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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA MATEMATICA APLICADA A BIOESTATÍSTICA Texto argumentativo sobre a importância da bioestatística em estudos de saúde: A bioestatística é uma ferramenta essencial na área da saúde, permitindo interpretar dados de forma objetiva e fundamentar decisões clínicas e de saúde pública. No estudo mencionado sobre hipertensão arterial sistêmica (HAS), a distinção entre população e amostra é crucial. A população refere-se ao conjunto total de adultos da região analisada, enquanto a amostra consiste nos 500 pacientes avaliados. Uma amostragem adequada garante que os resultados obtidos reflitam com precisão as características da população, evitando distorções que poderiam comprometer a validade do estudo. Dentre os possíveis vieses que podem afetar esse tipo de pesquisa, destacam-se o viés de seleção, que ocorre quando os participantes escolhidos não representam adequadamente a população (por exemplo, selecionar apenas pacientes de um único posto de saúde), e o viés de informação, que surge por erros na coleta de dados (como aferições incorretas da pressão arterial). Para evitá-los, é fundamental utilizar técnicas de amostragem aleatória e protocolos padronizados de coleta de dados. Sabendo-se que 30% dos 500 pacientes apresentaram hipertensão, isso representa 150 indivíduos com a condição. No entanto, é importante considerar o intervalo de confiança (IC) para avaliar a precisão da estimativa. Por exemplo, um IC de 95% entre 25% e 35% indica que há 95% de chance de que a verdadeira proporção na população esteja nesse intervalo. Quanto menor a amplitude do IC, maior a precisão do estudo. Assim, a bioestatística não só permite quantificar e interpretar a prevalência de doenças como a HAS, mas também garante a qualidade e a confiabilidade das evidências geradas. Isso é fundamental para embasar políticas públicas, ações preventivas e decisões clínicas baseadas em dados concretos e cientificamente validados. Em um ambiente hospitalar, o uso da bioestatística se torna cada vez mais necessário. Ela auxilia na análise de indicadores de qualidade, taxas de infecção hospitalar, eficácia de tratamentos e tempo médio de internação, por exemplo. Com base em dados estatísticos, gestores hospitalares podem identificar gargalos no atendimento, planejar recursos humanos e materiais com maior precisão e melhorar a segurança do paciente. Além disso, profissionais de saúde utilizam a bioestatística para avaliar a efetividade de intervenções clínicas e tomar decisões terapêuticas baseadas em evidências, promovendo uma assistência mais segura, eficiente e alinhada às necessidades reais dos pacientes. Referências: Dancey, C. P., e Reidy, J. Estatística sem matemática para psicologia. 7. ed. Porto Alegre: Penso.2017 Fletcher, R. H., Fletcher, S. W., e Fletcher, G. S. Epidemiologia Clínica: Elementos Essenciais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed.2014 Kirkwood, B. R., e Sterne, J. A. C. Essential Medical Statistics. 2nd ed. Oxford: Blackwell Publishing.2006 Medronho, R. A. et al. Epidemiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu.2009 Pereira, M. G., e Santos, C. L. (2020). Epidemiologia: teoria e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.