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An o 01 | Ed iç ão 0 2| N ov em br o/ 20 23 Lu ís E du ar do M ag al hã es - B ah ia Publicação técnica dirigida ao agronegócio. Cooperação Técnica Revista Inovar Instituto Pas Preparado para evoluir no resultado mais uma vez? Fox® Xpro, a evolução da confiança. QUEM USA, NÃO TROCA. Fox® Xpro tem amplo espectro de controle. Por isso, Este conteúdo é destinado a profissionais do setor agrícola. 2023_01_04_AF_213x300_An_FoxXPro.indd 12023_01_04_AF_213x300_An_FoxXPro.indd 1 05/01/23 09:3405/01/23 09:34 REVISTA INOVAR Por Valmor dos Santos Prezados leitores, temos a grata satisfação de anunciar que nesta 2ª edição/2023 da Revista Inovar (RI), estamos publicando como matéria de capa o histórico da evolução da cultura do algodão no Oeste da Bahia e agradecer ao nosso colega Ivanir Maia e a todos os que contribuíram com depoimentos e imagens, a fim de resgatar esta história de sucesso construída em nossa região. Aproveito a oportunidade também, para agradecer aos autores das excelentes matérias técnicas que fazem parte do conteúdo desta edição, bem como, agradecer as empresas parceiras da RI. Por fim, gostaria de desejar a todos uma excelente leitura. Aproveito a oportunidade para Pedir a Deus que abençoe os investimentos e o trabalho de todas as pessoas que fazem parte da cadeia do agro, para que tenhamos uma ótima safra: 2023/24. 6 Tel. (77) 3611-4227 | (77) 99989-5285 Barreiras - Bahia Tel. (77) 99942-6325 E-mail. rmercer@uol.com.br Tel. (77) 99127-0140 | (77) 99912-4550 E-mail. andre_singer@hotmail.com Tel. (89) 98808-2274 | E-mail. andreza@fitoagro.com E-mail. financeiro@fitoagro.com Tel. (77) 99964-7839 | E-mail. saran.paulo@yahoo.com.br Tel. (77) 99154-2816 | E-mail. geodrone.imagens@gmail.com www.geodroneagricola.com.br Tel. (77) 99906-0757 | E-mail. contato@tellusagricola.com Tel. (19) 93422-3699 E-mail. apagri@apagri.com.br www.apagri.com.br Tel. 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(61) 3601-3070 Empresas Parceiras Revista Inovar Edição 2 - Novembro - Ano 2023 Editor Chefe: Valmor dos Santos Coordenação editorial: 242 Filmes Capa e projeto gráfico: Patrícia Miranda Diagramação: Patrícia Miranda Revisão: Michel Santos e Hulle Horranna Gráfica: Gráfica Cidade Tiragem: 1.000 unidades Distribuição: MATOPIBA Os artigos publicados na edição, são de inteira responsabilidade dos autores. *É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos, desde que seja citado a fonte e os autores. 46 Avaliação de cultivares de soja na região Oeste da Bahia Por André Singer 53 Chegou a resposta para combater as daninhas resistentes Por Departamento Técnico Ihara 58 Micronutrientes no solo, na folha ou em ambos, qual o melhor resultado? Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen 65 Inovação aliada a boas práticas: O que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja Por Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira - Sumitomo Chemical Latin America 68 UMA INICIATIVA CRIATIVA REFERENTE AO SPD NA COBERTURA VIVA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS) Por Valmor dos Santos / Editor da Revista INOVAR Artigos 14 Um recorte na história do algodão do Oeste da Bahia Por Engenheiro Agrônomo MSc. Ivanir Maia 21 Galvani investe R$ 2,5 bilhões para crescer no Nordeste Por Ascom - Galvani 23 Ferramentas biológicas e seus usos no manejo de insetos-praga em sistemas de cultivo Por Eng. Agr. Dr. Mauricio Paulo Batistella Pasini, Entomologista e Estatístico / Intagro – Consultoria, Pesquisa e Desenvolvimento 27 Avaliação da eficácia de diferentes inseticidas no controle de percevejos na cultura da soja (Glycine max (l.) Merril) na região Oeste da Bahia Por Mercer, R. M.1; Lima, C. B. M. 2; Viana, L. Q. 3; Queiroz, C. A. S. Jr.4; Lima, A. C. M.5; O, J.B 6. 34 Bactérias como aliadas contra o estresse hídrico na agricultura Por Andrea Carla Caldas Bezerra. Dr.ª em Ciências Biológicas Microbiologia. Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento – JCO Bioprodutos 38 Associação fosfito x fungicida: proteção contra oídio em plantas de soja e translocação Por Ariana Elisei Vilela, Mário Lúcio Vilela de Resende, Fernanda Carvalho Lopes de Medeiros, Matheus Henrique de Brito Pereira, Wilder Douglas Santiago, Lucas de Azevedo Santos, Deila Magna dos Santos Botelho, Teodorico Castro Ramalho UM RECORTE NA HISTÓRIA DO ALGODÃO DO OESTE DA BAHIA Uma cultura com base no período Imperial Por Engenheiro Agrônomo MSc. Ivanir Maia Com vocação natural para cultivos no Nor- deste, o algodão brasileiro tem uma longa his- tória. Desde os primórdios, os índios domina- vam o seu plantio e processamento, incluindo a fiação e o tingimento de tecidos. No período colonial a atividade ganhou expressão, visando atender o mercado inter- no, especialmente para confeccionar sacos e roupas para escravos. No século XVIII am- pliou sua importância, com foco em exporta- ções à Europa, tendo sido o estado do Mara- nhão o pioneiro em 1755. Neste período, a região Nordeste foi a que impulsionou a cotonicultura, pela disponi- bilidade de terra, clima e mão de obra. Mais adiante, a cultura expandiu para a região cen- tral do país, impulsionada por norte-america- nos que chegaram ao Brasil após a guerra de secessão e trouxeram o algodão herbáceo, o que contribuiu para a formação de importan- tes parques industriais desta fibra. Na década de 1980, com a migração da in- dustrialização da fibra dos Estados Unidos e Europa para a China, um novo modelo fabril se consolidou no mundo. Da mesma forma, a migração aconteceu no mesmo período no Brasil, com muitas indústrias de fiação se deslocando de São Paulo ao Nordeste, bus- cando recursos da Sudene com o propósito de renovar e/ou atualizar seus parques fabris, numa tentativa de recuperar a capacidade de competir na nova realidade de preços inter- nacionais dos produtos têxteis, que passam a ser estabeleci- dos pelos manufaturados na China. Este deslocamento no país também ocorreu para apro- veitar o potencial de produção em estados como Ceará, Mara- nhão, Rio Grande do Norte e Pa- raíba, em que o algodão “mocó” ou arbustivo, famoso por suas fibras longas, possibilitava su- prir a indústria nacional. O ano de 1983 marca o fim de uma era na cotonicultura na- cional, com o dizimar de lavou- ra pelo “bicudo-do-algodoeiro”, sendo neste ano em São Paulo e no ano seguinte no Nordeste. Com a drástica redução nas la- vouras paulistas, ocorreu uma nova expansão para estados vizinhos, inicialmente para o Paraná, Triângulo Mineiro e Goiás e posteriormente para o Cerrado do Mato Grosso, na busca de novas áreas. A indústria que provocou a cultura na região Frente ao impacto no su- primento da fibra, por volta de 1980, o grupo industrial Li- nhas Correntes, que era o líder mundial em faturamento na industrialização de algodão e operava as etapas de desca- roçamento e fiação a partir do Rio Grande do Norte, enquan- to o tingimento e distribuição eram executados em São Pau- lo, instalou uma nova fábrica em Juazeiro/BA. A então Al- godoeira São Miguel tinha por objetivo aproveitar áreas irri- gadas desta região e iniciar a produção em novo ambiente. Possuía conhecimento na cul- tura, por investir em pesquisas desde 1920, fato que estimulou a busca por novas áreas de cul- tivo. Nos perímetros irrigados de Juazeiro e Petrolina, o tomate industrial (rasteiro) para produ-anal- isadas. No entanto, as folhas trifoliadas que estavam abaixo das folhas trifoliadas aplica- das exibiram maiores concen- trações de fosfito, indicando maior translocação do com- posto no floema. O acúmulo de fosfito nas plantas é benéf- ico e pode exercer efeitos fungitóxicos contra diversos fitopatógenos. Segundo Sta- sikowski et al. (2014), o míni- mo dos níveis de acúmulo de concentração de fosfito nos tecidos vegetais necessários para exercer esse efeito tóxico são> 1 mM, com resultados efetivos na redução do cresci- mento micelial do fungo Col- letotrichum indemuthianum e Phytophthora infestans (Borza et al. 2014; Costa e cols. 2017). No presente estudo, todos os tratamentos contendo fosfito nas folhas inferiores e a com- binação entre fosfito e fungi- cida exibiram concentrações >1 mM nas folhas aplicadas, o que provavelmente contribuiu para a redução da gravidade da doença. Então, pode-se inferir que o fungicida pode aumentar a translocação basípeta com o fosfito. O fosfito tem uma estrutura aniônica com carga -1 e tem três oxigênios, que são átomos eletronegativos (Fig. 2). Assim, os átomos de hidrogênio devem ter uma densidade de carga posi- tiva, enquanto seu oxigênio terá uma densidade de carga negati- va, especialmente aqueles ligados apenas ao átomo de fósforo. Portanto, o fosfito é um candidato adequado a aceitar a ligação de hidrogênio, ou seja, pode interagir fortemente com hidrogê- nios com baixo densidade eletrônica através de seus átomos de oxigênio, que possuem alta densidade eletrônica. No entanto, o fosfito também pode atuar como um doador de ponte de hidrogê- nio através do hidrogênio hidroxila, embora isso equivaleria a uma interação mais fraca devido a sua condição molecular aniônica. Fig 2. Geometrias de equilíbrio de fungicida+fosfito, complexos em água SMD: a) Azo+Phi, b) Ben+Phi, e c) Azo+Ben+Phi (C=cinza; H=branco; O=vermelho; N=azul; P=laranja; F=azul claro; Cl = verde) 40 41 A Azoxistrobina (Azo) não possui hidrogênios capazes de formar ligações de hidrogênio. No entanto, tem vários sítios negativos, um dos quais pode interagir com o fosfito e a hi- droxila do hidrogênio. O ben- zovindiflupir (Ben) é um bom doador de ligação de hidrogê- nio porque possui uma ligação de hidrogênio com um nitrogê- nio. Assim, os cálculos teóri- cos revelaram a existência de uma ponte de hidrogênio entre o oxigênio do fosfito e o grupo N–H do benzovindifupir, além de uma atrativa interação entre a ligação O-H do fosfito e o anel aromático do benzovindifupir. Os cálculos teóricos basea- dos na densidade funcional da teoria (DFT) aplicada na inter- ação entre o ativo ingredientes azoxistrobina e benzovindifupir em adição ao fosfito mostrou que o benzovindifupyr pode interagir mais fortemente do que a azoxistrobina. Os resul- tados dos cálculos teóricos mostraram que a interação com o fosfito pode aumentar a solubilidade de ambos os ingredientes ativos em água. O aumento da solubilidade re- sulta em menor lipofilicidade, o que implica em diminuição da capacidade de difusão do fun- gicida através das membranas. Porém, a sua mobilidade pode melhorar quando forma um complexo com o fosfito. Por- tanto, esse fenômeno pode ser vantajoso porque os fosfitos podem transportar as molécu- las de fungicida para partes onde não há deposição do pro- duto, consequentemente vai ocorrer o aumento da proteção da planta contra as doenças. AGRICULTURA MAIS RESPONSÁVEL E PRODUTIVA SAIBA MAIS SOBRE OS BIOLÓGICOS LALLEMAND ACESSANDO O QR-CODE: B I O F U N G I C I D A + B I O N E M A T I C I D A + B I O I N S E T I C I D A + B I O I N O C U L A N T E 42 Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado 870 - Sala 407 Ribeirão Preto SP - CEP:14027-250 www.tzbiotec.com CONTROLE BIOLÓGICO DE ALTA PERFORMANCE 45 AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA NA REGIÃO OESTE DA BAHIA Por André Singer No final da década de 60, dois fatores internos fizeram o Brasil começar a enxergar a soja como um produto co- mercial, fato que mais tarde influenciaria no cenário mun- dial da produção de grãos. Na época, o trigo era a principal cultura do Sul do Brasil e a soja surgia como uma opção de ve- rão, em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava um es- forço para a produção de suí- nos e aves, gerando demanda por farelo de soja. Em 1966 a produção comercial de soja já era uma necessidade estraté- gica. Sendo produzida cerca de 500mil toneladas no país. Desde então, o aumento nos preços do produto e a vanta- gem competitiva de produzir na entre safra dos Estados Unidos despertou ainda mais o interesse dos agricultores em produzir o grão. Desde en- tão o país passou a investir em tecnologia para a adaptação da cultura às condições brasi- leiras, processo esse liderado pela Empresa Brasileira de Pes- quisas Agropecuárias (EMBRA- PA). As cultivares de soja apre- sentam ampla diversidade ge- nética quanto a sua adaptação às condições ambientais. Des- se modo, o uso de uma cultivar adaptada a região torna-se um fator de grande importância para o sucesso da cultura. De acordo com Farret (1981), se a soja não for semeada na época adequada com as condições climáticas adequadas, pode apresentar redução na produ- tividade, menor qualidade e má formação de plantas e de grãos. Na seleção de cultivares, as características varietais devem ser consideradas na seguin- te sequência: produtividade e estabilidade, resistência a doenças, grupo de maturação, composição de grãos, altura e acamamento. A fim de avaliar e selecionar as melhores cultivares para cada local, todos os anos são conduzidos experimentos a campo, onde são avaliadas cul- tivares, populações e épocas de plantio. Nesse trabalho estaremos apresentando os resultados obtidos de experimentos con- duzidos na Fazenda Triunfo do grupo Manjabosco durante a safra 2022/2023 com 16 culti- vares de soja em 3 populações e duas épocas de semeadura. A área apresenta altitude de 774m, latitude de 11º28’09,00” S e longitude de 45º33’35,40” W. O clima é classificado como Aw na classificação de Köppen-Geiger, com tempera- turas médias anuais de 24 ºC, e precipitação média anual de 1.200 mm, distribuídos entre os meses de novembro e abril, com período seco bem defini- do entre maio e setembro. Contou com 16 tratamen- tos (Tabela1), as parcelas fo- ram compostas de 5 linhas por 10m de comprimento, dispos- tas lado a lado. Cada cultivar foi semeada em 3 populações diferentes a fim de avaliar qual a melhor opção e em duas épo- cas diferentes, ambos no espa- çamento de 0,55m. A primeira época foi semea- da no dia 31/10/2022 e a segun- da época no dia 15/11/2022. A adubação foi padrão para todos os tratamentos. Os de- mais tratos culturais como her- bicidas, inseticidas, fungicidas e nutrição foliar foram realiza- dos da mesma forma para to- dos os tratamentos. Para a obtenção das popu- lações desejadas, aos 15DAE (dias após emergência) foi rea- lizado o raleio de plantas dos tratamentos, cada cultivar foi conduzida em 3 populações diferentes, sendo uma utilizada na fazenda, uma 15% menor e outra 30% menor, As avaliações foram cons- tituídas de stand estabelecido de cada tratamento, altura final de plantas, peso de mil grãos (PMS) e produtividade. Podemos observar a distribuição de chuvas durante a safra 2022/2023 na área na fazenda Triunfo (Gráfico1). Total acumulado: 1008mm Resultados (1ª época) A primeira época foi semeada no dia 31/10/2022. Podemos observar os resultados das avaliações realizadas nas cultivares de população de plantas, altura de plantas, PMS e produtividade (Tabela2). Trat. Cultivar Ciclo Hábito 1 DM 82I78 IPRO 8.0 Indeterminada 2 BMX Ataque I2X 8.1 Indeterminada 3 BMX Extrema IPRO 8.1 Indeterminada 4 NEO 840 IPRO 8.4 Indeterminada 5 NEO 810 I2X 8.1 Indeterminada 6 CZ58B23 I2X 8.2 Indeterminada 7 CZ48B18 IPRO 8.2 Indeterminada 8 NEO820 IPRO 8.2 Indeterminada 9 AS3838 I2X 8.3 Indeterminada 10 M8349 IPRO 8.3 Determinada11 BMX Domínio IPRO 8.3 Indeterminada 12 BMX Fortaleza IPRO 8.3 Indeterminada 13 M8330 I2X 8.3 Indeterminada 14 M8434 I2X 8.3 Indeterminada 15 SYN1687 IPRO 8.5 Indeterminada 16 M8808 IPRO 8.8 Determinada Tabela 1. Descrição dos tratamentos. Gráfico 1. Quantidade de chuva por mês durante a safra 22/23. 46 47 Se separarmos um ranking, podemos observar as melhores produtividades (Gráfico2) das cultivares e suas respectivas po- pulações obtidas no experimento. Resultados (2ª época) A segunda época foi semeada no dia 15/11/22. Podemos ob- servar os resultados das avaliações realizadas nas cultivares de população de plantas, altura de plantas, PMS e produtividade (Ta- bela4). Tabela 3. Ciclo do plantio a colheita (dias). Gráfico 2. Maiores produtividades das cultivares e populações. Variedade Pop. Altura PMS Prod. DM 82I78 IPRO 103020 93,8 152,7 76,5 DM 82I78 IPRO 106050 92,5 161,7 75,8 DM 82I78 IPRO 103020 95,3 159,8 75,1 BMX Ataque I2X 130290 99,0 157,4 68,8 BMX Ataque I2X 115140 98,8 152,2 67,6 BMX Ataque I2X 154530 100,8 157,6 70,0 BMX Extrema IPRO 133320 94,5 153,8 66,4 BMX Extrema IPRO 175740 92,5 172,0 75,5 BMX Extrema IPRO 206040 97,8 166,1 74,0 NEO 840 IPRO 93930 68,8 169,8 64,1 NEO 840 IPRO 133320 76,3 164,2 66,8 NEO 840 IPRO 145440 77,0 162,6 63,4 NEO810 I2X 166650 94,3 147,0 68,2 NEO810 I2X 184830 94,5 146,9 71,8 NEO810 I2X 212100 97,8 147,5 72,0 CZ58B23 I2X 109080 101,5 0,0 0,0 CZ58B23 I2X 157560 101,3 150,6 74,9 CZ58B23 I2X 181800 97,8 152,3 75,1 CZ48B18 IPRO 166650 93,0 150,7 74,0 CZ48B18 IPRO 142410 94,8 161,9 74,6 CZ48B18 IPRO 172710 102,3 158,9 70,9 NEO820 IPRO 133320 86,3 191,4 79,5 NEO820 IPRO 151500 94,0 197,4 81,5 NEO820 IPRO 187860 90,8 198,6 77,5 AS3838 I2X 151500 61,8 119,0 71,9 AS3838 I2X 172710 62,3 132,9 80,0 6 CZ58B23 I2X 135 7 CZ48B18 IPRO 135 8 NEO820 IPRO 135 9 AS3838 I2X 135 10 M8349 IPRO 123 11 BMX Domínio IPRO 135 12 BMX Fortaleza IPRO 123 13 M8330 I2X 123 14 M8434 I2X 135 15 SYN1687 IPRO 143 16 M8808 IPRO 143 Também foram realizadas avaliações do ciclo de cada mate- rial do plantio a colheita e notas de acamamento, onde foi possí- vel verificar que somente a M8808 IPRO apresentou problemas com acamamento (Tabela3). Variedade Pop. Altura PMS Prod. DM 82I78 IPRO 106050 90,3 146,5 80,8 DM 82I78 IPRO 115140 93,4 142,4 76,9 DM 82I78 IPRO 124230 96,7 140,5 70,0 BMX Ataque I2X 142410 92,4 147,1 73,2 BMX Ataque I2X 157560 97,8 143,9 71,6 BMX Ataque I2X 184830 99,4 150,0 74,8 BMX Extrema IPRO 151500 90,2 149,8 72,6 BMX Extrema IPRO 206040 92,3 144,7 72,0 BMX Extrema IPRO 227250 98,7 149,3 74,5 NEO 840 IPRO 148470 67,3 148,7 69,8 NEO 840 IPRO 160590 76,2 151,3 54,5 NEO 840 IPRO 187860 78,3 151,6 53,7 NEO810 I2X 130290 91,2 148,0 73,3 NEO810 I2X 169680 94,5 134,2 75,2 NEO810 I2X 196950 97,8 138,3 72,0 CZ58B23 I2X 124230 90,2 124,1 67,6 CZ58B23 I2X 163620 93,4 141,9 80,9 CZ58B23 I2X 193920 98,4 143,6 82,9 CZ48B18 IPRO 139380 91,2 164,8 84,0 CZ48B18 IPRO 166650 93,4 173,5 100,6 CZ48B18 IPRO 196950 101,2 168,9 90,0 NEO820 IPRO 142410 85,6 209,6 98,3 NEO820 IPRO 166650 93,4 203,6 91,5 NEO820 IPRO 190890 97,3 195,9 84,8 AS3838 I2X 142410 60,4 115,6 68,8 AS3838 I2X 184830 62,1 116,7 71,8 AS3838 I2X 203010 63,3 113,8 65,1 M8349 IPRO 145440 71,2 156,3 66,9 M8349 IPRO 181800 73,4 152,8 65,8 M8349 IPRO 199980 74,5 156,2 66,6 BMX Domínio IPRO 145440 98,7 162,1 81,8 BMX Domínio IPRO 181800 100,2 159,2 74,8 BMX Domínio IPRO 224220 105,6 161,4 75,5 BMX Fortaleza IPRO 127260 93,4 114,6 69,4 BMX Fortaleza IPRO 160590 95,6 109,8 61,8 BMX Fortaleza IPRO 206040 98,7 115,1 62,2 M8330 I2X 115140 66,7 121,4 71,1 M8330 I2X 148470 67,6 128,0 70,8 M8330 I2X 181800 69,0 122,7 72,0 M8434 I2X 151500 64,5 134,4 80,4 M8434 I2X 190890 66,7 128,2 79,2 M8434 I2X 172710 71,0 129,0 80,5 SYN1687 IPRO 160590 103,4 144,0 86,2 SYN1687 IPRO 181800 105,6 143,2 85,7 SYN1687 IPRO 203010 109,4 148,4 85,9 M8808 IPRO 133320 99,6 124,5 57,8 M8808 IPRO 154530 99,8 124,3 63,6 M8808 IPRO 181800 102,3 127,9 65,5 Tabela 2. População (plantas/ha), altura final (cm), PMS (g) e produtividade (sc/ha). Trat. Cultivar Ciclo (plantio a colheita) 1 DM 82I78 IPRO 135 2 BMX Ataque I2X 135 3 BMX Extrema IPRO 123 4 NEO 840 IPRO 135 5 NEO810 I2X 135 48 49 AS3838 I2X 184830 63,3 124,0 70,4 M8349 IPRO 124230 70,3 164,4 74,4 M8349 IPRO 151500 72,5 161,6 75,3 M8349 IPRO 193920 76,8 167,9 75,5 BMX Domínio IPRO 127260 106,3 159,8 82,8 BMX Domínio IPRO 160590 110,5 164,5 80,0 BMX Domínio IPRO 193920 108,8 160,3 79,1 BMX Fortaleza IPRO 118170 93,8 128,5 71,7 BMX Fortaleza IPRO 157560 98,8 129,2 69,5 BMX Fortaleza IPRO 184830 95,0 121,7 66,1 M8330 I2X 109080 70,0 145,3 77,9 M8330 I2X 139380 68,8 143,4 77,4 M8330 I2X 142410 69,0 147,3 72,9 M8434 I2X 133320 67,8 142,3 67,4 M8434 I2X 163620 67,3 124,6 64,0 M8434 I2X 187860 70,3 132,1 68,0 SYN1687 IPRO 148470 102,5 151,5 81,5 SYN1687 IPRO 196950 104,3 155,3 78,6 SYN1687 IPRO 221190 107,3 155,3 72,1 M8808 IPRO 148470 96,3 174,7 78,1 M8808 IPRO 148470 96,3 174,7 71,8 M8808 IPRO 166650 94,5 178,0 70,8 Tabela 4. População (plantas/ha), altura final (cm), PMS (g) e produtividade (sc/ha). Tabela 5. Ciclo do plantio a colheita (dias). Gráfico 3. 10 maiores produtividades obtidas na 2ª época. Também foram realizadas avaliações do ciclo de cada mate- rial do plantio a colheita, notas de acamamento, onde foi possível verificar que somente a M8808 IPRO apresentou um pouco de acamamento (Tabela5). Se separarmos também um ranking, podemos observar as melhores produtividades (Gráfico3) das cultivares e suas respec- tivas populações obtidas no experimento. Trat. Cultivar Ciclo (plantio a colheita) 1 DM 82I78 IPRO 148 2 BMX Ataque I2X 148 3 BMX Extrema IPRO 126 4 NEO 840 IPRO 148 5 NEO810 I2X 148 6 CZ58B23 I2X 148 7 CZ48B18 IPRO 148 8 NEO820 IPRO 148 9 AS3838 I2X 148 10 M8349 IPRO 126 11 BMX Domínio IPRO 148 12 BMX Fortaleza IPRO 126 13 M8330 I2X 126 14 M8434 I2X 148 15 SYN1687 IPRO 153 16 M8808 IPRO 153 REFERÊNCIAS Adubos e adubações/E. MALAVOLTA, F. PIMENTEL-GOMES e J. C. ALCAR- DE. – São Paulo: Nobel, 2002. Fertilidade do solo e adubação, BER- NARDO VAN RAIJ – São Paulo; Piraci- caba, Ceres, Potafos, 1991. P. 343. 101 Culturas: Manual de tecnologias agrícolas/ TRAZILBO JOSÉ DE PAULA JÚNIOR, MADELAINE VENZON coor- denadores. – Belo Horizonte: EPAMIG, 2007. 800 p.: Il. color.; 26cm. MARTINS, M. C.; CÂMARA, G. M. S.; PEIXOTO, C. P.;MARCHIORI, L.F.S. LEONARDO, V.; MATTIAZZI, P. Época de semeadura, densidade de plantas e desempenho vegetativo de cultivares de soja. Scientia Agrícola, Piracicaba, v.56, n.4, p.851-858, 1999. TOURINO, M. C. C.; REZENDE, P. M.; SALVADOR, N. Espaçamento, densi- dade e uniformidade de semeadura na produtividade e características agronômicas da soja. Pesquisa Agro- pecuária Brasileira, Brasília, v.37, n.8, p.1071-1077, 2002. http://ainfo.cnptia.embrapa.br http://anuais.unespar.edu.br Portanto, de acordo com os resultados, podemos observar que na 1ª época os materiais mais precoces foram os que mais sofreram queda de produ- tividade, já os materiais com ci- clo médio apresentaram bons resultados, como a CZ48B18 IPRO, a NEO 820 IPRO e a SYN 1687 IPRO que foram as que apareceram mais vezes no ranking das 10 maiores produ- tividades. Na segunda época po- demos observar que a varia- ção da maior para a menor produtividade foi menor que na primeira época, apresentando produtividades um pouco abai- xo, porém, mais parecidas en- tre elas. No ranking das 10 me- lhores podemos observar que a BMX Domínio IPRO aparece nas 3 populações, a NEO 820 IPRO e a SYN 1687 IPRO apa- recem em duas populações fi- cando assim com os melhores resultados da segunda época. 50 CHEGOU A RESPOSTA PARA COMBATER AS DANINHAS RESISTENTES Um novo time de herbicidas da IHARA chega para revolucionar o agronegócio Por Departamento Técnico Ihara As plantas daninhas são um problema que brota nas planta- ções brasileiras e causam mui- tos prejuízos e dores de cabe- ça há tempos aos produtores. Atualmente, no Brasil existem maisde 50 casos de resistên- cia que envolvem 28 espécies de daninhas, afetando as prin- cipais culturas do país: soja, milho, trigo e cana-de-açúcar. "A resistência acaba causando um grande problema no contro- le, uma vez que isso reduz as opções para combatê-las", ex- plica o pesquisador da Embra- pa (Empresa Brasileira de Pes- quisa Agropecuária) de Passo Fundo, Leandro Vargas. Para se ter uma noção do impacto, apenas na cultura da soja, são mais de R$ 9 bilhões de perdas causadas pela matocompeti- ção. Segundo dados publicados pela Embrapa Soja, a perda de produtividade pode atingir até 90% da lavoura caso não haja nenhum tipo de controle de daninhas. Além da resis- tência aos produtos existentes no mercado, outro fator que influencia a proliferação deste problema é a adaptação a luga- res e condições climáticas ad- versas, possibilitando que elas sejam grandes competidoras em meio as culturas. "Hoje, a grande preocupação é encontrar uma estratégia para controlar as daninhas, pois di- versas plantas não respondem ao que existe no mercado. Pre- cisamos de uma ferramenta que alie eficácia, possibilidade de uso em diversas culturas, controle das principais dani- nhas e custo que caiba no bolso 53 de de São Paulo) por 30 anos, e atualmente é pesquisador e consultor da PJC Consultoria Agronômica Ltda. As daninhas sempre foram um problema no campo, que assolam os pro- dutores e causam quedas no desempenho das plantas. Por isso, a IHARA foi até o futuro e trouxe estas quatro soluções poderosas, que possuem alta tecnologia e resultados com- provados. O FIM DAS DANINHAS DA SOJA E DO MILHO Com a ameaça do capim- -pé-de-galinha, buva, digitarias e outras daninhas, surgiu a necessidade de uma solução poderosa. Assim a IHARA de- senvolveu Kyojin, herbicida pré- -emergente que atua no con- trole das daninhas resistentes, garantindo lavoura no limpo por mais tempo e maior produ- tividade aos agricultores. Com um longo período resi- dual, Kyojin oferece resultados por mais tempo, sendo alta- mente seletivo e eficaz com menores doses de aplicação, proporcionando uma janela de aplicação flexível e compatível com outros herbicidas. Sua ação não causa perdas do po- tencial das plantas por fitotoxi- cidade. Estas daninhas estão pre- sentes em mais de 50% das áreas agricultáveis no Brasil, com potencial de perdas pela matocompetição superior a 90%. E neste cenário, Kyojin é ideal para o controle de folhas estreitas e folhas largas. "O pré-emergente é parte de uma estratégia de manejo para pro- teção das lavouras. Estima-se que mais de 14 milhões de hec- tares sofram com as plantas daninhas, logo, uma ferramenta que reduza a matocompetição é uma aliada na produtivida- de", afirma o gerente técnico de pesquisa da Fundação ABC, Luís Henrique Penckowsi. Para as principais gramí- neas, é observada uma oportu- nidade de melhor gestão para o agricultor no uso do pós-emer- gente, devido a ação residual de Kyojin. Por exemplo, quando comparado a outros herbicidas do mercado, ele apresenta um controle de 90% da Eleusine indica, em diferentes tempos de aplicação. Quando falamos de Digitaria horizontalis, o con- trole é de 95%, mantendo re- sultados positivos, permitindo um excelente estabelecimento da lavoura. Sua utilização, além de proporcionar o combate às daninhas resistentes, ainda possibilita a redução do custo operacional e do banco de se- mentes, poupando o bolso do agricultor. do produtor", explica Robin- son Osipe, professor e pesqui- sador na UENP/FALM. SAIBA MAIS SOBRE O IM- PACTO DAS DANINHAS As daninhas são como “in- vasoras de espaço” que, ao se instalarem em um local, come- çam a competir pelo solo, nu- trientes, luz e água, o que com- promete o desenvolvimento das culturas. Sua adaptabilida- de permite que elas "roubem" mais nutrientes e se proliferem com mais facilidade. Além dis- so, elas prejudicam a colheita mecanizada, uma vez que cau- sam perda de rendimentos e favorecem a multiplicação des- tas plantas daninhas. Controlar as principais da- ninhas destas culturas parecia um sonho distante. Entretanto, a IHARA, empresa especiali- zada em defensivos agrícolas, apresenta aos produtores não apenas um, mas quatro novos herbicidas feitos para atender à necessidade de combate às daninhas na soja, trigo, milho, cana-de-açúcar, café, citros, flo- resta e muitas outras, que con- tam com a tecnologia Yamato, exclusiva no Brasil. São eles Kyojin, Ritmo, Falcon e Yamato, time nomeado de Herbicidas do Futuro. HERBICIDAS DO FUTURO: TECNOLOGIA YAMATO PARA REVOLUCIONAR O AGRO De acordo com o professor especialista em proteção de plantas na Univag, Anderson Cavenaghi, esta tecnologia é uma grande aliada no combate à resistência das plantas dani- nhas. "Ao agir no controle das principais espécies, proporcio- na mais segurança ao produtor, que vai começar o plantio com a cultura no limpo. E o melhor: é possível observar resultados com apenas uma aplicação." Com o mercado carecen- do de herbicidas eficazes e lutando cada vez mais contra a resistência das daninhas, especialistas afirmam que há tempos não se vê uma novida- de. que supra a necessidade dos produtores nestas diferen- tes culturas. "Precisamos de no- vos mecanismos, que eliminem este problema e preservem a produtividade da lavoura, com um controle elevado quando comparado ao já existente", diz Jamil Constantin, professor de Pós-Graduação em Agronomia na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Neste contexto, a IHARA chega para revolucionar o agronegócio e resolver as preocupações dos produtores. Com as soluções disponí- veis, o produtor terá em mãos ferramentas poderosas para o manejo de resistência, gerando valor para a agricultura nacio- nal. Os produtos fazem parte de uma estratégia da IHARA para contribuir para a competi- vidade da agricultura brasileira, atendendo às necessidades e expectativas dos produtores. "A tecnologia Yamato se mos- trou eficiente mesmo em con- dições adversas de clima", diz Leandro Vargas, pesquisador na Embrapa Trigo. "A tecnologia Yamato é uma inovação para as culturas: soja, cana-de-açúcar, eucalip- to, citrus e café, que alia baixa dose por hectare e alta eficácia de controle das plantas dani- nhas, ajudando as lavouras a atingirem a expressão do seu potencial produtivo", diz Pedro Christoffoleti, que foi professor associado da USP (Universida 54 55 Maior eficiência Versatilidade operacional Máxima velocidade de absorção A nova era da absorção de nutrientes. Mantém a fotossíntese ativa e a atividade de enzimas importantes para o manejo anti estresse, com a absorção instantânea do MAGNÉSIO. Acelera o metabolismo de carboidratos e a síntese de parede celular com BORO complexado para plantas mais protegidas com mais estruturas reprodutivas. Potencializa a entrada do CÁLCIO e BORO nas plantas para uniformidade e qualidade de estruturas reprodutivas. Aumenta a lignificação das plantas e a indução de resistência a doenças com absorção rápida de COBRE, sem risco de fitotoxidez nas doses recomendadas. Promove a formação das proteínas, crescimento de meristemas e raízes, pelo FERRO disponível livre de dificuldades operacionais. Maximiza a síntese de enzimas e aminoácidos importantes para o crescimento e qualidade da produção impulsionada pelo ZINCO. Aumenta a eficiência da clorofila com MANGANÊS quelatado organicamente e prontamente disponível, compatível com herbicidas ou misturas mais difíceis. Formulação complexada a base de MAGNÉSIO, COBRE, FERRO, MANGANÊS, ZINCO e ENXOFRE com absorção acelerada e segurança para estímulos específicos. compostos fi siológicos es- pecífi cos; 4) aumento do rendi- mento das culturas com maiores taxas de exporta- ção de micronutrientes em grãos e em outros produ- tos colhidos; 5) elevação da qualidade do perfi l do solo; 6) substituição de fer- tilizantes ricos em micro- nutrientes por fontescon- centradas em elementos específi cos. Para responder algumas dessas questões, foi reali- zado um experimento ins- talado na área de pesquisa da Solo e Planta Consul- toria, na cultivar Monsoy 8349 IPRO, em solo com características médias ge- rais do Oeste da Bahia. O pH (CaCl2) do solo anterior ao cultivo foi de 5,25 e os níveis de micronutrientes abaixo do adequado, na camada de 0-20 cm: B com 0,55 mg dm-3, Cu com 0,75 mg dm-3, Fe com 53,32 mg dm-3, Zn com 0,90 mg dm-3 e Mn com 3,36 mg dm-3. O solo foi corrigido com a incorporação de 2 t ha-1 de calcário e 400 kg ha-1 de gesso. A adubação de base foi com 80 kg ha-1 de P2O5 e a cobertura com 90 kg ha-1 de K2O. Na complementação via folha, foram realizadas 3 situações práticas utilizadas a campo na região. A pri- meira com doses equilibradas de micros, menores de macronutrientes complementado com compostos fi - siológicos. A segunda com doses médias de micros e macronutrientes complementado com compostos fi sio- lógicos. A terceira com aumento de doses de micros e macronutrientes, sem adição de compostos fi siológicos. No trabalho, esses tratamentos estão descritos como “Completo”, “Padrão” e “Mais gramas”, respectivamente, e as gramagens estão descritas na tabela 1. Avaliou-se os manejos de nutrição foliar nas áreas com e sem micronutrientes no solo. Os nutrientes foram aplicados na base e as doses utilizadas foram para B e Mn foram de 0,6 kg ha-1 e para Cu e Zn a dose foi 2,0 kg ha-1, via formulação oxisulfato. N P K Ca Mg S B Cu Zn Mn Mo Ni Fe Tratamentos -------------------------------------------------------------- g ha-1 ----------------------------------------------------- Completo 762,30 230,10 397,70 20,85 653,63 360,49 121,15 70,22 180,72 414,21 24,12 14,26 2,09 Padrão 673,80 285,70 496,90 34,75 1156,56 1549,20 124,09 57,79 194,62 414,74 24,79 14,26 3,48 Mais gramas 124,20 766,80 272,00 0,00 1499,81 2154,53 147,22 151,42 235,90 523,37 42,31 39,16 0,00 Todos os tratamentos tiveram incremento em produtividade, melhorando em até 8,5 sc ha-1 no tratamento Solo + Padrão (Figura 1). Ou seja, mesmo em solo com anos de cultivo, manejado tecnicamente, a aplicação de micronutrientes no solo, comple- mentado com nutrição e fi siologia na folha gerou resultados expressivos. Figura 1. Incremento na produtividade em relação à testemunha em função dos tratamentos aplicados no solo, folha e solo+folha na cultura da soja. Tabela 1. Descrição das doses adotadas no manejo foliar de nutrientes. 0 2 4 6 8 10 Solo + Mais gramas Solo + Padrão Solo + Completo Mais gramasPadrãoCompletoMicros no solo 0,74 2,0 sc h a- 1 Incremento em Produtividade 6,5 3,5 4,5 8,5 5 MICRONUTRIENTES NO SOLO, NA FOLHA OU EM AMBOS, QUAL O MELHOR RESULTADO? Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen Micronutrientes no solo, na folha ou em ambos, qual o melhor resultado? Os micronutrientes, mesmo presente em pequenas quantidades nos tecidos das plantas, são essenciais para o seu desenvolvimento. A defi ciência de micro- nutrientes compromete o crescimento, a nutrição e a produtividade das culturas, pois são mediadores de atividades enzi- máticas, especialmente na fotossíntese (Prado, 2021). A efi ciência da maioria dos micronutrientes no solo é dependen- te do pH, quanto mais alcalino, menor a disponibilidade dos mesmos. Assim, em sistemas produtivos, com uso frequente de calcário, sempre há a dúvida: realizar ou não a micragem no solo? A nutrição foliar é uma ferramenta im- portante para melhorar os processos fi - siológicos e bioquímicos das plantas, re- sultando em altas produtividades (Hong et al., 2021) e auxiliando na demanda de nutrientes limitados na solução do solo. No entanto, como a zona de maior as- similação de nutrientes é a raiz, a capa- cidade de absorção nutricional por via foliar é questionada, assim como a efi ci- ência dos vários tipos de fontes disponí- veis no mercado. A discussão sobre a fertilização de mi- cronutrientes se dá por uma série de ra- zões: 1) baixa disponibilidade do boro (B), co- bre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn) em solos tropicais; 2) cultivos a longo prazo que resultam na remoção de micronutrientes do solo; 3) associação dos nutrientes com Por Ricardo de Andrade Silva e Angela Valentini Gorgen 58 59 magnésio, enxofre e potenciais fatores de redução da efi ciência dos micronutrien- tes, a adubação com eles no solo sozi- nha foi menos efi ciente no incremento da produtividade do que a nutrição com fi siologia foliar, mas o sinergismo entre eles entregou um salto em produtividade em relação à testemunha. Esse experimento confi rma que, para o aumento da produtividade da soja, é responsiva a utilização de macros e mi- cronutrientes na folha associados a cor- reção dos micronutrientes no solo. Isso porque os melhores resultados (Padrão e Solo + Padrão) retornaram 3,1 e 3,25 vezes o investimento (Figura 5), número impor- tante para a cultura da soja. Ou seja, o melhor custo-benefício é respeitar o manejo integrativo entre solo, planta e ambiente, observando os pa- râmetros de potencial e extração, onde nem sempre o maior investimento é me- lhor para o sistema produtivo, mas ma- nejar com conhecimento da realidade de cada área gera grandes resultados. Figura 5. Retorno sobre o investimento realizado em número de vezes.. Retorno Sobre Investimento 0,0 0,7 1,4 2,1 2,8 3,5 Solo + Mais gramas Solo + Padrão Solo + Completo Mais gramas PadrãoCompletoMicros de solo Referência Bibliográfi ca: Hong, J., Wang, C., Wagner, D. C., Gardea-Torresdey, J. L., He, F., & Rico, C. M. (2021). Foliar application of nanoparticles: mechanisms of absorption, transfer, and multiple impacts. Environmental Science: Nano, 8(5), 1196-1210. Prado R.M. (2021) Mineral nutrition of tropical plants. Mineral Nutrition of Tropical Plants. Austria, Springer Cham. 339p. Retorno Sobre o Investimento Isoladamente, os resultados mostraram que o manejo de micronutrientes direta- mente na base do solo incrementou em 1,3% a produtividade frente a testemunha (Figura 2). Quanto aos programas de manejo fo- liares, os tratamentos Completo, Padrão e Mais gramas incrementaram a produtivi- dade em 3,5%, 11,5% e 6,2%, respectivamen- te (Figura 3). Já a combinação da aplicação de micro- nutrientes no solo com os manejos foliares Completo, Padrão e Mais gramas alavan- caram a produtividade em 8%, 15% e 8,8%, respectivamente, em relação a testemu- nha (Figura 4). Evidenciou-se que quantidades de nu- trientes via foliar muito além ou aquém da demanda da cultura geram incrementos menos signifi cativos que a recomendação padrão, devendo-se observar a realidade de cada cultivo, genética, potencial, fertili- dade, condições edafoclimáticas da região, entre outros fatores que infl uenciam na extração dos nutrientes. E o manejo asso- ciado solo-nutrição-fi siologia é o que pro- move maiores resultados em produtivida- de na cultura da soja. Figura 4. Produtividade em função da aplicação de micronutrientes no solo associado a diferentes manejos via fo- lha na cultura da soja. Figura 3. Produtividade em função da aplicação de nutrientes em diferentes dosagens e interação com compostos fi siológicos via folha na cultura da soja. Figura 2. Produtividade em função da aplicação de micronutrientes no solo. sc h a-1 56,00 56,25 56,50 56,75 57,00 57,25 57,50 Micros no soloTestemunha sc h a-1 52,0 54,8 57,6 60,4 63,2 66,0 Solo + Mais gramas Solo + Padrão Solo + Completo Testemunha sc h a-1 52 54 56 58 60 62 64 Mais gramas PadrãoCompletoTestemunha Manejo com Micro no Solo Manejo foliar Manejo Solo + Foliar Os resultados obtidos respondem as perguntas. Considerando o solo com teores médios de fertilidade, em ano com realização de calagem, adição de fósforo, potássio, 60 61 Inovação aliada a boas práticas: o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja Ao implementar asboas práticas agrícolas, inclusive no uso de fungicidas para o controle de doenças no cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle necessária dos diferentes produtos formulados, promove o alcance de tetos produtivos elevados e, por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. Dentre as boas práticas está a rotação entre os diferentes princípios ativos fungicidas em um programa de aplicação e seguindo as recomendações de associações e entidades especialistas no manejo da resistência de fungos fitopatogênicos. Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em renomadas instituições de pesquisas agrícolas com o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, nas diferentes condições brasileiras. Os tratamentos consistiram em programas com quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que compõem o complexo de doenças em soja, no Brasil, assim como calculadas as porcentagens de controle de cada programa, conforme a figura 1. As doses utilizadas foram as recomendadas pelos fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi mensurada (Figura 2) e os maiores resultados (considerando as médias entre 10 estados brasilei- ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas, os quais proporcionaram valores intermediários. Destaque às aplicações de Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e R1+14 dias após, que apresentaram excelente performance em comparação a outros produtos formulados em diferentes programas de aplicações durante o ciclo da soja, especialmente no controle da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares descritas aqui. Dessa forma, considerando diferentes regiões e situações no Brasil, sob incidência das principais doenças que acometem o cultivo da soja, os tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus resultados consolidados neste artigo, comprovam o atingimento do controle desejado das doenças, assim como resultaram em distintos níveis de produtividade que foram alcançados através da combinação de um ingrediente ativo consagrado, o Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela Sumitomo Chemical, o Impirfluxam. Em uma formulação moderna, essa é uma nova ferramenta que alia os principais atributos necessá- rios para se obter um alto desempenho e que se encaixa versatilmente em qualquer manejo de doenças da soja. Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria) Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs). Tratamento 01 48,9 24,6 26,8 73,9 59,6 65,8 78,1 62,0 63,5 79,8 69,9 69,2 75,3 58,4 63,2 76,9 62,0 65,4 81,0 61,3 65,5 79,5 63,5 67,5 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%. Tratamento 01 53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America. % Controle Produtividade (sc/ha) C M Y CM MY CY CMY K AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32 Inovação aliada a boas práticas: o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive no uso de fungicidas para o controle de doenças no cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle necessária dos diferentes produtos formulados, promove o alcance de tetos produtivos elevados e, por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. Dentre as boas práticas está a rotação entre os diferentes princípios ativos fungicidas em um programa de aplicação e seguindo as recomendações de associações e entidades especialistas no manejo da resistência de fungos fitopatogênicos. Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em renomadas instituições de pesquisas agrícolas com o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, nas diferentes condições brasileiras. Os tratamentos consistiram em programas com quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que compõem o complexo de doenças em soja, no Brasil, assim como calculadas as porcentagens de controle de cada programa, conforme a figura 1. As doses utilizadas foram as recomendadas pelos fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi mensurada (Figura 2) e os maiores resultados (considerando as médias entre 10 estados brasilei- ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas, os quais proporcionaram valores intermediários. Destaque às aplicações de Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e R1+14 dias após, que apresentaram excelente performance em comparação a outros produtos formulados em diferentes programas de aplicações durante o ciclo da soja, especialmente no controle da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares descritas aqui. Dessa forma, considerando diferentes regiões e situações no Brasil, sob incidência das principais doenças que acometemo cultivo da soja, os tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus resultados consolidados neste artigo, comprovam o atingimento do controle desejado das doenças, assim como resultaram em distintos níveis de produtividade que foram alcançados através da combinação de um ingrediente ativo consagrado, o Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela Sumitomo Chemical, o Impirfluxam. Em uma formulação moderna, essa é uma nova ferramenta que alia os principais atributos necessá- rios para se obter um alto desempenho e que se encaixa versatilmente em qualquer manejo de doenças da soja. Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria) Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs). Tratamento 01 48,9 24,6 26,8 73,9 59,6 65,8 78,1 62,0 63,5 79,8 69,9 69,2 75,3 58,4 63,2 76,9 62,0 65,4 81,0 61,3 65,5 79,5 63,5 67,5 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%. Tratamento 01 53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America. % Controle Produtividade (sc/ha) C M Y CM MY CY CMY K AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32 Inovação aliada a boas práticas: o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive no uso de fungicidas para o controle de doenças no cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle necessária dos diferentes produtos formulados, promove o alcance de tetos produtivos elevados e, por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. Dentre as boas práticas está a rotação entre os diferentes princípios ativos fungicidas em um programa de aplicação e seguindo as recomendações de associações e entidades especialistas no manejo da resistência de fungos fitopatogênicos. Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em renomadas instituições de pesquisas agrícolas com o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, nas diferentes condições brasileiras. Os tratamentos consistiram em programas com quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que compõem o complexo de doenças em soja, no Brasil, assim como calculadas as porcentagens de controle de cada programa, conforme a figura 1. As doses utilizadas foram as recomendadas pelos fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi mensurada (Figura 2) e os maiores resultados (considerando as médias entre 10 estados brasilei- ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas, os quais proporcionaram valores intermediários. Destaque às aplicações de Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e R1+14 dias após, que apresentaram excelente performance em comparação a outros produtos formulados em diferentes programas de aplicações durante o ciclo da soja, especialmente no controle da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares descritas aqui. Dessa forma, considerando diferentes regiões e situações no Brasil, sob incidência das principais doenças que acometem o cultivo da soja, os tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus resultados consolidados neste artigo, comprovam o atingimento do controle desejado das doenças, assim como resultaram em distintos níveis de produtividade que foram alcançados através da combinação de um ingrediente ativo consagrado, o Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela Sumitomo Chemical, o Impirfluxam. Em uma formulação moderna, essa é uma nova ferramenta que alia os principais atributos necessá- rios para se obter um alto desempenho e que se encaixa versatilmente em qualquer manejo de doenças da soja. Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria) Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs). Tratamento 01 48,9 24,6 26,8 73,9 59,6 65,8 78,1 62,0 63,5 79,8 69,9 69,2 75,3 58,4 63,2 76,9 62,0 65,4 81,0 61,3 65,5 79,5 63,5 67,5 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem+ Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%. Tratamento 01 53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America. % Controle Produtividade (sc/ha) C M Y CM MY CY CMY K AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32 C M Y CM MY CY CMY K AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 1 18/09/23 16:32 INOVAÇÃO ALIADA A BOAS PRÁTICAS: O QUE A SUMITOMO CHEMICAL TRAZ DE NOVIDADE AOS PRODUTORES DE SOJAPor Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira - Sumitomo Chemical Latin America Inovação aliada a boas práticas: o que a Sumitomo Chemical traz de novidade aos produtores de soja Ao implementar as boas práticas agrícolas, inclusive no uso de fungicidas para o controle de doenças no cultivo da soja, além de trazer a eficácia de controle necessária dos diferentes produtos formulados, promove o alcance de tetos produtivos elevados e, por sua vez, na maior rentabilidade ao agricultor. Dentre as boas práticas está a rotação entre os diferentes princípios ativos fungicidas em um programa de aplicação e seguindo as recomendações de associações e entidades especialistas no manejo da resistência de fungos fitopatogênicos. Foram conduzidos 55 experimentos com os mesmos tratamentos fúngicos em 10 estados do Brasil, em renomadas instituições de pesquisas agrícolas com o objetivo de comprovar a eficiência destas práticas, nas diferentes condições brasileiras. Os tratamentos consistiram em programas com quatro aplicações nos estágios: V4 / R1 / R1+14 dias / R1+28 dias e avaliadas as principais doenças que compõem o complexo de doenças em soja, no Brasil, assim como calculadas as porcentagens de controle de cada programa, conforme a figura 1. As doses utilizadas foram as recomendadas pelos fabricantes de cada fungicida. A produtividade foi mensurada (Figura 2) e os maiores resultados (considerando as médias entre 10 estados brasilei- ros) foram para o T5 (4.087,8 kg/ha-1) e T6 (4.097,04 kg/ha-1) e os demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas, os quais proporcionaram valores intermediários. Destaque às aplicações de Tebuconazol & Impirfluxam + Mancozebe em R1 e R1+14 dias após, que apresentaram excelente performance em comparação a outros produtos formulados em diferentes programas de aplicações durante o ciclo da soja, especialmente no controle da ferrugem asiática da soja e nas manchas foliares descritas aqui. Dessa forma, considerando diferentes regiões e situações no Brasil, sob incidência das principais doenças que acometem o cultivo da soja, os tratamentos 5 e 6, dos experimentos com seus resultados consolidados neste artigo, comprovam o atingimento do controle desejado das doenças, assim como resultaram em distintos níveis de produtividade que foram alcançados através da combinação de um ingrediente ativo consagrado, o Tebuconazol e, com um novo ingrediente ativo do grupo químico das Carboxamidas, desenvolvido pela Sumitomo Chemical, o Impirfluxam. Em uma formulação moderna, essa é uma nova ferramenta que alia os principais atributos necessá- rios para se obter um alto desempenho e que se encaixa versatilmente em qualquer manejo de doenças da soja. Ferrugem Mancha-Alvo DFCs (Cercospora e Septoria) Figura 1: resultados em porcentagem de controle em 55 áreas experimentais (em 27 locais houve ocorrência de ferrugem e mancha-alvo e em 33 locais, DFCs). Tratamento 01 48,9 24,6 26,8 73,9 59,6 65,8 78,1 62,0 63,5 79,8 69,9 69,2 75,3 58,4 63,2 76,9 62,0 65,4 81,0 61,3 65,5 79,5 63,5 67,5 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol + Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Figura 2: resultados em sacas de 60Kg por hectare em 55 áreas experimentais submetido a análise de Tukey 5% com CV de 7,06%. Tratamento 01 53,67 65,26 66,08 66,13 66,2767,76 68,13 68,29 Tratamento 02 Tratamento 03 Tratamento 04 Tratamento 05 Tratamento 06 Tratamento 07 Tratamento 08 c Testemunha b V5-Difenconazol + Propiconazol R1-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+14-Protioconazol + Benzowindiflupir + Clorotalonil R1+28-Ciproconazol + Difenoconazol + Clorotalonil ab V5-Ciproconazol + Picoxistrobina R1-Protioconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+14-Picoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Picoxistrobina + Mancozebe ab V5-Tebuconazol + Azoxistrobina R1-Protioconazol + Mancozebe R1+14-Tebuconazol + Picoxistrobina + Mancozebe R1+28-Difenoconazol + Azoxistrobina + Clorotalonil ab V5-Piraclostrobina + Fluxapiroxade R1-Protioconazol + Fluxapiroxade + Mancozebe R1+14-Fenpropimorfe + Mancozebe R1+28-Fenpropimorfe + Mancozebe ab V5- Tebuconazol + Trifloxistrobina R1-Protioconazol +Trifloxistrobina + Bixafem + Mancozebe R1+14-Protioconazol + Impirfluxam + Mancozebe R1+28-Ciproconazol + Trifloxistrobina + Clorotalonil a V5-Volna + Clorotalonil R1-Mesic + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT a V5-Volna + Clorotalonil R1-Excalia Max + Troia R1+14-Excalia Max + Troia R1+28-Volna + CLRT Autores: Adilson Santos, Bruno de Paula Freitas, Celso Luiz da Silva, Christian Thoroe Scherb, Edir Eraldo Pfeifer, Fabiano Aparecido Rios, Gilberto Filho, Henrique Trevisanuto, Isaias Bertanha, Jean Carlo Tadashi Watanabe, Leonardo Moreira Burtet, Nelson Rodrigues Costa, Rafael Romero Mendes e Rafael Pereira – Sumitomo Chemical Latin America. % Controle Produtividade (sc/ha) C M Y CM MY CY CMY K AF Artigo + Anuncio 21x30 5mm.pdf 2 18/09/23 16:32 65 NUMIL 1092 MILHETO GRANÍFERO Pratylenchus brachyurus: 0,15 Meloidogyne javanica: 0,03 Meloidogyne incognita: 0,30 FATOR DE REPRODUÇÃO (FR) DOS NEMATOIDES NO MILHETO GRANÍFERONEMATOIDES NO MILHETO GRANÍFERO Este produto é perigoso à saude humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. ATENÇÃO O FUNGICIDA COMPLETO COM AÇÃO MULTISSÍTIO PARA ALTAS PRODUTIVIDADES. Único e Completo. Proteção definitiva contra o complexo de doenças da soja. Ação multissítio e sistêmica em uma formulação exclusiva, promovendo altas produtividades. Tecnologia inovadora potencializando o manejo de resistência com praticidade na aplicação. UPL-0050-23-AF_ANUN_KV-EVOLUTION_SOROCABA_LY01_21x30.pdf 1 11/04/23 17:39 UMA INICIATIVA CRIATIVA REFERENTE AO SPD NA COBERTURA VIVA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS) Por Valmor dos Santos / Editor da Revista INOVAR Durante visita recente (setem- bro/2023) que fiz ao estado do Rio Grande do Sul, tive a oportunidade de verificar “in loco” uma inciativa que me chamou a atenção, que se trata da implantação da aveia (cultura de inverno) em Sistema Plantio Direto (SPD) na cobertura viva da grama Tifton 85, conforme descrito nos parágrafos abaixo. A iniciativa foi verificada na Fazenda Recanto da Paz, de pro- priedade do Sr. Antão Natalício Sanmartin Felden, Município de Dilermando de Aguiar (Região) denominada depressão central do estado. A implantação da aveia que é uma cultura de inverno de alto valor agregado para pastagem, produção de grãos e/ou semen- tes, foi implantada sobre a cober- tura viva de Tifton 85. Sendo que a essência deste processo con- siste no fato de que a espécie de forragem Tifton 85 é perene, mas no inverno (hiberna), ou seja, seu metabolismo se reduz de forma pronunciada devido às geadas e ao frio intenso. Desta forma, sur- ge uma janela para implantar em PD na cobertura viva (mas hiber- nada da Tifton 85) a aveia, desta forma aproveita-se o frio, para produção de forragem no inverno e ganha-se tempo, pois, quando as temperaturas começam a su- bir a partir de setembro a aveia naturalmente começa a definhar e a Tifton 85, que também é uma excelente forrageira, começa a se desenvolver. No caso verificado, utilizou-se Foto. Valmor dos Santos uma semeadeira que faz o PD com espaçamento de 20 cm en- tre fileiras, para implantação da aveia. Com relação as tecnologias de condução da aveia, é opcional tratar as plantas vivas com herbi- cidas, inseticidas etc. ou, caso de- sejar fazer alguma reposição de corretivos e/ou fertilizantes, fica a critério da oportunidade e recur- sos disponíveis, deixando claro que as tecnologias, quando bem aplicadas e com orientação dos profissionais da área das ciências agrárias, normalmente se pagam, ou seja, apresentam uma relação de custo-benefício favorável. Com relação aos enésimos benefícios desta tecnologia de manejo, foi citado acima a otimi- zação do tempo, mas com o ob- jetivo de catequizar os leitores, irei citar mais alguns, ou seja, controle eficaz da erosão, aumento subs- tancial da produção de biomassa para pecuária, melhoria da renda do produtor etc. Por fim gostaria de dizer que cada região e propriedade deste imenso Brasil tem sua realidade, mas, utilizando nossa imagina- ção é possível sempre estarmos melhorando os processos produ- tivos. Foto. Valmor dos Santos Foto. Valmor dos Santos 68 Ir além é ter as pessoas como a nossa prioridade. Para a Bayer, a aliança entre tecnologia, sociedade e diversidade, equidade e inclusão é a forma correta de fazer negócio: colocando as pessoas no centro e a ciência a serviço de uma vida melhor. Melhor para você, melhor para todos nós. Se é Bayer, é bom. BAYER_0141_ANUNCIO_INSTITUCIONAL_21X28.indd 1BAYER_0141_ANUNCIO_INSTITUCIONAL_21X28.indd 1 06/04/2023 15:3506/04/2023 15:35ção de polpa enlatada, passou a concorrer com áreas de al- godão, o que levou a empresa buscar novas regiões para a fibra. Por volta de 1988, a pro- dução de feijão nas áreas de sequeiro em Irecê passou por declínio, oportunizando o in- gresso da cotonicultura neste novo ambiente. Diante das oportunidades no mercado do feijão, empre- sários como a Agronol e Hel- muth Rieguer passaram a in- vestir neste cultivo, mas com a perspectiva de trabalhar com outras opções mais seguras e rentáveis. Desta forma, na sa- fra 1989/90 implementaram as primeiras lavouras desta fibra no cerrado baiano. No caso da Agronol, este início contou com o acompanhamento de um gestor reconhecido, o memorá- vel Luiz Antônio Cansanção. O começo envolveu parce- rias com a algodoeira São Mi- guel, a qual detinha um modelo de produção sob cooperação, fornecendo suporte técnico, re- cursos financeiros e insumos, bem como adquirindo a produ- ção para seu beneficiamento em Juazeiro. Diante do desafio da colheita manual, a Agronol buscou a solução, sendo a pri- meira colhedora. Para a safra 1990/91, am- bas fazendas repetiram os cultivos da fibra. No caso do Rieguer, apesar da ampliação das áreas, um impacto esteve presente, que foi a presença do bicudo-do-algodoeiro. Por ou- tro, a Agronol se preocupou em buscar mais soluções e Israel foi o centro de onde mais im- portaram tecnologias de ma- nejo e cultivares. Nesta busca por inovações, o renomado técnico Felipe Grinner (in memoriam), com experiências de cultivos em Israel, passou a fazer parte da equipe da Agronol, sob a ges- tão de Cansanção, reforçando o time de nomes experientes como Pedro Matana, atuante no setor até os dias atuais. A expansão da cultura pelo Brasil Central A partir de 1986 na fazen- da Itamaraty Norte, em Cam- po Novo dos Parecis/MT, o produtor Olacyr de Morais, na busca de alternativas à soja no cerrado, promovendo grandes investimentos em pesquisas, inclui no rol das suas opções a procura de genética de algodão adaptada à região. Nesta par- ceria esteva a Embrapa, tendo à frente o pesquisador Eleusio Curvêlo. Diversos materiais israelen- Foto. Pedro Matana Foto. Pedro Matana 14 15 jornada de expansão no Oeste da Bahia. Pesquisadores de renome que atuavam no Mato Gros- so também colaboraram para orientações na Bahia, seguin- do até os dias atuais, como Valter Jorge, Eleusio Curvelo, Paulo Degrande, Jonas Guerra, Márcio de Souza e outros. Da mesma forma, a Fundação MT conduzia diversos experimen- tos no estado do Mato Grosso, situação que estimulou a cria- ção da Fundação BA para os estudos na realidade local. O avanço na cultura conti- nuou e Anésio Ferreira implan- tou lavouras na região do Rosá- rio em 1993 e na safra 1994/95 construiu a primeira algodoeira no cerrado e adquiriu colhe- dora, fortalecendo a tese que a cotonicultura iria prosperar neste ambiente que era apenas para soja e milho. Para a safra 1994/95, Can- sanção e Breda proveram diver- sas agendas com produtores da região, a fim de convencê- -los a entrar na nova atividade. Uma reunião marcante foi em Bom Jesus da Lapa, na fazen- da de Luís Carlos Fernandes, a qual reuniu Humberto Santa Cruz da Agronol, Antônio Fran- ciosi, João Carlos Jacobsen, Raul Botelho, Ricardo Garcia Leal e outros. Como resultado, todos acreditaram na cultura e em seguida, com mais em- preendedores, testaram e ex- pandiram áreas com algodão na região do cerrado. Áreas de 50 a 100 hectares por produtor foram os módu- los iniciais, pois tinham relação com o volume que os bancos concordavam em financiar. Neste período, a produção que não era destina à algodoeira São Miguel em Juazeiro, se- guia para as beneficiadoras da região de Guanambi, em espe- cial do empresário Luís Carlos Fernandes (destaque a este por ser pioneiro em acreditar no po- tencial das lavouras da região). O transporte do algodão ainda não beneficiado seguia em ca- minhões pelas precárias estra- das, tanto para Juazeiro, quan- to para Guanambi. Também foi empregada a modalidade de transporte fluvial, com barca- ças entre Ibotirama e Juazeiro, dinamizando a logística. Luiz Antônio, que passou a atuar na comercialização de fertilizantes, visualizou um fu- turo promissor da cultura no Oeste da Bahia e um dinâmi- co projeto de expansão foi de- senhado, o qual contou com muitas parcerias, envolvendo assistência técnica, colheita mecanizada, beneficiamento e outros suportes. Sob o direcionamento das ações por Luiz Antônio, a con- sultoria Círculo Verde e o agri- cultor João Carlos Jacobsen tiveram importantes papeis nesta fase. No caso da Círcu- lo Verde, diante da experiência com a cultura de Pedro Brug- nera, juntamente com o mo- bilizador Celito Breda, passos importantes foram dados na orientação técnica das novas lavouras por volta de 1996. Cansanção se uniu com Ja- cobsen para disponibilizar aos novos cotonicultores inova- ções na colheita e pós-colheita. Através da aquisição de uma moderna colhedora, foi possí- vel a prestação de serviços de colheita totalmente mecaniza- da aos que estavam testando a cultura. A parceria se esten- deu e em 1998 foi estruturada a beneficiadora Oeste Fibras, que junto a outros sócios, ala- vancaram o beneficiamento da fibra na região. Reflexos da crise nacional e expansão do setor Em meados da década de 1990, a cotonicultura nacional mergulhou numa grave crise, decorrente do impacto das grandes safras norte-america- nas e a concorrência com o al- godão importado, por reduções nas alíquotas e longos prazos de financiamentos. Este am- biente resultou em colheitas na casa das 300 mil toneladas na safra brasileira de 1997. Neste mesmo ano, a Linhas Corrente (empresa do grupo inglês COATS, na época com 200 anos de vida, unidades industriais em 60 países e co- mercialização de linhas de cos- tura em praticamente todos os mercados do planeta) decide pelo fechamento de sua única operação agrícola, no caso a Algodoeira São Miguel. Naque- le momento tornava-se mais viável importar fibra extralon- ga produzida com a cultivar de algodão barbadenses Pima S5 em lavouras irrigadas na Cali- fórnia. Para superar o momento, a produção em escala e com alta tecnologia no manejo e na mecanização, passou a ser a condição da superação. Neste novo cenário, o cerrado bra- sileiro ofereceu as condições que a cultura esperava para a nova fase de expansão. Uma nova dimensão na or- ses da Hazera Seeds foram testados, porém, revelaram- -se extremamente suscetíveis para Ramulose e Ramulária, fato que obrigou o empresário a buscar soluções enérgicas nos Estados Unidos, com ma- teriais da Deltapine Acala 90, sendo estes, a base para a cria- ção da famosa cultivar ITA 90, por volta de 1993. Este período é marcado por algumas frentes de inovações para a nova cotonicultura bra- sileira, acompanhada de uma nova fase na economia nacio- nal. Os empreendimentos de Olcayr de Moraes, da Agronol, da Finobrasa (empresa do gru- po Vicunha no RN) e Algodoeira São Miguel, simultaneamente buscaram novas soluções em Israel, sobretudo em genética e irrigação, bem como iniciaram importações de usinas de be- neficiamento e colhedoras, que estavam suspensas desde o início da década de 1970, devi- do à política vigente até o ano de 1990, que pretendia pro- teger a indústria nacional da competição de equipamentos produzidos por concorrentes estrangeiros, quando estivesse disponível um similar nacional. A existência de um único protótipo de colhedora de al- godão desenvolvido pela De- dimaq, indústria metalúrgica de Piracicaba/SP, com tecnolo- gia da URSS, gerava alíquotas que tornavam a renovação da frota de colhedoras importadas impeditivas. Da mesma forma, neste período a descaroçadora da Piratininga era protegida da concorrência das algodoeiras fabricada nos EUA. Estas empresas foram a base para o reconhecido mo- delo que segue até o momento, com mecanização completado ciclo produtivo, aliado ao uso de alta tecnologia. Neste con- texto histórico entra a expressi- va contribuição da cultivar ITA 90, que foi a responsável pelo avanço da nova cotonicultu- ra, sendo cultivada na maioria das áreas em que ocorreu a ex- pansão no cerrado, incluindo a Bahia. A consolidação da cotoni- cultura na região Oeste da Bahia O período de 1993 a 1996 foi marcado por passos im- portantes na expansão da co- tonicultura no Oeste da Bahia. O incentivador Luiz Antônio Cansanção esteve presente na maioria deles. Um bom exemplo foi o estí- mulo à consultoria privada, vi- sando orientar os pioneiros da região na cultura. Desta forma, a empresa Circulo Verde, com experiências em cultivo de fei- jão irrigado, começou a em- preender esforços para ajudar na expansão da cotonicultura. Esta empresa, dos Agrôno- mos Pedro Brugnera, Celito Breda, e outros, seguindo es- tímulos de Luiz Antônio e tro- cas de experiências com con- sultores como Felipe Grinner e Pedro Matana da Agronol, entre outros, contribuíram para orientar tecnicamente o grupo de pioneiros que seguiram a Foto. Celito Breda Foto. Pedro Matana 16 17 inovações. Neste ambiente, a cotonicultura do Oeste da Bahia culmina sua trajetória histórica, com uma colheita estimada em 2023 com 1,4 mi- lhão de toneladas de algodão em capulho, numa área de 305 mil hectares. Numa escalada de produtivi- dades, o algodão da região pro- va que é o mais produtivo do mundo em áreas não irrigadas, juntamente com uma qualida- de excepcional. Analisando as marcas históricas da fazenda Mizote (Roda Velha) em 1998 que produziu 300@/ha, da fa- zenda Busato (Rio Brilhante) em 2000 com mais de 400@/ ha, até os recordes na área irri- gada da Agronol em 2017 com 620@/ha e em sequeiro do Grupo Gorgen no ano de 2022 com 613@/ha, constata-se que a inovação está no cami- nho desta importante cultura. Em pouco mais de duas dé- cadas, o Brasil passou de se- gundo maior importador, para o segundo maior exportado de algodão e contextos como este caso da Bahia, contribuíram para um alicerce seguro na construção deste império, que é a cotonicultura brasileira. Os agradecimentos aos que acre- ditaram no setor e deram seu empenho, bem como aos que contribuíram com relatos his- tóricos para que este registro pudesse ser concretizado. ganização do setor passou a se consolidar, com a fundação da Abrapa em 1999, visando centralizar a representação na- cional dos cotonicultores. Para atender as bases desta es- trutura, cada estado produtor estruturou sua entidade repre- sentativa, ao exemplo da cria- ção da Abapa em 2000, a qual já vinha mobilizada através da união dos cotonicultores no Departamento de Algodão da Aiba, criado alguns anos antes. Paralelo ao desenho da or- ganização privada do setor, programas de desenvolvimen- to da cultura foram implanta- dos, como o Proalba na Bahia em 2001, visando políticas se- toriais. Junto a estes, foram im- plementados fundos de apoio, como o Fundeagro, aportando recursos para promoção e o desenvolvimento da cultura. Frente aos problemas de co- mercialização decorrentes do cenário econômico da época, em 1998 a Bahia foi inclusa na lista de estados partícipes do PEP (Prêmio para Escoamento de Produto), através da colabo- ração do economista Raimun- do Santos. No ano seguinte, Raimundo também articulou a vinda dos especialistas da BM&F com o objetivo de uma apresentação dos serviços de classificação da BM&F (classificadora oficial do algodão brasileiro nesse pe- ríodo) em Barreiras. A agenda reuniu produtores da região para conhecer os procedimen- tos de envio de amostras e os padrões de qualidade de uma melhor comercialização, tanto para o mercado interno, quan- to para o mercado externo, o qual envolvia análises da qua- lidade intrínseca e de HVI (high volume instruments). O ano de 1999 também ficou marca- do pela ida dos produtores do Oeste Baiano para conhecer as instalações em São Paulo do Departamento de Classifica- ção da BM&F. A classificação instrumental em larga escala teve início em 2002 com a parceria entre a Abapa e EBDA, a qual viabilizou o uso de um equipamento do estado, sendo instalado no la- boratório da entidade em Luís Eduardo Magalhães. Foi uma nova fase, pois até então era empregada somente a classifi- cação visual. Novas parcerias marcaram este momento em relação à liquidez do produto regional. Uma delas foi o credencia- mento de um armazém da Cooproeste junto a Conab em 1999, oportunizando aos pro- dutores a comercialização via Contratos de Opções. Esta agenda teve importante media- ção da Sandias Corretora. No ano de 2000, a primei- ra trading de algodão a operar na região, o Grupo Esteve SA (atual Eisa), estruturou sua uni- dade de armazenagem junto a Cooproeste. Esta ação via- bilizou a primeira exportação, sendo realizada pelo porto de Salvador. De olho na sustentabilida- de da cultura, um modelo de manejo fitossanitário coletivo foi desenhado, focando ações contra o bicudo. Assim nasceu o Programa Fitossanitário nos anos 2000, gerando grandes contribuições técnicas para o êxito da cultura até hoje. A indústria de máquinas, insumos, genéticas, serviços e a pesquisa pública e privada avançou a passos largos, tor- nado um setor referência em 18 19 GALVANI INVESTE R$ 2,5 BILHÕES PARA CRESCER NO NORDESTE Os investimentos serão nas operações já existentes na Bahia e no Projeto Santa Quitéria, em parceria com a INB, no Ceará. Por Ascom - Galvani Com foco na expansão da produção de fertilizantes no Nordeste, a Galvani vai investir R$ 2,5 bilhões de reais nas suas unidades no estado da Bahia e no Projeto Santa Quitéria. O aporte faz parte do plano de expansão da empresa que deve dobrar a capacidade nos próximos anos. Líder em produção e distribuição de fertilizantes na região agrícola do Matopiba (que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a empresa investiu R$ 200 milhões na unidade fabril em Luís Eduardo Magalhães para aumentar para a 1,2 milhão de tonelada de fertilizantes a produção anual. Na unidade de mineração em Irecê, que está em fase de licenciamento ambiental, a Galvani vai investir R$ 340 milhões na implantação de uma nova rota tecnológica que eleva o aproveitamento do fosfato e elimina a necessidade 21 de barragem de rejeitos. Por lá, a capacidade de produção anual será de 200 mil toneladas de concentrado fosfático por ano, matéria-prima para a produção dos fertilizantes em Luís Eduardo Magalhães. “Devemos registrar um crescimento de 15% nas vendas deste ano e queremos seguir avançando. O plano de negócios da Galvani prevê investimentos em projetos de mineração, produção, mistura e distribuição de fertilizantes. Nosso objetivo é reduzir a dependência brasileira de fosfatados, essencial para o agronegócio e para a segurança alimentar do país”, informa Jailton Sobral, diretor Comercial da empresa. Inovações em produtos A Galvani se preocupa com o futuro e investe continuamente em pesquisa. Sabendo que os tipos de solos e culturas mudam em cada região, ela trabalha para identificar essas particularidades e desenvolve soluções inovadoras para seus clientes. Um exemplo é o fertilizante Phosgrão. O produto reúne até 10 nutrientes em um mesmo grânulo e possui diversas fórmulas para correção do solo e manutenção das culturas. Uma das inovações nesses fertilizantes foi a linha Mag, com magnésio no grânulo para minimizar os riscos de deficiência na cultura, impulsionar a absorção de fósforo e reduzir os estresses climáticos, principalmente, nas culturas da soja e do algodão. A empresa já estuda trazer ao mercado em breve mais inovações em seus produtos, para melhorar o solo e a nutrição de plantas. FERRAMENTAS BIOLÓGICAS E SEUS USOS NO MANEJO DE INSETOS-PRAGA EM SISTEMAS DE CULTIVO Por Eng. Agr. Dr. Mauricio Paulo Batistella Pasini, Entomologistae Estatístico / Intagro – Consultoria, Pesquisa e Desenvolvimento Insetos-praga em sistemas de cultivo levam uma parte sig- nificativa do potencial produtivo das diferentes culturas, seja se alimentando de parte das plantas como lagartas e besouros, seja sugando as plantas como perce- vejos, mosca-branca, pulgões e cigarrinhas, seja introduzindo em plantas agentes patogênicos que posteriormente irão causar uma manifestação de doenças, uma virose, enfezamento, entre outras. De fato, insetos-praga, quan- do vinculados as plantas podem representar entre 20 a 30% de redução do potencial produtivo, os quais estão atrelados não só ao descrito anteriormente, mas também, a um custo fisiológico que a planta tem para se recupe- rar dos impactos decorrentes da alimentação do inseto, os quais envolvem: modificações de rotas metabólicas para a produção de metabólitos secundários; conten- ção de infecções e agentes pato- gênicos; contenção de ferimen- tos; comunicação entre plantas visando alerta e outros organis- mos, principalmente controlado- res biológicos. Essa complexa interação entre plantas e insetos, como desta- cado, gera um custo energético cumulativo, o qual impacta não só na cultura onde o inseto-praga está ocorrendo, mas em toda a 22 23 Estratégias de manejo Manejo de insetos em sistemas de cultivo tende a buscar utilizar as ferramentas no estabelecimen- to das populações nos ambientes, quando estas, em baixas densi- dades populacionais, causam re- duzidos impactos econômicos, e manejos realizados impactam na cultura e na sucessão. Uma estratégia simples, a qual deve ser vista como um “investi- mento a longo prazo”, buscando alocar as ferramentas onde estas entregam suas maiores perfor- mances, por exemplo: lagartas Spodoptera com hábito de rosca em uma cultura, se estabelecem na cultura anterior, na qual investi- mentos abaixo de $10,00 (dez dó- lar), buscando lagartas em primei- ros instares, resolveria o problema na sucessão, onde, havendo a presença de lagartas com hábito rosca, o investimento em manejo irá passar dos $15,00. Contudo, o desafio seria acertar o “time” em que essas lagartas ainda estão nos primeiros instares, pois, com ciclo curto, em poucos dias, já se tem a presença de indivíduos de maior tamanho, cabendo aqui a estratégia de monitorar maripo- sas, seja em armadilha luminosa ou em armadilha feromônio, onde há captura delas, há pelo menos 9 dias para se entrar com ferramen- tas de baixo investimento, mas de elevado retorno. Embora se traga o case de Spodoptera, as outras espécies de insetos destacadas também possuem formas de a longo prazo tomar medidas que impactem em suas manutenções de densidades baixas, mitigando seus impactos na sucessão. Nesse contexto, o uso de fer- ramentas biológicas passa a ser uma estratégia de encaixe para essa lógica de manejo, pois Fun- gos Entomopatogênicos, Nema- toides Entomopatogênicos, Vírus Entomopatogênicos e Parasitoi- des de insetos, tendem a persis- tir nos ambientes onde eles são inseridos, embora não sendo os agentes de controle principal, eles passam a atuar influenciando na manutenção das densidades po- pulacionais de insetos-praga em níveis aos que estariam sem a presença das ferramentas. Fungos Entomopatogênicos Fungos que atuam sobre in- setos tem ação generalista, ne- cessitando de insetos para que suas persistência e variabilidade genéticas ocorram. No uso dessa ferramenta é sempre importante considerar a espécie de fungo, a cepa e a formulação, característi- cas que influenciam muito sobre suas persistências e efetividade sobre os insetos. Destaca-se que no uso de fun- gos, diferente de ferramentas quí- micas, sua ação é mais lenta, mas sua persistência no ambiente é maior, sendo sinérgica a associa- ção entre essas ferramentas. Metarhizium anisopliae um fungo com agressiva ação, princi- palmente para insetos que estão em solo, ou que parte do seu ci- clo persiste nesse ambiente, em sistemas ele pode ser muito bem empregado sobre o complexo de tripes (Soja, Milho e Algodão), além de ter uma ação sobre larva- -alfinete (fase imatura da Diabroti- ca speciosa). Além desses alvos, estudos tem mostrado sua per- formance em lagartas (Heliotinae em Milho) e percevejos (sistemas: Soja e Milho – percevejo: barriga- -verde). Beauveria bassiana um fungo que se consolidou em manejo de mosca-branca, podendo também ser utilizado para controle de pul- gões (Milho, Algodão e Sorgo), percevejos (em maior concentra- ção) além de servir como alterna- tiva para manejo de Cigarrinha do Milho. Cordyceps (Isaria) fumosoro- sea se destacou como principal Foto. Tripes em soja Foto. Cigarrinha do milho Foto. Metarhizium anisopliae ação sobre percevejo. Imagem Pasini.MPB Foto. Beauveria bassiana ação sobre percevejo. Imagem Pasini.MPB sucessão de cultivos onde ele irá permanecer pela persistência e aumento populacional de sua pro- le, pois, embora a percepção que insetos são manejados na cultura, deve-se ressaltar que esses orga- nismos são pragas de sistema, onde a sucessão de cultivos só favorece seus aumentos popula- cionais. Insetos-Praga de sistemas Quando determinada espécie de inseto tem a capacidade de persistir ao longo da sucessão de cultivos, utilizando as diferentes plantas para alimento e abrigo, tendo apenas o ambiente como fator limitante, gerando impacto econômico, esse organismo pas- sa a ser considerado praga de sis- tema. Nesse contexto, não são mui- tas espécies de insetos que se enquadram, porém, o que preo- cupa é que essas espécies são as que apresentam as maiores densidades, como, por exemplo Spodoptera frugiperda, Caliothrips ssp., Frankliniella ssp., Diceraeus melacanthus, contudo, outras es- pécies têm se adaptado a essas condições, não gerando impacto econômico ao longo da suces- são, mar persistindo nas diferen- tes plantas como Bemisia tabaci, Dalbulus maidis, complexo de Pul- gões e lagartas Heliotinae. Spodoptera frugiperda – lagar- ta-do-cartucho, está presente em praticamente todos os cultivos, em soja, milho, trigo, sorgo, milho, algodão entre outras, e, nessas duas últimas culturas destacadas, em muitas situações não têm res- peitado biotecnologias expres- sas em plantas; Caliothrips ssp. e Frankliniella ssp. – tripes, consti- tuem hoje um grande desafio para o manejo, pois, além de estarem presentes nas culturas citadas, algumas espécies podem ser ve- tor de viroses, ressalta-se que por serem insetos de tamanho me- nor, suas densidades só são per- cebidas quando estão em níveis elevados; Diceraeus melacanthus – percevejo barriga-verde, é a es- pécie que mais se beneficia dos sistemas de cultivo, além de ser o principal inseto-praga para início do desenvolvimento da cultura do milho, em soja e outras culturas têm passado a gerar impactos re- levantes, sendo entre as espécies de percevejo a de maior dificulda- de de controle. Bemisia tabaci – mosca-bran- ca, embora presente em Algodão e Soja, nas últimas safras tem cha- mado a atenção de sua presença em milho em atividade alimentar e reprodutiva; Dalbulus maidis – cigarrinha do milho, embora mais específica na cultura do milho, observações em soja, algodão, sorgo e milheto são constantes o que reforça uma preocupação da persistência em outras plantas; já o complexo de Pulgões e lagartas Heliotinae embora de ocorrências específicas nas diferentes cul- turas, suas presenças têm sido mais constantes. Foto. Spodoptera e tripes. Foto. Spodoptera em flor de algodão Foto. Mosca-branca e seus reflexos em algodão Foto. Spodoptera em milho – Bahia atacando base de espiga 24 25 fermenta biológica para a Cigar- rinha do Milho, contudo tem se obtido bons resultados de seu uso para manejo de Percevejos, mosca-branca, Pulgões e Tripes, ressaltando a versatilidade desse fungo para outros alvos. Nematoides Entomopatogênicos Nematoides, embora sejam mais conhecidos aqueles que atacam plantas,recentemente o uso da ferramenta para controle de insetos passou a ser difundida, entre os benefícios de Steinerne- ma carpocapsae, destaca-se sua persistência no ambiente, ação sobre um grupo amplo de espé- cies como Spodoptera frugiperda e Heliotinae, além do seu efeito em pragas que ocorrem em solo, como larva alfinete e coros. Vírus Entomopatogênicos Brasil, o maior case de sucesso com essa ferramenta, Baculovírus anticarsia, contudo, nos últimos anos o desenvolvimento dessas ferramentas tem agregado para o controle de um maior número de espécies de insetos, como Spo- doptera frugiperda e Heliotinae, se encaixando muito bem em mane- jo de sistemas. Parasitoides de insetos Spodoptera frugiperda e Helio- tinae ganham aqui um importan- te agende de controle, pois o uso dessa ferramenta, agrega a longo prazo na diminuição de densida- des populacionais, contudo cabe aqui uma estratégia em função do alvo na liberação de Tricho- gramma pretiosum. Para Spo- doptera frugiperda que apresenta massas de ovos, a liberação deve acontecer no início dos primeiros fluxos populacionais, pois embora Trichogramma não consiga atin- gir todos os ovos, gradativamente ocorrerá uma redução nas densi- dades, já para Heliotinae, em espe- cial Helicoverpa zea sua liberação deve estar atrelada ao monitora- mento, onde da constatação de mariposas, as liberações devem acontecer em três dias, coincidin- do a liberação com as posturas, aumentando assim a efetividade do controle. Em resumo, são inúmeras as estratégias que se somam para auxiliar no manejo de insetos em sistemas, destacando: ações fei- tas em uma cultura se refletem na outra. Foto. Cordyceps (Isaria) fumosorosea ação sobre percevejo. Imagem Pasini.MPB Foto. Cordyceps (Isaria) fumosorosea ação sobre cigarrinha do milho. Imagem Pasini.MPB Foto. Nematoides Entomopatogênicos e sua ação sobre percevejo. Imagem Pasini.MPB Foto. Parasitoide e sua ação sobre percevejo.Imagem Pasini.MPB AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE DIFERENTES INSETICIDAS NO CONTROLE DE PERCEVEJOS NA CULTURA DA SOJA (GLYCINE MAX (L.) MERRIL) NA REGIÃO OESTE DA BAHIA Por Mercer, R. M.1; Lima, C. B. M. 2; Viana, L. Q. 3; Queiroz, C. A. S. Jr.4; Lima, A. C. M.5; O, J.B 6. 1 Renato Monteiro Mercer - Enge- nheiro Agrônomo Mercer Assessoria Agronômica 2 Charles Braully Mendes Lima - En- genheiro Agrônomo Mercer Assesso- ria Agronômica 3 Lucas Queiroz Viana - Estudante de nível superior (Centro Universitário Arnaldo Horácio Ferreira - UNI- FAAHF) 4 Carlos Alberto Santos Queiroz Jú- nior - Estudante de nível superior (Centro Universitário Arnaldo Horá- cio Ferreira - UNIFAAHF) 5 Ana Caroliny Mendes Lima - Estu- dante de nível superior (Universida- de Federal de Viçosa - UFV) 6 Jackeline Batista de Oliveira - Estu- dante de nível superior (Centro Uni- versitário Arnaldo Horácio Ferreira - UNIFAAHF) 26 27 INTRODUÇÃO Atualmente, o Brasil é con- siderado o maior produtor de soja do mundo (EMBRA- PA, 2021). No ano agrícola de 2022/2023 a safra de soja deve chegar a um volume recorde de 153,5 milhões de toneladas, 22,2% ou 27,9 milhões de tone- ladas acima da obtida na safra anterior (CONAB, 2022). Os problemas fitossanitá- rios na soja constituem uma séria ameaça à quantidade e qualidade produzida, pois o Brasil é um país com caracte- rísticas edafoclimáticas muito favoráveis ao ataque de pragas e doenças. A soja, plantada em monocultivo em extensões de milhares de hectares, é inten- samente atacada por insetos ou fitopatógenos, durante qua- se todo o seu ciclo (FREITAS, 2011). Um grupo de pragas que se destaca no Brasil por ser o mais importante da soja, são os percevejos fitófagos (Ordem Hemiptera), principalmente os da família Pentatomidae. Esses são os mais abundan- tes e se alimentam diretamen- te dos grãos, produto final a ser comercializado (CORRÊA- -FERREIRA & PANIZZI, 1999). A colonização por percevejos dessa família, se inicia no final da fase vegetativa da cultura ou no início da floração (fase reprodutiva) e tem sua popu- lação crescente até o final do enchimento dos grãos (R6). Es- ses percevejos são sugadores de vagens e sementes, logo, o ataque ocorre desde o apare- cimento das vagens (R3), até a fase final de enchimento de grãos (HOFFMANN-CAMPO et al., 2000). O período crítico está entre o desenvolvimento das vagens (R4) e o início de enchi- mento de grãos (R5.1), em que a população tende a aumentar e a soja está mais suscetível ao ataque. O dano direto varia de acor- do com a fase de desenvol- vimento do grão, mas pode causar perdas significativas no rendimento, na qualidade e até no poder germinativo da semente. Além disso, como dano indireto, podem ocorrer transmissões de doenças e distúrbios fisiológicos que al- teram o funcionamento e ama- durecimento normal da planta (WEBER, 1999). A constituição da semente também pode ser alterada devido ao ataque dos percevejos, resultando em um menor teor de óleo e maior teor de proteínas e ácidos gra- xos livres (CORRÊA-FERREIRA, 2005). O crescimento do setor re- força a necessidade de utilizar os inseticidas de forma racio- nal para reduzir os impactos ambientais, e evitar a imposi- ção de barreiras comerciais à exportação de soja e derivados (CORRÊA-FERREIRA & ROG- GIA, 2013). Diante disto, a necessida- de de maiores conhecimentos sobre os inseticidas que são eficientes no manejo de per- cevejos leva a continuidade de trabalhos visando testar novos produtos e/ou formulações para o controle destas pragas. MATERIAL E MÉTODOS Local e período experimen- tal O ensaio foi conduzido na estação experimental Alvorada, localizado na Fazenda Alvora- da, município de Luís Eduardo Magalhães — BA, durante o pe- ríodo de março a abril de 2023, referente à safra 2022/2023. A área está situada entre as coordenadas: 11° 58' 22,0" S de latitude e 46° 01' 27" W de lon- gitude, com altitude de 810 m e com clima classificado como do Aw segundo classificação internacional de Köppen (Figu- ra 1). Figura 1. Localização do experimento. Coordenadas Geográficas: Latitude 11° 58' 22,0" S; Longitude 46° 01' 27" W; Altitude de 810 m. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, safra 2022/2023. As médias de temperatura e precipitação pluviométrica são de 24 °C e 1200 mm, respectivamente, sendo a precipitação distri- buída entre os meses de dezembro a abril (Figura 2 — Anexo I). O solo da região é classificado como latossolo vermelho-ama- relo distrófico (EMBRAPA, 2013). Os resultados da análise quími- ca para a estratificação de 0–20 cm encontra-se na Tabela 1. Semeadura e cultivar Para a semeadura foi utilizado um trator John Deere 6125 J e uma plantadeira de parcela Horsch Spalla de 6 linhas de plantio, espaçadas a 0,5 m (Plantio com piloto RTK “Real time kinematic”). Para a condução do experimento utilizou-se a cultivar M 8349 IPRO. A semeadura foi realizada no dia 06/12/2022, utilizando o espaçamento de 0,5 m entre linhas com densidade de 9 sementes por metro, perfazendo um total de 180.000 sementes por hectare. Delineamento experimental e tratamentos O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casuali- zados (DBC), com sete tratamentos e quatro repetições. As par- celas experimentais constituíram-se de 3,0 m de largura e 10,0 m de comprimento cada, totalizando-se uma área de 30,0 m2. Os tratamentos avaliados no experimento estão descritos na Tabela 2 assim como as doses, ingredientes ativos e concentra- ções dos produtos utilizados. 15 ,0 0 21 9, 00 30 6, 00 18 5, 00 77 ,0 0 18 5, 00 90 ,0 0 10 77 ,0 0 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 5 10 15 20 25 30 35 40 out/22 nov/22 dez/22 jan/23 fev/23 mar/23 abr/23 Total Pr ec ip ita çã o (m m ) Te m pe ra tu ra (° C Precipitação Temperatura Baixa Temperatura Média Temperatura Alta Figura 2. Precipitação pluviométrica, acumulado mensal. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA,2022/2023. Tabela 1. Análise química do solo da área experimental na profundidade de 0–20 cm. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023. Prof. pH Pres K S Ca Mg Ca + Mg Al H + Al CTC V M.O. cm CaCl2 ______mg/dm3_____ ________cmolc/dm3________ % g/dm3 0-20 5,4 75.5 75.0 4.2 2.4 1.0 3.4 0.06 2.11 5.71 63.0 14.4 Prof.: profundidade; mg/dm3: miligrama por decímetro cúbico; cmolc/dm3: centimol de carga por decímetro cúbico; g/dm3: gramas por decímetro cúbico; %: por cento; P: fósforo; S: enxofre; K: potássio; Ca: cálcio; Mg: magnésio; Al: alumínio; M.O.: matéria orgânica; CTC: capacidade de troca de cátions; V (%): porcentagem por saturação de bases. 28 29 Aplicação Foram realizadas duas apli- cações, sendo a primeira aos 96 dias após o plantio (DAP) (dia 10/03/2023) e a segun- da aos 8 dias após a primei- ra aplicação (DAA¹), no dia 18/03/2023. Para tanto, foi utilizado um pulverizador cos- tal portátil pressurizado por CO2, equipado com uma barra contendo 6 pontas de pulveri- zação do tipo cone Jet TXA 80 02, com espaçamento de 0,5 m entre elas. A pressão esta- belecida foi de 2,8 bar, propor- cionando um volume de calda equivalente a 100 L/ha. Metodologia de Avaliação Os efeitos dos tratamentos na cultura da soja foram obti- dos avaliando-se o número to- tal de ninfas + adultos de per- cevejos e os componentes de produtividade (estande final, produtividade e peso de mil grãos). Para a quantificação dos percevejos efetuou-se quatro batidas de pano por parcela, contabilizando o número total de adultos + ninfas de perceve- jos/batida de pano. As avalia- ções foram realizadas aos 1, 3 e 7 dias após a primeira aplica- ção (DAA¹) e aos 1, 3, 7, 10 e 14 dias após a segunda aplicação (DAA²). A produtividade da soja, ava- liada aos 139 dias após o plan- tio (DAP), no dia 22 de abril de 2022, foi estimada colhendo-se 5 m² da parcela (2 linhas de 5 metros). Quando também se avaliou o peso de mil grãos e contabilizou-se o estande final das plantas. Para o cálculo dos percen- tuais de eficiência decorrentes da ação dos inseticidas testa- dos, empregou-se a fórmula descrita por Abbott (1925) em que: %E = ((T - I) / T) x 100 %E = Percentual de eficiência; T = Média do número de insetos na testemunha; I = Média do número de TRAT DESCRIÇÃO DOSES P.C. L / Kg /ha -1 INGREDIENTE ATIVO Ativo g a.i./L-kg ÉPOCA DE APLICAÇÃO 1 Testemunha ---- ---- ---- --- 2 Inseticida 1 0,25 Tiametoxan + Lambda-Cialotrina 141 + 106 A Inseticida 1 0,25 Tiametoxan + Lambda-Cialotrina 141 + 106 B 3 Inseticida 2 1,0 Acefato 970 A Inseticida 2 1,0 Acefato 970 B 4 Inseticida 3 0,4 Dinotefuram + Lambda-Cialotrina 48 + 84 A Inseticida 3 0,4 Dinotefuram + Lambda-Cialotrina 48 + 84 B 5 Inseticida 4 0,30 Sulfoxaflor + Lambda-Cialotrina 100 + 150 A Inseticida 4 0,30 Sulfoxaflor + Lambda-Cialotrina 100 + 150 B 6 Inseticida 5 0,75 Etiprole 200 A Inseticida 5 0,75 Etiprole 200 B 7 Inseticida 6 0,75 Etiprole 200 A Inseticida 6 1,00 Imidacloprido + Beta-ciflutrina 100 + 12,5 B L-kg/ha: litros ou quilogramas por hectare; g a.i./L-kg: gramas de ingrediente ativo por litro ou qui- lograma; A: primeira aplicação; B: segunda aplicação. Tabela 2. Tratamentos, doses, ingredientes ativos, concentrações dos produtos utilizados, época e data de aplicação. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023. insetos no tratamento. Análise Estatística Os dados brutos das ava- liações, quando necessário, foram transformados por arco- seno ou √(x+1)e submetidos à análise de variância. As compa- rações das médias foram reali- zadas pelo teste Tukey (1953) (pai s; M T: M éd ia s Tr an sf or m ad as √ (X +K ), O nd e K= 0, 5. Ta be la 3 . N úm er o m éd io to ta l ( ni nf as + a du lt os ) d os p er ce ve jo s (E us ch is tu s he ro s e Di ch el op s m el ac an th us ) p or b at id a de p an o em fu nç ão d os tr at am en to s ap lic ad os na c ul tu ra d a so ja (G ly ci ne m ax ) e e fic iê nc ia d os tr at am en to s. E st aç ão d e Pe sq ui sa A lv or ad a, L uí s Ed ua rd o M ag al hã es /B A , 2 02 2/ 20 23 . 30 31 Componentes de produtividade da soja (Glycine max) Na Tabela 4 constam os dados referentes ao estande final, produtividade e peso de mil grãos. Em relação ao estande, verifi- cou-se que houve uma distribuição homogênea das plantas até o final do ensaio, não havendo diferença estatística entre os tra- tamentos. Na análise da produtividade e do peso de mil grãos, observou-se que todos os tratamentos aplicados assemelharam entre si e a testemunha, no entanto, apresentaram incremento de rendimento de até 7,82%, o que representa um ganho de até 4,41 sacas/ha. CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos neste estudo, no que diz res- peito à eficácia de diferentes inseticidas no controle de percevejos na cultura da soja (G. max) na região Oeste da Bahia, conclui-se que: os inseticidas avaliados, nas condições em que o ensaio foi conduzido, foram eficientes no controle de percevejos E. heros e D. melacanthus (ninfas + adultos) e, consequentemente, na redução dos danos causados por essas pragas. Na análise do peso de mil grãos e produtividade, verificou-se que os tratamentos aplicados não interferiram significativamente nos resultados, no entanto, al- cançaram incremento de rendimento de grãos de até 7,82%, o que representa um ganho de até 4,41 sacas/ha. Figura 3. Eficiência dos tratamentos aplicados, segundo Abbott (1925), no controle do total de percevejos (adultos + ninfas) na cultura da soja (Glycine max). Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023. 86 ,9 6 82 ,9 3 67 ,2 1 88 ,5 2 81 ,0 8 78 ,7 9 71 ,7 4 55 ,7 9 89 ,1 3 90 ,2 4 72 ,1 3 88 ,5 2 82 ,4 3 77 ,7 8 61 ,9 6 54 ,7 4 82 ,6 1 80 ,4 9 73 ,7 7 83 ,6 1 78 ,3 8 60 ,6 1 52 ,1 7 51 ,5 8 80 ,4 3 87 ,8 0 65 ,5 7 85 ,2 5 85 ,1 4 69 ,7 0 67 ,3 9 53 ,6 8 84 ,7 8 90 ,2 4 77 ,0 5 91 ,8 0 87 ,8 4 91 ,9 2 77 ,1 7 60 ,0 0 86 ,9 6 87 ,8 0 78 ,6 9 81 ,9 7 75 ,6 8 76 ,7 7 48 ,9 1 50 ,5 3 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 1 DAA¹ 3 DAA¹ 7 DAA¹ 1 DAA² 3 DAA² 7 DAA² 10 DAA² 14 DAA² Ef ic iê nc ia (% ) Inseticida 1 Inseticida 2 Inseticida 3 Inseticida 4 Inseticida 5 Inseticida 6 Tabela 4. Componentes de produtividade da cultura da soja (Glycine max), cultivar M8349 IPRO. Estação de Pesquisa Alvorada, Luís Eduardo Magalhães/BA, 2022/2023. COMPONENTES DE PRODUÇÃO TRAT Sc/ha (13%) mms (g - 13%) Pop. Final 1. Testemunha 56,33 a 130,75 a 158.000 a 2. Inseticida 1AB 59,19 a 135,52 a 157.000 a 3. Inseticida 2 AB 58,12 a 132,55 a 156.000 a 4. Inseticida 3AB 57,41 a 135,28 a 158.000 a 5. Inseticida 4AB 59,88 a 135,32 a 160.000 a 6. Inseticida 5AB 60,74 a 135,11 a 153.000 a 7. Inseticida 6AB 58,33 a 134,90 a 158.000 a C.V. (%) 4,61 3,43 3,48 Médias seguidas pela mesma letra não diferiram entre si pelo teste de Tukey (1953) (p CORRÊA-FERREIRA, B. S. (2005) Suscetibi- lidade da soja a percevejos na fase anterior ao desenvolvimento das vagens. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília-DF, v. 40, n. 11, p. 1067-1072. CORRÊA-FERREIRA, B. S., ROGGIA, S. (2013) Atividade alimentar do percevejo marrom da soja Euschistus heros (Hemip- tera: Pentatomidae) na safra e entressafra da soja. In: Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil, Londrina. CORRÊA-FERREIRA, B.S., PANIZZI, A.R. (1999) Percevejos da soja e seu manejo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 45p. (EMBRA- PA-CNPSo. Circular Técnica, 24). EMBRAPA (2021) Dados econômicos. Disponível em: . Acesso em: FREITAS, M. de C. M. de (2011) A cultura da soja no Brasil: o crescimento da produ- ção brasileira e o surgimento de uma nova fronteira agrícola. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 12, p.1-12. HOFFMANN-CAMPO C. B., MOSCARDI F., CORRÊA-FERREIRA B. S., OLIVEIRA L. J. et al. (2000) Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Londrina, Embrapa Soja, 70p. (Circular Técnica). JENSEN, R.L., NEWSON, L.D. (1972) Effect of stink bug damaged soybean seeds on germination emergense and yield. J. Econ. Entomol., v.65, n.1, p.262-264. TUKEY, J. W. (1953) The problem of multi- ple comparisons. Mimeographs Princeton University, Princeton, N. J. WEBER, L. F. (1999) Percevejos em soja. Cultivar Grandes Culturas. Brasília, p. 1-5. Disponível em: . 32 BACTÉRIAS COMO ALIADAS CONTRA O ESTRESSE HÍDRICO NA AGRICULTURA Por Andrea Carla Caldas Bezerra. Dr.ª em Ciências Biológicas Microbiologia. Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento – JCO Bioprodutos As mudanças climáticas e o aumento da demanda por água levam os agricultores a busca- rem soluções inovadoras para otimizar o uso deste recurso vital, visto que o estresse hí- drico na atualidade, representa uma grande ameaça dentre os desafios enfrentados pela agri- cultura, colocando em risco o fornecimento de alimentos para a população global que se encontra em constante cresci- mento. Microrganismos benéficos que participam da ciclagem de nutrientes no solo, fungos (Trichoderma e Fungos Micor- rízicos Arbusculares – FMA) e bactérias (“Rizóbios”, Bacillus e Pseudomonas), mostram um grande potencial como ferra- mentas biotecnológicas para a agricultura, pois são capazes de estabelecer uma relação benéfica com as plantas, pro- movendo o crescimento vege- tal, melhorando a resistência à doenças e ajudando-as em condições de estresse, incluin- do o hídrico. O uso de bactérias como aliadas na agricultura tem ga- nhado destaque, oferecendo uma abordagem sustentável e eficaz para mitigar o estresse hídrico e aumentar a produtivi- dade das culturas. Neste con- texto, estudos trazem evidên- cias de que diferentes espécies de bactérias associadas à rizosfera aumentam o cresci- mento das plantas durante a escassez hídrica através da disponibilização de nutrientes, secreção e ativação de regu- ladores de crescimento (ácido indolacético – AIA, giberelinas, citocininas e Ácido abscísico – ABA), produção de compos- tos orgânicos voláteis, ácidos orgânicos, enzimas como ACC desaminase, exopolissacarí- deos (EPS), osmólitos intrace- lulares, enzimas antioxidantes, entre outros (Tabela, Figura). A colonização bacteriana ocorre através de diferentes mecanismos, algumas bacté- rias são capazes de se fixar di- retamente nas superfícies das raízes, enquanto outras pene- tram nos tecidos radiculares. Após a fixação no sistema ra- dicular, as bactérias começam a se multiplicar formando bio- filmes, através da produção de substâncias protetoras como exopolissacarídeos (EPS) que desempenhampapéis impor- tantes nas interações bacteria- nas com o ambiente e outros organismos, além de conferir benefícios às bactérias produ- toras, como proteção e aderên- cia, armazenamento de carbo- no e energia; e sobrevivência em condições desfavoráveis. A escassez de água e a sa- linidade causam diminuição no potencial hídrico do solo, e como resposta, as plantas produzem maiores quantida- des de etileno, ocasionando os chamados 'stress-etileno'. O aumento dos níveis de etileno causa inibição do crescimento das raízes e iniciação da senes- cência que pode levar à morte da planta. A enzima ACC desa- minase, produzida por bacté- rias, é capaz de quebrar o pre- cursor do etileno modificando o ambiente hormonal ao redor das raízes das plantas, trazen- do benefícios como a redução do estresse abiótico, estímulo de crescimento e desenvolvi- mento das plantas. Simultaneamente, o estres- se abiótico leva a estresse oxi- dativo devido à produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) que reagem com vá- rias macromoléculas, incluin- do clorofila e lipídios, levando à peroxidação dos lipídios da membrana, indicador geral de danos induzidos por estresse celular. Espécies de Bacillus e Streptomyces podem esti- mular a produção de enzimas antioxidantes, como catalase, superóxido dismutase (SOD), peroxidases e glutationa, que melhoram o sistema de defe- sa e aumentam a tolerância da planta em condições de seca. Em respostas ao estresse hídrico, bactérias podem acu- mular pequenas moléculas orgânicas chamadas osmóli- tos que ajudam as plantas a manterem o equilíbrio hídrico interno durante períodos de seca, protegendo as células ve- getais contra danos causados pela desidratação, através da produção de substâncias (trea- lose, sorbitol e prolina) que aju- dam as plantas a conservarem água. A trealose, por exemplo, é um açúcar que atua como um osmoprotetor, ajudando as plantas a manter o equilíbrio os- mótico adequado e a proteger suas células da desidratação. A prolina é um dos osmólitos mais importantes que se acu- mula nas plantas sob estresse hídrico, auxiliando no ajuste osmótico e na eliminação de radicais livres. Elas desempe- nham um papel importante na estabilização das membranas celulares e na manutenção da integridade estrutural das célu- las, mesmo em condições de baixa disponibilidade de água. As bactérias podem ser uma ferramenta valiosa para ajudar os agricultores a lidar com o estresse do ambiente, porém não podemos esquecer que diferentes espécies de bacté- rias podem ter mecanismos de ação específicos e interações diferenciadas com as plantas. Além disso, o efeito das bac- térias no alívio do estresse hí- drico pode depender das con- dições do ambiente, tipo de solo, espécie vegetal e outras variáveis. Portanto, pesquisas contínuas nessa área, como as realizadas pela equipe de P&D da JCO Bioprodutos, são fundamentais para identificar e compreender a relação entre as bactérias e as plantas, entre elas e o microbioma, e seu pa- pel para mitigar o estresse hí- drico e promover o aumento da produtividade. 34 35 Tabela. Algumas espécies de bactérias e seus mecanismos de ação para auxiliar contra o estresse hídrico. Bactéria Mecanismo de Ação Referências Azospirillum brasilense Produz substância osmoprotetora (trealose) Rodríguez-Salazar J., Suárez R., Caballero-Mellado J., Iturriaga G. (2009). Trehalose accumulation in Azospirillum brasilense improves drought tolerance and biomass in maize plants. FEMS Microbiol. Lett. 296 52–59 Bacillus subtilis Solubilização de fósforo e produção de AIA Braga Junior, G. M. et al. (2021). Bacillus subtilis as a growth promoter inoculant on soybean plants in field. Brazilian Journal of Development, 7:107220-107237, Pseudomonas putida Aumenta a produção de citocininas, reguladores de crescimento das raízes Molina L, et al (2020). The versatility of Pseudomonas putida in the rhizosphere environment. Adv Appl Microbiol.110:149-180. Pseudomonas fluorescens Produz ACC Desaminase e reduz os níveis excessivos de etileno Niu X., et al (2018). Drought-Tolerant plant growth-promoting rhizobacteria associated with foxtail millet in a semi-arid agroecosystem and their potential in alleviating drought stress. Front. Microbiol. 8:2580. Paenibacillus polymyxa B Solubilização de fosfato, atividade de ACC desaminase Timmusk S., et al. (2014). Drought-Tolerance of wheat improved by rhizosphere bacteria from harsh environments: enhanced biomass production and reduced emissions of stress volatiles. PLoS One 9:e96086. Bradyrhizobium japonicum Fixação biológica de nitrogênio Vessey, J. K. (2003). Plant growth promoting rhizobacteria as biofertilizers. Plant and Soil, 255(2), 571–586. Bacillus amyloliquefaciens Maior produção de AIA sob estresse hídrico Raheem A., et al. (2018). Auxin production by rhizobacteria was associated with improved yield of wheat (Triticum aestivum L.) under drought stress. Arch. Agronomy Soil Sci. 64 574–587 Azospirillum lipoferum Produz reguladores de crescimento (AIA) Okon, Y., & Labandera-Gonzalez, C. A. (1994). Agronomic applications of Azospirillum: An evaluation of 20 years worldwide field inoculation. Soil Biology and Biochemistry, 26(12), 1591-1601. Bacillus pumilus Produz enzimas antioxidantes Zhang, N., Yang, D., Wang, D., Miao, Y., & Shao, J. (2018). Beneficial effects of Bacillus pumilus INR7 on plant growth and the antioxidative defence system in a saline environment. Scientific Reports, 8(1), 1-13. Bacillus aryabhattai Produz exopolissacarídeos (EPS) Deng C, et al. (2022). Molecular mechanisms of plant growth promotion for methylotrophic Bacillus aryabhattai LAD. Front Microbiol. Oct 24;13:917382. Rhizobium tropici Fixação biológica de nitrogênio Menna, P., et al (2006). Molecular phylogeny based on the 16S rRNA gene of elite rhizobial strains used in Brazilian commercial inoculants. Systematic and Applied Microbiology, 29(4), 315–332. Figura: Diferentes mecanismos apresentados por espécies de bactérias associadas à rizosfera que podem favorecer o crescimento das plantas durante a escassez hídrica: (A) disponibilização de nutrientes – Potássio e Fósforo; (B) produção de exopolissacarídeos (EPS); (C) reguladores de crescimento (AIA); e (D) produção de metabólitos e/ou compostos orgânicos voláteis. Fotos: Andrea Caldas – JCO Bioprodutos. agrobahia_2.pdf 1 01/08/23 11:07 NU_0095_23_8927_Anuncio_Agrichem_Yantra_BigRed_RevAgroBahia_21x30_AF1.pdf 1 02/08/23 11:19 36 ASSOCIAÇÃO FOSFITO X FUNGICIDA: PROTEÇÃO CONTRA OÍDIO EM PLANTAS DE SOJA E TRANSLOCAÇÃO Por Ariana Elisei Vilela, Mário Lúcio Vilela de Resende, Fernanda Carvalho Lopes de Medeiros, Matheus Henrique de Brito Pereira, Wilder Douglas Santiago, Lucas de Azevedo Santos, Deila Magna dos Santos Botelho, Teodorico Castro Ramalho A soja (Glycine max) é uma importante cultura e fonte de óleo e proteína para alimenta- ção humana e animal. Seme- lhante à produção de outros produtos economicamente im- portantes, as doenças causa- das por diversos fitopatógenos podem reduzir a produtividade e as perdas financeiras (Silva et al. 2011). O Oídio é uma doen- ça causada pelo fungo Erysi- phe difusa, que desenvolve-se na superfície foliar da soja, formando uma fina camada de micélio e reduzindo a área fo- tossintético em até 50%. Tais sintomas levam ao resseca- mento das folhas e queda pre- matura em casos graves, com perdas de rendimento de até 50% (Igarashi et al. 2010; Le et al. 2017; Barcelos et al. 2018). O método mais comum de manejo do oídio é o controle químico com fungicidas (Ga- bardo et al. 2021). Pesquisas têm sido realizadas para inte- grar o manejo de fungicidas com compostos que otimizam a atividade dos fungicidas no campo (Machinandiarena et al. 2012). Os Fosfitos têm atraído a atenção dos pesquisadores com resultados no controle de diversas doenças causadas por patógenos oomicetos comoPhytophthora cinnamomi, Phy- tophthora citrophthora, Phy- tophthora infestans, Plasmopa- ra viticola e fungos (Silva et al. 2011; Borza et al. 2017; Havlin e Schlegel 2021). Os fosfitos foram descritos na literatura como sais inorgânicos conten- do ácido fosforoso (H3PO3). Formulações à base de fosfito são usados como fungicidas, bioestimulantes e fertilizantes (GómezMerino e Trejo-Téllezb 2015). Os fosfitos podem atuar diretamente sobre patógenos, causando ruptura de hifas, ini- bição do crescimento micelial e ativação indireta de vários me- canismos de defesa da planta (Dalio et al. 2014). Os produtos à base de fosfito, quando apli- cados nas plantas, são absor- vidos e dissociados, resultan- do na liberação de íons fosfito. Esses íons são translocados sistemicamente via floema e xilema (Guest Grant 1991), e sua translocação nas plantas ocorre via floema através de associações com fotoassimi- lados, para serem rapidamente absorvidos pelas folhas (Guest e Grant 1991; Huang e outros. 2018). A translocação sistêmi- ca de fosfitos via floema tem sido observada em várias cul- turas, como batata, eucalipto, soja e feijão. A translocação e penetra- ção de um fungicida em uma planta está associada a diver- sas variáveis, entre as quais a lipofilicidade e/ou solubilidade do produto nas membranas vegetais são mais importantes (Zhang et al. 2018). O parâme- tro mais comum usado para medir a lipofilicidade é logKow (Martel e outros 2013; Zhang et ai. 2018). Para fungicidas, quanto menor o valor logKow (≤3), menor a lipofilicidade e maior a translocação das mo- léculas dentro da planta teci- dos (Klittich e Ray 2013; Zhang et al. 2018). Efeitos da combinação de fosfitos e fungicidas em mane- jo de doenças de plantas tem sido estudados (Liljeroth et al.2016; Carlos e cols. 2020), pois, tais combinações podem causar efeitos aditivos e sinér- gicos no controle da doença. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a seve- ridade do oídio (E. difusa) em plantas de soja e realizar aná- lises para a detecção de fosfito na presença de fungicidas. Para testar a proteção de plantas de soja contra oídio, foi realizado um ensaio em casa de vegetação no Departamen- to de Fitopatologia da Universi- dade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais, Brasil. A Cultivar N5909 foi semeada em vaso contendo uma mistura de areia e substrato. Os tratamentos avaliados foram os fungicidas formulados Elatus® (azoxis- trobina + benzovindiflupir -Azo + Ben na dose 0,2 kg ha-1) e Fox® (trifoxistrobina+protio- conazol -Tri+Pro na dose de 0,4 L ha-1) aplicado sozinho ou em combinação com fosfito de potássio (Phi, 500 mL ha-1, 26% K2O e 34% P2O5). Os tra- tamentos foram aplicados nas plantas no estádio V5 (quinto trifoliolado) usando dois méto- dos diferentes: pulverização do tratamento em toda a planta (WP) e apenas na quarta folha trifoliada, contadas da base ao ápice (4 T). As plantas foram natural- mente infectadas com o fun- go E. difusa. A severidade da doença foi avaliada semanal- mente após a pulverização dos tratamentos, totalizando cinco avaliações, utilizando a escala diagramática proposta por Po- lizel e Juliatti (2010). As folhas trifoliadas foram avaliadas se- paradamente e os dados cole- tados foram usados para cal- cular a área abaixo da curva de progresso da doença (AUDPC). O delineamento experimental consistiu em blocos casualiza- dos, com quatro repetições e sete tratamentos. A translocação de fosfito em plantas de soja foi analisada. Os tratamentos testados foram azoxistrobina+benzovindifupir (Azo+Ben na dose de 0,2 kg ha-1), que foram selecionados a partir do ensaio de severida- de, e aplicado isoladamente ou em combinação com fosfito de potássio (Phi, 500 mL ha-1). Os tratamentos foram aplicados quando as plantas atingiram o estádio V3 (terceiro trifoliado), utilizando dois métodos: pulve- rização do tratamento em toda a planta (WP) e pulverização apenas nas folhas do segundo trifoliado (contadas da base ao ápice -2 T). Para a aplicação de 2 T, as plantas foram protegi- das com plástico sacos, e ape- nas as segundas folhas trifo- liadas foram expostas durante a aplicação dos tratamentos. Cada planta foi pulverizada com 10 mL de Phi (500 mL ha-1 de Phi correspondendo a 36,8 mM de Phi). Vinte e quatro 38 39 horas após a aplicação dos tra- tamentos, a primeira, segunda e terceira folhas trifoliadas de cada planta foram coletadas separadamente. O delineamen- to experimental foi em blocos casualizados com quatro repe- tições. A quantificação de fosfito nos diferentes conjuntos de folhas trifoliadas foi realizada usando o método colorimétri- co, método proposto por Ma- lavolta et al. (1997). A concen- tração de Fosfito das amostras foi determinada usando uma alíquota de extrato nítrico-per- clórico em solução de molib- dato de amônio e metavana- dato de amônio e quantificado usando um espectrofotômetro. Os resultados foram expressos como concentrações de fosfito (mM). Todos os cálculos foram realizados com base na Teo- ria do Funcional da Densidade (DFT). A menor área abaixo da curva de progresso da doen- ça (AUDPC) para a severidade do oídio foi obtido pelos trata- mentos azoxistrobina+ ben- zovindiflupir (Azo + Ben) WP e trifloxistrobina + protioconazol (Tri+Pro) WP, ambos pulveriza- dos em toda a planta, apresen- tando porcentagens médias de controle acima de 80%. No trifólio 1 e 2, os tratamentos azoxistrobina+benzovindifu- pir+fosfito de potássio (Phi) pulverizado no quarto trifólio (4 T) e trifoxistrobina+protiocona- zol+fosfito de potássio 4 T pro- porcionaram uma redução no AUDPC em relação ao controle. A porcentagem de controle da doença, para os tratamentos mencionados acima, variou de 33,28% a 43,98% para o trifólio 1 e 36,49% a 50,97% no trifólio 2, respectivamente. No trifólio 5, a maior eficácia no controle da doença foi observada nos tratamentos Azo+Ben e Tri+Pro pul- verizado na planta inteira (Tabela 1). O Fosfito foi detectado em folhas trifoliadas analisadas 24h após a aplicação dos tratamentos. Resultados semelhantes foram encontrados por Guo et al. (2021) em plantas de soja. O fosfito foi translocado das raízes para as folhas em 1h e sua con- centração aumentou significativamente nas folhas em 36h após a aplicação de fosfito. A concentração estimada na planta estava entre 0,3 e 3 mM. Observou-se diferença significativa entre os tratamentos em todas as folhas trifoliadas analisadas (trifolia- do abaixo da aplicação, trifoliado aplicado e trifoliado acima da aplicação). A combinação de fungicida e fosfito possivelmente promoveram aumento da concentração de fosfito em todas as folhas trifoliadas. Nas amostras onde apenas o fungicida foi apli- cado, nenhum fosfito foi detectado (Fig. 1). Tabela 1. Efeito dos tratamentos na severidade do oídio em soja em diferentes trifoliados das folhas avaliadas. Fig. 1. Análise de fosfito em folhas trifoliadas da soja, plantas em diferentes tratamentos, aplicado de dois métodos: pulverização do tratamento em todo planta A e pulverizando apenas em folhas do segundo trifólio (contados da base ao ápice -2 T) B. O fosfito foi quantificado na primeira (1 T), segunda (2 T) e terceira (3 T) folhas trifoliadas. Azo (azoxistrobina); Ben (benzovindifupir); Phi (fosfito de potássio). Significa com a mesma letra não diferem pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05). A maior concentração de fosfito foi observada nas folhas abaixo das folhas aplicadas. Este resultado indica que o fos- fito e a combinação de fungici- das possivelmente aumentou a translocação a jusante do ânion na planta. Quando aplica- dos às plantas, os fosfitos são translocados sistemicamente através do xilema e do floema, e seguem uma fonte-dreno relação entre os vários pontos de crescimento, como raízes, folhas e frutos (Guest et al. 1995; Danova-Alt et al. 2008). Nesse presente estudo, o fosfito esteve presente em to- das as folhas trifoliadas