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ESTUDO DO SINTAGMA
CAPÍTULO 2 - COMO SE CARACTERIZA O SINTAGMA NOMINAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO?
Raquel Rossini
INICIAR
Introdução
Sabemos que as línguas são elementos essenciais para a comunicação humana. Elas são “o fenômeno biossocial responsável pela organização mental da vida interna de um indivíduo e pela cooperação comunicativa que dá à luz as sociedades organizadas” (OTHERO; KENEDY, 2015, p. 9). Mas, nem sempre, as línguas foram consideradas como objeto formal de estudo científico.
Foi a partir do início do século XX, por meio do linguista Ferdinand de Saussure, que a língua passou a ser vista como “fundamentalmente um instrumento de comunicação” (BARROS, 2010, p. 24). Por meio do seu Curso de linguística geral, o estudioso suíço aponta regras de funcionamento próprias às línguas, às quais, por sua vez, seriam “um sistema que conhece apenas sua própria ordem” (FIORIN; FLORES; BARBISAN, 2013, p. 7). A corrente teórica do Estruturalismo, que surgiu na primeira metade do século XX, se vale da inspiração do trabalho saussuriano e considera a gramática das línguas como objeto de estudo. Além disso, foram os
estruturalistas que introduziram conceitos da análise linguística (sintática) moderna, tais como a noção de constituintes imediatos e de regras ao nível dos sintagmas (OTHERO, 2014).
Apesar de não ser uma tarefa fácil, devido à alta complexidade das línguas (FRANÇA; FERRARI; MAIA, 2016), o estudo da gramática permite um conhecimento do modo como elas funcionam e se estruturam (PERINI, 2016, p. 31). Mas como será que podemos estudar essa forma de organização linguística? Por meio da área da sintaxe, estudamos como sentenças são estruturadas em uma língua; “é o estudo da organização das palavras em unidades maiores – os sintagmas – e a organização dessas unidades em frases” (OTHERO, 2014, p. 155).
Você já parou para pensar em como se organizam os sintagmas em língua portuguesa brasileira? E como será que eles ocorrem na prática? Neste capítulo, vamos compreender o conceito de sintagma nominal, analisando, explicando e esquematizando a estrutura interna do português. Você também verá as funções sintáticas exercidas por esse tipo de constituinte oracional.
Acompanhe com atenção e bons estudos!
2.1 Sintagma Nominal (SN): estrutura interna
Como você viu na introdução deste capítulo, a língua possui estruturas internas. O modo como elas se organizam é estudado pela sintaxe. As sentenças que formamos em língua portuguesa, por exemplo, possuem constituintes internos. Podemos partir de um nível um pouco menor, o das palavras, para um maior, o sintagma. Este, por sua vez, seria “cada um dos blocos que compõem a oração” (GUIMARÃES, 2014, p. 74).
VOCÊ QUER LER?
No artigo intitulado A língua portuguesa no Brasil, Eduardo Guimarães apresenta um breve panorama histórico da implementação do idioma no país. Também são apresentadas características gerais do português brasileiro, nos âmbitos fonético-fonológico, morfológico e sintático, em comparação com a
variante europeia. Características lexicais, ou seja, vocabulário utilizado no Brasil e em Portugal, também são abordadas.
Confira o texto no link a seguir: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009- 67252005000200015	(http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252005000200015).
Assim, as relações entre elementos linguísticos (tais como as palavras) estabelecidas ao nível dos sintagmas estão relacionadas ao modo como as unidades se distribuem, de maneira linear, na estrutura sintática da língua (COSTA, 2008). Observe o seguinte exemplo:
“O menino gosta de bolo” (COSTA, 2008, p. 121).
A sentença acima pode ser dividida, inicialmente, em seus constituintes mais imediatos: o de sujeito e o de predicado. Enquanto “o sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração”, “o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 136). Assim, no exemplo em questão, o menino seria o sujeito e gosta de bolo, o predicado.
Mas tais elementos ainda podem ser divididos em unidades menores, que são os sintagmas. Em língua portuguesa, eles são classificados em: sintagma nominal (SN), sintagma verbal (SV), sintagma adjetival (SAdj), sintagma adverbial (SAdv), sintagma preposicionado (SP ou SPrep). Os sintagmas são classificados de acordo com a classe de palavras que compõem o seu núcleo; ou seja, um sintagma que possui um substantivo ou pronome como núcleo é um sintagma nominal, um sintagma que possui um verbo como núcleo é um sintagma verbal, e assim por diante.
No caso do referido exemplo, há dois sintagmas principais: um sintagma nominal (SN), que compõe o sujeito (com o substantivo menino, como núcleo), e um sintagma verbal SV (com o verbo gosta, como núcleo). Nesta seção, vamos explorar a estrutura interna do sintagma nominal (SN).
2.1.1 Identificando o sintagma nominal (SN)
Como vimos, o sintagma nominal (SN) é um elemento constituinte das orações em língua portuguesa. Esse tipo de sintagma possui como característica, a possibilidade de ocupar funções sintáticas, como a de sujeito de uma oração, a de complemento verbal ou a de complemento de preposição (OTHERO, 2014), como veremos adiante, no decorrer do capítulo.
Mas, como poderíamos identificar um sintagma nominal em uma oração? Quais seriam os principais elementos que permitem a categorização de um sintagma como nominal? Como vimos anteriormente, o que caracteriza um sintagma como nominal, verbal, adjetival, adverbial ou preposicionado é o elemento que constitui o seu núcleo. Assim, se o núcleo for um substantivo (nome próprio ou comum) ou um pronome, o sintagma será classificado como nominal (SN).
VOCÊ SABIA?
O termo oração diz respeito à frase que apresenta, necessariamente, um predicado e, comumente, um sujeito. Porém, difere-se de frase e período. A primeira é uma unidade de discurso caracterizada por maiúscula no início e ponto final em seu término, na modalidade escrita, e por entoações específicas para marcar o seu início e o seu fim, na oralidade (PERINI, 2009, p. 61). Já o período seria uma “frase organizada em oração ou orações” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 135).
Pronomes pessoais também podem ser constituintes principais de um SN, pois “são palavras que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso” (CEGALLA, 1996, p. 171). Compare os seguintes exemplos:
“O tio da Maria viu um filme excelente” (OTHERO, 2014, p. 172). “Elas chegaram ontem” (OTHERO, 2014, p. 172).
Como você pode perceber, em ambas as sentenças acima, os elementos destacados (pelo autor) em negrito são sintagmas nominais. Na primeira oração, há dois SNs no sujeito e um como complemento do verbo no predicado. O sujeito o tio da Maria possui o como determinante e tio como núcleo seguido do sintagma preposicionado da Maria, como pós-modificador. Já Maria, seria núcleo do SN, que complementa a preposição da. No complemento verbal, um filme excelente, o substantivo filme é o núcleo do sintagma, precedido de um determinante, o artigo indefinido um, e seguido de um modificador, o sintagma adjetival excelente. Por sua vez, na segunda oração, haveria apenas um SN, o qual atua como sujeito: o pronome pessoal elas. A Figura abaixo, apresenta a representação arbórea da primeira sentença analisada.
 Figura 1 - Representação arbórea de sentença. Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de OTHERO (2014, p. 173).
Desta forma, um sintagma nominal possui, como constituinte necessário, um substantivo ou pronome. Ele também pode vir precedido de um determinante (DET – que pode ser constituído por artigos definidos, indefinidos, numerais, pronomes adjetivos), de um pré-modificador (M – constituído por um sintagma adjetivo/ adjetival, por exemplo) e pode ser acompanhado de um pós-modificador (constituído, por exemplo, de um sintagma adjetivo ou de um sintagma preposicionado). Observe o seguinte exemplo:
“Este aluno obteve ontem uma boa nota” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 137).
Na sentença acima, há dois sintagmas nominais: este aluno e uma boa nota.O primeiro SN é composto por um determinante, este, e um núcleo, aluno. Já o segundo sintagma possui um determinante, uma, um modificador, boa, e um núcleo, nota.
VOCÊ QUER VER?
No vídeo intitulado Gramática, do canal de Willian Roberto Cereja (2015) no YouTube, o pesquisador e autor de gramáticas de língua portuguesa explica que até mesmo a análise sintática pode ser explorada no ambiente escolar. Porém, deveria haver enfoque apropriado aos alunos, sem o intuito de transformá- los, nas palavras do autor, em especialistas. Acesse o vídeo: https://www.youtube.com/watch? v=NrzVgsCDbVU (https://www.youtube.com/watch?v=NrzVgsCDbVU)>.
Apesar de haver características comuns que unem os diferentes sintagmas nominais, pode haver pequenas variações entre os teóricos quanto às definições de SNs. Para Perini (2016), o SN seria constituído de “uma ou mais palavras” (PERINI, 2016, p. 355), podendo exercer funções sintáticas de sujeito, complemento verbal e complemento de preposição, além de possuir potencial referencial, de fazer referência a coisas e seres no mundo.
Para Cindy Mery Gavioli-Prestes e Marina Chiara Legroski, em sua obra “Introdução à sintaxe e a semântica da língua portuguesa”, não há uma perspectiva diferente de sintagma, mas há um olhar sobre as (teoricamente) infinitas possibilidades de expansão dos sintagmas (GAVIOLI-PRESTES; LEGROSKI, 2015). Entretanto, segundo as autoras, não haveria viabilidade para tal em termos práticos.
No livro “Nova gramática do português brasileiro”, Ataliba T. de Castilho (2014) apresenta uma classificação mais detalhada dos sintagmas nominais, conforme o tipo de estrutura interna que apresentam. Os SNs são classificados em quatro tipos (CASTILHO, 2014, p. 455):
Sintagma nominal simples;
Sintagma nominal composto por Especificador + núcleo; Sintagma nominal composto por núcleo + Complemententador;
	Sintagma nominal máximo.
Enquanto o sintagma nominal simples seria composto apenas pelo núcleo realizado por substantivo ou pronome, o sintagma nominal composto por Especificador + núcleo seria uma construção do tipo: este menino. Por sua vez, o sintagma nominal composto por núcleo + Complemententador seria uma estrutura como acontecimentos verdadeiramente lamentáveis. Por fim, um sintagma nominal máximo teria os seus três constituintes preenchidos, como em: os cofres públicos (CASTILHO, 2014, p. 455).
Agora que você já sabe as principais características de um sintagma nominal, bem como diferentes abordagens sobre o assunto, vamos estudar, com mais atenção, como pronomes formam um sintagma nominal.
2.2 Pronome como SN: SN e transposição
Na seção anterior, você viu como um sintagma nominal é identificado. A classificação está relacionada ao elemento constituinte do núcleo do sintagma. Assim, quando este é um substantivo ou pronome, estamos diante de um SN. É muito comum vermos substantivos (nomes próprios ou comuns) constituindo o núcleo desse tipo de sintagma.
Entretanto, existem possibilidades de análise que consideram outras formas de realização de sintagmas nominais. O processo de transposição (AZEREDO, 2012) seria uma forma de sintagmas e outras unidades se associarem e se transformarem em sintagmas e constituintes diferentes. Assim, surgem possibilidades ainda mais amplas de análise das relações sintáticas entre constituintes.
Nesta seção, você vai analisar casos em que sintagmas nominais são compostos por pronomes, para compreender como ocorre o processo de transposição com SNs.
2.2.1 Como pronomes constituem SN
Como você viu anteriormente, pronomes podem constituir o núcleo de um sintagma nominal (SN), além de substantivos, como no SN que é o sujeito na sentença “Matilde entendia disso” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 138). Nesse caso, o nome próprio
Matilde é o núcleo (e único constituinte) do SN que forma o sujeito da oração. Porém, pronomes também podem formar um SN, independentemente da função oracional do sintagma (sujeito, complemento verbal, etc.). Veja os exemplos a seguir:
1. “Isto não lhe arrefece o ânimo.” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 139).
2. “Quem lhe disse isso?” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 139).
3. “Tudo parara ao redor de nós.” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 139).
4. “Os jornais nada publicaram.” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 154).
5. “Nunca o interrompi.” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 154).
6. “Visto-me num instante e vou te levar de carro”. (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 155).
7. “Estavam de braços dados, ele arrumava a gravata, ela ajeitava o chapéu.” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 139).
Conforme as sentenças acima ilustram, pronomes também podem constituir SNs, tanto em posições de sujeito, quanto de objeto. No exemplo 1, o pronome demonstrativo isto é o núcleo do SN que constitui o sujeito da oração. Já no exemplo 2, o pronome interrogativo quem é o núcleo do SN que constitui o sujeito da oração. No exemplo 3, o pronome indefinido tudo é o núcleo do SN no sujeito. No exemplo 4, o pronome substantivo nada é o núcleo do SN que exerce a função de objeto direto (complemento verbal) do verbo publicaram. Na sentença 5, o pronome substantivo o é o núcleo do SN que exerce função de objeto direto.
Na sentença 6, há duas orações com SNs como objeto direto. Na primeira, visto-me num instante, o pronome substantivo me é o núcleo do SN e, na segunda oração, vou te levar de carro, o pronome substantivo te também ocupa a função de núcleo do SN.
Por fim, na sentença 7, o pronome pessoal ele constitui o núcleo do SN do sujeito da oração ele arrumava a gravata e ela constitui o SN do sujeito da oração ela ajeitava o chapéu. O Quadro abaixo, ilustra alguns exemplos de pronomes.
Figura 2 - Exemplos de pronomes do português. Fonte: CUNHA; CINTRA (2017, p. 332).
No caso dos pronomes pessoais, aqueles que são utilizados como sujeito em uma oração, tais como eu, tu, eles, são pronomes do caso reto. Já os pronomes utilizados como objeto, como me, te, nos, são do caso oblíquo (PERINI, 2016, p. 153). O Quadro a seguir, ilustra a correspondência entre os pronomes pessoais retos e oblíquos.
 Figura 3 - Pronomes retos e oblíquos. Fonte: PERINI (2016, p. 154).
Desta forma, diferentes pronomes pessoais podem constituir um sintagma nominal em língua portuguesa. Observe a seguinte sentença:
“Ele viu um filme excelente.” (GUIMARÃES, 2014, p. 172)
Este é mais um exemplo de como um pronome pessoal reto, ele, pode ser o núcleo de um SN que, neste caso, exerce a função de sujeito da oração. Na Figura abaixo, podemos observar a representação arbórea da sentença.
 Figura 4 -
Representação arbórea de oração com sujeito realizado por pronome como SN. Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de GUIMARÃES (2014, p. 172).
Observe que, na Figura acima, podemos visualizar de maneira mais clara os constituintes que organizam a sentença. Fica ainda mais evidente, também, a possibilidade de sintagmas nominais exercerem mais de um tipo de função nas orações. Enquanto o sujeito é realizado por um SN (que tem como núcleo o pronome ele), o predicado (viu um filme excelente) possui um outro SN como complemento verbal (que tem como núcleo o substantivo filme).
VOCÊ O CONHECE?
O professor voluntário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na área de Linguística, Mário Alberto Perini, é autor de diversas obras relevantes para a literatura, tais como Gramática descritiva do português (2009), Sofrendo a gramática: ensaio sobre a linguagem (2009) e Gramática descritiva do português brasileiro (2016). O autor tem atuação considerável nas áreas de sintaxe e desenvolve trabalhos sobre valência verbal (PERINI, 2018).
Como você pode observar até o momento, pronomes podem realizar a função de núcleo do sintagma nominal assim como os substantivos o fazem. Mas será que existem outras possibilidades de constituição de um sintagma nominal que vão além de um núcleo nominal ou pronominal, possivelmente acompanhado de determinantes e modificadores?
Na seção seguinte, você pode explorar o processo de formação de SNs sob a perspectiva teórica da transposição (AZEREDO, 2012).
2.2.2 Análises sintáticas alternativas: formaçãodo SN por transposição
O linguista José Carlos de Azeredo, em sua obra “Iniciação à sintaxe do português”, propõe o que ele denomina como processo de “transposição” (AZEREDO, 2012, p. 46) para explicar formações não convencionais de sintagmas, entre eles, o sintagma nominal. No caso dos SNs, haveria a possibilidade de formação, por transposição, a partir de orações.
O autor ainda defende que elementos, tais como afixos e vocábulos, que realizam a transposição são denominados transpositores. Alguns exemplos desses elementos seriam conjunções, proposições, nominalizadores, pronomes relativos e “pronomes indefinidos interrogativos que introduzem SNs constituídos de oração” (AZEREDO, 2012, p. 46).
Por sua vez, os sintagmas transpostos manteriam os seus constituintes oracionais e estes continuam com as funções sintáticas que exercem. Veja o seguinte caso de transposição apresentado pelo autor:
“Sendo você meu amigo, vou confiar-lhe um segredo” (AZEREDO, 2012, p. 46).
Segundo Azeredo (2012), haveria uma oração com um SN, você, e um SV, sendo meu amigo. Então, ocorreria uma transposição gerundial, por meio do verbo ser. Na análise do autor, “Ser transpõe o SN ‘meu amigo’ à condição de predicador, e, na qualidade de verbo, está sujeito à transposição operada por –ndo.
Para melhor defender a sua teoria, Azeredo (2012) estabelece uma clara distinção entre categorias sintáticas, tais como os sintagmas, categorias lexicais, como substantivo, verbo, advérbio, e funções sintáticas, como sujeito, predicado, objeto.
Seria do âmbito da sintaxe a abordagem tanto das categorias sintáticas dos sintagmas, quanto das funções exercidas por eles.
A transposição seria um processo que compensaria a falta de flexibilidade das categorias sintagmáticas, pois sintagmas ou outros constituintes formariam outros tipos de sintagmas ou constituintes. Por exemplo, orações passariam a fazer parte de outras orações. Veja a sentença a seguir:
“Ana tem procurado seus pais” (AZEREDO, 2012, p. 46).
Neste caso, o verbo ter seria responsável pela transposição do SV tem procurado seus pais. A forma transposta no particípio, procurado, torna-se predicador. Vale salientar a permanência do SN seus pais como objeto de tem procurado.
VOCÊ SABIA?
O predicado é elemento constituinte imediato das orações, como é largamente apresentado na literatura, em trabalhos conhecidos, como os de Perini (2009), Cunha; Cintra (2017) e Othero (2014). Por sua vez, o sintagma associado ao predicado é o sintagma verbal (SV), devido à presença de verbo
(s). Azeredo (2012), por sua vez, não somente entende que o SV detém a “função privativa” de ser predicado, mas também aponta que “ao verbo compete criar as condições para que o sintagma que ele integra exerça a função de predicado. Associado a esse papel gramatical, o verbo desempenha o papel lexical de predicador” (AZEREDO, 2012, p. 76, destaque nosso). Porém no caso do verbo ser, só há um papel gramatical desempenhado e a função de predicador passa a ser assumida pelos sintagmas que acompanham o verbo.
Assim, nesta proposta teórica, não parece haver o intuito de tratar a transposição como instrumento de criação de constituintes sintáticos. Para tanto, o autor argumenta a inviabilidade de identificação de ordem de derivação entre as unidades transpostas. Assim, “a transposição constitui um meio de relacionar estruturas sincrônicas entre si e atuantes na língua” (AZEREDO, 2012, p. 46). E, por fim, esse processo permite uma gama maior de possibilidades de análise das funções sintáticas exercidas por um sintagma, como veremos adiante, no capítulo.
Na seção seguinte, você verá uma outra possibilidade de realização do núcleo de um SN: o nome partitivo ou quantitativo.
2.3 SN, formado de nome partitivo ou quantitativo
Os sintagmas nominais (SNs) não são constituídos apenas por substantivos e pronomes. Eles também podem possuir, como constituintes, nomes partitivos ou quantitativos em geral. Em livros gramaticais, é comum ver esses nomes na mesma seção, relacionada à quantificação de elementos em uma sentença, por exemplo, quando se diz frases como um terço da população, metade dos recursos, um copo d’água, entre outros. Mas o que seriam, exatamente, nomes partitivos ou quantitativos? Nesta seção, você aprenderá a identificá-los e a demonstrar o modo como são utilizados em SNs.
2.3.1 Nomes partitivos
Os nomes partitivos são denominados assim por indicarem partes. Observe os seguintes exemplos: porção, maioria, minoria, resto, dezena, milhão, quinto, punhado, légua. Todas essas expressões indicam parte. Agora, veja as seguintes expressões: duas porções de batatas, a maioria das pessoas, a metade da maçã (AZEREDO, 2012, p. 67). Elas apresentam um sintagma preposicionado como modificador: de batatas, na primeira expressão; das pessoas, na segunda expressão e da maçã, na terceira expressão. A Figura abaixo, ilustra uma sentença em que um nome partitivo, metade, ocupa a posição de núcleo do SN, metade da equipe. Esse sintagma nominal, por sua vez, constitui o sujeito da oração.
 Figura 5 - Representação arbórea de oração com sujeito realizado por partitivo como núcleo do SN. Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de Marques (1993, p.
112).
Em seu artigo Processos de quantificação e construções partitivas, Rui Pedro Ribeiro Marques explica que, em uma sentença do tipo “Chegou metade da equipe” (MARQUES, 1993, p. 112, adaptado), haveria a identificação de uma parte que constitui outro elemento. O processo de quantificação ocorrido não seria de medição, mas de contagem.
Já outros estudiosos, como Fátima Silva, em seu artigo Quantificação na língua e no discurso: o caso de parte em português, preferem enfocar as “propriedades intrínsecas do funcionamento de várias expressões com valor quantitativo ou partitivo” (SILVA, 2003).
A autora parece ter visão semelhante à de Marques (1993), apresentada acima, no que diz respeito à determinação da quantidade de uma entidade em relação à sua totalidade por meio do uso de expressões partitivas, tais como a maior parte. Em termos estruturais, Silva (2003) descreve essas construções como “um conjunto constituído por uma estrutura nominal e uma expressão simples ou complexa através da qual opera uma quantificação” (SILVA, 2003, p. 202). Observe os seguintes exemplos:
Um quinto dos eleitores estão indecisos.
A maioria dos alunos foi reprovada.
Como você pode ver, as duas sentenças apresentam sujeitos realizados por Sns, cujos núcleos são formados por nomes partitivos. No primeiro exemplo, o núcleo é constituído pelo SN um quinto dos eleitores (com determinante, um; núcleo, o nome partitivo quinto; e modificador, o sintagma preposicionado dos eleitores). Já o segundo exemplo possui o sujeito, a maioria dos alunos, realizado por um SN que tem como núcleo o nome partitivo maioria, precedido de determinante, o artigo definido a, e seguido de modificador, o sintagma preposicionado dos alunos.
VOCÊ SABIA?
Quando uma expressão partitiva (ex.: parte de, o resto de) exerce a função de sujeito da oração, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural. Compare os seguintes exemplos: “A maior parte deles já não vai à fábrica” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 513) e “A maior parte destes quartos não tinham teto, nem portas, nem pavimento” (CUNHA; CINTRA, 2017, p. 513). Assim, o falante pode escolher o elemento com o qual quer estabelecer a concordância verbal: com o elemento partitivo, no singular, ou com o modificador realizado por um sintagma preposicionado, que possui elemento pluralizado.
Assim, os nomes partitivos denominam uma parte, fração de algum elemento ou quantidade. Eles são acompanhados, de forma recorrente, por sintagmas preposicionados. Apesar de apresentarem essa característica específica, a representação arbórea dessas estruturas não se destoa sintaticamente da análise sintática feita com SNs prototípicos, realizados por substantivos e pronomes.
Você aprendeu os nomes partitivos e o modo como podem constituir sintagmas nominais. Então, vamos estudar os nomesquantitativos e como eles também realizam o núcleo de um SN.
2.3.2 Nomes quantitativos
Agora que você aprendeu sobre os nomes partitivos, observe os seguintes nomes: copo, caixa, balde, caminhão, pá. O que será que eles possuem em comum? Todos eles podem ser utilizados para indicar, metonimicamente, a quantidade de algo. Por apresentarem essa característica, eles são denominados nomes quantitativos.
Os nomes quantitativos, além de constituírem o núcleo de SNs, costumam ser modificados por sintagmas preposicionados. Veja as seguintes expressões: duas pás de cal, duas caixas de laranjas, dois baldes d’água (AZEREDO, 2012, p. 67). Todas elas apresentam um sintagma preposicionado como modificador: de cal, na primeira expressão; de laranjas, na segunda expressão e d’água, na terceira expressão.
VOCÊ QUER LER?
No artigo Processos de quantificação e construções partitivas, Rui Pedro Ribeiro Marques apresenta, de maneira detalhada, as construções quantitativas e partitivas em língua portuguesa. Apesar de a escrita do artigo ser em português europeu, os exemplos são perfeitamente compreensíveis e aplicáveis na variante brasileira.
Leia	o	texto	no	link	a	seguir: https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/3943/1/Rui%20PedroMarques.pdf (https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/3943/1/Rui%20PedroMarques.pdf).
Se observarmos com atenção, os nomes quantitativos parecem estar em campo semântico semelhante àquele dos nomes partitivos. Afinal, ambos os tipos de nomes, de certa forma, parecem estabelecer, analogamente, a quantidade de um determinado elemento ou entidade. Observe as seguintes manchetes, retiradas de um portal de notícias de grande circulação no país (destaque da autora):
“Centenas de imigrantes ilegais foram retirados das ruas de Paris” (JORNAL HOJE, 2018).
“Correios	entregam	metade	das	encomendas	durante	greve	dos caminhoneiros” (G1, 2018).
“Sem ter como escoar produção, agricultor perdeu 3 mil caixas de tomate em Corumbá de Goiás” (JA 1ª EDIÇÃO 2018).
Como você pode ver, nas duas primeiras sentenças, há a presença de SNs realizados por nomes partitivos. No primeiro exemplo, o SN, centenas de imigrantes ilegais (que possui como núcleo o nome partitivo centenas), exerce a função de sujeito da
oração. No segundo exemplo, o SN, metade das encomendas (com núcleo realizado pelo nome partitivo metade), exerce a função de objeto (complemento verbal). Já na terceira sentença, o objeto do verbo perdeu, é realizado pelo SN, 3 mil caixas de tomate. Por sua vez, esse sintagma possui o nome quantitativo caixas, como núcleo.
Apesar de a noção de quantidade permear todos os exemplos, eles apresentam especificidades. Nas duas primeiras manchetes, parece haver uma ênfase na parte de uma entidade, centenas de imigrantes e metade das encomendas. Por outro lado, na terceira sentença, as (3 mil) caixas de tomate seriam a forma de quantificar esses tomates de forma metonímica. Algo semelhante acontece em sentenças como Usei três baldes de água para lavar o carro. Neste caso, não se mede ou quantifica a água em litros, mas em baldes.
Ao longo desta seção, foi possível observar que os nomes partitivos e quantitativos se diferem quanto às suas especificidades sintático-semânticas. Os nomes partitivos se referem à parte de um conjunto de coisas ou indivíduos, enquanto os quantitativos apresentam ênfase na expressão metonímica de quantidade. Porém, os nomes atuam, sintaticamente, de maneira semelhante, como núcleos de sintagmas nominais.
Na seção seguinte, vamos entender as funções sintáticas exercidas por sintagmas nominais.
2.4 Funções sintáticas exercidas por SN
Agora que já conhece a estrutura e os possíveis constituintes de um sintagma nominal (SN) em português, você consegue imaginar as funções sintáticas exercidas por esse sintagma? As funções sintáticas seriam as posições que os constituintes ocupam nas sentenças, tais como sujeito, complemento verbal. Nesta seção, vamos identificar as possíveis funções sintáticas exercidas por SNs em língua portuguesa.
2.4.1 Funções sintáticas do sintagma nominal
Como você pode ver ao longo das sessões anteriores, embora a função de sujeito seja comumente realizada por um sintagma nominal, esse não é o único papel sintático de um SN. Na verdade, ele também pode atuar como: sujeito; objeto; predicador; modificador nominal aposto; modificador verbal; modificador oracional aposto (AZEREDO, 2012, p. 67); complemento de preposição em sintagma preposicionado. A Tabela abaixo ilustra essas funções dos sintagmas nominais.
Figura 6 - Funções sintáticas exercidas por Sns. Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de AZEREDO (2012, p. 67).
A primeira função sintática apresentada pela tabela é a de sujeito de uma oração. O exemplo correspondente é um uso típico de SN que tem como núcleo um substantivo, dia. O Quadro a seguir ilustra algumas regras de identificação do sujeito de uma oração (PERINI 2016). Nele, é possível perceber a relação entre a função de sujeito e sintagmas nominais.
Figura 7 - Regra de identificação do sujeito. Fonte: PERINI (2016, p. 97).
A segunda função sintática do SN, de objeto (ou complemento verbal), é também prototípica em língua portuguesa. No exemplo apresentado, o núcleo do sintagma é realizado pelo substantivo estrondo.
A função de predicador (AZEREDO, 2012) está relacionada ao papel lexical assumido pelo verbo principal. Porém, a situação é diferente no caso do verbo ser. Por cumprir apenas a função gramatical de verbo, não expressando ação e assumindo a função
de predicador, cabe aos sintagmas que o acompanham, no predicado, assumir esta função. No exemplo em questão, o substantivo noite seria o núcleo do SN que exerceria a função de predicador do verbo é.
Observe outro exemplo no uso do verbo ser na frase O importante é que ninguém se feriu, em que “que ninguém se feriu” (núcleo) funciona como predicativo do sujeito em relação à oração principal, em uma construção de predicado nominal (sujeito + verbo de ligação + Oração subordinada substantiva predicativa), portanto como função de predicador.
O modificador nominal aposto (AZEREDO, 2012), teria função apositiva, ou seja, de explicação ou acréscimo de informação sobre algum elemento da oração. No exemplo apresentado, credor que não perdoa modifica terra. Esse modificador, que caracteriza, explica um pouco mais sobre a terra, é um sintagma nominal que possui o substantivo credor como núcleo.
Já na função de modificador verbal (AZEREDO, 2012), no exemplo apresentado, o SN é utilizado com função adverbial de tempo. Afinal, o sintagma madrugada alta indica o momento quando conseguiu dormir. O referido sintagma apresenta como núcleo o substantivo madrugada.
A função de modificador oracional aposto (AZEREDO, 2012), conforme o exemplo ilustra, diz respeito à possibilidade de uma sentença modificar, com sentido adverbial, a outra. O que desapontou a polícia é a consequência, o resultado de eles fugiram para o exterior. Esse sintagma nominal em questão possui uma complexidade maior em relação aos outros exemplos discutidos, pois há o pronome que como núcleo do SN, seguido de uma oração e, naturalmente, um sintagma verbal.
Por fim, a função de complemento de preposição em sintagma preposicionado é ilustrada em seu respectivo exemplo: Os proprietários às vezes transigem com eles, coisa que nenhum poderia decentemente fazer com um ladrão de cavalos. O SP, de cavalos, destacado para análise, é constituído por um núcleo (a preposição de) e um complemento, que é o SN cavalos (cujo núcleo é o substantivo cavalos).
CASO
No Instituto de Ciência da Informação de uma grande universidade, observou-se o sistema interno de recuperação de informação, nos casos de busca por documentos do acervo do departamento, apresentava falhas. O coordenador do departamento, juntamente com a equipe, observou que o problema era de natureza linguística, pois essa ineficiência na busca se dava devido à inadequação do uso das palavras-chave utilizadas para a localização dos documentos e livros registrados nosistema. Então, decidiu-se que a equipe iria pesquisar, na literatura, alternativas para a solução do problema. Constatou-se, com os estudos realizados, que haveria elementos sintáticos da língua portuguesa que poderiam auxiliar na solução do problema. Um dos bibliotecários-chefe do departamento relatou ter conversado com professores da área de Linguística da universidade e ter sido recomendado o artigo Sintagmas nominais: uma nova proposta para a recuperação de informação, de Hélio Kuramoto. O funcionário argumentou que a discussão do artigo se relacionava ao desafio que estavam enfrentando, pois apresentava a utilização de SNs como solução para o problema.
Assim, com base na discussão e proposta apresentadas pelo artigo de Kuramoto (2002), ao invés de utilizarem palavras-chave, como estudo, os profissionais do departamento optaram por implementar o registro dos documentos por unidades sintáticas; no caso, o sintagma nominal, como no seguinte exemplo: O estudo moderno da ciência da informação. Essa abordagem foi considerada a mais adequada para a solução do problema, uma vez, que a estrutura sintática do SN permite uma identificação mais precisa do assunto dos textos, em vez de uma simples palavra-chave, descontextualizada.
Como você pode ver ao longo desta seção, sintagmas nominais podem exercer diferentes funções sintáticas. Na literatura, parece ser bastante consensual que SNs possam exercer funções de sujeito, complemento verbal e complemento de preposição, como explicado por Perini (2015), Cunha; Cintra (2017), Othero (2014), por exemplo. Porém, abordagens alternativas permitem, inclusive, que exista uma gama ainda maior de possibilidades de papéis sintáticos de um constituinte.
A perspectiva de Azeredo (2012), que defende a existência de um processo de transposição entre sintagmas e outras unidades sintáticas. Assim, um sintagma nominal transposto com uma oração pode realizar a função de modificador de uma outra oração, por exemplo. São essas ricas análises e possibilidades, que tornam o estudo da língua tão necessário, interessante e, sempre, com uma janela aberta para ser espreitada.
Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos o nosso conhecimento sobre o conceito de sintagma nominal e como ele se estrutura. Além disso, pudemos observar a importância do SN na formação de sentenças em língua portuguesa
brasileira. Percebemos que não somente substantivos, mas também pronomes e nomes quantitativos e partitivos podem constituir o núcleo de um sintagma nominal. Analisamos, também, as diferentes funções sintáticas exercidas pelo sintagma nominal em orações.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
	entender o que é um sintagma nominal e as suas diferentes possibilidades de constituição, por meio de substantivos e pronomes;
	compreender como nomes partitivos e quantitativos podem constituir sintagmas nominais;
	estabelecer distinção entre as diferentes funções sintáticas exercidas por
sintagmas nominais em orações.
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