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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
O período gestacional é um fenômeno fisiológico e, normalmente, sem intercorrências. É repleto de
modificações anatomofuncionais no organismo materno, como a intensa liberação de hormônios pela
placenta, que, somada à demanda energética do feto, exigem importantes adaptações que são observadas
no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino, digestório, renal e sistema nervoso central. 
O útero está em constante crescimento, tornando o abdome cada vez mais globoso, o que provoca um
deslocamento do centro da gravidade para frente, essas e tantas outras alterações têm por objetivo preparar
o organismo para a condição materno-fetal e o parto.
Nesse sentido, o acompanhamento nutricional nessa fase contribui para um desenvolvimento saudável,
partindo do pressuposto que a nutrição inadequada pode desencadear a hipertensão arterial sistêmica (HAS),
o diabetes mellitus (DM), o sobrepeso/obesidade, infecções e a desnutrição. A prevenção, portanto, é a
melhor aliada e, para orientações nutricionais eficientes, a antropometria se faz necessária.
Aula 1
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE GESTANTES ADULTAS
O período gestacional é um fenômeno fisiológico e, normalmente, sem intercorrências. É repleto de
modificações anatomofuncionais no organismo materno, como a intensa liberação de hormônios pela
placenta, que, somada à demanda energética do feto, exigem importantes adaptações que são
observadas no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino, digestório, renal e sistema nervoso
central.
28 minutos
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL APLICADA
 Aula 1 - Avaliação antropométrica de gestantes adultas
 Aula 2 - Avaliação antropométrica de gestantes adolescentes
 Aula 3 - Avaliação antropométrica de lactentes e crianças 
 Aula 4 - Avaliação antropométrica de adolescentes
 Aula 5 - Antropometria: da gestação à adolescência
 Referências
137.5 minutos
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Página 1 de 67
Ao final desta aula, você será capaz de acompanhar uma gestante e realizar adequadamente a avaliação
nutricional, a partir de protocolos e cálculos adequados.
Vamos lá? 
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CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO GESTACIONAL
A gravidez a termo, entre 37 e 42 semanas, pode ser subdividida em três fases (MARIZ, 2021):
• Termo precoce: entre 37 e 38 semanas e seis dias.
• Termo pleno: entre 39 e 40 semanas e seis dias.
• Termo tardio: entre 41 e 42 semanas.
O primeiro trimestre está relacionado a um período de grandes alterações biológicas devido ao processo de
diferenciação celular, ou seja, momento da divisão celular e alteração de forma, composição e função,
formando então tecidos e órgãos. A condição nutricional materna é que determinará a saúde do embrião,
tanto em relação ao aporte de macronutrientes como de micronutrientes.
O segundo e terceiro trimestres, período de crescimento e desenvolvimento do feto, exige um ganho de peso
adequado e uma alimentação que forneça energia e nutrientes suficientes. O estado nutricional materno e o
ganho de peso durante a gestação estão diretamente ligados ao desenvolvimento de diabetes mellitus (DM),
anemia, desnutrição, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e infecções durante o período gestacional.
O ganho de peso gestacional é necessário, por isso, há necessidade do acompanhamento e da orientação
quanto à quantidade de peso que se deve ganhar ao longo dessa fase. Para isso, dados como peso e altura
são essenciais para esse acompanhamento. O peso utilizado, inicialmente, deve ser o pré-gestacional, isto é,
o peso antes da gestação, e a altura deve ser aferida para que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC)
seja possível. 
O resultado do IMC é classificado em baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade, para isso utiliza-se a curva
de Atalah, proposta por Samir Atalah e cols. (1997), e as novas diretrizes do Institute of Medicine de 2009, a
partir dessa classificação o ganho de peso adequado é determinado. Essa classificação depende da idade
gestacional.
Para calcular a idade gestacional é necessário saber a data da última menstruação (DUM), caso não tenha
essa informação, a data deve ser estimada a partir do conhecimento do último mês da menstruação ou a
partir de exames que estimem essa data. A partir da DUM, conte semana a semana até o dia da consulta ou
considere a data estimada. Caso o resultado seja, por exemplo, 13 semanas e 2 dias, trabalhe com 13
semanas, caso seja 13 semanas e 4 dias, considere 14 semanas. Então, 1, 2 ou 3 dias mantém-se o número de
semanas em questão, caso seja 4,5 ou 6 dias, considere a semana seguinte.
Tanto a circunferência do braço como a dobra cutânea tricipital podem servir como medida complementar e
indicam a reserva de gordura corporal e massa muscular. Essas medidas são importantes para verificação de
risco nutricional e de necessidade eventual de suplementação, além de ser um bom indicador de evolução
clínica.
A consulta pré-natal é fundamental para o acompanhamento do ganho de peso materno.
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Página 3 de 67
ANTROPOMETRIA 
Altura
A aferição de altura prevê um protocolo adequado para medição:
• Gestante de pé de forma ereta.
• Descalça e pés juntos.
• Joelhos esticados.
• Braços estendidos ao lado do corpo.
• Cabeça ereta com os olhos fixos à frente, na linha do horizonte.
• Coluna vertebral e calcanhares encostados na parede sem rodapé.
Figura 1 - Aferição de altura
Fonte: Brasil (2011, p. 37).
Peso
O peso da consulta inicial deve ser o pré-gestacional, que servirá de base para a indicação do ganho de peso
gestacional, para a avaliação do estado nutricional atual e para o acompanhamento do ganho de peso ao
longo da gestação. Caso o peso anterior à gestação não seja lembrado, deve-se utilizar o peso do primeiro
trimestre, como se fosse o pré-gestacional.
Para a aferição do peso, é importante estar de roupas leves e sem objetos, como chaves, bolsa, carteira, etc.,
para não interferir no peso. A postura deve ser similar à exigida para a aferição da altura. A balança deve
estar calibrada e a paciente deve ficar no centro da balança.
Figura 2 - Aferição de peso
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Fonte: Pessoa e Pinho (2014, p. 38).
Com os dados de peso e altura, o IMC deverá ser calculado.
Tendo em mãos o IMC, é o momento de determinar o ganho de peso ao longo da gestação:
Tabela 1 - Recomendação de ganho de peso com base no IMC pré-gestacional
Fonte: adaptada de IOM (2009, p. 2).
No caso de gestação gemelar, o ganho de peso será diferente:
Tabela 2 - Ganho de peso na gestação gemelar
IMC = Peso
Altura 2
IMC pré-
gestacional IMC
Ganho de peso total
(kg)
Ganho de peso semanal – 2° e 3°
trimestres
Baixo peso 30 5 - 9 220g (170 a 270g)
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Fonte: adaptada de IOM (2009, p. 2).
Determinado o ganho de peso total, é o momento de acompanhar o ganho de peso ao longo da gestação,
para isso, a curva de Atalah (1997) assume grande importância. Para utilizá-la, você deverá verificar o ponto
em que a paciente se encontra, traçando uma linha vertical da idade gestacional (presente na parte inferior
do gráfico) até o ponto que encontre o IMC apresentado, linha que você deverá traçar na horizontal até
encontrar a linha da idade gestacional.
Figura 3 - Curva de Atalah
Fonte: Brasil (2011, p. 28).
Suponha que uma mulher apresente um IMC gestacional de 28 kg/m² e idade gestacional de 25 semanas, ao
utilizar a curva de Atalah ela se apresentará conforme a Figura 4 e a classificação do IMC será sobrepeso (S).
Figura 4 - Exemplo de gestante classificada como sobrepesoNorma Técnica do Sistema
de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso
em: 6 abr. 2023.
REFERÊNCIAS
8 minutos
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3809882 16/03/2025, 09:19
Página 64 de 67
IOM – INSTITUTE OF MEDICINE. Weight Gain During Pregnancy: reexamining the guidelines. Whashington,
D.C.: The National Academy Press, 2009. Disponível em:
https://nap.nationalacademies.org/resource/12584/Report-Brief---Weight-Gain-During-Pregnancy.pdf. Acesso
em: 6 abr. 2023.
MARIZ, F. Idade gestacional: pesquisa mostra como cada dia na barriga impacta no desenvolvimento do bebê.
Jornal da USP, 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/idade-gestacional-pesquisa-mostra-como-
cada-dia-na-barriga-impacta-no-desenvolvimento-do-bebe/. Acesso em: 10 maio 2023.
PESSOA, F. S.; PINHO, J. R. O. (org.). Alimentação, nutrição e a Saúde da Família: avaliação nutricional e
antropométrica. São Luís: UNA-SUS/UFMA, 2014.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_nutricao_saude_familia.pdf. Acesso
em: 6 abr. 2023.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Maternal anthropometry for prediction of pregnancy outcomes:
memorandum from a Usaid/WHO/Paho/MotherCare Meeting. Bulletin of the World Health Organization,
69: 523-532, 1991. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2393257/pdf/bullwho00050-0018.pdf. Acesso em: 6 abr. 2023.
Aula 2
ABREU, V. J. J.; VITALLE, M. S. S. Caracterização do adolescente. In: VITALLE, M. S. S.; MEDEIROS, E. H. G. R.
Adolescência:
uma abordagem ambulatorial. Barueri, SP: Manole, 2008.
ATALAH SAMUR, E. et al. Propuesta de um nuevo estándar de Evaluación nutricional em embarazadas. Rev.
Med. Chile, [S.
l.], v. 125, n. 12, p. 1429-1436, 1997.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Adolescência primeiro, gravidez depois. [S. l.], 2021.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/arquivos/03-02-2010-prevencao-
gravidez-adolescencia-final-3-pdf. Acesso em: 19 abr. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema
de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível
em:  https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf
. Aceso em: 21 abr. 2023.
IOM – INSTITUTE OF MEDICINE. Weight Gain During Pregnancy: reexamining the guidelines. Whashington,
D.C.: The National
Academy Press, 2009. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK32813/pdf/Bookshelf_NBK32813.pdf. Acesso em: 20 abr. 2023.
PACHECO, M. E. M. S. Caracterização do adolescente. In: VITALLE, M. S. S.; MEDEIROS, E. H. G. R.
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3809882 16/03/2025, 09:19
Página 65 de 67
Adolescência: uma abordagem ambulatorial. Barueri, SP: Manole, 2008.
SANTOS, S. F. M. et al. Fatores associados à adequação do ganho de peso gestacional de adolescentes
brasileiras. Ciências & Saúde Coletiva, v. 27, n. 7, 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/DWYpQZj7NtqLrVFbJyhggLC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 abr. 2023. 
Aula 3
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf.
Acesso em: 27 abr. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Orientações
integradas de vigilância e atenção à saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Importância
Nacional: procedimentos para o monitoramento das alterações no crescimento e desenvolvimento a partir
da gestação até a primeira infância, relacionadas à infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infeciosas
dentro da capacidade operacional do SUS [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível
em:  https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_integradas_vigilancia_atencao_emergencia_sau
de_publica.pdf.
Acesso em: 1 maio 2023.
SBP - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Manual de Avaliação
Nutricional. 2. ed. São Paulo: SBP, 2021. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22962e-ManAval_Nutricional_-
_2Ed_Atualizada_SITE.pdf. Acesso em: 27 abr. 2023.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. 
Aula 4
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso
em: 27 abr. 2023.
FERNANDES, E. C. Saúde do adolescente e do jovem: crescimento e desenvolvimento físico,
desenvolvimento psicossocial, imunizações e violência. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2015. Disponível
em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9260/1/livro_saude_do_adolescente_e_jovem.pdf. Acesso
em: 5 maio 2023.
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3809882 16/03/2025, 09:19
Página 66 de 67
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
FREITAS JÚNIOR, I. F. (org.). Padronização de medidas antropométricas e avaliação da composição
corporal. São Paulo: CREF4/SP, 2018. Disponível em:
https://www.crefsp.gov.br/storage/app/arquivos/6d9646b6a173fba528f5c4edcf9b1d8d.pdf. Acesso em: 5
maio 2023.
SBP - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Manual de Avaliação
Nutricional. 2. ed. São Paulo: SBP, 2021. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22962e-ManAval_Nutricional_-_2Ed_Atualizada_SITE.pdf.
Acesso em: 27 abr. 2023.
STULP, R. J.; FOLMANN, A. G.; ROLMAN, E. P. Estado nutricional e maturidade sexual em adolescentes de
ambos os sexos. In: 16° Encontro Científico Cultural Interinstitucional, 2018, Cascavel – PR. Anais. Paraná:
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, 2018. Disponível em:
https://www2.fag.edu.br/coopex/inscricao/arquivos/ecci_2018/11-10-2018--00-14-59.pdf. Acesso em: 5 maio
2023.
VEIGA, G. V.; SICHIERI, R. Avaliação nutricional de adolescentes. In: KAC, G.; SICHIERI, R.; GIGANTE, D. P. (orgs.).
Epidemiologia nutricional [online]. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ/Atheneu, 2007. Disponível em: https://books.scielo.org/id/rrw5w/pdf/kac-9788575413203-07.pdf.
Acesso em: 5 maio 2023.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Growth reference data for 5-19 years. WHO, 2007. Disponível em:
https://www.who.int/tools/growth-reference-data-for-5to19-years/indicators/bmi-for-age. Acesso em: 5 maio
2023.
Aula 5
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso
em: 16 maio 2023.
IOM – INSTITUTE OF MEDICINE. Weight Gain During Pregnancy: reexamining the guidelines. Whashington,
D.C.: The National Academy Press, 2009. Disponível em:
https://nap.nationalacademies.org/resource/12584/Report-Brief---Weight-Gain-During-Pregnancy.pdf.Acesso
em: 16 maio 2023.
SBP - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Manual de Avaliação
Nutricional. São Paulo: SBP. 2021. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22962e-
ManAval_Nutricional_-_2Ed_Atualizada_SITE.pdf. Acesso em: 17 maio 2023.
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3809882 16/03/2025, 09:19
Página 67 de 67IMC pré-gestacional IMC Ganho de peso total (kg)
Adequado 18,5 – 24,9 17 – 25
Sobrepeso 25 – 29,9 14 – 23
Obesidade > 30 11 – 19
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Página 6 de 67
Fonte: adaptada de Brasil (2011, p. 28).
A cada consulta, a curva deverá ser atualizada, podendo assim avaliar o traçado que se formará, se será
ascendente, descendente ou horizontal. É importante que você saiba que um traçado ascendente prevê
ganho de peso adequado, mesmo em pacientes com classificação de obesidade.
Circunferência de Braço (CB)
Essa é uma medida que indica a reserva de gordura e de massa muscular e tem relação com o baixo peso ao
nascer (BPN), mortalidade fetal e infantil tardia. Para medir, o braço deve estar flexionado a 90°C e você deve
encontrar o ponto médio, entre o acrômio e o olécrano. Traçado o ponto médio, o braço deve ficar estendido
com a palma da mão voltada para a coxa, e a aferição deve ser realizada. O ponto de corte para CB fica entre
21 e 23,5 cm de acordo com a World Health Organization (WHO) (1991).
Dobra Cutânea Tricipital (DCT)
A aferição da DCT deve ser realizada na face posterior do braço direito e o ponto é o mesmo aferido na CB.
Não existe um padrão de referência especial para o período gestacional, mas estudos apontam que a DCT
acompanha o aumento do IMC. Um aumento menor que 0,02 mm da DCT, entre a 18° e a 28° semana de
gestação, pode estar relacionada ao BPN e menor perímetro cefálico, por isso, o acompanhamento da
medida de DCT é importante (AMORIM; LACERDA; KAC, 2007).
ANTROPOMETRIA DA GESTANTE NA PRÁTICA
Agora que você já conhece a teoria sobre a antropometria da gestante, que tal praticar?
Suponha que você trabalha como nutricionista em uma clínica de ginecologia e obstetrícia e atende as
clientes da clínica. Vamos fazer a avaliação nutricional da gestante Ana? Para isso, você deverá seguir alguns
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Página 7 de 67
passos:
1° Passo: perguntar a data da última menstruação (DUM), o peso antes da gestação, aferir o peso atual e a
altura, seguindo o protocolo referido anteriormente:
Ana tem 25 anos
Data da consulta: 10/04/2023
DUM: 08/12/2022
58 kg de peso pré-gestacional 
61 kg de peso atual
1,60 m de altura
2° passo: calcular a idade gestacional:
A partir de 08/12/2022 conte semana a semana, por exemplo:
Semana 1 – dia 15/12, semana 2 – 22/12, semana 3 – 29/12 e assim por diante:
Figura 5 - Contagem da semana gestacional
Fonte: adaptada de Calendário 365.
Em 10/04/2023 estará com 17 semanas e 4 dias de gestação, de acordo com as regras de arredondamento
para idade gestacional, você deverá considerar 18 semanas.
3° passo: calcular o IMC pré-gestacional e o atual:
IMC pré-gestacional
IMC atual
IMC = 58
1,602 = 58
2,56 = 22,66
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4° passo: determinar o ganho de peso gestacional:
Com base na Tabela 1 e nos dados do IMC pré-gestacional, determinar o ganho total e semanal de peso.
Classificação do IMC pré-gestacional: adequado
Ganho de peso: 11,5 – 16 kg
Ganho de peso semanal (2° e 3° trimestre - a partir da 16ª semana): 420 g
5° passo: verificar o ponto em que Ana está na curva de Atalah e o ponto pré-gestacional e traçar a curva de
ganho de peso, que deve ser ascendente.
Figura 6 - Curva de Atalah para gestante
Fonte: adaptada de Brasil (2011, p. 28).
6° passo: aferir a CB e DCT para que possam servir de referência para as próximas consultas. Caso essa fosse
a segunda ou terceira consulta, essas duas medidas já poderiam ser acompanhadas, verificando se houve um
aumento expressivo, se o IMC acompanhou esse aumento ou se porventura houve um decréscimo, indicando
redução de reserva de gordura, o que não é interessante no período gestacional. Vale ressaltar que aumentos
expressivos de gordura também não são bons, por isso, o ganho de peso deve ser avaliado.
7° passo: avaliar o ganho de peso total e comparar com a indicação: 
Sabe-se que o peso pré-gestacional era de 58 kg e agora apresenta 61 kg, então houve um ganho de 3 kg. No
entanto, o aumento de peso no 1° trimestre não foi o esperado (até em torno de 12 semanas).
Se considerarmos que a idade gestacional é de 18 semanas e como não temos dados das semanas
IMC = 61
1,602 = 61
2,56 = 23,82
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Página 9 de 67
anteriores, vamos supor que Ana deveria ter ganhado 2,52 kg, pois seria 420 g por semana a partir do 2°
trimestre (13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª e 18ª semana), sendo assim, já ganhou cerca de 0,5 kg além do que deveria.
O importante é acompanhar e verificar se esse episódio se repetirá na próxima consulta e orientar.
Espero que você tenha entendido o passo a passo!
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
Você verá neste vídeo quais são as características do período gestacional e as particularidades da avaliação
física materna. Entenderá por que acompanhar o peso, assim como as medidas de circunferência de braço e
dobra cutânea tricipital podem determinar o desenvolvimento saudável do feto. Quando cuidamos da
nutrição da mãe, estamos automaticamente cuidando da nutrição do bebê na vida intrauterina.
 Saiba mais
Para saber mais como avaliar a curva de Atalah, acesse as orientações para a coleta e análise de dados
antropométricos em serviços de saúde do Ministério da Saúde, páginas 26 e 27.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Aula 2
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE GESTANTES
ADOLESCENTES
A adolescência por si só é um período repleto de mudanças fisiológicas e psíquicas, quando associamos
a adolescência à gestação, somamos dois momentos de grandes transformações.
26 minutos
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Olá, estudante!
A adolescência por si só é um período repleto de mudanças fisiológicas e psíquicas, quando associamos a
adolescência à gestação, somamos dois momentos de grandes transformações. Podemos considerar a
adolescente aquela que tem idade entre 10 e 19 anos. No Brasil, a gravidez na adolescência é considerada um
problema de saúde pública, sendo a maior taxa de adolescentes grávidas da América Latina. Além disso, a
maior taxa de mortes de adolescentes está relacionada aos problemas oriundos das condições da gestação e
do parto.
Infelizmente, não há consenso sobre como avaliar o estado nutricional de gestantes adolescentes e a
recomendação atual é a utilização das mesmas referências utilizadas para a gestante adulta, no entanto,
interpretar os dados da antropometria de forma flexível é uma recomendação.
Com o aprendizado adquirido nesta aula, você será capaz de, a partir da antropometria, avaliar o estado
nutricional de gestantes adolescentes e acumular conhecimentos para sua vida profissional.
Vamos lá? 
CARACTERÍSTICAS DA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência inicia-se aos 10 anos e vai até os 19
anos, 11 meses e 29 dias. É uma fase de intensas transformações de ordem biológica e psíquica, repleta de
indefinições, incertezas e inseguranças (BRASIL, 2011; BRASIL, 2021).
A gravidez na adolescência está relacionada a fatores como educação, saúde, indicadores socioeconômicos e
desigualdades, e o principal fator de risco é a desinformação sobre planejamento familiar e sexualidade, mas
além desses ainda podemos citar (PACHECO, 2008):
• Maturação sexual precoce.
• Vida sexual iniciada mais cedo.
• Fragilidade da tutela familiar.
• Deficiência dos serviços de saúde no atendimento.
• Perspectiva de um “projeto de vida” por meio da gravidez – mãe e dona de casa. 
No Brasil, nascem cerca de 434 mil bebês de mulheres adolescentes, a taxa é de 68,4 nascimentos por 1.000
adolescentes, a maior taxa da América Latina, desses 68,4 bebês, 15,3 morrem. Um outro problema é a
mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, cuja principal causasão as condições gestacionais e de parto,
possuindo as adolescentes cinco vezes mais chances de morrer se comparado às mulheres adultas
(PACHECO, 2008; BRASIL, 2021; SANTOS et al., 2022).
As consequências da gravidez na adolescência são o abandono escolar multiparidade, ou seja, elevado
número de gestações com espaçamento curto entre uma gestação e outra, elevado abandono e desamparo
da criança. Além disso, é comum que os bebês de mães adolescentes tenham baixo peso e a morte dos
bebês nos primeiros 28 dias de nascimento é 3 vezes maior se comparado às mães adultas, e a morte
durante o primeiro ano de vida é 1,5 vez maior (ABREU; VITALLE, 2008).
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Em relação à nutrição, a gestação é um momento de intensas transformações físicas e metabólicas, assim
como na adolescência e, por isso, a gestação na adolescência é desafiadora. É sabido que um ganho de peso
total insuficiente ou excessivo pode resultar em condições desfavoráveis à saúde da mãe e do bebê. Parto
prematuro, baixo peso ao nascer, retardo do crescimento fetal e pré-eclâmpsia são consequências de um
ganho de peso inadequado, no entanto, não existem estudos suficientes para esse público (SANTOS et al.,
2022).
Diante dos dados, você pôde perceber que o número de adolescentes gestantes é bastante alto e, por isso, o
cuidado com essas futuras mamães é tão importante. Uma forma de garantir uma evolução positiva da
gestação na adolescência é garantir um aporte nutricional adequado e, para isso, você deverá saber quais as
necessidades nutricionais da gestante adolescente que só é possível a partir da antropometria.
Antigamente, adolescentes que não haviam completado 2 anos após a primeira menstruação (menarca),
tinham seu IMC classificado a partir das curvas propostas para adolescentes da Organização Mundial de
Saúde de 2007, mas atualmente, e conforme já mencionado, não existe consenso para antropometria de
adolescentes gestantes, por isso, devem ser utilizados os mesmos pontos de corte utilizados para gestantes
adultas, de acordo com o Institute of Medicine (2009). 
ANTROPOMETRIA DA GESTANTE ADOLESCENTE
Para a classificação do IMC e para a determinação do ganho de peso total da adolescente gestante, devem
ser utilizados os mesmos indicadores utilizados para mulheres adultas, mesmo quando consideramos as
adolescentes com menos de 2 anos após a menarca. As adolescentes que engravidam com menos de 2 anos
após a menarca devem ter sua altura aferida a cada consulta, pois estão em fase de crescimento e, assim, o
IMC deve ser ajustado, logo o ganho de peso também. 
Esses 2 anos são considerados, pois a fertilidade completa ocorre após 2 anos da menarca. Uma adolescente
gestante de 15 anos que teve a menarca aos 11 anos tem grandes chances de apresentar menores riscos
gestacionais se compararmos a uma gestante que teve a sua menarca aos 14 anos (IOM, 2009; BRASIL, 2011).
Ao classificar o IMC das adolescentes gestantes, espera-se que, naturalmente, sejam classificadas em
categorias menores do IMC e, consequentemente, deverão ganhar mais peso ao longo da gestação. É comum
que gestantes adolescentes ganhem em torno de 14,6 a 18 kg durante a gestação com parto a termo (parto
entre a 39ª semana e a 41ª semana) (IOM, 2009).
Os parâmetros antropométricos para avaliação do estado nutricional da gestante adolescente são:
• Peso.
• Altura.
• IMC.
• Curva de Atalah (1997).
Vale ressaltar que o acompanhamento da gestante adolescente deve ser flexível no que tange à interpretação
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dos dados e tanto o peso como a altura devem seguir os protocolos adequados para aferição.
Para avaliação inicial deve ser considerado o IMC pré-gestacional, ou seja, considerar o peso antes da
gestação ou o peso referente ao primeiro trimestre e aplicar a fórmula do IMC 
e classificar o resultado de acordo com IOM (2009):
• Baixo-peso: 30.
Baseado no resultado do IMC pré-gestacional, deve ser determinado o ganho de peso total durante a
gestação:
Tabela 1 - Ganho de peso total durante a gestação
Fonte: adaptada de IOM (2009, p. 2).
Para os atendimentos posteriores, deve-se utilizar o peso atual e a idade gestacional e atentar-se para a curva
de Atalah (1997) (Figura 1). No caso de gestantes adolescentes, a curva de Atalah é imprescindível no
acompanhamento e o traçado da curva deve ser ascendente, como mostrado na Figura 2. A adolescente
gestante deve ser tratada como de risco nutricional, devendo aumentar o número de visitas ao
Estabelecimento de Assistência à Saúde (BRASIL, 2011).
A utilização da curva de Atalah (1997) exige o conhecimento da idade gestacional, que deve ser calculada a
partir da DUM (Data da Última Menstruação) ou a partir de dados fornecidos por exames de ultrassonografia.
Utilizando-se a DUM, basta a partir da data informada contar semana a semana, resultados que se
apresentarem com casa decimal (ex. 13 semanas e 3 dias) devem ser arredondados para mais ou menos (ex.
13 semanas e 1, 2 ou 3 dias será considerada 13 semanas, e 13 semanas e 4, 5 ou 6 dias será considerada 14
IMC= peso pré-getacional
altura2
IMC pré-
gestacional IMC
Ganho de peso total
(kg)
Ganho de peso semanal – 2° e 3°
trimestre
Baixo peso 30 5 - 9 220 g (170 a 270 g)
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semanas).
Infelizmente, a falta de referências para adolescentes gestantes pode representar um desfecho negativo,
visto que alguns estudos apontam sobre o risco da retenção de peso pós-parto na idade adulta (IOM, 2009).
Figura 1 - Curva de Atalah
Fonte: Brasil (2011, p. 28).
Figura 2 - Curva de acompanhamento do estado nutricional de gestante
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Fonte: Brasil (2011, p. 27).
ANTROPOMETRIA DA GESTANTE ADOLESCENTE NA PRÁTICA
Olá, estudante! 
Depois de entender que a antropometria da gestante adolescente é semelhante à da gestante adulta, com
algumas importantes particularidades, vamos praticar?
Considere uma adolescente gestante de 16 anos que apresenta os seguintes dados:
•  Altura: 1,58 m 
•  Peso pré-gestacional: 45 kg
•  DUM 05/12/2022
•  Data da 1ª consulta: 15/03/2023
•  Peso na 1ª consulta: 49 kg
•  Data da 2ª consulta: 20/04/2023
•  Peso na 2ª consulta: 52 kg
Para apresentar o diagnóstico nutricional dessa gestante, assim como determinar o ganho de peso e realizar
o acompanhamento gestacional, você deverá seguir os seguintes passos:
1° Passo: determinar o IMC pré-gestacional.
IMC= 45
1,582 = 45
2,4964 = 18,03
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2° Passo: classificar o IMC de acordo com a Tabela 1.
Classificação: Baixo peso
3° Passo: determinar o ganho semanal e total de peso de acordo com a Tabela 1.
Ganho total de peso total: 12,5 a 18 kg
Ganho semanal de peso (a partir do 2º trimestre): 440 a 580 g/semana
4° Passo: calcular a idade gestacional a partir da DUM:
Data da 1ª consulta: 15/03/2023
DUM: 05/12/2022
Tendo em mãos um calendário, contar semana a semana a partir da DUM.
Idade gestacional: 14 semanas e 2 dias, de acordo com a regra de arredondamento: 14 semanas.
Data da 2ª consulta: 20/04/2023
Idade gestacional: 19 semanas e 3 dias = 19 semanas
5° Passo: calcular o IMC a cada consulta
Data da 1ª consulta: 15/03/2023
Peso: 49 kg
Altura: 1,58 m
Idade gestacional: 14 semanas
Data da 2ª consulta: 20/04/2023
Peso: 52 kg
Altura: 1,59 m
Idade gestacional: 19 semanas
6° Passo: inserir os dados na curva de Atalah (1997) em cada consulta:
Figura 3 - Curva de Atalah
IMC= 49
1,582 = 49
2,4964= 19,6
IMC= 52
1,592 = 52
2,5281 = 20,6
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Fonte: adaptada de Brasil (2011, p. 28).
7° Passo: Avaliar o traçado da curva:
O traçado está ascendente, o que é adequado, no entanto, espera-se que ela ultrapasse a linha que separa o
baixo peso do peso adequado.
8° Passo: avaliar o ganho de peso total (GPT):
O ganho de peso total recomendado para essa paciente é de no máximo 18 kg, estando dentro do
estabelecido.
9° Passo: acompanhar o Ganho de Peso Semanal (GPS), considerar a partir do 2° trimestre (a partir da 14ª
semana).
Sabendo que a gestante está na última consulta com 19 semanas e na consulta anterior com 14 semanas,
considerar o peso final de 52 kg e o peso de 49 kg, correspondente a 14ª semana, e dividir por 5 semanas
(19sem − 14sem = 5 semanas)
GPT = 52 − 45 = 7kg
GPS = 52-49
5 =0,6 kg ou 600g/semana
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De acordo com o ganho de peso determinado, essa paciente deveria ganhar até 580 g/semana. Podemos
considerar que está dentro do estabelecido, visto que ainda está classificada como baixo peso e a diferença
do recomendado para o realizado foi de apenas 20g.
A cada consulta, essa gestante deve ser acompanhada, lembrando que a aferição de altura deve ser realizada
por estar em fase de crescimento.
Espero que o aprendizado possa contribuir para a sua formação e atuação profissional! 
VÍDEO RESUMO
Neste vídeo você conhecerá as particularidades da gestação na adolescência, entenderá que é um problema
de saúde pública no Brasil e que a causa de mortes de adolescentes está na maioria das vezes relacionada a
problemas relacionados à gestação e ao parto.
No que tange à nutrição, você perceberá que a avaliação do estado nutricional de gestantes adolescentes é
muito similar à da gestante adulta e conhecerá o passo a passo para realizar a antropometria da gestante
adolescente. 
 Saiba mais
Conheça a Caderneta da Gestante proposta para 2023. Verifique as páginas de 18 a 22, que
compreendem o acompanhamento antropométrico da gestante.
INTRODUÇÃO
Aula 3
 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE LACTENTES E
CRIANÇAS
O lactente é a criança menor de 2 anos que além de medidas triviais, apresenta a particularidade da
aferição do perímetro cefálico, importante indicador do desenvolvimento do sistema nervoso, medida
essa que deve ser monitorada por 24 meses.
26 minutos
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Olá, estudante!
O lactente é a criança menor de 2 anos que além de medidas triviais, apresenta a particularidade da aferição
do perímetro cefálico, importante indicador do desenvolvimento do sistema nervoso, medida essa que deve
ser monitorada por 24 meses. O peso e a estatura são aferições necessárias para acompanhamento dos
indicadores de Peso para Idade (P/I), Peso para Estatura (P/E), Estatura para Idade (E/I) e IMC/I até os 10 anos
de idade, sendo que o P/E deve ser utilizado somente até os 5 anos de idade.
Além desses indicadores, as Dobras Cutâneas Tricipital e Subescapular e a Circunferência de Braço são
indicações complementares até os 5 anos de idade. E dos 5 aos 10 anos, indica-se acrescentar a
Circunferência Abdominal.
Todos os indicadores têm por base as curvas de crescimento propostas pela Organização Mundial de Saúde
em 2006 e 2007.
Vamos começar?
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE 0 A 10 ANOS DE IDADE
Lactente é a criança de 0 a 2 anos que está em regime de aleitamento materno ou aleitamento artificial.
Nessa fase os fatores ambientais e nutricionais são os relacionados ao crescimento da criança e o peso
(Figura 1), a estatura (Figura 3) e o perímetro cefálico (PC) (Figura 5) são as principais aferições de
monitoramento (SBP, 2021). 
A criança deve ser pesada com o mínimo possível de roupa, deve ser posicionada deitada de costas para o
medidor da balança. Após 2 anos de idade o peso da criança (Figura 2) deve ser mensurado, assim como
adulto, em balança plataforma com pouca roupa, pés unidos, corpo ereto (BRASIL, 2011). 
Para a aferição da estatura deve ser utilizado um antropômetro, a criança deve estar deitada, sem adornos na
cabeça e os braços devem ficar ao longo do corpo, a cabeça deve estar encostada na parte fixa e os pés a 90°
devem estar encostados no cursor. Após 2 anos de idade a criança deve ficar em pé, ereta, com os braços ao
longo do corpo (Figura 4) (SBP, 2021). 
Para aferição do perímetro cefálico, a fita métrica deve estar posicionada na parte posterior mais
proeminente do crânio e na parte da frente da cabeça (testa) (SBP, 2021). 
A partir dos dados de peso e altura são utilizados os seguintes indicadores (BRASIL, 2011):
• Peso para idade(P/I) – é um indicador que avalia o estado nutricional da criança de forma global, sem
diferenciar possíveis alterações nutricionais anteriores.
• Peso para estatura (P/E) – utilizado para avaliar as discrepâncias de peso, seja pelo baixo peso ou excesso
de peso.
• Estatura para idade (E/I) – utilizado para avaliar o estado nutricional pregresso da criança, ou seja,
problemas nutricionais crônicos.
• IMC para idade (IMC/I) – utilizado para a identificação de excesso de peso.
IMC = Peso
Estatura2
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• Perímetro cefálico (PC) – avalia o crescimento do sistema nervoso nos dois primeiros anos de vida. É uma
medida muito importante no acompanhamento de bebês prematuros.
Quandro 1 - Indicadores antropométricos de acordo com a idade
Fonte: SBP (2021, p. 66).
Os indicadores de P/I, P/E, E/I e IMC/I permanecem até 10 anos de idade, com exceção do P/E. A aferição de
dobras cutâneas tricipital e subescapular, circunferência abdominal e circunferência de braço, são medidas
antropométricas complementares indicadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2021) e WHO (2007). 
• Dobra Cutânea Tricipital e Subescapular
É um marcador importante para avaliar a gordura subcutânea e o risco para doença cardiovascular (VITOLO,
2015)
• Circunferência Abdominal
Deve ser medida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca superior (Figura 6) e reflete a
adiposidade. É uma medida relacionada ao risco cardiometabólico (perfil lipídico, hipertensão arterial,
resistência à insulina) (VITOLO, 2015).
• Circunferência de Braço
É uma medida recomendada para avaliação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos, de modo
complementar ou quando não há possibilidade de aferição de peso e altura (VITOLO, 2015).
Figura 1 - Aferição do peso de 2 anos
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Fonte: SBP (2021, p. 40).
Figura 3 - Medida de estatura 2 anos
Fonte: Brasil (2011, p. 37).
Figura 5 | Aferição de perímetro cefálico
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Fonte: Freepik.
Figura 6 - Aferição de circunferência abdominal a partir de 5 anos
Fonte: SBP (2021, p. 46).
Outro ponto importante é a precisão da idade da criança, visto ser importante para a análise dos indicadores.
Sendo assim, se uma criança que nasceu em 10/12/2022 e foi a uma consulta em 27/04/2023 a sua idade
precisa será:
• 4 meses e 17 dias = 5 meses, pois se fosse até 15 dias o resultado seria 4 meses. Então, de 0 a 15 dias
arredonda-se para baixo, de 16 dias em diante arredonda-se para cima.
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE 0 A 10 ANOS DE IDADE
Os dados antropométricos não trazemmuitas informações se não forem corretamente analisados e
interpretados, por isso, ao aferir peso, altura, perímetro cefálico, circunferência de braço e dobras cutâneas
será necessário interpretar os dados.
Interpretação das aferições
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Perímetro Cefálico – Crianças de 0 a 2 anos
1° Passo – Identificar em qual z-score a criança se encontra, Anexo 1 ou 2.
2° Passo – Interpretar conforme o Quadro 2.
• Utilização de medidas padrão: sugere-se utilizar medidas padrão (colher, xícara). 
Quadro 2 - Ponto de corte para perímetro cefálico de crianças de 0 a 2 anos
Fonte: Brasil (2017 p. 31).
Peso para Idade – Crianças de 0 a 10 anos
1° Passo – Identificar no Anexo 3, 4, 5 ou 6 em qual z-score a criança se encontra, de acordo com peso e
idade.
2° Passo – Ao identificar o z-score, interpretar os dados conforme Quadros 3 e 4.
Peso para Estatura – Crianças de 0 a 5 anos
1° Passo – Identificar o percentil ou z-score em que a criança se encontra, baseado nos dados de peso e
estatura – Anexo 7 ou 8.
2º Passo – Interpretar os dados conforme Quadro 3.
Estatura para idade – Crianças de 0 a 10 anos
1° Passo – Identificar o z-score que a criança se encontra – Anexo 9, 10, 11 ou 12.
2° Passo – Interpretar os dados de z-score conforme Quadros 3 e 4.
IMC para idade – Crianças de 0 a 10 anos
1° Passo – Calcular o IMC.
2° Passo – Identificar em qual z-score a criança se encontra – Anexo 13, 14, 15 ou 16. 
3º Passo – Interpretar os dados de z-score conforme Quadros 3 e 4.
Quadro 3 | Interpretação dos indicadores antropométricos para crianças de 0 a 5 anos
z-score Interpretação
+2 z-score Suspeita de macrocefalia
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Fonte: Brasil (2011, p. 17).
Quadro 4 - Interpretação dos indicadores antropométricos para crianças de 5 a 10 anos
Fonte: Brasil (2011, p. 18).
Circunferência Abdominal (CA) – Crianças de 5 a 10 anos
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica o percentil 90 (P90) como ponto de corte para avaliação da CA,
pois está relacionado com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
1° Passo – Aferir a CA.
2° Passo – Identificar se a criança está acima do P90 de acordo com o Quadro 5.
3° Passo – Interpretar o resultado.
Dobra cutânea tricipital (DCT) e subescapular (DCSE) – Crianças de 3 meses a 5 anos 
1° Passo – Aferir a DCT e DCSE.
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2° Passo – Identificar em qual o percentil a criança se encontra, no Anexo 19 ou 20.
3° Passo – Interpretar o dado com base no Quadro 6.
Circunferência de Braço (CB) – Crianças de 3 meses a 5 anos
1° Passo – Aferir a CB.
2° Passo – Verificar em qual percentil a criança se encontra, Anexo 17 ou 18.
3° Passo – Classificar de acordo com o Quadro 7.
Quadro 5 - Ponto de corte para circunferência abdominal
Fonte: SBP (2021, p. 96).
Quadro 6 - Interpretação do indicador de DCT e DCSE
Fonte: Vitolo (2015, p. 182).
Quadro 7 - Interpretação do indicador CB
Dobras Cutâneas Percentil Classificação
Tricipital e Subescapular P≥95 Excesso de adiposidade
P5 a P95 Normalidade
≤P5 Baixa adiposidade
Percentil Classificação
CB P5 a P95 Normalidade
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Fonte: Vitolo (2015, p. 181).
Anexos – curvas de crescimento
Anexo 1 - Perímetro cefálico – meninas de 0 a 2 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 2 - Perímetro cefálico – meninos de 0 a 2 anos
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Fonte: WHO (2006).
Anexo 3 - Peso para idade – meninas de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 4 - Peso para idade – meninos de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 5 - Peso para idade – meninas de 5 a 10 anos
Fonte: WHO (2007).
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Anexo 6 - Peso para idade meninos de 5 a 10 anos
Fonte: WHO (2007).
Anexo 7 - Peso para estatura – meninas de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 8 - Peso para estatura – meninos de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 9 - Altura para idade – meninas de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 10 - Altura para idade – meninos de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 11 - Altura para idade – meninas de 5 a 19 anos
Fonte: WHO (2007).
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Anexo 12 - Altura para idade – meninos de 5 a 19 anos
Fonte: WHO (2007).
Anexo 13 - IMC para idade – meninas 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 14 - IMC para idade – meninos de 0 a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 15 - IMC para idade – meninas de 5 a 19 anos
Fonte: WHO (2007).
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Anexo 16 | IMC para idade – meninos de 5 a 19 anos
Fonte: WHO (2007).
Anexo 17 | Circunferência braço – meninas de 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 18 - Circunferência braço – meninos de 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 19 - Dobra cutânea tricipital – meninas 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 20 - Dobra cutânea tricipital – meninos de 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
Anexo 21 - Dobra cutânea subescapular – meninas de 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
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Anexo 22 - Dobra cutânea subescapular – meninos de 3 meses a 5 anos
Fonte: WHO (2006).
ANTROPOMETRIA DO LACTENTE E DA CRIANÇA NA PRÁTICA
Depois de conhecer todas as referências e como interpretar os indicadores antropométricos do lactente e da
criança, vamos à prática?
Criança menor de 5 anos
Considere uma criança do sexo feminino, nascida em 03/01/2023, que foi atendida no ambulatório em
05/05/2023, apresentando os seguintes dados antropométricos:
•  Idade: 4 meses e 2 dias = 4 meses
•  Peso: 6,8 Kg
• Estatura: 63 cm ou   
• 
• Perímetro Cefálico: 40,3 cm
• Circunferência de Braço: 13,5 cm
• Dobra Cutânea Tricipital: 10 mm
• Dobra Cutânea Subescapular: 8 mm
Interpretação dos Indicadores Antropométricos
Perímetro Cefálico 
63
100 = 0,63m
IMC = 6,8
0,632 = 6,8
0,3969 = 17,13
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1° Passo – Utilizar a curva disponível no Anexo 1 e encontrar em qual z-score a criança se encontra: Z-score =
entre 0 e -1 (Figura 7).
2° Passo – Interpretar o resultado de acordo com o Quadro 2: Medida normal
Figura 7 - Exemplo de apontamento do Indicador Perímetro Cefálico na curva
Fonte: adaptada de WHO (2006).
Peso para Idade
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 3) do mesmo modo realizado para a identificação
do perímetro cefálico: Z-score entre 0 e 2.
2° Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 3: Peso adequado para idade.
Peso para Estatura
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 7): z-Score entre 0 e 1.
2° Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 3: Risco de sobrepeso.
Estatura para Idade
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1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 9): Z-score = 0.
2º Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro3: Estatura adequada para idade.
IMC para idade
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 13): Z-score entre 0 e 1.
2º Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 3: Risco de sobrepeso.
Circunferência de Braço
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 17): entre P15 e P50.
2º Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 6: Normalidade.
Dobra Cutânea Tricipital
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 19): entre P50 e P85.
2º Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 6: Normalidade.
Dobra Cutânea Subescapular
1° Passo – Identificar a posição da criança na curva (Anexo 21): entre P50 e P85.
2º Passo – Interpretar o indicador conforme o Quadro 6: Normalidade.
Depois de interpretados os dados verifica-se que essa criança apresenta risco de sobrepeso quando
avaliados o P/E e o IMC/I, por isso, a cada consulta deve ter atenção a esse aspecto. 
Criança acima de 5 anos
Considere uma criança do sexo masculino, nascida em 25/03/2016 e atendida em um ambulatório em
14/04/2023, apresentando os seguintes dados antropométricos:
Idade: 7 anos
Peso: 22,5 kg
Atura: 125 cm
Circunferência Abdominal: 56 cm
Interpretação de Indicadores
Peso para idade
Z-score (Anexo 6): entre 0 e 1
Interpretação do indicador (Quadro 4): peso adequado para a idade.
Estatura para idade
Z-score (Anexo 12): entre -1 e 0
Intepretação do indicador (Quadro 4): estatura adequada para a idade.
IMC para idade
Z-score (Anexo 16): entre -2 e 0
Interpretação do indicador (Quadro 4): eutrofia.
Circunferência Abdominal
Valor aferido: 56 cm
Interpretação (Quadro 5): valor
IMC = 22,5
1,252 = 22,5
1,5625 = 14,4
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Essa criança está eutrófica de acordo com os indicadores.
Lembre-se que a aplicação das curvas de crescimento é a ferramenta base para interpretação dos
indicadores, não deixe de utilizá-la.
Espero que o conhecimento adquirido nesta aula seja muito proveitoso para você!
VÍDEO RESUMO
Neste vídeo você conhecerá as particularidades e os indicadores específicos para crianças de 0 a 5 anos e
para crianças de 0 a 10 anos. Entenderá como devem ser preenchidas as curvas de crescimento propostas
pela Organização Mundial de Saúde em 2006 e em 2007 e também aprenderá como interpretar os dados
encontrados através das aferições de medidas indicadas para cada faixa etária.
Vamos lá?
 Saiba mais
A Organização Mundial de Saúde disponibiliza um aplicativo (WHO Anthro Software) para download que
você pode utilizar para inserir os dados e ele se encarrega de gerar a curva com base nos indicadores
para crianças de 0 a 5 anos. Você pode encontrá-lo clicando no link a seguir:
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Child growth standards: software. 
Você também pode encontrar todas as curvas de crescimento indicas pela OMS sobre os pontos abaixo:
•  Crianças até 5 anos.
•  Crianças de 5 a 10 anos. 
INTRODUÇÃO
Aula 4
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADOLESCENTES
A antropometria é fundamental para as decisões nutricionais e os indicadores antropométricos na
adolescência levam em consideração o peso, a estatura, as dobras cutâneas tricipital e subescapular e a
circunferência abdominal.
33 minutos
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Olá, estudante!
A fase da adolescência (≥10 anos eas seguintes medidas e/ou indicadores:
• Peso.
• Estatura.
• Circunferência abdominal.
• Dobra cutânea tricipital.
• Dobra cutânea subescapular.
• Maturação sexual.
Estatura para idade
O indicador Estatura para Idade (E/I) também é recomendado para adolescentes, pois avalia o crescimento
linear, ou seja, avalia o estado nutricional passado ou crônico. Com os dados de idade e estatura, é
necessário interpretá-los incluindo-os na curva (Figura 1) e analisando (Quadro 1).
Figura 1 | Indicador de altura para idade – meninos de 5 a 19 anos.
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Fonte: WHO (2007).
Figura 2 - Indicador de altura para idades - meninas de 5 a 19 anos
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Fonte: WHO (2007).
Quadro 1 - Ponto de corte de estatura para idade
Fonte: Brasil (2011 p. 20).
Índice de Massa Corporal – IMC para idade
O cálculo do IMC está baseado nos dados de peso e altura e na aplicação da fórmula:
Tendo o IMC em mãos é necessário saber onde o adolescente está localizado na Curva de Crescimento –
IMC/Idade (WHO, 2007). Para isso, basta encontrar o respectivo IMC à direita ou à esquerda do gráfico e
traçar uma linha na horizontal até encontrar com a idade (na parte inferior do gráfico), traçando uma linha
vertical.
Valores críticos Diagnóstico nutricional
 Percentil 3 e Percentil 85 e Percentil 97 ≥ Escore-z +1 e Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9 ≥ Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave
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Observando o Quadro 2, podemos concluir que o menino de 16 anos que apresentou um Z-score entre +1 e
+2 (Figura 5) apresenta-se com sobrepeso.
Circunferência Abdominal
Depois de realizada a aferição da medida, deve-se observar na Tabela 1 se ela é maior ou menor que o
percentil 90 (P90) e classificar conforme Quadro 3.
Tabela 1 - Percentis de circunferência abdominal de adolescentes
Fonte: SBP (2021, p. 96).
Quadro 3 - Ponto de corte para circunferência abdominal
Fonte: Freedmann (1999 apud MUSSOI, 2015, p. 97).
Dobras Cutâneas: Tricipital (DCT) e Subescapular (DCSE)
O Quadro 4 apresenta o modo de medição das dobras cutâneas:
Sexo Excesso de adiposidade abdominal Sem excesso de adiposidade abdominal
Masculino >P90 P90meninos e 30% para meninas (VITOLO, 2015).
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE NA PRÁTICA
Depois de conhecer os indicadores que compõem a antropometria do adolescente, vamos compreender
como aplicar?
Um adolescente negro do sexo masculino foi atendido em uma clínica de nutrição e a nutricionista, ao iniciar
a avaliação nutricional desse adolescente, aferiu a altura, o peso, a circunferência abdominal e avaliou a
maturação sexual, anotando os seguintes dados:
• Idade: 15 anos
• Peso: 55 kg
• CA: 88 cm
• Estatura: 1,62 m
• DCT: 15 mm
Masculino 10-12 8,6% 29,9% 35,1% 39%
13-15 8,4% 27,6% 33,5% 37,7%
Feminino 10-12 9,5% 28,1% 35,4% 37,3%
13-15 11,4% 29,2% 35,4% 37,1%
Percentis Classificação - % gordura
P90
de acordo com a tabela 1, apresentando, assim, excesso de gordura abdominal, conforme Quadro 3.
É sabido que esse adolescente encontra-se no estágio G5P5 (Figuras 6 e 7) e, de acordo com a classificação da
IMC = 55
1,622 = 55
2,6244 = 20,96kg/m2
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maturação sexual (Quadro 5), ele é considerado pós-púbere. Com essa informação foi possível calcular a %
de gordura corporal a partir da equação proposta no Quadro 6. Vale ressaltar que a somatória das dobras
cutâneas é 42 ( ), por isso, a nutricionista da clínica precisou atentar-se à escolha da equação, como segue:
De acordo com o Quadro 7, esse adolescente está localizado entre o P85 e P95, logo a sua % de gordura é
Moderadamente Elevada (Quadro 8).
Todos os indicadores foram avaliados E/I, IMC/I, CA, Estágio de Maturação Sexual e % de gordura corporal, o
que possibilitou o diagnóstico nutricional.
Diagnóstico nutricional: embora o adolescente apresente IMC classificado como eutrófico, é importante
saber que o IMC em crianças e adolescentes é utilizado especialmente para diagnóstico de excesso de peso e
magreza e não é capaz de informar a composição corporal, por isso, a CA e % de gordura corporal são dados
importantes e que no caso em questão apontou para a presença de gordura abdominal acima do esperado e
% de gordura corporal moderadamente elevada. No caso desse adolescente, é importante o
acompanhamento para que ele não desenvolva sobrepeso/obesidade e doenças crônicas não transmissíveis.
Os indicadores antropométricos norteiam as decisões nutricionais e têm caráter preventivo no caso de
adolescentes.
Bons estudos!
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante!
Neste vídeo você conhecerá as particularidades e os indicadores específicos para adolescentes. Entenderá
como devem ser preenchidas as curvas de crescimento dos indicadores, Estatura para Idade e IMC para
Idade, propostas pela Organização Mundial de Saúde em 2007, e também aprenderá como interpretar os
dados encontrados através das aferições de medidas indicadas para cada faixa etária.
Vamos lá? 
 Saiba mais
A Organização Mundial de Saúde disponibiliza um aplicativo (WHO AnthroPlus Software) para download
que você pode utilizar para inserir os dados de Estatura e Idade de adolescentes e ele se encarrega de
gerar a curva com base nos indicadores de E/I e IMC/I para idade. Você pode encontrá-lo clicando no link
a seguir:
%G  =  0,783  (DCTR  +  DCSE)  +  1,6
%G  =  0,783  (42)  +  1,6
%G  =  32,87  +  1,6
%G  =  34,49%
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WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Growth reference data for 5-19 years: application tools.
2009. 
Você também pode encontrar todas as curvas de crescimento indicadas para adolescentes.
ANTROPOMETRIA: DA GESTAÇÃO À ADOLESCÊNCIA
Olá, estudante!
Neste momento você verificará conceitos e aplicações aprendidas, você viu nessas unidades que para
qualquer faixa etária desde a gestação até a adolescência existem aferições antropométricas que são
comuns, como peso e altura/estatura. Além disso, essas duas aferições são fundamentais para o cálculo de
Índice de Massa Corporal, que é uma forma rápida e barata de proceder a avaliação nutricional de um
indivíduo. 
O IMC não é a única forma, até porque, não leva em consideração a composição corporal, ou seja, não
considera o quanto do peso é gordura ou músculo, por isso, medidas de dobras cutâneas são tão
importantes.
No período gestacional, as aferições de peso e altura, você utilizará para calcular o IMC e determinar o ganho
de peso gestacional, além disso, você deverá transpor os dados de IMC na curva de Atalah, para
acompanhamento do ganho de peso da gestante. O traçado nessa curva deverá ser ascendente, indicando
que a gestante está ganhando peso. Cabe a você avaliar se o ganho de peso está dentro ou fora do esperado,
a partir da previsão realizada. 
A antropometria da gestante adolescente segue os mesmos parâmetros da gestante adulta, a única diferença
de protocolo é para gestantes adolescentes que engravidaram antes de finalizar os 2 anos após a menarca,
que deverão ter a altura aferida a cada consulta.
Já lactentes e crianças até 5 anos devem ter peso e altura aferidos e IMC calculado, esses dados devem ser
analisados a partir dos indicadores de peso para idade (P/I), peso para estatura (P/E), estatura para idade (E/I)
e IMC para idade (IMC/I). Para proceder a análise desses indicadores, você deverá utilizar as curvas de
crescimento propostas pela Organização Mundial de Saúde de 2006. Até 2 anos de idade a medida de
perímetro cefálico (PC) também é exigida. A partir de 5 até 10 anos de idade, exclui-se apenas o indicador de
Aula 5
ANTROPOMETRIA: DA GESTAÇÃO À ADOLESCÊNCIA
34 minutos
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peso para estatura (P/E), mantendo a análise dos outros.
A aferição de dobras cutâneas tricipital e subescapular, circunferência abdominal e circunferência de braço
(menores de 5 anos), são medidas antropométricas complementares indicadas pela Sociedade Brasileira de
Pediatria.
A adolescência é uma fase de intensas mudanças de ordem física, biológica, psicológica e endócrina e a
maturação sexual é uma característica dessa fase, devendo ser analisada. Peso, altura, cálculo do IMC e a
utilização das curvas de crescimento também são utilizados para avaliação nutricional desse período da vida,
além dessas, a partir das medidas de dobra cutânea tricipital e subescapular você calculará a porcentagem de
gordura corporal. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sugere a medida de circunferência abdominal para
avaliação do risco de alterações do perfil lipídico e doenças cardiovasculares.
Com esses conhecimentos, você é capaz de efetuar o diagnóstico nutricional nas fases de gestação, infância e
adolescência.
REVISÃO DA UNIDADE
Olá, estudante!
Neste vídeo você poderá rever como a antropometria é composta em cada fase da vida, ou seja, todas as
aferições necessárias para definição do diagnóstico e acompanhamento nutricional de gestantes, crianças e
adolescentes. Também relembrará quais são as referências utilizadas como ponto de corte para cada
período.
Vamos lá?
ESTUDO DE CASO
Olá, estudante!
Para tornar a sua aprendizagem ativa, imagineque você trabalha como nutricionista em um ambulatório de
especialidades com foco em nutrição materno-infantil e fará o atendimento de uma gestante e de seu filho de
6 anos de idade.
Na clínica em que atua, existe uma triagem antes do seu atendimento, que é realizada por estagiárias, ou
seja, elas devem pesar e aferir a altura dos pacientes, medir as dobras cutâneas, circunferência abdominal,
perímetro cefálico e todas as medidas que forem necessárias para a avaliação antropométrica, além de
anotarem dados como nome, data de nascimento e idade. É também responsabilidade das estagiárias
preencherem a ficha de pré-atendimento e encaminhar a você, para que possa dar sequência ao
atendimento.
A cada 2 meses ocorre o rodízio de estagiárias, sendo que as novas devem ser treinadas por você antes de
realizarem esse trabalho. Esse treinamento deve ser criterioso para que os dados coletados sejam fiéis à
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realidade. É comum que estagiárias mais antigas acompanhem as novatas nessa função. Nessa data está
iniciando, sob sua supervisão, três novas estagiárias e esta será uma oportunidade de treiná-las.
Para tanto, você orientará que confiram como proceder a antropometria, verifiquem que alguns protocolos
são comuns, tanto para o período gestacional como para infância, por exemplo, a aferição de peso e a altura.
Além disso, revisem quais as referências você deve utilizar para proceder o diagnóstico nutricional e
entendam que a idade da criança deve ser precisa e prevê arredondamento, se necessário, seguindo o
mesmo padrão de precisão para a idade gestacional.
Embora oriente as alunas como fazer, alguns dados você mesmo prefere definir como idade gestacional e
idade da criança.
A ficha de pré-atendimento preenchida por uma das alunas em estágio na triagem continha os seguintes
dados:
Gestante:
• Data da consulta: 15/05/2023
• DUM: 23/01/2023
• Idade: 25 anos
• Altura: 1,68 m
• Peso pré-gestacional: 62 kg
• Peso atual: 65 kg
Criança:
• Data da consulta: 15/05/2023
• Data de nascimento: 25/01/2017
• Peso: 38 kg
• Altura: 1,15 m
• Circunferência abdominal: 63 cm
Tendo em mãos os dados recebidos, você deverá aplicar seus conhecimentos para calcular, analisar tabelas e
curvas de crescimento e definir o diagnóstico nutricional, além de verificar se o trabalho das estagiárias está
de acordo com os protocolos.
 Reflita
Olá, estudante!
Lembre-se! Hoje três estagiárias estão iniciando e você deverá aproveitar o momento para treiná-las
quanto aos protocolos.
Neste momento você deverá elencar, de forma organizada, todos os conhecimentos referentes à
maneira adequada de aferição de altura, peso, dobras cutâneas e circunferência abdominal e de braço
para que possa acompanhar e instruir suas estagiárias, além disso, separar as referências (tabelas de
ponto de corte, curvas de crescimento e curva de acompanhamento gestacional), que serão a base do
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diagnóstico nutricional.
Não esqueça que o atendimento será realizado para uma gestante e para uma criança maior de 5 anos
de idade, sendo períodos da vida que apresentam particularidades nos indicadores antropométricos.
E, para que o diagnóstico seja feito, a aplicação dos dados em cálculos matemáticos será fundamental,
por isso, reúna os cálculos que devem ser resolvidos para cada fase e tente organizá-los de modo a
facilitar o seu trabalho.
Vamos lá? 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Olá, estudante!
Para instrução das estagiárias, informe que o Ministério da Saúde (MS) recomenda como indicadores
antropométricos no período gestacional o peso, a altura e o cálculo do IMC, no entanto, a aferição de dobra
cutânea tricipital e circunferência do braço são indicadas por algumas literaturas, pois trazem informações de
reserva de gordura e massa muscular e tem relação com baixo peso ao nascer. Já para crianças acima de 5
anos, os indicadores propostos pelo MS são peso, altura e cálculo do IMC. A Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP) ainda indica a medida da circunferência abdominal.
Você deverá informar o protocolo correto para a verificação de todas essas medidas e também explicar como
avaliar cada medida a partir de tabelas e curvas.
Conforme vai explicando às alunas, demonstre as medições na prática e aplique os cálculos, solicite que uma
das alunas anote os resultados na ficha de pré-atendimento, com base nos dados anotados proceda os
cálculos.
Gestante
Com base na contagem do calendário, a partir da DUM, a gestante está de 16 semanas (Figura 1).
Figura 1 - Calendário da semana gestacional
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Fonte: adaptada de Freepik.
A partir do cálculo do IMC, você obterá IMC pré-gestacional de 21,97 Kg/m2 e IMC atual de 23,03 Kg/m2,
ambos classificados como adequados. Ao tomar por base o IMC pré-gestacional, você determinará que o
ganho de peso total materno deve ser de 11,5 a 16 Kg durante toda a gestação e, a partir do 2° trimestre,
ganho semanal de 350 a 500 g. O IMC dessa gestante deve ser sinalizado na curva de Atalah para
acompanhamento do traçado de ganho de peso (Figura 2). As medidas da CB e da DCT devem ser aferidas
para comparação com as medições de consultas posteriores.
Figura 2 - Curva de Atalah
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Fonte: adaptada de Brasil (2011, p. 28).
A partir do peso atual e pré-gestacional, deverá determinar a quantidade de peso que essa gestante já
adquiriu, subtraindo do peso total o peso pré-gestacional. Perceba que essa gestante teve um ganho de peso
total de 3 Kg, no entanto, você não deve considerar ganho de peso até 13 semanas (1° trimestre) apenas a
partir do 2° trimestre (a partir de 14 semanas), sendo assim, pode supor que ela ganhou cerca de 1 kg por
semana (considerando a 14ª, 15ª e 16ª semana de gestação), estando acima do que propõe a referência.
Enfim, você deverá classificar essa paciente como eutrófica, com traçado ascendente na curva de Atalah, o
que indica ganho de peso. No entanto, atentar-se nas próximas consultas e acompanhar com atenção o
ganho de peso.
Criança
Quanto à criança, sua idade é de 6 anos, 3 meses e 19 dias, então 6 anos e 4 meses. Calculando o IMC você
terá o resultado de 28,73 Kg/m2 e quando aplicar o dado à curva de IMC para idade terá um z-score acima de
2, indicando obesidade. Os dados de peso e altura aplicados às respectivas curvas apresentarão P/I = z-score
> 3, A/I = z-score entre -1 e 0, indicando peso elevado para a idade e altura adequada para idade,
respectivamente. A circunferência abdominal está acima do ponto de corte (p>90) proposto pela SBP (2021).
Por fim, você fechará o diagnóstico nutricional dessa criança indicando obesidade e risco cardiometabólico. 
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Figura 1 - Antropometria nas fases da vida
RESUMO VISUAL
A seguir, você verá uma síntese dos conteúdos que foram vistos ao decorrer dos estudos.
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Aula 1
ATALAH SAMUR, E. et al. Propuesta de um nuevo estándar de Evaluación nutricional em embarazadas. Rev.
Med. Chile, [S. l.], v. 125, n. 12, p. 1429-1436, 1997.
AMORIM, A. R.; LACERDA, E. M. A.; KAC, G. Uso e interpretação dos indicadores antropométricos na avaliação
do estado nutricional de gestantes. In: KAC, G.; SICHIERI, R.; GIGANTE, D. P. (orgs.). Epidemiologia nutricional
[online]. Rio de
Janeiro: Editora FIOCRUZ/Atheneu, 2007. Disponível em: https://books.scielo.org/id/rrw5w/pdf/kac-
9788575413203-04.pdf. Acesso em: 6 abr. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações
para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde:

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