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RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
2 
2025. Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. 
 
ELABORAÇÃO E INFORMAÇÕES 
Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. 
Secretaria Executiva – SE 
Rua Cristiano Viana, 428, CEP 01311-300 - São Paulo – SP 
Telefone: +55(11) 32042100 
https://www.arsesp.gov.br 
 
DIRETOR-PRESIDENTE 
Thiago de Mesquita Nunes 
 
CONSELHO DIRETOR 
Amauri Gavião A. Marques da Silva 
Gustavo Zarif Frayha 
Thiago Roberto Magalhães Veloso 
Daniel Antonio Narzetti 
 
SUPERINTENDÊNCIAS 
Luiz Antonio de Oliveira Junior 
Luiza Kaschny Borges Burgardt 
Marcelo de Guimarães Santos 
Carina Aparecida Lopes Couto 
Eduardo Sormanti Hassin 
Mauricio Loureiro 
Jefferson Leão de Meirelles 
Raisa Reis Rempel 
SECRETARIA EXECUTIVA 
Mirian Di Paula 
OUVIDOR 
Paulo Arthur Lencioni Goes 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
3 
 
SECRETARIA DE GOVERNO 
 
ARSESP – AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DO 
ESTADO DE SÃO PAULO 
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO PROGRAMA: 
3937 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
DELEGADOS DE SP 
EXERCÍCIO DE 2024 
(Período: 01/01/2024 à 31/12/2024) 
 
Secretaria Executiva: 
Mirian di Paula 
Gerente Orçamentária-Financeira e Gerente do Programa Arsesp 3937: 
Elaine Cristina Eder 
Assistente de Monitoramento do Programa Arsesp 3937: 
Bruno Cruz Silva 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
4 
Sumário 
1. SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................... 6 
1.1 Objetivos e Estratégia do Programa 3937 – Regulação e Fiscalização dos 
Serviços Públicos Delegados. ...................................................................................... 6 
2. APRESENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2024 - PROGRAMA, PRODUTOS 
E INDICADORES ...........................................................................................................12 
2.1. Objetivo .............................................................................................................12 
2.2. Indicadores Plano Plurianual 2024-2027 .....................................................12 
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ...................................................18 
3.1. Receitas .............................................................................................................18 
3.2. Despesas ...........................................................................................................23 
4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS DIRETORIAS DA 
ARSESP ATRÁVES AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E NÃO ORÇAMENTÁRIAS 
DEFINIDAS NO PLANO PLURIANUAL EM 2024 ........................................................26 
4.1. Escritório de Projetos – ESPRO ......................................................................26 
4.2. Planejamento Estratégico ...............................................................................26 
4.3. Unidade de Gestão da Integridade - UGI ....................................................27 
4.4. Leilões do Governo do Estado .......................................................................27 
5. DIRETORIA DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................................29 
Ação Orçamentária 5755 – Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica .........29 
5.1. Geração e Distribuição de Energia Elétrica: ................................................29 
6. DIRETORIA DE SANEAMENTO BÁSICO ............................................................34 
Ação Orçamentária 2073 –Serviços de saneamento básico regulados e 
fiscalizados. ...................................................................................................................34 
5.1. Superintendência de Regulação de Saneamento Básico ...............................34 
5.2. Superintendência de Fiscalização de Saneamento Básico ........................38 
6. DIRETORIA DE GÁS CANALIZADO ....................................................................42 
Ação Orçamentária 2206 – Serviços de Distribuição de Gás Canalizado 
regulados e fiscalizados. .............................................................................................42 
6.1. Superintendência de Regulação de Gás Canalizado ..................................42 
6.2. Superintendência de Fiscalização de Distribuição de Gás Canalizado ....47 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
5 
7. DIRETORIA ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE MERCADOS .............................48 
Ação Orçamentária 2191 – Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico- 
Financeira. .....................................................................................................................48 
7.1. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-Financeira e de 
Mercados: Saneamento Básico ..................................................................................50 
7.2. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-Financeira e de 
Mercados: Gás Canalizado ..........................................................................................52 
7.3. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – 
Saneamento ..................................................................................................................53 
7.4. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – 
Gás Canalizado .............................................................................................................55 
7.5. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e Contábil – 
Energia Elétrica.............................................................................................................56 
8. DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS .................................................56 
8.1. COMUNICAÇÃO .................................................................................................56 
8.2. CONVÊNIOS E APOIO NORMATIVO: .............................................................59 
8.3. NOVOS SERVIÇOS ...........................................................................................60 
9. OUVIDORIA ...........................................................................................................61 
9.1. Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU (Ouvidoria Setorial): ...........61 
10. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DO PROGRAMA 
ARSESP EM 2024..........................................................................................................64 
10.1. INDICADORES DE PROGRAMA A SEREM JUSTIFICADOS ......................66 
10.2. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DOS PRODUTOS 
ATÉ 31/12/2024 ...........................................................................................................73 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................84 
12. GLOSSÁRIO DE SIGLAS – ARSESP ...............................................................86 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
6 
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 
O Relatório Anual de Atividades PPA 2024 da Arsesp apresenta um panorama 
completo das ações e iniciativas desenvolvidas ao longo do exercício, 
evidenciando o compromisso com a regulação e fiscalização dos serviços 
públicos delegados em São Paulo. A seguir, apresentamos de forma concisa 
os principais aspectos e resultados alcançados: 
1.1 Objetivos e Estratégia do Programa 3937 – Regulação e 
Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados. 
Missão 
Contribuir para a melhoria da prestação dos serviços públicos por meio de 
uma regulação eficaz e fiscalização rigorosa, garantindo a sustentabilidade 
dos contratos e o equilíbrio entre usuários, prestadores e o poder público. 
Abordagem Estratégica 
Alinhamento das ações com o plano plurianualobtido 
pelas concessionárias de distribuição de gás canalizado; 
• Desenvolvimento de estudos, em andamento, para proposta 
metodológica de fator de compartilhamento de eficiência (Fator X), das 
companhias de distribuição de gás canalizado. 
7.3. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e 
Contábil – Saneamento 
 
 Fiscalizações econômico-financeiras periódicas para verificar as 
receitas, despesas, investimentos, controle e gestão de ativos 
imobilizados das concessionárias de serviços de saneamento básico. 
• Fiscalizações, num total de 45, sobre a base blindada de ativos da 
Sabesp, com a verificação de mais de 3.600 ativos; 
• Fiscalização econômico-financeira da Sabesp: Novo Rio Pinheiros, com 
fiscalizações em campo para inspeção dos investimentos realizados, e 
continuidade da fiscalização documental com verificação de medições 
contratuais; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
54 
• Fiscalização econômico-financeira para verificar os Contratos de 
Performance firmados pela Sabesp; 
• Fiscalizações dos investimentos realizados pela Sabesp no município 
de São Paulo para certificar o montante mínimo contratual e o 
atendimento aos investimentos pactuados com o Comitê Gestor do 
contrato; 
• Fiscalizações sobre o repasse financeiro da Sabesp para os Fundos 
Municipais de Saneamento; 
• Revisão do Manual de Controle Patrimonial das empresas de 
saneamento reguladas pela Arsesp; 
• Elaboração dos cálculos para recolhimento da Taxa de Fiscalização, 
Controle e Regulação (TRCF): ajuste do ano de 2024 e projeção para 
recolhimento em 2025 – 9 concessionárias de saneamento; 
• Elaboração dos relatórios analíticos de 346 municípios, apresentando 
dados e indicadores econômicos-financeiros relativos ao ano de 2023; 
• Acompanhamento do envio de dados de 2023 da Contabilidade 
Regulatória pelas concessionárias de saneamento; 
• Estudos para definição da metodologia de cobrança de Remuneração 
Regulatória alternativa à Taxa de Fiscalização, Controle e Regulação; 
• Deliberação Arsesp Arsesp nº 1.515/2024, dispôs sobre a 
conclusão e publicação de metodologia para reversibilidade e 
indenização de ativos no setor de saneamento básico, Ação DEF 11 da 
Agenda Regulatória 2023-2024 com cooperação técnica da CAF – 
Banco de Desenvolvimento da América Latina; 
• Deliberação Arsesp nº 1.488/2024, dispôs sobre a conclusão e 
publicação da metodologia para certificação anual de investimentos no 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
55 
setor de saneamento básico – Ação DEF 09 da Agenda Regulatória 
2022-2023; 
7.4. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e 
Contábil – Gás Canalizado 
Início dos processos de validação dos Laudos de Ativos em Operação até 
dezembro de 2023 das concessionárias de distribuição de gás canalizado: 
Comgás, Necta e Naturgy. 
• Fiscalizações, num total de 24, sobre as concessionárias de distribuição 
de gás canalizado, no âmbito das atividades para a validação dos 
laudos de ativos em operação da Comgás, Necta e Naturgy; 
• Acompanhamento do envio de dados de 2023 da Contabilidade 
Regulatória pelas concessionárias de gás canalizado; 
• Elaboração dos cálculos dos valores que deverão ser aplicados em P&D, 
pelas concessionárias de gás canalizado Comgás, Necta e Naturgy; 
• Acompanhamento da implantação do Manual de Controle Patrimonial 
das empresas de distribuição de gás canalizado reguladas pela Arsesp; 
• Elaboração dos cálculos para recolher a Taxa de Fiscalização, Controle 
e Regulação (TRCF): ajuste do ano de 2024 e projeção para 
recolhimento em 2025 – 3 concessionárias de gás e 2 
comercializadoras de gás no mercado livre; 
• Prestação de contas dos Contratos de Concessão de Gás Canalizado – 
TCE – Alimentação de dados DE 2023 no sistema AUDESP; 
• Deliberação Arsesp nº 1.488/2024, trouxe a conclusão e 
publicação da metodologia para certificação anual de investimentos no 
setor de gás canalizado – ação DEF 08 da Agenda Regulatória 22-23; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
56 
7.5. Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira e 
Contábil – Energia Elétrica 
Fiscalizações sobre partes relacionadas nas concessionárias de energia 
elétrica (atividade delegada pela Aneel – Contrato de Metas): CPFL Santa 
Cruz e CTEEP (2 contratos). 
Fiscalizações sobre P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e PEE (Programa de 
Eficiência Energética) nas concessionárias de energia elétrica (atividade 
delegada pela Aneel – Contrato de Metas): EDP São Paulo, Elektro e CPFL 
Paulista. 
8. DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS 
Ação Orçamentária 8362 – Ações Institucionais e Relacionamento 
com Usuários 
A publicação do Decreto n° 67.882, de 15 de agosto de 2023 alterou o 
regulamento da Arsesp modificando a denominação de Diretoria de Relações 
Institucionais para Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização de Serviços 
e de Relações Institucionais - DRI e remodelou seu escopo de atuação. Com 
isso, a diretoria agregará as atividades de regulação e fiscalização de 
concessões de: parques, hospitais, centro de convenções e conjunto 
habitacional. 
8.1. COMUNICAÇÃO 
 
 Audiências (AP) e Consultas Públicas (CP) 
Realizou 4 (quatro) audiências públicas: 
 3 para o setor de gás canalizado; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
57 
 1 para o setor de saneamento básico; 
Realizou 13 (treze) consultas públicas: 
 4 Gás; 
 4 institucionais; 
 5 Saneamento; 
Realizou 3 (três) Tomadas de Subsídios Interna dirigida aos 
servidores da Agência: 
 3 institucionais; 
 Eventos Setoriais: 
 66º Congresso Estadual de Municípios, de 11 a 15/03/24, em 
Campos do Jordão; 
 V Fórum Saneamento, de 07 a 08/05/24; 
 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos, de 07 a 
09/05/24, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São 
Paulo; 
 52º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, de 20 a 
24/05/24, em Ribeirão Preto/SP; 
 Brazil Water Week, de 03 a 07/06/24, online; 
 7ª Conexidades /Multiplicidades, de 04 a 08/06/2024, em São 
Sebastião/SP; 
 Congresso Nacional de Consórcios Públicos e Municípios, de 18 
a19/06/24, em Brasília/DF; 
 21º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e 
Ambiental – SILUBESA, de 28 a 30/08/24, em Recife/PE; 
 Desenvolvimento Urbano e Serviços Públicos: Infraestrutura 
Subterrânea e Enterramento de Redes Aéreas – Evento conjunto 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
58 
CDHU/Arsesp em 20/09/2024, no Auditório da Associação 
Comercial, em São Paulo/SP; 
 1º Encontro Municipalista de Prefeitas e Prefeitos eleitos para 
2025/2028, de 18 a 19/11/24, em Campinas/SP; 
 XVI Fórum Ibero Americano de Regulação, de 25 a 26/11, em 
Brasília/DF 
 
 Troca de experiência: 
 ARSAL 
Pauta: mídia, clipagem da equipe de comunicação, designação de 
equipe específica, definição da logística; Cronograma de fiscalização: 
critérios para definição dos municípios a serem visitados; Incidentes: 
critérios para deslocamento e acompanhamento; Monitoramento de 
pressão e perdas: remotamente e em campo; Banco de dados: 
gerenciamento dos dados para tomada de decisão. 
 ARPE 
Pauta: conhecer as boas práticas da agência. As áreas de interesse: 
Fiscalização, definição e acompanhamento das metas legais, regulação 
por exposição. 
 AGEAC 
Pauta: visita institucional 
 ARPV 
Pauta: troca de experiencia e Agenda Regulatória 
 ANA 
Pauta: concessão automática nas tarifas social e vulnerável no âmbito 
do Estado de São Paulo 
 Osinergmin (Agência do Peru) 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
59 
Pauta: compartilhamento de experiencias de rede subterrânea de 
infraestrutura de serviços públicos, particularmente de gás a nível 
doméstico. 
 Secretaria Especial de Parcerias Estratégicas do Estado do Mato 
Grosso do Sul 
Pauta: troca de experiencia sobrea estrutura da agência e o modelo 
de fiscalização da Arsesp relacionado aos novos serviços. 
 
 Lançamento da nova intranet da Arsesp 
 
8.2. CONVÊNIOS E APOIO NORMATIVO: 
 
 Celebrou 9 (nove) novos Convênios de Cooperação 
Técnica: 
 Aparecida (água/esgotamento sanitário/manejo se resíduos); 
 Canas (água/esgotamento sanitário); 
 Várzea Paulista (água/esgotamento sanitário); 
 Brejo Alegre (água/esgotamento sanitário); 
 Igarapava (água/esgotamento sanitário); 
 Jardinópolis (água/esgotamento sanitário/limpeza urbana e 
manejo de resíduos). 
 *Convênio entre a Arsesp e CIRSOP (em fase final de 
assinatura); 
 *Convênio entre Arsesp e URAE-1 (em fase final de assinatura). 
 Celebrou 4 (quatro) novos Protocolos de Intenção para 
futura celebração de Convênios de Cooperação para regulação 
de serviços: 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
60 
o Protocolo de Intenção entre Arsesp e CONSAÚDE (manejo 
de resíduos sólidos); 
o Protocolo de Intenção entre Arsesp e CEMMIL ((manejo de 
resíduos sólidos); 
o Protocolo de Intenção entre Arsesp e Álvares Florence; e 
o Protocolo de Intenções entre Arsesp e Pirangi. 
 Procedeu a habilitação de 25 novos Fundos Municipais de 
Saneamento. 
 Revisou aproximadamente 63 minutas de Deliberações 
antes de sua publicação. 
 Realizou o tratamento de 480 demandas externas oriundas 
dos Poderes Executivo, Legislativo, Ministério Público e 
Defensoria Pública. 
Ação Orçamentária 2224 – Serviços delegados atribuídos pela lei 
17.293/2020 regulados e fiscalizados. 
8.3. NOVOS SERVIÇOS 
 
 Assumiu a regulação e fiscalização de 7 (sete) Parques 
Estaduais: 
 Parque Villa Lobos; 
 Parque Candido Portinari; 
 Parque da Água Branca; 
 Parque Estadual da Cantareira; 
 Parque Alberto Lofgren; 
 Parque Estadual de Campos do Jordão; e 
 Parque Caminhos do Mar. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
61 
 Realizou 10 (dez) fiscalizações de campo, tendo encontrado 54 
constatações passíveis de não conformidade, das quais 47 foram 
saneadas pelas Concessionárias quando apontadas pela Arsesp, 
perfazendo uma média de 87% de constatações corrigidas em 2024. 
 Instaurou 4 (quatro) Processos Administrativos Sancionatórios 
em razão de 7 constatações não saneadas pelas Concessionárias. 
 
9. OUVIDORIA 
 
9.1. Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU (Ouvidoria Setorial): 
Em 2024 o Serviço de Atendimento ao Usuário – SAU-Arsesp registrou 
58.020 manifestações provenientes de usuários dos serviços regulados pela 
Agência, sendo 126 de energia elétrica, 53.309 de saneamento básico, 4.576 
de gás canalizado e 9 de parques estaduais concedidos. 
No setor de saneamento básico, 44.801 referem-se às solicitações de 
informação, 5.809 de reclamações, 2.699 de solicitações de primeiro 
contato, denúncias, elogios, sugestões ou críticas. 
No setor de gás canalizando, 3.728 referem-se às solicitações de informação, 
593 de reclamações, 255 de solicitações de primeiro contato, elogios, críticas 
e sugestões. 
Em análise ao sistema de atendimento da ANEEL, verifica-se que em 2024 
foram registradas 110.383 manifestações, sendo 77.831 pedidos de 
informações, 32.336 reclamações e 216 classificadas como Denúncias, 
Elogios, Sugestões ou Críticas. Cabe, porém, esclarecer que do total 
informado o SAU-Arsesp atuou no acolhimento e registro de 126 
manifestações ao longo de 2024. As tratativas das manifestações são de 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
62 
atribuição da ANEEL, como a análise das demandas e o envio de 
comunicações aos consumidores. 
No setor de parques estaduais, o SAU-Arsesp registrou 9 manifestações de 
usuários, sendo que o Parque mais reclamado foi o Villa-Lobos com 5 
manifestações, seguido do Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) com 2 
e dos Parques Estaduais da Cantareira e Alberto Löfgren, com 1 manifestação 
cada. As manifestações diziam respeito à falta de conservação/manutenção 
(6), falta de acessibilidade (1), segurança (1) e estacionamento irregular (1). 
 
9.2. Ouvidoria Institucional 
Em 2024 a Ouvidoria realizou 3118 atendimentos a usuários, dos quais: 
(i) 1964 referentes aos prestadores de serviços de energia elétrica, 
saneamento, gás canalizado e parques estaduais, sendo, portanto, 
redirecionados para o SAU ou aos próprios prestadores desses serviços; 
(ii) 847 sobre temas não relacionados às atribuições da Arsesp; (iii) 168 
relacionados aos serviços prestados pela própria Agência e que foram, assim, 
tratados pela Ouvidoria Institucional; e (iv) 139 pedido de acesso a 
informação, com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação-
LAI). 
A Ouvidoria Institucional também realizou no ano de 2024 as seguintes 
atividades: (i) criação do Conselho de Usuários da Arsesp e realização da 
primeira Rodada de Consulta sobre os serviços oferecidos pela Agência (Lei 
Federal nº 13.460/2017 e Decreto Estadual nº 68.156/2023); (ii) elaboração 
do Autodiagnóstico da Ouvidoria com base no Modelo de Maturidade de 
Ouvidorias Públicas (Decreto Estadual nº 68.156/2023 e Resolução CGE nº 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
63 
22/2023); e (iii) Coordenação da elaboração do Plano de Dados Abertos da 
Arsesp, com a formação do inventário de base de dados da Agência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
64 
10. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DO PROGRAMA 
ARSESP EM 2024 
3937 - Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados de São Paulo 
Dotação orçamentária atualizada: R$ 168.584.343,00 (Cento e sessenta e oito 
milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil, trezentos e quarenta e três reais). 
 
Indicadores 
 
Meta 
Anual 
2024 
 
Resultado 
2024 
 
 
% 
Meta 
Final 
do PPA 
2024 
 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
 
% 
4519 Índice Médio 
Anual de 
Reclamações de 
Saneamento Básico 
a cada 10 mil 
economias de água. 
3,3 4,444 65,45% 2,975 4,444 50,62% 
4521 Índice Médio 
Anual de 
Reclamações de Gás 
11,8 2,096 182,24% 11,35 2,096 181,53% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
65 
Canalizado a cada 
10 mil usuários 
4889 
Acompanhamento 
do Indicador DEC 
(duração 
equivalente de 
interrupção por 
unidade 
consumidora) global 
do Estado de São 
Paulo frente aos 
limites 
estabelecidos pela 
ANEEL. 
6,88 6,18 110,17% 6,6175 6,18 106,61% 
4894 
Acompanhamento 
do Indicador FEC 
(frequência 
equivalente de 
interrupção por 
unidade 
consumidora) global 
5,18 3,34 135,52% 4,84 3,34 130,99% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
66 
do Estado de São 
Paulo frente aos 
limites 
estabelecidos pela 
ANEEL. 
Observação: Os 4 indicadores de resultado têm a sua polaridade negativa, 
quanto menor resultado em comparação a meta, melhor sua avaliação. 
10.1. INDICADORES DE PROGRAMA A SEREM JUSTIFICADOS 
4519 Índice Médio Anual de 
Reclamações de Saneamento 
Básico a cada 10 mil economias 
de água. 
3,3 4,444 65,45% 
4521 Índice Médio Anual de 
Reclamações de Gás Canalizado a 
cada 10 mil usuários 
11,8 2,096 182,24% 
4894 Acompanhamento do 
Indicador FEC (frequência 
equivalente de interrupção por 
unidade consumidora) global do 
5,18 3,34 135,52% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
67 
Estado de São Paulo frente aos 
limites estabelecidos pela ANEEL. 
 
4519 Índice Médio Anual de Reclamações de Saneamento Básico a 
cada 10 mil economias de água 
Embora o processo de formulação da meta tenha considerado o 
comportamento histórico do índice, o resultado obtido foi superior à meta 
estabelecida. Lembramos que este indicador de resultado tem a sua 
polaridade negativa, ou seja, quanto menor resultado em comparação a 
meta, melhor sua avaliação. 
Na análise do ano, percebe-se que o resultado superior à meta proposta se 
deveu, principalmente, a doisfatores: a tendência de crescimento 
alavancada pela estiagem nos meses de inverno, que causou 
desabastecimento em vários municípios e a disparidade entre os universos 
de atendimento das prestadoras. 
Ao longo do ano, o número de reclamações seguiu a tendência de 
crescimento e, comparando com o ano anterior, 2024 teve um aumento de 
13,81% no registro das reclamações. Porém, o aumento foi intensificado no 
final do primeiro semestre e início do segundo semestre, principalmente nos 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
68 
meses de julho e agosto, que tiveram crescimento nas reclamações (em 
relação ao mês anterior) na ordem de 27,21% e 21,74%, respectivamente. 
Com isso, a prestadora Sabesp encerrou 2024 com 4,46 reclamações a cada 
10 mil economias de água. Outras prestadoras de serviços de saneamento 
também tiveram um resultado alto, como a Saeg com 3,98 reclamações a 
cada 10 mil economias e a Saneaqua, com 3,55 reclamações a cada 10 mil. 
Lembramos que essas prestadoras atendem a números menores de unidade 
de consumo, porém o cálculo feito para chegar ao total a cada 10 mil 
economias é comum a todas as prestadoras, seja a Sabesp, que atende mais 
de 50% dos municípios do Estado, ou a Saeg e Saneaqua, que atendem a 
52.771 e 19.733 economias, respectivamente. 
4521 Índice Médio Anual de Reclamações de Gás Canalizado a cada 
10 mil usuários 
Embora o processo de formulação da meta tenha considerado o 
comportamento histórico do índice, o resultado obtido foi significativamente 
inferior à meta estabelecida. Lembramos que este indicador de resultado tem 
a sua polaridade negativa, ou seja, quanto menor resultado em comparação 
a meta, melhor sua avaliação. 
O resultado de 2,096 é significantemente inferior à meta proposta, de 11,8, 
porém reflete a diminuição do número de reclamações registradas no SAU-
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
69 
Arsesp em relação ao ano anterior. Em 2023 foram 719 reclamações; em 
2024 foram 593, ou seja, -17,52%. 
O decrescimento dos registros de reclamações no SAU-Arsesp reflete o 
trabalho desenvolvido pelas concessionárias no sentido de resolver os 
problemas em primeiro nível, de maneira que o usuário não tenha que 
recorrer à Agência Reguladora. 
Ao mesmo tempo em que houve a diminuição de registros de reclamações, 
verifica-se, na análise dos dados, que as reclamações referentes a pedidos 
de ligação caíram para 57% do total apurado em 2023 (em 2024 foram 53 
reclamações, contra 93 registradas em 2023). 
Compreende-se que esse resultado foi obtido através de um conjunto de 
ações adotadas pelas concessionárias, assim como pela atuação da Arsesp 
no cumprimento de suas obrigações enquanto órgão regulador. 
4894 Acompanhamento do indicador FEC. 
Inicialmente destaca-se que os indicadores de resultado DEC e FEC, 
apresentados como dezembro, trata-se de dados anualizados e, em razão de 
fechamento de informações perante os agentes, reflete o anualizado de 
jan/24 até dez/24. 
Visando manter a qualidade na prestação do serviço público de distribuição 
de energia elétrica, a ANEEL exige que as concessionárias mantenham um 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
70 
padrão de continuidade e, para tal, edita limites para os indicadores coletivos 
de continuidade, DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade 
Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade 
Consumidora), conforme definido no Módulo 8 dos Procedimentos de 
Distribuição - PRODIST. Os indicadores são apurados pelas distribuidoras e 
enviados periodicamente para verificação da continuidade do serviço 
prestado, representando, respectivamente, o tempo e o número de vezes 
que uma unidade consumidora ficou sem energia elétrica, o que permite a 
avaliação da continuidade da energia oferecida à população. 
A regulação da qualidade relativa à continuidade indica o estabelecimento 
das metas dos indicadores globais e individuais, por meio de agrupamentos 
de todos os conjuntos de unidades consumidoras das Concessões do país, 
em aproximadamente 30 clusters (benchmark setorial). Conjuntos 
pertencentes a uma mesma família buscam refletir homogeneidade quanto 
aos custos associados à qualidade na rede. Assim, metas de qualidade 
coletiva dos conjuntos podem ser as mesmas em várias localidades do país 
– por conjunto – e que agregadas formam a meta coletiva da distribuidora. 
No indicador do Estado de São Paulo, tais metas também são agregadas 
entre as concessões. Assim, o indicador refletido na meta possui 
substancialmente a indicação dos limites exigidos ao país. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
71 
O indicador DEC reflete fortemente a capacidade logística de atender os 
usuários do estado, em média. Ou seja, entende-se que em média cada 
usuário em São Paulo fique, no máximo 6,88 horas/ano sem energia 
considerando os custos associados à qualidade de rede comparáveis a outros 
conjuntos e concessões do próprio estado e do país. Também se verifica a 
quantidade média de interrupções que os usuários estariam sujeitos, que no 
caso de São Paulo seria de, no máximo, 5,18 interrupções/ano. Neste caso, 
a quantidade de ocorrências possui forte correlação com investimentos e 
manutenção em redes. 
Verifica-se que no estado de São Paulo ambos os indicadores tiveram em 
2024 resposta melhor do que a meta, ou seja, os usuários foram atendidos, 
em média, de forma mais eficaz do que o que se objetivou. Nota-se que 
ações de manutenção e investimento tem surtido ótimos efeitos e permitiram 
o cumprimento de 134,94% do indicador FEC, em que pese o indicador de 
DEC de 110,17% também tenha se mostrado positivo. 
Efeitos provocados por intempéries acima ou abaixo da média também 
podem produzir variabilidades anuais em volumes de ocorrências e, 
consequentemente, na maior ou menor capacidade de atendimento e 
redução de ocorrências. De fato, tais efeitos podem reproduzir algumas 
diferenças que resultem em variações positivas ou negativas. No entanto, 
fica evidente que em relação ao que se observa no comparativo com o 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
72 
benchmark setorial, os usuários paulistas estão com a prestação de serviço 
médio da qualidade em níveis desejados e com melhoria em relação ao ano 
anterior, até a data de fechamento. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
73 
10.2. METAS PREVISTAS X RESULTADOS REALIZADOS DOS 
PRODUTOS ATÉ 31/12/2024 
 
Indicadores 
de Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultad
o 2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulad
o até 2024 
 
% 
2057 - Cumprimento de Ações Institucionais e de Relacionamento com 
Usuários (F) 
4566 - 
Percentual de 
reclamações 
encerradas 
no serviço de 
atendimento 
aos usuários 
da Agência 
Reguladora 
de Serviços 
Públicos do 
Estado de 
93,2
% 
93,08% 99,87% 
93,5
% 
93,08% 99,55% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
74 
São Paulo - 
Arsesp (%) 
(LOA) 
4578 - 
Índice de 
realização da 
Agenda 
Regulatória 
da Diretoria 
de Relações 
Institucionais
, publicada e 
consolidada a 
partir de 
consulta 
pública (%) 
(PPA) 
85% 94,2% 
110,82
% 
90% 94,2% 
104,67
% 
Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro 
permitido. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
75 
 
Indicadores 
de Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultado 
2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
% 
2073 - Serviços de Saneamento Básico Regulados e Fiscalizados (F) 
4587 - 
Número de 
relatórios de 
fiscalizações 
emitidos pela 
diretoria de 
regulação e 
fiscalização 
dos Serviços 
de 
saneamento 
básico 
(unidade) 
(Indicador 
LOA) 
620 674 108,71% 2516 674 26,79% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DEATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
76 
4594 - 
Percentual de 
cumprimento 
da Agenda 
Regulatória 
da diretoria 
de 
saneamento 
(%) (PPA) 
85% 94,2% 110,82% 90% 94,2% 104,67% 
Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro 
permitido. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
77 
 
Indicadores de 
Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultado 
2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
% 
2191 - Atividade de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeiras (F) 
4800 - Número 
de relatórios 
emitidos de 
fiscalizações 
realizadas pela 
superintendência 
de fiscalização 
econômico-
financeira e 
contábil (unidade) 
(Indicador LOA) 
70 94 134,29% 295 94 
31,86 
% 
4801 - Índice de 
realização da 
Agenda 
Regulatória da 
diretoria de 
85% 85,3% 100,35% 90% 85,3% 94,78% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
78 
regulação 
econômico-
financeira e 
mercados 
(DREFM) (%) 
(Indicador PPA) 
Justificativa do indicador 4800 - O indicador ficou acima de 130% da 
meta devido a grande quantidade de relatórios finalizados e emitidos de 
fiscalizações de anos anteriores, além de que nesse ano também ocorreram 
fiscalizações, com emissão dos relatórios, que até então não eram 
realizadas pela superintendência de fiscalização econômico-financeira e 
contábil. 
 
Indicadores de 
Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultado 
2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
% 
2206 - Serviços de Distribuição de Gás Canalizado Regulados e Fiscalizados (F) 
 4824 - Número de 
relatórios de 
334 380 113,77% 1.348 380 28,19 % 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
79 
fiscalizações 
emitidos pela 
diretoria de 
regulação e 
fiscalização dos 
serviços de gás 
canalizado 
(unidade) 
(Indicador PPA) 
4825 - Índice de 
realização da 
Agenda Regulatória 
da diretoria de gás 
canalizado (%) 
(Indicador LOA) 
90% 98,2% 109,11% 91% 98,2% 107,91% 
Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro permitido 
 
Indicadores de 
Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultado 
2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
80 
2224 - Serviços Delegados Atribuídos pela Lei 17.293/2020 Regulados e 
Fiscalizados (F) 
4865 - Número de 
relatórios e ou, outros 
documentos emitidos 
relatando as atividades 
realizadas sobre os 
outros serviços 
delegados pelo poder 
executivo. (unidade) 
(Indicador LOA) 
1 8 800% 11 8 72,72% 
4868 - Número de 
novos serviços 
delegados atribuídos à 
Arsesp (unidade) 
(Indicador PPA) 
1 4 400% 
Indicador foi substituído a 
partir do exercício de 2025. 
Justificativas: 
Indicador: 4865 - Número de relatórios e ou, outros documentos emitidos 
relatando as atividades realizadas sobre os outros serviços delegados pelo 
poder executivo: 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
81 
Na elaboração do Plano Plurianual do período 2024 a 2027, as metas foram 
definitas de forma simbólica, adotando 1 relatório de fiscalização para cada 
exercício, totalizando 4 no final do ciclo PPA, por ser tratar de uma atividade 
nova na Arsesp. 
Em 2024 foi revista a meta para exercício de 2025, de 1 relatório de 
fiscalização para 8 relatórios de fiscalização. 
Indicador: 486 - Número de novos serviços delegados atribuídos à Arsesp: 
Este indicador será descontinuado a partir do exercício de 2025, por não ser 
possível ter controle pleno para desprender medidas e esforços para o 
atingimento real do indicador. 
Assim, substituímos para: IRC-PE: Indicador de Resolução de constatações 
passíveis de regularização verificadas em fiscalização – Parques Estaduais. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
82 
 
Indicadores de 
Produto 
Meta 
Anual 
2024 
Resultado 
2024 
 
% 
Meta 
Final 
do 
PPA 
Resultado 
Acumulado 
até 2024 
 
% 
2273 - Serviços de Energia Elétrica Fiscalizadas no Âmbito do Convênio com a 
Aneel (F) 
4914 - Percentual 
de cumprimento 
dos produtos 
demandados 
conforme contratos 
de metas 
celebrados 
anualmente com a 
Aneel. (%) 
(Indicador LOA) 
90% 100% 111,11% 90% 100% 111,11% 
4919 - Nota de 
qualidade dos 
produtos entregues 
à Aneel pela 
superintendência 
90% 100% 111,11% 90% 100% 111,11% 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
83 
de assuntos 
energéticos. 
(unidade) 
(Indicador PPA) 
Não há justificativas, resultado dos Indicadores de 2024 dentro do parâmetro 
permitido. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
84 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao encerrar o presente Relatório Anual de Atividades de 2024, a ARSESP 
consolida seu compromisso em oferecer uma regulação efetiva, transparente 
e pautada por resultados mensuráveis na melhoria contínua dos serviços 
públicos delegados em todo o Estado. 
Neste ano, cada Diretoria desempenhou funções cruciais, destacando-se na 
adoção de processos de controle mais eficientes, na aplicação de métodos 
de monitoramento baseados em dados confiáveis. 
O fortalecimento do diálogo com as concessionárias, permissionárias, 
prefeituras e demais atores setoriais constituiu elemento essencial para a 
consolidação de um ambiente regulatório transparente, participativo e 
orientado aos resultados. Nesse contexto, iniciativas como a modernização 
de processos normativos (conclusão de 22 projetos da Agenda Regulatória), 
a capacitação continuada do corpo técnico e o aperfeiçoamento dos canais 
de atendimento (recebimento e tratamento de cerca de 6.400 reclamações 
dos usuários dos serviços), contribuíram para este fortalecimento. 
Além disso, a intensificação das ações de fiscalização (emissão de mais de 
1.300 relatórios de fiscalização), aliada ao uso de tecnologias e ferramentas 
analíticas, confere maior precisão à avaliação de indicadores e ao 
cumprimento das metas contratuais. 
Diante das transformações e dos desafios que se apresentam, a ARSESP 
seguirá promovendo práticas ainda mais modernas de regulação, 
estimulando a inovação, o intercâmbio de conhecimento e o respeito aos 
princípios de sustentabilidade econômica e ambiental. Assim, consolida-se o 
compromisso de garantir serviços públicos delegados que atendam aos mais 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
85 
elevados padrões de eficiência e responsabilidade social, contribuindo para o 
desenvolvimento socioeconômico e para a melhoria da qualidade de vida. 
Para os próximos anos a Arsesp pretende expandir o uso de tecnologias 
avançadas, aumentar seu corpo técnico e ampliar as iniciativas de 
capacitação, aumentando ainda mais o compromisso com a transparência 
para atender a ampliação dos serviços delegados pelo poder concedente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
86 
12. GLOSSÁRIO DE SIGLAS – ARSESP 
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica 
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico 
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 
Arsesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São 
Paulo 
AP – Audiência Pública 
CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina 
CEMMIL – Consórcio Intermunicipal "CEMMIL" para o Desenvolvimento 
Sustentável 
CGE – Controladoria Geral do Estado 
CICC-SP – Centro Integrado de Comando e Controle de São Paulo 
CIRSOP – Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste 
Paulista 
CND – Certidão Negativa de Débitos 
CP – Consulta Pública 
CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz 
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito 
CUSD – Contrato de Uso do Sistema de Distribuição 
DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora 
DEF – Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados 
DIT – Demais Instalaçõesde Transmissão 
EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto 
Ambiental 
EPE – Empresa de Pesquisa Energética 
ESPRO – Escritório de Projetos da Arsesp 
FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora 
FGV – Fundação Getulio Vargas 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
87 
GT-SP – Grupo de Trabalho do Estado de São Paulo 
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas 
ISH – Índice de Segurança Hídrica 
LAI – Lei de Acesso à Informação 
LOA – Lei Orçamentária Anual 
MMA – Ministério do Meio Ambiente 
MP – Ministério Público 
MPE – Ministério Público Estadual 
MPF – Ministério Público Federal 
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico 
OS – Ordem de Serviço 
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento 
P0 – Parcela de Recuperação de Investimentos (usado na revisão 
tarifária) 
PPA – Plano Plurianual 
PMBOK® – Project Management Body of Knowledge (Guia do 
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos) 
PSA – Pagamento por Serviços Ambientais 
PEE – Programa de Eficiência Energética 
PRODIST – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica 
RMSP – Região Metropolitana de São Paulo 
RTO – Revisão Tarifária Ordinária 
RSU – Resíduos Sólidos Urbanos 
SAE – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística 
SAFI – Sistema de Apoio à Fiscalização 
SAU – Serviço de Atendimento ao Usuário 
SEI – Sistema Eletrônico de Informações 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
88 
SEMIL – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística 
SMRSU – Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos 
SP – São Paulo 
TCE – Tribunal de Contas do Estado 
TRCF – Taxa de Regulação, Controle e Fiscalização 
TUI – Termo de Utilização de Interconexão 
UGI – Unidade de Gestão da Integridade 
URAE – Unidade Regional de Apoio à Estruturação 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE COMUNICAÇÃO 
Relatório da Primeira Rodada 
de Avaliação do Conselho 
de Usuários 
 
Dúvidas ou reclamações sobre os serviços de 
energia elétrica, gás canalizado e saneamento 
básico? 
Para reclamações, ligue primeiro para a 
concessionária que atua em sua cidade. 
Caso a situação não seja resolvida ou 
você não fique satisfeito, ligue para Arsesp. 
Serviço de Atendimento ao Usuário 
(SAU) Energia elétrica – 0800 72 70167 
Gás canalizado – 0800 77 004 27 
Saneamento – 0800 77 168 83 
Ou escreva para Arsesp@sp.gov.br 
Ouvidoria – 0800 770 6884 
 https://fala.sp.gov.br/ 
 
Canal Exclusivo para Prefeitos: 
whatsapp 11 96919-4920 
convenios@arsesp.sp.gov.br 
 
Rua Cristiano Viana, 428 - CEP 05411-902 | 
São Paulo – SP 
 
PABX: (11)3204-2100 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
 
 1 
SEÇÃO 2 – Indústria Nacional do Petróleo e do Gás Natural 
 
Exploração e Produção 
 
2.1 Blocos na Fase de Exploração e Campos em Desenvolvimento e em Produção sob Contrato 
2.2 Atividades Exploratórias e Explotatórias 
2.3 Reservas 
2.4 Produção 
2.5 Ações de Fiscalização e Comunicação de Incidentes nas Atividades de Exploração e 
Produção 
2.6 Participações Governamentais e de Terceiros 
2.7 Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Formação de Recursos Humanos 
2.8 Preços de Referência do Petróleo e do Gás Natural 
 
Refino e Processamento 
 
2.9 Refino de Petróleo 
2.10 Processamento de Gás Natural 
2.11 Produção de Derivados de Petróleo 
2.12 Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo 
 
Industrialização do Xisto 
 
2.13 Industrialização do Xisto 
 
Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural 
 
2.14 Terminais 
2.15 Dutos 
 
Comércio Exterior 
 
2.16 Importação e Exportação de Petróleo 
2.17 Importação e Exportação de Derivados de Petróleo 
2.18 Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados 
2.19 Importação e Exportação de Gás Natural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
O desempenho da indústria de petróleo e gás natural no Brasil em 2024 é retratado nesta seção, 
com foco em cinco temas: Exploração e Produção; Refino e Processamento; 
Industrialização do Xisto; Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás 
Natural; e Comércio Exterior. 
 
O tema Exploração e Produção traz um panorama do segmento upstream em oito capítulos. O 
primeiro capítulo mostra a situação vigente, em 31 de dezembro de 2024, das áreas concedidas 
pela ANP para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. 
 
O segundo apresenta dados sobre atividade sísmica, perfuração de poços e métodos potenciais. 
O terceiro contempla a evolução das reservas brasileiras, totais e provadas, de petróleo e gás 
natural. O quarto capítulo aborda o desempenho das atividades de produção nacional de 
hidrocarbonetos. O quinto capítulo apresenta as ações de fiscalização e comunicação de 
incidentes nas atividades de exploração e produção. 
 
Em seguida, o sexto capítulo divulga os montantes das participações governamentais (royalties, 
participação especial, proprietários de terra) pagas pelas empresas que produzem petróleo e gás 
natural no território brasileiro. O sétimo capítulo apresenta as informações relativas ao volume 
de recursos destinados à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação e à formação de recursos 
humanos. 
 
Finalmente, o oitavo capítulo registra os preços médios de petróleo e gás natural, que toma como 
base os preços de referência utilizados no cálculo das participações governamentais. 
 
O segundo tema desta seção, Refino e Processamento, está estruturado em quatro capítulos: 
Refino de Petróleo; Processamento de Gás Natural; Produção de Derivados de Petróleo; 
Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo. Os dois primeiros 
capítulos abordam, respectivamente, a infraestrutura do parque de refino de petróleo e das 
unidades de processamento de gás natural no Brasil. O terceiro capítulo apresenta a evolução 
da produção nacional de derivados e o quarto compila dados sobre os preços médios praticados 
pelos produtores e importadores. 
 
O tema Industrialização do Xisto traz uma síntese das atividades relacionadas ao xisto 
betuminoso que têm interface com a indústria nacional do petróleo. 
 
O tópico Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural é apresentado 
em dois capítulos: Terminais e Dutos, ambos com informações sobre a infraestrutura para 
transporte e transferência de hidrocarbonetos e etanol disponível no país. 
 
O último tema da segunda seção, Comércio Exterior, compreende quatro capítulos: 
Importação e Exportação de Petróleo; Importação e Exportação de Derivados de Petróleo; 
Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados; Importação e Exportação de Gás Natural. 
São apresentados os volumes de petróleo, de seus derivados e de gás natural transacionados 
internacionalmente e os montantes financeiros envolvidos, além da evolução do superávit 
externo do Brasil em relação ao petróleo e seus derivados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exploração e Produção 
 
2.1. Blocos na Fase de Exploração e Campos em Desenvolvimento e em Produção sob 
Contrato 
 
A ANP tem como uma das principais atribuições a promoção de rodadas para licitar blocos e 
áreas de petróleo e gás natural. As rodadas de licitações são leilões por meio dos quais a União 
concede o direito de explorar e produzir petróleo e gás natural no Brasil. 
 
Desde 1999, foram realizadas diversas rodadas de blocos exploratórios e de campos maduros 
sob o regime de concessão; do pré-sal, sob o regime de partilha de produção; ciclos de Oferta 
Permanente, tanto sob o regime de concessão e quanto sob o regime de partilha; além de 
rodadas de Volumes Excedentes da Cessão Onerosa, também sob o regime de partilha. 
 
Mais de 100 empresas, nacionais e estrangeiras, de diferentes portes, já participaram dos 
certames. Atualmente, a maior parte da produção brasileira é proveniente de blocos licitados nas 
rodadas da ANP. 
 
Após a licitação dos blocos e áreas, são assinados os contratosde exploração e produção de 
petróleo e gás natural, que costumam ter duas fases. A primeira é a fase de exploração. Ela 
serve para descobrir e avaliar reservas de petróleo e gás natural. A segunda fase é a de 
produção. É nessa etapa que o petróleo ou o gás encontrado passa a ser extraído e 
comercializado. 
 
No final de 2024, 769 áreas estavam sob contrato: 420 blocos na fase de exploração, 47 campos 
em desenvolvimento da produção e 302 campos na etapa de produção. 
 
Dos 420 blocos em fase de exploração, 142 se localizavam em mar e 278 em terra. Dos 238 
blocos contratados sob o regime de concessão, três foram concedidos na Terceira Rodada; um 
na Quarta; sete na Sexta; oito na Sétima; cinco na Nona; dois na 10ª; 29 na 11ª; oito na 12ª; 9 
na 13ª; 22 na 14ª; 17 na 15ª; seis na 16ª; e cinco na 17ª. Ainda sob o regime de concessão, nos 
ciclos de Oferta Permanente, 33 blocos foram concedidos no 1º Ciclo, 17 no 2º Ciclo, 58 no 3º. 
e 181 no 4º. Dos blocos contratados sob o regime de partilha de produção havia 13 blocos: um 
licitado na Primeira Rodada; um na Segunda; um na Terceira; um na Quarta; três na Quinta; e 
um na Sexta. Ainda sob o regime de partilha, nos ciclos de Oferta Permanente, quatro blocos 
foram contratados no 1º Ciclo e um no 2º. 
 
Em 2024, dos 420 blocos exploratórios sob contrato, a Petrobras tinha participação em 63, dos 
quais 17 eram contratos exclusivos e os outros 46 em consórcio com outras empresas. A Shell 
Brasil tinha 57 blocos marítimos sob contrato de exploração, dos quais quatro exclusivos e os 
outros 53 em consórcio com outras empresas. Destaca-se também a Elysian Petroleum com 122 
blocos terrestres e a Petro-Victory, com 34 blocos terrestres sob contrato, todos exclusivos. A 
Imetame possuía 23 blocos terrestres sob contrato, sendo cinco exclusivos. A Eneva possuía o 
contrato de exploração de 22 blocos terrestres, sendo 18 exclusivos e a Origem 18 contrato de 
exploração de 22 blocos terrestres, todos exclusivos. Dentre as contratadas que atuam como 
operadoras de consórcios estão: Petrobras (44 blocos), Shell (19), Imetame (18) e ExxonMobil 
(14). 
 
Ao longo de 2024, foram iniciados seis Planos de Avaliação de Descobertas (PADs) e foram 
recebidas dez Declarações de Comercialidade referentes a contratos na fase de exploração, 
sendo nove efetivadas no ano de 2024 (Áreas de Desenvolvimento de Água Real, Caboclinho 
 4 
Branco, Espadim, Manjuba, Muriqui, Raia Manta, Raia Pintada, Tucano Grande e Tucano Grande 
Sul) e uma outra cuja efetivação ainda dependia da aprovação do Relatório Final de Avaliação 
de Descoberta pela ANP no final de 2024 (Área de Desenvolvimento de Batuíra). Foram seis 
Declarações de Comercialidade em ambiente terrestre e quatro em ambiente marítimo. Em 2024, 
a fase de exploração foi encerrada para 48 blocos, 46 sob o regime de concessão e dois sob o 
regime de partilha da produção. Desse total, 42 eram blocos sob contrato em ambiente marítimo 
e seis em ambiente terrestre. 
 
Dos 47 campos na etapa de desenvolvimento, 23 eram marítimos e 24 terrestres. Desse total, 
10 campos estavam sob contrato exclusivo da Petrobras e outros quatro em consórcio com 
outras empresas em diferentes bacias. A Eneva possuía o contrato exclusivo de sete campos 
terrestres na bacia do Parnaíba. A Equinor Brasil tinha quatro contratos em consórcio com outras 
empresas nas bacias de Campos e Santos. A Imetame tinha o contrato exclusivo de três campos 
terrestres nas bacias do Espírito Santo e Recôncavo. A Petrogal possuía três contratos em 
consórcio com outras empresas na bacia de Santos. A IBV Brasil possuía três campos em 
consórcio nas bacias de Campos e Sergipe. 
 
As empresas Brasil Refinarias, Karoon e Petro-Victory também tinham dois contratos exclusivos 
nas bacias do Potiguar, Recôncavo e Santos. A ExxonMobil Brasil e Repsol Sinopec possuíam 
dois contratos em consórcio nas bacias de Campos e Santos. Outras empresas que possuem 
contratos, consorciadas ou não, são: 3R Petroleum Offshore, Aguila, BW Maromba, Capixaba 
Energia, Mandacaru Energia, Níon Energia, ONGC Campos, Origem, Perícia, Petro Rio Jaguar, 
Petro-Victory, Potiguar E&P e Recôncavo Energia possuíam contratos, consorciados ou não, nas 
bacias Camamu, Campos, Espírito Santo, Potiguar e Sergipe. 
 
Com relação aos 302 campos em fase de produção – dos quais 75 em mar e 227 em terra – a 
Petrobras era a única contratada em 46 e operadora do consórcio de outros 17 campos. Além 
disso, a Potiguar E&P era a única contratada de 27 campos terrestres e tinha participação em 
outros dois, todos na Bacia Potiguar. A 3R Potiguar possuía 21 campos na Bacia Potiguar. A 3R 
Bahia era a única contratada de 13 campos terrestres e tinha participação em um, todos na Bacia 
do Recôncavo. A PetroRecôncavo possuía 100% dos contratos de 11 campos na Bacia do 
Recôncavo. A Trident Energy possuía 100% dos contratos de 9 campos na Bacia do Campos. A 
Seacrest SPE Cricaré possuía 100% dos contratos de 10 campos na Bacia do Espírito Santo. 
 
Em 2024, foram declarados comerciais os campos de Águia Real e Batuíra, operados pela 
Capixaba Energia; Espadim e Manjuba, operados pela Petrobras; Piaçabuçu, operado pela 
Perícia; Lagoa Parda Sul, Tucano Grande e Tucano Grande Sul, operados pela Imetame; Raia 
Manta e Raia Pintada, operados pela Equinor Energy; Camaçari e Rio Joanes, operados pela 
Creative Energy; e Fazenda Sori, operado pela Brasil Refinarias. Em 2024, iniciaram a produção 
os campos terrestres de Araçás Leste, operado pela Brasil Refinarias; Cardeal Amarelo, operado 
pela Recôncavo Energia; e Gavião Tesoura, operado pela Eneva. 
 
Foi iniciada produção das unidades marítimas FPSO Almirante Barroso, que recebe produção 
dos campos de Itapu e Itapu ECO; FPSO Anna Nery, que recebe produção dos campos de 
Marlim e Marlim Sul; FPSO Anita Garibaldi, que recebe produção dos campos de Espadim, 
Marlim, Marlim Sul e Voador; e FPSO Sepetiba que recebe produção dos campos de Mero e 
AnC_Mero. 
 
Quadro 2.1 
Quadro 2.2 
Quadro 2.3 
 
 
2.2. Atividades Exploratórias e Explotatórias 
 
A promoção de estudos geológicos é uma das atribuições legais da ANP. O conhecimento 
geológico sobre as bacias sedimentares brasileiras é fundamental para a expansão contínua da 
atividade exploratória da indústria do petróleo e do gás natural. A ampliação do potencial 
petrolífero gera emprego e renda, fortalece a economia nacional, impulsiona as economias locais 
e garante receitas para a União, que é a proprietária exclusiva das riquezas minerais. 
 5 
A atividade exploratória inclui a aquisição de dados por meio de pesquisas nas bacias 
sedimentares realizadas tanto por concessionários quanto por empresas de aquisição de dados 
(EAD). Além destes, há os dados de fomento, que são os adquiridos pela ANP, seja por meio de 
empresa contratada ou instituição conveniada e aqueles obtidos por instituição acadêmica. 
Esses dados podem ser sísmicos – adquiridos com a utilização de métodos geofísicos de 
reflexão e/ou refração de ondas – ou não sísmicos, também chamados potenciais, tais como os 
obtidos por métodos gravimétricos e magnetométricos. 
 
Dados exclusivos são aqueles adquiridos por concessionários nos limites de sua área de 
concessão, por intermédio de EAD ou por meios próprios. E dados não exclusivos são os obtidos 
por EAD em área que seja ou não objeto de contrato de concessão, mediante autorização da 
ANP. 
 
Em 2024, não houve aquisição de nenhum tipo de dados sísmicos 2D. Por meio da sísmica 3D, 
houve aquisição de 681 km² em dados exclusivos, com decréscimo de 23,7% com relação a 
2023, e de 31,7 mil km² de dados não exclusivos, resultando em uma alta de 27,4%. Nos dados 
exclusivos houve ainda a aquisição de 478 km² de sísmica 4D/4C. 
 
A gravimetria usa informações do campo de gravidade terrestre para investigar a distribuição de 
densidades no subsolo. A partir de medidas da aceleração, é possível verificar, via métodos de 
modelagem direta ou inversão geofísica, a distribuição de densidades que expliqueo acúmulo 
de hidrocarbonetos. 
 
Já a magnetometria é uma técnica que utiliza a informação do campo magnético terrestre para 
a investigação das estruturas em subsuperfície. Ela é importante na determinação de parâmetros 
regionais de profundidade média de fontes magnéticas para modelagem de bacias sedimentares. 
 
 
Em 2024, houve aquisição de 7.634 km de dados exclusivos. tanto com gravimetria quanto com 
magnetometria Não houve aquisição de dados nem com gravimetria (km²) nem com a 
magnetometria (km²). 
 
No que se refere aos dados não exclusivos, foram adquiridos153 km com magnetometria (km), 
e 12.446 km² com gravimetria (km²) 
 
Com relação aos dados de fomento, não houve aquisição em 2024. 
 
Tabela 2.1 
 
Em 2024, foram perfurados 266 poços, sendo 180 em terra (67,7% do total, com aumento de 
39,5% em relação ao ano anterior) e 86 no mar (quantidade 2,3% inferior à registrada em 2023). 
O número total de poços perfurados registrou aumento de 22,6% em comparação a 2023. A 
maioria eram explotatórios: 242, correspondendo a 91% do total. Foram perfurados ainda 15 
poços exploratórios (5,6% do total) e nove poços especiais. Em 2024, foram realizadas três 
descobertas em mar e uma em terra (ver nota 2 da Tabela 2.2). 
 
Tabela 2.2 
 
 
2.3. Reservas 
 
No fim de 2024, as reservas totais de petróleo do Brasil foram contabilizadas em 
aproximadamente 29,2 bilhões de barris, volume 6% maior do que o registrado em 2023, sendo 
804,2 milhões em terra e quase 28,4 bilhões em mar. Por sua vez, as reservas provadas 
totalizaram 16,8 bilhões de barris, com alta de 6% em relação a 2023, das quais 556,4 milhões 
de barris em terra e cerca de 16,3 bilhões em mar. 
 
As reservas provadas são aquelas que, com base na análise de dados geológicos e de 
engenharia, se estimam recuperar comercialmente de reservatórios descobertos e avaliados, 
com elevado grau de certeza, e cuja estimativa considere as condições econômicas vigentes, os 
 6 
métodos operacionais usualmente viáveis e os regulamentos locais instituídos pela legislação 
petrolífera e tributária. Já as reservas totais representam a soma das reservas provadas, 
prováveis e possíveis. 
 
Dentre os estados com maiores volumes de reservas provadas de petróleo encontram-se Rio de 
Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, que representam, respectivamente, 87,3%, 6,1% e 3,5% 
das reservas. No Rio de Janeiro, o volume de reservas provadas teve aumento de 7,7%, 
totalizando 14,7 bilhões de barris. Já São Paulo, registrou queda de 6,7% no volume de reservas, 
que ficou em 1 bilhão de barris. No Espírito Santo, houve aumento de 14,1% nas reservas 
localizadas em terra e queda de 14,5% nas situadas em mar, totalizando 42,5 milhões e 546,6 
milhões de barris, respectivamente. 
 
Em 2024, o Brasil ocupou a 15ª posição no ranking mundial de países com as maiores reservas 
provadas de petróleo. 
 
Tabela 1.1 
Tabela 2.3 
Tabela 2.4 
 
Gráfico 2.1 
Gráfico 2.2 
 
As reservas totais de gás natural aumentaram – em 5,1% na comparação anual – e somaram 
740,5 bilhões de m³ em 2024. 
 
As reservas provadas de gás natural também tiveram acréscimo em 2024, de 5,6% no total, 
somando 546 bilhões de m³. As reservas em terra apresentaram aumento de 4,1%, atingindo 
quase 104,7 bilhões de m³. Já as reservas em mar subiram em 6%, totalizando 441,4 bilhões de 
m³. 
 
O Rio de Janeiro segue sendo o estado detentor do maior volume de reservas provadas de gás 
natural, que alcançaram 400,5 bilhões de m³ em 2024, 73,3% do total das reservas nacionais. 
 
Em 2024, o Brasil ocupou a 28ª colocação no ranking das maiores reservas provadas de gás 
natural do mundo. 
 
Tabela 2.5 
Tabela 2.6 
 
Gráfico 2.3 
Gráfico 2.4 
 
2.4. Produção 
 
Em 2024, a produção nacional de petróleo apresentou queda de 1% na comparação anual, 
atingindo pouco mais de 1,2 bilhão de barris (média de 3,4 milhões de barris por dia). 
 y 
A produção de petróleo no pré-sal, em compensação, aumentou 2%, atingindo 967,9 milhões de 
barris em 2024. Isso significa, na média, uma produção de 2,6 milhões de barris/dia. O pré-sal 
representou 78,8% da produção nacional total. 
 
Considerando a produção mar x terra, a produção offshore correspondeu a 97,5% do total. 
 
Por localização, o Rio de Janeiro manteve a liderança da produção de petróleo nacional, sendo 
responsável por 87% da produção total, com média de 2,9 milhões de barris/dia em 2024. 
 
O estado de São Paulo foi o segundo maior produtor, com 202,4 mil barris/dia de produção média 
em 2024. O estado do Espírito Santo foi o terceiro maior produtor, com média de 154,9 mil 
barris/dia. 
 
 7 
Em 2024, havia 7.839 poços produtores de petróleo e gás natural no Brasil, dos quais 7.235 em 
terra e 604 no mar. 
 
Em 2024, 78 diferentes correntes produziram petróleo no Brasil. O petróleo brasileiro teve uma 
densidade média de 27,9 graus API e teor de enxofre de 0,4%. 
 
A relação reserva/produção (R/P) de petróleo aumentou de 12,8 anos, em 2023, para 13,7 anos, 
em 2024, em função do expressivo crescimento das reservas provadas. 
 
O Brasil ficou na 9ª colocação do ranking mundial de produtores de petróleo, em 2024. 
 
A produção de líquido de gás natural (LGN) foi de 27,7 milhões de barris, 5,2% menor que a de 
2023. O Estado de São Paulo se manteve, pelo nono ano consecutivo, como o maior produtor 
nacional, com 13,9 milhões de barris, apesar de ter registrado queda de 6,1%. O Estado do Rio 
de Janeiro foi o segundo maior estado produtor, com 5,5 milhões de barris, após alta de 13,2% 
em relação ao ano anterior. Os dois maiores estados produtores representaram 70,4% da 
produção nacional em 2024. Os Estados do Amazonas e do Espírito Santo, com 4,8 e 2,4 milhões 
de barris, respectivamente, também apresentaram produção relevante de LGN no ano. 
 
Em 2024, a Petrobras manteve-se como a concessionária que mais produziu petróleo e gás 
natural: 63,1% e 64,8% de participação no total, respectivamente. Como operadora, a produção 
da Petrobras representou 88,4% do total nacional de petróleo e 91% do total de gás natural. 
 
Tabela 2.7 
Tabela 2.8 
Tabela 2.9 
Tabela 2.10 
Tabela 2.11 
Tabela 2.12 
 
Gráfico 2.5 
Gráfico 2.6 
Gráfico 2.7 
 
A produção de gás natural nacional manteve crescimento pelo 14º ano consecutivo, com 
aumento de 2,5% em relação a 2023, totalizando 56,1 bilhões de m³ em 2024. Na década 2015-
2024, a produção nacional de gás natural apresentou crescimento médio de 5,3% ao ano e 
acumulado de 59,6%. 
 
Dos campos em mar vieram 84,8% do gás natural produzido no Brasil, totalizando 47,5 bilhões 
de m³Já a produção em terra chegou a 8,5 bilhões de m³. 
 
Por estados, o Rio de Janeiro foi o maior produtor de gás natural em 2024: 41,8 bilhões, o 
equivalente a 74,5% da produção nacional total e 87,9% da produção total em mar. 
 
O estado do Amazonas foi segundo maior produtor nacional e o maior produtor em terra (61,1% 
do total produzido em terra), com produção de pouco mais de 5,2 bilhões de m³ em 2024 ou 
9,3% do total nacional. 
 
O estado de São Paulo foi o terceiro maior produtor nacional, com 7,5% da produção total, o 
equivalente a 4,2 bilhões de m³. 
 
A produção de gás natural no pré-sal teve crescimento de 5,3% em 2024, atingindo 43 bilhões 
de m³ e representando 76,7% da produção total. 
 
A relação reserva/produção (R/P) de gás natural aumentou de 9,5 anos, em 2023, para 9,7 anos, 
em 2024. 
 
Em 2024, o Brasil estava na 30ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural. Para 
o cálculo da posição brasileira, foram descontados da produção os volumes de queimas, perdas 
 8 
e reinjeção, no intuito de possibilitar a comparação com os dados mundiais publicados pelo 
Energy Institute (vide Tabela 1.7). 
 
Tabela 2.13 
 
Gráfico 2.7 
 
Gráfico 2.8 
 
Do total de gás natural produzido em 2024, o gás associado representou 50,5 bilhões de m³, o 
equivalente a 90% do volume produzido, 3,2% maior em relação a 2023. O Rio de Janeiro 
continuou liderando a produção, com 41,8 bilhões de m³ (82,7% do total de gás associado 
produzido,após alta de 5,7%). 
 
A produção de gás não associado foi de pouco mais de 5,6 bilhões de m³ em 2024. Amazonas, 
Maranhão e São Paulo foram os estados com maior produção deste tipo de gás: respectivamente 
1,8 bilhão de m³ (32,2% do total de gás não associado1,4 bilhão de m³ (25,2% do total de gás 
não associado) e 1,2 bilhão de m³ (21,5% do total de gás não associado). 
 
Em 2024, 2,8% da produção total foi queimada ou perdida, e 54,3%, reinjetada. Em comparação 
a 2023, o volume de queimas e perdas teve aumento de 12,6% e o de reinjeção cresceu 5,9%. 
O aproveitamento do gás natural produzido alcançou 42,9% em 2024. 
 
Tabela 2.14 
Tabela 2.15 
Tabela 2.16 
 
 
2.5. Ações de Fiscalização e Comunicação de Incidentes nas Atividades de Exploração e 
Produção 
 
A fiscalização de segurança operacional das atividades de exploração e produção (E&P) no 
Brasil possui caráter preventivo e é executada por meio de auditorias que avaliam – de acordo 
com o procedimento da Resolução ANP nº 851/2023 – a eficácia do sistema de gestão da 
segurança operacional com base nos respectivos regulamentos técnicos afetos às instalações e 
ambientes nos quais se inserem. 
 
Em 2024, foram realizadas 35 ações de fiscalização de segurança operacional das atividades de 
E&P (24 offshore e 13 onshore). Os desvios em relação aos requisitos dos regulamentos técnicos 
são registrados como não conformidades, podendo resultar em autuações ou interdições. Não 
conformidades críticas são lavradas devido a situações de risco grave e iminente e resultam na 
interdição total ou parcial da instalação ou unidade operacional auditada. Como resultado das 
ações, houve 150 autuações e 23 interdições. 
 
A comunicação à ANP de incidentes ocorridos em instalações de operadores de contrato de 
exploração e produção de petróleo e gás natural deve ser feita de acordo com a Resolução ANP 
nº 882/2024. Em 2024, foram comunicados 2.690 incidentes, sendo 121 graves, 478 moderados 
e 2.091 leves. 
 
A investigação de incidentes realizada pela ANP tem o intuito de esclarecer o(s) fator(es) 
causal(is) e a(s) causa(s) raiz(es) do incidente; avaliar as medidas mitigadoras adotadas pelo 
agente regulado e apresentar recomendações, quando necessário; apresentar ações 
complementares a serem tomadas tanto pelo agente regulado quanto pela ANP para evitar a 
recorrência do incidente e/ou aprimorar a segurança operacional; verificar a aderência das 
operações à regulamentação aplicável; tornar públicas as informações relacionadas ao incidente 
e os resultados da investigação realizada pela Agência, quando esta julgar que tal informação 
possa contribuir para o incremento da segurança operacional de outros agentes regulados, 
ressalvadas as informações classificadas como reservadas, de acordo com a legislação 
aplicável. 
 
 9 
 
Tabela 2.17 
Tabela 2.18 
 
 
2.6. Participações Governamentais e de Terceiros 
 
A Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petróleo) estabeleceu as participações governamentais a serem 
pagas pelos concessionários de exploração e produção de petróleo e gás natural: bônus de 
assinatura, royalties, participação especial e pagamento pela ocupação ou retenção de área. 
Destes quatro, somente os royalties já existiam antes da Lei nº 9.478/1997, porém em percentual 
inferior. 
 
Os royalties são uma compensação financeira devida à União, aos estados, ao Distrito Federal 
e aos municípios beneficiários pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território 
brasileiro: uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos não renováveis. Os 
royalties incidem sobre o valor da produção do campo e são recolhidos mensalmente pelas 
empresas contratadas até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. 
 
Em 2024, foram arrecadados R$ 58,2 bilhões em royalties, valor 8,5% acima do registrado em 
2023. Desse montante, 26,7% destinaram-se aos estados produtores ou confrontantes; 33,8% 
aos municípios produtores ou confrontantes; 30,8% à União, divididos entre Comando da 
Marinha (2,5%), Ministério da Ciência e Tecnologia (1,7%), Fundo Social (8,6%) e 18% à 
Educação e Saúde. Outros 8,4% foram destinados ao Fundo Especial dos estados e municípios. 
Ao estado do Rio de Janeiro, maior produtor nacional de petróleo e gás natural, juntamente com 
seus municípios, destinaram-se 47,8% do total arrecadado no País a título de royalties. 
 
Tabela 2.19 
 
 
A participação especial é uma compensação financeira extraordinária devida pelos 
concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural para campos de grande 
volume de produção. 
 
Para apuração da participação especial sobre a produção de petróleo e de gás natural, alíquotas 
progressivas – que variam de acordo com a localização da lavra, o número de anos de produção 
e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada – são aplicadas sobre a receita líquida 
da produção trimestral de cada campo, consideradas as deduções previstas no § 1º do artigo 50 
da Lei nº 9.478/1997 (royalties, investimentos na exploração, custos operacionais, depreciação 
e tributos). 
 
A destinação dos recursos da participação especial é realizada em função de quatro tipos de 
distribuições existentes na legislação: 
 
(1) Para recursos provenientes de campos terrestres, 50% são repassados à União, 40% aos 
estados produtores e 10% aos municípios produtores, conforme determinado pelo artigo 50 da 
Lei 9.478/97; 
 
(2) Para recursos provenientes de campos com declaração de comercialidade anterior a 3 de 
dezembro de 2012, produção realizada pré-sal e localizados na área definida pelo inciso IV do 
artigo 2º da Lei 12.351/10 (DARF 3037), 50% destes recursos são destinados ao Fundo Social 
previsto na mesma lei, 40% aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer 
a produção e 10% aos municípios confrontantes; 
 
(3) Para recursos provenientes de campos marítimos, exceto pré-sal, e cujas declarações de 
comercialidade tenham ocorrido antes de 3 de dezembro de 2012, 50% são repassados à União, 
40% aos estados confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a produção e 10% 
aos municípios confrontantes, conforme determinado no artigo 50 da Lei 9.478/97; e 
 
 10 
(4) Para recursos provenientes de campos marítimos com declaração de comercialidade 
posterior a 3 de dezembro de 2012 (DARF 3990), 50% são repassados à União, 40% aos estados 
confrontantes com a plataforma continental onde ocorrer a produção e 10% aos municípios 
confrontantes, conforme determinado pela Lei 12.858/13. 
 
Em 2024, a distribuição da participação especial foi 5% inferior à de 2023, atingindo R$ 39,8 
bilhões. Desse valor, conforme definido pela lei, R$ 14,7 bilhões foram destinados aos estados 
produtores ou confrontantes; R$ 3,6 bilhões aos municípios produtores ou confrontantes; R$ 
864,7 milhões ao Ministério de Minas e Energia; R$ 216,2 milhões ao Ministério do Meio 
Ambiente; e R$ 16,7 bilhões ao Fundo Social. Além disso, R$ 441,7 milhões foram destinados à 
Educação e R$ 147,2 milhões à Saúde. 
 
Os principais estados beneficiários das participações especiais foram: Rio de Janeiro (R$ 12,6 
bilhões – 31,8% do valor total e 86,1% do total destinado aos estados); São Paulo (R$ 1,2 bilhão 
– 2,9% do valor total e 7,9% do valor destinado aos estados); Espírito Santo (R$ 831 – 2,1% do 
valor total e 5,7% do valor destinado aos estados). 
 
Entre os municípios beneficiários, destacaram-se Maricá/RJ (R$ 1,5 bilhão); Niterói/RJ (R$ 1,3 
bilhão); Rio de Janeiro/RJ (R$ 236,2 milhões) e Ilhabela/SP (R$ 144,9 milhões). 
 
Tabela 2.20 
 
Gráfico 2.10 
 
Em 2024, o pagamento pela ocupação ou retenção de 798 áreas somou R$ 441,8 milhões. Do 
total de áreas ocupadas, 396 blocos encontravam-se na fase de exploração e foram 
responsáveis por 21,8% do pagamento total. Além disso, 57 campos estavam na etapa de 
desenvolvimento da produção, respondendo por 2,9% do valor pago. Outros 345 campos 
encontravam-se na etapa de produção, correspondendo a 75,2% do pagamento total. 
 
Tabela 2.21Adicionalmente às participações governamentais, a Lei do Petróleo estabelece o pagamento, 
pelos concessionários, de uma participação sobre o valor do petróleo e do gás natural produzido 
aos proprietários das terras onde são realizadas as atividades de exploração e produção. 
 
O valor da participação a ser distribuída entre os proprietários de terra é apurado mensalmente, 
multiplicando-se percentual, entre 0,5% e 1%, sobre a receita bruta de produção em cada poço 
localizado em terras do proprietário. 
 
Em 2024, este pagamento somou R$ 151 milhões, 8,8% superior ao registrado no ano anterior. 
O montante foi distribuído a 2.115 proprietários cadastrados em nove estados e, no caso de 
propriedades não regularizadas, depositado em poupança. O estado do Rio Grande do Norte 
tem o maior número de proprietários, 1.147, cujos pagamentos corresponderam à soma de 45,3 
milhões, ou 30% do total pago. 
 
Tabela 2.22 
 
Gráfico 2.11 
 
 
2.7. Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Formação de Recursos Humanos 
 
A Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petróleo) estabelece como atribuição da ANP o estímulo à pesquisa 
e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e processamento. 
Para tanto, a partir de 1998, a ANP incluiu nos contratos para exploração, desenvolvimento e 
produção de petróleo e gás natural uma Cláusula de investimento em Pesquisa, 
Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Esta cláusula estabelece para as empresas petrolíferas 
contratadas a obrigação de aplicar recursos em atividades qualificadas como PD&I, em montante 
 11 
que varia de 0,5% a 1% da receita bruta de produção, conforme disposições específicas de cada 
modalidade de contrato (concessão, partilha de produção ou cessão onerosa). 
 
Entre 2015 e 2024, o valor total da obrigação de investimentos em PD&I foi de aproximadamente 
R$ 24,3 bilhões. 
 
Em 2024, o montante correspondeu a R$ 4,2 bilhões, valor 8,5% maior do que o de 2023. Desse 
valor, 65,6% (R$ 2,8 bilhões) da obrigação de investimentos correspondeu à Petrobras. 
 
Tupi foi o campo que gerou maior valor de obrigação de investimentos, que correspondeu a 
29,4% do total ou R$ 1,2 bilhão. 
 
Ainda como parte das atribuições previstas na Lei do Petróleo e com o objetivo de contribuir com 
o desenvolvimento econômico, a ANP implementou, em 1999, um programa para incentivar a 
formação de mão de obra especializada no setor do petróleo, do gás natural e dos 
biocombustíveis. 
 
Esta iniciativa, denominada Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de 
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH-ANP), teve sua primeira fase entre os anos de 
1999 e 2018, com resultados relevantes: a formação de mão de obra especializada para inserção 
no mercado de trabalho e o desenvolvimento de novas pesquisas para o setor regulado pela 
ANP. 
 
Na primeira fase, os recursos financeiros oriundos do Tesouro Nacional, por meio do CTPetro, 
sofreram drástica redução no ano de 2015, quando o PRH-ANP passou a subsistir apenas com 
os recursos remanescentes de anos anteriores e de aportes da Cláusula de PD&I. Como 
resultado, o Programa só permaneceu ativo até a conclusão dos bolsistas ativos, sendo 
encerrado em 2018. 
 
A segunda fase do PRH-ANP teve início em 2019, com a seleção de 55 programas, mesma 
quantidade à existente ao final da primeira. Nesta fase, os recursos financeiros são oriundos da 
Cláusula de PD&I, constante dos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de 
petróleo e gás natural. 
 
 
De 2015 a 2024, foram investidos R$ 324,6 milhões na concessão de bolsas de estudo e taxa 
de bancada. No ano de 2024, foram investidos R$ 7,5 milhões no PRH-ANP/MCT Nível Superior. 
 
Tabela 2.23 
Tabela 2.24 
Tabela 2.25 
 
Gráfico 2.12 
 
 
2.8. Preços de Referência do Petróleo e do Gás Natural 
 
De acordo com o Decreto nº 2.705/1998, conhecido como “Decreto das Participações 
Governamentais”, os preços de referência do petróleo e do gás natural são utilizados na 
determinação do valor da produção para fins de cálculo de royalties e participação especial. 
 
O Preço de Referência do Petróleo (PRP), adotado para cálculo das participações 
governamentais, é calculado pela ANP, mensalmente, tendo como base as médias mensais das 
cotações do petróleo referência (tipo Brent) e de derivados (leves, médios e pesados), ao qual 
se incorpora um diferencial de qualidade em função das características físico-químicas de cada 
corrente. Os valores apurados pela ANP são divulgados em reais por metro cúbico (R$/m³). 
 
Já o Preço de Referência do Gás Natural (PRGN), adotado para cálculo das participações 
governamentais, é calculado pela ANP, mensalmente, para cada campo, pelo somatório dos 
produtos das frações volumétricas do gás natural que, após seu processamento, podem ser 
 12 
obtidas como condensado de gás natural (VCGN), gás liquefeito de petróleo (VGLP) e gás 
processado (VGP), pelos correspondentes preços (PCGN, PGLP e VGP). Sua unidade de 
medida é Reais por metro cúbico (R$/m³). 
 
Em 2024, o preço médio de referência do petróleo em reais foi de R$ 392,76/barril e registrou 
alta de 4,2% em comparação a 2023. Em dólares, também houve aumento, de 1,1%, e o preço 
ficou cotado a US$ 75,34/barril. Já o preço de referência do gás natural em reais foi de R$ 
821,99/mil m³, com queda de 7,9% em relação a 2023. Em dólares, o preço fixou-se em US$ 
157,68/mil m³, com queda de 10,7% comparado ao ano anterior. 
 
Tabela 2.26 
Tabela 2.27 
 
 
Refino e Processamento 
 
2.9. Refino de Petróleo 
 
Em 2024, o parque de refino brasileiro contava com 17 refinarias de petróleo, com capacidade 
para processar 2,4 milhões de barris/dia, além de uma unidade de processamento de xisto com 
capacidade para processar 6.120 t/dia (vide nota específica nº 3 da Tabela 2.28). A capacidade 
de refino medida em barris/dia-calendário foi de 2,3 milhões de barris/dia. O fator de utilização 
das refinarias no ano foi de 86,4%. A Univen teve sua autorização cancelada em 2024. 
 
Dez dessas refinarias pertencem à Petrobras e respondem por 78,6% da capacidade total, sendo 
a Replan (SP) a de maior capacidade instalada: 434 mil barris/dia ou 17,9% do total nacional. 
Manguinhos (RJ), Refmat (BA), Riograndense (RS), Dax Oil (BA), Ssoil (SP), 3R Potiguar e 
Ream (AM) são refinarias privadas. 
 
Em 2024, foi processada uma carga de pouco menos de 2 milhões de barris/dia pelo parque de 
refino nacional, sendo 98,3% desse volume de petróleo (nacional e importado) e 1,7% de outras 
cargas (resíduos de petróleo, resíduos de terminais e resíduos de derivados). Houve uma queda 
de 14,8 mil barris/dia (equivalente a 0,7%) no volume de petróleo processado em relação a 2023. 
 
O processamento de petróleo nacional teve diminuição de 0,5%, alcançando pouco mais de 1,7 
milhão de barris/dia, e correspondeu a 86,2% do volume total processado. Já o processamento 
de petróleo importado registrou aumento de 0,6% em comparação a 2023, chegando a 240 mil 
barris/dia e 12,1% do volume total processado. 
 
Tabela 2.28 
Tabela 2.29 
Tabela 2.30 
 
Gráfico 2.13 
Gráfico 2.14 
 
A Replan (SP) foi responsável pelo maior volume de carga processada no País: 398,9 mil 
barris/dia (20,1% do total). Em seguida vieram Revap (SP), com 11,9% do volume de carga 
processada; Refmat (BA), com 11,6%; e Reduc (RJ), com 10,8%. 
 
A Replan (SP) também foi a refinaria que mais processou petróleo nacional (22,3% do total), 
enquanto a Reduc (RJ) foi responsável por processar 36,1% de todo o petróleo importado. A 
Refap (RS) foi a que processou maior volume de outras cargas (29,1%). 
 
Tabela 2.31 
 
Gráfico 2.15 
 
Em 2024, as refinarias nacionais possuíam capacidade de armazenamento de quase 5,9 milhões 
de m³ de petróleo e de 10,6 milhões de m³ de derivados de petróleo, intermediários e etanol. 
 13 
 
As oito refinarias da Região Sudeste concentravam, juntas, 56% da capacidade nacional de 
armazenamento de petróleo (3,3 milhões de m³). Dessa capacidade, 1,9 milhão de m³ (32,6% 
do total nacional) se localizava noestado de São Paulo e 943,6 mil m³ (16,1% do total) no Rio 
de Janeiro. As refinarias com maior capacidade de armazenamento de petróleo eram Reduc 
(RJ), Replan (SP) e Rnest (PE), com aproximadamente 943,4 mil m³ (16,1% do total), 876,8 mil 
m³ (15% do total) e 803,2 mil m³ (13,7% do total), respectivamente. 
 
Em 2024, o Sudeste também era a região com maior capacidade de armazenamento de 
derivados, intermediários e etanol, com pouco menos de 6,9 milhões de m³ (64,9% do total), dos 
quais 4,3 milhões de m³ (40%) no estado de São Paulo e 2 milhões de m³ (18%) no Rio de 
Janeiro. A refinaria com maior capacidade de armazenamento era a Replan (1,9 milhões de m³; 
18,2%), seguida da Reduc (1,7 milhão de m³; 16,1%) e da Revap (1,2 milhão de m³; 11,3%), 
todas da Região Sudeste. 
 
Tabela 2.32 
 
 
2.10. Processamento de Gás Natural 
 
Em 2024, o gás natural foi processado em 14 polos produtores, que, juntos, somavam 109,7 
milhões de m³/dia de capacidade nominal. A capacidade de processamento aumentou 11% em 
relação a 2023. Em 2024 foram autorizadas a primeira UPGN do Complexo Boaventura, em 
Itaboraí, Rio de Janeiro e a UPGN PetroRecôncavo em Mata de São João, Bahia. 
 
O volume total processado no ano foi de 18,3 bilhões de m³ (50,1 milhões de m³/dia), 
correspondente a 45,7% da capacidade total instalada. Na comparação com 2023, o 
processamento de gás natural registrou queda de 9%. 
 
Os polos de Cabiúnas (Rio de Janeiro), Urucu (Amazonas), Caraguatatuba (São Paulo) e 
Cacimbas (ES) foram responsáveis por 89% do volume total de gás natural processado. 
 
Como resultado do processamento de gás natural, os polos produziram pouco mais de 3 milhões 
de m³ de GLP; 947,1 mil m³ de C5+ (gasolina natural); 289,8 milhões de m³ de etano; 709,3 mil 
m³ de propano; 150,9 mil m³ de LGN e 16,7 bilhões de m³ de gás seco. A Reduc foi responsável 
por 100% da produção de etano e quase 100% de propano. Os polos de Caraguatatuba e 
Cabiúnas foram os que mais produziram GLP (23,4% e 22,1% do total, respectivamente). Os 
maiores produtores de C5+, foram Caraguatatuba e Reduc (25,5% e 24,9%, respectivamente). 
Por fim, os maiores produtores de gás seco foram os polos de Cabiúnas e Caraguatatuba, com 
36,4% e 24,1%, respectivamente. 
 
Tabela 2.33 
Tabela 2.34 
Tabela 2.35 
Tabela 2.36 
 
Gráfico 2.16 
 
Cartograma 2.1 
 
 
2.11. Produção de Derivados de Petróleo 
 
Em 2024, a produção brasileira de derivados de petróleo foi de cerca de 130,4 milhões de m³, 
1,2% superior à de 2023. 
 
Esse valor não inclui o volume de derivados produzidos a partir do xisto betuminoso. Portanto, 
para se obter o volume total de derivados produzidos no País, deve-se somar os dados 
apresentados neste tema àqueles constantes na Tabela 2.48 (Capítulo 2.13 – Industrialização 
do Xisto). 
 14 
 
Os derivados energéticos corresponderam a 87,7% do total produzido, com 114,4 milhões de 
m³, após alta de 1,6% em relação a 2023. A produção dos derivados não energéticos foi de 
quase 16 milhões de m³, após uma queda de 1,7% em comparação ao ano anterior. 
 
Dentre os derivados energéticos, houve variação na produção de gasolina A (+4,3%), gasolina 
de aviação (+19,1%), GLP (-2,3%), óleo combustível (-6,7%), óleo diesel (+3,3%), QAV (+7,8%) 
e querosene iluminante (-6,8%). 
 
No que se refere aos derivados não energéticos, houve alta na produção dos seguintes produtos: 
asfaltos (+1,8%), óleo lubrificante (+25,9%) e parafina (+38,8%). Por outro lado, houve queda na 
produção de solvente (-10,5%), nafta (-6,7%), outros derivados não energéticos (-1,4%) e coque 
(-0,7%). 
 
Tabela 2.37 
Tabela 2.38 
 
Gráfico 2.17 
Gráfico 2.18 
Gráfico 2.19 
 
As refinarias foram responsáveis pela produção de aproximadamente 126 milhões de m³ de 
derivados de petróleo ou 96,6% do total, sendo o restante da produção dividido entre centrais 
petroquímicas (1,4 milhão de m³ ou 1,1% do total), UPGNs (2,4 milhões de m³ ou 1,8% do total) 
e outros produtores (640 mil m³ ou 0,5% do total). 
 
As refinarias que se localizam na Região Sudeste responderam por 62,4% (78,6 milhões de m³) 
desse volume, sendo as de São Paulo responsáveis por 42,1% (53,1 milhões de m³) da produção 
total. 
 
A Replan (SP) foi a refinaria que produziu o maior volume de derivados de petróleo: 24,1 milhões 
de m³, o equivalente a 19,2% da produção das refinarias. Destacou-se na produção de derivados 
energéticos, sendo a refinaria que mais produziu óleo diesel (21,8% do total deste produto), 
gasolina A (19,8% do total deste produto) e GLP (19,6% do total deste produto). Também foi a 
refinaria que mais produziu o não energético coque (30,1% do total deste produto). 
 
A Revap (SP) foi a principal produtora de QAV (36,7% do total). A RPBC (SP) liderou a produção 
de solvente (37,8% do total) e foi a única refinaria a produzir gasolina de aviação. A Refmat (BA) 
liderou a produção nacional de parafina (69,9% do total produzido), de querosene iluminante 
(85,4% do total deste derivado) e óleo combustível (23,9% do total produzido). A Regap (MG) foi 
a maior produtora de asfalto (24,9% do total produzido). Já a Reduc (RJ), maior produtora de 
derivados não energéticos (20,1% do total geral), destacou-se na produção de óleo lubrificante 
(71,8% do total produzido), de outros derivados não energéticos (35,7%), e de nafta (26,5% do 
total produzido). 
 
Em relação às centrais petroquímicas, sua produção de combustíveis atingiu pouco mais de 1,4 
milhão de m³, registrando queda de 1,2% em relação a 2023. A maior parte da produção das 
centrais foi de gasolina A (89,2%; alta de 1,6%) e de GLP (queda de 19,4%). 
 
Tabela 2.39 
Tabela 2.40 
 
 
2.12. Preços dos Produtores e Importadores de Derivados de Petróleo 
 
Os preços médios ponderados semanais praticados pelos produtores (refinarias, centrais 
petroquímicas e formuladores) e importadores de gasolina A, óleo diesel, QAV, GLP e óleo 
combustível são publicados nesse Anuário Estatístico desde a edição de 2003, em substituição 
às séries de preços de realização e faturamento dos derivados de petróleo. A partir da abertura 
do mercado nacional de derivados, em janeiro de 2002, os preços de realização e faturamento 
 15 
deixaram de existir e os preços passaram a flutuar de acordo com as condições econômicas do 
mercado nacional. 
 
Vale ressaltar que, nos preços dos produtores e importadores publicados neste capítulo, estão 
incluídas as parcelas relativas à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), 
instituída pela Lei nº 10.336/2001; aos Programas de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep); e ao financiamento da Seguridade Social (Cofins), 
conforme a Lei nº 9.990/2000. Não estão computados os valores do ICMS, que dependem de 
legislação de cada unidade da Federação. 
 
Os preços divulgados neste capítulo são reportados semanalmente pelos produtores e 
importadores à ANP, que, por meio da Portaria ANP nº 297/2001, instituiu a obrigatoriedade da 
apresentação das informações relativas à comercialização de gasolina A, óleo diesel, QAV, GLP 
e óleo combustível. Esses valores são frequentemente atualizados e encontram-se disponíveis 
para consulta no portal da ANP na internet. 
 
No ano de 2024, os preços médios ponderados, em reais, de produtores e importadores de 
derivados para o Brasil apresentaram as seguintes variações em relação a 2023: gasolina A 
(+9,8%), óleo diesel (+9,3%); GLP (-1,3%); QAV (-1,6%); óleo combustível A1 (-4,1%), e óleo 
combustível B1 (+10,2%). 
 
Tabela 2.41 
Tabela 2.42 
Tabela 2.43 
Tabela 2.44 
Tabela 2.45 
Tabela 2.46 
 
 
Industrialização do Xisto 
 
2.13. Industrialização do Xisto 
 
Este capítulo apresenta, de forma sintética, as atividades relacionadas ao xisto betuminoso que 
têm interface com a indústria nacional do petróleo. O xisto é uma rocha sedimentar rica em 
matéria orgânica (querogênio). Quando submetido a temperaturas elevadas, decompõe-se em 
óleo, água, gás e um resíduo sólido contendo carbono. Por meio de sua transformação, é 
possível produzire diretrizes estabelecidas na 
legislação e no Plano de Gestão, visando a implementação de práticas 
modernas de governança, acompanhamento de indicadores e uso de 
ferramentas tecnológicas para monitoramento. 
Monitoramento de Indicadores de Desempenho 
Reclamações: Monitoramento do índice médio anual de reclamações em 
setores como saneamento básico e gás canalizado. As variações registradas 
refletem tanto desafios (como os efeitos de estiagens que impactam o 
abastecimento) quanto melhorias decorrentes de ações corretivas 
implementadas. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
7 
Continuidade dos Serviços: Acompanhamento dos indicadores DEC 
(Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de 
Interrupção) no setor de energia elétrica, que evidenciam a eficiência dos 
investimentos e das manutenções realizadas pelas concessionárias, 
superando, em muitos casos, as metas estabelecidas. 
Cumprimento da Agenda Regulatória: A Agenda Regulatória da Arsesp 
estabelece os temas prioritários a serem regulados e fiscalizados, orientando 
as ações da agência em consonância com os planos estratégicos e 
plurianuais. Ela organiza processos normativos, consultas públicas e 
audiências, promovendo transparência e participação social. 
Fiscalização: As atividades das fiscalizações dos serviços públicos 
regulados, constituem o monitoramento constante e o controle das 
atividades realizadas pelas concessionárias, garantindo a qualidade e a 
eficiência na prestação dos serviços. 
Diretoria de Energia Elétrica 
Fiscalização e Monitoramento 
Ações de Campo: Realização de fiscalizações programadas nas 
concessionárias de geração, transmissão e distribuição, com ênfase em 
identificar falhas na manutenção e operação das redes elétricas. 
Relatórios e Análises: Emissão de diversos relatórios de análise e 
acompanhamento, que incluíram a verificação dos indicadores DEC (Duração 
Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção). 
Os resultados indicaram que os serviços apresentaram continuidade superior 
às metas, reforçando a eficácia dos investimentos e dos processos de 
manutenção. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
8 
Atendimento a Demandas Externas: Resposta a questionamentos e 
demandas de órgãos reguladores e externos, como a ANEEL, garantindo que 
as informações sobre a qualidade do fornecimento sejam transparentes e 
estejam alinhadas com os padrões exigidos e identificação e 
encaminhamento de ações corretivas em casos de irregularidades, com o 
objetivo de aprimorar a operação das concessionárias e reduzir os índices de 
interrupção dos serviços. 
Diretoria de Saneamento Básico 
Projetos Estratégicos e Inovação 
Conservação de Mananciais: Implementação de projetos voltados à 
restauração ecológica e à proteção dos recursos hídricos, incluindo ações de 
conservação de solos, implantação de pequenas barragens e mecanismos de 
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). 
Revisão Normativa: Atualização e padronização dos normativos referentes 
à fiscalização dos serviços, como o desenvolvimento do “Guia para Análise 
de Impacto Regulatório”, que orienta futuras ações e aprimoramento das 
práticas de regulação. 
Monitoramento e Indicadores de Desempenho 
Acompanhamento detalhado dos índices de reclamações relativas aos 
serviços de saneamento, com a implementação de medidas para reduzir os 
níveis de insatisfação dos usuários, ajustando as metas e adotando ações 
preventivas. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
9 
Ações de Fiscalização e Capacitação 
Realização de fiscalizações e auditorias para verificar a conformidade dos 
serviços prestados. Promoção de treinamentos e capacitações voltados aos 
agentes de fiscalização, garantindo o uso de metodologias modernas e o 
compartilhamento de melhores práticas. 
Diretoria de Gás Canalizado 
Elaboração de Normativos: Publicação de diversas deliberações que 
orientam a regulação do setor, definindo regras para a prestação dos serviços 
de gás, autorizando a atuação de comercializadores e ajustando modelos 
contratuais e tarifários. 
Consultas Públicas e Audiências: Realização de processos de consulta e 
audiências públicas para integrar as demandas dos usuários e stakeholders, 
permitindo ajustes e aperfeiçoamentos das normas. 
Acompanhamento do Mercado: Monitoramento contínuo dos indicadores 
de reclamações e da satisfação dos usuários, evidenciando a diminuição 
significativa dos registros, resultado das ações corretivas e do 
aprimoramento das práticas das concessionárias. 
Integração com o Setor: Apoio na definição de novos modelos contratuais, 
visando dinamizar o mercado de gás canalizado e incentivar a 
competitividade, além de promover a transparência e a participação dos 
agentes regulados. 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
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Diretoria de Relações Institucionais 
Comunicação e Participação Social 
Organização de Audiências e Consultas Públicas: Coordenação de 
audiências públicas e consultas que reuniram representantes de usuários, 
concessionárias, órgãos governamentais e outros stakeholders, fortalecendo 
o diálogo e a transparência das ações. 
Eventos Institucionais: Participação ativa em congressos, simpósios e 
fóruns setoriais, ampliando a visibilidade da Arsesp e promovendo a troca de 
experiências com outras instituições. 
Gestão de Convênios e Parcerias 
Celebração de convênios e protocolos de cooperação técnica com entidades 
como consórcios, secretarias estaduais e outras agências reguladoras, 
visando integrar práticas e ampliar a eficiência das ações regulatórias. 
Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados 
Ações de Fiscalização Econômico-Financeira: 
Na Diretoria Econômico-Financeira e de Mercados, foram adotadas diversas 
medidas para aprimorar a gestão econômico-financeira e fortalecer a 
transparência dos processos regulatórios. A diretoria realizou auditorias 
detalhadas que abarcaram a verificação de receitas, despesas, investimentos 
e o controle patrimonial das concessionárias, além de promover a revisão 
das metodologias tarifárias para assegurar a correta aplicação dos recursos. 
Foram elaborados pareceres técnicos e estudos sobre custos de capital, 
contribuindo para uma avaliação mais precisa dos indicadores financeiros e 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
11 
para a definição de metas realistas. Adicionalmente, a condução de consultas 
públicas e audiências ampliou a participação dos stakeholders, integrando as 
demandas dos usuários ao processo de tomada de decisão e consolidando a 
robustez das ações regulatórias no setor. 
Considerações Finais 
Cada diretoria da Arsesp demonstrou, ao longo de 2024, um 
comprometimento específico e integrado com os objetivos da agência. As 
ações detalhadas – desde a fiscalização rigorosa e o monitoramento de 
indicadores até a inovação nos processos normativos e a promoção da 
transparência – evidenciam uma estratégia de regulação robusta e adaptada 
aos desafios contemporâneos dos serviços públicos delegados. Essa 
abordagem integrada, aliada ao constante diálogo com os stakeholders e à 
capacitação contínua dos profissionais, reforça a missão da Arsesp de 
garantir serviços de qualidade e promover o desenvolvimento sustentável do 
setor. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
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2. APRESENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2024 - PROGRAMA, 
PRODUTOS E INDICADORES 
PROGRAMA 3937 - REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 
PÚBLICOS DELEGADOS DE SAO PAULO 
2.1. Objetivo 
Contribuir para a melhoria da prestação dos serviços públicos, por meio 
da sua regulação, respeitando os contratos e garantindo o equilíbrio na 
relação entre usuários, prestadores de serviço e poder público e 
auxiliando para a sustentabilidade destes serviços delegados. 
2.2. Indicadores Plano Plurianualuma série de subprodutos que podem ser aproveitados pelos mais diversos 
segmentos industriais. 
 
A Petrobras concluiu, em novembro de 2023, a venda da Unidade de Industrialização do Xisto 
(SIX), para a Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources). A unidade de 
industrialização de xisto passou a se chamar Paraná Xisto S/A. 
 
Em 2024, o volume de xisto bruto processado foi de pouco menos de 2 milhões de toneladas, 
63,4% superior ao de 2023. 
 
Da transformação do xisto, são obtidos os seguintes derivados energéticos: gás de xisto, GLP e 
óleo combustível. Também são produzidos nafta e outros derivados não energéticos. 
 
A produção de gás de xisto, em 2024, somou 28,9 mil toneladas, registrando queda de 0,9% em 
relação a 2023. Já o volume de GLP obtido a partir do processamento do xisto teve alta 
expressiva de 123,5%, atingindo aproximadamente 14,7 mil m³. O volume de óleo combustível 
aumentou 78,8% em relação ao ano anterior, totalizando 259,3 mil m³. 
 
Quanto aos produtos não energéticos, a produção de nafta teve alta de 24,6% atingindo 30,9 mil 
m³. 
 
Tabela 2.47 
 
 16 
 
Movimentação de Petróleo, seus Derivados, Etanol e Gás Natural 
 
2.14. Terminais 
 
Para viabilizar a movimentação de petróleo, derivados e etanol no território nacional, o Brasil 
dispunha de 129 terminais autorizados em 2024, sendo 67 terminais aquaviários (com 1.870 
tanques) e 62 terminais terrestres (com 659 tanques), totalizando 2.529 tanques. A capacidade 
nominal de armazenamento era de cerca de 15,6 milhões de m³, dos quais 5,2 milhões de m³ 
(33,2% do total) destinados ao petróleo; 10 milhões de m³ (64,4% do total) destinados aos 
derivados (exceto GLP) e ao etanol; e 377,1 mil m³ (2,4% do total) destinados ao GLP. 
 
Os terminais aquaviários concentraram a maior parte da capacidade nominal de armazenamento 
(11,1 milhões de m³, 70,9% do total) e o maior número de tanques autorizados (73,9% do total). 
 
Tabela 2.48 
 
 
2.15. Dutos 
 
Em 2024, o Brasil contava com 608 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, 
gás natural e etanol, perfazendo 20,5 mil km. Destes, 180 dutos (14,5 mil km) eram destinados 
ao transporte e 428 (6 mil km) à transferência. 
 
Para a movimentação de gás natural, havia 118 dutos, com extensão de 11,8 mil km. Para os 
derivados combustíveis e derivados para a indústria petroquímica, havia 426 dutos, numa 
extensão de 5,9 mil km. Para a movimentação de petróleo, havia 31 dutos – totalizando 2,3 mil 
km de extensão. E os 492 km restantes, compostos por outros 33 dutos, eram reservados à 
movimentação de etanol. 
 
Os traçados dos dutos encontram-se ilustrados nos Cartogramas 2.2 e 2.3. 
 
Tabela 2.49 
 
Cartograma 2.2 
Cartograma 2.3 
 
 
Comércio Exterior 
 
2.16. Importação e Exportação de Petróleo 
 
Em 2024, o Brasil importou menos petróleo, o equivalente a uma queda de 2,6% n em 
comparação a 2023, totalizando um volume importado de 103,2 milhões de barris de petróleo. 
 
As regiões das quais o Brasil mais importou petróleo foram a África e o Oriente Médio: 41,2 
milhões de barris (40% do total; alta de 6,5% frente a 2023) e 23,6 milhões de barris (22,9% do 
total; alta de 0,8%), respectivamente. 
 
Em seguida, vieram as Américas Central e do Sul, com 17,4 milhões de barris (16,9% do total, 
queda de 23,3% em comparação a 2023). A América do Norte exportou para o Brasil 16,7 
milhões de m³ de petróleo, o que correspondeu a 16,2% do total, e um decréscimo de 9% em 
relação ao ano anterior. 
 
Considerando a importação por países, a Arábia Saudita e os Estados Unidos foram dos quais 
o Brasil mais importou. Da Arábia Saudita foi importado um volume de 23,6 milhões de barris, o 
equivalente a 22,9% do total, com crescimento de 0,8% em relação a 2023. Dos Estados Unidos, 
importamos 16,7 milhões de barris de petróleo, o equivalente a 16,2% do total, com queda de 
9% em comparação ao ano anterior. 
 
 17 
O dispêndio com as importações de petróleo diminuiu 4,1%, totalizando cerca de US$ 8,7 bilhões 
em 2024. Parte dessa redução se deveu à queda no preço médio do barril importado, que atingiu 
US$ 84,22, valor 1,5% menor que o registrado em 2023. 
 
Tabela 2.50 
Tabela 2.52 
 
Gráfico 2.20 
Gráfico 2.21 
 
Em 2024, as exportações brasileiras de petróleo aumentaram 9,5% em relação a 2023, 
alcançando 637,3 milhões de barris. A receita gerada foi 5,5% maior que em 2023, totalizando 
quase US$ 45 bilhões. O preço médio do barril de petróleo para exportação passou de US$ 73,23 
para US$ 70,55, registrando queda de 3,7%. 
 
O principal destino das exportações brasileiras de petróleo, em 2024, foi a região Ásia-Pacífico, 
com 357,8 milhões de barris (56,1% do volume total), com alta de 11,3% em comparação a 2023. 
Em seguida, veio a Europa, com 156,1 milhões de barris de petróleo exportados (24,5% do 
volume total), e alta de 14,3% em relação a 2023. Registrou-se aumento também nas 
exportações para a América do Norte (+33,8%), que alcançaram 87,2 milhões de barris, 
correspondendo a 13,7% do volume total. As Américas Central e do Sul importaram do Brasil 
31,8 milhões de barris, ou 5% do total, após queda de 44%. 
 
Por países, a China foi o maior importador de petróleo do Brasil, com volume de 280,7 milhões 
de barris (44% do total). Em seguida vieram os Estados Unidos, com 87,2 milhões de barris, 
conforme se pode ver na tabela 2.52. 
 
Tabela 2.51 
Tabela 2.52 
 
Gráfico 2.22 
Gráfico 2.23 
 
Cartograma 2.4 
 
 
2.17. Importação e Exportação de Derivados de Petróleo 
 
Em 2024, o volume de derivados de petróleo importado pelo Brasil ficou quase inalterado em 
relação a 2023, totalizando 34,4 milhões de m³. Por sua vez, o dispêndio com a importação caiu 
10,5% em comparação ao ano anterior, situando-se em US$ 17 bilhões. 
 
Os derivados energéticos representaram 62,9% do volume importado, após queda de 3,5% em 
relação a 2023, atingindo 21,6 milhões de m³. A importação de derivados não energéticos teve 
variação positiva de 7,2%, situando-se em cerca de 12,8 milhões de m³. 
 
Dentre os derivados energéticos, os importados em maior volume foram óleo diesel, GLP e 
gasolina A, representando, respectivamente, 41,7%, 9,8% e 8% da importação total. Dentre os 
não energéticos, nafta e coque se sobressaíram, com percentuais de 14,8% e 12,6% do total, 
respectivamente. Com exceção da parafina (-33,8%) e da nafta (-3%), houve alta na importação 
de todos os derivados não energéticos, sendo as maiores observadas no asfalto (+108,6%), 
outros derivados não energéticos (+61,5%) e coque (+20,5%). 
 
Com relação ao dispêndio com as importações, os montantes gastos com óleo diesel e nafta 
foram os mais expressivos: respectivamente US$ 8,4 bilhões (queda de 13,7%) e US$ 2,6 bilhões 
(queda de 0,8%). 
 
As importações de derivados de petróleo originaram-se das seguintes regiões: América do Norte 
(36% do total), com destaque para os Estados Unidos (35,9%); Comunidade dos Estados 
Independentes (32,2%), com destaque para a Rússia (32,2%); Europa (9,8%), com destaque 
 18 
para a Espanha (4%); Oriente Médio (7,8%); Américas Central e do Sul (7,1%); África (4,2%), e 
Ásia Pacífico (2,8%). 
 
Os Estados Unidos foram o principal exportador para o Brasil dos seguintes derivados: coque 
(80,3% do total importado), lubrificante (70,9% do total importado), GLP (60,5% do total 
importado), e nafta (54,2% do total importado). A Rússia foi o principal exportador de óleo diesel 
(65,4% do total importado) e de solvente (44,3% do total). A Holanda foi o principal exportador 
de gasolina A (33,5%). E a Índia foi o principal exportador de QAV (27,5% do total) para o Brasil. 
 
Tabela 2.53 
Tabela 2.54 
Tabela 2.57 
Gráfico 2.24 
Gráfico 2.25 
Gráfico 2.26 
 
Em 2024, a exportação de derivados de petróleo realizada pelo Brasil para outros países somou 
21,8 milhões de m³, registrando alta de 5,1% em relação a 2023. Os derivados energéticos 
representaram 91,1% do total exportado, com destaque para óleo combustível e QAV, 
representando 63,8% e 13,3% do total, respectivamente. Em seguida,veio a gasolina A, 
correspondendo a 9,1% do que foi exportado. A receita total com exportação de derivados 
aumentou 0,9%, somando US$ 12,1 bilhões. 
 
O principal destino dos derivados de petróleo brasileiros foi a região Ásia-Pacífico, com 46,2% 
do total. Em seguida, as regiões da América do Norte, Américas Central e do Sul, Europa, África 
e Oriente Médio, que importaram, respectivamente, 16,7%, 15,4%, 11,2%, 6,5% e 4% do total. 
Em 2024, praticamente não houve exportações de derivados de petróleo para a região da 
Comunidade dos Estados Independentes, como se pode ver na tabela 2.56. 
 
Por países, Singapura e Estados Unidos foram os maiores importadores de derivados do Brasil, 
com 7,3 milhões de m³ (46,2% do total exportado) e 3,4 milhões de m³ (15,7% do total), 
respectivamente. O derivado que o Brasil mais exportou para Singapura foi óleo combustível 
(52% do total exportado deste derivado), enquanto as exportações para os Estados Unidos se 
concentraram em gasolina A (91,8% do total exportado deste derivado). 
 
Tabela 2.55 
Tabela 2.56 
Tabela 2.57 
 
Gráfico 2.27 
Gráfico 2.28 
 
Cartograma 2.5 
 
 
2.18. Superávit Externo de Petróleo e seus Derivados 
 
Em 2024, o Brasil manteve o superávit no comércio internacional de petróleo e derivados, já 
alcançado em 2015, pois a exportação líquida de petróleo, em volume, superou a importação 
líquida de derivados, como pode ser visto na tabela 2.58. 
 
Tabela 2.58 
 
Gráfico 2.29 
 
2.19. Importação e Exportação de Gás Natural 
 
Em 2024, as importações brasileiras de gás natural aumentaram 30% em comparação a 2023, 
totalizando 8,4 bilhões de m³. Desse volume, 3,3 bilhões de m³ (39,2% do total) corresponderam 
 19 
a importações de gás natural liquefeito (GNL) e 5,1 bilhões de m³ a importações de gás natural 
da Bolívia. 
 
O dispêndio com a importação de gás natural foi de quase US$ 1,3 bilhão, o que representou 
uma queda de 7,1% em relação a 2023. O valor médio do gás natural importado aumentou 2,2% 
em 2024, fixando-se em US$ 247,63/mil m³. 
 
Por sua vez, o dispêndio com GNL registrou alta de 209,55%, totalizando US$ 1,2 bilhão, a um 
valor médio de US$ 360,18/mil m³ (queda de 21,1%). Os países fornecedores de GNL para o 
Brasil foram Estados Unidos (83,3%), Trinidad e Tobago (8,9%), Jamaica (2,8%), Nigéria (2,6%), 
Chile (1,6%) e Espanha (0,7%). 
 
Em 2024, as exportações brasileiras de GNL totalizaram 2,5 milhões de m³, volume 97,5% menor 
do que o do ano anterior. Esse volume correspondeu a operações de “cool down”, na qual 
volumes de GNL são utilizados para manter o resfriamento dos navios transportadores de GNL 
ou utilizado como combustível para que os navios possam realizar viagens até o próximo terminal 
de carregamento. Nestes casos não há como atribuir um país de destino para os volumes 
exportados. 
 
A receita com a exportação de GNL foi de pouco mais de US$ 1,3 milhão, valor 97,1% menor do 
que o registrado em 2023. Houve alta de 19,8% no valor médio registrado em 2024, que chegou 
a US$ 532,19/mil m³. 
 
Tabela 2.59 
Tabela 2.60 
Tabela 2.61 
Tabela 2.62 
SEÇÃO 1 – Panorama Internacional 
 
 
Petróleo 
 
1.1 Reservas 
1.2 Produção 
1.3 Consumo 
1.4 Refino 
1.5 Preços 
 
Gás Natural 
 
1.6 Reservas 
1.7 Produção 
1.8 Consumo 
 
A primeira seção do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2025 
retrata o desempenho da indústria mundial de petróleo e gás natural, contextualizando a atuação do 
Brasil, e se desdobra em dois grandes temas: Petróleo e Gás Natural. O primeiro capítulo de cada 
um deles trata da evolução das Reservas; o segundo, da Produção; e o terceiro, do Consumo entre 
os anos de 2015 e 2024. Os dados desta seção estão baseados nas informações divulgadas pelo 
Energy Institute, no Statistical Review of World Energy 2025 e pela Eni, no World Energy Review 
2025. 
 
No tema Petróleo são apresentados mais dois capítulos – Refino e Preços – que abordam, 
respectivamente, a situação do refino mundial e a evolução das cotações internacionais do petróleo, 
tomando como referência os tipos Brent e West Texas Intermediate (WTI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petróleo 
 
1.1. Reservas 
 
Em 2024, as reservas provadas de petróleo no mundo somavam cerca de 1,8 trilhão de barris, após 
um pequeno crescimento de 0,2% em relação a 2023. 
 
O volume de reservas dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) 
se manteve estável em 2024 comparado ao ano anterior, totalizando 1,2 trilhão de barris (69,5% do 
total mundial). E as reservas dos países que não fazem parte da Opep tiveram um pequeno aumento 
de 0,5% em seu volume, somando 546,8 bilhões de barris. 
 
O volume de reservas do Oriente Médio, região que concentra a maior parte das reservas mundiais, 
atingiu 871,7 bilhões de barris (48,7% do total mundial) e manteve-se praticamente estável em 
relação ao ano anterior. 
 
Em segundo lugar em volume de reservas, situaram-se as Américas Central e do Sul, que 
registraram pequeno crescimento de 0,2%, somando 345,6 bilhões de barris (19,3% do total 
mundial). Destaque para o crescimento das reservas provadas do Brasil, de 6%, totalizando 16,8 
bilhões de barris (ver mais na seção 2, tabela 2.4). O Brasil ocupa a 15ª posição no ranking mundial 
de reservas provadas de petróleo. 
 
Na América do Norte, as reservas cresceram 0,6%, totalizando 249,4 bilhões de barris (13,9% do 
total mundial). As reservas da Comunidade dos Estados Independentes mantiveram-se estáveis, 
totalizando 145,8 bilhões de barris (8,1% do total mundial). Por sua vez, as reservas da África 
cresceram 0,5% em relação ao ano anterior, atingindo 120,3 bilhões de barris (6,7% do total 
mundial). 
 
As reservas da região Ásia-Pacífico registraram crescimento de 1,6%, totalizando 47 bilhões de 
barris (2,6% do total). Por fim, na Europa houve queda de 5,5% no volume de reservas, que se situou 
em 11,3 bilhões de barris (0,6% do total mundial). 
 
Dentre os países, a Venezuela continuou como a detentora do maior volume de reservas petrolíferas, 
com 302,8 bilhões de barris (16,9% do total mundial). As reservas sauditas mantiveram-se 
praticamente estáveis, totalizando 267,3 bilhões de barris (14,9% do total mundial), o que manteve 
a Arábia Saudita na segunda posição do ranking mundial de reservas provadas de petróleo. 
 
Tabela 1.1 
 
Gráfico 1.1 
 
Cartograma 1.1 
 
 
1.2. Produção 
 
O volume de petróleo produzido no mundo em 2024 cresceu 0,6% em relação a 2023, passando de 
96,3 milhões de barris/dia para quase 96,9 milhões de barris/dia. 
 
Os países produtores da Opep registraram crescimento de 0,1%, com um acréscimo de 45 mil 
barris/dia no total. Já a produção dos países que não fazem parte da Opep registrou alta de 0,8% se 
comparada a 2023, o equivalente a um aumento de 515 mil de barris/dia no ano de 2024. 
 
Dentre os países da Opep que registraram as maiores quedas percentuais na produção de petróleo 
em 2024 estão o Coveite (-6,3%), a Argélia (-5,8%), o Congo (-4,1%), a Libia (-3,9%) e a Arábia 
Saudita (-3,6%). Por outro lado, a Venezuela teve crescimento de 13,9%, o Irã de 10,7%, a Guiné 
Equatorial de 9,8%, e a Nigéria de 6,6%. 
 
Enquanto isso, dentre os países que não fazem parte da Opep, a Guiana foi a que teve o maior 
crescimento percentual na produção de petróleo (57,5%). Outros países que registraram aumentos 
significativos foram Argentina (13,3%) e Brunei (11%). 
 
Os Estados Unidos mantiveram a posição de maior produtor mundial de petróleo, com volume médio 
de 20,1 milhões de barris/dia (20,8% do total mundial) em 2024. A Arábia Saudita ocupou novamente 
o segundo lugar no ranking, com produção média de 10,9 milhões de barris/dia (11,8% do total 
mundial), um decréscimo de 3,6% ante 2023. Em seguida, vieram Rússia (11,4% do total mundial), 
Canadá (6,1% do total mundial) e Irã (5,2% do total mundial). 
 
O Brasil se manteve na 9ª posição do ranking, apesar de ter registrado queda de 1% no volume de 
petróleo produzido em 2024. Esse volume,de 3,5 milhões de barris/dia, correspondeu a3,6% do total 
mundial produzido. É importante mencionar que no cálculo da produção de petróleo do Energy 
Institute é considerada também a produção de líquido de gás natural (LGN). 
 
O Oriente Médio continuou como a região de maior produção de petróleo, com um volume médio de 
30,1 milhões de barris/dia (31,1% do total mundial), após decréscimo de 0,4% em comparação com 
2023. A América do Norte veio em seguida, com produção média de 27,9 milhões de barris/dia 
(28,8% do total mundial), após crescimento de 3%. A Comunidade dos Estados Independentes 
ocupou o terceiro lugar, com 13,5 milhões de barris/dia (13,9% do total mundial), após decréscimo 
de 2,9%. Em seguida veio a região das Américas Central e do Sul com crescimento de 6% em sua 
produção de petróleo, atingindo 7,8 milhões de barris/dia (8% do total mundial). 
 
A região Ásia-Pacífico, com média de produção de 7,3 milhões de barris/dia de petróleo (7,5% do 
total mundial), registrou um pequeno crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior. A região da 
África cresceu em 0,3% a sua produção, ficando em quinto lugar, com total de 7,2 milhões de 
barris/dia (7,5% do total mundial). Por fim veio a Europa, com média de produção de 3 milhões de 
barris/dia de petróleo (3,1% do total mundial), após registrar queda de 7,1% em relação a 2023. 
 
Tabela 1.2 
 
Gráfico 1.2 
 
Cartograma 1.2 
 
 
1.3. Consumo 
 
Em 2024, o consumo mundial de petróleo totalizou 101,4 milhões de barris/dia, após crescimento de 
0,7% (o equivalente a 724 mil barris/dia) em comparação com 2023. No ranking de países que mais 
consumiram petróleo em 2024, as três primeiras posições se mantiveram as mesmas do ano 
anterior. Assim, os Estados Unidos, ocupando a primeira posição, consumiram quase 19 milhões de 
barris/dia (18,7% do total mundial). Em seguida veio a China, com consumo médio de 16,4 milhões 
de barris/dia de petróleo (16,1% do total mundial). Na terceira colocação se manteve a Índia, com 
5,6 milhões de barris/dia (5,5% do total mundial). 
 
O Brasil ocupou o sétimo lugar, com consumo de cerca de 2,6 milhões de barris/dia (2,5% do total 
mundial), mesmo após a queda de 0,1% em relação ao ano de 2023. 
 
Dentre as regiões, a posição de maior consumidora de petróleo continuou sendo de Ásia-Pacífico, 
com 38,4 milhões de barris/dia (37,9% do total mundial). O crescimento do consumo nessa região 
foi de 0,7% (equivalente a 251 mil barris/dia). 
 
Em seguida veio a América do Norte, com consumo de 23,2 milhões de barris/dia de petróleo (22,9% 
do total mundial), após discreta alta de 0,1% em relação a 2023. A Europa teve crescimento de 0,8% 
em seu consumo, atingindo 14,1 milhões de barris/dia (13,9% do total mundial). 
 
O Oriente Médio, por sua vez, foi responsável por 9,8% do consumo mundial, com 9,9 milhões de 
barris/dia, registrando um crescimento de 1,6% em relação a 2023. As Américas Central e do Sul 
registraram queda de 0,3% em 2024, totalizando 6,3 milhões de barris/dia (6,2% do total mundial). 
Já a Comunidade dos Estados Independentes teve crescimento de 1,9%, totalizando 4,9 milhões de 
barris/dia (4,6% do total mundial). Por último, o consumo da África cresceu 2,5%, totalizando 4,6 
milhões de barris/dia no consumo de petróleo (4,5% do total mundial). 
 
Tabela 1.3 
 
Gráfico 1.3 
 
Cartograma 1.3 
 
 
1.4. Refino 
 
Em 2024, a capacidade efetiva de refino instalada no mundo teve alta de 1,1% em relação ao ano 
anterior, chegando a 104,5 milhões de barris/dia, isto é, 1,2 milhão de barris/dia acima de 2023. 
 
Dentre os países que ampliaram sua capacidade de refino, a Nigéria se destacou com um incremento 
de 501 mil barris/dia, totalizando 1 milhão de barris/dia. Em seguida, veio a Malásia, com um aumento 
de capacidade de 200 mil barris/dia, somando 1,2 milhão de barris/dia. Em contrapartida, o Japão 
teve diminuição de 113,9 mil barris/dia na capacidade de refino. 
 
No ranking de países com maior capacidade de refino de petróleo, a China ocupou a primeira 
posição, com 18,5 milhões de barris/dia (17,7% da capacidade mundial). Em seguida vieram os 
Estados Unidos, com 18,4 milhões de barris/dia (17,6% da capacidade mundial); Rússia, com 6,8 
milhões de barris/dia (6,5% da capacidade mundial); e Índia, com 5,2 milhões de barris/dia (4,9% da 
capacidade mundial). A Coreia do Sul foi o quinto país com maior capacidade de refino, com 
aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia (3,2% da capacidade mundial). Juntos, estes cinco 
países responderam por 50% da capacidade mundial de refino. 
 
O Brasil ocupou o nono lugar no ranking, com capacidade de refino de 2,3 milhões de barris/dia 
(2,2% da capacidade mundial). 
 
Dentre as regiões, Ásia-Pacífico foi a que apresentou a maior capacidade de refino, com 37,7 
milhões de barris/dia (36,1% da capacidade mundial), com alta de 0,8% (equivalente a 294,2 mil 
barris/dia) em relação ao ano anterior. 
Dentre as regiões, Ásia-Pacífico foi a que apresentou maior capacidade de refino, com 37,7 milhões 
de barris/dia (36,1% da capacidade mundial), com alta de 0,8% (equivalente a 294,2 mil barris/dia) 
em relação ao ano anterior. 
 
Tabela 1.4 
 
Gráfico 1.4 
 
Cartograma 1.4 
 
 
 
 
 
1.5. Preços 
 
Em 2024, o óleo do tipo Brent teve cotação média de US$ 80,76/barril no mercado spot, registrando 
uma queda de 2,3% em relação a 2023. Enquanto isso, o petróleo do tipo WTI teve cotação média 
de US$ 75,87/barril, com queda de 3,8% ante 2023. 
 
A diferença de preços entre o Brent e o WTI passou de US$ 3,76/barril, em 2023, para US$ 
4,89/barril, em 2024. 
 
Nos últimos dez anos, o crescimento médio anual dos preços WTI foi de 4,5% e Brent foi de 4,4% 
a.a. 
 
Tabela 1.5 
 
Gráfico 1.5 
 
Gráfico 1.6 
 
 
Gás Natural 
 
1.6. Reservas 
 
Em 2024, as reservas provadas mundiais de gás natural somaram 208,4 trilhões de m³, registrando 
crescimento de 1% em comparação com o ano anterior. 
 
As reservas dos países membros da Opep tiveram pequena variação de + 0,2% e e totalizaram 74,9 
trilhões de m³, representando 35,9% do total das reservas. Os países que não fazem parte da Opep 
tiveram um aumento de 1,4% em suas reservas de gás natural, atingindo 133,5 trilhões de m³. 
 
No ranking de países com maiores reservas provadas de gás natural, as três primeiras posições 
foram ocupadas pelos mesmos países do ano anterior. A Rússia liderou, com 47,2 trilhões de m³ 
(22,6% do total mundial). Em seguida, vieram Irã, com 34 trilhões de m³ (16,3% do total) e Catar, 
com 23,8 trilhões de m³ (11,4% do total mundial). Juntos, esses três países responderam por 50,4% 
das reservas globais de gás natural. 
 
Por regiões, a maior parte das reservas provadas se concentrou no Oriente Médio, somando 83,2 
trilhões de m³ (39,9% do total), após pequena variação positiva de 0,2%. Em seguida, ficou a 
Comunidade dos Estados Independentes, com 65,7 trilhões de m³ (31,5% do total), sem variação 
em comparação com 2023. 
 
A reservas da América do Norte cresceram 8,9% em 2024, totalizando 21,1 trilhões de m³ (10,1% 
do total mundial). Já as reservas da África tiveram discreto aumento de 0,2%, totalizando 15,9 
trilhões de m³ (7,6% do total). 
 
A região Ásia-Pacífico alcançou 11,7 trilhões de m³ em volume de reservas (5,6% do total), após 
pequena alta de 0,5% em relação a 2023. As Américas Central e do Sul apresentaram crescimento 
de 0,9%, totalizando 7,3 trilhões de m³ (3,5% do total). Por fim, a Europa apresentou queda de 0,3%, 
somando 3,5 milhões de m3(1,7% do total). 
 
Em 2024, o Brasil ocupou a 28ª colocação no ranking das maiores reservas provadas de gás natural 
do mundo. 
 
Tabela 1.6 
 
Gráfico 1.7 
 
Cartograma 1.5 
 
 
1.7. Produção 
 
Em 2024, a produção mundial de gás natural alcançou 4,1 trilhões de m³, após registrar alta de 1,5% 
em relação a 2023. 
 
Os países que apresentaram maior crescimento volumétrico na produção foram a Rússia (alta de 
43,5 bilhões de m³) e a China (alta de 14,1 bilhões de m³). 
 
 
No polo oposto, o Egito registrou o maior decréscimo volumétricona produção anual de gás natural, 
com queda de 9,6 bilhões de m³. 
 
A produção de gás natural dos países membros da Opep atingiu 660,2 bilhões de m³ (16% do total 
mundial), após crescer 1,9% em comparação com 2023. Os países que não fazem parte da Opep 
produziram 3,5 trilhões de m³ (84% do total mundial) de gás natural, registrando alta de 1,4% em 
relação ao ano anterior. 
 
No ranking global de maiores produtores de gás natural, os Estados Unidos se mantiveram em 
primeiro lugar, com 1 trilhão de m³ (25% do total mundial), sem variação em relação a 2023. Em 
seguida veio a Rússia, com 629,9 bilhões de m³ produzidos (15,3% do total mundial), após 
crescimento de 7,4%. 
 
Dentre as regiões, a América do Norte continuou como maior produtora global de gás natural, 
alcançando um volume de 1,3 trilhão de m³ (30,6% do total mundial), com pequena variação positiva 
de 0,1%. Em seguida, veio a Comunidade dos Estados Independentes, com produção de 813,3 
bilhões de m³ (19,7% do total mundial), após crescimento de 5,3%. 
 
O Oriente Médio registrou um crescimento volumétrico de 18,4 bilhões de m³ na produção de gás 
natural, totalizando 738,4 bilhões de m³ (17,9% do total mundial), após crescimento de 2,6%, 
mantendo-se como terceira maior região produtora. 
 
Depois, veio a região Ásia-Pacífico, com crescimento de 2,4% (equivalente a 16,4 bilhões de m³) em 
sua produção, que alcançou 707,5 bilhões de m³ (17,2% do total mundial). Por sua vez, a África 
registrou queda de 5,5% (equivalente a 14,1 bilhões de m³), somando 239,6 bilhões de m³ (5,8% do 
total mundial). Já a Europa registrou queda de 3,1% (equivalente a 6,4 bilhões de m³), somando 
197,5 bilhões de m³ (4,8% do total mundial). Por fim, as Américas Central e do Sul registraram 
crescimento de 1,9% (equivalente a 3,1 bilhões de m³), totalizando 165,1 bilhões de m³ (4% do total 
mundial). 
 
Cabe ressaltar que a metodologia de cálculo do Energy Institute para a produção de gás natural não 
inclui queima, perda e reinjeção, diferentemente da realizada no Brasil. Isso justifica a diferença entre 
valores que constam desta Seção e da Tabela 2.13 da Seção 2 do Anuário. O Brasil se situou na 
30ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural, com produção de 22,8 bilhões de m³ 
(0,6% do total mundial), após queda de 2,5% no volume produzido em 2024. 
 
Tabela 1.7 
 
Gráfico 1.8 
 
Cartograma 1.6 
 
 
1.8. Consumo 
 
Em 2024, o consumo global de gás natural cresceu 2,8%, alcançando 4,1 trilhões de m³. 
 
A China e a Rússia foram os países com maior incremento volumétrico no consumo em relação a 
2023.A primeira registrou alta de 29,6 bilhões de m³ (+7,3%) e a segunda, de 23,7 bilhões de m³ (+ 
5,2%). Em contrapartida, o Turcomenistão e a França experimentaram as maiores quedas no 
consumo:6,8 bilhões de m³ (- 19,2%) e 2,1 bilhões de m³ (- 6,1%), respectivamente. 
 
No ranking de maiores consumidores de gás natural, os Estados Unidos permaneceram na primeira 
posição, com 902,2 bilhões de m³ (21,9% do total mundial), seguidos da Rússia, com 477 bilhões de 
m³ (11,6% do total mundial), e da China, com 434,4 bilhões de m³ (10,5% do total mundial). 
 
Por regiões, a América do Norte continuou como maior consumidora de gás natural, totalizando 1,1 
trilhão de m³ (27,4% do total mundial), após crescimento de 1,6%. Em seguida, veio a região Ásia-
Pacífico, com 972,7 bilhões de m³ (23,6% do total mundial), após alta de 4,8%. Por sua vez, a 
Comunidade dos Estados Independentes registrou crescimento de 4,1% no consumo de gás natural, 
que subiu para 616 bilhões de m³ (14,9% do total mundial). 
 
O Oriente Médio apresentou crescimento de 2,1%, totalizando 592,5 bilhões de m³ (14,4% do total 
mundial). Já a Europa apresentou acréscimo de 1,6%, totalizando 468,7 bilhões de m³ (11,4% do 
total mundial). Em seguida, a África teve queda de 0,6%, alcançando 178 bilhões de m³ (4,3% do 
total mundial). Por fim, nas Américas Central e do Sul, com crescimento no consumo de 4,5%, 
atingindo 168,9 bilhões de m³ (4,1% do total mundial). 
 
O Brasil registrou crescimento de 5%, totalizando 31,4 bilhões de m³ (0,8% do total mundial), e 
ocupou a 31ª posição no ranking de maiores consumidores de gás natural. 
 
Tabela 1.8 
 
Gráfico 1.9 
 
Cartograma 1.7 
 
SEÇÃO 3 - COMERCIALIZAÇÃO 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS 
 
3.1 Bases de Distribuição 
3.2 Vendas das Distribuidoras 
 
REVENDA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 
 
3.3 Postos Revendedores 
3.4 Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) 
3.5 Preços ao Consumidor 
 
QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS 
 
3.6 Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) 
 
FISCALIZAÇÃO 
 
3.7 Ações de Fiscalização do Abastecimento 
 
COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL 
 
3.8 Consumo Próprio e Vendas de Gás Natural 
 
 
 
As atividades de comercialização subdividem-se em cinco temas: Distribuição de Combustíveis, 
Revenda de Derivados de Petróleo, Qualidade dos Combustíveis, Fiscalização e 
Comercialização de Gás Natural. 
 
A ANP empenha-se constantemente na coleta, análise e organização dos dados, porém grande parte 
da informação veiculada nesta seção do Anuário Estatístico é transmitida pelos próprios agentes 
regulados. 
 
O tema Distribuição de Combustíveis divide-se em dois capítulos: Bases de Distribuição e Vendas 
das Distribuidoras. O primeiro retrata a infraestrutura da distribuição de derivados no Brasil ao fim 
de 2024 e o segundo registra o volume comercializado pelas distribuidoras nos últimos dez anos. 
 
Na sequência, a Revenda é analisada em três capítulos: sob a ótica dos Postos Revendedores, dos 
Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) e dos Preços ao Consumidor. Os dois primeiros 
apresentam, respectivamente, a base de revenda de derivados dos postos e a dos TRRs, enquanto 
o terceiro traz um registro dos preços ao consumidor, calculados a partir do levantamento de preços 
da ANP e das informações das distribuidoras. 
 
Em seguida, o tema Qualidade dos Combustíveis mostra os índices de conformidade encontrados 
em amostras de etanol hidratado, gasolina C e óleo diesel. 
 
O tema Fiscalização apresenta as ações de fiscalização do abastecimento e infrações, por 
segmento e regiões do País. 
 
O último tema desta seção – Comercialização de Gás Natural – enfoca a evolução de vendas, o 
consumo próprio e os demais destinos do gás natural produzido e importado pelo Brasil. 
 
2 
 
Distribuição de Combustíveis 
 
3.1 Bases de Distribuição 
 
Ao fim de 2024, havia no Brasil 301 bases de distribuição de combustíveis líquidos autorizadas pela 
ANP, divididas da seguinte maneira entre as regiões: 99 no Sudeste, 56 no Sul, 52 no Centro-Oeste, 
48 no Nordeste e 46 no Norte. Por sua vez, as unidades da Federação com maior número de bases 
eram São Paulo (54), Paraná (29), Minas Gerais e Mato Grosso (28), Bahia (23) e Pará (21). 
 
A capacidade nominal de armazenamento das bases de distribuição era de 7,9 milhões de m³. Desse 
total, 5,3 milhões de m³ (66,5%) destinaram-se aos derivados de petróleo (exceto GLP) e dividiram-
se pelas regiões nos seguintes percentuais: Sudeste (33,3%), Sul (25,2%), Nordeste (17,1%), Norte 
(14,6%) e Centro-Oeste (9,6%). 
 
Já as bases de distribuição de etanol tinham capacidade de armazenamento de 1,9 milhão de m³ 
(23,6% do total), alocada na seguinte proporção: Sudeste (44,7%), Sul (19,7%), Centro-Oeste 
(13,4%), Nordeste (12,2%) e Norte (9,9%). 
 
Por sua vez, a capacidade de armazenamento de GLP, de 219 mil m³ (2,8% do total), distribuía-se 
da seguinte forma: Sudeste (49,8%), Nordeste (19,5%), Norte (13,1%), Sul (12,9%) e Centro-Oeste 
(4,7%). 
 
A capacidade de armazenamento do biodiesel, de 561,7 mil m³ (7,1% do total), estava alocada da 
seguinte forma: Sudeste (31,5%), Sul (27%), Norte (17,2%), Nordeste (12,5%), e Centro-Oeste 
(11,8%). 
 
 
Tabela 3.1 
 
 
3.2 Vendas das Distribuidoras 
 
Em 2024, as vendas nacionais de derivados de petróleo pelas distribuidoras registraram leve alta de 
0,6%, totalizando 134,3 milhões de m³. 
 
As vendas de GLP registraramalta de 2,2%, totalizando pouco mais de 13,7 milhões de m³. Já as 
vendas de óleo combustível diminuíram em 7,8%, totalizando 1,8 milhão de m³. Querosene 
iluminante teve queda de 5,6%, com 6,6 mil m³. QAV teve alta de 6,8%, com 7 milhões de m³. 
Gasolina C teve uma diminuição de 3,5%, com 44,4 milhões de m³. As vendas de óleo diesel 
aumentaram em 2,9%, atingindo 67,4 milhões de m³. Já as vendas de gasolina de aviação 
registraram queda 1,3%, atingindo 42 mil m³. Gasolina de aviação e querosene iluminante 
continuaram representando uma parcela pequena do total de vendas de 2024, ou seja, menos de 
0,1%. 
 
O volume total de vendas não inclui nafta, óleo combustível marítimo e nem óleo diesel marítimo, 
que são vendidos diretamente pelos produtores aos consumidores, sem a intermediação das 
distribuidoras. 
 
Tabela 3.2 
 
Gráfico 3.1 
 
Como já mencionado, em 2024, as vendas de óleo diesel pelas distribuidoras aumentaram 2,9% e 
alcançaram 67,4 milhões de m³, volume correspondente a 50,2% do total de vendas de derivados 
de petróleo no ano. 
 
3 
 
Em comparação com 2023, todas as Regiões registraram alta em suas vendas. O maior aumento, 
em termos percentuais, foi verificado novamente na região Nordeste (4,9%), que concentrou 16% 
das vendas desse derivado, ou seja, 10,8 milhões de m³. A Região Sul apresentou elevação de 3%, 
com volume de 13,7 milhões de m³ ou 20,3% do total. A Região Sudeste teve alta de 2,9%, com 26,3 
milhões de m³ ou 39,1% do total. A Região Norte registrou elevação de 2% no volume comercializado 
deste derivado, chegando a 6,7 milhões de m³ ou 10% do total. Por fim, as vendas de óleo diesel na 
Região Centro-Oeste aumentaram em 1,3%, atingindo 9,9 milhões de m³, ou 14,6% do total. 
 
Entre as unidades da Federação, o estado de São Paulo foi o responsável pelo maior volume de 
vendas de diesel – 13,7 milhões de m³, o correspondente a 20,4% do total, com aumento de 
aproximadamente 2% em relação a 2023. Em seguida, vieram Minas Gerais (12,5% do total) e 
Paraná (9,6% do total). 
 
O mercado de óleo diesel foi suprido por 155 distribuidoras, com as três empresas líderes em vendas 
concentrando 57,5% do mercado: Vibra (23,2%), Ipiranga (17,7%) e Raízen (16,5%) 
 
Tabela 3.3 
Tabela 3.4 
 
Gráfico 3.2 
 
Em 2024, as vendas de gasolina C apresentaram queda de 3,5% em relação a 2023, atingindo 44,4 
milhões de m³, o correspondente a 33,1% do volume total de derivados comercializado. 
 
Somente as regiões Norte e Nordeste registraram aumento no volume de vendas de gasolina C em 
2024. A Região Sudeste foi a que apresentou maior volume de comercialização deste combustível, 
totalizando 17,3 milhões de m³, o equivalente a 39% das vendas totais, com queda de 7,3%. Em 
segundo lugar, veio a Região Sul, que foi responsável por 22,8% do total, o correspondente a 10,1 
milhões de m³; queda de 1,8%. As outras regiões responderam pelos seguintes volumes de vendas: 
Nordeste, 9,7 milhões de m³ (21,8% do total, com alta de 3,1%), Centro-Oeste, 3,8 milhões de m³ 
(8,5% do total, com diminuição de 10,2%), e Norte, 3,5 milhões de m³ (7,9% do total, com alta de 
1,7%). 
 
São Paulo foi o estado com o maior consumo de gasolina C – 9,4 milhões de m³ (21,1% do total) – 
e registrou uma diminuição de 10,3% em relação ao ano anterior. Em seguida, vieram Minas Gerais, 
com cerca de 4,6 milhões de m³, volume 4,7% menor do que o registrado em 2023, e Rio Grande do 
Sul, com 3,9 milhões de m³, 0,5% maior do que o do ano anterior. 
 
Em 2024, o mercado de distribuição de gasolina C foi suprido por 146 distribuidoras e ficou 
concentrado em três empresas, que detiveram 53,8% do total das vendas: Vibra (21,6%), Ipiranga 
(16,7%) e Raízen (15,5%). 
 
Tabela 3.5 
Tabela 3.6 
 
Gráfico 3.3 
 
Como já mencionado anteriormente, as vendas de GLP em 2024 tiveram alta de 2,2% em relação 
ao ano anterior, alcançando um volume de 13,7 milhões de m³, o que correspondeu a 10,2% do total 
de vendas de derivados. 
 
Todas as regiões registraram aumento em seus volumes comercializados de GLP. Na Região 
Sudeste foram comercializados 5,9 milhões de m³, volume equivalente a 42,8% do total e 1,5% maior 
do que o registrado em 2023. Na Região Nordeste foram vendidos 3,3 milhões de m³, 24,1% do total, 
uma alta de 2,2%. A Região Sul registrou um aumento de 2,5% em relação a 2023, com 2,4 milhões 
de m³ ou 17,8% do total. A Região Centro-Oeste teve alta de 2,4%, com 1,2 milhão de m³ ou 8,7% 
4 
 
do total. Na Região Norte foram comercializados 905,4 mil m³, equivalentes a 5,7% do total, depois 
de um acréscimo de 6,6% na comparação com o ano anterior. 
 
São Paulo foi o estado que concentrou o maior volume de vendas: pouco menos de 3,2 milhões de 
m³, o equivalente a 23,3% do total nacional, com leve alta de 0,4%. Em seguida, veio Minas Gerais, 
com 1,5 milhão de m³ ou 10,7% do total nacional, após registrar um aumento de 5,1%. Por fim, veio 
o estado do Paraná, com aproximadamente 1 milhão de m³ ou 7,5% do total comercializado, com 
alta de 1,3%. 
 
Vinte empresas participaram da distribuição de GLP, sendo que quatro delas concentraram 89,3% 
das vendas totais: Copa Energia (24,3%), Ultragaz (23%), Nacional Gás (21,3%) e Supergasbras 
(20,7%). 
 
Tabela 3.7 
Tabela 3.8 
 
Gráfico 3.4 
 
Em 2024, as vendas de óleo combustível pelas distribuidoras apresentaram queda de 7,8%, 
alcançando 1,8 milhão de m³, e corresponderam a 1,3% das vendas nacionais dos principais 
derivados de petróleo. 
 
As Regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste registraram alta na comercialização deste 
derivado. A Região Nordeste foi a que apresentou maior volume de vendas, com 631 mil m³, o 
equivalente a 35,9% do total, representando uma elevação de 8,8%. As regiões Sudeste, Sul e 
Centro-Oeste tiveram altas nas vendas de, respectivamente, 20% (301,4 mil m³ ou 17,2% do total), 
4,3% (277,4 mil m³ ou 15,8% do total) e 47,2% (93,8 mil m³ ou 5,3% do total). Por outro lado, a 
Região Norte registrou queda de 39,2% nas vendas desse derivado, chegando ao patamar de 453 
mil m³ ou 25,8% do total nacional. 
 
Pará foi o estado que concentrou o maior volume de vendas, com 451,4 mil m³, o equivalente a 
25,7% do total nacional, com queda de 39,3%. Em seguida, veio Maranhão, com 417,9 mil m³ ou 
23,8% do total nacional, após registrar um aumento de 9,6%. Por fim, veio o estado do Bahia, com 
aproximadamente 188,9 mil m³ ou 10,8% do total comercializado, com alta de 8,1%. 
 
Três empresas responderam pela quase totalidade (94,4%) da distribuição de óleo combustível: 
Vibra (73,8%), Raízen (16,4%) e Ipiranga (4,2%). Outras nove distribuidoras complementaram o 
mercado desse derivado. 
 
Tabela 3.9 
Tabela 3.10 
 
Gráfico 3.5 
 
O volume de vendas de QAV aumentou 6,8% em comparação a 2023, totalizando aproximadamente 
7 milhões de m³, o equivalente a 5,2% das vendas totais dos principais derivados de petróleo. 
 
Em 2024, todas as Regiões registraram aumento no volume de vendas de QAV. A Região Norte 
registrou variação positiva 50%, chegando a 291 mil m³, o equivalente a 4,2% do total. A Região 
Nordeste teve alta de 19,6%, atingindo 1,1 milhão de m³, equivalente a 15,1% do total. A Região 
Sudeste chegou a 4,7 milhões de m³ ou 67,7% do total, mantendo-se como a Região que concentrou 
o maior volume de vendas deste derivado, depois de um leve acréscimo de 0,6% em relação ao ano 
anterior. A Região Sul registrou aumento de 29,3%, chegando a 337,7 mil m³ ou 4,8% do total. A 
Região Centro-Oeste aumentou seus volumes de vendas em 13,4%, chegando a 573,9 mil m³, ou 
8,2% do total. 
 
5 
 
São Paulo foi o estado com o maior consumo de QAV: 3,5 milhões de m³, correspondentes a 50,7% 
do total, registrando queda de 6,9%. Em seguida, vieram Rio de Janeiro, com 852,3 mil m³, ou 12,2% 
do total, com alta de 20%, e o Distrito Federal, com 382,6 mil m³, 5,5% do total, com alta de 6,7%. 
 
Seis distribuidoras foram responsáveis por abastecer o mercado nacional de QAV. As que tiveram a 
maior participação nas vendas foram: Vibra (60,4%), Raízen (20,4%) e AirBP Brasil (18,5%). 
 
Tabela 3.11 
Tabela 3.12 
 
Gráfico 3.6 
 
Em 2024, a comercialização de querosene iluminante registrou diminuição de 5,6% em relação a 
2023, totalizando 6,6 mil m³, menos de 0,1% das vendas totais dos principais derivados de petróleo. 
 
As vendas de querosene iluminante por região se distribuíram da seguinte maneira: Nordeste, 5,4 
mil m³ (81,1% do total), com elevação de 4,7%; Sudeste, 741 m³ (11,2% do total, com alta de 7,1%), 
e Sul, 512,5 m³ (7,7% do total, com queda de 57,2%). Nas regiões Norte e Centro-Oeste não foram 
registradas vendas de querosene iluminante durante o ano. 
 
Bahia foi o estado que apresentou maior volume de vendas de querosene iluminante, com 5,4 mil 
m³, ou 81,1% do total, com alta de 4,7%. Em seguida vieram Minas Gerais, com 710 m³ (10,7% do 
total; alta de 12,5%), e Rio Grande do Sul, com 335 m³ (5% do total; queda de 29,5%) 
 
As vendas nacionais de querosene iluminante foram realizadas por apenas três empresas, a saber: 
Raízen (87,4%), Vibra (11,5%) e Ipiranga (1,1%). 
 
Tabela 3.13 
Tabela 3.14 
 
Gráfico 3.7 
 
Em 2024, as vendas de gasolina de aviação diminuíram 1,3% em relação a 2023, atingindo 42 mil 
m³, o que representou menos de 0,1% do total dos principais derivados de petróleo. 
 
A Região Norte teve uma queda de 4,4%, com 7,3 mil m³, representando 17,4% do total. A Região 
Nordeste teve aumento de 11%, com um volume de 4,4 mil m³ ou 10,6% do total comercializado 
deste derivado. A Região Sudeste também registrou alta no volume comercializado, de 0,7%, com 
12,5 mil m³, correspondendo a 29,7% do total. A Região Sul teve acréscimo de 1%, atingindo 7,6 mil 
m³ ou 18,1% do total. A Região Centro-Oeste registrou queda, de 7,4%, no consumo deste derivado, 
com pouco menos de 10,2 mil m³, representando 24,2% do total. 
 
São Paulo foi o estado que concentrou o maior volume de vendas desse derivado, com 7,6 mil m³, 
ou 18% do total, depois de alta de 3,7%. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso, com 4,6 
mil m³ (11% do total; queda de 4,9%), e Minas Gerais, com 3,2 mil m³ (7,5% do total; queda de 6,3%) 
 
A distribuição desse derivado foi realizada por seis empresas: Vibra (60,4%), Raízen (20,4%), Air BP 
Brasil (18,5%), Air BP Petrobahia (0,4%), Gran Petro e Rede Sol (0,2%). 
 
Tabela 3.15 
Tabela 3.16 
 
Gráfico 3.8 
 
 
Revenda de Derivados de Petróleo 
6 
 
3.3 Postos Revendedores 
 
Ao fim de 2024, 44.973 postos revendedores de derivados de petróleo operavam no País. Desses, 
36,5% estavam localizados no Sudeste, 27,5% no Nordeste, 18% na Região Sul, 9,2% no Centro-
Oeste e 8,8% na Região Norte. Os estados com maior concentração de postos eram: São Paulo 
(19,3%), Minas Gerais (10,9%), Bahia (7,6%), Rio Grande do Sul (7%), Paraná (6,4%) e Rio de 
Janeiro (4,6%). 
 
Em âmbito nacional, 41,2% dos postos revendedores se dividiram entre quatro das 62 bandeiras 
atuantes: Vibra (15%), Ipiranga (12,9%), Raízen (10,6%) e Ale (2,7%). 
 
Os postos revendedores que operam com bandeira branca (aqueles que podem ser abastecidos por 
qualquer distribuidora) tiveram participação de 48,2% em 2024. 
 
Tabela 3.17 
Tabela 3.18 
 
Gráfico 3.9 
 
 
3.4 Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs) 
 
Em 2024, 632 TRRs estavam cadastrados na ANP. As Regiões Sul e Sudeste concentravam, 
respectivamente, 38% e 25,2% desse total, enquanto Centro-Oeste, Nordeste e Norte reuniam 
22,5%, 8,1% e 6,3%, nessa ordem. As unidades da Federação com o maior número de TRRs eram: 
Rio Grande do Sul (15,8%), Paraná (14,9%), São Paulo (13,9%), e Mato Grosso (11,2%). 
 
Tabela 3.19 
 
 
3.5 Preços ao Consumidor 
 
Em 2024, o preço médio nacional da gasolina C registrou alta de 7,6% em relação a 2023, passando 
para R$ 5,93. Os preços mais baixos foram verificados no Maranhão (R$ 5,71) e os mais altos no 
Acre, com preço médio de R$ 7,09. Nas regiões, foram registrados os seguintes preços médios: 
Norte (R$ 6,25), Nordeste (R$ 5,97), Sudeste (R$ 5,82), Sul (R$ 6,00) e Centro-Oeste (R$ 5,90). 
 
Da mesma forma, o preço médio do óleo diesel no Brasil aumentou 2,8% em 2024, fixando-se em 
R$ 5,92. Os menores preços foram observados em Sergipe (R$ 5,67) e os maiores no Acre (R$ 
7,31). Nas regiões brasileiras, os preços médios foram de: Norte (R$ 6,25), Nordeste (R$ 5,91), 
Sudeste (R$ 5,87), Sul (R$ 5,89) e Centro-Oeste (R$ 5,92). 
 
Os preços do GLP ao consumidor (R$/kg) tiveram queda de 0,6% no mercado nacional, atingindo 
R$ 7,97. Os menores preços foram observados em Pernambuco (R$ 6,91) e os maiores em Roraima 
(R$ 10,06). Nas regiões brasileiras, registraram-se os seguintes preços médios: Norte (R$ 8,86), 
Nordeste (R$ 7,88), Sudeste (R$ 7,77), Sul (R$ 8,13) e Centro-Oeste (R$ 8,17). 
 
Por fim, em 2024 o preço médio nacional do gás natural veicular (GNV) registrou alta de 3,3% em 
relação ao ano anterior, passando para R$ 4,62. Os menores preços foram observados em Mato 
Grosso (R$ 3,57), e os maiores, no Distrito Federal (R$ 6,69). Nas regiões brasileiras, foram 
registrados os seguintes preços médios: Norte (R$ 4,69), Nordeste (R$ 4,61), Sudeste (R$ 4,60), 
Sul (R$ 4,72) e Centro-Oeste (R$ 4,64). 
 
Tabela 3.20 
Tabela 3.21 
Tabela 3.22 
7 
 
Tabela 3.23 
 
Gráfico 3.10 
 
Em 2024, o preço do querosene iluminante ao consumidor foi de R$ 8,103 em Curitiba, único 
município o que apresentou esta cotação de preços. 
 
Em relação ao óleo combustível A1, o único preço cotado, em 2024, foi de R$ 4,499. 
 
O preço médio do QAV ao consumidor foi de R$ 4,512 em 2024. Belém registrou o menor preço 
R$ 4,134 entre os municípios selecionados, enquanto Manaus registrou o maior valor R$ 5,209) 
 
 
Tabela 3.24 
Tabela 3.25 
Tabela 3.26 
 
Gráfico 3.11 
 
 
Qualidade dos Combustíveis 
 
3.6 Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) 
 
O PMQC é o instrumento utilizado pela ANP para verificar a qualidade dos principais combustíveis 
líquidos comercializados no Brasil. Por meio do programa, identificam-se focos de não conformidade, 
ou seja, a existência de produtos que não atendem às especificações técnicas, e planejam-se ações 
de fiscalização realizadas pela ANP ou órgão conveniados. 
 
As amostras são analisadas em relação a diversos parâmetros técnicos estabelecidos nas 
respectivas normativas de qualidade. As análises são feitas no Centro de Pesquisas e Análises 
Tecnológicas (CPT), localizado em Brasília, e nas instituições de ensino e/ou de pesquisa 
contratadas pela ANP por meio de processo licitatório. 
 
Em 2024, foram coletadas 65.614 amostras de combustíveis, 33,8% a menos do que em 2023. 
Destas, 2.557 apresentaram não conformidades1. Foram analisadas 17.974 amostras de etanol 
hidratado, 24.311 de gasolina C e 23.329 de óleo diesel; destas, respectivamente, 351, 533 e 1.673 
estavam não conformes. 
 
No caso do etanol hidratado, os ensaios realizados pelas instituições integrantes do PMQC 
encontraram 548 não conformidades, sendo 54,7% referentes à massa específica/teor alcoólico; 
24,1% a condutividade; 15,1% a aspecto, cor, teor de hidrocarbonetos, teor de metanol e material 
não volátil, e 6% referente ao pH. 
 
No caso da gasolina C, foram verificadas 571 não conformidades, sendo 76,7% referentes ao teor 
de etanol anidro combustível, 13% à destilação e 10,3% a aspecto, cor, benzeno (máximo), olefínico 
(máximo), aromáticos (máximo), Teor de Enxofre e Teor de Metanol. Em 2024, como no ano anterior, 
não foram verificadas não conformidades referentes à octanagem do produto, no caso deste 
combustível. 
 
No que diz respeito ao óleo diesel, foram observadas 1.888 não conformidades, das quais 54% 
relativas ao teor de biodiesel (verificação do cumprimento ao dispositivo legal que determina a adição 
de biodiesel ao óleo diesel); 23,5% a ponto de fulgor; 13% relativas a cor ASTM, destilação, teor de 
 
1
 Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não conformidades. 
 
8 
 
água, contaminação total, teor de água e sedimentos, água livre, material particulado e massa 
específica; 5,5% à concentração de enxofre; 3,9% aoaspecto (indicação visual de qualidade e de 
possíveis contaminações); e 0,2% a corante. 
 
Tabela 3.27 
Tabela 3.28 
 
Gráfico 3.12 
Gráfico 3.13 
Gráfico 3.14 
Gráfico 3.15 
 
 
Fiscalização 
 
3.7 Ações de Fiscalização do Abastecimento 
 
Em 2024, foram realizadas 17.341 ações de fiscalização do abastecimento, das quais 4.600 
resultaram na lavratura de autos de infração, o que corresponde a 26,5% do total. Os principais 
segmentos fiscalizados foram os postos revendedores (foco de 77,3% das ações de fiscalização) e 
os revendedores de GLP (alvo de 10,9% das ações). 
 
A Região Sudeste foi alvo do maior número de ações de fiscalização, 7.834, num total equivalente a 
45,2%, seguida pela Região Centro-Oeste, com 16,2%, e pela Região Nordeste, com 15,6%. As 
Regiões Sul e Norte foram responsáveis por 13,3% e 9,8%, respectivamente. 
 
Tabela 3.29 
Cartograma 3.1 
 
 
Comercialização de Gás Natural 
 
3.8 Consumo Próprio e Vendas de Gás Natural 
 
Em 2024, as vendas de gás natural diminuíram 4,8% em relação ao ano anterior, totalizando 18,9 
bilhões de m³. No acumulado de 10 anos, houve decrescimento, em média, de 5,1% ao ano. 
 
A Região Sudeste continuou sendo a maior consumidora de gás natural no Brasil, respondendo por 
59,1% de todo o volume comercializado em território nacional. Em 2024, as vendas destinadas a 
essa Região também registraram queda de 10,3%, totalizando 11,2 bilhões de m³. 
 
Já a Região Nordeste registrou alta de 7,8% nas vendas de gás natural, que alcançaram 4,3 bilhões 
de m³ (23% do total). A Região Norte teve acréscimo de 5,6% nas vendas, que atingiram 1,8 bilhão 
de m³ (9,3% do total). A Região Sul registrou queda de 8,3 em suas vendas, que totalizaram 1,3 
bilhão de m³ (7,1% do total). O Centro-Oeste registrou crescimento nas vendas, de 12,6%, que 
somaram 293 milhões de m³ (1,6% do total nacional). 
 
Como nos anos anteriores, os maiores volumes de gás natural foram vendidos no estado do Rio de 
Janeiro (5 bilhões de m³, 26,3% do total, após queda de 10,2%) e no estado de São Paulo (4,8 
bilhões de m³, 25,7% do total, após queda de 8,1%). 
 
No que se refere ao consumo próprio (o gás natural utilizado nas áreas de produção, refino, 
processamento e movimentação), houve aumento de 6,7% em comparação a 2023. Do total de 9,8 
bilhões de m³ consumidos em 2024, 82%, ou 8 bilhões de m³, corresponderam à Região Sudeste, 
com alta de 9,9%. 
 
9 
 
As demais regiões registraram as seguintes variações relacionadas ao consumo próprio de gás 
natural durante o ano de 2024 em comparação a 2023: Região Norte apresentou decréscimo de 5%, 
com 177,5 milhões de m3 de consumo ou 1,8% do total; Região Nordeste registrou crescimento de 
3,8%, com pouco mais de 1,1 bilhão de m3 de consumo ou 11,3% do total; e a Região Sul registrou 
queda de 22%, com 478,4 milhões de m3 de consumo, que representou 4,9% do total nacional. 
 
No balanço do gás natural no Brasil, a oferta interna corresponde à soma dos valores de importações 
e produção, descontados ajustes, queima, perda, reinjeção e exportações. O valor da oferta interna 
também pode ser obtido pela soma do consumo próprio total, do LGN absorvido, das vendas e 
importadores. Em 2024, a oferta interna de gás natural foi de 32,2 bilhões de m³. Desse total, 58,6% 
destinaram-se às vendas, 30,4% ao consumo próprio total, 6,3% aos importadores, enquanto outros 
4,7% foram ofertados como LGN. 
 
Tabela 3.30 
Tabela 3.31 
Tabela 3.32 
 
Gráfico 3.16 
Gráfico 3.17 
SEÇÃO 4 – BIOCOMBUSTÍVEIS 
 
 
Etanol 
 
4.1 Produção 
4.2 Importação e Exportação 
4.3 Distribuição 
4.4 Preços do Etanol Hidratado ao Consumidor 
 
Biodiesel 
 
4.5 Produção de Biodiesel 
4.6 Consumo de Metanol 
4.7 Produção de Glicerina 
4.8 Matérias-primas Utilizadas na Produção de Biodiesel 
4.9 Leilões de Biodiesel 
 
Biometano 
 
4.10 Biometano 
 
RenovaBio 
 
4.11 RenovaBio 
 
 
O objeto desta seção são os Biocombustíveis, subdividindo-se em quatro temas: Etanol, 
Biodiesel, Biometano e RenovaBio. 
 
O tema Etanol está estruturado em quatro capítulos: Produção; Importação e Exportação; 
Distribuição; Preços ao Consumidor. O primeiro traz informações sobre a produção de etanol anidro 
e hidratado nas Regiões e unidades da Federação. O segundo refere-se às importações e 
exportações de etanol, de acordo com países e Regiões geográficas. O terceiro capítulo descreve o 
mercado de distribuição do etanol hidratado. E o último mostra a evolução, por estados, dos preços 
médios ao consumidor, conforme levantamento de preços realizado pela Superintendência de 
Defesa da Concorrência (SDC) da ANP. 
 
O tema Biodiesel apresenta dados de capacidade nominal e produção de biodiesel (B100) das 
unidades produtoras autorizadas pela ANP, abrangendo as rotas de produção adotadas (metílica ou 
etílica), as matérias-primas utilizadas, bem como a quantidade de glicerina gerada como subproduto. 
Apresenta também o volume mensal de metanol utilizado na produção de B100, por estado. 
 
O tema Biometano inclui a capacidade de processamento e o volume processado de biogás para 
produção de biometano por Regiões e unidades da Federação. 
 
O tema RenovaBio traz a evolução da aprovação dos certificados de produção eficiente de 
biocombustíveis; a emissão de créditos de descarbonização (CBIOs) pelos produtores e 
importadores e a aposentadoria de CBIOs pelas distribuidoras. O RenovaBio é a Política Nacional 
de Biocombustíveis instituída pela Lei nº 13.576/2017 e tem como objetivo contribuir para a redução 
das emissões de gases de efeito estufa (GEE). 
 
 
 
 
 
 
 
Etanol 
 
4.1 Produção 
 
Em 2024, a produção total de etanol registrou alta de 4,2%, totalizando 37 milhões de m³. A produção 
de etanol anidro diminuiu 8,2%, ao passo que a produção de etanol hidratado teve acréscimo de 
12,3%. A taxa média anual de crescimento da produção de etanol para o período 2014-2024 foi de 
2,1%. 
 
A Região Sudeste, maior produtora nacional de etanol, com volume de 17,3 milhões de m³ (46,9% 
da produção brasileira), apresentou alta de 0,6% em relação a 2023. A produção de etanol nas 
Regiões Centro-Oeste e Norte também seguiram a tendência de alta, com aumentos de 11,1% e 
3,1%, totalizando 16,3 milhões de m³ e 261,5 mil m³, respectivamente. Por outro lado, as Regiões 
Nordeste e Sul registraram quedas de 7,1% e 7,8%, chegando a 1,9 milhão de m³ e 1,1 milhão de 
m³ de etanol produzidos, respectivamente. 
 
O estado de São Paulo foi o estado onde mais se produziu etanol, chegando a 13,7 milhões de m³ 
ou 37,1% da produção nacional, depois de uma pequena queda de 0,3%. Em seguida vieram os 
estados de Mato Grosso, com 6,6 milhões de m³ (17,8% do total; alta de 21,8%), e Goiás, com 5,7 
milhões de m³ (15,3% do total; alta de 3,4%). 
 
Tabela 4.1 
 
Gráfico 4.1 
Gráfico 4.2 
 
A produção nacional de etanol anidro foi de 12,8 milhões de m³ em 2024, 8,2% menor do que em 
2023. Já a taxa média anual de crescimento da produção de etanol anidro para o período 2015-2024 
foi de 1,2%. 
 
O Sudeste foi a Região que mais produziu etanol anidro, com 6,7 milhões de m³, equivalentes a 
52,6% da produção nacional, depois de diminuição de 10,4% em comparação à produção de 2023. 
As Regiões Norte, Nordeste e Sul seguiram a tendência de queda, conforme mostra a tabela 4.2. A 
Região Centro-Oeste foi a única que registrou alta, de 3,1%, com volume de 4,7 milhões de m³. 
 
Por estados, São Paulo foi o maior produtor de etanol anidro, com volume de 5,5 milhões de m³, 
correspondente a 42,7% da produção nacional. Em seguida vieram os estados de Mato Grosso 
(16,5% do total; alta de 6,8%) e Goiás (10,6% do total; alta de 6,8%). 
 
Tabela 4.2 
 
Gráfico 4.3 
Gráfico 4.4 
 
Como já mencionado anteriormente, em 2024, a produção de etanol hidratado aumentou 12,3% no 
Brasil, totalizando 24,1 milhões de m³, o equivalente a 65,3% da produção nacional de etanol (anidro 
+ hidratado). A taxa média de crescimento na produção de etanol hidratado no período 2014-2024 
foi de 2,6%. 
 
Em 2024, todas as Regiões seguiram tendência de altanos volumes produzidos de etanol hidratado. 
A Região Centro-Oeste foi a maior produtora de etanol hidratado, totalizando 11,6 milhões de m³, ou 
48,3%, depois de alta de 14,6%. Em seguida veio a Região Sudeste, com 10,6 milhões de m³, com 
alta de 9,1%. A Região Nordeste, terceira maior produtora de etanol hidratado, registrou aumento de 
21,5%, com volume de 1,2 milhão de m³. A Região Sul aumentou sua produção em 8,6%, com 
volume de 563,5 mil m³. A Região Norte registrou aumento de 15,5% no volume produzido deste 
biocombustível, com 123,6 mil m³. 
 
Por estados, São Paulo foi o que apresentou a maior produção de etanol hidratado, com volume de 
8,2 milhões de m³, correspondente a 34,1% da produção nacional, depois de uma elevação de 7,8%. 
Em seguida vieram os estados de Mato Grosso, com 18,5% (alta de 30,4%) e Goiás, com 17,8% do 
total (alta de 2,3%). 
 
Tabela 4.3 
 
Gráfico 4.5 
Gráfico 4.6 
 
 
4.2 Importação e Exportação 
 
Em 2024, o Brasil importou 194,6 mil m³ de etanol, registrando alta de 226,4% em relação a 2023. 
Do total do volume importado, 56,9% foram de procedência dos Estados Unidos. 
 
Por outro lado, as exportações brasileiras de etanol, em 2024, diminuíram 24,9% em relação ao ano 
anterior, atingindo 1,9 milhão de m³. 
 
Seguindo essa tendência de queda, todas as Regiões Geográficas apresentaram queda no volume 
de etanol importado do Brasil. A Região do Oriente Médio registrou queda de 72,7%; a Região da 
Europa teve diminuição de 68,6%; a Região das Américas Central e do Sul diminuiu 50%; a Região 
da América do Norte; queda de 16,7%; a Região da África, queda de 3,4%, por fim, a Região da 
Ásia-Pacífico registrou diminuição de 2,5%. 
 
Os principais destinos do etanol brasileiro foram a Região Ásia-Pacífico e a América do Norte, as 
quais importaram, respectivamente, 1,1 mil m³ (41,1% do total) e 313,5 mil m³ (16,6% do total). Em 
seguida, veio a África, que importou 232,6 mil m³ (12,3% do total). Depois vieram a Europa, com 
194,7 mil m³; as Américas Central e do Sul, com 44,3 mil m³ de etanol brasileiro, e o Oriente Médio, 
com 21,4 mil m³ importado deste derivado. 
 
Dentre os países, a Coreia do Sul continuou sendo o que mais importou etanol brasileiro: 774,8 mil 
m³, representando 41,1% do volume total exportado pelo Brasil. 
 
 
Tabela 4.4 
Tabela 4.5 
 
 
4.3 Distribuição 
 
Por ser adicionado à gasolina A (aquela produzida por refinarias, centrais petroquímicas e 
formuladores) para a produção de gasolina C, o etanol anidro tem participação proporcional à da 
gasolina C no mercado de distribuição. A partir do volume de vendas desta última e do percentual 
de adição de etanol anidro vigente (27% desde 16 de março de 2015), calcula-se que o volume de 
vendas de etanol anidro tenha sido equivalente a 12 milhões de m³ em 2024. 
 
As vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras, por sua vez, totalizaram 21,7 milhões de m³, 
volume 33,9% superior ao de 2023. 
 
Todas as Regiões registraram aumento nas vendas de etanol hidratado, como mostra a tabela 4.6. 
A Região Norte foi a que registrou o maior percentual de alta no volume comercializado deste 
biocombustível - de 71,8% - totalizando 469,9 mil m³ ou 2,2% do total. A Região Sudeste foi a 
responsável pelo maior volume de etanol hidratado vendido pelas distribuidoras (14,2 milhões de 
m³), o equivalente a 65,3% do total. A Região Centro-Oeste foi responsável por 16,5% do total 
vendido deste bicombustível, chegando a 3,6 milhões de m³, depois de um aumento de 33,5%. Na 
Região Sul foram comercializados 1,8 milhão de m³, ou 8,2% do total, com acréscimo de 65,4%. Por 
fim, a Região Nordeste registrou alta de 41,1%, chegando a 1,7 milhão de m³ ou 7,9% do total. 
São Paulo foi o estado que registrou o maior volume de vendas de etanol hidratado, com pouco 
menos de 10,4 milhões ou 47,8% do total nacional, depois de alta de 25,2%. Em seguida vieram os 
estados de Minas Gerais, com 11,6% do total (alta de 32,5%), e Goiás, com 7,9% do total, depois 
de registrar uma alta de 25,3%. 
 
Tabela 3.2 
Tabela 4.6 
 
Gráfico 4.7 
 
Em 2024, três empresas distribuidoras concentraram 50,2% das vendas de etanol hidratado no 
território nacional: Raízen, com 16,8% de participação no mercado; Vibra, com 16,7%; Ipiranga, com 
16,7%. Os 49,6% restantes foram distribuídos por outras 145 empresas. 
 
Tabela 4.7 
 
Gráfico 4.8 
 
Somadas, as vendas de etanol anidro (12 milhões de m³) e hidratado (21,7 milhões de m³) foram 
superiores às de gasolina A (32,4 milhões de m³). 
 
Gráfico 4.9 
 
 
4.4 Preços do Etanol Hidratado ao Consumidor 
 
Em 2024, o preço médio anual do etanol hidratado ao consumidor foi de R$ 3,86/litro, valor 2,8% 
superior ao registrado no ano anterior. Os preços mais baixos foram observados na Região Sudeste 
(R$ 3,77/litro), com destaque para o estado de São Paulo (R$ 3,69/litro). 
 
Os preços mais altos foram registrados na Região Norte (R$ 4,56/litro) e, por estados, no Amapá 
(R$ 5,00/litro). 
 
Tabela 4.8 
 
Gráfico 4.10 
 
 
Biodiesel 
 
4.5 Produção de Biodiesel 
 
O biodiesel é um combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado 
transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal 
reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O 
primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel após passar por processos de purificação 
para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em 
motores de ignição por compressão (ciclo Diesel). A sua mistura ao diesel fóssil teve início em 2004. 
Em 2024, o percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel foi de 12% até fevereiro e 14% no 
restante do ano. 
 
Em 2024, a capacidade nominal de produção de biodiesel (B100) no Brasil era de cerca de 14,9 
milhões de m³ (41,3 mil m³/dia). Já a produção nacional foi de pouco menos de 9,1 milhões de m³, o 
que correspondeu a 60,9% da capacidade total. 
 
Em comparação a 2023, a produção de biodiesel foi 20,4% superior. Em 2024, todas as regiões 
registraram aumento na produção de biodiesel. A Região Sul foi a maior produtora de biodiesel em 
2024, com 3,7 milhões de m³, ou 41,1% do total nacional, depois de alta de 18,4%. A Região Centro-
Oeste foi a segunda maior produtora, com 3,6 milhões de m³, ou 39,6% do total nacional, com alta 
de 18,1%. A terceira maior produtora de biodiesel foi a Região Nordeste, com 790,4 mil m³, ou 8,7% 
do total, registrando acréscimo de 26,5%. Em seguida vieram as Regiões Sudeste, com 567,4 mil 
m³ (6,3% do total, alta de 30,3%) e Norte, com 395,7 mil m³ (4,4% do total; alta de 39,7%) 
 
Por estados, o Rio Grande do Sul foi o maior produtor de biodiesel, com um volume de 
aproximadamente 2 milhões de m³, o equivalente a 21,6% do total nacional. Sua produção cresceu 
15,5% em comparação ao ano anterior. Em seguida, vieram Mato Grosso, com 1,9 milhão de m³ 
produzido (21,2% do total nacional), após alta de 24%, e Paraná, com 1,3 milhão de m³ (14,4% do 
total), depois de alta de 21,7%. 
 
 
Tabela 4.9 
Tabela 4.10 
 
Gráfico 4.11 
 
 
4.6 Consumo de Metanol 
 
O consumo de metanol pode variar em função do processo de produção e das matérias-primas 
utilizadas na fabricação de biodiesel. 
 
Em 2024, o consumo total de metanol empregado na produção de biodiesel pelo processo de 
transesterificação de óleos vegetais e gorduras animais foi de pouco menos de 1 milhão de m³, 24% 
maior do que em 2023. 
 
Dentre as Regiões, o maior consumo de metanol para a produção de biodiesel foi registrado na 
Região Centro Oeste, de 421,8 mil m³ (40,4% do total nacional). Em seguida, veio a Região Sul, com 
consumo de 416,2 mil m³ de metanol (39,8% do total). As Regiões Nordeste e Sudeste foram 
responsáveis pelo consumo de 94,6 mil m³ e 67,3 mil m³ de metanol na produção de biodiesel, 
respectivamente, correspondentes a 9% e 6,4% de participação no total nacional. Na Região Norte, 
o volume foi de 45,4 mil m³ (4,3% do total). 
 
 
4.7 Produção de GlicerinaA glicerina gerada na produção de biodiesel pode variar em função do processo de produção e das 
matérias-primas utilizadas. O volume apresentado na tabela 4.12 refere-se à produção de glicerina 
bruta. 
 
Em 2024, foram gerados 802,6 mil m³ de glicerina como subproduto da produção de biodiesel (B100), 
23,3% a mais do que em 2023. O maior volume de produção se deu na Região Centro-Oeste (42,6% 
do total), seguida das Regiões Sul (39,5%), Nordeste (8,4%), Sudeste (5,7%) e Norte (3,8%). 
 
 
4.8 Matérias-primas Utilizadas na Produção de Biodiesel 
 
A soja é a principal matéria-prima utilizada na produção de biodiesel (B100). Em 2024, 74% do total 
de matéria prima utilizada correspondeu à soja. As demais matérias-primas utilizadas podem ser 
conferidas na tabela 4.13. 
 
Tabela 4.11 
Tabela 4.12 
Tabela 4.13 
 
Gráfico 4.12 
Gráfico 4.13 
Gráfico 4.14 
 
Cartograma 4.1 
Cartograma 4.2 
 
4.9 Leilões de Biodiesel 
 
A partir de janeiro de 2024, passou a vigorar um novo modelo de comercialização de biodiesel, em 
substituição aos leilões públicos, para atendimento do percentual de mistura obrigatória ao diesel de 
origem fóssil. Nesse novo modelo, as distribuidoras passaram a comprar o biodiesel diretamente dos 
produtores, conforme a Resolução CNPE nº 14/2020 e a Resolução ANP nº 857/2023. 
 
As metas mínimas de contratação estabelecidas para os distribuidores de combustíveis líquidos e 
os produtores de biodiesel, conforme a Resolução ANP nº 857/2023, de 2024, podem ser 
consultadas no site da ANP, link (https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/distribuicao-e-
revenda/comercializacao-de-biodiesel). 
 
Na tabela 4.14, apresentam-se os leilões de biodiesel e os volumes comercializados até 2021. 
 
 
4.10 Biometano 
 
O biometano é um biocombustível gasoso constituído essencialmente de metano, derivado da 
purificação do biogás. Por sua vez, o biogás é originário da digestão anaeróbica de material orgânico 
(decomposição por ação das bactérias), composto principalmente de metano e dióxido de carbono 
(CO2). 
 
O biometano obtido de resíduos essencialmente orgânicos é aquele proveniente das atividades 
agrossilvopastoris ou de atividades comerciais (como, por exemplo, alimentos descartados por bares 
e restaurantes), excluídos o gás de aterro sanitário e o proveniente de estações de tratamento de 
esgoto, uma vez que estes podem conter outros resíduos não orgânicos. 
 
A purificação do biogás resulta no biometano com elevado teor de metano em sua composição, 
reunindo características que o torna intercambiável com o gás natural em todas as suas aplicações. 
Ou então passível de ser transportado na forma de gás comprimido por meio de caminhão-feixe 
(gasoduto virtual) ou na forma de gás liquefeito, denominado biometano liquefeito - Bio-GNL. 
 
Em 2024, a capacidade instalada de processamento de biogás foi de 503,6 milhões de m³. O volume 
processado de biogás correspondeu a 231,6 milhões de m³, ou 46% da capacidade instalada. O 
estado onde houve maior processamento foi o Rio de Janeiro, com 153,1 milhões de m³, 66,1% do 
total, seguido de Ceará (25,2% do total) e São Paulo (8,7% do total). 
 
Em 2024 houve produção de 81,5 milhões de biometano, volume 8,9% superior ao registrado no 
ano anterior. A produção ocorreu em apenas duas Regiões, a Sudeste e a Nordeste, com 55,8 mil 
m³ (68,4% do total; alta de 5,5%) e 25,7 mil m³ (alta de 0,3%), respectivamente. 
 
Tabela 4.15 
Tabela 4.16 
Tabela 4.17 
Gráfico 4.15 
Gráfico 4.16 
 
 
 
 
 
 
 
4.11 RenovaBio 
 
O RenovaBio é uma política instituída pela Lei nº 13.576/2017 com o objetivo de promover a 
expansão adequada da produção e uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira. O 
RenovaBio dá ênfase à continuidade do fornecimento de combustíveis, ao aumento da eficiência 
energética do setor produtivo de biocombustíveis, e à contribuição para a redução das emissões de 
gases de efeito estufa (GEE). 
 
São três instrumentos de implementação do RenovaBio: (i) as metas de descarbonização, (ii) a 
certificação da produção eficiente de biocombustíveis e (iii) os créditos de descarbonização (CBIOs). 
Eles se inter-relacionam de modo a, em seu conjunto, garantir o RenovaBio como estratégia nacional 
integrada para os biocombustíveis. 
 
Metas de Descarbonização são metas obrigatórias a serem cumpridas pelas distribuidoras de 
combustíveis, definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Após definidas as 
metas anuais de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, a ANP individualiza 
essas metas aplicadas a todas as distribuidoras de combustíveis fósseis que comercializam gasolina 
automotiva e óleo diesel, para cada ano em curso, com base nas vendas anuais de cada distribuidor 
no ano anterior, conforme a Resolução ANP nº 791, de 12/06/2023. 
 
Certificação da Produção Eficiente de Biocombustíveis é o certificado que fornece a nota de 
eficiência energética-ambiental, volume elegível e o fator de geração de CBIOs de cada produtor e 
importador de biocombustível certificado. Para emitir e comercializar os CBIOs, os produtores e 
importadores precisam obter o Certificado de Produção Eficiente de Biocombustíveis (Resolução 
ANP nº 758, de 23/11/2018). 
 
Em 2024, a ANP aprovou 126 certificados de produção eficiente de biocombustíveis para os 
produtores e importadores de biocombustíveis poderem emitir CBIOs, resultando em crescimento 
de 74% em relação ao ano anterior. 
 
Créditos de Descarbonização (CBIOs) são o ativo ambiental, equivalente a uma tonelada de CO2 
evitada, que podem ser gerados quando produtores e importadores de biocombustíveis certificados 
comercializam seu produto no mercado interno, de acordo com o fator de geração de CBIO e o 
volume comercializado de biocombustíveis. Os CBIOs gerados são escriturados por instituições 
financeiras contratadas pelos produtores e importadores e colocados à venda na bolsa de valores 
brasileira, a B3. Por outro lado, os distribuidores terão que aposentar (adquirir e tirar de circulação) 
o número de CBIOs equivalente às suas metas compulsórias individuais de redução das emissões 
de gases causadores de efeito estufa. 
 
No ano de 2024, foram emitidos 42,5 milhões de CBIOs pelos produtores e importadores de 
biocombustíveis certificados, 23% superior a 2023. 
 
Em 2024, as distribuidoras aposentaram 54,4 milhões de CBIOs referentes às suas metas 
compulsórias de redução das emissões de gases causadores de efeito estufa. Os outros agentes 
aposentaram dois CBIOs, conforme pode ser visto na tabela 4.20. 
 
Tabela 4.18 
Tabela 4.19 
Tabela 4.20 
SEÇÃO 5 – RODADAS DE LICITAÇÕES 
Em 2024, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não realizou 
Rodadas de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural. 
Os resultados completos de todas as rodadas podem ser vistos nas tabelas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4. 
Tabela 5.1 
Tabela 5.2 
Tabela 5.3 
Tabela 5.4 
Guia de Leitura 
 
O Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2025 
consolida os dados referentes ao desempenho da indústria e do sistema de abastecimento de 
petróleo, gás natural e biocombustíveis no período de 2015 a 2024. O conhecimento desse 
desempenho é essencial para o planejamento e para a tomada de decisões do governo e de 
agentes econômicos. 
Três critérios básicos orientam a estruturação do Anuário. O primeiro leva em conta a 
abrangência geográfica, qual seja, os panoramas mundial e nacional. O segundo é a 
apresentação dos dados em função da cadeia produtiva dos setores de petróleo, gás natural e 
biocombustíveis. O terceiro contempla a apresentação das atividades regulatórias da ANP no 
ano de 2024. 
 
As informações estão organizadas em seis seções, que se desdobram em temas e/ou capítulos. 
Uma breve apresentação introduz cada seção e fornece ao leitor um cenário dos assuntos 
abordados. As informações estão dispostas em cada capítulo por meio de textos, gráficos, 
cartogramas, tabelas e quadros. Estarelação é apresentada após o sumário de seções. 
 
A primeira seção traz um panorama da indústria mundial de petróleo e gás natural, 
destacando seus volumes de reservas, produção, capacidade nominal de refino e consumo. 
Esses dados servem como referência à contextualização da indústria nacional no cenário 
internacional. 
 
Na segunda seção, há informações sobre o desempenho da indústria brasileira do petróleo 
referentes a: exploração; produção; refino; processamento; industrialização do xisto; 
movimentação; comércio exterior; dependência externa de petróleo, derivados e gás natural; 
preços dos produtores e importadores de derivados de petróleo. Constam também dados de 
arrecadação de participações governamentais sobre atividades de exploração e produção e 
pagamento de participação a proprietários de terras. Além disso, são apresentadas as ações 
de fiscalização e comunicação de incidentes nas atividades de exploração e produção; os 
preços de referência de petróleo e gás natural e os volumes de recursos destinados a pesquisa, 
desenvolvimento e inovação e formação de recursos humanos (PRH-ANP). 
 
Em seguida, a terceira seção contempla a distribuição e a revenda de derivados de petróleo e 
gás natural, assim como a infraestrutura de comercialização existente – bases de distribuição, 
postos revendedores, transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs), além do Programa de 
Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC). Também apresenta a evolução dos 
preços ao consumidor de derivados de petróleo e as ações de fiscalização do abastecimento. 
Os dados de produção de biodiesel e biometano, produção, comércio exterior e 
comercialização de etanol – anidro e hidratado – e os preços do etanol hidratado ao 
consumidor, além das atividades do RenovaBio, encontram-se na quarta seção. 
 
Na quinta seção é apresentada uma síntese das Rodadas de Licitações de Blocos para 
Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural realizadas pela ANP. 
Finalmente, na sexta seção são listadas as Resoluções ANP publicadas no ano de 2024, com 
suas respectivas ementas, além dos anexos. Estes são compostos de outras peças 
documentais, a saber: Glossário, que define os vários termos mencionados; Fatores de 
Conversão, Densidades e Poderes Caloríficos Inferiores de vários produtos, além de relações 
entre unidades físicas comumente utilizadas; Lista de Agentes Econômicos que atuam na 
indústria brasileira do petróleo e na distribuição nacional de derivados de petróleo e etanol; 
Relação de Fontes de dados consultadas na elaboração das estatísticas.2024-2027 
Programa Indicadores Tipo de 
Indicador 
3937 - 
Regulação E 
Fiscalização dos 
4519 Índice Médio Anual de 
Reclamações de Saneamento Básico a 
cada 10 mil economias de água. 
Indicador de 
Resultado 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
13 
Serviços Públicos 
Delegados de 
São Paulo. 
4521 Índice Médio Anual de 
Reclamações de Gás Canalizado a cada 
10 mil usuários 
Indicador de 
Resultado 
4889 Acompanhamento do Indicador 
DEC (duração equivalente de 
interrupção por unidade consumidora) 
global do Estado de São Paulo frente 
aos limites estabelecidos pela ANEEL. 
Indicador de 
Resultado 
4894 Acompanhamento do Indicador 
FEC (frequência equivalente de 
interrupção por unidade consumidora) 
global do Estado de São Paulo frente 
aos limites estabelecidos pela ANEEL. 
Indicador de 
Resultado 
Produtos Indicadores Tipo de 
Indicador 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
14 
2273 – Serviços 
de Energia 
Elétrica 
Fiscalizadas do 
âmbito do 
convênio com a 
Aneel 
4914 – Percentual de cumprimento dos 
produtos demandados conforme 
contratos de metas celebrados 
anualmente com a Aneel. 
 
LOA 
(Quantitativo) 
4919 - Nota de qualidade dos produtos 
entregues à Aneel pela 
Superintendência de Assuntos 
Energéticos 
 
PPA (Qualitativo) 
 
 
2073 - Serviços 
de Saneamento 
Básico 
Regulados e 
Fiscalizados 
4587 – Número de relatórios de 
fiscalizações emitidos pela diretoria de 
regulação e fiscalização dos serviços de 
Saneamento Básico 
 
LOA 
(Quantitativo) 
5694 - Percentual de cumprimento da 
Agenda Regulatória da Diretoria de 
Saneamento. 
 
PPA (Qualitativo) 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
15 
2206 - Serviços 
de Distribuição 
de Gás 
Canalizado 
Regulados e 
Fiscalizados 
4824 - Número de relatórios de 
fiscalizações emitidos pela diretoria de 
regulação e fiscalização dos serviços de 
gás canalizado 
 
LOA 
(Quantitativo) 
4825 - Índice de realização da Agenda 
Regulatória da Diretoria de Gás 
Canalizado 
PPA (Qualitativo) 
 
2057 - 
Cumprimento de 
Ações 
Institucionais e 
Relacionamento 
com Usuários 
4566 - Percentual de reclamações 
encerradas no serviço de Atendimento 
aos Usuários da Agência Reguladora de 
Saneamento e Energia – Arsesp. 
 
LOA 
(Quantitativo) 
 
4578 - índice de realização da agenda 
regulatória da diretoria de relações 
institucionais, publicada e consolidada 
a partir de consulta pública. 
 
PPA (Qualitativo) 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
16 
 
2191 - Atividade 
de Regulação e 
Fiscalização 
Econômico-
Financeira 
4800 - Número de relatórios emitidos 
de fiscalizações realizadas pela 
superintendência de fiscalização 
econômico-financeira e contábil. 
 
LOA 
(Quantitativo) 
4801 - Índice de realização da Agenda 
Regulatória da Diretoria de Regulação 
Econômico-Financeira e Mercados 
(DREFM). 
 
PPA (Qualitativo) 
 
2224 - Serviços 
Delegados 
Atribuídos pela 
Lei 17.293/2020 
Regulados e 
Fiscalizados 
4865 - Número de relatórios e ou, 
outros documentos emitidos relatando 
as atividades realizadas sobre os outros 
serviços delegados pelo poder 
executivo. 
 
LOA 
(Quantitativo) 
4868 – Número de novos serviços 
delegados atribuídos à Arsesp 
PPA (Qualitativo) 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
17 
Observações: 
São de periodicidade de apuração mensal os indicadores LOA 4587, 4800, 
4824, 4914 resultado 4566; 
São de periodicidade de apuração trimestral os indicadores LOA 4578, 4594, 
4801, 4825; 
São de periodicidade de apuração quadrimestral os indicadores 4868 e 
4919,4865; e 
São de periodicidade de apuração anual os indicadores de Resultado 4519, 
4521, 4889 e 4984. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
18 
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
3.1. Receitas 
Taxa de Regulação, Controle e Fiscalização 
Serviços de Saneamento Básico 
 
 RECEITA ESTIMADO REAL % 
 
 SABESP 98.603.851,51 98.603.851,51 100,0% 
 Saneaqua 122.835,76 123.701,01 100,7% 
 BRK Ambiental 67.402,51 67.402,51 100,0% 
 Águas de Piquete 16.022,11 16.022,11 100,0% 
 SAEG Guaratinguetá 344.135,98 344.135,98 100,0% 
 Águas de Cabrália 7.339,34 7.339,34 100,0% 
 Terra Campos Ambiental 94.776,66 95.513,72 100,8% 
 Igarapava 44.720,71 44.720,71 100,0% 
 Aparecida (SAAE) 127.368,82 127.368,82 100,0% 
 Receita total 99.428.453,40 99.430.055,71 100,0% 
 
O quadro apresenta a receita estimada e realizada de diversas empresas e 
concessionárias de saneamento. A receita total estimada era de R$ 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
19 
99.428.453,40 (noventa e nove milhões, quatrocentos e vinte e oito mil, 
quatrocentos e cinquenta e três reais e quarenta centavos), enquanto a 
receita real arrecadada foi de R$ 99.430.055,71 (noventa e nove milhões, 
quatrocentos e trinta mil, cinquenta e cinco reais e setenta e um centavos), 
resultando em um desempenho de 100,0%, ou seja, atingiu exatamente a 
meta prevista. 
A principal fonte de receita é a SABESP, responsável por R$ 98.603.851,51, 
representando a maior parte do total arrecadado. 
A arrecadação geral foi precisa e dentro das expectativas, com algumas 
pequenas variações positivas em determinados prestadores, devido aos 
encargos gerados pelo atraso no pagamento. 
Serviços de Distribuição de Gás Canalizado 
 
 
RECEITA ESTIMADO REAL % 
 
 Comgás 69.005.308,78 69.005.308,78 100,0% 
 Naturgy 5.259.020,40 5.259.020,40 100,0% 
 GBD 698.038,51 698.038,51 100,0% 
 Edge Comercialização S.A. 54.989,67 54.989,67 100,0% 
 Raízen 5.073.709,33 5.073.709,33 100,0% 
 Receita total 80.091.066,69 80.091.066,69 100,0% 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
20 
O quadro apresenta a receita estimada e realizada pelas concessionárias do 
setor de gás. A receita total prevista era de R$ 80.091.066,69 (oitenta 
milhões, noventa e um mil, sessenta e seis reais e sessenta e nove centavos), 
e o valor efetivamente arrecadado foi exatamente o mesmo, atingindo 100% 
da meta. 
A maior fonte de receita é a Comgás, responsável por R$ 69.005.308,78, 
representando a maior parte do total arrecadado. O desempenho geral 
mostra que a arrecadação foi precisa e alinhada às expectativas, sem desvios 
ou variações significativas. 
 
 
Serviços de Energia Elétrica – Convênio ANEEL 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITA ESTIMADO REAL % 
 
ANEEL 8.500.000,00 10.983.379,67 129,2% 
 
Receita total 8.500.000,00 10.983.379,67 129,2% 
 
 
O valor de R$ 5.274.969,42 (cinco milhões, duzentos e setenta e quatro mil 
e novecentos e sessenta e nove reais e quarenta e dois centavos), recebido 
2024, refere-se ao contrato de metas para o exercício de 2024. Já o valor de 
R$ 5.708.410,25 (cinco milhões, setecentos e oito mil, quatrocentos e dez 
reais e vinte e cinco centavos) corresponde às entregas realizadas no 
contrato de metas de 2023. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
21 
Auto de Infração 
 
Os autos de infrações recebidos no exercício somam a importância de R$ 
576.392,96 (quinhentos e setenta e seis mil, trezentos e noventa e dois reais 
e noventa e seis centavos). Deste total, foi repassado a parcela do DREM no 
valor de R$ 172.917.89 (cento e setenta e dois mil, novecentos e dezessete 
reais e oitenta e nove centavos), ficando a receita liquida para a Arsesp de 
R$ 403.475,07(quatrocentos e três mil, quatrocentos e setenta e cinco reais 
e sete centavos). 
Receitas Patrimoniais e outras receitas (ressarcimento de 
funcionário cedido) 
 
O quadro apresenta a distribuição das receitas considerando a incidência do 
DREM (Descentralização da Receitados Estados e dos Municípios) conforme 
a Emenda Constitucional 132/2023. O total arrecadado foi de R$ 
27.620.668,52 (vinte e sete milhões, seiscentos e vinte mil, seiscentos e 
Realizado ARSESP DREM
Comgás 303.102,08 212.171,46 90.930,62
Necta 154.180,96 107.926,67 46.254,29
Naturgy 119.109,92 83.376,94 35.732,98
576.392,96 403.475,07 172.917,89
Outras Receitas
Total Gás
Auto de Infração
Descrição da Receita (com incidência DREM)
Receita Orçamentária 
ARSESP (70%)
Receita DREM (30%) Receita Total
Rendimentos Financeiros 13.461.177,46 5.769.075,54 19.230.253,00
Rendimentos Financeiros (receita ANEEL) 7.980.191,92 0,00 7.980.191,92
Outras Receitas Correntes 410.223,60 0,00 410.223,60
Total de Receitas (sem incidência DREM) 21.851.592,98 5.769.075,54 27.620.668,52
RECEITAS COM E SEM INCIDÊNCIA DO DREM EC 132/2023 em (R$ 1,00)
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
22 
sessenta e oito reais e cinquenta e dois centavos). Desse montante, R$ 
21.851.592,98 (vinte e um milhões, oitocentos e cinquenta e um mil, 
quinhentos e noventa e dois reais e noventa e oito centavos) correspondem 
à receita orçamentária da Arsesp, enquanto R$ 5.769.075,54 (cinco milhões, 
setecentos e sessenta e nove mil, setenta e cinco reais e cinquenta e quatro 
centavos) foram destinados ao DREM. 
Entre as receitas que sofrem incidência do DREM, os rendimentos financeiros 
foram a principal fonte de arrecadação, totalizando R$ 19.230.253,00, sendo 
R$ 13.461.177,46 (treze milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, cento 
e setenta e sete reais e quarenta e seis centavos) destinados à Arsesp e R$ 
5.769.075,54 (cinco milhões, setecentos e sessenta e nove mil, setenta e 
cinco reais e cinquenta e quatro centavos) ao DREM. Já os rendimentos 
financeiros específicos do contrato de metas entre a Arsesp e a ANEEL 
totalizaram R$ 7.980.191,92, sem incidência do DREM, sendo integralmente 
destinados à Arsesp. Além disso, as outras receitas correntes somaram R$ 
410.223,60, também sem incidência do DREM, por se tratar se ressarcimento 
das despesas com funcionários cedidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
23 
3.2. Despesas 
 
O quadro orçamentário apresenta um panorama detalhado da execução 
financeira do período analisado. Inicialmente, a dotação prevista era de R$ 
157.384.343,00 (cento e cinquenta e sete milhões, trezentos e oitenta e 
quatro mil, trezentos e quarenta e três reais). Durante o período, houve um 
acréscimo, elevando a dotação atual para R$ 168.584.343,00 (cento e 
sessenta e oito milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil, trezentos e 
quarenta e três reais), especificamente para a natureza de despesas com 
pessoal e encargos sociais. Deste montante, já foram empenhados R$ 
93.440.166,78 (noventa e três milhões, quatrocentos e quarenta mil, cento 
e sessenta e seis reais e setenta e oito centavos), representando 55,4% do 
total disponível. 
O valor efetivamente liquidado, ou seja, aquele que já foi pago, é de R$ 
88.606.324,88 (oitenta e oito milhões, seiscentos e seis mil, trezentos e vinte 
Dotação Inicial Dotação Atual Empenhado % Anulado Liquidado %
3 - DESPESAS CORRENTES 151.932.901,00 163.132.901,00 91.799.719,59 56,3% 11.589.978,64 88.068.368,19 54,0%
31 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 44.744.635,00 55.944.635,00 54.708.741,96 97,8% 2.118.085,91 54.708.741,96 97,8%
319007 - CONTRIBUICAO ENTIDADES FEC. PREV. 838.555,00 1.338.555,00 1.190.154,37 88,9% 0,00 1.190.154,37 88,9%
319011 - VENCIMENTOS E VANT. FIXAS-PESSOAL CIVIL 31.835.777,00 39.035.777,00 37.990.952,78 97,3% 1.146.477,00 37.990.952,78 97,3%
319013 - OBRIGACOES PATRONAIS 9.204.102,00 10.704.102,00 10.663.238,59 99,6% 823.169,66 10.663.238,59 99,6%
319096 - RESSARC. DESP. PESS.REQUISITADO 2.866.201,00 4.866.201,00 4.864.396,22 100,0% 148.439,25 4.864.396,22 100,0%
33 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES 107.188.266,00 107.188.266,00 37.090.977,63 34,6% 9.471.892,73 33.359.626,23 31,1%
339014 - DIARIAS-CIVIL 1.205.010,00 1.766.582,00 1.009.444,15 57,1% 648.511,09 1.009.444,15 57,1%
339030 - MATERIAL DE CONSUMO 398.000,00 398.000,00 51.358,19 12,9% 1.700,00 20.353,98 5,1%
339033 - PASSAGENS E DESP. COM LOCOMOCAO 2.083.560,00 2.783.560,00 2.466.727,97 88,6% 323.690,15 2.424.760,26 87,1%
339035 - SERVICOS DE CONSULTORIA 1.551.090,00 1.551.090,00 0,00 0,0% 0,00 0,00 0,0%
339036 - OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PF 944.460,00 944.460,00 321.597,85 34,1% 518.929,83 321.597,85 34,1%
339037 - SERVICOS DE LIMPEZA,VIGIL.E OUTROS-PJ 1.195.224,00 1.405.224,00 1.252.619,67 89,1% 70.676,16 1.159.785,04 82,5%
339039 - OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PJ 79.815.769,00 78.344.197,00 22.857.729,34 29,2% 6.461.782,29 20.367.457,02 26,0%
339040 - SERVICOS DE TI E COMUNICACAO - PJ 17.668.290,00 17.668.290,00 7.307.094,36 41,4% 1.180.249,48 6.298.271,06 35,6%
339047 - OBRIGACOES TRIBUT. CONTRIBUTIVAS 1.486.853,00 1.486.853,00 1.277.253,77 85,9% 164.775,11 1.277.253,77 85,9%
339050 - SERVICOS DE UTILIDADE PUBLICA 640.000,00 640.000,00 498.537,83 77,9% 91.452,26 432.088,60 67,5%
339092 - DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES 50.010,00 50.010,00 30.882,54 61,8% 10.126,36 30.882,54 61,8%
339093 - INDENIZACOES E RESTITUICOES 150.000,00 150.000,00 17.731,96 11,8% 0,00 17.731,96 11,8%
4 - DESPESAS DE CAPITAL 5.451.442,00 5.451.442,00 1.640.447,19 30,1% 0,00 537.956,69 9,9%
44 - INVESTIMENTOS 5.451.442,00 5.451.442,00 1.640.447,19 30,1% 0,00 537.956,69 9,9%
449051 - OBRAS E INSTALACOES 4.591.442,00 2.366.442,00 0,00 0,0% 0,00 0,00 0,0%
449052 - EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE 860.000,00 3.085.000,00 1.640.447,19 53,2% 0,00 537.956,69 17,4%
Total Geral 157.384.343,00 168.584.343,00 93.440.166,78 55,4% 11.589.978,64 88.606.324,88 52,6%
 
 
 
 
 
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e quatro reais e oitenta e oito centavos), equivalente a 52,6% do orçamento. 
Além disso, houve anulação de R$ 11.589.978,64 (onze milhões, quinhentos 
e oitenta e nove mil, novecentos e setenta e oito reais e sessenta e quatro 
centavos), referente aos contratos estimados, em sua maior parte na área 
de tecnologia da informação. 
O principal componente dessas despesas é o grupo de pessoal e encargos 
sociais, cuja dotação passou de R$ 44.744.635,00 (quarenta e quatro 
milhões, setecentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e trinta e cinco reais) 
para R$ 55.944.635,00 (cinquenta e cinco milhões, novecentos e quarenta e 
quatro mil, seiscentos e trinta e cinco reais). Esse grupo apresenta alta 
execução, com 97,8% do valor empenhado e liquidado, destacando-se os 
gastos com vencimentos e vantagens fixas do pessoal civil, que somam R$ 
37.990.952,78 (trinta e sete milhões, novecentos e noventa mil, novecentos 
e cinquenta e dois reais e setenta e oito centavos), além de obrigações 
patronais, que totalizam R$ 10.663.238,59 (dez milhões, seiscentos e 
sessenta e três mil, duzentos e trinta e oito reais e cinquenta e nove 
centavos). O que representa que a Arsesp tem realizado suas atividades 
predominantemente com o quadro de pessoal próprio. 
Por outro lado, o grupo de outras despesas correntes apresenta uma 
execução significativamente mais baixa. Embora a dotação atual permaneça 
em R$ 107.188.266,00 (cento e sete milhões, cento e oitenta e oito mil, 
duzentos e sessenta e seis reais), apenas 34,6% desse valor foi empenhado 
e 31,1% foi efetivamente liquidado. Alguns itens se destacam, como as 
passagens e despesas com locomoção, que possuem uma taxa de execução 
de 88,6%, atingindo R$ 2.466.727,97 (dois milhões, quatrocentos e sessenta 
e seis mil, setecentos e vinte e sete reais e noventa e sete centavos), e os 
serviços de tecnologia da informação e comunicação, com 41,4% 
empenhado, somando R$ 7.307.094,36 (sete milhões, trezentos e sete mil, 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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noventa e quatro reais e trinta e seis centavos). Em contrapartida, 
consultorias não tiveram nenhum valor executado,e serviços terceirizados 
apresentam baixos índices de liquidação, evidenciando uma baixa utilização 
de serviços de terceiros para execução de atividades de apoio as atividades 
da Arsesp, exceto para áreas meio como limpeza, portaria, vigilância, 
manutenção predial, apoio a tecnologia da informação entre outros desses 
serviços. A categoria de serviços de terceiros – pessoas jurídicas, por 
exemplo, tinha uma dotação de R$ 78.344.197,00 (setenta e oito milhões, 
trezentos e quarenta e quatro mil, cento e noventa e sete reais), mas apenas 
29,2% foram empenhados, correspondendo a R$ 22.857.729,34 (vinte e 
dois milhões, oitocentos e cinquenta e sete mil, setecentos e vinte e nove 
reais e trinta e quatro centavos). 
Já no grupo de despesas de capital, que inclui investimentos e aquisições de 
bens permanentes, a dotação total foi de R$ 5.451.442,00 (cinco milhões, 
quatrocentos e cinquenta e um mil, quatrocentos e quarenta e dois reais). 
Deste valor, 30,1% foram empenhados, enquanto apenas 9,9% foram 
liquidados, indicando uma execução baixa. O subgrupo de obras e 
instalações, inicialmente previsto em R$ 4.591.442,00 (quatro milhões, 
quinhentos e noventa e um mil, quatrocentos e quarenta e dois reais), não 
teve valores empenhados ou liquidados. Já o subgrupo de equipamentos e 
materiais permanentes teve 53,2% empenhado, atingindo R$ 1.640.447,19 
(um milhão, seiscentos e quarenta mil, quatrocentos e quarenta e sete reais 
e dezenove centavos), mas apenas 17,4% liquidado, resultando em um valor 
efetivamente pago de R$ 537.956,69 (quinhentos e trinta e sete mil, 
novecentos e cinquenta e seis reais e sessenta e nove centavos). Os valores 
de despesas com capital foram dispendidos na modernização dos painéis de 
visualização de dados nas dependências da Arsesp. 
 
 
 
 
 
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Diante dessa análise, observa-se que as despesas com pessoal e encargos 
sociais foram as mais bem executadas. Por outro lado, outras despesas 
correntes apresentam execução uma parcial, principalmente nos serviços 
terceirizados e consultorias. Esses dados demonstram que, conforme 
projetado pela administração existe uma demanda pela realização de um 
novo concurso para completar o quadro de funcionários e convergir esforços 
para executar todas as atividades atribuídas à Arsesp. 
4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS DIRETORIAS 
DA ARSESP ATRÁVES AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS E NÃO 
ORÇAMENTÁRIAS DEFINIDAS NO PLANO PLURIANUAL EM 2024 
 
4.1. Escritório de Projetos – ESPRO 
O Escritório de Projetos - ESPRO tem como objetivo acompanhar a execução dos 
projetos da agência, principalmente aqueles elencados na Agenda Regulatória, 
através de indicadores de performance, e apresentar as informações estratégicas 
consolidadas à alta direção, baseando-se nas áreas de conhecimento do PMBOK® 
e ferramentas de gerenciamento de projetos desenvolvidos internamente. Como 
principais entregas do ESPRO, podemos destacar a realização da 1ª Mostra de 
Projetos da Agenda Regulatória, com a apresentação dos projetos concluídos em 
2024; lançamento do painel de visualização e acompanhamento dos projetos da 
Agenda Regulatória; e atualização da base de dados do ESPRO para acompanhar e 
ser o banco de dados dos indicadores de resultado da Agência. 
4.2. Planejamento Estratégico 
O Plano Estratégico 2024-2027 da Arsesp foi elaborado em atendimento 
ao disposto na Lei Complementar nº 1.413, de 23 de setembro de 2024, 
estabelecido em seu artigo 58º: 
 
 
 
 
 
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4.3. Unidade de Gestão da Integridade - UGI 
Criada na Arsesp no âmbito do Plano Estadual de Promoção de Integridade 
(Deliberação Arsesp nº 1416, de 16 de junho de 2023), a Unidade de Gestão da 
Integridade (UGI-Arsesp) tem como objetivo principal cumprir as determinações 
estabelecidas no Decreto n° 67.683, de 3 de maio de 2023, e os preceitos 
estipulados pela Controladoria Geral do Estado (CGE), sendo a principal atribuição 
coordenar a elaboração, a execução, a comunicação, a implantação e o 
monitoramento do programa de integridade. 
4.4. Leilões do Governo do Estado 
Em 2024, o Governo do Estado de São Paulo realizou uma série de leilões 
visando à concessão de serviços públicos à iniciativa privada, destacando-se 
os setores de educação e loterias estaduais. Essas iniciativas fazem parte de 
um amplo programa de parcerias público-privadas (PPPs) destinado a 
aprimorar a infraestrutura e os serviços oferecidos à população. 
Leilões de Escolas Estaduais 
No âmbito educacional, foram realizados leilões para a construção e 
manutenção de novas unidades escolares. Em 29 de outubro de 2024, o 
Consórcio Novas Escolas Oeste SP venceu o leilão do primeiro lote da PPP de 
Novas Escolas, que prevê a construção de 17 unidades de ensino em diversas 
cidades do estado. Posteriormente, em 4 de novembro de 2024, o Consórcio 
SP + Escolas arrematou o segundo lote, contemplando a construção de 16 
escolas adicionais. Essas novas unidades têm capacidade para atender 
aproximadamente 34.800 alunos, com investimentos totais estimados em R$ 
2,1 bilhões ao longo de 25 anos de concessão. 
Leilão das Loterias Estaduais 
 
 
 
 
 
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No setor de loterias, o leilão realizado em 1º de novembro de 2024 resultou 
na concessão dos serviços lotéricos estaduais ao Consórcio Aposta 
Vencedora, que ofereceu uma outorga de R$ 600 milhões, representando um 
ágio de 130,15% sobre o valor mínimo estipulado. O contrato de 15 anos 
prevê investimentos de R$ 333 milhões e a instalação de mais de 11 mil 
pontos de venda em todo o estado. A estimativa é que a concessão gere uma 
arrecadação total de R$ 3,4 bilhões, recursos que serão destinados 
integralmente à área da saúde. 
Impacto na Arsesp 
A Arsesp desempenhará um papel fundamental na fiscalização e regulação 
desses serviços concedidos. Com a ampliação das concessões, especialmente 
no setor de loterias, a Arsesp vê suas atribuições expandidas, exigindo maior 
capacidade técnica e operacional para assegurar que os serviços sejam 
prestados conforme os padrões de qualidade estabelecidos. Para atender a 
essas novas demandas, a Arsesp tem passado por um processo de 
modernização e fortalecimento institucional, visando aprimorar seus 
mecanismos de supervisão e garantir a eficiência e transparência na gestão 
dos serviços públicos concedidos. 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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5. DIRETORIA DE ENERGIA ELÉTRICA 
Ação Orçamentária 5755 – Fiscalização dos Serviços de Energia 
Elétrica 
A atuação ocorre por delegação e mediante Contrato de Metas anual, 
formalizado com a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel. A Arsesp 
possui a competência de fiscalizar, de forma programada e sob demanda da 
Aneel, os serviços de geração, transmissão (restrito a algumas instalações) 
e de distribuição de energia elétrica no Estado de São Paulo, contemplando 
7 (sete) concessionárias e 12 (doze) permissionárias de serviços públicos de 
distribuição, 54 (cinquenta e quatro) Centrais de Geração Hidrelétrica, 30 
(trinta) Pequenas Centrais Hidrelétricas, 42 (quarenta e duas) Usinas 
Hidrelétricas, 954 (novecentos e cinquenta e quatro) Usinas Termelétricas - 
Biomassa e Fóssil, 95 (noventa e cinco) Usinas Fotovoltaicas, 1 (uma) Usina 
Eólica e Demais Instalações de Transmissão - DIT. 
5.1. Geração e Distribuição de Energia Elétrica: 
As fiscalizações realizadas nas concessionárias e permissionárias 
contemplam metodologia de fiscalização estratégica, composta por etapas 
de Monitoramento, Análise, Acompanhamento e Ação Fiscalizadora nas áreas 
técnica, comercial e de qualidade do fornecimento da energia elétrica, as 
quais resultaram em 67 (sessenta e sete) Relatórios de Análise e 
Acompanhamento sobre prestação de serviços das concessionárias 
(distribuição e geração)e 17 (dezessete) Notas Técnicas sobre Segurança de 
Barragens e Operação de Usinas Termelétricas. 
Destaca-se entre os temas fiscalizados: 
 
 
 
 
 
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 Acompanhamento do Plano de Resultados de Continuidade do 
Fornecimento de Energia Elétrica 2023 - 2026: Realizou-se o 
acompanhamento trimestral do percentual de conjuntos de unidades 
consumidoras das concessionárias que atendem ao limite regulado de 
continuidade (DEC e/ou FEC); 
 Operação e Manutenção em Subestações e Alimentadores: Avaliou-
se, no contexto de uma campanha de fiscalização de campo, as condições de 
operação e de manutenção de ativos em diversas subestações e 
alimentadores das 7 concessionárias do Estado de São Paulo; 
 Critérios de Priorização em Alimentadores: Atualização do estudo de 
análise da operação e manutenção de alimentadores de distribuição, para 
subsidiar as fiscalizações de campo sobre o tema, utilizando-se como 
critérios as características construtivas das redes de distribuição da 
concessionária, os indicadores de continuidade de cada alimentador, as 
reclamações de consumidores e os montantes de compensação financeira 
pagos em decorrência das violações dos limites dos indicadores de 
continuidade individuais e a importância relativa da instalação na área de 
concessão da Distribuidora. 
 Faturamento de Energia Elétrica: Avaliou-se a qualidade do serviço 
prestado pela Distribuidora analisada (Enel SP), observando os aspectos 
regulatórios em relação aos processos de Leitura, Faturamento e Cobrança 
de Unidades Consumidoras, dispostos, respectivamente, nos Capítulos IX, X, 
XI da Resolução Normativa ANEEL nº 1.000/2021; 
 Conexão de Micro e Minigeração Distribuída: Avaliou-se os processos 
associados à conexão de unidades de Micro e Minigeração Distribuída, 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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visando verificar o atendimento dos agentes às disposições regulatórias 
atinentes ao tema. 
Adicionalmente, a Arsesp atendeu 161 (cento e sessenta e uma) demandas 
externas relacionadas a diversos órgãos externos, em especial ao Ministério 
Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal, Assembleia 
Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP, Prefeituras e Câmaras 
Municipais, além de outros demandantes de questões coletivas. Neste 
sentido foram respondidas por meio de 20 (vinte) Relatórios de Análise, 87 
(oitenta e sete) Despachos e 59 (cinquenta e nove) Ofícios. 
Ressalta-se, também, a contribuição com outros órgãos públicos, com a 
participação junto ao Centro Integrado de Comando e Controle – CICC-SP, 
no acompanhamento do ENEM 2024, das Eleições Municipais 2024 e do 
Concurso Público Nacional Unificado - CPNU. Além de atuar com o mesmo 
objetivo nos eventos dos processos seletivos Univesp, Etec, Fatec, SARESP e 
Provão Paulista. Ainda em ações preventivas, a participação da Arsesp no 
Gabinete de Gerenciamento de Crise, criado pela Defesa Civil do Estado de 
São Paulo, para acompanhar os eventos climáticos ao longo do ano de 2024 
e junto à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – SEMIL 
em apoio ao projeto de arborização urbana, visando a implantação de 
ferramentas para manejo do parque arbóreo dos municípios. 
Participação no Congresso Nacional de Fiscalização da Aneel – CONFIA, de 
22 a 26/04/2024. 
Participação na Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI ENEL nº 28/2024, 
realizada na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 22/05/2024, que teve a 
finalidade de investigar a falta de assistência e o serviço deficitário prestado 
aos munícipes paulistanos pela Enel São Paulo. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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Participação no grupo de atendimento ao Estado de São Paulo – GT-SP, 
coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que visa 
aperfeiçoar a governança e fortalecer a atuação do Estado quanto à 
confiabilidade e a segurança no atendimento ao mercado de distribuição de 
energia elétrica. 
Em razão do evento climático extraordinário ocorrido no estado de São Paulo 
em 11/10/ 2024, a Arsesp esteve presente no Centro de Operações da Enel 
SP durante o período de restabelecimento do fornecimento de energia 
elétrica às unidades consumidoras afetadas e iniciou fiscalização conjunta 
com a ANEEL para avaliação da capacidade de recomposição do 
fornecimento. Nesse sentido, a Agência Federal, com o apoio da Arsesp, 
emitiu o Termo de Intimação - TI nº 49/2024-SFT, em 21/10/ 2024, em 
desfavor da Distribuidora Enel SP, caracterizando “prestação inadequada do 
serviço por parte da Enel SP no tocante ao restabelecimento do fornecimento 
de energia elétrica após interrupções”. 
A Arsesp realizou contribuições para Consultas Públicas e Tomadas de 
Subsídios, conforme segue: 
 Consulta Pública ANEEL nº 010/2024: Aprimoramento da 
Resolução ANEEL nº 914/21, sobre delegação de competências 
da ANEEL aos Estados para a execução de atividades 
descentralizadas em regime de gestão associada de serviços 
públicos; 
 Tomada de Subsídios ANEEL nº 012/2024: Contribuições para a 
Agenda Regulatória ANEEL 2025/2026 que teve como objetivo 
obter contribuições para a elaboração da Agenda Regulatória 
2025/2026 da ANEEL; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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 Consulta Pública ANEEL nº 027/2024: Apresentação de 
contribuições ao Termo Aditivo ao Contrato de Concessão das 
Distribuidoras, com vistas à prorrogação das concessões; e 
 Consulta Pública ANEEL nº 032/2024: Aprimoramento 
regulatório dos sistemas de transmissão e distribuição no que se 
refere à resiliência diante de eventos climáticos extremos. 
Objetivando produzir informações para a sociedade, também foram 
atualizados os conteúdos das 10 (dez) cartilhas temáticas relacionadas ao 
serviço de energia elétrica, sendo elas: Plano de Resultados, Tratamento de 
Reclamações, Conformidade dos Níveis de Tensão de Fornecimento, Perdas 
Comerciais (Não Técnicas) de Energia Elétrica, Segurança em Barragens, 
Ressarcimento de Danos Elétricos, Estrutura de Atendimento, Iluminação 
Pública, Tarifas de Fornecimento de Energia Elétrica e Continuidade no 
Fornecimento de Energia Elétrica. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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6. DIRETORIA DE SANEAMENTO BÁSICO 
Ação Orçamentária 2073 –Serviços de saneamento básico regulados 
e fiscalizados. 
5.1. Superintendência de Regulação de Saneamento Básico 
No que compete à atuação da regulação, tendo a agenda regulatória como 
prisma das ações da superintendência, destaca-se a concretização de 9 
projetos em 2024, mencionados brevemente abaixo: 
DS 03: Promoção da Conservação de Mananciais 
Dando continuidade ao Convênio SEMIL-Arsesp, o projeto focou na 
implementação de ações de restauração ecológica, conservação de solos com 
a implantação de pequenas barragens, proteção de áreas para restauração 
com cercas, além de promover o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) 
para a conservação de vegetação nativa, saneamento rural, pecuária 
ecológica, sistemas agroflorestais e florestas funcionais. 
DS 04: Requisitos para Reduzir a Descontinuidade do Abastecimento 
de Água 
Com o objetivo de identificar e aplicar medidas que garantissem maior 
regularidade no fornecimento de água para os cidadãos paulistas, o projeto 
teve duração de 5 anos e foi estruturado como um piloto para o 
desenvolvimento do "Guia para Análise de Impacto Regulatório", um 
documento que será futuramente exigido em diversos projetos da Agência. 
A colaboração com múltiplos stakeholders e a coleta de dados precisos foram 
cruciais para o sucesso desta iniciativa. Em 10 de dezembro de 2024, a 
Deliberação Arsesp nº 1.621/2024 foi publicada. 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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DS 07: Adequação da Prestação de Serviços de Esgotamento 
Sanitário 
O projeto teve como foco a criação de um plano mínimode amostragem e 
um novo indicador regulatório. Estes visam avaliar a qualidade do tratamento 
em cada estação de tratamento de esgoto regulada pela Arsesp, assegurando 
maior precisão e confiabilidade nos dados coletados. A conclusão dos 
trabalhos ocorreu com a publicação da Deliberação Arsesp nº 
1.612/2024, em 06 de dezembro de 2024. 
DS 19: Revisão dos Normativos sobre Processo Fiscalizatório, 
Processo Sancionatório e Sanções 
Consolidada através da Deliberação Arsesp nº 1.600/2024, o normativo 
estabeleceu um novo padrão para o processo fiscalizatório, norteando a 
principal atividade administrativa da superintendência de fiscalização e 
garantindo que todas as infrações sejam tratadas com o devido rigor e 
transparência. 
DS 15: Estudos para Levantamento de Diretrizes Regulatórias para 
Cenários de Escassez Hídrica na RMSP 
Entre os resultados alcançados, destaca-se a criação de um banco de dados 
histórico (2000 a 2024), com atualização diária, desenvolvido por meio de 
um protocolo servidor-servidor via API com a prestadora de serviços de 
abastecimento de água. Foi também implementada uma plataforma de 
visualização no Power BI, permitindo o monitoramento detalhado do 
comportamento dos mananciais. Além disso, a partir do estudo de diversos 
indicadores de segurança hídrica, foi adotado um ISH que mensura o nível 
dinâmico dos reservatórios em relação a um nível médio esperado. 
DS11: Estudo de Indicadores de Qualidade e Eficiência dos Serviços 
de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
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Visando aprimorar as atividades regulatórias e fiscalizatórias, a equipe 
desenvolveu um conjunto de 15 indicadores capazes de mapear e mensurar 
as principais atividades realizadas pelos prestadores, oferecendo uma visão 
concreta da qualidade dos serviços prestados. 
DS12: Revisão e Formatação dos Checklists de Fiscalização dos 
Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) 
Neste projeto foram estruturados 22 checklists específicos, separados por 
tipo de serviço de manejo de resíduos sólidos urbanos, que possuem 
perguntas fundamentadas em normativos regulatórios da Agência Nacional 
de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Arsesp, normas 
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, normas da ABNT e 
legislações federais e estaduais. 
DS14: Estudo de Diretrizes Regulatórias para Prestação 
Regionalizada de Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos 
(RSU) 
O projeto DS14 teve como objetivo a elaboração de um Guia com Diretrizes 
Regulatórias para Concessões dos Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos 
Urbanos (SMRSU). Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Agência, 
o material foi baseado na experiência adquirida durante o acompanhamento 
da estruturação de uma concessão regionalizada de SMRSU nos anos de 
2023 e 2024. 
DS13: Estudo de Bases Técnicas para a Regulação dos Serviços de 
Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais (DMAPU) 
O projeto DS13 teve como objetivo desenvolver bases técnicas para orientar 
a atuação da Arsesp na regulação e fiscalização dos serviços de drenagem 
urbana e manejo de águas pluviais. As principais entregas do projeto 
incluíram: um curso de capacitação de 40 horas e ciclo de palestras sobre o 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
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manejo de águas pluviais voltado para os especialistas da Arsesp; a 
realização de benchmarking com outras agências reguladoras e órgãos 
governamentais com interface na área de drenagem urbana; e a elaboração 
de notas técnicas. 
Complementarmente ao previsto na agenda regulatória, a Superintendência 
de Regulação esteve à frente de outras atividades decorrentes da política 
pública de manejo de resíduos sólidos urbanos, que requereram adequações 
e estruturação de normas visando o atendimento das novas demandas 
trazidas pelo setor, dentre as quais: 
Deliberação Arsesp nº 1.535/2024, que dispõe fornecimento de dados 
de consumo de água para execução de políticas públicas de manejo de 
resíduos sólidos. 
Publicada em 03 de julho de 2024, a norma define o procedimento de 
fornecimento pelos prestadores das informações de consumo de água para 
os titulares dos serviços de públicos de manejo de resíduos sólidos que 
desejem utilizá-las para fins de execução da política pública de cobrança por 
esses serviços. 
Tal norma visa garantir previsibilidade de acesso a essas informações pelos 
interessados, considerando a previsão legal e regulatória de utilização dos 
dados de consumo de água como proxy para estimar a geração de resíduos 
sólidos domiciliares. 
Participação em projetos de concessões regionalizadas promovidos 
por consórcios (Cirsop, Consaúde, Cemmil e Conisud) 
A Arsesp firmou Protocolos de Intenção com 4 consórcios de municípios: 
• CIRSOP (Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste 
Paulista) – 8 municípios; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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• CEMMIL (Consórcio Intermunicipal "CEMMIL" Para o Desenvolvimento 
Sustentável) – 8 municípios; 
• CONSAÚDE (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira) – 
18 municípios; 
• CONISUD (Consórcio Intermunicipal da Região Sudeste de São Paulo) 
– 4 municípios. 
 
5.2. Superintendência de Fiscalização de Saneamento Básico 
No que concerne às atribuições da superintendência de fiscalização, em 2024 
foram realizadas um total de 667 ações de fiscalização, sendo: 
34 fiscalizações pela Gerência Administrativa e de Contratos 
• 19 sobre investimentos. 
• 15 sobre metas contratuais. 
630 ações de fiscalização pela Gerência de Fiscalização 
• 142 em estações elevatórias de esgoto e 70 estações elevatórias de 
água de grande porte. 
• 359 ações técnico-operacionais nos demais municípios conveniados. 
• 150 fiscalizações remotas comerciais e verificação de 20 agências 
comerciais da SABESP. 
• Atendimento a 185 demandas externas oriundas do Ministério Público, 
Prefeituras, Câmara de Vereadores, entre outros. 
• Emissão de 675 relatórios e 422 Termos de Notificação. 
Adicionalmente, atividades vinculadas à área de gestão de dados, de sistema 
e de execução do Convênio SEMIL-Arsesp também foram coordenadas pela 
equipe técnica, as quais frisa-se a seguir: 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
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Adequações no SAFI (Sistema de Apoio à Fiscalização) 
O Sistema de Apoio à Fiscalização (SAFI) passou por mudanças significativas 
para adaptação às novas exigências estipuladas pelo novo ambiente 
regulatório que surgiu com a desestatização da SABESP. As alterações 
alinharam-se à nova Deliberação Arsesp 1.600/2024 que estabeleceu o 
procedimento fiscalizatório e a aplicação de sanções administrativas na 
prestação de serviços de saneamento básico e incluiu: 
 Alterações de dados cadastrais da Sabesp, nova organização de 
unidades de negócios e inclusão de novos municípios; 
 Desenvolvimento de procedimento de inclusão em lote de instalações 
de saneamento (em implementação); 
 Melhorias em checklists de fiscalização, seus fundamentos e 
tipificações de acordo com novo Contrato de Concessão e Deliberação 
Arsesp nº 1600/2024; 
 Alterações em template de Relatório de Fiscalização e criação do 
modelo de Termo de Fiscalização de Saneamento; 
 Desenvolvimento de módulo de processo sancionatório (em 
implementação); 
 Melhorias no intercâmbio entre o SAFI e o Sei (Sistema Eletrônico de 
Informações) para a adequada instrução de processos administrativos. 
Esse trabalho foi realizado em colaboração com a Prodesp – Cia. De 
Processamento de Dados do Estado de São Paulo - responsável pela 
implementação e manutenção dos SAFI. 
Execução do Convênio de Cooperação Técnica (Semil/Arsesp) para 
ações de conservação de mananciais 
Ao longo do ano de 2024 foi dada continuidade às ações do Convênio SEMIL-
Arsesp, por meio do qual encontra-se em desenvolvimento um projeto pilotoRELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
40 
com o objetivo de criar e avaliar critérios, requisitos e metodologias para a 
seleção de ações e projetos de conservação de mananciais, além de contribuir 
para a criação de uma estrutura de governança que integre e coordene as 
ações executadas por diversos atores. 
A tabela a seguir apresenta as atividades em execução pelo projeto, sendo 
que o convênio teve sua vigência aditada até 31/12/2026. 
Tabela 1: Atividades em execução no âmbito do Convênio 
SEMIL/Arsesp/001/2021. 
Resultados Unidade Total Joanópolis Piracaia IPÊ 
Recursos Investidos 
Arsesp 
R$ mil 5.000 1.524,75 915,25 2.560 
Provedores de Serviços 
Ambientais aderidos 
(beneficiários) 
Pessoa 77 40 27 10 - 
Conservação da 
vegetação nativa 
reconhecida com 
Pagamento por Serviços 
Ambientais 
hectare 848 517 331 - 
Cercamento de áreas 
para restauração e 
conservação da 
vegetação nativa 
km 56 38 18 - 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
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Restauração ecológica da 
vegetação nativa 
hectare 10 - - 10 
Implantação de sistemas 
de pecuária ecológica 
hectare 100 - - 100 
Implantação de Sistemas 
Agroflorestais e florestas 
multifuncionais 
hectare 50 - - 50 
Saneamento rural 
(Instalação de 
biodigestores) 
unidade 83 48 35 - 
Conservação de solo em 
pastagem 
(instalação/manutenção 
de barraginhas) 
unidade 295 245 50 - 
Articulação de 
governança regional para 
alinhamento e promoção 
de sinergias entre ações 
e projetos 
reuniões 10 - - - 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
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6. DIRETORIA DE GÁS CANALIZADO 
Ação Orçamentária 2206 – Serviços de Distribuição de Gás 
Canalizado regulados e fiscalizados. 
6.1. Superintendência de Regulação de Gás Canalizado 
Em 2024 foram publicadas 58 deliberações, abrangendo temas relacionados 
à regulação econômica, que podem ser consultadas em: 
http://www.arsesp.sp.gov.br/SitePages/legislacao.aspx. 
Dentre estas destacamos as seguintes ações regulatórias: 
Deliberação Arsesp nº 1.485/2024, que dispõe sobre as regras para 
prestação dos Serviços Locais de Gás Canalizado para os Usuários Livres, as 
condições para autorização do Comercializador, as medidas para fomentar o 
Mercado Livre de Gás no Estado de São Paulo e transformá-lo em um 
ambiente mais dinâmico e simplificado, resultado da Consulta Pública nº08 
e do Relatório Circunstanciado nº 16013259 com 34 participantes. 
Aprovação dos Contratos Firmes de Compra e Venda de Gás Natural 
celebrados entre Companhia de Gás de São Paulo - COMGÁS (Compradora) 
e as Supridoras: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS, Edge Comercialização 
S.A e Shell Energy do Brasil Gás Ltda 
Deliberação Arsesp nº 1.538/2024 que após ampla participação social 
estabelece os procedimentos para a Chamada Pública de compra de gás 
natural e biometano pelas concessionárias de serviços locais de gás 
canalizado no Estado de São Paulo para atendimento aos usuários do 
mercado regulado e revoga as Deliberações Arsesp nºs. 1.243/2021 e 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
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1.415/23. Consulta Pública nº 01/24 e Relatório Circunstanciado nº 
49233766 com 86 contribuições. 
Deliberação Arsesp nº 1.576/2024, que aprova o Primeiro Aditivo ao 
Termo de Utilização de Interconexão – TUI, celebrado entre Companhia de 
Gás de São Paulo (COMGÁS) e a Raízen-Geo Biogás Costa e Pinto para 
interconexão da planta de biometano à rede de distribuição de gás canalizado 
Deliberação Arsesp nº 1.549/2024, que aprova o Termo de Utilização de 
Interconexão (TUI), celebrado entre a Comgás e a empresa Biometano Verde 
Paulínia S.A. para distribuição de biometano de origem de aterro sanitário, 
por meio da infraestrutura de gás canalizado estadual. 
Deliberação Arsesp nº 1.586/2024, que aprova o Termo de Utilização de 
Interconexão (TUI) entre a concessionária Necta – responsável pela 
distribuição de gás natural canalizado na região noroeste do Estado de São 
Paulo – e a Usina Santa Cruz. 
Vejamos no mapa os produtores de biometano que distribuem ou estão com 
projetos para distribuição na rede de gás canalizado: 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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ANO 2024 
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No mercado livre tivemos diversas deliberações emitindo a outorga de 
autorização à comercializadores de gás canalizado no âmbito do Estado de 
São Paulo, em conformidade com a regulamentação aplicável; 
Realização de consultas públicas, com o objetivo de incorporar novas 
condições para a contratação de gás, proporcionando maior flexibilidade e 
dinamismo às operações do mercado livre de gás canalizado; 
Prestação de suporte técnico para a realização do 6º Ciclo de Revisão Tarifária 
das concessionárias, garantindo a aplicação dos critérios regulatórios e 
econômicos estabelecidos pela Arsesp; 
Aprovação do manual e dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e 
Conservação e Racionalização do uso do gás a serem desenvolvidos pelas 
concessionárias, bem como do Montante Mínimo para desenvolvimento do 
programa P&D –- para o ciclo 2024/2025 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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45 
No exercício das competências regulatórias e com o objetivo de assegurar a 
expansão sustentável e a adequada regulação do gás canalizado, foram 
elaborados diversos pareceres técnicos sobre temas estratégicos e de alta 
relevância, abrangendo aspectos essenciais para o desenvolvimento do 
mercado livre e regulado. 
Seguem alguns temas relevantes tratados: 
Gasoduto Reforço Metropolitano Subida da Serra: Apoio, elaboração de 
pareceres técnicos e avaliação regulatória do ativo, bem como a análise de 
seu papel estratégico no atendimento à crescente demanda energética da 
região, participação nas audiências de conciliação no âmbito da Ação Civil 
Ordinária 3688/STF. 
Desenvolvimento do Mercado Livre de Gás Natural: Implementação de 
medidas destinadas à ampliação do mercado livre, incluindo propostas para 
a flexibilização das regras de contratação, incentivo à concorrência e maior 
integração entre os agentes do setor. 
Regulação do Mercado Cativo: Análise detalhada das práticas regulatórias 
aplicáveis ao mercado regulado de gás natural, com foco na proteção dos 
direitos dos usuários, na definição de tarifas justas e isonômica, prezando 
pela manutenção da segurança e fornecimento. 
Consulta Pública 13/24. Proposta de um novo modelo Contrato de Uso do 
Sistema de Distribuição (CUSD). 
O CUSD é um instrumento que estabelece as condições para o uso da 
infraestrutura de distribuição de gás canalizado por usuários livre. O novo 
modelo incorpora inovações que ampliam o dinamismo do mercado livre 
possibilitando que o usuário exerça seu poder de escolha sobre qual gás 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
46 
contratado quer consumir primeiro (contratado no cativo ou livre, gás natural 
ou biometano) e permite contratações flexíveis para aproveitar gás de 
oportunidade. 
A elaboração das novas regras do CUSD contou com ampla participação da 
sociedade por meio da Consulta Pública. Neste processo, foram recebidas 
367 contribuições. 
O Mercado Livre de São Paulo está em pleno crescimento com mais de 40 
Comercializadores, 2 Autoprodutores e com previsão de metade do volume 
demandado migrar para o mercado livre em 2025. Vejamos a linha do tempo 
com a evolução da regulação, incluído as ações de 2024. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
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ANO 2024 
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6.2. Superintendência de Fiscalização de Distribuição de Gás 
Canalizado 
Em 2024, foram abertos 359 processos de fiscalização dos serviços de gás 
canalizado, sendo 293 fiscalizações internas e 66 fiscalizações de campo. As 
fiscalizações garantem o cumprimento dos padrões dos indicadores 
estabelecidos no Contrato de Concessão para segurança no fornecimento, 
qualidade do produto e do serviço, qualidade no atendimento comerciale 
demais obrigações contratuais das concessionárias do Estado de São Paulo. 
No período foram emitidos 36 Termos de Notificação e 25 Autos de Infração. 
A Diretoria de Gás atuou ativamente junto às Concessionárias de Gás 
Canalizado para uma iniciativa colaborativa que reúne as principais 
Concessionárias de Serviços Públicos do Estado de São Paulo, com o objetivo 
de instituir as melhores práticas de gestão compartilhada de obras em vias 
públicas, garantindo mais eficiência nesse mercado e maior segurança à 
população. 
No âmbito dos projetos de tecnologia, a inovação foi o principal direcionador 
para o desenvolvimento de um Sistema de Gestão dos Processos de 
Fiscalização em parceria com a Prodesp. Essa solução transformou a 
governança da fiscalização ao automatizar fluxos de trabalho, garantindo 
maior eficiência, rastreabilidade e inteligência na gestão dos processos. O 
projeto reafirma o compromisso da Arsesp com a inovação e o uso de 
tecnologia para aprimorar suas atividades de fiscalização. 
Além disso, a Superintendência de Fiscalização participou de projetos através 
dos compromissos estabelecidos na Agenda Regulatória. 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
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7. DIRETORIA ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE MERCADOS 
Ação Orçamentária 2191 – Atividade de Regulação e Fiscalização 
Econômico- Financeira. 
DESTAQUES DO ANO 
 Econômico-Financeiro em números 
 • 40 deliberações. 
 • 81 fiscalizações. 
 • 6 consultas públicas e 4 audiências públicas. 
Consulta Pública nº: 09/2024 
Data início: 08/10/2024 00:00 
Data fim: 07/11/2024 00:00 
Assunto : Diretrizes Gerais para Estruturas Tarifárias do Gás Canalizado 
Consultas Públicas 
Consulta Pública nº: 07/2024 
Data início : 20/09/2024 00:00 
Data fim : 31/10/2024 00:00 
Assunto : Proposta de Metodologia de cálculo do P0 para a 5ª Revisão 
Tarifária Ordinária das concessionárias de gás canalizado do estado de São 
Paulo: Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS; Necta Gás Natural S.A. 
– NECTA e Gás Natural São Paulo Sul – NATURGY. 
Consulta Pública nº: 03/2024 
Data início: 28/06/2024 00:00 
Data fim: 19/07/2024 23:55 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
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Assunto: 3ª Revisão Tarifária Ordinária da Concessionária Saneaqua 
Mairinque S/A no Município de Mairinque 
Consulta Pública nº: 02/2024 
Data início : 19/06/2024 00:00 
Data fim : 04/07/2024 00:00 
Assunto : Dispõe sobre critérios e procedimentos para classificação de 
usuários nas categorias tarifárias Residencial Social e Residencial 
Vulnerável nos serviços públicos regulados de Abastecimento de Água e 
Esgotamento Sanitário da SABESP. 
Consulta Pública nº: 01/2024 
Data início : 16/05/2024 00:00 
Data fim : 05/06/2024 18:00 
Assunto : Proposta de Deliberação Arsesp que estabelece os procedimentos 
para a compra de gás natural e biometano pelas concessionárias de 
serviços locais de gás canalizado no Estado de São Paulo para atendimento 
aos usuários do mercado regulado. 
Consulta Pública nº: 10/2023 
Data início : 29/12/2023 00:00 
Data fim : 06/02/2024 18:00 
Assunto : Proposta de metodologia para o cálculo do custo médio 
ponderado de capital (WACC) para o setor de distribuição de gás 
canalizado. 
Audiências Públicas 
Audiência Pública nº: 01/2024 
Data: 02/02/2024 09:00 
Local : Plataforma Zoom 
Assunto : Proposta de metodologia para o cálculo do custo médio 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
50 
ponderado de capital (WACC) para o setor de distribuição de gás 
canalizado. 
Audiência Pública nº: 02/2024 
Data: 19/07/2024 10:00 
Local : Zoom 
Assunto : 3ª Revisão Tarifária ordinária da Concessionária Saneaqua 
Mairinque S/A no Município de Mairinque 
Revisão Tarifária: 3ª Revisão Tarifária ordinária da Concessionária 
Saneaqua Mairinque S/A no Município de Mairinque. 
Audiência Pública nº: 03/2024 
Data: 29/10/2024 09:00 
Local : Plataforma Zoom 
Assunto : Proposta de Metodologia de cálculo do P0 para a 5ª Revisão 
Tarifária Ordinária das concessionárias de gás canalizado do estado de São 
Paulo: Companhia de Gás de São Paulo – COMGAS; Necta Gás Natural S.A. 
– NECTA e Gás Natural São Paulo Sul – NATURGY. 
Audiência Pública nº: 04/2024 
Data: 05/11/2024 09:00 
Local: Zoom 
Assunto: Diretrizes Gerais para Estruturas Tarifárias do Gás Canalizado. 
7.1. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-
Financeira e de Mercados: Saneamento Básico 
• Reajustes Tarifários Anuais da Sabesp anteriores ao contrato com a 
URAE1; 
• Deliberação da Tarifa Inicial da Sabesp para a URAE1; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
51 
• Realização dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para 
determinação das tarifas da Saneaqua – Mairinque, no âmbito de sua 
3ª RTO; 
• Reajuste tarifário anual da SAEG – Guaratinguetá dos serviços de água 
e esgoto; 
• Reajuste tarifário anual de Cabrália Paulista dos serviços de água e 
esgoto; 
• Reajuste tarifário anual de Saneaqua, município de Mairinque, dos 
serviços de água e esgoto; 
• Reajuste tarifário anual de BRK Ambiental, município de Santa 
Gertrudes dos serviços de água e esgoto; 
• Realização dos estudos técnicos, em andamento, para determinação 
das tarifas da BRK Ambiental – Santa Gertrudes, no âmbito de sua 3ª 
RTO; 
• Reajuste do valor da Contraprestação de Resíduos Sólidos Urbanos da 
Terra Campos Ambiental junto a prefeitura de Campos do Jordão; 
• Cálculo da Taxa de Resíduos prestados pela SAEG no Município de 
Guaratinguetá; 
• Desenvolvimento de estudos sobre a eficiência nas despesas com 
energia elétrica das concessionárias de saneamento básico; 
• Desenvolvimento de estudos para proposta metodológica de definição 
de custo de capital das companhias reguladas de saneamento básico; 
• Desenvolvimento de estudos para proposta metodológica de fator de 
compartilhamento de eficiência (Fator X), das companhias reguladas 
de saneamento básico; 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
52 
• Desenvolvimento das atividades prevista no contrato do Novo Contrato 
da Sabesp com a URAE1; 
• Participação em estudos e materiais técnicos desenvolvidos por outras 
áreas da Arsesp; 
• Avaliação dos aspectos tarifários, no âmbito econômico-financeiro, nas 
propostas de convênios; 
• Atendimento às solicitações de concessionária, municípios e usuários. 
7.2. Superintendência de Regulação e Análise Econômico-
Financeira e de Mercados: Gás Canalizado 
• Reajustes tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado 
Comgás; 
• Reajuste tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado 
GBD; 
• Reajuste tarifários trimestrais da concessionária de gás canalizado 
Naturgy; 
• Publicação dos relatórios mensais de Contas Gráficas (Gás, 
Penalidades, Redes Locais e Perdas Regulatórias); 
• Deliberação Arsesp nº 1.619/2024, que dispôs sobre a realização 
dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para 
determinação da metodologia adotada pela Arsesp para as Revisões 
Tarifárias Ordinárias das concessionárias de distribuição de gás 
canalizado (Procalt); 
• Deliberação Arsesp nº 1.618/2024, que dispôs sobre a realização 
dos estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para 
determinação das diretrizes gerais da estrutura tarifaria a serem 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE 
ATIVIDADES ARSESP 
ANO 2024 
53 
adotadas pelas distribuidoras de gás canalizado do estado de São Paulo 
reguladas pela Arsesp; 
• Deliberação nº 1.506/2024, que dispôs sobre a realização dos 
estudos técnicos e da Consulta e Audiência Pública para determinação 
da metodologia de definição do custo de capital (WACC) das 
distribuidoras de gás canalizado do estado de São Paulo reguladas pela 
Arsesp; 
• Continuidade da Consulta Púbica nº 12/2022 referente os estudos para 
o tratamento de créditos de Pis/Cofins sobre o valor de ICMS

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