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Manual de Licenciatura do 
curso de Licenciatura em 
contabilidade e Auditoria 
Contabilidade de Gestão I 
 
2022 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Licenciatura do Curso de Licenciatura em 
Contabilidade e Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2º ANO : Contabilidade de Gestão I 
CÓDIGO ISCED21-CONTCFE004 
TOTAL HORAS/ 2 SEMESTRE 125 
CRÉDITOS (SNATCA) 6 
NÚMERO DE TEMAS 4 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
i 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
 
 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
ii 
 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
 
Pela Coordenação 
 
Pelo design 
Direção Académica do ISCED 
 
Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
 
 
Pela Revisão 
 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distância (IAPED) 
Issufo da Silva, Licenciado em Contabilidade 
e Auditoria. 
 
Elaborado Por: dr. Edilton Alfândega – Licenciado em Contabilidade e Auditoria 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
iii 
 
 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade de Gestão l ........................................ 1 
Objectivos do Módulo ....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 2 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 3 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 5 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 5 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 8 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 9 
Avaliação ........................................................................................................................... 9 
TEMA – I: A Contabilidade de Gestão e o Ambiente Empresarial. 11 
UNIDADE Temática 1.1. A Insuficiência da Contabilidade Geral. ................................... 11 
Introdução ....................................................................................................................... 11 
Sumário ........................................................................................................................... 17 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 17 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão ....................................... 19 
Introdução ....................................................................................................................... 19 
Processo de Produção nas empresas comerciais e industriais ....................................... 24 
Organigrama funcional das empresas industriais ........................................................... 26 
Sumário ........................................................................................................................... 26 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 27 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa ................ 28 
Introdução ....................................................................................................................... 28 
A Contabilidade de Gestão na Estrutura das Empresas .................................................. 29 
Distinções entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Analítica De Gestão ..... 30 
Sumário ........................................................................................................................... 32 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 33 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
iv 
 
 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma Empresa 
Comercial ......................................................................................................................... 34 
Introdução ....................................................................................................................... 34 
Sumário ........................................................................................................................... 39 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 40 
UNIDADE Temática 1.5. Exercícios desse Tema .............................................................. 41 
TEMA – II Custo. 43 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo. ............................................................ 43 
Introdução ....................................................................................................................... 43 
Sumário ........................................................................................................................... 47 
Exercícios ........................................................................................................................ 48 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos ............................................................ 49 
Introução ......................................................................................................................... 49 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo do Produto ................................................................. 52 
Introução ......................................................................................................................... 52 
Exercícios de Auto-Avaliação ......................................................................................... 56 
UNIDADE Temática 2.4. Exercícios Deste Tema. ........................................................... 59 
TEMAIII – Sistemas de Custeio 70 
UNIDADE Temática 3.1. Sistema de Custeio por Ordem de Produção ........................... 70 
Introdução ....................................................................................................................... 70 
UNIDADE Temática 3.2. Sistema de Custeio por processo ............................................. 76 
Introução ......................................................................................................................... 76 
Exercícios de Auto-Avaliação ..........................................................................................aos bens 
e serviços (recursos) consumidos ou utilizados na produção de outros 
bens/serviços, ou seja, todos os gastos incorridos no processo produtivo 
para a elaboração de um produto. 
Ex: - matéria-prima consumida; 
 
- Materiais auxiliares; 
- Materiais de embalagens; 
- Mão-de-obra directa; 
- Materiais de embalagens 
- Custos gerais de fabricação (depreciação, energia elétrica, água etc..) 
 
2. Despesas - São gastos relativos aos bens e serviços consumidos para gerar 
receitas e manutenção dos negócios da empresa. Todas as despesas estão 
directamente ou indiretamente associadas à realização de receitas. 
 
C. INVESTIMENTOS - São Gastos incorridos na obtenção de bens – ou activos 
– para uso nas actividades da empresa seja elas na fábrica (máquinas, 
equipamentos ou outros), na área administrativas (computadores, móveis, 
equipamentos ou outros) 
Podemos citar também como investimentos, as aplicações no mercado 
financeiro as aplicações de caráter de especulações, como por exemplo, 
compra de um terreno por um preço baixo para em outra oportunidade 
vendê-lo com maior valor. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
46 
 
 
 
D. DEPRECIAÇÃO - É o reconhecimento contabilístico pelo desgaste de um 
bem, adquirido anteriormente e colocado à disposição da produção, na 
medida que se utiliza para a transformação de matérias primas em 
produtos acabados. 
 
E. PERDAS - São gastos anormais ou involuntários que não geram um novo 
bem ou serviços e tampouco geram receitas e são apropriados 
diretamente no resultado do período em que ocorrerem. Esses gastos 
não mantêm nenhuma relação com operação da empresa e geralmente 
ocorrem de fatos não previstos. 
 
Exemplos:- vazamento de materiais líquidos ou gasosos; Material com prazo 
de validade vencido; problemas com equipamentos, greves, enchentes, 
inundações, sinistros etc. 
 
F. DESPERDICIOS – são gastos incorridos no processo produtivo ou de 
geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da 
qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas gerados. 
Actualmente, o desperdício está sendo classificado como custo ou 
despesas e sua identificação e eliminação é factor determinante do 
sucesso ou fracasso de um negócio. 
 
G. RECEITA – é a expressão financeira do fluxo real de saída, ou seja, o 
direito financeiro resultante da venda de um bem ou prestação de um 
serviço. 
 
H. RECEBIMENTOS – são fluxos de entrada (influxos) de meios líquidos de 
pagamento. 
 
I. RENDIMENTOS – são aumentos nos benefícios económicos, decorrentes 
da produção de bens ou prestação de serviços. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
47 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Nesta unidade tratamos fundamentalmente da distinção dalguns 
elementos de óptica financeira e de óptica económica de modo que se 
comprenda que elementos integram o custo de um determinado bem 
ou serviço. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
48 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
 
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa 
(D) ou Perda (P): 
 
( ) Compra de matéria-prima 
( ) Consumo de energia eléctrica 
( ) Utilização de mão-de-obra 
( ) Consumo de combustível 
( ) Gastos com pessoal do facturamento (salário) 
( ) Aquisição de máquinas 
( ) Depreciação das máquinas 
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) 
( ) Pagamento de honorários da administração 
( ) Depreciação do prédio da empresa 
( ) Utilização de matéria-prima (transformação) 
( ) Aquisição de embalagens 
( ) Deterioração do stock de matéria-prima por enchente 
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve 
( ) Geração de sucata no processo produtivo 
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e 
processos 
( ) Imposto de circulação de mercadorias e serviços 
( ) Comissões proporcionais as vendas 
. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
49 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos 
 
Introução 
 
Após a identificação do custo e do seu objecto de custeio, é necessário 
avaliar a sua natureza, a sua identificação à uma actividade, o seu 
comportamento, a sua função, a sua importância e o tempo em que 
foram calculados de modo que se torne simples a sua análise e 
interpretação. Atendendo à cada uma dessas categorias, surgirá uma 
vasta lista de tipologia de custos ligados a gestão de uma organização. 
 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
▪ Identificar os custos associados às funções das empresas; 
 
▪ Classificar os custos tendo em conta a sua natureza, função, actividade 
e o seu comportamento; 
▪ Identificar os custos directos e indirectos; 
 
▪ Distinguir o custo do produto do custo do período; 
 
▪ Reconhecer as componentes do custo industrial. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
50 
 
 
 
Os custos são classificados tendo em conta a seu propósito que pode 
ser um dos seguintes: 
1. Controle Gerencial 
 
2. Tomada de Decisões Gerenciais 
 
 
1. Para o controle gerencial, os custos configuram-se da seguinte 
forma: 
Objecto de referência Configuração do custo 
1. Pelo objecto de referência ou natureza 
econômica. 
1. Elementos 
Ex: Matéria-prima, Mão- 
de-obra 
2. De acordo com sua identificação à uma 
actividade, departamento ou produto 
1. Custos diretos. 
2. Custos indiretos 
3. De acordo com seu comportamento 
em relação com o volume de produção. 
1. Custos variáveis. 
2. Custos fixos. 
3. Custos : (Mistos) 
semivariaveis; semifixos 
4. De acordo com o tempo em que foram 
calculados ou parâmetro de 
comparação.. 
1. Custos históricos, 
2.Custos predeterminados 
5. De acordo com a autoridade que se 
tenha sobre a ocorrência de um custo 
1. Custos controláveis 
2. Custos não controláveis 
6. De acordo com a função na que se 
incorrem: 
1. Custos de produção 
2. Custos de distribuição 
ou venda. 
3. Custos de administração 
7. De acordo com o tempo em que 
carregam-se ou se enfrentam aos 
ganhos: 
1. Custos de período. 
2. Custos do produto. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
51 
 
 
 
2. Quanto ao propósito de tomada de decisões, os custos classificam- 
se da seguinte forma: 
 
Objecto de referência Configuração do custo 
1. De acordo com sua importância para 
a tomada de decisões: 
1. Custos relevantes. 
2. Custos irrelevantes 
3. De acordo com o tipo de sacrifício 
em que se incorreu. 
1. Custo desembolsavel. 
2. Custo de oportunidade. 
3. De acordo com a mudança originada 
por um aumento ou diminuição na 
actividade; 
1. Custos diferenciais para 
um aumento ou diminuição 
na actividade 
2. Custos incrementais. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
52 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo do Produto 
 
Introução 
 
 
Em qualquer processo produtivo o objectivo é obter um bem com 
características diferentes das que inicialmente o mesmo apresentava. 
Pois, para o efeito são alocados no processo de transformação 
diversos recursos que somados trazem um valor agregado ao produto, 
o que chamamos de custo do produto. É fundamental que estes custos 
seja conhecido para diveresos fins, como por exemplo, o de controlo, 
o de planificação, etc. Nesta unidade falar-se-á dos elementos que 
integram o custo de um produto e da sua importância para a formação 
do preço de venda. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
▪ Conhecer os elementos que integram o custo de produção; 
 
▪Determinar o Custo de um produto ou serviço; 
 
▪ Determinar o Custo Industrial dos Produtos Vendidos; 
 
▪ Elaborar e analisar a Demonstração de Resultados por Funções. 
 
 
 
Noções de Produção 
Os processos produtivos apresentam grandes diferenças entre si e os 
custos relevantes diferem de indústria para indústria. Importa, 
portanto, descrever os diferentes ambientes industriais e as 
implicações das diferentes especificidades ao nível dos conceitos de 
custo. 
 
Entendendo fabricação como a elaboração de produtos, ou seja a sua 
transformação, Silva (1991) e Pereira et al (1989) referem que a 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
53 
 
 
 
utilização de diversas operações para transformar as matérias-primas 
se define por fabricação complexa em justaposição a fabricação 
simples, quando se exige uma só operação. Se as operações se 
sucederem sem interrupções diz-se tratar-se de fabricação 
ininterrupta; se estiverem separadas por intervalos de tempo trata-se 
de fabricação por fases. 
 
Há empresas que fabricam um único produto (fabricação uniforme) e 
empresas que fabricam produtos distintos (fabricação múltipla), sendo 
que esta última pode ser conjunta ou disjunta (Silva, 1991). Se os 
diferentes produtos forem obtidos através do mesmo processo de 
fabrico diz-se tratar-se de fabricação múltipla conjunta. Se os produtos 
diferentes são obtidos através de processos de fabrico independentes, 
a fabricação denomina-se de múltipla disjunta. 
 
O custo de um produto é formado por tres elementos essenciais: a 
matéria-prima consumida, a mão-de-obra directa e os gastos gerais de 
fabricação. 
 
1- Matérias-Primas - são as matérias que concorrem directamente 
na materialização do produto final (produto acabado). 
 
O consumo de matéria-prima constitui um custo directo do produto, 
cujo montante dependerá da quantidade consumida e do respectivo 
custo unitário. Este custo unitário poderá incluir o custo de aquisição – 
considerando-se como tal todos os custos suportados até a chegada 
da matéria-prima – bem como enventuais custos que se verifiquem 
internamente e que devam ser imputados às matérias antes de se 
regista a sua entrada em armazém. 
 
A quantidade consumida poderá ser calculada a partir das requisições 
feitas ao armazém de matérias, onde se deverá registar não só a 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
54 
 
 
EXITENCIA INICIAL + COMPRAS = CONSUMO + EXISTENCIA FINAL 
 
quanidade requisitada, mas também o objecto de custeio em que vai 
ser incorporada. 
 
O valor a atribuir às matérias consumidades será função do custo e 
que se econtram registadas em inventário e do critério valorimétrico 
utilizado – FIFO (Firs In, First Out), LIFO (Last In, First Out), CMP (Custo 
Médio Ponderado), ou outo que a empresa adopte. Portanto, 
qualquer um deles utiliza a fórmula seguinte,que permite calcular o 
Inventário Final ou Matéria-prima Consumida. 
 
 
Formula: 
 
As compras incluem o preço de factura e todos os gastos verificados 
com a aquisição dessa matéria. 
 
2- Mão-de-Obra Directa - são remunerações e respectivos encargos 
do pessoal que trabalha directamente na fábrica. 
 
3- Gastos Gerais de Fabrico/Produção - são todos os restantes 
gastos imputáveis ao processo de fabrico. Estes gastos são comuns, 
pelo que, quando se trata de vários produtos a fabricar, é necessário 
fazer a repartição utilizando vários critérios. 
 
• Custo Primo – é a soma do custo das matérias consumidas com 
a mão-de-obra directa. 
 Custo Primo = MP + MOD 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
55 
 
 
 
• Custo de Transformação – corresponde a todos os encargos 
até a saída da fabricação de produtos, excluindo o custo das 
matérias consumidas. 
 Custo de Transformação = MOD + CGF 
 
 
• Custo Industrial/Produção – é o custo à saída da produção, isto 
é, o somatório do custo primo mais os gatos gerais de 
produção. 
 Custo Industrial/Produção = MP + MOD + CGF 
 
 
• Custo Complexivo/Comercial – obtém-se somando os custos de 
produção, os gastos gerais da empresa (custos de venda e 
custos administrativos) 
Custo Complexivo/Comercial = (MP + MOD + CGF) + CV + CA 
 
 
• Custo Económico técnico/Completo = é o somatório do custo 
comercial mais os gastos figurativos (salário do empresário, 
prémio de risco e juro de capital próprio). 
Custo Económico técnico/Completo = (MP + MOD + CGF + CV + 
CA) + GF 
Custo figurativo: São gastos que não são registados na 
Contabilidade Geral, tais como Premio de risco Industrial, premio 
de direcção, etc.. 
 
 
Apuramento de Resultados 
• Volume de Vendas = Qv * Pv 
• Lucro bruto = VV – CPV (MP + MOD + CGF) 
• Lucro líquido = LB – CComercializacao (CV + CA) 
• Lucro puro = LL – Custos Figurativos (SE + PR + JCP) 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
56 
 
 
 
 
 
 
Exercícios de Auto-Avaliação 
 
1. A Sociedade Cheguei Chegando, Lda. dedicada a produção de 
bebidas, apresentou as seguintes operações durante o mês de 
Outubro último: 
Matérias-primas: 
31/09/15…………………………………………... 80kgs @ 10.000,00 
05/10/15……….……………………………........ 670Kgs@ 2.500,00 
31/10/15……………………………….………..… 2/5 das existências em stock 
Produtos Acabados: 
Existências iniciais……………………………… 350 barris @ 2.250,00 
Produção…………………………………………… 1.800 barris 
Stocks finais………………………………….…… 1.350 barris 
 
 
i. Despesas do mês: 
Pessoal da secção de transformação .................................... 750.000,00 
Imposto de consumo ........................... 5% do custo de transformação 
Comissões de vendedores .................................... 15% do Custo Primo 
Material de Escritório............................................................ 350.000,00 
Manutenção do equipamento fabril ..................................... 225.000,00 
Ordenados do Engenheiro .................................................... 825.000,00 
 
 
Os gastos figurativos representam 2/5 do Custo comercial 
O preço de venda unitário foi de 3.450,00MT 
Pretende-se: 
a) Cálculo dos custos: Industrial e Comercial do produto (total e 
unitário) 
b) Demonstração de Resultados 
Nota: a empresa valoriza as matérias-primas e produção acabada 
segundo o FIFO e LIFO, respectivamente. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
57 
 
 
Este valor não se aproxima 
 
Solução: 
 
 
FIFO 
Armazém de Matérias Primas 
 Quant. (kg P.Unitário Valor Quant. P.Unitário Valor 
Ex. Inicial 80 10,000.00 800,000.00 Ex.inicial 80 10,000.00 800,000.00 
Compras 670 2,500.00 1,675,000.00 
Consumo 
Compras 370 2,500.00 925,000.00 
 Soma 750 2,475,000.00 450 1,725,000.00 
 Existencia Final 300 2,500.00 750,000.00 
 Soma 750 2,475,000.00 
 
CT= 750.000,00 + 225.000,00 + 825.000,00 
= 1.800.000,00 
 
Logo: Imposto de Consumo = 5% x 1.800.000,00 = 90.000,00 
 
 
CP = 1.725.000,00 + 750.000,00 
= 2.475.000,00 
 
Logo: Comissões de Vendedores = 15% x 2.475.000,00 
= 371.250,00 
 
Custo Industrial = 1.725.000,00 + 750.000,00 + 1.050.000,00 
= 3.525.000,00 
 
 
Ciunitário = 3.525.000,00/1.800 = 1.958,33 
 
Armazém de Produtos Acabados 
Quant. (kg P.Unitário 
Ex. Inicial 350 2,250.00 
Produção 1800 1,958.33 
 
 
LIFO 
Soma 2150 
 
Valor 
787,500.00 
3,525,000.00 
4,312,500.00 
 
Produção 
Ex. Final 
Ex.inicial 
Quant. P.Unitário Valor 
350 2,250.00 787,500.00 
1000 1,958.33 1,958,333.33 
1350 2,745,833.33 
 Vendas 800 1,958.33 1,566,666.67 
 Soma 2150 4,312,500.00 
 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
58 
 
 
 
 
GC = 90.000,00 + 371.250,00 + 350.000,00 
= 811.250,00 
 
CC = 1.566.666,66 + 811.250,00 
= 2.377.916,66CCunitário = 2.377.916,66/800 = 2.972,40 
 
GF = 2/5 x 2.377.916,66 
= 951.166,66 
 
Demonstração de Resultados 
 
Vendas 2.760.000,00 
CIPV 1.566.666,66 
LB 1.193.333,34 
Gastos de Comercialização 811.250,00 
Lucro Líquido 382.083,34 
Gastos Figurativos 951.166,66 
Lucro Puro (569.083,32) 
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59 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 2.4. Exercícios Deste Tema. 
 
 
 
1. Sem se desviar do conceito da Contabilidade de Custos, diga no 
seu entender, porquê é que uma empresa industrial necessita da 
Contabilidade de Custos? 
2. Sabe-se que os processos produtivos podem ser distintos nas 
empresas industriais, dependendo da natureza da sua produção. 
Nesses processos há acumulação de gastos para determinar 
custos. 
a) De que processos se trata? 
b) Será que os gastos se acumulam da mesma forma em 
ambos os processos? Fundamente a sua resposta. 
3. Assinale a opção correcta 
a) O custo industrial dos produtos vendidos é igual ao custo 
industrial da produção do período quando: 
i.A existência inicial é igual a existência final, 
independentemente do critério adoptado pela entidade. 
ii. As unidades vendidas são iguais a produção do período em que 
não havia existências iniciais. 
iii. A produção do período é igual a unidades vendidas, havendo 
existências finais, independentemente do critério adoptado 
pela entidade. 
4. Na valorização das existências, o critério valorimétrico que busca o 
equilíbrio entre os preços é: 
iv. FIFO 
v. Custo médio ponderado 
vi.LIFO 
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60 
 
 
 
5. Coloque nos parênteses D (para despesas) e C (para custos) e P 
(para perda) ao lado de cada conta abaixo: 
( ) Salário do Electricista de Manutenção 
( ) Depreciação do automóvel utilizado pelo Director da empresa 
( ) Encargos financeiros sobre o desconto de títulos 
( ) Remuneração do tempo de pessoal em greve 
( ) Consumo de aço numa industria metalúrgica 
( ) Energia eléctrica (consumida por uma máquina utilizada para 
corte de aço) 
( ) Energia eléctrica (consumida por um letreiro da sede 
administrativa da empresa) 
( ) Gastos com propaganda e publicidade 
 
 A B 
1 Aquisição de uma viatura para administração, a crédito 
2 Pagamento de salário ao Passoal afecto na administração 
3 Consumo de energia no Sector de Produção 
4 Processamento de Salário dos operários 
5 Pagamento de agua e energia no sector comercial 
6 Pagamento de publicidade e propaganda 
7 Depreciação de equipamento fabril 
8 Pagamentos de salário um grupo de operários que estavam em greve 
9 Obsolescência de parte dos estoques de materiais. 
10 Pagou a factura do anúncio que colocou no jornal deste fim de 
semana 
 
11 Colocou anúncio no jornal desta semana, mas só vai pagar no fim do 
mês 
 
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61 
 
 
 
6. No quadro abaixo, na coluna A, coloque C, se for Custo, D se for 
Despesas, e I se for Investimento ou P se for Perda; Na coluna B, 
coloque S, se houve desembolso, e N se não houve Desembolso 
 
7. O consumo excessivo (extraordinário) de Combustivel dos 
equipamentos da fabrica é: 
a) Gasto 
b) Perda 
c) Desembolso 
d) Investimento 
 
 
8. Em termos Gerais a Contabilidade Custos esta: 
a) Orientada ao apuramento de lucros para efeitos fiscais 
b) Preocupada com informação global do património da 
empresa 
c) Preocupda com os Custos da empresas; 
d) Resultado Global da empresa 
 
 
9. A Vale Tudo, SA – Empresa que explora Carvão em Moçambique, 
celebrou um contrato com a “Indian Company, Inc.” tendo 
facturado cerca de $5.000.000. Portanto, deste valor verificou-se 
que a Vale Tudo, SA apenas tinha cumprido em 60% do contrato e 
o resto só poderia cumprir em Janeiro de 2015. O Valor de Receita 
a registar no presente ano será de: 
a) $5.000.000 
b) $2.800.000 
c) $2.000.000 
d) $3.000.000 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
62 
 
 
 
10. A empresa Sou Daqui, S.A. registou em Janeiro do ano 200X o 
seguinte movimento quanto à matéria-prima A: 
▪ Inventário inicial: 1.000 kg à 20,00/ kg 
▪ Compras: 5.000 kg à 22,00/ kg 
▪ Consumos: 5.500 kg 
 
Calcule o valor da MP – Consumida (Consumos) utilizando os critérios 
de valorimetria: 
a) FIFO (Firs In, First Out), 
b) LIFO (Last In, First Out) e 
c) CMP (Custo Médio Ponderado). 
 
 
11. Uma Indústria sedeada na Província de Manica, que se dedica ao 
fabrico de sumo de marca Laranjada, apresentou a estrutura de 
custos e volume de vendas que se seguem: 
 
▪ Matérias-primas 20.000,00 
▪ Gastos de vendas 5.000,00 
▪ Gastos de fabrico 25.000,00 
▪ Mão-de-obra aplicada directamente na produção 30.000,00 
▪ Gastos da área administrativa 20.000,00 
▪ Vendas do período 150.000,00 
 
 
Com os dados acima, determine: 
a) O Custo Industrial 
b) O Custo Industrial dos Produtos Vendidos (CIPv) , sabendo 
que as vendas atingiram 95% da Produção do Período 
c) O Resultado do período. 
Nota: a produção do periodo foi de 1.000 u.n. 
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63 
 
 
 
12. A Contabilidade de Custos de uma padaria apresentou os 
seguintes registos no mes de Janeiro findo. Dados em 31 de 
Dezembro de 2013 
✓ Existências iniciais: 
▪ Materias Primas (MP) 7.500,00 um 
▪ Produtos Acabados 4.650 @ 0,91 MT 
 
✓ MP adquiridas no mes corrente 6.100,00 um 
✓ Salário dos operários da fábrica 7.000,00 um 
✓ Outras despesas incorridas no processo: 
▪ Renda no deposito de vendas 800,00 um 
▪ Gastos com desconto de letra 600,00um 
▪ Ordenados do pessoal para serviços extras do 
Departamento da transformação 4.600,00um 
▪ Consumo de diversos materiais na fábrica 300,00 um 
▪ Telefones da Administração 700,00 um 
▪ Amortização das instalações fabris 2.500,00 um 
▪ Ordenado do pessoal do Departamento Comercial 
1.250,00 um 
▪ Embalagens/ferramentas de uso não duradouro 
1.400,00 um 
▪ Rendas da fábrica 700,00 um 
▪ Remuneração do Conselho de Direcção 800,00 um 
▪ Juros de reforma de letras 650,00 um 
▪ Ordenado do pessoal de contabilidade 1.400,00 um 
▪ Descontos de pagamentos concedidos 450,00 um 
▪ Renda do escritório da Administração 400,00 um 
▪ Prémios de risco, 15% dos gastos Administrativos. 
 
 
✓ Vendas do período 20.000 unidades @ 3,50 um 
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64 
 
 
 
✓ Existências Finais: 
▪ Matérias-primas (trigo) 120,00 um 
▪ Produtos acabados 300 unidades 
 
 
A empresa utiliza o critério LIFO para a valorização das 
existências. 
Pretende-se: 
1. A determinação dos Custos seguintes: 
a) Custo Primário ou Primo; 
b) Custo de Transformação; 
c) Custo Industrial /Produção; 
d) Gastos de Distribuição; 
e) Gastos de Administração; 
f) Gastos de Comercialização; 
g) Custo Complexivo ou Comercial; 
h) Custo económico Técnico. 
2) Mapa de Demonstração de Resultados 
a) Lucro Bruto; 
b) Lucro Liquido; 
c) Lucro Puro. 
 
 
13. A Sociedade Sabores Contra-Mão, Lda. dedicada a produção de 
bebidas, apresentou as seguintes operações durante o mes de Julho 
de 2014: 
✓ Matérias-primas: 
 
▪ 31/06/14 80kgs @ 10.000,00 
▪ 05/07/14 670Kgs@ 2.500,00 
▪ 31/07/14 1/5 das existências em stock 
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65 
 
 
 
✓ Produtos Acabados: 
▪ Existências iniciais 350 barris @ 2.250,00 
▪ Produção 2.000 barris 
▪ Stocks finais 1.000 barris 
 
 
✓ Despesas do mês: 
 
Descrição Valor 
▪ Pessoal da secção de transformação 750.000,00 
▪ Imposto de consumo 5% do custo de transformação 
▪ Comissões de vendedores 25% doCusto Primo 
▪ Material de Escritório 350.000,00 
▪ Manutenção do equipamento fabril 225.000,00 
▪ Ordenados do Engenheiro 825.000,00 
 
 
✓ Os gastos figurativos representam 2/5 do custo comercial 
✓ O preço de venda unitário é de 3.750,00 
Pretende-se: 
c) Cálculo dos custos: Industrial e Comercial do produto (total e 
unitário) 
d) Demonstração de Resultados 
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66 
 
 
 
14. Do balancete do mês de Maio de 19X1 da empresa JMC, 
retiraram-se os seguintes elementosI: 
 
▪ Existências iniciais 
▪ Produtos acabados 5 550 000 
▪ Produtos em vias de fabrica 
Matérias primas 820 000 
Mão de obra directa 440 000 
Gastos gerais de fabrico 100 000 
▪ Matérias primas 930 000 
▪ Matérias subsidiárias e materiais diversos 420 000 
▪ Outros movimentos 
▪ Amortizações do equipamento fabril(mensal) 1 245 000 
▪ Salários do pessoal fabrila 4 800 000 
▪ Vendas de produtos 30 000 000 
▪ Devoluções de venda 858 000 
▪ Descontos comerciais sobre vendas 254 000 
▪ Compras de matérias primas 7 800 000 
▪ Devoluções de compras 680 000 
▪ Descontos comerciais sobre compras 520 000 
▪ Despesas de compras 500 000 
▪ Salários dos empregados da fábricaa 1 380 000 
▪ Energia eléctrica fabril 570 000 
▪ Compras de materiais subsidiárias 240 000 
▪ Renda do edifício da fábrica 750 000 
▪ Seguro da fábrica (mensal) 260 000 
▪ Diversos gastos gerais de fabrico 1 800 000 
▪ Publicidade 1 090 000 
▪ Ordenados dos vendedoresa 1 425 000 
▪ Combustíveis das viaturas dos vendedores 510 000 
I Exercício 2.10 do Caiado, contabilidade analítica casos práticos 
a Sobre salários e ordenados incidem encargos sociais imputados de 60% 
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67 
 
 
▪ Ordenados do pessoal administrativoa 1 420 000 
▪ Artigos de papelaria 450 000 
▪ Créditos incobráveis 267 000 
▪ Amortizações de equipamento de distribuição(mensal) 
640 000 
• Amortizações de equipamento administrativo(mensal) 
210 000 
▪ Depósitos em bancos 5 450 000 
▪ Juros e custos similares 1 300 000 
 
 
✓ Existências finais 
▪ Produtos acabados 4 600 000 
▪ Produtos em vias de fabrico 
Matérias primas 600 000 
Mão-de-obra directa 320 000 
Gastos gerais de fabrico 180 000 
Matérias primas 640 000 
Matérias subsidiárias 300 000 
 
✓ Produção do mês 5000 unidades 
Pretende-se que determine: 
a) O custo primo da produção do mês e dos produtos acabados; 
b) Custo da transformação da produção do mês e dos produtos 
acabados; 
c) Custo industrial da produção do mês e dos produtos acabados; 
d) Custo industrial dos produtos vendidos; 
e) Custo comercial; 
f) Custo complexivo; 
g) Lucro bruto; 
h) Lucro líquido. 
 
Nota: Valores em Unidades Monetárias. 
 
 
 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
68 
 
 
 
15. Do balancete da empresa OMEGA do mês de Dezembro do ano N 
retiraram-se os seguintes elementos: 
a) Movimento do mês: 
 
Descrição Valor 
Depreciação do edifício e equipamento industrial 7.150,00 
Comissões dos vendedores da empresa 5.630,00 
Ordenados do encarregado da fábrica 2.500,00 
Vendas de Produtos 135.500,00 
Descontos sobre vendas (de natureza comercial) 1.825,00 
Despesas de transporte (da responsabilidade da empresa) 2.330,00 
Devoluções de vendas 1.760,00 
Salários dos operários da fábrica 22.000,00 
Energia eléctrica da àrea fabril 3.100,00 
Compras de matérias subsidiárias e materiais diversos 10.000,00 
Renda do edifício fabril 6.100,00 
Seguro da fábrica 1.040,00 
Publicidade 5.230,00 
Combustíveis das viaturas dos vendedores 480,00 
Compras de matérias-primas 25.000,00 
Devoluções a fornecedores 2.350,00 
Descontos obtidos (de natureza comercial) 1.200,00 
Despesas de compra (da responsabilidade do fornecedor) 2.000,00 
Outro FSE (de natureza comercial) 1.980,00 
Ordenados do pessoal administrativo 4.000,00 
Ordenados do pessoal da distribuição 4.200,00 
Depreciações da àrea comercial 2.050,00 
Depreciações da àrea administrativa 2.100,00 
Créditos incobráveis 1.900,00 
Empréstimo bancário 175.000,00 
Juro do empréstimo bancário 656,00 
b) Inventários (Mt) 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
69 
 
 
 
Descrição MP MS e 
Diversos 
PA PVF 
Inventários iniciais 4.650,00 2.100,00 27.500,00 6.500,00(*) 
Inventários finais 3.250,00 1.550,00 23.200,00 5.500,00(*) 
(*) Cerca de 60% respeitam a matérias-primas, 25% a mão-de- 
obra directa e 15% a GGF 
 
✓ Informações adicionais: 
❖ O consumo de matérias subsidiárias distribuiu-se pelas 
funções industrial, distribuição e administrativa na 
proporção de 50%, 15% e 35% respectivamente. 
 
✓ Pede-se: 
▪ Mapa de separação dos custos e despesas 
▪ Calculo de: 
✓ Matéria-prima Consumida 
✓ Custo Primo 
✓ Custo de Transformação 
✓ Custo Industrial de Produção do mês 
✓ Custo Produção Acabada 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
70 
 
 
 
TEMAIII – Sistemas de Custeio 
UNIDADE Temática 3.1. Sistema de Custeio por Ordem de Produção 
UNIDADE Temática 3.2. Sistema de Custeio por processo 
UNIDADE Temática 3.3. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
UNIDADE Temática 3.1. Sistema de Custeio por Ordem de Produção 
 
Introdução 
 
Os sistemas de custos constituem um conjunto de normas, métodos e 
procedimentos necessários para o planeamento, registo de gastos, 
cálculo e análise do custo na organização. 
 
A contabilidade de custos visa, dentre outros objectivos, expôr 
informação elaborada sobre: 
✓ Custo de produtos acabados. 
✓ Custo de produtos em processo. 
✓ Custo de departamentos. 
✓ Custo de produção defeituosa. 
✓ Custo de desperdícios, etc. 
 
Para o efeito destinguem-se duas técnicas de acumulação de gastos 
para a determinação do custo do produto, conforme a empresa opere 
em processo produtivo contínuo ou descontínuo, para os quais se 
aplicam, respectivamente, o sistema de custos por processo e o 
sistema de custos por ordem de fabrico. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
71 
 
 
Sistema de Custo por 
Ordens. 
Sistema de Custo 
por Processo. 
 
 
 
 
Processos de Produção: 
 
 
 
Objectivo Fundamental 
 
 
 
Determinar Custos Acumular Gastos 
Distinguem-se dois 
Sistemas de custos 
Por ordens de produção ou por encomenda, e 
Por processo ou departamentos 
Descontinuo Continuo 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCE
D 
Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
72 
 
 
 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
▪ Identificar e caracterizar o sistema de funcionamento por orden de 
produção; 
▪ Analisar em que situações o sistema de custeio por ordem de produção 
deve ser aplicado; 
▪ Identificar os elementos ligados à cada ordem de produção. 
 
 
 
Sistema de Custeio Por Ordem de Produção 
 
O sistema de custeio por ordem de produção ou por encomenda é 
aplicado pelas empresas de produção diversificada, permitido a 
imputação directa dos custos a cada produto ou lote controlados 
através da ordem de produção. Ex: empresas de construção civil, 
construção naval, metalomecânica, reparação de automóveis, 
consultoria, etc. 
O sistema de custeio por ordem de produção permite: 
 
a) Determinar os custos específicos de cada uma das 
encomendas; 
b) Comparar os custos que serviram de base ao orçamento 
elaborado (apresentado ao cliente) com os custos 
efectivamente suportados pela fabricação; 
c) Comparar os custos de cada produto com o respectivo preço 
de venda. 
 
Funcionamento 
 
1. O produto, ou lote de produtos, é identificado 
separadamente ao longo de todo o processo de fabrico, 
através de uma ordem de produção; 
2. Os custos directosrelativos ao produto, ou lote de 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
73 
 
 
 
produtos, são identificados e determinados separadamente 
ao longo de todo o processo de produção; 
3. Os gastos gerais de fabrico são imputados aos centros de 
custos e, depois, ao produto, ou lote de produtos, de 
acordo com a base de imputação determinada; 
4. Após a conclusão dos trabalhos de produção de cada 
produto, ou lote de produtos, somam-se os custos totais e 
divide-se o total destes pelo número das unidades 
produzidas, calculando-se o custo unitário. 
Documentos: 
Ordem de Trabalho 
 
Ordem de Trabalho 
Empresa 
Oficinas 
 
Produção de 
Custo Unitário 
Destino da Produção 
OT N° 
Data de Inicio 
Data de Término 
Unidades 
 
Preço de Venda 
2- Força de Trabalho qualificada ou Directa, específica ou Geral 
3- Equipamentos a utilizar, horas máquinas etc. 
4- Outros 
5- Observações 
J’ Produção Preparado por: 
Assinatura Data Oficina que recebe 
Para uso nas oficinas Especificações produtivas: 
Vale Servida Necessidade UM 
Quantidade Necessária 
 
1- Materiais 
Dados da produção a realizar ou serviço a prestar 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
74 
 
 
 
Requisição de Matérias 
 
RequisiçãoN° Data 
Ordem de Produção 
Departamento 
Código Descrição Quant. Custo 
Unitário 
Custo 
Total 
 
Assinatura Autorizada 
 
 
Folha de Agrupamento da mão-de-obra Directa 
 
Senha N° Data 
Operário Departamento 
Início Fim Tempo de 
Trabalho 
Rate Valor Ordem de 
Produção 
 
O 
Supervisor 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
75 
 
 
 
Imputação dos Gastos gerais de Produção 
 
Os gastos gerais de produção (GGF) são custos indirectos em relação 
às ordens de produção, sendo por isso impossível ou difícil determinar 
com exactidão os custos particulares de cada ordem de produção; 
Os GGF consistem de itens heterogéneos, incluindo tando custos fixos 
como variáveis; 
Em muitas empresas a produção varia muito ao longo do ano, por 
razões sazonais ou outros factores, contudo os GGF tendem a ser mais 
ou menos constantes (pelo facto de a maior proporção ser a de custos 
fixos). 
 
Pelas razões acima, a única forma de imputação dos gastos gerais de 
fabrico aos produtos é através do processo de alocação dos GGF. 
A alocação dos GGF adoptando-se uma base de imputação dos gastos 
gerais de Fabrico (Horas máquina ou Horas homem). 
 
Após a escolha da base de alocação, divide-se o total dos GGF 
estimados pela base, para obter a taxa de imputação dos GGF. 
 
A necessidade de uso duma taxa teórica dos GGF justifica-se pelas 
seguintes razões: 
 
Antes do fim período contabilístico, os gestores podem querer saber o 
custo dos produtos acabados; 
 
Quando a taxa dos GGF é computada frequentemente, os factores 
sazonais podem provocar variações na taxa de imputação dos GGF; 
O uso duma taxa predeterminada simplifica os registos contabilísticos; 
Necessidade de medir o desempenho dos centros de actividade, pela 
comparação entre a taxa teórica e a taxa real. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
76 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 3.2. Sistema de Custeio por processo. 
 
Introução 
 
 
O financiamento por processos é um sistema de acumulação de custos 
de produção por departamento ou centro de custo que é aplicável em 
indústrias em que a produção é contínua. Nesta unidade temática 
pretende-se ilustrar a forma como os gatos são acumulados neste para 
determinar custos, dado que no sistema de Custeio por Ordem estes 
são acumulados encomenda à encomenda. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Identificar e caracterizar o sistema de funcionamento por processo; 
 
▪ Analisar em que situações o sistema de custeio por processo; 
 
▪ Identificar as actividades ligadas à cada um dos processos de produção. 
 
 
 
Sistema de Custos Por Processo 
O sistema de custeio por processo (também conhecido por método 
indirecto) é adoptado pelas empresas que operam num processo de 
produtivo contínuo para a produção de produtos padronizados. Por 
exemplo: as empresas do ramo de eletrodomésticos, produtos 
químicos, hospitais 
 
Este Sistema é diferente do Sistema de Custo Por Ordem de Produção 
no que tange a acumulação de custos. No segundo sistema, a 
acumulação dos custos é prévia, através das ordens de produção e, 
posteriormente, são aglutinados em seus departamentos produtivos. 
Já, no sistema de custeio por processo, inversamente, primeiro chega- 
se aos custos por processo ou departamento e, posteriormente, estes 
são repartidos pelos produtos que passam por estes processos. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
77 
 
 
 
Características do sistema de custeio por processo: 
✓ É um sistema de custeio menos burocrático do o que 
apresentado anteriormente, por apresentar menor número de 
detalhes e registros. Com isto, racionaliza-se o tempo e 
economizam-se os custos. 
✓ São aplicados por empresas que operam em regime de 
produção contínua e seriada, com lotes de produtos 
padronizados. 
✓ Os custos de fabricação são acumulados durante o processo 
produtivo nos departamentos ou centros de custo. 
✓ Os apuramentos do custo podem ser mensais, bimestrais ou 
trimestrais. Recomenda-se que estes sejam o mais frequentes 
possíveis, de modo que proporcionem um perfil mais 
actualizado da estrutura de custos e permitir uma tomada de 
decisão eficiente e eficaz. 
✓ Surgem na acumulação dos custos dos diversos processos ao 
longo da produção, através de cinco fases sequencialmente 
estruturadas: fluxo físico, unidades equivalentes, fluxo 
monetário, custo total dos procedimentos e custo médio 
unitário (obtido na divisão do custo total de cada centro de 
custo ou departamento pela sua respectiva actividade). 
✓ Cada unidade produzida transferida para um departamento 
seguinte ou para o estoque de unidades acabadas, leva consigo 
uma parcela do custo total dos processos precedentes. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
78 
 
 
 
 
 
Exercícios de Auto-Avaliação 
 
 
 
1. A Moçambique Industrial, S.A que opera em regime de fabricação por 
encomenda, apresentava os seguintes saldos em 01/03/2009: 
a) Caixa 40.000,00 
b) Matérias 
Prima: 10.500kg @10,00 
Subsidiária: 1.000kg @ 0,50 
Durante o mês de Abril iniciou a fabricação das encomendas 300; 301, 
310 e 312. 
i. Compra a prazo e a pronto, 90% e 10%, respectivamente: 
 
Descrição Primas Auxiliares 
Compras 4.500kg x 15,00 700kg x 0,75 
Existências Finais 2.000kg 80kg 
 
ii. Compra a prazo de combustível no valor de 7.000,00 
iii. Salário do mês no total de 200.000,00, assim distribuídos: 
- Salário do Engenheiro da Fábrica 20% 
- Salário dos caixeiros-viajantes 15% e o restante foi alocado à 
fabricação. 
iv. Quadro de distribuiçào da M.P. e M.O.D 
 
Descrição Matéria Prima Mão-de-Obra 
Encomenda 300 3.000kg 30% 
Encomenda 301 4.250kg 15% 
Encomenda 310 3.250kg 35% 
Encomenda 312 2.500kg 20% 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
79 
 
 
 
v. O rateio dos gastos gerais de produção é com base nas 
quantidades de matérias-primas consumidas. 
vi. As encomendas 300 e 312 foram concluídas e vendidas aos 
clientes com uma margem de lucro de 38% do seu custo. 
vii. Critérios de valorimetria: 
- Matéria Prima – LIFO 
- Matéria auxiliar - Custo Médio Ponderado 
Pretende-se: 
a) Mapa de determinação do Custo Industrial de cada encomenda; 
b) Demonstração de Resultados 
 
Solução: 
 
 
1. Afectação da MatériaPrima: 
 
Encomenda 300……. (3.000 x 15,00) = 45.000,00 
Encomenda 301……. (1.500 x 15,00) + (2.750 x 10,00) = 50.000,00 
Encomenda 310……. (3.250 x 10,00) = 32.500,00 
Encomenda 312……. (2.500 x 10,00) = 25.000,00 
 
 
2. Afectação da Mão-de-obra directa: 
 
Encomenda 300……. (130.000,00X30%) = 39.000,00 
Encomenda 301……. (130.000,00X15%) = 19.500,00 
Encomenda 310……. (130.000,00X35%) = 45.500,00 
Encomenda 312……. (130.000,00X20%) = 26.000,00 
 
3. Afectação dos Gastos Gerais de Fabrico 
GGF = 7.000,00 + 40.000,00 + 976,76 = 47.976,76 
QT de MP Consumida = 13.000 
Coef. = 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
80 
 
 
 
Encomenda 300……. (3.000x3,69052 = 11.071,56 
Encomenda 301……. (4.250x3,69052) = 15.684,71 
Encomenda 310……. (3.250x3,69052 = 11.994,14 
Encomenda 312……. (2.500x3,69052 = 9.226,3 
 
a) Mapa de determinação do Custo Industrial de cada 
encomenda; 
Encomendas 300 301 310 312 
Matéria-Prima 45.000,00 50.000,00 32.500,00 25.000,00 
Mão-de-Obra Directa 39.000,00 19.500,00 45.500,00 26.000,00 
Gastos Gerais de 
Fabrico 
11.071,56 15.684,71 11.994,19 9.226,30 
TOTAL 95.071,56 85.184,71 89.994.19 60.226,30 
 
 
b) Demonstração de Resultados 
 
 
Encomenda 300 312 TOTAL 
Vendas 131.198,75 83.112,29 214.311,04 
CIPV 95.071,56 60.226,30 155.297,86 
Resultado Bruto 36.127,19 22.885,99 59.013.18 
Gasto das Vendas 30.000,00 
Resultado Operacional 29.013,18 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
81 
 
 
 
2. Sistema de custos por processo. Cálculo do custo real. Elaboração do 
informe de movimento de unidades e estado de produção 
equivalente. 
 
Caso A: 
Materiais no início do processo. Primeiro departamento. Cálculo 
de custos unitários, valoração da produção terminada e da 
produção em processo no final. 
 
a. Se pôr em fabricação 20.000 unidades. Os materiais se 
introduzem ao começar as operações. A produção completa 
ascendeu a 15.000 unidades. A produção em processo tem 
aplicado 60% dos custos de conversão. 
Os recursos empregados foram: 
➢ Matérias-primas e materiais 10.000,00 
➢ Salário Básico Obreiros da Produção 21.600,00 
➢ Gastos gerais 3.600,00 
 
 
Caso B: 
Materiais no final do processo. Segundo departamento. Determinação 
do custo unitário, valoração da produção terminada e da produção em 
processo no final. 
b. Se receber do departamento anterior 40.000 unidades, com um 
custo unitário de 1,00 mt 
O material adicional é um recipiente que custa 0,70 mt por 
unidade. 
A conversão consiste em colocar o recipiente. 
Embalaram-se 35.000 unidades. Os custos de conversão foram: 
Salário básico obreiros da produção 7.000,00 
Gastos gerais 3.500,00 
 
 
 
 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
82 
 
 
 
Trabalho a Realizar: 
a. Movimento de unidades. 
b. Produção equivalente. 
c. Cálculo dos custos unitários. 
d. Cálculo do custo dos diferentes grupos de unidades. 
 
Nota: para facilitar os cálculos, se considerará 10% para o salario 
complementario. 
 
 
 
 
 Solução: 
 
Caso “A”. 
INFORME MOVIMIENTO DE UNIDADES 
Mês terminado em 30 de Setembro de 2006. 
 
Departamento I 
Quantidade a Prestar Conta: 
Unidades postas em fabricação 20.000 
Total a prestar Conta: 20.000 
 
 
 
Distribuídas como segue: 
Unidades terminadas e transferidas 15.000 
Unidades em processo no final 5.000(100/60) 
Total distribuidas 20.000 
 
 
 
Caso “A” 
ESTADO DE PRODUÇÃO EQUIVALENTE 
Mes terminado em 30 de setembro de 2006. 
 
 
 
Departamento I Materias C. Conversão 
Começadas e Terminadas 15.000 15.000 
Em processo no final 5.000 3.000 
 20.000 18.000 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Departamento II 
Caso “B”. 
INFORME MOVIMIENTO DE UNIDADES 
Mes terminado em 30 de setembro de 2006. 
Quantidades a Prestar Conta: 
Unidades recibidas do dpto anterior 40.000 
Total a prestar Conta: 40.000 
 
 
 
Distribuídas como segue: 
Unidades terminadas e transferidas 35.000 
Unidades em proceso no final 5.000 
Total distribuidas 40.000 
 
 
 
Caso “B” 
ESTADO DE PRODUÇÃO EQUIVALENTE 
Mês terminado en 30 de junho de 2006. 
 
 
 
Departamento II Rec. Dpto Anterior Materias 
C. Conversão 
Começadas e Terminadas 
 
35.000 
 
35.000 
Em processo no final 5.000 0 
 40.000 35.000 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
84 
 
 
 
 
 
A. Caso “A”. 
INFORME DO CUSTO DE PRODUÇÃO 
Mes terminado em 30 de setembro de 2006. 
 
Custos adicionais pelo departamento. C. Total C. Unit 
Materias primas e materiais 10.000,00 0,50 
Salario básico de obreiros da produção 21.600,00 1,20 
Salario complementario 2.160,00 0,12 
Gastos gerais 3.600,00 0,20 
Custo total del período 37.360,00 2,02 
Transferidos para dep. seguinte (15000 x $ 2.02) 30.300,00 
Inventário final de produtos em proceso: 
Matérias-primas e materiais 2.500,00 
Salário básico obreiros da produção 3.600,00 
Salário complementário 360,00 
Gastos gerais 600,00 
Total em proceso no final 7.060,00 
Custo total contabilizado 37.360,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
85 
 
 
 
Caso “B”. 
INFORME DE CUSTO DE PRODUÇÃO 
Mes terminado em 30 de setembro de 2006. 
C.Total C. Unit 
Custos do departamento anterior 40.000,00 1,00 
(40000 x 1,00) 
 
Custos adicionais pelo departamento. 
Materias primas e materiais 24.500,00 0,70 
Salário básico de obreiros da produção 7.000,00 0,20 
Salário complementário 700,00 0,02 
Gastos gerais 3.500,00 0,10 
Custo total adicional 35.700,00 1,02 
Custos totais para contabilizar 75.700,00 2,02 
 
 
 
Transf. para o dep.seguinte(35.000 x $ 2.02) 70.700,00 
Inventário final de produtos em processo: 
Custo do departamento anterior 5.000,00 
Total em processo no final 5.000,00 
Custo total contabilizado 75.700,00 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
86 
 
 
 
 
 
3. A empresa SKIAR dedica-se a fabricação e comercialização de dois 
tipos de Skis: 
➢ Modelo A – Ski de pista 
➢ Modelo B – Ski normal 
O processo produtivo desta empresa compreende 3 fases: 
• Preparação, Moldagem e Acabamento . 
Existe ainda uma secção auxiliar (a secção de Manutenção) que trata 
da conservação dos edifícios e equipamentos de toda a empresa. 
Existem ainda dois armazéns: 
• Armazém de matérias, onde são acondicionadas todas as 
matérias inerentes a produção, com excepção da resina e das 
outras matérias; 
• Armazém de Produtos Acabados, onde são armazenados os 
produtos acabados. 
Da contabilidade do mes de Abril do ano N retiraram-se os 
seguintes elementos: 
 
a) Custos e Actividade das Secções 
 
Secções/U.F. Custos directos Actividade 
CV CF 
Preparação (Hh) 48.200,00 42.850,00 2.500 
Moldagem (Pares de Skis) 41.000,00 95.000,00 2.700 
Acabamento (Hh) 27.000,00 16.500,00 900 
Manutenção (Hh) 4.400,00 13.200,00 880 
AMP - 9.180,00 - 
APA - 5.400,00 - 
 
Os custos do AMP são imputados às quantidades consumidas 
de blocos, laminas, reforços e suportes de fixação. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
87 
 
 
 
Os custos de APA são imputados em função de número de 
pares de skis vendidos. 
A secção de Manutenção repartiu a sua actividade da seguinte 
forma: 
▪ Secção de Preparação: 260 Hh 
▪ Secção de Moldagem: 300 Hh 
▪ Secção de Acabamento: 320 Hh 
 
c) Consumo de Materiais e de Actividade das Secções 
 
Descrição UF Modelo A Modelo B 
1. Matérias 
Bloco central plástico Par 1.200 - 
Bloco central metálico Par - 1.500 
Lamina aço Par 1.200 1.500 
Reforço biqueira Par 1.200 1.500Suportes de fixação Par 1.200 1.500 
Resina Kg 3.000 3.750 
Materiais diversos MT 12.000,00 2.500,00 
2. Actividade das Secções 
Preparação Hh 1.500 1.000 
Moldagem Par 1.200 1.500 
Acabamento Hh 400 500 
 
C) Produção e Venda 
 
Produto Produção Vendas 
Quantidade PV 
Ski/Modelo A 1.200 1.370 300,00 
Ski/Modelo B 1.500 1.480 250,00 
 
d) Compras: 
 
Descrição UF Qtd Custo Unit. 
Bloco central plástico Par 1.300 15,00 
Bloco central metálico Par 1.500 5,00 
Lâmina de aço Par 2.800 3,50 
Reforço de biqueira Par 3.000 4,00 
Suportes de fixação Par 2.875 45,00 
Resina Kg 8.000 7,00 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
88 
 
 
 
As compras de matérias diversas totalizaram 3.000,00MT. 
e) Inventario Inicial 
 
Descrição UF Qtd Custo Unit. 
Matérias-primas 
Bloco central plástico Par 300 7,50 
Bloco central metálico Par 500 5,00 
Resina Kg 1.000 6,50 
Produtos acabados 
Ski/modelo A Par 400 200,00 
Ski/modelo B Par 200 175,00 
 
f) Gastos não industriais: 80.000,00 
Sabendo que a empresa utiliza o critério de valorimetria Custo 
Médio Ponderado, pretende-se que elabore: 
a) Mapa de custos das secções; 
b) Mapa de custos de produção; 
c) Demonstração de resultados por funções. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
89 
 
 
 
Solução: 
a) Mapa de Custos das Secções 
 
Descrição UF C.U Preparaçao 
2.500 Hh 
Moldagem 
2.700 Pares 
Acabamento 
900 Hh 
Manutenção 
880 Hh 
AMP 
10.800 u.n. 
APA 
2.850 Pares 
Q V Q V Q V Q V Q V Q V 
Custos Directos: 
Variáveis MT 48.200,00 41.000,00 27.000,00 4.400,00 - - 
Fixos MT 42.850,00 95.000,00 16.500,00 13.200,00 9.180,00 5.400,00 
Total 91.050,00 136.000,00 43.500,00 17.600,00 9.180,00 5.400,00 
Reembolsos: 
Secc. Manut. Hh 20,00 260 5.2000,00 300 6.000,00 320 6.400,00 - - - - - - 
Custo Total 96.250,00 142.000,00 49.900,00 17.600,00 9.180,00 5.400,00 
U.O 38,50 55,4444 20,00 
U.I 52,5926 0,85 1,89 
U.C 4.733,33 306,00 180,00 
 
b) Mapa de Custo de Produção 
 
 
Descrição 
 
UF 
 
C.U 
SKI – Modelo A 
1.200 pares 
SKI – Modelo B 
1.500 pares 
Q V Q V 
Matérias 
Bloco Central Plástico Par 13,59375 1.200 16.312,50 - 
Bloco Central Metálico Par 5,00 - - 1.500 7.500,00 
Lâmina de Aço Par 3,50 1.200 4.200,00 1.500 5.250,00 
Reforço de Biqueira Par 4,00 1.200 4.800,00 1.500 6.000,00 
Suporte de Fixação Par 45,00 1.200 54.000,00 1.500 67.500,00 
Resina Kg 6,94444 3.000 20.833,32 3.750 26.041,65 
Matérias Diversas MT 12.000,00 2.500,00 
Total 1 112.145.82 114.791,65 
Custo de Transformação 
Preparação Hh 38,50 1.500 57.750,00 1.000 38.500,00 
Moldagem Par 52,5926 1.200 63.111,00 1.500 78.889,00 
Acabamento Hh 55,4444 400 22.178,00 500 27.722,00 
AMP Par 0,85 4.800 4.080,00 6.000 5.100,00 
Total 2 147.119,00 150.211,00 
Custo Industrial 259.264.82 265.002,65 
CIunitário 216,0540 176,6684 
 
c) Demonstração de Resultados 
 
Descrição Ski Mod. A 
1.370 
Ski Mod. B 
1.480 
Total 
Vendas 411.000,00 370.000,00 781.000,00 
CIPV 290.495,49 261.178,86 551.674.35 
Resultado Bruto 120.504.51 108.821.14 229.325.65 
Gastos Não Industriais 85.400,00 
Resultado Operacional 143.925,65 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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UNIDADE Temática 3.3. Exercícios deste Tema. 
 
 
1. A Metalúrgica de Sofala, S.A que opera em regime de fabricação por 
encomenda, apresentava o seguinte stock em 31/05/2005: 
c) Matérias 
X: 10.000kg @ 4.500,00 
Y: 15.000kg @ 8.700,00 
d) Matérias de consumo: 4.800kg @ 120,00 
e) Encomendas em curso: 
 
Encomenda A B 
Matéria X 425.000,00 175.600,00 
Matéria Y 134.900,00 345.400,00 
GGF 70.000,00 120.000,00 
A mão-de-obra incorporada foi de 85.900,00 e 120.100,00 
respectivamente para as encomendas A e B. 
Durante o mês de Abril iniciou a fabricação das encomendas C e D tendo 
realizado as seguintes operações: 
viii. Compra a prazo de matérias: 
X: 15.000kg @ 3.250,00 
Y: 8.000kg @ 3.750,00 
ix. Consumo de Matérias e Materiais em Kg: 
 
Encomenda Matéria X Matéria Y Material de Consumo 
320 4.200 2.500 0 
321 2.800 4.000 0 
322 6.000 4.500 0 
323 4.800 4.200 0 
Total 3.950 
 
x. As horas de trabalho de mão-de-obra totalizaram 5.000 horas @ 
75,00 e a sua afectação às encomendas é com base nas 
quantidades de matérias-primas consumidas. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
91 
 
 
 
xi. O fundo salarial dos técnicos dos engenheiros da fábrica é de 
500.000,00. 
xii. Os consumos de água, energia e telefone são de 15.150,00. 
Para o rateio dos GGF é usado como base as horas de Mão-de-Obra 
Directa. 
No período foram concluídas as encomendas A, B e C e facturadas com 
uma margem de 45%. 
Trabalhos à realizar: 
d) Mapa de determinação do Custo Industrial de cada 
encomenda; 
e) Demonstração de Resultados. 
Nota: a empresa utiliza o Custo Médio Ponderado para valorizar as saídas 
dos seus inventários. 
 
2. Suponha que Metalúrgica de Manica, S.A brinda-lhe a seguinte 
informação: 
b. Pôs em fabricação 30.000 unidades para as quais concluiu 
apenas 22.000 unidades. A produção em processo tem 
aplicado 45% dos custos de conversão. Os recursos 
empregados foram: 
➢ Matérias primas e materiais 15.000,00 
➢ Salário Básico Obreiros da Produção 30.000,00 
➢ Gastos gerais 4.200,00 
 
Trabalho a Realizar: 
e. Produção equivalente. 
f. Cálculo dos custos unitários. 
g. Cálculo do custo dos diferentes grupos de unidades. 
 
Nota: para facilitar os cálculos, se considerará 15% para o 
salario complementario. 
 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
92 
 
 
 
3. A empresa Salto do Monte, S.A dedica-se a fabricação e 
comercialização de dois tipos de Sapatos: 
➢ Modelo 1 – tipo desportivo 
➢ Modelo 2 – tipo de passeio 
O processo produtivo desta empresa compreende as seguintes fases: 
Preparação, Moldagem e Acabamento . 
Existe ainda uma secção auxiliar (a secção de Manutenção) que trata 
da conservação dos edifícios e equipamentos de toda a empresa. 
Existem ainda dois armazéns: 
• Armazém de matérias, onde são acondicionadas todas as 
matérias inerentes a produção, com excepção da resina e das 
outras matérias; 
• Armazém de Produtos Acabados, onde são armazenados os 
produtos acabados. 
Da contabilidade do mes de Abril do ano N retiraram-se os 
seguintes elementos: 
 
a) Custos e Actividade das Secções 
 
Secções/U.F. Custos directos Actividade 
CV CF 
Preparação (Hh) 48.200,00 42.850,00 2.500 
Moldagem (Pares de Sapatos) 41.000,00 95.000,00 2.700 
Acabamento (Hh) 27.000,00 16.500,00 900 
Manutenção (Hh) 4.400,00 13.200,00 880 
AMP - 9.180,00 - 
APA - 5.400,00 - 
 
Os custos do AMP são imputados às quantidades consumidas 
de blocos, laminas, reforços e suportes de fixação. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
93 
 
 
 
Descrição UF Modelo 
desportivo 
Modelo 
de 
passeio 
3. Matérias 
Bloco central plástico Par 750 - 
Bloco central metálico Par - 1.050 
Lamina aço Par 750 1.050 
Reforço biqueira Par 750 1.050 
Suportes de fixação Par 750 1.050 
Resina Kg 2.400 3.150 
Materiais diversos MT 9.500,00 1.500,00 
4. Actividade das Secções 
Preparação Hh 1.050 700 
Moldagem Par 750 700 
Acabamento Hh 200 300 
Os custos de APA são imputados em função de número de 
pares de sapatos vendidos. 
A secção de Manutenção repartiu a sua actividade da seguinte 
forma: 
▪ Secção de Preparação: 260 Hh 
▪ Secção de Moldagem: 300 Hh 
▪ Secção de Acabamento: 320 Hh 
 
b) Consumo de Materiais e de Actividade das Secções 
C) Produção e Venda 
 
Produto Produção Vendas 
Quantidade PV 
Tipodesportivo 750 960 350,00 
Tipo de passeio 1.050 960 300,00 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
94 
 
 
 
d) Compras: 
 
Descrição UF Qtd Custo 
Unit. 
Bloco central plástico Par 950 15,00 
Bloco central metálico Par 850 5,00 
Lâmina de aço Par 1.900 3,50 
Reforço de biqueira Par 2.400 4,00 
Suportes de fixação Par 2.450 45,00 
Resina Kg 7.400 7,00 
As compras de matérias diversas totalizaram 5.000,00MT. 
 
 
e) Inventario Inicial 
 
Descrição UF Qtd Custo Unit. 
Matérias-primas 
Bloco central plástico Par 300 7,50 
Bloco central metálico Par 500 5,00 
Resina Kg 1.000 6,50 
Produtos acabados 
Tipo desportivo Par 600 220,00 
Tipo de passeio Par 400 125,00 
 
f) Gastos não industriais: 60.000,00 
Sabendo que a empresa utiliza o critério de valorimetria Custo 
Médio Ponderado, pretende-se que elabore: 
a) Mapa de custos das secções; 
b) Mapa de custos de produção; 
c) Demonstração de resultados por funções. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
95 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
a) CAIADO, A. C. P. (2012). Contabilidade Analítica e de Gestão. 
Áreas editora, 7.ed. 
 
 
b) CAIADO, A.C.P. (1994) Contabilidade Analítica – Um instrumento 
para a Gestão.Rei dos Livros, 3. ed. 
 
 
c) BENTO, . & Machado, J. F. (2001). Plano Oficial de Contabilidade. 
24.ed. Porto Editora. 
 
 
d) CASHIN, Joel L.; A. James (2001) – Contabilidade. (1ª tradução para 
Português), McGraw-Hill 
 
 
 
e) DO NASCIMENTO, J. M. (2001). Custos, Planejamento, Controle e 
Gestão na Economia Globalizada. Atlas, 2. ed. 
f) GARRISON, R. H. & NOREEN, E. W. (2000). Contabilidade 
Gerencial, (tradução da 9. Ed.), LTC Editora, Rio de Janeiro; 
 
 
g) GARRISON, Ray; H.,N.; ERIC, W. e BREWER, P. C. (2006). 
Managerial Accounting. 13the Edition, McGraw-Hill, Nova Iorque 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
96 
 
 
 
h) HANSSEN, D. R. & MOWEN, M.M (2011). Gestão de Custos, 
Contabilidade de Custos, Contabilidade e Controle. Pioneira, 2001; 
 
i) MARTINS, E. (2000) Contabilidade de custos. 7 ed. São Paulo: 
Atlas. 
 
j) MENDES, J. (1996). Contabilidade Analítica e de Gestão – Gestão 
Orçamental, Plano de Contas. Plátano Editora, 1. ed. 
k) PEREIRA, C. C. & FRANCO, V. S. (2001), Contabilidade Analítica. 6. 
Ed.. Lisboa. 
 
 
l) PEREIRA, C. C. & FRANCO, V. S. (1994). Contabilidade Analítica. 6. 
Ed. Editora Rei dos Livros, Lisboa78 
UNIDADE Temática 3.3. Exercícios deste Tema .............................................................. 90 
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 95 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
1 
 
 
Visão geral 
Bem vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade de 
Gestão l 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade de Gestão I 
deverá ser capaz de: conhecer o âmbito da aplicação da 
contabilidade de gestão, bem como as diferentes terminologias de 
custos de modo que possa permitir a saber calcular a produção 
das organizações e apurar o resultado do exercício, utilizando 
diferentes métodos de custeio (absorção, total, variável e padrão) 
e ainda atendendo e considerando o sistema de custeio 
implementado pelas organizações, isto é, se é sistema de custeio 
por ordem de produção ou sistema de custeio por processo. Por 
conseguinte, face ao exposto deverá estar capacitado em gerir e 
analisar os gastos, proveitos e os resultados da empresa, incluindo 
orçamento e propor e ou proceder a todos níveis da organização 
um controlo orçamental adequado. Entretanto, em todos estes 
aspectos espera-se que tenha em conta a nova realidade do 
Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial Em 
Moçambique, caracterizada pela implementação da Normas 
Internacionais de Contabilidades (NIRF’s). 
 
 
 
 
 
 
Objectivos 
Específicos 
▪ Identificar as principais diferenças e semelhanças entre a 
Contabilidade Financeira e a Contabilidade de Gestão; 
▪ Entender a importância dos padrões éticos de conduta numa 
organização; 
▪ Analisar as alterações provocadas pelo Sistema de 
Contabilidade para o Sector Empresarial Em Moçambique 
sobretudo na Contabilidade de Gestão; 
▪ Compreender as várias classificações de custos inerentes ao 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
2 
 
 
 
cálculo de custos e à tomada de decisão; 
 
▪ Relacionar os conceitos de compras de matérias-primas, 
matérias-primas consumidas, custo industrial, custo industrial 
da produção acabada, gasto industrial dos produtos vendidos, 
resultado bruto, resultado operacional, resultado antes de 
impostos e resultado líquido do período; 
▪ Elaborar a Demonstração de Resultados por Funções de 
acordo com o Decreto 70/ 2009 que aprova o Sistema de 
Contabilidade para o Sector Empresarial Em Moçambique 
baseado nas NIRF’s; 
▪ Distinguir custeio por processo e custeio por ordem de 
produção e identificar as situações em que se deve adoptar 
cada um deles; 
▪ Elaborar, em custeio por ordem de produção, quadros de 
resumo das encomendas produzidas e vendidas e dos 
resultados por encomenda; 
▪ Calcular, em custeio por processo, a produção do período em 
unidades equivalentes, utilizando os diferentes critérios de 
valorização de saídas de inventários, e o custo de produção 
acabada e em vias de fabrico. 
 
Quem deveria estudar este módulo 
 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidae e Auditoria do ISCED e outros como 
Gestão de Rcursos Humanos, Administração, etc. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar 
seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
3 
 
 
 
 
 
Como está estruturado este módulo 
 
Este módulo de Contabilidade de Gestão I, para estudantes do 2º 
ano do curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à 
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se 
segue: 
 
 
Páginas introdutórias 
 
▪ Um índice completo. 
 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta 
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como 
componente de habilidades de estudos. 
 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algunas incluido estudo de caso. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
4 
 
 
 
Outros recursos 
 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na 
biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos 
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD- 
ROOM, DVD. Para elém deste material físico ou electrónico 
disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital 
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas caracteristicas: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
 
 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exrcícios de avaliação é uma grande vantagem. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
5 
 
 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico- 
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes icones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos 
estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensãoe 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
6 
 
 
 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de 
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo 
melhor à noite/de manhã/de tarde/ fins de semana/ao longo da 
semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num 
sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em 
cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler 
e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos 
conteúdos de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos 
das actividades obrigatórias. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
7 
 
 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado 
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, 
criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência 
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai 
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistemáticamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área 
em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
8 
 
 
 
 
 
Precisa de apoio? 
 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis 
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página 
trocada ou invertidas, etc. Nestes casos, contacte os serviços de 
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), 
via telefone, sms, correio electrónico, se tiver tempo, escreva 
mesmo uma carta participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo) é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigetada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou admibistrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é de muita importância, na 
medida em que permite lhe situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira 
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. 
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os 
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e 
unidade temática, no módulo. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma viloção do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um 
autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
Avaliação 
 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
 
 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nestacadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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TEMA – I: A Contabilidade de Gestão e o Ambiente Empresarial. 
UNIDADE Temática 1.1. Insuficiência da Contabilidade Geral 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma 
Empresa Comercial 
UNIDADE Temática 1.5. Exercícios deste tema 
 
 
UNIDADE Temática 1.1. A Insuficiência da Contabilidade Geral. 
 
Introdução 
 
A informação contabilística sempre se mostrou imprescindível para o 
controlo e avaliação de desempenho das empresas, daí que a 
contabilidade exerce uma função crucial na medida que prepara 
informação de natureza financeira para os diversos interessados 
(Estado, Investidores, Financiadores, Gestores, Fornecedores, Clientes 
e o Público interessado). 
Mas no que tange à gestão da empresa, necessita-se de informação de 
natureza analítica (de uso exclusivamente interno) que permita aos 
responsáveis pelas diversas áreas controlar e avaliar a eficência e 
eficácia na utilização dos recursos alocados. Neste ambito, observa-se 
uma limitação na Contabilidade Geral na medida que os 
demonstrativos financeiros brindam, de forma global, informação de 
natureza financeira, o que não permite ao gestor avaliar de forma 
separada a área pela qual responde. 
Por sua vez, a Contabilidade Analítica (ou de custos), também 
conhecida por Contabilidade Interna visa produzir informação 
específica e a um nível mais elementar para o controle de custos 
resultantes do consumo de recursos (bens e serviços) nos processos 
produtivos. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano ISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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Objectivos 
específicos 
 
▪ Dar a conhecer a importância da contabilidade e da informação 
financeira na vida das empresas; 
▪ Apontar as razões que conduzem a existência da Contabilidade 
de Gestão; 
▪ Estabelecer a necessidade das empresas controlarem os 
movimentos dos recursos nelas utilizados. 
 
 
 
A Insuficiência da Contabilidade Financeira 
 
A Contabilidade financeira tem mostrado uma maior preocupação em 
fornecer informações para além dos utilizadores internos mas também 
aos utilizadores externos como os credores, accionista e outros que se 
encontram fora da organização. Portanto, sempre foram inevitáveis as 
dúvidas em torno da grandeza desta Contabilidade em fornecer as 
informações indespensáveis à tomada de decisões relativas ao 
planeamento e controlo das actividades empresariais. 
Como sabemos, a empresa é o organismo que reúne um conjunto de 
factores para, mediante determinado processo, obter e trocar 
produtos com outros agentes económicos. São factores todos os 
recursos económicos ou meios de produção: capital e trabalho; 
entende-se por processo todo o conjunto de operações que, utilizando 
uma certa tecnologia, transforma os factores (“ in –puts”) em 
produtos (“ out –puts”). 
Assim, em toda a empresa se desenvolve um ciclo económico que 
compreende as seguintes etapas: 
▪ A captação de recursos financeiros; 
▪ O aprovisionamento de factores, ou seja, a aplicação dos recursos 
financeiros em factores produtivos; 
▪ O processo de produção, isto é, a transformação dos factores em 
produtos; 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
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Comercialização 
de 
Produtos 
Armazenamento 
de 
Produtos 
Captação 
de 
Recursos 
financeiros 
 
▪ O armazenamento dos produtos; 
▪ A comercialização dos produtos, finalizada com a sua venda; 
▪ A recuperação dos recursos financeiros, atravês das cobranças. 
Figura 1.1. 
 
 
Cobranças 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovisionamento 
de 
factores 
Movimento Externo 
 
Processo 
de 
Produção 
 
Movimento Interno 
 
Compreende-se perfeitamente que, para a empresa, o 
aprovisionamento de factores (processo de trocas, a montante de 
produção) e a comercialização de produtos (processo de troca, a 
jusante da produção) implicam relações com o exterior (movimento 
externo), ao contrário do que acontece com o processo de produção e 
armazenamento de produtos que dão origem à circulação de valores 
(consumo, modificação, transformação ou conversão em produtos) no 
seio da própria empresa (movimento interno). 
 
Ora, as informações fornecidas pela contabilidade financeira, 
respeitando as relações da empresa com o exterior, e obtidas “ a 
posterior”, pelo tratamento de dados históricos e, portanto, já 
inalteráveis, são veiculadas, fundamentalmente, pelas peças 
contabilísticas: 
a) Um balanço – de acordo com o Nabais e Naibais (2010) diz que 
é um quadro que contém informação referente a determinada 
data, acerca dos recursos (Activo) que a empresa utiliza e da 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
14 
 
 
 
forma como estão a ser financiados pelos titulares da empresa 
(Capital próprio) e por terceiros (Passivo). 
 
Portanto, Borges et all (2010) diz que a finalidade subjacente a 
elaboração de um balanço é proporcionar informação acerca da 
posição financeira da empresa/entidade que é afectada pelos recursos 
económicos que ela controla, pela sua estrutura financeira, pela sua 
liquidez e solvência, e pela capacidade de se adaptar as alterações no 
ambiente em que opera. 
 
 
b) Uma demonstração de Resultados durante o período 
contabilístico – este quadro. De acordo com o Nabais & Nabais 
(2010) que evidencia as componentes negativas (Gastos) e 
positivas (Rendimentos) do resultado a um exercício económico 
 
Portanto, de acordo com o Braga (2009), diz que este mapa é 
frequentemente usado como medida de desempenho ou como base 
para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou 
resultado por acção. 
 
c) Uma demonstração das variações no capital próprio – de 
acordo com a Braga (2009), este demonstrativo tem por 
objectivo facilitar a análise das modificações ocorridas nos 
componentes do Património liquido, durante determinado 
período, geralmente exercício social. 
 
d) Uma demonstração dos fluxos de caixa (DFC) durante período 
contabilístico – De acordo com Braga (2009), a DFC evidência as 
modificações ocorridas no saldo das disponibilidades (caixa e 
equivalentes de caixa) da empresa em determinado período, 
através de fluxos de recebimentos e pagamentos. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
15 
 
 
 
 
 
Este mapa, sua importância é caracterizada pela necessidade dos 
utlizadores das DF’s de uma empresa em conhecer como ela 
gera e usa os recursos de caixa e equivalentes de caixa, 
independemente da natureza das suas actividades. 
 
Muito naturalmente, estas informações são indespensáveis à gestão 
racional da empresa, pois estes documentos são utilizados para a 
tomada de decisão de elementos externos à empresa, por exemplo: 
▪ Para os Bancos analisarem a sua situação financeira; 
▪ Para os clientes analisarem a sua dimensão e o posicionamento 
no mercado; 
▪ Para o estado aferir da correção dos elementos facultados no 
cumprimento das obrigações da empresa; 
▪Para o público analisar a sua situação. 
 
Mas, será que são suficientes? Para já, não poderemos esquecer que, 
no fundo, todas estas informações são tradicionalmente obtidas 
considerando-se a empresa como uma unidade financeira, gestora de 
um capital próprio, pelo que todo o processo da contabilidade 
financeira está orientado para a determinação do excedente 
económico após a remuneração, certa e contratada, dos factores de 
produção, sendo esse excedente (incerto e variável) repartido pelos 
factores ainda não remunerados até ao momento, fundamentalmente 
o capital próprio e o Estado. 
 
Sendo esta a preocupação prioritária da contabilidade financeira, é 
natural que as respectivas informações não satisfaçam as múltiplas e 
diversificadas necessidades da gestão. De facto, a demonstração dos 
resultados, que nos apresenta uma análise condensada e global do 
rédito da empresa, é sem dúvida o seu documento mais importante 
para os gestores, mas é evidente que a simples classificação dos custos 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
16 
 
 
 
e proveitos por natureza não permite: 
a) Determinar a eficiência da empresa, como unidade financeira; 
b) Analisar as condições internas da exploração, isto é, calcular os 
custos e rendimentos das várias divisões, secções e centros de 
trabalho da empresa, para detectar quaisquer anormalidades e 
promover a sua imediata correção ou seja, para controlar a 
exploração; 
c) Apurar os custos dos produtos fabricados e vendidos e, 
consequentemente, estabelecer bases, adequadas para a 
avaliação das existências, as quais terão de ser contabilizadas, 
necessariamente pelo método do inventário periódico ou 
intermitente; 
d) Apurar as margens dos seus diversos produtos, isto é, as 
diferenças entre os proveitos e os custos de produção 
directamente vinculados à obtenção e venda de cada produto, 
para saber se ganha ou perde em todos ou só em alguns e, 
consequentemente, poder decidir racionalmente quanto aos 
futuros programas de fabrico e vendas (reduzir, manter ou 
aumentar a produção e venda deste ou daquele produto). 
 
Figura 1. 1.: Informações da Contablidade de Gestão 
 
 
Fontes: Santos (2014) 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Nesta unidade temática trataou-se do papel da contabilidade para as 
empresas e da razão que conducente à existência da contabilida de 
gestão. Entretanto, sublinha-se que a Contabilidade de Gestão é 
decorrente da insuficiência da Contabilidade Geral na geração de 
informação de natureza interna para efeitos de controle e tomada de 
decisões gerenciais. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. Defina a Contabilidade de Gestão. 
2. Debruce-se sobre a insuficiência da Contabilidade Geral. 
3. No ciclo económico das empresas, quais são as etapas que 
antecedem o processo produtivo? 
4. O que entende por demonstração de resultados? 
5. Aponte, pelo menos duas limitações duma demosntração de 
resultados global. 
 
 
Solução: 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
18 
 
 
 
1. Defina a Contabilidade de Gestão. 
 
R: é um sistema que visa a produção de informação específica e a um nível mais 
elementar para o controle de custos resultantes do consumo de recursos (bens e 
serviços) nos processos produtivos. 
 
 
2. Debruce-se sobre a insuficiência da Contabilidade Geral. 
R: A insuficiência da Contabilidade Geral consite no facto desta estar voltada 
para a geração de informação de natureza global que, por si só, não satisfaz os 
objectivos de natureza gerecial nomedamente: controlo e tomada de decisão, daí 
que surge a necessidade de um ramo que produza informação de natureza 
analítica e de uso exclusivamente interno. 
3. No ciclo económico das empresas, quais são as etapas que antecedem o 
processo produtivo? 
R: As etapas que antecedem o processo produtivo no ciclo económico das 
empresas são as seguintes: captação de recursos e aprovisionamento. 
4. O que entende por demonstração de resultados? 
R: demonstração de resultados é o documento contabilístico que evidencia, de 
forma resumida, as componentes negativas e positivas do resultado de um 
determinado período. 
5. Aponte, pelo menos duas limitações duma demonstração de resultados 
global. 
R: As limitações duma demonstração de resultados global consistem no facto de 
não permitir: Apurar os custos dos produtos fabricados e vendidos e, 
consequentemente, estabelecer bases adequadas para a avaliação das 
existências, as quais terão de ser contabilizadas, necessariamente pelo método 
do inventário periódico ou intermitente; Apurar as margens dos seus diversos 
produtos, isto é, as diferenças entre os proveitos e os custos de produção 
directamente vinculados à obtenção e venda de cada produto, para saber se 
ganha ou perde em todos ou só em alguns e, consequentemente, poder decidir 
racionalmente quanto aos futuros programas de fabrico e vendas. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
19 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.2. A Contabilidade Analítica de Gestão 
 
Introdução 
 
 
Uma gestão eficiente de qualquer organização deve ter dados 
processados que devem ser cuidadosamente analisados para que 
sirvam de suporte na definição de estratégias que orientam ao alcance 
dos objectivos globais da organização. Para que estes dados sejam 
transformados em informação relevante para efeitos de controlo e 
tomada de decisão gerencial, é necessário que a um nível mais 
elementar seja feito o registo dos recursos consumidos no processo de 
produção, de forma que seja possivel controlar as quantidades 
consumidas e os seus custos. Assim, suportando-se na técnica 
contabilística os gestores podem obter informações que necessitam 
para efeitos de planificação, monitoria e tomada de decisão. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
▪ Definir a Contabilidade de Gestão; 
 
▪ Dar a conhecer o âmbito da Contabilidade de Gestão; 
 
▪ Dar a conhecer os objectivos da Contabilidade de Gestão; 
 
▪ Identificar as principais funções de uma empresa; 
▪ Estabelecer a diferença entre os ciclos produtivos das empresas 
industriais. 
 
 
 
 
A Contabilidade de Gestão 
 
Alguns autores denominam a Contabilidade Analítica de Gestão por 
Contabilidade Interna ou de Custos e até por contabilidade industrial, 
consituindo neste caso sinónimo ou sub-ramos da Contabilidade de 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
20 
 
 
 
Gestão, facto que levou a outros autores a designarem por 
Contabilidade Analítica de Gestão. Esta surge divido a insuficiência da 
Contabilidade Geral, isto é, esta segunda, caracteriza a vivência das 
empresas, coloca-se em todas as vertentes, nomeadamentea nível de: 
▪ Tecnologia; 
▪ Mercado; 
▪ Técnicas de gestão; 
▪ Pessoas. 
 
Deve-se recordar que o marco histórico do surgimento da 
contabilidade está directamente ligado a necessidade de suprir as 
limitações da memória humana no controle do Património individual e 
ou das famílias. Mais tarde, com a descoberta e o desenvolvimento do 
caminho marítimo levou ao crescimento das actividades comerciais 
passando a contabilidade a ser utilizada como uma técnica de registo 
dos factos comerciais dos mercantelistas de tal forma que este fim 
serviu até ao momento do apogeu da era industrial. 
Figura 1. 2.: Revolução Industrial 
 
 
 
Fonte: Santos (2014) 
 
 
No entanto, no compasso entre a era da actividade comercial até a era 
industrial, a contabilidade geral respondia positivamente as 
necessidades dos seus utilizadores. Portanto, desde que ocorreu a 
industrialização da actividade económica, os gestores das empresascomeçaram a sentir a insuficiência da Contabilidade Geral no 
fornecimento de determinadas informações, capaz de permitir a 
imediata tomada de decisões económicas, diante de uma cada vez 
menos disponibilidade para analisarem as tais informações, o que 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
21 
 
 
 
levou a tornarem-se mais exigentes sobre o tipo de informação 
necessária para tomada de decisão. Isto porque, está claro que gestor 
necessita de processos fiáveis, rápidos, económicos e o mais 
automatizado possível que lhe respondam ao maior número de 
questões que se colocam. Estes processos, permitirão ao gestor 
controlar e analisar em que medida as suas decisões se mostram as 
mais correctas, para poderem ser corrigidas ou mantidas. 
 
Assin sendo, a Contabilidade Geral não estando em condições de 
responder a estas perguntas, por uma simples razão, a sua principal 
característica é coligir de forma organizada um vasto conjunto de 
informação, que influencia o património da empresa, permitindo a 
avaliação fiscal do património e o apuramento de um resultado por 
exercício, surge a Contabilidade Analítica com vista a colmatar a falta 
de respostas por parte da Contabilidade Geral às necessidades da 
gestão, prosseguindo os seguintes objectivos: 
a) Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela 
empesa, com vista à: 
✓ Orientar os preços de venda; 
✓ Valorizar os custos de produção e os produtos acabados; 
✓ Controlar os custos e a eficiência da empresa. 
 
b) Controlar as condições internas de exploração com vista à: 
✓ Acompanhar as operações económicas de transformação 
das matérias-primas em produtos acabados; 
✓ Calcular a rendibilidade dos diversos produtos; 
 
c) Efectuar o controlo de gestão, de modo a: 
✓ Fornecer dados para o controlo orçamental; 
✓ Repartir por produtos ou por actividades, os resultados 
global a atingir; 
✓ Estabelecer objectivos departamentais que orientem as 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
22 
 
 
 
actividades para atingir o resultado final previsto; 
 
 
d) Efectuar a análise económica e a tomada de decisão: 
✓ Fornecer aos orgãos de gestão a informação necessária a 
um controlo eficaz e à realização de operações alternativas; 
✓ Preparar programas económicos e financeiros; 
✓ Efectuar calculos de viabilidade comparada. 
 
Deste modo, de acordo com os objectivos, a Contabilidade Analítica de 
Gestão é um instrumento de uso interno, ao serviço da gestão e, 
portanto, um instrumento de apoio a tomada de decisão. Esta 
contabilidade, vai proporcionar a repartição do resultado global 
obtido, pelos produtos ou pelos departamentos da empresa. De referir 
que o resultado global é constituido pelos custos e pelos proveitos. 
 
Dai que Santos (2014) afirma que o grande objectivo prosseguido pela 
Contabilidade Analítica, conforme ilustra a figura 1.2. é permitir a 
análise de custos e proveitos, isto é, de resultados, na sua unidade 
mais pequena que possa existir em cada organização, seja um 
produto, uma actividade, uma unidade fabril ou uma secção. 
Figura 1.3: Repartição de Custos para respectiva análise 
Fonte: Santos (2014) 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
23 
 
 
 
Assim, pode-se afirmar que a Contabilidade Analítica tem como 
objecto as operações internas, realizadas no seio da própria empresa 
e relacionadas com o seu processo de produção. Por outro lado, é ao 
nível das operações elementares que se situam agora os factos a 
observar, não globalmente como na contabilidade financeira, mas em 
analítica e especificamente, de modo a permitir o seu planeamento e 
controlo. 
 
Convém salientar, finalmente, que a expressão “processo de 
produção” deverá ser entendida no seu mais amplo sentido, 
compreendido quaisquer operações internas, transformadoras ou não, 
que constituam a actividade típica de uma empresa. Quer dizer, em 
toda a empresa existe um processo que converte os factores em 
produto, ainda que essa conversão não implique uma transformação 
física pela qual se obtenham produtos susceptíveis de 
armazenamento, como acontece nas empresas industriais, pois existe 
sempre, e pelo menos, uma transformação de valores. 
 
Assim, a contabilidade analítica não se limita às empresas industriais 
mas tem aplicação em toda a empresa, qualquer que seja a sua 
natureza, nomeadamente nas empresas comerciais e nas empresas 
financeiras. 
 
Ao fim e ao cabo, a contabilidade financeira e a contabilidade 
analítica, em conjunto, permitem-nos conhecer o funcionamento 
integral da empresa. 
Todavia, importa referir que a Contabilidade Analítica constitui um 
sistema de informação que consome recursos, isto é, custa dinheiro e 
horas de trabalho, há necessidada de preparar toda a empresa ( e, em 
particular, a informática e a área financeira) para obter tais 
informações e manter os sistemas a funcionar de forma sistemátoca, 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
24 
 
 
 
actualizada e precisa. Desta forma, antes da sua implementação deve- 
se antes responder as seguintes questões: 
▪ Que informação desejamos ter? 
▪ Com que regularidade? 
▪ Que utilidade tem essa informação? 
▪ Que custo temos que suportar para produzir tal informação? 
 
Concluindo, a grande dificuldade que a empresas enfrentam na 
implementação da Contabilidade Analítica está relacionado com o 
custo de informação versus a utilidade de informação. Contudo, a 
administração da empresa está ciente que quando há necessidade de 
se atender às exigências fiscais de integração e coordenação da 
contabilidade analítica (de custos) com o restante da escrituração 
(com a contabilidade financeira), o subsistema para o gerenciamento 
de custos é imprescindível. 
 
Independemente disso, tal subsistema é vital para a consecução do 
que denominamos sistema de informação contabilístico integrado, no 
qual deverá ser registada a maior parte dos dados quantitativos. 
 
Processo de Produção nas empresas comerciais e industriais 
Embora em todas as empresas se verifique uma circulação interna de 
valores, a verdade é que nas empresas comerciais a função de 
produção se reduz à sua expressão mais simples, podendo dizer-se, 
praticamente, que às compras (de mercadoria) se sucedem 
directamente as vendas (de mercadorias). 
 
Perante a descontinuidade dos fluxos físicos das entradas (compras) e 
das saídas (vendas), o desenvolvimento harmonioso, regular e 
contínuo do processo de exploração é assegurado pela armazenagem 
das mercadorias. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
25 
 
 
APRVISIONAMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO 
FÁBRICA 
Compras 
Armazém 
De 
Mercadorias 
Consumos 
Produção 
em 
Curso 
Produções 
Armazém 
De 
Prod. Fab. 
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO 
APRVISIONAMENTO DISTRIBUIÇÃO 
Compras 
Armazém 
De 
Mercadorias 
Vendas 
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO 
 
Figura 1.4: Fluxos de actividades nas empresas Comerciais 
 
Fonte: ISCED (2014) 
Aqui, nas empresas comerciais, apenas importa distinguir as 
mercadorias compradas e as mercadorias vendidas. 
 
Pelo contrário, nas empresas industriais o processo de produção 
assume toda a sua extraordinária importância: entre as compras (de 
matérias) e as vendas (de produtos fabricados) situa-se todo um ciclo 
de transformações, utilizando determinada tecnologia e exigindo 
determinado equipamento fabril. 
 
Aqui, nas empresas industriais, o desenvolvimento regular e contínuo 
do processo de exploração é assegurado pela armazenagem das 
matérias (a montante da produção) e pela armazenagem dos produtos 
fabricados ( a jusante da produção), armazenages que possibilitam a 
utilização óptima dosfactores produtivos e permitem o escoamento 
daqueles bens consoante as conveniências. 
Figura 1.5: Fluxos de actividades nas empresas industriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ISCED (2014) 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
26 
 
 
 
 
Organigrama funcional das empresas industriais 
Figura 1.6: Organograma Funcional das Empresas Industriais 
 
 
 
Fonte: ISCED (2014) 
 
 
A contabilidade analítica pressupõe uma organização racional dos 
serviços da empresa, de acordo com a moderna problemática do 
controlo da gestão, devendo apoiar-se no organigrama funcional da 
empresa – esquema ou gráfico que possibilita uma visão imediata da 
sua estrutura e hierarquia funcional, conforme os princípios da 
autoridade e da responsabilidade. 
 
 
 
Sumário 
 
Nesta unidade tratou-se essencialmente da noção da Contabilidade de 
Gestão, incluindo a sua função, os seus objectivos e a sua necessidade 
nas empresas industriais, também identificaram-se as principais 
funções das empresas, com maior enfoque para as as empresas 
industriais, visto que é sobre ela que a disciplina está voltada. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
27 
 
 
 
 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
 
1. Defina a Contabilidade Analítica de Gestão. 
 
2. De acordo com o conhecimento adquirido nesta unidade temática, pode 
se afirmar que a Contabilidade Analítica se limita somente às empresas 
industriais? 
3. Aponte os objectivos da Contabilidade Analítica de Gestão. 
 
 
 
Solução: 
 
1. Defina a Contabilidade Analítica de Gestão. 
 
A Contabilidade Analítica e de Gestão é um instrumento de uso interno, ao 
serviço da gestão, que visa captar dados e processá-los para gerar 
informação útil e de apoio a tomada de decisão. 
2. De acordo com o conhecimento adquirido nesta unidade temática, pode 
se afirmar que a Contabilidade Analítica se limita somente às empresas 
industriais? 
R: A contabilidade analítica não se limita às empresa industriais, pois tem 
aplicação em todas as empresas, qualquer que seja a sua natureza, 
nomeadamente nas empresas comerciais e nas empresas financeiras. 
 
3. Aponte os objectivos da Contabilidade Analítica de Gestão. 
R: A Contabilidade Analítica de Gestão visa alcançar os seguintes objectivos: 
Calcular o custo dos bens ou dos serviços oferecidos pela empesa, Controlar as 
condições internas de exploração, Efectuar o controlo de gestão, Efectuar a 
análise económica e a tomada de decisão. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
28 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.3. A Contabilidade Analítica na Estrutura da Empresa 
 
Introdução 
 
 
A contabilidade é a única técnica que fornece informações ao serviço 
da empresa enquanto centro de tomada de decisões. A tomada de 
decisões passa pelo processo de colher informações relevantes e para 
encontrar possíveis alternativas de solução e, posteriormente, fazer a 
escolha entre elas. 
A informação fornecida nas demonstrações financeiras, constitui um 
valioso instrumento para que a contabilidade possa auxiliar a 
administração na tomada de decisões, e a adopção desses 
procedimentos levaria gerência eficaz com dados confiáveis e reais. 
Os executivos fazem muitas coisas além de tomar decisões. Só eles, 
porém as tomam. Uma habilidade que se deve ter para administrar é, 
portanto, ser capaz de tomar decisões eficazes. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
▪ Conhecer o papel da Contabilidade Analítica de Gestão nas empresas; 
 
▪ Estabelecer a diferença entre a Contabilidade Geral e a Contabilidade 
de Gestão; 
▪ Indicar a importância da Contabilidade Analítica e de Gestão para uma 
empresa. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
29 
 
 
 
A Contabilidade de Gestão na Estrutura das Empresas 
 
 
A Contabilidade Analitica de Gestão é utilizada na estrutura da 
empresa como ferramenta de auxílio à administração, em todas as 
suas facetas operacionais. 
 
Tendo em vista que uma organização é estruturada de forma 
hierárquica, a Contabilidade Gestão deve suprir, atravês da 
informação contabilística gerencial, todas as áreas da Organização. 
Como cada nível da administração dentro da empresa utiliza a 
informação contabilística de maneira diversa, cada qual com um nível 
de agregação diferente, a contabilidade analítica deverá providenciar 
que a informação contabilística seja trabalhada de forma específica 
para cada segmento hierárquico da organização. Isso reflecte na forma 
de utilização da informação contabilística. 
 
Assim teremos um bloco de informações que suprirão a alta 
administração da organização e toda sua estrutura, que denominamos 
de gerenciamento contabilístico global, objectivando canalizar 
informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grande 
agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro 
de uma visão de conjunto. 
 
Teremos um segundo bloco de informações que suprirão a média 
administração. São informações para canalizar os conceitos de 
contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de 
gerenciamento contabilístico sectorial. 
 
Finalmente, teremos um terceiro bloco de informações para gerenciar 
cada um dos produtos da organização de forma isolada. Denominamos 
esse segmento da Contabilidade Analítica, de gerencialmento 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
30 
 
 
 
contabilístico específico. São informações que descem de um grau 
maior de detalhadamento, a nível operacional. Para todos esses 
segmentos serão trabalhadas informações para planejamento 
estratégico e orçamentário, já que o segundo fundamento da 
Contabilidade analítica é seu enfoque para o futuro. 
 
 
Distinções entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade 
Analítica De Gestão 
Para melhor perceber a diferença entre a Contabilidade Analítica de 
Gestão com a Contabilidade Financeira, vamos recordar que a 
Contabilidade está dividida em duas grandezas sendo cada uma com 
as suas respectivas características: 
Tabela 1. 1. : Característica da Contabilidade Geral e Analitica 
Contabilidade Geral Contabilidade Analítica de Gestão 
▪ Externa a nível dos 
documentos; 
▪ Interna a nível dos 
documentos; 
▪ Externa a nível dos 
utilizadores; 
▪ Interna a nível dos 
utilizadores; 
▪ Global; ▪ Pormenorizada; 
▪ Rígida e Uniforme; ▪ Maleável e diversa; 
▪ Factos passados. ▪ Factos presentes e para o 
futuro. 
Fonte: Santos (2004) 
 
 
Relativamente a primeira característica da Contabidade Geral, isto é, 
ao ser externa em termos de documentos recebidos, pretende-se 
dizer que regista todos os fluxos externos recebidos e produz 
informação. Enquanto que em relação ao ser externa ao nível dos 
utilizadores, a segunda característica, está relacionada com os 
documentos produzidos, ao elaborar facturas, recibos, cheques e 
documentos financeiros para apreciação externa. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
31 
 
 
 
Quanto a ser terceira característica, de ser global, a contabilidade 
geral regista toda a vivência da empresa, isto é, o conjunto das suas 
vendas e das suas compras durante um ano, a posição das dívidas dos 
seus clientes ou aos seus fornecedores. 
 
E ao ser rígida e uniforme, diz respeito as regras existentes, 
devidamente definidas quanto à forma de contabilização de cada 
operação, princípios a respeitar e movimentos a efectuar pela 
generalidade das empresas, por forma a serem compatíveis as 
informações produzidas por cada uma delas. E por fim, a última 
característica, que está relacionada com o registo de factos passados, 
refere-se ao facto dasinformações patentes nas demonstrações 
financeiras (Balanço, Demonstração de Resultados e Demonstração de 
Fluxo de Caixa) serem apresentadas depois dos factos ocorrerem e 
previligiam uma comparação com os elementos de anos anteriores. 
Pelo que, não transmite dados sobre o presente ou futuro. 
 
E atendendo e considerando as características da Contabilidade 
Analítica, começando pela primeira, que é a de ser interna a nível dos 
documentos, refere-se ao facto desta tratar dos processos de 
transformação dos produtos e seus processos de fabrico. E quanto ao 
ser interna a nível de utilizadores, está mais direccionada aos orgãos 
que tomam decisões no seio da empresa e aos níveis intermédios, que 
servem da informação para preparar melhor a sua actuação. 
 
Quando se refere a Contabilidade Analítica ser pormenorizada, 
pretende-se dizer que ela reparte as operações globais em parcelas, 
para explicar os diversos indicadores na unidade pretendida, produto, 
unidade produtiva, etc. E quanto ao ser maleável e diversa, quer dizer 
que a contabilidade analítica é adaptada à estrutura orgânica de cada 
empresa e às características da sua actividade. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
32 
 
 
 
E por fim, encontramos o facto da contabilidade analítica ser um 
registo de factos presente virado para o futuro, esta avalia o presente 
e fornece indicações sobre o futuro. 
 
 
 
Sumário 
 
Nesta unidade temática tratou-se da função e importância da 
Contabilidade Analítica de Gestão para as empresas e se estabeleceu 
as características que diferem a Contabilidade Geral da Contabilidade 
Analítica de Gestão. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
33 
 
 
 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. Indique a função da Contabilidade de Gestão na estrutura de uma 
empresa. 
R: A função da Contabilidade Analítica de Gestão é de servir na estrutura da 
empresa como ferramenta de auxílio à administração, em todas as suas 
facetas operacionais. 
2. Aponte algumas características da Contabilidade de Getão estabelecendo 
a diferença com a Contabilidade Geral. 
R: A contabilidade Analítica de Gestão caracteriza-se pelo facto de ser interna 
à nível de geração de documentos e da utilização da informação, enquanto 
que a Contabilidade Geral é externa sob o mesmo ponto de vista. A 
Contabilidade Analítica é pormenorizada e permite analizar cada área da 
organização, enquanto que a Contabilidade Geral é Global. 
3. O que se pretende dizer ao se afirmar que a Contabilidade Analítica é 
pormenorizada? 
R: Pretende-se dizer que ela reparte as operações globais em parcelas, para 
explicar os diversos indicadores na unidade pretendida, produto, unidade 
produtiva. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
34 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.4. Distinção Entre uma Empresa Industrial e uma Empresa 
Comercial 
 
Introdução 
 
 
A tarefa de gestão de uma empresa pode diferir de acordo com a sua 
natureza, pois o ciclo económico de uma unidade comercial é 
diferente numa unidade industrial. Os processos são geralmente mais 
complexos e diversificados nas unidades industriais na medida que se 
envolve a componente de transformação de matérias-primas em 
produtos acabados, o que implica maior alocação de recursos de 
modo que se alcancem os objectivos pretendidos pela organização. 
Assim é fundamental entender a distinção entre uma empresa 
comercial e uma empresa industrial, embora a Contabilidade Analítica 
de Gestão tenha aplicação nelas independentemente da sua natureza. 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
▪ Definir uma empresa e distinguí-la de uma organização; 
 
▪ Estabelecer a diferença entre uma empresa comercial e uma empresa 
industrial; 
▪ Conhecer os serviços ligados à gestão de uma empresa industrial. 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
35 
 
 
 
Distinção entre empresa industrial e empresa comercial 
 
Para destinguir a empresa industrial de uma empresa comercial, é 
necessário antes entender claramente o conceito de empresa. 
Empresa – é um conjunto complexo e estruturado que exige uma 
direcção e organização e que exerce uma actividade remuneradora 
através da produção e/ou distribuição de bens e serviços. O fim 
último da unidade produtiva (individuo, sociedade ou organismo 
publico que crie ou adicione valor) é o lucro ou a satisfação das 
necessidades colectivas, caso se trate de empresas ou cooperativas 
de unidades colectivas de produção (Nabaias, 1991, Praticas 
Administrativas). 
 
Segundo o Código Comercial, em vigor em Moçambique, considera-se 
empresa comercial, toda a organização de factores de produção para 
o exercício de uma actividade económica destinada à produção, para 
a troca sistemática e vantajosa, designadamente: da actividade 
industrial dirigida a produção de bens ou serviços; da actividade de 
intermediação na circulação de bens; da actividade agrícola e 
piscatória; das actividades bancárias e seguradora; e das actividades 
auxiliares das precedentes. 
 
Empresa Industrial – é uma unidade produtiva combinando os 
factores necessários (matéria-prima, mão-de-obra, encargos gerais de 
fabrico, etc.) à realização de determinado processo de fabrico.2 
Em suma, pode-se afirmar que a distinção entre uma empresa 
industrial e uma empresa comercial consiste no facto desta 
compreender apenas três fases na realização das suas operações, 
nomeadamente: compra de mercadorias, armazenamento e venda; 
enquanto naquela o processo começa com: a aquisição de matérias, 
 
 
 
2 BENZINHO, Jorge; RODRIGUES, Marcos. Técnicas de Gestão de Empresas, pag. 9 
CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 20 Ano UNISCED Disciplina/Módulo: Contabilidade de Gestão I 
36 
 
 
Empresa comercial: 
Compra de 
Mercadororias 
Aprovisionam 
ento de 
Mercadorias 
Venda de 
Mercadorias 
Compra de 
Matérias 
Aprovisionamento 
de Matérias 
Venda de 
Produto 
Acabado 
Transformação de 
Matérias em 
Produto Acabado 
Aprovisionamento 
de Produto 
Acabado 
 
armazenamento, transformação em produto acabado e, por fim, a 
venda destes. 
 
 
Empresa Industrial: 
 
Principais Características da Empresa Industrial (o que a destingue da 
empresa comercial): 
Existêcias em: 
 
▪ Matérias 
- Matéria-prima 
- Matéria subsidiária 
- Acessórios 
Imobilizações: 
▪ Equipamentos 
- Máquinas 
- Ferramentas 
- Outros instrumentos de produção 
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Organização da Gestão das Empresas Industriais 
 
Geralmente, nas empresas industriais os serviços cujos chefes se 
encontram directamente subordinados à Direcção Geral são os 
seguintes: 
1. Serviços Técnicos ou de Produção 
2. Serviços de Aprovisionamento 
3. Serviços Comerciais 
4. Serviços Administrativos 
5. Serviços Financeiros 
 
 
 
Funções e Responsabilidades 
 
1. Direcção Geral (Administradores, Gerentes, Adjuntos e 
Secretários) 
- Decidir, directorização geral, provisões 
- Garantir a coordenação de funções 
- Realizar a fiscalização de todos os serviços 
- Fazer apreciação de resultados 
- Emitir informações diversas. 
 
2. Serviços Técnicos ou de Produção (Director Técnico, 
Engenheiros, Preparadores, Fiscais) 
- Fazer estudos, experiências e planos 
- Preparação do trabalho 
- Instrução do pessoal 
- Conservação e reparação de equipamentos 
- Determinação de custos dos produtos e serviços. 
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3. Serviços de Aprovisionamento (Director de 
Aprovisionamento, Fieis de Armazém) 
- Abastecimento de todos os bens e serviçospara o 
funcionamento eficaz em quantidade e qualidade desejada 
sempre ao menor custo; 
 
- Gestão de stocks, ou seja, minimização de custos de 
armazenagem, evitar deterioração de matérias armazenadas, 
racionalizar os movimentos dentre os armazéns: controlar as 
quantidades existentes em cada momento, promover o 
oportuno e correcto fornecimento de matérias adquiridas. 
 
 
4. Serviços Comerciais (Director Comercial, Chefe de Vendas) 
 
- Vendas (publicidade e propaganda) 
- Embalagens e Expedição 
- Distribuição 
 
 
5. Serviços Administrativos (Director Administrativo, Guarda- 
Livros, Contabilistas, Empregados do Escritório) 
- Correspondência e arquivos 
- Facturação 
- Cáculo 
- Escrituração e estatística 
 
 
6. Serviços Financeiros (Director Financeiro, Cobradores) 
 
- Tesouraria 
- Recebimentos e Pagamentos 
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Direcção Geral 
Serviços 
Financeiros 
Serviços 
Administrativos 
Serviços 
Comerciais 
Serviços de 
Aprovisionamento 
Serv. Técnicos/ 
de Produção 
 
 
Conselho de Administração 
 
Organização Funcional de uma Empresa Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Nesta unidade tratou-se da diferença entre as empresas industriais e 
comerciais no que tange as fases do seus ciclos económicos e deu-se a 
conhecer as diferentes áreas da gestão de uma empresa industrial. 
Basicamente se evidenciou que o pricipal elemento que distingue a 
empresa industrial da empresa comercial é o processo de 
transformação de bens. 
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
 
1. Defina a empresa industrial. 
 
Empresa Industrial – é uma unidade produtiva combinando os factores 
necessários (matéria-prima, mão-de-obra, encargos gerais de fabrico, etc.) à 
realização de determinado processo de fabrico 
2. O que destingue a empresa industrial duma empresa comercial? 
 
R: a diferença entre a empresa industrial e empresa comercial está no facto 
da primeira se dedicar à compra de matérias-primas, transformação das 
matérias-primas em produtos acabados e a sua venda, enquanto que a 
segunda dedica-se esclusivamente à compra e venda de mercadorias. 
3. Quais são as características de uma empresa industrial? 
 
.R: A empresa industrial apresenta as seguintes característivas: 
 
Existêcias em: 
 
▪ Matérias 
 
- Matéria-prima 
 
- Matéria subsidiária 
 
- Acessórios 
Imobilizações: 
▪ Equipamentos 
 
- Máquinas 
 
- Ferramentas 
 
- Outros instrumentos de produção 
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UNIDADE Temática 1.5. Exercícios desse Tema 
 
1. Qual é a relação entre o Estado de custo, ou seja, a Informação do 
Custo proporcionado pela Contabilidade de Gestão com as 
Demonstrações Financeiras da Contabilidade Geral? 
2. Quem usa a informação da Contabilidade? 
 
3. Indentifique os principais utilizaores da Contabilidade Analítica; 
 
4. Explique as diferenças de informação necessária para os 
utilizadores da Contabilidade Analítica e da Contabilidade Geral; 
5. “As ênfases da contabilidade financeira e gerencial diferem.” 
Explique 
6. Qual é o objecto da Contabilidade Analítica. 
 
7. Indique se é Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes 
atribuições da Contabilidade Analítica De Gestão: 
 
RUBRICA V F 
a) Permite orientar os preços de venda. 
b) Permite calcular a rentabiliddae de cada produto 
c) Tem uma orientação para o futuro 
d) Dá-nos o valor global das vendas num determinado ano 
e) Está virado para o interior da empresa 
f) Acompanha as operações económicas de transformação das matérias-primas em produtos acabados 
g) Não permite valorizar os custos de produção 
h) Permite controlar as condições internas de exploração 
i) É caracterizada por relatórios detalhados 
j) É limitada pelos princípios de contabilidade geralmente aceites 
k) Aplica –se apenas nas empresas industriais. 
l) É obrigatória por Lei. 
m) Permite aconselhamento internos para os gestores 
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8. Comente a seguinte a frase: 
“. .. a grande dificuldade que a empresas enfrentam na 
implementação da Contabilidade Analítica está relacionado 
com o custo de informação versus a utilidade de informação.” 
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TEMA – II Custo. 
 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo 
UNIDADE Temática 2.2. Classificação de Custos 
UNIDADE Temática 2.3. O Custo de Produto 
UNIDADE Temática 2.4. EXERCÍCIOS deste tema 
 
UNIDADE Temática 2.1. Terminologia de Custo. 
 
Introdução 
 
 
Uma das tarefas mais difíceis para um principiante, mesmo para 
alguns veteranos na matéria da Contabilidade de Gestão, é a 
identificação de custo de um recurso consumido ou utilizado na 
produção, destinguindo-o de gastos e despesas, o que nalgumas vezes 
parece se tratar de elementos similares quando na verdade eles 
diferem totalmente. Uma outra questão está voltada à distinção entre 
receita, rendimento e recebimentos. Nesta unidade pretende-se 
elucidar a diferença entre todos esses elementos. 
 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Definir e identificar um Custo; 
 
▪ Estabelecer a diferença entre gastos, despesas, desembolsos, 
investimento, depreciação, perdas e desperdícios; 
▪ Estabelecer a diferença entre rendimentos, receitas e recebimentos; 
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Terminologia de Custo 
 
Os Gastos, Custos, Despesas são três palavras que parecem dizer 
respeito a conceitos similares. Nalgumas vezes confundem-se com 
Desembolso e, o Investimento também parace ter alguma similaridade 
com eles. 
Esse facto, normalmente faz com que um principiante se veja perdido, 
e às vezes o experiente, embaraçado; por isso, utiliza-se a seguinte 
nomenclatura: 
 
A. DESEMBOLSO - É a saída efectiva de dinheiro ou das contas bancárias 
das empresas, ou seja, entrega a terceiros de parte dos numerários da 
empresa. Os desembolsos ocorrem em virtude do pagamento de 
compras efetuadas à vista ou de uma obrigação assumida 
anteriormente. 
No que tange ao momento da escrituração dos gastos, os desembolso 
podem ocorrer antes (pagamento antecipado), exemplo:- compra de 
matéria prima à vista, em Abril, para gasto ou consumo pela fabrica em 
Maio, no momento (pagamento a vista) exemplo:- pagamento de peças, à 
vista, para uso imediato pela fábrica, ou depois da ocorrência dos gastos 
(pagamento à prazo) exemplo:- compra de matéria-prima em Julho que 
serão consumidas pela fábrica no próprio mês, mas cujo pagamento ao 
fornecedor ocorrerá em Setembro. 
 
B. GASTO - É o consumo genérico de bens e serviços ou, em outras palavras, 
dos factores de produção. Os gastos ocorrem a todo o momento e em 
qualquer sector de uma empresa, seja ela comercial, industrial ou 
prestadora de serviço. 
 
É importante não confundir gastos com desembolso. 
- Desembolso:- saída de dinheiro. Exemplo: Pagamento ao fornecedor, 
pagamento de energia elétrica. 
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- Gasto Consumido:- são os bens e serviços obtidos por meio de desembolso 
passado, presente ou futuro. Exemplos:- Matéria-prima consumida no 
processo produtivo, energia elétrica consumida na área da produção etc.. 
O fim da aplicação do gasto ditará se o mesmo poderá ser classificado em 
custo, despesa, perda ou desperdício. 
 
1. Custos da Produção/custo industrial - É a soma dos gastos relativos

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