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Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 29 Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 30 Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 31 Edimilson Ribeiro Márcia Feitosa Soraia Statonato Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes. Rubem Alves sondagem da escrita dos estudantes se configura em um dos recursos que o professor dispõe para conhecer as hipóteses que seus estudantes possuem em relação à aquisição do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), pois, a partir da sondagem e de sua interpretação, o professor poderá propor situações de ensino e de aprendizagem que sejam mais adequadas aos conhecimentos dos estudantes. Saber o que realmente os estudantes sabem em relação ao SEA ajuda o professor a propor atividades em sala que possam, de fato, fazer com que cada estudante avance rumo à escrita alfabética. Além disso, a sondagem é o momento no qual os estudantes têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que escrevem, particularmente, a escolha de quantas e quais letras são utilizadas para escrever Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 32 uma palavra e a relação entre as emissões sonoras (fonemas) provenientes da palavra falada com as partes (grafemas) da palavra escrita. Cada uma das sondagens realizadas com os estudantes poderá ser organizada em um portfólio, para que, tanto o professor da turma, quanto a equipe gestora da escola e os PEC e Supervisores que a acompanham possam sempre recorrer a esse portfólio, quando necessário ter acesso a informações, no que diz respeito ao percurso de cada estudante rumo à escrita alfabética. Para a inserção dos dados do sistema “Mapa Classe” a ideia é que os docentes cumpram o cronograma da Coordenadoria Pedagógica (COPED) para a aplicação e a inserção dos dados dos estudantes no sistema. Nesse sentido, os dados deverão ser inseridos pelo professor da turma e validados pelo Coordenador de Gestão Pedagógica (CGP) e pelo Diretor, em nível escolar. Por outro lado, nas Diretorias de Ensino, os PEC (Professores Especialistas de Currículo) e Supervisores de Ensino dos Anos Iniciais são responsáveis pelo acompanhamento dos avanços dos estudantes, por meio do sistema, bem como, a consolidação dos dados referentes às escolas sob sua jurisdição. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 33 inserção dos dados na plataforma “Mapa Classe” é de fundamental importância. Afinal, o mapa se configura em uma ferramenta útil para colaborar com o trabalho diário do professor e dos outros profissionais envolvidos na gestão da aprendizagem em nível escolar, nas diretorias de ensino ou nos órgãos centrais da Seduc. Um dos problemas observados diz respeito a hipótese não foi cadastrada, muitas vezes devido a falta do estudante na semana destinada à realização da sondagem na escola, neste caso, vale destacar que os estudantes não regridem em seus conhecimentos já construídos, pois continuam a avançar rumo à escrita alfabética. Sendo assim - caso não realizem a sondagem - pode-se (em último caso) repetir a hipótese que ele apresentou na última sondagem realizada. No entanto, além do sistema “Mapa Classe” na sala de aula, a elaboração de um portfólio destinado às sondagens realizadas pelos estudantes é uma prática comumente encontrada entre os professores que atuam nos Anos Iniciais, pois esse instrumento possibilita que o professor possa “acomodar” em um mesmo lugar as sondagens realizadas no decorrer do ano e, frequentemente, consultá-las para analisar e refletir sobre os avanços de cada um dos seus estudantes. No sentido de exemplificarmos a necessidade de se elaborar um portfólio das sondagens das escritas dos estudantes, vamos analisar os avanços das escritas da estudante Júlia (Quadro 1) e do estudante Luciano (Quadro 2). Ambos estavam no primeiro ano do Ensino Fundamental quando foram realizadas as sondagens e foram acompanhados durante todo o ano. A análise de suas escritas fornece elementos fundamentais para compreendermos não só a importância do portfólio, como também de como os estudantes pensam e refletem sobre a escrita. 11SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO SONDAGEM EM LÍNGUA PORTUGUESA Sondagem de Escrita A sondagem de Língua Portuguesa para o Ciclo de Alfabetização avaliará a escrita e a leitura dos estudantes, considerando que os dois processos são complementares e essenciais à alfabetização. Para os 1º e 2º anos, momento em que os estudantes estão se apropriando do Sistema de Escrita Alfabético SEA, a sondagem de escrita será de uma lista de palavras, do mesmo campo semântico, ditada pelo professor ou pela professora aos estudantes. Tratase de uma escrita individual, na qual os alunos registram palavras ditadas pelo professor e sem consulta a fontes impressas ou intervenções específicas que possam interferir na escrita do estudante. Para sua realização, alguns aspectos procedimentais devem ser considerados, entre eles: y Realizar a sondagem em folha sem pauta; y Primeiramente, solicitar que o estudante escreva seu próprio nome no alto da folha. (A escri ta do nome contribui com a análise do professor em relação a quantidade e qualidade da escolha das letras pela criança); y Ditar palavras que variam na quantidade de letras e sílabas (evitando a repetição de vogais numa mesma palavra) iniciandose pela polissílaba, depois a trissílaba, a dissílaba e a mo nossílaba, sempre nesta ordem; y Ao ditar, evitar a escansão a pronúncia destacando as sílabas separadamente. Diga as palavras normalmente; y Após a lista de palavras, ditar uma frase que envolva pelo menos uma delas, para verificar se a escrita permanece estável; y Solicitar que os estudantes, leiam o que escreveram, imediatamente após a escrita , para verificar a relação que estabelecem entre a escrita e a leitura (procedimento importante para a confirmação da hipótese); y Oferecer letras móveis aos estudantes que se mostrarem resistentes quanto à produção es crita (nestes casos, o professor fará o registro de como ficou a escrita). Como nas demais práticas de escrita na escola, a sondagem deve ser oferecida diante de uma situa ção comunicativa. É possível, por exemplo, propor a escrita de uma lista de animais que podem visitar em um passeio ao zoológico; ou uma lista de frutas que usarão para fazer uma sobremesa. Vale ressaltar que as palavras ditadas devem pertencer a um mesmo campo semântico, por exemplo: lista de brinquedos, de materiais escolares, ingredientes para uma receita etc. Estas são escolhas importan tes diante da necessidade de se pensar o uso social da linguagem nas práticas de ensino. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 34 A evolução da escrita da estudante Júlia11 Em relação ao avanço da escritaIn: Zabala, A. (Org.). Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. pp. 165-192. BARROS, M. d. (2006). Memórias Inventadas. A segunda infância. São Paulo (SP): Planeta do Brasil. BRAKLING, K. L. (2001). Linguagem oral e linguagem escrita: diferenças e impregnações. PEC-Formação Universitária. Unidade 4.1. Tema 4. Módulo 2: Linguagem, Interação Social e Cidadania. São Paulo, São Paulo: SEE de SP/Fundação Vanzolini/USP/PUC/UNESP. BRAKLING, K. L. 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Pátio - Revista Pedagógica, Nº 28.pode-se observar que, na primeira sondagem, a estudante apresentava uma escrita silábica com valor sonoro convencional, pois atribui uma letra para cada emissão sonora da palavra, bem como reconhecia cada um desses sons. Na segunda sondagem, seu avanço é bastante visível, pois a estudante encontra-se num momento de reflexão na qual chamamos de transitória, pois sua escrita se alterna entre a alfabética – quando reconhece mais de um elemento de cada emissão sonora da palavra – e a escrita silábica – quando reconhece apenas um dos elementos que compõem a sílaba, portanto a escrita do estudante A, nesta sondagem, encontra-se na hipótese silábico-alfabética. Na terceira sondagem a estudante demonstra que compreendeu o Sistema de Escrita Alfabética (SEA), no entanto, apresenta uma escrita com ortografia não convencional, conforme se nota na escrita da palavra DINOSSAURO, em que escreve DINOSARO. Ao compararmos a última sondagem às demais, percebe-se o quanto o estudante avançou no que se refere ao eixo qualitativo da escrita, pois escreve a maioria das palavras das quais’ a grafia é convencional, ou seja, escreve de forma alfabética e pensa de forma sistemática na ortografia convencional das palavras que escreve. 11 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 35 Quadro 1. Avanço observado na produção escrita da estudante Júlia12 1ª Sondagem 2ª Sondagem 3ª Sondagem 4ª Sondagem 12 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 36 A escrita do Luciano13 Ao analisar o avanço da escrita de Luciano observa-se que, na primeira sondagem, ele ainda apresenta uma escrita em que a relação entre a fala e a escrita não está ainda estabelecida, no entanto, demonstra saber que, para se escrever, é necessário utilizar letras. Sua escrita, nesse momento, é pré-silábica. Na segunda sondagem, o estudante apresenta uma escrita silábica sem valor sonoro, pois indica, na leitura, que estabelece relação entre partes do falado com partes do escrito, ou seja, um avanço conceitual em relação à primeira sondagem. Ele dá seu primeiro passo em relação ao SEA e compreende que parte do que se fala pode ser reproduzida por partes sequenciadas na escrita. Na terceira delas, o avanço é ainda maior e visível porque apresenta uma escrita silábica com valor sonoro convencional, contudo atribui uma letra para cada emissão sonora das palavras (fonemas), no entanto seu avanço mais aparente está no fato de ele reconhecer de maneira sistemática uma das letras que compõem cada sílaba da palavra. Por fim, na última produção nos deparamos com uma escrita silábico- alfabética, porque há momentos em que reconhece mais de um elemento que compõe a emissão sonora (escrita alfabética) e, em outros, apenas um deles (escrita silábica), uma escrita bem próxima ao que o estudante A apresentava em sua 2ª sondagem. 13 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 37 Quadro 2. Avanço observado na produção escrita do Estudante Luciano14 Luciano, 1ª Sondagem ‘ Luciano, 2ª Sondagem Luciano, 3ª Sondagem Luciano, 4ª Sondagem O que devemos considerar, quando se analisa as sondagens dos estudantes “A” e “B” é que os estudantes, assim com os adultos, possuem cada um o seu tempo de aprendizagem, que ela não é homogênea e o que faz a diferença é a interação com outros estudantes e as intervenções realizadas pelos professores, durante as situações de ensino e de aprendizagem em sala de aula. 14 Os nomes dos estudantes foram preservados e apresentados de forma fictícia nesse documento. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 39 uando observamos o processo de aquisição do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), fica evidenciado o quanto as crianças, que se encontram nesse processo, passam por momentos de reflexão na tarefa de compreenderem como se dá a geração de um sistema tão complexo para a sua aprendizagem. No texto “Existe vida inteligente no período pré- silábico?”15, a professora Telma Weisz questiona a forma tradicional de ensino que a escola oferece, bem como, a compreensão que se tem – em muitos casos - do aprender, pois segundo a pesquisadora qualquer forma de compreender diferenças entre competências seja inadvertidamente assimilada à tradição pedagógica de classificar os alunos em "fracos", "médios" e "fortes". Diante do cenário apresentado pela pesquisadora propomos neste documento a reflexão de como as crianças compreendem a escrita e o longo caminho que passam para se apropriarem do SEA. A pesquisadora considera ainda os trabalhos publicados sobre a aquisição da escrita16, da pesquisadora argentina Emília Ferreiro, pois apresenta a evolução das crianças rumo a escrita alfabética, organizada em três grandes períodos, sendo eles: 1º PERÍODO O primeiro período caracteriza-se pela busca de parâmetros de diferenciação entre as marcas gráficas figurativas e as marcas gráficas não-figurativas, assim como pela formação de séries de letras como objetos substitutos, e pela busca de condições de interpretação desses objetos substitutos. 15 Texto escrito pela Prof. Dr. Telma Weisz, que compõe a Coletânea de Atividades do Cursista (M1U4T4), do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), publicado pelo Ministério da Educação (MEC), Brasília, 2001. 16 Emília Ferreiro. “A escrita antes das letras”. In Hermine Sinclair (ed.) A produção de notações na criança, São Paulo, Cortez Editora, 1990. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 40 2º PERÍODO O segundo período é caracterizado pela construção de modos de diferenciação entre o encadeamento de letras, baseando-se alternadamente em eixos de diferenciação qualitativos e quantitativos. 3º PERÍODO O terceiro período é o que corresponde à fonetização da escrita, que começa por um período silábico e culmina em um período alfabético. Ao observarmos cada um dos três momentos descritos anteriormente fica evidenciado que as crianças pensam, a todo momento, e levantam hipóteses em relação ao “que se escreve” e ao “como se escreve”, desta forma, as hipóteses variam de acordo com o conhecimento dos estudantes em relação ao SEA. A Psicogênese da Língua Escrita - obra das pesquisadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky - retrata os níveis de apropriação do SEA e descreve algumas hipóteses que os estudantes revelam durante esse processo, o que foi um avanço na forma de compreender e interpretar as ideias inicias das crianças, quando confrontadas a escrever. A seguir, discutiremos cada uma das escritas e as ideias das crianças em relação à compreensão do SEA: 1. As escritas pré-silábicas Os estudantes que escrevem em consonância com o período pré-silabico podem apresentar diferentes tipos de escrita, uma vez que, a escrita pré-silabica é marcada por diferentes momentos, desta forma as crianças podem apresentar as seguintes produções: A. Escrita baseada em garatujas, pseudoletras, uso sistemático de letras e de números e a imitaçãodo traçado da letra do adulto – pois bem essa é a fase mais inicial da escrita da criança, já que as relações que estabelecem com a escrita estão ligadas aos primeiros traços em contato com o lápis e o papel. As garatujas compreendem a fase inicial do grafismo das crianças, neste sentido elas utilizam de Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 41 desenhos bastante primitivos para representar a escrita de diferentes palavras. Nesse momento há aqueles que ainda representam a escrita de outras maneiras, tais como, as chamadas pseudoletras ou “falsas” letras, que nada mais são do que caracteres que se parecem com letras, mas que não podem ser classificadas como tal, já que seus traçados não são completos, outras crianças ainda, utilizam letras e números para representar uma determinada palavra, pois precisam compreender dois complexos sistemas: o alfabético e o de numeração decimal. Existem aquelas que partem por outra reflexão: a de imitar a forma rápida (e cursiva) da escrita adulta. Seguem alguns exemplos17 1 – Uso de garatuja para a escrita de CACHORRO. 2 – Escrita com o uso sistemático de pseudoletras para a escrita de CACHORRO. 3 – Escrita com o uso sistemático de letras e números para escrever a palavra CACHORRO. 4 – Escrita que apresenta a imitação da escrita cursiva do adulto para CACHORRO. B. Escritas compostas pela utilização de letras – um passo adiante das ideias anteriores, diz respeito à utilização de letras para representar a escrita, no entanto, essa escrita não se relaciona com o que é falado, ou seja, a palavra oral, não se relaciona gráfica e foneticamente com a palavra escrita, além disso, na maioria dos casos, o repertório de letras está relacionado ao próprio nome da criança. Outra característica marcante é que neste momento os estudantes costumam escrever sem o controle de quantidade de letras que utilizam para escrever as palavras ditadas pelo professor, em uma 17 As escritas aqui apresentadas foram apoiadas em escritas originais de crianças e “passadas a limpo” para que tivessem uma melhor visualização. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 42 situação de sondagem, o que resulta em escritas que terminam no final da folha. C. Controle da quantidade e da variedade de letras – esse momento é marcado pela utilização - por parte da criança - de parâmetros de diferenciação no interior da palavra (intrafigural) e entre as palavras (interfigual), o que chamamos de utilização de variedade de letras e da variação (na escrita) das palavras ditadas pelo professor em uma sondagem. Outra marca bastante comum, deste momento, trata-se do controle da quantidade de letras utilizada para escrever uma palavra, que gira em torno de 4 e 5 letras em sua maioria. A seguir, observe alguns exemplos18 relacionados a esse tipo de escrita. Exemplo 119 Exemplo 2 2. As escritas silábicas As escritas silábicas se configuram em um marco fundamental no processo de apropriação da escrita, por parte da criança, pois trata-se do momento em que ela associa a palavra oral com a palavra escrita, ou seja, relaciona a fala com a escrita. Muitas vezes o estudante que levanta essa hipótese em relação ao SEA e escreve, de uma forma bem específica, atribuindo uma letra para cada emissão sonora da palavra. As escritas silábicas são categorizadas na seguinte conformidade: 18 As escritas apresentadas são de estudantes da rede. 19 Sugerimos sempre o uso de folhas “sem pautas” para que a criança possa ter liberdade em suas escritas. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 43 A. Escrita Silábica sem Valor Sonoro – a escrita silábica sem valor sonoro, assim como o próprio nome sugere diz respeito ao fato de que apesar da criança reconhecer as partes do falado com as partes do escrito, ela ainda não reconhece nenhum dos elementos que compõem as emissões sonoras da palavra. No momento da sondagem é a leitura realizada pelo estudante que vai definir que sua hipótese de escrita é a Silábica SVS, pois é a marcação da leitura que mostrará a forma como o estudante ajusta as partes do falado, com as respectivas partes do escrito. B. Escrita Silábica com Valor Sonoro – os estudantes que possuem uma hipótese de escrita silábica com valor sonoro, em sua grande maioria escrevem atribuindo uma letra para cada sílaba, no entanto, o que a sua escrita se diferencia da anterior é o fato da criança, adolescente, ou mesmo um adulto reconhecer que um dos sons compõem cada uma das emissões sonoras da palavra. Um exemplo, para a escrita da palavra DINOSSAURO, a criança poderá escrever das seguintes formas: DNSR (quando o valor sonoro que reconhece é mais o som das consoantes); IOAO (quando o valor sonoro que reconhece diz respeito as vogais; ou mesmo DOAR (quando reconhece de forma articulada os sons de vogais e de consoantes da palavra ditada). 3. A escrita Silábica Alfabética O nível silábico-alfabético se configura em uma hipótese que se encontra em transição entre a escrita silábica e a escrita alfabética, desta forma, suas escritas carregam características desses dois níveis de escrita, pois existem momentos em que os estudantes escrevem silabicamente e, em outros de maneira alfabética. Ao tomarmos como exemplo a escrita da palavra DINOSSAURO, poderá ser escrita seguintes formas: DINSRO, INOSAR, DNOSRO, entre outras tantas formas que articulam a hipótese silábica e a reflexão alfabética na escrita de palavras ditadas. A seguir, exemplificamos com a escrita do estudante Eduardo: Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 44 4. A escrita alfabética O estudante demonstra que compreendeu a geração do sistema de escrita alfabética e reconhece mais de um dos sons que compõem as sílabas. Exemplos de escritas alfabéticas para a palavra dinossauro são: DINOSARO, DINOSSAURO, DINOÇARO, DINOSSAURO, a seguir exemplificamos a escrita de quem compreendeu a geração do SEA, por meio da escrita de Emanuelly: Neste documento apresentamos algumas amostras de escritas que demonstram as diferentes ideias que os estudantes possuem em relação à escrita alfabética. Claro está que, no trabalho diário o professor será confrontado, a todo momento, para interpretar e compreender as escritas apresentadas pela sua turma, em casos assim - sugerimos sempre – a análise coletiva de escritas, de modo que todos possam aprofundar os conhecimentos e os olhares quanto ao longo processo da criança rumo a escrita alfabética. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 45 onsiderando a lista que os estudantes irão escrever, cada uma das palavras que a compõem precisam ser contextualizadas, além de fazerem parte de um mesmo campo semântico, bem como, apresentarem dificuldades de escrita para os diferentes anos a serem avaliados. Claro está que os estudantes que se apropriaram da escrita alfabética e da ortografia convencional, não precisam realizar a sondagem, pois ela busca averiguar os saberes dos estudantes que se encontram em processo de aquisição do SEA. Deste modo, o professor dos 3º, 4º e 5º anos irá realizar a sondagem apenas com os estudantes que ainda não apresentam escrita alfabética, após a sondagem inicial com toda a turma. Para os demais, o professor deverá preencher o campo ALFABÉTICO no sistema Mapa Classe. Importante pontuarque, a título de exemplificação, reproduzimos três modelos de lista de sondagem (Quadro 3), sendo que, na lista do 1º e do 2º ano, as palavras são compostas por sílabas canônicas (aquelas que apresentam sequências de consoante e vogal (CV) e apenas uma palavra composta por sílabas não-canônicas (CVV e CCV). Por outro lado, a lista proposta para a sondagem dos 3º e 4º anos foi elaborada com apenas uma palavra composta por sílabas canônicas (TULIPA), visto que, todas as demais são compostas por palavras que apresentam sílabas não- canônicas por se configurarem em palavras com maiores dificuldades de escrita para os estudantes. Por fim, propomos neste documento que na sondagem do 5º ano, tanto a lista, quanto a frase apresentem palavras constituídas por sílabas canônicas e não- canônicas, do mesmo modo, os estudantes poderão demonstrar seus conhecimentos Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 46 tanto em relação à escrita alfabética, quanto ao eixo qualitativo da escrita, ou seja, à reflexão ortográfica. Cabe destacar aqui que essas três listas não são modelos a serem seguidos, mas sim, reproduções, com o intuito de pensarmos de maneira minuciosa e reflexiva nas palavras que precisam compor uma lista a ser ditada aos estudantes, bem como a frase. Quadro 3. Exemplo de listas de palavras e frases para a sondagem 1º e 2º anos 3º e 4º anos 5º ano Brinquedo CASTELINHO BONECA PIPA PÁ MARCELA GOSTA DE LAVAR A BONECA. Brinquedo CALHAMBEQUE PETECA BOTÃO PIÃO AUGUSTO GOSTA DE BRINCAR DE PETECA. Brinquedo ESCORREGADOR BALANÇO CORDA PIÃO FABIO GOSTA DE BRINCAR DE PIÃO. Festa Junina BANDEIROLAS PIPOCA DOCE SOM GINO COMEU PIPOCA SALGADA. Festa Junina BANDEIRINHA CANJICA CURAU SOM O CURAU É FEITO COM MILHO. Festa Junina PAÇOQUINHA QUADRILHA QUENTÃO SOM A PAÇOQUINHA É DE AMENDOIM. Bebidas VITAMINA IOGURTE SUCO CHÁ A VITAMINA DE PERA É GOSTOSA. Bebidas LIMONADA GROSELHA CAFÉ CHÁ O CAFÉ DE MARGARIDA É MUITO FORTE. Bebidas REFRIGERANTE REFRESCO ÁGUA CHÁ MARIANA NÃO TOMA REFRIGERANTE. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 47 Flores MARGARIDA TULIPA ROSA FLOR A ROSA POSSUI MUITOS ESPINHOS. Flores CALÊNDULA ALECRIM CRAVO FLOR O ALECRIM TEM UM CHEIRO GOSTOSO. Flores CRISÂNTEMO TULIPA CRAVO FLOR A CALÊNDULA É UMA PLANTA MEDICINAL Alimentos MANDIOCA TOMATE FEIJÃO SAL FABIO GOSTA DE COMER TOMATE. Alimentos MACAXEIRA PEPINO CARNE CHÁ GINO GOSTA DE AROZ COM CARNE SECA. Alimentos MAIONESE POLENTA PASTEL ARROZ MAIONESE COM BATATA É SABOROSA. Doces GELATINA PICOLÉ PAVÊ MEL PAULO COMEU GELATINA. Doces PIRULITO PAÇOCA PUDIM MEL ANA COMEU PAÇOCA COM BANANA. Doces BRIGADEIRO SORVETE PAVÊ FLAN NA FESTA TINHA BRIGADEIRO. Corpo humano ESTÔMAGO FÍGADO BOCA PÉ EU GOSTO DA MINHA BOCA. Corpo humano CLAVÍCULA JOELHO PERNA MÃO MEU JOELHO ESTÁ MACHUCADO. Corpo humano INTESTINO ORELHA BRAÇO RIM ANA USA UM LINDO BRINCO NA ORELHA. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 48 Países VENEZUELA MÉXICO BRASIL IRÃ EU MORO NO BRASIL. Países ARGENTINA ITÁLIA BRASIL LAOS A ITÁLIA É UM PAÍS EUROPEU. Países MOÇAMBIQUE EQUADOR BRASIL OMÂ O EQUADOR FICA NA AMÉRICA DO SUL. Essas foram algumas ideias de listas que poderão ser utilizadas ao longo do ano, no entanto, cabe aos professores junto aos gestores escolares elaborarem listas que possam representar mais precisamente os estudantes da escola, ou mesmo das regionais, com o apoio da equipe técnica da Diretoria de Ensino. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 49 análise dos resultados da sondagem da turma precisa ser digitada no sistema Mapa Classe, considerando os dados referentes à cada estudante, bem como, respeitando o cronograma de aplicação da sondagem e de digitação dos dados no sistema.- Para isso, professores e gestores deverão acessar o site do Mapa Classe (mapaclasse.fde.sp.gov.br), fazer o login e digitar os dados da turma. Caso o professor não esteja cadastrado, Cabe ao CGP na escola ou o PEC, na Diretoria de Ensino, realizar essa tarefa, para isso no próprio sistema Mapa Classe existem tutoriais para essa finalidade, basta acessá-los. Para a realização da sondagem com a turma, o professor precisa ditar cada uma das palavras que compõe a lista, dando tempo para que os estudantes escrevam cada uma delas. Além disso, deve cuidar para não escandir sílabas ou pedaços sonoros (forçar o som) das palavras. O ditado, portanto, deve ser da maneira mais natural possível, sem o professor silabar as palavras ao ditá-las. No momento em que o professor estiver realizando a sondagem com um de seus estudantes, é aconselhável deixar os demais estudantes envolvidos com outras atividades (a escrita de uma cantiga, parlenda, textos versificados em geral em duplas, entre outras atividades). Caso seja necessário, o professor poderá solicitar auxílio à coordenação pedagógica da escola para dar suporte a esse momento tão necessário para a investigação do que os estudantes sabem em relação ao SEA. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 50 Procedimentos necessários para a realização da sondagem individual A. Entregue uma folha de papel, sem pauta, borracha e um lápis ao estudante. B. Contextualize sobre o tema da lista: objetos da sala de aula, animais, plantas, festa de aniversário, por exemplo. C. Lembre-se que as listas devem ser do mesmo campo semântico (brinquedos, frutas, animais, brincadeiras, merenda escolar etc.). D. Converse com o estudante a respeito dos possíveis elementos que poderão compor uma lista sobre esse assunto, por exemplo, em uma de festa de aniversário, quais alimentos / comidas e bebidas podem ter em uma festa de aniversário, na festa dele ou de algum colega que participou, quais foram as bebidas e as comidas que tinham. E. Oriente o estudante para que escreva uma palavra embaixo da outra, pois trata-se de uma lista. F. Caso o estudante sinta a necessidade de apagar alguma das escritas, questione-a sobre o motivo e auxilie para não apagar o que já foi escrito, afinal muitas vezes existe relação com a reflexão que foi feita durante a escrita. G. Dite cada uma das palavras, da maneira mais natural possível, sem forçar as sílabas que compõem a palavra (escandir) na seguinte ordem – primeiro a polissílaba, em seguida a trissílaba, depois a dissílaba e a monossílaba. H. Finalmente, dite a frase que compõem a sondagem e tome cuidado para não silabar e nem forçar, na fala, partes das palavras. Sugestão de questões para análise dos mapas de sondagem: A. O que os dados da sondagem revelam sobre os conhecimentos dos estudantes? B. Ao longo do ano, houve progressão de aprendizagem de todos os estudantes nos diferentes anos? O que garantiu essa progressão? Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 51 C. Quais foram os fatores que impediram ou dificultaram que todos progredissem? D. Queações podem ser planejadas para os estudantes que não conseguiram atingir a base alfabética da escrita? E. Que metas serão estabelecidas e quais os prazos de alcance estipulado para cada uma delas? IMPORTANTE Na aplicação na sondagem de escrita e de número faz-se necessário que os professores que interagem com os estudantes, que necessitam de apoio especializado – público alvo da Educação Especial - realizem as adequações necessárias considerando as especificidades de cada uma delas. 13 Destacase que o texto escolhido precisa fazer parte do repertório cultural infantil para que a preo cupação da criança não seja dirigida ao “que” escrever, mas a como fazê-lo. Esse é um desafio maior que pode ser realizado. O que está em jogo é a aquisição do sistema de escrita, mas já é possível fazer outras verificações, por exemplo, a segmentação do texto em palavras ou mesmo em frases, entre outros. A seguir apresentamse algumas sugestões para as sondagens de escrita de textos que se sabe de memória para os 1º e 2º anos do Ciclo de Alfabetização: PERÍODO SUGESTÃO DE TEXTO QUE SE SABE DE MEMÓRIA 1º bimestre BORBOLETINHA, TÁ NA COZINHA FAZENDO CHOCOLATE, PARA A MADRINHA. POTI, POTI PERNA DE PAU OLHO DE VIDRO E NARIZ DE PICA-PAU PAU-PAU 2º bimestre CIRANDA CIRANDINHA VAMOS TODOS CIRANDAR VAMOS DAR A MEIA-VOLTA VOLTA E MEIA VAMOS DAR 3º bimestre CORRE CIPÓ NA CASA DA VÓ LENCINHO BRANCO CAIU NO CHÃO MOÇA BONITA DO MEU CORAÇÃO 4º bimestre O SAPO NÃO LAVA O PÉ NÃO LAVA PORQUE NÃO QUER ELE MORA LÁ NA LAGOA NÃO LAVA O PÉ PORQUE NÃO QUER MAS QUE CHULÉ Indicamos que, para os estudantes já alfabéticos e para aqueles que se en contram mais próximos à hipótese de escrita alfabética, além da lista de palavras, seja oferecida a sondagem da escrita de um texto que se sabe de memória, que pode ser uma parlenda, cantiga, trecho de música, etc. Nesse caso, as crianças podem escrever, de maneira mais autônoma, e o professor circular entre elas para realizar as intervenções necessárias, como lembrar trechos do texto que se esquece ram, por exemplo. É importante que haja um distanciamento entre as crianças para que não copiem a escrita do colega. Desse modo, o estudante poderá colocar em jogo tudo o que sabe sobre o Sistema de Escrita Alfabética. 14 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA Recomendações para Sondagem y As hipóteses de escrita das crianças são referências para o planejamento e as ações didáticas do professor. Desse modo, não devem ser explicitadas a elas próprias; y A sondagem é o momento para que escrevam, da melhor maneira possível, as palavras e revelem sua compreensão sobre o SEA. Diante disso, as escritas das crianças não devem ser corrigidas e sim analisadas. y Caso o estudante apresente dificuldade em registrar a sondagem no papel, recomenda-se que sejam oferecidas letras móveis para a escrita e que depois a professora ou professor fotografe a escrita para compor o portfólio de sondagem. y As marcações do professor, em relação à leitura que a criança faz das palavras, devem ser suficientes a sua posterior análise. Assim, são necessários cautela e critério. Marcar a divisão de sílabas, por exemplo, pode caracterizar uma hipótese silábica - nem sempre real - à análise futura. y Recomenda-se que não se faça as marcações da leitura na presença da criança. Pode-se fazer em uma folha de rascunho e depois repassar para a folha de sondagem. Para o 3º ano do Ciclo de Alfabetização, a sondagem de escrita se dará pela reescrita de texto, cuja finalidade é possibilitar ao estudante a apropriação de recursos da linguagem escrita e de organização do texto, assim como de procedimentos de escritor: planejamento, revisão processual e final (SÃO PAULO, 2017). Os estudantes que no 3º ano, ainda, não se apropriaram do SEA, deverão realizar a proposta in dicada para os 1º e 2º anos, tanto para a escrita como para a leitura. O Currículo da Cidade de Língua Portuguesa aponta a importância do trabalho com a produção de textos, tendo em vista o avanço das aprendizagens dos estudantes. Assim, além das produções de texto para a sondagem, é essencial que estejam contempladas nas rotinas, prevendo diferentes agrupamentos e revisão textual. Ressaltase que na sondagem não há revisão textual, no entanto, é importante que o professor ou a professora analise além dos aspectos individuais, os coletivos, para que se possa qualificar as intervenções com a turma. O desafio, na reescrita de texto, está em como escrever algo que já existe. É um texto autoral, no entanto, deve-se assegurar aspectos essenciais à preservação do texto original. Este não é um desafio sim ples, há muitas questões em jogo: y Respeitar a progressão temática; y Preservar as ideias e os conteúdos do textofonte; y Observar as características da linguagem escrita e do registro literário; y Realizar as operações de produção de texto: planejamento, textualização e revisão. 15SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO Para essa sondagem, propomos a reescrita de um trecho de conto conhecido pelos estudantes, para tanto, alguns procedimentos precisam ser observados pelo(a) professor(a): y Perguntar aos estudantes se eles conhecem o conto que está prestes a ler; y Comunicar que precisam prestar atenção na leitura e que depois reescreverão o texto individualmente; y Realizar a primeira leitura do conto para os estudantes; y Retomar os aspectos principais para garantir o entendimento sobre a progressão temática do texto; y Realizar a segunda leitura do conto até o trecho marcado; y Disponibilizar folha em branco para a escrita, pode ser pautada; y Comunicar ao estudante que o trecho deve ser reescrito de acordo com o conto original; y Solicitar que escrevam, individualmente e da melhor maneira possível, trecho do conto. Feitas essas considerações, a seguir serão apresentadas as sugestões da Secretaria Municipal de Educação – SME para as sondagens de escrita do 3º ano do Ciclo de Alfabetização: 1º BIMESTRE A princesa e o grão de ervilha Era uma vez um príncipe que desejava para esposa uma princesa. Mas devia ser uma verdadeira princesa! Viajou, pois, por todo o mundo para achá-la. Princesas eram o que não faltavam, mas todas tinham os seus defeitos. Voltou para casa triste e abatido. Desejava tanto encontrar uma verdadeira princesa! Uma noite, sobreveio uma forte tempestade; relâmpagos rasgavam o céu, o trovão rolava, e a chuva caía aos borbotões. Era uma coisa terrível! Foi quando alguém bateu à porta do castelo. E o próprio rei foi abrir. Lá fora, estava uma princesa. Mas quanto sofrera ela com a chuva e a tempestade! A água escorria-lhe pelos cabelos e pelas roupas, entrava pelo bico dos sapatos e saía pelo calcanhar. Disse ela que era uma princesa verdadeira. “É o que vamos ver!” – pensou a velha rainha ao vê-la. Nada disse, porém. Foi ao quarto, tirou toda a roupa da cama e colocou um grão de ervilha sobre o estrado. Depois, pegou vinte colchões e colocou-os seguidamente por cima da ervilha. Sobre os colchões, colocou vinte acolchoados de pena. Ali, a visitante devia dormir aquela noite. Pela manhã, perguntaram-lhe como tinha dormido. SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO – Muito mal! – disse ela. – Não pude pregar olho a noite toda! Sabe Deus o que havia naquela cama! Estive deitada sobre alguma coisa dura, que me deixou com o corpo marcado. Um horror! Viram então que se tratava de uma verdadeira princesa, já que ela sentira o grão de ervilha através de vinte colchões e vinte acolchoados. Só mesmo uma verdadeira princesa teria uma pele tão sensível! O príncipe tomou-a por esposa, pois sabia que encontrara uma verdadeira princesa. Eles foram felizes para sempre. Fonte: ANDERSEN, Hans Christian. Contos de Andersen. São Paulo: Ed. Paulus, 2012. 16 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENSNO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 2º BIMESTRE O príncipe sapo Era uma vez uma linda princesinha que morava num castelo perto de uma floresta escura. Ela gostava, mais do que tudo, de brincar com sua bola de ouro na sombra das árvores. Um dia, deixou a bola cair num poço muito fundo e desatou a chorar. De repente, um sapo velho e feio apareceu e perguntou: – Qual é o problema? A princesa respondeu: – Eu perdi minha bola de ouro. – O que você me dá se eu for buscá-la? - o sapo quis saber. – Minhas joias e minha coroa. - disse a princesa. – Isso não me interessa - ele falou. Mas se você prometer me amar, me deixar comer em seu prato e dormir em sua cama, eu busco a bola. A princesa prometeu sem pestanejar. Então, o sapo mergulhou no poço e pegou a bola de ouro. Assim que conseguiu a bola, a princesa correu para o castelo. – Espere por mim! - o sapo gritou. SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO A princesa esqueceu sua promessa por completo. No dia seguinte, quando estava jantando com o pai, eles ouviram alguém bater na porta, e logo o sapo apareceu. O rei obrigou a filha a lhe contar a história toda. – É claro que você deve cumprir a promessa - ele falou. Ponha o animal na mesa. A princesa teve de dividir seu prato com o sapo e, irritada, perdeu o apetite. Na hora de dormir, o rei mandou a filha levar o sapo para o quarto. A princesa não queria dormir com aquele bicho frio e viscoso. No entanto, sabia que seu pai ficaria furioso, se não dividisse sua cama com o sapo. E, assim, deixou que ele se instalasse no travesseiro. – Agora, você tem de me dar um beijo de boa-noite - o sapo falou. A princesa franziu a cara de nojo, fechou os olhos e deu um beijinho minúsculo no sapo. Ao abrir os olhos, viu que o sapo havia desaparecido e em seu lugar estava um lindo príncipe. – Você quebrou o encantamento - o príncipe falou. E ficou tão agradecido que pediu a princesa em casamento. Como ela gostava mais dele como príncipe, do que como sapo, disse “sim”! Então, ele a levou para seu palácio, onde viveram felizes para sempre. Fonte: HOFFMAN, Mary. Meu primeiro livro de conto de fadas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2012. 17SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO 3º BIMESTRE O dragão do ano-novo Era uma vez, no sul da China, um dragão gigantesco que se chamava Niam. Ele era um monstro bastante peculiar, porque permanecia dentro da água o ano todo, sem incomodar ninguém, até chegar a noite de fim de ano. Então, como se ficasse louco de repente, saía da água furioso e espalhava o pânico entre todos os habitantes das aldeias próximas ao mar, arrasando em seu caminho casas, animais e pessoas. Por isso, quando chegava o final do ano, todos saíam de suas casas e subiam uma grande montanha que havia nos arredores, com seus pertences mais estimados, para se salvar da ira de Niam, o Dragão Louco, que era como o chamavam naquelas terras. Até que, em um ano, um ancião passou por ali e disse: – Este ano não terão que fugir de Niam. Conheço um remédio infalível para fazê-lo retornar ao mar sem que ninguém sofra qualquer dano. – Vovô, o senhor está mais louco que o dragão! Se quiser salvar sua vida, suba conosco a montanha. – Nem pensar, eu ficarei aqui – disse ele. Tentaram convencê-lo, mas não houve jeito, e ele ficou sozinho. E, na noite de fim de ano, quando Niam saiu da água cego de fúria, o ancião fez uma gigantesca queima de fogos, que havia preparado para a ocasião. Aquele estrondo inesperado e o clarão cegante das explosões aterrorizaram o dragão, que jamais havia visto coisa igual. Ele voltou o mais rápido que pode ao fundo do mar, para nunca mais sair de lá. SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO No dia seguinte, quando os habitantes das aldeias daquela área desceram da montanha, surpreenderam- se ao ver o ancião são e salvo. Ele lhes contou seu segredo para espantar a besta e todos ficaram admirados. A notícia correu de boca em boca de aldeia em aldeia, e, em pouco tempo, todo mundo já sabia como espantar o dragão. Por isso, desde então, na China, no final do ano, tem-se o costume de soltar fogos e celebrar uma grande festa. Em alguns lugares, se representa a fuga do dragão (construído com papéis, papelão e sedas) quando se lançam os rojões e fogos de artifício. Fonte: MORAN, José; tradução de MENDROT, Camile. Volta ao Mundo em 80 contos. Barueri: Girassol Brasil, 2017. 18 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 4º BIMESTRE A bruxa e o caldeirão Quando preparava uma sopa para o jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era muito, não senhor. Um furo pequeníssimo, quase invisível. Mas era o suficiente para, pinga que pinga e ir apagando o fogo. Nunca tal lhe tinha sucedido. Foi consultar o livro de feitiços, folheou-o de ponta a ponta, confirmou no índice e nada encontrou sobre a forma de resolver o caso. Que haveria de fazer? Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno. De que forma poderia ela agora preparar as horríveis poções? Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva dos frascos. Ficava muito aborrecida com aquele furo no caldeirão. Nem a sopa do dia-a-dia podia cozinhar. Mantinha- se a pão e água. Matutou dias seguidos no assunto. Começou a desconfiar se o mercador que lhe vendera o caldeirão na feira, há muitos anos atrás, não teria a enganado com material de segunda categoria. Decidiu então ir à próxima feira e levar o caldeirão ao mercador. Mas verificou que o mercador já não era o mesmo, era neto do outro. Ficou desapontada. Perguntou-lhe, o que podia fazer com o caldeirão furado. O mercador mirou-o e disse: – Você pode pôr ao pé da porta e fazer de vaso. A bruxa irritou-se com a sugestão e respondeu: SOLICITAR REESCRITA, APÓS 2ª LEITURA, A PARTIR DESTE TRECHO – A solução parece boa, sim senhor. Mas diga-me uma coisa: Se faço o caldeirão de vaso, onde cozinho depois? O mercador respondeu: – Neste novo que tenho aqui e com um preço muito em conta! Ela olhou para o caldeirão que o mercador apontava. Era lindo, brilhante, avermelhado com lindos detalhes. Era tão leve e podia ser carregado para qualquer lado. A bruxa ficou encantada! – Pois bem, vou levá-lo. O mercador esfregou as mãos de contente. Mas a bruxa avisou-o: – Se acontecer o mesmo que ao outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo. O mercador riu-se do disparate enquanto embrulhava o artigo. Os anos foram passando e a bruxa continuou no seu labor. Até que um dia, percebeu um furo no novo e agora velho caldeirão. Rogou uma praga tamanha no mercador. Que a essa hora, em vez de estar jantando na mesa com a família, estava à beira de uma lagoa a apanhar moscas. Texto adaptado de: MACHADO, José Leon. A bruxa e o caldeirão. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pv00001a.pdf. Os textos, bem como as atividades aqui propostas, são sugestões, podendo ser alteradas a critério da escola, desde que preservadas as condições para sua realização e análise. 21SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO A avaliação da escrita dos estudantes do 3º ano, que reescreverão um trecho de conto, estará rela cionada às Práticas de Produção de Textos Escritos e às Práticas de Análise Linguística, especificamente as Capacidades de Elaboração de Textos Organizados em Gêneros da Ordem do Narrar. Assim, sua análise adotará os seguintes níveis: REESCRITA DE TRECHO DE CONTO – 3º ANO NÍVEL DESCRIÇÃO 1 Não realizou a reescrita do trecho de conto (ausência do estudante no período da sondagem; não participou das aulas presenciais; recusou-se a escrever o texto). 2 Realizou parcialmente a reescrita do trecho, comprometendo o sentido da história e apresentando dificuldades em relação à escrita convencional - SEA, apresenta interferência* de fala cotidiana na escrita, problemas de segmentação e translineação das palavras e com erros de ortografia. 3 Realizou a reescrita do trecho, escrevendoos principais acontecimentos, sem omissão que comprometa o sentido da história; ainda que com erros de ortografia, fazendo a segmentação e translineação* adequadas e observando parcialmente a progressão temática e os conteúdos do texto-fonte. 4 Realizou a reescrita do trecho, escrevendo com poucos erros ortográficos (em especial nas pa- lavras de uso frequente), fazendo a segmentação e a translineação adequadas, observando a progressão temática e os conteúdos do texto-fonte. * Interferência da fala na escrita é quando o aluno se utiliza de variações linguísticas regionais na sua escrita. Ex.: Escreve MININU ao invés de MENINO. * Translineação se refere à mudança de uma linha para outra, observando, quando necessária, a divisão silábica. 2.3 Sondagem de Leitura Uma vez que os processos de escrita e leitura são complementares, a sondagem de leitura também foi adotada como uma das medidas de acompanhamento do processo de alfabetização. Para tanto, fo ram adotados os estudos de Kaufmann, Gallo e Wuthenau (2010). Segundo as autoras, avaliar a leitura dos estudantes em fase de aquisição do SEA, assim como privilegiar tais atividades nas rotinas, permite, entre outras coisas, a compreensão sobre as estratégias utilizadas por eles ao ler ainda que sem saber ler convencionalmente. é sempre importante que diferentes instrumentos elaborados para focalizar aspectos distintos de um mesmo processo sejam articulados, pois esse procedimento é que permite uma visão mais geral e completa das aprendizagens realizadas pelos estudantes. Cada instrumento específico organizado nos permite ter clareza de quais são as aprendizagens efetivamente realizadas sobre os aspectos focalizados nas propostas (SÃO PAULO, 2017, p. 107). Para cada um dos três anos do Ciclo de Alfabetização, há a indicação de atividades de leitura que melhor avaliarão as habilidades dos estudantes de cada ano. Assim como para a sondagem de escrita, a orientação é que os estudantes realizem as atividades individualmente e sob a observação do professor. 22 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA Para os 1º e 2º anos, avaliaremos a capacidade de aquisição do SEA, no que diz respeito à localização de nomes em listas. Para o 3º ano, avaliaremos as capacidades relacionadas às Práticas de leitura. Ao realizar as atividades de leitura, é recomendável que a primeira aplicação seja feita individual mente e as demais em grupos pequenos de estudantes. É importante manter um distanciamento entre os estudantes, visto que, quando estão muito próximos, há uma tendência natural, em especial entre os que têm hipótese de escrita não alfabética, de esperar o colega fazer a atividade para, então, proceder da mesma forma. A observação do professor, durante a execução da sondagem, é fundamental para uma análise ade quada em relação aos níveis propostos neste documento. É possível, por exemplo, que alguns estudantes apaguem os primeiros traços feitos, ao notar que sua primeira indicação não foi a adequada. Tal processo pode indicar um avanço em relação às estratégias que a criança utiliza para ler – ainda que não seja con vencionalmente. Mesmo aqueles que ainda não leem convencionalmente, utilizamse de estratégias para fazêlo, e essa é uma rica oportunidade para o professor ou a professora observar e intervir. As capacida des de antecipar e de inferir contribuem para o desenvolvimento da fluência leitora. Destacase que as propostas aqui apresentadas compõem instrumentos avaliativos para o Ciclo de Alfabetização, e que as orientações para sua realização se aplicam a tal momento. É possível planejar boas situações didáticas a partir dos diagnósticos observados e utilizar atividades semelhantes para fazer intervenções com os estudantes, inclusive, em outros momentos. Fo to: D an iel C un ha | N úc leo de F oto e Ví de o E du ca çã o | C M | C OP ED | S ME 23SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO Para a realização da sondagem de leitura, alguns aspectos procedimentais devem ser considerados, entre eles: 1º ANO – Leitura de palavras com imagens: será avaliada a localização de nomes em listas do mesmo campo semântico. Serão analisadas as Capacidades de Aquisição do Sistema de Escrita. y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém desenhos e seus res pectivos nomes; y Falar para a criança qual o campo semântico e os nomes dos desenhos que ali estão. y Explicar que para cada desenho deverão buscar um único nome e ligar com um traço; y Solicitar que a criança leia sua resposta. (Essa ação favorece que a criança faça o ajuste do falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida); y Não é necessário que a criança soletre ou leia com velocidade, pois a proposta adotada pelo Currículo da Cidade pressupõe o uso das estratégias de leitura2. Algumas sugestões para a sondagem de leitura de palavras: 2 Para saber mais sobre as estratégias de leitura ler: SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. Px he re Px he re W iki me dia C om mo ns Px he re RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO ANIMAL CORRESPONDENTE: RINOCERONTE GIRAFA ZEBRA RÃ RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: BANANA MAÇÃ MARACUJÁ JABUTICABA ABACAXI W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns Pi xn io Px He re RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À IMAGEM CORRESPONDENTE: PETECA PIPA ESCORREGADOR BALANÇO PIÃO Pi xa ba y Px He re Pi xa ba y W iki me dia C om mo ns An dr é R au po r P ixa ba y Pi xa ba y RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO BRINQUEDO CORRESPONDENTE: URSINHO PETECA PIPA BICICLETA CARRINHO Pi xa ba y Px He re 1º Bimestre 3º Bimestre 2º Bimestre 4º Bimestre Px He re Px He re Anexo p. 64 Anexo p. 66 Anexo p. 65 Anexo p. 67 24 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 2º ANO – Leitura de títulos com imagens: será avaliada a localização de títulos de fábulas, contos, nomes de brincadeiras etc., utilizando contexto gráfico (imagem). Serão analisadas as Capacidades de Aquisição do Sistema de Escrita. y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém uma coluna com de senhos que representam as cantigas ou histórias conhecidas e a outra coluna com seus respectivos nomes. y Falar para a criança qual o campo semântico e os nomes dos desenhos que ali estão. (Não se trata de uma atividade de adivinhação, o fato de o professor informar os títulos que com põem o instrumento possibilita o uso de diferentes estratégias de leitura pelos estudantes). y Explicar que, para cada desenho, deverão buscar um único título e ligar com um traço. y Solicitar que a criança leia sua resposta. (Essa ação favorece que a criança faça o ajuste do falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida). y Não é necessário que a criança soletre, leia com velocidade ou ainda leia palavra por palavra, pois a proposta adotada pelo Currículo da Cidade pressupõe o uso das estratégias de leitura. Algumas sugestões para a sondagem de leitura de títulos com imagens: RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA MÚSICA CORRESPONDENTE: O SAPO NÃO LAVA O PÉ A DONA ARANHA LÁ EM CIMA DO PIANO CAI, CAI BALÃO BORBOLETINHA RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA BRINCADEIRA CORRESPONDENTE: BOLINHA DE GUDE AMARELINHA DANÇA DAS CADEIRAS CORRIDA DE SACO PULA CORDA RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: A CIGARRA E A FORMIGA O LEÃO E O RATINHO A LEBRE E A TARTARUGA A RAPOSA E AS UVAS Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS IMAGENS CORRESPONDENTES: A PRINCESA E O SAPO A BELA ADORMECIDA OS TRÊS PORQUINHOS CHAPEUZINHO VERMELHO 1º Bimestre 3º Bimestre 2º Bimestre 4º Bimestre Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Im ag en s:DI EF EM -S ME - 20 20 Ilu str aç õe s: NU CA -S ME Anexo p. 70 Anexo p. 68 Anexo p. 71 Anexo p. 69 25SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO 3º ANO – Leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas: será avaliado se o estudante realiza antecipações, localiza informações, faz inferências a respeito do conteúdo do texto, a partir de seu repertório pessoal. Para tanto, é preciso que, na avaliação da leitura, os textos utilizados façam parte do repertório dos estudantes e que estejam familiarizados. Serão analisadas as Capacidades de Compreensão de Texto, desse modo, é comum que crianças já alfabéticas, ao iniciarem a leitura de um trecho, rapidamente já reconhecem do que se trata ao encontrar algumas palavraschave. y Informar aos estudantes que, na folha que estão recebendo, contém uma coluna com os títulos das cantigas ou das histórias ou de brincadeiras conhecidas e a outra coluna com os textos correspondentes. y Falar para a criança qual o campo semântico e os títulos que ali estão. (Não se trata de uma atividade de adivinhação, o fato de o professor informar os títulos que compõem o instru mento possibilita o uso de diferentes estratégias de leitura pelos estudantes). y Explicar que para cada texto deverão buscar um único título e ligar com um traço. y Solicitar que a criança leia algumas de suas respostas. (Essa ação favorece que a criança faça o ajuste do falado ao escrito e, caso considere necessário, confirme ou altere a opção escolhida). y Não é necessário que a criança soletre, leia com velocidade ou ainda que leia palavra por palavra, pois a proposta adotada pelo Currículo da Cidade presupõe o uso das estratégias de leitura. y Caso a criança apresente muitas dificuldades na leitura, recomenda-se que a professora ou o professor oriente o estudante a fazer buscas por palavraschave, possibilitando que utilize diversas estratégias. Algumas sugestões para a sondagem de leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas: 1º Bimestre 2º Bimestre RELACIONE O NOME DO CONTOS AO TRECHO CORRESPONDENTE: OS TRÊS PORQUINHOS A BELA E A FERA JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO BRANCA DE NEVE PARA SE LIVRAR DA MADRASTA, ELA FUGIU PARA A FLORESTA E SE ESCONDEU NA CASA DOS SETE ANÕES. O GIGANTE FICOU FURIOSO PORQUE PEGARAM SUA GALINHA DE OVOS DE OURO. A MOÇA TROCOU DE LUGAR COM SEU PAI E PERCEBEU A BONDADE DA FERA. O LOBO SOPROU TÃO FORTE QUE DERRUBOU AS CASAS DE PALHA E DE MADEIRA, MAS NÃO CONSEGUIU DERRUBAR A DE TIJOLOS. RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO TRECHO CORRESPONDENTE: O CRAVO E A ROSA A DONA ARANHA INDIOZINHOS BORBOLETINHA VINHAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO QUANDO UM JACARÉ SE APROXIMOU. ESTÁ NA COZINHA, FAZENDO CHOCOLATE PARA A MADRINHA. BRIGARAM DEBAIXO DE UMA SACADA. UM SAIU FERIDO E A OUTRA DESPEDAÇADA SUBIU PELA PAREDE VEIO A CHUVA FORTE E A DERRUBOU. Anexo p. 72 Anexo p. 73 26 DOCUMENTO ORIENTADOR DE SONDAGENS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 3º Bimestre 4º Bimestre A VELHA RAINHA TIROU TODA A ROUPA DE CAMA E PÔS UMA ERVILHA NO ESTRADO DA CAMA. DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO APAIXONADO, QUE A DESPERTOU DE SEU LONGO SONO. A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES E OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO SEREM APANHADOS. UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE. CHAPEUZINHO VERMELHO PEGA - PEGA A BELA ADORMECIDA TELEFONE SEM FIO PINÓQUIO ESCONDE-ESCONDE A CINDERELA A PRINCESA E O GRÃO DE ERVILHA QUEIMADA JOGO DO BAFO ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE PROBLEMAS COM O LOBO MAU. UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO ESCONDIDOS. QUANDO DEU MEIA NOITE O PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO DE CRISTAL NA ESCADARIA. TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS VENCE NO FINAL. RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE: RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA CORRESPONDENTE: Anexo p. 74 Anexo p. 75 Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 1º bimestre RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO ANIMAL CORRESPONDENTE: RINOCERONTE GIRAFA ZEBRA RÃ Px he re Px he re Px he re Px he re W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns Px he re Px he re RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO ANIMAL CORRESPONDENTE: RINOCERONTE GIRAFA ZEBRA RÃ Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 2º bimestre RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À IMAGEM CORRESPONDENTE: PETECA PIPA ESCORREGADOR BALANÇO PIÃO Pi xa ba y Px He re Pi xa ba y W iki me dia C om mo ns An dr é R au po r P ixa ba y An dr é R au po r P ixa ba y RELACIONE O NOME DOS BRINQUEDOS À IMAGEM CORRESPONDENTE: PETECA PIPA ESCORREGADOR BALANÇO PIÃO Pi xa ba y Px He re Pi xa ba y W iki me dia C om mo ns RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: BANANA MAÇÃ MARACUJÁ JABUTICABA ABACAXI RELACIONE O NOME DAS FRUTAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: BANANA MAÇÃ MARACUJÁ JABUTICABA ABACAXI W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns W iki me dia C om mo ns Pi xn io Pi xn io Px He re Px He re Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 3º bimestre Pi xa ba y Pi xa ba y Px He re Px He re RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO BRINQUEDO CORRESPONDENTE: URSINHO PETECA PIPA BICICLETA CARRINHO RELACIONE A IMAGEM AO NOME DO BRINQUEDO CORRESPONDENTE: URSINHO PETECA PIPA BICICLETA CARRINHO Pi xa ba y Pi xa ba y Px He re Px He re Px He re Px He re Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 1º ano / 4º bimestre RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA MÚSICA CORRESPONDENTE: O SAPO NÃO LAVA O PÉ A DONA ARANHA LÁ EM CIMA DO PIANO CAI, CAI BALÃO BORBOLETINHA RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA MÚSICA CORRESPONDENTE: O SAPO NÃO LAVA O PÉ A DONA ARANHA LÁ EM CIMA DO PIANO CAI, CAI BALÃO BORBOLETINHA Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 1º bimestre Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 2º bimestre Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: A CIGARRA E A FORMIGA O LEÃO E O RATINHO A LEBRE E A TARTARUGA A RAPOSA E AS UVAS RELACIONE O NOME DAS FÁBULAS À IMAGEM CORRESPONDENTE: A CIGARRA E A FORMIGA O LEÃO E O RATINHO A LEBRE E A TARTARUGA A RAPOSA E AS UVAS Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 3º bimestre RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA BRINCADEIRA CORRESPONDENTE: BOLINHA DE GUDE AMARELINHA DANÇA DAS CADEIRAS CORRIDA DE SACO PULA CORDA RELACIONE A IMAGEM AO NOME DA BRINCADEIRA CORRESPONDENTE: BOLINHA DE GUDE AMARELINHA DANÇA DAS CADEIRAS CORRIDA DE SACO PULA CORDA Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Im ag en s: DI EF EM -S ME - 20 20 Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 2º ano / 4º bimestre RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS IMAGENS CORRESPONDENTES: A PRINCESA E O SAPO A BELA ADORMECIDA OS TRÊS PORQUINHOS CHAPEUZINHO VERMELHO RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS IMAGENS CORRESPONDENTES: A PRINCESA E O SAPO A BELA ADORMECIDA OS TRÊS PORQUINHOS CHAPEUZINHO VERMELHO Ilu str aç õe s: NU CA -S ME Ilu str aç õe s: NU CA -S ME RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO TRECHO CORRESPONDENTE: RELACIONE O NOME DA MÚSICA AO TRECHO CORRESPONDENTE: O CRAVO E A ROSA O CRAVO E AROSA A DONA ARANHA A DONA ARANHA INDIOZINHOS INDIOZINHOS BORBOLETINHA BORBOLETINHA VINHAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO QUANDO UM JACARÉ SE APROXIMOU. ESTÁ NA COZINHA, FAZENDO CHOCOLATE PARA A MADRINHA. BRIGARAM DEBAIXO DE UMA SACADA. UM SAIU FERIDO E A OUTRA DESPEDAÇADA SUBIU PELA PAREDE VEIO A CHUVA FORTE E A DERRUBOU. VINHAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO QUANDO UM JACARÉ SE APROXIMOU. ESTÁ NA COZINHA, FAZENDO CHOCOLATE PARA A MADRINHA. BRIGARAM DEBAIXO DE UMA SACADA. UM SAIU FERIDO E A OUTRA DESPEDAÇADA SUBIU PELA PAREDE VEIO A CHUVA FORTE E A DERRUBOU. Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 1º bimestre Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 2º bimestre RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS DICAS CORRESPONDENTES: RELACIONE O TÍTULO DOS CONTOS ÀS DICAS CORRESPONDENTES: OS TRÊS PORQUINHOS OS TRÊS PORQUINHOS A BELA E A FERA A BELA E A FERA JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO BRANCA DE NEVE BRANCA DE NEVE PARA SE LIVRAR DA MADRASTA, ELA FUGIU PARA A FLORESTA E SE ESCONDEU NA CASA DOS SETE ANÕES. PARA SE LIVRAR DA MADRASTA, ELA FUGIU PARA A FLORESTA E SE ESCONDEU NA CASA DOS SETE ANÕES. O GIGANTE FICOU FURIOSO PORQUE PEGARAM SUA GALINHA DE OVOS DE OURO. O GIGANTE FICOU FURIOSO PORQUE PEGARAM SUA GALINHA DE OVOS DE OURO. A MOÇA TROCOU DE LUGAR COM SEU PAI E PERCEBEU A BONDADE DA FERA. A MOÇA TROCOU DE LUGAR COM SEU PAI E PERCEBEU A BONDADE DA FERA. O LOBO SOPROU TÃO FORTE QUE DERRUBOU AS CASAS DE PALHA E DE MADEIRA, MAS NÃO CONSEGUIU DERRUBAR A DE TIJOLOS. O LOBO SOPROU TÃO FORTE QUE DERRUBOU AS CASAS DE PALHA E DE MADEIRA, MAS NÃO CONSEGUIU DERRUBAR A DE TIJOLOS. Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 3º bimestre A VELHA RAINHA TIROU TODA A ROUPA DE CAMA E PÔS UMA ERVILHA NO ESTRADO DA CAMA. O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO APAIXONADO, QUE A DESPERTOU DE SEU LONGO SONO. A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE PROBLEMAS COM O LOBO MAU. CHAPEUZINHO VERMELHO A BELA ADORMECIDA PINÓQUIO A CINDERELA A PRINCESA E O GRÃO DE ERVILHA ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. QUANDO DEU MEIA NOITE O PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO DE CRISTAL NA ESCADARIA. RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE: A VELHA RAINHA TIROU TODA A ROUPA DE CAMA E PÔS UMA ERVILHA NO ESTRADO DA CAMA. O PRÍNCIPE LHE DEU UM BEIJO APAIXONADO, QUE A DESPERTOU DE SEU LONGO SONO. A MENINA DESOBEDECEU A MÃE, FOI PELO CAMINHO DA FLORESTA E TEVE PROBLEMAS COM O LOBO MAU. CHAPEUZINHO VERMELHO A BELA ADORMECIDA PINÓQUIO A CINDERELA A PRINCESA E O GRÃO DE ERVILHA ELE ERA DE MADEIRA E, QUANDO MENTIA, SEU NARIZ CRESCIA. QUANDO DEU MEIA NOITE O PRÍNCIPE ENCONTROU O SAPATINHO DE CRISTAL NA ESCADARIA. RELACIONE O NOME DO CONTO AO TRECHO CORRESPONDENTE: Sondagem de Leitura - Língua Portuguesa: 3º ano / 4º bimestre DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES E OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO SEREM APANHADOS. UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE. PEGA - PEGA TELEFONE SEM FIO ESCONDE-ESCONDE QUEIMADA JOGO DO BAFO UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO ESCONDIDOS. TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS VENCE NO FINAL. RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA CORRESPONDENTE: DIVIDIDOS EM DOIS LADOS DE UM ESPAÇO QUALQUER, OS TIMES TENTAM ARREMESSAR E ACERTAR AS CRIANÇAS DO OUTRO TIME COM UMA BOLA. A BRINCADEIRA É COMPOSTA POR DOIS TIPOS DE JOGADORES, OS PEGADORES E OS QUE DEVEM CORRER PARA NÃO SEREM APANHADOS. UM DOS PARTICIPANTES DEVERÁ SER O PRIMEIRO A FALAR ALGO NO OUVIDO DO SEU COLEGA DO LADO, ATÉ QUE CHEGUE AO OUVIDO DO ÚLTIMO PARTICIPANTE. PEGA - PEGA TELEFONE SEM FIO ESCONDE-ESCONDE QUEIMADA JOGO DO BAFO UM DOS PARTICIPANTES FICA COM O ROSTO VIRADO E COM OS OLHOS BEM FECHADOS, CONTANDO ATÉ 10, DEPOIS SAI À PROCURA DAQUELES QUE ESTÃO ESCONDIDOS. TODAS AS FIGURINHAS SÃO COLOCADAS EM MONTE E SÓ PODEM SER VIRADAS SE BATER EM FRENTE AO MONTE. O JOGADOR QUE TIVER MAIS FIGURINHAS VENCE NO FINAL. RELACIONE O NOME DO JOGO AO TRECHO DA REGRA CORRESPONDENTE: 27SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO LEITURA DE TEXTOS CURTOS OU TRECHOS DE HISTÓRIAS CONHECIDAS – 3º ANO NÍVEL DESCRIÇÃO 1 Não realizou a leitura (ausência do estudante no período da sondagem; não participou das aulas presenciais; recusou-se a ler o texto). 2 Não associou nenhum dos títulos aos trechos dos textos correspondentes. 3 Associou 1 ou 2 títulos aos trechos dos textos correspondentes. 4 Associou 3 ou mais títulos aos trechos dos textos correspondentes; utilizando-se de índices linguísticos e contextuais para antecipar, inferir ou validar o que está escrito; além de fazer antecipações a respeito do conteúdo do texto. Caso surjam dúvidas em relação à realização das sondagens de leitura e/ou escrita de algum estudan te, orientamos que a atividade seja refeita, em outro momento, para que se confirme a hipótese e/ou nível. y Como proceder à análise da sondagem de leitura A sondagem de leitura tem sido implementada e aperfeiçoada a cada ano após a elaboração do Currículo da Cidade (2017). O acompanhamento da leitura tem sido cada vez mais importante para o pro cesso de alfabetização, seja por meio da sondagem ou por outras atividades diagnósticas desenvolvidas pelos professores e pelas professoras. Para além dos dados gerados, possibilita intervenções nos processos de aprendizagem por parte do professor ou da professora, potencializando o uso das estratégias de leitura pelo estudante para a aquisição da base alfabética e proficiência leitora. Para os 1º e 2º anos, que farão a leitura de palavras e ou de títulos sempre associados a uma ima gem, a análise se dará a partir da seguinte orientação: LEITURA DE PALAVRAS OU DE TÍTULOS – 1º E 2º ANO NÍVEL DESCRIÇÃO 1 Não realizou a leitura (ausência do estudante no período da sondagem; não participou das aulas presenciais; recusou-se a ler o texto). 2 Não associou nenhum(a) dos(as) palavras ou títulos às imagens correspondentes. 3 Associou 1 ou 2 palavras ou títulos às imagens correspondentes. 4 Associou 3 ou mais palavras ou títulos às imagens correspondentes. Para os 3º anos, que farão a leitura de textos curtos ou trechos de histórias conhecidas, a análise se dará a partir da seguinte orientação: Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 53 A ideia é que os textos apresentados neste documento possam colaborar com o trabalho do professor em sala de aula, considerando as suas necessidades de compreensão e de interpretação dos conhecimentos dos estudantes, no que se refere à compreensão do Sistema Alfabético de Escrita e do Sistema Numérico. Conhecer o que os seus estudantes sabem qualifica o trabalho do educador que poderá propor situações de aprendizagem desafiadoras aos diferentes conhecimentos de seus estudantes. Por fim, a equipe gestora da escola e da diretoria de ensino poderão se apropriar, ou mesmo se aprofundar dos conhecimentos aqui apresentados e utilizá- los para a formação e o acompanhamento de suas escolas. Secretaria Estadual de Educação de São Paulo – SEDUC/SP Orientações Fundamentais para a Sondagem nos Anos Iniciais – Numérica e de Escrita 54 Referências ANTUNES, I. (2005). Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo (SP): Parábola Editorial. BALLONGA, P. P. Matemática.