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doenças de suínos viroses Circovirose suína Sindrome multissistêmica do definhamento SMD. Circovírus Suíno Tipo 2 (PCV2) Não envelopados, Pequenos DNA circular fita simples Família Circoviridae Epidemiologia: •Lesões t. linfoides e imunossupressão •Variantes virais = correlação sinais clínicos + gravidade • Afeta Suídeos de 5 a 12 semanas idade •VT: horizontal (oronasal, fômites) e vertical (sêmen) •Morbidade – 70-80 % •Mortalidade – 4 – 30 % (morte em menos de 8 dias) •Sobreviventes = definhamento extremo – sem possibilidade recuperação •Rebanhos diferentes padrões sanitários •Doença multifatorial persistente – estresse!!!! + associação oportunistas Patogenia: 1Vírus infecta células de defesa - replica-se - células em divisão ativa 2Espalha-se pelo organismo - imunossupressão 3Infecta órgãos-alvo = lesões + agravamento do quadro clínico Sinais clínicos: Perda de peso, emaciação •Taquipneia, dispneia, tosse, respiração ofegante, pela boca •Icterícia •Diarreia •Aumento de linfonodos (inguinais e mesentéricos) •Lesões de pele - membros posteriores, região ventrocaudal - pápulas e placas avermelhadas •Distúrbios SN - tremores, convulsões, desordens locomotoras e prostração •Desordens reprodutivas – abortamentos, repetição cio •Morte súbita Lesões macro: !!!Emaciação, espinha dorsal marcada; linfoadenomegalia, consolidação pulmonar crânio-ventral, ausência de colabamento pulmonar, úlcera gástrica da pars oesophagea, atrofia serosa da gordura pericárdica; - Rins com manchas esbranquiçadas, atrofia hepática, fezes pastosas ou líquidas, serosite e colite fibrino-necrotizante, icterícia, necrose de linfonodo, pneumonia necrotizante, Lesões micro: -Tecido linfóide: depleção linfocitária, infiltrado inflamatório histiocitário, corpos de inclusão citoplasmáticos, células gigantes multinucleadas, necrose de coagulação multifocal. -Pulmão: pneumonia intersticial, broncopneumonia catarral-purulenta, pneumonia necrotizante - Fígado: hematoma subcapsular, laceração da cápsula com lesão em parênquima até destruição do parênquima. -outros: nefrite intersticial, colite linfoplasmocitária e colite fibrino-necrotizante. Diagnóstico: Sinais clínicos + lesões patológicas; Detecção de antígeno; Detecção de ácido nucléico (DNA); Diagnóstico indireto (anticorpos); IFI/imunoperoxidase indireta Controle: Não misturar leitegadas, usar o sistema all in/all out, eliminar os manejos traumáticos, vacinar as matrizes, reduzir a densidade de animais (n° de @/baia), separar animais doentes em baias diferentes. Doença de aujeszky (pseudoraiva) Doença de notificação obrigatória, família herpesviridae; ▪Brasil - descrição inicial em 1912 ▪Surtos esporádicos - MG, RJ, RS, SP ▪Década 1980 - criações intensivas SC, SP – destaque ▪2018 - Paraná ▪Infecção = elevada letalidade +prurido intenso ▪Suíno = hospedeiro natural e principal reservatório ▪Suínos infectados - portadores assintomáticos ▪Bovinos, caninos, felinos, ovinos, caprinos, leporinos - doença fatal. Epidemiologia ▪VE: secreções/excreções ▪VT: direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal) ▪Transmissão transplacentária (vertical), inseminação artificial (sêmen contaminado) ▪PE: oral/oronasal Patogenia: 1 Inalação – replicação células mucosas oronasais – tonsilas, pulmões = viremia 2 Vírus - gânglios - via linfática - SNC - nervos olfativos - bulbo olfativo + nervos glossofaríngeos - medula e bulbo raquidiano • SNC = disseminação centrífuga - demais órgãos 3 Suíno sobrevivente = vírus latente - gânglio trigêmeo • Reativação= baixa imunidade, estresse - transportes, outras doenças, parto, trocas na dieta, condições extremas, variações de temperatura e umidade Lesões: ❖+ comuns = SNC - congestão das meninges ❖Mucosa nasal, laringe e tonsilas = congestão + hemorragia Sinais clíncos: Faixa etária, estado imune do rebanho, via de infecção, cepa viral: Leitões-maternidade: febre (42ºC), apatia, anorexia, hipersalivação, sinais nervosos (tremores, convulsões, incoordenação de membros posteriores-posição de cão sentado, andar em círculos, pedalagem, decúbito, opistótono), pêlos eriçados, inapetência - morte 1-5 dias. Mortalidade pode chegar a 100%. Leitões-crescimento e terminação: febre (42ºC), apatia, anorexia, atraso no crescimento, sinais respiratórios (espirros, tosse, descarga nasal, dispneia). Sinais nervosos podem ser observados. Recuperação 5-10 dias. Mortalidade de 1-2%/> se houver infecções secundárias Reprodutores: febre (42ºC), anorexia, constipação, hipersalivação, falsa mastigação, agalaxia, infertilidade e sinais respiratórios (espirros, tosse, descarga nasal, dispneia). Mortalidade 1-2%. Matrizes infectadas na gestação: retorno ao cio, abortos, natimortos, fetos mumificados, nascimento de leitões fracos. Asselvajados:normalmente assintomáticos,podendo apresentar sinais respiratórios leves. Outros mamíferos: sintomatologia nervosa + prurido intenso + automutilação = “peste de coçar”- óbito 2-3 dias apósaparecimento dos sinais clínicos. Diagnóstico: Provas: detecção de anticorpos pelo ensaio de neutralização viral; detecção do DNA viral por PCR em tempo real; isolamento viral em linhagem celular DD: PSC, PSA, circovirose, pasteurelose, meningite estreptocócica, pneumonia enzoótica, raiva, leptospirose, hipoglicemia neonatal, outras doenças SN, S. respiratório, S. reprodutivo Controle: ❖MAPA – 2004 - Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS) = controle sanitário oficial - estabelecimentos de criação de suídeos - produção, reprodução, comercialização de suídeos e de material de multiplicação de origem suídea, bem como impedir a introdução de doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas já existentes no Brasil ❖ Brasil - vacina - controlada MAPA - somente permite o uso de vacinas marcadas antigenicamente e que não contém a glicoproteína gE – diferenciação de animais vacinados X não vacinados Febre Aftosa Suína •Altamente contagiosa •Suínos – febre, vesículas na coroa do casco, língua e focinho •Lista A da OIE = transmissível, difusão fácil e muito rápida •Brasil - último foco 2006 (território livre 2018 – c/s vacina) •Família Picornaviridae – gênero Aphtovirus (sorotipos A, O, C) •Não envelopados, RNA, fita simples •Biungulados domésticos e selvagens Epidemiologia: •Morbidade alta, mortalidade baixa, + contagiosa enfermidades vesiculares •Leitões jovens – morte súbita •Resistência: 24-48h trato respiratório humano = disseminação •Sensibilidade: pH – inativação 9 •Temperaturas > 60°C - inativam o vírus •FI: secreções e excreções animais infectados •VT: direta (contato, aerossóis)/indireta (água, alimentos, fômites, transporte) •PE: inalação, ingestão, abrasão pele/mucosas •Suínos + susceptíveis por via digestiva – ingestão POA contaminados Patogenia: •Penetra via respiratória/digestiva – X céls. faringe – corrente sanguínea = diferentes locais do organismo – aftas boca e focinho = lesões epitélio •Disseminação rápida = todos os tecidos •Lesões clássicas = epitélio nasal, boca, pés Lesões: •+ comum cascos – consequência formação aftas •Epitélio boca, focinho, patas •Leitões – necropsia = hipertrofia cardíaca + hidropericardio •Lesões miocárdio = pequenos focos acinzentados, tamanhos irregulares (“coração tigrado”) – degeneração hialina + necrose fibras musculares + infiltração linfocitária Sinais clínicos: Manqueira súbita - Elevação temperatura corporal - Aftas esbranquiçadas (1 cm diâmetro) - Língua e focinho – úlceras (rompimento) - Tetos, entre os cascos, coroa do casco - Lesões cascos = infecção secundária = agravo sinais clínicos – perda casco - Lesões boca e língua = resolução (1 semana) Diagnóstico: • Detecção de anticorpos contra proteínas não estruturais do vírus - ELISA• Detecção de anticorpos pelo ensaio de neutralização viral • Detecção do RNA viral - RT-PCR em tempo real • Isolamento viral em linhagem celular • DD – estomatite vesicular; doença vesicular dos suínos Controle: ▪Eliminação de casos e contatos na unidade epidemiológica ▪Destruição das carcaças ▪Desinfecção ▪Utilização de animais sentinelas, por um período mínimo de 28 dias, e comprovação de ausência de circulação viral ▪Vigilância dentro da zona de contenção e proteção, zonificação ▪SUÍNOS – NÃO SÃO VACINADOS Parvovirose Suína - Síndrome – distribuição mundial, alta prevalência; - Uma das principais doenças infecciosas causadoras de problemas reprodutivos suínos; - Morte embrionária, mumificação, natimortos, leitegadas menores; - Infecção antes dos 70 dias de gestação = morte; - Infecção após 70 dias de gestação = sobrevivência + anticorpos; - Parvovírus suíno (PPV) – família Parvoviridae; - Pequeno (‘parvo”) – 22-25 nm, DNA fita simples, não envelopado; Epidemiologia - Resistência: solventes de gorduras (éter) e detergentes, 1 h em 37°C, ampla faixa pH; - Secreções – meses; instalações desocupadas – 20 semanas; - Amplamente distribuído população suína mundial; - VT: contato oronasal direto/indireto (secreções e excreções); - Via venérea, reprodutores infectados, sêmen contaminado, secreções vaginais; - Tropismo células multiplicação = tecidos e envoltórios fetais, t. linfoides adultos; - Concentrações mais elevadas de vírus = baias porcas reprodutoras; Patogenia - Avidez tecidos embrião/feto e envoltórios; - Feto = ação patogênica – patogenicidade vírus + estágio desenvolvimento; - Difusão viral via placenta + feto para feto = diferentes apresentações em diferentes etapas maturação = leitegadas irregulares (desenvolvimento + número leitões paridos) - > 65-70 dias gestação = competência imunológica fetal – r. imune ativa + ac. = ausência sinais clínicos – vírus eliminado; Sinais Clínicos - Reprodutores machos - não apresentam sinais clínicos; - Disseminam vírus - via monta natural ou inseminação artificial; - Eliminação do vírus por fezes e secreções; - Fêmeas – depende do tempo gestacional; - Até 10 dias: - Reabsorção fetal; - Retorno da fêmea ao cio; - Nascimento de leitegadas peq; - Entre 10 e 30 dias - Falsa gestação (Fetos são reabsorvidos, mas a gestação continua até o parto sem leitões); - Leitegadas peq; - Leitões fracos, malformados ou natimortos; - Entre 30 e 65 dias - Mumificação fetal; - Leitões fracos, malformados ou natimortos; - Entre 65 e 70 dias - Leitões vêm a termo; - Nascem com anticorpos contra PVS; Diagnóstico - Soro sanguíneo fêmea com sinais clínicos e os fetos abortados ou natimortos devem ser enviados para o laboratório; - Soro sanguíneo dos machos reprodutores da propriedade; - Animais vacinados – enviar fetos e natimortos; - Métodos diagnósticos indiretos - detecção de anticorpos; - Inibição da hemaglutinação, imunoperoxidase, imunofluorescência e ELISA; - Métodos diagnósticos diretos – isolamento viral, ME, IFD, ELISA, PCR; - DD: PSC, leptospirose, Aujeszky, toxoplasmose, brucelose; Controle - Vacinação = método de controle específico mais seguro e eficaz; - Vacinas atenuadas/inativadas têm sido desenvolvidas; - Maior segurança - vacinas inativadas mais utilizadas no mundo; - Todos os reprodutores (machos e fêmeas) vacinados; - Ações de biossegurança - descarte de animais positivos, manutenção de títulos protetivos de anticorpos em todo rebanho, controle de roedores (reservatório do vírus), vazio sanitário nas instalações, limpeza e desinfecção adequadas, uso de sêmen certificado por laboratórios reconhecidos; parasitoses PEDICULOSE (piolho) Taenia solium COMPLEXO: teníase x cisticercose Fasciola hepatica