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PROVA APLIC ADA GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO NO 1 – RM/SES-DF/2022, DE 28 DE SETEMBRO DE 2021. P R O G R A M A S – G R U P O 0 2 2 Data e horário da prova: Neurofisiologia Clínica (620). Terça-feira, 30/11/2021. Tipo “U” I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Toda força será fraca, se não estiver unida. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunique ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 022 – TIPO “U” PÁGINA 2/9 NEUROCIRURGIA Itens de 1 a 40 Uma paciente de 67 anos de idade, com 72 kg, foi trazida em imobilização padrão pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após queda de escada. Relatou dificuldade de movimento em membros superiores e cervicalgia. Negou outras queixas e (ou) alergias. Ao exame físico, AC = RC2T com BNF e FC = 102 bpm, AP = MVF sem RA e FR = 18 irpm, PA = 164 mmHg x 90 mmHg e SatO2 = 97%. Glasgow 15. Tetraparesia flácida com força grau 4 em membros inferiores; membro superior direito força grau 4 em ombro, flexão e extensão cotovelo e grau 2 em preensão palmar e extensão dos dedos; membro superior esquerdo força grau 3 em ombro, flexão e extensão cotovelo e grau 0 em preensão palmar e extensão dos dedos. Sensibilidade diminuída abaixo dos ombros. Sem diurese espontânea até o momento. Tomografia de coluna cervical com importantes alterações degenerativas difusas e sem evidência de fratura traumática aguda. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 1. A paciente apresenta uma lesão medular completa. 2. Trata-se de um quadro de provável síndrome centro-medular. 3. Como a paciente está com deficit motor, a indicação de descompressão cirúrgica imediata é indiscutível. 4. A paciente apresenta nível sensitivo a partir de C3. 5. A ressonância na incidência T2WI é útil para identificar o edema medular. 6. Deve-se otimizar o controle dos níveis pressóricos da paciente para manter a PAM entre 85 mmHg x 90 mmHg para manter a perfusão medular nos primeiros dias após o trauma. 7. O mecanismo de trauma responsável por quadros como o da paciente costuma estar relacionado com hiperflexão. Área livre Um paciente de 31 anos de idade, com 90 kg, previamente hígido, foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em imobilização padrão, após capotamento de automóvel. Relato de Glasgow 12 no momento da cena. AC = RC2T com BNF e FC = 112 bpm, AP = MVF sem RA e FR = 19 irpm, PA = 150 mmHg x 97 mmHg e SatO2 = 96%. Na avaliação inicial, apresenta abertura ocular ao estímulo doloroso com duração inferior a 10 segundos, localizando o estímulo doloroso e sons incompreensíveis, pupilas isocóricas e foto reagentes. A TC de crânio está reproduzida a seguir. Fonte: Acervo pessoal. Considerando esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 8. O paciente se encontra em Glasgow 9 e apresenta hematoma subdural agudo com desvio de linha média. 9. Para esse paciente estão indicados internação neurocirúrgica, cuidados neurocríticos e craniotomia descompressiva à esquerda por causa do sangramento arterial em tomografia. 10. A hiperventilação profilática com PaCO2e câimbras principalmente no inverno. Previamente hígido. Ao exame físico, observaram-se AC = RR2T com BNF, FC = 60 bpm, AP = MVF sem RA, FR = 14 irpm, PA = 110 mmHg x 64 mmHg e SatO2 = 100% em ar ambiente. Sensibilidade diminuída e leve atrofia do interósseo e sinal de Froment presente. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 20. Os achados sugerem uma compressão do nervo ulnar no nível do cotovelo. 21. A velocidade de condução nervosa motora absoluta > 50 m/s na altura do cotovelo é um dos critérios diagnósticos. 22. O paciente apresenta um grau 2 na classificação de McGowan de lesão do nervo ulnar. 23. Se o paciente não melhorar com o tratamento conservador, a opção cirúrgica consiste, normalmente, em realizar uma transposição submuscular. 24. A ultrassonografia é uma opção de exame para diagnóstico nesse caso. 25. Nesse caso, o tratamento cirúrgico possui resultados tão bons quanto os da síndrome do túnel do carpo. Um paciente de 60 anos de idade foi trazido por populares, após apresentar primeiro o episódio de crise convulsiva em fila de supermercado. Paciente em estado pós-ictal. AC = RC2T com BNF e FC = 92 bpm, AP = MVF, roncos de transmissão, FR = 16 irpm e SatO2 = 96%. TC de crânio evidenciou lesão hipodensa e irregular em lobo temporal direito, com edema e efeito de massa associado. Apresentou captação irregular de contraste. Em relação a esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 26. Trata-se, provavelmente, de um glioma de baixo grau. 27. A RM, nesses casos, normalmente evidencia em T2/FLAIR uma hiperintensidade heterogênea sem margens definidas e edema vasogênico associado. 28. Pela idade do paciente e a prevalência, trata-se da variante denominada IDH selvagem. 29. A angiografia raramente evidencia um blush tumoral com neovascularização associada. 30. A ressecção neurocirúrgica associada ao tratamento oncológico pode aumentar a sobrevida do paciente. 31. Em longo prazo, o uso da dexametasona 4 mg, de seis em seis horas, nesse paciente pode ser associada a um pior prognóstico. Com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 32. Os meningiomas são tumores originados de células da dura-máter. 33. Abscesso pulmonar é um fator de risco para abscesso cerebral. 34. A paquigiria corresponde à presença de muitos giros estreitos e com sulcos rasos. 35. A gliose aquedutal secundária resulta de infecção intrauterina ou de hemorragia da matriz germinal. 36. O objetivo do teste de Wada é localizar o hemisfério dominante. 37. Os craniofaringiomas são tumores que se desenvolvem a partir de células residuais da bolsa de Rathke. 38. A degeneração walleriana é a do axônio proximal em relação a uma lesão focal. 39. O padrão respiratório de Cheyne-Stokes é caracterizado geralmente por uma fase hiperpneica mais curta que a fase apneica. 40. A síndrome de Horner é causada pela interrupção da inervação simpática do olho e da face em qualquer ponto ao longo de sua via. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 022 – TIPO “U” PÁGINA 5/9 NEUROLOGIA Itens de 41 a 80 Em relação às principais síndromes neurológicas, julgue os itens a seguir. 41. A síndrome parkinsoniana é caracterizada pela presença de rigidez muscular associada a um ou mais sintomas de bradicinesia, tremor em repouso e instabilidade postural. 42. A síndrome do ângulo pontocerebelar leva ao comprometimento dos pares cranianos V, VII e VIII. 43. Síndrome de Gerstmann se caracteriza pela presença de agrafia, acalculia, agnosia digital e incoordenação direita-esquerda. 44. Tríade de Cushing caracteriza-se pela presença de hipertensão arterial, bradicardia e alteração ritmo respiratório. 45. Síndrome do seio cavernoso leva ao comprometimento dos seguintes pares de nervos cranianos: III, IV, VI e V1/V2/V3. 46. A síndrome de Weber caracteriza-se por síndrome alterna com comprometimento do nervo oculomotor. 47. A síndrome de Weber decorre da lesão do pedúnculo cerebral mesencefálico. 48. Na síndrome de Millard-Gluber há comprometimento do nervo abducente com estrabismo divergente e decorrente lesão da base da ponte. 49. Pacientes com a síndrome do ápice petroso têm o comprometimento do V e VI pares de nervos cranianos. 50. Na síndrome de Wallemberg há lesão do tegumento medular lateral da ponte. 51. A espasticidade muscular é encontrada na síndrome extrapiramidal. 52. Síndrome Horner sugere lesão simpática. Uma paciente de 27 anos de idade evolui há cerca 2 meses com quadro cefaleia, diária e febre não aferida de caráter intermitente, e há 1 semana, progrediu com quadro confusional e crises convulsivas. Ao exame físico, apresentava-se sonolenta, eupneica em ar ambiente, febril (TAX = 37,9 ºC), AC = RC2T com BNF, AP = MVF sem RA, SatO2 = 96%. Ausência de rigidez na nuca ou sinais meningorradiculares. Família relata que a paciente iniciou tratamento recente para HIV. Realizado punção liquórica, demonstrou hipercelularidade e hiperproteinorraquia. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 53. O termo meningite crônica pode ser aplicado quando os sinais e sintomas da inflamação meníngea persistem por pelo menos 4 semanas sem melhora clínica. 54. Rigidez de nuca ocorre mais comumente nos casos de meningite crônica quando comparado com casos de meningite aguda/subaguda. 55. Crises epilépticas e episódios AVC-símile podem ocorrer nas meningites crônicas como resultado da hidrocefalia. 56. A meningite causada pela tuberculose é atualmente a causa mais comum de meningite crônica em pessoas imunocomprometidas e com infecção pelo HIV. Um paciente de 55 anos de idade evolui há cerca 9 meses com quadro progressivo de esquecimento, apatia, desatenção e diversas reclamações por parte dos clientes por causa de erros frequentes das receitas do cardápio preparado por ele no restaurante em que trabalhava como cozinheiro. Família relata episódio antecedentes de AVC isquêmico há 10 anos sem investigação, pois o paciente “recuperou rápido”. Ao exame físico apresentava-se consciente, alerta, eupneico em ar ambiente, afebril, AC = RC2T com BNF, AP = MVF sem RA, SatO2 = 97%, MEEM 27 pontos (8 anos estudo). Realizou RNM crânio normal e exames de função hepática, renal, eletrólitos, dosagem vitamina B12/ácido fólico normais e VDRL + (1:4). A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 57. A neurossífilis sintomática tardia pode causar quadro demencial progressivo, além de tabes dorsalis. 58. Pacientes com coinfecção sífilis-HIV podem apresentar sintomas neurológicos mais precoces em relação às pessoas com infecção isolada. 59. A forma da sífilis meningovascular é considerada uma vasculite que acomete artérias de grande calibre do sistema nervoso central (SNC) e pode ocorrer entre 1 ano e 10 anos após a infecção primária. 60. A neurossífilis precoce é usualmente caracterizada por quadro de meningite assintomática, evidenciada por hipercelularidade no líquor. 61. A pupila de Argyll Robertson pode ser encontrada em pacientes já na fase primária (inicial) da neurossífilis. 62. O exame de VDRL no líquor apresenta maior sensibilidade que o FTA-ABS no líquor para o diagnóstico de neurossífilis precoce e tardia. 63. O uso de penicilina parenteral é usado como tratamento de primeira escolha na neurossífilis independentemente da sua fase. 64. O tratamento da fase tardia da neurossífilis com penicilina interfere na progressão da doença e provavelmente melhora o quadro clínico do paciente. Área livre PROVA APLIC ADAPROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 022 – TIPO “U” PÁGINA 6/9 Um paciente de 72 anos de idade evolui há cerca 10 meses com quadro de apatia e esquecimento para fatos recentes, mas ainda com atividade de vida diária preservados, contudo há 2 meses progride com incontinência urinária e dificuldade de deambular, o que preocupou a família, sendo o paciente internado para investigação. Ao exame físico, consciente, alerta, eupneico em ar ambiente, afebril, AC = RC2T com BNF, AP = MVF sem RA, SatO2 = 97%. Exame neurológico com marcha em pequenos passos. A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 65. O quadro neurológico apresentado pelo paciente de marcha em pequenos passos e incontinência urinária são compatíveis com hidrocefalia de pressão normal. 66. Instabilidade postural e quedas ocorrem mais frequentemente na fase inicial da hidrocefalia pressão normal. 67. Alterações urinárias ocorrem na fase tardia da hidrocefalia pressão normal, sendo a urgência urinária mais frequente que a incontinência urinária. 68. A melhora cognitiva e motora após punção lombar com drenagem de grande volume de líquor é usado como teste diagnóstico da hidrocefalia pressão normal. 69. TC ou RNM crânio demonstrando índice de Evansadministrar imediatamente relaxante muscular intramuscular para controle da grave espasticidade de membros inferiores. 92. Se estiver disponível, deve ser feita investigação complementar inicial com radiografia de quadril direito, com objetivo de avaliar sinais radiológicos sugestivos de fraturas ou luxações do membro. 93. Esse paciente apresenta maior risco de fratura após trauma, quando comparado a população da mesma idade sem comorbidades. 94. A escala ASIA é a mais indicada para classificar o tipo de lesão e o nível neurológico em pacientes com lesão medular traumática, com base na intensidade da dor do paciente. 95. Considerando o tempo de instalação da lesão medular, é esperado que esse paciente ainda esteja em fase de choque medular. 96. Um paciente com lesão medular completa nível T4, após reabilitação adequada, em boas condições de saúde e com condições socioambientais favoráveis, tem potencial funcional para independência ou de independência modificada para transferências do leito para a cadeira e vice-versa. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 022 – TIPO “U” PÁGINA 8/9 Uma paciente de 63 anos de idade é diabética, hipertensa e tem astigmatismo (usava lentes corretivas, mas atualmente está sem, pois o óculos quebrou e não quis ir ao oftalmologista por causa da pandemia de Covid-9). Em junho de 2021 teve quadro súbito de alteração de fala e hemiplegia esquerda desproporcionada, de predomínio braquiofacial. Ficou internada em hospital de referência por 10 dias, sem necessitar de terapia intensiva. Teve alta com diagnóstico de “Acidente Vascular Encefálico Isquêmico de Artéria Cerebral Média Direita” e um pedido de “fisioterapia motora”. Chegou ao centro de reabilitação 4 meses depois do evento, em cadeira de rodas impulsionada por terceiros, com comunicação verbal eficaz apesar de leve disartria. Queixa-se de fraqueza em hemicorpo esquerdo e dor no ombro esquerdo, noturna e em queimor. Ao exame físico, FC = 70 bpm, FR = 14 irpm, SatO2 = 96% em ar ambiente. Reconhece estímulos vindos do hemiespaço esquerdo quando isolados, mas não quando apresentados simultaneamente a estímulos à direita. A força muscular em hemicorpo esquerdo é 3 para MSE e 4 para MIE, e em hemicorpo direito é grau 5 em MSD e MID. Assume ortostatismo com apoio, troca passos com apoio bilateral (suporte de um terapeuta de cada lado). À marcha, tem leve circundação do membro inferior esquerdo, toque de antepé, inversão de tornozelo e garra de artelhos, não referindo incômodo com este último achado. Tem espasticidade Grau I de Ashworth em quadríceps. No membro superior esquerdo, tem espasticidade moderada, com postura em adução com rotação interna de úmero, flexo de cotovelo, pronação de antebraço, flexo de punho, flexo de dedos e polegar empalmado. Tem dor no ombro à abdução passiva acima de 60º e rotação externa acima de 20º. Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 97. Para otimizar o padrão de locomoção dessa paciente, está indicado bloqueio da junção neuromuscular com toxina botulínica nos seguintes músculos à esquerda: tríceps sural, tibial posterior e quadríceps. 98. A paciente apresenta quadro de heminegligência leve-moderada à esquerda. 99. A paciente tem prognóstico funcional de marcha comunitária desacompanhada, sem aditamento e em segurança, dentro de 30 dias, pois evolução natural da hemiplegia decorrente do AVCi prevê recuperação completa dos deficits em alguns dias após a lesão. 100. O uso de drogas antiespásticas sistêmicas está contraindicado na espasticidade decorrente de lesão encefálica. 101. Uma das causas da dor no ombro é o aumento do tônus muscular, portanto pode haver melhora parcial da dor com o tratamento da espasticidade. 102. O uso de órtese de posicionamento de punho, mão e dedos à esquerda auxiliará para evitar encurtamentos miotendíneos. 103. A presença adicional de deficit visual não tratado aumenta o risco de quedas da paciente. 104. É possível inferir que a deglutição é segura, uma vez que essa paciente tem boa comunicação verbal apesar da disartria leve. Um paciente de 25 anos de idade, destro, teve queda de bicicleta em uso de capacete, com trauma no ombro direito e foi levado ao pronto-socorro, aonde chegou em Glasgow 15, com dor e dificuldade para movimentar o membro superior direito. Ao exame físico, FC = 110 bpm, FR = 16 irpm, SatO2 = 97% A.A. Na inspeção estática, apresenta escoriação na face anterior do ombro direito e escápula alada. Testes de força muscular de MSD força grau 0 para elevação do ombro, adução do úmero; grau 2 para flexão do cotovelo; grau 3 para extensão de punho e cotovelo; e graus 4 a 5 para outros movimentos de punho e mãos. Tem anestesia na face lateral do ombro e cotovelo, hipoestesia em face ulnar e dorsal da mão e sensibilidade normal no restante do membro superior. Não apresentava luxações nem crepitação à palpação de ossos da cintura escapular ou do membro superior direito. Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 105. Um provável diagnóstico é lesão das raízes superiores do plexo braquial por tração no nível dos músculos escalenos anterior e médio. 106. Está indicada realização de eletroneuromiografia (ENMG) dentro de no máximo 24 h, para detecção de lesão de nervo periférico e indicação de correção cirúrgica de urgência se houver alteração da onda F. 107. A normalidade da condução motora no ENMG, após 48 h de lesão indica que houve apenas neuropraxia, com bom prognóstico funcional. 108. Após um mês de lesão, a normalidade de todas as neuroconduções sensitivas na ENMG, mesmo com alteração na neurocondução motora e no exame de agulha (eletromiografia), é sinal de bom prognóstico de recuperação da lesão. 109. A lesão completa das fibras sensitivas pode prejudicar a qualidade dos movimentos, e o risco de evoluir com desenvolvimento de dor neuropática é grande. 110. Após estarem estabilizados a lesão e os ganhos funcionais, transferências musculares podem ser planejadas em casos selecionados com objetivos de ganho funcional. 111. Como o paciente apresenta alteração de sensibilidade e provável lesão de neurônio motor inferior, está indicado uso de estimulação elétrica funcional (FES). 112. Em longo prazo, pode ocorrer surgimento de dor muscular mecânica nociceptiva no membro superior direito, cintura escapular e região cervical, decorrente de esforços compensatórios pelo desequilíbrio de força na musculatura afetada. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 022 – TIPO “U” PÁGINA 9/9 Considerando um indivíduo em pé, na posição de flexão anterior da coluna lombar, no limite de seu arco de movimento, julgue os itens a seguir. 113. Há redução da espessura do disco na sua porção anterior. 114. O núcleo pulposo é deslocado para trás. 115. Cápsula e ligamentos das articulações interapofisárias alcançam o máximo de tensão. 116. O ligamento amarelo, interespinhoso, supraespinhoso e longitudinal posterior entra em tensão. 117. As apófises espinhosas entram em contato entre si. 118. É a posição final que o paciente assume no teste de Freiberg. 119. Surgimento de dor lombar nessa posição é sintoma característico de dor facetária, decorrente de artrose das articulações interfacetárias, por exemplo. 120. Em um paciente com espondilite anquilosante, normalmente a amplitude do arco de movimento da flexão anterior da coluna lombar é reduzida, quando comparada com a amplitude de pacientes sem a doença. Área livre Área livre