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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO A linguagem é um conjunto de signos verbais e não verbais , pelo qual o ser humano representa e se organiza na sociedade, tangendo aspectos históricos, culturais e sociais (podendo haver, portanto, variações). É através da língua - ex. de linguagem - que o emissor emite a mensagem a qual o receptor decodifica a mensagem e dá o feedback ao emissor. Isso considerando a falta de ruídos que interferem a comunicação (ambiguidade, texto não coeso…); São apontados seis elementos básicos do processo comunicativo : Elementos da comunicação Funções da linguagem emissor emotiva (centrada na pessoa) receptor apelativa mensagem poética (usa da expressividade para melhorar a estética escrita) código (linguagem) metalinguística canal (meio) fática (comunicação funcional e objetiva) referente (o que se refere) referencial (preocupação com a informação) O texto é uma unidade de sentido a qual deve transmitir uma mensagem com clareza da referencialidade e considerar sua intencionalidade, seu gênero textual e sua expectativa que o receptor tem dele , assim, a construção textual é tangente a sintax e (saber ordenar as palavras [SVC] para construir um sentido do texto sem erros [concordância, regência …] nas orações ou em um período), a coesão (refere-se à articulação das ideias do texto por meio dos termos dos sinais de pontuação, pronomes, advérbios e conjunções são elementos de coesão e é construída por elementos gramaticais e lexicais, como p/ ex., termos anafóricos [palavras que fazem referência a um antecedente já usado no discurso], a coerência (diz respeito à lógica do texto, ou seja, não pode haver contradições) e a concisão (o texto ser direto, simples e eficiente) ➔ Hiperônimos são palavras amplas, que englobam outras, os hipônimos . P/ ex., a flor é hiperónimo, engloba rosa e cravo (hipônimos). ERROS COMUNS: 1. CONCORDÂNCIA VERBAL a. O verbo “haver” no sentido de “existir” não tem sujeito, por isso, deve ficar sempre no singular; e só terá plural se for auxiliar: ‘Eles já haviam saído quando as pizzas chegaram’; b. O uso da partícula “se” é necessário distinguir se a oração está na voz passiva sintética ou não. Para isso, usamos o “truque” de transformá-la para a voz passiva analítica: “Consertam-se geladeiras (Geladeiras são consertadas)”. Quando não é possível fazer a transformação, o verbo fica no singular, pois se trata de um caso de sujeito indeterminado: “Precisa-se de funcionários experientes (Não é possível dizer: de funcionários experientes são precisos”; 2. CONCORDÂNCIA NOMINAL (o adjetivo, o pronome, o artigo e o numeral concordam com o substantivo a que se referem) a. Adjetivo “anexo” e “incluso”: “Segue anexa a cópia”, “Seguem anexos os contratos.”. b. A palavra “meio”, se tiver sentido de advérbio, é invariável. O feminino é usado para designar a metade: “Ela está meio nervosa (Ela está um pouco nervosa).”, “meio-dia e meia”; 3. PREPOSIÇÃO (observar a regência) a. “Gostar” exige a preposição “de”, e o adjetivo “apto” exige a preposição “a”; b. O segredo é observar a regência dos verbos ou dos adjetivos e substantivos que usamos: “Não li o regulamento a que (ao qual) devemos obedecer.”, “Não li a obra a que (à qual) o professor fez referência”, “Conheci a garota de quem (da qual) ele tanto falava”; 4. PRONOMES a. Cujo: sempre acompanha um substantivo, marca uma relação de posse entre o antecedente e o termo especificado pelo pronome. “O autor cujo livro será lançado hoje perdeu o avião (o livro do autor)”, “Apaixonei-me por uma menina cujas amigas me odeiam (as amigas da menina)” b. Onde: equivale a em que e no(a) qual quando o termo antecedente indica lugar físico: “São Paulo é a cidade onde moro.” 5. PRONOMES PESSOAIS a. Os pronomes do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós e eles) não podem ser usados como complementos do verbo (objetos). Para isso, devem ser empregados os pronomes oblíquos: “Encontrei-o na rua. Avisaram-na de que a prova foi adiada.” 6. FORMAS VERBAIS a. Particípio é a forma nominal que expressa uma ação já finalizada (terminações “ado” e “ido”) e apresentam a forma regular e irregular - verbos abundantes -, por isso, aconselha-se usar os verbos auxiliares ter/haver para regulares, e “ser” para irregulares: “Eu não tenho pagado todas as minhas contas”/“O boleto foi pago”; 7. DÚVIDAS COMUNS a. Porque significa “por qual motivo”/por que pode ser substituída por “uma vez que” ou “pois”/ “por quê” é usado também no sentido de “por qual motivo”, mas no final da frase/ o “porquê” é quando ela passa a designar “motivo”, vem acompanhada de artigo definido ou indefinido; b. Onde - lugar físico; Aonde - “para onde”; c. “Em vez de” deve ser usado no lugar de /”ao invés de” deve ser usada no sentido de “ao contrário de”; Um gênero textual supõe regras comunicacionais que dizem respeito a um tipo de texto: ➔ Narrativas: narra-se algo que acontece com uma personagem; constituído por: narrador, personagens, enredo, tempo e espaço, marcado pela anterioridade e posterioridade dos fatos; ➔ descrições: tem por objetivo enumerar as características de algo ou de alguém; marcado pela simultaneidade dos enunciados, sem relação de anterioridade e posterioridade; ➔ dissertações: são apresentadas as informações (dissertativa expositiva) e a defesa de um ponto de vista sobre algo (dissertativa argumentativa), buscam manter a impessoalidade e a objetividade; ● Tipos de argumentos: a. argumento de autoridade: citação de autores renomados, com domínio do saber. b. argumento baseado no consenso: formulação de proposições evidentes por si mesmas, das quais dificilmente alguém irá discordar. c. argumento baseado em provas concretas: apresentamos um fato, um exemplo ou dados estatísticos sobre o assunto; d. argumento com base no raciocínio lógico: relações entre proposições e provas (analogias, método indutivo…) e. argumento da competência linguística: habilidade no uso da linguagem e na utilização de conceitos, por exemplo, é um fator que gera mais credibilidade ao enunciador; ● Erros de argumentação: a. Noções de totalidade indeterminada ou generalistas: falta de reflexão analítica e de informação; b. noções semiformalizadas: emprego inadequado de palavras; c. Defeito pelo exemplo ou ilustração; 1. Os textos do gênero acadêmico têm como objetivo expor resultados de pesquisas de modo impessoal (função referencial), objetivo, crítico, assertivo e claro, além de seguir a norma culta. Tipos: ➔ O fichamento consiste em facilitar o armazenamento e a consulta de informações/trechos importantes de textos; de citação: trechos do texto; de conteúdo: trechos + resumo da ideia central; e de crítica: comentários sobre a obra. ➔ O objetivo do resumo é sintetizar o conteúdo de um texto, registrando suas informações mais importantes. ➔ Resenhar “significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem”. A resenha crítica é composta por uma parte descritiva e por outra opinativo-argumentativa.➔ A paráfrase é o texto que expressa as ideias de outro texto, mas com palavras próprias. ➔ O ensaio apresenta os posicionamentos críticos do autor a respeito de um tema ou de uma obra; o literário (informal) e o acadêmico (formal e com fundamentação). ➔ A estrutura do relatório varia em função da área de saber e dos objetivos. Em essência, trata-se de um texto com características narrativas e descritivas; Na academia, em geral, é composto pelas seguintes partes: capa; sumário; introdução; desenvolvimento (narração e descrição das ações); conclusões; referências bibliográficas; anexos. ➔ A comunicação científica é a exposição de uma pesquisa em congressos, seminários, etc. ➔ O artigo científico é a publicação que apresenta e discute ideias, processos e resultados a fim de divulgar os resultados ou soluções para um tema, podem ser analíticos (definem o assunto e descrevem aspectos relacionados a ele) , classificatórios (definem o assunto e descrevem aspectos relacionados a ele + agrupam de acordo com algumas características) ou argumentativos (defendem um enfoque sobre o tema e o fundamentam). Para isso, é preciso delimitar o tema e os objetivos que se pretende atingir, e isso é feito através de um projeto de pesquisa (tema; objetivos; problema; hipóteses; justificativa; referencial teórico; metodologia; cronograma; referências bibliográficas); ➔ A monografia é uma dissertação que trata em profundidade de um tema único, com abordagem bem delimitada; introdução (indica-se o tema a ser abordado, a justificativa e a metodologia), desenvolvimento (dividido em itens e subitens, apresentam-se a explicação, a discussão e a demonstração sobre o tema) e conclusão. 2. Nos textos da comunicação empresarial , predomina a impessoalidade e a informação (função referencial), a objetividade, a linguagem formal e a clareza. ➔ As cartas comerciais são um meio de comunicar informações importantes da empresa com clientes, fornecedores e parceiros, é muito importante que o texto seja conciso, coeso, coerente e claro, e que obedeça à norma culta. ➔ Aviso: ele varia seu formato de acordo com seu propósito, mas é importante que a mensagem seja clara, que o texto seja coeso e respeite a norma culta. ➔ Ata aponta, cronologicamente e em um parágrafo, as ocorrências de uma reunião no pretérito do indicativo, sem rasuras, podendo ser possível corrigir com a palavra “digo” ou, no final do documento, utilizar a expressão “em tempo” seguida da devida correção. ➔ Declaração : declara o conhecimento de determinado fato. É assinado por alguém que se responsabiliza pela informação. ➔ Relatório: relato de ocorrências e fatos que foram averiguados em determinado trabalho para informar e tomar providências sobre, estrutura narrativo-descritiva. O nível de detalhamento, o grau de formalidade, a periodicidade e o tamanho do relatório dependem da natureza da atividade a ser relatada. ➔ Requerimento: deve ser redigido em terceira pessoa e ter os seguintes elementos constitutivos: vocativo, teor (com pedido e justificativa) e fecho; documento que é requerido por alguém;