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Conceito
Rogério Greco – Ação como direito subjetivo exercitável pela parte para exigir do Estado a obrigação da tutela jurisdicional. É, por isso abstrato. É, finalmente, instrumental, porque se refere sempre à decisão a uma pretensão ligada ao direito material (positiva ou negativa) Rosmar Rodrigues – É o direito público subjetivo de pedir ao Estado – Juiz a aplicação do direito penal objetivo ao caso concreto.
A ação penal sempre será pública
Existem os seguintes tipos de ação penal:
1. Ação Penal Pública Incondicionada
2. Ação Penal Pública Condicionada à Representação
3. Ação Penal Pública Condicionada à Requisição
4. Ação Penal Privada Exclusiva
5. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
6. Ação Penal Privada Personalíssima
Pública: O Ministério Público é o responsável pela ação
Ação penal de iniciativa pública
A titularidade da ação penal de iniciativa pública é do Ministério Público, 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
Denúncia é o nome da petição inicial acusatória na ação penal pública.
A ação penal de iniciativa pública é regida pelo princípio da obrigatoriedade, de modo que se no caso concreto o MP entender que existe justa causa, ele estará obrigado a oferecer denúncia. Esse princípio é afastado no caso de transação penal.
Subdivisões da ação penal de iniciativa pública
Ação penal pública incondicionada
será promovida por denúncia do Ministério Público – e não é preciso a autorização ou representação de ninguém.
A regra é que toda infração penal seja de ação penal pública incondicionada. Quando a lei não faz previsão acerca do tipo de ação penal, aplica-se essa regra.
Quais são os crimes de ação penal pública incondicionada?
Crimes contra crianças e adolescentes, crimes eleitorais e crimes contra idosos . Isso significa que o Ministério Público pode agir de ofício, sem necessidade de provocação por parte da vítima ou de terceiros.
Ação penal pública condicionada é a ação penal pública que, para ser iniciada pelo Ministério Público, a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal, dependendo quando a lei o exige, de representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça. (apenas nos crimes contra o Presidente da República ou contra o chefe do governo estrangeiro)
Ação penal pública condicionada a representação da vítima
O titular da ação é o ofendido ou seu representante. No entanto, estando este morto, podem ser titular o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
A representação pode ser retratada, em regra geral, até o oferecimento da denúncia, sendo após isso, irretratável.
O prazo para apresentar uma representação criminal em uma ação penal pública condicionada é de seis meses, contados a partir do momento em que a vítima soube quem cometeu o crime.
Há exceção se for caso de violência doméstica e familiar contra mulher, que poderá ser retratada até o recebimento da denúncia, no entanto será necessário uma audiência com o Ministério Público e o juiz para ouvirem da vítima a razão da retratação.
Esgotado o prazo de 6 meses sem manifestação de vontade, gera extinção da punibilidade do agente que praticou o fato, ou seja, decadência do direito de representação.
São exemplos: a ameaça perseguição , lesão corporal de natureza leve/culposa.
Ação penal pública condicionada a requisição no Ministro da Justiça
é uma modalidade de ação penal em que a denúncia do Ministério Público depende de uma autorização do Ministro da Justiça.
São três os crimes de ação penal pública condicionada a requisição no Ministro da Justiça: praticado contra a honra do Presidente da República; contra a honra de chefe do governo estrangeiro; praticado no exterior por um estrangeiro contra um brasileiro.
Privada: A vítima ou seu representante legal é o responsável pela ação
Ação penal de iniciativa privada
é iniciada pelo particular (ofendido ou seu representante legal) com o oferecimento de queixa-crime,
O ofendido só pode propor a queixa-crime por intermédio de advogado.
Em regra, se o ofendido morrer ou for declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer a queixa-crime passará para o cônjuge ou companheiro (a), ascendentes, descendentes ou irmãos. 
Subdivisões da ação penal de iniciativa privada
Ação penal privada exclusivamente/propriamente dita
é aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce diretamente. a ação privada exclusiva é cabível a propositura para aqueles que têm o direito de representação, dentro do prazo decadencial de seis meses.
São exemplos: os crimes contra a honra, como calúnia, injúria e difamação.
Exceções: crimes contra a honra do Presidente da República ou do chefe de governo estrangeiro; crimes contra a honra que constituem crimes eleitorais; injúria qualificada/preconceituosa
No caso de crimes contra a honra do funcionário público, o ofendido opta por oferecer representação ou queixa-crime. Nesse sentido, a Súmula 714 do STF: "É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções."
Ação penal privada personalíssima
a ação somente pode ser proposta pela vítima, somente ela possui este direito. Sem possiblidade de transferência a outrem.
 A única hipótese de cabimento atualmente é no crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento.
Art. 236 – Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único – A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Ação penal privada subsidiária da pública
Pode ser intentada nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal, nesse caso, o ofendido pode “propor ação por ele próprio ou por meio do seu representante legal” após isso, o MP retoma a ação para si e dar continuidade no procedimento, podendo aditar a queixa, repudiá-la ou oferecer a denúncia contra o autor do crime.
Prazo decadencial de seis meses, a serem contados a partir do dia posterior ao término do prazo para o Ministério Público apresentar a denúncia.
o Ministério Público deverá oferecer a denúncia no prazo de 05 dias (réu preso) ou 15 dias (réu solto).
PRAZO DA AÇÃO PENAL 
5 dias para o oferecimento da denúncia, o réu estando preso, contado da data do recebimento dos autos do inquérito policial. 
15 dias se o réu tiver solto ou afiançado. 
Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não oferecer dentro do prazo de 6 meses, contado a partir do dia que veio a saber quem era o autor do crime.
Irretratabilidade da representação A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia, ou seja, após oferecida a denúncia, o representante não poderá mais desistir da acusação.
MP NÃO PODE DESISTIR DA AÇÃO
Principio da indisponibilidade da ação penal
RENUNCIA DO DIREITO DE QUEIXA
O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.
Renuncia tácita – prática de ato incompatível com a vontade de exercê-la, não a implica,
todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.
PERDÃO DO OFENDIDO
Somente se procede nos crimes mediantes queixa, tem efeito de obstar o prosseguimento da ação
O perdão do ofendido, no processo ou fora dele, expresso ou tácito:
I se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;
II Se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;
III se o querelado o recusa, não produz efeito.
SE A VITIMA FOR POBRE?
Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar sua pobreza,
nomeará advogado para promover a ação penal.
Considera-se pobre,a pessoa que não puder prover às despesas do processo.
O QUE É UMA CAUSA DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE?
São situações que impedem o Estado de punir um criminoso, são previstas no artigo 107 doCódigo penal.
O JUIZ PODE RECONHECER DE OFICIO OU PRECISA DE PEDIDO DA PARTE?
 O magistrado está autorizado a reconhecer de oficio a extinção da punibilidade
EXISTEM OUTRAS CAUSAS ALÉM DO ART 107 CP?
Sim, transação penal, suspensão condicional do processo, suspensão condicional da pena, livramento condicional, acordo de não persecução penal.
ANISITIA
É um perdão coletivo, geralmente aplicado a crimes políticos ou situações excepcionais, concedida pelo Congresso Nacional, por meio de lei federal, que depois precisa ser sancionada pelo Presidente da República.
GRAÇA
É um benefício concedido individualmente pelo presidente da republica a uma pessoa especifica. (extingue a pena ou modifica)
INDULTO
É um perdão coletivo, concedido pelo Presidente, que pode beneficiar várias pessoas ao mesmo tempo, dependendo da situação e das condições especificas, por exemplo:
condenados com bons comportamentos que já cumpriram parte da pena.
DECADÊNCIA X PRESCRIÇÃO
Direito subjetivo Direito objetivo
PRESCRIÇÃO
Conceito = é um instituto jurídico que extingue o direito do Estado de punir um crime após um determinado período de tempo.
PPA = abstrata - é a prescrição da pretensão punitiva que se baseia na pena máxima prevista para o crime, antes da sentença condenatória.
PPC = concreta - é a perda da pretensão de punir um criminoso, com base na pena aplicada na sentença condenatória
PPE = executória - é a perda do direito do Estado de executar uma pena imposta, após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO ANTES DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA FINAL.
Pela consumação; Tentativa, no dia em que cessou a atividade criminosa;
Crimes permanentes, do dia que cessou a permanência;
Bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido;
Crimes contra a dignidade sexual ou que envolva violência contra a criança e o adolescente, da data em que a vitima completar 18anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
Causas interruptivas da prescrição
 Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
 II - pela pronúncia;
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
 VI - pela reincidência.
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
 Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves
 Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
Art. 120 - Perdão judicial
Quando ocorre a Extinção da Punibilidade?
Segundo o Art. 107 do Código Penal, enquadram os seguintes casos para anulação de punição:
I – morte do agente;
II – anistia, graça ou indulto;
III – retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – prescrição, decadência ou perempção;
V – renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – retratação do acusado;
(…) IX – perdão judicial, nos casos previstos em lei.
O perdão judicial é admitido no crime de homicídio culposo
 § 5º – Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
também se aplica à lesão corporal culposa.
O instituto também é aplicável ao crime de injúria,
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro:
    Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º – O juiz pode deixar de aplicar a pena:
        I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
        II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
também é aplicável ao crime de receptação culposa, de acordo com o 
ainda, a possibilidade de perdão judicial na Lei de Organização Criminosa

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