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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Princípios Fundamentais e Aplicação da Lei Processual Penal
Aplicação da Lei Processual Penal
► No Direito Processual Penal vigora a territorialidade.
Exceção:
• A aplicação da lei processual penal de um Estado em território nullius;
• Quando houver autorização do Estado onde deva ser praticado o ato processual;
• Em caso de guerra, em território ocupado. 
► Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - Os tratados, as convenções e regras de direito internacional (Diplomatas a serviço do seu país);
II - As prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos CRIMES DE RESPONSABILIDADE (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
III - Os processos da competência da Justiça Militar;
IV - Os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - Os processos por crimes de imprensa.
Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
► Em relação à lei processual penal o CPP brasileiro adota a teoria do isolamento dos atos processuais, ao estabelecer que a lei nova será aplicada imediatamente, inclusive aos processos em curso, mas somente aos atos futuros, sem prejuízo da validade dos atos processuais já praticados. 
► A LEI PROCESSUAL PENAL NÃO RETROAGE DE FORMA ISOLADA.
→ A lei processual penal vigente à época em que a ação penal estiver em curso será aplicada em detrimento da lei em vigor durante a ocorrência do fato que tiver dado origem à ação penal.
→ Em caso de normas híbridas (Direito Penal e Processo Penal) aplica-se o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica a toda norma. Não haverá divisão, o juiz não deve cindir.
→ Prisão preventiva e Fiança, aplica-se o dispositivo que for mais favorável.
► Art.2º CPP → A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, SEM PREJUÍZO da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
O prazo recursal da lei anterior, É O ATO REALIZADO, de modo que será obedecido, aplicando-se a nova lei somente após o findo do prazo.
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei anterior, se esta não prescrever prazo MENOR do que o fixado no Código de Processo Penal.
► Princípio da imediatidade conhecido como “tempus regit actum” → A nova lei processual penal entra em vigor imediatamente, “sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”
► A lei processual há a adoção da Teoria do RESULTADO. 
→ Lugar do crime aquele em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato executório.
→ Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o ÚLTIMO ato de execução.
► Art. 3°. A lei processual penal admitirá INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA E APLICAÇÃO ANALÓGICA, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
→ Admite tanto para prejudicar quanto para beneficiar o réu.
► CPI pode determinar a quebra do sigilo telefônico (só a lista dos números chamados e recebidos, não podendo interceptar conversa), medida não submetida à reserva de jurisdição.
► Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, OS AUTOS DO INQUÉRITO SERÃO REMETIDOS AO JUÍZO COMPETENTE, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
► Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
• Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.
► PRINCÍPIOS DO SISTEMA PENAL ACUSATÓRIO [C O P I A ou P I C Ã O]
• Contraditório;
• Oralidade.
• Publicidade;
• Imparcialidade;
• Ampla Defesa;
• De acordo com o Princípio da proporcionalidade:
→ Prova ilícita pode ser admitida em favor do réu. A prova ilícita NÃO serve para condenar, contudo pode ser utilizada para ABSOLVER QUANDO ESTE FOR O ÚNICO MEIO.
► O Juiz pode formular sua decisão com base apenas nas provas produzidas no inquérito policial?
• Se for condenar o réu: NÃO.
• Se for absolver o réu: SIM.
► Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando:
• Não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou
• Quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
ÚNICOS CASOS QUE É VEDADA A LIBERDADE PROVISÓRIA
Art. 310, § 2º, CPP: Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá DENEGAR LIBERDADE PROVISÓRIA, com ou sem medidas cautelares.
Recusa de dados sobre própria identidade ou qualificação
Decreto-Lei 3.688/41. Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência.
Art. 307, CP – Atribuir-se ou atribuir a terceiro, falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem.
Denunciação caluniosa ou autoacusação falsa
Art. 339. DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA → Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
Art. 341 – AUTOACUSAÇÃO FALSA → Acusar-se, perante a autoridade, de CRIME INEXISTENTE ou PRATICADO POR OUTREM.
►STF → A falta de advertência sobre o direito ao silêncio não conduz à anulação automática do interrogatório ou depoimento, restando mister observar as demais circunstâncias do caso concreto para se verificar se houve ou não o constrangimento ilegal.
►Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS CF
• Presunção de não culpabilidade: Art. 5º (…) LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
• Devido processo legal: Art. 5º (…) LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
• Direito ao silêncio: Art. 5º (…) LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
• Princípio da indisponibilidade: O MP não poderá desistir da ação penal após oferecida a denúncia.
► Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para NOVAS diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
► Prazo para oferecimento da denúncia.
• Contados a partir da data do recebimento dos autos do inquérito pelo MP.
05 dias → réu preso.
15 dias → réu solto.
► STF Súmula nº 523 – No Processo Penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (nulidade relativa).
→ A Defesa técnica é irrenunciável, já a Autodefesa é renunciável.
► “Inaudita altera parte” → Não será ouvida a outra parte.
► A Plenitude de defesa é exercida no Tribunal do Júri.
► A Ampla defesa, exercida tanto em processos judiciais como em administrativos, entende-se pela defesa técnica, relativa aos aspectos jurídicos.
• Não são sinônimos.
► Art. 6° Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I -V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica mais próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição, independentemente da existência de vaga.
VI – conceder à ofendida auxílio-aluguel, com valor fixado em função de sua situação de vulnerabilidade social e econômica, por período não superior a 6 (seis) meses – Atualização 2023
► Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será IMEDIATAMENTE afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:
I - Pela AUTORIDADE JUDICIAL - JUIZ;
II - Pelo DELEGADO DE POLÍCIA, quando o Município não for sede de comarca; ou
III - Pelo POLICIAL, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.
→ No caso dos incisos II e III, o juiz será comunicado em até 24 horas e decidirá sobre a MANUTENÇÃO ou REVOGAÇÃO da medida.
→ Risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.
► Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
• EXCEÇÃO: CÓDIGO PENAL OFERECEU SE FUDEU, MARIA DA PENHA, RECEBEU 
► Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 horas:
I - Conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II - Determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III - Comunicar ao MP para que adote as providências cabíveis.
► Fixação do valor mínimo para reparação dos danos morais e Lei Maria da Penha
• Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução probatória.
► Nas hipóteses de ameaças por meio de redes sociais como o Facebook e aplicativos como o WhatsApp, o juízo competente para o julgamento de pedido de medidas protetivas é aquele de onde a VÍTIMA TOMOU CONHECIMENTO DAS INTIMIDAÇÕES, por ser este o local de consumação do crime previsto pelo artigo 147 do CP.
► O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica:
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta;
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses.
► Em caso de violência doméstica contra mulher cabe prisão preventiva decretada de ofício pelo Juiz em qualquer fase do inquérito ou instrução.
→ JURISPRUDÊNCIA STJ – NÃO CABE DE OFÍCIO PELO JUIZ.
► Não existe TCO na maria da penha, não se aplica JECRIM (Composição dos danos civis, sursis do processo, transação penal)
→ SEMPRE APF, SEMPRE!
► Ameaça – Ação penal pública condicionada
► Lesão Corporal Leve ou Culposa – Incondicionada
Organizações Criminosas
► Organização criminosa é TRANSACIONAL 44
• Crimes de caráter Transnacional ou;
• Penas máximas superiores a 4 anos
• 4 ou mais integrantes.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
► Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no mínimo, quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, COM ESTABILIDADE E PERMANÊNCIA. A ausência da estabilidade ou da permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de natureza passageira.
► AGRAVANTE – Chefe da ORCRIM
► Pena MAJORADA da METADE – Uso de arma de fogo
► Pena MAJORADA/AUMENTADA de 1/6 a 2/3 - 
• Se há participação de criança ou adolescente;
• Se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal;
• Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
• Se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
• Se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
► Efeitos da Condenação
• Perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo, independentemente da quantidade de pena aplicada.
→ Efeito Extrapenal AUTOMÁTICO e OBRIGATÓRIO, DISPENSANDO, INCLUSIVE, FUNDAMENTAÇÃO DO JUIZ.
• IMPOSSIBILIDADE (INTERDIÇÃO) DE OCUPAÇÃO DE QUALQUER CARGO PÚBLICO (inclusive função pública) com efeitos futuros, PELO PRAZO DE 8 ANOS SUBSEQUENTES ao CUMPRIMENTO DA PENA.
→ CUMPRIU A PENA, 8 ANOS SEM OCUPAR QUALQUER CARGO OU FUNÇÃO PÚBLICA.
► Alterações Pacote Anticrime
• Os líderes de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição passam a cumprir a pena, inicialmente, em ESTABELECIMENTOS PENAIS DE SEGURANÇA MÁXIMA.
• Os condenados por integrar organizações criminosas ou por crimes praticados através delas, ficam afastados dos benefícios prisionais – como o livramento condicional e a progressão de regime - enquanto ainda existirem elementos que indiquem a manutenção do seu vínculo com a organização!
Meios de obtenção de provas
► COLABORAÇÃO PREMIADA
• Juiz pode conceder: perdão judicial; reduzir a pena em até 2/3; substituir PPL por PRD;
→ Desde que a colaboração gere um ou alguns dos resultados: 
a) Identificação dos coautores e partícipes e as infrações praticadas; 
b) Revelação estrutura hierárquica; 
c) Prevenção infrações; 
d) Recuperação total ou parcial do produto ou proveito do crime; 
e) Localização da vítima c/ integridade preservada;
• Prazo para oferecer Denúncia: pode ser suspenso por 06m+06m, suspende a prescrição.
• Colaboração APÓS a sentença: REDUZ ATÉ METADE DA PENA ou progressão regime, AINDA QUE AUSENTE os requisitos objetivos;
• Depoimento: renúncia ao direito de silencio + compromisso de dizer a verdade;
• Juiz não participa do acordo, apenas homologa;
► AÇÃO CONTROLADA
• Flagrante Diferido
• Retarda a intervenção policial ou administrativa p/ q. a medida se concretize no momento + eficaz à formação de provas;
• Comunicação) prévia ao Juiz + MP (não precisa de autorização)
• Da diligencia → Auto Circunstanciado
• Poderá ter seus limites definidos pelo juiz competente.
► INFILTRAÇÃO DE AGENTES
• Requer autorização judicial mediante requerimento do Ministério Público OU representação do Delegado, ouvido o Ministério Público.
• Caráter subsidiário;
• Prazo 06m + renovações
• Da diligencia → Relatório Circunstanciado
► O delito de embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa é CRIME MATERIAL e pode ocorrer no inquérito policial ou na ação penal.
2Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - Ouvir o ofendido;
V - Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Inquérito Policial
► NÃO HÁ NULIDADES EM FASE DE INQUÉRITO POLICIAL
→ Pode existir mera irregularidade!!
► Art. 10 No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
► É PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO efetivado no âmbito da polícia judiciaria com fim de reunir elementos probatórios mínimos de autoria e materialidade visando fornecer justa causa ao titular da ação penal.
► Função preparatória: Fornece elementos de informação para que o titular da ação penal ingresse em juízo.
► Função preservadora: Inibe a instauração de um processo penal infundado, temerário, resguardando a liberdade do inocente e evitando custos desnecessários para o Estado
► Para INICIAR o inquérito policial:
• CRIMES de Ação Penal PÚBLICA INCONDICIONADA:
→ REPRESENTAÇÃO ou REQUERIMENTO da VÍTIMA ou do REPRESENTANTE LEGAL;
→ DE OFÍCIO
→ Requisição do juiz ou MP
• CRIMES de Ação Penal PÚBLICA CONDICIONADA:
→ Requisição do juiz ou MP acompanhada da representação da vítima ou da requisição do ministro da justiça 
→ Auto de prisão em flagrante com representação da vítima 
→ Representação ou requerimento da VÍTIMA ou do REPRESENTANTE LEGAL
• CRIMES de Ação Penal PRIVADA:
→. Requerimento do ofendido ou representante legal;
→. Requisição do MP ou juiz (acompanhada do requerimento do ofendido ou de seu representante legal);
→. Auto de prisão em flagrante (com o requerimento da vítima ou do representante legal).
► Informativo 652 STJ É possível a DEFLAGRAÇÃO de investigação criminal com BASE EM MATÉRIA JORNALÍSTICA.
Bizu:
• REQUISIÇÃO →. FODÃO →. MP, JUIZ!
• REQUERIMENTO →. JUMENTO →. Povo!
► Indiciamento (FASE INQUISITORIAL) 
• É atribuído aos APF e no relatório final do delegado.
• É um ato PRÓPRIO da fase inquisitória.
• Instaurado o processo penal NÃO pode mais o indiciamento.
→ Não se viabiliza o indiciamento APÓS o recebimento da denúncia, visto que se trata de ato próprio da fase inquisitorial, o que torna imprópria a sua efetivação quando já instaurado o processo penal.
→ Para INDICIAR (ATO PRIVATIVO DE DELEGADO): deve-se ter indícios suficientes de autoria + prova da materialidade + suas circunstâncias.
► Acareação → acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
• Pode ser realizada na fase de inquérito e na fase judicial. 
• Não necessita de autorização judicial.
► O IP possui valor probatório relativo, em razão da necessidade de os elementos ali colhidos serem reproduzidos na fase judicial, sob o crivo da ampla defesa e do contraditório.
O IP É IDOSO:
• e – Escrito.
• i – Inquisitivo. → NÃO HÁ CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.
• d – Dispensável.
• o – Oficial.
• s – Sigiloso.
• o – Oficioso.
• Para INSTAURAR IP: basta indícios da existência do crime.
► STF → Arquivamento por Atipicidade e Extinção da punibilidade faz coisa julgada material → NÃO pode ser DESARQUIVADO.
• Excludente de ilicitude NÃO faz coisa julgada MATERIAL para o STF
→ Faz coisa julgada Formal
→ PODE ser desarquivada.
→ Para o STJ, faz coisa julgada MATERIAL
► Possibilidades de desarquivar o Inquérito Policial.
• Extinção da punibilidade? NAO, EXCETO Certidão Óbito Falsa (PCDF 2014)
• Insuficiência de provas? SIM
• Ausência pressuposto processual ou condição da AP? SIM
• Falta de justa causa? SIM
• Excludente culpabilidade? NAO (doutrina diverge)
► Arquivamento de Inquérito (APENAS MP PODE ARQUIVAR INQUÉRITO!!! PACOTE ANTICRIME!) → Não há mais apreciação judicial, e o MP é o único legitimado a fazê-lo, podendo a vítima/representante legal recorrer administrativamente da decisão, no prazo de 30 dias.
→ Faz coisa julgada FORMAL, em regra!
► PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
• Processo Penal: 10 dias (preso), prorrogáveis por + 15 (PACOTE ANTICRIME); 30 dias (solto), podendo ser prorrogado (Juiz decide).
• Crime Federal: 15 dias (preso), prorrogáveis por +15; 30 dias (solto).
→ Indiciado tiver sido PRESO EM FLAGRANTE, ou estiver PRESO PREVENTIVAMENTE. – Prisão domiciliar não conta como PRISÃO para o término do inquérito em 10 dias
§ 1° A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
→ Não confundir com MP, AUTOS É PARA O JUIZ!
Detalhes: Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da investigação policial, o prazo para a conclusão das investigações, no âmbito do competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir da decretação da prisão preventiva.
► Notitia Criminis: É quando a autoridade policial toma conhecimento de fato criminoso, por qualquer meio.
• Notitia Criminis Inqualificada: É conhecida também como delação apócrifa ou denúncia anônima.
• Notitia Criminis de Cognição IMEDIATA/ESPONTÂNEA: Se refere ao conhecimento a partir das atividades policiais habituais (Conhecimento espontâneo).
→ É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística, verbi gratia, o conhecimento da prática de determinada conduta delitiva a partir de veículo midiático, no caso, a imprensa.
→ Informativo 652 STJ É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística.
• Notitia Criminis de Cognição MEDIATA ou PROVOCADA: Expediente formal, Requisição do MP.
• Notitia Criminis de Cognição Coercitiva: O conhecimento do crime se dá no momento da apresentação do suspeito preso em flagrante, a autoridade policial.
• Delatio Criminis Postulatório: É o meio pelo qual a vítima de delito ou um representante legal, manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito policial e do posterior oferecimento da denúncia.
• Delatio Criminis Simples: Comunicação feita à polícia por qualquer do povo.
→ Notitia Criminis é como a autoridade ficou sabendo do fato
→ Delatio Criminis é a manifestação da vontade para instauração do inquérito policial.
→ Queixa crime é na fase processual (Ação penal) 
► PRESIDIR INQUÉRITO → DELEGADO
• Pode indeferir diligência requerida pelo indiciado.
• MP pode investigar, não pode presidir inquérito.
► O habeas corpus para o trancamento da ação penal é cabível quando há atipicidade manifesta do fato ou da presença de qualquer causa extintiva de punibilidade, como a prescrição.
• Tem aplicação para trancamento ou correção do inquérito.
► Abolitio Criminis: Inquérito Policial imediatamente TRANCADO e EXTINTO - Extinção da Punibilidade.
► Indiciado pode se negar a ir ao B A R
Bafômetro.
Acareação.
Reprodução simulada.
→ Reprodução simulada dos fatos → Indiciado não é obrigado a participar e, segundo posicionamento do STF, também NÃO É OBRIGADO A COMPARECER→ Acareação → Indiciado não é obrigado a participar, mas é obrigado a comparecer.
• Pode na fase inquisitorial e na processual.
► ADPF'S 395 e 444: STF entendeu pela inconstitucionalidade da utilização da condução coercitiva de RÉU/INVESTIGADO para fins de interrogatório policial/judicial – É possível a condução coercitiva:
• Ofendido
• Testemunha
• Perito
• Qualquer outra pessoa que deva comparecer ao ato para o qual foi intimada, e assim não o faz, injustificadamente.
► Art. 6º CPP: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III – Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - Ouvir o ofendido;
VI – Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
Sigilo Bancário → CPI poderá requerer informações bancárias diretamente das instituições financeiras.
► Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
► O inquérito policial apresenta como destinatário imediato o titular da ação a que preceda, a saber:
• Nas ações penais públicas: o Ministério Público, seu titular exclusivo;
• Nas ações privadas: o ofendido, titular de tais ações.
→ O destinatário mediato do inquérito policial é o juiz, uma vez que o inquérito fornece subsídios para que ele receba a peça inicial e decida quanto à necessidade de decretar medidas cautelares.
► Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
► Segurança pública, investigado em IP, por uso de força letal no exercício da profissão, poderá constituir defensor!
→ Após ser citado, 48 horas para constituir defensor (Lembre que vale para PM e BM, ou seja, dois cargos, 2x24h = 48h – BIZU)
→ Se perder prazo, instituição do servidor instaura, em 48h defensor para investigado.
► Requerimento de Dados Cadastrais 
Delegados e membros do MP → requerer DADOS CADASTRAIS de quaisquer órgãos públicos ou empresa de iniciativa privada
• NÃO necessita de autorização judicial 
• Prazo para atendimento 24 horas. 
• Crimes:
→ Sequestro e cárcere privado; 
→ Redução à condição análoga à de escravo;
→ Tráfico de pessoas; 
→ Extorsão; 
→ Extorsão mediante sequestro; 
→ Envio de criança ao exterior.  
► Requerimento de meios técnicos para LOCALIZAÇÃO (SINAL)
• Delegados e membros do MP podem requerer para empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática
• Necessita de autorização judicial
• Prazo para atendimento: IMEDIATO 
• Crime: Tráfico de pessoas
• Autoridade não pode acessar o conteúdo da comunicação, somente com autorização judicial
• PERÍODO DE FORNECIMENTO DO SINAL – 30 DIAS + UMA VEZ 30 DIAS (+ que 30 somente autorização judicial)
• IP deve ser instaurado no prazo 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial (data em que autoridade tomou conhecimento do crime de tráfico de pessoas). 
• Juiz deve AUTORIZAR EM 12 HORAS - Ultrapassado tal prazo, a autoridade requisitará o sinal de localização diretamente à empresa de telecomunicação e comunicará o fato imediatamente ao juiz.     
Ação Penal
► Ação Penal Privada → Queixa (requerimento de quem tem qualidade para intentá-la). Em regra: O Ofendido.
→ Ocorre a PEREMPÇÃO apenas na ação penal PRIVADA.
► PEREMPÇÃO 
• Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
• Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
• Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
• Quando, sendo o querelante PJ, está se extinguir sem deixar sucessor.
► Ação Penal Pública Condicionada → Requisição do Ministro da Justiça; Representação do ofendido ou de seu Representante legal. 
→ No caso de morte ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
► Prazo decadencial para representação (Art. 38) – Somente Ação Penal Pública
• 6 meses desde a ciência da autoria – Não confundir com data de autoria
• Retratação antes de oferecida a denúncia
→ Se ofereceu? Se fudeu!
• Não vincula ao MP
► Ação Penal Pública: ODIO
• Oficialidade: Ajuizada por órgão oficial do Estado.
• Divisibilidade: O MP pode processar indiciados separadamente (Jurisprudência STJ).
• Indisponibilidade: O MP não poderá desistir da ação penal.
• Obrigatoriedade: o MP está obrigado a oferecer a ação penal, se presentes os requisitos.
► Ação Penal Privada: DOI
• Disponibilidade: Titular pode desistir da ação penal proposta.
• Oportunidade: Conveniência e oportunidade.
• Indivisibilidade: A vítima processa todos ou ninguém. – MP velará pela INDIVISIBILIDADE
► Ação penal privada subsidiária da pública – Após 6 meses da inércia do MP (5 dias preso, 15 solto)
► Ação Penal nas Contravenções – Inicia por APF ou portaria expedida pelo juiz ou autoridade policial.
Causas extintivas de punibilidade conectadas a ação penal.
► Renúncia e Decadência: Aplicam-se aos crimes de ação privada e pública condicionada à representação. Ocorrem antes da ação penal.
• Renúncia: é a manifestação de vontade (expressa ou tática) que indica não ver o agente processado.
→ Da vítima, em crimes de ação privada (ANTES DA QUEIXA).
• Decadência: é causa extintiva da punibilidade que se dá com o decurso do prazo de 6 meses, contados do conhecimento da autoria delitiva, sem que o titular da queixa ou da representação exerça tais direitos.
→ Se o processo não iniciou e vacilas com o prazo → Decadência.
► Perempção e Perdão aceito (Posterior à queixa): Aplicam-se somente a crimes de ação privada. Ocorre durante a ação penal (a partir do recebimento da queixa até o trânsito em julgado). – Perempção - Ação Privada
• Perempção: quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
→ Se o processo já iniciou e ficou dando bobeira → Perempção
→ Quando falecido o querelante, o CADU não prosseguir no processo por 60 dias
• O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusa.
→ Ato bilateral.
→ Da vítima, em crimes de ação privada (APÓS A QUEIXA). O perdão deve ser aceito pelo ofensor.
► ANPP (Acordo de não persecução penal): Trata-se de uma medida despenalizadora, com natureza de negócio jurídico PRÉ-PROCESSUAL em que o MP se compromete a não oferecer denúncia, desde que o investigado CONFESSE FORMAL E CIRCUNSTANCIALMENTE o fato e aceite as condições imposta. 
→ Trata-se de prerrogativa institucional do MP. Não é direito subjetivo público do investigado.
► Requisitos:• Infração Penal com pena MÍNIMA INFERIOR 04 anos – Não confundir com pena máxima!.
• Infração sem violência ou grave ameaça à pessoa
• Investigado ter confessado formal e circunstancialmente
• Deve-se mostrar necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime
• Não ser caso de arquivamento
► Condições:
• Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
• Renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; 
• Serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à PENA MÍNIMA COMINADA AO DELITO DIMINUÍDA 1/3 A 2/3., em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art.46 do Código Penal; 
• Prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art.45 do Código Penal, a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; 
• Outra condição indicada pelo MP, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. 
► Não cabe ANPP:
• Se for cabível Transação Penal
• Se for REINCIDENTE ou se houver conduta criminal habitual, reiterada ou profissional
• Se foi beneficiado nos últimos 5 anos com Acordo de não Persecução Penal, Transação Penal ou Sursis Processual
• Crimes no âmbito de violência doméstica ou familiar
• Crimes contra a mulher em razão do sexo feminino
→ Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
→ Não é juízo cível!!! 
► Juiz das garantias homologa o acordo 
► Juiz da EXECUÇÃO EXECUTA o acordo!
► Art. 581. Caberá recurso, no SENTIDO ESTRITO, da decisão, despacho ou sentença: (NÃO CABE APELAÇÃO).
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
► PRAZO PARA O MP OFERECER A DENÚNCIA:
• 05 DIAS → RÉU PRESO
• 15 DIAS → RÉU SOLTO
► Representação: é feita PROMPJA
• PRocurador com poderes especiais ou pessoalmente;
• Oral ou Escrito;
• MP, Juiz ou Autoridade Policial. 
► Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o APF ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.
► Ação Civil “Ex Delicto” tem por finalidade somente a reparação dos danos materiais, sendo necessária a propositura de ação cível comum na ocorrência das seguintes hipóteses, a saber:
• Quando houver eventual pedido de compensação por danos morais.
• Quando a sentença criminal condenatória deixar de estipular o valor da reparação dos danos materiais.
• Quando se pretender a execução em face de pessoa diversa do condenado.
► Súmula 523 STF - No processo penal, a FALTA da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
► AP PÚBLICA: Princípio da INDISPONIBILIDADE e Princípio da DIVISIBILIDADE
► AP PRIVADA: Princípio da DISPONIBILIDADE e Princípio da INDIVISIBILIDADE
Competência e Jurisdição
► Súmula 38 do STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades. 
→ Justiça Federal não julga Contravenção Penal.
►A competência será, em regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. (Teoria do Resultado)
► Em crimes contra a vida, a competência será determinada pela teoria da ATIVIDADE. (Lugar onde foi praticada a conduta, independe do resultado.
► Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, AINDA QUANDO CONHECIDO O LUGAR DA INFRAÇÃO
► Art. 69.  Determinará a competência jurisdicional:
• LUGAR DA INFRAÇÃO:
• Domicílio ou residência do réu;
→ Não é da vítima ou do ofendido, É DO AGENTE QUE COMETEU O DELITO!!
• Natureza da infração;
• A distribuição;
• A conexão ou continência;
• A prevenção;
→ Primeiro juiz que pegar o caso é o competente para a situação
• A prerrogativa de função
► No crime de Estelionato 
→ Depósito, Cheque sem fundo, transferência de valores – Competência LOCAL DE DOMICÍLIO DA VÍTIMA!!
→ Únicos casos que a competência é da casa da vítima.
→ +1 vítima – Competência é prevenção!
→ JURISPRUDÊNCIA STJ- Cheque falso – Local de obtenção da vantagem ilícita.
► Competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:          
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri.
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:                     
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;                    
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade;               
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;                  
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;                     
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a especial.  
► CONEXÃO: ocorre quando 2 ou + CRIMES possuem uma relação entre si que faz com que seja recomendável que sejam julgados pelo mesmo juiz ou Tribunal. Divide-se em:
• Conexão instrumental, probatória ou processual [art. 76, III do CPP]: a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
• Conexão objetiva, teleológica, material ou finalista [art. 76, II do CPP]: quando as infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
• Conexão intersubjetiva: Compreende espécie de conexão em que 2 ou + infrações, interligadas, são praticadas, necessariamente, por 2 ou + pessoas. Tal modalidade de conexão tem como subespécies:
→ Conexão intersubjetiva por simultaneidade: duas ou mais infrações cometidas ao mesmo tempo por várias pessoas reunidas, sem vínculo subjetivo [ex.: crimes multitudinários]  
→ Conexão Intersubjetiva por concurso ou concursal: As infrações são praticadas pelas pessoas em concurso de agentes, ainda que em diferentes condições de tempo e lugar.
→ Conexão Intersubjetiva por reciprocidade: As infrações são praticadas por várias pessoas umas contra as outras.
► CONTINÊNCIA: 2 ou + PESSOAS serem acusadas pela mesma infração. Divide-se em:
Subjetiva: duas ou mais pessoas acusadas da mesma infração
Objetiva: concurso formal, aberratio ictus e aberratio criminis.
► Súmula 546/STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
► STJ - O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais somente o autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no LOCAL EM QUE A VÍTIMA TOMOU CONHECIMENTO DO CONTEÚDO OFENSIVO.  
Provas
► Classificação das provas:
• MEIOS DE PROVA: são os instrumentos ou atividades por meio dos quais os dados probatórios são fixados no processo. São os canais de informação de que se vale o juiz. 
• MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA: são procedimentos probatórios que restringem direitos fundamentais notadamente a privacidade e que tem contraditório diferido, p.ex. interceptação telefônica, busca e apreensão, captação de imagens e sons.
• FONTE DE PROVA: são as pessoas ou coisas das quais se obtêm os elementos de prova. A testemunha é uma fonte de prova, o documento é uma fonte de prova, o objeto a ser periciado é uma fonte de prova. 
• OBJETO DA PROVA: são os fatos sobre os quais recaem a atividade probatória.
• O DIREITO COMO OBJETO DA PROVA: como regra, o direito não é objeto da prova. 
→ Exceção: devem ser provadoso direito municipal, estadual, estrangeiro e consuetudinário. 
• FATOS QUE NÃO SÃO OBJETO DA PROVA: 
→ Os fatos axiomáticos: nesse caso, meu amigo(a), são conhecidos como fatos intuitivos ou evidentes, ou seja, são as verdades do mundo físico como, por exemplo, não há necessidade de provar que a cocaína causa dependência física e/ou psíquica. 
→ Fatos notórios: são os fatos de conhecimento comum aos membros da sociedade, ou seja, meu amigo(a), por exemplo, é notório que o natal é no dia 25 de dezembro.
→ Fatos irrelevantes ou inúteis: são os fatos que não tem relação com a causa sob julgamento. 
→ Presunções: as presunções não podem ser objeto de prova. 
• PROVA ATÍPICA: é a prova que não está prevista no ordenamento ou, ainda, que não possui procedimento probatório previsto, como, por exemplo, a reconstituição, que não possui procedimento específico.
• PROVA IRRITUAL: é a prova que não tem o procedimento probatório observado. 
• PROVA ANÔMALA: é a substituição de um meio de prova por outro, como, por exemplo, caríssimo(a), pretender a juntada do depoimento escrito da testemunha ao invés de ouvi-la em audiência.
► PROVAS ILÍCITAS (8 letras) → Direito Material, desentranhamento, fere o CP.
→ Devem ser desentranhadas do processo.
► PROVAS ILEGÍTIMAS (10 letras) → Direito Processual, nulidade, fere o CPP
► Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:    
I - A prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e     
II - Houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos ou em infrações penais conexas.
► Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
→ Não se veda a realização de busca por profissional do sexo masculino.
► Exame pericial
→ Indispensabilidade (é obrigatório)
• Exame direto: Exame nos Vestígios, ex: no local do crime, na arma...
• Exame indireto: Exame nos dados secundários, ex: documentos, laudos...
• Não havendo vestígios ou desaparecidos:
→ A prova testemunhal poderá suprir-lhe a sua falta
► Peritos:
• Oficial: Apenas 1 perito (exceto nas perícias complexas, que abranjam mais de uma área de conhecimento) é servidor público.
• Não oficial: Nomeado pela autoridade, 2 pessoas idôneas, portadoras de diploma, preferencialmente na área específica.
► Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
→ Na forma indireta, o exame pode ser suprimido pela prova testemunhal.
• Tem prioridade no corpo e delito (Apenas mulher, criança, idoso e deficiente)
→ Violência doméstica e familiar contra mulher; 
→ Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
• O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. 
► As principais características do sistema acusatório são:
• Há separação das funções de acusar, defender e julgar;
• Asseguram-se ao réu as garantias do contraditório e da ampla defesa;
• As partes encontram-se em situação de equilíbrio processual;
• Os atos processuais são, em regra, públicos, admitido o sigilo por decisão fundamentada, nos casos previstos em lei.
• A defesa deverá se manifestar após a acusação, podendo refutar argumentos e contrariar provas;
• Incumbe à acusação e à defesa a produção das provas.
• Presume-se a inocência do réu. Deve responder em liberdade, salvo se ocorrem motivos que justifiquem a prisão.
• O réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação;
• As provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.
► As principais características do sistema inquisitório são:
• O juiz reúne as funções de acusar, defender e julgar;
• O réu não possui garantias do contraditório e da ampla defesa;
• Não há paridade de armas, privilegiando-se os interesses da acusação;
• Os atos processuais não são públicos e o sigilo não precisa ser fundamentado;
• As provas produzidas não necessariamente estarão sujeitas à análise do defensor;
• O juiz possui ampla liberdade para produção de provas, substituindo-se às partes nessa função;
• Presume-se a culpa do réu. A liberdade provisória é exceção.
• Não existem partes – o réu é mero objeto do processo penal e não sujeito de direitos;
• A confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das provas);
► Cadeia de custódia – Rastreamento do vestígio (10 etapas)
→ Haverá fraude processual caso haja a entrada em locais isolados ou que haja a remoção de quaisquer vestígios de locas do crime antes da liberação pelo perito responsável
• Reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial; 
• Isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; 
• Fixação (Imagine que está fixando em um quadro os detalhes): DESCRIÇÃO DETALHADA DO VESTÍGIO conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;  
• Coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza
• Acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; 
• Transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse
• Recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;     
• Processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;       
• Armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contra perícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente
→ Armazenamento e Processamento pertencem a fase INTERNA, o restante pertence a fase EXTERNA.
• Descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
► Busca e apreensão 
→ Art. 242.  A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
→ Art. 243.  O mandado de busca deverá:
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§ 1o  Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.
§ 2o  Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.
→ Art. 244.  A busca pessoal independeráde mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
→ Art. 245.  As buscas domiciliares SERÃO EXECUTADAS DE DIA, SALVO se o morador CONSENTIR que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
STJ - Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa.
► Quem pode recusar-se a depor?  
→ A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor (REGRA). Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, SALVO quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.  
► Quem é proibido de depor? 
→ As pessoas, que em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, SALVO SE, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.   
► Quem não precisa prestar compromisso da verdade? 
→ Os doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 anos, 
→ Doentes/deficientes mentais e menores de 14 anos poderão sim depor, apenas não prestarão compromisso da verdade e palavra de honra.  
► A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
Prisões e medidas cautelares diversas da prisão
Prestação Pecuniária
• Destinada a vítima.
• Natureza de pena alternativa.
• Em caso de descumprimento injustificado, a lei PERMITE sua conversão em privativa de liberdade.
Multa
• Destinada ao Fundo Penitenciário.
• Natureza de pena alternativa.
• Em caso de descumprimento injustificado, NÃO pode ser convertida em privativa de liberdade. 
►CPP Art. 337. - Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto.
► QUEBRA DA FIANÇA - Descumprimento de obrigação
► CASSAÇÃO DA FIANÇA - Equívoco em sua concessão
► PERDA DA FIANÇA - Fuga ou condenação
►Art. 311. - Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva.
TIPOS DE FLAGRANTE
► Flagrantes LÍCITOS
• Próprio – Está cometendo, acaba de cometer, é surpreendido.
• Impróprio/Quase flagrante/Irreal – Perseguido, logo após de cometer o crime.
• Ficto/presumido – É encontrado com objetos que comprovem sua autoria → SEM PERSEGUIÇÃO.
• Esperado – Os policiais aguardam o melhor momento de agir, ainda não há situação de flagrância.
• Prorrogado/ação controlada/ diferido – Já existe situação de flagrância, entretanto os policiais querem fazer uma apreensão maior, por isso, fazem uma “ação controlada”.
► Flagrantes ILÍCITOS
• FLAGRANTE PREPARADO [PREPARAÇÃO, INSTIGAR]: Ocorre quando alguém, instiga o agente a praticar o delito.
• FLAGRANTE FORJADO/MAQUINADO/URDIDO [FORJAR O CRIME, CRIAR]: Ocorre quando alguém CRIA um crime inexistente.
• Prisão em flagrante com o pacote anticrime é de Natureza PRÉ-CAUTELAR.
• A apresentação espontânea, após o cometimento de um crime, impede a prisão em flagrante. Mas não impede a decretação de prisão preventiva.
• A prisão em flagrante tem como OBJETIVO PRINCIPAL fazer cessar a conduta delitiva e apresentar o autor do fato à autoridade policial. Sendo assim, dispensa qualquer qualidade do agente ou circunstância do crime.
• De acordo com Nucci (2014), a prisão em flagrante possui natureza administrativa e é realizada no instante em que se desenvolve ou se encerra uma infração penal, a qual pode ser crime ou contravenção penal.
• Crimes Habituais - NÃO ADMITEM prisão em flagrante.
• Ação Penal Pública Condicionada → Caso não haja representação, a prisão em flagrante não passará da condução coercitiva à autoridade policial (delegado), não sendo lavrado o auto de prisão em flagrante, muito menos o preso recolhido ao cárcere.
► A DEMORA NA PRISÃO PREVENTIVA → CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
► EXCESSO DE PRAZO NA PRISÃO TEMPORÁRIA → ABUSO DE AUTORIDADE.
PROCEDIMENTO NA PRISÃO EM FLAGRANTE
► Na Instrução Processual será nessa ordem! Na fase da Investigação Criminal, não existe ordem definida.
1º. Será o condutor que levou até a autoridade policial
2º. Será as testemunhas. [Defesa → Acusação]
3º. Será a vítima.
4º. Por último a ser ouvido será o acusado.
► A lavratura do auto de prisão em flagrante deve ser realizada pela autoridade policial do lugar em que se EFETIVOU A PRISÃO, devendo os atos posteriores serem praticados pela autoridade do local onde a infração penal se consumou, e caso ocorra de ser lavrado em local distinto, NÃO é caso de nulidade do ato administrativo.
►Auto de prisão em flagrante delito → Competência da AUTORIDADE POLICIAL → Na FALTA ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa DESIGNADA pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
PRISÃO PREVENTIVA → PRISÃO DOMICILIAR
I – Maior de 80 (oitenta) anos.
II – Extremamente debilitado por motivo de doença grave.
III – IMPRESCINDÍVEL AOS CUIDADOS ESPECIAIS DE PESSOA MENOR DE 6 (SEIS) ANOS DE IDADE OU COM DEFICIÊNCIA.
IV – Gestante.
V – Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
VI – Homem, caso seja O ÚNICO RESPONSÁVEL pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: 
I - Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa;
II - Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.
►Art. 319. São MEDIDAS CAUTELARES diversas da prisão: 
I - Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
II - Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações
III - Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante
IV - Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução
V - Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; 
VI - Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais 
VII - Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável e houver risco de reiteração; 
VIII - Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; 
IX – Monitoração eletrônica.
• A Lei 13.964/2019 excluiu a possibilidade de o Juiz decretar cautelares de ofício no INQUÉRITO POLICIAL. Somente mediante requerimento do MP ou representação da autoridade policial.
• O juiz quando provocado, no curso do IP, pode aplicar a medida que achar melhor adequada ao caso concreto (nesse sentido, STJ).
►Art. 322. Delegado pode conceder fiança em crimes que tenham pena máxima IGUAL OU INFERIOR a 4 anos.
• Porque 4 anos? Porque até 4 anos NÃO CABE PRISÃO PREVENTIVA.
► Prisão Preventiva – Crimes dolosos com pena máxima SUPERIOR a 4 anos.
→ A prisão preventiva será decretada para a garantia da ORDEM PÚBLICA, da ORDEM ECONÔMICA, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quandohouver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
→ Deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, SOB PENA DE TORNAR A PRISÃO ILEGAL.
→ Não se aplica aos tribunais de Justiça e aos tribunais Regionais Federais, quando em atuação como órgão revisor. (Info 680)
→ O descumprimento do prazo de 90 dias não gera direito ao preso de ser posto imediatamente em liberdade (Info 995)
• Medida cautelar ou Prisão preventiva. Não se aplica prisão preventiva cumulada com outras medidas cautelares.
• Medidas cautelares podem ser aplicadas cumulativamente, todavia caso não resolvam o problema aplicar-se-á Prisão Preventiva.
• A fiança será aplicada podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.
► Situações que pode se impor prisão preventiva:
• A qualquer momento da fase de investigação ou processo, de modo autônomo e independente (arts. 311, 312 e 313 do CPP);
• Como conversão da prisão em flagrante, quando insuficientes ou inadequadas outras medidas cautelares (art.310, II do CPP)
• Em substituição à medida cautelar eventualmente descumprida (art.282, par. 4º, CPP);
• Dúvida sobre Identidade civil devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
• Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
► Não cabe preventiva nos seguintes casos:
• Contravenções penais
• Crimes culposos
• Quando o acusado tiver agido acobertado por excludente de ilicitude
• Diante da simples gravidade do crime
• Diante de clamor público ou da simples revolta ou repulsa social.
► A prisão preventiva SOMENTE será determinada quando NÃO for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser JUSTIFICADO de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
► Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do MP, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
• JUIZ NÃO PODE DECRETAR PREVENTIVA DE OFÍCIO.
► Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
	Presidente da república
	Parlamentares
	Magistrados
	Membros do MP
	Advogados
	Prisão somente após sentença condenatória
	Prisão por flagrante de crime inafiançável
	Prisão por ordem escrita do Tribunal/Órgão Especial competente para o julgamento deles
	Prisão por ordem escrita do Tribunal competente para o julgamento deles
	Presença da OAB para lavrar o APF em caso de prisão em flagrante no exercício de suas funções
	
	
	Prisão por flagrante de crime inafiançável
	Prisão por flagrante de crime inafiançável
	Nos demais, casos, basta comunicação à seccional da OAB
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao Juiz Competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
• Comunicação da prisão → IMEDIATAMENTE – JUIZ, MP, FAMILIA, PESSOA INDICADA.
• AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE E NOTA DE CULPA → 24 HORAS (Prazo começa a contar a partir da CAPTURA do preso)
→ APF contém o Motivo da prisão, nome do condutor e nome das testemunhas.
→ Nota de culpa possui nome do condutor, testemunhas e motivo da prisão (NÃO HÁ O NOME DAS VITIMAS) – Formaliza a primeira imputação criminal
• Decisão judicial sobre a fiança → 48 h
► Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público.
→ É vedada a presença dos agentes policiais responsáveis pela prisão ou pela investigação durante a audiência de custódia.
→ Se o prazo não for respeitado, deverá relaxar a prisão.
► Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: 
• Relaxar a prisão ilegal;
• Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;
• Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
► Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
• O mandado irá conter:
→ Será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
→ Designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
→ Mencionará a infração penal que motivar a prisão;
→ Declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
→ Será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
Medidas assecuratórias
► 3 espécies (Sequestro, hipoteca legal e arresto)
• Sequestro – Atinge os bens imóveis, produto de crime, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
→ Ordenar sequestro em qualquer fase do processo ou antes de oferecida a denúncia, Ofício pelo juiz, requerimento do MP, ofendido ou autoridade policial.
→ Basta indícios para decretação do sequestro
→ Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades.   
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização. → AJUDOU, TEM PRIORIDADE!
• Hipoteca Legal - poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
• Arresto - poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
Procedimento comum ordinário, sumário e sumaríssimo
► Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 anos de pena privativa de liberdade
► Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade 
► Sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
► Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a CITAÇÃO DO ACUSADO para responder à acusação, por escrito, no PRAZO DE 10 DIAS.  
► CONEXÃO e CONTINÊNCIA importam em unidade do processo, salvo se for em concurso com:
• Crimes da Justiça Militar – Separa os processos
• Crimes da Justiça Eleitoral – Separa os processos
• Atos Infracionais – Separa os processos
► PROCESSO ORDINÁRI8 - 8 TESTEMUNHAS
► PROCESSO 5UMÁRIO - 5 TESTEMUNHAS
Nulidades
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curadorao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação.
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas.
Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, III, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;|
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
→ A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
→ O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Lei de Prisão Temporária
PRISÃO TEMPORÁRIA
• A prisão temporária é modalidade de prisão provisória, de natureza cautelar, decretada pelo juiz, com o objetivo de investigar crimes mais graves.
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz. (É solicitada via requerimento do MP ou representação da autoridade policial / Delegado).
• Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz.
• Somente pode ser decretada no CURSO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL, antes de instaurado o processo penal judicial. Em outras palavras, NUNCA pode ser decretada durante a AÇÃO PENAL.
• Possui prazo de duração de 5 dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade. 
• Se o crime investigado for HEDIONDO ou assemelhado a hediondo (tráfico, tortura e terrorismo), o prazo será de 30 + 30, em caso de extrema e comprovada necessidade.
• A partir do recebimento da representação ou do requerimento, o juiz terá o prazo de 24 horas para decretá-la e fundamentá-la.
→ Em caso de representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir, DEVE ouvir o MP.
• A prisão temporária somente pode ser decretada para investigar um dos delitos taxativamente elencados:
THERESA Q GERA SET
• Tráfico de drogas
• Homicídio doloso
• Extorsão / extorsão mediante sequestro
• Roubo
• Estupro
• Sequestro ou cárcere privado
• Associação criminosa
• Quadrilha ou bando
• Genocídio
• Envenenamento com resultado morte
• Rapto violento
• Atentado violento ao pudor
• SISTEMA FINANCEIRO
• Epidemia com resultado morte
• Terrorismo
► Caberá também a prisão temporária: 
I - Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - Quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
Lei 9.099 – JECRIM
► Competência do JECRIM – as CONTRAVENÇÕES PENAIS e os CRIMES a que a lei comine PENA MÁXIMA NÃO SUPERIOR A 2 (DOIS) ANOS, cumulada ou não com multa.
• CONTRAVENÇÔES PENAIS → TODAS.
• CRIMES → CUJA A PENA MÁXIMA NÃO ULTRAPASSE 2 ANOS, cumulado ou não com multa.
►Art 3. § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
► Súmula 611 – STF transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
►Art. 3° - C. A competência do Juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.
►Art. 4º – É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
I – do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
II – do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III – do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.
►Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão somente os dias úteis.
Suspensão condicional do processo
• Legitimidade é do querelante (Titular da ação penal).
• Direito Objetivo.
• Incide quando pena mínima é igual ou inferior a 01 ano.
• Suspende de 2 a 4 anos
• É ato personalíssimo, não cabe ao promotor.
• A.P. Pública → oferecida pelo MP.
• A.P. Privada → oferecida pelo OFENDIDO.
• EXTINGUE A PUNIBILIDADE
→ Súmula 243/STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de 1 ano.
► Art. 89 § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes CONDIÇÕES:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de frequentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, MENSALMENTE, para informar e justificar suas atividades.
► REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO:
• Revogação obrigatória
→ PROCESSADO por outro CRIME – As bancas costumam trocar PROCESSADO por INDICIADO, não confundir!!
→ Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano
• Revogação facultativa
→ Processado por CONTRAVENÇÃO;→ Descumprir qualquer outra condição imposta.
►Súmula 696 do STF. reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao procurador-geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do código de processo penal.
► STJ: em ação penal privada, pedido de suspensão condicional do processo é cabível, desde que OFERECIDO pelo OFENDIDO.
► A prestação de serviços à comunidade e o fornecimento de cestas básicas podem ser impostos como condição à suspensão condicional do processo se qualquer dessas medidas for adequada ao fato e à situação pessoal do acusado 
(entendimento que devemos levar para a Banca CESPE).
→ Opera-se a PRECLUSÃO se o oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo ou de transação penal se der após a prolação da sentença penal condenatória.
Preclusão - É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não os ter feito na oportunidade devida ou na forma prevista.
► REQUISITOS OBJETIVOS:
• Não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro CRIME.
► REQUISITOS SUBJETIVOS:
Adequação da medida em face da:
• Culpabilidade.
• Antecedentes.
• Conduta social.
• Personalidade do agente.
• Bem como dos motivos e circunstâncias do delito.
Transação Penal
• Somente poderá ser proposta para infrações penais de menor potencial ofensivo (contravenções penais e os crimes a que a lei COMINE PENA MÁXIMA NÃO SUPERIOR A 2 (DOIS) ANOS, cumulada ou não com multa.)
• Independe de ter violência ou grave ameaça
• A.P.Pública → oferecida pelo MP (direto).
• A.P.Privada → oferecida pelo MP (se a vítima concordar).
• É cabível a suspensão condicional do processo e a transação penal aos delitos que preveem a pena de multa alternativamente à privativa de liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal comine pena mínima superior a 1 ano.
• ANTES DO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
• NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL.
• Uma transação penal a cada 5 anos
► Não importa se tem violência ou grave ameaça, tem que ser INFRACÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
ARTIGOS IMPORTANTES
►Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
►Art. 63. A COMPETÊNCIA DO JUIZADO será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. (TEORIA DA ATIVIDADE)
→ Trata-se de teoria da atividade, não do resultado. Ação ou omissão independente do resultado.
→ A banca vai falar que é o domicílio do réu, NÃO É.
►Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em QUALQUER DIA DA SEMANA, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
→ A BANCA VAI FALAR QUE É APENAS EM DIAS ÚTEIS!! NÃO É!!
►Art. 66. A CITAÇÃO SERÁ PESSOAL e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.
→ CITAÇÃO PESSOAL OU POR MANDADO - APENAS
→ Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei (Citação por edital).
→ NÃO HÁ CITAÇÃO POR EDITAL NO JECRIM
→ a Citação por hora certa é aceita no processo penal, desde que o réu esteja se escondendo.
►Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência LAVRARÁ TERMO CIRCUNSTANCIADO E O ENCAMINHARÁ IMEDIATAMENTE AO JUIZADO, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
→ Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, NÃO SE IMPORÁ PRISÃO EM FLAGRANTE, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.
►Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
►Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
►Art. 80. NENHUM ATO SERÁ ADIADO, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer.
► Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá APELAÇÃO, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
► REJEIÇÃO DA DENÚNCIA/QUEIXA e da sentença → APELAÇÃO (10 DIAS, DA CIÊNCIA DA SENTENÇA)
→ NÃO EXISTE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO NO JECRIM
► OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO ou OMISSÃO → EMBARGOS (5 DIAS, da CIÊNCIA da decisão)
► Ao receber a pena o criminoso toma um “BAC”
• Pena Base
• Agravantes e Atenuantes
• Causas de aumento e de diminuição
► As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar
Lei 9.296 - Interceptação Telefônica 
► Art. 4º§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo.
► Prazo de 15 dias renovável por igual período quantas vezes se fizer necessário.
► A interceptação telefônica somente é cabível nas infrações penais punidas com RECLUSÃO!
► Princípio da serendipidade – Escuto o cara pelo crime X e descubro o crime Y.
→ Encontro fortuito de provas ou crime achado.
Lei Maria da Penha
► A vítima é sempre a mulher em situação de violência doméstica.
→ Precisa do DOLO motivado por gênero.
► Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA, entre outras:
I - SUSPENSÃO da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente. 
II - Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - Proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - Restrição ou Suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - Prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
VI – Comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e   
VII – Acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de apoio.
► Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.

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