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Hérnias -uma hérnia é a protrusão/abaulamento/saída de alguma coisa do seu local de domínio (onde ela deveria estar) - uma hérnia é constituída de um anel herniário (falha) + protusão do conteúdo (saco herniário) - saída uma coisa de um lugar que não era pra estar saindo o problema é sair e não voltar pode sair alguma coisa importante e faltar suprimento sanguíneo (estrangulamento) - as hérnias mais frequentes são as inguinais - protusão, abaulamento, tumoração, nodulação - pode ser dolorosa ou indolor - Hérnia é a protusão, ou seja, o escape parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abriu, por má formação ou enfraquecimento, nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos do abdômen 2 coisas: fraqueza da parede abdominal e presença de ductos – -Nos músculos onde ocorre a aponeurose -Hernia inguinal é a mais comum: pelo ducto peritônio-vaginal (migração pelo canal inguinal) e fraqueza da região abdominal -hernia umbilical persistência do uraco (VER!!) -Desconforto, dor, força o abaulamento aumenta CLASSIFICAÇÃO 1- redutível - sai e volta (livre) 2- encarcerada/irredutível - dor à palpação, edema local - pode evoluir para uma estrangulada 3- estrangulada - sinais inflamatórios e infecciosos, sinais flogísticos locais, necrose da parede abdominal. Ocorre a limitação do fluxo sanguíneo – isquemia Cirurgia: quando muito grande, hernia encarcerada é cirúrgico (menos de 6h pode tentar reduzir manualmente, depois de 6h é obrigatoriamente cirúrgica) possivelmente urgência, estrangulada é uma emergência Redutível: se for pequena e não incomoda pode deixar OBS: 3 componentes: anel herniario (componente fibroso e pouco elástico) , saco herniario (peritônio fora da cavidade) e o conteúdo herniario (alça intestinal ou gordura) HÉRNIAS VENTRAIS - protusão através da fáscia da parede abdominal anterior - hérnia que está saindo por um defeito na parede abdominal anterior - espontâneas ou adquiridas - hérnias epigátricas acima do umbigo - hernias umbilicais - hernias hipogástricas abaixo do umbigo - hérnias incisionais pacientes submetidos a qualquer tipo de incisão cirúrgica, no pós operatório, pode evoluir para uma abertura das faces (gerando eventração -a parede da pele segura- ou evisceração -a pele não segura) – tensão, nutrição e infecção local a) fatores de risco das hérnias ventrais (aumento da pressão intra-abdominal e fraqueza da parede abdominal) - sexo masculino - idade - obesidade - apneia do sono - DPOC - hiperplasia prostática - infecção de ferida operatória b) anatomia - músculos: reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno e transverso -Aponeurose dos 3 músculos recobre o reto abdominal anterior e posterior Abaixo da linha arqueada, sempre anterior ao musculo reto e posteriormente forma a fáscia transversales, na região inguinal ela é o assoalho da região Linha arqueada – supra umbilical tem menor chance e infra tem maior chance c) diagnóstico - história clínica - exame físico - feito em pé, no primeiro momento, e depois em decúbito dorsal (deitado) - O achado mais comum no exame físico é o abaulamento na região inguinal. O médico realiza o exame físico com o paciente em pé, e na sequência, com o paciente deitado. Existe um teste muito importante chamado de manobra de Valsalva, na qual o paciente é convidado a soprar o dorso da mão, sem deixar o ar escapar. Na existência da hérnia, ao realizar essa manobra a tendência é que a região inguinal apresente-se abaulada, ou seja, a hérnia torna-se visível - exames complementares (ultrassom ou tomografia) - a tomografia mostra qual o conteúdo da hérnia HÉRNIAS UMBILICAIS - normal até os 2 anos de idade - reparo cirúrgico se persistirem após os 5 anos - a chance de encarceramento é pequena a) epidemiologia - mais comum em negros - em adultos, mais comuns em mulheres - aumento da pressão intra-abdominal (ascite, cirrose, parto) b) assintomáticas - quando pequenas, não deve ser operadas - sem sintomas de dor, dor aos esforços, inflamação local, saída de secreção - hérnias acima de 2 ou 3cm devem ser reparadas c) são operadas - ascite - o paciente com ascite que tem uma hérnia umbilical, só vamos operar a hérnia do ascitico em situações de urgência e emergência - a mortalidade é muito alta em operar hernias em asciticos - sintomáticos - grandes - encarceradas d) reparo - primário com 30% de recidiva até 3 cm (só ponto) - devemos usar fio inabsorvível -mas aqui não se usa - acima de 3 cm prótese (tela) - laparoscopia para hérnias recidivadas e grandes defeitos recuperação precoce, menor tempo de cicatrização, menor tempo de internação hospitalar, retorno precoce ao serviço ruim: anestesia geral precisa estar com o coração melhor, custo OBS:o tamanho é para todas as hernias HÉRNIAS EPIGÁSTRICAS - maior frequência em homens - múltiplas em 20% (geralmente estão juntos com a umbilical) - 80% estão fora da linha média - hérnia epigástrica SEMPRE deve ser operada - reparo primário (sutura) - uso de tela só em defeitos grandes (>3cm) - sempre tratamento cirúrgico - fio inabsorvível HÉRNIA INCISIONAL - tensão ou cicatrização inadequada - muitas vezes ligadas a infecção, seroma - mais complexas - não fechou falha muito grande abdômen inabitável se fechamos o abdômen com muita tensão aumento de recidiva e comprime a respiração (atelectasia) - complicam com frequência - perda do domínio abdominal - tratamento pode ser complexo - Todo paciente que se submete a uma cirurgia abdominal, corre o risco de evoluir com uma hérnia no local da incisão. Estudos mostram que esta possibilidade gira em torno de 20 a 30%. As hérnias incisionais, como são conhecidas, resultam da fraqueza da musculatura abdominal no local das incisões cirúrgicas, que promovem abaulamentos da parede, por onde podem passar, inicialmente a gordura da parede abdominal, ou até órgãos intra-abdominais como o intestino ou o epiplon. - geralmente as hérnias incisionais fáceis de corrigir são as hérnias “novas”, que ocorrem pouco tempo após a cirurgia HÉRNIAS INCOMUNS - hérnia de spingel - hérnia abaixo da linha arqueada - hérnia do obturador - hérnia lombar - hérnia perineal - hérnia isquiática HÉRNIAS INGUINAIS - são as mais frequentes - estima-se que 5% da população pode ter hernias, sendo que 75% são inguinais - 60% a 80% são hérnias inguinais indiretas (mais frequentes) - homens são 25x mais propensos a terem hérnias inguinais - conteúdo sai pelo canal inguinal a) hérnia inguinal indireta -Não relacionada a parede, mas sim pelo canal inguinal Canal inguinal: homem funículo espermático- ducto deferente, musculo cremastérico, nervo ramo genital do nervo genito-femural, (iliohipogastrico e ingunal passa ao lado), vasos pampiniforme PROVA - são as hérnias laterais aos vasos epigástricos - são aquelas hérnias onde o conteúdo está saindo pelo anel inguinal interno (é um forame que no homem tem um conteúdo maior, pois é ali onde migra o testículo) - a hérnia inguinal mais frequente é a direita - o que tem no canal do homem: vasos cremastérico, vasos testiculares, nervos, músculos, ducto deferente - no da mulher: ligamento redondo - acontece pela entrada de um conteúdo no anel inguinal b) hérnia direta - é uma hérnia medial aos vasos epigástricos - é proveniente de uma fraqueza da parede abdominal, propensão a ser na união aponeurose - As hérnias inguinais indiretas, são defeitos normalmente congênitos devido a persistência do conduto peritônio-vaginal. Têm seu defeito lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e, por se insinuarem por dentro do canal inguinal, é o tipo de hérnia inguinal que mais encarcera. - Diferentemente das indiretas, as hérnias inguinais diretas representam 30-40% das hérnias inguinais no homem e 14-21% das inguinais na mulher. Elas são definidas pela protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos epigástricos inferiores, através do triângulo de Hesselbach. - Em sua maioria são adquiridas, devido a fraquezada parede posterior do canal inguinal, diminuição de hidroxiprolina (espécie de colágeno das aponeuroses), outras alterações ultraestruturais do colágeno e menor atividade do fibroblasto. Este conjunto de fatores leva à menor resistência e à maior vulnerabilidade. - O problema aqui é adquirido ao longo da vida. A principal causa o enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal, neste caso, na região do triângulo de Hasselbach (ou trígono inguinal). Algumas causas das alterações do colágeno são: - doenças crônicas - desnutrição - tabagismo - idade avançada - aumento de atividade física - doenças do tecido conjuntivo (síndrome de Ehler-Danlos e doença de Marfan) - Lembram que o limite lateral desse triângulo são os vasos epigástricos inferiores? Resultado… as hérnias inguinais diretas têm seu defeito medialmente aos vasos epigástricos inferiores. Vejam a figura e identifiquem o local de cada defeito. Observem que o conteúdo herniário está praticamente no mesmo local, mas O SEU LOCAL DE ORIGEM É DIFERENTE. Triangulo de heisselbach Assoalho é a fascia transversales, tendão conjunto do obliquo interno,externo e transverso - -importancia: lateral ao vaso epigástrico – é indireta No triangulo é a hernia direta , medial ao vaso epigástrico superficiais -fraqueza da parede -Ligamento inguinal -aponeurose do obliquo externo abaixo tem oespessamento do aponeurose do transverso e obliquo interno – ligamento de cooper e na pubis é popy classificação de nyhus – para a residência -manobra de landivar –se saco herniario bater na ponta do dedo é hernia indireta, se bater na polpa(na parte palmar) é direta - quando se trata hérnia inguinal? - depende do paciente (idade principalmente) - está sintomático? - está complicado? Encarcerou? - encarcerou urgência - estrangulou emergência - tratamento clínico para pacientes que não serão submetidos a cirurgia HÉRNIA INGUINAL FEMORAL - mais frequente em mulheres - estrangula com facilidade DIAGNÓSTICO HÉRNIA INGUINAL - história clínica - exame físico completo e especifico - exames complementares (ultrassom ou tomografia) TRATAMENTO CIRÚRGICO - reparos anteriores (cirurgias abertas) - corte anterior (externo para interno); técnicas com tensão (alta recidiva, dor pós operatória) técnica de bacini- pega uma parte anatômica e sutura -Não resolve a femural, pois esta passando abaixo da inguinal -tecnica de mcvay – ainda usa para a femural - reparos pré-peritoniais - redução da hérnia no pré-peritônio - tension free technique - técnica sem tensão - uso de telas a tela vai fazer um processo pró-inflamatório local que vai funcionar como uma aponeurose - uso de tela de polipropileno - reparo laparoscópico - alto custo - reservadas para hernias bilaterais e recidivas Ramo genital, hipogástrico e inguinal -nervo – triangulo pain Doom-vasos femorais a) vantagens da videolaparoscopia 2 técnicas: tep e tap – - recuperação - dor - exposição da anatomia - reparar todos os defeitos - menor infecção Indicações: recidiva ou bilateral Desvantagens: custo, anestesia, tempo cirúrgico ou complicações Lesão de veia é pior que artéria, COMPLICAÇÕES DA HERNIORRAFIA INGUINAL - infecção - seroma (essa complicação não existe na videolaparoscopia) – quando tem tela é a principal - dor/neuralgia - orquite - lesão do deferente HÉRNIA FEMORAL - 3% das hérnias inguinais - mais comum em mulheres - tratamento é pela técnica de MacVay - maior chance de estrangulamento - técnicas - macvay (técnica mais usada) - videolaparoscopia - pré-peritonial - todas as hérnias femorais devem ser operadas, pois a chance de encarceramento é muito alta Diagnostico diferencial Hernia inguinal -hidrocele (sempre palpar os testículos) -tumor testículo Sempre examinar testículo do paciente image1.png image2.jpeg image3.png