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ser educacional TÉCNICAS TERAPÊUTICAS MANUAIS TERAPIA MANUAL E POSTURAL: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO Margarete Diprat Trevisan Iniciar OLÁ! Você está na unidade Terapia manual e postural: avaliação e tratamento. Conheça aqui as principais técnicas de terapia manual para trabalho postural. Aprenda como fazer uma adequada avaliação postural que lhe auxiliará na condução do tratamento adequado e eficaz. Aprenda também a identificar e localizar as disfunções por meio da técnica de palpação que será uma importante ferramenta de avaliação do seu paciente. Bons estudos!III Inicialização LTI ser educacional 1 Introdução à terapia manual e postural A terapia manual é a área da fisioterapia que utiliza um conjunto de recursos terapêuticos no tratamento de pacientes, diante de uma visão global do organismo. A maior parte dessas técnicas pode ser utilizada tanto como recursos diagnósticos quanto terapêuticos, beneficiando paciente. Dentre tantos recursos manuais, destacam-se a massoterapia, a pompagem articular e muscular, a mobilização articular e tração, a muscular, as técnicas miotensivas, a crochetagem, a massagem transversa de ciriax, mobilização neural e as posturais baseando-se nos conhecimentos da anatomia palpatória, biomecânica e cinesiologia. As técnicas posturais geralmente utilizam só as mãos, quando utilizam algo mais, são no máximo elásticos, bastões, bolas de diversos tamanhos, calços e, no caso do RPG, uma maca especial onde paciente fará as posturas para trabalho de cadeias. No caso das técnicas posturais das terapias manuais puras, como Maitland e a osteopatia, as mãos do terapeuta são seus únicos instrumentos de trabalho, necessitando de máxima precisão nos movimentos executados. As práticas posturais caracterizam-se pelo tratamento do paciente em sua individualidade, uma vez que cada individuo é diferente do outro e reage de forma distinta às diversas patologias. A maioria dos distúrbios no sistema musculoesquelético caracteriza-se por alterações biomecânicas assintomáticas em um estágio inicial, podendo ser tratadas manualmente antes do surgimento dos sintomas. As técnicas baseiam-se nos princípios da artrocinemática e utilizam movimentos acessórios ou micromovimentos, influenciando diretamente na prevenção de processos degenerativos e inflamatórios. As técnicas posturais podem ser utilizadas não só para distúrbios posturais e da coluna vertebral, mas também em casos de pés planos e cavos, joelho valgo e varo, torcicolo, cervicalgia, dorsalgia, hérnias de disco, labirintite, artrites, artroses, bursites, tendinites, problemas respiratórios, estresse e problemas circulatórios. Através do uso dessas técnicas, fisioterapeuta também pode atuar com pacientes no leito hospitalar, auxiliando as mudanças de decúbito e adequado posicionamento de estruturas osteomioarticulares e nas tarefas de transferências, com intuito de minimizar agravos no quadro clínico desses pacientes. Os recursos terapêuticos manuais também podem ser utilizados em diversas outras áreas como a traumato-ortopedia, neurologia, dermatofuncional, desportiva, entre outras. A prática das técnicas manuais tem inúmeros detalhes que são adquiridos progressivamente conforme a prática clínica. Essa prática é fundamental para que estudante consiga se aperfeiçoar nas manobras e torne-se habilitado suficientemente para a aplicação das técnicas em seus pacientes. Assista aí EAD 06:12III X Inicialização LTI ser educacional 1.2 Pompagem articular e muscular A pompagem consiste em manobras em que terapeuta realiza uma distensão terapêutica na fáscia muscular associada a movimentos respiratórios. É uma técnica de fácil aplicação que traz benefícios quase imediatos aos pacientes. Técnica A pompagem deve ser realizada em três sendo eles: 1) Tensionamento do segmento a ser tratado que deve ser realizado de forma lenta, regular e progressiva; 2) Manutenção do tensionamento em torno de 10 a 20 segundos de acordo com objetivo; 3) Retorno à posição que também deve ser realizado de forma lenta. tensionamento do segmento deve ser executado nas fases expiratórias do ciclo ventilatório. Objetivos Reestabelecimento da elasticidade e comprimento das fáscias, relaxamento muscular, estimulação circulatória, aumento do espaço articular e nutrição das cartilagens. Indicação Em casos de contraturas musculares não agudas, estase líquida, ou seja, quando não há movimento do líquido encurtamentos e tensões musculares, dores musculares subagudas ou crônicas e disfunções miofasciais em geral. Contraindicação Nos casos de estiramento muscular ou ligamentar, contraturas musculares agudas e rupturas ligamentares e fasciais. Assista aí EAD 05:341.2 Mobilização articular e tração Para compreendermos os efeitos da mobilização articular e da tração precisamos recordar alguns aspectos fisiopatológicos das lesões. As lesões articulares caracterizam-se por um quadro inflamatório que gera dor, edema, calor local resultando em perda de movimento e, consequentemente, alterações funcionais. Assim, essas técnicas comumente são indicadas para manejo das disfunções osteomioarticulares. Biomecânicamente falando, as articulações possuem dois tipos de movimentos. movimento fisiológico é resultante das contrações musculares, concêntricas e excêntricas, que agem movendo um OSSO ou uma articulação, são também conhecidos por movimento osteocinemático. Os movimentos acessórios envolvem deslizamento, rolamento e giro, podendo ser classificado em: Hipomóveis, quando movimento para em um ponto denominado barreira patológica, anterior à barreira anatômica. É causado por dor, espasmo ou resistência aos tecidos; Hipermóveis, quando movimento ultrapassa a barreira anatômica devido à frouxidão das estruturas adjacentes, necessitando de tratamento com exercícios de fortalecimento que proporcionem a estabilização; Articulações normais. As mobilizações articulares baseiam-se nos princípios de Maitland, descritas em cinco graus, sendo que a aplicação é de acordo com quadro clínico do paciente. Já a tração é baseada nos princípios de Kalterborn, apresentando três graus, que envolvem a mobilização de um segmento articular com o intuito de produzir alguma separação das duas superfícies. Na avaliação deve ser observada a prevalência de dor ou rigidez articular, para decidir qual é grau de mobilização articular ou tração será aplicado. Técnica Cada articulação possui suas peculiaridades e aprimoramento da aplicação da técnica manual só é possível com a prática clínica. Amplamente falando, fisioterapeuta deve estabilizar a parte proximal da articulação a ser trabalhada e mobilizar a outra. Juntamente com essa técnica é possível realizar a tração da articulação, que deve ocorrer no sentido longitudinal dela, tracionando-se a parte distal e mantendo afastamento por alguns segundos e, após, retornar à posição inicial. Na mobilização articular, deve-se afastar e aproximar as estruturas repetidamente, no plano perpendicular das estruturas. Objetivo Recuperar a amplitude de movimento ativo, restaurar os movimentos passivos articulares, reposicionar ou realinhar a articulação, readquirir a distribuição normal de forças e de estresses em torno da articulação e reduzir a dor. Indicação Hipomobobilidade articular, dor articular, rigidez e limitação da amplitude de movimento. Contraindicação Artrite inflamatória, doença óssea, comprometimento neurológico, fraturas ósseas e deformidades ósseas congênitas. ?X Inicialização LTI ser educacional 2 Testes de tensão neural Os testes a seguir auxiliam fisioterapeuta a identificar as disfunções causadoras do quadro clínico e assim estabelecer tratamento mais adequado ao paciente. Alguns testes também podem ser utilizados como técnicas de tratamento. Flexão passiva da cervical (PNF) Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). o fisioterapeuta coloca a mão na base do occipital do paciente, realizando a flexão da cabeça. Se o paciente sentir dor ou alguma alteração, o fisioterapeuta pode utilizar esse teste como tratamento, mantendo o paciente nessa posição durante aproximadamente um minuto. ULTT para nervo mediano Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). o fisioterapeuta deprime o ombro do paciente, realiza flexão de cotovelo e abdução de ombro a 90°. Depois, estender o punho e dedos com rotação externa de ombro, supinação de antebraço e extensão de cotovelo. Finalmente, deve solicitar que o paciente incline lateralmente o pescoço para lado contralateral. Para tratamento do nervo mediano, realizar a manutenção dessa postura de forma estática ou fazer mobilizações oscilatórias do punho, realizando de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. o tratamento também pode ser realizado ativamente orientando o paciente a abduzir e deprimir os ombros bilateralmente. Um dos punhos inicia em flexão e outro em extensão. Então paciente deve flexionar e estender alternadamente os punhos. ULTT para nervo ulnar Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). Deprimir o ombro e flexionar cotovelo do paciente com o ombro em abdução de 90°. Depois, estender punho e os dedos, rotar externamente ombro com pronação de antebraço e flexão de cotovelo. Finalmente, deve solicitar que paciente incline lateralmente o pescoço para lado contralateral. Para tratamento do nervo ulnar, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do punho, realizando de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Para realizar ativamente, o fisioterapeuta deve instruir paciente a realizar uma pinça entre os 1° e 2° dedos bilateralmente. Depois, paciente deve posicionar a borda cubital das mãos sob a mandíbula, tentando posicionar o ângulo formado pelas pinças dos dedos (de forma invertida) na região dos olhos, como se fosse um óculos.ser educacional ULTT para nervo radial Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). fisioterapeuta deve deprimir ombro com flexão de cotovelo e pronação de antebraço. Depois, estender cotovelo, flexionar o punho e os dedos com abdução de ombro. Finalmente, paciente deve inclinar lateralmente pescoço para lado contralateral. Para tratamento do nervo radial, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do punho, realizando de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Para realizar ativamente, fisioterapeuta deve instruir paciente a utilizar uma toalha, posicionando-a na região da coluna e segurando-a com uma mão posicionada na parte inferior, próxima da coluna lombar, e a outra mão superiormente próxima à coluna cervical, realizar flexão e extensão de cotovelos como se estivesse enxugando as costas. Nervo ciático Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). fisioterapeuta deve flexionar o quadril do paciente com uma dorsiflexão de tornozelo. Depois, o fisioterapeuta deve flexionar a cabeça do paciente. Para tratamento do nervo ciático, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do tornozelo, realizando de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Para realizar ativamente, fisioterapeuta deve instruir 0 paciente a utilizar uma toalha apoiada na planta do pé, realizando mobilizações oscilatórias de dorsiflexão de tornozelo puxando a toalha. Nervo tibial Posicionar o paciente em decúbito dorsal (DD). fisioterapeuta deve flexionar quadril do paciente com uma dorsiflexão e inversão de tornozelo. Depois, fisioterapeuta deve aduzir quadril do paciente. Para tratamento do nervo tibial, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do tornozelo, fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Nervo sural Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). fisioterapeuta deve flexionar quadril com uma dorsiflexão e versão de tornozelo. Depois, aduzir quadril do paciente. Para tratamento do nervo sural, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do tornozelo, fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Nervo fibular comum Posicionar paciente em decúbito dorsal (DD). 0 fisioterapeuta deve flexionar quadril com uma flexão plantar e inversão de tornozelo. Depois, aduzir quadril do paciente. Para o tratamento do nervo fibular comum, manter a postura de forma estática ou realizando mobilizações oscilatórias do tornozelo, fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. ?ser educacional 3 Inibição muscular recíproca A inibição recíproca refere-se às relações entre os músculos agonista e antagonista. Lembrando que músculo que contrai é agonista e movimento resultante corresponde à musculatura antagonista, ou seja, estes se alongam para permitir a contração dos agonistas. Quando os neurônios motores do músculo agonista recebem impulsos excitatórios a partir dos nervos aferentes, os neurônios motores que suprem os músculos antagonistas são inibidos através dos impulsos aferentes. Assim, a contração ou alongamento duradouro do músculo agonista gera um relaxamento ou a inibição do antagonista. Igualmente, um alongamento de curta duração do músculo antagonista favorece a contração do agonista. Trata-se de uma técnica baseada no alongamento pela técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Técnica Trata-se de contrair músculo oposto ao encurtado, assim fisioterapeuta deve posicionar o paciente de forma a alongar confortavelmente músculo-alvo do tratamento mediante contração da musculatura oposta. Deve-se resistir ao movimento de tal forma a ir reduzindo sua resistência para que o paciente consiga ir ganhando amplitude. Para elucidar, utilizaremos como exemplo bíceps femoral. Para alongá-lo devemos resistir à extensão de joelho e ir reduzindo essa resistência para que paciente consiga ganhar amplitude, alongando reflexamente a musculatura flexora de joelho. Objetivo Alongamento de músculo retraído que não consegue ser diretamente alongado devido à dor, um exemplo dessa condição são as câimbras. Indicação Prevenção de contraturas ou quando já estão instaladas, recuperação de amplitude de movimento fisiológica e mobilidade dos tecidos moles, aumentar a flexibilidade antes e depois dos exercícios de fortalecimento, prevenir ou reduzir os riscos de lesões dos músculos e tendões relacionados à atividade física e desequilíbrios musculares. Contraindicação Bloqueios ósseos ou corpos estranhos, fraturas recentes, processos inflamatórios ou infecciosos agudos, dor aguda ou movimento articular ou alongamento, suturas cirúrgicas e hematomas.ser educacional 3.1 Técnicas miotensivas Trata-se de técnicas que aproveitam a força muscular para mobilizar uma articulação bloqueada. Após realizar uma contração, músculo torna-se mais relaxado do que era antes da contração. Tal fenômeno é amplamente utilizado para aumentar a eficácia do alongamento. Primeiramente, deve ser feita uma avaliação cinético-funcional detalhada para localizar a articulação bloqueada. Técnica Após a adequada localização da articulação a ser mobilizada, em qual direção e em que direção, paciente deve ser posicionado de tal forma que favoreça esse movimento. Imediatamente após, fisioterapeuta solicita uma contração na direção oposta, devendo fixar a posição para que mesmo diante da força do paciente movimento não ocorra (isometria). Após alguns segundos de contração, terapeuta força a postura levando a uma mobilização lenta e controlada da articulação bloqueada. Objetivo Mobilização de articulação bloqueada. Indicação Mobilizações articulares que não requerem estímulo nervoso, mobilizações conjuntas nas quais as técnicas de alta velocidade não devam ser executadas após uma técnica de alta velocidade, quando ainda é necessário melhorar movimento. Contraindicação Quando a postura necessária para a mobilização articular seja dolorosa ou cause outro sintoma, como tontura. 3.2 Crochetagem A crochetagem é um método de liberação miofascial que se utiliza de um instrumento metálico que apresenta uma curvatura na sua extremidade final (em formato de gancho), aplicado e mobilizado contra a pele, situados em profundidade e inacessíveis à palpação digital para tratamento das algias mecânicas do aparelho locomotor para a destruição das aderências e dos corpúsculos irritativos interaponeuróticos ou mioaponeuróticos. Técnica Primeiramente, fisioterapeuta deve fazer uma busca palpatória nas regiões adjacentes ao local da dor. Essa busca segue as cadeias lesionadas que estão em relação anatômica com a lesão. Isso é fundamental para evitar aumento da dor pelo efeito rebote. Então, após a palpação da área a ser tratada, é feita a palpação com gancho que permitirá localizar precisamente as fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos. Depois, deve-se proceder realizando movimentos lentos no sentido anteroposterior. Nessa etapa, já é possível interpretar a resistência encontrada. Finalmente, realiza-se uma tração complementar através do gancho com intuito de alongar ou romper as fibras conjuntivas que formam a aderência ou para deslocar ou achatar corpúsculo fibroso. Objetivo Tratar as algias de origem mecânica do aparelho locomotor. ?ser educacional Indicação Aderências fibrosas que dificultam o movimento de deslizamento, a circulação sanguínea venosa e linfática; as aderências provenientes de traumas com derrame tecidual; as aderências consecutivas a uma fibrose cicatricial cirúrgica; as disfunções locomotoras; as nevralgias provenientes de irritação mecânica dos nervos periféricos e as síndromes tróficas dos membros. Contraindicação Pele em más condições como aquelas hipotróficas, com ulcerações ou dermatoses; em situação de mau estado circulatório, apresentando fragilidade capilar sanguínea, reações varizes venosas e adenomas; paciente em uso de anticoagulantes. 3.3 Massagem transversa de Cyriax Trata-se de uma técnica de massagem profunda que consiste em movimentos de fricção transversais às fibras do tecido envolvido. Através desses movimentos são liberadas as estruturas doloridas das aderências existentes e prevenindo a formação de outras devido a um aumento na maleabilidade tecidual. Técnica Realizar a manobra de fricção transversal utilizando dedo indicador apoiado pelo dedo médio ou ao contrário, dedo médio apoiado pelo indicador estabilizado pelos outros dedos ou até 0 polegar com os demais dedos em contraposição. As manobras devem ser localizadas com duração de 3 a 5 minutos para lesões agudas ou até de 15 a 20 minutos para lesões crônicas. As regiões tratadas ficam sensibilizadas, mas ainda assim não é recomendado diminuir a pressão da manobra, apenas aumentar 0 intervalo entre as sessões, que pode variar entre dois e sete dias. Objetivo Tratar aderências teciduais diminuindo a dor. Indicação Cicatrizes antigas e imóveis, lesões musculares, tendinosas e ligamentares. As fricções transversais agem num maior aporte sanguíneo para os tecidos mal vascularizados, fazendo com que esses tecidos sejam mais bem nutridos. Contraindicação Processos infecciosos, doenças de pele, neoplasias ou tuberculose, lesões vasculares como tromboflebite e trombose venosa profunda.ser educacional 4 Posturologia Trata-se de um método de avaliação corporal global, que tem a finalidade de tratar e evitar desequilíbrios crônicos decorrentes dos desajustes posturais. Todos os seres humanos precisam de uma postura corporal estável e equilibrada para apoio, na qual movimentos voluntários e coordenados possam ser iniciados como parte das funções naturais. Postura é a posição que as distintas partes corporais têm em relação umas às outras: Postura Precisa ter equilíbrio entre as estruturas de apoio, com 0 mínimo de ideal esforço e sobrecarga e com a máxima eficiência do corpo. Refere-se a um processo de lesões motoras repetitivas resultantes de uma Má deficiente que cria alavancas que causam várias cargas de postura trabalho para os sistemas articulares. A Academia Americana de Ortopedia refere-se à postura como equilíbrio musculoesquelético que favorece a proteção das demais estruturas do corpo contra traumas. A manutenção de uma postura adequada requer tônus e flexibilidade muscular adequados, já que os músculos necessitam agir continuamente contra a gravidade e em harmonia um com outro. A contração dos músculos antagonistas é essencial para permitir as várias articulações do pescoço, dos ombros e dos membros, que são responsáveis pelo suporte de peso do corpo e caracterizam a postura como um complexo sistema funcional. ser humano nunca está em total equilíbrio mecânico, uma vez que não um corpo estático ou rígido, mas busca constantemente seu equilíbrio. controle da postura durante a deambulação, em pé ou sentado, demonstra a capacidade do indivíduo de manter centro de pressão (CDP), que coincide com a projeção perpendicular do centro de gravidade (CDG), dentro dos limites de estabilidade, ou seja, bordas de uma área no espaço onde corpo possa manter sua posição sem modificar a base de suporte. Os limites de estabilidade não são fixos e mudam de acordo com as condições da atividade do sujeito, a situação do sistema musculoesquelético, estados emocionais e os aspectos relacionados ao meio ambiente. Se a qualquer momento CDP extrapolar os limites de estabilidade, a queda será inevitável, exceto se uma manobra de correção repentina for realizada. sistema de equilíbrio evita quedas por meio de ajustes contínuos da postura em pé e reduz as influências desestabilizadoras, como a gravidade ou outros vetores de força. Existem diversas estratégias para manutenção do equilíbrio, que variam de acordo com a intensidade do estímulo desestabilizador e impedem que CDP extrapole os limites de estabilidade, como: a estratégia do tornozelo e a estratégia do quadril. Estratégia do tornozelo Gira corpo em torno da articulação tíbia-talar, resultando principalmente em esforços de direção anteroposterior. Estratégia do quadril Concentra os movimentos em torno dessa articulação e é produzida quando a base de suporte é pequena e quando CDG se move rapidamente em direção aos limites da estabilidade. Essa estratégia produz principalmente esforços de direção no meio lateral. Vários sistemas auxiliam na manutenção e regulação dessa postura específica para cada um: a visão, o aparelho vestibular e a propriocepção plantar trabalham como sensores por meio dos quais as informações entram pela periferia e atingem nível do sistema nervoso central (SNC). Favorecendo reconhecimento e filtragem, além de nos conscientizar da posição adotada em todos momentos, ao mesmo tempo, SNC envia impulsos adequados à periferia, no nível do sistema musculoesquelético, em resposta à adaptação da postura de acordo com as necessidades de cada momento. Para realizar esse "feito" neurofisiológico, corpo utiliza fontes distintas, ouvido interno é um dos elementos fundamentais. Se, em termos funcionais, ouvido interno, incorporado na massa petrosa, não muito bem regulado, isso não se aplica aos pés e aos olhos. Esses elementos constituem os principais insumos do sistema, sendo que toda modificação do suporte no solo ou da convergência ocular terá repercussões na postura. No conceito de manutenção da estabilidade, 0 pé se torna a entrada plantar do sistema postural "fino", que informa a posição do corpo em relação ao solo. Manipulando a entrada do pé, podemos modificar toda a postura do indivíduo. Isso é obtido modificando as informações recebidas dos apanhadores de pés. Os exteroceptores (barorreceptores, células de Paccini e Golgi), presentes na planta do pé, percebem variações na pressão. Já os proprioceptores (corpúsculos de Ruffini e Paccini, eixos neuromusculares e órgãos tendinosos de Golgi), presentes nas articulações, relatam angulação, velocidade e direção do movimento.ser educacional Quando há falha dos sensores e proprioceptores dos olhos, pés, vestíbulos e órgãos responsáveis pela transmissão de dados ao sistema nervoso, um trabalho adicional é feito pelo organismo para recuperar equilíbrio, resultando em fadiga, dor lombar, dor cervical e lesões osteomusculares graves e outras disfunções fisiológicas. Testar a regulação do tônus postural ajuda fisioterapeuta a compreender mecanismo da lesão, fornecendo novas ferramentas para a abordagem do paciente. A estabilometria verifica e quantifica as oscilações posturais do paciente em pé, em diversas situações, ajudando a compreender sobre seu e seu sistema postural; estudando a projeção na base do suporte, centro de pressão associado ao centro de gravidade do corpo. Após realizada uma minuciosa avaliação postural, fisioterapeuta conta com diversas técnicas que atuam tanto na prevenção quanto na recuperação das disfunções posturais. As tabelas a seguir mostram uma sugestão de avaliação postural. 4.1 Tipos de posturas Cada suas pecullaridades porém, de forma geral, observamos quatro diferentes padrões posturais: Postura cifótica: Caracterizada por uma curvatura aumentada na parte torácica da coluna vertebral. Também apresenta outras peculiaridades, como projeção de queixo ou cabeça, hiperextensão cervical, abdução de escápulas, coluna torácica em flexão, reto do abdome proeminente e/ou tenso. CABEÇA Posição neutra Inclinação lateral D/E Rotação D/E OMBROS Nivelados Assimétricos POSIÇÃO DAS ESCÁPULAS Normal Abdução Elevada COLUNA VERTEBRAL Normal Curva em C Curva em S CAIXA TORÁCICA Normal Em rotação PELVE Nivelada Assimétrica ALINHAMENTO DO Neutro Varo Valgo CALCANHAR Tabela 1 Avaliação postural em posição ortostática do vista posterior Fonte: Massey, 2012 (Adaptado). #PraCegoVer: A imagem mostra uma tabela de sete linhas e quatro colunas que apresenta as devidas observações a serem feitas de acordo com a estrutura anatômica avaliada em posição ortostática do corpo, vista posterior. Dorso curvo ou postura relaxada: Caracterizado por quadris projetados para frente com inclinação anterior de pelve, lordose. Inicia com uma curvatura quase plana e finaliza com uma curvatura mais acentuada. A cifose torácica é malor e pode se alongar até a coluna lombar. Também apresenta cabeça projetada para frente, postura ligeiramente cifótica, glúteos encurtados ou fracos, joelhos hiperextendidos, isquiostibiais encurtados e fortes. CABEÇA Posição neutra Para frente COLUNA CERVICAL Normal Hiperextensão COLUNA TORÁCICA Normal Cifose Retificada COLUNA LOMBAR Normal Lordose Retificada PELVE Neutra Inclinação anterior Inclinação posterior JOELHOS Neutros Hiperextensão Flexão TORNOZELO Neutro Flexão plantar Dorsiflexão Tabela 2 Avaliação postural em posição ortostática do corpo, vista lateral Fonte: 2012 #PraCegoVer: A imagem mostra uma tabela de sete linhas e quatro colunas que apresenta as devidas observações a serem feltas de acordo com a estrutura anatômica avaliada em posição ortostática do corpo, vista lateral. Postura lordótica: Curvatura lombar exagerada, inclinação anterior da pelve, reto do abdome, oblíquos externos, glúteos médio e máximo fracos, músculos isquiostibiais tensos, quadril em flexão, musculatura lombar e flexores de quadril fortes. Postura retificada das costas: Possui uma curvatura lombar reduzida, cabeça para frente, inclinação pélvica posterior, musculo reto do abdome e isquiotibiais encurtados e fortes, flexores do quadril fracos e alongados, joelhos hiperextendidos. ?ser educacional 5 Técnicas posturais Atualmente, 0 fisioterapeuta conta com inúmeros métodos de trabalho postural, cabendo a ele definir as ferramentas que serão utilizadas, além de se especializar para uso correto, uma vez que na graduação conhecemos de forma rasa cada uma delas, não tendo tempo necessário para adequado treinamento de cada uma. Sendo assim, abordaremos a seguir os métodos mais utilizados hoje. 5.1 Pilates Trata-se de um método que integra todo o corpo, trabalhando isoladamente ou em conjunto cada parte corporal por meio da aplicação dos princípios de movimento e estabilidade. Cada exercício tem um objetivo ou foco muscular, como controle motor, flexibilidade, muscular, entre outros. As áreas trabalhadas vão sendo recrutadas em níveis progressivos diferentes para oportunizar ao paciente a construção da habilidade e construção que cada exercício vai requerendo. 5.2 Reeducação Postural Global (RPG) RPG é um método baseado na teoria do "campo fechado", que busca esclarecer as razões as quais fazem com que os seres humanos consigam se manter em pé para realizar seus movimentos. No conceito desse método, para ser humano conseguir se manter em pé para realizar todas suas atividades cotidianas depende da harmonia entre as cadeias musculares estáticas e dinâmicas, as quais quando ativam e relaxam nos permite realizar tais movimentos com equilíbrio e força necessários. RPG, com suas posturas, permite que tais musculaturas atuem harmoniosamente, de forma global o que evita ou até recupera disfunções posturais e, assim, as dores e incômodos causados por ela. 5.3 Método hipopressivo método hipopressivo é uma técnica que trabalha com exercícios posturais e respiratórios associados a um ritmo de execução e metodologia de treino específica. termo hipopressivo se refere à negativação de pressão nas três cavidades (torácica, abdominal e pélvica). Dessa forma, durante a execução das pautas posturais, além do controle postural, associa-se respiração controlada com vácuo abdominal. Fique de olho método hipopressivo é uma das poucas ferramentas de trabalho postural com excelentes benefícios, tanto no mundo fitness como no tratamento clínico, uma vez que seus benefícios não incluem apenas melhoras posturais, mas também promovem prevenção e tratamento de diástase abdominal e incontinência urinária, redução de circunferência abdominal, melhoras na performance esportiva e na relação sexual, além de seus inúmeros beneficios ao trabalho puramente postural. Quando foram criados eram destinados à recuperação pós-parto, porém logo depois começou a sofrer adaptações que consagraram no meio fitness devido aos seus inúmeros benefícios, principalmente aos músculos estabilizadores do tronco (core abdominal). 5.4 Anatomia palpatória Quando falamos em terapia manual, torna-se indispensável conhecimento das técnicas de anatomia palpatória, uma vez que não basta ao fisioterapeuta saber tratar, antes é preciso saber diagnosticar e, para tanto, saber localizar e identificar as estruturas anatômicas é fundamental. A palpação deve ser realizada no momento da inspeção, já que as estruturas inspecionadas são as mesmas que devem ser palpadas. Podemos palpar pele, tecidos, moles, subcutâneos, estruturas ósseas e articulares.ser educacional Fique de olho Dominar a arte da palpação depende de prática, então, apenas treinando e Insistindo você conseguirá Identificar as estruturas anatômicas por meio do tato. Quando olhos são fechados, envolvimento das mãos é ampliado devido à redução da entrada das informações de outros sentidos, aprimorando uso do tato. A palpação pode ser realizada com a ponta dos dedos ou com toda a mão para facilitar processo de "sentir", de acordo com objetivo do fisioterapeuta. Toques mais leves são úteis para palpar tecidos superficiais e toques com maior pressão para músculos profundos e órgãos mais internos. A palpação uma ferramenta extremamente útil para adequado tratamento do paciente. Na pele, por exemplo, devemos começar com toque leve, investigando a temperatura tecidual, presença de aderências, entre outras características, como dor, edema e crepitações. As tabelas a seguir mostram as estruturas palpadas de acordo com cada região corporal. OMBRO COTOVELO PUNHO MÃO QUADRIL Clavicula Nervo ulnar Tendões flexo- Eminência Espinha ilíaca res do punho tenar póstero-supe- rior Articulação Tendões exten- Eminência hi- Crista iliaca esternoclavicu- medial sores do pu- potenar lar nho Articulação Tendões flexo- Túnel do carpo Metacarpianos Espinha ilíaca acromioclavi- res do punho anterossupe- cular rior Bursa subacro- Epicondilo la- radial Falanges mial teral maior Músculo Tendões exten- Artéria ulnar Músculo glú- biceps braquial sores do pu- teos nho Músculo Músculo tri- Nervo ciático deltóide ceps braquial Escápula Tabela 3 Guia de palpação anatômica (parte 1) Fonte: Massey, 2012 JOELHO TORNOZELO COLUNA CER- COLUNA COLUNA VICAL TORÁCICA LOMBAR Patela Maléolo medial Músculo ester- Processos es- Processos es- nocleidomas- pinhosos pinhosos toideo Tendão do Ligamento Músculo Processos Processos quadriceps trapézio transversos da transversos da coluna torácica coluna lombar Ligamento pa- Maléolo lateral Processos es- telar pinhosos Músculo Ligamentos Processos quadriceps da talofibular an- transversos da coxa terior e poste- coluna cervical Ligamento rior e medial neofibular Ligamento Tendão lateral lateral neo Menisco Tabela 4 Guia de palpação anatômica (parte 2) Fonte: Massey, 2012 #PraCegoVer: A imagem mostra duas tabelas de oito linhas e cinco colunas cada que apresenta as estruturas anatômicas que devem ser palpadas de acordo com cada região corporal.ser educacional 6 Biomecânica óssea osso é um tecido vivo e dinâmico que tem como funções mecânicas sustentar e proteger outros tecidos corporais e atuar como um sistema de alavancas rígidas que podem ser mobilizadas pelos músculos que se inserem nelas. Toda a força e resistência óssea a uma eventual fratura é dependente de sua composição material e da estrutura organizacional. Os minerais colaboram para a rigidez óssea e para a resistência à compressão, colágeno contribui para sua flexibilidade e resistência à tração. cortical é mais rígido e forte do que trabecular, porém este tem maior capacidade de absorção a choques. é um tecido dinâmico que é modelado e remodelado continuamente, conforme a lei de Wolff. Os ossos crescem em termos de comprimento até que as lâminas epifisiais se fecham na adolescência, mas os ossos sofrem modificações de forma contínua em densidade, tamanho e formato por meio das ações dos osteoblastos e osteoclastos. 6.1 Biomecânica muscular músculo é um tecido elástico e extensível que responde ao estímulo e é único tecido biológico que produz tensão. A unidade motora é a unidade funcional do sistema neuromuscular, ela consiste em um único neurônio motor e todas as fibras que ele inerva. As fibras de uma unidade motora podem ser de contração lenta, rápida com resistência à fadiga ou rápida e rapidamente fatigável. Ambas as fibras (contração lenta ou rápida), estão presentes em todos os músculos humanos, porém a proporção dessa composição é variável. Nos músculos esqueléticos humanos, o número e a distribuição das fibras musculares podem ser determinados pela genética e ter relação com a idade. Em relação a sua organização, as fibras podem ser paralelas ou peniformes. A disposição peniforme permite a produção de força. Os músculos respondem aos estímulos produzindo tensão. Quando outras forças estiverem agindo, a ação resultante poderá ser concêntrica, excêntrica ou isométrica. Dessa forma, músculo poderá diminuir, aumentar ou manter seu comprimento durante essa ação. sistema nervoso central atua fazendo gerenciamento do recrutamento das unidades motoras de tal forma que a velocidade e a magnitude da produção de tensão muscular sejam de acordo com as necessidades da atividade. Existe uma definição das relações entre desenvolvimento muscular de força e a velocidade do encurtamento muscular, comprimento muscular no momento do estímulo e tempo a partir do início do estímulo. Quando um músculo é ativamente previamente alongado, sua produção de força é aumentada, isso se deve à contribuição extra dos componentes elásticos do músculo e da facilitação neural. desempenho muscular se traduz em força, potência e resistência muscular. A força é a capacidade de um grupo muscular produzir torque em uma articulação, a potência é a taxa da produção de torque em uma articulação e a resistência é a capacidade de resistir à fadiga. 6.2 Biomecânica dos membros superiores ombro é a articulação mais complexa do corpo humano, possui quatro articulações diferentes atuantes nos movimentos. A articulação glenoumeral é esferóidea frouxamente estruturada, nela a amplitude de movimento é substancial e pouco estável. A articulação esternoclavicular promove pouco movimento dos ossos da cintura escapular, clavicula e escápula. Os movimentos da cintura escapular favorecem adequado posicionamento da articulação glenoumeral em diferentes movimentos umerais. Movimentos mínimos também são permitidos nas articulações acromioclavicular e coracoclavicular. Articulação umeroulnar Gerencia a flexão e a extensão do cotovelo. Nas articulações radiulnares proximal e distal ocorrem movimentos de pronação e supinação do antebraço. Articulação condiloide Entre rádio e os três do carpo permitem movimento do punho que incluem flexão, extensão, flexão radial e ulnar. Na mão, as articulações carpometacarpal do polegar, metacarpofalângicas realizam a parte dos movimentos e nas articulações interfalângicas gínglimos.ser educacional 6.3 Biomecânica dos membros inferiores membro inferior tem como principais funções a sustentação de peso e locomoção. quadril é uma articulação do tipo esferóidea típica, que realiza flexão, extensão, abdução, adução, abdução horizontal, adução horizontal, rotação medial e lateral e circundução permitidas. Constitui-se das articulações da tíbia e da É composto por vários fíbula com tálus, sendo pequenos e suas uma articulação do tipo articulações, os gínglimo que é reforçada movimentos dessa Joelho lateral e medialmente articulação são a inversão pelos ligamentos. Os e eversão, abdução e movimentos do tornozelo adução, flexão e extensão são a dorsiflexão e a dos dedos do pé. plantiflexão. 6.4 Biomecânica da coluna e pelve A coluna vertebral compõe-se de 33 vértebras que se dividem em cinco regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. A coluna cervical, torácica e lombar possui segmento móvel, que são os pares de vertebras adjacentes e seus tecidos moles interpostos. Três articulações conectam as vertebras de cada segmento móvel. Os discos intervertebrais têm a função de amortecer o impacto nas articulações vertebrais que sustentam peso. Os músculos do pescoço e do tronco são nomeados em pares, um de cada lado do corpo. Esses músculos trabalham realizando a flexão e/ou rotação lateral do tronco quando agem unilateralmente e a flexão ou extensão do tronco quando agem de forma bilateral. As forças atuantes sobre a coluna vertebral incluem peso do corpo, a tensão nos ligamentos vertebrais e a tensão nos músculos circundantes, a pressão intra-abdominal e qualquer carga aplicada externamente. A coluna vertebral atua como caixa protetora da medula espinal, por isso as lesões vertebrais são tão graves. 7 Desequilíbrios musculares e suas repercussões Os desequilíbrios musculares referem-se à diferença de força e flexibilidade entre grupos musculares que agem sobre uma mesma articulação. Geralmente, acontece quando um grupo muscular está mais forte, encurtado ou tensionado que seu antagonista. equilíbrio do corpo é totalmente relacionado ao sistema nervoso central, ao feedback sensorial das estruturas osteoligamentares e ao controle da musculatura ativa. Dessa forma, quando ocorre uma disfunção, 0 resultado é a instabilidade, que de alguma forma será compensada pelo corpo. Para compensar esses desequilíbrios musculares, os músculos mais utilizados tornam-se mais fortes ou encurtados em detrimento dos seus antagonistas que se tornam mais fracos. Diversos são os fatores contribuintes e agravantes dos desequilibrios musculares. Um deles é desalinhamento postural resultante de uma alteração do posicionamento das estruturas ósseas. Também há sobrecargas excessivas em algumas articulações, ligamentos ou outras estruturas que corroboram para as lesões agudas ou até mesmo Como explicação para os desequilíbrios também temos as causas secundárias como uma lesão antiga, como em lesões traumáticas e neurológicas que muitas vezes trazem como consequência a inibição ou facilitação das contrações de determinados músculos. Um muscular dificilmente é percebido na sua fase inicial, sendo percebido apenas quando se iniciam seus quadros álgicos e/ou É ISSO AÍ! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer as melhores técnicas de terapia manual; conhecer as principais ferramentas de trabalho postural; aprender a fazer avaliação postural; aprender sobre biomecânica óssea e muscular; aprender sobre a biomecânica da coluna, pelve e extremidades; aprender sobre os desequilíbrios musculares e suas repercussões no corpo humano.

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