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PROVA APLIC
ADA
 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO NO 1 – RM/SES-DF/2022, DE 28 DE SETEMBRO DE 2021. 
 
P R O G R A M A S – G R U P O 0 2 2 Data e horário da prova: 
Neurofisiologia Clínica (620). 
 
 
Terça-feira, 30/11/2021. 
 
Tipo 
“U” 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Toda força será fraca, se não estiver unida. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunique ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
PROVA APLIC
ADA
 
PROCESSO	SELETIVO	–	RM/SES	–	DF/2022 GRUPO	022 – TIPO	“U” PÁGINA	2/9
 
NEUROCIRURGIA 
Itens de 1 a 40 
 
Uma paciente de 67 anos de idade, com 72 kg, foi trazida em 
imobilização padrão pelo Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU), após queda de escada. Relatou 
dificuldade de movimento em membros superiores e 
cervicalgia. Negou outras queixas e (ou) alergias. Ao exame 
físico, AC = RC2T com BNF e FC = 102 bpm, AP = MVF 
sem RA e FR = 18 irpm, PA = 164 mmHg x 90 mmHg e 
SatO2 = 97%. Glasgow 15. Tetraparesia flácida com força 
grau 4 em membros inferiores; membro superior direito força 
grau 4 em ombro, flexão e extensão cotovelo e grau 2 em 
preensão palmar e extensão dos dedos; membro superior 
esquerdo força grau 3 em ombro, flexão e extensão cotovelo 
e grau 0 em preensão palmar e extensão dos dedos. 
Sensibilidade diminuída abaixo dos ombros. Sem diurese 
espontânea até o momento. Tomografia de coluna cervical 
com importantes alterações degenerativas difusas e sem 
evidência de fratura traumática aguda. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
1. A paciente apresenta uma lesão medular completa. 
2. Trata-se de um quadro de provável síndrome 
centro-medular. 
3. Como a paciente está com deficit motor, a indicação de 
descompressão cirúrgica imediata é indiscutível. 
4. A paciente apresenta nível sensitivo a partir de C3. 
5. A ressonância na incidência T2WI é útil para identificar 
o edema medular. 
6. Deve-se otimizar o controle dos níveis pressóricos da 
paciente para manter a PAM entre 
85 mmHg x 90 mmHg para manter a perfusão medular 
nos primeiros dias após o trauma. 
7. O mecanismo de trauma responsável por quadros como 
o da paciente costuma estar relacionado com 
hiperflexão. 
 
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Um paciente de 31 anos de idade, com 90 kg, previamente 
hígido, foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU), em imobilização padrão, após capotamento 
de automóvel. Relato de Glasgow 12 no momento da cena. 
AC = RC2T com BNF e FC = 112 bpm, AP = MVF sem RA e 
FR = 19 irpm, PA = 150 mmHg x 97 mmHg e SatO2 = 96%. 
Na avaliação inicial, apresenta abertura ocular ao estímulo 
doloroso com duração inferior a 10 segundos, localizando o 
estímulo doloroso e sons incompreensíveis, pupilas isocóricas e 
foto reagentes. A TC de crânio está reproduzida a seguir. 
 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
Considerando esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
8. O paciente se encontra em Glasgow 9 e apresenta 
hematoma subdural agudo com desvio de linha média. 
9. Para esse paciente estão indicados internação 
neurocirúrgica, cuidados neurocríticos e craniotomia 
descompressiva à esquerda por causa do sangramento 
arterial em tomografia. 
10. A hiperventilação profilática com PaCO2e câimbras 
principalmente no inverno. Previamente hígido. Ao exame 
físico, observaram-se AC = RR2T com BNF, FC = 60 bpm, 
AP = MVF sem RA, FR = 14 irpm, 
PA = 110 mmHg x 64 mmHg e SatO2 = 100% em ar 
ambiente. Sensibilidade diminuída e leve atrofia do 
interósseo e sinal de Froment presente. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
20. Os achados sugerem uma compressão do nervo ulnar no 
nível do cotovelo. 
21. A velocidade de condução nervosa motora absoluta > 
50 m/s na altura do cotovelo é um dos critérios 
diagnósticos. 
22. O paciente apresenta um grau 2 na classificação de 
McGowan de lesão do nervo ulnar. 
23. Se o paciente não melhorar com o tratamento 
conservador, a opção cirúrgica consiste, normalmente, 
em realizar uma transposição submuscular. 
24. A ultrassonografia é uma opção de exame para 
diagnóstico nesse caso. 
25. Nesse caso, o tratamento cirúrgico possui resultados tão 
bons quanto os da síndrome do túnel do carpo. 
 
 
Um paciente de 60 anos de idade foi trazido por populares, 
após apresentar primeiro o episódio de crise convulsiva em 
fila de supermercado. Paciente em estado pós-ictal. 
AC = RC2T com BNF e FC = 92 bpm, AP = MVF, roncos 
de transmissão, FR = 16 irpm e SatO2 = 96%. TC de crânio 
evidenciou lesão hipodensa e irregular em lobo temporal 
direito, com edema e efeito de massa associado. Apresentou 
captação irregular de contraste. 
 
Em relação a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
26. Trata-se, provavelmente, de um glioma de baixo grau. 
27. A RM, nesses casos, normalmente evidencia em 
T2/FLAIR uma hiperintensidade heterogênea sem 
margens definidas e edema vasogênico associado. 
28. Pela idade do paciente e a prevalência, trata-se da 
variante denominada IDH selvagem. 
29. A angiografia raramente evidencia um blush tumoral 
com neovascularização associada. 
30. A ressecção neurocirúrgica associada ao tratamento 
oncológico pode aumentar a sobrevida do paciente. 
31. Em longo prazo, o uso da dexametasona 4 mg, de seis 
em seis horas, nesse paciente pode ser associada a um 
pior prognóstico. 
 
 
Com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os 
itens a seguir. 
 
32. Os meningiomas são tumores originados de células da 
dura-máter. 
33. Abscesso pulmonar é um fator de risco para abscesso 
cerebral. 
34. A paquigiria corresponde à presença de muitos giros 
estreitos e com sulcos rasos. 
35. A gliose aquedutal secundária resulta de infecção 
intrauterina ou de hemorragia da matriz germinal. 
36. O objetivo do teste de Wada é localizar o hemisfério 
dominante. 
37. Os craniofaringiomas são tumores que se desenvolvem 
a partir de células residuais da bolsa de Rathke. 
38. A degeneração walleriana é a do axônio proximal em 
relação a uma lesão focal. 
39. O padrão respiratório de Cheyne-Stokes é caracterizado 
geralmente por uma fase hiperpneica mais curta que a 
fase apneica. 
40. A síndrome de Horner é causada pela interrupção da 
inervação simpática do olho e da face em qualquer 
ponto ao longo de sua via. 
 
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PROVA APLIC
ADA
 
PROCESSO	SELETIVO	–	RM/SES	–	DF/2022 GRUPO	022 – TIPO	“U” PÁGINA	5/9
 
NEUROLOGIA 
Itens de 41 a 80 
 
Em relação às principais síndromes neurológicas, julgue os 
itens a seguir. 
 
41. A síndrome parkinsoniana é caracterizada pela presença 
de rigidez muscular associada a um ou mais sintomas 
de bradicinesia, tremor em repouso e instabilidade 
postural. 
42. A síndrome do ângulo pontocerebelar leva ao 
comprometimento dos pares cranianos V, VII e VIII. 
43. Síndrome de Gerstmann se caracteriza pela presença de 
agrafia, acalculia, agnosia digital e incoordenação 
direita-esquerda. 
44. Tríade de Cushing caracteriza-se pela presença de 
hipertensão arterial, bradicardia e alteração ritmo 
respiratório. 
45. Síndrome do seio cavernoso leva ao comprometimento 
dos seguintes pares de nervos cranianos: III, IV, VI e 
V1/V2/V3. 
46. A síndrome de Weber caracteriza-se por síndrome 
alterna com comprometimento do nervo oculomotor. 
47. A síndrome de Weber decorre da lesão do pedúnculo 
cerebral mesencefálico. 
48. Na síndrome de Millard-Gluber há comprometimento 
do nervo abducente com estrabismo divergente e 
decorrente lesão da base da ponte. 
49. Pacientes com a síndrome do ápice petroso têm o 
comprometimento do V e VI pares de nervos cranianos. 
50. Na síndrome de Wallemberg há lesão do tegumento 
medular lateral da ponte. 
51. A espasticidade muscular é encontrada na síndrome 
extrapiramidal. 
52. Síndrome Horner sugere lesão simpática. 
 
 
Uma paciente de 27 anos de idade evolui há cerca 2 meses 
com quadro cefaleia, diária e febre não aferida de caráter 
intermitente, e há 1 semana, progrediu com quadro 
confusional e crises convulsivas. Ao exame físico, 
apresentava-se sonolenta, eupneica em ar ambiente, febril 
(TAX = 37,9 ºC), AC = RC2T com BNF, AP = MVF sem 
RA, SatO2 = 96%. Ausência de rigidez na nuca ou sinais 
meningorradiculares. Família relata que a paciente iniciou 
tratamento recente para HIV. Realizado punção liquórica, 
demonstrou hipercelularidade e hiperproteinorraquia. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
53. O termo meningite crônica pode ser aplicado quando os 
sinais e sintomas da inflamação meníngea persistem por 
pelo menos 4 semanas sem melhora clínica. 
54. Rigidez de nuca ocorre mais comumente nos casos de 
meningite crônica quando comparado com casos de 
meningite aguda/subaguda. 
55. Crises epilépticas e episódios AVC-símile podem 
ocorrer nas meningites crônicas como resultado da 
hidrocefalia. 
56. A meningite causada pela tuberculose é atualmente a 
causa mais comum de meningite crônica em pessoas 
imunocomprometidas e com infecção pelo HIV. 
 
 
Um paciente de 55 anos de idade evolui há cerca 9 meses 
com quadro progressivo de esquecimento, apatia, desatenção 
e diversas reclamações por parte dos clientes por causa de 
erros frequentes das receitas do cardápio preparado por ele 
no restaurante em que trabalhava como cozinheiro. Família 
relata episódio antecedentes de AVC isquêmico há 10 anos 
sem investigação, pois o paciente “recuperou rápido”. Ao 
exame físico apresentava-se consciente, alerta, eupneico em 
ar ambiente, afebril, AC = RC2T com BNF, AP = MVF sem 
RA, SatO2 = 97%, MEEM 27 pontos (8 anos estudo). 
Realizou RNM crânio normal e exames de função hepática, 
renal, eletrólitos, dosagem vitamina B12/ácido fólico 
normais e VDRL + (1:4). 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
57. A neurossífilis sintomática tardia pode causar quadro 
demencial progressivo, além de tabes dorsalis. 
58. Pacientes com coinfecção sífilis-HIV podem apresentar 
sintomas neurológicos mais precoces em relação às 
pessoas com infecção isolada. 
59. A forma da sífilis meningovascular é considerada uma 
vasculite que acomete artérias de grande calibre do 
sistema nervoso central (SNC) e pode ocorrer entre 1 
ano e 10 anos após a infecção primária. 
60. A neurossífilis precoce é usualmente caracterizada por 
quadro de meningite assintomática, evidenciada por 
hipercelularidade no líquor. 
61. A pupila de Argyll Robertson pode ser encontrada em 
pacientes já na fase primária (inicial) da neurossífilis. 
62. O exame de VDRL no líquor apresenta maior 
sensibilidade que o FTA-ABS no líquor para o 
diagnóstico de neurossífilis precoce e tardia. 
63. O uso de penicilina parenteral é usado como tratamento 
de primeira escolha na neurossífilis independentemente 
da sua fase. 
64. O tratamento da fase tardia da neurossífilis com 
penicilina interfere na progressão da doença e 
provavelmente melhora o quadro clínico do paciente. 
 
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PROVA APLIC
ADAPROCESSO	SELETIVO	–	RM/SES	–	DF/2022 GRUPO	022 – TIPO	“U” PÁGINA	6/9
 
Um paciente de 72 anos de idade evolui há cerca 10 meses 
com quadro de apatia e esquecimento para fatos recentes, 
mas ainda com atividade de vida diária preservados, contudo 
há 2 meses progride com incontinência urinária e dificuldade 
de deambular, o que preocupou a família, sendo o paciente 
internado para investigação. Ao exame físico, consciente, 
alerta, eupneico em ar ambiente, afebril, AC = RC2T com 
BNF, AP = MVF sem RA, SatO2 = 97%. Exame neurológico 
com marcha em pequenos passos. 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
65. O quadro neurológico apresentado pelo paciente de 
marcha em pequenos passos e incontinência urinária 
são compatíveis com hidrocefalia de pressão normal. 
66. Instabilidade postural e quedas ocorrem mais 
frequentemente na fase inicial da hidrocefalia pressão 
normal. 
67. Alterações urinárias ocorrem na fase tardia da 
hidrocefalia pressão normal, sendo a urgência urinária 
mais frequente que a incontinência urinária. 
68. A melhora cognitiva e motora após punção lombar com 
drenagem de grande volume de líquor é usado como 
teste diagnóstico da hidrocefalia pressão normal. 
69. TC ou RNM crânio demonstrando índice de Evansadministrar imediatamente relaxante muscular 
intramuscular para controle da grave espasticidade de 
membros inferiores. 
92. Se estiver disponível, deve ser feita investigação 
complementar inicial com radiografia de quadril direito, 
com objetivo de avaliar sinais radiológicos sugestivos 
de fraturas ou luxações do membro. 
93. Esse paciente apresenta maior risco de fratura após 
trauma, quando comparado a população da mesma 
idade sem comorbidades. 
94. A escala ASIA é a mais indicada para classificar o tipo 
de lesão e o nível neurológico em pacientes com lesão 
medular traumática, com base na intensidade da dor do 
paciente. 
95. Considerando o tempo de instalação da lesão medular, é 
esperado que esse paciente ainda esteja em fase de 
choque medular. 
96. Um paciente com lesão medular completa nível T4, 
após reabilitação adequada, em boas condições de 
saúde e com condições socioambientais favoráveis, tem 
potencial funcional para independência ou de 
independência modificada para transferências do leito 
para a cadeira e vice-versa. 
 
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PROVA APLIC
ADA
 
PROCESSO	SELETIVO	–	RM/SES	–	DF/2022 GRUPO	022 – TIPO	“U” PÁGINA	8/9
 
Uma paciente de 63 anos de idade é diabética, hipertensa e 
tem astigmatismo (usava lentes corretivas, mas atualmente 
está sem, pois o óculos quebrou e não quis ir ao 
oftalmologista por causa da pandemia de Covid-9). Em junho 
de 2021 teve quadro súbito de alteração de fala e hemiplegia 
esquerda desproporcionada, de predomínio braquiofacial. 
Ficou internada em hospital de referência por 10 dias, sem 
necessitar de terapia intensiva. Teve alta com diagnóstico de 
“Acidente Vascular Encefálico Isquêmico de Artéria 
Cerebral Média Direita” e um pedido de “fisioterapia 
motora”. Chegou ao centro de reabilitação 4 meses depois do 
evento, em cadeira de rodas impulsionada por terceiros, com 
comunicação verbal eficaz apesar de leve disartria. Queixa-se 
de fraqueza em hemicorpo esquerdo e dor no ombro 
esquerdo, noturna e em queimor. Ao exame físico, 
FC = 70 bpm, FR = 14 irpm, SatO2 = 96% em ar ambiente. 
Reconhece estímulos vindos do hemiespaço esquerdo quando 
isolados, mas não quando apresentados simultaneamente a 
estímulos à direita. A força muscular em hemicorpo esquerdo 
é 3 para MSE e 4 para MIE, e em hemicorpo direito é grau 5 
em MSD e MID. Assume ortostatismo com apoio, troca 
passos com apoio bilateral (suporte de um terapeuta de cada 
lado). À marcha, tem leve circundação do membro inferior 
esquerdo, toque de antepé, inversão de tornozelo e garra de 
artelhos, não referindo incômodo com este último achado. 
Tem espasticidade Grau I de Ashworth em quadríceps. No 
membro superior esquerdo, tem espasticidade moderada, 
com postura em adução com rotação interna de úmero, flexo 
de cotovelo, pronação de antebraço, flexo de punho, flexo de 
dedos e polegar empalmado. Tem dor no ombro à abdução 
passiva acima de 60º e rotação externa acima de 20º. 
 
Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos médicos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
97. Para otimizar o padrão de locomoção dessa paciente, 
está indicado bloqueio da junção neuromuscular com 
toxina botulínica nos seguintes músculos à esquerda: 
tríceps sural, tibial posterior e quadríceps. 
98. A paciente apresenta quadro de heminegligência 
leve-moderada à esquerda. 
99. A paciente tem prognóstico funcional de marcha 
comunitária desacompanhada, sem aditamento e em 
segurança, dentro de 30 dias, pois evolução natural da 
hemiplegia decorrente do AVCi prevê recuperação 
completa dos deficits em alguns dias após a lesão. 
100. O uso de drogas antiespásticas sistêmicas está 
contraindicado na espasticidade decorrente de lesão 
encefálica. 
101. Uma das causas da dor no ombro é o aumento do tônus 
muscular, portanto pode haver melhora parcial da dor 
com o tratamento da espasticidade. 
102. O uso de órtese de posicionamento de punho, mão e 
dedos à esquerda auxiliará para evitar encurtamentos 
miotendíneos. 
103. A presença adicional de deficit visual não tratado 
aumenta o risco de quedas da paciente. 
104. É possível inferir que a deglutição é segura, uma vez 
que essa paciente tem boa comunicação verbal apesar 
da disartria leve. 
 
 
 
 
Um paciente de 25 anos de idade, destro, teve queda de 
bicicleta em uso de capacete, com trauma no ombro direito e 
foi levado ao pronto-socorro, aonde chegou em Glasgow 15, 
com dor e dificuldade para movimentar o membro superior 
direito. Ao exame físico, FC = 110 bpm, FR = 16 irpm, 
SatO2 = 97% A.A. Na inspeção estática, apresenta 
escoriação na face anterior do ombro direito e escápula alada. 
Testes de força muscular de MSD força grau 0 para elevação 
do ombro, adução do úmero; grau 2 para flexão do cotovelo; 
grau 3 para extensão de punho e cotovelo; e graus 4 a 5 para 
outros movimentos de punho e mãos. Tem anestesia na face 
lateral do ombro e cotovelo, hipoestesia em face ulnar e 
dorsal da mão e sensibilidade normal no restante do membro 
superior. Não apresentava luxações nem crepitação à 
palpação de ossos da cintura escapular ou do membro 
superior direito. 
 
Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
105. Um provável diagnóstico é lesão das raízes superiores 
do plexo braquial por tração no nível dos músculos 
escalenos anterior e médio. 
106. Está indicada realização de eletroneuromiografia 
(ENMG) dentro de no máximo 24 h, para detecção de 
lesão de nervo periférico e indicação de correção 
cirúrgica de urgência se houver alteração da onda F. 
107. A normalidade da condução motora no ENMG, após 48 
h de lesão indica que houve apenas neuropraxia, com 
bom prognóstico funcional. 
108. Após um mês de lesão, a normalidade de todas as 
neuroconduções sensitivas na ENMG, mesmo com 
alteração na neurocondução motora e no exame de 
agulha (eletromiografia), é sinal de bom prognóstico de 
recuperação da lesão. 
109. A lesão completa das fibras sensitivas pode prejudicar a 
qualidade dos movimentos, e o risco de evoluir com 
desenvolvimento de dor neuropática é grande. 
110. Após estarem estabilizados a lesão e os ganhos 
funcionais, transferências musculares podem ser 
planejadas em casos selecionados com objetivos de 
ganho funcional. 
111. Como o paciente apresenta alteração de sensibilidade e 
provável lesão de neurônio motor inferior, está indicado 
uso de estimulação elétrica funcional (FES). 
112. Em longo prazo, pode ocorrer surgimento de dor 
muscular mecânica nociceptiva no membro superior 
direito, cintura escapular e região cervical, decorrente 
de esforços compensatórios pelo desequilíbrio de força 
na musculatura afetada. 
 
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PROVA APLIC
ADA
 
PROCESSO	SELETIVO	–	RM/SES	–	DF/2022 GRUPO	022 – TIPO	“U” PÁGINA	9/9
 
Considerando um indivíduo em pé, na posição de flexão 
anterior da coluna lombar, no limite de seu arco de 
movimento, julgue os itens a seguir. 
 
113. Há redução da espessura do disco na sua porção 
anterior. 
114. O núcleo pulposo é deslocado para trás. 
115. Cápsula e ligamentos das articulações interapofisárias 
alcançam o máximo de tensão. 
116. O ligamento amarelo, interespinhoso, supraespinhoso e 
longitudinal posterior entra em tensão. 
117. As apófises espinhosas entram em contato entre si. 
118. É a posição final que o paciente assume no teste de 
Freiberg. 
119. Surgimento de dor lombar nessa posição é sintoma 
característico de dor facetária, decorrente de artrose das 
articulações interfacetárias, por exemplo. 
120. Em um paciente com espondilite anquilosante, 
normalmente a amplitude do arco de movimento da 
flexão anterior da coluna lombar é reduzida, quando 
comparada com a amplitude de pacientes sem a doença. 
 
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