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Morfologia – Processos de 
formação das palavras 
 
Antes de partirmos para o conteúdo propriamente dito, é preciso relembrar que na língua portuguesa 
há palavras primitivas, ou seja, palavras que originarão outras, e as palavras derivadas, que são as 
oriundas das mencionadas anteriormente. Além dessas, há as simples, que são aquelas possuidoras de 
um único radical, e as compostas, que são as que têm mais de um radical, podendo ter seus elementos 
ligados ou não por hífen. 
 
Processos de formação das palavras 
1. Composição 
Existe quando mais de um radical se junta a fim de formar uma nova palavra. 
1.1. Justaposição 
Ocorre quando os elementos que formam a nova palavra são colocados de maneira justaposta, ou 
seja, lado a lado. Não há perda sonora/fonética. Não há alteração(ões) 
Exemplos: girassol, guarda-roupa, segunda-feira. 
 
1.2. Aglutinação 
Ocorre quando os elementos que formam a nova palavra aglutinam-se. Há perda sonora/fonética. Há 
alteração(ões). 
Exemplos: planalto, aguardente, vinagre. 
 
2. Derivação 
Existe quando uma nova palavra surge (derivada) de uma anterior (primitiva). 
2.1. Prefixal 
Ocorre quando um prefixo é acrescentado à palavra primitiva. 
Exemplos: refazer, desfazer, infeliz, antebraço. 
 
2.2. Sufixal 
Ocorre quando um sufixo é acrescentado à palavra primitiva. 
Exemplos: felicidade, estudante, beleza. 
 
2.3. Parassintética 
Ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva. 
Exemplos: entristecer, desalmado, infelizmente. 
 
2.4. Regressiva 
Ocorre quando a novapalavra surge devido à redução da palavra primitiva. 
Exemplos: beijo, debate, perda. 
 
2.4. Imprópria 
Ocorre quando se tem uma mudança na classe gramatical, mesmo sendo a exata palavra. 
Exemplos: O jantar foi feito em casa. - Vou jantar com Carolina. 
 
Outros processos de formação das palavras 
Processo Especificação Exemplos 
Hibridismo É quando uma palavra é 
formada por elementos 
oriundos de outras línguas. 
Automóvel (auto: grego; móvel: 
latim) 
Sociologia (sócio: grego; logia: 
latim) 
Neologismo/Combinação É o processo no qual são 
criadas novas palavras (palavras 
que não estão no VOLP) para 
suprir a ‘inexistência’ delas. 
Internetês 
Portunhol 
Comível 
Aborrecente 
Desamar 
Onomatopeia É o processo no qual 
determinados sons são 
representados por palavras. 
Tique-taque 
Zunzum 
Redução/Abreviação É o processo no qual palavras 
que são consideradas muito 
grandes são reduzidas,sem 
prejuízo de entendimento. 
Pornô 
Moto 
Foto 
Segunda 
Reduplicação É o processo no qual novas 
palavras surgem, seja de 
maneira onomatopeica, seja de 
maneira imitativa. 
Bombom 
Quero-Quero 
Reco-Reco 
Intensificar É o processo no qual se alarga 
um sufixo em um termo já 
existente. 
Culpabilizar 
Inicializar 
Siglonimização/Siglagem É o processo no qual palavras 
são representadas por suas 
letras iniciais, formando as 
siglas. 
ONU 
FMI 
UF 
CNI 
SESI 
SENAI 
Aportuguesamento É o processo no qual, de 
maneiras morfológica, 
fonológica e/ou por adaptação 
gráfica, palavras estrangeiras 
são incorporadas ao nosso 
ordenamento linguístico, 
Tíquete 
Estresse 
Abajur 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, respectivamente, pelos 
processos de: 
a) sufixação - prefixação – parassíntese 
b) sufixação - derivação regressiva – prefixação 
c) composição por aglutinação - prefixação – sufixação 
d) parassíntese - derivação regressiva – prefixação 
e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese 
 
2. Marque a opção que indica os processos de formação, presentes nas palavras abaixo, pela 
ordem em que aparecem. 
bebidinha - indevassável - banheiro - adormecer. 
a) Parassíntese, prefixação, sufixação, sufixação. 
b) Sufixação, parassíntese, sufixação, parassíntese. 
c) Sufixação, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese. 
d) Prefixação e sufixação, sufixação, prefixação, parassíntese. 
e) Parassíntese, sufixação, prefixação, prefixação e sufixação. 
3. Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras: 
a) vendavais, naufrágios, polêmicas 
b) descompõem, desempregados, desejava 
c) estendendo, escritório, espírito 
d) quietação, sabonete, nadador 
e) religião, irmão, solidão 
4. Leia o texto abaixo e responda ao que for pedido. 
 
UM PIROMANÍACO DESTRÓI UM MARCO 
A sanha de um piromaníaco deixou a população coreana consternada na semana passada. Um homem 
de 69 anos, identificado apenas pelo nome de Chae, ateou fogo ao histórico portão Namdaemun, em 
Seul. Construído no século XIV, o portão era o principal monumento histórico do país. Durante 
séculos, marcou a entrada da cidade, circundada por muros. A estrutura do portão, de madeira, não 
resistiu às chamas e ruiu completamente. Chae confessou o crime e disse ter agido em retaliação pela 
baixa indenização que recebera da Prefeitura por um terreno. As autoridades coreanas planejam 
reconstruir o portal. Os trabalhos devem durar três anos e custar cerca de US$24 milhões. Em 2006, 
Chae já havia sido preso por incendiar uma parte do Palácio Real. 
(Revista Época, 18 de fevereiro de 2008. pág. 16) 
O processo de formação da palavra “Piromaníaco” é: 
a) Derivação prefixal. 
b) Composição por aglutinação. 
c) Composição por justaposição. 
d) Hibridismo. 
 
Gabarito 
1 – d; 2 – c; 3 – d; 4 – d. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia - Substantivos 
 
Etimologicamente propondo, a palavra ‘substantivo’ vem do latim, substantivus, que significa ‘o 
que há de substancial e real em algo’. A partir dessa observação, podemos depreender que essa 
classe gramatical é superimportante em um texto, e merece atenção, pois é ele quem dá 
significado às substâncias. 
 
Substantivo é uma das classes de palavras pertencentes à gramática brasileira. É usada para 
denominar os seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros. 
Exemplos: menino, João, Portugal, tenente, ventania, coragem, corrida, aprovação. 
 
Os substantivos podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular 
e plural) e grau (aumentativo e diminutivo), o que os tornam uma classe gramatical variável. 
Assumem o papel de núcleo das funções sintáticas. 
 
Todavia, o substantivo não somente nomeia seres, mas também pode denominar ações 
(exemplos: chute, toque, abraço), elementos socioculturais (exemplos: riqueza, pobreza, 
inteligência), hipóteses físicas (exemplos: inércia, movimento, gravidade), aspectos 
emocionais e psicológicos (exemplos: raiva, ódio, esquizofrenia, depressão), entre outros. 
 
Exemplo: trecho da Obra ‘Circuito Fechado’, de Ricardo Ramos. 
 
‘Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de 
barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme 
para cabelo; pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. 
Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maços de cigarros, caixa de 
fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. 
Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, 
copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso 
com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. 
Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, 
papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, 
fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, 
quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, 
talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maçoalterações no serviço. 
 
Emprego das preposições 
As preposições podem, no que tange aos termos que ligam, determinar diversas relações, 
exemplificando relação de posse, relação de companhia, relação de causa, relação de 
instrumento, relação de falta/ausência, relação de origem, relação de matéria, relação de 
finalidade, relação de assunto e relação de meio. 
Exemplo: Morreu de pneumonia. (Relação de causa) 
 
Analise a tirinha que segue, interpretando-a nos mínimos detalhes. 
 
 
Combinações e contrações 
É possível afirmar que há combinação quando não houver perda de elemento 
fonético/alteração fonética, na junção da preposição com outra palavra. 
É possível afirmar que há contração quando houver perda de elemento fonético/alteração 
fonética, na junção da preposição com outra palavra. 
 
Obs.: ao juntarmos a preposição ‘a’ ao artigo ‘a’, temos, por contração, ‘à’, ou seja, é utilizada 
a crase para apresentar esse estreitamento. 
Exemplos: a + a = à; a + as = às; a + aquele = àquele; a + aqueles = àqueles; a + 
aquela = àquela; a + aquelas = àquelas. 
 
Obs².: ao juntarmos a preposição ‘em’ ao artigo ‘o’, temos, por combinação, ‘no’. 
Exemplos: em + o = no; em + os = nos; em + a = na; em + as = nas; em + ele = nele; 
em + eles = neles; em + aquela = nela; em + aquelas = nelas. 
 
Observe a tabela abaixo. 
Contrações aceitas pela norma padrão da língua portuguesa 
 por a para de em 
o pelo ao pro do no 
a pela à pra da na 
os pelos aos pros dos nos 
as pelas às pras das nas 
um dum num 
uma duma numa 
uns duns nuns 
umas dumas numas 
ele dele nele 
ela dela nela 
eles deles neles 
elas delas nelas 
este deste neste 
isto disto nisto 
esse desse nesse 
isso disso nisso 
aquele àquele praquele daquele naquele 
aquilo àquilo praquilo daquilo naquilo 
 
Há casos específicos e bastante comuns em que o verbo exige a presença da preposição, a fim 
de dar sentido à sentença. É o que a Gramática Normativa denomina ‘Regência Verbal’. 
Exemplo: O soldado assistiu à instrução de armamento e tiro. (sentido de observar, ver) 
 
 
Exercícios 
1. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas da frase a seguir, 
no que se refere à ocorrência da crase, conforme a norma padrão da língua. 
O operador de câmera quis confirmar se estava correta _____ informação de que o número de 
pessoas dispostas _____ dedicar-se _____ aulas de matemática havia aumentado. 
a) a … a … às 
b) à … à … as 
c) a … à … à 
d) à … a … a 
e) a … à … as 
 
2. A ideia expressa pelos articuladores sintáticos destacados está corretamente identificada 
entre parênteses, EXCETO em: 
a) “Deixei para resolver quando chegasse em Nova York, onde, aliás, a coisa piorou [...].” (tempo) 
b) “É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje 
(e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.” (consequência) 
c) “Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.” (finalidade) 
d) “Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com 
monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.” (oposição) 
 
3. Analise criticamente o texto II e responda ao que for pedido. 
 
Na oração “Para evitar doenças transmitidas pela água.”, o termo destacado introduz ideia de: 
a) explicação e poderia ser substituído por Pois. 
b) causa e poderia ser substituído por Afim de. 
c) finalidade e poderia ser substituído por A fim de. 
d) consequência e poderia ser substituído por Com vistas a. 
e) finalidade e poderia ser substituído por Afim de. 
 
4. Observe o excerto. 
 
 Preenche corretamente a lacuna da frase acima: 
a) junto à. 
b) em face à. 
c) lado a lado. 
d) ao lado de. 
e) lado à lado com. 
 
Gabarito 
1 – a; 2 – b; 3 – c; 4 – d. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia – Pronomes 
 
Etimologicamente, a palavra ‘pronome’ vem do latim, pronomen, na qual -pro significa ‘à frente 
de’; e -nomen significa ‘nome’. Portanto, literalmente temos que o pronome fica ‘à frente do 
nome’. 
 
“Assim, a categoria ‘substantivo’ expressa substantivos por meio de nomes como homem, livro, 
saudade, por meio de pronomes como isto, isso, aquilo, por sintagmas como Rio Grande do Norte ou 
orações (as chamadas subordinadas substantivas)”. (BECHARA, 2009, p.127) 
 
Essa classe gramatical bastante famosa e indispensável em nosso dia a dia é responsável por 
acompanhar o substantivo. Nesse ‘acompanhamento’, o os pronomes podem se referir aos 
substantivos, retomá-los ou substituí-los. Os pronomes também são incumbidos de indicar sua 
posição em relação às pessoas do discurso. Por conseguinte, temos um distanciamento de uma 
repetição dispensável de palavras, ou seja, deixo meu texto (gramaticalmente) mais rico por não 
repetir vocábulos. 
 
Tipos de pronomes 
1. Pronomes pessoais 
São aqueles capazes de indicar as pessoas do discurso. 
1.1 Pronomes pessoais do caso reto 
São aqueles que exercem função de sujeito, substituindo o substantivo e indicando as pessoas 
da frase/oração. 
Exemplo na frase: Eu fui aprovado na EsFCEx. 
 
1.2 Pronomes pessoais do caso oblíquo 
Divididos em átonos e tônicos, esses pronomes são responsáveis por substituir os 
substantivos e complementar os verbos. 
Exemplo na frase: Diga-me a verdade. 
 
Observe a tabela abaixo, contendo todos os pronomes pessoais divididos e estruturados de 
acordo com sua categoria e de acordo com as pessoas do discurso. 
Pessoas Verbais 
Pronomes do Caso 
Reto 
Pronomes do Caso Oblíquo 
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo 
2ª pessoa do singular tu, você te, ti, contigo 
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo 
1ª pessoa do plural nós nos, conosco 
2ª pessoa do plural vós, vocês vos, convosco 
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo. 
 
 
 
2. Pronomes possessivos 
São aqueles capazes de indicar uma relação de posse pelas pessoas do discurso. 
Exemplo na frase: O carro parado na esquina é meu. 
 
Observe a tabela abaixo, contendo todos os pronomes possessivos divididos e estruturados 
de acordo com as pessoas do discurso. 
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos 
1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural) 
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural) 
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural) 
1ª pessoa do plural (nós) 
nosso, nossa (singular); nossos, nossas 
(plural) 
2ª pessoa do plural (vós, vocês) 
vosso, vossa (singular); vossos, vossas 
(plural) 
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural) 
 
3. Pronomes demonstrativos 
São aqueles capazes de indicar a posição/localização, seja no tempo ou no espaço, de 
determinado elemento em relação às pessoas do discurso. Podem ser variáveis (em gênero e 
número) ou invariáveis, dependendo da situação comunicativa. 
 
Observe a tabela contendo apenas os pronomes demonstrativos variáveis. 
Pronomes Demonstrativos Singular Plural 
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas 
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles 
Exemplo na frase: Aquele carro parado na esquina é meu. 
 
A tabela abaixo, além de conter os pronomes variáveis, como apresentado na tabela anterior, 
trazem as pessoas do discurso, os pronomes a serem propostos, a localização do elemento 
que está sendo referenciado e um exemplo. 
Pessoas 
Verbais 
Pronomes 
Utilizados 
Localização do Elemento Exemplo 
Primeira 
Pessoa 
este, esta, estes, 
estas, isto 
Quando o elemento está com a pessoa 
que fala 
Isto não é 
meu. 
Segunda 
Pessoa 
esse, essa, esses, 
essas, isso 
Quando o elemento está com quem se 
fala 
Isso não se 
faz. 
Terceira 
Pessoa 
 
aquele, aquela, 
aqueles, aquelas, 
aquilo 
 
Quando o elemento não está com a 
pessoa que fala e nem coma pessoa com 
quem se fala 
 
Aquilo é 
muito 
bonito. 
 
Obs.: há outras palavras que agem como pronomes demonstrativos: o, a, os, as, mesmo, mesma, 
mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante, semelhantes. 
 
4. Pronomes de tratamento 
Não se pode/deve dirigir-se a uma determinada pessoa em uma determinada situação de 
qualquer maneira. Por isso, visando à padronização do estabelecimento de comunicação em 
situações formais/mais cordiais, ou à referência às pessoas, mesmo que elas não estejam 
presentes, surgem os pronomes de tratamento. 
 
Considere a tabela abaixo. 
Pronomes de 
Tratamento 
Abreviações Emprego 
Você V./VV 
Único pronome de tratamento utilizado em 
situações informais. 
Senhor (es) e 
Senhora (s) 
Sr, Sr.ª (singular) e 
Srs., Srª.s. (plural) 
Tratamento formal e respeitoso usado para pessoas 
mais velhas. 
Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs 
Usados para pessoas com alta autoridade, como por 
exemplo: Presidente da República, Senadores, 
Deputados, Embaixadores. 
Vossa 
Magnificência 
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades. 
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs Empregado nas correspondências e textos escritos. 
Vossa Majestade VM/VVMM Utilizado para Reis e Rainhas 
Vossa Alteza 
V.A.(singular) e 
V.V.A. A. (plural) 
Utilizado para príncipes, princesas, duques. 
Vossa Santidade V.S. Utilizado para o Papa 
Vossa Eminência V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais. 
Vossa 
Reverendíssima 
V. Rev.m.ª/V. 
Rev.m.ªs 
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral. 
Exemplo na frase: Sua Magnificência participará da formatura. (O reitor não está no local) 
 
Analise a tirinha abaixo, de Armandinho. 
 
As crianças são consideradas, por muitos especialistas das áreas educacional e infantil, como 
‘espelhos’, ou seja, reproduzem o que veem outras crianças ou adultos fazendo. Na tirinha 
acima, nota-se que houve uma comunicação entre um pai que se preocupa com o dia a dia do 
seu filho (na tirinha em questão, a constância escolar, mais especificamente), e pergunta 
detalhes acerca disso. É possível compreender que a criança teve aula de pronomes de 
tratamento no corrente dia. 
 
5. Pronomes interrogativos 
São aquelas palavras variáveis e invariáveis que, de maneira direta ou indireta, elaboram 
perguntas/questionamentos/indagações, referindo-se à terceira pessoa. 
 
Veja a tabela abaixo. 
Classificação Pronomes Interrogativos 
 
Variáveis 
 
qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas. 
 
Invariáveis 
 
quem, que. 
Exemplo na frase: Quem pegou meus óculos? 
 
6. Pronomes indefinidos 
São aqueles que fazem alusão à terceira pessoa de maneira/modo genérico, indeterminado, 
vago e impreciso. 
 
Veja a tabela abaixo. 
Classificaçã
o 
Pronomes Indefinidos 
Variáveis 
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, 
muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, 
todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, 
vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, 
qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas. 
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada. 
Exemplo na frase: Ninguém vai à praia esse fim de semana. 
 
7. Pronomes relativos 
São aqueles que se referem a um termo outrora apresentado, impossibilitando a sua 
desnecessária repetição, havendo, portanto, uma relação de subordinação. 
 
Observe a tabela que segue. 
Classificaçã
o 
Pronomes Relativos 
 
Variáveis 
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, 
quantos, quantas. 
 
Invariáveis 
 
quem, que, onde. 
Exemplo na frase: Onde você está? 
 
8. Pronomes/partículas expletivas ou de realce 
Realçam/enaltecem uma ideia que está contida no verbo, mas que pode ser 
subtraída/omitida sem dificuldades, pois não prejudica o entendimento frasal ou oracional. 
Ocorre quando se tem verbo intransitivo e o sujeito seja explicitamente claro. 
Exemplo na frase: O que que está acontecendo? 
 
Bizus 
1. Pronomes possessivos e a ambiguidade 
Pode haver uma confusão na interpretação do leitor, caso determinadas formas flexionadas 
de pronomes possessivos não sejam claras e precisas. 
Exemplo na frase: Falei com o pai do noivo que caiu ontem. 
 
2. Uso do ‘eu’ e do ‘mim’ 
Conforme já aprendemos, ‘eu’ exerce função de sujeito, ao passo que ‘mim’ exerce função de 
objeto direto, ou seja, é um complemento de um verbo transitivo direto. Analise os três 
exemplos que seguem. 
Exemplo na frase: Eu vou comprar um carro. 
Exemplo na frase: Paula comprou um carro para mim. 
Exemplo na frase: Há uma lista de tarefas para eu fazer. 
 
Observe a tirinha abaixo. 
 
Na tirinha do Armandinho, Fê está aprendendo os pronomes pessoais do caso reto, e de 
repente percebe que está só; questiona o pai onde ele está, já que se sentiu isolada. O humor 
consiste, além de ela indagar o pai, fazer uma referência à inserção informal do pronome de 
tratamento ‘você’, que é utilizado para marcar circunstâncias comunicativas informais e 
corriqueiras e por esse pronome não estar inserido nos pronomes pessoais do caso reto, já 
que muitos gramáticos o reconhecem como um substituto do ‘tu’, 2º pessoa do singular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Leia o texto abaixo. 
 
Quanto ao emprego de pronome, segundo a norma culta, a frase – ... encontrei-me com ele em 
um evento literário. – pode ser reescrita da seguinte forma: 
a) ...encontrei-no em um evento literário. 
b) ...encontrei ele em um evento literário. 
c) ...encontrei-o em um evento literário. 
d) ...encontrei-lhe em um evento literário. 
e) ...encontrei-lo em um evento literário. 
 
2. Analise. 
 
Substituindo-se as expressões a repetição, o gol, ao jogador por um pronome, de acordo com a 
norma culta, tem-se, respectivamente: 
a) consultou-a – anulou-o – mostrou-lhe. 
b) consultou-la – anulou-lo – mostrou-o. 
c) consultou ela – anulou ele – mostrou ele. 
d) consultou-na – anulou-na – mostrou-lo. 
e) consultou-lha – anulou-lhe – mostra-lhe. 
 
3. Analise criticamente o texto de Joseph Campbell e responda ao que for pedido. 
 
Com a substituição de você por um pronome de tratamento formal, a oração "Quando um dia 
você ficar velho" deverá, obedecendo à norma culta, transformar-se em: 
a) Quando um dia Sua Excelência ficar velha. 
b) Quando um dia Vossa Excelência ficar velho. 
c) Quando um dia Vossa Excelência ficares velha. 
d) Quando um dia Sua Excelência ficardes velha 
e) Quando um dia Vossa Excelência ficardes velho. 
 
4. Observe o excerto. 
 
Da leitura do texto, depreende-se que o pronome isso, do título, aponta para 
a) o grau de maturidade social de uma comunidade. 
b) ocorrência sequenciada de eleições livres. 
c) grau de maturidade econômica de uma nação. 
d) o envolvimento das pessoas no trabalho social. 
e) a eliminação da distância entre ricos e pobres. 
 
Gabarito 
1 – c; 2 – a; 3 – b; 4 – d. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia – Conjunções 
 
Etimologicamente, a palavra ‘conjunção’ vem do latim, conjunctus, e significa ‘unido’, ‘ligado’. É 
exponencial saber disso para compreender a importância dessa classe gramatical que, por 
vezes, intriga discentes e docentes. 
 
Conjunção é uma das 10 classes gramaticais que compõem a gramática. São invariáveis, ou seja, não 
podem ser flexionadas em gênero e/ou número. Os vocábulos componentes dessa classe são 
responsáveis por unir/ligar termos, elementos ou orações, estabelecendo relações de sentido entre eles, 
a fim de deixar o enunciado mais brando. A relação proposta pelas conjunções pode ser de 
independência ou de dependência, variando de acordo com o contexto. 
 
O Prof. Evanildo Bechara afirma que, “Vista pelo prisma da hipotaxe, percebe-se que a ideia de 
conceber as “conjunções subordinativas” como elementos que “unem” orações nasce do falso 
paralelismo entre subordinação (hipotaxe)e coordenação (parataxe)”. (BECHARA, 2009, p.44) 
 
Obs.: havendo duas ou mais palavras que exerçam função de conjunção, podemos dizer que há 
uma locução conjuntiva. 
 
Tipos de conjunções 
1. Conjunções coordenativas 
São as conjunções que ligam orações coordenadas, ou seja, aquelas que são independentes 
(sozinhas possuem sentido completo). 
 
1.1 Conjunções coordenativas aditivas 
São as que expressam ideia de adição/soma/acréscimo. 
Exemplos: e, nem, mais, também, não somente... mas também, bem como. 
Exemplo na frase: Vou sair e treinar. 
 
Analise a charge abaixo. 
 
Na ilustração acima, ao ser questionado sobre se iria realizar o Exame Nacional do Ensino 
Médio, o personagem de camisa verde, que aparenta um significativo desleixo, responde que 
não vai fazer diversas ações; para ligar essas ações e enfatizar essas não execuções, ele utiliza a 
conjunção ‘nem’. 
 
1.2 Conjunções coordenativas adversativas 
São as que expressam ideia de oposição/contraste. 
Exemplos: mas, porém, todavia, contudo e senão (quando possui acepção de ‘mas’), no entanto, 
não obstante, e (com sentido de oposição). 
Exemplo na frase: Santiago queria ser médico, mas não gostava de estudar. 
 
1.3 Conjunções coordenativas alternativas 
São as que expressam ideia de alternância/exclusão. 
Exemplos: ou, ou... ou, ora... ora, talvez... talvez, seja... seja, já..., já, quer... quer. 
Exemplo na frase: Ora queria trabalhar, ora queria dormir. 
 
1.4 Conjunções coordenativas conclusivas 
São as que expressam ideia de conclusão. 
Exemplos: pois (posposto ao verbo), portanto, logo, assim, então, quer logo, por isso, por 
conseguinte, por consequência. 
Exemplo na frase: Maria fez as tarefas; por isso, vai descansar. 
 
1.5 Conjunções coordenativas explicativas 
São as que expressam ideia de explicação/razão/motivo. 
Exemplos: pois (anteposto ao verbo), que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), 
porquanto, por conseguinte. 
Exemplo na frase: João comprou um carro porque quis. 
 
Observe a tabela que segue, para ajudar na compreensão e fixação. 
Tipos Conjunções Exemplos 
Aditivas e, mas ainda, mas também, nem... 
Gosta de chocolate, mas também 
de vegetais. 
Adversativas 
contudo, entretanto, mas, não obstante, no 
entanto, porém, todavia... 
Correu muito, no entanto não 
consegui chegar. 
Alternativas 
já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, 
quer… 
Não ouvia ou fingia não ouvir. 
Conclusivas 
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por 
conseguinte, por isso, portanto... 
Farei todos os exercícios, logo 
terei bom desempenho. 
Explicativas 
pois (antes do verbo), porquanto, porque, 
que... 
Venci porque sou a melhor 
cozinheira. 
 
 
2. Conjunções subordinativas 
São as conjunções que ligam orações subordinadas, ou seja, aquelas que são dependentes 
(sozinhas não possuem sentido completo). 
 
2.1 Conjunções subordinativas adverbiais causais 
São as que expressam ideia de causa de ocorrência da oração principal. 
Exemplos: que, porque, como (no sentido de porque), pois, visto que, já que, uma vez que, pois 
que, por isso que, á que, visto como. 
Exemplo na frase: Como fiquei doente não fui jogar com os amigos. 
 
Olhe o exemplo na tirinha que segue. 
 
Na conversa entre os dois personagens, nota-se que eles estão falando sobre promessas nunca 
cumpridas de um ano para o outro (as tradicionais ‘promessas de ano novo’). No último 
quadrinho, observe que há uma locução conjuntiva subordinativa adverbial causal (já que). 
 
2.2 Conjunções subordinativas adverbiais concessivas 
São as que expressam ideia de concessão, ou seja, é admitida uma ação/um fato contrário à ação 
principal, e sem condições de impedi-la. 
Exemplos: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, 
por melhor que, conquanto. 
Exemplo na frase: Vou fazer a prova, embora não tenha estudado. 
 
2.3 Conjunções subordinativas adverbiais comparativas 
São as que expressam ideia de comparação/confronto. 
Exemplos: que, do que, como, (tal) qual, (tanto) quanto, tanto como. 
Exemplo na frase: Jogava lindamente, tal qual seu avô na década de 60. 
 
2.4 Conjunções subordinativas adverbiais condicionais 
São as que expressam ideia de condição, ou seja, há uma hipótese para que o fato/a ação se 
realize (ou não). 
Exemplos: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que. 
Exemplo na frase: Caso Pedro chegue, avise-me imediatamente. 
 
2.5 Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas 
São as que expressam ideia de consequência/efeito/resultado de ocorrência da oração 
principal. 
Exemplos: que, de forma que, de modo que, de maneira que. 
Exemplo na frase: Arrumou-se muito, de modo que era a mulher mais linda da igreja. 
 
2.6 Conjunções subordinativas adverbiais conformativas 
São as que expressam ideia de conformidade. 
Exemplos: segundo, como, conforme, consoante. 
Exemplo na frase: Conforme os militares afirmaram, o autor do homicídio foi o irmão mais 
velho. 
 
2.7 Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais 
São as que expressam ideia de proporção/concomitância/simultaneidade. 
Exemplos: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto 
menor, quanto melhor. 
Exemplo na frase: Quanto mais esperava, menos satisfeito ficava. 
 
2.8 Conjunções subordinativas adverbiais temporais 
São as que expressam ideia de tempo. 
Exemplos: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que. 
Exemplo na frase: Mal cheguei, ocorreram as explosões. 
 
2.9 Conjunções subordinativas adverbiais finais 
São as que expressam ideia de finalidade. 
Exemplos: a fim de que, para que, que. 
Exemplo na frase: Pegou o carro para lavar. 
 
2.10 Conjunções subordinativas integrantes 
São as que exercem função de substantivo na sentença. Esse substantivo, sintaticamente, pode 
ser objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal, aposto ou sujeito de outra 
oração. 
Exemplos: que, se. 
Exemplo na frase: Pedi que me entregasse o carro. 
 
Observe esta outra tabela que segue, para ajudar na compreensão e fixação. 
Tipos Conjunções Exemplos 
Causais 
Porque, pois, porquanto, como (no 
sentido de porque), pois que, por 
isso que, á que, uma vez que, visto 
que, visto como, que 
Estava bem porque dormi. 
Concessivas 
Embora, conquanto, ainda que, 
mesmo que, posto que, bem que, 
se bem que , apesar de que, nem 
que, que. 
Embora ficasse calma, sempre 
tremia. 
Condicionais 
Se, caso, quando, conquanto que, 
salvo se, sem que, dado que, desde 
que, a menos que, a não ser que. 
Se tivesse viva, não a reconheceria. 
Conformativas 
Conforme, como (no sentido de 
conforme), segundo, consoante. 
Aflita como coração de mãe. 
Finais 
Para que, a fim de que, porque (no 
sentido de que), que. 
É tarde para que reverta o estrago. 
Proporcionais 
À medida que, ao passo que, à 
proporção que, enquanto, quanto 
mais... (no sentido de mais), 
quanto mais... (no sentido de tanto 
mais), quanto mais... (no sentido 
de menos), quanto menos... (no 
sentido de menos), quanto 
menos... (no sentido de tanto 
menos), quanto menos (no sentido 
de mais), quanto menos (tanto 
mais). 
Não gostava de João, quanto mais de 
Margarida. 
Temporais 
Quando, antes que, depois que, até 
que, logo que, sempre que, assim 
que, desde que, todas as vezes que, 
cada vez que, apenas, mal, que 
(desde que). 
Desaprovou o comportamento do 
marido assim que soube do 
acontecimento. 
Comparativas 
Que, do que (usado depois de mais, 
menos, maior, menor, melhor, 
pior) 
Qual (usado depois de tal) 
As ideias chegavam como entrega 
rápida. 
Consecutivas 
Que (precedido de tão, tal, tanto), 
De modo que, De maneira que 
Os fatos eram tão 
inusitados que tentou escapar. 
Integrantes que e se. A verdade é que te adoro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Em qual período o se é uma conjunção integrante? 
a) Paraquedista se prepara para romper a barreira do som com salto da estratosfera. 
b) Um tecido comum pegariafogo se fosse exposto diretamente a essa radiação. 
c) Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a criança vir a 
desenvolver câncer. 
d) Marilyn Monroe morreu aos 36 anos de forma trágica, vítima de uma overdose de 
medicamentos que até hoje não se sabe se foi intencional, acidental ou provocada por alguma 
misteriosa conspiração política. 
e) Não fale rápido demais. Se sua dicção não for boa, ninguém irá entender o que você diz. 
 
2. Analise o excerto do Ex-Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. 
 
Em – ... fruto não só do novo acesso da população ao automóvel mas também da necessidade de 
maior número de viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de: 
a) explicação 
b) oposição. 
c) alternância. 
d) conclusão. 
e) adição. 
 
3. O trecho a seguir é a introdução de um texto de Jô Soares. Leia-o para responder ao que for 
solicitado. 
 
... se fôssemos registrar em papel todos os absurdos do ser humano, não sobraria sequer uma 
resma para os cartões de Natal. 
No contexto, a conjunção destacada pode ser substituída por 
a) se bem que. 
b) embora. 
c) caso. 
d) como. 
e) porque. 
 
4. O texto a seguir é base. Interprete-o. 
 
Considerando-se a primeira frase do texto, assinale a alternativa correta. 
a) A conjunção Como estabelece entre as informações uma relação de comparação. 
b) O termo muito, por ser advérbio, não admitiria flexão, caso vocábulo fosse para o plural. 
c) Se o termo vocábulo fosse flexionado no plural, apenas perde concordaria com ele, já 
que envereda é verbo impessoal. 
d) A pontuação no trecho está incorreta, devendo-se omitir a vírgula após "ética", já que o termo 
é sujeito de perde. 
e) O pronome seu está incorreto, pois, por englobar os termos "ética" e vocábulo, deveria estar 
flexionado no plural. 
 
5. Analise o texto abaixo. 
 
A leitura do texto permite afirmar que a conjunção e, presente no título, sugere ideia de: 
a) adição. 
b) explicação. 
c) consequência. 
d) alternância. 
e) contraste. 
 
Gabarito 
1 – d; 2 – e; 3 – c; 4 – a; 5 – e.de cigarros, caixa de fósforos [...]’. 
 
Observe, no excerto acima, que todos os vocábulos têm algo em comum: são substantivos. De 
variados números, gêneros e graus, eles se compõem, estruturando o texto semântica, 
sintática e morfologicamente. Um único substantivo é capaz de gerar uma frase. 
 
Classificação dos substantivos 
 
1) Substantivos simples 
São os substantivos que, estruturalmente, apresentam somente um radical. 
Exemplos: gente, país, carro, papagaio, chuva, amor, livro, flor. 
 
2) Substantivos compostos 
São aqueles que possuem mais de um radical, ou seja, há a junção de mais de uma palavra na 
intenção de formar uma só, mesmo que haja apenas um sentido no vocábulo. 
Exemplos: passatempo, hidromassagem, cachorro-quente, Nossa Senhora, antissocial, 
segunda-feira, paraquedas. 
 
3) Substantivos comuns 
São aqueles que nomeiam de forma generalizada, ou seja, de maneira geral os que 
compõem um mesmo grupo de seres ou objetos. Costumam ter a inicial proposta em letra 
minúscula. 
Exemplos: gente, país, carro, papagaio, chuva, amor, livro, flor. 
 
4) Substantivos próprios 
São os que nomeiam seres de maneira particular, ou seja, são inerentes a uma espécie. Essa 
determinação faz com que esses substantivos se tornem inconfundíveis. Sempre têm a sua 
inicial escrita com letra maiúscula. 
Exemplos: Giulia, Diniz, Aracaju, Brasília, Clarice Lispector, Brasil, América do Sul, Oceano 
Pacífico. 
 
5) Substantivos concretos 
São aqueles que nomeiam seres reais e/ou inanimados, materiais ou imateriais, de existência 
independente, sejam pessoas, objetos, lugares, animais ou seres. 
Exemplos: gente, país, carro, papagaio, chuva, amor, livro, flor, Goku, Deus, unicórnio. 
 
6) Substantivos abstratos 
São os que, para existirem, necessitam da existência de outros seres. Via de regra, designam 
qualidades, emoções, ações, sentimentos, estados e sensações. 
Exemplos: avareza, lentidão, ardência, conforto, velhice, juventude, solidão, ódio, frio, 
desejo. 
 
Obs.: pela presença de regularidades formais nas palavras, é possível diferenciar os 
substantivos, além de por meio da análise semântica, também por meio da análise 
morfológica. Dessa forma, os sufixos (exemplos: -dade, -ície, -eza, -ura, -ez) podem gerar 
substantivos abstratos derivados de adjetivos. 
Exemplos: mal - maldade, imundo - imundície, cru – crueza, cândido – candura, mesquinho, 
mesquinhez. 
 
7) Substantivos primitivos 
São aqueles substantivos capazes de formar/originar outros. Não são originados de nenhuma 
outra palavra da língua portuguesa. 
Exemplos: folha, árvore, terra, pedra, sapato, dente, casa, chuva. 
 
8) Substantivos derivados 
São os grupos/conjuntos de indivíduos/seres de uma mesma espécie apresentados em 
coletividade. O coletivo sempre vem no singular (a não ser que haja um determinante no 
plural antecedendo-o). 
Exemplos: fauna, flora, povo, cardume, alcateia, banda, floresta, arquipélago, batalhão, 
biblioteca, matilha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flexão de gênero dos substantivos 
A língua portuguesa reconhece apenas dois gêneros: masculino e feminino. Todo substantivo 
é enquadrado dentro deles. Os dois gêneros podem ser classificados em uniformes e 
biformes. 
 
1) Substantivos uniformes 
Um único termo (ou uma única palavra) pode designar os dois gêneros (masculino e 
feminino). Subdividem-se em epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. 
 
1.1) Substantivos uniformes epicenos 
São os substantivos que denominam os animais que se enquadram tanto no masculino, 
quanto no feminino. 
Exemplos: foca, tatu, polvo, mosca, besouro, águia. 
 
1.2) Substantivos uniformes sobrecomuns 
São os que fazem alusão às pessoas, podendo enquadrá-las em ambos os gêneros. 
Exemplos: testemunha, criança, cônjuge. 
 
1.2) Substantivos uniformes comuns de dois gêneros 
São os que fazem referência aos dois gêneros acompanhados de um determinante que os 
especifiquem. 
Exemplos: o gerente – a gerente, o artista – a artista, o lojista – a lojista. 
 
2) Substantivos biformes 
São aqueles que designam duas formas para os gêneros, sendo uma para cada. 
Exemplos: professor – professora, amigo – amiga, menino – menina, médico - médica. 
 
Obs¹.: Os substantivos que são de origem grega, com terminação -ema e -oma são masculinos 
Exemplos: teorema, poema. 
 
Obs².: Há, também, os que são conhecidos por serem de gênero ‘incerto’ ou ‘duvidoso’. Isso 
ocorre porque são utilizados pelos dois gêneros sem alteração de significado. 
Exemplos: personagem, trama, abusão, aluvião. 
 
Obs³.: Existem substantivos que mudam o sentido/significado quando colocado um 
determinante diferente antes deles. 
Exemplos: o rádio – a rádio, o cabeça – a cabeça, o guia – a guia, o capital – a capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flexão de número dos substantivos 
Os substantivos, quando flexionados em relação ao número, podem estar no singular ou no 
plural. 
 
1) Singular 
Representam uma única unidade. 
Exemplos: menino, carro, ponte, mãe. 
 
2) Plural 
Representa duas ou mais unidades. 
Exemplos: meninos, carros, pontes, mães. 
 
Obs.: a regra comum é que, para transformar uma palavra no plural, acrescente-se o ‘s’ no 
final, como nos exemplos demonstrados acima. Contudo, há outras terminações que exigem 
outros acréscimos. 
 
2.1) Plural de palavras terminadas em -el 
Exemplos: anel – anéis, pastel – pastéis, papel - papéis. 
 
2.2) Plural de palavras terminadas em -ão 
Esses podem variar de acordo com a palavra que está no singular. Observe. 
Exemplos: leão – leões, irmão – irmãos, pão - pães. 
 
2.3) Plural de oxítonas terminadas em -s, -z, -r 
Exemplos: freguês – fregueses, luz – luzes, cor - cores. 
 
2.4) Plural de palavras terminadas em -m 
Exemplos: motim – motins, bombom – bombons, nuvem - nuvens. 
 
Obs¹: há palavras que não se alteram, ou seja, são as mesmas, a escrita é válida para 
representar singular e plural. 
Exemplos: o ônibus – os ônibus, o tênis – os tênis, a xerox – as xerox. 
 
Obs².: óculos é um substantivo que representa plural. O singular é ‘óculo’. 
 
Obs³.: quando os substantivos compostos dispõem, em sua estrutura, de outros substantivos, 
numerais e adjetivos, TODOS os elementos devem ser flexionados. 
Exemplos: sextas-feiras, tubarões-martelos, obras-primas. 
 
Obs4.: quando os substantivos compostos por substantivos possuem uma preposição entre 
si, somente o primeiro elemento deve ser flexionado. 
Exemplos: orelhas-de-burro, pés-de-moleque. 
 
Obs5.: caso o segundo elemento exponha a finalidade do primeiro, somente o antecedente vai 
para o plural. 
Exemplos: navios-escola, bananas-prata. 
 
 
 
 
Flexão de grau dos substantivos 
Quando se sugere aumentar ou diminuir um substantivo, pode-se flexioná-lo. 
 
1) Grau aumentativo 
Utiliza-se quando se quer aumentar alguém ou algo. Não necessariamente significa 
engrandecê-lo. 
 
1.1) Grau aumentativo analítico 
Utiliza um adjetivo para indicar grandeza 
Exemplos: carro grande, casa grande, tela grande. 
 
1.2) Grau aumentativo sintético 
Utiliza um sufixo para indicar grandeza 
Exemplos: carrão, casarão, telona*. 
 
2) Grau diminutivo 
Utiliza-se quando se quer diminuir alguém ou algo. Não necessariamente significa 
inferiorizá-lo. 
 
2.1) Grau diminutivo analítico 
Utiliza um adjetivo para indicar grandeza 
Exemplos: carro pequeno, casa pequena, tela pequena. 
 
2.2) Grau diminutivo sintético 
Utiliza um sufixo para indicar diminuição. 
Exemplos: carrinho, casinha, telinha. 
 
Tabela exemplificativa 
Substantivo Aumentativo Diminutivo 
bonito bonitão bonitinho 
criança crianção criancinha 
querida queridona queridinha 
casa casarão casinha 
amiga amigona amiguinha 
bobo bobão bobinho 
 
Obs.: há algo extremamente importante que não pode ser esquecido, que é a substantivação. 
Nessa ocorrência, classes gramaticais como adjetivos, verbos ou numerais passam a exercer 
função de substantivo. 
Exemplo 1: Era um verde maravilhoso. 
Exemplo 2: Os bilhões foramtransferidos hoje. 
Exemplo 3: Ela me disse um não bastante grosseiro. 
Exemplo 4: O olhar daquela Tenente me fascina. 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Segundo o Prof. Evanildo Bechara, “O sistema do português conta, 
além de outros, com o sufixo -ção para formar substantivos, em geral denotadores de ação, oriundos 
de verbos: coroar - coroação; colocar - colocação” (BECHARA, 2009, p.38). 
 
Exercício 
 
1. (TJ-SP) Assinale a frase em que a palavra em destaque está corretamente flexionada no plural, 
de acordo com a norma culta da língua. 
a) Os abaixo-assinado serão encaminhados às subprefeituras. 
b) Para chegar ao alto da torre, tivemos de subir mais de cem degrais. 
c) O projeto trará benefícios a todos os cidadãos. 
d) Os escrivões desse cartório são funcionários muito antigos. 
e) Os guarda-civis ameaçam entrar em greve. 
 
2. (SAS-SP) 
 
Em – ... e afeito ao paternalismo e ao compadrio, – o antônimo do termo destacado é: 
a) conluio. 
b) parentesco. 
c) favoritismo. 
d) merecimento. 
e) misantropia. 
 
3. (TJ-SP) 
 
Justiça absolve frentista acusado de participação em furto 
 
 
O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22.ª Vara Criminal Central da Capital, julgou 
improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. 
 
Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, 
usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão 
era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. 
 
Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao 
funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o 
conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas 
produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. 
A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe." 
 
Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. 
(Disponível em http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicacao/ Noticias/Noticia.aspx?Id=15378. 
Acesso em 22.08.2012) 
 
O substantivo “frentista", do título, está substituído na sequência do texto por 
a) W. F. O; pelo substantivo “cliente"; pelo pronome “ele" 
b) A. L. A. R.; pelo pronome “ele"; pelo substantivo “funcionário". 
c) A. L. A. R.; pelo substantivo “cliente"; pelo pronome “ele". 
d) A. L. A. R.; pelo pronome “ele"; pelo substantivo “cliente". 
e) W. F. O; pelo pronome “ele"; pelo substantivo “cliente" 
 
4. (PRODEST-ES) Leia o texto que segue. 
 
As tecnologias de Big Data chegaram silenciosamente, mudando a estratégia de muitos 
negócios. Fatos dignos de ficção científica, como lojas de departamentos capazes de identificar 
se suas consumidoras estão grávidas a partir do padrão de consumo e serviços de busca 
mapeando em tempo real o progresso de pandemias, já são notícia velha. 
Empresas e instituições de vários tipos e tamanhos hoje são capazes de coletar dados a partir 
de várias fontes, combinando-os em sistemas de armazenamento da ordem de petabytes (mil 
terabytes), e analisa-los em busca de padrões. O resultado são previsões melhores, serviços 
mais personalizados e mensagens mais bem dirigidas, estimulando decisões mais bem 
informadas e mais seguras. 
Da mesma forma que os grandes volumes de dados mudam a gestão de corporações, uma 
nuvem de pequenas informações pessoais, conectadas, começa a provocar uma mudança de 
costumes. São dados que registram o que uma pessoa sabe a respeito de si própria: o que fez, 
quem conhece, aonde foi, como dormiu, quanto pesa, como passa o tempo. 
Mensuração e análise são ótimas. Sem elas é quase impossível progredir. Mas é preciso cautela 
em seu uso. A obsessão por elas, da mesma forma que a procura desesperada por seguidores 
nas mídias sociais, pode piorar uma situação, deixando seu usuário viciado nas estatísticas que 
deveriam libertá-lo. 
QI, placares e centímetros de bíceps são métricas observáveis e fáceis de comparar. Mas isso 
não quer dizer que sejam as melhores ou mesmo as certas. Um funcionário pontual nem sempre 
é o melhor funcionário, mais conexões não significam mais conhecimento. 
Além do mais, o que é o certo? A preocupação excessiva com as métricas pessoais pode levar à 
padronização e à robotização de seus usuários, um efeito colateral bastante desagradável. Em 
situações extremas pode até criar autômatos ou estimular comportamentos doentios, como 
anorexia ou bulimia. 
De qualquer forma, a ignorância nunca é uma bênção. Os benefícios do autoconhecimento são 
incomparáveis. Mas para isso é preciso um pouco de trabalho. Não basta apenas coletar os 
dados, deve-se também refletir sobre eles e planejar novas metas periodicamente, aprendendo 
a identificar padrões de comportamento nocivos e recorrentes. Nesses termos, a quantificação 
pessoal só deve fazer bem. 
 
As palavras destacadas na frase – A preocupação excessiva com as métricas pessoais pode levar 
à padronização e à robotização de seus usuários. – têm como sinônimos, respectivamente, 
a) descentralização e maquinação 
b) estandardização e automatização 
c) estatização e mecanização. 
d) particularização e majoração. 
e) alienação e industrialização. 
 
Gabarito 
1 – c; 2 – d; 3 – b; 4 – b. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia - Adjetivos 
 
Para que se compreenda a importância dessa classe gramatical, Evanildo Bechara afirma que 
“(...) não há língua sem adjetivo; só há língua portuguesa, língua espanhola, etc., onde o adjetivo 
pátrio aponta para uma tradição histórica determinada” (BECHARA, 2009, p. 24). 
 
O adjetivo é uma classe de palavras (classe gramatical) que modifica o substantivo, atribuindo-
lhe características específicas. Isso significa que o adjetivo indica as qualidades e estados do 
substantivo, informando também, em certos casos, o modo de ser e aspectos, de acordo com 
a(s) ideia(s) a(s) qual(is) pretendem apresentar na frase ou oração. Os adjetivos podem ser, 
nessa perspectiva, especializadores, especificadores e/ou explicadores. 
 
Os adjetivos podem variar em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau 
(comparativo e superlativo). 
Exemplo: casa velha – casas velhas, homem bonito – homens bonitos – mulheres bonitas. 
 
Obs.: há ocorrências linguísticas referentes aos adjetivos bastante comuns em nossa língua. 
Exemplos: pronomes adjetivos, substantivação de adjetivos, locução adjetiva e adjetivos 
adverbializados. 
 
Tipos de adjetivos 
1. Adjetivos simples 
São aqueles que possuem/apresentam apenas um radical. 
Exemplos: verde, feio, bonito, pobre, magro, triste, rico, velho, real. 
 
2. Adjetivos compostos 
São aqueles que possuem/apresentam apenas um radical. 
Exemplos: verde-escuro, sul-americano, ultravioleta, socioeconômico, franco-brasileiro, 
superinteressante, rosa-claro. 
 
3. Adjetivos primitivos 
São aqueles que vão formar/originar outras palavras. 
Exemplos: bom, alegre, triste, notável, forte, azul, fiel, vil. 
 
4. Adjetivos derivados 
São aqueles formados/originados de outras palavras. 
Exemplos: grandioso, azulado, tristonho, articulado, rosado, fielmente, angustiado. 
 
5. Adjetivos pátrios 
São aqueles que indicam a origem/nacionalidade de alguém ou de algo, nomeiando-o(s) de 
acordo com a sua cidade, o seu estado, a sua região, o seu país ou o seu continente. 
Exemplos: sergipano, sergipense, aracajuano, paulista, carioca, fluminense, nipo-brasileiro, 
franco-alemão, amazonense, brasiliense. 
 
Gêneros dos adjetivos 
Admitem-se, assim como em toda a língua portuguesa, apenas dois gêneros: masculino e 
feminino. Esses, referentes aos adjetivos, podem ser uniformes ou biformes. 
 
1. Uniformes 
São aqueles que apresentam uma única forma para os dois gêneros. 
Exemplos: menino feliz – menina feliz, homem forte – mulher forte, homem capaz – mulhercapaz, homem veloz – mulher veloz, casa verde – carro verde, homem ruim – mulher ruim. 
 
PEGA O BIZU! Em regra, adjetivos terminados em -e, -m, -l, -z são adjetivos uniformes. 
 
2. Biformes 
São aqueles que apresentam uma forma para cada gênero. 
Exemplos: menino bonito – menina bonita, homem antiquado – mulher antiquada, homem 
curioso – mulher curiosa, homem bondoso – mulher bondosa, casa bela – carro belo. 
 
Número dos adjetivos 
1. Singular 
Quando os adjetivos fazem alusão a um único substantivo. 
Exemplos: feliz, forte, capaz, veloz, verde, ruim, redondo, maduro, resmungão. 
 
2. Plural 
Quando os adjetivos fazem alusão a mais de um substantivo. 
Exemplos: felizes, fortes, capazes, velozes, verdes, ruins, redondos, maduros, resmungões. 
 
Obs.: Plural dos adjetivos compostos: em regra, tem-se que apenas o último componente 
varia em número, ou seja, pode ir para o plural. Todavia, se o último componente for um 
substantivo, o adjetivo composto permanece invariável. 
Exemplos dos invariáveis: Mesa vermelho-sangue - mesas vermelho-sangue, camisa 
amarelo-canário - camisas amarelo-canário. 
Exemplos dos variáveis: Aluno mal-educado - alunos mal-educados, menina afro-brasileira 
– meninas afro-brasileiras. 
 
Observe os quadrinhos abaixo. 
 
 
Ao se tratar de uma obra do Maurício de Sousa, mais especificamente da Turma da Mônica, 
sabemos que haverá humor incluído. Todavia, há muito mais que necessita de ser observado. 
No primeiro quadrinho, a mãe do Cascão faz um alerta a ele; essa tentativa de precaução que 
ela executa é feita no padrão, de acordo com a norma culta da língua, pois ela concorda o adjetivo 
‘sujos’ em gênero e número com o substantivo ‘pés’. 
Grau dos adjetivos 
Além das flexões que podem modificar um adjetivo, as quais vimos anteriormente, temos a 
flexão em grau. Referente a essa, tem-se que surgem devido a uma necessidade de comparar ou 
intensificar o adjetivo, sem esquecer que ele faz uma referência ao substantivo. 
 
1. Grau comparativo 
É aquele que compara dois ou mais seres/objetos, reais ou inanimados. 
1.1. Grau comparativo de igualdade 
Visa a colocar dois ou mais seres/objetos, reais ou inanimados, em um mesmo patamar de 
observação. 
Exemplo: A prova da EsFCEx de 2022 será tão fácil quanto a do ano passado. 
 
1.2. Grau comparativo de inferioridade 
Visa a colocar dois ou mais seres/objetos, reais ou inanimados, em um patamar diferenciado 
de observação, estando um deles inferiorizado. 
Exemplo: A prova da EsFCEx de 2022 será menos fácil que a do ano passado. 
 
1.3. Grau comparativo de superioridade 
Visa a colocar dois ou mais seres/objetos, reais ou inanimados, em um patamar diferenciado 
de observação, estando um deles superiorizado. 
Exemplo: A prova da EsFCEx de 2022 será mais fácil que a do ano passado. 
 
2. Grau superlativo 
É aquele que faz referência a apenas um ser/objeto, real ou inanimado. 
 
2.1. Grau superlativo relativo 
Alude a um conjunto/grupo, enaltecendo a qualidade de um ser/objeto, real ou inanimado 
em relação ao agrupamento. 
2.1.1 Grau superlativo relativo de superioridade 
Enaltece positivamente a qualidade de um ser/objeto, real ou inanimado em relação ao 
agrupamento. 
Exemplo: Carreira de Tenente é o melhor curso preparatório para a EsFCEx. 
 
2.1.2 Grau superlativo relativo de inferioridade 
Enaltece negativamente a qualidade de um ser/objeto, real ou inanimado em relação ao 
agrupamento. 
Exemplo: ‘Tô Reprovado’* é o pior curso preparatório para a EsFCEx. 
*Nome fictício criado pera fins de exemplificação. 
 
2.2. Grau superlativo absoluto 
Vangloria a qualidade de um ser/objeto, real ou inanimado, excedendo as expectativas. 
2.2.1 Grau superlativo absoluto analítico 
Utiliza uma palavra intensificadora para complementar o adjetivo. 
Exemplo: Guilherme é muito organizado. 
 
2.2.2 Grau superlativo absoluto sintético 
Utiliza um sufixo para complementar o adjetivo, intensificando-o. 
Exemplo: Guilherme é organizadíssimo. 
 
Observe a tabela abaixo, que traz exemplos de todos os graus. 
Grau normal O Mateus é inteligente. 
Grau comparativo de superioridade O Mateus é mais inteligente que o Bruno. 
Grau comparativo de inferioridade O Mateus é menos inteligente que a Camila. 
Grau comparativo de igualdade O Mateus é tão inteligente quanto a Luana. 
Grau superlativo relativo de superioridade O Mateus é o mais inteligente da turma. 
Grau superlativo relativo de inferioridade O Mateus é o menos inteligente da turma. 
Grau superlativo absoluto analítico O Mateus é muito inteligente. 
Grau superlativo absoluto sintético O Mateus é inteligentíssimo. 
 
 
Aprecie os quadrinhos abaixo. 
 
 
Note que, no segundo quadrinho, tem-se a utilização do grau comparativo de inferioridade. 
O mais interessante é a utilização da conjunção coordenada adversativa no início do 
quadrinho intermediário, quebrando a expectativa, seja dos personagens, seja dos leitores. 
No terceiro quadrinho há a presença do grau comparativo de superioridade, mesmo que seja 
em um contexto aparentemente negativo (que é o fato de apanhar). 
 
 
Abaixo, uma representação ilustrativa de exemplos de adjetivos. 
 
 
 
Locução adjetiva 
Ocorre quando dois ou mais adjetivos se unem, possuindo valor de um único adjetivo, sempre 
caracterizando o substantivo. Majoritariamente, quase que em sua totalidade, tem-se a 
formação da preposição ‘de’ e suas flexões + um substantivo. 
Exemplos: amor de pai = amor paterno, coração de mãe = coração materno, tratamento de 
cabelo = tratamento capilar, brincadeira de criança = brincadeira infantil, águas da chuva = 
águas pluviais. 
 
Substantivação dos adjetivos 
Em determinadas situações, os adjetivos podem ser substantivados, isso é, representam o 
substantivo oculto que seria qualificado e se tornam independentes. Por conseguinte, isso 
metamorfoseia o adjetivo em substantivo. 
Exemplo: A mulher linda se chama Samara – A linda se chama Samara. 
 
Pronomes adjetivos 
São aqueles que desempenham função de adjetivo sendo um pronome. 
Exemplos: Aquele é o batalhão no qual sirvo. (‘Aquele’ acompanha o substantivo ‘batalhão’); 
Esse material é muito bom para papirar. (‘Esse’ acompanha o substantivo ‘material’). 
 
Adjetivos adverbializados 
São aqueles que, em um contexto convencional, desempenhariam papel de adjetivo, mas 
acabam desenvolvendo função de advérbio. 
Exemplos: Os meninos da praça falam de um jeito engraçado – Os meninos da praça falam 
engraçadamente – Os meninos da praça falam engraçado. 
 
Adjetivos explicativos 
São aqueles que expõem uma característica inerente a um ser/objeto, real ou inanimado, 
chegando a ser pleonástico. 
Exemplos: fogo quente, céu azul, mar salgado, negro preto. 
 
Adjetivos restritivos 
São aqueles que expõem uma característica que não é inerente a um ser/objeto, real ou 
inanimado, mas os tornam únicos em decorrência do(s) adjetivo(s). 
Exemplos: cantora sergipana, camisa branca, criança superinteligente. 
 
 
 
 
Exercício 
 
1. Leia o poema de Antônio Cícero para responder à questão. 
 
Balanço 
 
A infância não foi uma manhã de sol: 
demorou vários séculos; e era pífia, 
em geral, a companhia. Foi melhor, 
em parte, a adolescência, pela delícia 
do pressentimento da felicidade na malícia, 
na molícia, na poesia, 
no orgasmo; e pelos livros e amizades. 
Um dia, apaixonado, encarei a minha 
morte: e eis que ela não sustentou o olhar 
e se esvaiu. Desde então é a morte alheia 
que me abate. Tarde aprendi a gozar 
a juventude, e já me ronda a suspeita 
de que jamais serei plenamente adulto: 
antes de sê-lo, serei velho. Que ao menos 
os deuses façam felizes e maduros 
Marcelo e um ou dois dos meus futuros versos. 
(Porventura, 2012.) 
 
No trecho “e era pífia, em geral, a companhia”, um adjetivo é utilizado como predicativo do 
sujeito. Outro exemplo de adjetivo utilizado na mesma função ocorre em: 
a) “Tarde aprendi a gozar a juventude” 
b) “A infância não foi uma manhã de sol” 
c) “encarei a minha morte” 
d) “de que jamaisserei plenamente adulto” 
e) “e já me ronda a suspeita” 
 
 
2. Leia o trecho inicial de um poema de Álvaro de Campos, heterônimo do escritor Fernando 
Pessoa (1888-1935), para responder à questão. 
 
Esta velha angústia, 
Esta angústia que trago há séculos em mim, 
Transbordou da vasilha, 
Em lágrimas, em grandes imaginações, 
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, 
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum. 
Transbordou. 
Mal sei como conduzir-me na vida 
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! 
Se ao menos endoidecesse deveras! 
Mas não: é este estar entre, 
Este quase, 
Este poder ser que..., 
Isto. 
Um internado num manicômio é, ao menos, alguém, 
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio. 
Estou doido a frio, 
Estou lúcido e louco, 
Estou alheio a tudo e igual a todos: 
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura 
Porque não são sonhos. 
Estou assim... 
Pobre velha casa da minha infância perdida! 
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! 
Que é do teu menino? Está maluco. 
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? 
Está maluco. 
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou. 
(Obra poética, 1965.) 
 
No verso “Pobre velha casa da minha infância perdida!” (4ª estrofe), a anteposição dos adjetivos 
“pobre” e “velha” ao substantivo “casa”, em lugar da posposição, 
a) traduz a insatisfação do eu lírico com a casa em que passou a infância. 
b) produz um efeito sonoro sem, contudo, provocar alteração do sentido. 
c) confere aos dois adjetivos uma acentuada carga de subjetividade. 
d) atende a uma necessidade rítmica, tendo em vista a predominância no poema de versos 
decassílabos. 
e) conserva o sentido do primeiro adjetivo e intensifica o do segundo. 
 
 
3. Instrução: A questão toma por base uma passagem da Proposta Curricular do Estado de São 
Paulo (2008). 
 
Prioridade para a competência da leitura e da escrita 
 
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser 
humano constitui-se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que 
transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o 
homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-
se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço. 
Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado 
relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos 
são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. 
E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para 
compreender e agir sobre o mundo real. 
A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada 
ao domínio não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao 
repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o 
espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja 
artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as 
linguagens são essenciais. 
As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está 
em nosso exterior, em nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos 
comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo. 
Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação 
estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design 
diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda 
nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e 
até enigmáticas. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As 
ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens 
e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando 
linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, 
diversas linguagens que se articulam. 
Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem 
verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos 
como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na 
vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados 
atualmente. 
(Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa / Coord. Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008. p. 
16. Adaptado.) 
 
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. 
Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os elementos deste período do 
texto, verifica-se que humano é empregado como 
a) adjetivo. 
b) pronome indefinido. 
c) advérbio. 
d) substantivo. 
e) verbo. 
 
4. Instrução: A questão toma por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro 
Cruz e Sousa (1861-1898): 
 
Acrobata da Dor 
 
Gargalha, ri, num riso de tormenta, 
como um palhaço, que desengonçado, 
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado 
de uma ironia e de uma dor violenta. 
 
Da gargalhada atroz, sanguinolenta, 
agita os guizos, e convulsionado 
Salta, gavroche, salta clown, varado 
pelo estertor dessa agonia lenta... 
 
Pedem-te bis e um bis não se despreza! 
Vamos! retesa os músculos, retesa, 
nessas macabras piruetas d’aço... 
 
E embora caias sobre o chão, fremente, 
afogado em teu sangue estuoso e quente, 
ri! Coração, tristíssimo palhaço. 
(João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.) 
 
O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo poético 
de Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos 
a que se referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto: 
 
I. Riso absurdo. 
II. Gargalhada atroz. 
III. Agonia lenta. 
IV. Macabras piruetas. 
V. Tristíssimo palhaço. 
 
Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) IV e V. 
 
 
Gabarito 
1 – d; 2 – c; 3 – d; 4 – e. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia - Advérbios 
 
Os advérbios compõem uma das 10 classes de palavras pertencentes à gramática normativa da 
língua portuguesa. Para que se compreenda essa classe gramatical, é necessário entender os 
aspectos referentes ao sentido que ela emprega no texto. Concernente às funções que o verbo 
desempenha, podemos afirmar, sem dificuldades, que desempenham funções morfológica e 
sintática. 
 
Morfologicamente propondo, ou seja, analisando as classes gramaticais como um todo, é 
possível dizer que os advérbios são invariáveis, tendo em vista que não flexionam/variam em 
gênero, nem em número. Sintaticamente, faz referência a determinadas classes gramaticais, 
como veremos a seguir. 
 
De forma objetiva, os advérbios são responsáveis por atribuir qualidade/predicamentar verbos, 
modificando o sentido deles e agregando uma circunstância; de maneira específica, serve para 
intensificar o sentido. Além disso, pode referir-se a um adjetivo ou a outro advérbio, podendo, 
inclusive, aludir a uma frase/oração inteira. Não se pode esquecer que a locução adverbial se 
enquadra nessas alusões. 
 
BIZU: o advérbio não varia em número e em gênero! 
 
Tipos de advérbios 
1. Advérbios de lugar 
São aqueles que apontam uma posição ou um espaço, detalhando/pormenorizando o lugar ao 
qual o verbo faz referência. Isso não se dá aleatoriamente, já que se tem uma noção da direção 
apontada. 
Exemplos: perto, longe, aqui, lá, dentro, fora, acolá,adiante, atrás, aquém, defronte, afora. 
Exemplo em frase/período: O livro está dentro de casa. 
 
2. Advérbios de tempo 
São aqueles que assinalam um período/um momento. É estabelecida, através desse tipo de 
advérbio, uma ideia de tempo propriamente dita. 
Exemplos: breve, ontem, hoje, amanhã, anteontem, outrora, provisoriamente, imediatamente, 
constantemente, doravante, depois, cedo, tarde, sempre. 
Exemplo em frase/período: Amanhã estudarei 2h a mais que hoje. 
 
3. Advérbios de modo 
São aqueles que indicam a maneira pela qual a ação foi executada. Em regra, tem-se o acréscimo 
do sufixo –mente. 
Exemplos: cuidadosamente, depressa, bem, pacientemente, devagar, silenciosamente, 
cautelosamente. 
Exemplo em frase/período: Maria saiu-se bem na prova. 
 
4. Advérbios de intensidade 
São aqueles que auxiliam na compreensão da intensidade proposta pelo verbo ou da qualidade 
de adjetivos (até mesmo de outros advérbios). De maneira sucinta, reforça algo ou corrobora 
com ele. 
Exemplos: bem, pouco, muito, demais, nada*, tão pouco, demasiado. 
Exemplo em frase/período: Não me disse nada. 
*ocorre em casos específicos. 
 
5. Advérbios de afirmação 
São aqueles capazes de afirmar algo, reforçando o sentido afirmativo ou complementando-o. 
Exemplos: sim, claro, certamente, positivo, decerto, realmente, efetivamente, deveras, 
indubitavelmente, decididamente. 
Exemplo em frase/período: César gostou deveras da viagem à Brasília. 
 
6. Advérbios de negação 
São aqueles capazes de negar algo, reforçando o sentido negativo ou complementando-o. 
Exemplos: não, nunca, tampouco, jamais, nada, nem, sequer. 
Exemplo em frase/período: Não saiu da escola ontem. 
 
7. Advérbios de dúvida 
São aqueles que reforçam o sentido de dúvida ou complementam-no. 
Exemplos: quiçá, provavelmente, possivelmente, porventura, talvez, casualmente. 
Exemplo em frase/período: Possivelmente comerei picanha com fritas hoje à noite na 
fazenda. 
 
8. Advérbios interrogativos 
São aqueles que perguntam ou questionam alguém acerca de algo. 
Exemplos: onde, aonde, donde, por que, como, quando. 
Exemplo em frase/período: Mariana, aonde você vai com tanta pressa? 
 
9. Advérbios de inclusão 
São aqueles que acrescentam ou incluem algo na frase/oração. 
Exemplos: mesmo, inclusive, também, ainda. 
Exemplo em frase/período: As joias também desapareceram. 
 
10. Advérbios de exclusão 
São aqueles que retiram ou excluem algo na frase/oração. 
Exemplos: mesmo, inclusive, também, ainda. 
Exemplo em frase/período: Marlon come somente frutas e verduras. 
 
Observe a tirinha abaixo, do Recruta Zero, do Addison Morton Walker. 
 
Na tirinha em questão, o Sargento Tainha faz um questionamento simples, e na certeza de ter 
concluído, o Recruta Zero responde ao Sargento com diversos advérbios de afirmação, 
indicando, de maneira diversa, que cumpriu a(s) missão(ões). Todavia, no último quadrinho, 
é perceptível que ele se esqueceu de realizar uma das atividades. Note que ele não utiliza 
mais os advérbios outrora utilizados, tendo em vista que não os cabem mais. 
Flexão dos advérbios 
Como já fora dito, os advérbios são invariáveis, e isso se dá porque, relativo ao gênero e ao 
número, não variam. Contudo, nos graus comparativo e superlativo podem sim serem 
flexionados. 
 
1. Graus superlativos 
Expressam características de forma intensa ou de maneira bastante elevada. Dividem-se em 
analíticos ou sintéticos. 
 
1.1 Grau superlativo analítico 
Quando um advérbio faz companhia a outro, a fim de afetar o grau do próprio advérbio. 
Exemplo: Paula sai muito cedo de casa. 
 
1.2 Grau superlativo sintético 
Quando um advérbio utiliza um sufixo, a fim de afetar o grau do próprio advérbio. 
Exemplo: Paula sai cedíssimo de casa. 
 
Obs.: em se tratando de linguagem coloquial, pode-se afirmar que há variações do grau 
superlativo sintético, tendo em vista que são aceitas no meio social. 
Exemplo 1: Paula sai cedinho de casa. 
Exemplo 2: Paula sai cedão de casa. 
Exemplo 3: Paula sai megacedo de casa. 
 
2. Graus comparativos 
É uma relação de comparação estabelecida pelos advérbios. 
 
2.1 Grau comparativo de igualdade 
Colocam dois elementos em mesmo patamar de observação, comparando-os igualmente. 
Exemplo: São Paulo é tão grande quanto o Rio de Janeiro. 
 
2.2 Grau comparativo de superioridade 
Colocam dois elementos em diferente patamar de observação, comparando-os distintamente. 
Um é superior ao outro. 
Exemplo: Marta é mais inteligente que Joana. 
 
2.3 Grau comparativo de inferioridade 
Colocam dois elementos em diferente patamar de observação, comparando-os distintamente. 
Um é inferior ao outro. 
Exemplo: Marta é menos inteligente que Joana. 
 
Locuções adverbiais 
Há quando dois ou mais advérbios surgem formando uma expressão, exercendo função de um 
único advérbio. São classificados da mesma forma que os advérbios. Não se pode esquecer de 
afirmar algo superimportante: podem haver preposições. 
Exemplo: Em breve compraremos esse carro de luxo. 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Leia o texto abaixo. 
 
Assinale a alternativa em que o termo indicado seja classificado como advérbio. 
a) mais (L.124) 
b) conforme (L.12) 
c) nenhum (L.41) 
d) Nada (L.4) 
e) demais (L.51) 
2. Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas do período seguinte. 
Eduarda comeu ________ bacia de pipocas e ficou _______ enjoada. Para amenizar o mal-estar, 
foi à farmácia e comprou __________ anti-ácidos [sic] e fez ela ________ sua medicação. 
a) meia – meio – bastantes – mesmo 
b) meia – meia – bastante – mesmo 
c) meia – meio – bastante – mesma 
d) meia – meia – bastantes – mesma 
e) meia – meio – bastantes – mesma 
 
3. Interprete o texto abaixo. 
 
Observe os trechos: 
 
I. Você está no meio desse ambiente. 
II. Campanha do meio ambiente. 
 
Sobre o vocábulo “meio”, destacado nos trechos, pode-se afirmar corretamente que: 
a) em I, exerce a função de predicativo do sujeito “você”. 
b) em I, é substantivo que forma uma locução adverbial indicando lugar. 
c) em II, está apresentando a circunstância de lugar onde a campanha ocorre. 
d) em II, é um advérbio de intensidade e pode ser substituído por “um pouco”. 
e) em I e II, são substantivos que formam locuções adjetivas qualificando “você” e “campanha”. 
 
4. De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com a gramática normativa e 
tradicional, assinale a alternativa em que o termo destacado tem valor de advérbio. 
a) Não há meio mais difícil de trabalhar. 
b) Só preciso de meio metro de aniagem para sacos de carvão. 
c) Encarou os meninos carvoeiros, esboçando meio sorriso. 
d) Os carvões caíram no meio da estrada. 
e) Achei o menino meio triste, raquítico. 
 
Gabarito 
1 – d; 2 – e; 3 – b; 4 – e. 
 
 
Morfologia – Numeral 
 
Assim como as outras 9 classes gramaticais, os numerais fazem parte da morfologia. Essa classe, 
a depender, pode atribuir quantidade, ordem ou valor aos seres, reais ou inanimados, e objetos. 
Podem ser utilizados, morfologicamente, como substantivos ou adjetivos; sintaticamente, 
podem exercer função de adjunto adnominal. 
 
 
Na tirinha acima, os personagens utilizam diversos tipos de numerais para se referir às mais 
diversas situações. Isso demonstra que as diferentes variedades de numerais se encaixam de 
acordo com uma conjuntura específica. 
 
Tipos de numerais 
1. Numerais cardinais 
São aqueles que indicam a quantidades exatas de seres, reais ou inanimados, e/ou objetos. 
Alguns variam em gênero e/ou número. 
Exemplos: um, dois, cinco, dez, sessenta, seiscentos e vinte e oito, quarenta e cinco, noventa e 
nove, oitocentos e oitenta e oito. 
Exemplo na frase: Quinze alunos viajaram para Salvador. 
Obs.: a palavra ‘ambos’ é considerada numeral, uma vez que aponta para mais de um, fazendo 
uma referência. 
Exemplo da observação: Gabriela, Marília e Joana adoram jogar basquete. Ambas são 
profissionais. 
 
2. Numerais ordinais 
Expressam uma determinada ordem de seres, reais ou inanimados, e/ou objetos. Alguns variam 
emgênero e/ou número. Indicam, em uma observação crítica, uma posição hierárquica. 
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, décimo sexto, quadragésimo oitavo, septuagésimo 
nono, milésimo, centésimo milésimo. 
Exemplo na frase: Os militares russos ficaram em tricentésimo quinquagésimo sétimo na 
competição de progressão noturna. 
Obs.: alguns numerais ordinais têm valor de adjetivo. 
Exemplo da observação: Não compre carne de segunda, por favor. 
 
3. Numerais multiplicativos 
Define, através de múltiplos, o aumento de seres, reais ou inanimados, e/ou objetos, 
paragonando um conjunto. 
Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, cêntuplo. 
Exemplo na frase: Ela ganhou o triplo de desconto que eu tive nas roupas. 
Obs.: Em regra, são invariáveis, exceto quando exercem função de adjetivo. 
Exemplo da observação: Essas palavras tiveram duplos sentidos. 
 
4. Numerais fracionários 
São aqueles que assinalam diminuições, sejam elas fracionais, proporcionais ou divisionais. 
Exemplos: meio, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, milésimo, 
milionésimo, bilionésimo. 
Exemplo na frase: Ela ganhou o triplo de desconto que eu tive nas roupas. 
Obs.: Em regra, são invariáveis, exceto quando exercem função de adjetivo. 
Exemplo da observação: Essas palavras tiveram duplos sentidos. 
 
Para facilitar, observe a tabela abaixo. 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
um (1) primeiro - - 
dois (2) segundo dobro, duplo meio 
três (3) terceiro triplo, tríplice terço 
quatro (4) quarto quádruplo quarto 
cinco (5) quinto quíntuplo quinto 
seis (6) sexto sêxtuplo sexto 
sete (7) sétimo sétuplo sétimo 
oito (8) oitavo óctuplo oitavo 
nove (9) nono nônuplo nono 
dez (10) décimo décuplo décimo 
onze (11) décimo primeiro undécuplo onze avos 
doze (12) décimo segundo duodécuplo doze avos 
treze (13) décimo terceiro cardinal+avos treze avos 
catorze (14) décimo quarto - catorze avos 
quinze (15) décimo quinto - quinze avos 
dezesseis (16) décimo sexto - dezesseis avos 
dezessete (17) décimo sétimo - dezessete avos 
dezoito(18) décimo oitavo - dezoito avos 
dezenove (19) décimo nono - dezenove avos 
vinte (20) vigésimo - vinte avos 
trinta (30) trigésimo - trinta avos 
quarenta (40) quadragésimo - quarenta avos 
cinquenta (50) quinquagésimo - cinquenta avos 
sessenta (60) sexagésimo - sessenta avos 
setenta (70) septuagésimo - setenta avos 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
oitenta (80) octogésimo - oitenta avos 
noventa (90) nonagésimo - noventa avos 
cem (100) centésimo cêntuplo centésimo 
duzentos (200) ducentésimo - ducentésimo 
trezentos(300) trecentésimo - trecentésimo 
quatrocentos (400) quadringentésimo - quadringentésimo 
quinhentos (500) quingentésimo - quingentésimo 
seiscentos (600) sexcentésimo - sexcentésimo 
setecentos (700) septingentésimo - septingentésimo 
oitocentos (800) octingentésimo - octingentésimo 
novecentos (900) 
nongentésimo ou 
noningentésimo 
- nongentésimo 
mil (1000) milésimo - milésimo 
milhão (1.000.000) milionésimo - milionésimo 
bilhão 
(1.000.000.000) 
bilionésimo - bilionésimo 
 
Obs.: numeral um ≠ artigo indefinido um. 
 
Emprego dos numerais 
1. Designação de papas, reis, capítulos e séculos 
Após substantivos, utiliza-se, até o décimo, numeral ordinal. A partir do décimo, numeral 
cardinal. 
Exemplos: Art. 9º, Art. 10. 
 
2. Designação de leis e decretos 
Até o nono, numeral ordinal. A partir dele, numeral cardinal. 
Exemplos: Capítulo XI, Papa João Paulo II. 
 
3. Em dias do mês 
Excetuando-se o primeiro dia do mês, todos os dias do mês utilizam cardinais. 
Exemplos: Primeiro de janeiro, quinze de março. 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Leia o texto abaixo. 
 
Com base no texto, assinale a alternativa em que o vocábulo “um” é classificado corretamente 
como numeral. 
A) “um segundo” (linha 13). 
B) “um canto” (linha 19). 
C) “um vulto” (linha 23). 
D) “um José Júnior pobre” (linhas 33-34). 
E) “um alvo humano” (linha 36). 
 
2. No trecho "E já no seu primeiro jogo depois do pacto com o Diabo, Tinho assombrou. 
Fez cinco gols, dois com cada perna e o quinto com uma cabeceada perfeita.", os vocábulos em 
destaque são, respectivamente, numerais: 
a) ordinal, cardinal, cardinal e ordinal 
b) cardinal, cardinal, ordinal e ordinal 
c) cardinal, ordinal, ordinal e cardinal 
d) cardinal, cardinal, cardinal e cardinal 
e) ordinal, ordinal, ordinal e ordinal 
 
3. Interprete o texto abaixo. 
 
 
No texto há uma série de numerais de diferentes tipos; a frase abaixo que apresenta um numeral 
ordinal é: 
a) O investidor Warren Buffett tem 75 anos bem vividos; 
b) Warren decidiu doar 85% de seus bens; 
c) Para os americanos, fazer filantropia é prioridade a; 
d) Gates é dono de várias obras-primas; 
e) Cerca de três quartos da fortuna foram doados. 
 
4. Analise o texto que segue. 
 
"Mas estamos em pleno século XX..."; o item abaixo em que devemos ler o algarismo romano 
como ordinal é: 
a) no século XI antes de Cristo; 
b) o papa recebeu o nome de João XXIII; 
c) no século XII da nossa era; 
d) Inocêncio X foi papa; 
e) Luís XVI foi rei da França. 
 
Gabarito 
1 – a; 2 – a; 3 – c; 4 – d. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia - Interjeições 
 
As interjeições compõem a classe gramatical mais fácil de ser reconhecida, tendo em vista a sua 
peculiaridade de demonstrar, através do texto, expressões que apresentam, de forma 
representativa, os mais diversos tipos de emoções. Além disso, serve para que se prenda o leitor, 
chamando a sua atenção. A manifestação pode ser através de palavras exclamativas, sons 
vocálicos ou locuções interjetivas. 
 
As interjeições são partes independentes do discurso, ou seja, de forma autônoma, elas existem, 
não (necessariamente) se relacionando de forma dependente do texto. Em regra, são 
exclamativas, mas podem aparecer de outra(s) forma; o que vai definir é o tipo de sentimento 
expressado na manifestação enunciativa. É interessante relembrar que uma interjeição pode 
expressar diferentes emoções. 
 
BIZU: as interjeições não variam em número, grau e em gênero! 
 
Tipos de interjeições 
1. Admiração/Surpresa/Espanto 
Exemplos: “Ah!”, “Oh!”, “Uau!” Puxa!, Nossa!, Que coisa!, Céus! caramba!, cruz!, putz!, que legal!, 
nossa!, vixe!, opa!,Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz! 
 
2. Advertência 
Exemplos: cuidado!, calma! Sentido!, atenção!, devagar!, olha lá!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha 
lá!, Alto lá!, Calma!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui! 
 
3. Afugentamento 
Exemplos: fora!, rua!, xô!, passa!, Fora!, Toca!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!, Cai 
fora!, Vaza! 
 
4. Agradecimento 
Exemplos: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Grato! Muito obrigada!, Valeu!, Valeu a pena! 
 
5. Alegria 
Exemplos: ah!, oba!, oh!, Eh!, Oba!, Viva!, Iupi!, Irra! Viva!, Olá!, Olé!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que bom!, 
Gol! 
 
6. Alívio 
Exemplos: ufa!, ah!, Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!, Ai! 
 
7. Animação 
Exemplos: vamos!, força!, firme!, coragem!, avante! Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, 
Adiante!, Firme!, Toca!, Upa! , Inteirinho!, Bora! , Avante! 
 
8. Apelo/chamamento 
Exemplos: olá!, alô!, socorro!, psiu!, ei!, ou!, Ei!, Ô!, Oh!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia! 
 
9. Aplauso/Aprovação 
Exemplos: bis!, bravo!, mais um!, boa!, Muito bem!, Bem!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!, 
Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra! 
 
10. Chamamento 
Exemplos: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó! 
 
11. Concordância 
Exemplos: claro!, sim!, tá!, tá bom!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Hã-hã! 
 
12. Desaprovação 
Exemplos: credo!, francamente!, sinceramente!, puxa! 
 
13. Desculpa 
Exemplos: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal! 
 
14. Desejo/Intenção 
Exemplos: tomara!, se Deus quiser!, com fé em Deus! Quem me dera!, Pudera!,Queira Deus!, 
Oxalá! 
 
15. Despedida 
Exemplos: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã! 
 
16. Dor/Lástima/Tristeza 
Exemplos: ai!, ui!, que pena!, ai de mim!, ah!, oh!, Eh! 
 
17. Dúvida/Incredulidade 
Exemplos: Hum?, hem?, hã?, Hein?! Ué!, Epa!, Oi? 
 
18. Espanto/Terror/Medo 
Exemplos: puxa!, uai!, ué!, mesmo?, oh!! Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! Barbaridade!, Socorro!, 
Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José! 
 
19. Saudação/Chamamento 
Exemplos: olá!, alô!, salve!, adeus!, Oi!, Olá!, Tchau!, Ave!, Viva! 
 
20. Silêncio 
Exemplos: silêncio!, psiu!, quieto! 
 
Locução Interjetiva 
É quando duas ou mais palavras se juntam e expressam, em conjunto, função de interjeição. 
Exemplos: Valha-me Deus!, Cruz Credo! Ora bolas! Minha Nossa! 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. (UNIFIL) Leia o texto abaixo. 
 
Negócio da China 
Por Mentor Neto 
 
Mais um ano, mais um vírus que vai acabar com a humanidade. Enquanto escrevo esta 
crônica, o Corona Vírus já contabiliza mais de 400 vítimas fatais, na China. Difícil saber se os 
dados são confiáveis, já que o governo chinês não preza exatamente por compartilhar 
informações. Apesar disso, estão fazendo o que podem. Interditaram entradas e saídas da 
cidade que foi o epicentro da doença. Wuhan tem mais de 11 milhões de habitantes. Um 
vilarejo para os padrões chineses, mas é gente que não acaba mais. Praticamente dois Rio de 
Janeiro de habitantes impossibilitados de transitar pelo país. Ao mesmo tempo, autoridades 
chinesas insistem em minimizar o problema ou culpar os Estados Unidos por difundir o 
medo. A falta de transparência chinesa apenas complica a situação e as consequências 
econômicas começam a se espalhar numa velocidade mais rápida do que uma pandemia. Azar 
do mundo que o Corona não surgiu no Brasil. Fosse aqui o berço dessa doença e o planeta 
estaria salvo. Acabaríamos com o vírus do mesmo jeito que acabamos com o Orkut. Afinal, 
não existe povo capaz de administrar crises melhor do que o brasileiro. Se a Natureza nos 
tivesse brindado com esta oportunidade, a raça humana estaria segura. De cara, já teríamos 
dado um apelido para a doença. “Gripe Cervejona”, por exemplo. 
— Cadê o Plínio, do RH? 
— Pegou a cervejona, mas amanhã ele tá aí. 
E pronto. 
Um belo dum apelido já desmoraliza o vírus de cara, que é para impor nosso ritmo. Claro que 
não seríamos capazes de fechar uma cidade inteira. Se alguém sugerisse uma maluquice 
dessas, metade do país diria que é coisa de fascista e que no tempo do Lula era melhor. A 
outra metade diria que o Corona é coisa de comunista e que temos sorte de ter o Mito para 
nos salvar. Divididos, permitiríamos que, em pouco tempo, o vírus se espalhasse por todo o 
país. Ótima notícia, pois possibilitaria que mais pesquisadores tivessem condições de estudar 
possíveis vacinas. Por aqui o Corona seria uma doencinha de verão, porque lidamos com 
doenças muito mais graves do que essa. O Bacilo da Corrupção, por exemplo. Isso sim é 
doença séria. Quando ataca, corrói o sujeito por dentro, apesar de não apresentar sintomas 
externos. Pelo contrário. Alguns doentes acabam vivendo melhor do que no tempo em que 
eram saudáveis. Pelo menos até serem diagnosticados. Alguns dizem que o foco inicial foi 
Brasília. Mas há registros de casos desde 1500. Mais grave que o Corona é, também, o Bala-
Perdida Vírus. Surgiu no Rio de Janeiro e não tem cura conhecida. Mata mais do que a peste 
negra e é tão implacável quanto. Você está lá, saudável, assistindo o futebol na sua sala 
quando, sem mais nem menos, pimba! O vírus entra pela janela e já era para você. Outra 
doença muito comum nos últimos anos é causada pela misteriosa Bactéria da Barragem. 
Doença fulminante, capaz de dizimar cidades inteiras em questão de horas. Tem ainda a 
Epidemia do Desmatamento, o Microorganismo dos Rios Poluídos, a Metástase da 
Desigualdade e a mais grave de todas, que muitos chamam de a Matilde de Todas as Doenças: 
o Germe do Voto Errado, onde o sujeito perde completamente a habilidade de escolher seus 
representantes. Todas doenças gravíssimas, com que aprendemos a conviver, enquanto a 
cura não vem. Há quem diga, inclusive, que existem remédios para esses nossos males, mas 
que o sistema não permite que cheguem aos doentes, por interesses econômicos. O 
antibiótico da Educação e a vacina do Saneamento, por exemplo. Então, não me venham com 
esse escarcéu por causa de um viruzinho mequetrefe desses, ora por favor. 
Brasileiro que é brasileiro tira essa cervejona de letra, isso sim. 
Disponível em https://istoe.com.br/negocio-da-china-2/ 
Analise: “Você está lá, saudável, assistindo o futebol na sua sala quando, sem mais nem 
menos, pimba!” 
O termo sublinhado, na classificação de palavras, é 
a) substantivo. 
b) interjeição. 
c) numeral. 
d) adjetivo. 
 
2. (SENADO FEDERAL) 
 
(Roberto Abdenur. Folha de S. Paulo, 25 de janeiro de 2012) 
 
E, surpresa!, quem a esta altura clama pelo surgimento de um lúcido pensamento de esquerda, 
a contrabalançar os populismos de direta, é o famoso Francis Fukuyama. (L.60-63) 
No período acima, o termo sublinhado assume um papel gramatical distinto de sua 
classificação original. Esse papel assumido no período é de 
a) conjunção. 
b) advérbio. 
c) interjeição. 
d) substantivo. 
e) adjetivo. 
 
3. (SEFAZ-RJ) 
 
(Rodrigo Zoom. http://tirasnacionais.blogspot.com) 
 
Em relação à expressão Putz!, enunciada pelo menino, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. Constitui exemplo de palavra formada por onomatopeia. 
II. Classifica-se como interjeição. 
III. É exemplo de estrangeirismo. 
 
Assinale: 
a) se apenas a afirmativa III estiver correta. 
b) se apenas a afirmativa I estiver correta. 
c) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
d) se apenas a afirmativa II estiver correta. 
e) se nenhuma afirmativa estiver correta." 
 
4. (Prefeitura de São José do Cedro – SC) Analise a tirinha abaixo: 
 
É exemplo de interjeição: 
a) Ai! 
b) Snap! 
c) Bem! 
d) Mais uma!" 
 
Gabarito 
1 – b; 2 – c; 3 – d; 4 – a. 
 
 
 
Morfologia - Artigos 
 
Os artigos correspondem à classe gramatical que antecede os substantivos, determinando ou 
indeterminando seus número e gênero. Logo, é possível afirmar que os artigos podem se 
flexionar de várias maneiras, visando ao trabalho sobre o substantivo. Pode-se dizer, também, 
que o artigo busca fazer uma referência ao substantivo. 
 
Conforme Montenegro (2022) apud BECHARA (2009), Quanto à definição de artigo, vale 
ressaltar que: alguns gramáticos, como Evanildo Bechara (2009), por exemplo, denominam 
artigo autêntico apenas aqueles classificados como definidos (a, o, as, os), analisando as 
palavras “um, uma, uns, umas”, como semelhantes aos artigos, principalmente, por também 
funcionarem como adjunto do substantivo. Por esta semelhança as gramáticas em geral 
aproximam essas palavras tornando-as artigos indefinidos. Porém, diferem do artigo autêntico 
pela origem, tonicidade, comportamento no discurso, valor semântico e papeis gramaticais. 
Marcando, dessa forma, a diferença entre os termos que determinam o nome, daqueles que 
tornam o nome indeterminado dentro do contexto linguístico. 
 
Tipos de artigos 
1. Artigos definidos 
Definem os substantivos, determinando-os em um específico contexto. Isso ocorre ou porque 
fizeram uma referência anterior, retomando a ideia proposta ou por haver um contexto 
recíproco. Isso, por conseguinte, nos faz compreender que há uma precisão quando se 
emprega quaisquer artigos definidos. 
Exemplo: Peguei a apostila da EsFCEx hoje. 
 
Observe a tabela abaixo, para memorizar de forma simples. 
 
masculin
o 
feminin
o 
singula
r 
o a 
plural os as 
 
Obs.: o artigo definido pode, ainda, combinar-se com preposições. Analise a tabela a seguir. 
Preposições 
Artigo definido 
O A OS AS 
A Ao À Aos Às 
De Do Da Dos Das 
Em No Na Nos Nas 
Por (per) Pelo Pela Pelos Pelas 
 
A crase, conforme visto na tabela acima, é a junção do artigo ‘a’ + a preposição ‘a’. Sempre 
haverá essa junção e a consequentecolocação do acento grave (`) em cima de uma única letra 
‘a’ quando vier antes de uma palavra feminina (sempre feminina) e quando a regência do 
verbo solicitar que haja essa junção. 
 
2. Artigos indefinidos 
Inefinem os substantivos, indeterminando-os em um vago contexto. Isso ocorre ou porque 
fizeram não há referência anterior, nem contexto recíproco. Isso, por conseguinte, nos faz 
compreender que não há uma precisão quando se emprega quaisquer artigos indefinidos, e 
se tem uma ideia inexata, erma. 
Exemplo: Comprei um carro hoje pela manhã. 
 
Observe a tabela abaixo, para memorizar de forma simples. 
Artigo Indefinido Gênero Número 
um masculino singular 
uma feminino singular 
uns masculino plural 
umas feminino plural 
 
Obs.: o artigo definido pode, ainda, combinar-se com preposições. Analise a tabela a seguir. 
Preposições 
Artigo definido 
Um Uns Uma Umas 
A - - - - 
De Dum Duns Duma Dumas 
Em Num Nuns Numa Numas 
Por (per) - - - - 
 
Analise a charge abaixo. 
 
Observa-se, na primeira parte da charge, que uma senhora está conversando com um 
determinado artista, e solicita que ele crie três obras não muito específicas. Ao utilizar artigos 
indefinidos antes dos substantivos que propõem o que ela deseja, ela deixa aberto ao obreiro 
que faça o que ela deseja, mas de maneira livre, não necessariamente de um jeito 
singular/exclusivo. Já na segunda parte, tem-se que um senhor, supostamente chefe de uma 
quadrilha, informa o que ele quer, que basicamente é o que a senhora da primeira parte da 
charge informou. Isso é bem específico, e é possível notar pelo emprego dos artigos definidos. 
Observações extras/individualidades dos artigos 
1. Substantivação 
Um artigo tem o poder de transformar em substantivos vocábulos que, naturalmente, 
exerceriam outras funções morfológicas. 
Exemplo: O vencer é mais importante que o participar. 
 
2. Referenciação à distância 
Um artigo pode se referir a um substantivo mesmo que um adjetivo tenha sido colocado entre 
os dois. 
Exemplo: Um nobre e magnífico rei chegará amanhã. 
 
3. Referenciação a diversos seres estando no singular 
Um artigo pode se referir a um ser ou à sua coletividade. Todavia, isso não é novidade, já que 
vimos a possibilidade de se flexionar dessa classe gramatical. O que se deseja expor aqui é a 
capacidade do artigo de, estando no singular, referir-se a outros seres/objetos propostos em 
uma implícita coletividade. 
Exemplo: O abacaxi é rico em betacaroteno. (A referência é a todos os abacaxis do planeta.) 
 
4. Recurso expressivo 
Um artigo pode enaltecer, em um enunciado, algo que se queira afirmar. 
Exemplo: A festa estava uma delícia! 
 
5. Indicar valor aproximado 
Um artigo, ao vir anteposto a um numeral, pode indicar valor aproximado, tendo em vista o 
poder de universalização. 
Exemplo: Porto Alegre dica a uns 1000 quilômetros de São Paulo. 
 
6. Dar noção de totalidade 
Um artigo definido é colocado após o pronome indefinido ‘todo’ e suas variações a fim de dar 
noção de totalidade. 
Exemplo: Por toda a cidade vimos pessoas armadas. 
 
7. Indicar precisamente local 
Um artigo definido é proposto, de forma automática, para definir um local, se for observada 
a necessidade que o substantivo próprio tem de o artigo completa-lo em uma frase. 
Exemplo: O Rio de Janeiro continua lindo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
1. Leia o texto abaixo. 
 
Entre os apresentados a seguir, qual o único exemplo em que o a NÃO pode ser classificado 
como artigo? 
a) "... mostram como ponto em comum a capacidade de ..." (l. 8-9) 
b) "de suportar a frustração." (l. 10) 
c) "(sujeitos a condições subumanas, ...)" (l. 11-12) 
d) "Venceram a voz que falava:" (l. 16-17) 
e) "... sobre a atitude negativa." (l. 26-27) 
 
2. Analise o texto abaixo. 
 
O trecho a seguir em que o emprego do artigo é equivocado é: 
a) Ambos os animais são dotados de alguma inteligência. 
b) Todos os quatro animais de estimação sobreviveram. 
c) Os biólogos trabalharam todo o dia. 
d) Entre os animais há diversos graus de inteligência. 
e) Toda a manhã eles chegavam sempre na hora. 
 
3. Interprete o texto abaixo. 
As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, em 
Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as 
maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, 
pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, 
vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche 
sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes ralos, não comentasse com 
malícia estridente. 
(Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires) 
No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como efeito, 
respectivamente: 
a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade onde tudo 
acontece. 
b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidade 
das situações que são objeto de seus comentários. 
c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela maioria 
dos acontecimentos na cidade. 
d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são famosas 
pela maledicência. 
e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na cidade. 
 
4. "...por outro lado, a taxa-Selic continuará a ser reduzida a partir do patamar de 16,5% a que 
chegou no fim do ano passado..." (L.38-40) Os termos grifados no trecho acima classificam-se, 
respectivamente, como: 
a) artigo − artigo − preposição − preposição 
b) preposição − artigo − preposição − artigo 
c) artigo − preposição − preposição − artigo 
d) artigo − preposição − preposição − preposição 
e) preposição − preposição − artigo − artigo 
 
Gabarito 
1 – c; 2 – e; 3 – d; 4 – d. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia – Preposições 
 
A classe gramatical invariável responsável por ligar/unir dois termos de uma oração, realizando 
uma subordinação de um ao outro; por conseguinte, pode-se dizer que há uma relação de 
dependência. Essa classe gramatical marca as relações que advérbios, verbos, adjetivos e 
substantivos executam na sentença. 
 
Obs.: as preposições podem introduzir: 
1 – Locuções adjetivas. Ex.: João é uma pessoa ‘de caráter’. 
2 – Locuções adverbiais. Ex.: Houve um momento em que agi ‘com cuidado’. 
3 – Orações reduzidas. Ex.: ‘Ao chegar’, o tenente conversou com o comandante da guarda. 
4 – Complementos verbais. Ex.: Obedeço ‘aos meus avós’. 
5 – Complementos nominais. Ex.: Permaneço obediente ‘aos meus pais’. 
 
Classificação das preposições 
1. Preposições essenciais 
São as preposições que sempre vão funcionar como preposições. 
Exemplos: a, ante, de, por, com, em, sob, até, desde, entre, contra, para, por (ou per, em algumas 
variações históricas e geográficas), perante, sem, sobe. 
Exemplo na frase: Caminhou até a escola para fazer a prova. 
 
2. Preposições acidentais 
São vocábulos pertencentes a outras classes gramaticais que, perdendo o seu sentido/ a sua 
significação primária/primordial/original, passam a exercer função de preposição. 
Exemplos: como, conforme, segundo, durante, fora, exceto, consoante, mediante, tirante, fora, 
malgrado, afora, menos, salvo, segundo, visto. 
Exemplo na frase: Segundo testemunhas, o assalto ocorreu de forma rápida. 
 
Locução prepositiva 
São duas ou mais palavras que possuem o valor de preposição. 
Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de, 
atrás de, através de, embaixo de, a fim de, de acordo com, por causa de, longe de, perto de, ao 
redor de, junto a, ao lado de, por trás de, acerca de, cerca de, em favor de, de conformidade com, 
em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de. 
Exemplo na frase: Através do cabo, o tenente soube das

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