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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230517384135
ELIAS SANTANA
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade 
de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração 
“Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor 
da Secretaria de Educação do DF, além de pro fessor em vários colégios e cursos 
preparatórios. Ministra aulas de gramá tica, redação discursiva e interpretação de 
textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, 
recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SAND RODRIGUES SANTANA - 05776310555, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Morfossintaxe do Período Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Bloco I – Morfologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1. A Divisão da Morfologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2. O Grupo das Emoções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3. O Grupo dos Nomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4. Grupo do Verbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5. O Grupo dos Conectores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1. Sintaxe – Sujeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2. Tipos de Sujeito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3. Concordâncias Verbais Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.1. Os Complementos Verbais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.3. O Verbo Intransitivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.4. Os Adjuntos Adverbiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5. Configurações Oracionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.1. Termos Ligados a Nomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
 
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Elias Santana
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Questões de concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
aPrESENtaÇÃOaPrESENtaÇÃO
Olá, meu(minha) querido(a) amigo(a)!
Eu sei bem o que você está fazendo aqui. Seu objetivo é gabaritar língua portuguesa 
no seu concurso, certo? Eu tenho a solução para isso – pelo menos na parte de gramática.
Para lograr êxito, preciso que você tenha EMPENHO, RESPONSABILIDADE e CONFIANÇA. O 
primeiro é a chave para se alcançar qualquer objetivo. O segundo corresponde à sua habilidade 
em responder à missão – que é entender como é cobrada é língua portuguesa em provas. O 
terceiro é um pedido: segure a minha mão e me acompanhe pelo percurso de aprendizado 
que vou te propor. Tenho certeza de que, juntos, alcançaremos resultados surpreendentes.
Conforme expus anteriormente, acredito em um melhor ordenamento para tratar das 
questões linguísticas. Por esse motivo, respeite a disposição das aulas que estabeleci. Meu 
curso é baseado em construção de pré-requisitos que são exigidos não por mim, mas por 
SEU CÉREBRO! Respeitar sua capacidade neuronal é, com certeza, o melhor caminho para 
chegarmos ao resultado esperado.
QUEM É ELiaS SaNtaNa?
Sou licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade 
de Brasília (UnB). Possuo mestrado pela mesma instituição, na área de concentração 
“Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Fui servidor da 
Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégiosverbo é uma palavra que serve para indicar 
ação, estado ou fenômeno da natureza. Essa é, realmente, uma noção extremamente 
primária, mas que vai nos ser de grande valia. Vamos separar os verbos nessas três 
categorias, da última para a primeira (por motivos didáticos):
Classificação Principais verbos
O que eles podem ser 
sintaticamente
Fenômenos da natureza
Chover, nevar, amanhecer, trovejar, 
anoitecer, ventar, raiar.
VI
Estado
Ser, estar, permanecer, ficar, continuar, 
parecer, andar, tornar-se, virar.
VL – ou VI
Ação O resto VTD, VTI, VTDI, VI
PorPor queque isso,isso, professor?professor?
A ideia é fazer com que você exclua possibilidades! No exemplo 6, ao ver um verbo de 
estado, você já deve pensar “sintaticamente, ele não pode ser VTD, VTI, VTDI ou VI”, sacou?
 Obs.: 1: nem todo verbo de estado é verbo de ligação. Falaremos mais sobre isso adiante.
2: tenha bom senso! Compare o par de orações abaixo:
EXEMPLOS
Ele anda preocupado.
Ele anda rapidamente.
Você, é claro, sabe que os dois verbos acima são diferentes! O primeiro, indica estado 
de preocupação. O segundo diz respeito ao ato de caminhar. O mesmo vale para “virar”.
EXEMPLOS
Ele virou professor.
Ele virou a página.
No primeiro caso, o verbo indica o que ele se tornou. No segundo, o ato de passar uma 
página.
 Obs.: 3: Acima, estão listados os principais, e não todos. Além disso, quando escrevo “o 
resto” para os de ação é porque esse grupo se divide em ação, existência, processo, 
volição, necessidade etc. Por isso chamei de “resto”. A ideia é que você, a partir 
de agora, pense assim: se não é fenômeno da natureza, se não é estado, então é 
ação”. Pegou o espírito?
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Voltemos, então, ao exemplo (6). O sujeito do verbo “estava” é “o presidente”. Observe 
que “desolado” é uma característica atribuída ao presidente. O verbo predicar possui, em 
sua origem latina, o sentido de atribuir algo a alguém, elogiar, louvar. Assim sendo, podemos 
afirmar que “desolado” é um atributo dado ao presidente. Em outras palavras, “desolado” 
predica o presidente. Por isso, “desolado” é o predicativo do sujeito. O verbo “estava” possui 
a mera finalidade de conectar o sujeito ao seu atributo. Por esse motivo, nós o chamamos 
de verbo de ligação.
 Obs.: em língua portuguesa, somente verbos de estado podem ser verbos de ligação!
O predicativo não é realmente um complemento verbal, uma vez que ele não se liga ao verbo. 
Mas, por razões didáticas, costumamos o chamar de complemento, apenas pela sua posição 
posposta ao verbo na ordem direta da oração. Além disso, não existe predicativo do sujeito 
apenas com verbos de ligação (veremos isso mais adiante, em “configurações oracionais”). 
Agora, uma afirmação eu te garanto: só existe verbo de ligação com predicativo do sujeito.
4 .3 . O VErBO iNtraNSitiVO4 .3 . O VErBO iNtraNSitiVO
A grosso modo, para melhor iniciar nossa conversa, podemos afirmar que o verbo 
intransitivo é aquele que não transita ou liga. São os verbos que indicam fenômenos da 
natureza, os de ação que não possuem complementos verbais ou os de estado que não ligam 
sujeitos a predicativos. A melhor forma de entender um verbo intransitivo é comparando 
sentenças e excluindo possibilidades. Veja:
EXEMPLOS
(7) Ele bebe leite.
(8) Ele bebe muito.
(9) Ele bebe aos domingos.
Nas três opções o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de ação). Em (7), a ação de 
beber recai sobre algo bebido, ou melhor: quem bebe, bebe algo (“leite”). Assim, podemos 
afirmar que o verbo é VTD e “leite” é OD. O mesmo não acontece em (8) e (9). A ação de 
beber não recai sobre algo bebido. Logo, os verbos desses dois exemplos são intransitivos. 
Toda transitividade verbal depende de complemento explícito.
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Então,Então, professorprofessor Elias,Elias, qualqual éé aa classificaçãoclassificação sintáticasintática dede “muito”“muito” ee dede “aos“aos domingos”?”domingos”?”
Ambos se referem ao verbo. O primeiro indica a intensidade com que se bebe; o segundo, 
quando se bebe. Morfologicamente, “muito” é advérbio; “aos domingos”, uma locução 
adverbial. Ambos, sintaticamente, são adjuntos adverbiais.
Vamos ver outra comparação:
EXEMPLOS
(10) O deputado estava eufórico.
(11) O deputado estava em Campinas.
Nas duas orações, o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de estado). Em (10), “eufórico” 
é uma característica do sujeito; portanto, predicativo do sujeito (e o verbo é de ligação). O 
mesmo não ocorre em (11). “Em Campinas” não é característica do sujeito, mas uma informação 
acerca do verbo (onde estava). Morfologicamente, “em Campinas” é uma locução adverbial; 
sintaticamente, um adjunto adverbial. O verbo “estava”, em (11), é intransitivo.
Alguns comentários são válidos:
• Verbo intransitivo não é, nunca foi e nunca será o verbo de sentido completo. Alguns 
podem ter sentido independentemente de qualquer outra estrutura sintática (como 
ocorre com os verbos que indicam fenômenos da natureza).
• Um adjunto adverbial não é, nunca foi e nunca será um complemento verbal.
• Nem sempre haverá um adjunto adverbial com verbos intransitivos. Veja os exemplos:
EXEMPLOS
(12) Jesus nasceu!
(13) Jesus nasceu em Belém!
Em ambas, o verbo empregado é intransitivo. A diferença é apenas que, em (13), há 
onde o ato de nascer ocorreu. Ou seja, “em Belém” é um adjunto adverbial.
Dessa forma, podemos ter uma ilustração de esquemas oracionais:
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Mas,Mas, professor,professor, entãoentão oo queque éé umum adjuntoadjunto adverbial?adverbial?
Falaremos acerca disso na próxima seção!
4.4. OS ADJUNTOS ADVERBIAIS4.4. OS ADJUNTOS ADVERBIAIS
O conhecimento sobre o que é um advérbio e uma locução adverbial é fundamental, pois 
ambos são classificados sintaticamente como adjuntos adverbiais. Se você entende como 
fazer essa classificação morfológica, também saberá fazer a sintática! Até a classificação dos 
adjuntos adverbiais segue critério semântico usado com advérbios e locuções adverbiais. Veja:
Sujeito verbo intransitivo adjunto adverbial Classificação do a. adv.
Ele bebe muito. intensidade
aos domingos. tempo
socialmente. modo
no bar. lugar
com o copo. instrumento
com os amigos. companhia
apesar da doença. concessão
para esquecer os problemas.* finalidade
porque a mulher o deixou.* causa
 Obs.: os dois últimos casos possuem verbos. São conhecidos como adjuntos adverbiais 
oracionais, ou orações subordinadas adverbiais, conforme veremos em período 
composto.
Cabe ressaltar que o adjunto adverbial não aparece apenas em estruturas dotadas de 
verbos intransitivos. Veja:
EXEMPLOS
(14) Ele bebe leite aos domingos.
(15) O deputado estava eufórico em Campinas.
Alguns verbos da língua portuguesa causam tremenda confusão em análises sintáticas. São 
verbos locativos (relacionados a lugares), como chegar, ir voltar, partir, morar, residiretc. 
Eles parecem verbos transitivos diretos, mas, na verdade, são intransitivos. Vejamos abaixo:
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EXEMPLOS
Ele mora em Brasília.
Ele vai ao Rio de Janeiro.
Ele voltou de Paris.
Para a NGB, os verbos acima são intransitivos. As expressões destacadas são adjuntos 
adverbiais de lugar. Jamais se confunda com isso! Isso já foi cobrado em provas!
017. 017. (FUNCAB) Na oração “E para mim, que moro em Manhattan, aquela ilha apertada [...] 
deve ser como pousar NA LUA”, a função sintática do termo destacado é:
a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) aposto.
e) adjunto adverbial.
A alternativa considerada certa foi a letra e, uma vez que o verbo pousar é locativo! Cuidado!
Letra e.
5. CONFIGURAÇÕES ORACIONAIS5. CONFIGURAÇÕES ORACIONAIS
Amigo(a), por fim, seria legal simularmos algumas possibilidades de configurações oracionais. 
Isso os ajudará a entender, com maior clareza, o funcionamento da sintaxe da oração.
O predicado
Conforme já discutimos, o predicado é o que sobra do sujeito. O predicado, assim como o 
sujeito, possui núcleo. O núcleo do predicado pode ser um verbo (VTD, VTI, VTDI ou VI) ou 
um predicativo (do sujeito ou do objeto). Note que o VL não é considerado núcleo.
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5.1. CONFIGURAÇÃO 1 – PREDICADOS VERBAIS5.1. CONFIGURAÇÃO 1 – PREDICADOS VERBAIS
Os predicados verbais são aqueles cujo núcleo é o próprio verbo. Para que um verbo seja 
núcleo, é necessário que ele seja VTD, VTI, VTDI ou VI, conforme observaremos a seguir:
5.2. CONFIGURAÇÃO 2 – PREDICADOS NOMINAIS5.2. CONFIGURAÇÃO 2 – PREDICADOS NOMINAIS
Em predicados nominais, o núcleo é o predicativo do sujeito. Nesse caso, a frase deve 
ter um verbo de ligação.
PREDICADO NOMINAL
PREDICADO NOMINAL
Segundo nossos estudos, o verbo de estado pode ser de ligação ou intransitivo. Na oração
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EXEMPLO
As atletas permaneceram em Londres.
O verbo “permaneceram” não pode ser de ligação, uma vez que não há predicativo do 
sujeito. O referido verbo é classificado como intransitivo. Por esse motivo, o predicado 
dessa oração é verbal.
5.3. CONFIGURAÇÃO 3 – PREDICADOS VERBO-NOMINAIS5.3. CONFIGURAÇÃO 3 – PREDICADOS VERBO-NOMINAIS
Os predicados verbo-nominais são dotados de dois núcleos: um verbal (todos os verbos, 
exceto VL) e um nominal (predicativo do sujeito ou do objeto). Veja:
 Obs.: 1: “revoltados” (24) e “tristes” (25) não podem ser advérbios, pois estão em 
concordância com “servidores” e “filhos”, respectivamente. Lembre-se: o advérbio 
é invariável.
2: Mais a diante, falaremos, com muito carinho, sobre o predicativo do objeto, 
para que você não o confunda com um adjunto adnominal. Por enquanto, guarde 
a seguinte informação: o predicativo do objeto é uma característica que o sujeito 
atribui ao objeto. No exemplo (26), “culpado” foi atribuído pelo “juiz” ao “réu”.
6. BLOCO IV – SINTAXE (PARTE III)6. BLOCO IV – SINTAXE (PARTE III)
Nos blocos anteriores, falamos sobre morfologia, sujeito, complementos verbais e 
adjuntos adverbiais. Peço, por gentileza, que você analise comigo a seguinte oração:
EXEMPLO
(1) A Garota estudiosa encontrou apostilas velhas.
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Primeiramente, faça a classificação morfológica da sentença. O resultado é:
Em seguida, vamos à análise sintática que dominamos até este ponto da matéria:
Sabemos que tanto o sujeito quanto o objeto possuem núcleos (“garota” = núcleo do 
sujeito/”apostilas” = núcleo do objeto direto). Então, surge um questionamento: qual é a 
classificação sintática do artigo “a”, do adjetivo “estudiosa e do adjetivo “velhas? Todos esses 
termos estão ligados ao nome, e são estruturas internas ao sujeito e ao objeto.
Veja outra construção:
EXEMPLO
(2) O desejo da mãe é a reforma da casa.
Vamos seguir os mesmos passos. Inicialmente, a classificação morfológica:
Agora, a análise sintática de acordo com o que conhecemos até agora:
Do mesmo modo como ocorreu na oração (1), sabemos que sujeito e predicativo do 
sujeito possuem núcleos (“desejo” e “reforma”, respectivamente). Ambos são substantivos. 
Novamente, uma pergunta nos vem à mente: qual é a classificação sintática do artigo “o”, 
da locução “da mãe”, do artigo “a” e da locução “da casa”?
Conforme você acabou de perceber, nosso questionamento agora está centrado em 
saber qual é a classificação sintática dos termos que se ligam a nomes. Esses termos são 
internos a diversas estruturas sintáticas (estão dentro de sujeitos, objetos, predicativos, 
adjuntos). E é sobre esse assunto que falaremos a partir de AGORA!
Para iniciarmos, vamos verificar uma questão do Cespe.
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018. 018. (CESPE/2013)
Quem pode escapar ileso
Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso do destino?
Os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino” exercem a mesma função sintática.
Existe uma forma de, sem tanta nomenclatura gramatical, resolver a questão. Note que “do 
medo” e “do desatino” são expressões que estão ligadas ao verbo “escapar”; em contrapartida, 
“do destino” não se liga ao verbo “viu”, mas ao substantivo “pavio”. Ora, se as duas primeiras 
expressões se ligam a verbo e a terceira a um substantivo, podemos deduzir que elas não 
podem possuir a mesma função sintática, motivo pelo qual o item está errado. Você também 
poderia adotar outro caminho: “do medo” e “do desatino” são objetos indiretos, ao passo 
que “do destino” é um adjunto adnominal.
Vale fazer um comentário: são poucas as bancas que cobram os termos ligados a nomes em 
provas de concursos públicos. Todavia, conhecê-los, além de ser um diferencial, é fundamental 
para a compreensão de outras questões mais complexas da língua. Conhecer um adjunto 
adnominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada adjetiva. Conhecer 
um complemento nominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada 
substantiva completiva nominal. Esses são só alguns exemplos da importância dos termos 
ligados a substantivos.
Errado.
6 .1 . tErMOS LiGaDOS a NOMES6 .1 . tErMOS LiGaDOS a NOMES
Para facilitar nosso estudo, no início, trabalharemos apenas com frases (e não com 
orações).Quero que você se concentre apenas no substantivo e nas estruturas ligadas a 
ele. Posteriormente, elevaremos o nível da discussão, inserindo essas simples frases em 
orações, tudo bem?
Veja os seguintes exemplos:
EXEMPLOS
(3) O professor sábio.
(4) A escritora talentosa.
(5) As médicas responsáveis.
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Morfossintaxe do Período Simples
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Morfologicamente, nas três frases, encontramos constituições semelhantes (artigo + 
substantivo + adjetivo). Sintaticamente, os substantivos são classificados como núcleos de 
cada uma das frases. Já os artigos e adjetivos são termos que se referem ao substantivo, 
que estão próximos ao substantivo, inseridos em uma mesma estrutura sintagmática. Por 
estarem juntos ao nome, recebem a classificação de adjunto adnominal. Veja a descrição:
O que é um sintagma?
Sintagma nada mais é do que uma estrutura organizada de elementos linguísticos (fonemas, 
letras, palavras etc.). Sempre que combinamos elementos linguísticos a fim de formar uma 
estrutura inteligível, formamos um sintagma. Toda palavra é um sintagma (combinação 
organizada de letras). Toda frase é um sintagma (combinação organizada de palavras).
Essa classificação de adjunto adnominal também vale para outras classes morfológicas 
que são subordinadas a substantivos (você se lembra do “grupo dos nomes”, lá no PDF de 
morfologia?). Vejamos:
EXEMPLOS
(6) Essas duas meninas brincalhonas.
(7) Os meus doze anos inesquecíveis.
(8) Algumas mulheres negras.
Agora, inseri, em cada sintagma, pronomes adjetivos e numerais. Como essas classificações 
sintáticas são subordinadas a substantivos (e estão junto dele), sintaticamente também 
são adjuntos adnominais. A classificação de cada uma das orações ficaria assim:
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Vamos avançar um pouco mais: e se, dentro do sintagma, houver preposição?
EXEMPLOS
(9) As mesas de vidro.
(10) O galpão de milho.
(11) Aquela porta do consultório.
Primeiramente, vamos relembrar como ficam as classificações morfológicas:
Note que, agora, há três locuções adjetivas (“de vidro”, “de milho” e “do consultório”). 
Sintaticamente, elas são classificadas também como adjuntos adnominais. Agora, a 
classificação sintática não recaiu sobre cada uma das palavras da locução, mas sobre a 
locução inteira.
 Obs.: preposições, conjunções e interjeições (que são classes morfológicas) não possuem 
classificação sintática! Isso é o que justifica o que aconteceu na análise anterior!
E o mesmo princípio também é válido quando há uma sequência de termos 
preposicionados! Veja:
EXEMPLO
(12) A mãe do garoto de Amsterdã.
Note que, na construção, há três substantivos – “mãe”, “garoto” e “Amsterdã”. Não 
estamos falando de uma mãe qualquer, nem de um garoto qualquer. Há uma locução adjetiva 
que se refere à mãe, e, interna a ela, há outra locução adjetiva que se refere ao garoto. A 
classificação ficaria assim:
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Essa prática de “encaixar” termos uns nos outros é característica de todas as línguas do 
mundo. Tal fenômeno é chamado de recursividade. Teoricamente, a língua nos permite um 
encadeamento infinito de estruturas subordinadas. Nós só não nos valemos disso porque 
a compreensão textual ficaria comprometida. Por isso, em redações, recomenda-se a 
produção de períodos mais curtos. Períodos longos possuem recursividade em excesso, o 
que prejudica o entendimento de quem lê.
Mas tenho certeza de que você, até esse momento, está pensando: “caramba, professor, mas 
que assunto fácil! Basta observar o que está junto ao nome e chamar de adjunto adnominal”!
Eu até que gostaria de dizer a você que é só isso, apenas para te deixar feliz, mas, como 
seu professor, tenho que te dizer que estamos apenas começando! Eu preciso mesmo que 
você tenha entendido tudo o que apresentei anteriormente, pois, de agora em diante, 
nosso estudo ficará mais complexo. Todavia, não perca o ânimo! Tenho certeza de que você 
entenderá tudo, até o final!
Elias,Elias, estouestou tendotendo dificuldadedificuldade parapara diferenciardiferenciar umum adjuntoadjunto adnominaladnominal dede umum predica-predica-
tivotivo dodo sujeito .sujeito . QualQual éé aa diferença?diferença?
O adjunto adnominal é um termo que se refere ao substantivo, estando junto a ele, integrando 
um mesmo sintagma. Já o predicativo do sujeito se refere ao substantivo, mas está em um 
sintagma separado, distinto. Veja:
EXEMPLOS
A engenheira estudiosa trabalha bastante.
A engenheira é estudiosa.
Nas duas construções, o substantivo “engenheira” é caracterizado pelo adjetivo “estudiosa”. 
Entretanto, este possui funções diferentes em cada uma das orações. Na primeira, tanto 
“engenheira” quanto “estudiosa” integram o sujeito do verbo “trabalha”. Em outras palavras, 
“estudiosa” está junto ao nome “engenheira”. Podemos afirmar, portanto, que, no primeiro 
exemplo, estudiosa é um adjunto adnominal. No segundo exemplo, “estudiosa” é uma 
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característica que se refere ao sujeito, mas que não integra o sujeito. Ou seja: “estudiosa” 
não está junto ao nome “engenheira”. Por isso, “estudiosa”, na segunda construção, não é 
um adjunto adnominal, mas um predicativo do sujeito.
Agora, gostaria que você comparasse comigo os dois exemplos a seguir:
EXEMPLOS
(13) O atendimento do psicólogo.
(14) O atendimento de menores.
Observe que, morfologicamente, as duas frases possuem estruturas semelhantes (artigo 
+ substantivo + preposição [ou preposição com artigo] + substantivo). Nas duas, o núcleo 
é “atendimento”. Mas é agora que vem a informação mais impressionante: “do psicólogo” 
e “de menores” não possuem a mesma classificação sintática! A estrutura morfológica é 
idêntica, mas sintaxe é diferente! Quer saber que diferença é essa? Acompanhe-me!
7. ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL7. ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL
Considere os exemplos:
EXEMPLOS
(15) A mulher honesta.
(16) O amor selvagem.
(17) A bola de couro.
(18) A doação de mantimentos.
(19) A doação do prefeito.
Agora, eu te pergunto: qual é a classificação sintática dos termos sublinhados? Para 
responder, considere o quadro a seguir:
ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL
Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.
Refere-se a substantivos concretos 
ou abstratos.
Refere-se a substantivos abstratos, 
adjetivos ou advérbios.
Agora, com o auxílio da tabela, sabemos que, em (15), (16) e (17), os termos sublinhados 
são adjuntos adnominais. Nos dois primeiros, não há preposição (e o complemento nominalé sempre preposicionado). No terceiro, apesar de “de couro” ser preposicionado, refere-se 
ao substantivo “bola”, que é concreto (e o complemento nominal refere-se a substantivos 
abstratos, adjetivos ou advérbios).
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Professor,Professor, querquer dizerdizer queque eueu precisopreciso voltarvoltar lálá nono meumeu primeiroprimeiro graugrau parapara relembrarrelembrar oo 
queque éé umum substantivosubstantivo concretoconcreto ouou abstrato?abstrato?
Com certeza! Esse é um conhecimento fundamental na análise dos termos ligados 
a nomes. No entanto, preciso que você esteja com a cabeça aberta. Aquela classificação 
entre o que existe e o que não existe ou entre o que se toca ou não se toca não vale para 
a análise de substantivos concretos e abstratos. Essa é uma noção que você aprende, de 
maneira superficial (às vezes, até equivocada), nas séries iniciais. Agora, preciso que você 
realmente saiba a diferença entre esses substantivos.
7.1. SUBSTANTIVO CONCRETO X SUBSTANTIVO ABSTRATO7.1. SUBSTANTIVO CONCRETO X SUBSTANTIVO ABSTRATO
SUBSTANTIVO ABSTRATO SUBSTANTIVO CONCRETO
Aqueles que indicam sentimentos, sensações, 
ações (substantivos derivamos de verbos), estados. 
Substantivos abstratos são aqueles que dependem 
de alguém para existir.
Todos os que não se enquadram na definição de 
substantivo abstrato.
Exs.: amor, raiva, fé, medo, atendimento, doação, 
vida, morte.
Exs.: mesa, bola, Deus, papai noel, bruxa, escritor.
Dessa forma, podemos observar que, em (18) e (19), as expressões preposicionadas 
se ligam ao substantivo “doação”, que é abstrato (indica uma ação, cognato do verbo 
doar). Se há preposição e substantivo abstrato, a classificação pode ser tanto de adjunto 
adnominal quanto complemento nominal. Precisaremos, portanto, de mais informações 
para estabelecer a diferença entre eles. Perceba que, entre esses dois exemplos, existe uma 
diferença semântica: em 18, os mantimentos sofrem a ação de serem doados (“mantimentos” 
é paciente em relação à doação); em 19, o prefeito é quem executa a ação de doar (“prefeito” 
é agente em relação à doação). Veja, agora, o quadro atualizado.
ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL
Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.
Refere-se a substantivos concretos ou abstratos.
Refere-se a substantivos abstratos, adjetivos ou 
advérbios.
Sempre AGENTE. Sempre PACIENTE.
Dessa forma, entendemos que “de mantimentos”, por ser paciente, é um complemento 
nominal. Ao passo que “do prefeito”, por ser agente, é um adjunto adnominal. O mesmo 
ocorre nos exemplos (13) e (14). Em (13), entende-se que o psicólogo é quem pratica o 
ato de atender (o psicólogo é agente). Logo, “do psicólogo” é um adjunto adnominal. Em 
contrapartida, em 14, percebe-se que os menores é que recebem o atendimento (os menores 
são pacientes). Portanto, “de menores” é um complemento nominal.
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 Obs.: A análise de agente e paciente só deve ser feita quando as duas primeiras análises 
não resolverem a questão. Em outras palavras: só se analisa a relação entre 
agente e paciente se, e somente se, houver termo preposicionado se referindo a 
substantivo abstrato.
mais uma dica: qualquer termo preposicionado que iniciar com preposição diferente 
de “de” (pode ser “a”, “em”, “por”) e que se referir a substantivo abstrato será sempre 
complemento nominal. Como podemos observar nos seguintes exemplos: o amor 
aos homens/a luta por melhorias/a confiança em Deus (todos os termos sublinhados 
são complementos nominais).
Última dica: o adjunto adnominal também pode representar posse em relação ao 
substantivo abstrato. Veja este exemplo:
A alegria da mãe (a mãe possui a alegria).
Vamos analisar os exemplos apresentados lá no início da aula. Vou repeti-los para você:
Vamos agora analisar algumas situações em orações?
EXEMPLOS
(20) O aumento dos preços assustou a população.
(21) A população ouviu a fala do Presidente.
(22) O amor de Deus aos homens é infinito.
Como agora são construções oracionais, poderemos encontrar os termos ligados a 
verbos. Depois, os termos ligados a nomes. Veja as análises a seguir:
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Cabe também ressaltar que, assim como há casos que não oferecem dúvidas acerca do 
adjunto adnominal, o mesmo também ocorre com alguns complementos nominais. Quando 
este se refere a adjetivos ou advérbio, a análise agente/paciente também é dispensada. 
Veja a seguir.
EXEMPLOS
(23) O empresário considerou o funcionário apto ao cargo.
(24) Ele agiu contrariamente a seus princípios.
Em (23), note que “ao cargo” (expressão preposicionada) se refere a “apto”, que, por sua 
vez, é um adjetivo que caracteriza “funcionário”. Por isso, “ao cargo” é um complemento 
nominal. Em 24, “a seus princípios” (expressão preposicionada) se refere a “contrariamente”, 
que é um advérbio subordinado ao verbo “agiu”. Veja como ficam as análises:
Adj.
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RESUMORESUMO
OO queque cai,cai, Elias?Elias?
Sobre o bloco I: morfologia não é o mais cobrado em provas; todavia, quem não domina 
esse assunto torna-se inapto a obter êxito em assuntos mais frequentemente explorados. 
Sobre morfologia, deve-se basear em três pilares:
• 1) é um pré-requisito fundamental em provas;
• 2) o que mais cai (quando cai) é o reconhecimento de classes, sem análises extremamente 
aprofundadas acerca do assunto e sem exagero em nomenclaturas gramaticais (exige-
se, portanto, muito raciocínio do candidato acerca da interação entre termos);
• 3) é necessário MEMORIZAR as classes gramaticais fechadas (que não sofrem alteração 
na quantidade de palavras existentes). É o caso dos artigos, dos pronomes, das 
preposições e das conjunções. Esse material está no anexo. Memorizar essas palavras 
vai garantir velocidade e precisão em diversas questões.
Sobre o bloco II: um dos conhecimentos mais importantes diz respeito ao sujeito. Além de 
caírem muitas questões acerca desse assunto, é a partir do sujeito que você pode passar a 
entender tantas outras interações sintáticas possíveis em uma oração! Logo, meu conselho: 
sempre leia o bloco sobre sujeito, bem como faça com muita atenção todas as questões! 
Todo o conhecimento sobre ele é importante!
Sobre o bloco III: saber reconhecer os complementos verbais e os adjuntos adverbiais 
é um conhecimento que, além de muito explorado em prova, é pré-requisito para outros 
assuntos. Ainda falando sobre os complementos verbais, as bancas gostam muito de elaborarquestões sobre os verbos de regência especial, aqueles que confundem as pessoas. Por 
isso, o meu conselho: memorize-os. Como eu sou muito legal, no fim desta aula, há uma 
lista de verbos importantes!
Sobre o bloco IV: vou ser extremamente honesto com você: o assunto “termos ligados a 
nomes” não está entre os mais cobrados em provas de concursos públicos. Poucas bancas, 
como a FGV, possuem a tradição de cobrar esse assunto, porém eu preciso que você sabia que 
não se separa por vírgula o substantivo e seu adjunto adnominal ou complemento nominal. 
Preciso que você entenda que toda oração subordinada adjetiva é um adjunto adnominal 
oracional, e não um aposto. Preciso que você se lembre de que todo complemento nominal 
é preposicionado. Na verdade, não estou preocupado com as questões sobre termos ligados 
a nomes. Estou mesmo preocupado é com a quantidade de assuntos que dependem desse 
conhecimento prévio.
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Estudar língua portuguesa é assim mesmo: muitas vezes, precisamos adquirir um 
determinado conhecimento em função de outro bem maior! Além disso, o assunto aqui 
apresentado não costuma ser dominado por muitos estudantes. Agora, isso é um diferencial 
seu! Você verá inclusive que tive de misturar questões de muitas bancas para formar um 
conjunto legal de questões. Não há, por exemplo, uma questão da FCC sequer que aborde 
esse assunto. Mas eu preciso que você o compreenda para conseguir arrebentar nas questões 
de outros assuntos. Há também poucas questões do Cespe sobre o assunto; todavia, 
repito: preciso que você saiba esse assunto para ter confiança em muitos outros que 
são cobrados com frequência nas provas de concursos públicos!
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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
001. 001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o 
texto para responder à questão.
 A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou 
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou 
um contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que 
incluía a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual 
bairro Caju. A empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública 
e Particular da Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 
1.084 animais de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa 
data, teve início a coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)
Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.
a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.
b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.
d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.
e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.
002. 002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA) Texto associado
Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”
 James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar 
ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos 
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida 
para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.
 Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos 
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia 
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar 
gasto é dos mais altos.
 Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro 
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades 
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias 
para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
 No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry 
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou 
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assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, 
com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, 
não participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta 
era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças 
desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.
 “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha 
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra 
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
 Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro 
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os 
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, 
na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os 
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos 
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.
 Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o 
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho 
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema 
penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a 
tese do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que 
essa estratégia seja economicamente vantajosa.
c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa 
foi quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são 
relevantes para as políticas públicas.
e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm 
impactos econômicos relevantes.
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003. 003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)
(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)
Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma 
relação entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.
004. 004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira para 
responder à questão.
(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida 
a seguinte frase:
a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.
b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.
c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.
d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).
e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.
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005. 005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.
Lições de vida
 Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger 
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa. 
Sully virou herói e a lenda estava criada.
 Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda 
para contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências 
do capitão Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo 
necessário pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo 
quando existiam opções mais sensatas?
 Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível 
ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou 
a duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
 Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é 
“Rationalism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” 
tornou-se a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: 
uma crença na razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
 Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, 
da vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, 
que pode ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
 Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um 
conhecimento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser 
apresentados com rigor cartesiano.
 Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de 
Sullenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente, 
procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, 
entende que ele não basta para salvar o dia.
 E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma 
sabedoria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma 
equação matemática.
 As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum 
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também 
súbitas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
 Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da 
modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de 
salvação. O ensaio era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza 
humana. Eastwood, aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
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Considere os trechos do texto.
• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções 
mais sensatas? (2º parágrafo)
• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor 
cartesiano. (6º parágrafo)
• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição 
pode ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias 
adverbiais de
a) afirmação; modo; dúvida.
b) afirmação; finalidade; tempo.
c) afirmação; modo; tempo.
d) intensidade; finalidade; dúvida.
e) intensidade; modo; tempo.
006. 006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acordo com 
a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.
Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na 
empresa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos 
parceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.
a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam -se... possível
b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis
c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível
d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível
e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis
007. 007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.
 “O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da 
temperatura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes 
do previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel 
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos 
hidrogeológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, 
períodos de seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos 
mares comprometerá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões 
afetará a produção de alimentos.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
 Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o 
surgimento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. 
Aliás, em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura 
farão com que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua 
saúde ainda mais comprometida, até mesmo com risco de morte.
 Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte 
dessas alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais 
de um século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados 
deixaram”.
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/,16.08.21. Adaptado)
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.
Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que
a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um 
substantivo composto.
b) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função 
gramatical.
c) a expressão cenário de caos (§3º ) apresenta uma locução adjetiva..
d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva 
e pontual uma nova perspectiva.
e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.
008. 008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder 
à questão.
Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do 
termo
a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
009. 009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)
(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018
No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma 
de governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
010. 010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho do 
romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
 Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde 
faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto 
para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E 
assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter 
recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem 
se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
 Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi 
carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos 
trancos.
 A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina 
com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e 
como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era 
pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
 Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em 
idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais 
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modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos 
sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito 
era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das 
perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
 Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva 
a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no 
adeus.
 Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo 
sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o 
termo destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre 
com o termo em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
011. 011. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o texto 
para responder à questão.
São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos
 Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação 
da área do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, 
numa das primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos 
depois do quadro histórico.
 Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações 
foi a decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e 
Tamanduateí, a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início 
dessa expansão da cidade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série 
de fotografias que viraram sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade 
debaixo da água por sete dias.
 Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro 
de 1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com 
o poder público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes 
naquele ano.
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 Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas 
para aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas 
inundadas passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.
 Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste 
ano de 2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da 
subprefeitura da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do 
Mercadão. Áreas das subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.
 As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram 
suficientes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, 
com aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)
Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá 
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.
012. 012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)
A inveja
 Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob 
o pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses 
pecados. Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem 
uma herança esquecida no passado medieval.Mas, ainda assim, um dos sete pecados 
encontra-se presente em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.
 Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos 
sobre esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano 
começa a desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, 
acompanha a pessoa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum 
momento, sentimos inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, 
isso é natural.
 O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para 
as suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e 
desejar intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para 
si as coisas ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto 
admiram. Daí a negatividade da inveja.
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 Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não 
grite a sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)
O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, 
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com 
o contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.
c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.
013. 013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto 
para responder à questão.
 Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas 
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as 
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que 
lhes permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem 
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres 
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, 
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também 
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o 
cão.
 Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, 
ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder 
ao tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso 
baseia-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos 
odores que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da 
Universidade de Oregon.
 Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões 
de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma 
diferente do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata 
do olfato, os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar 
diabetes e possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
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 Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos 
seus cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os 
altos e baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a 
criar uma ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos 
antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam 
alertar, para podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois 
sentidos é mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geogra-
phic, 11/10/2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa 
quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães 
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal 
de perceber os sentimentos do dono.
014. 014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDITAL N. 334)
O desafio
 Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica 
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”. 
Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que 
está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam 
um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no 
marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que 
é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado 
defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem 
menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender 
ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) 
emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. 
Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de 
drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)
Considere as frases retiradas do texto:
• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.
• Encontro bem menos leitores.
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Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído 
pelo autor.
a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que 
encontro bem menos leitores.
b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso 
encontro bem menos leitores.
c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixo - nados da obra do recifense, mesmo 
que encontre bem menos leitores.
d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque 
encontro bem menos leitores.
e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto 
encontro bem menos leitores.
015. 015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO LEGISLATIVO)
Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa
 A venda de livros em 2021 já superou todo o acumuladodo ano passado em apenas dez 
meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9 
milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões 
de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.
 Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o 
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um 
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando 
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
 A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar 
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com 
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos 
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo 
para livros recém-lançados.
Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-
-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)
O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, 
voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
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016. 016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)
A ditadura do algoritmo
 Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora 
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser 
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei 
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum 
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
 Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência 
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número 
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o 
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é 
soberano.
 Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo 
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo 
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e 
quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações 
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo 
do sistema” fez tanto sentido.
 No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor 
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja 
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo 
e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o 
perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes 
aos anseios da pessoa.
 Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura 
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam 
o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam 
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões 
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo 
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e 
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação 
e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 
21.08.2021. Adaptado)
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O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que 
algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em 
que é empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação
017. 017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO 
BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta 
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.
b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.
c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.
d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.
e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.
018. 018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR 
EDUCACIONAL) Leia o texto para responder à questão.
O assalto
 A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme 
de olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, 
e nunca se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.
 Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado 
portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o 
cachorro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança 
e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O 
ladrão quis sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do 
inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca 
mais tentaria assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, 
temendo que se agravasse a situação.
 O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado 
deplorável. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu 
bem por que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era 
vacinado. Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.
(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)
*Cão robusto de feia aparência
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Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.
a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de 
olhos abertos... (1º parágrafo)
b)... e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna 
esquerda. (2º parágrafo)
c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver... 
(2º parágrafo)
d)... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)
e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a 
situação. (2º parágrafo)
019. 019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.
 “A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações 
de pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização 
desordenada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade 
que não passe necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André 
Trigueiro, jornalista especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.
 Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o 
sistema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo 
consciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de 
matéria-prima, que são finitos no planeta.
 “Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no 
dia a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero 
um modelo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do 
exemplo: ‘não importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” 
Ele cita o caso do aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu 
como fabricar coletores solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e 
caixas de leite Tetrapak. Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições 
interessadas replicassem o invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É 
um caso singular de amor ao próximo,” comenta Trigueiro.
 O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que 
jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem 
de difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e 
liberar recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de 
gado, responsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou 
o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero.
 Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o 
uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta 
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Morfossintaxe do Período Simples
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e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos 
ameaçam como espécie.
(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)
Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. 
– o pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:
a) os quais.
b) a qual.
c) onde.
d) dos quais.
e) aonde.
020. 020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/
REPROGRAFIA E GRÁFICA)
Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza
 Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três 
pesquisadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.
 Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado 
maneiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira, 
dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.
 Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar 
intervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia. 
A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos 
semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se 
beneficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho 
dos laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a 
elevações de preços nos gastos com saúde preventiva.
 Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a 
pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.
(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)
A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, 
conforme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:
a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza
b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza
c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza
d) maneiras eficazes no combate à pobreza
e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza
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021. 021. (2020/FCC/AL-AL/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR) Está clara e correta a 
redação deste livre comentário sobre o texto:
Distribuição justa
 A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais 
dos participantes e da lisura do processo do qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a 
questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços 
e valores diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na 
origem e no processo, de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da 
privação de direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa?
 A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um 
risco comum, a todos, passa a exercer um papel mais decisivo na definição de seu futuro 
do que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um 
mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem 
de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da convivência. A igualdade de 
oportunidades está na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam 
ter a oportunidade de desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas 
possíveis na vida prática e eleger seus projetos, apostas e sonhos de realização.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Por mais que se esforcem, tem gente que não consegue obter sucesso em face dos vícios 
e da falta de oportunidade que o determinam.
b) O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada indivíduo 
as condições de seu nascimento.
c) Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante para 
uma justa distribuição das riquezas.
d) A menos que houvessem mais oportunidades para que cada indivíduo desenvolva seu 
talento, não ocorrerá justiça no processo.
e) Aos sonhos e aspiraçõese cursos preparatórios 
para concursos, vestibulares e ENEM. Ministro aulas de gramática, redação discursiva e 
interpretação de textos. Ademais, sou escritor, com uma obra literária já publicada. Por 
esta razão, recebi Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Tenho uma grande paixão: a língua portuguesa. Desde os 11 anos, escrevo rotineiramente 
poesias. Aos 17, idade em que publiquei minha primeira obra, decidi que trilharia meu futuro 
profissional como professor de português. Pela minha grande facilidade com a língua, aos 
19 tive minha primeira sala de aula, em um curso preparatório para vestibulares. De lá para 
cá, nunca mais parei. Minha orientadora do mestrado me definiu, no dia da defesa da minha 
dissertação, como “um caso raro de professor por vocação”.
MEtODOLOGia
Para alcançarmos o melhor rendimento, cada arquivo terá a seguinte divisão:
• Engenharia reversa.
• Explicação objetiva.
• O que cai, Elias?
• Gabarito comentado.
 
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A engenharia reversa é um processo adotado em inúmeras ciências, que significa, em 
termos populares, começar pelo fim.
Se fôssemos seguir a ordem natural, primeiramente, precisaríamos conhecer a gramática 
para, depois, resolver questões que a cobram. Esse procedimento funciona, mas apresenta 
um problema sério: a duração longa. Saber gerir o tempo é fundamental ao longo do processo 
de preparação para concursos.
Qual é o nosso objetivo? Saber resolver questões de Língua Portuguesa. Então 
começaremos pelo objetivo!
A explicação deve ser objetiva e sintética, com o objetivo de discutir estritamente o 
que é visto com frequência em provas. Explicações longas e com informações diversas já 
são encontradas em diversas gramáticas técnicas de língua portuguesa.
“O que cai, Elias” é o resumo do assunto. É literalmente discutir o que cai e como cai 
em provas.
Quem se prepara para concursos públicos tem a obrigação de fazer muitas questões. 
O maior objetivo de um(a) candidato(a) não é aprender português, mas, sim, aprender a 
fazer questões de português. A parte das questões, em minha opinião, é a mais importante 
do material. Você vai observar que, ao longo da explicação teórica, eu insiro questões de 
diversas bancas, mas que possuem bom suporte didático para o assunto em questão. Ao 
final, você terá um conjunto de questões comentadas sobre o assunto. As vinte primeiras 
são sempre da banca que aplicará (ou que possivelmente aplicará) o seu concurso. As demais 
são de outras bancas, para que você possa aprofundar o conhecimento e, principalmente, 
ter uma base comparativa de como um determinado assunto pode ser cobrado (isso ajuda 
a ratificar, em seu cérebro, o comportamento da banca que você deseja decifrar).
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MORFOSSINTAXE DO PERÍODO SIMPLESMORFOSSINTAXE DO PERÍODO SIMPLES
1. ENGENHARIA REVERSA – MORFOSSINTAXE1. ENGENHARIA REVERSA – MORFOSSINTAXE
Em uma única palavra, um conteúdo enorme. Entender a morfossintaxe do português 
significa dominar a espinha dorsal da nossa gramática. É a fusão entre morfologia e sintaxe. 
Vamos saber do que precisamos para arrebentar nesse assunto.
1) Morfologia: é o estudo das dez classes gramaticais. Esse é o pré-requisito mais 
importante para os seus estudos. Você não precisa, necessariamente, saber classificar as 
palavras, mas reconhecê-las morfologicamente será fundamental para evoluir na sintaxe.
2) Sintaxe: por enquanto, veremos só a do período simples (o que já é um conteúdo 
imenso). Vamos dividir em subtópicos:
• Entenda o que é a ordem direta da oração.
• Saiba tudo sobre o sujeito. As bancas amam a identificação, a classificação e a função 
(estabelecer com o verbo concordância). Você também precisa saber os casos especiais 
de concordância. Ah, e você precisa conhecer o sujeito e o núcleo dele (para isso, você 
vai precisar de morfologia)! Uma observação importante: o estudo do sujeito não acaba 
aqui! Você ainda vai precisar dele em pontuação, vozes verbais e funções do SE, sintaxe 
do pronome relativo e sujeitos oracionais (os dois últimos no período composto)!
• Domine o complemento verbal (o que é e o que não é complemento verbal). As bancas 
gostam mais do sujeito do que do complemento, mas você precisa saber identificar as 
transitividades e os casos especiais de regência verbal. Todo esse tópico é fundamental 
também para estudar os pronomes oblíquos átonos, pontuação, vozes verbais e 
funções do SE, crase, sintaxe do pronome relativo e complementos oracionais (os 
dois últimos no período composto).
• Tenha noção de que existem termos que se ligam ao nome (adjunto adnominal e 
complemento nominal). Praticamente não cai, mas é indiretamente explorado em 
pontuação, emprego dos pronomes oblíquos átonos, crase e orações subordinadas 
substantivas.
Depois de todo esse detalhamento, podemos ir ao assunto. Lembre-se sempre de 
voltar à seção “engenharia reversa” e anotar o que você estudou, o que você vai estudar e 
o que oferece dificuldade. Meça o seu conhecimento com a execução de exercícios, e não 
apenas lendo a matéria.
Outro ponto importante: boa parte desses apontamentos feitos servirão também para 
outras bancas. Haverá um ajuste ou outro, mas serão apenas detalhes. A língua não muda 
de uma banca para outra, mas, sim, a linguagem e as preferências do examinador!
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2. BLOCO I – MORFOLOGIA2. BLOCO I – MORFOLOGIA
Amigo(a), morfologia, segundo o Houaiss, é
o estudo da forma, da configuração”. Em análise livre, significa identificar o objeto que se quer 
estudar e analisá-lo, parte a parte. Nosso objeto de estudo é a língua portuguesa. Precisamos, 
portanto, identificar suas unidades de composição. Por isso, a tradição gramatical afirma que a 
morfologia é o estudo das “classes de palavras, seus paradigmas de flexões.
Nosso objetivo maior é compreender esse assunto em provas de concursos públicos. E 
compreender a morfologia, nesse caso, significa dominar o mais importante pré-requisito 
para os demais assuntos. Confesso que não são muitas as questões de morfologia. Mas 
garanto a você que, sem o entendimento da morfologia, praticamente todos os demais 
assuntos tornam-se complexos (às vezes, impossíveis).
Uma analogia: em algum momento da sua vida, você assistiu ao filme Karatê Kid. Se 
não viu, já ouviu falar. Há uma parte em que o mestre, Senhor Miyagi, compromete-se a 
ensinar caratê ao seu aluno, Daniel Sam. Como primeira lição, o mestre orienta que Daniel 
lave alguns carros, usando as mãos direta e esquerda (com movimentos circulares) para 
encerar e polir os carros. Em um determinado momento, o aprendiz se revolta, pois não 
consegue enxergar a arte marcial naquela atividade. Então, o mestre demonstra que os 
movimentos usados para encerar e polir são os mesmos feitos para se defender em uma 
luta, e que se defender é o princípio da artedas crianças e dos jovens devem corresponder sua realização, 
para que não se frustrem seu desenvolvimento.
022. 022. (2020/FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO) Atenção: Para responder à questão, 
considere o texto a seguir:
 Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos. As suas bolas saíram do saco, é verdade, 
mas foram inutilizadas, a do primeiro por faltar a primeira letra do nome, a do segundo por 
lhe faltar a última. O nome restante e triunfante era o de um argentário ambicioso, político 
obscuro, que subiu logo à poltrona ducal, com espanto geral da república. Mas os vencidos 
não se contentaram de dormir sobre os louros do vencedor; requereram uma devassa. A 
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devassa mostrou que o oficial das inscrições intencionalmente viciara a ortografia de seus 
nomes. O oficial confessou o defeito e a intenção; mas explicou-os dizendo que se tratava 
de uma simples elipse; delito, se o era, puramente literário. Não sendo possível perseguir 
ninguém por defeitos de ortografia ou figuras de retórica, pareceu acertado rever a lei. 
Nesse mesmo dia ficou decretado que o saco seria feito de um tecido de malhas, através 
das quais as bolas pudessem ser lidas pelo público, e, ipso facto, pelos mesmos candidatos, 
que assim teriam tempo de corrigir as inscrições.
 Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia. A mesma porta aberta à 
lealdade serviu à astúcia de um certo Nabiga, que se conchavou com o oficial das extrações, 
para haver um lugar na assembleia. A vaga era uma, os candidatos três; o oficial extraiu as 
bolas com os olhos no cúmplice, que só deixou de abanar negativamente a cabeça, quando a 
bola pegada foi a sua. Não era preciso mais para condenar a ideia das malhas. A assembleia, 
com exemplar paciência, restaurou o tecido espesso do regime anterior; mas, para evitar 
outras elipses, decretou a validação das bolas cuja inscrição estivesse incorreta, uma vez 
que cinco pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.
Adaptado de: ASSIS, Machado de. A sereníssima república [Conferência do Cônego Vargas]. In: Papéis avul-
sos. São Paulo: Penguin Classics/Companhia das Letras, 2011, p.204)
Na oração Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos, a relação estabelecida entre os sujeitos 
e o verbo é de
a) comparação.
b) conclusão.
c) alternância.
d) exclusão.
e) adição.
023. 023. (2020/FCC/AL-AP/AUXILAIR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL)
 1 Que tipo de capitalismo desejamos? Em termos gerais, temos três modelos entre 
os quais escolher.
 2 O primeiro é o “capitalismo de acionistas”, que propõe que o objetivo de uma 
empresa deve ser a maximização dos lucros. O segundo é o “capitalismo de Estado”, que 
confia ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia e ganhou proeminência em 
países emergentes, entre os quais se destaca a China. E há o capitalismo de “stakeholders” 
(partes interessadas), que posiciona as empresas privadas como curadoras dos interesses 
da sociedade e representa a melhor resposta aos atuais desafios ambientais.
 3 O capitalismo de acionistas, o modelo hoje dominante, ganhou terreno nos EUA, na 
década de 1970, e expandiu sua influência nas décadas seguintes. Sua ascensão não deixa 
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de ter méritos. Durante seu período de maior êxito, milhões prosperaram, à medida que 
empresas abriam mercados e criavam empregos em busca do lucro.
 4 Mas essa não é toda a história. Os defensores do capitalismo de acionistas 
negligenciam o fato de que uma empresa de capital aberto não é apenas uma entidade 
que busca lucros, mas também um organismo social.
 5 Muitos perceberam que essa forma de capitalismo já não é sustentável. Um provável 
motivo é o efeito “Greta Thunberg”. A jovem ativista sueca nos recorda que a adesão ao 
atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações, por sua falta de 
sustentabilidade ambiental. Outro motivo (correlato) é que muitos jovens já não querem 
trabalhar para empresas cujos valores se limitem à maximização do lucro. Por fim, executivos 
e investidores começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente 
ligado ao de seus clientes, empregados e fornecedores.
 6 Manifestando-se favoravelmente ao estabelecimento do capitalismo de stakeholders 
como novo modelo dominante, está sendo lançando um novo Manifesto de Davos, que 
diz que as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção e sustentar os direitos 
humanos em toda a extensão de suas cadeias mundiais de suprimento.
 7 Mas, para defender os princípios do capitalismo de stakeholders, as empresas 
precisarão de novos indicadores. De início, um novo indicador de “criação de valor 
compartilhado” deveria incluir metas ecológicas e sociais como complemento aos indicadores 
financeiros.
 8 Ademais, as grandes empresas deveriam compreender que elas são partes 
interessadas em nosso futuro comum. Elas deveriam trabalhar com outras partes 
interessadas a fim de melhorar a situação do mundo em que operam. Na verdade, esse 
deveria ser seu propósito definitivo.
 9 Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade. Ao dar 
significado concreto ao capitalismo de stakeholders, podem ir além de suas obrigações 
legais e cumprir seu dever para com a sociedade. Se eles desejam deixar sua marca no 
planeta, não existe outra alternativa.
(Adaptado de: SCHWAB, Klaus. Tradução: Paulo Migliacci. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
E há o capitalismo de “stakeholders” (partes interessadas), que posiciona... (2º parágrafo)
O segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:
a) está sendo lançando um novo “Manifesto de Davos”.
b) Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade.
c) não existe outra alternativa.
d) a adesão ao atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações.
e) as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção.
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024. 024. (2019/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO)
O inexpugnável mistério
 Aceitemos de bom grado a tese formulada pelo físico nuclear dinamarquês Niel Bohr, 
segundo a qual “a tarefa da ciência é reduzir todos os mistérios a simples trivialidades”. 
Aceitemos também a conjectura de que, com o tempo e com um trabalho sem tréguas, os 
cientistas tenham conseguido levar a cabo essa tarefa da ciência, e todos os mistérios do 
mundo – da origem da vida à relação entre a mente e o cérebro – tenham afinal rendido os 
seus segredos e se revelado ao olhar humano naquilo que são: trivialidades perfeitamente 
inteligíveis na ordem natural das coisas.
 Pois bem. Terminada a tarefa da ciência, restará ainda um derradeiro enigma diante 
do qual ela não tem, nem poderá vir a ter, o que dizer: o mistério da trivialidade de tudo. 
Em outras palavras: a ciência não saberá explicara razão de ser de todas as trivialidades 
que compõem o nosso misterioso mundo.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27)
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
a) Não se esperem que os enigmas sejam todos resolvidos.
b) Sempre haverão teses insólitas que causarão dúvidas entre os físicos.
c) Não merece crédito dos físicos modernos a postulação desses cientistas.
d) Mesmo que se dessem resolução aos mistérios, restaria o maior deles.
e) Caso se proponham aos cientistas nucleares essa dúvida final, como responderão?
025. 025. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Texto associado
 Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não 
apostavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio 
monótona. O Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, 
na sua infinita paciência, topou.
 Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu 
cuidadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, 
segundo seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da 
obscenidade. Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, 
pessoas que sabidamente ganham pouco.
 O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de 
aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões. 
E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o 
que o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse 
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a uma vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe 
fluindo diariamente.
 Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, 
o aposentado simplesmente devolveu o dinheiro. Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa 
de explicação.
 O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve 
a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 
600. Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da 
tentação tinha sido grande demais.
 Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém, 
escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre. 
Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A 
insônia dos justos tira o sono de qualquer diabo.
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)
Em Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias (3º parágrafo), 
a expressão sublinhada exerce a mesma função sintática da expressão sublinhada em:
a) O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches (3º 
parágrafo)
b) O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. (5º parágrafo)
c) Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados (2º parágrafo)
d) Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. (2º parágrafo)
e) Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam 
sobre os seres humanos (1º parágrafo)
026. 026. (2019/FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO/PROGRAMADOR)
 1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da 
maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida 
transcorresse distante dos olhares alheios.
 2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações 
mais impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais 
impressionante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte 
das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, 
e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
 3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a 
privacidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico 
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da existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto 
um estado de coisas transitório.
 4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade, mas 
trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshanna 
Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais 
em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa 
é uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.
 5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente 
quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser 
observado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que 
desejamos que os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua 
privacidade. Porém, isso requererá a criação de diversas leis.
(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
O verbo flexionado no plural e que também pode ser corretamente flexionado no singular, 
sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
a) Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade...
b) Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida...
c)... as normas, e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
d) Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro...
e)... a maior parte das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente 
físico...
027. 027. (2019/FCC/SEMEF MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo para responder 
à questão.
 1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da 
maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida 
transcorresse distante dos olhares alheios.
 2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações 
mais impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais 
impressionante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte 
das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, 
e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
 3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a 
privacidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico 
da existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto 
um estado de coisas transitório.
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Morfossintaxe do Período Simples
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 4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade, mas 
trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshanna 
Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais 
em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa 
é uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.
 5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente 
quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser 
observado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que 
desejamos que os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua 
privacidade. Porém, isso requererá a criação de diversas leis.
(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Porém, isso requererá a criação de diversas leis. (5º parágrafo)
Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de
a) conclusão.
b) finalidade.
c) conformidade.
d) oposição.
e) causa.
028. 028. (2019/FCC/SEMEF MANAUS AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo para responder 
à questão.
 1 As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque 
os antigos modelos de negócios. As novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais 
produziram um complexo cenário de incertezas. Vivemos um grande desafio.
 2 É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a 
capacidade de inovação - rápida e de baixo custo - serão fundamentais para a sobrevivência 
das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais. Mas é preciso, 
também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo e a maneira 
como dialogamos com ele.
 3 Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos. Lembram 
disso? Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. Muitas vezes abríamos 
o álbum e a imaginação voava.
 4 Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído 
pelas galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas 
falta o mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos 
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que o registro do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são 
incapazes de superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais 
importante viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo 
à coletiva solidão digital.
 5 Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente no 
espaço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, 
já que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário 
personalizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a 
inteligência. Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade crítica.
Adaptado de: DI FRANCO, Carlos Alberto. Disponível em: opiniao.estadao.com.br)
No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:
a) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...
b)...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.
c) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.
d) Agora fotografamos tudo compulsivamente.
e) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.
029. 029. (2021/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/ANALISTA EM VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA/ENFERMEIRO) Atenção: Para responder a questão, considere a fábula abaixo.
 Em Atenas, um devedor, ao ter sua dívida cobrada pelo credor, primeiro pôs-se a 
pedir-lhe um adiamento, alegando estar com dificuldade. Como não o convenceu, trouxe 
uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda. Então chegou um 
comprador e quis saber se a porca era parideira. Ele afirmou que ela não apenas paria, mas 
que ainda o fazia de modo extraordinário: para as festas da deusa Deméter, paria fêmeas 
e, para as de Atena, machos. E, como o comprador estivesse assombrado com a resposta, 
o credor disse: “Mas não se espante, pois nas festas do deus Dioniso ela também vai lhe 
parir cabritos.”
(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 22)
Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a 
à venda.
Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de
a) causa.
b) consequência.
c) comparação.
d) oposição.
e) condição.
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030. 030. (2019/FCC/METRÔ-SP/ENFERMEIRO DO TRABALHO) Texto associado
 Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele 
tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. 
No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, 
sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito 
era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, 
tinha de suportar a ressaca.
 No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a 
cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era 
uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o 
ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem 
de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse 
matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas 
constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, 
de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, 
uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de 
Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, 
apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. 
Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera 
uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
 No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral 
não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
 Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo 
cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai 
Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única 
frase: “Eu te amo.”
 A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo 
por quem a mãe se apaixonara, e que, por meiodaquele cartão, quisera associar o Natal a 
uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e 
esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara 
a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
 Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava 
uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, 
claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o 
cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, 
correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que 
poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.
(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)
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O termo sublinhado em ela lhe fizera uma confissão surpreendente (2º parágrafo) exerce a 
mesma função sintática daquele sublinhado em:
a) o fim do ano era sempre uma época dura (1º parágrafo)
b) Mas de algum modo o recado chegara a ele (5º parágrafo)
c) No seu caso havia uma razão óbvia para isso (1º parágrafo)
d) uma culpa que retornava a cada Natal (2º parágrafo)
e) mas ele sabia quem era o remetente (5º parágrafo)
031. 031. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/TÉCNICO EM RADIOLOGIA) 
Para responder à questão, considere os quadrinhos abaixo.
Em Você não entende de segurança, Charlie Brown, o elemento sublinhado corresponde ao 
vocativo, por meio do qual se invoca o interlocutor do discurso. Do mesmo modo, o vocativo 
está sublinhado na seguinte frase:
a) Participantes do programa de fidelidade terão um desconto de 50% na compra do ingresso.
b) Ambientalistas, hoje, irão ao parlamento para dialogar com os representantes do governo.
c) Alunos do último ano, tradicionalmente, fazem uma viagem antes da festa de formatura.
d) Senhores passageiros, não se esqueçam de afivelar seus cintos de segurança.
e) Gestantes e lactantes, por precaução, foram desaconselhadas a tomar a vacina.
032. 032. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado
 Em 1925, um estudante de farmácia e jovem poeta que assinava Carlos Drummond 
publicou um artigo afirmando que, em relação a Machado de Assis, o melhor a fazer era 
repudiá-lo. Cheio de ímpeto juvenil, considerava o criador de Brás Cubas um “entrave à obra 
de renovação da cultura geral”. Na correspondência que manteve com Mário de Andrade 
nas décadas de 1920 e 1930, Machado também teria papel crucial no embate acerca da 
tradição. Nas cartas, o escritor volta e meia surge como encarnação de um passado a ser 
descartado.
 Décadas mais tarde, em 1958, Drummond publicou o poema “A um bruxo, com amor”, 
uma das mais belas homenagens de escritor para escritor na literatura brasileira. Um único 
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verso dá a medida do elogio: “Outros leram da vida um capítulo, tu leste o livro inteiro”. O 
poema compõe-se de frases do escritor, cujo cinquentenário de morte então se comemorava. 
O poeta maduro, que agora assinava Carlos Drummond de Andrade, emprestava palavras 
do próprio Machado para compor um epíteto que ganharia ampla circulação, o “bruxo do 
Cosme Velho”. O que teria se passado com Drummond para mudar tão radicalmente de 
posição?
 Harold Bloom descreve as razões que marcam a relação entre escritores de diferentes 
gerações. O processo passa pela ironia do mais jovem em relação ao seu precursor; pelo 
movimento que marca a construção de um sublime que se contrapõe ao do precursor; e, 
finalmente, pela reapropriação do legado.
 A assimilação dificultosa do passado é também um processo vivido pela geração de 
Drummond. Os antepassados foram vistos muitas vezes como obstáculos aos desejos de 
renovação que emergiram a partir da década de 1910 em vários pontos do Brasil. E tanto 
no âmbito individual como no geracional, Machado surge como emblema do antigo. Alguém 
que fora sepultado com os elogios fúnebres de Rui Barbosa e Olavo Bilac não podia deixar 
de ser uma pedra no caminho para escritores investidos do propósito de romper com as 
convenções. Até Drummond chegar à declaração de respeito, admiração e amor, foi um 
longo percurso. Pouco a pouco, Machado deixa de ser ameaça para se tornar uma presença 
imensa que ocupa a imaginação do poeta.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Amor nenhum dispensa uma gota de ácido. São Paulo: Três 
Estrelas, 2019, p. 9-30.)
Está correta a redação deste livre comentário:
a) O ímpeto de renovação da cena cultural nacional, dificultou para toda uma geração no 
início do século, a assimilação de um legado.
b) Através de exemplos das cartas enviadas, notam-se a presença incômoda de Machado 
de Assis no desenvolvimento intelectual de Carlos Drummond.
c) Costuma-se considerar que, a rivalidade entre um jovem escritor e outro já consagrado 
deve-se a imaturidade do primeiro.
d) Em diversos momentos, Carlos Drummond criticou a transformação de Machado de Assis 
em uma celebridade literária.
e) Na maturidade, com palavras do próprio Machado de Assis, Carlos Drummond criou o 
epíteto “bruxo do Cosme Velho” cujo ficou bastante notório.
033. 033. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere o 
texto abaixo para responder às questões.
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 Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. 
Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software 
dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro 
mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma 
renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de 
seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, 
e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não 
que as máquinas se adaptem às pessoas.
 Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. 
Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas 
desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu 
ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as 
pessoas estão sempre devendo.
(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 
2012)
No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de 
sentido e da correção, está sublinhado em:
a) que as invenções existem para nos servir.
b) que as máquinas se adaptem às pessoas.
c) elas trocam todas as que possuíam.
d) A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.
e) A grande maioria das pessoasusam bem pouco dos recursos de seus computadores.
034. 034. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO) Texto associado
 A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. Usando seu conhecimento 
astronômico e meteorológico, ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um 
ano de antecedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as 
prensas de azeite de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite de 
oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. 
Tales também teria previsto um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que 
efetivamente causou o fim da guerra entre os lídios e os persas. Quando lhe perguntaram 
o que era difícil, Tales respondeu: “Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que 
era fácil, respondeu: “Dar conselhos”. Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens 
Sábios da Grécia Antiga.
 A questão de central importância para os filósofos iônicos era a composição do 
cosmo. Qual é a substância que compõe o Universo? A resposta de Tales é que tudo é água. É 
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provável que, à parte a possível influência das culturas do Oriente Médio, ao escolher a água 
como substância fundamental da Natureza, Tales tinha se inspirado em suas qualidades 
únicas de mutação; a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos, 
transformando-se de líquida para vapor, representando, assim, a dinâmica intrínseca dos 
processos naturais. Mais ainda, assim como nós e a maioria das formas de vida dependemos 
da água para existir, o próprio Universo exibia a mesma dependência, já que também era 
considerado por Tales como um organismo vivo.
(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Bing Bang. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2006, p. 40-42)
É invariável quanto a gênero e a número o termo destacado em:
a) Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga. (1º parágrafo)
b) A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. (1º parágrafo)
c)... quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo 
uso das prensas... (1º parágrafo)
d)... a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos... (2º parágrafo)
e) Qual é a substância que compõe o Universo? (2º parágrafo)
035. 035. (2019/FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) 
Atenção: Para responder a questão, leia a notícia a seguir, publicada em 15 de março de 2019.
Estudantes vão às ruas em protesto global contra mudança climática
 Milhares de estudantes saíram às ruas nesta sexta-feira (15) para protestar por 
medidas efetivas no combate às mudanças climáticas.
 O movimento “Fridays For Future” (Sextas-feiras pelo futuro) ganhou força com Greta 
Thunberg, que uma vez por semana falta às aulas, em Estocolmo, para se sentar em uma 
praça em frente ao Parlamento da Suécia e pedir medidas concretas contra o aquecimento 
global. Nesta sexta, não foi diferente. Greta protestou diante do Parlamento na capital do 
país, cercada por 30 manifestantes. Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 
123 países − no Brasil, 20 cidades têm protestos agendados.
 “Não sou a origem do movimento. Já existia. Precisava apenas de uma faísca para 
acender. Vivemos uma crise existencial ignorada durante décadas. Se não agirmos agora, 
será muito tarde”, disse Thunberg.
 Desde o ano passado, Greta já discursou em eventos internacionais como a COP24, 
a Conferência do Clima da ONU, em dezembro, e no Fórum Econômico Mundial, em Davos, 
na Suíça, em janeiro. Nesta quinta (14), ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por três 
políticos noruegueses por sua atuação na agenda ambiental.
(Adaptado de: OLIVEIRA, Elida. Portal G1, 15.03.2019. Disponível em: https://g1.globo.com)
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Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades têm 
protestos agendados. (2º parágrafo)
Caso a notícia fosse publicada depois de todos os eventos previstos acontecerem de fato, 
essa frase poderia ser reescrita da seguinte maneira, conforme a norma-padrão da língua:
Ao todo, nesta sexta,
a) houveram 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, tiveram protestos em 20 cidades.
b) haviam 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinham protestos.
c) haveria 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, teriam protestos em 20 cidades.
d) houve 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tiveram protestos.
e) havia 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinha protestos.
036. 036. (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA) Texto associado
 Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve 
aumentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram 
notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados 
Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
 Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise 
do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e 
desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, 
entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre 
uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa 
possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização 
e como vão moldar a economia mundial.
 A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades 
inteligentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e 
envolver-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de 
contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e 
Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
 Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas 
digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e 
provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de: “5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: 
https://epocanegocios.globo.com)
Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento 
de impostos (3º parágrafo), a forma verbal correspondente será
a) são permitidas.
b) será permitida.
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c) são permitidos.
d) é permitido.
e) serão permitidos.
037. 037. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) 
Texto associado
 É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas 
etárias: só naEspanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas é quase 
o dobro do número de ligações por telefone fixo e celular, segundo dados da Fundação 
Telefônica.
 A ligação telefônica tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, mas por quê? 
“Uma das razões é que, quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga 
Cristina Pérez.
 Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, 
segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas, em média, mais de 
40 vezes ao dia.
(Adaptado de: LÓPEZ, Silvia. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas 
odiamos falar por telefone?. El País – Brasil. 01.06.2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com)
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias... 
(1º parágrafo)
Uma redação alternativa para a frase acima, preservando-se as relações de sentido entre 
as orações, está em:
a) É uma tendência mais presente entre os mais jovens e, portanto, comum em todas as 
faixas etárias...
b) Para que seja uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as 
faixas etárias...
c) Por ser uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as faixas 
etárias...
d) É uma tendência mais presente entre os mais jovens, de modo que é comum em todas 
as faixas etárias...
e) Mesmo sendo uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas 
as faixas etárias...
038. 038. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE COMUNITÁRIO DE 
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 1 Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais 
precisamente: gostaria de ser um cozinheiro.
 2 As cozinhas são lugares que me fascinam, mágicos: ali se prepara o prazer. O 
cozinheiro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos da alma e do corpo. Mas não sei 
cozinhar. Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como quem cozinha.
 2 A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos 
escritores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. 
Nas suas origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um 
só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num 
português que não se fala mais, usava-se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.
 3 Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. 
Se assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais 
belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento 
de todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o 
máximo possível de sabor”. Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros 
como seus mestres.
 4 A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges 
aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes 
agradam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão 
absurda quanto a felicidade obrigatória”.
 5 Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade 
pela comida que pela palavra... Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de 
cor. Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O 
escritor é um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana 
que começa é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que 
me comandam: “Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A 
cada semana sinto uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 
155-158)
Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a 
felicidade obrigatória. (4º parágrafo)
O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de
a) finalidade.
b) consequência.
c) explicação.
d) concessão.
e) condição.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
039. 039. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO TÉCNICO) Texto associado
 Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim 
que a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele 
e suplicou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a 
pedir-lhe que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do 
escaravelho e devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os 
ninhos da águia e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até 
que a águia, encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, 
e pediu-lhe que arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para 
botar os ovos no colo dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até 
alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco 
e, sem se dar conta, deixou cair os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os 
escaravelhos aparecem, as águias não fazem o ninho.
(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42)
Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e 
soltou-a lá.
O trecho em negrito pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por
a) Ainda que viu.
b) Quando viu.
c) À medida que viu.
d) Enquanto viu
e) Assim como viu
040. 040. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado
 Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê. Dei-me 
conta da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá.
 Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando era jovem, e do qual 
nunca esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu 
herói adolescente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que 
experimentava naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.
 Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez, estando 
com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos.
 “Christophe voltou sozinho dentro da noite. Nada via. Nada ouvia. Estava morto 
de sono e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três 
vezes, como que por uma ideia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a 
adormecer.”
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
 Jean-Christophecompreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja 
companhia não é preciso falar. Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade, então a pessoa 
com quem você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos 
não por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo ou comer. Quando a pessoa 
não é amiga, terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são 
insuportáveis.
 Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. A amizade anda por caminhos que não 
passam por programas.
 Um amigo vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que 
o torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência 
de comunhão. E alegria maior não pode existir.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 11-13)
A flexão do verbo em destaque deve-se ao elemento sublinhado em:
a) Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo.
b) terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.
c) Bastava a alegria de estarem juntos.
d) A amizade anda por caminhos que não passam por programas.
e) Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade
041. 041. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado
 Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, 
novas escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam 
o livro Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do 
qual se extrai o texto abaixo.
Entre a rua, este quarto e o ser
(Camila de Oliveira Silva)
 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira 
das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o 
café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente 
nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora 
em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à 
rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é 
a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.
 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. 
Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre 
o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo 
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, 
parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]
(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro:Bazar do 
Tempo: Flup, 2021)
Na oração “Algo me vem em cheio nessas horas” (1º§), ao observar as relações sintáticas 
estabelecidas entre os termos que a constituem, é possível afirmar que seu sujeito 
classifica-se como:
a) desinencial.
b) indeterminado.
c) simples.
d) inexistente.
042. 042. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado
 Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, 
novas escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam 
o livro Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do 
qual se extrai o texto abaixo.
Entre a rua, este quarto e o ser
(Camila de Oliveira Silva)
 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira 
das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o 
café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente 
nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora 
em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à 
rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é 
a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.
 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. 
Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre 
o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo 
mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, 
parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]
(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro: Bazar do 
Tempo: Flup, 2021)
O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros 
vocábulos que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único que 
indica uma relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.
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a) “entre”.
b) “a”.
c) “este”.
d) “o”.
043. 043. (2022/IBFC/MGS/MONITOR EDUCACIONAL) Faça a análise sintática da seguinte estrutura: 
“O professor divulgou as notas aos alunos”. A este respeito, analise as afirmativas abaixo e 
dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
(  ) � “O professor” é o sujeito da oração.
(  ) � “divulgou as notas aos alunos” é o predicado.
(  ) � “as notas” é o objeto indireto.
(  ) � “aos alunos” é o objeto direto.
(  ) � “o”, “aos” são adjuntos adnominais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V - V - F - F - V.
b) V - V - V - F - F.
c) F - F - F - F - F.
d) V - F - V - F - F.
044. 044. (2022/IBFC/MGS/AGENTE DE CAMPO) Lourdes aproveitou as longas férias para ir ao 
nordeste, visitar os pais. A este respeito, assinale a alternativa correta:
a) “Lourdes” não é um nome próprio, é um nome simples.
b) A palavra “aproveitou” é uma ação, um verbo.
c) Em “longas férias”, “longas” é um nome, e “férias” é uma qualidade.
d) A palavra “pais” é um nome composto.
045. 045. (2021/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Assinale a alternativa que preencha correta 
e respectivamente as lacunas. Moro________São Paulo e assisto frequentemente _________ 
partidas do meu time no estádio do Pacaembu. No próximo ano, servirei________exército.
a) em/as/o.
b) a/às/o.
c) na/as/ao.
d) em/às/ao.
046. 046. (2021/IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN/ADMINISTRADOR) De 
acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, 
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a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade narrativa 
determina quem tem voz”.
a) substantivo/pronome pessoal/substantivo.
b) adjetivo/pronome relativo/substantivo.
c) substantivo/pronome interrogativo/adjetivo.d) adjetivo/pronome pessoal/adjetivo.
047. 047. (Q892853/2017/IBFC/BETA/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA-SP/AGENTE) Texto III
 O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de 
adulto, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade 
(SIM) do Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas 
externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo 
motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, 
seguida das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem 
traz para o debate os cuidados com a saúde masculina no país.
 Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam 
sobrepeso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% 
dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens 
consomem bebida alcoólica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem 
parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/dia-internacional-do-homem-cha-
ma-atencao-para-cuidados-comsaude-masculina. Acesso em 01/09/17)
A concordância verbal que envolve a indicação de porcentagens pode causar confusão na 
escrita. Em “Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos” (2º§), o verbo 
está no plural uma vez que concorda com o seguinte termo:
a) 18%.
b) homens.
c) brasileiros.
d) obesos.
048. 048. (2017/IBFC/EMBASA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que a 
concordância está correta.
a) Não foi adequado a postura dela na cerimônia.
b) Ele deixou bem claro, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.
c) A maioria dos estudantes que prestaram o concurso apresentou dificuldades em 
matemática.
d) Deve existir outras soluções para este problema!
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049. 049. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto I
Paternidade Responsável Quantos filhos você gostaria de ter?
 Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: 
“Será que vou conseguir sustentar um filho?”.
 Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-
lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários.
Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a 
adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas 
como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são 
comuns. Além de eventuais problemas de saúde, temse um problema de ordem social: 
como sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda 
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?
 Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo 
raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado 
crime. A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde 
em risco. Quem não tem condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais 
precários.
 Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento 
familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim, 
muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar 
apenas um ou dois. 
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)
Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo 
em destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em 
relação ao emprego desse mesmo verbo.
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.
b) O jovem têm um grande desafio pela frente.
c) As pessoas tem muitos planos.
d) A mentira tem perna curta.
050. 050. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE)
Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão Família êh! Família áh!
Em relação ao verso “Almoça junto todo dia” (v.4), percebe-se que a palavra “família” exerce 
a função sintática de:
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicado.
051. 051. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO)
O retrato
(Ivan Angelo)
 O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e 
jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando 
sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico 
que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de 
dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus 
olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-
se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o 
que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e 
desapareceu.
No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia 
e pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra:
a) caderneta.
b) bolso.
c) fotografia.
d) homem.
052. 052. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO)
Estranhas Gentilezas
(Ivan Angelo)
 Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades 
não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos 
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ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, 
e depois economizam com a gente.
 Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com 
inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas 
de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi 
na semana passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano 
que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. 
Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.
 Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio 
do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas 
distantes. E as próximas?
 Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonemafico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não 
sai. Um número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. 
Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, 
o maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma 
rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente 
me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida Sumaré e vem 
ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da 
noite.
 [...]
 Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca 
de tanta gentileza?
 Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
 Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque 
alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos 
antes de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para 
pagar contas em nome de minha mulher, saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida 
arriscando a vida entre bólidos3, um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador 
continua preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador e 
ponho-me de novo a sonhar com gentilezas. Vocabulário:
 1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo
 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes
 3 carros muito velozes
Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da concordância verbal, 
pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função sintática de:
a) objeto direto.
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b) sujeito.
c) objeto indireto.
d) complemento nominal.
053. 053. (2017/IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO) Texto I
Entre palavras
 Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não 
figura nos dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento 
impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e combinações de.
 Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual, 
pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com 
seu avô; talvez ele não entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o 
copião, a Vemaguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a 
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
 Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, 
o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá 
legal, o apartheid, o som pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça 
também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o 
unissex, o bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. Só? Não. Tem 
seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, 
a Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o 
Isop, a OEA, e a ONU. Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, 
a diagramação, o ideologema, idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o 
zoom, e a guitarra elétrica.
 Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, 
engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, 
carnet da girafa, poluição. Fundos de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. 
Know-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. 
Alimentos super congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. 
Argh! Pow! Click!
 Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington 
Luís. Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para 
consumo geral A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na 
vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, 
finalmente, mas com que significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
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Ao encerrar seu texto, Drummond reforça a ampla importância atribuída às palavras na 
existência humana. Na oração “e palavras somos”, o termo destacado ganha expressividade 
ao exercer a função sintática de:
a) objeto direto.
b) sujeito.
c) predicativo do sujeito.
d) adjunto adverbial.
e) adjunto adnominal.
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GABARITOGABARITO
1. e
2. e
3. e
4. e
5. e
6. d
7. c
8. e
9. a
10. d
11. e
12. b
13. e
14. e
15. a
16. a
17. c
18. b
19. a
20. d
21. c
22. e
23. b
24. c
25. d
26. e
27. d
28. b
29. a
30. b
31. d
32. d
33. e
34. d
35. d
36. c
37. e
38. c
39. b
40. c
41. c
42. c
43. a
44. b
45. d
46. b
47. b
48. c
49. d
50. a
51. d
52. b
53. c
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
001. 001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o 
texto para responder à questão.
 A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou 
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou 
um contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que 
incluía a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual 
bairro Caju. A empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública 
e Particular da Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 
1.084 animais de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa 
data, teve início a coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)
Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.
a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.
b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.
d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.
e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.
a) Errada. O núcleo do sujeito é retirada; logo, o correto seria: A retirada do lixo das casas 
e praias era feita com animais de carga.
b) Errada. O núcleodo sujeito é animais e o verbo precisaria estar conjugado na terceira pessoa 
do plural. O correto seria: Animais de carga eram usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Errada. O sujeito é composto, tendo como núcleos casas e praias. O correto seria:. Casas 
e praias produziam muitas toneladas de lixo.
d) Errada. Ao colocar a frase na ordem direta, temos: Os serviços da Superintendência de 
Limpeza Pública eram ruins.
e) Certa. Concordância correta: As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga
Letra e.
002. 002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA) Texto associado
Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”
 James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar 
ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos 
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de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida 
para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.
 Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos 
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia 
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar 
gasto é dos mais altos.
 Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro 
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades 
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias 
para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
 No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry 
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou 
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, 
com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, 
não participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta 
era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças 
desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.
 “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha 
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra 
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
 Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro 
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os 
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, 
na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os 
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos 
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.
 Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o 
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho 
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema 
penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a 
tese do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que 
essa estratégia seja economicamente vantajosa.
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c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa 
foi quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são 
relevantes para as políticas públicas.
e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm 
impactos econômicos relevantes.
a) Errada. O primeiro ponto a se observar é a palavra conduzido, que, no caso, faz referência 
ao trecho “experimento de Heckman” e está correta. A banca já poderia tentar confundir 
o candidato colocando conduzidos. O erro da frase está em usar confirma para o núcleo 
do sujeito resultados. Se escondermos o trecho entre vírgulas, podemos visualizar melhor: 
Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirmam a 
tese do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia
b) Errada. O núcleo do sujeito é retorno. O correto seria: O retorno financeiro dos investimentos 
realizados na primeira infância faz com que essa estratégia seja economicamente vantajosa.
c) Errada. O erro da c está no detalhe e é preciso atenção para identificá-lo. Ao olhar a 
relação entre sujeito e verbo, percebemos que a concordância está correta: diferença e 
foi. O candidato que olhasse apenas para a concordância verbal deixaria passar o erro 
concordância nominal, que está justamente na última palavra da frase. Observe, de novo, 
a frase: A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da 
pesquisa foi quase nulo.
A forma como a frase foi escrita induz relacionar nulo e QI; no entanto, nulo deve concordar 
com diferença: A diferença (...) foi quase nula.
d) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal. Portanto, o correto 
seria: Faz mais de 50 anos (...).
e) Certa. Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância 
têm impactos econômicos relevantes.
Letra e.
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003. 003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)
(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)
Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma 
relação entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.
Cuidado! Nem sempre o como aparecerá na frase com o sentido de comparação. Na frase 
acima, por exemplo, temos uma relação causal. Tal relação fica evidente quando substituímos 
por outro conectivo causal. Observe:
“Visto que pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma relação 
entre os membros de uma família.”
Letra e.
004. 004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira para 
responder à questão.
(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)
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100 de 156www.grancursosonline.com.brmarcial; em seguida, ataca-se. Encerar e polir 
(ou, em resumo, defender-se) são pré-requisitos fundamentais para que Daniel possa se 
tornar um exímio carateca. Para que você se torne exímio em língua portuguesa, aprenda 
a respeitar os pré-requisitos! (No YouTube, você consegue encontrar a cena que descrevi!)
2.1. A DIVISÃO DA MORFOLOGIA2.1. A DIVISÃO DA MORFOLOGIA
Para fins didáticos, dividiremos as dez classes gramaticais da seguinte forma:
SUBSTANTIVO
GRUPO DOS NOMES
ARTIGO
ADJETIVO
NUMERAL
PRONOME
VERBO
GRUPO DOS VERBOS
ADVÉRBIO
PREPOSIÇÃO
GRUPO DOS CONECTORES
CONJUNÇÃO
INTERJEIÇÃO GRUPO DAS EMOÇÕES
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2 .2 . O GrUPO DaS EMOÇÕES2 .2 . O GrUPO DaS EMOÇÕES
Você percebeu que a palavra “interjeição” é a única em letras minúsculas na tabela 
anteriormente apresentada? Existe uma razão para isso: das classes gramaticais listadas, 
ela é a menos importante para provas! Motivos: possui pouco valor morfológico; não tem 
função ou classificação sintática; são raras as questões sobre interjeição (até porque todo 
mundo as acertaria).
A interjeição é uma palavra usada para indicar saudações, espantos, surpresas, sensações. 
A sua principal marca é o ponto de exclamação. Veja os exemplos:
EXEMPLOS
Olá! Há quanto tempo não te vejo!
Nossa! Essa notícia foi chocante!
Hum! Que bolo delicioso!
Viu como a interjeição não nos oferece grandes emoções gramaticais? Já a adiantei, 
por razões didáticas. De agora em diante, concentração máxima!
2 .3 . O GrUPO DOS NOMES2 .3 . O GrUPO DOS NOMES
O grupo dos nomes possui um termo principal, chamado SUBSTANTIVO. As outras classes 
gramaticais desse grupo (ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL e PRONOME) são subordinadas ao 
substantivo. Há algo que une as quatro subordinadas ao núcleo: A CONCORDÂNCIA NOMINAL.
Veja o seguinte exemplo:
O substantivo “carro” é o núcleo dessa expressão, chamada de sintagma nominal 
(sintagma significa estrutura organizada de elementos linguísticos). As demais palavras 
variam conforme esse núcleo. Faça comigo dois exercícios: primeiro, troque “carro” por 
carros. Depois, troque “carro” por moto. Conseguiu? Provavelmente, o seu resultado foi este:
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Veja que a troca do substantivo promoveu mudanças nos vocábulos subordinados. Isso 
é a concordância nominal. Nos exemplos que vimos, artigo, pronome e adjetivo, pela relação 
de subordinação, concordam com o substantivo.
 Obs.: nem todas as palavras subordinadas ao substantivo flexionam-se obrigatoriamente 
em gênero e número. Algumas, apenas em gênero; outras, apenas em número.
Agora, vamos entender cada uma das classes gramaticais que compõem o grupo 
dos nomes:
• SUBSTANTIVO = palavra que dá nome aos seres em geral (nomes a pessoas, lugares, 
instituições, espécies, noções, ações, estados, qualidades);
• ARTIGO = palavra que determina o substantivo;
• ADJETIVO = palavra que caracteriza o substantivo;
• NUMERAL = palavra que quantifica ou ordena o substantivo;
• PRONOME = palavra que acompanha ou substitui o substantivo.
Viu como, das cinco classes listadas, quatro delas dependem do substantivo? Isso significa 
dizer que, você, a partir de hoje, ao identificar artigos, adjetivos, numerais e pronomes, 
deve se fazer uma pergunta: cadê o substantivo?
Compare comigo duas questões da banca Cespe:
001. 001. (CESPE) Em “a população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens 
entre 18 e 29 anos de idade”, o vocábulo “jovens” classifica-se, no texto, como adjetivo.
Para dizer que “jovem”, no texto, é um adjetivo, é necessário primeiramente que ele seja 
uma característica de algum substantivo. Portanto, “jovem” é o próprio substantivo, que 
está empregado com o sentido de pessoas jovens, indivíduos jovens.
Errado.
002. 002. (CESPE) Em “isso não implica ensinar jovens estudantes a mexer com planilhas de 
cálculo”, o vocábulo “jovem” é empregado, no texto, como substantivo.
Perceba que, no texto, não se quer ensinar estudantes quaisquer, mas estudantes jovens. 
Logo, “jovens” agora é atributo de uma palavra central, que é “estudantes”. Em outras 
palavras, o adjetivo “jovens” está subordinado ao substantivo “estudantes”.
Errado.
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003. 003. (IBFC) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra 
destacada no trecho:
Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se 
transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
a) Substantivo.
b) Advérbio.
c) Adjetivo.
d) Verbo.
Perceba que, no texto, “os grãos... se transformam em flores brancas e macias...”. Mas não 
são grãos quaisquer. São grãos duros e quebra-dentes. Há duas palavras que possuem a 
incumbência de caracterizar os grãos. Em outras palavras, o substantivo “grãos” possui dois 
adjetivos. O que faz da letra c a alternativa certa.
Letra c.
Em resumo: a análise morfológica é contextual (ainda mais em provas de concursos públicos). 
É fundamental que toda palavra seja analisada em ambiente textual, e não isoladamente.
Vamos analisar de maneira semelhante uma palavra muito intrigante da língua portuguesa: 
o “a”. Veja comigo o seguinte exemplo:
Substantivo
Em (7), há duas ocorrências do “a”. A primeira pode ser considerada um artigo, pois 
está (a) acompanhando o substantivo “crianças” e (b) concordando em gênero e número 
com o substantivo “crianças”. Um artigo deve estar sempre anteposto ao substantivo. 
Pode ser que haja algo entre artigo e substantivo, mas esse algo também são termos 
subordinados ao substantivo. Já o segundo “a” não pode ser artigo, pois não acompanha 
qualquer substantivo. Todavia, em uma leitura atenta, percebe-se que o segundo “a” refere-
se/retoma/substitui o substantivo “criança” (a criança é sincera, mas existe (a criança) 
que não é). Já entendemos que o segundo “a” não pode ser artigo, mas podemos observar 
que ele está ligado a um substantivo. Podemos concluir então que o segundo “a” pertence 
ao grupo dos nomes. Nesse grupo, há uma palavra que tem a função de referir/retomar/
substituir substantivos: o pronome. Logo, esta é a classificação do segundo “a”.
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Pronomes podem ser de dois tipos: pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. 
O primeiro é o que acompanha o substantivo; o segundo, substitui. Veja mais uma 
questão do Cespe:
004. 004. (CESPE) No segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a 
mudança”, os pronomes isto e outra compartilham da mesma propriedadeGraMática
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De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida 
a seguinte frase:
a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.
b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.
c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.
d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).
e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.
a) Errada. Há dois erros. Embora essa construção seja bastante usada no dia a dia, o sinal 
de pontuação é errado, pois não se separa sujeito (quem assombra os pobres no Brasil) e 
predicado (é a fome) por vírgula. Ademais, há um erro de concordância verbal. O correto 
seria: Quem assombra os pobres no Brasil é a fome.
b) Errada. Erro de concordância normal. O correto seria: Os pobres já vivem privados de 
tanto, inclusive, de comida.
c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: “Palmeiras” são árvores que ficam 
bem plantadas perto de piscinas.
d) Errada. Erro de concordância verbal. Colocando na ordem direta, a concordância correta 
seria: As palmeiras das piscinas constituem a assombração dos ricos. Além do erro de 
concordância, destaca-se que não faz muito sentido o uso de parênteses na frase.
e) Certa. Concordância correta. Haver é impessoal.
Letra e.
005. 005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.
Lições de vida
 Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger 
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa. 
Sully virou herói e a lenda estava criada.
 Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda 
para contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências 
do capitão Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo 
necessário pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo 
quando existiam opções mais sensatas?
 Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível 
ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou 
a duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
 Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é 
“Rationalism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” 
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tornou-se a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: 
uma crença na razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
 Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, 
da vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, 
que pode ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
 Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um 
conhecimento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser 
apresentados com rigor cartesiano.
 Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de 
Sullenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente, 
procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, 
entende que ele não basta para salvar o dia.
 E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma 
sabedoria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma 
equação matemática.
 As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum 
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também 
súbitas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
 Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da 
modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de 
salvação. O ensaio era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza 
humana. Eastwood, aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
Considere os trechos do texto.
• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções 
mais sensatas? (2º parágrafo)
• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor 
cartesiano. (6º parágrafo)
• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição 
pode ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias 
adverbiais de
a) afirmação; modo; dúvida.
b) afirmação; finalidade; tempo.
c) afirmação; modo; tempo.
d) intensidade; finalidade; dúvida.
e) intensidade; modo; tempo.
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Os advérbios de intensidade funcionam como moduladores dos adjetivos ou advérbios, 
como ocorreu em “mais sensatas”.
Os advérbios de modo indicam a forma como a ação do verbo se desenvolve, como ocorre 
em “não possam ser apresentados com rigor cartesiano”.
Os advérbios de tempo, como o nome indica, servem para apontar circunstâncias temporais, 
momentos, como ocorre em “mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma 
forma de salvação”.
Letra e.
006. 006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acordo com 
a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.
Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na 
empresa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos 
parceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.
a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam -se... possível
b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis
c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível
d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível
e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis
- houvesse: lembre-se do haver impessoal
- se desenvolviam: desenvolviam concorda com projetos; o que é fator de atração da próclise 
na colocação pronominal
- dadas: dadas concorda com circunstâncias
- se poderiam: poderiam concorda com recursos; o nunca funciona como fator de atração 
da próclise na colocação pronominal
- possível: antes do mais, há o artigo definido determinando possível
Letra d.
007. 007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)
Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.
 “O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da 
temperatura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes 
do previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel 
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Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos 
hidrogeológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, 
períodos de seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos 
mares comprometerá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões 
afetará a produção de alimentos.
 Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o 
surgimento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. 
Aliás, em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura 
farão com que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua 
saúde ainda mais comprometida, até mesmo com risco de morte.
 Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte 
dessas alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais 
de um século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados 
deixaram”.
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.
Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que
a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um 
substantivo composto.
b) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função 
gramatical.
c) a expressão cenário de caos (§3º ) apresenta uma locução adjetiva.
d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva 
e pontual uma nova perspectiva.
e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.
a) Errada. Hidrogeológicos é um adjetivo.
b) Errada. Em um aumento: artigo indefinido; em um século: numeral.
c) Certa. A expressão “de caos” caracteriza o substantivo cenário.
d) Errada. O pronome outro é indefinido.
e) Errada. Apenas com é preposição.
Letra c.
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GraMática
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
008. 008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder 
à questão.
Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do 
termo
a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.
A banca apontou como correta a letra E. De fato, palmas é substantivo nas duas ocorrências, 
mas com sentido diferente. No entanto, lendo também é verbo nas duas ocorrências, 
tendo o mesmo sentido nas duas situações. Inicialmente, poderia haver dúvida entre as 
opções d e e. No entanto, observe que o enunciado pediu para marcar a opção levando em 
consideração o “efeito de humor”; dessa forma, a única possível é a e, pois o verbo lendo 
não é determinante para o efeito de humor da tirinha.
Letra e.
009. 009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)
(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma 
de governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
Se é uma conjunção condicional. É possível fazer a substituição por caso, desde que realizadas 
as devidas adaptações no verbo: “caso queria continuar sendo pai, sugiro grandes mudanças”.
Letra a.
010. 010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho do 
romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
 Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde 
faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
 O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O 
tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. 
E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter 
recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se 
expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
 Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi 
carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos 
trancos.
 A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina 
com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e 
como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era 
pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
 Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em 
idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais 
modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos 
sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito 
era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das 
perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
 Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva 
a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no 
adeus.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
 Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo 
sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o 
termo destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre 
com o termo em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Na frase do enunciado, protocolar qualifica benção.
a) Errada. Sul é substantivo.
b) Errada. Demonstrações é substantivo
c) Errada. Malinha é substantivo.
d) Certa. Modesta qualifica cidade.
e) Errada. Abrigo é substantivo.
Letra d.
011. 011. (2020/VUNESP/PREFEIRURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o texto 
para responder àquestão.
São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos
 Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação 
da área do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, 
numa das primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos 
depois do quadro histórico.
 Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações 
foi a decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e 
Tamanduateí, a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início 
dessa expansão da cidade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série 
de fotografias que viraram sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade 
debaixo da água por sete dias.
 Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro 
de 1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com 
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o poder público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes 
naquele ano.
 Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas 
para aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas 
inundadas passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.
 Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste 
ano de 2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da 
subprefeitura da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do 
Mercadão. Áreas das subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.
 As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram 
suficientes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, 
com aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)
Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá 
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.
Outros conectivos com sentido proporcional: à proporção que, quanto mais, ao passo que.
Letra e.
012. 012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)
A inveja
 Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob 
o pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses 
pecados. Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem 
uma herança esquecida no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados 
encontra-se presente em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.
 Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos 
sobre esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano 
começa a desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, 
acompanha a pessoa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum 
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
momento, sentimos inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, 
isso é natural.
 O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para 
as suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e 
desejar intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para 
si as coisas ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto 
admiram. Daí a negatividade da inveja.
 Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não 
grite a sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)
O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, 
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com 
o contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.
c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.
De tão invejosas é a causa da consequência “ficar cegas para as suas próprias potencialidades”.
Letra b.
013. 013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto 
para responder à questão.
 Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas 
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as 
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que 
lhes permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem 
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres 
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, 
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também 
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o 
cão.
 Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, 
ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder 
ao tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso 
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baseia-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos 
odores que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da 
Universidade de Oregon.
 Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões 
de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma 
diferente do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata 
do olfato, os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar 
diabetes e possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
 Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos 
seus cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os 
altos e baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a 
criar uma ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos 
antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam 
alertar, para podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois 
sentidos é mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geogra-
phic, 11/10/2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa 
quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cãese gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães 
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal 
de perceber os sentimentos do dono.
a) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: Quando ouvem um choro, os animais 
se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
b) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: É muito vantajosa, para o ser 
humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: A comunicação entre as duas 
espécies é boa e garante a sobrevivência tanto dos cães quanto dos humanos.
d) Errada. Erro de concordância verbal. O correto seria: Não existe, no mundo animal, 
diferença em relação à expressão das emoções.
e) Certa. Concordância correta. Lembre-se que o verbo haver é impessoal.
Letra e.
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014. 014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDITAL N. 334)
O desafio
 Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica 
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”. 
Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que 
está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam 
um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no 
marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que 
é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado 
defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem 
menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender 
ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) 
emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. 
Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de 
drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)
Considere as frases retiradas do texto:
• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.
• Encontro bem menos leitores.
Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído 
pelo autor.
a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que 
encontro bem menos leitores.
b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso 
encontro bem menos leitores.
c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, mesmo 
que encontre bem menos leitores.
d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque 
encontro bem menos leitores.
e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto 
encontro bem menos leitores.
No texto, temos: “Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do 
recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.”.
Ao ler as duas frases e pelo sentido do texto, percebemos que há uma relação de adversidade. 
São orações coordenadas assindéticas (sem conjunção).
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Outros exemplos de conectivos adversativos: mas, porém, entretanto, contudo, todavia.
Letra e.
015. 015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO LEGISLATIVO)
Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa
 A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez 
meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9 
milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões 
de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.
 Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o 
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um 
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando 
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
 A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar 
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com 
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos 
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo 
para livros recém-lançados.
Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-
-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)
O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, 
voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
Outros conectivos causais: visto que, uma vez que, na medida em que, haja vista que, 
porquanto, já que.
Em provas, é preciso cuidado para não confundir as orações causais e as explicativas entre 
si, visto que as duas costumam usar as mesmas conjunções.
Letra a.
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016. 016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)
A ditadura do algoritmo
 Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora 
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser 
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei 
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum 
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
 Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência 
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número 
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o 
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é 
soberano.
 Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo 
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundoonde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e 
quase naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações 
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo 
do sistema” fez tanto sentido.
 No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor 
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja 
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo 
e a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o 
perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes 
aos anseios da pessoa.
 Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura 
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam 
o pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam 
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões 
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo 
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e 
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação 
e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 
21.08.2021. Adaptado)
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O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que 
algum deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em 
que é empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação
O mas, na frase, exerce papel de conjunção adversativa, indicando ideia de adversidade, 
contraste, oposição.
Outros exemplos de conjunções adversativas: porém, contudo, no entanto, entretanto, 
todavia.
Letra a.
017. 017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO 
BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta 
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.
b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.
c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.
d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.
e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.
a) Errada. O correto seria meio, pois é um advérbio (portanto, invariável). Meia é metade, 
ou seja, não há como a menina ficar metade preocupada e metade sem se preocupar. Meio 
é um advérbio de intensidade.
b) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal.
c) Certa. Concordância correta.
d) Errada. Erro de concordância. O correto seria: Seguem anexas à correspondência todas 
as fichas de clientes do dentista.
e) Errada. O verbo existir deve ser flexionado para concordar com o núcleo do sujeito.
Letra c.
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018. 018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR 
EDUCACIONAL) Leia o texto para responder à questão.
O assalto
 A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme 
de olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, 
e nunca se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.
 Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado 
portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o 
cachorro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança 
e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O 
ladrão quis sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do 
inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca 
mais tentaria assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, 
temendo que se agravasse a situação.
 O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado 
deplorável. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu 
bem por que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era 
vacinado. Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.
(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)
*Cão robusto de feia aparência
Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.
a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de 
olhos abertos... (1º parágrafo)
b)... e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna 
esquerda. (2º parágrafo)
c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver... 
(2º parágrafo)
d)... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)
e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a 
situação. (2º parágrafo)
a) Errada. O que é pronome relativo.
b) Certa. O lhe, fazendo as devidas adaptações, pode ser substituído por sua: abocanhando 
a sua perna esquerda
c) Errada. O o é objeto direto.
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d) Errada. Aquela é pronome demonstrativo.
e) Errada. O se é partícula apassivadora.
Letra b.
019. 019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.
 “A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações 
de pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização 
desordenada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade 
que não passe necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André 
Trigueiro, jornalista especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.
 Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o 
sistema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo 
consciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de 
matéria-prima, que são finitos no planeta.
 “Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no 
dia a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero 
um modelo, mas descobri a força daquilo que os educadoreschamam de pedagogia do 
exemplo: ‘não importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” 
Ele cita o caso do aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu 
como fabricar coletores solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e 
caixas de leite Tetrapak. Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições 
interessadas replicassem o invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É 
um caso singular de amor ao próximo,” comenta Trigueiro.
 O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que 
jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem 
de difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e 
liberar recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de 
gado, responsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou 
o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero.
 Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o 
uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta 
e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos 
ameaçam como espécie.
(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)
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Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. 
– o pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:
a) os quais.
b) a qual.
c) onde.
d) dos quais.
e) aonde.
O que é um pronome relativo que retoma estoques. A única opção possível é os quais. Não 
poderia ser dos quais porque o verbo ser não exige preposição.
Letra a.
020. 020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/
REPROGRAFIA E GRÁFICA)
Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza
 Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três 
pesquisadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.
 Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado 
maneiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira, 
dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.
 Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar 
intervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia. 
A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos 
semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se 
beneficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho 
dos laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a 
elevações de preços nos gastos com saúde preventiva.
 Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a 
pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.
(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)
A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, 
conforme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:
a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza
b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza
c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza
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d) maneiras eficazes no combate à pobreza
e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza
O substantivo combate é regido pela preposição a.
Letra d.
021. 021. (2020/FCC/AL-AL/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR) Está clara e correta a 
redação deste livre comentário sobre o texto:
Distribuição justa
 A justiça de um resultado distributivo das riquezas depende das dotações iniciais 
dos participantes e da lisura do processo do qual ele decorre. Do ponto de vista coletivo, a 
questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços 
e valores diferenciados dos indivíduos, ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na 
origem e no processo, de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da 
privação de direitos elementares ou da discriminação racial, sexual, de gênero ou religiosa?
 A condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer, um 
risco comum, a todos, passa a exercer um papel mais decisivo na definição de seu futuro 
do que qualquer outra coisa ou escolha que possa fazer no ciclo da vida. A falta de um 
mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem 
de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da convivência. A igualdade de 
oportunidades está na origem da emancipação das pessoas. Crianças e jovens precisam 
ter a oportunidade de desenvolver seus talentos de modo a ampliar seu leque de escolhas 
possíveis na vida prática e eleger seus projetos, apostas e sonhos de realização.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 106)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Por mais que se esforcem, tem gente que não consegue obter sucesso em face dos vícios 
e da falta de oportunidade que o determinam.
b) O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de cada indivíduo 
as condições de seu nascimento.
c) Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante para 
uma justa distribuição das riquezas.
d) A menos que houvessem mais oportunidades para que cada indivíduo desenvolva seu 
talento, não ocorrerá justiça no processo.
e) Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens devem corresponder sua realização, 
para que não se frustrem seu desenvolvimento.
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a) Errada. O verbo “ter” está empregado no sentido de existir. No caso, é um verbo impessoal, 
não tem sujeito e fica sempre no singular. No entanto, o verbo “ter” é usado mais em situações 
de informalidade, como o caso da frase (“tem gente”). O adequado seria usar “há pessoas”, 
pois é um emprego mais formal. Além disso, a flexão correta do verbo é “conseguem”. Outro 
erro é o “o” antes de determinam. Portanto, reescrevendo a frase, temos: “Por mais que se 
esforcem, há pessoas que não conseguem obter sucesso em face dos vícios e da falta de 
oportunidade que as determinam.”.
b) Errada. O sujeito do verbo “desempenhar” é “as condições de seu nascimento”. Portanto, 
o correto é: “O autor do texto está convicto sobre o papel que desempenha no futuro de 
cada indivíduo as condições de seu nascimento.”
c) Certa. Argumenta-se no texto que a equidade de oportunidades é um fator determinante 
para uma justa distribuição das riquezas
d) Errada. O verbo “haver” no sentido de existir não é flexionado.Além disso, os verbos precisam 
estar no mesmo tempo (houvesse/desenvolvesse/ocorreria ou haja/desenvolva/ocorrerá).
e) Errada. O sujeito é do verbo “dever” é “sua realização”; o sujeito do verbo “frustrar” é 
“desenvolvimento”. O correto é: “Aos sonhos e aspirações das crianças e dos jovens deve 
corresponder sua realização, para que não se fruste seu desenvolvimento.
Letra c.
022. 022. (2020/FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO) Atenção: Para responder à questão,considere 
o texto a seguir:
 Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos. As suas bolas saíram do saco, é verdade, 
mas foram inutilizadas, a do primeiro por faltar a primeira letra do nome, a do segundo por 
lhe faltar a última. O nome restante e triunfante era o de um argentário ambicioso, político 
obscuro, que subiu logo à poltrona ducal, com espanto geral da república. Mas os vencidos 
não se contentaram de dormir sobre os louros do vencedor; requereram uma devassa. A 
devassa mostrou que o oficial das inscrições intencionalmente viciara a ortografia de seus 
nomes. O oficial confessou o defeito e a intenção; mas explicou-os dizendo que se tratava 
de uma simples elipse; delito, se o era, puramente literário. Não sendo possível perseguir 
ninguém por defeitos de ortografia ou figuras de retórica, pareceu acertado rever a lei. 
Nesse mesmo dia ficou decretado que o saco seria feito de um tecido de malhas, através 
das quais as bolas pudessem ser lidas pelo público, e, ipso facto, pelos mesmos candidatos, 
que assim teriam tempo de corrigir as inscrições.
 Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia. A mesma porta aberta à 
lealdade serviu à astúcia de um certo Nabiga, que se conchavou com o oficial das extrações, 
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Morfossintaxe do Período Simples
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para haver um lugar na assembleia. A vaga era uma, os candidatos três; o oficial extraiu as 
bolas com os olhos no cúmplice, que só deixou de abanar negativamente a cabeça, quando a 
bola pegada foi a sua. Não era preciso mais para condenar a ideia das malhas. A assembleia, 
com exemplar paciência, restaurou o tecido espesso do regime anterior; mas, para evitar 
outras elipses, decretou a validação das bolas cuja inscrição estivesse incorreta, uma vez 
que cinco pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.
Adaptado de: ASSIS, Machado de. A sereníssima república [Conferência do Cônego Vargas]. In: Papéis avul-
sos. São Paulo: Penguin Classics/Companhia das Letras, 2011, p.204)
Na oração Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos, a relação estabelecida entre os sujeitos 
e o verbo é de
a) comparação.
b) conclusão.
c) alternância.
d) exclusão.
e) adição.
Os conectivos “nem...nem” indicam sentido de adição.
Cuidado para não confundir com alternância (“ou...ou”, “ora...ora”, “quer...quer”, “seja...seja”).
Letra e.
023. 023. (2020/FCC/AL-AP/AUXILIAR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL)
 1 Que tipo de capitalismo desejamos? Em termos gerais, temos três modelos entre 
os quais escolher.
 2 O primeiro é o “capitalismo de acionistas”, que propõe que o objetivo de uma 
empresa deve ser a maximização dos lucros. O segundo é o “capitalismo de Estado”, que 
confia ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia e ganhou proeminência em 
países emergentes, entre os quais se destaca a China. E há o capitalismo de “stakeholders” 
(partes interessadas), que posiciona as empresas privadas como curadoras dos interesses 
da sociedade e representa a melhor resposta aos atuais desafios ambientais.
 3 O capitalismo de acionistas, o modelo hoje dominante, ganhou terreno nos EUA, na 
década de 1970, e expandiu sua influência nas décadas seguintes. Sua ascensão não deixa 
de ter méritos. Durante seu período de maior êxito, milhões prosperaram, à medida que 
empresas abriam mercados e criavam empregos em busca do lucro.
 4 Mas essa não é toda a história. Os defensores do capitalismo de acionistas 
negligenciam o fato de que uma empresa de capital aberto não é apenas uma entidade 
que busca lucros, mas também um organismo social.
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 5 Muitos perceberam que essa forma de capitalismo já não é sustentável. Um provável 
motivo é o efeito “Greta Thunberg”. A jovem ativista sueca nos recorda que a adesão ao 
atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações, por sua falta de 
sustentabilidade ambiental. Outro motivo (correlato) é que muitos jovens já não querem 
trabalhar para empresas cujos valores se limitem à maximização do lucro. Por fim, executivos 
e investidores começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente 
ligado ao de seus clientes, empregados e fornecedores.
 6 Manifestando-se favoravelmente ao estabelecimento do capitalismo de stakeholders 
como novo modelo dominante, está sendo lançando um novo Manifesto de Davos, que 
diz que as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção e sustentar os direitos 
humanos em toda a extensão de suas cadeias mundiais de suprimento.
 7 Mas, para defender os princípios do capitalismo de stakeholders, as empresas 
precisarão de novos indicadores. De início, um novo indicador de “criação de valor 
compartilhado” deveria incluir metas ecológicas e sociais como complemento aos indicadores 
financeiros.
 8 Ademais, as grandes empresas deveriam compreender que elas são partes 
interessadas em nosso futuro comum. Elas deveriam trabalhar com outras partes 
interessadas a fim de melhorar a situação do mundo em que operam. Na verdade, esse 
deveria ser seu propósito definitivo.
 9 Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade. Ao dar 
significado concreto ao capitalismo de stakeholders, podem ir além de suas obrigações 
legais e cumprir seu dever para com a sociedade. Se eles desejam deixar sua marca no 
planeta, não existe outra alternativa.
(Adaptado de: SCHWAB, Klaus. Tradução: Paulo Migliacci. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
E há o capitalismo de “stakeholders” (partes interessadas), que posiciona... (2º parágrafo)
O segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:
a) está sendo lançando um novo “Manifesto de Davos”.
b) Os líderes empresariais têm neste momento uma grande oportunidade.
c) não existe outra alternativa.
d) a adesão ao atual sistema econômico representa uma traição às futuras gerações.
e) as empresas devem mostrar tolerância zero à corrupção.
O verbo “haver” no sentido de “existir” não tem sujeito. Como não pede conjunção, é um 
verbo transitivo direto. Vale lembrar que, nesses casos, o verbo “haver” sempre terá como 
complemento um objeto direto.
a) Errada. “Um novo Manifesto de Davos” é o sujeito da oração.
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b) Certa. O verbo “têm” é transitivo direto e precisa do complemento verbal (OD). “Uma 
grande oportunidade” é o objeto direto
c) Errada. O verbo “existir” é intransitivo. Diferentemente do “há”, o “existir” podeser 
conjugado e é um verbo que possui sujeito.
d) Errada. O “atual sistema econômico” é precedido pela preposição “ao”. Na oração, funciona 
como complemento nominal.
e) Errada. “As empresas” é sujeito do verbo “devem.
Letra b.
024. 024. (2019/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO)
O inexpugnável mistério
 Aceitemos de bom grado a tese formulada pelo físico nuclear dinamarquês Niel Bohr, 
segundo a qual “a tarefa da ciência é reduzir todos os mistérios a simples trivialidades”. 
Aceitemos também a conjectura de que, com o tempo e com um trabalho sem tréguas, os 
cientistas tenham conseguido levar a cabo essa tarefa da ciência, e todos os mistérios do 
mundo – da origem da vida à relação entre a mente e o cérebro – tenham afinal rendido os 
seus segredos e se revelado ao olhar humano naquilo que são: trivialidades perfeitamente 
inteligíveis na ordem natural das coisas.
 Pois bem. Terminada a tarefa da ciência, restará ainda um derradeiro enigma diante 
do qual ela não tem, nem poderá vir a ter, o que dizer: o mistério da trivialidade de tudo. 
Em outras palavras: a ciência não saberá explicar a razão de ser de todas as trivialidades 
que compõem o nosso misterioso mundo.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27)
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
a) Não se esperem que os enigmas sejam todos resolvidos.
b) Sempre haverão teses insólitas que causarão dúvidas entre os físicos.
c) Não merece crédito dos físicos modernos a postulação desses cientistas.
d) Mesmo que se dessem resolução aos mistérios, restaria o maior deles.
e) Caso se proponham aos cientistas nucleares essa dúvida final, como responderão?
a) Errada. Ao substituir a segunda oração por isso, temos “não se espera isso”.
b) Errada. O verbo “haver” não deve ser flexionado no plural. O correto é: “Sempre haverá 
teses insólitas (...)”.
c) Certa. Ao colocar na ordem direta, temos a seguinte frase: “A postulação desses cientistas 
não merece crédito dos físicos modernos.”.
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d) Errada. A frase está na voz passiva sintética. O sujeito paciente é “resolução”.
e) Errada. O verbo deve concordar com “essa dúvida” (“caso se proponha essa dúvida aos 
cientistas”).
Letra c.
025. 025. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Texto associado
 Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não 
apostavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio 
monótona. O Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, 
na sua infinita paciência, topou.
 Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu 
cuidadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, 
segundo seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da 
obscenidade. Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, 
pessoas que sabidamente ganham pouco.
 O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de 
aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões. 
E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o 
que o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse 
a uma vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe 
fluindo diariamente.
 Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, 
o aposentado simplesmente devolveu o dinheiro. Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa 
de explicação.
 O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve 
a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 
600. Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da 
tentação tinha sido grande demais.
 Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém, 
escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre. 
Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A 
insônia dos justos tira o sono de qualquer diabo.
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)
Em Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias (3º parágrafo), 
a expressão sublinhada exerce a mesma função sintática da expressão sublinhada em:
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GraMática
Morfossintaxe do Período Simples
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a) O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches (3º 
parágrafo)
b) O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. (5º parágrafo)
c) Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados (2º parágrafo)
d) Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. (2º parágrafo)
e) Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam 
sobre os seres humanos (1º parágrafo)
Na frase “Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias”, o termo 
sublinhado exerce papel de sujeito. Observe: induzir um erro no sistema de pagamento de 
aposentadorias foi-lhe fácil.”; “foi-lhe fácil isso.
a) Errada. O trecho sublinhado é objeto indireto.
b) Errada. O trecho destacado é um predicativo do sujeito, pois caracteriza “o que”, que faz 
referência ao sujeito da oração.
c) Errada. O trecho grifado desempenha papel de objeto direto.
d) Certa. “O Diabo” é sujeito.
e) Errada. O trecho grifado é um adjunto adverbial.
Letra d.
026. 026. (2019/FCC/PREFEITURA DE MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO/PROGRAMADOR)
 1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da 
maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida 
transcorresse distante dos olhares alheios.
 2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações 
mais impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais 
impressionante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte 
das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, 
e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
 3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a 
privacidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico 
da existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto 
um estado de coisas transitório.
 4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade, mas 
trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshanna 
Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais 
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em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa 
é uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.
 5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente 
quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser 
observado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que 
desejamos que os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua 
privacidade. Porém, isso requererá a criação de diversas leis.
(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
O verbo flexionado no plural e que também pode ser corretamente flexionado no singular, 
sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
a) Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade...
b) Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida...
c)... as normas, e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
d) Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro...
e)... a maior parte das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente 
físico...
A opção “e” apresenta um caso especial de concordância verbal. Quando o sujeito tem um 
núcleo partitivo (“maior parte”, “maioria”, “minora”, “metade” etc.), a concordância pode 
ser feita tanto com o núcleo quanto com o outro termo.
Letra e.
027. 027. (2019/FCC/SEMEF MANAUS-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo para responder 
à questão.
 1 Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida da 
maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção significativa da vida 
transcorresse distante dos olhares alheios.
 2 A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações 
mais impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, ainda mais 
impressionante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, quando a maior parte 
das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar o ambiente físico, as normas, 
e eventualmente os direitos, de privacidade vieram a surgir.
 3 A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a 
privacidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um traço básico 
da existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo econômico - e portanto 
um estado de coisas transitório.
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 4 Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade, mas 
trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo que a socióloga Shoshanna 
Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a transformação de nossos dados pessoais 
em mercadoria por gigantes da tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa 
é uma parte tão rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável.
 5 Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos diferente 
quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade de agir sem ser 
observado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente somos - não o que 
desejamos que os outros pensem que somos. A maioria deseja maior proteção à sua 
privacidade. Porém, isso requererá a criação de diversas leis.
(Adaptado de: The New York Times. Tradução de Paulo Migliacci. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
Porém, isso requererá a criação de diversas leis. (5º parágrafo)
Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de
a) conclusão.
b) finalidade.
c) conformidade.
d) oposição.
e) causa.
O “porém” é uma conjunção adversativa. Outros exemplos: mas, contudo, no entanto, 
todavia, entretanto.
Letra d.
028. 028. (2019/FCC/SEMEF MANAUS AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
DA FAZENDA MUNICIPAL/PROGRAMADOR) Atenção: Considere o texto abaixo para responder 
à questão.
 1 As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque 
os antigos modelos de negócios. As novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais 
produziram um complexo cenário de incertezas. Vivemos um grande desafio.
 2 É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a 
capacidade de inovação - rápida e de baixo custo - serão fundamentais para a sobrevivência 
das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais. Mas é preciso, 
também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo e a maneira 
como dialogamos com ele.
 3 Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos. Lembram 
disso? Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. Muitas vezes abríamos 
o álbum e a imaginação voava.
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 4 Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído 
pelas galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas 
falta o mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos 
que o registro do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são 
incapazes de superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais 
importante viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo 
à coletiva solidão digital.
 5 Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente no 
espaço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, 
já que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário 
personalizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a 
inteligência. Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade crítica.
Adaptado de: DI FRANCO, Carlos Alberto. Disponível em: opiniao.estadao.com.br)
No contexto, exprime noção de causa o seguinte segmento:
a) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o mundo...
b)...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.
c) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante.
d) Agora fotografamos tudo compulsivamente.
e) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos.
a) Errada. O conectivo “mas” tem ideia de adversidade.
b) Certa. O “já que” é conectivo de causa.
Trecho completo do texto: “A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação 
de liberdade, já que não dependemos, aparentemente, de ninguém.”.
c) Errada. Não há conectivo na frase, mas o contexto é de consequência.
d) Errada. O “agora” passa uma ideia de circunstância de tempo (adjunto adverbial); 
“compulsivamente” tem ideia de modo.
e) Errada. O “lá” está em um contexto de lugar.
Letra b.
029. 029. (2021/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/ANALISTA EM VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA/ENFERMEIRO) Atenção: Para responder a questão, considere a fábula abaixo.
 Em Atenas, um devedor, ao ter sua dívida cobrada pelo credor, primeiro pôs-se a 
pedir-lhe um adiamento, alegandoestar com dificuldade. Como não o convenceu, trouxe 
uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a à venda. Então chegou um 
comprador e quis saber se a porca era parideira. Ele afirmou que ela não apenas paria, mas 
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que ainda o fazia de modo extraordinário: para as festas da deusa Deméter, paria fêmeas 
e, para as de Atena, machos. E, como o comprador estivesse assombrado com a resposta, 
o credor disse: “Mas não se espante, pois nas festas do deus Dioniso ela também vai lhe 
parir cabritos.”
(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 22)
Como não o convenceu, trouxe uma porca, a única que possuía, e, na presença dele, colocou-a 
à venda.
Em relação ao trecho que o sucede, o trecho sublinhado tem sentido de
a) causa.
b) consequência.
c) comparação.
d) oposição.
e) condição.
Outros exemplos e conectivos causais que podem ser substituídos na frase: visto que, uma 
vez que, já que, haja vista que.
Letra a.
030. 030. (2019/FCC/METRÔ-SP/ENFERMEIRO DO TRABALHO) Texto associado
 Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele 
tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. 
No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, 
sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito 
era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, 
tinha de suportar a ressaca.
 No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a 
cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era 
uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o 
ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem 
de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse 
matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas 
constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, 
de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, 
uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de 
Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, 
apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. 
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Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera 
uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
 No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral 
não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, 
uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel 
sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única 
frase: “Eu te amo.”
 A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo 
por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a 
uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e 
esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara 
a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
 Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava 
uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, 
claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o 
cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, 
correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que 
poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.
(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)
O termo sublinhado em ela lhe fizera uma confissão surpreendente (2º parágrafo) exerce a 
mesma função sintática daquele sublinhado em:
a) o fim do ano era sempre uma época dura (1º parágrafo)
b) Mas de algum modo o recado chegara a ele (5º parágrafo)
c) No seu caso havia uma razão óbvia para isso (1º parágrafo)
d) uma culpa que retornava a cada Natal (2º parágrafo)
e) mas ele sabia quem era o remetente (5º parágrafo)
Na frase “ela lhe fizera uma confissão surpreendente “, o “lhe” exerce papel de objeto indireto.
a) Errada. O “sempre” é adjunto adverbial de tempo.
b) Certa. “A ele” é objeto indireto.
c) Errada. “Uma razão óbvia” é objeto direto.
d) Errada. O “a cada Natal” é adjunto adverbial de tempo.
e) Errada. O “ele” é sujeito.
Letra b.
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031. 031. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/TÉCNICO EM RADIOLOGIA) 
Para responder à questão, considere os quadrinhos abaixo.
Em Você não entende de segurança, Charlie Brown, o elemento sublinhado corresponde ao 
vocativo, por meio do qual se invoca o interlocutor do discurso. Do mesmo modo, o vocativo 
está sublinhado na seguinte frase:
a) Participantes do programa de fidelidade terão um desconto de 50% na compra do ingresso.
b) Ambientalistas, hoje, irão ao parlamento para dialogar com os representantes do governo.
c) Alunos do último ano, tradicionalmente, fazem uma viagem antes da festa de formatura.
d) Senhores passageiros, não se esqueçam de afivelar seus cintos de segurança.
e) Gestantes e lactantes, por precaução, foram desaconselhadas a tomar a vacina.
O próprio enunciado ajuda ao trazer a definição de vocativo: elemento por meio do qual se 
invoca o interlocutor no discurso. O conceito trazido pelo examinador nos ajuda a encontrar 
a opção correta.
a) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.
b) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.
c) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.
d) Certa. O termo sublinhado é um vocativo.
e) Errada. O termo sublinhado é sujeito da oração.
Letra d.
032. 032. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado
 Em 1925, um estudante de farmácia e jovem poeta que assinava Carlos Drummond 
publicou um artigo afirmando que, em relação a Machado de Assis, o melhor a fazer era 
repudiá-lo. Cheio de ímpeto juvenil, considerava o criador de Brás Cubas um “entrave à obra 
de renovação da cultura geral”. Na correspondência que manteve com Mário de Andrade 
nas décadas de 1920 e 1930, Machado também teria papel crucial no embate acerca da 
tradição. Nas cartas, o escritor volta e meia surge como encarnação de um passado a ser 
descartado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SAND RODRIGUESde substituir o 
nome a que se referem, razão pela qual são classificados gramaticalmente como pronomes 
substantivos.
(TEXTO) Acredito que, no momento em que você estiver lendo esta mensagem, meus 
sentimentos a respeito dela e, muitas vezes, em relação a você podem ter mudado e isto 
me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente, 
em uma troca de correspondência absurda.
É possível perceber pelo texto apresentado que o pronome “isto” refere-se aos sentimentos 
que mudaram, sem a necessidade de repetir essa informação. Por isso, ele é um pronome 
substantivo, que é usado para substituir. Entretanto, o pronome “outra” acompanha o 
substantivo “mensagens”, modificando o sentido deste. Logo, classifica-se como pronome 
adjetivo, razão pela qual o item é errado.
Errado.
Os numerais também possuem classificação semelhante à dos pronomes. Existem os 
numerais substantivos e os numerais adjetivos. Veja os exemplos a seguir:
O numeral “treze” é o próprio substantivo. Portanto, é um numeral substantivo. Já “vinte” 
é um numeral que acompanha o substantivo “senhoras”, o que faz dele um numeral adjetivo.
2 .4 . GrUPO DO VErBO2 .4 . GrUPO DO VErBO
Eis o grupo que possui a mais importante classe gramatical para provas de concursos: o 
verbo. Segundo Celso Cunha, “é uma palavra de forma variável que exprime o que se passa, 
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isto é, um acontecimento representado no tempo”. As pessoas, em geral, costumam ter 
facilidade para identificar verbos, pois associam essa classe à possibilidade de conjugação. 
Veja o seguinte exemplo:
Um brasileiro, ao ver a palavra “falou”, consegue fazer a seguinte associação: falar, 
falo, falas, fala etc. Com isso, ele define que “falou” é um verbo. Situação diferente ocorre 
com a palavra “papagaio”. Por não conseguir conjugar esta palavra, a possibilidade de ser 
verbo está descartada. É assim que qualquer um de nós pensa, quase intuitivamente, ao 
se deparar com verbos!
Para a maior parte das provas de concursos públicos, a importância do verbo não está na 
palavra em si, mas no que dele decorre. É por meio do verbo que um candidato será capaz 
de produzir as análises sintáticas mais cobradas em provas. O verbo também permite a 
organização da oração para se pensar no sistema de pontuação do texto escrito. O verbo 
define os limites entre orações, que são o instrumento de estudo do período composto. 
Do verbo decorrem as vozes verbais e parte do estudo do emprego do sinal indicativo de 
crase. Do verbo se inicia o estudo de colocação pronominal. Ou seja, reconhecer o verbo é 
a chave para enfrentar diversas outras situações exigidas em provas, que serão descritas 
nos arquivos seguintes deste material de estudos.
Do verbo, passamos ao advérbio, que é um modificador do verbo, oferecendo a ele as mais 
diversas circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade, intensidade, causa etc. É uma 
palavra invariável, ou seja, não se flexiona em gênero e número como o adjetivo, por exemplo.
Voltemos ao exemplo (10). Nele, percebemos que o ato de falar foi praticado pelo 
papagaio em meio a duas circunstâncias: intensidade (“muito”) e tempo (“durante a noite”). 
Por isso, podemos afirmar que esses dois termos possuem natureza adverbial no trecho 
em que se inserem.
A palavra advérbio significa “junto ao verbo”, e, por esse motivo, está no grupo dos 
verbos. Mas o que muitas pessoas se esquecem é de que o advérbio também é capaz de 
modificar adjetivos ou outros advérbios. Veja os seguintes exemplos:
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Em (11), percebe-se que “apressada” é um adjetivo que caracteriza o substantivo 
“garota” (perceba que ambos os vocábulos estão no feminino e no singular, o que denota 
a concordância nominal já explicada aqui). Todavia, vale destacar que o redator da frase 
quis expressar o quão apressada a garota estava: “bastante”. Como o termo “bastante” 
funciona como um modificador do adjetivo, é classificado como advérbio. Em (12), por sua 
vez, a palavra “longe” indica onde o ato de morar ocorre; ou seja, “longe” é um advérbio em 
relação ao verbo “mora”. Mas quem elaborou a frase quis modificar a percepção de distância 
de longe, por meio da palavra “meio”. “Meio” é, portanto, um modificador do advérbio, o 
que faz dele um advérbio também.
2 .5 . O GrUPO DOS cONEctOrES2 .5 . O GrUPO DOS cONEctOrES
Nesse grupo, há duas classes gramaticais de funções semelhantes (conectar), mas que 
não interagem entre si: preposição e conjunção.
A função da preposição é unir duas palavras, de maneira que a primeira ofereça uma 
informação acerca da segunda. Veja os seguintes exemplos:
Em (13), há dois substantivos: “empresas” e “São Paulo”. O segundo oferece uma informação 
acerca do primeiro (a origem da empresa). Para que haja uma relação linguisticamente 
harmoniosa entre os dois, emprega-se a preposição “de”. Semelhante ocorre em (14), pois 
há duas partes: o verbo “confia” e a expressão “seu candidato”. O segundo oferece uma 
informação acerca do primeiro (em quem se confia). Para que ocorra essa interação de 
modo gramaticalmente aceitável, emprega-se a preposição “em”.
Como a preposição sempre faz com que a palavra posposta a ela ofereça uma informação 
acerca da palavra anteposta, guarde a seguinte informação: toda expressão preposicionada 
é subordinada! Basta você, no texto, identificar a quem ela se subordina. Para melhor 
entendermos isso, Veja uma questão da banca Universa.
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005. 005. (UNIVERSA) O termo “de carnaúba” qualifica o termo “chapéu”.
(TEXTO) Disposto estou, coronel, pronto... (baixa os olhos para o chapéu velho de palha de 
carnaúba que segura entre os joelhos) pronto, a bem dizer, não estou não.
Vamos, primeiramente, assumir a seguinte afirmação: “de carnaúba” é uma expressão 
preposicionada. Como já sabemos, expressões preposicionadas são sempre subordinadas. 
Mas, nesse caso, é subordinada a “chapéu”? “De carnaúba” é uma característica do “chapéu”? 
Não, querido(a) amigo(a)! “De carnaúba” é uma característica da “palha”. A palha tem sua 
origem na carnaúba. Por isso, o item está errado. “Mas, professor, palha também compõe 
uma expressão preposicionada!” Concordo, mas veja comigo o funcionamento correto do 
texto: “de palha de carnaúba” é uma expressão subordinada, que oferece uma informação 
acerca de “chapéu”. “De carnaúba”, por seu turno, é uma expressão preposicionada “dentro” 
de uma expressão preposicionada. “De carnaúba” é subordinada e oferece informação 
acerca da palha. Entendeu?
Errado.
Já as conjunções possuem propriedades diferentes. Elas ligam orações ou palavras de 
mesma função em um mesmo sintagma. É o que se vê nos exemplos a seguir:
Conjunção
Conjunção
Em (15), há duas orações: “o homem é bom” (a primeira) e “a sociedade o corrompe” 
(a segunda). Os verbos estão em destaque porque éSANTANA - 05776310555, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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 Décadas mais tarde, em 1958, Drummond publicou o poema “A um bruxo, com amor”, 
uma das mais belas homenagens de escritor para escritor na literatura brasileira. Um único 
verso dá a medida do elogio: “Outros leram da vida um capítulo, tu leste o livro inteiro”. O 
poema compõe-se de frases do escritor, cujo cinquentenário de morte então se comemorava. 
O poeta maduro, que agora assinava Carlos Drummond de Andrade, emprestava palavras 
do próprio Machado para compor um epíteto que ganharia ampla circulação, o “bruxo do 
Cosme Velho”. O que teria se passado com Drummond para mudar tão radicalmente de 
posição?
 Harold Bloom descreve as razões que marcam a relação entre escritores de diferentes 
gerações. O processo passa pela ironia do mais jovem em relação ao seu precursor; pelo 
movimento que marca a construção de um sublime que se contrapõe ao do precursor; e, 
finalmente, pela reapropriação do legado.
 A assimilação dificultosa do passado é também um processo vivido pela geração de 
Drummond. Os antepassados foram vistos muitas vezes como obstáculos aos desejos de 
renovação que emergiram a partir da década de 1910 em vários pontos do Brasil. E tanto 
no âmbito individual como no geracional, Machado surge como emblema do antigo. Alguém 
que fora sepultado com os elogios fúnebres de Rui Barbosa e Olavo Bilac não podia deixar 
de ser uma pedra no caminho para escritores investidos do propósito de romper com as 
convenções. Até Drummond chegar à declaração de respeito, admiração e amor, foi um 
longo percurso. Pouco a pouco, Machado deixa de ser ameaça para se tornar uma presença 
imensa que ocupa a imaginação do poeta.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Amor nenhum dispensa uma gota de ácido. São Paulo: Três 
Estrelas, 2019, p. 9-30.)
Está correta a redação deste livre comentário:
a) O ímpeto de renovação da cena cultural nacional, dificultou para toda uma geração no 
início do século, a assimilação de um legado.
b) Através de exemplos das cartas enviadas, notam-se a presença incômoda de Machado 
de Assis no desenvolvimento intelectual de Carlos Drummond.
c) Costuma-se considerar que, a rivalidade entre um jovem escritor e outro já consagrado 
deve-se a imaturidade do primeiro.
d) Em diversos momentos, Carlos Drummond criticou a transformação de Machado de Assis 
em uma celebridade literária.
e) Na maturidade, com palavras do próprio Machado de Assis, Carlos Drummond criou o 
epíteto “bruxo do Cosme Velho” cujo ficou bastante notório.
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a) Errada. Em relação à primeira ocorrência da vírgula, não existe vírgula separando sujeito 
e predicado. A segunda vírgula também está errada.
b) Errada. O verbo notar deveria ser “nota-se” para concordar com o sujeito (“a presença 
incômoda(..)”.
c) Errada. Não pode ter vírgula depois da conjunção “que”. Além disso, é preciso ter crase 
em “deve-se à imaturidade’.
d) Certa. Construção correta.
e) Errada. O “cujo” é usado antes de substantivo e possui ideia de posse. O recomendado, 
no caso, é usar o “que”,
Letra d.
033. 033. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Considere o 
texto abaixo para responder às questões.
 Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. 
Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software 
dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro 
mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma 
renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de 
seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, 
e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não 
que as máquinas se adaptem às pessoas.
 Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. 
Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas 
desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu 
ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as 
pessoas estão sempre devendo.
(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 
2012)
No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de 
sentido e da correção, está sublinhado em:
a) que as invenções existem para nos servir.
b) que as máquinas se adaptem às pessoas.
c) elas trocam todas as que possuíam.
d) A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.
e) A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores.
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Lembre-se dos casos que envolvem as expressões partitivas. Quando o sujeito tem um 
núcleo partitivo (“maior parte”, “maioria”, “minora”, “metade” etc.), a concordância pode 
ser feita tanto com o núcleo quanto com o outro termo.
Letra e.
034. 034. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO) Texto associado
 A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. Usando seu conhecimento 
astronômico e meteorológico, ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um 
ano de antecedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as 
prensas de azeite de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite de 
oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. 
Tales também teria previsto um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que 
efetivamente causou o fim da guerra entre os lídios e os persas. Quando lhe perguntaram 
o que era difícil, Tales respondeu: “Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que 
era fácil, respondeu: “Dar conselhos”. Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens 
Sábios da Grécia Antiga.
 A questão de central importância para os filósofos iônicos era a composição do 
cosmo. Qual é a substância que compõe o Universo? A resposta de Tales é que tudo é água. É 
provável que, à parte a possível influência das culturas do Oriente Médio, ao escolher a água 
como substância fundamental da Natureza, Tales tinha se inspirado em suas qualidades 
únicas de mutação; a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos, 
transformando-se de líquida para vapor, representando, assim, a dinâmica intrínseca dos 
processos naturais. Mais ainda, assim como nós e a maioria das formas de vida dependemos 
da água para existir, o próprio Universo exibia a mesma dependência, já que também era 
considerado por Tales como um organismo vivo.
(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de criação ao Bing Bang. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2006, p. 40-42)
É invariável quanto a gênero e a número o termo destacado em:
a) Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga. (1º parágrafo)b) A reputação do filósofo Tales de Mileto era legendária. (1º parágrafo)
c)... quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo 
uso das prensas... (1º parágrafo)
d)... a água é continuamente reciclada dos céus para a terra e oceanos... (2º parágrafo)
e) Qual é a substância que compõe o Universo? (2º parágrafo)
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Na língua portuguesa, sabemos que são invariáveis as preposições, as conjunções e os 
advérbios. Por isso, é importante conhecer as classes gramaticais.
a) Errada. “Considerado” é um verbo no particípio (variável).
b) Errada. “Legendário” é adjetivo (variável).
c) Errada. “Verão” é substantivo (substantivo variável em número).
d) Certa. “Continuamente” é um advérbio (invariável).
e) Errada. “Qual” é um pronome (variável em número).
Letra d.
035. 035. (2019/FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) 
Atenção: Para responder a questão, leia a notícia a seguir, publicada em 15 de março de 2019.
Estudantes vão às ruas em protesto global contra mudança climática
 Milhares de estudantes saíram às ruas nesta sexta-feira (15) para protestar por 
medidas efetivas no combate às mudanças climáticas.
 O movimento “Fridays For Future” (Sextas-feiras pelo futuro) ganhou força com Greta 
Thunberg, que uma vez por semana falta às aulas, em Estocolmo, para se sentar em uma 
praça em frente ao Parlamento da Suécia e pedir medidas concretas contra o aquecimento 
global. Nesta sexta, não foi diferente. Greta protestou diante do Parlamento na capital do 
país, cercada por 30 manifestantes. Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 
123 países − no Brasil, 20 cidades têm protestos agendados.
 “Não sou a origem do movimento. Já existia. Precisava apenas de uma faísca para 
acender. Vivemos uma crise existencial ignorada durante décadas. Se não agirmos agora, 
será muito tarde”, disse Thunberg.
 Desde o ano passado, Greta já discursou em eventos internacionais como a COP24, 
a Conferência do Clima da ONU, em dezembro, e no Fórum Econômico Mundial, em Davos, 
na Suíça, em janeiro. Nesta quinta (14), ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por três 
políticos noruegueses por sua atuação na agenda ambiental.
(Adaptado de: OLIVEIRA, Elida. Portal G1, 15.03.2019. Disponível em: https://g1.globo.com)
Ao todo, nesta sexta, estão previstos 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades têm 
protestos agendados. (2º parágrafo)
Caso a notícia fosse publicada depois de todos os eventos previstos acontecerem de fato, 
essa frase poderia ser reescrita da seguinte maneira, conforme a norma-padrão da língua:
Ao todo, nesta sexta,
a) houveram 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, tiveram protestos em 20 cidades.
b) haviam 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinham protestos.
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c) haveria 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, teriam protestos em 20 cidades.
d) houve 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tiveram protestos.
e) havia 2 mil eventos em 123 países − no Brasil, 20 cidades tinha protestos.
O primeiro ponto cobrado pela banca nesta questão é o verbo “haver”, algo bastante 
explorado em provas de concurso. O verbo “haver” no sentido de existir é impessoal, ou 
seja, ele não é conjugado no plural. Portanto, o “haver”, nesses casos, sempre estará na 
terceira pessoal do singular.
Ao pedir para considerar que os eventos previstos aconteceram de fato, a banca cobra 
conhecimento sobre tempos e modos verbais. Se algo realmente aconteceu, temos o 
pretérito perfeito do indicativo.
a) Errada. O verbo “haver” não pode ficar no plural.
b) Errada. O verbo “haver” não pode ficar no plural; o verbo “tinham” está no pretérito 
imperfeito.
c) Errada. O verbo “teriam” está no futuro do pretérito.
e) Errada. O verbo “tinha” está no pretérito imperfeito.
Letra d.
036. 036. (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA) Texto associado
 Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve 
aumentar para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram 
notáveis. As cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados 
Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
 Mas o sucesso tem sempre um custo - e as cidades não são exceção, segundo análise 
do Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e 
desigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, 
entraram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre 
uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa 
possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização 
e como vão moldar a economia mundial.
 A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades 
inteligentes como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e 
envolver-se com o governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de 
contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e 
Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
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 Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas 
digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e 
provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: 
https://epocanegocios.globo.com)
Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento 
de impostos (3º parágrafo), a forma verbal correspondente será
a) são permitidas.
b) será permitida.
c) são permitidos.
d) é permitido.
e) serão permitidos.
Lembre-se: na voz passiva, o que era objeto direto vira sujeito.
Na frase “permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos”, o verbo “permitir” 
é VTD e será transformado em “ser permitido”. No entanto, é importante verificar a flexão. 
Primeiro, nota-se o verbo no presente; segundo, percebe-se que o sujeito é composto 
(“permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos”). Dessa forma, temos 
“são permitidos”.
Letra c.
037. 037. (2019/FCC/TRF-4ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) 
Texto associado
 É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas 
etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas é quase 
o dobro do número de ligações por telefone fixo e celular, segundo dados da Fundação 
Telefônica.
 A ligação telefônica tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, mas por quê? 
“Uma das razões é que, quando recebemos uma ligação, ela interrompealgo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga 
Cristina Pérez.
 Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, 
segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas, em média, mais de 
40 vezes ao dia.
(Adaptado de: LÓPEZ, Silvia. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas 
odiamos falar por telefone?. El País – Brasil. 01.06.2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com)
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É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias... 
(1º parágrafo)
Uma redação alternativa para a frase acima, preservando-se as relações de sentido entre 
as orações, está em:
a) É uma tendência mais presente entre os mais jovens e, portanto, comum em todas as 
faixas etárias...
b) Para que seja uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as 
faixas etárias...
c) Por ser uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas as faixas 
etárias...
d) É uma tendência mais presente entre os mais jovens, de modo que é comum em todas 
as faixas etárias...
e) Mesmo sendo uma tendência mais presente entre os mais jovens, é comum em todas 
as faixas etárias...
Na frase do enunciado, o “mas” é uma conjunção adversativa (ideia de oposição).
a) Errada. O “portanto” é um conectivo de conclusão.
b) Errada. O “para que” apresenta ideia de finalidade.
c) Errada. O “por ser” é um termo que introduz uma causa.
d) Errada. O “de modo que” indica consequência.
e) Certa. O “mesmo” é uma conjunção concessiva (ideia de oposição).
Letra e.
038. 038. (2019/FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE COMUNITÁRIO DE 
SAÚDE) Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
 1 Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais 
precisamente: gostaria de ser um cozinheiro. As cozinhas são lugares que me fascinam, 
mágicos: ali se prepara o prazer. O cozinheiro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos 
da alma e do corpo. Mas não sei cozinhar. Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como 
quem cozinha.
 2 A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos 
escritores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. 
Nas suas origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um 
só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num 
português que não se fala mais, usava-se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.
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 3 Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. 
Se assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais 
belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento 
de todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o 
máximo possível de sabor”.
 Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros como seus mestres.
 4 A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges 
aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes 
agradam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão 
absurda quanto a felicidade obrigatória”.
 5 Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade 
pela comida que pela palavra... Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de 
cor. Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O 
escritor é um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana 
que começa é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que 
me comandam: “Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A 
cada semana sinto uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 
155-158)
Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a 
felicidade obrigatória. (4º parágrafo)
O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de
a) finalidade.
b) consequência.
c) explicação.
d) concessão.
e) condição.
Geralmente, o “pois” introduz ideia de causa ou explicação.
Letra c.
039. 039. (2019/FCC/SABESP/ESTAGIÁRIO/ENSINO MÉDIO TÉCNICO) Texto associado
 Uma águia perseguia uma lebre que estava longe de qualquer proteção. Mas, assim 
que a lebre avistou um escaravelho, o único protetor que a ocasião lhe oferecia, foi até ele 
e suplicou ajuda. O escaravelho a amparou e, quando viu a águia se aproximando, pôs-se a 
pedir-lhe que não levasse embora sua protegida. A águia, porém, esnobou a pequenez do 
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escaravelho e devorou a lebre diante dele. Ressentido, o escaravelho passou a espreitar os 
ninhos da águia e, cada vez que ela punha ovos, subia lá no alto e os fazia rolar e quebrar, até 
que a águia, encurralada, buscou refúgio junto de Zeus, que a tem como sua ave sagrada, 
e pediu-lhe que arrumasse um lugar seguro para a ninhada. Zeus lhe deu permissão para 
botar os ovos no colo dele. Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até 
alcançar o colo de Zeus e soltou-a lá. Foi aí que Zeus se levantou para sacudir o esterco 
e, sem se dar conta, deixou cair os ovos. Desde então, dizem que, na época em que os 
escaravelhos aparecem, as águias não fazem o ninho.
(ESOPO. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 42)
Ao ver isso, o escaravelho fez uma pelota de esterco, voou até alcançar o colo de Zeus e 
soltou-a lá.
O trecho em negrito pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por
a) Ainda que viu.
b) Quando viu.
c) À medida que viu.
d) Enquanto viu
e) Assim como viu
O “ao ver” indica ideia de tempo; por isso, a única opção possível é “quando viu”
a) Errada. Indica ideia de concessão.
c) Errada. Indica ideia de proporção.
d) Errada. O “enquanto viu” indica uma ideia de simultaneidade (não é o caso do texto).
e) Errada. Indica ideia de comparação.
Letra b.
040. 040. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR) Texto associado
 Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê. Dei-me 
conta da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá.
 Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando era jovem, e do qual 
nunca esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu 
herói adolescente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que 
experimentava naquele momento era diferente de tudo o que já sentira antes.
 Um amigo é alguémcom quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez, estando 
com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos.
 “Christophe voltou sozinho dentro da noite. Nada via. Nada ouvia. Estava morto 
de sono e adormeceu apenas deitou-se. Mas durante a noite foi acordado duas ou três 
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vezes, como que por uma ideia fixa. Repetia para si mesmo: ‘Tenho um amigo’, e tornava a 
adormecer.”
 Jean-Christophe compreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja 
companhia não é preciso falar. Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade, então a pessoa 
com quem você está não é amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos 
não por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo ou comer. Quando a pessoa 
não é amiga, terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são 
insuportáveis.
 Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. A amizade anda por caminhos que não 
passam por programas.
 Um amigo vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que 
o torna um amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência 
de comunhão. E alegria maior não pode existir.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 11-13)
A flexão do verbo em destaque deve-se ao elemento sublinhado em:
a) Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna um amigo.
b) terminado o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio, que são insuportáveis.
c) Bastava a alegria de estarem juntos.
d) A amizade anda por caminhos que não passam por programas.
e) Se o silêncio entre vocês lhe causa ansiedade
É importante lembrar que os verbos são flexionados de acordo com o sujeito.
a) Errada. “Útil” é um adjetivo e não interfere na flexão do verbo “pode”.
b) Errada. “O alegre e animado programado” é sujeito do verbo “terminado”. O sujeito do 
verbo “vêm” é “o silêncio e o vazio” (sujeito composto)
c) Certa. “A alegria” é o sujeito de bastava.
d) Errada. O sujeito do verbo “passam” é o pronome relativo “que”, que faz referência à 
palavra “caminhos”
e) Errada. O “lhe” é objeto indireto.
Letra c.
041. 041. (2021/IBFC/SEED - RR/Professor de Educação Básica/Artes)
Texto associado
 Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, 
novas escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam 
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o livro Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do 
qual se extrai o texto abaixo.
Entre a rua, este quarto e o ser
(Camila de Oliveira Silva)
 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira 
das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o 
café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente 
nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora 
em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à 
rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é 
a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.
 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. 
Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre 
o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo 
mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, 
parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]
(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro: Bazar do 
Tempo: Flup, 2021)
Na oração “Algo me vem em cheio nessas horas” (1º§), ao observar as relações sintáticas 
estabelecidas entre os termos que a constituem, é possível afirmar que seu sujeito classifica-
se como:
a) desinencial.
b) indeterminado.
c) simples.
d) inexistente.
Pergunte ao verbo: o que me vem à cabeça? ALGO! É um sujeito expresso, com um único 
núcleo; portanto, simples.
Letra c.
042. 042. (2021/IBFC/SEED - RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ARTES) Texto associado
 Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, 
novas escritoras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam 
o livro Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do 
qual se extrai o texto abaixo.
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Entre a rua, este quarto e o ser
(Camila de Oliveira Silva)
 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira 
das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o 
café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente 
nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora 
em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à 
rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é 
a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.
 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. 
Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre 
o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo 
mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, 
parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]
(LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de Janeiro: Bazar do 
Tempo: Flup, 2021)
O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros 
vocábulos que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único que 
indica uma relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.
a) “entre”.
b) “a”.
c) “este”.
d) “o”.
O pronome demonstrativo “este” indica, no texto, que a pessoa que está redigindo o texto 
(no caso, o emissor) está no quarto, sendo, logo, o vocábulo que revela a proximidade do 
autor com o quarto.
Letra c.
043. 043. (2022/IBFC/MGS/MONITOR EDUCACIONAL) Faça a análise sintática da seguinte estrutura: 
“O professor divulgou as notas aos alunos”. A este respeito, analise as afirmativas abaixo e 
dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
(  ) � “O professor” é o sujeito da oração.
(  ) � “divulgou as notas aos alunos” é o predicado.
(  ) � “as notas” é o objeto indireto.
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(  ) � “aos alunos” é o objeto direto.
(  ) � “o”, “aos” são adjuntos adnominais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V - V - F - F - V.
b) V - V - V - F - F.
c) F - F - F - F - F.
d) V - F - V - F - F.
Vamos por cada afirmação:
1ª. Quem divulgou? “O professor”. Portanto, sujeito, sem mistérios.
2ª. Tudo aquilo que não é o sujeito representa o predicado. Logo, “divulgou as notas aos 
alunos” é o predicado.
3ª e 4ª. Houve uma inversão: “as notas” é o objeto direto e “aos alunos”, o indireto.
5ª. Aqui é que a IBFC fez merda. De fato, artigos são adjuntos adnominais (e o “o”, 
incontestavelmente, é um adjunto adnominal. Todavia, “aos”, pela presença da preposição 
– que sequer possui classificação sintática na gramática tradicional – jamais poderia ser 
classificado como adjunto adnominal. Vacilo total da banca, mas as afirmativas anteriores 
já indicavam que o único gabarito possível (menos errado) seria a letra A.
Letra a.
044. 044. (2022/IBFC/MGS/AGENTE DE CAMPO) Lourdes aproveitou as longas férias para ir ao 
nordeste, visitar os pais. A este respeito, assinale a alternativa correta:
a) “Lourdes” não é um nome próprio, é um nome simples.
b) A palavra “aproveitou” é uma ação, um verbo.
c) Em “longas férias”, “longas” é um nome, e “férias” é uma qualidade.
d) A palavra “pais” é um nome composto.
Essa aqui é para não “perder de zero”. Lourdes, por ser nome de pessoa, é substantivo 
próprio; em “longas férias”, esta palavra é o substantivo caracterizado por aquele adjetivo. 
Além disso, “pais” sempre foi substantivo simples.
Letra b.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
045. 045. (2021/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Assinale a alternativa que preencha correta 
e respectivamente as lacunas. Moro________São Paulo e assisto frequentemente _________ 
partidas do meu time no estádio do Pacaembu. No próximo ano, servirei________exército.
a) em/as/o.
b) a/às/o.
c) na/as/ao.
d) em/às/ao.
Regência na veia! Mora-se em algum lugar, assiste-se (com o sentido de ver) a algo (por 
isso a crase) e serve-se a algo.
Letra d.
046. 046. (2021/IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN/ADMINISTRADOR) De 
acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, 
a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade narrativa 
determina quem tem voz”.
a) substantivo/pronome pessoal/substantivo.
b) adjetivo/pronome relativo/substantivo.
c) substantivo/pronome interrogativo/adjetivo.
d) adjetivo/pronome pessoal/adjetivo.
“Narrativa” é uma característica atribuída à “habilidade”. “Quem” é um pronome (que pode 
ser relativo ou interrogativo) e “voz” é um substantivo, núcleo do objeto direto do verbo “ter”.
Letra b.
047. 047. (Q892853/2017/IBFC/BETA/CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA - SP/AGENTE)
Texto III
 O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de 
adulto, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade 
(SIM) do Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas 
externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo 
motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, 
seguida das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem 
traz para o debate os cuidados com a saúde masculina no país.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
 Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam 
sobrepeso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% 
dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens 
consomem bebida alcoólica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem 
parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/dia-internacional-do-homem-cha-
ma-atencao-para-cuidados-comsaude-masculina. Acesso em 01/09/17)
A concordância verbal que envolve a indicação de porcentagens pode causar confusão na 
escrita. Em “Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos” (2º§), o verbo 
está no plural uma vez que concorda com o seguinte termo:
a) 18%.
b) homens.
c) brasileiros.
d) obesos.
Erro feio da banca! Como o núcleo é partitivo (18%), a concordância pode ser feita com o 
núcleo ou com o determinante do núcleo e, em qualquer uma das possibilidades, o resto 
da oração seria “são obesos”.
 Obs.: O gabarito também poderia ser a letra A.
Letra b.
048. 048. (2017/IBFC/EMBASA/AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa em que a 
concordância está correta.
a) Não foi adequado a postura dela na cerimônia.
b) Ele deixou bem claro, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.
c) A maioria dos estudantes que prestaram o concurso apresentou dificuldades em 
matemática.
d) Deve existir outras soluções para este problema!
A forma verbal “apresentou” concorda com “maioria” e o verbo “prestaram” concorda com 
“estudantes.
Erro das demais:
a) Errada. Não foi adequada a postura...
b) Errada. Ele deixou bem claras, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto.
d) Errada. Devem existir outras soluções para este problema.
Letra c.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
049. 049. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto I
Paternidade Responsável Quantos filhos você gostaria de ter?
 Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: 
“Será que vou conseguir sustentar um filho?”.
 Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-
lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários.
Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a 
adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas 
como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são 
comuns. Além de eventuais problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: 
como sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda 
dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola?
 Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo 
raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado 
crime. A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde 
em risco. Quem não temcondições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais 
precários.
 Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento 
familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim, 
muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar 
apenas um ou dois. 
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)
Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo 
em destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em 
relação ao emprego desse mesmo verbo.
a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.
b) O jovem têm um grande desafio pela frente.
c) As pessoas tem muitos planos.
d) A mentira tem perna curta.
Nas letras A e B, os sujeitos são singulares (por isso, o verbo deveria estar sem acento). Na 
letra C, como o sujeito é plural, o verbo deveria receber o acento.
Letra d.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
050. 050. (2017/IBFC/MGS/TÉCNICO DE CONTABILIDADE) Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão Família êh! Família áh!
Em relação ao verso “Almoça junto todo dia” (v.4), percebe-se que a palavra “família” exerce 
a função sintática de:
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicado.
Pergunte ao verbo: quem almoça junto todo dia? Sua resposta será “família”.
Letra a.
051. 051. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO)
O retrato
(Ivan Angelo)
 O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e 
jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando 
sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico 
que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de 
dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus 
olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-
se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o 
que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e 
desapareceu.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
No trecho “O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia 
e pôs-se a olhá- la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra:
a) caderneta.
b) bolso.
c) fotografia.
d) homem.
O sujeito da forma verbal “tirou” é “o homem”. A letra D indica o núcleo do sujeito.
Letra d.
052. 052. (2017/IBFC/MGS/CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO)
Estranhas Gentilezas
(Ivan Angelo)
 Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades 
não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos 
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, 
e depois economizam com a gente.
 Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me 
com inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho 
de asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo 
mesmo foi na semana passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo 
o engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera 
esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio do 
vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas 
distantes. E as próximas?
 Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema 
fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não 
sai. Um número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. 
Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, 
o maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma 
rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente 
me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida Sumaré e vem 
ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da 
noite.
[...]
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
 Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca 
de tanta gentileza?
 Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
 Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque 
alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos 
antes de entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para 
pagar contas em nome de minha mulher, saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida 
arriscando a vida entre bólidos3, um caminhão joga-me água suja de uma poça, o elevador 
continua preso lá em cima, subo a pé, entro no apartamento, sento-me ao computador e 
ponho-me de novo a sonhar com gentilezas. Vocabulário:
 1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo
 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes
 3 carros muito velozes
Na oração “Estão acontecendo coisas estranhas.” (1º§), em função da concordância verbal, 
pode-se concluir que “coisas estranhas” exerce a função sintática de:
a) objeto direto.
b) sujeito.
c) objeto indireto.
d) complemento nominal.
Pergunte ao verbo: o que estão acontecendo? Sua resposta será “coisas estranhas”, que 
é o sujeito da oração.
Letra b.
053. 053. (2017/IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO)
Entre palavras
 Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não 
figura nos dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento 
impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e combinações de.
 Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual, 
pelo seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com 
seu avô; talvez ele não entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o 
copião, a Vemaguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a 
dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
 Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, 
o biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá 
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
legal, o apartheid, o som pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça 
também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o 
unissex, o bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a mixagem. Só? Não. Tem 
seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, 
a Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o 
Isop, a OEA, e a ONU. Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, 
a diagramação, o ideologema, idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o 
zoom, e a guitarra elétrica.
 Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, 
engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, 
carnet da girafa, poluição. Fundos de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. 
Know-how. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. 
Alimentos super congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. 
Argh! Pow! Click!
 Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington 
Luís. Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para 
consumo geral A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na 
vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, 
finalmente, mas com que significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
Ao encerrar seu texto, Drummond reforça a ampla importância atribuída às palavras na 
existência humana. Na oração “e palavras somos”, o termo destacado ganha expressividade 
ao exercer a função sintática de:
a) objeto direto.
b) sujeito.
c) predicativo do sujeito.
d) adjunto adverbial.
e) adjunto adnominal.
Para facilitar o entendimento, colocarei a frase na ordem direta: (nós) somos palavras. O 
sujeito está elíptico. “Palavras” atribui uma característica ao sujeito. Portanto, predicativo 
do sujeito.
Letra c.
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ANEXOANEXO
CLASSES GRAMATICAIS FECHADAS
ARTIGOS
Definidos Indefinidos
O, a, os, as Um, uma, uns, umas
PRONOMES
Pessoais Possessivos Demonstrativos Relativos Interrogativos Indefinidos
Retos Oblíquos tônicos Oblíquos átonos
Meu, minha
Meus, minhas
Teu, tua
Teus, tuas
Seu, sua
Seus, suas
Nosso, nossa
Nossos, nossas
Vosso, vossa
Vossos, vossas
Este, estes
Esta, estas
Esse, esses
Essa, essas
Aquele, aquela
Aqueles, aquelas
Isto, isso, aquilo
O, a, os, as
Mesmo(a)(s)
Próprio(a)(s)
Semelhante, tal
Que
Quem
Onde
Cujo(a)(s)
Quando
Como
O qual
A qual
Os quais
As quais
Que
O que
Quem
Qual
Quanto
Quando
Onde
Por que
Como
Algum(a)(s)
Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Todo(a)(s)
Tudo
Outro(a)(s)
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo
Eu
Tu
Ele/ela
Nós
Vós
Eles/elas
A mim, comigo
A ti, contigo
A ele, a ela, a si, 
consigo
A nós, conosco
A vós, convosco
A eles, a elas, a si, 
consigo
Me
Te
O, a, lhe, se
Nos
Vos
Os, as, lhes, se
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PREPOSIÇÕES
A, ante, após, até
Com, contra, de, desde, em, entre
Para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás
CONJUNÇÕES
Subordinativas integrantes Subordinativas adverbiais Coordenativas
Que, se VER TABELA DE CONECTIVOS
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cONEctiVOS
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 Obs.: Parte escura: conjunções coordenativas.
Parte clara: conjunções subordinativas adverbiais.
1: é muito comum em provas que conjunções causais sejam usadas em orações com 
semântica explicativa, e vice-versa.
2: sempre estudar as semânticas causais, consecutivas e concessivas juntas!
 e : Comparar (adversativas com concessivas; condicionais com temporais)
Conjunções em negrito: estudar com atenção! Costumam confundir, por serem 
semelhantes.
rEGÊNciaS VErBaiS ESPEciaiS
1. Agradar
VTD: no sentido de “fazer carinho”
EXEMPLO
O esposo agradava a mulher.
VTI: no sentido de “ser agradável”
EXEMPLO
O assunto não agradou aos convidados.
2. Ajudar
VTD ou VTI (sem alteração de sentido).
EXEMPLO
O professor ajudou os (aos) alunos.
3. Aspirar
VTD: no sentido de sorver (o ar), sugar.
EXEMPLO
A diarista aspirou o pó da sala.
VTI: no sentido de desejar, almejar, querer.
EXEMPLO
Ele aspira a um cargo público.
4. Assistir
VTI: no sentido de ver, presenciar.
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EXEMPLO
Eu assisti ao maravilhoso clássico.
VTD (preferencialmente) ou VTI: no sentido de dar assistência, ajudar.
EXEMPLO
O médico assiste os (aos) enfermos.
VI: no sentido de morar.
EXEMPLO
A família Piquet assiste em Brasília.
5. Atender
VTI ou VTD (sem alteração de sentido).
EXEMPLO
O juiz atendeu (a) todos os advogados.
6. Chamar
VTD: no sentido de convocar.
EXEMPLO
A mãe chamou o filho para almoçar.
VTD ou VTI: no sentido de “dar nome” ou “apelidar”
EXEMPLO
Eles chamavam a (à) mãe de heroína.
7. Chegar
VI: mas, quando acompanhado de expressões locativas, deve-se usar a preposição “a”.
EXEMPLO
Chegaremos cedo à escola.
8. Implicar
VTD ou VTI: no sentido de “acarretar”, causar.
EXEMPLO
O seu comportamento implica (em) demissão.
9. Lembrar/lembrar-se (também válido para esquecer/esquecer-se)
VTD: lembrar/esquecer (sem o pronome).
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Morfossintaxe do Período Simples
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EXEMPLO
Meu pai lembra o seu nome. Eu esqueci a sua blusa.
VTI: lembrar-se/esquecer-se (com o pronome).
EXEMPLO
Meu pai se lembra do seu nome. Emesqueci-me da sua blusa.
10. Obedecer
VTI.
EXEMPLO
Eles não obedecem ao regulamento.
11. Proceder
VTI: no sentido “de iniciar”, “executar”.
EXEMPLO
O ator procedeu à apresentação.
VI: no sentido de “ter procedência”, “ser verdadeiro”.
EXEMPLO
A fala de empresário não procede.
12. Visar
VTD: no sentido “de mirar”, “ver”.
EXEMPLO
O atirador visou o alvo.
VTI: no sentido “almejar”, “desejar”.
EXEMPLO
Ele visa a um novo emprego.
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	Sumário
	Apresentação
	Morfossintaxe do Período Simples
	1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe
	2. Bloco I – Morfologia
	2.1. A Divisão da Morfologia
	2.2. O Grupo das Emoções
	2.3. O Grupo dos Nomes
	2.4. Grupo do Verbo
	2.5. O Grupo dos Conectores
	2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial
	3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I)
	3.1. Sintaxe – Sujeito
	3.2. Tipos de Sujeito
	3.3. Concordâncias Verbais Especiais
	4.1. Os Complementos Verbais
	4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação
	4.3. O Verbo Intransitivo
	4.4. Os Adjuntos Adverbiais
	5. Configurações Oracionais
	5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais
	5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais
	5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais
	6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III)
	6.1. Termos Ligados a Nomes
	7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal
	7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Anexopor meio deles que se contabiliza a 
quantidade de orações. Para uni-las, usou-se a palavra “mas”, que é classificada como 
conjunção adversativa.
Em (16), os substantivos “Brasil” e “Venezuela” estão conectados por “e”, mas cabe 
ressaltar que o segundo vocábulo não pretende oferecer qualquer informação acerca 
do primeiro; portanto, não é possível a classificação de “e” como preposição. Todavia, é 
possível perceber que os dois substantivos estão em interação semântica semelhante em 
relação ao verbo “sofrem” (o Brasil sofre; a Venezuela, também). Logo, nota-se que “Brasil” 
e “Venezuela” desempenham a mesma função em um mesmo sintagma, o que faz do “e” 
uma conjunção aditiva.
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2.6. AS LOCUÇÕES – UM SUBGRUPO ESPECIAL2.6. AS LOCUÇÕES – UM SUBGRUPO ESPECIAL
As locuções merecem um destaque em nosso estudo, pois elas são frequentemente 
abordadas em provas de concursos públicos. Elas são definidas como um conjunto de 
palavras que equivale a um único vocábulo, que representa uma unidade morfológica. 
Merecem destaque cinco tipos: locuções adjetivas, locuções adverbiais, locuções prepositivas, 
locuções conjuntivas e locuções verbais. Veja os exemplos:
EXEMPLOS
 Locução Adjetiva
(17) As histórias de terror não me impressionam mais.
 Locução Adverbial
(18) Ele saiu às pressas ontem.
 Locução Prepositiva
(19) Pedro mora em frente à farmácia.
 Locução Conjuntiva
(20) Estou empregado, no entanto ainda estudo.
 Locução Verbal
(21) Ele havia preparado o jantar.
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3. BLOCO II – A SINTAXE (PARTE I)3. BLOCO II – A SINTAXE (PARTE I)
A partir de agora, vamos nos debruçar sobre o estudo da sintaxe. Enquanto a morfologia 
tem a finalidade de analisar as classes de palavras, a sintaxe busca analisar a função e o 
posicionamento de palavras e expressões em um sintagma. Primeiramente, precisamos 
saber dois aspectos: quais são as funções sintáticas da língua portuguesa e a ordem 
direta da oração.
Veja as funções sintáticas da língua portuguesa, segundo a Nomenclatura Gramatical 
Brasileira (NGB):
Sujeito Liga-se ao verbo (concordância)
Termos essenciais da oração
Predicado O que não é sujeito
Objeto direto
Liga-se ao verbo (complemento 
verbal)
Termos integrantes da 
oração
Objeto indireto
Liga-se ao verbo (complemento 
verbal)
Predicativo (do sujeito e do 
objeto)
Liga-se ao nome
Agente da passiva
Liga-se ao verbo (só aparece na voz 
passiva analítica)
Complemento nominal Liga-se ao nome
Adjunto adnominal Liga-se ao nome
Termos acessórios da oração
Adjunto adverbial Liga-se ao verbo
Aposto Liga-se ao nome
Vocativo
Não se liga (não pertence ao sujeito 
ou ao predicado)
 Obs.: O predicativo não é exatamente um termo integrante. Ele foi colocado como 
integrante neste material por razões didáticas. Assim como o vocativo, que não é 
considerado essencial, integrante ou acessório. Todavia, essa divisão é simplesmente 
conceitual. Não interfere nos seus estudos para concursos públicos.
Cabe citar que cada estrutura anteriormente citada possui um vocábulo considerado 
núcleo. Todavia, em provas, o núcleo mais explorado é o do sujeito.
Além disso, cabe destacar que os estudos linguísticos definem a chamada ordem direta, 
também conhecida como ordem canônica ou ordem preferencial. Ela estipula como os 
termos preferem se ordenar sintaticamente. Em língua portuguesa, a ordem direta é:
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O predicativo não é gramaticalmente um complemento verbal. Todavia, como ele 
costuma estar na posição em que se situam os complementos, vamos, por razões didáticas, 
considerar que o verbo, na ordem direta, possui relação de ligação.
Por fim, três pressupostos são essenciais para entender melhor a sintaxe:
• Frase: qualquer enunciado inteligível que estabeleça comunicação.
• Oração: frase dotada de verbo.
• Período: espaço textual, que vai de uma letra maiúscula até uma pontuação (ponto 
final, ponto de interrogação ou ponto de exclamação). Nesse espaço, podemos 
encontrar apenas uma oração (período simples, também conhecido como oração 
absoluta) ou mais de uma oração (período composto).
Nesta aula, o objetivo é aprofundarmos nosso conhecimento acerca do sujeito. Existem 
razões para isso. Primeiramente, entender o sujeito é o básico e fundamental para se 
entender todas as demais interações sintáticas. Ademais, o sujeito e suas relações estão 
entre os assuntos mais cobrados em provas.
3.1. SINTAXE – SUJEITO3.1. SINTAXE – SUJEITO
Conforme exposto anteriormente, sintaticamente o sujeito é o termo que estabelece 
com o verbo a relação de concordância verbal. Essa é a definição mais precisa sobre o 
sujeito. Noções como “sujeito é o termo que pratica a ação verbal” são consideradas rasas 
para concursos públicos. Esta se encaixa bem durante as séries iniciais, para que o estudante 
aprenda, em alguns contextos, a identificar sujeitos (pois parte significativa dos sujeitos, 
coincidentemente, praticam a ação verbal). Todavia, em nível mais avançado, encontrar o 
sujeito significa encontrar o termo com quem o verbo estabelece concordância. Para se 
identificar o sujeito, classicamente, duas perguntas podem ser feitas ao verbo: quem ou o que.
EXEMPLOS
(1) A nova colunista do jornal anunciou a tragédia.
(quem anunciou a tragédia?)
(2) O aumento dos preços dos combustíveis nos postos assustou o brasileiro.
(quem/o que assustou o brasileiro?)
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(3) O país sofrerá com a escassez de água potável.
(quem sofrerá?)
(4) Os alimentos não perecíveis serão doados às instituições de caridade.
(quem/o que serão doados?)
(5) É fundamental a criação de uma nova empresa.
(o que é fundamental?)
Como se vê em (5), o sujeito nem sempre vem exatamente no início da oração. A ordem 
direta, em língua portuguesa, não significa um ordenamento obrigatório dos termos. É 
preciso ter atenção a isso em provas.
Ao identificar o sujeito, é necessário não se fazer economia. Por exemplo, em (1), o sujeito não 
é apenas “a nova colunista”. “Do jornal” também o integra, pois é um atributo da colunista.
Elias,Elias, ee aa concordância,concordância, comocomo fica?fica?
Por tradição, é correta a afirmação de que o verbo concorda com o sujeito.
006. 006. (CESPE) A forma verbal “são” está no plural porque concorda com “esses indivíduos”.
(TEXTO) “Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são pressionados e oprimidos 
pela sociedade”.
Se perguntarmos ao verbo quem são pressionados e oprimidos, o resultado queteremos é 
a expressão “esses indivíduos” que é classificada como sujeito. Como, por tradição, o sujeito 
concorda com o verbo, o item é considerado CERTO.
Todavia, no cerne da discussão gramatical, essa concordância vai além. Também é possível 
afirmar que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. E como identificá-lo?
Em linhas gerais, identificar o núcleo do sujeito significa encontrar os substantivos sem 
preposição. Isso ocorre porque o sujeito é uma expressão da língua portuguesa que não 
pode ser preposicionada. Portanto, ao menos um substantivo no sujeito deve se apresentar 
sem preposição. Isso nos garante a identificação do núcleo.
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 Obs.: esse princípio não é válido para sujeitos oracionais (assunto que será abordado em 
período composto).
Assim, voltando aos exemplos, sabemos que, em (1), o núcleo do sujeito é “colunista”; em 
(2), “aumento”; em (3), “país”; em (4), “alimentos”; em (5), “criação”.
Reitero: é válido afirmar que o verbo concorda com o sujeito ou com o núcleo do sujeito. 
O seu cuidado maior deve estar no momento em que você for analisar o texto da questão.
Certo.
007. 007. (CESPE) A forma verbal “traz” está no singular porque concorda com o núcleo de seu 
sujeito: “a oferta”.
(TEXTO) A oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde traz efeito 
positivo aos beneficiários.
Ao perguntar ao verbo quem traz efeito positivo aos beneficiários, obtém-se como resposta 
“a oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde”. Nesse sujeito, há 
os seguintes substantivos: “oferta”, “medicação”, “operadoras”, “planos” e “saúde”. Todavia, 
apenas um deles está sem preposição – “oferta”. A questão afirma que o núcleo é “a oferta”, 
que não é verdade. O artigo não integra o núcleo. Por esse motivo, o item é errado.
É preciso estar atento(a)! A banca sabe em que o(a) candidato(a) errará!
Errado.
3.2. TIPOS DE SUJEITO3.2. TIPOS DE SUJEITO
Além de conhecer o sujeito, as provas também cobram do candidato os tipos de sujeito. 
São os seguintes:
EXPRESSOS
SVC
Simples 1 núcleo
Composto + de 1 núcleo
NÃO EXPRESSOS
(S)VC
Elíptico/desinencial/oculto Identificável No texto ou no 
discursoIndeterminado Não identificável
INEXISTENTE
ØVC
Oração sem sujeito Verbos impessoais
3.2.1. SUJEITOS EXPRESSOS
Nos exemplos de 1 a 5, todos os sujeitos são classificados como simples, visto que 
possuem apenas um núcleo. Vamos a outros exemplos.
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EXEMPLOS
(6) Brasil e Argentina disputarão a final do campeonato.
(7) Tanto a ordem quanto o progresso são princípios nacionais.
(8) Desejamos a todos muita paz e saúde.
(9) Mentes tão bem.
(10) O menino estava cansado. Correu até o fim da rua.
(11) Revelaram a verdade sobre Cabral.
(12) Precisa-se de funcionário com experiência.
(13) É importante dirigir tranquilamente.
(6) e (7) são exemplos de sujeitos compostos (Quem disputarão? Brasil e Argentina. Quem 
são princípios nacionais? Tanto a ordem quanto o progresso). Vale observar que, apesar 
de os núcleos do sujeito serem singulares, os verbos ficam no plural, pois são coordenados 
aditivamente. Mais a diante, falaremos mais sobre casos de concordância verbal.
008. 008. (CESPE) O emprego da forma verbal “são” na terceira pessoa do plural justifica-se pela 
concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”.
(TEXTO) A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas 
são, sem dúvida, características dos maiores pensadores.
Perceba: quem são características dos maiores pensadores? “A originalidade e a capacidade”, 
sujeito composto da oração! Os núcleos são “originalidade” e “capacidade”. Ambos estão 
no singular, mas o verbo está no plural porque a concordância se dá com o fato de haver 
dois núcleos coordenados aditivamente! Por esse motivo, a banca considerou o item certo.
Certo.
3.2.2. SUJEITOS NÃO EXPRESSOS
(8), (9) e (10) são exemplos de sujeito elíptico. (11), (12) e (13), sujeitos indeterminados. 
Para melhor entender o funcionamento dessas formas de sujeito, precisamos fazer um 
retorno ao nosso ensino fundamental para relembrarmos o conceito de pessoas do discurso.
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Pessoas do discurso
Segundo pressupostos linguísticos, em toda situação comunicativa, existem três pessoas do 
discurso: quem fala (primeira pessoa), com quem se fala (segunda pessoa) e de quem/do 
que se fala (terceira pessoa). A tabela abaixo descreve o funcionamento dessas pessoas:
Pessoas Relação com os PPCR Características
1ª pessoa EU, NÓS Sempre identificável no discurso
2ª pessoa TU, VÓS Sempre identificável no discurso
3ª pessoa ELE(A), ELES(AS)
O singular é sempre identificável no 
texto. O plural pode ser identificável no 
texto.
Em toda situação comunicativa, é necessária a existência de alguém para emitir e alguém 
para receber a mensagem. Por isso, 1ª e 2ª pessoas são sempre identificáveis. A terceira 
do singular sempre possui um referente textual. Já a terceira do plural possui situação 
variável, pois o texto pode ou não a identificar.
Assim, podemos voltar aos exemplos anteriormente apresentados. Em (8), quem deseja? 
“Nós”, que não está explícito (se estivesse explícito, seria sujeito simples). Como é primeira 
pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (9), quem mente? “Tu”. 
Como é segunda pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (10), 
quem correu? “Ele”, que está implícito, mas é identificável pelo texto, uma vez que se refere 
a “menino”, que está no período anterior (atenção: “O menino” é sujeito simples do verbo 
“estava”, mas NÃO é sujeito do verbo “correu”, uma vez que esta forma verbal está em um 
período distinto). Novamente, o sujeito do verbo “correu” é elíptico.
009. 009. (IADES) No período “Foi o primeiro grande palco da cidade.”, para retomar o termo 
“Concha Acústica do DF”, sem repeti-lo, é correto afirmar que o autor fez uso do(a)
a) sujeito indeterminado.
b) oração sem sujeito.
c) sujeito representado por um pronome pessoal.
d) sujeito composto.
e) sujeito oculto ou desinencial.
(TEXTO) Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao 
lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar 
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Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural 
de Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi oprimeiro 
grande palco da cidade.
Pelo texto, é possível perceber que quem foi o primeiro grande palco da cidade foi a “Concha 
Acústica”. Mas note que o sujeito não está expresso no último período do texto, todavia 
é identificável, uma vez que o verbo “foi”, na terceira pessoa do singular, permite esse 
entendimento. A alternativa certa é a letra e.
Letra e.
Em (11), quem revelou? Pela concordância verbal, o resultado é “eles”, que não está 
expresso (se estivesse expresso, o sujeito seria simples). Todavia, a terceira pessoa só é 
identificável por referência textual. Como essa referência não existe, dizemos que o sujeito 
é indeterminado.
010. 010. (CESPE) No trecho “exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os 
traços”, o sujeito da forma verbal “exigiram” é indeterminado.
(TEXTO) A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF. A 
modelo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da moda, pois 
exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os traços. Amanda recusou-
se e foi consagrada naquela que seria a última tentativa de ser modelo.
O verbo “exigiram” está na terceira pessoa do plural (eles/elas exigiram) e não é possível 
identificar, pela redação, quem praticou o ato de exigir. Configura-se, portanto, um caso 
de sujeito indeterminado, o que faz do item certo.
Certo.
Veja o seguinte texto:
Os delatores encontraram uma oportunidade para falar. Revelaram a verdade sobre Cabral.
Perceba que “revelaram” está na terceira pessoa do plural, mas agora o texto permite um 
referente: “os delatores”. Nesse caso, o sujeito não é mais indeterminado (até porque foi 
possível determiná-lo). O sujeito de “revelaram” agora é elíptico.
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Em (12), temos uma configuração de sujeito indeterminado (verbo na terceira pessoa 
do singular + partícula SE, em função de índice de indeterminação do sujeito – IIS). Note 
que, no exemplo, há dois substantivos (“funcionário” e “experiência”), mas ambos estão 
preposicionados. Isso significa que nenhum deles pode ser núcleo do sujeito (e não existe 
sujeito sem núcleo). Por isso uma construção desse tipo é considerada indeterminada.
 Obs.: para haver IIS, o verbo deve estar na terceira do singular.
Em (13), nosso último caso de sujeito indeterminado. Antes de mais nada, veja que a 
oração possui dois verbos (trata-se de um período composto). Para descobrir o sujeito do 
primeiro, perguntamos o que é importante? A resposta: “dirigir com tranquilidade”, que 
é um sujeito oracional (um sujeito em formato de oração. Nesse caso, o núcleo é o verbo). 
Agora, pergunto: quem dirige com tranquilidade? Qualquer um! Esse tipo de construção 
quer dizer que o ato de dirigir com tranquilidade é importante para qualquer pessoa. O 
verbo “dirigir” possui sujeito indeterminado. Esse tipo de verbo também é conhecido como 
infinitivo impessoal.
Nem todo verbo no infinitivo representa um sujeito indeterminado. Os exemplos a seguir 
mostram isso. São casos de infinitivos pessoais.
EXEMPLO
Ele comprou um carro para eu dirigir com tranquilidade.
Pergunto: quem vai dirigir com tranquilidade? “Eu”! Sujeito simples!
EXEMPLO
Essa é a hora de a criança dormir.
Pergunto: quem vai dormir? “A criança”! Sujeito simples!
No exemplo anterior, a preposição “de” não pode se fundir com o artigo “a”, para que o 
sujeito não fique preposicionado.
3.2.3. SUJEITOS INEXISTENTES
Na língua portuguesa, existem alguns verbos que, conforme a norma padrão, não 
admitem que a posição sintática de sujeito seja ocupada. Esses verbos são conhecidos 
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como impessoais. Como eles não admitem sujeito, só podem ficar no singular, uma vez 
que não há com o que concordar. Esse tipo de construção é conhecido como oração sem 
sujeito ou sujeito inexistente. Veja no quadro a seguir que verbos são esses (os que são 
frequentemente cobrados em provas).
Fenômenos da natureza O verbo sozinho indica um fenômeno natural.
HAVER
1. Com sentido de “existir”, “ocorrer” ou “acontecer”;
2. Com a indicação de tempo transcorrido
FAZER Com a indicação de tempo transcorrido
Vamos analisar os exemplos:
EXEMPLOS
(14) Choveu muito durante a madrugada.
(15) Havia árvores espalhadas pela estrada.
(16) Há dez anos, comecei meus estudos.
(17) Faz dois meses que não como carne.
Em (14), o verbo “chover” não admite qualquer sujeito. É o exemplo mais clássico de 
oração sem sujeito.
EXEMPLO
Choveram críticas ao professor.
Nesse caso, o verbo NÃO é impessoal. Veja até que está no plural, concordando com “críticas”, 
que é o núcleo do sujeito.
EXEMPLO
Choveu granizo durante a noite.
Conforme está apresentado, um verbo que indica fenômeno da natureza só é considerado 
impessoal quando, SOZINHO, revela o fenômeno. Na oração, o sujeito é “granizo” (o que choveu). 
O fenômeno natural está descrito pelo verbo e pelo substantivo, e não apenas pelo verbo!
Isso não é muito importante para provas, mas costuma ser dúvida de muitos alunos.
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Em (15), o verbo “haver” está empregado em sentido de “existir”. Também é considerado 
impessoal.
011. 011. (CESPE) A forma verbal “existem” poderia ser corretamente substituída por hão, já 
que haver é sinônimo de existir.
(TEXTO) Não existem dúvidas de que lhe diziam que determinado amante tramava contra 
ele ou que outro desviava o dinheiro público, mas ele sempre fazia o que a mulher lhe pedia 
e logo se livrava daqueles homens.
Não se pode esquecer que o verbo “haver” – com o sentido de “existir” – por ser impessoal, 
jamais pode estar no plural. E a questão faz justamente essa sugestão. Por isso, o item é 
considerado errado.
Errado.
O verbo “haver” é impessoal, mas o verbo “existir” é pessoal. Isso significa dizer que 
este, ao contrário daquele, possui sujeito e concordância! Caso, no exemplo (15), houvesse 
a substituição dos verbos, o correto seria existiam árvores espalhadas pela estrada.
012. 012. (CESPE) A forma verbal “há” poderia ser corretamente substituída por existem.
(TEXTO) Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países 
– incluindo Brasil, Argentina.
Sugere-se a substituição de “haver” por “existir”. O verbo “haver” é impessoal, mas “existir” 
é pessoal. Isso significa dizer que, com essa substituição, a frase passará a ter um sujeito. 
E pergunto: o que atualmente existe? “Duas Américas Latinas”. Por esse motivo, o correto 
é existem, e o item é certo.
Certo.
Outra dúvida de muitos alunos: “professor, já que ‘duas Américas Latinas’ é sujeito 
com o verbo ‘existir’, então o que a mesma expressão é para o verbo ‘haver’?” A tradição 
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gramatical defende que, com “haver”, “duas Américas Latinas” é o objeto direto. De coração, 
isso raramente aparece em provas. Dê mais atenção às substituições de um verbo por outro.
Em (16) e (17), “haver” e “fazer” indicam um tempo que se passou. Também são 
considerados impessoais e, por isso, devem ficar no singular.
013. 013. (IADES) Outra redação possível para a oração “há 86 anos” seria fazem 86 anos.
Pretende-se trocar “haver” por “fazer” em uma oração que pretende indicar que 86 anos se 
passaram. Ambos os verbos, com o sentido de indicar tempo transcorrido, são impessoais, 
motivo pelo qual só podem ser empregados no singular. Isso torna o item errado.
Errado.
 Obs.: Não confunda TEMPO TRANSCORRIDO com PRETÉRITO. Em 16 e 17, ambos os verbos 
estão no presente, mas conseguem indicar que algum tempo se passou (e há uma 
indicação de tempo explícita após cada um dos verbos). Em 15, o verbo “havia” está 
no pretérito imperfeito e indica, sozinho, um evento do passado.
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Nem sempre o verbo “haver” é impessoal. Quando esse é verbo auxiliar em uma locução 
verbal, é classificado como verbo pessoal, com sujeito e concordância. Primeiramente, 
vamos entender uma locução verbal, na ilustração a seguir:
Analise a seguinte construção:
EXEMPLO
O presidente havia decretado dias de luto.
É um caso em que o verbo “haver” é auxiliar em uma locução verbal. Nesse caso, existe um 
sujeito (“o presidente”). Se este for colocado no plural, o resultado é
EXEMPLO
Os presidentes haviam decretado dias de luto.
Agora, eu te pergunto: qual das duas construções abaixo está correta?
EXEMPLOS
Deve haver novos tratados de paz no mundo.
Devem haver novos tratados de paz no mundo.
Antes de mais nada, vamos fazer algumas considerações: 1) “haver” está no sentido de 
“existir”; 2) “haver” não é mais auxiliar, e sim principal.
Nesse caso, considera-se que a locução é impessoal. Logo, não possui sujeito. Por isso, 
deve ficar no singular. A opção correta é a primeira.
Agora, ao se trocar o verbo “haver” por “existir”, o correto é devem existir novos tratados 
de paz no mundo, pois o verbo “existir” é pessoal.
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3 .3 . cONcOrDÂNciaS VErBaiS ESPEciaiS3 .3 . cONcOrDÂNciaS VErBaiS ESPEciaiS
Aproveito que estamos no assunto “sujeito” para apresentar a você alguns casos especiais 
de concordância verbal que são muito, muito frequentes em provas de concursos públicos. 
O meu objetivo é que você saiba tudo de sujeito. Então, vamos lá!
Núcleos partitivos (metade, maioria, maior parte, minoria, frações ou porcentagens): a 
concordância pode ser feita com o núcleo ou com o núcleo do termo que determina o núcleo.
EXEMPLOS
A maioria dos jogadores chegou.
A maioria dos jogadores chegaram.
 Obs.: se a oração fosse “A maioria do time chegou”, o verbo só poderia ficar no singular, 
pois “maioria” e “time” são singulares.
EXEMPLOS
1/3 dos brasileiros sabe a verdade. (concordância sempre com o numerador.)
1/3 dos brasileiros sabem a verdade.
1,8% das empresárias fala chinês. (só é plural do 2 em diante.)
1,8% das empresárias falam chinês.
 Obs.: se, antes do numeral, vier um determinante (um artigo ou pronome), o verbo só 
pode concordar com o numeral.
EXEMPLO
Os 1,8% dos italianos come mal.
Mais de um, cerca de: a concordância é sempre feita com o numeral.
EXEMPLOS
Mais de um brasileiro foi encontrado.
Mais de cinco Brasileiros foram encontrados.
Cerca de doze pessoas seguiam o profeta.
Sujeito com “cada” ou “nenhum”: verbo sempre no singular.
EXEMPLOS
“Cada um de nós compõe a sua história.”
“Nenhum deles veio.”
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Sujeito composto unido por conjunção aditiva: se estiver anteposto, o verbo deverá 
ficar no plural. Se estiver posposto, o verbo pode estar no plural (concordância genérica) 
ou concordar com o termo mais próximo (concordância atrativa).
EXEMPLOS
O homem e a mulher batalham por melhorias. (Concordância com os dois núcleos)
Batalham por melhorias o homem e a mulher. (Concordância com os dois núcleos)
Lembrando: esses são alguns casos especiais de concordância verbal. Inevitavelmente, 
voltaremos nessa discussão em unidades futuras!
4. Bloco III – Sintaxe (Parte II)
No bloco anterior, iniciamos nossos estudos de sintaxe por uma parte necessária a 
qualquer prova: o sujeito. Ele é importante por dois motivos. Primeiramente, por estar 
presente em todas provas. Além disso, segundo teorias linguísticas, só após compreender o 
sujeito, um indivíduo está apto a entender outras estruturas sintáticas. Em outras palavras, 
o sujeito é pré-requisito para o resto. Partindo do pressuposto de que você, atentamente, 
estudou o bloco anterior, podemos ir adiante!
O foco, agora, está em complementos verbais e adjuntos adverbiais. Essas estruturas 
pertencem ao predicado e geram alguma confusão nos estudos dos alunos. Antes de irmos 
direto ao assunto, coloque uma informação em sua cabeça: adjunto adverbial NÃO É um 
complemento verbal. Isso será fundamental para que você não se confunda! Parece muito 
pouco, mas repita isso para si até que você se convença (nem que seja na marra... kkk)!
Vale sempre, claro, relembrar um esquema apresentado anteriormente:
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4 .1 . OS cOMPLEMENtOS VErBaiS4 .1 . OS cOMPLEMENtOS VErBaiS
Segundo a tradição gramatical, os complementos verbais por excelência são o objeto 
direto e o objeto indireto. A diferença elementar entre eles: aquele não possui preposição, 
ao passo que este é sempre preposicionado. A ideia desses complementos é receber a noção 
transmitida pelo verbo. Melhor: a noção verbal vem do sujeito e recai sobre o complemento. 
Veja alguns exemplos:
EXEMPLOS
(1) O gerente contratou aqueles novos funcionários.
(2) As crianças gostam de atitudes amorosas.
Em (1), note: a noção de contratar parte de “o gerente” (sujeito). Alguém recebe essa 
noção – “aqueles novos funcionários” (objeto direto). Já em (2), a noção de gostar parte 
de “as crianças” (sujeito). Essa noção recai sobre aquilo de que gostam as crianças – “de 
atitudes amorosas” (objeto indireto). Por outro ângulo, quem contrata, contrata algo ou 
alguém; quem gosta, gosta de algo ou de alguém.
Mais um exemplo:
EXEMPLO
(3) O deputado doou todos os recursos arrecadados a instituições de caridade.
Em (3), a noção de doar parte de “o deputado” (sujeito). Essa noçãorecai sobre “todos os 
recursos arrecadados” (objeto direto) e sobre “a instituições de caridade” (objeto indireto). 
Nem os recursos nem as instituições geram a noção de doar. Aliás, os recursos são doados, 
e as instituições recebem o que foi doado. Por outro ângulo, quem doa, doa algo a alguém.
Não viaje! O “a” antes de “instituições” é apenas preposição! O artigo não foi empregado 
na sentença anteriormente apresentada! E lembre-se: preposições não concordam com 
substantivos.
A complementação verbal nos traz uma nova percepção: a transitividade verbal. O verbo rege 
o complemento, e o complemento é regido pelo verbo. E essa relação define a transitividade.
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A partir disso, podemos definir que o verbo de 1 é verbo transitivo direto (VTD); de 2, 
verbo transitivo indireto (VTI); e de 3, verbo transitivo direto e indireto (VTDI).
Coloque uma informação na sua cabeça concurseira: quem define a transitividade 
verbal é a presença do objeto! Um verbo não nasce transitivo. Na verdade, ele se torna 
transitivo, a partir da presença do objeto. Venha comigo aos exemplos a seguir, derivados do 3:
EXEMPLOS
(4) O deputado doou todos os recursos arrecadados.
(5) O deputado doou a instituições de caridade.
A oração 4 apresenta apenas o que foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo direto. Já 
em 5, está presente apenas a quem foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo indireto. Isso 
ratifica o que disse anteriormente: o verbo se torna transitivo pela presença do complemento.
É loucura querer decorar todas as transitividades verbais, ainda mais agora que você percebeu 
que um mesmo verbo pode ter transitividade variável, a depender do complemento. Quem 
estuda para concursos deve ENTENDER a transitividade verbal e DECORAR apenas os verbos 
de regência especial (que são comumente cobrados em prova). Mais a diante, você saberá 
que verbos são esses!
014. 014. (CESPE) Estive fazendo um levantamento de todas as mensagens que me enviaram 
pela Internet e observei como elas mudaram a minha vida. Primeiro, deixei de ir a bares 
e boates por medo de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de 
órgãos, com terror de que me roubem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo 
esperma, deixando-me estirado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem: 
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“Chame a emergência ou morrerá”. Em seguida, deixei também de ir ao cinema, com medo 
de sentar-me em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.
Depois, parei de atender o telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha 
linha ser clonada e eu ter de pagar uma conta astronômica. Acabei dando o meu celular 
porque iriam me presentear com um modelo mais novo, de outra marca, o que nunca 
aconteceu. Então, tive de comprar outro, mas o abandonei em um canto com medo de que 
as micro-ondas me dessem câncer no cérebro.
Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados que me contagiem 
com alguma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábito de tomar qualquer coisa em 
lata para não morrer devido aos resíduos infectados pela urina de rato.
Deixei de ir aos shoppings com medo de que sequestrem a minha mulher e a obriguem a 
gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta-malas 
do automóvel dela.
Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existentes 
para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os Teletubbies se 
apoderassem do meu protetor de tela.
Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens para 
a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por pessoa que anota seu nome 
na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não pude entregar 
porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me 
com as baratas ali incubadas, segundo me haviam me informado por e-mail.
Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes 
expressões: “um levantamento”, “alguém morto”, “todos os antivírus existentes” e “a língua”.
A primeira questão quer avaliar o seu conhecimento sobre complementos verbais (todos 
destacados no texto). No primeiro caso, a noção de fazer recai sobre algo feito – “um 
levantamento” (quem faz, faz algo). No segundo, há a noção de colocar e o que foi colocado 
– “alguém morto” (quem coloca, coloca algo). No terceiro, há a noção de comprar e o que 
foi comprado – “todos os antivírus existentes” (quem compra, compra algo). Por fim, há 
a noção de passar e o que é passado – “a língua” (quem passa, passa algo). Constatamos, 
assim, que todas as estruturas destacadas desempenham a função de complemento direto 
dos verbos a que se ligam, motivo pelo qual a questão está certa.
Certo.
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015. 015. (CESPE) Nos trechos “Chame a emergência”, “pagar uma conta astronômica”, “dessem 
câncer” e “comprar preservativos”, as formas verbais não são intransitivas.
No primeiro caso, há a noção de chamar e o que é chamado; no segundo, a noção de pagar 
e o que é pago; no terceiro, a noção de dar e o que é dado; no quarto, a noção de comprar e 
o que é comprado. Todos os verbos são VTD, pois estão acompanhados de seus respectivos 
complementos diretos. Então o item está certo, pois o examinador afirma que as formas 
verbais não são intransitivas.
Certo.
016. 016. (IBFC) Considerando o verso “não via o trem”, avalie as afirmações que seguem.
I – O verbo é intransitivo.
II – Na oração, “o trem” exerce a função de objeto direto.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma
Primeiramente, vamos analisar a oração: há a noção de ver e o que é visto – “o trem”. Logo, o 
verbo é VTD e “o trem” é OD. Se o verbo “transitou”, não podemos tomá-lo como intransitivo, 
o que torna a primeira afirmativa errada. Pelo que já expus, a segunda afirmativa está certa. 
Então, o gabarito é a letra b.
Letra d.
4 .2 . O PrEDicatiVO E O VErBO DE LiGaÇÃO4 .2 . O PrEDicatiVO E O VErBO DE LiGaÇÃO
Querido(a), depois de falarmos sobre os complementos verbais, vamos a outra 
possibilidade sintática:
EXEMPLO
(6) O presidente estava desolado.
Primeiramente, quero que você dê atenção ao verbo “estava”. Você se lembra o que 
aprendeu sobre verbos ainda no primário? Não?
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ADENDO: O QUE É UM VERBO?
Você, quando pequeno, aprendeu o seguinte:

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