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Universidade Paulista Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Alphaville PUPDIAG_Projeto urbano Paisagístico (Diagnóstico) Nome do Aluno: Laura Roque Santos R.A: N093FH0 _____________________________________________________________________________ RESENHA-RESUMO SOLÁ-MORALES, Manuel de. "Espaços públicos e espaços coletivos." In Os centros das metrópoles: Reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI. São Paulo: Ed. Terceiro Nome, Viva o Centro, Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 101-107. A) Palavras-chaves: Espaços públicos; áreas verdes; cidades; urbanismo; privatização e população. B) Resumo Este texto discute como o conceito de espaço na cidade mudou ao longo do tempo. Começa com o ideal de cidade perfeita do século XIX e chega à realidade complicada das cidades de hoje. O ponto principal é que a fronteira entre o que é público (de todos) e o que é privado (de um dono) está cada vez mais confusa. Isso é tanto um problema para quem planeja as cidades quanto uma característica da vida urbana atual. O autor defende que as cidades devem dar mais importância à relação entre os prédios (arquitetura) e o uso coletivo (as pessoas). O texto divide essa discussão em três momentos importantes: 1. A Cidade Ideal do Século XIX: Naquela época, a ideia era que as cidades deviam ter áreas verdes e ser administradas pelo governo local. Isso valorizou a ideia do espaço público. 2. Os Anos 70 e a Contradição: Nos anos 70, surgiram duas grandes linhas de pensamento: uma que dava muito valor ao significado e à história dos prédios, e outra (como a de Barcelona) que via a cidade como um grande projeto de urbanização. O problema é que, apesar de os planos atuais se inspirarem Universidade Paulista Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Alphaville PUPDIAG_Projeto urbano Paisagístico (Diagnóstico) nessas ideias de valor social, na prática, as cidades acabam parecendo apenas "vitrines bonitas e focadas no consumo", perdendo o cuidado com o essencial. 3. O Exemplo de Barcelona: Barcelona é vista como um bom exemplo, pois criou praças e parques em áreas vazias para valorizar o coletivo e "transformar o privado em algo urbano". Mas o texto alerta que é difícil manter isso, principalmente no centro antigo, onde a prioridade para moradias, estacionamentos e coisas privadas acaba diminuindo a importância do espaço público. A parte mais interessante é a análise de hoje. A dificuldade em saber o que é público e o que é privado leva a especulações sobre o futuro dos "espaços com donos incertos". O texto sugere que esses lugares se tornarão importantes na vida social, sendo usados por diferentes grupos de pessoas ("tribos urbanas"), algo que a ficção futurista (Blade Runner, Umberto Eco) já imaginava. Essa perda de limite cria a "cidade caótica" (distópica), onde o espaço apenas reflete a complexidade do capitalismo atual. Em resumo, este texto é um manifesto poderoso. Ele critica o planejamento urbano superficial de hoje e reforça que o espaço público é "muito mais que só um espaço". A conclusão é um chamado para a ação: o urbanismo moderno deve focar em administrar a mistura complexa entre o público e o privado. O autor defende que a qualidade dos prédios e dos espaços privados deve ser vista como parte essencial do interesse de todos. O verdadeiro valor da cidade está na capacidade de seus gestores e arquitetos de lidar com essa indefinição de espaços, que é cada vez mais presente e necessária.