Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

An
o 
01
 | 
Ed
iç
ão
 0
2|
 N
ov
em
br
o/
20
23
Lu
ís
 E
du
ar
do
 M
ag
al
hã
es
 -
 B
ah
ia
Publicação
técnica dirigida
ao agronegócio.
Cooperação Técnica
Revista Inovar
Instituto Pas
Preparado para 
evoluir no resultado 
mais uma vez?
Fox® Xpro,
a evolução da confiança. 
QUEM 
USA, NÃO 
TROCA.
Fox® Xpro tem 
amplo espectro de controle.
Por isso,
Este conteúdo é destinado a profissionais do setor agrícola.
2023_01_04_AF_213x300_An_FoxXPro.indd 12023_01_04_AF_213x300_An_FoxXPro.indd 1 05/01/23 09:3405/01/23 09:34
REVISTA INOVAR
Por Valmor dos Santos
Prezados leitores, temos a 
grata satisfação de anunciar 
que nesta 2ª edição/2023 da 
Revista Inovar (RI), estamos 
publicando como matéria de 
capa o histórico da evolução 
da cultura do algodão no Oeste 
da Bahia e agradecer ao nosso 
colega Ivanir Maia e a todos 
os que contribuíram com 
depoimentos e imagens, a fim 
de resgatar esta história de 
sucesso construída em nossa 
região.
Aproveito a oportunidade 
também, para agradecer 
aos autores das excelentes 
matérias técnicas que fazem 
parte do conteúdo desta 
edição, bem como, agradecer 
as empresas parceiras da RI.
Por fim, gostaria de desejar 
a todos uma excelente leitura.
Aproveito a oportunidade 
para Pedir a Deus que abençoe 
os investimentos e o trabalho 
de todas as pessoas que 
fazem parte da cadeia do agro, 
para que tenhamos uma ótima 
safra: 2023/24.
6
Tel. (77) 3611-4227 | (77) 99989-5285
Barreiras - Bahia
Tel. (77) 99942-6325
E-mail. rmercer@uol.com.br
Tel. (77) 99127-0140 | (77) 99912-4550
E-mail. andre_singer@hotmail.com
Tel. (89) 98808-2274 | E-mail. andreza@fitoagro.com
E-mail. financeiro@fitoagro.com
Tel. (77) 99964-7839 | E-mail. saran.paulo@yahoo.com.br
Tel. (77) 99154-2816 | E-mail. geodrone.imagens@gmail.com
www.geodroneagricola.com.br
Tel. (77) 99906-0757 | E-mail. contato@tellusagricola.com
Tel. (19) 93422-3699 
E-mail. apagri@apagri.com.br
www.apagri.com.br
Tel. (77) 99973-7744
E-mail. aacandiotti@hotmail.com
Tel. (99) 98806-3767
E-mail. carlos.reativaconsultoria@outtlook.com
Tel. (77) 3628-1789 | (77) 99971-2234
E- mail. inovacaoagricola@hotmail.com
Tel. (77) 99974-3622
E-mail. consult.ide@gmail.com
Tel. (77) 99971-8063
E-mail. pedromattana@gmail.com
Tel. (77) 3639-3132
Luís Eduardo Magalhães - Bahia Tel. (61) 3601-3070
Empresas Parceiras
Revista Inovar
Edição 2 - Novembro - Ano 2023
Editor Chefe: Valmor dos Santos
Coordenação editorial: 242 Filmes
Capa e projeto gráfico: Patrícia Miranda
Diagramação: Patrícia Miranda
Revisão: Michel Santos e Hulle Horranna
Gráfica: Gráfica Cidade
Tiragem: 1.000 unidades
Distribuição: MATOPIBA
Os artigos publicados na edição, são de inteira responsabilidade dos autores.
*É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos, desde que seja citado a fonte e os autores.
46 Avaliação de cultivares de soja na região 
Oeste da Bahia
Por André Singer
53 Chegou a resposta para combater as daninhas 
resistentes
Por Departamento Técnico Ihara
58 Micronutrientes no solo, na folha ou em 
ambos, qual o melhor resultado?
Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen
65 Inovação aliada a boas práticas: 
O que a Sumitomo Chemical traz de novidade 
aos produtores de soja
Por Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe 
Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique 
Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira 
Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira - 
Sumitomo Chemical Latin America
68 UMA INICIATIVA CRIATIVA REFERENTE AO 
SPD NA COBERTURA VIVA NO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL (RS)
Por Valmor dos Santos / Editor da Revista INOVAR
Artigos
14 Um recorte na história do algodão do Oeste da 
Bahia
Por Engenheiro Agrônomo MSc. Ivanir Maia
21 Galvani investe R$ 2,5 bilhões para crescer no 
Nordeste
Por Ascom - Galvani
23 Ferramentas biológicas e seus usos no manejo de 
insetos-praga em sistemas de cultivo
Por Eng. Agr. Dr. Mauricio Paulo Batistella Pasini, Entomologista e Estatístico / Intagro – 
Consultoria, Pesquisa e Desenvolvimento
27 Avaliação da eficácia de diferentes inseticidas no 
controle de percevejos na cultura da soja (Glycine 
max (l.) Merril) na região Oeste da Bahia
Por Mercer, R. M.1; Lima, C. B. M. 2; Viana, L. Q. 3; Queiroz, C. A. S. Jr.4; Lima, A. C. M.5; O, J.B 6.
34 Bactérias como aliadas contra o estresse hídrico 
na agricultura
Por Andrea Carla Caldas Bezerra. Dr.ª em Ciências Biológicas Microbiologia. Gerente de 
Pesquisa e Desenvolvimento – JCO Bioprodutos
38 Associação fosfito x fungicida: proteção contra 
oídio em plantas de soja e translocação
Por Ariana Elisei Vilela, Mário Lúcio Vilela de Resende, Fernanda Carvalho Lopes de 
Medeiros, Matheus Henrique de Brito Pereira, Wilder Douglas Santiago, Lucas de 
Azevedo Santos, Deila Magna dos Santos Botelho, Teodorico Castro Ramalho
UM RECORTE NA 
HISTÓRIA DO ALGODÃO 
DO OESTE DA BAHIA
Uma cultura com base no período Imperial
Por Engenheiro Agrônomo MSc. Ivanir Maia
Com vocação natural para cultivos no Nor-
deste, o algodão brasileiro tem uma longa his-
tória. Desde os primórdios, os índios domina-
vam o seu plantio e processamento, incluindo 
a fiação e o tingimento de tecidos.
No período colonial a atividade ganhou 
expressão, visando atender o mercado inter-
no, especialmente para confeccionar sacos 
e roupas para escravos. No século XVIII am-
pliou sua importância, com foco em exporta-
ções à Europa, tendo sido o estado do Mara-
nhão o pioneiro em 1755.
Neste período, a região Nordeste foi a que 
impulsionou a cotonicultura, pela disponi-
bilidade de terra, clima e mão de obra. Mais 
adiante, a cultura expandiu para a região cen-
tral do país, impulsionada por norte-america-
nos que chegaram ao Brasil após a guerra de 
secessão e trouxeram o algodão herbáceo, o 
que contribuiu para a formação de importan-
tes parques industriais desta fibra.
Na década de 1980, com a migração da in-
dustrialização da fibra dos Estados Unidos e 
Europa para a China, um novo modelo fabril 
se consolidou no mundo. Da mesma forma, 
a migração aconteceu no mesmo período 
no Brasil, com muitas indústrias de fiação se 
deslocando de São Paulo ao Nordeste, bus-
cando recursos da Sudene com o propósito 
de renovar e/ou atualizar seus parques fabris, 
numa tentativa de recuperar 
a capacidade de competir na 
nova realidade de preços inter-
nacionais dos produtos têxteis, 
que passam a ser estabeleci-
dos pelos manufaturados na 
China.
Este deslocamento no país 
também ocorreu para apro-
veitar o potencial de produção 
em estados como Ceará, Mara-
nhão, Rio Grande do Norte e Pa-
raíba, em que o algodão “mocó” 
ou arbustivo, famoso por suas 
fibras longas, possibilitava su-
prir a indústria nacional.
O ano de 1983 marca o fim 
de uma era na cotonicultura na-
cional, com o dizimar de lavou-
ra pelo “bicudo-do-algodoeiro”, 
sendo neste ano em São Paulo 
e no ano seguinte no Nordeste. 
Com a drástica redução nas la-
vouras paulistas, ocorreu uma 
nova expansão para estados 
vizinhos, inicialmente para o 
Paraná, Triângulo Mineiro e 
Goiás e posteriormente para 
o Cerrado do Mato Grosso, na 
busca de novas áreas.
A indústria que provocou a 
cultura na região
Frente ao impacto no su-
primento da fibra, por volta 
de 1980, o grupo industrial Li-
nhas Correntes, que era o líder 
mundial em faturamento na 
industrialização de algodão e 
operava as etapas de desca-
roçamento e fiação a partir do 
Rio Grande do Norte, enquan-
to o tingimento e distribuição 
eram executados em São Pau-
lo, instalou uma nova fábrica 
em Juazeiro/BA. A então Al-
godoeira São Miguel tinha por 
objetivo aproveitar áreas irri-
gadas desta região e iniciar a 
produção em novo ambiente. 
Possuía conhecimento na cul-
tura, por investir em pesquisas 
desde 1920, fato que estimulou 
a busca por novas áreas de cul-
tivo. 
Nos perímetros irrigados de 
Juazeiro e Petrolina, o tomate 
industrial (rasteiro) para produ-anal-
isadas. No entanto, as folhas 
trifoliadas que estavam abaixo 
das folhas trifoliadas aplica-
das exibiram maiores concen-
trações de fosfito, indicando 
maior translocação do com-
posto no floema. O acúmulo 
de fosfito nas plantas é benéf-
ico e pode exercer efeitos 
fungitóxicos contra diversos 
fitopatógenos. Segundo Sta-
sikowski et al. (2014), o míni-
mo dos níveis de acúmulo de 
concentração de fosfito nos 
tecidos vegetais necessários 
para exercer esse efeito tóxico 
são> 1 mM, com resultados 
efetivos na redução do cresci-
mento micelial do fungo Col-
letotrichum indemuthianum e 
Phytophthora infestans (Borza 
et al. 2014; Costa e cols. 2017). 
No presente estudo, todos os 
tratamentos contendo fosfito 
nas folhas inferiores e a com-
binação entre fosfito e fungi-
cida exibiram concentrações 
>1 mM nas folhas aplicadas, o 
que provavelmente contribuiu 
para a redução da gravidade da 
doença. Então, pode-se inferir 
que o fungicida pode aumentar 
a translocação basípeta com o 
fosfito.
O fosfito tem uma estrutura aniônica com carga -1 e tem três 
oxigênios, que são átomos eletronegativos (Fig. 2). Assim, os 
átomos de hidrogênio devem ter uma densidade de carga posi-
tiva, enquanto seu oxigênio terá uma densidade de carga negati-
va, especialmente aqueles ligados apenas ao átomo de fósforo. 
Portanto, o fosfito é um candidato adequado a aceitar a ligação 
de hidrogênio, ou seja, pode interagir fortemente com hidrogê-
nios com baixo densidade eletrônica através de seus átomos de 
oxigênio, que possuem alta densidade eletrônica. No entanto, o 
fosfito também pode atuar como um doador de ponte de hidrogê-
nio através do hidrogênio hidroxila, embora isso equivaleria a uma 
interação mais fraca devido a sua condição molecular aniônica.
Fig 2. Geometrias de equilíbrio de fungicida+fosfito, complexos em água SMD: a) 
Azo+Phi, b) Ben+Phi, e c) Azo+Ben+Phi (C=cinza; H=branco; O=vermelho; N=azul; 
P=laranja; F=azul claro; Cl = verde)
40 41
A Azoxistrobina (Azo) não 
possui hidrogênios capazes de 
formar ligações de hidrogênio. 
No entanto, tem vários sítios 
negativos, um dos quais pode 
interagir com o fosfito e a hi-
droxila do hidrogênio. O ben-
zovindiflupir (Ben) é um bom 
doador de ligação de hidrogê-
nio porque possui uma ligação 
de hidrogênio com um nitrogê-
nio. Assim, os cálculos teóri-
cos revelaram a existência de 
uma ponte de hidrogênio entre 
o oxigênio do fosfito e o grupo 
N–H do benzovindifupir, além 
de uma atrativa interação entre 
a ligação O-H do fosfito e o anel 
aromático do benzovindifupir. 
Os cálculos teóricos basea-
dos na densidade funcional da 
teoria (DFT) aplicada na inter-
ação entre o ativo ingredientes 
azoxistrobina e benzovindifupir 
em adição ao fosfito mostrou 
que o benzovindifupyr pode 
interagir mais fortemente do 
que a azoxistrobina. Os resul-
tados dos cálculos teóricos 
mostraram que a interação 
com o fosfito pode aumentar 
a solubilidade de ambos os 
ingredientes ativos em água. 
O aumento da solubilidade re-
sulta em menor lipofilicidade, o 
que implica em diminuição da 
capacidade de difusão do fun-
gicida através das membranas. 
Porém, a sua mobilidade pode 
melhorar quando forma um 
complexo com o fosfito. Por-
tanto, esse fenômeno pode ser 
vantajoso porque os fosfitos 
podem transportar as molécu-
las de fungicida para partes 
onde não há deposição do pro-
duto, consequentemente vai 
ocorrer o aumento da proteção 
da planta contra as doenças.
AGRICULTURA MAIS RESPONSÁVEL E PRODUTIVA
SAIBA MAIS SOBRE
OS BIOLÓGICOS LALLEMAND
ACESSANDO O QR-CODE:
B I O F U N G I C I D A + B I O N E M A T I C I D A + B I O I N S E T I C I D A + B I O I N O C U L A N T E
42
Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado 870 - Sala 407 
Ribeirão Preto SP - CEP:14027-250
www.tzbiotec.com
CONTROLE BIOLÓGICO
DE ALTA PERFORMANCE
45
AVALIAÇÃO DE 
CULTIVARES DE SOJA NA 
REGIÃO OESTE DA BAHIA
Por André Singer
No final da década de 60, 
dois fatores internos fizeram 
o Brasil começar a enxergar 
a soja como um produto co-
mercial, fato que mais tarde 
influenciaria no cenário mun-
dial da produção de grãos. Na 
época, o trigo era a principal 
cultura do Sul do Brasil e a soja 
surgia como uma opção de ve-
rão, em sucessão ao trigo. O 
Brasil também iniciava um es-
forço para a produção de suí-
nos e aves, gerando demanda 
por farelo de soja. Em 1966 a 
produção comercial de soja já 
era uma necessidade estraté-
gica. Sendo produzida cerca de 
500mil toneladas no país.
Desde então, o aumento nos 
preços do produto e a vanta-
gem competitiva de produzir 
na entre safra dos Estados 
Unidos despertou ainda mais 
o interesse dos agricultores 
em produzir o grão. Desde en-
tão o país passou a investir em 
tecnologia para a adaptação 
da cultura às condições brasi-
leiras, processo esse liderado 
pela Empresa Brasileira de Pes-
quisas Agropecuárias (EMBRA-
PA). 
As cultivares de soja apre-
sentam ampla diversidade ge-
nética quanto a sua adaptação 
às condições ambientais. Des-
se modo, o uso de uma cultivar 
adaptada a região torna-se um 
fator de grande importância 
para o sucesso da cultura. De 
acordo com Farret (1981), se a 
soja não for semeada na época 
adequada com as condições 
climáticas adequadas, pode 
apresentar redução na produ-
tividade, menor qualidade e 
má formação de plantas e de 
grãos.
Na seleção de cultivares, as 
características varietais devem 
ser consideradas na seguin-
te sequência: produtividade 
e estabilidade, resistência a 
doenças, grupo de maturação, 
composição de grãos, altura e 
acamamento.
A fim de avaliar e selecionar 
as melhores cultivares para 
cada local, todos os anos são 
conduzidos experimentos a 
campo, onde são avaliadas cul-
tivares, populações e épocas 
de plantio.
Nesse trabalho estaremos 
apresentando os resultados 
obtidos de experimentos con-
duzidos na Fazenda Triunfo do 
grupo Manjabosco durante a 
safra 2022/2023 com 16 culti-
vares de soja em 3 populações 
e duas épocas de semeadura. 
A área apresenta altitude de 
774m, latitude de 11º28’09,00” 
S e longitude de 45º33’35,40” 
W. O clima é classificado 
como Aw na classificação de 
Köppen-Geiger, com tempera-
turas médias anuais de 24 ºC, 
e precipitação média anual de 
1.200 mm, distribuídos entre 
os meses de novembro e abril, 
com período seco bem defini-
do entre maio e setembro.
Contou com 16 tratamen-
tos (Tabela1), as parcelas fo-
ram compostas de 5 linhas por 
10m de comprimento, dispos-
tas lado a lado. Cada cultivar 
foi semeada em 3 populações 
diferentes a fim de avaliar qual 
a melhor opção e em duas épo-
cas diferentes, ambos no espa-
çamento de 0,55m. 
A primeira época foi semea-
da no dia 31/10/2022 e a segun-
da época no dia 15/11/2022.
A adubação foi padrão para 
todos os tratamentos. Os de-
mais tratos culturais como her-
bicidas, inseticidas, fungicidas 
e nutrição foliar foram realiza-
dos da mesma forma para to-
dos os tratamentos. 
Para a obtenção das popu-
lações desejadas, aos 15DAE 
(dias após emergência) foi rea-
lizado o raleio de plantas dos 
tratamentos, cada cultivar foi 
conduzida em 3 populações 
diferentes, sendo uma utilizada 
na fazenda, uma 15% menor e 
outra 30% menor,
As avaliações foram cons-
tituídas de stand estabelecido 
de cada tratamento, altura final 
de plantas, peso de mil grãos 
(PMS) e produtividade.
Podemos observar a distribuição de chuvas durante a safra 
2022/2023 na área na fazenda Triunfo (Gráfico1).
Total acumulado: 1008mm
Resultados (1ª época)
A primeira época foi semeada no dia 31/10/2022. Podemos 
observar os resultados das avaliações realizadas nas cultivares 
de população de plantas, altura de plantas, PMS e produtividade 
(Tabela2). 
Trat. Cultivar Ciclo Hábito
1 DM 82I78 IPRO 8.0 Indeterminada
2 BMX Ataque I2X 8.1 Indeterminada
3 BMX Extrema IPRO 8.1 Indeterminada
4 NEO 840 IPRO 8.4 Indeterminada
5 NEO 810 I2X 8.1 Indeterminada
6 CZ58B23 I2X 8.2 Indeterminada
7 CZ48B18 IPRO 8.2 Indeterminada
8 NEO820 IPRO 8.2 Indeterminada
9 AS3838 I2X 8.3 Indeterminada
10 M8349 IPRO 8.3 Determinada11 BMX Domínio IPRO 8.3 Indeterminada
12 BMX Fortaleza IPRO 8.3 Indeterminada
13 M8330 I2X 8.3 Indeterminada
14 M8434 I2X 8.3 Indeterminada
15 SYN1687 IPRO 8.5 Indeterminada
16 M8808 IPRO 8.8 Determinada
Tabela 1. Descrição dos tratamentos.
Gráfico 1. Quantidade de chuva por mês durante a safra 22/23.
46 47
Se separarmos um ranking, podemos observar as melhores 
produtividades (Gráfico2) das cultivares e suas respectivas po-
pulações obtidas no experimento.
Resultados (2ª época)
A segunda época foi semeada no dia 15/11/22. Podemos ob-
servar os resultados das avaliações realizadas nas cultivares de 
população de plantas, altura de plantas, PMS e produtividade (Ta-
bela4). 
Tabela 3. Ciclo do plantio a colheita (dias).
Gráfico 2. Maiores produtividades das cultivares e populações.
Variedade Pop. Altura PMS Prod.
DM 82I78 IPRO 103020 93,8 152,7 76,5
DM 82I78 IPRO 106050 92,5 161,7 75,8
DM 82I78 IPRO 103020 95,3 159,8 75,1
BMX Ataque I2X 130290 99,0 157,4 68,8
BMX Ataque I2X 115140 98,8 152,2 67,6
BMX Ataque I2X 154530 100,8 157,6 70,0
BMX Extrema IPRO 133320 94,5 153,8 66,4
BMX Extrema IPRO 175740 92,5 172,0 75,5
BMX Extrema IPRO 206040 97,8 166,1 74,0
NEO 840 IPRO 93930 68,8 169,8 64,1
NEO 840 IPRO 133320 76,3 164,2 66,8
NEO 840 IPRO 145440 77,0 162,6 63,4
NEO810 I2X 166650 94,3 147,0 68,2
NEO810 I2X 184830 94,5 146,9 71,8
NEO810 I2X 212100 97,8 147,5 72,0
CZ58B23 I2X 109080 101,5 0,0 0,0
CZ58B23 I2X 157560 101,3 150,6 74,9
CZ58B23 I2X 181800 97,8 152,3 75,1
CZ48B18 IPRO 166650 93,0 150,7 74,0
CZ48B18 IPRO 142410 94,8 161,9 74,6
CZ48B18 IPRO 172710 102,3 158,9 70,9
NEO820 IPRO 133320 86,3 191,4 79,5
NEO820 IPRO 151500 94,0 197,4 81,5
NEO820 IPRO 187860 90,8 198,6 77,5
AS3838 I2X 151500 61,8 119,0 71,9
AS3838 I2X 172710 62,3 132,9 80,0
6 CZ58B23 I2X 135
7 CZ48B18 IPRO 135
8 NEO820 IPRO 135
9 AS3838 I2X 135
10 M8349 IPRO 123
11 BMX Domínio IPRO 135
12 BMX Fortaleza IPRO 123
13 M8330 I2X 123
14 M8434 I2X 135
15 SYN1687 IPRO 143
16 M8808 IPRO 143
Também foram realizadas avaliações do ciclo de cada mate-
rial do plantio a colheita e notas de acamamento, onde foi possí-
vel verificar que somente a M8808 IPRO apresentou problemas 
com acamamento (Tabela3).
Variedade Pop. Altura PMS Prod.
DM 82I78 IPRO 106050 90,3 146,5 80,8
DM 82I78 IPRO 115140 93,4 142,4 76,9
DM 82I78 IPRO 124230 96,7 140,5 70,0
BMX Ataque I2X 142410 92,4 147,1 73,2
BMX Ataque I2X 157560 97,8 143,9 71,6
BMX Ataque I2X 184830 99,4 150,0 74,8
BMX Extrema IPRO 151500 90,2 149,8 72,6
BMX Extrema IPRO 206040 92,3 144,7 72,0
BMX Extrema IPRO 227250 98,7 149,3 74,5
NEO 840 IPRO 148470 67,3 148,7 69,8
NEO 840 IPRO 160590 76,2 151,3 54,5
NEO 840 IPRO 187860 78,3 151,6 53,7
NEO810 I2X 130290 91,2 148,0 73,3
NEO810 I2X 169680 94,5 134,2 75,2
NEO810 I2X 196950 97,8 138,3 72,0
CZ58B23 I2X 124230 90,2 124,1 67,6
CZ58B23 I2X 163620 93,4 141,9 80,9
CZ58B23 I2X 193920 98,4 143,6 82,9
CZ48B18 IPRO 139380 91,2 164,8 84,0
CZ48B18 IPRO 166650 93,4 173,5 100,6
CZ48B18 IPRO 196950 101,2 168,9 90,0
NEO820 IPRO 142410 85,6 209,6 98,3
NEO820 IPRO 166650 93,4 203,6 91,5
NEO820 IPRO 190890 97,3 195,9 84,8
AS3838 I2X 142410 60,4 115,6 68,8
AS3838 I2X 184830 62,1 116,7 71,8
AS3838 I2X 203010 63,3 113,8 65,1
M8349 IPRO 145440 71,2 156,3 66,9
M8349 IPRO 181800 73,4 152,8 65,8
M8349 IPRO 199980 74,5 156,2 66,6
BMX Domínio IPRO 145440 98,7 162,1 81,8
BMX Domínio IPRO 181800 100,2 159,2 74,8
BMX Domínio IPRO 224220 105,6 161,4 75,5
BMX Fortaleza IPRO 127260 93,4 114,6 69,4
BMX Fortaleza IPRO 160590 95,6 109,8 61,8
BMX Fortaleza IPRO 206040 98,7 115,1 62,2
M8330 I2X 115140 66,7 121,4 71,1
M8330 I2X 148470 67,6 128,0 70,8
M8330 I2X 181800 69,0 122,7 72,0
M8434 I2X 151500 64,5 134,4 80,4
M8434 I2X 190890 66,7 128,2 79,2
M8434 I2X 172710 71,0 129,0 80,5
SYN1687 IPRO 160590 103,4 144,0 86,2
SYN1687 IPRO 181800 105,6 143,2 85,7
SYN1687 IPRO 203010 109,4 148,4 85,9
M8808 IPRO 133320 99,6 124,5 57,8
M8808 IPRO 154530 99,8 124,3 63,6
M8808 IPRO 181800 102,3 127,9 65,5
Tabela 2. População (plantas/ha), altura final (cm), PMS (g) e produtividade (sc/ha).
Trat. Cultivar Ciclo (plantio a colheita)
1 DM 82I78 IPRO 135
2 BMX Ataque I2X 135
3 BMX Extrema IPRO 123
4 NEO 840 IPRO 135
5 NEO810 I2X 135
48 49
AS3838 I2X 184830 63,3 124,0 70,4
M8349 IPRO 124230 70,3 164,4 74,4
M8349 IPRO 151500 72,5 161,6 75,3
M8349 IPRO 193920 76,8 167,9 75,5
BMX Domínio IPRO 127260 106,3 159,8 82,8
BMX Domínio IPRO 160590 110,5 164,5 80,0
BMX Domínio IPRO 193920 108,8 160,3 79,1
BMX Fortaleza IPRO 118170 93,8 128,5 71,7
BMX Fortaleza IPRO 157560 98,8 129,2 69,5
BMX Fortaleza IPRO 184830 95,0 121,7 66,1
M8330 I2X 109080 70,0 145,3 77,9
M8330 I2X 139380 68,8 143,4 77,4
M8330 I2X 142410 69,0 147,3 72,9
M8434 I2X 133320 67,8 142,3 67,4
M8434 I2X 163620 67,3 124,6 64,0
M8434 I2X 187860 70,3 132,1 68,0
SYN1687 IPRO 148470 102,5 151,5 81,5
SYN1687 IPRO 196950 104,3 155,3 78,6
SYN1687 IPRO 221190 107,3 155,3 72,1
M8808 IPRO 148470 96,3 174,7 78,1
M8808 IPRO 148470 96,3 174,7 71,8
M8808 IPRO 166650 94,5 178,0 70,8
Tabela 4. População (plantas/ha), altura final (cm), PMS (g) e produtividade (sc/ha).
Tabela 5. Ciclo do plantio a colheita (dias).
Gráfico 3. 10 maiores produtividades obtidas na 2ª época.
Também foram realizadas avaliações do ciclo de cada mate-
rial do plantio a colheita, notas de acamamento, onde foi possível 
verificar que somente a M8808 IPRO apresentou um pouco de 
acamamento (Tabela5).
Se separarmos também um ranking, podemos observar as 
melhores produtividades (Gráfico3) das cultivares e suas respec-
tivas populações obtidas no experimento.
Trat. Cultivar Ciclo (plantio a colheita)
1 DM 82I78 IPRO 148
2 BMX Ataque I2X 148
3 BMX Extrema IPRO 126
4 NEO 840 IPRO 148
5 NEO810 I2X 148
6 CZ58B23 I2X 148
7 CZ48B18 IPRO 148
8 NEO820 IPRO 148
9 AS3838 I2X 148
10 M8349 IPRO 126
11 BMX Domínio IPRO 148
12 BMX Fortaleza IPRO 126
13 M8330 I2X 126
14 M8434 I2X 148
15 SYN1687 IPRO 153
16 M8808 IPRO 153
REFERÊNCIAS
Adubos e adubações/E. MALAVOLTA, 
F. PIMENTEL-GOMES e J. C. ALCAR-
DE. – São Paulo: Nobel, 2002.
Fertilidade do solo e adubação, BER-
NARDO VAN RAIJ – São Paulo; Piraci-
caba, Ceres, Potafos, 1991. P. 343.
101 Culturas: Manual de tecnologias 
agrícolas/ TRAZILBO JOSÉ DE PAULA 
JÚNIOR, MADELAINE VENZON coor-
denadores. – Belo Horizonte: EPAMIG, 
2007. 800 p.: Il. color.; 26cm. 
MARTINS, M. C.; CÂMARA, G. M. S.; 
PEIXOTO, C. P.;MARCHIORI, L.F.S. 
LEONARDO, V.; MATTIAZZI, P. Época 
de semeadura, densidade de plantas e 
desempenho vegetativo de cultivares 
de soja. Scientia Agrícola, Piracicaba, 
v.56, n.4, p.851-858, 1999.
TOURINO, M. C. C.; REZENDE, P. M.; 
SALVADOR, N. Espaçamento, densi-
dade e uniformidade de semeadura 
na produtividade e características 
agronômicas da soja. Pesquisa Agro-
pecuária Brasileira, Brasília, v.37, n.8, 
p.1071-1077, 2002.
http://ainfo.cnptia.embrapa.br
http://anuais.unespar.edu.br
Portanto, de acordo com os 
resultados, podemos observar 
que na 1ª época os materiais 
mais precoces foram os que 
mais sofreram queda de produ-
tividade, já os materiais com ci-
clo médio apresentaram bons 
resultados, como a CZ48B18 
IPRO, a NEO 820 IPRO e a SYN 
1687 IPRO que foram as que 
apareceram mais vezes no 
ranking das 10 maiores produ-
tividades.
 Na segunda época po-
demos observar que a varia-
ção da maior para a menor 
produtividade foi menor que na 
primeira época, apresentando 
produtividades um pouco abai-
xo, porém, mais parecidas en-
tre elas. No ranking das 10 me-
lhores podemos observar que 
a BMX Domínio IPRO aparece 
nas 3 populações, a NEO 820 
IPRO e a SYN 1687 IPRO apa-
recem em duas populações fi-
cando assim com os melhores 
resultados da segunda época.
50
CHEGOU A RESPOSTA PARA COMBATER AS 
DANINHAS RESISTENTES
Um novo time de herbicidas da IHARA chega para 
revolucionar o agronegócio
Por Departamento Técnico Ihara
As plantas daninhas são um 
problema que brota nas planta-
ções brasileiras e causam mui-
tos prejuízos e dores de cabe-
ça há tempos aos produtores. 
Atualmente, no Brasil existem 
maisde 50 casos de resistên-
cia que envolvem 28 espécies 
de daninhas, afetando as prin-
cipais culturas do país: soja, 
milho, trigo e cana-de-açúcar. 
"A resistência acaba causando 
um grande problema no contro-
le, uma vez que isso reduz as 
opções para combatê-las", ex-
plica o pesquisador da Embra-
pa (Empresa Brasileira de Pes-
quisa Agropecuária) de Passo 
Fundo, Leandro Vargas. Para 
se ter uma noção do impacto, 
apenas na cultura da soja, são 
mais de R$ 9 bilhões de perdas 
causadas pela matocompeti-
ção.
Segundo dados publicados 
pela Embrapa Soja, a perda 
de produtividade pode atingir 
até 90% da lavoura caso não 
haja nenhum tipo de controle 
de daninhas. Além da resis-
tência aos produtos existentes 
no mercado, outro fator que 
influencia a proliferação deste 
problema é a adaptação a luga-
res e condições climáticas ad-
versas, possibilitando que elas 
sejam grandes competidoras 
em meio as culturas.
"Hoje, a grande preocupação 
é encontrar uma estratégia para 
controlar as daninhas, pois di-
versas plantas não respondem 
ao que existe no mercado. Pre-
cisamos de uma ferramenta 
que alie eficácia, possibilidade 
de uso em diversas culturas, 
controle das principais dani-
nhas e custo que caiba no bolso 
53
de de São Paulo) por 30 anos, 
e atualmente é pesquisador e 
consultor da PJC Consultoria 
Agronômica Ltda. As daninhas 
sempre foram um problema no 
campo, que assolam os pro-
dutores e causam quedas no 
desempenho das plantas. Por 
isso, a IHARA foi até o futuro 
e trouxe estas quatro soluções 
poderosas, que possuem alta 
tecnologia e resultados com-
provados.
O FIM DAS DANINHAS DA 
SOJA E DO MILHO
Com a ameaça do capim-
-pé-de-galinha, buva, digitarias 
e outras daninhas, surgiu a 
necessidade de uma solução 
poderosa. Assim a IHARA de-
senvolveu Kyojin, herbicida pré-
-emergente que atua no con-
trole das daninhas resistentes, 
garantindo lavoura no limpo 
por mais tempo e maior produ-
tividade aos agricultores.
Com um longo período resi-
dual, Kyojin oferece resultados 
por mais tempo, sendo alta-
mente seletivo e eficaz com 
menores doses de aplicação, 
proporcionando uma janela de 
aplicação flexível e compatível 
com outros herbicidas. Sua 
ação não causa perdas do po-
tencial das plantas por fitotoxi-
cidade.
Estas daninhas estão pre-
sentes em mais de 50% das 
áreas agricultáveis no Brasil, 
com potencial de perdas pela 
matocompetição superior a 
90%. E neste cenário, Kyojin é 
ideal para o controle de folhas 
estreitas e folhas largas. "O 
pré-emergente é parte de uma 
estratégia de manejo para pro-
teção das lavouras. Estima-se 
que mais de 14 milhões de hec-
tares sofram com as plantas 
daninhas, logo, uma ferramenta 
que reduza a matocompetição 
é uma aliada na produtivida-
de", afirma o gerente técnico 
de pesquisa da Fundação ABC, 
Luís Henrique Penckowsi.
Para as principais gramí-
neas, é observada uma oportu-
nidade de melhor gestão para o 
agricultor no uso do pós-emer-
gente, devido a ação residual 
de Kyojin. Por exemplo, quando 
comparado a outros herbicidas 
do mercado, ele apresenta um 
controle de 90% da Eleusine 
indica, em diferentes tempos 
de aplicação. Quando falamos 
de Digitaria horizontalis, o con-
trole é de 95%, mantendo re-
sultados positivos, permitindo 
um excelente estabelecimento 
da lavoura. Sua utilização, além 
de proporcionar o combate às 
daninhas resistentes, ainda 
possibilita a redução do custo 
operacional e do banco de se-
mentes, poupando o bolso do 
agricultor. 
do produtor", explica Robin-
son Osipe, professor e pesqui-
sador na UENP/FALM. 
SAIBA MAIS SOBRE O IM-
PACTO DAS DANINHAS 
As daninhas são como “in-
vasoras de espaço” que, ao se 
instalarem em um local, come-
çam a competir pelo solo, nu-
trientes, luz e água, o que com-
promete o desenvolvimento 
das culturas. Sua adaptabilida-
de permite que elas "roubem" 
mais nutrientes e se proliferem 
com mais facilidade. Além dis-
so, elas prejudicam a colheita 
mecanizada, uma vez que cau-
sam perda de rendimentos e 
favorecem a multiplicação des-
tas plantas daninhas.
Controlar as principais da-
ninhas destas culturas parecia 
um sonho distante. Entretanto, 
a IHARA, empresa especiali-
zada em defensivos agrícolas, 
apresenta aos produtores não 
apenas um, mas quatro novos 
herbicidas feitos para atender 
à necessidade de combate às 
daninhas na soja, trigo, milho, 
cana-de-açúcar, café, citros, flo-
resta e muitas outras, que con-
tam com a tecnologia Yamato, 
exclusiva no Brasil. São eles 
Kyojin, Ritmo, Falcon e Yamato, 
time nomeado de Herbicidas 
do Futuro.
HERBICIDAS DO FUTURO: 
TECNOLOGIA YAMATO 
PARA REVOLUCIONAR O 
AGRO
De acordo com o professor 
especialista em proteção de 
plantas na Univag, Anderson 
Cavenaghi, esta tecnologia é 
uma grande aliada no combate 
à resistência das plantas dani-
nhas. "Ao agir no controle das 
principais espécies, proporcio-
na mais segurança ao produtor, 
que vai começar o plantio com 
a cultura no limpo. E o melhor: 
é possível observar resultados 
com apenas uma aplicação."
Com o mercado carecen-
do de herbicidas eficazes e 
lutando cada vez mais contra 
a resistência das daninhas, 
especialistas afirmam que há 
tempos não se vê uma novida-
de. que supra a necessidade 
dos produtores nestas diferen-
tes culturas. "Precisamos de no-
vos mecanismos, que eliminem 
este problema e preservem a 
produtividade da lavoura, com 
um controle elevado quando 
comparado ao já existente", diz 
Jamil Constantin, professor de 
Pós-Graduação em Agronomia 
na UEM (Universidade Estadual 
de Maringá). Neste contexto, a 
IHARA chega para revolucionar 
o agronegócio e resolver as 
preocupações dos produtores.
Com as soluções disponí-
veis, o produtor terá em mãos 
ferramentas poderosas para o 
manejo de resistência, gerando 
valor para a agricultura nacio-
nal. Os produtos fazem parte 
de uma estratégia da IHARA 
para contribuir para a competi-
vidade da agricultura brasileira, 
atendendo às necessidades e 
expectativas dos produtores. 
"A tecnologia Yamato se mos-
trou eficiente mesmo em con-
dições adversas de clima", diz 
Leandro Vargas, pesquisador 
na Embrapa Trigo.
"A tecnologia Yamato é uma 
inovação para as culturas: 
soja, cana-de-açúcar, eucalip-
to, citrus e café, que alia baixa 
dose por hectare e alta eficácia 
de controle das plantas dani-
nhas, ajudando as lavouras a 
atingirem a expressão do seu 
potencial produtivo", diz Pedro 
Christoffoleti, que foi professor 
associado da USP (Universida
54 55
Maior 
eficiência
Versatilidade 
operacional
Máxima velocidade 
de absorção
A nova era da 
absorção de nutrientes.
Mantém a fotossíntese ativa e a atividade de enzimas 
importantes para o manejo anti estresse, com a absorção 
instantânea do MAGNÉSIO.
Acelera o metabolismo de carboidratos e a síntese de 
parede celular com BORO complexado para plantas mais 
protegidas com mais estruturas reprodutivas.
Potencializa a entrada do CÁLCIO e BORO nas plantas para 
uniformidade e qualidade de estruturas reprodutivas.
Aumenta a lignificação das plantas e a indução de 
resistência a doenças com absorção rápida de COBRE, sem 
risco de fitotoxidez nas doses recomendadas.
Promove a formação das proteínas, crescimento de 
meristemas e raízes, pelo FERRO disponível livre de 
dificuldades operacionais.
Maximiza a síntese de enzimas e aminoácidos importantes 
para o crescimento e qualidade da produção impulsionada 
pelo ZINCO.
Aumenta a eficiência da clorofila com MANGANÊS 
quelatado organicamente e prontamente disponível, 
compatível com herbicidas ou misturas mais difíceis.
Formulação complexada a base de MAGNÉSIO, COBRE, 
FERRO, MANGANÊS, ZINCO e ENXOFRE com absorção 
acelerada e segurança para estímulos específicos.
compostos fi siológicos es-
pecífi cos;
4) aumento do rendi-
mento das culturas com 
maiores taxas de exporta-
ção de micronutrientes em 
grãos e em outros produ-
tos colhidos; 
5) elevação da qualidade 
do perfi l do solo; 
6) substituição de fer-
tilizantes ricos em micro-
nutrientes por fontescon-
centradas em elementos 
específi cos.
Para responder algumas 
dessas questões, foi reali-
zado um experimento ins-
talado na área de pesquisa 
da Solo e Planta Consul-
toria, na cultivar Monsoy 
8349 IPRO, em solo com 
características médias ge-
rais do Oeste da Bahia. O pH (CaCl2) do solo anterior ao 
cultivo foi de 5,25 e os níveis de micronutrientes abaixo 
do adequado, na camada de 0-20 cm: B com 0,55 mg 
dm-3, Cu com 0,75 mg dm-3, Fe com 53,32 mg dm-3, Zn 
com 0,90 mg dm-3 e Mn com 3,36 mg dm-3. O solo foi 
corrigido com a incorporação de 2 t ha-1 de calcário e 
400 kg ha-1 de gesso. A adubação de base foi com 80 kg 
ha-1 de P2O5 e a cobertura com 90 kg ha-1 de K2O. 
Na complementação via folha, foram realizadas 3 
situações práticas utilizadas a campo na região. A pri-
meira com doses equilibradas de micros, menores de 
macronutrientes complementado com compostos fi -
siológicos. A segunda com doses médias de micros e 
macronutrientes complementado com compostos fi sio-
lógicos. A terceira com aumento de doses de micros e 
macronutrientes, sem adição de compostos fi siológicos. 
No trabalho, esses tratamentos estão descritos como 
“Completo”, “Padrão” e “Mais gramas”, respectivamente, 
e as gramagens estão descritas na tabela 1.
Avaliou-se os manejos de nutrição foliar nas áreas 
com e sem micronutrientes no solo. Os nutrientes foram 
aplicados na base e as doses utilizadas foram para B e 
Mn foram de 0,6 kg ha-1 e para Cu e Zn a dose foi 2,0 kg 
ha-1, via formulação oxisulfato.
N P K Ca Mg S B Cu Zn Mn Mo Ni Fe
Tratamentos -------------------------------------------------------------- g ha-1 -----------------------------------------------------
Completo 762,30 230,10 397,70 20,85 653,63 360,49 121,15 70,22 180,72 414,21 24,12 14,26 2,09
Padrão 673,80 285,70 496,90 34,75 1156,56 1549,20 124,09 57,79 194,62 414,74 24,79 14,26 3,48
Mais gramas 124,20 766,80 272,00 0,00 1499,81 2154,53 147,22 151,42 235,90 523,37 42,31 39,16 0,00
Todos os tratamentos tiveram incremento em produtividade, melhorando em até 
8,5 sc ha-1 no tratamento Solo + Padrão (Figura 1). Ou seja, mesmo em solo com anos 
de cultivo, manejado tecnicamente, a aplicação de micronutrientes no solo, comple-
mentado com nutrição e fi siologia na folha gerou resultados expressivos.
Figura 1. Incremento na produtividade em relação à testemunha em função dos tratamentos aplicados no solo, folha e solo+folha na cultura da soja.
Tabela 1. Descrição das doses adotadas no manejo foliar de nutrientes.
0
2
4
6
8
10
Solo +
 Mais gramas
Solo +
 Padrão
Solo +
 Completo
Mais gramasPadrãoCompletoMicros no solo
0,74
2,0
sc
 h
a-
1
Incremento em Produtividade
6,5
3,5
4,5
8,5
5
MICRONUTRIENTES NO 
SOLO, NA FOLHA OU EM 
AMBOS, QUAL O MELHOR 
RESULTADO?
Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen
Micronutrientes no solo, na folha ou em 
ambos, qual o melhor resultado?
Os micronutrientes, mesmo presente 
em pequenas quantidades nos tecidos 
das plantas, são essenciais para o seu 
desenvolvimento. A defi ciência de micro-
nutrientes compromete o crescimento, a 
nutrição e a produtividade das culturas, 
pois são mediadores de atividades enzi-
máticas, especialmente na fotossíntese 
(Prado, 2021). A efi ciência da maioria dos 
micronutrientes no solo é dependen-
te do pH, quanto mais alcalino, menor a 
disponibilidade dos mesmos. Assim, em 
sistemas produtivos, com uso frequente 
de calcário, sempre há a dúvida: realizar 
ou não a micragem no solo? 
A nutrição foliar é uma ferramenta im-
portante para melhorar os processos fi -
siológicos e bioquímicos das plantas, re-
sultando em altas produtividades (Hong 
et al., 2021) e auxiliando na demanda de 
nutrientes limitados na solução do solo. 
No entanto, como a zona de maior as-
similação de nutrientes é a raiz, a capa-
cidade de absorção nutricional por via 
foliar é questionada, assim como a efi ci-
ência dos vários tipos de fontes disponí-
veis no mercado.
A discussão sobre a fertilização de mi-
cronutrientes se dá por uma série de ra-
zões: 
1) baixa disponibilidade do boro (B), co-
bre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn) em 
solos tropicais; 
2) cultivos a longo prazo que resultam 
na remoção de micronutrientes do solo; 
3) associação dos nutrientes com 
Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen
58 59
magnésio, enxofre e potenciais fatores de 
redução da efi ciência dos micronutrien-
tes, a adubação com eles no solo sozi-
nha foi menos efi ciente no incremento 
da produtividade do que a nutrição com 
fi siologia foliar, mas o sinergismo entre 
eles entregou um salto em produtividade 
em relação à testemunha.
Esse experimento confi rma que, para 
o aumento da produtividade da soja, é 
responsiva a utilização de macros e mi-
cronutrientes na folha associados a cor-
reção dos micronutrientes no solo. Isso 
porque os melhores resultados (Padrão e 
Solo + Padrão) retornaram 3,1 e 3,25 vezes 
o investimento (Figura 5), número impor-
tante para a cultura da soja.
Ou seja, o melhor custo-benefício é 
respeitar o manejo integrativo entre solo, 
planta e ambiente, observando os pa-
râmetros de potencial e extração, onde 
nem sempre o maior investimento é me-
lhor para o sistema produtivo, mas ma-
nejar com conhecimento da realidade de 
cada área gera grandes resultados.
Figura 5. Retorno sobre o investimento realizado em número 
de vezes.. 
Retorno Sobre Investimento
0,0
0,7
1,4
2,1
2,8
3,5
Solo +
 Mais gramas
Solo + 
Padrão
Solo +
 Completo
Mais 
gramas
PadrãoCompletoMicros 
de solo
Referência Bibliográfi ca:
Hong, J., Wang, C., Wagner, D. C., Gardea-Torresdey, J. L., He, F., & Rico, C. M. (2021). Foliar application of nanoparticles: mechanisms 
of absorption, transfer, and multiple impacts. Environmental Science: Nano, 8(5), 1196-1210.
Prado R.M. (2021) Mineral nutrition of tropical plants. Mineral Nutrition of Tropical Plants. Austria, Springer Cham. 339p.
 Retorno Sobre o Investimento
Isoladamente, os resultados mostraram 
que o manejo de micronutrientes direta-
mente na base do solo incrementou em 
1,3% a produtividade frente a testemunha 
(Figura 2). 
Quanto aos programas de manejo fo-
liares, os tratamentos Completo, Padrão e 
Mais gramas incrementaram a produtivi-
dade em 3,5%, 11,5% e 6,2%, respectivamen-
te (Figura 3). 
Já a combinação da aplicação de micro-
nutrientes no solo com os manejos foliares 
Completo, Padrão e Mais gramas alavan-
caram a produtividade em 8%, 15% e 8,8%, 
respectivamente, em relação a testemu-
nha (Figura 4).
Evidenciou-se que quantidades de nu-
trientes via foliar muito além ou aquém da 
demanda da cultura geram incrementos 
menos signifi cativos que a recomendação 
padrão, devendo-se observar a realidade 
de cada cultivo, genética, potencial, fertili-
dade, condições edafoclimáticas da região, 
entre outros fatores que infl uenciam na 
extração dos nutrientes. E o manejo asso-
ciado solo-nutrição-fi siologia é o que pro-
move maiores resultados em produtivida-
de na cultura da soja.
Figura 4. Produtividade em função da 
aplicação de micronutrientes no solo 
associado a diferentes manejos via fo-
lha na cultura da soja. 
Figura 3. Produtividade em função da 
aplicação de nutrientes em diferentes 
dosagens e interação com compostos 
fi siológicos via folha na cultura da soja.
Figura 2. Produtividade em função da 
aplicação de micronutrientes no solo.
sc
 h
a-1
56,00
56,25
56,50
56,75
57,00
57,25
57,50
Micros no soloTestemunha
sc
 h
a-1
52,0
54,8
57,6
60,4
63,2
66,0
Solo +
 Mais gramas
Solo +
 Padrão
Solo +
 Completo
Testemunha
sc
 h
a-1
52
54
56
58
60
62
64
Mais 
gramas
PadrãoCompletoTestemunha
Manejo com Micro no Solo Manejo foliar Manejo Solo + Foliar
Os resultados obtidos respondem as perguntas. Considerando o solo com teores 
médios de fertilidade, em ano com realização de calagem, adição de fósforo, potássio, 
60 61
Inovação aliada a boas práticas: 
o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja
Ao implementar asboas práticas agrícolas, inclusive 
no uso de fungicidas para o controle de doenças no 
cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle 
necessária dos diferentes produtos formulados, 
promove o alcance de tetos produtivos elevados e, 
por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. 
Dentre as boas práticas está a rotação entre os 
diferentes princípios ativos fungicidas em 
um programa de aplicação e seguindo as 
recomendações de associações e entidades 
especialistas no manejo da resistência de fungos 
fitopatogênicos.
Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos 
tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em 
renomadas instituições de pesquisas agrícolas com 
o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, 
nas diferentes condições brasileiras. 
Os tratamentos consistiram em programas com 
quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / 
R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que 
compõem o complexo de doenças em soja, no 
Brasil, assim como calculadas as porcentagens de 
controle de cada programa, conforme a figura 1. 
As doses utilizadas foram as recomendadas pelos 
fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi 
mensurada (Figura 2) e os maiores resultados 
(considerando as médias entre 10 estados brasilei-
ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 
kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram 
diferenças significativas, os quais proporcionaram 
valores intermediários. Destaque às aplicações de 
Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e 
R1+14 dias após, que apresentaram excelente 
performance em comparação a outros produtos 
formulados em diferentes programas de aplicações 
durante o ciclo da soja, especialmente no controle 
da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares 
descritas aqui. 
Dessa forma, considerando diferentes regiões e 
situações no Brasil, sob incidência das principais 
doenças que acometem o cultivo da soja, os 
tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus 
resultados consolidados neste artigo, comprovam o 
atingimento do controle desejado das doenças, 
assim como resultaram em distintos níveis de 
produtividade que foram alcançados através da 
combinação de um ingrediente ativo consagrado, o 
Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do 
grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela 
Sumitomo Chemical, o Impirfluxam.
Em uma formulação moderna, essa é uma nova 
ferramenta que alia os principais atributos necessá-
rios para se obter um alto desempenho e que se 
encaixa versatilmente em qualquer manejo de 
doenças da soja.
Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria)
Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs).
Tratamento 01
48,9
24,6 26,8
73,9
59,6
65,8
78,1
62,0 63,5
79,8
69,9 69,2
75,3
58,4 63,2
76,9
62,0 65,4
81,0
61,3
65,5
79,5
63,5 67,5
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%.
Tratamento 01
53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano 
Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, 
Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America.
% Controle
Produtividade (sc/ha) 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32
Inovação aliada a boas práticas: 
o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja
Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive 
no uso de fungicidas para o controle de doenças no 
cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle 
necessária dos diferentes produtos formulados, 
promove o alcance de tetos produtivos elevados e, 
por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. 
Dentre as boas práticas está a rotação entre os 
diferentes princípios ativos fungicidas em 
um programa de aplicação e seguindo as 
recomendações de associações e entidades 
especialistas no manejo da resistência de fungos 
fitopatogênicos.
Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos 
tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em 
renomadas instituições de pesquisas agrícolas com 
o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, 
nas diferentes condições brasileiras. 
Os tratamentos consistiram em programas com 
quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / 
R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que 
compõem o complexo de doenças em soja, no 
Brasil, assim como calculadas as porcentagens de 
controle de cada programa, conforme a figura 1. 
As doses utilizadas foram as recomendadas pelos 
fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi 
mensurada (Figura 2) e os maiores resultados 
(considerando as médias entre 10 estados brasilei-
ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 
kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram 
diferenças significativas, os quais proporcionaram 
valores intermediários. Destaque às aplicações de 
Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e 
R1+14 dias após, que apresentaram excelente 
performance em comparação a outros produtos 
formulados em diferentes programas de aplicações 
durante o ciclo da soja, especialmente no controle 
da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares 
descritas aqui. 
Dessa forma, considerando diferentes regiões e 
situações no Brasil, sob incidência das principais 
doenças que acometemo cultivo da soja, os 
tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus 
resultados consolidados neste artigo, comprovam o 
atingimento do controle desejado das doenças, 
assim como resultaram em distintos níveis de 
produtividade que foram alcançados através da 
combinação de um ingrediente ativo consagrado, o 
Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do 
grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela 
Sumitomo Chemical, o Impirfluxam.
Em uma formulação moderna, essa é uma nova 
ferramenta que alia os principais atributos necessá-
rios para se obter um alto desempenho e que se 
encaixa versatilmente em qualquer manejo de 
doenças da soja.
Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria)
Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs).
Tratamento 01
48,9
24,6 26,8
73,9
59,6
65,8
78,1
62,0 63,5
79,8
69,9 69,2
75,3
58,4 63,2
76,9
62,0 65,4
81,0
61,3
65,5
79,5
63,5 67,5
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%.
Tratamento 01
53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano 
Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, 
Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America.
% Controle
Produtividade (sc/ha) 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32
Inovação aliada a boas práticas: 
o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja
Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive 
no uso de fungicidas para o controle de doenças no 
cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle 
necessária dos diferentes produtos formulados, 
promove o alcance de tetos produtivos elevados e, 
por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. 
Dentre as boas práticas está a rotação entre os 
diferentes princípios ativos fungicidas em 
um programa de aplicação e seguindo as 
recomendações de associações e entidades 
especialistas no manejo da resistência de fungos 
fitopatogênicos.
Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos 
tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em 
renomadas instituições de pesquisas agrícolas com 
o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, 
nas diferentes condições brasileiras. 
Os tratamentos consistiram em programas com 
quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / 
R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que 
compõem o complexo de doenças em soja, no 
Brasil, assim como calculadas as porcentagens de 
controle de cada programa, conforme a figura 1. 
As doses utilizadas foram as recomendadas pelos 
fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi 
mensurada (Figura 2) e os maiores resultados 
(considerando as médias entre 10 estados brasilei-
ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 
kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram 
diferenças significativas, os quais proporcionaram 
valores intermediários. Destaque às aplicações de 
Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e 
R1+14 dias após, que apresentaram excelente 
performance em comparação a outros produtos 
formulados em diferentes programas de aplicações 
durante o ciclo da soja, especialmente no controle 
da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares 
descritas aqui. 
Dessa forma, considerando diferentes regiões e 
situações no Brasil, sob incidência das principais 
doenças que acometem o cultivo da soja, os 
tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus 
resultados consolidados neste artigo, comprovam o 
atingimento do controle desejado das doenças, 
assim como resultaram em distintos níveis de 
produtividade que foram alcançados através da 
combinação de um ingrediente ativo consagrado, o 
Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do 
grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela 
Sumitomo Chemical, o Impirfluxam.
Em uma formulação moderna, essa é uma nova 
ferramenta que alia os principais atributos necessá-
rios para se obter um alto desempenho e que se 
encaixa versatilmente em qualquer manejo de 
doenças da soja.
Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria)
Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs).
Tratamento 01
48,9
24,6 26,8
73,9
59,6
65,8
78,1
62,0 63,5
79,8
69,9 69,2
75,3
58,4 63,2
76,9
62,0 65,4
81,0
61,3
65,5
79,5
63,5 67,5
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem+ Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%.
Tratamento 01
53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano 
Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, 
Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America.
% Controle
Produtividade (sc/ha) 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 1 18/09/23 16:32
INOVAÇÃO ALIADA A BOAS 
PRÁTICAS: 
O QUE A SUMITOMO CHEMICAL 
TRAZ DE NOVIDADE AOS 
PRODUTORES DE SOJAPor Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da 
Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano 
Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias 
Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira 
Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e 
Rafael Pereira - Sumitomo Chemical Latin America
Inovação aliada a boas práticas: 
o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja
Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive 
no uso de fungicidas para o controle de doenças no 
cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle 
necessária dos diferentes produtos formulados, 
promove o alcance de tetos produtivos elevados e, 
por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. 
Dentre as boas práticas está a rotação entre os 
diferentes princípios ativos fungicidas em 
um programa de aplicação e seguindo as 
recomendações de associações e entidades 
especialistas no manejo da resistência de fungos 
fitopatogênicos.
Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos 
tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em 
renomadas instituições de pesquisas agrícolas com 
o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, 
nas diferentes condições brasileiras. 
Os tratamentos consistiram em programas com 
quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / 
R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que 
compõem o complexo de doenças em soja, no 
Brasil, assim como calculadas as porcentagens de 
controle de cada programa, conforme a figura 1. 
As doses utilizadas foram as recomendadas pelos 
fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi 
mensurada (Figura 2) e os maiores resultados 
(considerando as médias entre 10 estados brasilei-
ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 
kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram 
diferenças significativas, os quais proporcionaram 
valores intermediários. Destaque às aplicações de 
Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e 
R1+14 dias após, que apresentaram excelente 
performance em comparação a outros produtos 
formulados em diferentes programas de aplicações 
durante o ciclo da soja, especialmente no controle 
da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares 
descritas aqui. 
Dessa forma, considerando diferentes regiões e 
situações no Brasil, sob incidência das principais 
doenças que acometem o cultivo da soja, os 
tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus 
resultados consolidados neste artigo, comprovam o 
atingimento do controle desejado das doenças, 
assim como resultaram em distintos níveis de 
produtividade que foram alcançados através da 
combinação de um ingrediente ativo consagrado, o 
Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do 
grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela 
Sumitomo Chemical, o Impirfluxam.
Em uma formulação moderna, essa é uma nova 
ferramenta que alia os principais atributos necessá-
rios para se obter um alto desempenho e que se 
encaixa versatilmente em qualquer manejo de 
doenças da soja.
Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria)
Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs).
Tratamento 01
48,9
24,6 26,8
73,9
59,6
65,8
78,1
62,0 63,5
79,8
69,9 69,2
75,3
58,4 63,2
76,9
62,0 65,4
81,0
61,3
65,5
79,5
63,5 67,5
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +
Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%.
Tratamento 01
53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29
Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08
c
Testemunha
b
V5-Difenconazol +
Propiconazol
R1-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+14-Protioconazol +
Benzowindiflupir +
Clorotalonil
R1+28-Ciproconazol +
Difenoconazol +
Clorotalonil
ab
V5-Ciproconazol +
Picoxistrobina
R1-Protioconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+14-Picoxistrobina +
Benzovindiflupir +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
ab
V5-Tebuconazol +
Azoxistrobina
R1-Protioconazol +
Mancozebe
R1+14-Tebuconazol +
Picoxistrobina +
Mancozebe
R1+28-Difenoconazol +
Azoxistrobina +
Clorotalonil
ab
V5-Piraclostrobina +
Fluxapiroxade
R1-Protioconazol +
Fluxapiroxade +
Mancozebe
R1+14-Fenpropimorfe +
Mancozebe
R1+28-Fenpropimorfe +
Mancozebe
ab
V5- Tebuconazol +
Trifloxistrobina
R1-Protioconazol +Trifloxistrobina +
Bixafem + Mancozebe
R1+14-Protioconazol +
Impirfluxam +
Mancozebe
R1+28-Ciproconazol +
Trifloxistrobina +
Clorotalonil
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Mesic + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
a
V5-Volna + Clorotalonil
R1-Excalia Max + Troia
R1+14-Excalia Max +
Troia
R1+28-Volna + CLRT
Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano 
Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, 
Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America.
% Controle
Produtividade (sc/ha) 
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32
65
NUMIL 1092
MILHETO GRANÍFERO
Pratylenchus brachyurus: 0,15
Meloidogyne javanica: 0,03
Meloidogyne incognita: 0,30
FATOR DE REPRODUÇÃO (FR) DOS
NEMATOIDES NO MILHETO GRANÍFERONEMATOIDES NO MILHETO GRANÍFERO
Este produto é perigoso à saude humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, 
na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade.
CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.
ATENÇÃO
O FUNGICIDA COMPLETO COM AÇÃO MULTISSÍTIO
PARA ALTAS PRODUTIVIDADES.
Único e Completo. Proteção definitiva contra 
o complexo de doenças da soja. 
Ação multissítio e sistêmica em uma formulação 
exclusiva, promovendo altas produtividades. 
Tecnologia inovadora potencializando o manejo 
de resistência com praticidade na aplicação.
UPL-0050-23-AF_ANUN_KV-EVOLUTION_SOROCABA_LY01_21x30.pdf 1 11/04/23 17:39
UMA INICIATIVA CRIATIVA REFERENTE 
AO SPD NA COBERTURA VIVA NO 
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS)
Por Valmor dos Santos / Editor da Revista INOVAR
Durante visita recente (setem-
bro/2023) que fiz ao estado do Rio 
Grande do Sul, tive a oportunidade 
de verificar “in loco” uma inciativa 
que me chamou a atenção, que 
se trata da implantação da aveia 
(cultura de inverno) em Sistema 
Plantio Direto (SPD) na cobertura 
viva da grama Tifton 85, conforme 
descrito nos parágrafos abaixo. 
A iniciativa foi verificada na 
Fazenda Recanto da Paz, de pro-
priedade do Sr. Antão Natalício 
Sanmartin Felden, Município de 
Dilermando de Aguiar (Região) 
denominada depressão central do 
estado.
A implantação da aveia que 
é uma cultura de inverno de alto 
valor agregado para pastagem, 
produção de grãos e/ou semen-
tes, foi implantada sobre a cober-
tura viva de Tifton 85. Sendo que 
a essência deste processo con-
siste no fato de que a espécie de 
forragem Tifton 85 é perene, mas 
no inverno (hiberna), ou seja, seu 
metabolismo se reduz de forma 
pronunciada devido às geadas e 
ao frio intenso. Desta forma, sur-
ge uma janela para implantar em 
PD na cobertura viva (mas hiber-
nada da Tifton 85) a aveia, desta 
forma aproveita-se o frio, para 
produção de forragem no inverno 
e ganha-se tempo, pois, quando 
as temperaturas começam a su-
bir a partir de setembro a aveia 
naturalmente começa a definhar 
e a Tifton 85, que também é uma 
excelente forrageira, começa a se 
desenvolver. 
No caso verificado, utilizou-se Foto. Valmor dos Santos
uma semeadeira que faz o PD 
com espaçamento de 20 cm en-
tre fileiras, para implantação da 
aveia. Com relação as tecnologias 
de condução da aveia, é opcional 
tratar as plantas vivas com herbi-
cidas, inseticidas etc. ou, caso de-
sejar fazer alguma reposição de 
corretivos e/ou fertilizantes, fica 
a critério da oportunidade e recur-
sos disponíveis, deixando claro 
que as tecnologias, quando bem 
aplicadas e com orientação dos 
profissionais da área das ciências 
agrárias, normalmente se pagam, 
ou seja, apresentam uma relação 
de custo-benefício favorável.
Com relação aos enésimos 
benefícios desta tecnologia de 
manejo, foi citado acima a otimi-
zação do tempo, mas com o ob-
jetivo de catequizar os leitores, irei 
citar mais alguns, ou seja, controle 
eficaz da erosão, aumento subs-
tancial da produção de biomassa 
para pecuária, melhoria da renda 
do produtor etc.
Por fim gostaria de dizer que 
cada região e propriedade deste 
imenso Brasil tem sua realidade, 
mas, utilizando nossa imagina-
ção é possível sempre estarmos 
melhorando os processos produ-
tivos.
Foto. Valmor dos Santos Foto. Valmor dos Santos
68
Ir além é ter as 
pessoas como
a nossa prioridade.
Para a Bayer, a aliança entre 
tecnologia, sociedade e 
diversidade, equidade e 
inclusão é a forma correta 
de fazer negócio: colocando 
as pessoas no centro e a 
ciência a serviço de uma 
vida melhor. Melhor para 
você, melhor para todos nós.
Se é Bayer, é bom.
BAYER_0141_ANUNCIO_INSTITUCIONAL_21X28.indd 1BAYER_0141_ANUNCIO_INSTITUCIONAL_21X28.indd 1 06/04/2023 15:3506/04/2023 15:35ção de polpa enlatada, passou 
a concorrer com áreas de al-
godão, o que levou a empresa 
buscar novas regiões para a 
fibra. Por volta de 1988, a pro-
dução de feijão nas áreas de 
sequeiro em Irecê passou por 
declínio, oportunizando o in-
gresso da cotonicultura neste 
novo ambiente. 
Diante das oportunidades 
no mercado do feijão, empre-
sários como a Agronol e Hel-
muth Rieguer passaram a in-
vestir neste cultivo, mas com 
a perspectiva de trabalhar com 
outras opções mais seguras e 
rentáveis. Desta forma, na sa-
fra 1989/90 implementaram as 
primeiras lavouras desta fibra 
no cerrado baiano. No caso da 
Agronol, este início contou com 
o acompanhamento de um 
gestor reconhecido, o memorá-
vel Luiz Antônio Cansanção. 
O começo envolveu parce-
rias com a algodoeira São Mi-
guel, a qual detinha um modelo 
de produção sob cooperação, 
fornecendo suporte técnico, re-
cursos financeiros e insumos, 
bem como adquirindo a produ-
ção para seu beneficiamento 
em Juazeiro. Diante do desafio 
da colheita manual, a Agronol 
buscou a solução, sendo a pri-
meira colhedora.
Para a safra 1990/91, am-
bas fazendas repetiram os 
cultivos da fibra. No caso do 
Rieguer, apesar da ampliação 
das áreas, um impacto esteve 
presente, que foi a presença do 
bicudo-do-algodoeiro. Por ou-
tro, a Agronol se preocupou em 
buscar mais soluções e Israel 
foi o centro de onde mais im-
portaram tecnologias de ma-
nejo e cultivares. 
Nesta busca por inovações, 
o renomado técnico Felipe 
Grinner (in memoriam), com 
experiências de cultivos em 
Israel, passou a fazer parte da 
equipe da Agronol, sob a ges-
tão de Cansanção, reforçando 
o time de nomes experientes 
como Pedro Matana, atuante 
no setor até os dias atuais. 
A expansão da cultura pelo 
Brasil Central
A partir de 1986 na fazen-
da Itamaraty Norte, em Cam-
po Novo dos Parecis/MT, o 
produtor Olacyr de Morais, na 
busca de alternativas à soja no 
cerrado, promovendo grandes 
investimentos em pesquisas, 
inclui no rol das suas opções a 
procura de genética de algodão 
adaptada à região. Nesta par-
ceria esteva a Embrapa, tendo 
à frente o pesquisador Eleusio 
Curvêlo.
Diversos materiais israelen-
Foto. Pedro Matana
Foto. Pedro Matana
14 15
jornada de expansão no Oeste 
da Bahia.
Pesquisadores de renome 
que atuavam no Mato Gros-
so também colaboraram para 
orientações na Bahia, seguin-
do até os dias atuais, como 
Valter Jorge, Eleusio Curvelo, 
Paulo Degrande, Jonas Guerra, 
Márcio de Souza e outros. Da 
mesma forma, a Fundação MT 
conduzia diversos experimen-
tos no estado do Mato Grosso, 
situação que estimulou a cria-
ção da Fundação BA para os 
estudos na realidade local. 
O avanço na cultura conti-
nuou e Anésio Ferreira implan-
tou lavouras na região do Rosá-
rio em 1993 e na safra 1994/95 
construiu a primeira algodoeira 
no cerrado e adquiriu colhe-
dora, fortalecendo a tese que 
a cotonicultura iria prosperar 
neste ambiente que era apenas 
para soja e milho.
Para a safra 1994/95, Can-
sanção e Breda proveram diver-
sas agendas com produtores 
da região, a fim de convencê-
-los a entrar na nova atividade. 
Uma reunião marcante foi em 
Bom Jesus da Lapa, na fazen-
da de Luís Carlos Fernandes, 
a qual reuniu Humberto Santa 
Cruz da Agronol, Antônio Fran-
ciosi, João Carlos Jacobsen, 
Raul Botelho, Ricardo Garcia 
Leal e outros. Como resultado, 
todos acreditaram na cultura 
e em seguida, com mais em-
preendedores, testaram e ex-
pandiram áreas com algodão 
na região do cerrado. 
Áreas de 50 a 100 hectares 
por produtor foram os módu-
los iniciais, pois tinham relação 
com o volume que os bancos 
concordavam em financiar. 
Neste período, a produção que 
não era destina à algodoeira 
São Miguel em Juazeiro, se-
guia para as beneficiadoras da 
região de Guanambi, em espe-
cial do empresário Luís Carlos 
Fernandes (destaque a este por 
ser pioneiro em acreditar no po-
tencial das lavouras da região). 
O transporte do algodão ainda 
não beneficiado seguia em ca-
minhões pelas precárias estra-
das, tanto para Juazeiro, quan-
to para Guanambi. Também foi 
empregada a modalidade de 
transporte fluvial, com barca-
ças entre Ibotirama e Juazeiro, 
dinamizando a logística. 
Luiz Antônio, que passou a 
atuar na comercialização de 
fertilizantes, visualizou um fu-
turo promissor da cultura no 
Oeste da Bahia e um dinâmi-
co projeto de expansão foi de-
senhado, o qual contou com 
muitas parcerias, envolvendo 
assistência técnica, colheita 
mecanizada, beneficiamento e 
outros suportes. 
Sob o direcionamento das 
ações por Luiz Antônio, a con-
sultoria Círculo Verde e o agri-
cultor João Carlos Jacobsen 
tiveram importantes papeis 
nesta fase. No caso da Círcu-
lo Verde, diante da experiência 
com a cultura de Pedro Brug-
nera, juntamente com o mo-
bilizador Celito Breda, passos 
importantes foram dados na 
orientação técnica das novas 
lavouras por volta de 1996. 
Cansanção se uniu com Ja-
cobsen para disponibilizar aos 
novos cotonicultores inova-
ções na colheita e pós-colheita. 
Através da aquisição de uma 
moderna colhedora, foi possí-
vel a prestação de serviços de 
colheita totalmente mecaniza-
da aos que estavam testando 
a cultura. A parceria se esten-
deu e em 1998 foi estruturada 
a beneficiadora Oeste Fibras, 
que junto a outros sócios, ala-
vancaram o beneficiamento da 
fibra na região.
Reflexos da crise nacional e 
expansão do setor
Em meados da década de 
1990, a cotonicultura nacional 
mergulhou numa grave crise, 
decorrente do impacto das 
grandes safras norte-america-
nas e a concorrência com o al-
godão importado, por reduções 
nas alíquotas e longos prazos 
de financiamentos. Este am-
biente resultou em colheitas na 
casa das 300 mil toneladas na 
safra brasileira de 1997.
Neste mesmo ano, a Linhas 
Corrente (empresa do grupo 
inglês COATS, na época com 
200 anos de vida, unidades 
industriais em 60 países e co-
mercialização de linhas de cos-
tura em praticamente todos os 
mercados do planeta) decide 
pelo fechamento de sua única 
operação agrícola, no caso a 
Algodoeira São Miguel. Naque-
le momento tornava-se mais 
viável importar fibra extralon-
ga produzida com a cultivar de 
algodão barbadenses Pima S5 
em lavouras irrigadas na Cali-
fórnia.
Para superar o momento, 
a produção em escala e com 
alta tecnologia no manejo e na 
mecanização, passou a ser a 
condição da superação. Neste 
novo cenário, o cerrado bra-
sileiro ofereceu as condições 
que a cultura esperava para a 
nova fase de expansão. 
Uma nova dimensão na or-
ses da Hazera Seeds foram 
testados, porém, revelaram-
-se extremamente suscetíveis 
para Ramulose e Ramulária, 
fato que obrigou o empresário 
a buscar soluções enérgicas 
nos Estados Unidos, com ma-
teriais da Deltapine Acala 90, 
sendo estes, a base para a cria-
ção da famosa cultivar ITA 90, 
por volta de 1993.
Este período é marcado por 
algumas frentes de inovações 
para a nova cotonicultura bra-
sileira, acompanhada de uma 
nova fase na economia nacio-
nal. Os empreendimentos de 
Olcayr de Moraes, da Agronol, 
da Finobrasa (empresa do gru-
po Vicunha no RN) e Algodoeira 
São Miguel, simultaneamente 
buscaram novas soluções em 
Israel, sobretudo em genética e 
irrigação, bem como iniciaram 
importações de usinas de be-
neficiamento e colhedoras, que 
estavam suspensas desde o 
início da década de 1970, devi-
do à política vigente até o ano 
de 1990, que pretendia pro-
teger a indústria nacional da 
competição de equipamentos 
produzidos por concorrentes 
estrangeiros, quando estivesse 
disponível um similar nacional. 
A existência de um único 
protótipo de colhedora de al-
godão desenvolvido pela De-
dimaq, indústria metalúrgica 
de Piracicaba/SP, com tecnolo-
gia da URSS, gerava alíquotas 
que tornavam a renovação da 
frota de colhedoras importadas 
impeditivas. Da mesma forma, 
neste período a descaroçadora 
da Piratininga era protegida da 
concorrência das algodoeiras 
fabricada nos EUA.
Estas empresas foram a 
base para o reconhecido mo-
delo que segue até o momento, 
com mecanização completado 
ciclo produtivo, aliado ao uso 
de alta tecnologia. Neste con-
texto histórico entra a expressi-
va contribuição da cultivar ITA 
90, que foi a responsável pelo 
avanço da nova cotonicultu-
ra, sendo cultivada na maioria 
das áreas em que ocorreu a ex-
pansão no cerrado, incluindo a 
Bahia. 
A consolidação da cotoni-
cultura na região Oeste da 
Bahia
O período de 1993 a 1996 
foi marcado por passos im-
portantes na expansão da co-
tonicultura no Oeste da Bahia. 
O incentivador Luiz Antônio 
Cansanção esteve presente na 
maioria deles. 
Um bom exemplo foi o estí-
mulo à consultoria privada, vi-
sando orientar os pioneiros da 
região na cultura. Desta forma, 
a empresa Circulo Verde, com 
experiências em cultivo de fei-
jão irrigado, começou a em-
preender esforços para ajudar 
na expansão da cotonicultura. 
Esta empresa, dos Agrôno-
mos Pedro Brugnera, Celito 
Breda, e outros, seguindo es-
tímulos de Luiz Antônio e tro-
cas de experiências com con-
sultores como Felipe Grinner 
e Pedro Matana da Agronol, 
entre outros, contribuíram para 
orientar tecnicamente o grupo 
de pioneiros que seguiram a 
Foto. Celito Breda
Foto. Pedro Matana
16 17
inovações. Neste ambiente, 
a cotonicultura do Oeste da 
Bahia culmina sua trajetória 
histórica, com uma colheita 
estimada em 2023 com 1,4 mi-
lhão de toneladas de algodão 
em capulho, numa área de 305 
mil hectares.
Numa escalada de produtivi-
dades, o algodão da região pro-
va que é o mais produtivo do 
mundo em áreas não irrigadas, 
juntamente com uma qualida-
de excepcional. Analisando as 
marcas históricas da fazenda 
Mizote (Roda Velha) em 1998 
que produziu 300@/ha, da fa-
zenda Busato (Rio Brilhante) 
em 2000 com mais de 400@/
ha, até os recordes na área irri-
gada da Agronol em 2017 com 
620@/ha e em sequeiro do 
Grupo Gorgen no ano de 2022 
com 613@/ha, constata-se 
que a inovação está no cami-
nho desta importante cultura. 
Em pouco mais de duas dé-
cadas, o Brasil passou de se-
gundo maior importador, para 
o segundo maior exportado de 
algodão e contextos como este 
caso da Bahia, contribuíram 
para um alicerce seguro na 
construção deste império, que 
é a cotonicultura brasileira. Os 
agradecimentos aos que acre-
ditaram no setor e deram seu 
empenho, bem como aos que 
contribuíram com relatos his-
tóricos para que este registro 
pudesse ser concretizado. 
ganização do setor passou a 
se consolidar, com a fundação 
da Abrapa em 1999, visando 
centralizar a representação na-
cional dos cotonicultores. Para 
atender as bases desta es-
trutura, cada estado produtor 
estruturou sua entidade repre-
sentativa, ao exemplo da cria-
ção da Abapa em 2000, a qual 
já vinha mobilizada através da 
união dos cotonicultores no 
Departamento de Algodão da 
Aiba, criado alguns anos antes. 
Paralelo ao desenho da or-
ganização privada do setor, 
programas de desenvolvimen-
to da cultura foram implanta-
dos, como o Proalba na Bahia 
em 2001, visando políticas se-
toriais. Junto a estes, foram im-
plementados fundos de apoio, 
como o Fundeagro, aportando 
recursos para promoção e o 
desenvolvimento da cultura.
Frente aos problemas de co-
mercialização decorrentes do 
cenário econômico da época, 
em 1998 a Bahia foi inclusa na 
lista de estados partícipes do 
PEP (Prêmio para Escoamento 
de Produto), através da colabo-
ração do economista Raimun-
do Santos. 
No ano seguinte, Raimundo 
também articulou a vinda dos 
especialistas da BM&F com o 
objetivo de uma apresentação 
dos serviços de classificação 
da BM&F (classificadora oficial 
do algodão brasileiro nesse pe-
ríodo) em Barreiras. A agenda 
reuniu produtores da região 
para conhecer os procedimen-
tos de envio de amostras e os 
padrões de qualidade de uma 
melhor comercialização, tanto 
para o mercado interno, quan-
to para o mercado externo, o 
qual envolvia análises da qua-
lidade intrínseca e de HVI (high 
volume instruments). O ano 
de 1999 também ficou marca-
do pela ida dos produtores do 
Oeste Baiano para conhecer as 
instalações em São Paulo do 
Departamento de Classifica-
ção da BM&F.
A classificação instrumental 
em larga escala teve início em 
2002 com a parceria entre a 
Abapa e EBDA, a qual viabilizou 
o uso de um equipamento do 
estado, sendo instalado no la-
boratório da entidade em Luís 
Eduardo Magalhães. Foi uma 
nova fase, pois até então era 
empregada somente a classifi-
cação visual.
Novas parcerias marcaram 
este momento em relação à 
liquidez do produto regional. 
Uma delas foi o credencia-
mento de um armazém da 
Cooproeste junto a Conab em 
1999, oportunizando aos pro-
dutores a comercialização via 
Contratos de Opções. Esta 
agenda teve importante media-
ção da Sandias Corretora. 
No ano de 2000, a primei-
ra trading de algodão a operar 
na região, o Grupo Esteve SA 
(atual Eisa), estruturou sua uni-
dade de armazenagem junto 
a Cooproeste. Esta ação via-
bilizou a primeira exportação, 
sendo realizada pelo porto de 
Salvador. 
De olho na sustentabilida-
de da cultura, um modelo de 
manejo fitossanitário coletivo 
foi desenhado, focando ações 
contra o bicudo. Assim nasceu 
o Programa Fitossanitário nos 
anos 2000, gerando grandes 
contribuições técnicas para o 
êxito da cultura até hoje. 
A indústria de máquinas, 
insumos, genéticas, serviços 
e a pesquisa pública e privada 
avançou a passos largos, tor-
nado um setor referência em 
18 19
GALVANI INVESTE R$ 2,5 BILHÕES 
PARA CRESCER NO NORDESTE
Os investimentos serão nas operações já existentes na Bahia e no 
Projeto Santa Quitéria, em parceria com a INB, no Ceará.
Por Ascom - Galvani
Com foco na expansão da 
produção de fertilizantes no 
Nordeste, a Galvani vai investir 
R$ 2,5 bilhões de reais nas suas 
unidades no estado da Bahia 
e no Projeto Santa Quitéria. 
O aporte faz parte do plano 
de expansão da empresa que 
deve dobrar a capacidade nos 
próximos anos.
Líder em produção e 
distribuição de fertilizantes na 
região agrícola do Matopiba 
(que compreende os estados 
do Maranhão, Tocantins, Piauí 
e Bahia), a empresa investiu R$ 
200 milhões na unidade fabril 
em Luís Eduardo Magalhães 
para aumentar para a 1,2 milhão 
de tonelada de fertilizantes a 
produção anual. Na unidade 
de mineração em Irecê, que 
está em fase de licenciamento 
ambiental, a Galvani vai investir 
R$ 340 milhões na implantação 
de uma nova rota tecnológica 
que eleva o aproveitamento do 
fosfato e elimina a necessidade 
21
de barragem de rejeitos. Por 
lá, a capacidade de produção 
anual será de 200 mil toneladas 
de concentrado fosfático por 
ano, matéria-prima para a 
produção dos fertilizantes em 
Luís Eduardo Magalhães. 
“Devemos registrar um 
crescimento de 15% nas 
vendas deste ano e queremos 
seguir avançando. O plano 
de negócios da Galvani prevê 
investimentos em projetos de 
mineração, produção, mistura 
e distribuição de fertilizantes. 
Nosso objetivo é reduzir a 
dependência brasileira de 
fosfatados, essencial para 
o agronegócio e para a 
segurança alimentar do país”, 
informa Jailton Sobral, diretor 
Comercial da empresa.
Inovações em produtos
A Galvani se preocupa com o 
futuro e investe continuamente 
em pesquisa. Sabendo que 
os tipos de solos e culturas 
mudam em cada região, ela 
trabalha para identificar essas 
particularidades e desenvolve 
soluções inovadoras para 
seus clientes. Um exemplo é o 
fertilizante Phosgrão.
O produto reúne até 10 
nutrientes em um mesmo 
grânulo e possui diversas 
fórmulas para correção do solo 
e manutenção das culturas. 
Uma das inovações nesses 
fertilizantes foi a linha Mag, 
com magnésio no grânulo 
para minimizar os riscos 
de deficiência na cultura, 
impulsionar a absorção de 
fósforo e reduzir os estresses 
climáticos, principalmente, nas 
culturas da soja e do algodão. 
A empresa já estuda trazer 
ao mercado em breve mais 
inovações em seus produtos, 
para melhorar o solo e a 
nutrição de plantas.
FERRAMENTAS BIOLÓGICAS E SEUS 
USOS NO MANEJO DE INSETOS-PRAGA 
EM SISTEMAS DE CULTIVO
Por Eng. Agr. Dr. Mauricio Paulo Batistella Pasini, Entomologistae Estatístico / 
Intagro – Consultoria, Pesquisa e Desenvolvimento
Insetos-praga em sistemas 
de cultivo levam uma parte sig-
nificativa do potencial produtivo 
das diferentes culturas, seja se 
alimentando de parte das plantas 
como lagartas e besouros, seja 
sugando as plantas como perce-
vejos, mosca-branca, pulgões e 
cigarrinhas, seja introduzindo em 
plantas agentes patogênicos que 
posteriormente irão causar uma 
manifestação de doenças, uma 
virose, enfezamento, entre outras.
De fato, insetos-praga, quan-
do vinculados as plantas podem 
representar entre 20 a 30% de 
redução do potencial produtivo, 
os quais estão atrelados não só 
ao descrito anteriormente, mas 
também, a um custo fisiológico 
que a planta tem para se recupe-
rar dos impactos decorrentes da 
alimentação do inseto, os quais 
envolvem: modificações de rotas 
metabólicas para a produção de 
metabólitos secundários; conten-
ção de infecções e agentes pato-
gênicos; contenção de ferimen-
tos; comunicação entre plantas 
visando alerta e outros organis-
mos, principalmente controlado-
res biológicos.
Essa complexa interação entre 
plantas e insetos, como desta-
cado, gera um custo energético 
cumulativo, o qual impacta não 
só na cultura onde o inseto-praga 
está ocorrendo, mas em toda a 
22 23
Estratégias de manejo
Manejo de insetos em sistemas 
de cultivo tende a buscar utilizar 
as ferramentas no estabelecimen-
to das populações nos ambientes, 
quando estas, em baixas densi-
dades populacionais, causam re-
duzidos impactos econômicos, e 
manejos realizados impactam na 
cultura e na sucessão. 
Uma estratégia simples, a qual 
deve ser vista como um “investi-
mento a longo prazo”, buscando 
alocar as ferramentas onde estas 
entregam suas maiores perfor-
mances, por exemplo: lagartas 
Spodoptera com hábito de rosca 
em uma cultura, se estabelecem 
na cultura anterior, na qual investi-
mentos abaixo de $10,00 (dez dó-
lar), buscando lagartas em primei-
ros instares, resolveria o problema 
na sucessão, onde, havendo a 
presença de lagartas com hábito 
rosca, o investimento em manejo 
irá passar dos $15,00. Contudo, o 
desafio seria acertar o “time” em 
que essas lagartas ainda estão 
nos primeiros instares, pois, com 
ciclo curto, em poucos dias, já se 
tem a presença de indivíduos de 
maior tamanho, cabendo aqui a 
estratégia de monitorar maripo-
sas, seja em armadilha luminosa 
ou em armadilha feromônio, onde 
há captura delas, há pelo menos 9 
dias para se entrar com ferramen-
tas de baixo investimento, mas de 
elevado retorno. 
Embora se traga o case de 
Spodoptera, as outras espécies 
de insetos destacadas também 
possuem formas de a longo prazo 
tomar medidas que impactem em 
suas manutenções de densidades 
baixas, mitigando seus impactos 
na sucessão.
Nesse contexto, o uso de fer-
ramentas biológicas passa a ser 
uma estratégia de encaixe para 
essa lógica de manejo, pois Fun-
gos Entomopatogênicos, Nema-
toides Entomopatogênicos, Vírus 
Entomopatogênicos e Parasitoi-
des de insetos, tendem a persis-
tir nos ambientes onde eles são 
inseridos, embora não sendo os 
agentes de controle principal, eles 
passam a atuar influenciando na 
manutenção das densidades po-
pulacionais de insetos-praga em 
níveis aos que estariam sem a 
presença das ferramentas.
Fungos Entomopatogênicos 
Fungos que atuam sobre in-
setos tem ação generalista, ne-
cessitando de insetos para que 
suas persistência e variabilidade 
genéticas ocorram. No uso dessa 
ferramenta é sempre importante 
considerar a espécie de fungo, a 
cepa e a formulação, característi-
cas que influenciam muito sobre 
suas persistências e efetividade 
sobre os insetos.
Destaca-se que no uso de fun-
gos, diferente de ferramentas quí-
micas, sua ação é mais lenta, mas 
sua persistência no ambiente é 
maior, sendo sinérgica a associa-
ção entre essas ferramentas.
Metarhizium anisopliae um 
fungo com agressiva ação, princi-
palmente para insetos que estão 
em solo, ou que parte do seu ci-
clo persiste nesse ambiente, em 
sistemas ele pode ser muito bem 
empregado sobre o complexo 
de tripes (Soja, Milho e Algodão), 
além de ter uma ação sobre larva-
-alfinete (fase imatura da Diabroti-
ca speciosa). Além desses alvos, 
estudos tem mostrado sua per-
formance em lagartas (Heliotinae 
em Milho) e percevejos (sistemas: 
Soja e Milho – percevejo: barriga-
-verde).
Beauveria bassiana um fungo 
que se consolidou em manejo de 
mosca-branca, podendo também 
ser utilizado para controle de pul-
gões (Milho, Algodão e Sorgo), 
percevejos (em maior concentra-
ção) além de servir como alterna-
tiva para manejo de Cigarrinha do 
Milho.
Cordyceps (Isaria) fumosoro-
sea se destacou como principal 
Foto. Tripes em soja
Foto. Cigarrinha do milho
Foto. Metarhizium anisopliae ação sobre 
percevejo. Imagem Pasini.MPB
Foto. Beauveria bassiana ação sobre 
percevejo. Imagem Pasini.MPB
sucessão de cultivos onde ele irá 
permanecer pela persistência e 
aumento populacional de sua pro-
le, pois, embora a percepção que 
insetos são manejados na cultura, 
deve-se ressaltar que esses orga-
nismos são pragas de sistema, 
onde a sucessão de cultivos só 
favorece seus aumentos popula-
cionais.
Insetos-Praga de sistemas
Quando determinada espécie 
de inseto tem a capacidade de 
persistir ao longo da sucessão de 
cultivos, utilizando as diferentes 
plantas para alimento e abrigo, 
tendo apenas o ambiente como 
fator limitante, gerando impacto 
econômico, esse organismo pas-
sa a ser considerado praga de sis-
tema.
Nesse contexto, não são mui-
tas espécies de insetos que se 
enquadram, porém, o que preo-
cupa é que essas espécies são 
as que apresentam as maiores 
densidades, como, por exemplo 
Spodoptera frugiperda, Caliothrips 
ssp., Frankliniella ssp., Diceraeus 
melacanthus, contudo, outras es-
pécies têm se adaptado a essas 
condições, não gerando impacto 
econômico ao longo da suces-
são, mar persistindo nas diferen-
tes plantas como Bemisia tabaci, 
Dalbulus maidis, complexo de Pul-
gões e lagartas Heliotinae. 
Spodoptera frugiperda – lagar-
ta-do-cartucho, está presente em 
praticamente todos os cultivos, 
em soja, milho, trigo, sorgo, milho, 
algodão entre outras, e, nessas 
duas últimas culturas destacadas, 
em muitas situações não têm res-
peitado biotecnologias expres-
sas em plantas; Caliothrips ssp. e 
Frankliniella ssp. – tripes, consti-
tuem hoje um grande desafio para 
o manejo, pois, além de estarem 
presentes nas culturas citadas, 
algumas espécies podem ser ve-
tor de viroses, ressalta-se que por 
serem insetos de tamanho me-
nor, suas densidades só são per-
cebidas quando estão em níveis 
elevados; Diceraeus melacanthus 
– percevejo barriga-verde, é a es-
pécie que mais se beneficia dos 
sistemas de cultivo, além de ser o 
principal inseto-praga para início 
do desenvolvimento da cultura do 
milho, em soja e outras culturas 
têm passado a gerar impactos re-
levantes, sendo entre as espécies 
de percevejo a de maior dificulda-
de de controle.
Bemisia tabaci – mosca-bran-
ca, embora presente em Algodão e 
Soja, nas últimas safras tem cha-
mado a atenção de sua presença 
em milho em atividade alimentar 
e reprodutiva; Dalbulus maidis – 
cigarrinha do milho, embora mais 
específica na cultura do milho, 
observações em soja, algodão, 
sorgo e milheto são constantes o 
que reforça uma preocupação da 
persistência em outras plantas; já 
o complexo de Pulgões e lagartas 
Heliotinae embora de ocorrências 
específicas nas diferentes cul-
turas, suas presenças têm sido 
mais constantes.
Foto. Spodoptera e tripes.
Foto. Spodoptera em flor de algodão
Foto. Mosca-branca e seus reflexos em 
algodão
Foto. Spodoptera em milho – Bahia 
atacando base de espiga
24 25
fermenta biológica para a Cigar-
rinha do Milho, contudo tem se 
obtido bons resultados de seu 
uso para manejo de Percevejos, 
mosca-branca, Pulgões e Tripes, 
ressaltando a versatilidade desse 
fungo para outros alvos.
Nematoides 
Entomopatogênicos
Nematoides, embora sejam 
mais conhecidos aqueles que 
atacam plantas,recentemente o 
uso da ferramenta para controle 
de insetos passou a ser difundida, 
entre os benefícios de Steinerne-
ma carpocapsae, destaca-se sua 
persistência no ambiente, ação 
sobre um grupo amplo de espé-
cies como Spodoptera frugiperda 
e Heliotinae, além do seu efeito 
em pragas que ocorrem em solo, 
como larva alfinete e coros.
Vírus Entomopatogênicos
Brasil, o maior case de sucesso 
com essa ferramenta, Baculovírus 
anticarsia, contudo, nos últimos 
anos o desenvolvimento dessas 
ferramentas tem agregado para o 
controle de um maior número de 
espécies de insetos, como Spo-
doptera frugiperda e Heliotinae, se 
encaixando muito bem em mane-
jo de sistemas.
Parasitoides de insetos
Spodoptera frugiperda e Helio-
tinae ganham aqui um importan-
te agende de controle, pois o uso 
dessa ferramenta, agrega a longo 
prazo na diminuição de densida-
des populacionais, contudo cabe 
aqui uma estratégia em função 
do alvo na liberação de Tricho-
gramma pretiosum. Para Spo-
doptera frugiperda que apresenta 
massas de ovos, a liberação deve 
acontecer no início dos primeiros 
fluxos populacionais, pois embora 
Trichogramma não consiga atin-
gir todos os ovos, gradativamente 
ocorrerá uma redução nas densi-
dades, já para Heliotinae, em espe-
cial Helicoverpa zea sua liberação 
deve estar atrelada ao monitora-
mento, onde da constatação de 
mariposas, as liberações devem 
acontecer em três dias, coincidin-
do a liberação com as posturas, 
aumentando assim a efetividade 
do controle.
Em resumo, são inúmeras as 
estratégias que se somam para 
auxiliar no manejo de insetos em 
sistemas, destacando: ações fei-
tas em uma cultura se refletem 
na outra.
Foto. Cordyceps (Isaria) fumosorosea 
ação sobre percevejo.
Imagem Pasini.MPB
Foto. Cordyceps (Isaria) fumosorosea 
ação sobre cigarrinha do milho.
Imagem Pasini.MPB Foto. Nematoides Entomopatogênicos e 
sua ação sobre percevejo.
Imagem Pasini.MPB
Foto. Parasitoide e sua ação sobre 
percevejo.Imagem Pasini.MPB
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE 
DIFERENTES INSETICIDAS NO 
CONTROLE DE PERCEVEJOS NA CULTURA 
DA SOJA (GLYCINE MAX (L.) MERRIL) NA 
REGIÃO OESTE DA BAHIA
Por Mercer, R. M.1; Lima, C. B. M. 2; Viana, L. Q. 3; Queiroz, C. A. S. Jr.4; Lima, A. C. M.5; O, J.B 6.
1 Renato Monteiro Mercer - Enge-
nheiro Agrônomo Mercer Assessoria 
Agronômica
 
2 Charles Braully Mendes Lima - En-
genheiro Agrônomo Mercer Assesso-
ria Agronômica
 
3 Lucas Queiroz Viana - Estudante de 
nível superior (Centro Universitário 
Arnaldo Horácio Ferreira - UNI-
FAAHF)
 
4 Carlos Alberto Santos Queiroz Jú-
nior - Estudante de nível superior 
(Centro Universitário Arnaldo Horá-
cio Ferreira - UNIFAAHF)
 
5 Ana Caroliny Mendes Lima - Estu-
dante de nível superior (Universida-
de Federal de Viçosa - UFV)
 
6 Jackeline Batista de Oliveira - Estu-
dante de nível superior (Centro Uni-
versitário Arnaldo Horácio Ferreira 
- UNIFAAHF)
26 27
INTRODUÇÃO 
Atualmente, o Brasil é con-
siderado o maior produtor 
de soja do mundo (EMBRA-
PA, 2021). No ano agrícola de 
2022/2023 a safra de soja deve 
chegar a um volume recorde 
de 153,5 milhões de toneladas, 
22,2% ou 27,9 milhões de tone-
ladas acima da obtida na safra 
anterior (CONAB, 2022). 
Os problemas fitossanitá-
rios na soja constituem uma 
séria ameaça à quantidade e 
qualidade produzida, pois o 
Brasil é um país com caracte-
rísticas edafoclimáticas muito 
favoráveis ao ataque de pragas 
e doenças. A soja, plantada em 
monocultivo em extensões de 
milhares de hectares, é inten-
samente atacada por insetos 
ou fitopatógenos, durante qua-
se todo o seu ciclo (FREITAS, 
2011). Um grupo de pragas que 
se destaca no Brasil por ser o 
mais importante da soja, são 
os percevejos fitófagos (Ordem 
Hemiptera), principalmente os 
da família Pentatomidae. 
Esses são os mais abundan-
tes e se alimentam diretamen-
te dos grãos, produto final a 
ser comercializado (CORRÊA-
-FERREIRA & PANIZZI, 1999). 
A colonização por percevejos 
dessa família, se inicia no final 
da fase vegetativa da cultura 
ou no início da floração (fase 
reprodutiva) e tem sua popu-
lação crescente até o final do 
enchimento dos grãos (R6). Es-
ses percevejos são sugadores 
de vagens e sementes, logo, o 
ataque ocorre desde o apare-
cimento das vagens (R3), até 
a fase final de enchimento de 
grãos (HOFFMANN-CAMPO et 
al., 2000). O período crítico está 
entre o desenvolvimento das 
vagens (R4) e o início de enchi-
mento de grãos (R5.1), em que 
a população tende a aumentar 
e a soja está mais suscetível ao 
ataque.
O dano direto varia de acor-
do com a fase de desenvol-
vimento do grão, mas pode 
causar perdas significativas 
no rendimento, na qualidade 
e até no poder germinativo da 
semente. Além disso, como 
dano indireto, podem ocorrer 
transmissões de doenças e 
distúrbios fisiológicos que al-
teram o funcionamento e ama-
durecimento normal da planta 
(WEBER, 1999). A constituição 
da semente também pode ser 
alterada devido ao ataque dos 
percevejos, resultando em um 
menor teor de óleo e maior 
teor de proteínas e ácidos gra-
xos livres (CORRÊA-FERREIRA, 
2005).
O crescimento do setor re-
força a necessidade de utilizar 
os inseticidas de forma racio-
nal para reduzir os impactos 
ambientais, e evitar a imposi-
ção de barreiras comerciais à 
exportação de soja e derivados 
(CORRÊA-FERREIRA & ROG-
GIA, 2013). 
Diante disto, a necessida-
de de maiores conhecimentos 
sobre os inseticidas que são 
eficientes no manejo de per-
cevejos leva a continuidade de 
trabalhos visando testar novos 
produtos e/ou formulações 
para o controle destas pragas. 
MATERIAL E MÉTODOS
Local e período experimen-
tal
O ensaio foi conduzido na 
estação experimental Alvorada, 
localizado na Fazenda Alvora-
da, município de Luís Eduardo 
Magalhães — BA, durante o pe-
ríodo de março a abril de 2023, 
referente à safra 2022/2023. 
A área está situada entre as 
coordenadas: 11° 58' 22,0" S de 
latitude e 46° 01' 27" W de lon-
gitude, com altitude de 810 m e 
com clima classificado como 
do Aw segundo classificação 
internacional de Köppen (Figu-
ra 1). 
Figura 1. Localização do experimento. Coordenadas Geográficas: Latitude 11° 58' 22,0" S; 
Longitude 46° 01' 27" W; Altitude de 810 m. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo 
Magalhães/BA, safra 2022/2023.
As médias de temperatura e precipitação pluviométrica são de 
24 °C e 1200 mm, respectivamente, sendo a precipitação distri-
buída entre os meses de dezembro a abril (Figura 2 — Anexo I).
O solo da região é classificado como latossolo vermelho-ama-
relo distrófico (EMBRAPA, 2013). Os resultados da análise quími-
ca para a estratificação de 0–20 cm encontra-se na Tabela 1.
Semeadura e cultivar
Para a semeadura foi utilizado um trator John Deere 6125 J e 
uma plantadeira de parcela Horsch Spalla de 6 linhas de plantio, 
espaçadas a 0,5 m (Plantio com piloto RTK “Real time kinematic”). 
Para a condução do experimento utilizou-se a cultivar M 8349 
IPRO. A semeadura foi realizada no dia 06/12/2022, utilizando o 
espaçamento de 0,5 m entre linhas com densidade de 9 sementes 
por metro, perfazendo um total de 180.000 sementes por hectare. 
Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casuali-
zados (DBC), com sete tratamentos e quatro repetições. As par-
celas experimentais constituíram-se de 3,0 m de largura e 10,0 m 
de comprimento cada, totalizando-se uma área de 30,0 m2. 
Os tratamentos avaliados no experimento estão descritos na 
Tabela 2 assim como as doses, ingredientes ativos e concentra-
ções dos produtos utilizados.
15
,0
0
21
9,
00 30
6,
00
18
5,
00
77
,0
0 18
5,
00
90
,0
0
10
77
,0
0
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0
5
10
15
20
25
30
35
40
out/22 nov/22 dez/22 jan/23 fev/23 mar/23 abr/23 Total
Pr
ec
ip
ita
çã
o 
(m
m
) 
Te
m
pe
ra
tu
ra
 (°
C
Precipitação Temperatura Baixa Temperatura Média Temperatura Alta
Figura 2. Precipitação pluviométrica, acumulado mensal. Estação de Pesquisa 
Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA,2022/2023.
Tabela 1. Análise química do solo da área experimental na profundidade de 0–20 cm. 
Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023.
Prof. pH Pres K S Ca Mg Ca + Mg Al H + Al CTC V M.O.
cm CaCl2 ______mg/dm3_____ ________cmolc/dm3________ % g/dm3
0-20 5,4 75.5 75.0 4.2 2.4 1.0 3.4 0.06 2.11 5.71 63.0 14.4
Prof.: profundidade; mg/dm3: miligrama por decímetro cúbico; cmolc/dm3: centimol de carga por decímetro cúbico; g/dm3: gramas 
por decímetro cúbico; %: por cento; P: fósforo; S: enxofre; K: potássio; Ca: cálcio; Mg: magnésio; Al: alumínio; M.O.: matéria 
orgânica; CTC: capacidade de troca de cátions; V (%): porcentagem por saturação de bases.
28 29
Aplicação
Foram realizadas duas apli-
cações, sendo a primeira aos 
96 dias após o plantio (DAP) 
(dia 10/03/2023) e a segun-
da aos 8 dias após a primei-
ra aplicação (DAA¹), no dia 
18/03/2023. Para tanto, foi 
utilizado um pulverizador cos-
tal portátil pressurizado por 
CO2, equipado com uma barra 
contendo 6 pontas de pulveri-
zação do tipo cone Jet TXA 80 
02, com espaçamento de 0,5 
m entre elas. A pressão esta-
belecida foi de 2,8 bar, propor-
cionando um volume de calda 
equivalente a 100 L/ha. 
Metodologia de Avaliação 
Os efeitos dos tratamentos 
na cultura da soja foram obti-
dos avaliando-se o número to-
tal de ninfas + adultos de per-
cevejos e os componentes de 
produtividade (estande final, 
produtividade e peso de mil 
grãos).
Para a quantificação dos 
percevejos efetuou-se quatro 
batidas de pano por parcela, 
contabilizando o número total 
de adultos + ninfas de perceve-
jos/batida de pano. As avalia-
ções foram realizadas aos 1, 3 
e 7 dias após a primeira aplica-
ção (DAA¹) e aos 1, 3, 7, 10 e 14 
dias após a segunda aplicação 
(DAA²).
A produtividade da soja, ava-
liada aos 139 dias após o plan-
tio (DAP), no dia 22 de abril de 
2022, foi estimada colhendo-se 
5 m² da parcela (2 linhas de 5 
metros). Quando também se 
avaliou o peso de mil grãos e 
contabilizou-se o estande final 
das plantas. 
Para o cálculo dos percen-
tuais de eficiência decorrentes 
da ação dos inseticidas testa-
dos, empregou-se a fórmula 
descrita por Abbott (1925) em 
que:
%E = ((T - I) / T) x 100
%E = Percentual de eficiência; 
T = Média do número de 
insetos na testemunha;
I = Média do número de 
TRAT DESCRIÇÃO DOSES P.C.
L / Kg /ha -1
INGREDIENTE
ATIVO
Ativo
g a.i./L-kg
ÉPOCA DE 
APLICAÇÃO
1 Testemunha ---- ---- ---- ---
2
Inseticida 1 0,25 Tiametoxan + Lambda-Cialotrina 141 + 106 A
Inseticida 1 0,25 Tiametoxan + Lambda-Cialotrina 141 + 106 B
3
Inseticida 2 1,0 Acefato 970 A
Inseticida 2 1,0 Acefato 970 B
4
Inseticida 3 0,4 Dinotefuram + Lambda-Cialotrina 48 + 84 A
Inseticida 3 0,4 Dinotefuram + Lambda-Cialotrina 48 + 84 B
5
Inseticida 4 0,30 Sulfoxaflor + Lambda-Cialotrina 100 + 150 A
Inseticida 4 0,30 Sulfoxaflor + Lambda-Cialotrina 100 + 150 B
6
Inseticida 5 0,75 Etiprole 200 A
Inseticida 5 0,75 Etiprole 200 B
7
Inseticida 6 0,75 Etiprole 200 A
Inseticida 6 1,00 Imidacloprido + Beta-ciflutrina 100 + 12,5 B
 
L-kg/ha: litros ou quilogramas por hectare; g a.i./L-kg: gramas de ingrediente ativo por litro ou qui-
lograma; A: primeira aplicação; B: segunda aplicação.
Tabela 2. Tratamentos, doses, ingredientes ativos, concentrações dos produtos 
utilizados, época e data de aplicação. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo 
Magalhães/BA, 2022/2023.
insetos no tratamento.
Análise Estatística
Os dados brutos das ava-
liações, quando necessário, 
foram transformados por arco-
seno ou √(x+1)e submetidos à 
análise de variância. As compa-
rações das médias foram reali-
zadas pelo teste Tukey (1953) 
(pai
s;
 M
T:
 M
éd
ia
s 
Tr
an
sf
or
m
ad
as
 √
(X
+K
), 
O
nd
e 
K=
0,
5.
Ta
be
la
 3
. N
úm
er
o 
m
éd
io
 to
ta
l (
ni
nf
as
 +
 a
du
lt
os
) d
os
 p
er
ce
ve
jo
s 
(E
us
ch
is
tu
s 
he
ro
s 
e 
Di
ch
el
op
s 
m
el
ac
an
th
us
) p
or
 b
at
id
a 
de
 p
an
o 
em
 fu
nç
ão
 d
os
 tr
at
am
en
to
s 
ap
lic
ad
os
 
na
 c
ul
tu
ra
 d
a 
so
ja
 (G
ly
ci
ne
 m
ax
) e
 e
fic
iê
nc
ia
 d
os
 tr
at
am
en
to
s.
 E
st
aç
ão
 d
e 
Pe
sq
ui
sa
 
A
lv
or
ad
a,
 L
uí
s 
Ed
ua
rd
o 
M
ag
al
hã
es
/B
A
, 2
02
2/
20
23
.
30 31
Componentes de produtividade da soja (Glycine max)
Na Tabela 4 constam os dados referentes ao estande final, 
produtividade e peso de mil grãos. Em relação ao estande, verifi-
cou-se que houve uma distribuição homogênea das plantas até 
o final do ensaio, não havendo diferença estatística entre os tra-
tamentos. Na análise da produtividade e do peso de mil grãos, 
observou-se que todos os tratamentos aplicados assemelharam 
entre si e a testemunha, no entanto, apresentaram incremento de 
rendimento de até 7,82%, o que representa um ganho de até 4,41 
sacas/ha.
CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos neste estudo, no que diz res-
peito à eficácia de diferentes inseticidas no controle de percevejos 
na cultura da soja (G. max) na região Oeste da Bahia, conclui-se 
que: os inseticidas avaliados, nas condições em que o ensaio foi 
conduzido, foram eficientes no controle de percevejos E. heros e D. 
melacanthus (ninfas + adultos) e, consequentemente, na redução 
dos danos causados por essas pragas. Na análise do peso de mil 
grãos e produtividade, verificou-se que os tratamentos aplicados 
não interferiram significativamente nos resultados, no entanto, al-
cançaram incremento de rendimento de grãos de até 7,82%, o que 
representa um ganho de até 4,41 sacas/ha.
Figura 3. Eficiência dos tratamentos aplicados, segundo Abbott (1925), no controle do total de percevejos (adultos + ninfas) na cultura 
da soja (Glycine max). Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023.
86
,9
6
82
,9
3
67
,2
1
88
,5
2
81
,0
8
78
,7
9
71
,7
4
55
,7
9
89
,1
3
90
,2
4
72
,1
3
88
,5
2
82
,4
3
77
,7
8
61
,9
6
54
,7
4
82
,6
1
80
,4
9
73
,7
7 83
,6
1
78
,3
8
60
,6
1
52
,1
7
51
,5
8
80
,4
3 87
,8
0
65
,5
7
85
,2
5
85
,1
4
69
,7
0
67
,3
9
53
,6
8
84
,7
8
90
,2
4
77
,0
5
91
,8
0
87
,8
4
91
,9
2
77
,1
7
60
,0
0
86
,9
6
87
,8
0
78
,6
9
81
,9
7
75
,6
8
76
,7
7
48
,9
1
50
,5
3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1 DAA¹ 3 DAA¹ 7 DAA¹ 1 DAA² 3 DAA² 7 DAA² 10 DAA² 14 DAA²
Ef
ic
iê
nc
ia
(%
)
Inseticida 1 Inseticida 2 Inseticida 3 Inseticida 4 Inseticida 5 Inseticida 6
Tabela 4. Componentes de produtividade da cultura da soja (Glycine max), cultivar 
M8349 IPRO. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023.
COMPONENTES DE PRODUÇÃO
TRAT Sc/ha (13%) mms (g - 13%) Pop. Final
1. Testemunha 56,33 a 130,75 a 158.000 a
2. Inseticida 1AB 59,19 a 135,52 a 157.000 a
3. Inseticida 2 AB 58,12 a 132,55 a 156.000 a
4. Inseticida 3AB 57,41 a 135,28 a 158.000 a
5. Inseticida 4AB 59,88 a 135,32 a 160.000 a
6. Inseticida 5AB 60,74 a 135,11 a 153.000 a
7. Inseticida 6AB 58,33 a 134,90 a 158.000 a
C.V. (%) 4,61 3,43 3,48
 
Médias seguidas pela mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Tukey (1953) (p
CORRÊA-FERREIRA, B. S. (2005) Suscetibi-
lidade da soja a percevejos na fase anterior 
ao desenvolvimento das vagens. Pesquisa 
Agropecuária Brasileira, Brasília-DF, v. 40, n. 
11, p. 1067-1072. 
CORRÊA-FERREIRA, B. S., ROGGIA, S. 
(2013) Atividade alimentar do percevejo 
marrom da soja Euschistus heros (Hemip-
tera: Pentatomidae) na safra e entressafra 
da soja. In: Reunião de Pesquisa de Soja da 
Região Central do Brasil, Londrina.
CORRÊA-FERREIRA, B.S., PANIZZI, A.R. 
(1999) Percevejos da soja e seu manejo. 
Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 45p. (EMBRA-
PA-CNPSo. Circular Técnica, 24).
EMBRAPA (2021) Dados econômicos. 
Disponível em: . 
Acesso em: 
FREITAS, M. de C. M. de (2011) A cultura 
da soja no Brasil: o crescimento da produ-
ção brasileira e o surgimento de uma nova 
fronteira agrícola. Enciclopédia Biosfera, 
Goiânia, v. 7, n. 12, p.1-12. 
HOFFMANN-CAMPO C. B., MOSCARDI F., 
CORRÊA-FERREIRA B. S., OLIVEIRA L. J. et 
al. (2000) Pragas da soja no Brasil e seu 
manejo integrado. Londrina, Embrapa Soja, 
70p. (Circular Técnica).
JENSEN, R.L., NEWSON, L.D. (1972) Effect 
of stink bug damaged soybean seeds on 
germination emergense and yield. J. Econ. 
Entomol., v.65, n.1, p.262-264.
TUKEY, J. W. (1953) The problem of multi-
ple comparisons. Mimeographs Princeton 
University, Princeton, N. J.
WEBER, L. F. (1999) Percevejos em soja. 
Cultivar Grandes Culturas. Brasília, p. 1-5. 
Disponível em: . 
32
BACTÉRIAS COMO ALIADAS CONTRA O 
ESTRESSE HÍDRICO NA AGRICULTURA
Por Andrea Carla Caldas Bezerra. Dr.ª em Ciências Biológicas Microbiologia. 
Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento – JCO Bioprodutos
As mudanças climáticas e o 
aumento da demanda por água 
levam os agricultores a busca-
rem soluções inovadoras para 
otimizar o uso deste recurso 
vital, visto que o estresse hí-
drico na atualidade, representa 
uma grande ameaça dentre os 
desafios enfrentados pela agri-
cultura, colocando em risco 
o fornecimento de alimentos 
para a população global que se 
encontra em constante cresci-
mento. 
Microrganismos benéficos 
que participam da ciclagem 
de nutrientes no solo, fungos 
(Trichoderma e Fungos Micor-
rízicos Arbusculares – FMA) e 
bactérias (“Rizóbios”, Bacillus 
e Pseudomonas), mostram um 
grande potencial como ferra-
mentas biotecnológicas para 
a agricultura, pois são capazes 
de estabelecer uma relação 
benéfica com as plantas, pro-
movendo o crescimento vege-
tal, melhorando a resistência 
à doenças e ajudando-as em 
condições de estresse, incluin-
do o hídrico. 
O uso de bactérias como 
aliadas na agricultura tem ga-
nhado destaque, oferecendo 
uma abordagem sustentável e 
eficaz para mitigar o estresse 
hídrico e aumentar a produtivi-
dade das culturas. Neste con-
texto, estudos trazem evidên-
cias de que diferentes espécies 
de bactérias associadas à 
rizosfera aumentam o cresci-
mento das plantas durante a 
escassez hídrica através da 
disponibilização de nutrientes, 
secreção e ativação de regu-
ladores de crescimento (ácido 
indolacético – AIA, giberelinas, 
citocininas e Ácido abscísico 
– ABA), produção de compos-
tos orgânicos voláteis, ácidos 
orgânicos, enzimas como ACC 
desaminase, exopolissacarí-
deos (EPS), osmólitos intrace-
lulares, enzimas antioxidantes, 
entre outros (Tabela, Figura). 
A colonização bacteriana 
ocorre através de diferentes 
mecanismos, algumas bacté-
rias são capazes de se fixar di-
retamente nas superfícies das 
raízes, enquanto outras pene-
tram nos tecidos radiculares. 
Após a fixação no sistema ra-
dicular, as bactérias começam 
a se multiplicar formando bio-
filmes, através da produção de 
substâncias protetoras como 
exopolissacarídeos (EPS) que 
desempenhampapéis impor-
tantes nas interações bacteria-
nas com o ambiente e outros 
organismos, além de conferir 
benefícios às bactérias produ-
toras, como proteção e aderên-
cia, armazenamento de carbo-
no e energia; e sobrevivência 
em condições desfavoráveis.
A escassez de água e a sa-
linidade causam diminuição 
no potencial hídrico do solo, 
e como resposta, as plantas 
produzem maiores quantida-
des de etileno, ocasionando 
os chamados 'stress-etileno'. O 
aumento dos níveis de etileno 
causa inibição do crescimento 
das raízes e iniciação da senes-
cência que pode levar à morte 
da planta. A enzima ACC desa-
minase, produzida por bacté-
rias, é capaz de quebrar o pre-
cursor do etileno modificando 
o ambiente hormonal ao redor 
das raízes das plantas, trazen-
do benefícios como a redução 
do estresse abiótico, estímulo 
de crescimento e desenvolvi-
mento das plantas.
Simultaneamente, o estres-
se abiótico leva a estresse oxi-
dativo devido à produção de 
espécies reativas de oxigênio 
(ROS) que reagem com vá-
rias macromoléculas, incluin-
do clorofila e lipídios, levando 
à peroxidação dos lipídios da 
membrana, indicador geral de 
danos induzidos por estresse 
celular. Espécies de Bacillus 
e Streptomyces podem esti-
mular a produção de enzimas 
antioxidantes, como catalase, 
superóxido dismutase (SOD), 
peroxidases e glutationa, que 
melhoram o sistema de defe-
sa e aumentam a tolerância da 
planta em condições de seca. 
Em respostas ao estresse 
hídrico, bactérias podem acu-
mular pequenas moléculas 
orgânicas chamadas osmóli-
tos que ajudam as plantas a 
manterem o equilíbrio hídrico 
interno durante períodos de 
seca, protegendo as células ve-
getais contra danos causados 
pela desidratação, através da 
produção de substâncias (trea-
lose, sorbitol e prolina) que aju-
dam as plantas a conservarem 
água.
A trealose, por exemplo, é 
um açúcar que atua como um 
osmoprotetor, ajudando as 
plantas a manter o equilíbrio os-
mótico adequado e a proteger 
suas células da desidratação. 
A prolina é um dos osmólitos 
mais importantes que se acu-
mula nas plantas sob estresse 
hídrico, auxiliando no ajuste 
osmótico e na eliminação de 
radicais livres. Elas desempe-
nham um papel importante na 
estabilização das membranas 
celulares e na manutenção da 
integridade estrutural das célu-
las, mesmo em condições de 
baixa disponibilidade de água.
As bactérias podem ser uma 
ferramenta valiosa para ajudar 
os agricultores a lidar com o 
estresse do ambiente, porém 
não podemos esquecer que 
diferentes espécies de bacté-
rias podem ter mecanismos de 
ação específicos e interações 
diferenciadas com as plantas. 
Além disso, o efeito das bac-
térias no alívio do estresse hí-
drico pode depender das con-
dições do ambiente, tipo de 
solo, espécie vegetal e outras 
variáveis. Portanto, pesquisas 
contínuas nessa área, como 
as realizadas pela equipe de 
P&D da JCO Bioprodutos, são 
fundamentais para identificar 
e compreender a relação entre 
as bactérias e as plantas, entre 
elas e o microbioma, e seu pa-
pel para mitigar o estresse hí-
drico e promover o aumento da 
produtividade.
34 35
Tabela. Algumas espécies de bactérias e seus mecanismos de ação para auxiliar contra o estresse hídrico.
Bactéria Mecanismo de Ação Referências
Azospirillum 
brasilense
Produz substância 
osmoprotetora (trealose)
Rodríguez-Salazar J., Suárez R., Caballero-Mellado J., 
Iturriaga G. (2009). Trehalose accumulation in Azospirillum 
brasilense improves drought tolerance and biomass in maize 
plants. FEMS Microbiol. Lett. 296 52–59
Bacillus subtilis Solubilização de fósforo e 
produção de AIA
Braga Junior, G. M. et al. (2021). Bacillus subtilis as a growth 
promoter inoculant on soybean plants in field. Brazilian Journal 
of Development, 7:107220-107237, 
Pseudomonas 
putida
Aumenta a produção de 
citocininas, reguladores 
de crescimento das raízes
Molina L, et al (2020). The versatility of Pseudomonas putida in 
the rhizosphere environment. Adv Appl Microbiol.110:149-180.
Pseudomonas 
fluorescens
Produz ACC Desaminase 
e reduz os níveis 
excessivos de etileno
Niu X., et al (2018). Drought-Tolerant plant growth-promoting 
rhizobacteria associated with foxtail millet in a semi-arid 
agroecosystem and their potential in alleviating drought 
stress. Front. Microbiol. 8:2580.
Paenibacillus 
polymyxa B
Solubilização de fosfato, 
atividade de ACC 
desaminase
Timmusk S., et al. (2014). Drought-Tolerance of wheat 
improved by rhizosphere bacteria from harsh environments: 
enhanced biomass production and reduced emissions of 
stress volatiles. PLoS One 9:e96086. 
Bradyrhizobium 
japonicum
Fixação biológica de 
nitrogênio
Vessey, J. K. (2003). Plant growth promoting rhizobacteria as 
biofertilizers. Plant and Soil, 255(2), 571–586.
Bacillus 
amyloliquefaciens
Maior produção de AIA 
sob estresse hídrico
Raheem A., et al. (2018). Auxin production by rhizobacteria 
was associated with improved yield of wheat (Triticum 
aestivum L.) under drought stress. Arch. Agronomy Soil Sci. 
64 574–587
Azospirillum 
lipoferum
Produz reguladores de 
crescimento (AIA)
Okon, Y., & Labandera-Gonzalez, C. A. (1994). Agronomic 
applications of Azospirillum: An evaluation of 20 years 
worldwide field inoculation. Soil Biology and Biochemistry, 
26(12), 1591-1601.
Bacillus pumilus Produz enzimas 
antioxidantes
Zhang, N., Yang, D., Wang, D., Miao, Y., & Shao, J. (2018). 
Beneficial effects of Bacillus pumilus INR7 on plant growth 
and the antioxidative defence system in a saline environment. 
Scientific Reports, 8(1), 1-13.
Bacillus 
aryabhattai
Produz 
exopolissacarídeos (EPS)
Deng C, et al. (2022). Molecular mechanisms of plant growth 
promotion for methylotrophic Bacillus aryabhattai LAD. Front 
Microbiol. Oct 24;13:917382.
Rhizobium tropici Fixação biológica de 
nitrogênio
Menna, P., et al (2006). Molecular phylogeny based on the 
16S rRNA gene of elite rhizobial strains used in Brazilian 
commercial inoculants. Systematic and Applied Microbiology, 
29(4), 315–332.
Figura: Diferentes mecanismos apresentados por espécies de bactérias associadas à rizosfera que podem favorecer o crescimento das 
plantas durante a escassez hídrica: (A) disponibilização de nutrientes – Potássio e Fósforo; (B) produção de exopolissacarídeos (EPS); 
(C) reguladores de crescimento (AIA); e (D) produção de metabólitos e/ou compostos orgânicos voláteis. Fotos: Andrea Caldas – JCO 
Bioprodutos.
agrobahia_2.pdf 1 01/08/23 11:07
NU_0095_23_8927_Anuncio_Agrichem_Yantra_BigRed_RevAgroBahia_21x30_AF1.pdf 1 02/08/23 11:19
36
ASSOCIAÇÃO FOSFITO X FUNGICIDA: 
PROTEÇÃO CONTRA OÍDIO EM PLANTAS 
DE SOJA E TRANSLOCAÇÃO
Por Ariana Elisei Vilela, Mário Lúcio Vilela de Resende, Fernanda Carvalho Lopes de 
Medeiros, Matheus Henrique de Brito Pereira, Wilder Douglas Santiago, Lucas de 
Azevedo Santos, Deila Magna dos Santos Botelho, Teodorico Castro Ramalho
A soja (Glycine max) é uma 
importante cultura e fonte de 
óleo e proteína para alimenta-
ção humana e animal. Seme-
lhante à produção de outros 
produtos economicamente im-
portantes, as doenças causa-
das por diversos fitopatógenos 
podem reduzir a produtividade 
e as perdas financeiras (Silva et 
al. 2011). O Oídio é uma doen-
ça causada pelo fungo Erysi-
phe difusa, que desenvolve-se 
na superfície foliar da soja, 
formando uma fina camada de 
micélio e reduzindo a área fo-
tossintético em até 50%. Tais 
sintomas levam ao resseca-
mento das folhas e queda pre-
matura em casos graves, com 
perdas de rendimento de até 
50% (Igarashi et al. 2010; Le et 
al. 2017; Barcelos et al. 2018). 
O método mais comum de 
manejo do oídio é o controle 
químico com fungicidas (Ga-
bardo et al. 2021). Pesquisas 
têm sido realizadas para inte-
grar o manejo de fungicidas 
com compostos que otimizam 
a atividade dos fungicidas no 
campo (Machinandiarena et al. 
2012). Os Fosfitos têm atraído 
a atenção dos pesquisadores 
com resultados no controle de 
diversas doenças causadas por 
patógenos oomicetos comoPhytophthora cinnamomi, Phy-
tophthora citrophthora, Phy-
tophthora infestans, Plasmopa-
ra viticola e fungos (Silva et al. 
2011; Borza et al. 2017; Havlin 
e Schlegel 2021). Os fosfitos 
foram descritos na literatura 
como sais inorgânicos conten-
do ácido fosforoso (H3PO3). 
Formulações à base de fosfito 
são usados como fungicidas, 
bioestimulantes e fertilizantes 
(GómezMerino e Trejo-Téllezb 
2015). Os fosfitos podem atuar 
diretamente sobre patógenos, 
causando ruptura de hifas, ini-
bição do crescimento micelial e 
ativação indireta de vários me-
canismos de defesa da planta 
(Dalio et al. 2014). Os produtos 
à base de fosfito, quando apli-
cados nas plantas, são absor-
vidos e dissociados, resultan-
do na liberação de íons fosfito. 
Esses íons são translocados 
sistemicamente via floema e 
xilema (Guest Grant 1991), e 
sua translocação nas plantas 
ocorre via floema através de 
associações com fotoassimi-
lados, para serem rapidamente 
absorvidos pelas folhas (Guest 
e Grant 1991; Huang e outros. 
2018). A translocação sistêmi-
ca de fosfitos via floema tem 
sido observada em várias cul-
turas, como batata, eucalipto, 
soja e feijão. 
A translocação e penetra-
ção de um fungicida em uma 
planta está associada a diver-
sas variáveis, entre as quais a 
lipofilicidade e/ou solubilidade 
do produto nas membranas 
vegetais são mais importantes 
(Zhang et al. 2018). O parâme-
tro mais comum usado para 
medir a lipofilicidade é logKow 
(Martel e outros 2013; Zhang 
et ai. 2018). Para fungicidas, 
quanto menor o valor logKow 
(≤3), menor a lipofilicidade e 
maior a translocação das mo-
léculas dentro da planta teci-
dos (Klittich e Ray 2013; Zhang 
et al. 2018). 
Efeitos da combinação de 
fosfitos e fungicidas em mane-
jo de doenças de plantas tem 
sido estudados (Liljeroth et 
al.2016; Carlos e cols. 2020), 
pois, tais combinações podem 
causar efeitos aditivos e sinér-
gicos no controle da doença. 
Portanto, este trabalho teve 
como objetivo avaliar a seve-
ridade do oídio (E. difusa) em 
plantas de soja e realizar aná-
lises para a detecção de fosfito 
na presença de fungicidas.
Para testar a proteção de 
plantas de soja contra oídio, foi 
realizado um ensaio em casa 
de vegetação no Departamen-
to de Fitopatologia da Universi-
dade Federal de Lavras (UFLA), 
Minas Gerais, Brasil. A Cultivar 
N5909 foi semeada em vaso 
contendo uma mistura de areia 
e substrato. Os tratamentos 
avaliados foram os fungicidas 
formulados Elatus® (azoxis-
trobina + benzovindiflupir -Azo 
+ Ben na dose 0,2 kg ha-1) e 
Fox® (trifoxistrobina+protio-
conazol -Tri+Pro na dose de 
0,4 L ha-1) aplicado sozinho ou 
em combinação com fosfito 
de potássio (Phi, 500 mL ha-1, 
26% K2O e 34% P2O5). Os tra-
tamentos foram aplicados nas 
plantas no estádio V5 (quinto 
trifoliolado) usando dois méto-
dos diferentes: pulverização do 
tratamento em toda a planta 
(WP) e apenas na quarta folha 
trifoliada, contadas da base ao 
ápice (4 T).
As plantas foram natural-
mente infectadas com o fun-
go E. difusa. A severidade da 
doença foi avaliada semanal-
mente após a pulverização dos 
tratamentos, totalizando cinco 
avaliações, utilizando a escala 
diagramática proposta por Po-
lizel e Juliatti (2010). As folhas 
trifoliadas foram avaliadas se-
paradamente e os dados cole-
tados foram usados para cal-
cular a área abaixo da curva de 
progresso da doença (AUDPC). 
O delineamento experimental 
consistiu em blocos casualiza-
dos, com quatro repetições e 
sete tratamentos. 
A translocação de fosfito em 
plantas de soja foi analisada. 
Os tratamentos testados foram 
azoxistrobina+benzovindifupir 
(Azo+Ben na dose de 0,2 kg 
ha-1), que foram selecionados 
a partir do ensaio de severida-
de, e aplicado isoladamente ou 
em combinação com fosfito de 
potássio (Phi, 500 mL ha-1). Os 
tratamentos foram aplicados 
quando as plantas atingiram o 
estádio V3 (terceiro trifoliado), 
utilizando dois métodos: pulve-
rização do tratamento em toda 
a planta (WP) e pulverização 
apenas nas folhas do segundo 
trifoliado (contadas da base ao 
ápice -2 T). Para a aplicação de 
2 T, as plantas foram protegi-
das com plástico sacos, e ape-
nas as segundas folhas trifo-
liadas foram expostas durante 
a aplicação dos tratamentos. 
Cada planta foi pulverizada 
com 10 mL de Phi (500 mL 
ha-1 de Phi correspondendo a 
36,8 mM de Phi). Vinte e quatro 
38 39
horas após a aplicação dos tra-
tamentos, a primeira, segunda 
e terceira folhas trifoliadas de 
cada planta foram coletadas 
separadamente. O delineamen-
to experimental foi em blocos 
casualizados com quatro repe-
tições. 
A quantificação de fosfito 
nos diferentes conjuntos de 
folhas trifoliadas foi realizada 
usando o método colorimétri-
co, método proposto por Ma-
lavolta et al. (1997). A concen-
tração de Fosfito das amostras 
foi determinada usando uma 
alíquota de extrato nítrico-per-
clórico em solução de molib-
dato de amônio e metavana-
dato de amônio e quantificado 
usando um espectrofotômetro. 
Os resultados foram expressos 
como concentrações de fosfito 
(mM). Todos os cálculos foram 
realizados com base na Teo-
ria do Funcional da Densidade 
(DFT). 
 A menor área abaixo da 
curva de progresso da doen-
ça (AUDPC) para a severidade 
do oídio foi obtido pelos trata-
mentos azoxistrobina+ ben-
zovindiflupir (Azo + Ben) WP e 
trifloxistrobina + protioconazol 
(Tri+Pro) WP, ambos pulveriza-
dos em toda a planta, apresen-
tando porcentagens médias 
de controle acima de 80%. No 
trifólio 1 e 2, os tratamentos 
azoxistrobina+benzovindifu-
pir+fosfito de potássio (Phi) 
pulverizado no quarto trifólio (4 
T) e trifoxistrobina+protiocona-
zol+fosfito de potássio 4 T pro-
porcionaram uma redução no 
AUDPC em relação ao controle. 
A porcentagem de controle da 
doença, para os tratamentos 
mencionados acima, variou de 
33,28% a 43,98% para o trifólio 
1 e 36,49% a 50,97% no trifólio 
2, respectivamente. No trifólio 
5, a maior eficácia no controle 
da doença foi observada nos tratamentos Azo+Ben e Tri+Pro pul-
verizado na planta inteira (Tabela 1).
O Fosfito foi detectado em folhas trifoliadas analisadas 24h 
após a aplicação dos tratamentos. Resultados semelhantes 
foram encontrados por Guo et al. (2021) em plantas de soja. O 
fosfito foi translocado das raízes para as folhas em 1h e sua con-
centração aumentou significativamente nas folhas em 36h após 
a aplicação de fosfito. A concentração estimada na planta estava 
entre 0,3 e 3 mM. Observou-se diferença significativa entre os 
tratamentos em todas as folhas trifoliadas analisadas (trifolia-
do abaixo da aplicação, trifoliado aplicado e trifoliado acima da 
aplicação). A combinação de fungicida e fosfito possivelmente 
promoveram aumento da concentração de fosfito em todas as 
folhas trifoliadas. Nas amostras onde apenas o fungicida foi apli-
cado, nenhum fosfito foi detectado (Fig. 1). 
Tabela 1. Efeito dos tratamentos na severidade do oídio em soja em diferentes 
trifoliados das folhas avaliadas.
Fig. 1. Análise de fosfito em folhas trifoliadas da soja, plantas em diferentes 
tratamentos, aplicado de dois métodos: pulverização do tratamento em todo planta A e 
pulverizando apenas em folhas do segundo trifólio (contados da base ao ápice -2 T) B. O 
fosfito foi quantificado na primeira (1 T), segunda (2 T) e terceira (3 T) folhas trifoliadas. 
Azo (azoxistrobina); Ben (benzovindifupir); Phi (fosfito de potássio). Significa com a 
mesma letra não diferem pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05).
A maior concentração de 
fosfito foi observada nas folhas 
abaixo das folhas aplicadas. 
Este resultado indica que o fos-
fito e a combinação de fungici-
das possivelmente aumentou 
a translocação a jusante do 
ânion na planta. Quando aplica-
dos às plantas, os fosfitos são 
translocados sistemicamente 
através do xilema e do floema, 
e seguem uma fonte-dreno 
relação entre os vários pontos 
de crescimento, como raízes, 
folhas e frutos (Guest et al. 
1995; Danova-Alt et al. 2008).
Nesse presente estudo, o 
fosfito esteve presente em to-
das as folhas trifoliadas

Mais conteúdos dessa disciplina