Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
30 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
31 
Edimilson Ribeiro 
Márcia Feitosa 
Soraia Statonato 
 
 
 
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música 
não começaria com partituras, notas e pautas. 
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas 
e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. 
 Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma 
 me pediria que lhe ensinasse o mistério 
daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. 
 Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são 
 apenas ferramentas para a produção da beleza musical. 
A experiência da beleza tem de vir antes. 
 
Rubem Alves 
 
 
 
 
 
 sondagem da escrita dos estudantes se configura em um dos 
recursos que o professor dispõe para conhecer as hipóteses que 
seus estudantes possuem em relação à aquisição do Sistema de 
Escrita Alfabética (SEA), pois, a partir da sondagem e de sua interpretação, o 
professor poderá propor situações de ensino e de aprendizagem que sejam mais 
adequadas aos conhecimentos dos estudantes. 
Saber o que realmente os estudantes sabem em relação ao SEA ajuda o 
professor a propor atividades em sala que possam, de fato, fazer com que cada 
estudante avance rumo à escrita alfabética. Além disso, a sondagem é o momento no 
qual os estudantes têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que escrevem, 
particularmente, a escolha de quantas e quais letras são utilizadas para escrever 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
32 
uma palavra e a relação entre as emissões sonoras (fonemas) provenientes da 
palavra falada com as partes (grafemas) da palavra escrita. 
 Cada uma das sondagens realizadas com os estudantes poderá ser 
organizada em um portfólio, para que, tanto o professor da turma, quanto a equipe 
gestora da escola e os PEC e Supervisores que a acompanham possam sempre 
recorrer a esse portfólio, quando necessário ter acesso a informações, no que diz 
respeito ao percurso de cada estudante rumo à escrita alfabética. 
Para a inserção dos dados do sistema “Mapa Classe” a ideia é que os docentes 
cumpram o cronograma da Coordenadoria Pedagógica (COPED) para a aplicação e 
a inserção dos dados dos estudantes no sistema. Nesse sentido, os dados deverão 
ser inseridos pelo professor da turma e validados pelo Coordenador de Gestão 
Pedagógica (CGP) e pelo Diretor, em nível escolar. Por outro lado, nas Diretorias de 
Ensino, os PEC (Professores Especialistas de Currículo) e Supervisores de Ensino 
dos Anos Iniciais são responsáveis pelo acompanhamento dos avanços dos 
estudantes, por meio do sistema, bem como, a consolidação dos dados referentes às 
escolas sob sua jurisdição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
33 
 
 
 inserção dos dados na plataforma “Mapa Classe” é de 
fundamental importância. Afinal, o mapa se configura em uma 
ferramenta útil para colaborar com o trabalho diário do 
professor e dos outros profissionais envolvidos na gestão da aprendizagem em nível 
escolar, nas diretorias de ensino ou nos órgãos centrais da Seduc. 
Um dos problemas observados diz respeito a hipótese não foi cadastrada, 
muitas vezes devido a falta do estudante na semana destinada à realização da 
sondagem na escola, neste caso, vale destacar que os estudantes não regridem em 
seus conhecimentos já construídos, pois continuam a avançar rumo à escrita 
alfabética. Sendo assim - caso não realizem a sondagem - pode-se (em último caso) 
repetir a hipótese que ele apresentou na última sondagem realizada. 
No entanto, além do sistema “Mapa Classe” na sala de aula, a elaboração de 
um portfólio destinado às sondagens realizadas pelos estudantes é uma prática 
comumente encontrada entre os professores que atuam nos Anos Iniciais, pois esse 
instrumento possibilita que o professor possa “acomodar” em um mesmo lugar as 
sondagens realizadas no decorrer do ano e, frequentemente, consultá-las para 
analisar e refletir sobre os avanços de cada um dos seus estudantes. 
No sentido de exemplificarmos a necessidade de se elaborar um portfólio das 
sondagens das escritas dos estudantes, vamos analisar os avanços das escritas da 
estudante Júlia (Quadro 1) e do estudante Luciano (Quadro 2). Ambos estavam no 
primeiro ano do Ensino Fundamental quando foram realizadas as sondagens e 
foram acompanhados durante todo o ano. A análise de suas escritas fornece 
elementos fundamentais para compreendermos não só a importância do portfólio, 
como também de como os estudantes pensam e refletem sobre a escrita. 
 
11SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
SONDAGEM EM LÍNGUA PORTUGUESA
Sondagem de Escrita
A sondagem de Língua Portuguesa para o Ciclo de Alfabetização avaliará a escrita e a leitura dos 
estudantes, considerando que os dois processos são complementares e essenciais à alfabetização.
Para os 1º e 2º anos, momento em que os estudantes estão se apropriando do Sistema de Escrita 
Alfabético ­ SEA, a sondagem de escrita será de uma lista de palavras, do mesmo campo semântico, ditada 
pelo professor ou pela professora aos estudantes. Trata­se de uma escrita individual, na qual os alunos 
registram palavras ditadas pelo professor e sem consulta a fontes impressas ou intervenções específicas 
que possam interferir na escrita do estudante. Para sua realização, alguns aspectos procedimentais devem 
ser considerados, entre eles:
 y Realizar a sondagem em folha sem pauta;
 y Primeiramente, solicitar que o estudante escreva seu próprio nome no alto da folha. (A escri­
ta do nome contribui com a análise do professor em relação a quantidade e qualidade da 
escolha das letras pela criança); 
 y Ditar palavras que variam na quantidade de letras e sílabas (evitando a repetição de vogais 
numa mesma palavra) iniciando­se pela polissílaba, depois a trissílaba, a dissílaba e a mo­
nossílaba, sempre nesta ordem;
 y Ao ditar, evitar a escansão ­ a pronúncia destacando as sílabas separadamente. Diga as 
palavras normalmente;
 y Após a lista de palavras, ditar uma frase que envolva pelo menos uma delas, para verificar 
se a escrita permanece estável;
 y Solicitar que os estudantes, leiam o que escreveram, imediatamente após a escrita , para 
verificar a relação que estabelecem entre a escrita e a leitura (procedimento importante para 
a confirmação da hipótese);
 y Oferecer letras móveis aos estudantes que se mostrarem resistentes quanto à produção es­
crita (nestes casos, o professor fará o registro de como ficou a escrita).
Como nas demais práticas de escrita na escola, a sondagem deve ser oferecida diante de uma situa­
ção comunicativa. É possível, por exemplo, propor a escrita de uma lista de animais que podem visitar em 
um passeio ao zoológico; ou uma lista de frutas que usarão para fazer uma sobremesa.
Vale ressaltar que as palavras ditadas devem pertencer a um mesmo campo semântico, por exemplo: 
lista de brinquedos, de materiais escolares, ingredientes para uma receita etc. Estas são escolhas importan­
tes diante da necessidade de se pensar o uso social da linguagem nas práticas de ensino.
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
34 
 
 
 
A evolução da escrita da estudante Júlia11 
Em relação ao avanço da escritaIn: Zabala, A. (Org.). Como trabalhar os conteúdos 
procedimentais em aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. pp. 165-192. 
BARROS, M. d. (2006). Memórias Inventadas. A segunda infância. São Paulo (SP): Planeta do 
Brasil. 
 
BRAKLING, K. L. (2001). Linguagem oral e linguagem escrita: diferenças e impregnações. 
PEC-Formação Universitária. Unidade 4.1. Tema 4. Módulo 2: Linguagem, 
Interação Social e Cidadania. São Paulo, São Paulo: SEE de SP/Fundação 
Vanzolini/USP/PUC/UNESP. 
 
BRAKLING, K. L. (2002). Linguagem oral e linguagem escrita: novas perspectivas em 
discussão. Fonte: EDUCAREDE: 
 http://www.educarede.org.br/educa/html/index_oassuntoe.cfm. 
D’AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1977. 
DOLZ, J. &. (1996). Un decálogo para enseñar a escribir. (T. d. restrita, Ed.) CULTURA y 
Educación, 2, 31-41. 
 
DOLZ, J., GAGNON, R., & DECÂNDIO, F. (2010). Produção escrita e dificuldades de 
aprendizagem. Campinas (SP): Mercado de Letras. 
FAYOL, M. A criança e o número: da contagem à resolução de problemas. Tradução Rosana 
Severino de Leoni. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 
FERREIRO, E. &. (1986). A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre (RS): Artmed. 
 
FERREIRO, E. (1990). A escrita como sistema de representação. Em E. FERREIRO, Reflexões 
sobre Alfabetização (pp. 10-16). São Paulo (SP): Cortez Editores. 
 
FERREIRO, E. (2008). Alfabetização e Cultura Escrita. Revista Nova Escola. São Paulo, São 
Paulo, Brasil: Editora Abril. Fonte: 
 http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0162/aberto/mt_245461.shtml. 
 
IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. São Paulo: Globo, 1989. 
 
KAUFMAN, Ana Maria. Leer y escribir: el día a día en las aulas. Buenos Aires: Aique Grupo 
Editorial, 2009. 
 
KOCK, I. (2002). O texto e a construção de sentidos. Caminhos de Linguística. São Paulo (SP): 
Contexto. 
 
LERNER, D. (maio-2002). A Autonomia do Leitor. Uma Análise Didática. Revista de Educação. 
N. 6. 
LERNER, Delia Zunino, D. A Matemática na escola aqui e agora. Porto Alegre: Artes Médicas, 
1996. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
55 
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 
2002. 
PARRA, C.; Saiz, I. (Org.). Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1996. 
PIRES, C. M. C. Conversas com professores dos anos iniciais. São Paulo: Zapt Editora, 2012. 
PIRES, C. M. C. Currículos de Matemática: da organização linear à ideia de rede. São Paulo: 
FTD, 2000. 
PIRES, C. M. C. et al. Espaço e Forma. São Paulo: Porém Editora, 2012. 
PIRES, C. M. C. Números naturais e operações. São Paulo: Editora Melhoramentos. 2013 (Como 
eu ensino). 
POZZO, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
ROJO, R. H. (1999). Oral e escrito em sala de aula. Letramento escolar e gêneros do discurso. 
Anais do II Congresso Nacional da ABRALIN: s/p., CD-ROM. Florianópolis: 
UFSC/ABRALIN. 
 
SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Documento 
orientador para sondagem de Matemática: Ciclo de Alfabetização e 
Interdisciplinar – Ensino Fundamental. – São Paulo: SME / COPED, 2018. 
 
SCHNEUWLY, B., & DOLZ, J. (1998). Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas (SP): Editora 
Mercado de Letras. 
SIMON, M. A. (1995). Reconstructing mathematics pedagogy from a constructivist 
perspective. Journal for Research in Mathematics Education, 26 (2). pp. 114-145. 
TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da linguagem escrita. 13 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: 
Vozes, 2008. 
 
VYGOTSKY, L. (1991). Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 
 
VYGOTSKY, L. S. (1989). A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes. 
 
WEISZ, T. (1985). Repensando a prática de alfabetização: as ideias de Emília Ferreiro na 
sala de aula. Cadernos de Pesquisa, Nº 52, pp. 115-119. 
 
WEISZ, T. (1988). As contribuições da psicogênese da língua escrita e algumas reflexões 
sobre a prática de alfabetização. Ciclo Básico em Jornada Única: uma nova 
Concepção de Trabalho Pedagógico em São Paulo. São Paulo (SP): SEE de SP/CENP 
- Coordenadoria De Estudos e Normas Pedagógicas. 
 
WEISZ, T. (2002). O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo (SP): Ática. 
 
WEISZ, T. (nov/dez 2003 - jan/2004). Didática da leitura e da escrita: questões polêmicas. 
Pátio - Revista Pedagógica, Nº 28.pode-se observar que, na primeira 
sondagem, a estudante apresentava uma escrita silábica com valor sonoro 
convencional, pois atribui uma letra para cada emissão sonora da palavra, bem como 
reconhecia cada um desses sons. 
Na segunda sondagem, seu avanço é bastante visível, pois a estudante 
encontra-se num momento de reflexão na qual chamamos de transitória, pois sua 
escrita se alterna entre a alfabética – quando reconhece mais de um elemento de 
cada emissão sonora da palavra – e a escrita silábica – quando reconhece apenas um 
dos elementos que compõem a sílaba, portanto a escrita do estudante A, nesta 
sondagem, encontra-se na hipótese silábico-alfabética. 
Na terceira sondagem a estudante demonstra que compreendeu o Sistema de 
Escrita Alfabética (SEA), no entanto, apresenta uma escrita com ortografia não 
convencional, conforme se nota na escrita da palavra DINOSSAURO, em que escreve 
DINOSARO. 
Ao compararmos a última sondagem às demais, percebe-se o quanto o 
estudante avançou no que se refere ao eixo qualitativo da escrita, pois escreve a 
maioria das palavras das quais’ a grafia é convencional, ou seja, escreve de forma 
alfabética e pensa de forma sistemática na ortografia convencional das palavras que 
escreve. 
 
 
 
 
 
 
11 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
35 
 
Quadro 1. Avanço observado na produção escrita da estudante Júlia12 
 
1ª Sondagem 
 
 
 
 
2ª Sondagem 
 
 
3ª Sondagem 
 
 
 
 
4ª Sondagem 
 
 
12 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
36 
 
 
A escrita do Luciano13 
Ao analisar o avanço da escrita de Luciano observa-se que, na primeira 
sondagem, ele ainda apresenta uma escrita em que a relação entre a fala e a escrita 
não está ainda estabelecida, no entanto, demonstra saber que, para se escrever, é 
necessário utilizar letras. Sua escrita, nesse momento, é pré-silábica. 
Na segunda sondagem, o estudante apresenta uma escrita silábica sem valor 
sonoro, pois indica, na leitura, que estabelece relação entre partes do falado com 
partes do escrito, ou seja, um avanço conceitual em relação à primeira sondagem. 
Ele dá seu primeiro passo em relação ao SEA e compreende que parte do que se fala 
pode ser reproduzida por partes sequenciadas na escrita. 
Na terceira delas, o avanço é ainda maior e visível porque apresenta uma 
escrita silábica com valor sonoro convencional, contudo atribui uma letra para cada 
emissão sonora das palavras (fonemas), no entanto seu avanço mais aparente está 
no fato de ele reconhecer de maneira sistemática uma das letras que compõem cada 
sílaba da palavra. 
Por fim, na última produção nos deparamos com uma escrita silábico-
alfabética, porque há momentos em que reconhece mais de um elemento que 
compõe a emissão sonora (escrita alfabética) e, em outros, apenas um deles (escrita 
silábica), uma escrita bem próxima ao que o estudante A apresentava em sua 2ª 
sondagem. 
 
 
 
 
 
 
 
13 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
37 
Quadro 2. Avanço observado na produção escrita do Estudante Luciano14 
 
Luciano, 1ª Sondagem 
 
‘ 
Luciano, 2ª Sondagem 
 
Luciano, 3ª Sondagem 
 
Luciano, 4ª Sondagem 
 
 
O que devemos considerar, quando se analisa as sondagens dos estudantes 
“A” e “B” é que os estudantes, assim com os adultos, possuem cada um o seu tempo 
de aprendizagem, que ela não é homogênea e o que faz a diferença é a interação com 
outros estudantes e as intervenções realizadas pelos professores, durante as 
situações de ensino e de aprendizagem em sala de aula. 
 
14 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
39 
 
 
 uando observamos o processo de aquisição do Sistema de Escrita 
Alfabética (SEA), fica evidenciado o quanto as crianças, que se 
encontram nesse processo, passam por momentos de reflexão na 
tarefa de compreenderem como se dá a geração de um sistema tão 
complexo para a sua aprendizagem. No texto “Existe vida inteligente no período pré-
silábico?”15, a professora Telma Weisz questiona a forma tradicional de ensino que 
a escola oferece, bem como, a compreensão que se tem – em muitos casos - do 
aprender, pois segundo a pesquisadora qualquer forma de compreender diferenças 
entre competências seja inadvertidamente assimilada à tradição pedagógica de 
classificar os alunos em "fracos", "médios" e "fortes". Diante do cenário apresentado 
pela pesquisadora propomos neste documento a reflexão de como as crianças 
compreendem a escrita e o longo caminho que passam para se apropriarem do SEA. 
A pesquisadora considera ainda os trabalhos publicados sobre a aquisição da 
escrita16, da pesquisadora argentina Emília Ferreiro, pois apresenta a evolução das 
crianças rumo a escrita alfabética, organizada em três grandes períodos, sendo eles: 
1º 
PERÍODO 
 O primeiro período caracteriza-se pela busca de parâmetros de 
diferenciação entre as marcas gráficas figurativas e as marcas 
gráficas não-figurativas, assim como pela formação de séries de 
letras como objetos substitutos, e pela busca de condições de 
interpretação desses objetos substitutos. 
 
15 Texto escrito pela Prof. Dr. Telma Weisz, que compõe a Coletânea de Atividades do Cursista (M1U4T4), do 
Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), publicado pelo Ministério da Educação (MEC), 
Brasília, 2001. 
16 Emília Ferreiro. “A escrita antes das letras”. In Hermine Sinclair (ed.) A produção de notações na criança, São 
Paulo, Cortez Editora, 1990. 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
40 
2º 
PERÍODO 
 O segundo período é caracterizado pela construção de modos 
de diferenciação entre o encadeamento de letras, baseando-se 
alternadamente em eixos de diferenciação qualitativos e 
quantitativos. 
3º 
PERÍODO 
 O terceiro período é o que corresponde à fonetização da escrita, 
que começa por um período silábico e culmina em um período 
alfabético. 
 
Ao observarmos cada um dos três momentos descritos anteriormente fica 
evidenciado que as crianças pensam, a todo momento, e levantam hipóteses em 
relação ao “que se escreve” e ao “como se escreve”, desta forma, as hipóteses variam 
de acordo com o conhecimento dos estudantes em relação ao SEA. A Psicogênese da 
Língua Escrita - obra das pesquisadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky - retrata 
os níveis de apropriação do SEA e descreve algumas hipóteses que os estudantes 
revelam durante esse processo, o que foi um avanço na forma de compreender e 
interpretar as ideias inicias das crianças, quando confrontadas a escrever. 
A seguir, discutiremos cada uma das escritas e as ideias das crianças em 
relação à compreensão do SEA: 
1. As escritas pré-silábicas 
Os estudantes que escrevem em consonância com o período pré-silabico 
podem apresentar diferentes tipos de escrita, uma vez que, a escrita pré-silabica é 
marcada por diferentes momentos, desta forma as crianças podem apresentar as 
seguintes produções: 
A. Escrita baseada em garatujas, pseudoletras, uso sistemático de 
letras e de números e a imitaçãodo traçado da letra do adulto – 
pois bem essa é a fase mais inicial da escrita da criança, já que as 
relações que estabelecem com a escrita estão ligadas aos primeiros 
traços em contato com o lápis e o papel. As garatujas compreendem a 
fase inicial do grafismo das crianças, neste sentido elas utilizam de 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
41 
desenhos bastante primitivos para representar a escrita de diferentes 
palavras. 
Nesse momento há aqueles que ainda representam a escrita de outras 
maneiras, tais como, as chamadas pseudoletras ou “falsas” letras, que 
nada mais são do que caracteres que se parecem com letras, mas que 
não podem ser classificadas como tal, já que seus traçados não são 
completos, outras crianças ainda, utilizam letras e números para 
representar uma determinada palavra, pois precisam compreender 
dois complexos sistemas: o alfabético e o de numeração decimal. 
Existem aquelas que partem por outra reflexão: a de imitar a forma 
rápida (e cursiva) da escrita adulta. Seguem alguns exemplos17 
1 – Uso de garatuja para a escrita 
de CACHORRO. 
 
2 – Escrita com o uso sistemático de 
pseudoletras para a escrita de 
CACHORRO. 
 
3 – Escrita com o uso sistemático de 
letras e números para escrever a 
palavra CACHORRO. 
 
 
4 – Escrita que apresenta a imitação 
da escrita cursiva do adulto para 
CACHORRO. 
 
 
 
B. Escritas compostas pela utilização de letras – um passo adiante 
das ideias anteriores, diz respeito à utilização de letras para 
representar a escrita, no entanto, essa escrita não se relaciona com o 
que é falado, ou seja, a palavra oral, não se relaciona gráfica e 
foneticamente com a palavra escrita, além disso, na maioria dos casos, 
o repertório de letras está relacionado ao próprio nome da criança. 
Outra característica marcante é que neste momento os estudantes 
costumam escrever sem o controle de quantidade de letras que 
utilizam para escrever as palavras ditadas pelo professor, em uma 
 
17 As escritas aqui apresentadas foram apoiadas em escritas originais de crianças e “passadas a limpo” para que tivessem uma 
melhor visualização. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
42 
situação de sondagem, o que resulta em escritas que terminam no 
final da folha. 
C. Controle da quantidade e da variedade de letras – esse momento 
é marcado pela utilização - por parte da criança - de parâmetros de 
diferenciação no interior da palavra (intrafigural) e entre as palavras 
(interfigual), o que chamamos de utilização de variedade de letras e 
da variação (na escrita) das palavras ditadas pelo professor em uma 
sondagem. Outra marca bastante comum, deste momento, trata-se do 
controle da quantidade de letras utilizada para escrever uma palavra, 
que gira em torno de 4 e 5 letras em sua maioria. A seguir, observe 
alguns exemplos18 relacionados a esse tipo de escrita. 
 
Exemplo 119 
 
Exemplo 2 
 
 
2. As escritas silábicas 
As escritas silábicas se configuram em um marco fundamental no processo 
de apropriação da escrita, por parte da criança, pois trata-se do momento em que 
ela associa a palavra oral com a palavra escrita, ou seja, relaciona a fala com a escrita. 
Muitas vezes o estudante que levanta essa hipótese em relação ao SEA e escreve, de 
uma forma bem específica, atribuindo uma letra para cada emissão sonora da 
palavra. As escritas silábicas são categorizadas na seguinte conformidade: 
 
18 As escritas apresentadas são de estudantes da rede. 
19 Sugerimos sempre o uso de folhas “sem pautas” para que a criança possa ter liberdade em suas escritas. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
43 
A. Escrita Silábica sem Valor Sonoro – a escrita silábica sem valor 
sonoro, assim como o próprio nome sugere diz respeito ao fato de que 
apesar da criança reconhecer as partes do falado com as partes do 
escrito, ela ainda não reconhece nenhum dos elementos que compõem 
as emissões sonoras da palavra. No momento da sondagem é a leitura 
realizada pelo estudante que vai definir que sua hipótese de escrita é 
a Silábica SVS, pois é a marcação da leitura que mostrará a forma como 
o estudante ajusta as partes do falado, com as respectivas partes do 
escrito. 
B. Escrita Silábica com Valor Sonoro – os estudantes que possuem 
uma hipótese de escrita silábica com valor sonoro, em sua grande 
maioria escrevem atribuindo uma letra para cada sílaba, no entanto, o 
que a sua escrita se diferencia da anterior é o fato da criança, 
adolescente, ou mesmo um adulto reconhecer que um dos sons 
compõem cada uma das emissões sonoras da palavra. 
Um exemplo, para a escrita da palavra DINOSSAURO, a criança poderá 
escrever das seguintes formas: DNSR (quando o valor sonoro que 
reconhece é mais o som das consoantes); IOAO (quando o valor 
sonoro que reconhece diz respeito as vogais; ou mesmo DOAR 
(quando reconhece de forma articulada os sons de vogais e de 
consoantes da palavra ditada). 
 
3. A escrita Silábica Alfabética 
O nível silábico-alfabético se configura em uma hipótese que se encontra em 
transição entre a escrita silábica e a escrita alfabética, desta forma, suas escritas 
carregam características desses dois níveis de escrita, pois existem momentos em 
que os estudantes escrevem silabicamente e, em outros de maneira alfabética. 
Ao tomarmos como exemplo a escrita da palavra DINOSSAURO, poderá ser 
escrita seguintes formas: DINSRO, INOSAR, DNOSRO, entre outras tantas formas 
que articulam a hipótese silábica e a reflexão alfabética na escrita de palavras 
ditadas. A seguir, exemplificamos com a escrita do estudante Eduardo: 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
44 
4. A escrita alfabética 
O estudante demonstra que compreendeu a geração do sistema de escrita 
alfabética e reconhece mais de um dos sons que compõem as sílabas. Exemplos de 
escritas alfabéticas para a palavra dinossauro são: DINOSARO, DINOSSAURO, 
DINOÇARO, DINOSSAURO, a seguir exemplificamos a escrita de quem 
compreendeu a geração do SEA, por meio da escrita de Emanuelly: 
 
Neste documento apresentamos algumas amostras de escritas que 
demonstram as diferentes ideias que os estudantes possuem em relação à escrita 
alfabética. Claro está que, no trabalho diário o professor será confrontado, a todo 
momento, para interpretar e compreender as escritas apresentadas pela sua turma, 
em casos assim - sugerimos sempre – a análise coletiva de escritas, de modo que 
todos possam aprofundar os conhecimentos e os olhares quanto ao longo processo 
da criança rumo a escrita alfabética. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
45 
 
onsiderando a lista que os estudantes irão escrever, cada uma das 
palavras que a compõem precisam ser contextualizadas, além de 
fazerem parte de um mesmo campo semântico, bem como, 
apresentarem dificuldades de escrita para os diferentes anos a serem avaliados. 
Claro está que os estudantes que se apropriaram da escrita alfabética e da 
ortografia convencional, não precisam realizar a sondagem, pois ela busca averiguar 
os saberes dos estudantes que se encontram em processo de aquisição do SEA. 
Deste modo, o professor dos 3º, 4º e 5º anos irá realizar a sondagem apenas 
com os estudantes que ainda não apresentam escrita alfabética, após a sondagem 
inicial com toda a turma. Para os demais, o professor deverá preencher o campo 
ALFABÉTICO no sistema Mapa Classe. 
Importante pontuarque, a título de exemplificação, reproduzimos três 
modelos de lista de sondagem (Quadro 3), sendo que, na lista do 1º e do 2º ano, as 
palavras são compostas por sílabas canônicas (aquelas que apresentam sequências 
de consoante e vogal (CV) e apenas uma palavra composta por sílabas não-canônicas 
(CVV e CCV). 
Por outro lado, a lista proposta para a sondagem dos 3º e 4º anos foi 
elaborada com apenas uma palavra composta por sílabas canônicas (TULIPA), visto 
que, todas as demais são compostas por palavras que apresentam sílabas não-
canônicas por se configurarem em palavras com maiores dificuldades de escrita 
para os estudantes. 
Por fim, propomos neste documento que na sondagem do 5º ano, tanto a 
lista, quanto a frase apresentem palavras constituídas por sílabas canônicas e não-
canônicas, do mesmo modo, os estudantes poderão demonstrar seus conhecimentos 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
46 
tanto em relação à escrita alfabética, quanto ao eixo qualitativo da escrita, ou seja, à 
reflexão ortográfica. 
Cabe destacar aqui que essas três listas não são modelos a serem seguidos, 
mas sim, reproduções, com o intuito de pensarmos de maneira minuciosa e reflexiva 
nas palavras que precisam compor uma lista a ser ditada aos estudantes, bem como 
a frase. 
Quadro 3. Exemplo de listas de palavras e frases para a sondagem 
1º e 2º anos 3º e 4º anos 5º ano 
Brinquedo 
CASTELINHO 
BONECA 
PIPA 
PÁ 
 
MARCELA GOSTA DE 
LAVAR A BONECA. 
Brinquedo 
CALHAMBEQUE 
PETECA 
BOTÃO 
PIÃO 
 
AUGUSTO GOSTA DE 
BRINCAR DE PETECA. 
Brinquedo 
ESCORREGADOR 
BALANÇO 
CORDA 
PIÃO 
 
FABIO GOSTA DE 
BRINCAR DE PIÃO. 
Festa Junina 
BANDEIROLAS 
PIPOCA 
DOCE 
SOM 
 
GINO COMEU PIPOCA 
SALGADA. 
Festa Junina 
BANDEIRINHA 
CANJICA 
CURAU 
SOM 
 
O CURAU É FEITO COM 
MILHO. 
Festa Junina 
PAÇOQUINHA 
QUADRILHA 
QUENTÃO 
SOM 
 
A PAÇOQUINHA É DE 
AMENDOIM. 
Bebidas 
VITAMINA 
IOGURTE 
SUCO 
CHÁ 
 A VITAMINA DE PERA É 
GOSTOSA. 
Bebidas 
LIMONADA 
GROSELHA 
CAFÉ 
CHÁ 
O CAFÉ DE MARGARIDA 
É MUITO FORTE. 
Bebidas 
REFRIGERANTE 
REFRESCO 
ÁGUA 
CHÁ 
MARIANA NÃO TOMA 
REFRIGERANTE. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
47 
Flores 
MARGARIDA 
TULIPA 
ROSA 
FLOR 
 
A ROSA POSSUI MUITOS 
ESPINHOS. 
Flores 
CALÊNDULA 
ALECRIM 
CRAVO 
FLOR 
 
O ALECRIM TEM UM 
CHEIRO GOSTOSO. 
Flores 
CRISÂNTEMO 
TULIPA 
CRAVO 
FLOR 
 
A CALÊNDULA É UMA 
PLANTA MEDICINAL 
Alimentos 
 
MANDIOCA 
TOMATE 
FEIJÃO 
SAL 
FABIO GOSTA DE 
COMER TOMATE. 
Alimentos 
 
MACAXEIRA 
PEPINO 
CARNE 
CHÁ 
GINO GOSTA DE AROZ 
COM CARNE SECA. 
Alimentos 
 
MAIONESE 
POLENTA 
PASTEL 
ARROZ 
MAIONESE COM 
BATATA É SABOROSA. 
Doces 
GELATINA 
PICOLÉ 
PAVÊ 
MEL 
PAULO COMEU 
GELATINA. 
Doces 
PIRULITO 
 PAÇOCA 
PUDIM 
MEL 
ANA COMEU PAÇOCA 
COM BANANA. 
Doces 
BRIGADEIRO 
SORVETE 
PAVÊ 
 FLAN 
NA FESTA TINHA 
BRIGADEIRO. 
Corpo humano 
ESTÔMAGO 
FÍGADO 
BOCA 
PÉ 
 
EU GOSTO DA MINHA 
BOCA. 
Corpo humano 
CLAVÍCULA 
JOELHO 
PERNA 
MÃO 
 
MEU JOELHO ESTÁ 
MACHUCADO. 
Corpo humano 
INTESTINO 
ORELHA 
BRAÇO 
RIM 
 
ANA USA UM LINDO 
BRINCO NA ORELHA. 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
48 
Países 
VENEZUELA 
MÉXICO 
BRASIL 
IRÃ 
 
EU MORO NO BRASIL. 
Países 
ARGENTINA 
ITÁLIA 
BRASIL 
LAOS 
 
A ITÁLIA É UM PAÍS 
EUROPEU. 
Países 
MOÇAMBIQUE 
EQUADOR 
BRASIL 
OMÂ 
 
O EQUADOR FICA NA 
AMÉRICA DO SUL. 
 
 Essas foram algumas ideias de listas que poderão ser utilizadas ao longo do 
ano, no entanto, cabe aos professores junto aos gestores escolares elaborarem listas 
que possam representar mais precisamente os estudantes da escola, ou mesmo das 
regionais, com o apoio da equipe técnica da Diretoria de Ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
49 
 
 
 
análise dos resultados da sondagem da turma precisa ser digitada 
no sistema Mapa Classe, considerando os dados referentes à cada 
estudante, bem como, respeitando o cronograma de aplicação da 
sondagem e de digitação dos dados no sistema.- 
Para isso, professores e gestores deverão acessar o site do Mapa Classe 
(mapaclasse.fde.sp.gov.br), fazer o login e digitar os dados da turma. Caso o 
professor não esteja cadastrado, Cabe ao CGP na escola ou o PEC, na Diretoria de 
Ensino, realizar essa tarefa, para isso no próprio sistema Mapa Classe existem 
tutoriais para essa finalidade, basta acessá-los. 
Para a realização da sondagem com a turma, o professor precisa ditar cada 
uma das palavras que compõe a lista, dando tempo para que os estudantes escrevam 
cada uma delas. Além disso, deve cuidar para não escandir sílabas ou pedaços 
sonoros (forçar o som) das palavras. O ditado, portanto, deve ser da maneira mais 
natural possível, sem o professor silabar as palavras ao ditá-las. 
No momento em que o professor estiver realizando a sondagem com um de 
seus estudantes, é aconselhável deixar os demais estudantes envolvidos com outras 
atividades (a escrita de uma cantiga, parlenda, textos versificados em geral em 
duplas, entre outras atividades). Caso seja necessário, o professor poderá solicitar 
auxílio à coordenação pedagógica da escola para dar suporte a esse momento tão 
necessário para a investigação do que os estudantes sabem em relação ao SEA. 
 
 
 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
50 
Procedimentos necessários para a realização da sondagem individual 
A. Entregue uma folha de papel, sem pauta, borracha e um lápis ao estudante. 
B. Contextualize sobre o tema da lista: objetos da sala de aula, animais, 
plantas, festa de aniversário, por exemplo. 
C. Lembre-se que as listas devem ser do mesmo campo semântico 
(brinquedos, frutas, animais, brincadeiras, merenda escolar etc.). 
D. Converse com o estudante a respeito dos possíveis elementos que poderão 
compor uma lista sobre esse assunto, por exemplo, em uma de festa de 
aniversário, quais alimentos / comidas e bebidas podem ter em uma festa 
de aniversário, na festa dele ou de algum colega que participou, quais 
foram as bebidas e as comidas que tinham. 
E. Oriente o estudante para que escreva uma palavra embaixo da outra, pois 
trata-se de uma lista. 
F. Caso o estudante sinta a necessidade de apagar alguma das escritas, 
questione-a sobre o motivo e auxilie para não apagar o que já foi escrito, 
afinal muitas vezes existe relação com a reflexão que foi feita durante a 
escrita. 
G. Dite cada uma das palavras, da maneira mais natural possível, sem forçar 
as sílabas que compõem a palavra (escandir) na seguinte ordem – 
primeiro a polissílaba, em seguida a trissílaba, depois a dissílaba e a 
monossílaba. 
H. Finalmente, dite a frase que compõem a sondagem e tome cuidado para 
não silabar e nem forçar, na fala, partes das palavras. 
 
Sugestão de questões para análise dos mapas de sondagem: 
A. O que os dados da sondagem revelam sobre os conhecimentos dos 
estudantes? 
B. Ao longo do ano, houve progressão de aprendizagem de todos os 
estudantes nos diferentes anos? O que garantiu essa progressão? 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
51 
C. Quais foram os fatores que impediram ou dificultaram que todos 
progredissem? 
D. Queações podem ser planejadas para os estudantes que não conseguiram 
atingir a base alfabética da escrita? 
E. Que metas serão estabelecidas e quais os prazos de alcance estipulado 
para cada uma delas? 
 
 
IMPORTANTE 
Na aplicação na sondagem de escrita e de número faz-se necessário que os 
professores que interagem com os estudantes, que necessitam de apoio 
especializado – público alvo da Educação Especial - realizem as adequações 
necessárias considerando as especificidades de cada uma delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13
Destaca­se que o texto escolhido precisa fazer parte do repertório cultural infantil para que a preo­ cupação 
da criança não seja dirigida ao “que” escrever, mas a como fazê-lo. Esse é um desafio maior que pode ser 
realizado. O que está em jogo é a aquisição do sistema de escrita, mas já é possível fazer outras verificações, por 
exemplo, a segmentação do texto em palavras ou mesmo em frases, entre outros.
A seguir apresentam­se algumas sugestões para as sondagens de escrita de textos que se sabe de memória 
para os 1º e 2º anos do Ciclo de Alfabetização:
PERÍODO SUGESTÃO DE TEXTO QUE SE SABE DE MEMÓRIA
1º bimestre
BORBOLETINHA, TÁ NA COZINHA
FAZENDO CHOCOLATE, PARA A MADRINHA.
POTI, POTI 
PERNA DE PAU 
OLHO DE VIDRO
E NARIZ DE PICA-PAU
PAU-PAU
2º bimestre
CIRANDA CIRANDINHA
VAMOS TODOS CIRANDAR
VAMOS DAR A MEIA-VOLTA
VOLTA E MEIA VAMOS DAR
 3º bimestre
CORRE CIPÓ
NA CASA DA VÓ
LENCINHO BRANCO
CAIU NO CHÃO
MOÇA BONITA
DO MEU CORAÇÃO
4º bimestre
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER
ELE MORA LÁ NA LAGOA
NÃO LAVA O PÉ PORQUE NÃO QUER
MAS QUE CHULÉ
Indicamos que, para os estudantes já alfabéticos e para aqueles que se en­ contram mais próximos à 
hipótese de escrita alfabética, além da lista de palavras, seja oferecida a sondagem da escrita de um texto que se 
sabe de memória, que pode ser uma parlenda, cantiga, trecho de música, etc. Nesse caso, as crianças podem 
escrever, de maneira mais autônoma, e o professor circular entre elas para realizar as intervenções necessárias, 
como lembrar trechos do texto que se esquece­ ram, por exemplo. É importante que haja um distanciamento entre as 
crianças para que não copiem a escrita do colega. Desse modo, o estudante poderá colocar em jogo tudo o que 
sabe sobre o Sistema de Escrita Alfabética.
14 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
Recomendações para Sondagem
 y As hipóteses de escrita das crianças são referências para o planejamento e as ações didáticas do 
professor. Desse modo, não devem ser explicitadas a elas próprias;
 y A sondagem é o momento para que escrevam, da melhor maneira possível, as palavras e revelem 
sua compreensão sobre o SEA. Diante disso, as escritas das crianças não devem ser corrigidas e 
sim analisadas.
 y Caso o estudante apresente dificuldade em registrar a sondagem no papel, recomenda-se que sejam 
oferecidas letras móveis para a escrita e que depois a professora ou professor fotografe a escrita para 
compor o portfólio de sondagem.
 y As marcações do professor, em relação à leitura que a criança faz das palavras, devem ser suficientes 
a sua posterior análise. Assim, são necessários cautela e critério. Marcar a divisão de sílabas, por 
exemplo, pode caracterizar uma hipótese silábica - nem sempre real - à análise futura.
 y Recomenda-se que não se faça as marcações da leitura na presença da criança. Pode-se fazer em 
uma folha de rascunho e depois repassar para a folha de sondagem.
Para o 3º ano do Ciclo de Alfabetização, a sondagem de escrita se dará pela reescrita de texto, cuja 
finalidade é possibilitar ao estudante a apropriação de recursos da linguagem escrita e de organização 
do texto, assim como de procedimentos de escritor: planejamento, revisão processual e final (SÃO PAULO, 
2017). Os estudantes que no 3º ano, ainda, não se apropriaram do SEA, deverão realizar a proposta in­
dicada para os 1º e 2º anos, tanto para a escrita como para a leitura. 
O Currículo da Cidade de Língua Portuguesa aponta a importância do trabalho com a produção de 
textos, tendo em vista o avanço das aprendizagens dos estudantes. Assim, além das produções de texto 
para a sondagem, é essencial que estejam contempladas nas rotinas, prevendo diferentes agrupamentos 
e revisão textual. Ressalta­se que na sondagem não há revisão textual, no entanto, é importante que o 
professor ou a professora analise além dos aspectos individuais, os coletivos, para que se possa qualificar 
as intervenções com a turma.
O desafio, na reescrita de texto, está em como escrever algo que já existe. É um texto autoral, no 
entanto, deve-se assegurar aspectos essenciais à preservação do texto original. Este não é um desafio sim­
ples, há muitas questões em jogo:
 y Respeitar a progressão temática;
 y Preservar as ideias e os conteúdos do texto­fonte;
 y Observar as características da linguagem escrita e do registro literário;
 y Realizar as operações de produção de texto: planejamento, textualização e revisão.
15SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
Para essa sondagem, propomos a reescrita de um trecho de conto conhecido pelos estudantes, para 
tanto, alguns procedimentos precisam ser observados pelo(a) professor(a):
 y Perguntar aos estudantes se eles conhecem o conto que está prestes a ler;
 y Comunicar que precisam prestar atenção na leitura e que depois reescreverão o texto 
individualmente;
 y Realizar a primeira leitura do conto para os estudantes;
 y Retomar os aspectos principais para garantir o entendimento sobre a progressão temática 
do texto;
 y Realizar a segunda leitura do conto até o trecho marcado;
 y Disponibilizar folha em branco para a escrita, pode ser pautada;
 y Comunicar ao estudante que o trecho deve ser reescrito de acordo com o conto original;
 y Solicitar que escrevam, individualmente e da melhor maneira possível, trecho do conto.
Feitas essas considerações, a seguir serão apresentadas as sugestões da Secretaria Municipal de 
Educação – SME para as sondagens de escrita do 3º ano do Ciclo de Alfabetização:
1º BIMESTRE
A princesa e o grão de ervilha
Era uma vez um príncipe que desejava para esposa uma princesa. Mas devia ser uma verdadeira princesa! 
Viajou, pois, por todo o mundo para achá-la. Princesas eram o que não faltavam, mas todas tinham os seus defeitos.
Voltou para casa triste e abatido. Desejava tanto encontrar uma verdadeira princesa!
Uma noite, sobreveio uma forte tempestade; relâmpagos rasgavam o céu, o trovão rolava, e a chuva caía aos 
borbotões. Era uma coisa terrível! Foi quando alguém bateu à porta do castelo. E o próprio rei foi abrir.
Lá fora, estava uma princesa. Mas quanto sofrera ela com a chuva e a tempestade! A água escorria-lhe pelos cabelos 
e pelas roupas, entrava pelo bico dos sapatos e saía pelo calcanhar. Disse ela que era uma princesa verdadeira.
“É o que vamos ver!” – pensou a velha rainha ao vê-la.
Nada disse, porém. Foi ao quarto, tirou toda a roupa da cama e colocou um grão de ervilha sobre o estrado. 
Depois, pegou vinte colchões e colocou-os seguidamente por cima da ervilha. Sobre os colchões, colocou vinte 
acolchoados de pena.
Ali, a visitante devia dormir aquela noite. Pela manhã, perguntaram-lhe como tinha dormido.
SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO
– Muito mal! – disse ela. – Não pude pregar olho a noite toda! Sabe Deus o que havia naquela cama! Estive 
deitada sobre alguma coisa dura, que me deixou com o corpo marcado. Um horror!
Viram então que se tratava de uma verdadeira princesa, já que ela sentira o grão de ervilha através de vinte 
colchões e vinte acolchoados. Só mesmo uma verdadeira princesa teria uma pele tão sensível!
O príncipe tomou-a por esposa, pois sabia que encontrara uma verdadeira princesa. Eles foram felizes para sempre.
Fonte: ANDERSEN, Hans Christian. Contos de Andersen. São Paulo: Ed. Paulus, 2012.
16 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENSNO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
2º BIMESTRE
O príncipe sapo
Era uma vez uma linda princesinha que morava num castelo perto de uma floresta escura. Ela gostava, 
mais do que tudo, de brincar com sua bola de ouro na sombra das árvores.
Um dia, deixou a bola cair num poço muito fundo e desatou a chorar. De repente, um sapo velho e feio 
apareceu e perguntou:
– Qual é o problema?
A princesa respondeu:
– Eu perdi minha bola de ouro.
– O que você me dá se eu for buscá-la? - o sapo quis saber.
– Minhas joias e minha coroa. - disse a princesa.
– Isso não me interessa - ele falou. Mas se você prometer me amar, me deixar comer em seu prato e 
dormir em sua cama, eu busco a bola.
A princesa prometeu sem pestanejar. Então, o sapo mergulhou no poço e pegou a bola de ouro. Assim que 
conseguiu a bola, a princesa correu para o castelo.
– Espere por mim! - o sapo gritou.
SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO
A princesa esqueceu sua promessa por completo. No dia seguinte, quando estava jantando com o pai, eles 
ouviram alguém bater na porta, e logo o sapo apareceu. O rei obrigou a filha a lhe contar a história toda.
– É claro que você deve cumprir a promessa - ele falou. Ponha o animal na mesa. A princesa teve de dividir 
seu prato com o sapo e, irritada, perdeu o apetite.
Na hora de dormir, o rei mandou a filha levar o sapo para o quarto.
A princesa não queria dormir com aquele bicho frio e viscoso. No entanto, sabia que seu pai ficaria furioso, 
se não dividisse sua cama com o sapo. E, assim, deixou que ele se instalasse no travesseiro.
– Agora, você tem de me dar um beijo de boa-noite - o sapo falou.
A princesa franziu a cara de nojo, fechou os olhos e deu um beijinho minúsculo no sapo. Ao abrir os olhos, 
viu que o sapo havia desaparecido e em seu lugar estava um lindo príncipe.
– Você quebrou o encantamento - o príncipe falou.
E ficou tão agradecido que pediu a princesa em casamento. Como ela gostava mais dele como príncipe, 
do que como sapo, disse “sim”! Então, ele a levou para seu palácio, onde viveram felizes para sempre.
Fonte: HOFFMAN, Mary. Meu primeiro livro de conto de fadas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2012.
17SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
3º BIMESTRE
O dragão do ano-novo
Era uma vez, no sul da China, um dragão gigantesco que se chamava Niam.
Ele era um monstro bastante peculiar, porque permanecia dentro da água o ano todo, sem incomodar 
ninguém, até chegar a noite de fim de ano. Então, como se ficasse louco de repente, saía da água furioso e 
espalhava o pânico entre todos os habitantes das aldeias próximas ao mar, arrasando em seu caminho casas, 
animais e pessoas.
Por isso, quando chegava o final do ano, todos saíam de suas casas e subiam uma grande montanha que 
havia nos arredores, com seus pertences mais estimados, para se salvar da ira de Niam, o Dragão Louco, que 
era como o chamavam naquelas terras.
Até que, em um ano, um ancião passou por ali e disse:
– Este ano não terão que fugir de Niam. Conheço um remédio infalível para fazê-lo retornar ao mar sem 
que ninguém sofra qualquer dano.
– Vovô, o senhor está mais louco que o dragão! Se quiser salvar sua vida, suba conosco a montanha.
– Nem pensar, eu ficarei aqui – disse ele.
Tentaram convencê-lo, mas não houve jeito, e ele ficou sozinho.
E, na noite de fim de ano, quando Niam saiu da água cego de fúria, o ancião fez uma gigantesca queima 
de fogos, que havia preparado para a ocasião. Aquele estrondo inesperado e o clarão cegante das explosões 
aterrorizaram o dragão, que jamais havia visto coisa igual. Ele voltou o mais rápido que pode ao fundo do mar, 
para nunca mais sair de lá.
SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO
No dia seguinte, quando os habitantes das aldeias daquela área desceram da montanha, surpreenderam-
se ao ver o ancião são e salvo.
Ele lhes contou seu segredo para espantar a besta e todos ficaram admirados. A notícia correu de boca em 
boca de aldeia em aldeia, e, em pouco tempo, todo mundo já sabia como espantar o dragão.
Por isso, desde então, na China, no final do ano, tem-se o costume de soltar fogos e celebrar uma grande 
festa. Em alguns lugares, se representa a fuga do dragão (construído com papéis, papelão e sedas) quando se 
lançam os rojões e fogos de artifício.
Fonte: MORAN, José; tradução de MENDROT, Camile. Volta ao Mundo em 80 contos. Barueri: Girassol Brasil, 2017.
18 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
4º BIMESTRE
A bruxa e o caldeirão
Quando preparava uma sopa para o jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era 
muito, não senhor. Um furo pequeníssimo, quase invisível. Mas era o suficiente para, pinga que pinga e ir 
apagando o fogo. Nunca tal lhe tinha sucedido.
Foi consultar o livro de feitiços, folheou-o de ponta a ponta, confirmou no índice e nada encontrou sobre 
a forma de resolver o caso. Que haveria de fazer? Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno. De 
que forma poderia ela agora preparar as horríveis poções? Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva 
dos frascos.
Ficava muito aborrecida com aquele furo no caldeirão. Nem a sopa do dia-a-dia podia cozinhar. Mantinha-
se a pão e água.
Matutou dias seguidos no assunto. Começou a desconfiar se o mercador que lhe vendera o caldeirão na 
feira, há muitos anos atrás, não teria a enganado com material de segunda categoria. Decidiu então ir à próxima 
feira e levar o caldeirão ao mercador. Mas verificou que o mercador já não era o mesmo, era neto do outro. Ficou 
desapontada. Perguntou-lhe, o que podia fazer com o caldeirão furado. O mercador mirou-o e disse:
– Você pode pôr ao pé da porta e fazer de vaso. A bruxa irritou-se com a sugestão e respondeu:
SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO
– A solução parece boa, sim senhor. Mas diga-me uma coisa: Se faço o caldeirão de vaso, onde 
cozinho depois?
O mercador respondeu:
– Neste novo que tenho aqui e com um preço muito em conta!
Ela olhou para o caldeirão que o mercador apontava. Era lindo, brilhante, avermelhado com lindos 
detalhes. Era tão leve e podia ser carregado para qualquer lado. A bruxa ficou encantada!
– Pois bem, vou levá-lo. O mercador esfregou as mãos de contente. Mas a bruxa avisou-o:
– Se acontecer o mesmo que ao outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo.
O mercador riu-se do disparate enquanto embrulhava o artigo. Os anos foram passando e a bruxa 
continuou no seu labor. Até que um dia, percebeu um furo no novo e agora velho caldeirão. Rogou uma praga 
tamanha no mercador. Que a essa hora, em vez de estar jantando na mesa com a família, estava à beira de uma 
lagoa a apanhar moscas.
Texto adaptado de: MACHADO, José Leon. A bruxa e o caldeirão. 
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pv00001a.pdf.
Os textos, bem como as atividades aqui propostas, são sugestões, podendo ser alteradas a critério 
da escola, desde que preservadas as condições para sua realização e análise.
21SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
A avaliação da escrita dos estudantes do 3º ano, que reescreverão um trecho de conto, estará rela­
cionada às Práticas de Produção de Textos Escritos e às Práticas de Análise Linguística, especificamente as 
Capacidades de Elaboração de Textos Organizados em Gêneros da Ordem do Narrar. Assim, sua análise 
adotará os seguintes níveis:
REESCRITA DE TRECHO DE CONTO – 3º ANO
NÍVEL DESCRIÇÃO
1 Não realizou a reescrita do trecho de conto (ausência do estudante no período da sondagem; não 
participou das aulas presenciais; recusou-se a escrever o texto).
2
Realizou parcialmente a reescrita do trecho, comprometendo o sentido da história e apresentando 
dificuldades em relação à escrita convencional - SEA, apresenta interferência* de fala cotidiana na 
escrita, problemas de segmentação e translineação das palavras e com erros de ortografia.
3
Realizou a reescrita do trecho, escrevendoos principais acontecimentos, sem omissão que 
comprometa o sentido da história; ainda que com erros de ortografia, fazendo a segmentação e 
translineação* adequadas e observando parcialmente a progressão temática e os conteúdos do 
texto-fonte.
4
Realizou a reescrita do trecho, escrevendo com poucos erros ortográficos (em especial nas pa-
lavras de uso frequente), fazendo a segmentação e a translineação adequadas, observando a 
progressão temática e os conteúdos do texto-fonte.
* Interferência da fala na escrita é quando o aluno se utiliza de variações linguísticas regionais na sua escrita. Ex.: Escreve MININU ao invés de MENINO.
* Translineação se refere à mudança de uma linha para outra, observando, quando necessária, a divisão silábica.
2.3 Sondagem de Leitura 
Uma vez que os processos de escrita e leitura são complementares, a sondagem de leitura também 
foi adotada como uma das medidas de acompanhamento do processo de alfabetização. Para tanto, fo­
ram adotados os estudos de Kaufmann, Gallo e Wuthenau (2010). Segundo as autoras, avaliar a leitura 
dos estudantes em fase de aquisição do SEA, assim como privilegiar tais atividades nas rotinas, permite, 
entre outras coisas, a compreensão sobre as estratégias utilizadas por eles ao ler ­ ainda que sem saber 
ler convencionalmente. 
é sempre importante que diferentes instrumentos elaborados para focalizar aspectos distintos 
de um mesmo processo sejam articulados, pois esse procedimento é que permite uma visão 
mais geral e completa das aprendizagens realizadas pelos estudantes. Cada instrumento 
específico organizado nos permite ter clareza de quais são as aprendizagens efetivamente 
realizadas sobre os aspectos focalizados nas propostas (SÃO PAULO, 2017, p. 107). 
Para cada um dos três anos do Ciclo de Alfabetização, há a indicação de atividades de leitura que 
melhor avaliarão as habilidades dos estudantes de cada ano. Assim como para a sondagem de escrita, a 
orientação é que os estudantes realizem as atividades individualmente e sob a observação do professor. 
22 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
Para os 1º e 2º anos, avaliaremos a capacidade de aquisição do SEA, no que diz respeito à localização de 
nomes em listas. Para o 3º ano, avaliaremos as capacidades relacionadas às Práticas de leitura. 
Ao realizar as atividades de leitura, é recomendável que a primeira aplicação seja feita individual­
mente e as demais em grupos pequenos de estudantes. É importante manter um distanciamento entre os 
estudantes, visto que, quando estão muito próximos, há uma tendência natural, em especial entre os que 
têm hipótese de escrita não alfabética, de esperar o colega fazer a atividade para, então, proceder da 
mesma forma.
A observação do professor, durante a execução da sondagem, é fundamental para uma análise ade­
quada em relação aos níveis propostos neste documento. É possível, por exemplo, que alguns estudantes 
apaguem os primeiros traços feitos, ao notar que sua primeira indicação não foi a adequada. Tal processo 
pode indicar um avanço em relação às estratégias que a criança utiliza para ler – ainda que não seja con­
vencionalmente. Mesmo aqueles que ainda não leem convencionalmente, utilizam­se de estratégias para 
fazê­lo, e essa é uma rica oportunidade para o professor ou a professora observar e intervir. As capacida­
des de antecipar e de inferir contribuem para o desenvolvimento da fluência leitora.
Destaca­se que as propostas aqui apresentadas compõem instrumentos avaliativos para o Ciclo de 
Alfabetização, e que as orientações para sua realização se aplicam a tal momento. É possível planejar 
boas situações didáticas a partir dos diagnósticos observados e utilizar atividades semelhantes para fazer 
intervenções com os estudantes, inclusive, em outros momentos.
Fo
to:
 D
an
iel
 C
un
ha
 | N
úc
leo
 de
 F
oto
 e 
Ví
de
o E
du
ca
çã
o |
 C
M 
| C
OP
ED
 | S
ME
23SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
Para a realização da sondagem de leitura, alguns aspectos procedimentais devem ser considerados, entre eles:
1º ANO – Leitura de palavras com imagens: será avaliada a localização de nomes em listas do 
mesmo campo semântico. Serão analisadas as Capacidades de Aquisição do Sistema de Escrita.
 y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém desenhos e seus res­
pectivos nomes;
 y Falar para a criança qual o campo semântico e os nomes dos desenhos que ali estão.
 y Explicar que para cada desenho deverão buscar um único nome e ligar com um traço;
 y Solicitar que a criança leia sua resposta. (Essa ação favorece que a criança faça o ajuste do 
falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida);
 y Não é necessário que a criança soletre ou leia com velocidade, pois a proposta adotada 
pelo Currículo da Cidade pressupõe o uso das estratégias de leitura2.
Algumas sugestões para a sondagem de leitura de palavras: 
2 Para saber mais sobre as estratégias de leitura ler: SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
Px
he
re
Px
he
re
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
Px
he
re
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
ANIMAL CORRESPONDENTE:
RINOCERONTE
GIRAFA
ZEBRA
RÃ
RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
BANANA
MAÇÃ
MARACUJÁ
JABUTICABA
ABACAXI
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
Pi
xn
io
Px
He
re
RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
PETECA
PIPA
ESCORREGADOR
BALANÇO
PIÃO
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
Pi
xa
ba
y
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
An
dr
é R
au
 po
r P
ixa
ba
y
Pi
xa
ba
y
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
BRINQUEDO CORRESPONDENTE:
URSINHO
PETECA
PIPA
BICICLETA
CARRINHO
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
1º Bimestre
3º Bimestre
2º Bimestre
4º Bimestre
Px
He
re
Px
He
re
Anexo p. 64
Anexo p. 66
Anexo p. 65
Anexo p. 67
24 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
2º ANO – Leitura de títulos com imagens: será avaliada a localização de títulos de fábulas, 
contos, nomes de brincadeiras etc., utilizando contexto gráfico (imagem). Serão analisadas as 
Capacidades de Aquisição do Sistema de Escrita.
 y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém uma coluna com de­
senhos que representam as cantigas ou histórias conhecidas e a outra coluna com seus 
respectivos nomes. 
 y Falar para a criança qual o campo semântico e os nomes dos desenhos que ali estão. (Não 
se trata de uma atividade de adivinhação, o fato de o professor informar os títulos que com­
põem o instrumento possibilita o uso de diferentes estratégias de leitura pelos estudantes).
 y Explicar que, para cada desenho, deverão buscar um único título e ligar com um traço.
 y Solicitar que a criança leia sua resposta. (Essa ação favorece que a criança faça o ajuste do 
falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida).
 y Não é necessário que a criança soletre, leia com velocidade ou ainda leia palavra por palavra, 
pois a proposta adotada pelo Currículo da Cidade pressupõe o uso das estratégias de leitura.
Algumas sugestões para a sondagem de leitura de títulos com imagens: 
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA 
MÚSICA CORRESPONDENTE:
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
A DONA ARANHA
LÁ EM CIMA DO PIANO
CAI, CAI BALÃO
BORBOLETINHA
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA 
BRINCADEIRA CORRESPONDENTE:
BOLINHA DE GUDE
AMARELINHA
DANÇA DAS CADEIRAS
CORRIDA DE SACO
PULA CORDA
RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
A CIGARRA E A FORMIGA
O LEÃO E O RATINHO
A LEBRE E A TARTARUGA
A RAPOSA E AS UVAS
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS 
IMAGENS CORRESPONDENTES:
A PRINCESA E O SAPO
A BELA ADORMECIDA
OS TRÊS PORQUINHOS
CHAPEUZINHO VERMELHO
1º Bimestre
3º Bimestre
2º Bimestre
4º Bimestre
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Im
ag
en
s:DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Ilu
str
aç
õe
s: 
NU
CA
-S
ME
Anexo p. 70
Anexo p. 68
Anexo p. 71
Anexo p. 69
25SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
3º ANO – Leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas: será avaliado se o 
estudante realiza antecipações, localiza informações, faz inferências a respeito do conteúdo do 
texto, a partir de seu repertório pessoal. Para tanto, é preciso que, na avaliação da leitura, os 
textos utilizados façam parte do repertório dos estudantes e que estejam familiarizados. Serão 
analisadas as Capacidades de Compreensão de Texto, desse modo, é comum que crianças já 
alfabéticas, ao iniciarem a leitura de um trecho, rapidamente já reconhecem do que se trata ao 
encontrar algumas palavras­chave. 
 y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém uma coluna com os 
títulos das cantigas ou das histórias ou de brincadeiras conhecidas e a outra coluna com os 
textos correspondentes. 
 y Falar para a criança qual o campo semântico e os títulos que ali estão. (Não se trata de uma 
atividade de adivinhação, o fato de o professor informar os títulos que compõem o instru­
mento possibilita o uso de diferentes estratégias de leitura pelos estudantes).
 y Explicar que para cada texto deverão buscar um único título e ligar com um traço.
 y Solicitar que a criança leia algumas de suas respostas. (Essa ação favorece que a criança faça o 
ajuste do falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida).
 y Não é necessário que a criança soletre, leia com velocidade ou ainda que leia palavra por palavra, 
pois a proposta adotada pelo Currículo da Cidade presupõe o uso das estratégias de leitura.
 y Caso a criança apresente muitas dificuldades na leitura, recomenda-se que a professora ou 
o professor oriente o estudante a fazer buscas por palavras­chave, possibilitando que utilize 
diversas estratégias.
Algumas sugestões para a sondagem de leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas: 
1º Bimestre 2º Bimestre
RELACIONE O NOME DO CONTOS AO TRECHO CORRESPONDENTE:
OS TRÊS PORQUINHOS
A BELA E A FERA
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
BRANCA DE NEVE
PARA SE LIVRAR DA 
MADRASTA, ELA FUGIU PARA A 
FLORESTA E SE ESCONDEU NA 
CASA DOS SETE ANÕES. 
O GIGANTE FICOU FURIOSO 
PORQUE PEGARAM SUA 
GALINHA DE OVOS DE OURO.
A MOÇA TROCOU DE LUGAR 
COM SEU PAI E PERCEBEU A 
BONDADE DA FERA.
O LOBO SOPROU TÃO FORTE 
QUE DERRUBOU AS CASAS 
DE PALHA E DE MADEIRA, MAS 
NÃO CONSEGUIU DERRUBAR A 
DE TIJOLOS.
RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO TRECHO CORRESPONDENTE:
O CRAVO E A ROSA
A DONA ARANHA
INDIOZINHOS
BORBOLETINHA
VINHAM NAVEGANDO PELO 
RIO ABAIXO QUANDO UM 
JACARÉ SE APROXIMOU.
ESTÁ NA COZINHA, 
FAZENDO CHOCOLATE PARA A 
MADRINHA.
BRIGARAM DEBAIXO DE UMA 
SACADA. UM SAIU FERIDO E A 
OUTRA DESPEDAÇADA
SUBIU PELA PAREDE VEIO A 
CHUVA FORTE E A DERRUBOU.
Anexo p. 72 Anexo p. 73
26 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
3º Bimestre 4º Bimestre
A VELHA RAINHA TIROU TODA 
A ROUPA DE CAMA E PÔS UMA 
ERVILHA NO ESTRADO DA CAMA.
DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM 
ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM 
ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS 
DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. 
O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO 
APAIXONADO, QUE A DESPERTOU 
DE SEU LONGO SONO. 
A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS 
TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES E 
OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO SEREM 
APANHADOS. 
UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O 
PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO 
SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE 
AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE.
CHAPEUZINHO 
VERMELHO PEGA - PEGA 
A BELA ADORMECIDA
TELEFONE SEM FIO 
PINÓQUIO
ESCONDE-ESCONDE 
A CINDERELA
A PRINCESA E O 
GRÃO DE ERVILHA
QUEIMADA
JOGO DO BAFO
ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO 
MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. 
A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI 
PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE 
PROBLEMAS COM O LOBO MAU.
UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O 
ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM 
FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS 
SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO 
ESCONDIDOS. 
QUANDO DEU MEIA NOITE O 
PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO 
DE CRISTAL NA ESCADARIA.
TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS 
EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS 
SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O 
JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS 
VENCE NO FINAL.
RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE: RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA 
CORRESPONDENTE: 
Anexo p. 74 Anexo p. 75
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 1º bimestre
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
ANIMAL CORRESPONDENTE:
RINOCERONTE
GIRAFA
ZEBRA
RÃ
Px
he
re
Px
he
re
Px
he
re
Px
he
re
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
Px
he
re
Px
he
re
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
ANIMAL CORRESPONDENTE:
RINOCERONTE
GIRAFA
ZEBRA
RÃ
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 2º bimestre 
RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
PETECA
PIPA
ESCORREGADOR
BALANÇO
PIÃO
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
Pi
xa
ba
y
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
An
dr
é R
au
 po
r P
ixa
ba
y
An
dr
é R
au
 po
r P
ixa
ba
y
RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
PETECA
PIPA
ESCORREGADOR
BALANÇO
PIÃO
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
Pi
xa
ba
y
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
BANANA
MAÇÃ
MARACUJÁ
JABUTICABA
ABACAXI
RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À 
IMAGEM CORRESPONDENTE:
BANANA
MAÇÃ
MARACUJÁ
JABUTICABA
ABACAXI
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
W
iki
me
dia
 C
om
mo
ns
Pi
xn
io
Pi
xn
io
Px
He
re
Px
He
re
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 3º bimestre 
Pi
xa
ba
y
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
Px
He
re
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
BRINQUEDO CORRESPONDENTE:
URSINHO
PETECA
PIPA
BICICLETA
CARRINHO
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO 
BRINQUEDO CORRESPONDENTE:
URSINHO
PETECA
PIPA
BICICLETA
CARRINHO
Pi
xa
ba
y
Pi
xa
ba
y
Px
He
re
Px
He
re
Px
He
re
Px
He
re
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 4º bimestre 
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA MÚSICA 
CORRESPONDENTE:
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
A DONA ARANHA
LÁ EM CIMA DO PIANO
CAI, CAI BALÃO
BORBOLETINHA
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA MÚSICA 
CORRESPONDENTE:
O SAPO NÃO LAVA O PÉ
A DONA ARANHA
LÁ EM CIMA DO PIANO
CAI, CAI BALÃO
BORBOLETINHA
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 1º bimestre 
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 2º bimestre 
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À IMAGEM 
CORRESPONDENTE:
A CIGARRA E A FORMIGA
O LEÃO E O RATINHO
A LEBRE E A TARTARUGA
A RAPOSA E AS UVAS
RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À IMAGEM 
CORRESPONDENTE:
A CIGARRA E A FORMIGA
O LEÃO E O RATINHO
A LEBRE E A TARTARUGA
A RAPOSA E AS UVAS
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 3º bimestre 
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA BRINCADEIRA 
CORRESPONDENTE:
BOLINHA DE GUDE
AMARELINHA
DANÇA DAS CADEIRAS
CORRIDA DE SACO
PULA CORDA
RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA BRINCADEIRA 
CORRESPONDENTE:
BOLINHA DE GUDE
AMARELINHA
DANÇA DAS CADEIRAS
CORRIDA DE SACO
PULA CORDA Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Im
ag
en
s: 
DI
EF
EM
-S
ME
 - 
20
20
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 4º bimestre 
RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS IMAGENS 
CORRESPONDENTES:
A PRINCESA E O SAPO
A BELA ADORMECIDA
OS TRÊS PORQUINHOS
CHAPEUZINHO VERMELHO
RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS IMAGENS 
CORRESPONDENTES:
A PRINCESA E O SAPO
A BELA ADORMECIDA
OS TRÊS PORQUINHOS
CHAPEUZINHO VERMELHO
Ilu
str
aç
õe
s: 
NU
CA
-S
ME
Ilu
str
aç
õe
s: 
NU
CA
-S
ME
RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO 
TRECHO CORRESPONDENTE:
RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO 
TRECHO CORRESPONDENTE:
O CRAVO E A ROSA O CRAVO E AROSA
A DONA ARANHA A DONA ARANHA
INDIOZINHOS INDIOZINHOS
BORBOLETINHA BORBOLETINHA
VINHAM NAVEGANDO PELO 
RIO ABAIXO QUANDO UM 
JACARÉ SE APROXIMOU.
ESTÁ NA COZINHA, 
FAZENDO CHOCOLATE PARA 
A MADRINHA.
BRIGARAM DEBAIXO 
DE UMA SACADA. UM 
SAIU FERIDO E A OUTRA 
DESPEDAÇADA
SUBIU PELA PAREDE 
VEIO A CHUVA FORTE E A 
DERRUBOU.
VINHAM NAVEGANDO PELO 
RIO ABAIXO QUANDO UM 
JACARÉ SE APROXIMOU.
ESTÁ NA COZINHA, 
FAZENDO CHOCOLATE PARA 
A MADRINHA.
BRIGARAM DEBAIXO 
DE UMA SACADA. UM 
SAIU FERIDO E A OUTRA 
DESPEDAÇADA
SUBIU PELA PAREDE 
VEIO A CHUVA FORTE E A 
DERRUBOU.
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 1º bimestre 
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 2º bimestre 
RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS DICAS 
CORRESPONDENTES:
RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS DICAS 
CORRESPONDENTES:
OS TRÊS PORQUINHOS OS TRÊS PORQUINHOS
A BELA E A FERA A BELA E A FERA
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
BRANCA DE NEVE BRANCA DE NEVE
PARA SE LIVRAR DA 
MADRASTA, ELA FUGIU 
PARA A FLORESTA E SE 
ESCONDEU NA CASA DOS 
SETE ANÕES. 
PARA SE LIVRAR DA 
MADRASTA, ELA FUGIU 
PARA A FLORESTA E SE 
ESCONDEU NA CASA DOS 
SETE ANÕES. 
O GIGANTE FICOU 
FURIOSO PORQUE 
PEGARAM SUA GALINHA DE 
OVOS DE OURO.
O GIGANTE FICOU 
FURIOSO PORQUE 
PEGARAM SUA GALINHA DE 
OVOS DE OURO.
A MOÇA TROCOU DE 
LUGAR COM SEU PAI E 
PERCEBEU A BONDADE 
DA FERA.
A MOÇA TROCOU DE 
LUGAR COM SEU PAI E 
PERCEBEU A BONDADE 
DA FERA.
O LOBO SOPROU TÃO 
FORTE QUE DERRUBOU 
AS CASAS DE PALHA E 
DE MADEIRA, MAS NÃO 
CONSEGUIU DERRUBAR A 
DE TIJOLOS.
O LOBO SOPROU TÃO 
FORTE QUE DERRUBOU 
AS CASAS DE PALHA E 
DE MADEIRA, MAS NÃO 
CONSEGUIU DERRUBAR A 
DE TIJOLOS.
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 3º bimestre 
A VELHA RAINHA TIROU TODA A 
ROUPA DE CAMA E PÔS UMA ERVILHA 
NO ESTRADO DA CAMA.
O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO 
APAIXONADO, QUE A DESPERTOU DE 
SEU LONGO SONO. 
A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI 
PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE 
PROBLEMAS COM O LOBO MAU.
CHAPEUZINHO 
VERMELHO
A BELA ADORMECIDA
PINÓQUIO
A CINDERELA
A PRINCESA E O 
GRÃO DE ERVILHA
ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO 
MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. 
QUANDO DEU MEIA NOITE O 
PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO 
DE CRISTAL NA ESCADARIA.
RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE:
A VELHA RAINHA TIROU TODA A 
ROUPA DE CAMA E PÔS UMA ERVILHA 
NO ESTRADO DA CAMA.
O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO 
APAIXONADO, QUE A DESPERTOU DE 
SEU LONGO SONO. 
A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI 
PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE 
PROBLEMAS COM O LOBO MAU.
CHAPEUZINHO 
VERMELHO
A BELA ADORMECIDA
PINÓQUIO
A CINDERELA
A PRINCESA E O 
GRÃO DE ERVILHA
ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO 
MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. 
QUANDO DEU MEIA NOITE O 
PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO 
DE CRISTAL NA ESCADARIA.
RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE:
Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 4º bimestre 
DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM 
ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM 
ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS 
DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. 
A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS 
TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES 
E OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO 
SEREM APANHADOS. 
UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O 
PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO 
SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE 
AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE.
PEGA - PEGA 
TELEFONE SEM FIO 
ESCONDE-ESCONDE 
QUEIMADA
JOGO DO BAFO
UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O 
ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM 
FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS 
SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO 
ESCONDIDOS. 
TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS 
EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS 
SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O 
JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS 
VENCE NO FINAL.
RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA 
CORRESPONDENTE: 
DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM 
ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM 
ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS 
DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. 
A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS 
TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES 
E OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO 
SEREM APANHADOS. 
UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O 
PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO 
SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE 
AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE.
PEGA - PEGA 
TELEFONE SEM FIO 
ESCONDE-ESCONDE 
QUEIMADA
JOGO DO BAFO
UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O 
ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM 
FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS 
SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO 
ESCONDIDOS. 
TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS 
EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS 
SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O 
JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS 
VENCE NO FINAL.
RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA 
CORRESPONDENTE: 
27SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
LEITURA DE TEXTOS CURTOS OU TRECHOS DE HISTÓRIAS CONHECIDAS – 3º ANO
NÍVEL DESCRIÇÃO
1 Não realizou a leitura (ausência do estudante no período da sondagem; não participou das aulas 
presenciais; recusou-se a ler o texto).
2 Não associou nenhum dos títulos aos trechos dos textos correspondentes.
3 Associou 1 ou 2 títulos aos trechos dos textos correspondentes. 
4
Associou 3 ou mais títulos aos trechos dos textos correspondentes; utilizando-se de índices 
linguísticos e contextuais para antecipar, inferir ou validar o que está escrito; além de fazer 
antecipações a respeito do conteúdo do texto.
Caso surjam dúvidas em relação à realização das sondagens de leitura e/ou escrita de algum estudan­
te, orientamos que a atividade seja refeita, em outro momento, para que se confirme a hipótese e/ou nível.
 
y
Como proceder à análise da sondagem de leitura
A sondagem de leitura tem sido implementada e aperfeiçoada a cada ano após a elaboração do 
Currículo da Cidade (2017). O acompanhamento da leitura tem sido cada vez mais importante para o pro­
cesso de alfabetização, seja por meio da sondagem ou por outras atividades diagnósticas desenvolvidas 
pelos professores e pelas professoras. Para além dos dados gerados, possibilita intervenções nos processos de 
aprendizagem por parte do professor ou da professora, potencializando o uso das estratégias de leitura pelo 
estudante para a aquisição da base alfabética e proficiência leitora.
Para os 1º e 2º anos, que farão a leitura de palavras e ou de títulos sempre associados a uma ima­
gem, a análise se dará a partir da seguinte orientação:
LEITURA DE PALAVRAS OU DE TÍTULOS – 1º E 2º ANO
NÍVEL DESCRIÇÃO
1 Não realizou a leitura (ausência do estudante no período da sondagem; não participou das aulas 
presenciais; recusou-se a ler o texto).
2 Não associou nenhum(a) dos(as) palavras ou títulos às imagens correspondentes.
3 Associou 1 ou 2 palavras ou títulos às imagens correspondentes.
4 Associou 3 ou mais palavras ou títulos às imagens correspondentes.
Para os 3º anos, que farão a leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas, a análise se 
dará a partir da seguinte orientação:
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
53 
 
 A ideia é que os textos apresentados neste documento possam colaborar com 
o trabalho do professor em sala de aula, considerando as suas necessidades de 
compreensão e de interpretação dos conhecimentos dos estudantes, no que se 
refere à compreensão do Sistema Alfabético de Escrita e do Sistema Numérico. 
Conhecer o que os seus estudantes sabem qualifica o trabalho do educador 
que poderá propor situações de aprendizagem desafiadoras aos diferentes 
conhecimentos de seus estudantes. 
 Por fim, a equipe gestora da escola e da diretoria de ensino poderão se 
apropriar, ou mesmo se aprofundar dos conhecimentos aqui apresentados e utilizá-
los para a formação e o acompanhamento de suas escolas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP 
 
Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 
 
54 
Referências 
 
ANTUNES, I. (2005). Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo (SP): Parábola 
Editorial. 
BALLONGA, P. P. Matemática.

Mais conteúdos dessa disciplina