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Cumprimento de Sentença e 
Execução de Título Extrajudicial
Prof. Rodrigo Vale
DATAS AULA
12/02 Apresentação da disciplina e introdução à tutela 
jurisdicional executiva
19/02 Título executivo e princípios da execução
26/02 Partes e terceiros na execução 
05/03 Feriado
12/03 Competência para a execução
19/03 Responsabilidade patrimonial - AULA NACIONAL
26/03 Liquidação de sentença
02/04 Suspensão e extinção da execução
09/04 AV1
16/04 Execução para pagamento de quantia fundada em 
título judicial
DATAS AÇÃO
23/04 Execução para pagamento de quantia fundada em 
título judicial - AULA NACIONAL
30/04 Execução para pagamento de quantia fundada em 
título extrajudicial 
07/05 Execução das obrigações de fazer, não fazer e 
entregar coisa
14/05 Defesa do executado 
21/05 Defesa do executado - AULA NACIONAL
28/05 Execução contra a Fazenda Pública
04/06 AV2
11/06 Segunda chamada
18/06 Revisão e vistas de prova
25/06 AV final
INTRODUÇÃO À TUTELA 
JURISDICIONAL EXECUTIVA
● Autotutela: exercício do direito com 
uso da força → arbitrariedade;
● Tripartição dos poderes: executivo 
(administra), legislativo (legisla) e 
judiciário (dizer o direito); 
● Tutela jurisdicional; 
○ Ação de conhecimento ≠ ação de 
execução;
INTRODUÇÃO À TUTELA 
JURISDICIONAL EXECUTIVA
Quando vocês ouvem a palavra “execução”, o que vem à 
mente?
● Executar é cumprir uma obrigação prevista em um título 
executivo;
● O conflito é de inadimplemento;
● Satisfação da pretensão do credor, por intermédio de 
medidas à satisfação do direito.
INTRODUÇÃO À TUTELA 
JURISDICIONAL EXECUTIVA
“O direito do autor está reconhecido, 
mas o réu recusa-se a satisfazê-lo 
espontaneamente, sendo necessária a 
intervenção do Judiciário para torná-lo 
efetivo.” 
Marcus Vinicius Rios Gonçalves
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROCESSO DE EXECUÇÃO
Objeto Título executivo judicial (art. 515) Título executivo extrajudicial (art. 
784)
Comunicação O executado deverá ser INTIMADO 
para cumprir a obrigação
O executado deverá ser CITADO 
para integrar a lide 
Defesa do 
executado
Será por meio de IMPUGNAÇÃO ao 
cumprimento de sentença
Será por meio de EMBARGOS à 
execução (arts. 914 e seguintes)
INTRODUÇÃO À TUTELA 
JURISDICIONAL EXECUTIVA
EXECUÇÃO
TÍTULO 
EXECUTIVO
JUDICIAL: a execução baseada em 
título executivo judicial ocorrerá no 
mesmo processo em que se formou o 
título exequendo.
EXTRAJUDICIAL: a execução baseada 
em título executivo extrajudicial 
ocorrerá em processo autônomo, por 
iniciativa da parte. INADIMPLEMENTO
Critério Inadimplemento Mora
Definição Não cumprimento da obrigação Atraso no cumprimento
Possibilidade 
cumprimento
Pode ser impossível (absoluto) ou ainda 
viável (relativo)
Sempre possível, mas fora do prazo
Consequências Resolução do contrato, indenização, 
execução forçada
Juros, multa, possibilidade de rescisão 
do contrato
INTRODUÇÃO À TUTELA 
JURISDICIONAL EXECUTIVA
Definitividade 
Subsidiariedade
Substitutividade
Estado-juiz substitui a parte, aplicando-se 
meios coercitivos e sub-rogatórios para o 
cumprimento da obrigação;
O mérito julgado na execução não permite a 
rediscussão da matéria;
Aplicação subsidiária das regras do processo 
de conhecimento à execução.
TÍTULO EXECUTIVO
EXECUÇÃO
TÍTULO 
EXECUTIVO (art. 
783 do CPC)
$CERTEZA: A obrigação deve ser indiscutível 
quanto à sua existência.
$EXIGIBILIDADE: A dívida deve estar vencida e não 
pode haver nenhuma condição suspensiva ou termo 
pendente que impeça sua cobrança. 
INADIMPLEMENTO
$LIQUIDEZ: O valor da obrigação deve estar 
determinado ou ser facialmente determinável.
Obs: Se não for líquido ⇒ liquidação de sentença, 
salvo o título extrajudicial.
TÍTULO EXECUTIVO
● É requisito indispensável para qualquer 
execução;
● Documento (constitui prova do débito) X 
ato (ato capaz de desencadear a 
execução); 
○ Corrente majoritária: dupla natureza;
● Os títulos executivos devem ser criados 
por lei, somente (taxatividade); 
● Título ≠ obrigação;
○ O título cria a obrigação.
TÍTULO EXECUTIVO 
● Não há óbice a que uma mesma execução esteja fundada em 
dois ou mais títulos;
○ Art. 780 do CPC;
○ Súmula 27 do STJ: “Pode a execução fundar-se em mais de 
um título executivo extrajudicial relativo ao mesmo negócio”;
● Exibição de documento original do título executivo, salvo nos 
casos em que a utilização da cópia não ofereça perigo ao 
executado;
● O CPC distingue aqueles títulos produzidos em juízo daqueles 
que não o são. No art. 515 são enumerados os judiciais, e no 784 
os extrajudiciais.
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515)
● Decisões proferidas no processo civil que 
reconheçam a exigibilidade de pagar 
quantia, de fazer, de não fazer ou de 
entregar coisa;
○ Decisões interlocutórias de mérito, 
sentença e acórdão;
○ Não é requisito da execução que a 
decisão tenha transitado em julgado 
⇒ recurso sem efeito suspensivo ⇒ 
execução provisória;
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515)
● Decisão homologatória de autocomposição 
judicial;
● Decisão homologatória de autocomposição 
extrajudicial de qualquer natureza;
○ Sem a homologação, poderá haver 
apenas título extrajudicial, se presente 
alguma hipótese do art. 784 do CPC;
● Formal e certidão de partilha;
○ Descrição dos bens e da divisão entre os 
herdeiros;
● Crédito de auxiliar de Justiça aprovado por 
decisão judicial;
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515)
● Sentença penal condenatória transitada em 
julgado;
○ Só constitui título executivo após o 
trânsito em julgado;
○ Condenação criminal ⇒ execução na 
esfera cível dos prejuízos sofridos ⇒ 
prévia liquidação dos danos (realizado 
pela vítima);
■ A vítima também poderá ajuizar ação 
cível com pedido reparatório;
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515)
● Sentença arbitral;
○ ÚNICA hipótese de título executivo 
judicial não criado por um juiz;
○ A execução far-se-á por processo 
autônomo, com citação do devedor;
● Sentença estrangeira homologada pelo STJ;
○ A execução far-se-á por processo 
autônomo, com citação do devedor;
● Decisão interlocutória estrangeira, após a 
concessão do exequatur à carta rogatória 
pelo STJ;
○ A execução far-se-á por processo 
autônomo, com citação do devedor.
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
“Títulos extrajudiciais são aqueles que, 
pela forma com que são constituídos e 
pelas garantias de que se revestem, 
gozam, segundo o legislador, de um 
grau de certeza tal que justifica 
prescindir de um prévio processo de 
conhecimento.”
 
Marcus Vinicius Rios Gonçalves
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) 
● Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, a debênture e o cheque;
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) 
● Escritura pública ou outro documento público assinado pelo 
devedor;
○ Lavrada por um escrivão ou tabelião;
● Documento particular firmado pelo devedor e duas testemunhas;
○ Não haverá validade de força executiva o documento firmado 
pelo devedor com o credor na ausência das duas 
testemunhas;
■ Poderá reivindicar o seu direito através de uma ação de 
cobrança ⇒ processo de conhecimento;
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) 
● Instrumento de transação referendado pelo MP, pela Defensoria, 
pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por 
conciliador ou mediador credenciado pelo Tribunal;
● Contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese ou outro 
direito real de garantia e aquele garantido por caução;
● Seguros de vida em caso de morte;
● Foro e laudêmio;
● Aluguel e encargos acessórios;
○ Se o contrato for por escrito, ele já é título executivo, mesmo 
sem testemunhas;
■ Caso seja verbal, não poderá ser executado diretamente ⇒ 
ação de cobrança;
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) 
● Certidão da dívida ativa;
● Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de 
condomínio edílico;
○ É preciso que haja um documento prevendo essa despesa, caso 
contrário far-se-á por processo de conhecimento;
● A certidão expedida por serventia notarial ou deregistro relativa a 
valores de emolumentos e demais despesas havidas por atos por 
ela praticados;
● Honorários advocatícios. 
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
● Princípio da autonomia do processo de 
execução;
○ Não se confunde com a fase cognitiva;
● Princípio da patrimonialidade; 
○ Os atos executivos devem recair sobre o 
patrimônio e não sobre a “pessoa”;
■ Proibição da prisão civil;
○ Art. 789 do CPC;
● Princípio do exato adimplemento: A 
execução não deve se estender além 
daquilo que seja suficiente para o 
cumprimento da obrigação;
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
● Princípio da disponibilidade do processo pelo 
credor: A desistência pode ser feita a 
qualquer tempo, desde que, caso a execução 
tenha sido embargada ou impugnada, estas 
se limitem a questões processuais;
○ Não necessita de anuência do executado;
○ MP NÃO pode desistir ⇒ princípio da 
indisponibilidade; 
○ Art. 775 do CPC;
● Princípio da utilidade: Não deve servir apenas 
para prejudicar o executado sem trazer 
proveito prático;
○ Art. 836 do CPC;
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
● Princípio da menor onerosidade: A opção 
menos onerosa ao devedor será escolhida 
para satisfação do direito do exequente;
○ Art. 805 do CPC;
● Princípio do contraditório: Possibilidade de a 
parte ser intimada para se manifestar e 
influenciar na decisão do magistrado;
○ Art. 1.015 do CPC;
○ Todas as decisões interlocutórias no 
cumprimento de sentença e na execução 
são agraváveis de instrumento.
1. Assinale a alternativa correta acerca da execução fundada em título 
executivo judicial e extrajudicial, conforme o Código de Processo Civil:
A) A sentença arbitral constitui título executivo judicial, mas sua execução 
depende de prévio reconhecimento judicial de sua validade.
B) O contrato de locação de imóvel urbano, ainda que celebrado por escrito, 
somente será título executivo extrajudicial se contar com a assinatura de duas 
testemunhas.
C) A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur pelo 
STJ, adquire força de título executivo judicial, podendo ser diretamente 
executada no Brasil.
D) O formal de partilha expedido em inventário judicial não possui eficácia 
executiva, exigindo o ajuizamento de ação de conhecimento para sua 
conversão em obrigação exigível.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ❌ Errada Sentença arbitral nacional já é título executivo judicial, sem 
necessidade de reconhecimento judicial prévio (art. 515, VII, 
CPC).
B) ❌ Errada Contrato de locação por escrito é título executivo 
extrajudicial, mesmo sem testemunhas (art. 784, VIII, CPC).
C) ✅ Correta -
D) ❌ Errada O formal de partilha é título executivo judicial e pode ser 
diretamente executado (art. 515, IV, CPC).
2. Sobre os títulos executivos extrajudiciais previstos no artigo 784 do CPC, 
assinale a alternativa INCORRETA:
A) A nota promissória e a duplicata são títulos de crédito que possuem força 
executiva independentemente de protesto, salvo nos casos exigidos por lei.
B) O contrato garantido por hipoteca, penhor ou anticrese constitui título 
executivo extrajudicial, desde que a obrigação nele prevista seja líquida, certa 
e exigível.
C) O reconhecimento de dívida feito por meio de escritura pública gera título 
executivo extrajudicial, mas a confissão de dívida em documento particular 
não goza dessa mesma eficácia.
D) A dívida líquida constante de documento particular, assinado pelo devedor 
e por duas testemunhas, é título executivo extrajudicial e permite a execução 
imediata da obrigação.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ✅ Correta A nota promissória e a duplicata são títulos de crédito que, 
em regra, possuem força executiva independentemente de 
protesto. Entretanto, em alguns casos específicos, a lei 
exige o protesto prévio para viabilizar a execução (exemplo: 
duplicata sem aceite, nos termos da Lei nº 5.474/68).
B) ✅ Correta O contrato garantido por hipoteca, penhor ou anticrese é 
título executivo extrajudicial, desde que contenha uma 
obrigação certa, líquida e exigível, nos termos do art. 784, II, 
do CPC.
C) ❌ Incorreta -
D) ✅ Correta Documento particular que contenha dívida líquida e seja 
assinado pelo devedor e por duas testemunhas é título 
executivo extrajudicial e permite a execução imediata, nos 
termos do art. 784, III, do CPC.
3. (TJPI) Com referência aos princípios da execução, é correto afirmar que:
A) Aquele que se diz credor de outra pessoa deve comprovar a veracidade de 
sua própria situação jurídica, com a apresentação de um título, com todas as 
formalidades exigidas em lei.
B) A execução deve se realizar apenas no interesse exclusivo do credor; em 
outras palavras, por força do título executivo, apenas o credor deve iniciar e 
impulsionar o andamento do processo.
C) Quando se fala em paridade de armas, não se está referindo à fase de 
execução, pois nesta já existe um título executivo, seja judicial ou extrajudicial, 
não se assegurando às partes a plena igualdade técnica processual, já que o 
convencimento do juiz virá do título apresentado.
D) Quando houver vários meios de satisfazer o credor, a determinação será para 
que a execução ocorra de forma mais célere e ajustada aos interesses do credor, 
não importando, nesse aspecto, a onerosidade sofrida pelo devedor.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ✅ Correta -
B) ❌ Errada O processo de execução não se dá exclusivamente no 
interesse do credor. O CPC prevê princípios como a menor 
onerosidade para o devedor (art. 805) e o devido processo 
legal, garantindo equilíbrio entre as partes.
C) ❌ Errada O princípio da paridade de armas também se aplica à 
execução. O devedor pode apresentar embargos à 
execução e outros mecanismos de defesa para garantir 
igualdade no processo.
D) ❌ Errada A execução não pode ocorrer sem considerar a onerosidade 
ao devedor. O art. 805 do CPC determina que a execução 
deve ser conduzida da forma menos gravosa ao executado, 
sempre que possível.
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
● Legitimidade ordinária ⇒ são legitimados para a execução 
aqueles que figuram no título como credor e devedor;
○ Art. 778 do CPC;
● Legitimidade extraordinária ⇒ aqueles que atuam em juízo em 
nome de outrem para buscar a satisfação de um direito alheio;
○ Ministério Público é autorizado a promover, em nome 
próprio, a execução das condenações, cujo beneficiário é o 
lesado;
■ Ação civil ex delicto (caso em que não houver DPE), ações 
civis públicas e ações populares;
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
Legitimados ordinários aqueles que, mesmo não constando no título 
executivo, podem promover a execução por serem titulares da obrigação 
nele representada:
● Sucessores ⇒ tornaram-se sucessores, por ato inter vivos ou mortis 
causa;
○ Sucessão por morte ⇒ legitimidade do espólio, enquanto não 
houver o inventário com a partilha de bens, ou aos herdeiros do 
credor, após a efetivação da partilha;
■ Na execução contra espólio ou herdeiros, deve-se limitar à 
herança.
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
○ Sucessão do credor por ato inter vivos ⇒ cessionário ⇒ NÃO há 
necessidade do consentimento do devedor para que a cessão se 
aperfeiçoe; 
■ Art. 286 do CC;
○ Sucessão do devedor por ato inter vivos ⇒ cessionário ⇒ 
necessidade do consentimento do credor;
■ Art. 779, III, do CPC; 
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
● Sub-rogado ⇒ aquele que satisfaz obrigação alheia e assume a 
posição jurídica o antigo credor;
○ A sub-rogação presta-se apenas para conceder legitimidade 
ativa àquele que paga; não há sub-rogação no polo passivo da 
execução;
○ Art. 778, § 1º, IV, do CPC;
● Fiador sub-rogado ⇒ torna-se terceiro interessado, que pode ser 
obrigado, no todo ou em parte, pelo pagamento da dívida;
○ Art. 794, § 2º, do CPC;
● Ofendido ⇒ é legitimado ordinário para executar eventuais 
indenizações que faça jus;
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
● O responsável titular do bem vinculado por garantia real ao 
pagamento de débito ⇒ trata-se daquele que deu o bem em 
garantia real de uma dívida;
● Responsável tributário ⇒ responde pelo pagamentodo tributo, caso 
o devedor não o pague, como, por exemplo, os pais, pelos tributos 
devidos por seus filhos e os administradores de bens de terceiros 
pelos tributos devidos por estes;
○ Compete às leis tributárias a indicação de quem tenha essa 
qualidade;
● Advogado ⇒ honorários advocatícios pertencentes a ele;
○ Não afasta a legitimidade extraordinária que terá a parte 
vencedora para promover a execução, em seu nome.
SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO
● Na execução é possível a formação de litisconsórcio ativo, passivo e 
misto, seja o título judicial, seja extrajudicial;
● A denunciação da lide e o chamamento ao processo não são 
compatíveis com a execução, pois são formas de intervenção que se 
relacionam à formação de título executivo, no qual figurará também 
o terceiro;
● O incidente da desconsideração da personalidade jurídica é 
autorizado em todas as fases do processo;
○ Art. 134 do CPC;
● Art. 119, parágrafo único, permite também a assistência em qualquer 
procedimento.
Critério Sub-rogação Cessão de crédito Assunção de dívida
O que ocorre? Alguém paga a dívida de 
outrem e assume o crédito do 
credor original.
O credor transfere o direito de 
crédito a outro credor.
O devedor original é substituído 
por um novo devedor.
Origem Pagamento da dívida por 
terceiro.
Contrato de cessão de crédito. Acordo entre devedor e terceiro, 
com anuência do credor.
Necessário 
consentimento do 
devedor?
❌ Não. ❌ Não. ✅ Sim, assim como também do 
credor.
O que muda no 
processo de 
execução?
O novo credor (sub-rogado) 
pode executar o devedor.
O novo credor (cessionário) 
pode executar o devedor.
O novo devedor assume a 
obrigação e pode ser 
executado.
Exemplo Um fiador paga a dívida do 
inquilino e pode cobrá-lo.
Um banco vende a dívida de 
um cliente para uma empresa 
de cobrança.
João vende seu carro financiado 
e o comprador assume a dívida 
junto ao banco.
COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO
Competência no cumprimento de sentença 
(art. 516 do CPC): 
● Efetuar-se-á nos tribunais, nas causas de 
sua competência originária (I);
○ Competência absoluta;
○ MS originário que gere um título ⇒ 
cumprimento ocorrerá no tribunal;
● No juízo que decidiu a causa, no primeiro 
grau de jurisdição (II);
○ Competência absoluta ⇒ funcional;
○ A competência recursal do tribunal não 
modifica a funcional da execução;
COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO
● No juízo cível competente para execuções 
de sentença penal condenatória, arbitral 
ou estrangeira (III);
○ Sentença arbitral ⇒ foro em que se 
realizou a arbitragem; 
○ Sentença penal condenatória ⇒ juízo 
cível competente (domicílio do autor ou 
local do delito);
COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO
● Nas hipóteses do II e III o credor poderá 
optar entre quatro foros concorrentes:
○ Juízo onde foi proferida a sentença;
○ Local onde se encontram os bens;
○ Atual domicílio do executado;
○ Juízo do local onde deve ser executada 
a obrigação de fazer ou de não fazer;
● Nas execuções de alimentos, o exequente 
pode optar pelo de seu domicílio;
COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO
Competência na execução de título 
extrajudicial (art. 781 do CPC): 
● Competência relativa;
● Sem foro de eleição, a competência será do 
domicílio do executado ou da situação dos 
bens;
● Poderá ser proposta no foro do lugar em 
que se praticou o ato ou ocorreu o fato que 
deu origem ao título;
○ Art. 781, V, do CPC;
4. No cumprimento de sentença que determinou o pagamento de alimentos a um 
menor, não foram localizados bens do executado que pudessem ser penhorados. 
Diante da ausência de pagamento voluntário e da impossibilidade de prisão civil, o 
credor requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa da qual o 
devedor é sócio, alegando que este transferiu bens pessoais para a sociedade 
durante o curso do processo de alimentos, com o intuito de ocultar seu patrimônio e 
frustrar a execução. Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
a) A desconsideração da personalidade jurídica não pode ser requerida na fase de 
cumprimento de sentença, mas apenas durante a fase cognitiva.
b) A desconsideração é cabível, sendo necessária a citação da pessoa jurídica para 
manifestação no incidente.
c) A desconsideração é cabível, desde que seja instaurado um processo autônomo, com 
livre distribuição.
d) A desconsideração é cabível apenas se todos os sócios da pessoa jurídica forem 
citados.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ❌ Errada A desconsideração da personalidade jurídica pode ser 
requerida em qualquer fase do processo, incluindo o 
cumprimento de sentença, conforme prevê o CPC, desde 
que demonstrados os requisitos necessários, como abuso 
da personalidade jurídica.
B) ✅ Correta -
C) ❌ Errada O incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
não exige a instauração de um processo autônomo. Ele 
pode ser requerido dentro do próprio cumprimento de 
sentença, seguindo o procedimento previsto no CPC.
D) ❌ Errada Não há exigência de citação de todos os sócios para que a 
desconsideração da personalidade jurídica seja aplicada. O 
CPC exige apenas a citação da pessoa jurídica para garantir 
o contraditório.
5. Acerca da legitimidade para a execução no processo civil, analise as assertivas abaixo e 
marque a alternativa correta:
I. A desconsideração da personalidade jurídica no cumprimento de sentença exige a 
instauração de um incidente específico, sendo necessário citar todos os sócios da empresa 
executada para garantir o contraditório e a ampla defesa.
II. O fiador que paga a dívida do devedor principal adquire legitimidade ativa para promover a 
execução contra o afiançado nos próprios autos do processo em que houve o pagamento.
III. O Ministério Público pode promover a execução de indenizações decorrentes de condenação 
penal transitada em julgado em favor de vítimas economicamente hipossuficientes, desde que 
na localidade ainda não exista Defensoria Pública estruturada para assumir tal atribuição.
IV. O sucessor do credor que recebe a titularidade do crédito por meio de cessão de crédito inter 
vivos necessita da anuência do devedor para promover a execução, sob pena de nulidade do ato 
de cessão.
a) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
b) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
d) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
I) ❌ Falsa O incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
exige a citação da pessoa jurídica, mas não de todos os 
sócios, salvo se houver indícios concretos de confusão 
patrimonial que justifiquem a inclusão individual deles no 
polo passivo.
II) ✅ Verdadeira -
III) ✅ Verdadeira -
IV) ❌ Falsa A cessão de crédito inter vivos não exige anuência do 
devedor para ser válida. O novo credor pode promover a 
execução independentemente da concordância do 
devedor, conforme previsto no CPC.
6. João ajuizou uma ação de cobrança contra Pedro, visando receber um valor devido por 
um contrato de prestação de serviços. O juízo da 2ª Vara Cível de Belo Horizonte proferiu 
sentença condenando Pedro ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00, com correção 
monetária e juros. Após o trânsito em julgado, João iniciou o cumprimento de sentença na 
2ª Vara Cível de Belo Horizonte, mas Pedro, que antes residia na capital mineira, mudou-se 
para Salvador, onde possui bens registrados em seu nome. João, ao tentar penhorar os bens 
de Pedro, encontrou dificuldades devido à distância e à necessidade de expedição de 
cartas precatórias para a localização e constrição dos bens. Diante disso, João avalia a 
possibilidade de promover a execução no foro onde os bens estão localizados.
a) O cumprimento de sentença deve continuar na 2ª Vara Cível de Belo Horizonte ou pode ser 
deslocado para Salvador? 
b) Caso João desejasse promover uma execução fundada em título extrajudicial contra Pedro, 
qual seria o foro competente? Explique.
c) Suponha que Pedro, antes do início da execução, tenha falecido e deixado bensem 
diferentes Estados. Como ficaria definida a competência para a execução nesse caso?
JUSTIFICATIVA
a) O cumprimento de sentença deve continuar na 2ª Vara Cível de Belo Horizonte, pois, segundo 
o CPC, a execução de título judicial deve ocorrer, via de regra, no juízo que proferiu a decisão 
exequenda (art. 516, II, CPC). No entanto, é possível requerer o deslocamento da execução para 
o foro onde estão localizados os bens do devedor, quando isso facilitar a efetividade da 
execução (art. 516, parágrafo único, CPC). Assim, João pode optar por requerer a remessa dos 
autos para Salvador, se demonstrar que tal medida torna a execução mais eficiente.
b) Na execução de título extrajudicial, a competência territorial segue a regra geral do domicílio 
do réu, conforme o art. 781 do CPC. Assim, caso João promovesse uma execução baseada em 
um título extrajudicial contra Pedro, o foro competente seria Salvador, onde Pedro fixou 
residência. Contudo, se o contrato firmado entre as partes contivesse cláusula de eleição de 
foro, a execução poderia ser proposta no foro previamente estipulado.
c) Caso Pedro tenha falecido antes do início da execução, a competência para a execução se 
desloca para o foro do inventário do falecido, conforme o art. 615, I, do CPC. Se ainda não 
houver inventário aberto, a execução pode ser proposta no último domicílio do falecido ou 
onde estiver localizado o patrimônio deixado por ele. Assim, João precisaria verificar se o 
inventário já foi iniciado para direcionar corretamente a execução.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
● Sujeição do patrimônio de determinada pessoa 
ao cumprimento de uma obrigação;
● Pedido judicial para alcançar bens presentes e 
futuros do devedor a fim de garantir a 
satisfação do crédito;
○ Art. 789 do CPC;
● Somente os bens de conteúdo econômico 
podem ser penhorados;
● Conforme o art. 832 do CPC, NÃO estão sujeitos 
à execução os bens impenhoráveis ou 
inalienáveis;
● Art. 831 do CPC; 
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (ART. 833)
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (ART. 833)
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
● A impenhorabilidade não se aplica à execução de dívida vinculada 
ao próprio bem, incluindo aquela contraída para sua aquisição;
○ Não se pode invocar a impenhorabilidade de um imóvel que 
sirva de residência de família na execução de débitos 
condominiais relativos ao próprio imóvel;
● A impenhorabilidade é matéria de ordem pública;
● O art. 790 do CPC enumera hipóteses de responsabilidade 
patrimonial de terceiros;
○ Subsidiária e só deve prevalecer se a responsabilização do 
devedor for insuficiente para a satisfação do credor;
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
● Penhora ⇒ ato executivo que afeta determinado bem à execução 
⇒ expropriação/sub-rogação (alienação, adjudicação, etc);
● Os salários podem ser penhorados? Sim, caso o devedor ganhe 
mais de 50 salários mínimos por mês (art. 833, § 2º, do CPC);
● Lei nº 8.009/90 ⇒ “bem de família”;
○ Imóvel familiar é impenhorável e não responde por dívidas, 
salvo exceções legais;
○ Bem de família ≠ bem convencional;
■ O bem de família é aquele que serve de residência para o 
casal ou entidade familiar;
■ Súmula 364 do STJ;
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
○ Ainda que o casal resida em vários imóveis, só um deles será 
considerado impenhorável, o de menor valor;
○ É possível a renúncia ao benefício da impenhorabilidade? Sim, no 
entanto o STJ reconheceu que a impenhorabilidade do bem de 
família é questão de ordem pública, razão pela qual não admite 
renúncia pelo titular;
○ Exceção do art. 3º, VII: A impenhorabilidade do bem de família não se 
aplica no caso de dívidas do fiador decorrentes do contrato de 
locação;
■ O fiador de um contrato de locação teve seu único imóvel 
penhorado após o locatário deixar de pagar o aluguel;
FRAUDE CONTRA CREDORES FRAUDE À EXECUÇÃO 
Direito material. Direito processual. 
Defeito no negócio jurídico prejudica o 
interesse do credor.
Trata-se de um ato atentatório à dignidade da 
justiça, além de prejudicar o interesse do 
credor.
A dívida existe, mas não há ação proposta. O devedor já foi citado, ação em andamento - 
de conhecimento ou execução.
Devedor torna-se insolvente para eximir-se de 
pagar a dívida do credor.
Manobra do devedor, após o conhecimento de 
processo, onde se torna-se insolvente, causando 
dano ao credor e também a atividade 
jurisdicional.
Há ineficácia do negócio jurídico, em favor do 
credor.
Há ineficácia do negócio jurídico, em favor do 
credor. 
Ação cabível para tornar o negócio ineficaz: 
Ação Pauliana. 
A ineficácia é reconhecida nos próprios autos 
em andamento.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
● É possível execução quando não se conhece o 
quantum debeatur?
● Art. 509 do CPC e seguintes;
● Título líquido = indica a quantidade de bens 
ou valores que constituem a obrigação;
○ NÃO existe liquidação de título 
extrajudicial;
○ Qualquer título executivo judicial pode ser 
objeto de liquidação;
■ Art. 491 do CPC;
○ Título judicial ilíquido ⇒ liquidação de 
sentença ⇒ fase intermediária ⇒ 
apuração do quantum;
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
● Iniciativa ⇒ credor ou devedor;
○ É direito do devedor conhecer o 
montante exato do débito, para poder 
realizar o pagamento, liberando-se da 
obrigação;
● É um incidente complementar da sentença 
condenatória genérica/ilíquida;
● A liquidação tem natureza cognitiva ⇒ 
dúvida sobre o montante do débito;
● A fase de liquidação de sentença encerra-se 
com uma decisão interlocutória;
○ Recurso cabível: Agravo de instrumento 
(art. 1.015, parágrafo único, do CPC);
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
● Possibilidade de realização da liquidação 
parcial da sentença;
○ Art. 509, § 1º, do CPC; 
○ Sentença que estabelece duas obrigações 
⇒ danos materiais e morais ⇒ autos 
apartados para liquidação de sentença;
● Não há rediscussão do mérito/modificação da 
decisão que reconheceu a obrigação;
○ Art. 509, § 4º, do CPC; 
● Se houver necessidade de simples cálculos, 
NÃO será necessária a liquidação;
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
● CPC prevê duas formas de liquidação (art. 509, I e II, do CPC): por 
arbitramento e pelo procedimento comum;
● Por arbitramento (art. 510 do CPC): quando determinado pela 
sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza 
do objeto da liquidação;
○ Necessidade de conhecimento técnico;
■ No caso da perícia, o réu terá que adiantar as despesas;
○ Lucros cessantes ⇒ perito que conheça o mercado e a área de 
atuação do autor ⇒ apurar quanto o profissional ganharia ao 
longo dos meses em que permaneceu sem trabalhar;
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
● Pelo procedimento comum (art. 511 do CPC): Quando for 
necessário provar/alegar fatos novos;
○ Discute-se apenas a fixação do valor;
○ Inexistência de subsídios fáticos suficientes na sentença para 
determinar o montante da indenização;
■ Vítima de atropelamento que necessita de múltiplos 
procedimentos médicos ao longo do tempo ⇒ demanda 
desde já, demonstrando os prejuízos já sofridos até o 
momento ⇒ liquidação da parte ilíquida da sentença 
(prejuízos que o autor ainda terá);
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO 
COMUM 
Apuração do valor com base em avaliação 
técnica.
Exige alegação e prova de fato novo para 
determinar o valor.
Quando o valor depende de critérios 
técnicos ou periciais. 
Quando há necessidade de discutir fatos 
novos ligados ao montante devido.
Apenas avaliação técnica (perícia). Produção de provas para comprovar fatos 
novos.
Fixação do valor de honorários de um 
profissional.
Apuração do prejuízo decorrente de lucros 
cessantes.
7. Pedro aluga seu apartamento para Rui (locatário). João, melhor amigo de Rui, aceita 
figurar no contrato de locação como fiador. Após um ano, Rui devolve o apartamento, 
ficando devendo, contudo, 4 meses de aluguel. Pedro propõe uma execução contra Rui e 
João cobrando o valor devido. O juiz determina a penhora da casa em que mora João e que 
está em seu nome. É possível a penhora da casa de João, mesmo sendo bemde família?
8. Fábio possui uma sala comercial em um edifício empresarial. Ele aluga essa sala para 
Pedro ali instalar uma loja. Ricardo, melhor amigo de Pedro, aceita figurar no contrato de 
locação como fiador. Após um ano, Pedro devolve a sala comercial, ficando devendo, 
contudo, 4 meses de aluguel. Fábio propõe uma execução contra Pedro e Ricardo cobrando 
o valor devido. O juiz determina a penhora da casa em que mora Ricardo e que está em seu 
nome. É possível a penhora da casa de Ricardo, mesmo sendo bem de família?
JUSTIFICATIVA
7) SIM. A impenhorabilidade do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador 
decorrentes do contrato de locação. É isso o que diz o inciso VII do art. 3º da Lei nº 8.009/90. O STF 
decidiu que o art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/90 é constitucional, não violando o direito à moradia (art. 
6º da CF/88) nem qualquer outro dispositivo da CF/88 (STF. 1ª Turma. RE 495105 AgR, Rel. Min. 
Marco Aurélio, julgado em 05/11/2013). Súmula 549 do STJ: “É válida a penhora de bem de família 
pertencente a fiador de contrato de locação”.
8) Até então era impenhorável o bem de família do fiador no caso de contratos de locação 
comercial. Em outras palavras, não é possível a penhora de bem de família do fiador em contexto 
de locação comercial. STF. 1ª Turma. RE 605709/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, red. p/ ac. Min. Rosa 
Weber, julgado em 12/6/2018 (Info 906). No entanto, em março de 2022, o STF julgou 
constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contratos de locação 
residenciais e comerciais. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
1307334, com repercussão geral (Tema 1.127): “É constitucional a penhora de bem de família 
pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial".
9. Raul ajuizou ação de indenização por danos materiais, pelo rito ordinário, em face de 
Sérgio, pretendendo ressarcir-se dos prejuízos suportados com o conserto de seu táxi, 
decorrentes de uma colisão no trânsito causada por imprudência do réu. O pedido foi 
julgado procedente, mas a determinação do valor exato da condenação dependia de 
apuração do quantum debeatur, relativo às consequências do ato ilícito. Diante da 
atual sistemática do Código de Processo Civil, é correto afirmar que a liquidação de 
sentença, na hipótese:
A) É considerada simples incidente processual, devendo o juiz, de ofício, iniciá-la, 
determinando a citação do réu.
B) Constitui-se em processo autônomo, iniciado mediante requerimento da parte 
interessada, do qual será citado o réu.
C) Constitui-se em fase do processo de conhecimento, iniciada mediante requerimento 
da parte interessada, do qual será intimada a parte contrária na pessoa de seu advogado.
D) Constitui-se em procedimento autônomo, devendo o juiz, de ofício, iniciá-lo, mediante 
intimação das partes.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ❌ Errada O réu não é citado para tomar conhecimento do início do 
procedimento de liquidação de sentença, mas é intimado 
na pessoa de seu advogado (art. 475-A, §1º, CPC/73). 
Ademais, o procedimento não é iniciado, de ofício, pelo juiz, 
dependendo de requerimento da parte. 
B) ❌ Errada A liquidação de sentença não constitui processo autônomo, 
mas um procedimento que tem curso nos próprios autos 
principais. Afirmativa incorreta.
C) ✅ Correta -
D) ❌ Errada Vide comentários sobre as alternativas A e B.
SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES
● É possível a suspensão do processo de execução? Sim, nos termos do 
art. 921 do CPC;
● Quando o executado não possuir bens penhoráveis;
○ Suspenso pelo prazo de 1 ano, durante o qual não corre o prazo de 
prescrição intercorrente. Após esse período, corre a prescrição;
● Quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; 
○ A impugnação não suspende o cumprimento de sentença, salvo 
se houver fundamentação relevante, risco de prejuízo irreparável 
ou de difícil reparação e garantia suficiente do juízo (penhora, 
caução ou depósito);
SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES
● Se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de 
licitantes e o exequente, em 15 dias, não requerer a adjudicação 
nem indicar outros bens penhoráveis;
● Quando for concedido um parcelamento na forma do art. 916;
● Nas hipóteses dos arts. 313 e 315 do CPC;
○ Pela morte ou pela perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu 
procurador;
○ Pela convenção das partes;
○ Pela arguição de impedimento ou suspeição;
○ Pela admissão de IRDR; 
EXTINÇÃO DAS EXECUÇÕES
● Diferente do processo de conhecimento, a execução só se 
encerra com a satisfação do credor;
● A sentença do art. 925 apenas declara o término da execução;
● Hipóteses de extinção da execução (art. 924 do CPC):
○ A petição inicial for indeferida;
○ A obrigação for satisfeita;
○ O executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção 
total da dívida;
○ O exequente renunciar ao crédito;
○ Prescrição intercorrente. 
10. Com relação ao processo de execução, assinale a alternativa que apresenta 
incorretamente uma hipótese de suspensão da execução.
A) Quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis.
B) Quando recebidos sem efeito suspensivo os embargos à execução.
C) Se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o 
exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens 
penhoráveis.
D) Quando concedido o parcelamento previsto no Código de Processo Civil para as 
execuções.
ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA
A) ✅ Correta Essa alternativa está correta como hipótese de suspensão. 
De acordo com o art. 921, I, do CPC, a execução pode ser 
suspensa se o executado ou bens penhoráveis não forem 
encontrados. Nessa situação, o processo é suspenso até 
que sejam localizados.
B) ❌ Errada -
C) ✅ Correta Essa alternativa está correta. De acordo com o art. 921, IV, 
do CPC, a execução pode ser suspensa se, após o leilão 
frustrado, o exequente não tomar as medidas cabíveis para 
dar continuidade à execução.
D) ✅ Correta Essa alternativa está correta. O parcelamento da dívida é 
uma causa de suspensão da execução, conforme o art. 916 
do CPC.
PELA ATENÇÃO, 
OBRIGADO!

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