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Cumprimento de Sentença e Execução de Título Extrajudicial Prof. Rodrigo Vale DATAS AULA 12/02 Apresentação da disciplina e introdução à tutela jurisdicional executiva 19/02 Título executivo e princípios da execução 26/02 Partes e terceiros na execução 05/03 Feriado 12/03 Competência para a execução 19/03 Responsabilidade patrimonial - AULA NACIONAL 26/03 Liquidação de sentença 02/04 Suspensão e extinção da execução 09/04 AV1 16/04 Execução para pagamento de quantia fundada em título judicial DATAS AÇÃO 23/04 Execução para pagamento de quantia fundada em título judicial - AULA NACIONAL 30/04 Execução para pagamento de quantia fundada em título extrajudicial 07/05 Execução das obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa 14/05 Defesa do executado 21/05 Defesa do executado - AULA NACIONAL 28/05 Execução contra a Fazenda Pública 04/06 AV2 11/06 Segunda chamada 18/06 Revisão e vistas de prova 25/06 AV final INTRODUÇÃO À TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA ● Autotutela: exercício do direito com uso da força → arbitrariedade; ● Tripartição dos poderes: executivo (administra), legislativo (legisla) e judiciário (dizer o direito); ● Tutela jurisdicional; ○ Ação de conhecimento ≠ ação de execução; INTRODUÇÃO À TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA Quando vocês ouvem a palavra “execução”, o que vem à mente? ● Executar é cumprir uma obrigação prevista em um título executivo; ● O conflito é de inadimplemento; ● Satisfação da pretensão do credor, por intermédio de medidas à satisfação do direito. INTRODUÇÃO À TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA “O direito do autor está reconhecido, mas o réu recusa-se a satisfazê-lo espontaneamente, sendo necessária a intervenção do Judiciário para torná-lo efetivo.” Marcus Vinicius Rios Gonçalves CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROCESSO DE EXECUÇÃO Objeto Título executivo judicial (art. 515) Título executivo extrajudicial (art. 784) Comunicação O executado deverá ser INTIMADO para cumprir a obrigação O executado deverá ser CITADO para integrar a lide Defesa do executado Será por meio de IMPUGNAÇÃO ao cumprimento de sentença Será por meio de EMBARGOS à execução (arts. 914 e seguintes) INTRODUÇÃO À TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA EXECUÇÃO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL: a execução baseada em título executivo judicial ocorrerá no mesmo processo em que se formou o título exequendo. EXTRAJUDICIAL: a execução baseada em título executivo extrajudicial ocorrerá em processo autônomo, por iniciativa da parte. INADIMPLEMENTO Critério Inadimplemento Mora Definição Não cumprimento da obrigação Atraso no cumprimento Possibilidade cumprimento Pode ser impossível (absoluto) ou ainda viável (relativo) Sempre possível, mas fora do prazo Consequências Resolução do contrato, indenização, execução forçada Juros, multa, possibilidade de rescisão do contrato INTRODUÇÃO À TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA Definitividade Subsidiariedade Substitutividade Estado-juiz substitui a parte, aplicando-se meios coercitivos e sub-rogatórios para o cumprimento da obrigação; O mérito julgado na execução não permite a rediscussão da matéria; Aplicação subsidiária das regras do processo de conhecimento à execução. TÍTULO EXECUTIVO EXECUÇÃO TÍTULO EXECUTIVO (art. 783 do CPC) $CERTEZA: A obrigação deve ser indiscutível quanto à sua existência. $EXIGIBILIDADE: A dívida deve estar vencida e não pode haver nenhuma condição suspensiva ou termo pendente que impeça sua cobrança. INADIMPLEMENTO $LIQUIDEZ: O valor da obrigação deve estar determinado ou ser facialmente determinável. Obs: Se não for líquido ⇒ liquidação de sentença, salvo o título extrajudicial. TÍTULO EXECUTIVO ● É requisito indispensável para qualquer execução; ● Documento (constitui prova do débito) X ato (ato capaz de desencadear a execução); ○ Corrente majoritária: dupla natureza; ● Os títulos executivos devem ser criados por lei, somente (taxatividade); ● Título ≠ obrigação; ○ O título cria a obrigação. TÍTULO EXECUTIVO ● Não há óbice a que uma mesma execução esteja fundada em dois ou mais títulos; ○ Art. 780 do CPC; ○ Súmula 27 do STJ: “Pode a execução fundar-se em mais de um título executivo extrajudicial relativo ao mesmo negócio”; ● Exibição de documento original do título executivo, salvo nos casos em que a utilização da cópia não ofereça perigo ao executado; ● O CPC distingue aqueles títulos produzidos em juízo daqueles que não o são. No art. 515 são enumerados os judiciais, e no 784 os extrajudiciais. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515) ● Decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; ○ Decisões interlocutórias de mérito, sentença e acórdão; ○ Não é requisito da execução que a decisão tenha transitado em julgado ⇒ recurso sem efeito suspensivo ⇒ execução provisória; TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515) ● Decisão homologatória de autocomposição judicial; ● Decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; ○ Sem a homologação, poderá haver apenas título extrajudicial, se presente alguma hipótese do art. 784 do CPC; ● Formal e certidão de partilha; ○ Descrição dos bens e da divisão entre os herdeiros; ● Crédito de auxiliar de Justiça aprovado por decisão judicial; TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515) ● Sentença penal condenatória transitada em julgado; ○ Só constitui título executivo após o trânsito em julgado; ○ Condenação criminal ⇒ execução na esfera cível dos prejuízos sofridos ⇒ prévia liquidação dos danos (realizado pela vítima); ■ A vítima também poderá ajuizar ação cível com pedido reparatório; TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (ART. 515) ● Sentença arbitral; ○ ÚNICA hipótese de título executivo judicial não criado por um juiz; ○ A execução far-se-á por processo autônomo, com citação do devedor; ● Sentença estrangeira homologada pelo STJ; ○ A execução far-se-á por processo autônomo, com citação do devedor; ● Decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo STJ; ○ A execução far-se-á por processo autônomo, com citação do devedor. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL “Títulos extrajudiciais são aqueles que, pela forma com que são constituídos e pelas garantias de que se revestem, gozam, segundo o legislador, de um grau de certeza tal que justifica prescindir de um prévio processo de conhecimento.” Marcus Vinicius Rios Gonçalves TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) ● Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, a debênture e o cheque; TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) ● Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; ○ Lavrada por um escrivão ou tabelião; ● Documento particular firmado pelo devedor e duas testemunhas; ○ Não haverá validade de força executiva o documento firmado pelo devedor com o credor na ausência das duas testemunhas; ■ Poderá reivindicar o seu direito através de uma ação de cobrança ⇒ processo de conhecimento; TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) ● Instrumento de transação referendado pelo MP, pela Defensoria, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado pelo Tribunal; ● Contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; ● Seguros de vida em caso de morte; ● Foro e laudêmio; ● Aluguel e encargos acessórios; ○ Se o contrato for por escrito, ele já é título executivo, mesmo sem testemunhas; ■ Caso seja verbal, não poderá ser executado diretamente ⇒ ação de cobrança; TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 784) ● Certidão da dívida ativa; ● Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edílico; ○ É preciso que haja um documento prevendo essa despesa, caso contrário far-se-á por processo de conhecimento; ● A certidão expedida por serventia notarial ou deregistro relativa a valores de emolumentos e demais despesas havidas por atos por ela praticados; ● Honorários advocatícios. PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO ● Princípio da autonomia do processo de execução; ○ Não se confunde com a fase cognitiva; ● Princípio da patrimonialidade; ○ Os atos executivos devem recair sobre o patrimônio e não sobre a “pessoa”; ■ Proibição da prisão civil; ○ Art. 789 do CPC; ● Princípio do exato adimplemento: A execução não deve se estender além daquilo que seja suficiente para o cumprimento da obrigação; PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO ● Princípio da disponibilidade do processo pelo credor: A desistência pode ser feita a qualquer tempo, desde que, caso a execução tenha sido embargada ou impugnada, estas se limitem a questões processuais; ○ Não necessita de anuência do executado; ○ MP NÃO pode desistir ⇒ princípio da indisponibilidade; ○ Art. 775 do CPC; ● Princípio da utilidade: Não deve servir apenas para prejudicar o executado sem trazer proveito prático; ○ Art. 836 do CPC; PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO ● Princípio da menor onerosidade: A opção menos onerosa ao devedor será escolhida para satisfação do direito do exequente; ○ Art. 805 do CPC; ● Princípio do contraditório: Possibilidade de a parte ser intimada para se manifestar e influenciar na decisão do magistrado; ○ Art. 1.015 do CPC; ○ Todas as decisões interlocutórias no cumprimento de sentença e na execução são agraváveis de instrumento. 1. Assinale a alternativa correta acerca da execução fundada em título executivo judicial e extrajudicial, conforme o Código de Processo Civil: A) A sentença arbitral constitui título executivo judicial, mas sua execução depende de prévio reconhecimento judicial de sua validade. B) O contrato de locação de imóvel urbano, ainda que celebrado por escrito, somente será título executivo extrajudicial se contar com a assinatura de duas testemunhas. C) A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur pelo STJ, adquire força de título executivo judicial, podendo ser diretamente executada no Brasil. D) O formal de partilha expedido em inventário judicial não possui eficácia executiva, exigindo o ajuizamento de ação de conhecimento para sua conversão em obrigação exigível. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ❌ Errada Sentença arbitral nacional já é título executivo judicial, sem necessidade de reconhecimento judicial prévio (art. 515, VII, CPC). B) ❌ Errada Contrato de locação por escrito é título executivo extrajudicial, mesmo sem testemunhas (art. 784, VIII, CPC). C) ✅ Correta - D) ❌ Errada O formal de partilha é título executivo judicial e pode ser diretamente executado (art. 515, IV, CPC). 2. Sobre os títulos executivos extrajudiciais previstos no artigo 784 do CPC, assinale a alternativa INCORRETA: A) A nota promissória e a duplicata são títulos de crédito que possuem força executiva independentemente de protesto, salvo nos casos exigidos por lei. B) O contrato garantido por hipoteca, penhor ou anticrese constitui título executivo extrajudicial, desde que a obrigação nele prevista seja líquida, certa e exigível. C) O reconhecimento de dívida feito por meio de escritura pública gera título executivo extrajudicial, mas a confissão de dívida em documento particular não goza dessa mesma eficácia. D) A dívida líquida constante de documento particular, assinado pelo devedor e por duas testemunhas, é título executivo extrajudicial e permite a execução imediata da obrigação. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ✅ Correta A nota promissória e a duplicata são títulos de crédito que, em regra, possuem força executiva independentemente de protesto. Entretanto, em alguns casos específicos, a lei exige o protesto prévio para viabilizar a execução (exemplo: duplicata sem aceite, nos termos da Lei nº 5.474/68). B) ✅ Correta O contrato garantido por hipoteca, penhor ou anticrese é título executivo extrajudicial, desde que contenha uma obrigação certa, líquida e exigível, nos termos do art. 784, II, do CPC. C) ❌ Incorreta - D) ✅ Correta Documento particular que contenha dívida líquida e seja assinado pelo devedor e por duas testemunhas é título executivo extrajudicial e permite a execução imediata, nos termos do art. 784, III, do CPC. 3. (TJPI) Com referência aos princípios da execução, é correto afirmar que: A) Aquele que se diz credor de outra pessoa deve comprovar a veracidade de sua própria situação jurídica, com a apresentação de um título, com todas as formalidades exigidas em lei. B) A execução deve se realizar apenas no interesse exclusivo do credor; em outras palavras, por força do título executivo, apenas o credor deve iniciar e impulsionar o andamento do processo. C) Quando se fala em paridade de armas, não se está referindo à fase de execução, pois nesta já existe um título executivo, seja judicial ou extrajudicial, não se assegurando às partes a plena igualdade técnica processual, já que o convencimento do juiz virá do título apresentado. D) Quando houver vários meios de satisfazer o credor, a determinação será para que a execução ocorra de forma mais célere e ajustada aos interesses do credor, não importando, nesse aspecto, a onerosidade sofrida pelo devedor. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ✅ Correta - B) ❌ Errada O processo de execução não se dá exclusivamente no interesse do credor. O CPC prevê princípios como a menor onerosidade para o devedor (art. 805) e o devido processo legal, garantindo equilíbrio entre as partes. C) ❌ Errada O princípio da paridade de armas também se aplica à execução. O devedor pode apresentar embargos à execução e outros mecanismos de defesa para garantir igualdade no processo. D) ❌ Errada A execução não pode ocorrer sem considerar a onerosidade ao devedor. O art. 805 do CPC determina que a execução deve ser conduzida da forma menos gravosa ao executado, sempre que possível. SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ● Legitimidade ordinária ⇒ são legitimados para a execução aqueles que figuram no título como credor e devedor; ○ Art. 778 do CPC; ● Legitimidade extraordinária ⇒ aqueles que atuam em juízo em nome de outrem para buscar a satisfação de um direito alheio; ○ Ministério Público é autorizado a promover, em nome próprio, a execução das condenações, cujo beneficiário é o lesado; ■ Ação civil ex delicto (caso em que não houver DPE), ações civis públicas e ações populares; SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO Legitimados ordinários aqueles que, mesmo não constando no título executivo, podem promover a execução por serem titulares da obrigação nele representada: ● Sucessores ⇒ tornaram-se sucessores, por ato inter vivos ou mortis causa; ○ Sucessão por morte ⇒ legitimidade do espólio, enquanto não houver o inventário com a partilha de bens, ou aos herdeiros do credor, após a efetivação da partilha; ■ Na execução contra espólio ou herdeiros, deve-se limitar à herança. SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ○ Sucessão do credor por ato inter vivos ⇒ cessionário ⇒ NÃO há necessidade do consentimento do devedor para que a cessão se aperfeiçoe; ■ Art. 286 do CC; ○ Sucessão do devedor por ato inter vivos ⇒ cessionário ⇒ necessidade do consentimento do credor; ■ Art. 779, III, do CPC; SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ● Sub-rogado ⇒ aquele que satisfaz obrigação alheia e assume a posição jurídica o antigo credor; ○ A sub-rogação presta-se apenas para conceder legitimidade ativa àquele que paga; não há sub-rogação no polo passivo da execução; ○ Art. 778, § 1º, IV, do CPC; ● Fiador sub-rogado ⇒ torna-se terceiro interessado, que pode ser obrigado, no todo ou em parte, pelo pagamento da dívida; ○ Art. 794, § 2º, do CPC; ● Ofendido ⇒ é legitimado ordinário para executar eventuais indenizações que faça jus; SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ● O responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento de débito ⇒ trata-se daquele que deu o bem em garantia real de uma dívida; ● Responsável tributário ⇒ responde pelo pagamentodo tributo, caso o devedor não o pague, como, por exemplo, os pais, pelos tributos devidos por seus filhos e os administradores de bens de terceiros pelos tributos devidos por estes; ○ Compete às leis tributárias a indicação de quem tenha essa qualidade; ● Advogado ⇒ honorários advocatícios pertencentes a ele; ○ Não afasta a legitimidade extraordinária que terá a parte vencedora para promover a execução, em seu nome. SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ● Na execução é possível a formação de litisconsórcio ativo, passivo e misto, seja o título judicial, seja extrajudicial; ● A denunciação da lide e o chamamento ao processo não são compatíveis com a execução, pois são formas de intervenção que se relacionam à formação de título executivo, no qual figurará também o terceiro; ● O incidente da desconsideração da personalidade jurídica é autorizado em todas as fases do processo; ○ Art. 134 do CPC; ● Art. 119, parágrafo único, permite também a assistência em qualquer procedimento. Critério Sub-rogação Cessão de crédito Assunção de dívida O que ocorre? Alguém paga a dívida de outrem e assume o crédito do credor original. O credor transfere o direito de crédito a outro credor. O devedor original é substituído por um novo devedor. Origem Pagamento da dívida por terceiro. Contrato de cessão de crédito. Acordo entre devedor e terceiro, com anuência do credor. Necessário consentimento do devedor? ❌ Não. ❌ Não. ✅ Sim, assim como também do credor. O que muda no processo de execução? O novo credor (sub-rogado) pode executar o devedor. O novo credor (cessionário) pode executar o devedor. O novo devedor assume a obrigação e pode ser executado. Exemplo Um fiador paga a dívida do inquilino e pode cobrá-lo. Um banco vende a dívida de um cliente para uma empresa de cobrança. João vende seu carro financiado e o comprador assume a dívida junto ao banco. COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO Competência no cumprimento de sentença (art. 516 do CPC): ● Efetuar-se-á nos tribunais, nas causas de sua competência originária (I); ○ Competência absoluta; ○ MS originário que gere um título ⇒ cumprimento ocorrerá no tribunal; ● No juízo que decidiu a causa, no primeiro grau de jurisdição (II); ○ Competência absoluta ⇒ funcional; ○ A competência recursal do tribunal não modifica a funcional da execução; COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO ● No juízo cível competente para execuções de sentença penal condenatória, arbitral ou estrangeira (III); ○ Sentença arbitral ⇒ foro em que se realizou a arbitragem; ○ Sentença penal condenatória ⇒ juízo cível competente (domicílio do autor ou local do delito); COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO ● Nas hipóteses do II e III o credor poderá optar entre quatro foros concorrentes: ○ Juízo onde foi proferida a sentença; ○ Local onde se encontram os bens; ○ Atual domicílio do executado; ○ Juízo do local onde deve ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer; ● Nas execuções de alimentos, o exequente pode optar pelo de seu domicílio; COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO Competência na execução de título extrajudicial (art. 781 do CPC): ● Competência relativa; ● Sem foro de eleição, a competência será do domicílio do executado ou da situação dos bens; ● Poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem ao título; ○ Art. 781, V, do CPC; 4. No cumprimento de sentença que determinou o pagamento de alimentos a um menor, não foram localizados bens do executado que pudessem ser penhorados. Diante da ausência de pagamento voluntário e da impossibilidade de prisão civil, o credor requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa da qual o devedor é sócio, alegando que este transferiu bens pessoais para a sociedade durante o curso do processo de alimentos, com o intuito de ocultar seu patrimônio e frustrar a execução. Nesse contexto, assinale a alternativa correta: a) A desconsideração da personalidade jurídica não pode ser requerida na fase de cumprimento de sentença, mas apenas durante a fase cognitiva. b) A desconsideração é cabível, sendo necessária a citação da pessoa jurídica para manifestação no incidente. c) A desconsideração é cabível, desde que seja instaurado um processo autônomo, com livre distribuição. d) A desconsideração é cabível apenas se todos os sócios da pessoa jurídica forem citados. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ❌ Errada A desconsideração da personalidade jurídica pode ser requerida em qualquer fase do processo, incluindo o cumprimento de sentença, conforme prevê o CPC, desde que demonstrados os requisitos necessários, como abuso da personalidade jurídica. B) ✅ Correta - C) ❌ Errada O incidente de desconsideração da personalidade jurídica não exige a instauração de um processo autônomo. Ele pode ser requerido dentro do próprio cumprimento de sentença, seguindo o procedimento previsto no CPC. D) ❌ Errada Não há exigência de citação de todos os sócios para que a desconsideração da personalidade jurídica seja aplicada. O CPC exige apenas a citação da pessoa jurídica para garantir o contraditório. 5. Acerca da legitimidade para a execução no processo civil, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa correta: I. A desconsideração da personalidade jurídica no cumprimento de sentença exige a instauração de um incidente específico, sendo necessário citar todos os sócios da empresa executada para garantir o contraditório e a ampla defesa. II. O fiador que paga a dívida do devedor principal adquire legitimidade ativa para promover a execução contra o afiançado nos próprios autos do processo em que houve o pagamento. III. O Ministério Público pode promover a execução de indenizações decorrentes de condenação penal transitada em julgado em favor de vítimas economicamente hipossuficientes, desde que na localidade ainda não exista Defensoria Pública estruturada para assumir tal atribuição. IV. O sucessor do credor que recebe a titularidade do crédito por meio de cessão de crédito inter vivos necessita da anuência do devedor para promover a execução, sob pena de nulidade do ato de cessão. a) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. b) Apenas as assertivas II e III estão corretas. c) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. d) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. e) Todas as assertivas estão corretas. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA I) ❌ Falsa O incidente de desconsideração da personalidade jurídica exige a citação da pessoa jurídica, mas não de todos os sócios, salvo se houver indícios concretos de confusão patrimonial que justifiquem a inclusão individual deles no polo passivo. II) ✅ Verdadeira - III) ✅ Verdadeira - IV) ❌ Falsa A cessão de crédito inter vivos não exige anuência do devedor para ser válida. O novo credor pode promover a execução independentemente da concordância do devedor, conforme previsto no CPC. 6. João ajuizou uma ação de cobrança contra Pedro, visando receber um valor devido por um contrato de prestação de serviços. O juízo da 2ª Vara Cível de Belo Horizonte proferiu sentença condenando Pedro ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00, com correção monetária e juros. Após o trânsito em julgado, João iniciou o cumprimento de sentença na 2ª Vara Cível de Belo Horizonte, mas Pedro, que antes residia na capital mineira, mudou-se para Salvador, onde possui bens registrados em seu nome. João, ao tentar penhorar os bens de Pedro, encontrou dificuldades devido à distância e à necessidade de expedição de cartas precatórias para a localização e constrição dos bens. Diante disso, João avalia a possibilidade de promover a execução no foro onde os bens estão localizados. a) O cumprimento de sentença deve continuar na 2ª Vara Cível de Belo Horizonte ou pode ser deslocado para Salvador? b) Caso João desejasse promover uma execução fundada em título extrajudicial contra Pedro, qual seria o foro competente? Explique. c) Suponha que Pedro, antes do início da execução, tenha falecido e deixado bensem diferentes Estados. Como ficaria definida a competência para a execução nesse caso? JUSTIFICATIVA a) O cumprimento de sentença deve continuar na 2ª Vara Cível de Belo Horizonte, pois, segundo o CPC, a execução de título judicial deve ocorrer, via de regra, no juízo que proferiu a decisão exequenda (art. 516, II, CPC). No entanto, é possível requerer o deslocamento da execução para o foro onde estão localizados os bens do devedor, quando isso facilitar a efetividade da execução (art. 516, parágrafo único, CPC). Assim, João pode optar por requerer a remessa dos autos para Salvador, se demonstrar que tal medida torna a execução mais eficiente. b) Na execução de título extrajudicial, a competência territorial segue a regra geral do domicílio do réu, conforme o art. 781 do CPC. Assim, caso João promovesse uma execução baseada em um título extrajudicial contra Pedro, o foro competente seria Salvador, onde Pedro fixou residência. Contudo, se o contrato firmado entre as partes contivesse cláusula de eleição de foro, a execução poderia ser proposta no foro previamente estipulado. c) Caso Pedro tenha falecido antes do início da execução, a competência para a execução se desloca para o foro do inventário do falecido, conforme o art. 615, I, do CPC. Se ainda não houver inventário aberto, a execução pode ser proposta no último domicílio do falecido ou onde estiver localizado o patrimônio deixado por ele. Assim, João precisaria verificar se o inventário já foi iniciado para direcionar corretamente a execução. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ● Sujeição do patrimônio de determinada pessoa ao cumprimento de uma obrigação; ● Pedido judicial para alcançar bens presentes e futuros do devedor a fim de garantir a satisfação do crédito; ○ Art. 789 do CPC; ● Somente os bens de conteúdo econômico podem ser penhorados; ● Conforme o art. 832 do CPC, NÃO estão sujeitos à execução os bens impenhoráveis ou inalienáveis; ● Art. 831 do CPC; RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (ART. 833) RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (ART. 833) RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ● A impenhorabilidade não se aplica à execução de dívida vinculada ao próprio bem, incluindo aquela contraída para sua aquisição; ○ Não se pode invocar a impenhorabilidade de um imóvel que sirva de residência de família na execução de débitos condominiais relativos ao próprio imóvel; ● A impenhorabilidade é matéria de ordem pública; ● O art. 790 do CPC enumera hipóteses de responsabilidade patrimonial de terceiros; ○ Subsidiária e só deve prevalecer se a responsabilização do devedor for insuficiente para a satisfação do credor; RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ● Penhora ⇒ ato executivo que afeta determinado bem à execução ⇒ expropriação/sub-rogação (alienação, adjudicação, etc); ● Os salários podem ser penhorados? Sim, caso o devedor ganhe mais de 50 salários mínimos por mês (art. 833, § 2º, do CPC); ● Lei nº 8.009/90 ⇒ “bem de família”; ○ Imóvel familiar é impenhorável e não responde por dívidas, salvo exceções legais; ○ Bem de família ≠ bem convencional; ■ O bem de família é aquele que serve de residência para o casal ou entidade familiar; ■ Súmula 364 do STJ; RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ○ Ainda que o casal resida em vários imóveis, só um deles será considerado impenhorável, o de menor valor; ○ É possível a renúncia ao benefício da impenhorabilidade? Sim, no entanto o STJ reconheceu que a impenhorabilidade do bem de família é questão de ordem pública, razão pela qual não admite renúncia pelo titular; ○ Exceção do art. 3º, VII: A impenhorabilidade do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador decorrentes do contrato de locação; ■ O fiador de um contrato de locação teve seu único imóvel penhorado após o locatário deixar de pagar o aluguel; FRAUDE CONTRA CREDORES FRAUDE À EXECUÇÃO Direito material. Direito processual. Defeito no negócio jurídico prejudica o interesse do credor. Trata-se de um ato atentatório à dignidade da justiça, além de prejudicar o interesse do credor. A dívida existe, mas não há ação proposta. O devedor já foi citado, ação em andamento - de conhecimento ou execução. Devedor torna-se insolvente para eximir-se de pagar a dívida do credor. Manobra do devedor, após o conhecimento de processo, onde se torna-se insolvente, causando dano ao credor e também a atividade jurisdicional. Há ineficácia do negócio jurídico, em favor do credor. Há ineficácia do negócio jurídico, em favor do credor. Ação cabível para tornar o negócio ineficaz: Ação Pauliana. A ineficácia é reconhecida nos próprios autos em andamento. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ● É possível execução quando não se conhece o quantum debeatur? ● Art. 509 do CPC e seguintes; ● Título líquido = indica a quantidade de bens ou valores que constituem a obrigação; ○ NÃO existe liquidação de título extrajudicial; ○ Qualquer título executivo judicial pode ser objeto de liquidação; ■ Art. 491 do CPC; ○ Título judicial ilíquido ⇒ liquidação de sentença ⇒ fase intermediária ⇒ apuração do quantum; LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ● Iniciativa ⇒ credor ou devedor; ○ É direito do devedor conhecer o montante exato do débito, para poder realizar o pagamento, liberando-se da obrigação; ● É um incidente complementar da sentença condenatória genérica/ilíquida; ● A liquidação tem natureza cognitiva ⇒ dúvida sobre o montante do débito; ● A fase de liquidação de sentença encerra-se com uma decisão interlocutória; ○ Recurso cabível: Agravo de instrumento (art. 1.015, parágrafo único, do CPC); LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ● Possibilidade de realização da liquidação parcial da sentença; ○ Art. 509, § 1º, do CPC; ○ Sentença que estabelece duas obrigações ⇒ danos materiais e morais ⇒ autos apartados para liquidação de sentença; ● Não há rediscussão do mérito/modificação da decisão que reconheceu a obrigação; ○ Art. 509, § 4º, do CPC; ● Se houver necessidade de simples cálculos, NÃO será necessária a liquidação; LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ● CPC prevê duas formas de liquidação (art. 509, I e II, do CPC): por arbitramento e pelo procedimento comum; ● Por arbitramento (art. 510 do CPC): quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; ○ Necessidade de conhecimento técnico; ■ No caso da perícia, o réu terá que adiantar as despesas; ○ Lucros cessantes ⇒ perito que conheça o mercado e a área de atuação do autor ⇒ apurar quanto o profissional ganharia ao longo dos meses em que permaneceu sem trabalhar; LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ● Pelo procedimento comum (art. 511 do CPC): Quando for necessário provar/alegar fatos novos; ○ Discute-se apenas a fixação do valor; ○ Inexistência de subsídios fáticos suficientes na sentença para determinar o montante da indenização; ■ Vítima de atropelamento que necessita de múltiplos procedimentos médicos ao longo do tempo ⇒ demanda desde já, demonstrando os prejuízos já sofridos até o momento ⇒ liquidação da parte ilíquida da sentença (prejuízos que o autor ainda terá); LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM Apuração do valor com base em avaliação técnica. Exige alegação e prova de fato novo para determinar o valor. Quando o valor depende de critérios técnicos ou periciais. Quando há necessidade de discutir fatos novos ligados ao montante devido. Apenas avaliação técnica (perícia). Produção de provas para comprovar fatos novos. Fixação do valor de honorários de um profissional. Apuração do prejuízo decorrente de lucros cessantes. 7. Pedro aluga seu apartamento para Rui (locatário). João, melhor amigo de Rui, aceita figurar no contrato de locação como fiador. Após um ano, Rui devolve o apartamento, ficando devendo, contudo, 4 meses de aluguel. Pedro propõe uma execução contra Rui e João cobrando o valor devido. O juiz determina a penhora da casa em que mora João e que está em seu nome. É possível a penhora da casa de João, mesmo sendo bemde família? 8. Fábio possui uma sala comercial em um edifício empresarial. Ele aluga essa sala para Pedro ali instalar uma loja. Ricardo, melhor amigo de Pedro, aceita figurar no contrato de locação como fiador. Após um ano, Pedro devolve a sala comercial, ficando devendo, contudo, 4 meses de aluguel. Fábio propõe uma execução contra Pedro e Ricardo cobrando o valor devido. O juiz determina a penhora da casa em que mora Ricardo e que está em seu nome. É possível a penhora da casa de Ricardo, mesmo sendo bem de família? JUSTIFICATIVA 7) SIM. A impenhorabilidade do bem de família não se aplica no caso de dívidas do fiador decorrentes do contrato de locação. É isso o que diz o inciso VII do art. 3º da Lei nº 8.009/90. O STF decidiu que o art. 3º, VII, da Lei nº 8.009/90 é constitucional, não violando o direito à moradia (art. 6º da CF/88) nem qualquer outro dispositivo da CF/88 (STF. 1ª Turma. RE 495105 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 05/11/2013). Súmula 549 do STJ: “É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação”. 8) Até então era impenhorável o bem de família do fiador no caso de contratos de locação comercial. Em outras palavras, não é possível a penhora de bem de família do fiador em contexto de locação comercial. STF. 1ª Turma. RE 605709/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, red. p/ ac. Min. Rosa Weber, julgado em 12/6/2018 (Info 906). No entanto, em março de 2022, o STF julgou constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contratos de locação residenciais e comerciais. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1307334, com repercussão geral (Tema 1.127): “É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial, seja comercial". 9. Raul ajuizou ação de indenização por danos materiais, pelo rito ordinário, em face de Sérgio, pretendendo ressarcir-se dos prejuízos suportados com o conserto de seu táxi, decorrentes de uma colisão no trânsito causada por imprudência do réu. O pedido foi julgado procedente, mas a determinação do valor exato da condenação dependia de apuração do quantum debeatur, relativo às consequências do ato ilícito. Diante da atual sistemática do Código de Processo Civil, é correto afirmar que a liquidação de sentença, na hipótese: A) É considerada simples incidente processual, devendo o juiz, de ofício, iniciá-la, determinando a citação do réu. B) Constitui-se em processo autônomo, iniciado mediante requerimento da parte interessada, do qual será citado o réu. C) Constitui-se em fase do processo de conhecimento, iniciada mediante requerimento da parte interessada, do qual será intimada a parte contrária na pessoa de seu advogado. D) Constitui-se em procedimento autônomo, devendo o juiz, de ofício, iniciá-lo, mediante intimação das partes. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ❌ Errada O réu não é citado para tomar conhecimento do início do procedimento de liquidação de sentença, mas é intimado na pessoa de seu advogado (art. 475-A, §1º, CPC/73). Ademais, o procedimento não é iniciado, de ofício, pelo juiz, dependendo de requerimento da parte. B) ❌ Errada A liquidação de sentença não constitui processo autônomo, mas um procedimento que tem curso nos próprios autos principais. Afirmativa incorreta. C) ✅ Correta - D) ❌ Errada Vide comentários sobre as alternativas A e B. SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES ● É possível a suspensão do processo de execução? Sim, nos termos do art. 921 do CPC; ● Quando o executado não possuir bens penhoráveis; ○ Suspenso pelo prazo de 1 ano, durante o qual não corre o prazo de prescrição intercorrente. Após esse período, corre a prescrição; ● Quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; ○ A impugnação não suspende o cumprimento de sentença, salvo se houver fundamentação relevante, risco de prejuízo irreparável ou de difícil reparação e garantia suficiente do juízo (penhora, caução ou depósito); SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES ● Se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; ● Quando for concedido um parcelamento na forma do art. 916; ● Nas hipóteses dos arts. 313 e 315 do CPC; ○ Pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; ○ Pela convenção das partes; ○ Pela arguição de impedimento ou suspeição; ○ Pela admissão de IRDR; EXTINÇÃO DAS EXECUÇÕES ● Diferente do processo de conhecimento, a execução só se encerra com a satisfação do credor; ● A sentença do art. 925 apenas declara o término da execução; ● Hipóteses de extinção da execução (art. 924 do CPC): ○ A petição inicial for indeferida; ○ A obrigação for satisfeita; ○ O executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; ○ O exequente renunciar ao crédito; ○ Prescrição intercorrente. 10. Com relação ao processo de execução, assinale a alternativa que apresenta incorretamente uma hipótese de suspensão da execução. A) Quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis. B) Quando recebidos sem efeito suspensivo os embargos à execução. C) Se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis. D) Quando concedido o parcelamento previsto no Código de Processo Civil para as execuções. ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA A) ✅ Correta Essa alternativa está correta como hipótese de suspensão. De acordo com o art. 921, I, do CPC, a execução pode ser suspensa se o executado ou bens penhoráveis não forem encontrados. Nessa situação, o processo é suspenso até que sejam localizados. B) ❌ Errada - C) ✅ Correta Essa alternativa está correta. De acordo com o art. 921, IV, do CPC, a execução pode ser suspensa se, após o leilão frustrado, o exequente não tomar as medidas cabíveis para dar continuidade à execução. D) ✅ Correta Essa alternativa está correta. O parcelamento da dívida é uma causa de suspensão da execução, conforme o art. 916 do CPC. PELA ATENÇÃO, OBRIGADO!