta direção, baseando-se nas áreas de conhecimento do PMBOK® e ferramentas de gerenciamento de projetos desenvolvidos internamente. Como principais entregas do ESPRO, podemos destacar a realização da 1ª Mostra de Projetos da Agenda Regulatória, com a apresentação dos projetos concluídos em 2024; lançamento do painel de visualização e acompanhamento dos projetos da Agenda Regulatória; e atualização da base de dados do ESPRO para acompanhar e ser o banco de dados dos indicadores de resultado da Agência. 4.2. Planejamento Estratégico O Plano Estratégico 2024-2027 da Arsesp foi elaborado em atendimento ao disposto na Lei Complementar nº 1.413, de 23 de setembro de 2024, estabelecido em seu artigo 58º: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 27 4.3. Unidade de Gestão da Integridade - UGI Criada na Arsesp no âmbito do Plano Estadual de Promoção de Integridade (Deliberação Arsesp nº 1416, de 16 de junho de 2023), a Unidade de Gestão da Integridade (UGI-Arsesp) tem como objetivo principal cumprir as determinações estabelecidas no Decreto n° 67.683, de 3 de maio de 2023, e os preceitos estipulados pela Controladoria Geral do Estado (CGE), sendo a principal atribuição coordenar a elaboração, a execução, a comunicação, a implantação e o monitoramento do programa de integridade. 4.4. Leilões do Governo do Estado Em 2024, o Governo do Estado de São Paulo realizou uma série de leilões visando à concessão de serviços públicos à iniciativa privada, destacando-se os setores de educação e loterias estaduais. Essas iniciativas fazem parte de um amplo programa de parcerias público-privadas (PPPs) destinado a aprimorar a infraestrutura e os serviços oferecidos à população. Leilões de Escolas Estaduais No âmbito educacional, foram realizados leilões para a construção e manutenção de novas unidades escolares. Em 29 de outubro de 2024, o Consórcio Novas Escolas Oeste SP venceu o leilão do primeiro lote da PPP de Novas Escolas, que prevê a construção de 17 unidades de ensino em diversas cidades do estado. Posteriormente, em 4 de novembro de 2024, o Consórcio SP + Escolas arrematou o segundo lote, contemplando a construção de 16 escolas adicionais. Essas novas unidades têm capacidade para atender aproximadamente 34.800 alunos, com investimentos totais estimados em R$ 2,1 bilhões ao longo de 25 anos de concessão. Leilão das Loterias Estaduais RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 28 No setor de loterias, o leilão realizado em 1º de novembro de 2024 resultou na concessão dos serviços lotéricos estaduais ao Consórcio Aposta Vencedora, que ofereceu uma outorga de R$ 600 milhões, representando um ágio de 130,15% sobre o valor mínimo estipulado. O contrato de 15 anos prevê investimentos de R$ 333 milhões e a instalação de mais de 11 mil pontos de venda em todo o estado. A estimativa é que a concessão gere uma arrecadação total de R$ 3,4 bilhões, recursos que serão destinados integralmente à área da saúde. Impacto na Arsesp A Arsesp desempenhará um papel fundamental na fiscalização e regulação desses serviços concedidos. Com a ampliação das concessões, especialmente no setor de loterias, a Arsesp vê suas atribuições expandidas, exigindo maior capacidade técnica e operacional para assegurar que os serviços sejam prestados conforme os padrões de qualidade estabelecidos. Para atender a essas novas demandas, a Arsesp tem passado por um processo de modernização e fortalecimento institucional, visando aprimorar seus mecanismos de supervisão e garantir a eficiência e transparência na gestão dos serviços públicos concedidos. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 29 5. DIRETORIA DE ENERGIA ELÉTRICA Ação Orçamentária 5755 – Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica A atuação ocorre por delegação e mediante Contrato de Metas anual, formalizado com a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel. A Arsesp possui a competência de fiscalizar, de forma programada e sob demanda da Aneel, os serviços de geração, transmissão (restrito a algumas instalações) e de distribuição de energia elétrica no Estado de São Paulo, contemplando 7 (sete) concessionárias e 12 (doze) permissionárias de serviços públicos de distribuição, 54 (cinquenta e quatro) Centrais de Geração Hidrelétrica, 30 (trinta) Pequenas Centrais Hidrelétricas, 42 (quarenta e duas) Usinas Hidrelétricas, 954 (novecentos e cinquenta e quatro) Usinas Termelétricas - Biomassa e Fóssil, 95 (noventa e cinco) Usinas Fotovoltaicas, 1 (uma) Usina Eólica e Demais Instalações de Transmissão - DIT. 5.1. Geração e Distribuição de Energia Elétrica: As fiscalizações realizadas nas concessionárias e permissionárias contemplam metodologia de fiscalização estratégica, composta por etapas de Monitoramento, Análise, Acompanhamento e Ação Fiscalizadora nas áreas técnica, comercial e de qualidade do fornecimento da energia elétrica, as quais resultaram em 67 (sessenta e sete) Relatórios de Análise e Acompanhamento sobre prestação de serviços das concessionárias (distribuição e geração)e 17 (dezessete) Notas Técnicas sobre Segurança de Barragens e Operação de Usinas Termelétricas. Destaca-se entre os temas fiscalizados: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 30 Acompanhamento do Plano de Resultados de Continuidade do Fornecimento de Energia Elétrica 2023 - 2026: Realizou-se o acompanhamento trimestral do percentual de conjuntos de unidades consumidoras das concessionárias que atendem ao limite regulado de continuidade (DEC e/ou FEC); Operação e Manutenção em Subestações e Alimentadores: Avaliou- se, no contexto de uma campanha de fiscalização de campo, as condições de operação e de manutenção de ativos em diversas subestações e alimentadores das 7 concessionárias do Estado de São Paulo; Critérios de Priorização em Alimentadores: Atualização do estudo de análise da operação e manutenção de alimentadores de distribuição, para subsidiar as fiscalizações de campo sobre o tema, utilizando-se como critérios as características construtivas das redes de distribuição da concessionária, os indicadores de continuidade de cada alimentador, as reclamações de consumidores e os montantes de compensação financeira pagos em decorrência das violações dos limites dos indicadores de continuidade individuais e a importância relativa da instalação na área de concessão da Distribuidora. Faturamento de Energia Elétrica: Avaliou-se a qualidade do serviço prestado pela Distribuidora analisada (Enel SP), observando os aspectos regulatórios em relação aos processos de Leitura, Faturamento e Cobrança de Unidades Consumidoras, dispostos, respectivamente, nos Capítulos IX, X, XI da Resolução Normativa ANEEL nº 1.000/2021; Conexão de Micro e Minigeração Distribuída: Avaliou-se os processos associados à conexão de unidades de Micro e Minigeração Distribuída, RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 31 visando verificar o atendimento dos agentes às disposições regulatórias atinentes ao tema. Adicionalmente, a Arsesp atendeu 161 (cento e sessenta e uma) demandas externas relacionadas a diversos órgãos externos, em especial ao Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP, Prefeituras e Câmaras Municipais, além de outros demandantes de questões coletivas. Neste sentido foram respondidas por meio de 20 (vinte) Relatórios de Análise, 87 (oitenta e sete) Despachos e 59 (cinquenta e nove) Ofícios. Ressalta-se, também, a contribuição com outros órgãos públicos, com a participação junto ao Centro Integrado de Comando e Controle – CICC-SP, no acompanhamento do ENEM 2024, das Eleições Municipais 2024 e do Concurso Público Nacional Unificado - CPNU. Além de atuar com o mesmo objetivo nos eventos dos processos seletivos Univesp, Etec, Fatec, SARESP e Provão Paulista. Ainda em ações preventivas, a participação da Arsesp no Gabinete de Gerenciamento de Crise, criado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, para acompanhar os eventos climáticos ao longo do ano de 2024 e junto à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – SEMIL em apoio ao projeto de arborização urbana, visando a implantação de ferramentas para manejo do parque arbóreo dos municípios. Participação no Congresso Nacional de Fiscalização da Aneel – CONFIA, de 22 a 26/04/2024. Participação na Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI ENEL nº 28/2024, realizada na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 22/05/2024, que teve a finalidade de investigar a falta de assistência e o serviço deficitário prestado aos munícipes paulistanos pela Enel São Paulo. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 32 Participação no grupo de atendimento ao Estado de São Paulo – GT-SP, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que visa aperfeiçoar a governança e fortalecer a atuação do Estado quanto à confiabilidade e a segurança no atendimento ao mercado de distribuição de energia elétrica. Em razão do evento climático extraordinário ocorrido no estado de São Paulo em 11/10/ 2024, a Arsesp esteve presente no Centro de Operações da Enel SP durante o período de restabelecimento do fornecimento de energia elétrica às unidades consumidoras afetadas e iniciou fiscalização conjunta com a ANEEL para avaliação da capacidade de recomposição do fornecimento. Nesse sentido, a Agência Federal, com o apoio da Arsesp, emitiu o Termo de Intimação - TI nº 49/2024-SFT, em 21/10/ 2024, em desfavor da Distribuidora Enel SP, caracterizando “prestação inadequada do serviço por parte da Enel SP no tocante ao restabelecimento do fornecimento de energia elétrica após interrupções”. A Arsesp realizou contribuições para Consultas Públicas e Tomadas de Subsídios, conforme segue: Consulta Pública ANEEL nº 010/2024: Aprimoramento da Resolução ANEEL nº 914/21, sobre delegação de competências da ANEEL aos Estados para a execução de atividades descentralizadas em regime de gestão associada de serviços públicos; Tomada de Subsídios ANEEL nº 012/2024: Contribuições para a Agenda Regulatória ANEEL 2025/2026 que teve como objetivo obter contribuições para a elaboração da Agenda Regulatória 2025/2026 da ANEEL; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 33 Consulta Pública ANEEL nº 027/2024: Apresentação de contribuições ao Termo Aditivo ao Contrato de Concessão das Distribuidoras, com vistas à prorrogação das concessões; e Consulta Pública ANEEL nº 032/2024: Aprimoramento regulatório dos sistemas de transmissão e distribuição no que se refere à resiliência diante de eventos climáticos extremos. Objetivando produzir informações para a sociedade, também foram atualizados os conteúdos das 10 (dez) cartilhas temáticas relacionadas ao serviço de energia elétrica, sendo elas: Plano de Resultados, Tratamento de Reclamações, Conformidade dos Níveis de Tensão de Fornecimento, Perdas Comerciais (Não Técnicas) de Energia Elétrica, Segurança em Barragens, Ressarcimento de Danos Elétricos, Estrutura de Atendimento, Iluminação Pública, Tarifas de Fornecimento de Energia Elétrica e Continuidade no Fornecimento de Energia Elétrica. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 34 6. DIRETORIA DE SANEAMENTO BÁSICO Ação Orçamentária 2073 –Serviços de saneamento básico regulados e fiscalizados. 5.1. Superintendência de Regulação de Saneamento Básico No que compete à atuação da regulação, tendo a agenda regulatória como prisma das ações da superintendência, destaca-se a concretização de 9 projetos em 2024, mencionados brevemente abaixo: DS 03: Promoção da Conservação de Mananciais Dando continuidade ao Convênio SEMIL-Arsesp, o projeto focou na implementação de ações de restauração ecológica, conservação de solos com a implantação de pequenas barragens, proteção de áreas para restauração com cercas, além de promover o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) para a conservação de vegetação nativa, saneamento rural, pecuária ecológica, sistemas agroflorestais e florestas funcionais. DS 04: Requisitos para Reduzir a Descontinuidade do Abastecimento de Água Com o objetivo de identificar e aplicar medidas que garantissem maior regularidade no fornecimento de água para os cidadãos paulistas, o projeto teve duração de 5 anos e foi estruturado como um piloto para o desenvolvimento do "Guia para Análise de Impacto Regulatório", um documento que será futuramente exigido em diversos projetos da Agência. A colaboração com múltiplos stakeholders e a coleta de dados precisos foram cruciais para o sucesso desta iniciativa. Em 10 de dezembro de 2024, a Deliberação Arsesp nº 1.621/2024 foi publicada. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 35 DS 07: Adequação da Prestação de Serviços de Esgotamento Sanitário O projeto teve como foco a criação de um plano mínimode amostragem e um novo indicador regulatório. Estes visam avaliar a qualidade do tratamento em cada estação de tratamento de esgoto regulada pela Arsesp, assegurando maior precisão e confiabilidade nos dados coletados. A conclusão dos trabalhos ocorreu com a publicação da Deliberação Arsesp nº 1.612/2024, em 06 de dezembro de 2024. DS 19: Revisão dos Normativos sobre Processo Fiscalizatório, Processo Sancionatório e Sanções Consolidada através da Deliberação Arsesp nº 1.600/2024, o normativo estabeleceu um novo padrão para o processo fiscalizatório, norteando a principal atividade administrativa da superintendência de fiscalização e garantindo que todas as infrações sejam tratadas com o devido rigor e transparência. DS 15: Estudos para Levantamento de Diretrizes Regulatórias para Cenários de Escassez Hídrica na RMSP Entre os resultados alcançados, destaca-se a criação de um banco de dados histórico (2000 a 2024), com atualização diária, desenvolvido por meio de um protocolo servidor-servidor via API com a prestadora de serviços de abastecimento de água. Foi também implementada uma plataforma de visualização no Power BI, permitindo o monitoramento detalhado do comportamento dos mananciais. Além disso, a partir do estudo de diversos indicadores de segurança hídrica, foi adotado um ISH que mensura o nível dinâmico dos reservatórios em relação a um nível médio esperado. DS11: Estudo de Indicadores de Qualidade e Eficiência dos Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 36 Visando aprimorar as atividades regulatórias e fiscalizatórias, a equipe desenvolveu um conjunto de 15 indicadores capazes de mapear e mensurar as principais atividades realizadas pelos prestadores, oferecendo uma visão concreta da qualidade dos serviços prestados. DS12: Revisão e Formatação dos Checklists de Fiscalização dos Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Neste projeto foram estruturados 22 checklists específicos, separados por tipo de serviço de manejo de resíduos sólidos urbanos, que possuem perguntas fundamentadas em normativos regulatórios da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Arsesp, normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, normas da ABNT e legislações federais e estaduais. DS14: Estudo de Diretrizes Regulatórias para Prestação Regionalizada de Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) O projeto DS14 teve como objetivo a elaboração de um Guia com Diretrizes Regulatórias para Concessões dos Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (SMRSU). Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Agência, o material foi baseado na experiência adquirida durante o acompanhamento da estruturação de uma concessão regionalizada de SMRSU nos anos de 2023 e 2024. DS13: Estudo de Bases Técnicas para a Regulação dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais (DMAPU) O projeto DS13 teve como objetivo desenvolver bases técnicas para orientar a atuação da Arsesp na regulação e fiscalização dos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais. As principais entregas do projeto incluíram: um curso de capacitação de 40 horas e ciclo de palestras sobre o RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 37 manejo de águas pluviais voltado para os especialistas da Arsesp; a realização de benchmarking com outras agências reguladoras e órgãos governamentais com interface na área de drenagem urbana; e a elaboração de notas técnicas. Complementarmente ao previsto na agenda regulatória, a Superintendência de Regulação esteve à frente de outras atividades decorrentes da política pública de manejo de resíduos sólidos urbanos, que requereram adequações e estruturação de normas visando o atendimento das novas demandas trazidas pelo setor, dentre as quais: Deliberação Arsesp nº 1.535/2024, que dispõe fornecimento de dados de consumo de água para execução de políticas públicas de manejo de resíduos sólidos. Publicada em 03 de julho de 2024, a norma define o procedimento de fornecimento pelos prestadores das informações de consumo de água para os titulares dos serviços de públicos de manejo de resíduos sólidos que desejem utilizá-las para fins de execução da política pública de cobrança por esses serviços. Tal norma visa garantir previsibilidade de acesso a essas informações pelos interessados, considerando a previsão legal e regulatória de utilização dos dados de consumo de água como proxy para estimar a geração de resíduos sólidos domiciliares. Participação em projetos de concessões regionalizadas promovidos por consórcios (Cirsop, Consaúde, Cemmil e Conisud) A Arsesp firmou Protocolos de Intenção com 4 consórcios de municípios: • CIRSOP (Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista) – 8 municípios; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 38 • CEMMIL (Consórcio Intermunicipal "CEMMIL" Para o Desenvolvimento Sustentável) – 8 municípios; • CONSAÚDE (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira) – 18 municípios; • CONISUD (Consórcio Intermunicipal da Região Sudeste de São Paulo) – 4 municípios. 5.2. Superintendência de Fiscalização de Saneamento Básico No que concerne às atribuições da superintendência de fiscalização, em 2024 foram realizadas um total de 667 ações de fiscalização, sendo: 34 fiscalizações pela Gerência Administrativa e de Contratos • 19 sobre investimentos. • 15 sobre metas contratuais. 630 ações de fiscalização pela Gerência de Fiscalização • 142 em estações elevatórias de esgoto e 70 estações elevatórias de água de grande porte. • 359 ações técnico-operacionais nos demais municípios conveniados. • 150 fiscalizações remotas comerciais e verificação de 20 agências comerciais da SABESP. • Atendimento a 185 demandas externas oriundas do Ministério Público, Prefeituras, Câmara de Vereadores, entre outros. • Emissão de 675 relatórios e 422 Termos de Notificação. Adicionalmente, atividades vinculadas à área de gestão de dados, de sistema e de execução do Convênio SEMIL-Arsesp também foram coordenadas pela equipe técnica, as quais frisa-se a seguir: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 39 Adequações no SAFI (Sistema de Apoio à Fiscalização) O Sistema de Apoio à Fiscalização (SAFI) passou por mudanças significativas para adaptação às novas exigências estipuladas pelo novo ambiente regulatório que surgiu com a desestatização da SABESP. As alterações alinharam-se à nova Deliberação Arsesp 1.600/2024 que estabeleceu o procedimento fiscalizatório e a aplicação de sanções administrativas na prestação de serviços de saneamento básico e incluiu: Alterações de dados cadastrais da Sabesp, nova organização de unidades de negócios e inclusão de novos municípios; Desenvolvimento de procedimento de inclusão em lote de instalações de saneamento (em implementação); Melhorias em checklists de fiscalização, seus fundamentos e tipificações de acordo com novo Contrato de Concessão e Deliberação Arsesp nº 1600/2024; Alterações em template de Relatório de Fiscalização e criação do modelo de Termo de Fiscalização de Saneamento; Desenvolvimento de módulo de processo sancionatório (em implementação); Melhorias no intercâmbio entre o SAFI e o Sei (Sistema Eletrônico de Informações) para a adequada instrução de processos administrativos. Esse trabalho foi realizado em colaboração com a Prodesp – Cia. De Processamento de Dados do Estado de São Paulo - responsável pela implementação e manutenção dos SAFI. Execução do Convênio de Cooperação Técnica (Semil/Arsesp) para ações de conservação de mananciais Ao longo do ano de 2024 foi dada continuidade às ações do Convênio SEMIL- Arsesp, por meio do qual encontra-se em desenvolvimento um projeto pilotoRELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 40 com o objetivo de criar e avaliar critérios, requisitos e metodologias para a seleção de ações e projetos de conservação de mananciais, além de contribuir para a criação de uma estrutura de governança que integre e coordene as ações executadas por diversos atores. A tabela a seguir apresenta as atividades em execução pelo projeto, sendo que o convênio teve sua vigência aditada até 31/12/2026. Tabela 1: Atividades em execução no âmbito do Convênio SEMIL/Arsesp/001/2021. Resultados Unidade Total Joanópolis Piracaia IPÊ Recursos Investidos Arsesp R$ mil 5.000 1.524,75 915,25 2.560 Provedores de Serviços Ambientais aderidos (beneficiários) Pessoa 77 40 27 10 - Conservação da vegetação nativa reconhecida com Pagamento por Serviços Ambientais hectare 848 517 331 - Cercamento de áreas para restauração e conservação da vegetação nativa km 56 38 18 - RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 41 Restauração ecológica da vegetação nativa hectare 10 - - 10 Implantação de sistemas de pecuária ecológica hectare 100 - - 100 Implantação de Sistemas Agroflorestais e florestas multifuncionais hectare 50 - - 50 Saneamento rural (Instalação de biodigestores) unidade 83 48 35 - Conservação de solo em pastagem (instalação/manutenção de barraginhas) unidade 295 245 50 - Articulação de governança regional para alinhamento e promoção de sinergias entre ações e projetos reuniões 10 - - - RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 42 6. DIRETORIA DE GÁS CANALIZADO Ação Orçamentária 2206 – Serviços de Distribuição de Gás Canalizado regulados e fiscalizados. 6.1. Superintendência de Regulação de Gás Canalizado Em 2024 foram publicadas 58 deliberações, abrangendo temas relacionados à regulação econômica, que podem ser consultadas em: http://www.arsesp.sp.gov.br/SitePages/legislacao.aspx. Dentre estas destacamos as seguintes ações regulatórias: Deliberação Arsesp nº 1.485/2024, que dispõe sobre as regras para prestação dos Serviços Locais de Gás Canalizado para os Usuários Livres, as condições para autorização do Comercializador, as medidas para fomentar o Mercado Livre de Gás no Estado de São Paulo e transformá-lo em um ambiente mais dinâmico e simplificado, resultado da Consulta Pública nº08 e do Relatório Circunstanciado nº 16013259 com 34 participantes. Aprovação dos Contratos Firmes de Compra e Venda de Gás Natural celebrados entre Companhia de Gás de São Paulo - COMGÁS (Compradora) e as Supridoras: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS, Edge Comercialização S.A e Shell Energy do Brasil Gás Ltda Deliberação Arsesp nº 1.538/2024 que após ampla participação social estabelece os procedimentos para a Chamada Pública de compra de gás natural e biometano pelas concessionárias de serviços locais de gás canalizado no Estado de São Paulo para atendimento aos usuários do mercado regulado e revoga as Deliberações Arsesp nºs. 1.243/2021 e RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 43 1.415/23. Consulta Pública nº 01/24 e Relatório Circunstanciado nº 49233766 com 86 contribuições. Deliberação Arsesp nº 1.576/2024, que aprova o Primeiro Aditivo ao Termo de Utilização de Interconexão – TUI, celebrado entre Companhia de Gás de São Paulo (COMGÁS) e a Raízen-Geo Biogás Costa e Pinto para interconexão da planta de biometano à rede de distribuição de gás canalizado Deliberação Arsesp nº 1.549/2024, que aprova o Termo de Utilização de Interconexão (TUI), celebrado entre a Comgás e a empresa Biometano Verde Paulínia S.A. para distribuição de biometano de origem de aterro sanitário, por meio da infraestrutura de gás canalizado estadual. Deliberação Arsesp nº 1.586/2024, que aprova o Termo de Utilização de Interconexão (TUI) entre a concessionária Necta – responsável pela distribuição de gás natural canalizado na região noroeste do Estado de São Paulo – e a Usina Santa Cruz. Vejamos no mapa os produtores de biometano que distribuem ou estão com projetos para distribuição na rede de gás canalizado: RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 44 No mercado livre tivemos diversas deliberações emitindo a outorga de autorização à comercializadores de gás canalizado no âmbito do Estado de São Paulo, em conformidade com a regulamentação aplicável; Realização de consultas públicas, com o objetivo de incorporar novas condições para a contratação de gás, proporcionando maior flexibilidade e dinamismo às operações do mercado livre de gás canalizado; Prestação de suporte técnico para a realização do 6º Ciclo de Revisão Tarifária das concessionárias, garantindo a aplicação dos critérios regulatórios e econômicos estabelecidos pela Arsesp; Aprovação do manual e dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e Conservação e Racionalização do uso do gás a serem desenvolvidos pelas concessionárias, bem como do Montante Mínimo para desenvolvimento do programa P&D –- para o ciclo 2024/2025 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 45 No exercício das competências regulatórias e com o objetivo de assegurar a expansão sustentável e a adequada regulação do gás canalizado, foram elaborados diversos pareceres técnicos sobre temas estratégicos e de alta relevância, abrangendo aspectos essenciais para o desenvolvimento do mercado livre e regulado. Seguem alguns temas relevantes tratados: Gasoduto Reforço Metropolitano Subida da Serra: Apoio, elaboração de pareceres técnicos e avaliação regulatória do ativo, bem como a análise de seu papel estratégico no atendimento à crescente demanda energética da região, participação nas audiências de conciliação no âmbito da Ação Civil Ordinária 3688/STF. Desenvolvimento do Mercado Livre de Gás Natural: Implementação de medidas destinadas à ampliação do mercado livre, incluindo propostas para a flexibilização das regras de contratação, incentivo à concorrência e maior integração entre os agentes do setor. Regulação do Mercado Cativo: Análise detalhada das práticas regulatórias aplicáveis ao mercado regulado de gás natural, com foco na proteção dos direitos dos usuários, na definição de tarifas justas e isonômica, prezando pela manutenção da segurança e fornecimento. Consulta Pública 13/24. Proposta de um novo modelo Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD). O CUSD é um instrumento que estabelece as condições para o uso da infraestrutura de distribuição de gás canalizado por usuários livre. O novo modelo incorpora inovações que ampliam o dinamismo do mercado livre possibilitando que o usuário exerça seu poder de escolha sobre qual gás RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 46 contratado quer consumir primeiro (contratado no cativo ou livre, gás natural ou biometano) e permite contratações flexíveis para aproveitar gás de oportunidade. A elaboração das novas regras do CUSD contou com ampla participação da sociedade por meio da Consulta Pública. Neste processo, foram recebidas 367 contribuições. O Mercado Livre de São Paulo está em pleno crescimento com mais de 40 Comercializadores, 2 Autoprodutores e com previsão de metade do volume demandado migrar para o mercado livre em 2025. Vejamos a linha do tempo com a evolução da regulação, incluído as ações de 2024. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 47 6.2. Superintendência de Fiscalização de Distribuição de Gás Canalizado Em 2024, foram abertos 359 processos de fiscalização dos serviços de gás canalizado, sendo 293 fiscalizações internas e 66 fiscalizações de campo. As fiscalizações garantem o cumprimento dos padrões dos indicadores estabelecidos no Contrato de Concessão para segurança no fornecimento, qualidade do produto e do serviço, qualidade no atendimento comerciale demais obrigações contratuais das concessionárias do Estado de São Paulo. No período foram emitidos 36 Termos de Notificação e 25 Autos de Infração. A Diretoria de Gás atuou ativamente junto às Concessionárias de Gás Canalizado para uma iniciativa colaborativa que reúne as principais Concessionárias de Serviços Públicos do Estado de São Paulo, com o objetivo de instituir as melhores práticas de gestão compartilhada de obras em vias públicas, garantindo mais eficiência nesse mercado e maior segurança à população. No âmbito dos projetos de tecnologia, a inovação foi o principal direcionador para o desenvolvimento de um Sistema de Gestão dos Processos de Fiscalização em parceria com a Prodesp. Essa solução transformou a governança da fiscalização ao automatizar fluxos de trabalho, garantindo maior eficiência, rastreabilidade e inteligência na gestão dos processos. O projeto reafirma o compromisso da Arsesp com a inovação e o uso de tecnologia para aprimorar suas atividades de fiscalização. Além disso, a Superintendência de Fiscalização participou de projetos através dos compromissos estabelecidos na Agenda Regulatória. RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 48 7. DIRETORIA ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE MERCADOS Ação Orçamentária 2191 – Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico- Financeira. DESTAQUES DO ANO Econômico-Financeiro em números • 40 deliberações. • 81 fiscalizações. • 6 consultas públicas e 4 audiências públicas. Consulta Pública nº: 09/2024 Data início: 08/10/2024 00:00 Data fim: 07/11/2024 00:00 Assunto : Diretrizes Gerais para Estruturas Tarifárias do Gás Canalizado Consultas Públicas Consulta Pública nº: 07/2024 Data início : 20/09/2024 00:00 Data fim : 31/10/2024 00:00 Assunto : Proposta de Metodologia de cálculo do P0 para a 5ª Revisão Tarifária Ordinária das concessionárias de gás canalizado do estado de São Paulo: Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS; Necta Gás Natural S.A. – NECTA e Gás Natural São Paulo Sul – NATURGY. Consulta Pública nº: 03/2024 Data início: 28/06/2024 00:00 Data fim: 19/07/2024 23:55 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 49 Assunto: 3ª Revisão Tarifária Ordinária da Concessionária Saneaqua Mairinque S/A no Município de Mairinque Consulta Pública nº: 02/2024 Data início : 19/06/2024 00:00 Data fim : 04/07/2024 00:00 Assunto : Dispõe sobre critérios e procedimentos para classificação de usuários nas categorias tarifárias Residencial Social e Residencial Vulnerável nos serviços públicos regulados de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário da SABESP. Consulta Pública nº: 01/2024 Data início : 16/05/2024 00:00 Data fim : 05/06/2024 18:00 Assunto : Proposta de Deliberação Arsesp que estabelece os procedimentos para a compra de gás natural e biometano pelas concessionárias de serviços locais de gás canalizado no Estado de São Paulo para atendimento aos usuários do mercado regulado. Consulta Pública nº: 10/2023 Data início : 29/12/2023 00:00 Data fim : 06/02/2024 18:00 Assunto : Proposta de metodologia para o cálculo do custo médio ponderado de capital (WACC) para o setor de distribuição de gás canalizado. Audiências Públicas Audiência Pública nº: 01/2024 Data: 02/02/2024 09:00 Local : Plataforma Zoom Assunto : Proposta de metodologia para o cálculo do custo médio RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 50 ponderado de capital (WACC) para o setor de distribuição de gás canalizado. Audiência Pública nº: 02/2024 Data: 19/07/2024 10:00 Local : Zoom Assunto : 3ª Revisão Tarifária ordinária da Concessionária Saneaqua Mairinque S/A no Município de Mairinque Revisão Tarifária: 3ª Revisão Tarifária ordinária da Concessionária Saneaqua Mairinque S/A no Município de Mairinque. Audiência Pública nº: 03/2024 Data: 29/10/2024 09:00 Local : Plataforma Zoom Assunto : Proposta de Metodologia de cálculo do P0 para a 5ª Revisão Tarifária Ordinária das concessionárias de gás canalizado do estado de São Paulo: Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS; Necta Gás Natural S.A. – NECTA e Gás Natural São Paulo Sul – NATURGY. Audiência Pública nº: 04/2024 Data: 05/11/2024 09:00 Local: Zoom Assunto: Diretrizes Gerais para Estruturas Tarifárias do Gás Canalizado. 7.1. Superintendência de Regulação e Análise Econômico- Financeira e de Mercados: Saneamento Básico • Reajustes Tarifários Anuais da Sabesp anteriores ao contrato com a URAE1; • Deliberação da Tarifa Inicial da Sabesp para a URAE1; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 51 • Realização dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para determinação das tarifas da Saneaqua – Mairinque, no âmbito de sua 3ª RTO; • Reajuste tarifário anual da SAEG – Guaratinguetá dos serviços de água e esgoto; • Reajuste tarifário anual de Cabrália Paulista dos serviços de água e esgoto; • Reajuste tarifário anual de Saneaqua, município de Mairinque, dos serviços de água e esgoto; • Reajuste tarifário anual de BRK Ambiental, município de Santa Gertrudes dos serviços de água e esgoto; • Realização dos estudos técnicos, em andamento, para determinação das tarifas da BRK Ambiental – Santa Gertrudes, no âmbito de sua 3ª RTO; • Reajuste do valor da Contraprestação de Resíduos Sólidos Urbanos da Terra Campos Ambiental junto a prefeitura de Campos do Jordão; • Cálculo da Taxa de Resíduos prestados pela SAEG no Município de Guaratinguetá; • Desenvolvimento de estudos sobre a eficiência nas despesas com energia elétrica das concessionárias de saneamento básico; • Desenvolvimento de estudos para proposta metodológica de definição de custo de capital das companhias reguladas de saneamento básico; • Desenvolvimento de estudos para proposta metodológica de fator de compartilhamento de eficiência (Fator X), das companhias reguladas de saneamento básico; RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 52 • Desenvolvimento das atividades prevista no contrato do Novo Contrato da Sabesp com a URAE1; • Participação em estudos e materiais técnicos desenvolvidos por outras áreas da Arsesp; • Avaliação dos aspectos tarifários, no âmbito econômico-financeiro, nas propostas de convênios; • Atendimento às solicitações de concessionária, municípios e usuários. 7.2. Superintendência de Regulação e Análise Econômico- Financeira e de Mercados: Gás Canalizado • Reajustes tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado Comgás; • Reajuste tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado GBD; • Reajuste tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado Naturgy; • Publicação dos relatórios mensais de Contas Gráficas (Gás, Penalidades, Redes Locais e Perdas Regulatórias); • Deliberação Arsesp nº 1.619/2024, que dispôs sobre a realização dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para determinação da metodologia adotada pela Arsesp para as Revisões Tarifárias Ordinárias das concessionárias de distribuição de gás canalizado (Procalt); • Deliberação Arsesp nº 1.618/2024, que dispôs sobre a realização dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para determinação das diretrizes gerais da estrutura tarifaria a serem RELATÓRIO DE ATIVIDADES ARSESP ANO 2024 53 adotadas pelas distribuidoras de gás canalizado do estado de São Paulo reguladas pela Arsesp; • Deliberação nº 1.506/2024, que dispôs sobre a realização dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para determinação da metodologia de definição do custo de capital (WACC) das distribuidoras de gás canalizado do estado de São Paulo reguladas pela Arsesp; • Continuidade da Consulta Púbica nº 12/2022 referente os estudos para o tratamento de créditos de Pis/Cofins sobre o valor de ICMS