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Universidade Paulista
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Alphaville
PUP_Projeto urbano Paisagístico (Interv urb)
Nome do Aluno: Laura Roque Santos
R.A: N093FH0
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RESENHA-RESUMO
(Abaixo do título inserir referência bibliográfica conforme norma da ABNT 6023, atentar-se para a diferença entre livros e artigos publicados em periódico) 
MARICATO, Erminia. Conhecer para resolver a cidade ilegal. Urbanização brasileira: redescobertas, Belo Horizonte, v. 1, p. 1–17, jan. 2003.
Urbanização; Ilegalidade; exclusão social; regularização fundiária; habitação digna
CONHECER PARA RESOLVER A CIDADE ILEGAL
No Brasil, o processo de urbanização ocorreu entre as décadas de 1940 e 1980 e gerou crescimento econômico e modernização para uma parte da sociedade, mas também causou grandes desigualdades. A urbanização em massa, sem políticas públicas adequadas de habitação e infraestrutura, resultou em um cenário urbano caracterizado por ilegalidade, segregação territorial e exclusão social. O texto de Ermínia Maricato propõe entender essa complexa realidade como condição essencial para buscar soluções eficazes para a chamada “cidade ilegal”, onde grande parte da população vive à margem da legalidade urbanística, fundiária e social.
O autor destaca que a formação da cidade ilegal não é fruto de um desrespeito à lei, mas sim da falta de alternativas habitacionais acessíveis para a maioria da população de baixa e média baixa renda. Sem acesso ao mercado formal de moradias e diante da ausência de políticas públicas, a população buscou soluções como as favelas, loteamentos ilegais e áreas mais afastadas.
O texto explica que o crescimento das favelas e do crescimento errado urbano é resultado direto de um mercado imobiliário que exclui a capacidade do Estado de prover habitação digna. Além disso, as favelas são descritas não apenas como um problema habitacional, mas como expressão da exclusão social múltipla econômica, jurídica, ambiental e cultural.
Diante do problema, a simples remoção dos assentamentos ilegais se torna inviável, tanto economicamente quanto socialmente. O texto defende que a urbanização de favelas, com fornecimento de infraestrutura básica, é uma solução mais realista e humanizada. Também mostra a importância da regularização fundiária, uma vez que o endereço formal e o título de posse trazem dignidade, segurança e cidadania para os moradores.
Por fim, o texto analisa instrumentos legais, como o Estatuto da Cidade e a Medida Provisória 2.220, que mostram novas possibilidades para a regularização das áreas ilegais, destacando avanços e as limitações desses dispositivos, principalmente quando não acompanhados de planos urbanos estruturados.
Conhecer a realidade da cidade ilegal é o primeiro passo para superar. Ermínia Maricato demonstra que enfrentar a urbanização informal exige muito mais do que a simples aplicação da lei: é necessária uma ação pública consistente que amplie o acesso à moradia digna, regulamente o mercado imobiliário e promova a inclusão social. A urbanização e a regularização dos assentamentos informais são vistas como medidas essenciais para reduzir a desigualdade urbana e garantir cidadania plena a milhões de brasileiros. A tarefa é complexa e desafiadora, mas inadiável para qualquer projeto de sociedade mais justa e democrática.

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