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Modelagem e Controle de Sistemas Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dr.ª Claudia Barros dos Santos Demori Revisão Textual: Prof.ª Me.ª Natalia Conti Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem • Análise da Resposta Transitória e de Regime Estacionário; • Sistemas de Segunda Ordem. · Aplicar o conteúdo de toda disciplina à análise da resposta de um sistema a determinados tipos de sinais de entrada; · Avaliar o comportamento de sistemas de primeira e segunda ordem para sinais de entrada típicos; · Reconhecer e saber escrever a função de transferência de malha fe- chada de um sistema; · Recorrer a sua anti-transformada de Laplace; · Esboçar o gráfico de resposta transitória do sistema como uma fun- ção do tempo. OBJETIVO DE APRENDIZADO Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Análise da Resposta Transitória e de Regime Estacionário Já vimos em unidades anteriores que é possível analisar o comportamento de um sistema quando há uma função de entrada do tipo impulso, degrau, rampa, aceleração etc. Analisando a resposta do sistema a certos sinais de entrada é pos- sível obter uma resposta sobre o próprio desempenho desse sistema ao longo do tempo. Essa resposta temporal é dividida em resposta transitória e resposta esta- cionária. A resposta transitória é o comportamento que vai do estado inicial (por conveniência, considera-se que o sistema parte de repouso absoluto) até o estado final. Já a resposta estacionária é o comportamento de saída do sistema quando o tempo tende a infinito. Na prática, não se sabe qual será o sinal de entrada num sistema de controle. No entanto, no projeto de sistemas deve-se haver uma base de comparação do desempenho, estabelecida por testes específicos. Ou seja, detalhando-se sinais de entrada, temos uma resposta esperada pré-estabelecida. Sendo assim, estimamos a capacidade do sistema em responder a qualquer sinal de entrada real. Note que já vimos como são, no geral, os sistemas de primeira ordem e segunda ordem. Todos os sistemas que têm a mesma função de transferência apresentarão a mesma saída para um mesmo impulso (sinal) de entrada. Além disso, sistemas de ordem superior apresentam respostas que no geral são combinações de sistemas de ordem 1 e 2. Estabilidade de um Sistema A estabilidade de um sistema é uma de suas características fundamentais. Por isso, no projeto, devem ser levados em consideração todos os seus componen- tes e suas respectivas funções de transferência. Um sistema como um todo deve levar em consideração a Estabilidade absoluta, ou seja, o sistema é instável ou estável. O sistema, no geral, será estável se a saída tende a um estado de equi- líbrio quando esse sistema é submetido a determinada condição inicial. Lembre- -se, estamos estudando os sistemas lineares e invariantes no tempo. O sistema será criticamente estável se as oscilações do sinal de saída se repetem continuamente. A saída, no entanto, poderá divergir a partir de um estado de equi- líbrio, assim que o sistema for submetido a alguma condição inicial, e neste caso, o sistema é instável. Outra consideração a ser feita é o fato de que o sistema nem sempre respon- derá imediatamente ao sinal de entrada. Ele pode apresentar o que chamamos de 8 9 resposta transitória. Essa resposta transitória apresenta-se em formas de oscila- ções amortecidas antes de o sistema entrar em equilíbrio e apresentar o chamado regime permanente. Normalmente pode ocorrer de o sinal de saída de um siste- ma em regime permanente não coincidir com o sinal de entrada, essa diferença é conhecida como erro estacionário e é essa grandeza que indica quão preciso é o sistema. Sendo assim, no projeto deve-se considerar a resposta transitória e o estado estacionário do sistema. Sistemas de Primeira Ordem Vamos iniciar a nossa análise com a resposta de sistemas de primeira ordem a alguns dos sinais de entrada típicos. Já vimos com frequência a função de transferência de malha fechada para um sistema de primeira ordem: C s R s Ts ( ) ( ) = + 1 1 Vamos analisar a resposta desse sistema para uma entrada do tipo degrau, ou seja, R(s)=1⁄s (você pode conferir, utilizando a tabela de transformadas de Laplace). C s Ts s ( ) = + ⋅ 1 1 1 Para facilitar a análise e a leitura da tabela de transformadas de Laplace, vamos reescrever a equação utilizando as frações parciais: C s s T Ts ( ) = − + 1 1 E rearranjando: C s s s T ( ) = − + 1 1 1 Agora, vamos utilizar a anti-transformada de Laplace, para escrevermos a res- posta C(s) em função do tempo c(t): c t C s c t e t T ( ) = ( ) ( ) = − − − L 1 1 9 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Devemos considerar a função nula para valores de t < 0. Vamos analisar alguns valores dessa função em relação à constante de tempo T, observando a tabela e o gráfico: Tabela 1 t c(t) 0 0 T 0,6321 2T 0,8646 3T 0,9502 4T 0,9816 5T 0,9932 0T 1T 2T 3T 4T 5T 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 c( t) Tempo (0; 0,632) (4T; 0,9816) Entrada do tipo degrau unitário Figura 1 Podemos inferir que para quando o tempo é igual à constante de tempo T, a resposta alcança 63,21 % de sua resposta total. Para quando o tempo é 2T, a res- posta já é 86,46% de seu valor final, e assim por diante. Outra análise importante é verificar qual é a taxa de variação dessa resposta c(t) na origem, ou seja, como ela se comporta do início da medida ao longo do tempo. Para tanto, basta calcularmos a derivada no tempo da função c(t) para quando t = 0. dc t dt T t ( ) = =0 1 10 11 Note, essa resposta nos mostra que c(t) varia com oinverso de T, ou seja, a função cresce mais rápido para valores próximos à origem, conforme t aumenta, a função passa a crescer menos, estabilizando o seu valor para uma resposta esta- cionária. Observe no gráfico, para um tempo de 4T (ou seja, 4 vezes a constante de tempo), a resposta c(t) alcança 98% do seu valor final, o que é aceitável como regime estacionário. Agora vamos analisar a resposta de um sistema de primeira ordem a uma entra- da do tipo rampa, ou seja R(s)=1⁄s2 . A resposta do sistema será: C s Ts s ( ) = + ⋅ 1 1 1 2 Para facilitar a leitura da tabela de transformadas de Laplace, vamos rearranjar a equação, utilizando as frações parciais: C s T s s T Ts ( ) = − + + + 1 1 2 2 Agora, vamos utilizar a anti-transformada de Laplace para escrever a resposta C(s) em função do tempo c(t): c t C s c t T t Te t T ( ) = ( ) ( ) = − + + − − L 1 0T 1T 2T 3T 4T 5T 0T 1T 2T c( t) Tempo Entrada do tipo rampa Figura 2 11 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Observe no gráfico acima, a saída c(t) é muito parecida com uma função do tipo rampa, exceto para valores pequenos de t. Podemos analisar o erro desse sistema. O erro é dado pela diferença entre função de entrada e de saída. Pode- mos escrever: Erro t r t c t Erro t t T t Te Erro t T e t T t T ( ) = ( ) − ( ) ( ) = − − + + ( ) = + − − 1 Vamos observar a curva da resposta do sistema e do erro. Observe na equação acima que para t→∞ o erro se aproxima do valor T, que é a constante de tempo. 0T 1T 2T 3T 4T 5T 0 1 2 3 4 5 Tempo Saída (t) Entrada (t) Erro em estado permanente Figura 3 Observe que para um intervalo pequeno de tempo t (menor que a constante de tempo T), o erro entre saída e entrada é pequeno, no entanto, ao longo do tempo, esse valor (a distância entre as duas curvas) tende a se estabilizar, tendendo a T em regime permanente. Para finalizar a análise da saída de um sistema de primeira ordem, vamos con- siderar uma entrada do tipo impulso, ou seja, R(s)=1. A saída do sistema será: C s Ts ( ) = + 1 1 12 13 Utilizando a anti-transformada de Laplace teremos: c t C s c t T e t T ( ) = ( ) ( ) = − − L 1 1 Vamos plotar c(t) e observar como a saída é modificada em função da entrada: 0T 1T 2T 3T 4T 5T 0T 1T 2T 3T 4T 5T c( t) Tempo Entrada do tipo impulso Figura 4 Se o sistema for linear e invariante no tempo (LIT), note que a partir da resposta para entrada em degrau, é possível calcular matematicamente qual será a resposta para rampa e para o impulso. A resposta ao impulso é a derivada da resposta ao de- grau, assim como a resposta ao degrau é a derivada à resposta para rampa. Por observar essas condições, a análise da resposta transitória de um sistema de segunda ordem é feita em termos da resposta transitória do sistema para uma entrada do tipo degrau, que é suficiente brusca para testar o sistema e é gerada com facilidade. Sistemas de Segunda Ordem Sendo assim, vamos definir algumas especificações para os sistemas de segunda ordem. Não esqueça, essas especificações são para entradas do tipo degrau e para condições iniciais nulas. 13 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Na unidade anterior foi observado que, na prática, a resposta transitória do sis- tema pode apresentar certas oscilações até que então atinja o regime permanente. Sendo assim, ocorre o chamado regime transitório, onde algumas variáveis são de extrema importância para a análise da estabilidade e das características do sistema. São elas: Tabela 2 Variável Representação Definição Tempo de atraso td É o tempo necessário para que a resposta alcance a metade de seu valor final pela primeira vez. Tempo de subida tr É o tempo necessário para que a resposta vá de 10% a 90% ou ainda de 0% a 100% de seu valor final. Tempo de pico tp É o tempo necessário para que a resposta atinja o primeiro pico de sobressinal. Máximo sobressinal Mp É o valor máximo na curva de sobressinal. É dado em porcentagem. M c t c cp p= ( ) − ∞( ) ∞( ) ⋅100% Tempo de acomodação ts É o tempo necessário para que a curva de resposta chegue a 2% ou 5% de seu valor final. Observe todas essas grandezas ilustradas no gráfico abaixo: tr t td tp ts 0 0,5 Tolerância aceitável 0,05 ou 0,02 1 c(t) Mp Figura 5 Fonte: Adaptado de Pearson Prentice Hall, 2010 Note que pode ocorrer o caso onde em determinados sistemas nem todas es- sas variáveis sejam convenientes. Por exemplo, em um sistema superamortecido, o máximo sobressinal não ocorre. E assim, por diante. 14 15 O ideal é que a resposta transitória apresente rapidez nos tempos mostrados acima, e que seja amortecida. Nos sistemas de segunda ordem, para que isso ocorra, o coeficiente de amortecimento ξ deve estar entre 0,4 e 0,8. Não se esqueça, as definições são válidas para a resposta a uma entrada do tipo degrau de sistemas de segunda ordem que estejam associados à forma padrão, dada por: C s R s s s n n n ( ) ( ) = + + ω ξω ω 2 2 22 Onde s é a variável complexa, ξ é o coeficiente de amortecimento e ωn rad s é a frequencia natural não amortecida do sistema. Outras variáveis que não apare- cem na equação, mas são importantes definições para o sistema, são a frequência natural amortecida ωd rad s e o coeficiente de atenuação σ rad s . Ao testar no sistema de segunda ordem a entrada R(s) como um sinal degrau, encontramos as definições para ωd e σ. Não faremos essa definição aqui, mas o aluno poderá explorar mais. Assista o vídeo “Características da resposta subamortecida“. Disponível em: https://goo.gl/kwe5wj.Ex pl or Podemos escrever que: ω ω ξd n= −1 2 e σ ξω= n E então definir equações para o tempo de subida, tempo de pico e tempo de acomodação em função das variáveis que definem o comportamento dinâmico do sistema ξ e ωn, o tempo de rampa: tr d = −pi β ω 15 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Onde o ângulo β está definido no plano complexo conjugado, conforme mostra o gráfico: n 1 2 n n dj j 0 σ-σ β Figura 6 Fonte: Adaptado de Pearson Prentice Hall, 2010 Ou ainda, podemos utilizar a equação: β ω σ = −tg d1 O tempo de pico: t dp = pi ω E o tempo de acomodação para o critério de 2% da resposta final: ts = 4 σ E o tempo de acomodação para o critério de 5% (também aceitável) da res- posta final: ts = 3 σ E o máximo sobressinal: M ep d= −σ ω pi 16 17 Para exemplificar todos os conceitos que aprendemos aqui, vamos utilizar um servossistema e analisar cada parâmetro de sua resposta a uma entrada do tipo de- grau. Observe a imagem abaixo. Ela mostra um servossistema representado por um diagrama de blocos em (a) que pode ser resumido, conforme mostra a imagem (b): K Js + B R(s) R(s) C(s) C(s) (a) (b) 1 s Kh + - K s(Js + B + KKh) + - + - Figura 7 Fonte: Adaptado de Pearson Prentice Hall, 2010 Um servossistema é um sistema de controle com realimentação, e tem como saída um controle de posição, velocidade ou aceleração. Vamos começar escrevendo a função de transferência de malha fechada para esse sistema, ou seja, C(s)/R(s). Observe o diagrama representado acima, na imagem b. Podemos escrever a fun- ção de transferência utilizando a equação geral para umdiagrama com realimenta- ção (a mesma que aprendemos algumas unidades atrás), onde C s R s G s G s ( ) ( ) = ( ) + ( )1 ; desta maneira, a função de transferência de malha fechada para o servossistema do nosso exemplo será: C s R s K Js B KK s Kh ( ) ( ) = + +( ) +2 Observe na equação acima, já vemos uma semelhança entre ela e a equação geral para um sistema de segunda ordem. Se R(s) é uma função do tipo degrau, ou seja, R(s)=1/s, não será necessário encontrar a anti-transformada de Laplace para caracterizá-la no tempo. As equações definidas acima (tempo de pico, tem- po de subida, tempo de acomodação e máximo sobressinal) já nos fornecem os resultados esperados para o comportamento da resposta transitória do sistema. 17 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Sendo assim, temos a seguinte proposta: 1. Deseja-se que o máximo sobressinal da resposta desse sistema à entrada do tipo degrau seja 0,2 ou seja, 20% e o tempo de pico seja 1s. Quais se- riam o valor de ganho K e a constante de realimentação Kh? Suponha que J kg m=1 2. e B Nm rad s=1 . . 2. Obtenha o tempo de subida e o tempo de acomodação. 3. Para verificar se os valores obtidos nos itens anteriores são adequados, vamos utilizar a anti-transformada de Laplace para obter um gráfico da resposta ao degrau em função do tempo. Solução: 1. O primeiro passo é obtermos os valores das grandezas principais que caracterizam o comportamento do sistema de segunda ordem, ξ e ωn. Para tanto, vamos comparar a função de transferência de malha fechada à equação padrão de um sistema de segunda ordem. Sendo assim, pode- mos utilizar a equação definida para o máximo sobressinal: M ep d= −σ ω pi Para resolver teremos que recorrer às definições do coeficiente de atenuação e da frequência natural amortecida. Você se lembra? σ ξω ω ω ξ= = −n d ne 1 2 Substituindo os valores que temos na equação para o máximo sobres- sinal, teremos: M e ep d= → = − − − σ ω pi ξ ξ pi 0 2 1 2 , Para resolver essa equação, você deve buscar compreender as propriedades de logarítmo em: STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning 2003. ISBN 978-85-221-0661-5. 5 ed. São Paulo, 2003. Ex pl or E solucionando a equação, temos: ξ = 0 456, Se utilizarmos a expressão para o cálculo do tempo de pico, podemos obter o valor da frequência natural amortecida: t rad sp d d d= → = → = pi ω pi ω ω1 3 14, / 18 19 Agora, utilizando relações para frequência natural amortecida e não amor- tecida, temos: ω ω ξ ωd n n rad s= − → =1 3 53 2 , / Uma vez que temos os parâmetros que caracterizam o sistema, basta com- pararmos a função de transferência de malha fechada à equação geral de um sistema de segunda ordem, ou seja: C s R s K Js B KK s K s sh n n n ( ) ( ) = + +( ) + = + +2 2 2 22 ω ξω ω Pela comparação dos coeficientes de cada denominador, podemos con- cluir que: J =1 Obs.: J utiliza o Sistema internacional de Unidades, conforme o próprio enunciado nos forneceu; K K rad sn= → =ω 2 2 12 5, / e B KK K sh n h+ = → =2 0 178ξω , 2. O tempo de subida e o tempo de acomodação podem ser obtidos por meio de suas equações: tr d = −pi β ω Aqui será necessário fazer o cálculo do coeficiente de atenuação σ e do ângulo β: σ ξω σ β ω σ β = → = = → = − n d rad s tg rad 1 61 1 10 1 , / , Sendo assim: t t sr d r= − → = pi β ω 0 650, 19 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem E por fim, o tempo de acomodação para o critério de 2% é: t t ss s= → = 4 2 48 σ , 3. Para finalisar a nossa análise, podemos verificar que, se o sistema é do tipo C s R s s s n n n ( ) ( ) = + + ω ξω ω 2 2 22 para uma entrada do tipo degrau teremos: C s s s s n n n ( ) = + + ω ξω ω 2 2 2 2 1 . E a resposta em função do tempo (você poderá verificar essa função na tabela de transformadas de Laplace) será: Se plotarmos a c(t) acima com os valores obtidos no nosso problema, tere- mos o seguinte gráfico: 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 c( t) Tempo Servossistema Figura 8 Se você verificar os valores obtidos na teoria e buscá-los no gráfico, você verá que são uma boa aproximação. No gráfico, podemos inferir, com uma certa precisão, o valor para o qual a função chega pela primeira vez a 50% do seu valor final, o chamado tempo de atraso, que é, pela leitura, 0,5s. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Cálculo STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning 2003. ISBN 978-85-221- 0661-5. 5 ed. São Paulo, 2003. Vídeos Características da resposta subamortecida Variáveis no sistema de segunda ordem. https://goo.gl/ituQyF Sistemas de Controle (5/8) Sistemas de Segunda Ordem https://youtu.be/UVFer8huMKE Leitura Resposta no tempo de sistemas de primeira e de segunda ordem só com pólos Estabilidade do sistema de segunda ordem. https://goo.gl/cu3C4U 21 UNIDADE Análise da resposta Transitória de Sistemas de Primeira e Segunda Ordem Referências OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. OPPENHEIM, A. & Willsky, A. Sinais e Sistemas. 2ª Ed. São Paulo. Pearson, 2010. STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning 2003. ISBN 978-85-221- 0661-5. 5 ed. São Paulo, 2003. 22