Direito Processual Civil

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SUMÁRIO 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 2 
CONTEÚDO DO RESUMO ..................................................................................................... 3 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................................. 5 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5 
HERMENÊUTICA JURÍDICA......................................................................................................... 5 
SEGUNDA ONDA RENOVATÓRIA ............................................................................................... 6 
PROCESSO ESTRUTURAL ........................................................................................................... 7 
TEORIA GERAL DO PROCESSO ................................................................................................... 8 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................... 9 
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL .............................................................. 10 
PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO .................................................................................. 10 
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL ........................................ 11 
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO ................................................................. 12 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL ....................................................................................... 12 
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL ............................................................................ 13 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA ........................................................................................................ 14 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO .............................................................................................. 14 
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS .......................................................................... 15 
LEI PROCESSUAL CIVIL NO TEMPO .......................................................................................... 15 
DA APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA ................................................................................................... 19 
JURISPRUDÊNCIA PERTINENTE ................................................................................................ 19 
CADERNO DE QUESTÕES DO TEC ........................................................................................ 20 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Pessoal, é com muita satisfação que damos as boas-vindas ao nosso material de DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL. Sabemos que essa disciplina é extensa, com uma série de conceitos que muitas vezes podem 
gerar dúvidas e dificuldades na hora de estudar. 
 
Nossa equipe se dedicou ao máximo para garantir que esse material de estudo seja assertivo e eficiente. 
Selecionamos cuidadosamente os principais assuntos de acordo com sua relevância, incidência em 
provas, amplitude e complexidade, por exemplo: 
 
Além disso, nosso objetivo foi otimizar o tempo de estudo de vocês, fornecendo um material que seja 
de fácil compreensão. Para isso, incluímos comentários explicativos, esquemas visuais e exemplos 
práticos, tudo com o intuito de facilitar o entendimento dos temas abordados. 
 
Sabemos que a preparação para um concurso exige muito esforço e dedicação, e estamos aqui para 
auxiliá-los nessa jornada. Esperamos que esse material de DIREITO PROCESSUAL CIVIL seja uma 
ferramenta valiosa em sua preparação, proporcionando um aprendizado consistente e eficaz. 
 
Nunca é demais lembrarmos que adotamos as seguintes premissas na elaboração deste material: 
✓ Histórico de cobrança das principais bancas; e 
✓ Exclusão de conceitos que não possuem histórico de cobrança relevante. 
 
Por fim, qualquer crítica ou sugestão envie um e-mail para: 
contato@radegondesresumos.com 
 
 
Desejamos a todos ótimos estudos! 
Equipe Radegondes 
 
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CONTEÚDO DO RESUMO 
 
01 
 
Direito Processual Civil. Introdução. Hermenêutica Jurídica. Segundo Onda Renovatória. 
Processo Estrutural. Teoria Geral do Processo. Principais Fontes do Direito Processual 
Civil. Principais Princípios. Lei Processual Civil no Tempo. 
 
02 
 
Da Função Jurisdicional. Da Jurisdição e da Ação. Teoria da Asserção. Legitimidade Ad 
Causam. Da Jurisdição e da Ação. Da Ação Meramente Declaratória. Dos Limites da 
Jurisdição Nacional. Da Competência. Da Modificação da Competência. Da Conexão. Da 
Continência. Da Cooperação Nacional. Jurisprudência Pertinente. 
 
03 
 
Das Partes e dos Procuradores. Da Capacidade Processual. Da Nomeação de Curador 
Especial. Ação que Envolve Direito Real Imobiliário. Irregularidade da Representação da 
Parte. Dos Deveres das Partes e de seus Procuradores. Das Despesas, dos Honorários 
Advocatícios e das Multas. Da Gratuidade da Justiça. 
 
04 
 
Do Litisconsórcio. Do Litisconsórcio Necessário. Do Litisconsórcio Unitário. Da 
Intervenção de Terceiros. Da Assistência Simples. Da Assistência Litisconsorcial. Do 
Chamamento ao Processo. Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica. 
 
05 
 
Dos Atos Processuais. Direitos que Admite Autocomposição. Da Fixação de Calendários. 
Dos Pronunciamentos do Juiz. Dos Prazos. 
 
06 
 
Da Comunicação dos Atos Processuais. Da Citação. Citação Feita por Meio Eletrônico. 
Suspeita de Ocultação do Citando. Comparecimento à Residência do Citando. Citação por 
Hora Certa. Citação por Edital. Das Nulidades. 
 
 
 
 
 
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07 
 
Da Tutela Provisória. Da Tutela de Urgência. Procedimento da Tutela Antecipada 
Requerida em Caráter Antecedente. Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em 
Caráter Antecedente. Da Tutela da Evidência. 
 
08 
 
Da Sentença e da Coisa Julgada. Disposições Gerais. Dos Elementos e dos Efeitos da 
Sentença. Da Coisa Julgada. Questão Principal x Questão Prejudicial. Obiter Dictum. 
 
09 
 
Do Cumprimento da Sentença. Disposições Gerais. Dos Títulos Executivos Judiciais. Local 
do Cumprimento da Sentença. Do Cumprimento Definitivo da Sentença. Da Obrigação de 
Prestar Alimentos. Da Obrigação de Pagar Quantia Certa pela Fazenda Pública. 
 
10 
 
Da Ação Rescisória. Propositura da Ação Rescisória. Necessidade de Instrução Probatória. 
Dos Recursos. Principais Efeitos dos Recursos. Do Recurso Adesivo. Da Apelação. Do 
Agravo de Instrumento. Do Agravo Interno. Dos Embargos de Declaração. Do Recurso 
Ordinário. Do Recurso Especial. Do Recurso Extraordinário. Do Agravo em Recurso 
Especial ou Extraordinário. Dos Embargos de Divergência. 
 
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Bônus - Jurisprudências Relevantes 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
INTRODUÇÃO 
 
O Direito Processual Civil é uma área do direito que regulamenta os procedimentos judiciais para a 
resolução de conflitos entre as partes envolvidas em uma demanda civil. É responsável por estabelecer 
as regras e ritos a serem seguidos durante um processo judicial, garantindo a igualdade entre as partes e 
a efetividade da prestação jurisdicional. 
 
 
 
HERMENÊUTICA JURÍDICA 
 
A hermenêutica jurídica é uma abordagem interpretativa que se baseia na compreensão do significadodas normas legais e na aplicação dessas normas de forma coerente e eficaz. Segundo a hermenêutica 
jurídica, o juiz não deve se limitar a aplicar as leis de forma mecânica, mas sim interpretar as normas de 
acordo com os princípios gerais do direito e as especificidades do caso em questão. Isso significa que o 
juiz deve analisar o contexto, a finalidade e as consequências da aplicação da norma para decidir de 
forma justa e equitativa. 
 
Ou seja, de acordo com a hermenêutica jurídica, o juiz deve, ao julgar, aplicar os princípios e as regras 
de modo a definir com clareza o alcance e a incidência das normas processuais. 
 
 
EXEMPLO: Um exemplo prático da aplicação da hermenêutica jurídica no direito processual civil 
seria em um caso de conflito de competência entre dois juízes. Nesse caso, o juiz responsável por 
decidir a questão deve interpretar as regras processuais e os princípios de jurisdição de forma a 
determinar qual juízo é competente para julgar o caso, levando em consideração não apenas as 
regras formais, mas também o contexto e a finalidade da norma. 
 
 
Dessa forma, a hermenêutica jurídica contribui para a construção de uma justiça mais eficaz e justa, 
permitindo que o juiz analise cada caso de forma individualizada e adequada às circunstâncias 
específicas. 
 
 
 
 
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SEGUNDA ONDA RENOVATÓRIA 
 
O Projeto Florença, coordenado por Mauro Cappelletti, delineou 3 ondas renovatórias enquanto 
analisava os obstáculos ao acesso à Justiça. Com relação à 2ª onda renovatória, podemos dizer que ela 
se caracteriza pela busca mais eficaz da proteção de direitos metaindividuais (direitos difusos ou 
coletivos), como os direitos das áreas de proteção ambiental e dos consumidores, sejam eles difusos ou 
coletivos. 
 
Essa segunda onda renovatória surgiu da necessidade de ampliar o acesso à Justiça para a proteção de 
direitos que ultrapassam a esfera individual e afetam grupos de pessoas de forma coletiva. Ela se 
concentra na ideia de que é preciso uma abordagem mais abrangente e eficaz para lidar com questões 
sociais e ambientais que não podem ser resolvidas apenas através de ações individuais. 
 
 
 
EXEMPLOS PRÁTICOS DA 2ª ONDA RENOVATÓRIA 
EXEMPLO 01: Imagine uma ação civil pública movida em nome de um grupo de consumidores 
que foi lesado por uma empresa que vendeu um produto defeituoso em larga escala. A ação 
busca reparar os danos causados a todos os consumidores afetados, não apenas aos que 
entraram com ação individualmente. 
 
EXEMPLO 02: Outro exemplo poderia ser uma ação movida por um grupo de moradores de uma 
região afetada por poluição causada por uma indústria. Nesse caso, a ação visa não só reparar os 
danos causados aos moradores, mas também garantir que a empresa responsável adote medidas 
para evitar danos futuros e proteger o meio ambiente. 
 
 
 
Essa abordagem coletiva é fundamental para garantir uma proteção mais efetiva dos direitos 
metaindividuais e para enfrentar questões sociais e ambientais complexas. A segunda onda renovatória 
do Projeto Florença busca, portanto, fortalecer os mecanismos jurídicos para lidar com essas questões e 
garantir que todos tenham acesso à Justiça para proteger seus direitos. 
 
 
 
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PROCESSO ESTRUTURAL 
 
O processo estrutural se refere a um tipo de processo no qual há um litígio que envolve uma questão 
estrutural, ou seja, uma situação que se mantém de forma contínua e permanente e que precisa ser 
modificada para se alcançar um estado desejado. Este tipo de processo visa não apenas resolver um 
conflito específico entre as partes, mas sim transformar uma determinada realidade social ou jurídica. 
 
 
EXEMPLO: Um exemplo de processo estrutural seria uma ação civil pública movida pelo 
Ministério Público contra uma empresa que descumpre reiteradamente normas de proteção ao 
meio ambiente. Neste caso, o objetivo do processo não seria apenas obrigar a empresa a reparar 
os danos ambientais causados em uma situação específica, mas sim garantir que a empresa 
modifique suas práticas de forma geral para evitar danos futuros e se adeque às normas 
ambientais, buscando um estado de conformidade ideal. Nesse sentido, o processo não se limita 
a resolver um conflito entre as partes envolvidas, mas busca promover uma transformação mais 
ampla e duradoura em prol do bem coletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
A expressão "decisões em cascata" se refere ao fato de que uma decisão judicial em determinado 
processo pode gerar reflexos em outros processos correlatos ou em fases posteriores do mesmo 
processo. 
 
 
EXEMPLO: Em um processo de desapropriação de um terreno para a construção de uma nova 
rodovia, a decisão final do juiz pode estabelecer que o proprietário do terreno tem direito a uma 
indenização justa pelo seu imóvel. Essa decisão pode servir de precedente para outros processos 
de desapropriação de terrenos para obras públicas, influenciando na definição do valor das 
indenizações. 
 
 
 
Características e contornos do processo estrutural:
Existência de 
decisões 
“em cascata”
Estabelecimento 
de planos
Atenção a regimes 
de transição
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Já o estabelecimento de planos e a atenção aos regimes de transição são importantes para garantir a 
eficácia e a segurança jurídica do processo. O planejamento adequado das etapas e a observância das 
regras de transição entre uma fase e outra do processo são fundamentais para evitar eventuais falhas 
ou dificuldades que possam surgir ao longo do trâmite processual. Assim, o processo estrutural no 
direito processual civil busca mais do que uma simples resolução de conflitos, mas sim uma organização 
eficiente e coerente do procedimento, levando em consideração os aspectos práticos e jurídicos 
envolvidos. 
 
 
 
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
 
A primeira fase metodológica do processo civil é conhecida também como praxismo e corresponde à 
época em que o processo era visto como mero procedimento, simples sucessão de atos e formas, não 
havendo distinção entre direito material e direito processual, pois o procedimento era visto como 
apêndice do direito material. 
 
Na primeira fase metodológica do processo civil, conhecida como praxismo, o foco estava no 
procedimento em si, sem fazer distinção entre o direito material (que trata das relações jurídicas em si) 
e o direito processual (que regula o procedimento para solucionar conflitos). Nesse período, o processo 
era visto como uma simples sequência de atos e formalidades, sendo considerado apenas um apêndice 
do direito material. 
 
 
EXEMPLO: Um exemplo que ilustra essa fase do processo civil é o processo de execução fiscal. 
Nesse tipo de processo, o objetivo é a cobrança de dívidas fiscais, ou seja, a execução de uma 
obrigação tributária não cumprida. No praxismo, o foco estaria na formalidade do procedimento 
de cobrança da dívida, sem uma clara distinção do direito material que originou a obrigação 
tributária. Assim, o processo de execução fiscal seria tratado como um mero procedimento para 
efetuar a cobrança, sem considerar as complexidades do direito tributário que regem a obrigação 
em si. 
 
 
 
Já no formalismo-valorativo, destaca-se a importância que se deve dar aos valores constitucionalmente 
protegidos na pauta de direitos fundamentais e no reforço dos aspectos éticos do processo, com 
especial destaque para a afirmação do princípio da cooperação. 
 
O formalismo-valorativo é uma corrente da Teoria Geral do Processo que valoriza não apenas a forma 
processual (como o formalismo clássico), mas também os valores constitucionais protegidos e os 
aspectos éticos doprocesso. Nessa perspectiva, o processo não é apenas um meio de solução de 
conflitos, mas também um instrumento para garantir a efetivação de direitos fundamentais e promover 
a justiça. 
 
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EXEMPLO: Um exemplo de aplicação do formalismo-valorativo é a valorização do princípio da 
cooperação no processo. Esse princípio implica na colaboração entre as partes e o juiz, visando a 
obtenção de uma decisão justa e respeitosa aos direitos das partes. Isso significa que as partes 
devem agir de forma leal, apresentando suas razões e provas de maneira clara e honesta, 
enquanto o juiz deve conduzir o processo de forma imparcial e buscar a pacificação do conflito. 
 
 
 
Assim, o formalismo-valorativo busca harmonizar a aplicação do direito processual com os valores 
constitucionais, promovendo um processo mais justo, ético e eficiente. 
 
 
 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
Fonte, no contexto do direito processual, refere-se à origem das normas jurídicas que regulam o 
processo judicial. As principais fontes do direito processual são a Constituição Federal, as leis ordinárias, 
os tratados internacionais, os regimentos internos dos tribunais, a jurisprudência, a doutrina, os 
costumes, os princípios gerais do direito, os negócios jurídicos processuais. Essas fontes indicam as 
regras e princípios que devem ser observados durante a tramitação de um processo judicial. 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS FONTES DO 
DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL
Constituição Federal
Leis Ordinárias
Tratados Internacionais
Regimentos Internos dos Tribunais
Jurisprudência
Doutrina
Costumes
Princípios Gerais do Direito
Negócios Jurídicos Processuais
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DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as 
normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, 
observando-se as disposições deste Código. 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 2º. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 2º do Código de Processo Civil (CPC) trata do princípio da inércia da 
jurisdição (dizer o direito). Ele afirma que o processo judicial é iniciado a partir da iniciativa de 
uma das partes envolvidas, ou seja, cabe às partes interessadas (autor e réu) apresentarem sua 
demanda perante o Poder Judiciário para que seja julgada. Em outras palavras, o princípio da 
inércia da jurisdição impede o juiz de prestar a tutela (proteção) jurisdicional sem a necessária 
provocação do jurisdicionado (partes interessadas). 
 
Porém, uma vez que o processo é iniciado, o seu desenvolvimento é feito por impulso oficial, ou 
seja, cabe ao próprio Poder Judiciário dar andamento e realizar os atos necessários para o devido 
processamento da demanda, tais como citações, intimações, audiências, despachos, decisões, 
entre outros. 
 
No entanto, existem exceções previstas em lei em que o processo não se desenvolve por impulso 
oficial, como nos casos em que as partes requeiram diligências específicas ou quando é 
necessário aguardar a manifestação das partes para que o processo prossiga. 
 
EXEMPLO: João move uma ação de divórcio contra Maria, sendo João o autor e Maria a ré. João 
apresenta sua petição inicial requerendo a decretação do divórcio e a partilha de bens. O 
processo é iniciado a partir da iniciativa de João, mas a partir desse momento o juiz passa a 
tomar as decisões e determinar os próximos passos do processo, como a citação de Maria, a 
realização de audiência de conciliação, entre outros atos. 
 
 
 
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PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE 
JURISDICIONAL 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 3º do Código de Processo Civil (CPC) trata do princípio da inafastabilidade 
do controle jurisdicional, ou seja, ele determina que nenhum direito pode ser excluído da 
apreciação do poder judiciário. Ou seja, qualquer indivíduo que se sinta ameaçado ou lesado em 
seus direitos tem o direito de recorrer ao Judiciário para buscar uma solução caso não consiga 
resolver a situação de forma amigável. 
 
 
 
QUESTÃO-EXEMPLO 
 
(QUESTÃO) A possibilidade, prevista no Código de Processo Civil, de o juiz deferir, no início do 
processo, o requerimento de tutela provisória de urgência formulado pelo autor, sem a prévia 
oitiva do réu, é um corolário lógico do princípio do(a): 
 
a) contraditório; 
b) inércia; 
c) devido processo legal; 
d) juiz natural; 
e) inafastabilidade do controle jurisdicional. 
 
 
COMENTÁRIO: A questão está explicando que de acordo com o Código de Processo Civil, o juiz 
pode conceder uma tutela (proteção) provisória de urgência ao autor de um processo sem antes 
ouvir o réu, no início do processo. Isso é um corolário (decorre) do princípio da inafastabilidade 
do controle jurisdicional, que garante que todas as demandas tenham acesso à justiça de forma 
efetiva e rápida. 
 
EXEMPLO: Vamos imaginar uma situação em que uma pessoa entra com um processo pedindo 
uma liminar para suspender imediatamente os juros da dívida de um empréstimo que ela 
considera abusiva. Se o juiz entender que há urgência na decisão e que a liminar deve ser 
concedida para evitar prejuízos irreparáveis à parte, ele pode deferir o pedido sem antes ouvir a 
parte contrária (réu), para garantir que a justiça seja feita de forma célere e eficiente. 
 
GABARITO: E 
 
 
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída 
a atividade satisfativa. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 4º do CPP trata do princípio da primazia da decisão de mérito. Ele afirma 
que as partes envolvidas em um processo judicial possuem o direito de obter uma decisão final 
sobre o mérito da causa de forma rápida e eficiente, incluindo a possibilidade de obter uma 
solução satisfatória para o conflito em questão. Além disso, o artigo prevê que essa resolução do 
mérito deve ocorrer em um prazo considerado razoável, garantindo assim a efetividade da 
prestação jurisdicional. 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a 
boa-fé. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 5º do CPP dispõe que todas as partes envolvidas em um processo judicial 
devem agir de acordo com a boa-fé. Isso significa que todos os aspectos do processo, desde a 
petição inicial até a fase de execução da sentença, devem ser conduzidos de maneira honesta, 
leal e ética. Isso implica em não agir de forma desleal, fraudulenta, ou manipuladora com o 
objetivo de prejudicar a outra parte ou distorcer a verdade dos fatos. As partes devem agir de 
forma transparente, cooperativa e respeitosa, colaborando com o juiz e mantendo a integridade 
do processo. 
 
 
 
 
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PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo 
razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 6º do CPP prevêque todos os participantes do processo devem colaborar 
uns com os outros, visando alcançar uma decisão de mérito justa e eficaz dentro de um tempo 
considerado razoável. Em outras palavras, as partes envolvidas no processo devem agir de forma 
colaborativa, respeitando os princípios da boa-fé, do contraditório e da lealdade processual. 
Além disso, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer 
forma participem do processo expor os fatos em juízo conforme a verdade (CPC: art. 77, I). 
 
EXEMPLO: Imagine o caso de um processo de divórcio litigioso, em que as partes envolvidas (os 
cônjuges) devem colaborar entre si e com o juiz, apresentando todos os documentos necessários, 
comparecendo às audiências marcadas, respondendo às solicitações de informações, e assim por 
diante. Se as partes agirem de forma hostil, obstruindo o andamento do processo, isso pode 
dificultar a obtenção de uma decisão justa e efetiva. Portanto, a cooperação entre todos os 
sujeitos do processo é fundamental para o bom andamento da ação judicial. 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
Ao alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu, em sintonia com os princípios da primazia da decisão 
de mérito, da cooperação e da boa-fé processual, indicar, sempre que tiver conhecimento, o 
sujeito passivo da relação jurídica discutida. (CPC: art. 339) 
 
Em outras palavras, se o réu não é a pessoa correta para responder aos pedidos feitos pelo autor 
da ação, ele deve apontar quem seria a parte legítima para ocupar esse papel. Isso é importante 
para garantir que a decisão judicial seja justa e eficaz, e também para evitar que haja um 
prolongamento desnecessário do processo. 
 
 
 
 
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PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 7º. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e 
faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções 
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 7º do CPP afirma que o princípio da isonomia (princípio da paridade de 
tratamento) entre as partes em um processo judicial. A isonomia processual é um princípio com 
fonte constitucional (CF: art. 5º, I) que garante às partes paridade de tratamento no âmbito do 
processo. Isso significa que as partes envolvidas em um processo devem ter igualdade de 
oportunidades no exercício de seus direitos e deveres processuais, bem como no uso de meios 
de defesa. O objetivo desse princípio é garantir que não haja nenhum tipo de privilégio ou 
tratamento desigual entre as partes, assegurando a imparcialidade do juízo e a justiça no 
processo. 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
 
O contraditório é um princípio fundamental do direito processual civil que garante às partes o direito de 
participar ativamente do processo, apresentando suas argumentações e provas, bem como tendo 
ciência de todas as alegações e provas produzidas pela parte contrária. No entanto, em situações 
excepcionais, o contraditório pode ser diferido, ou seja, pode ser adiado temporariamente, desde que: 
✓ Existam razões relevantes que justifiquem essa medida; e 
✓ Esta medida não prejudique a efetividade desse direito. 
 
Ou seja, o contraditório pode ser diferido em situações excepcionais, presentes razões relevantes que 
assim justifiquem e em ponderação com outros interesses, sem ofensa à efetividade de tal direito. 
 
 
EXEMPLO: Quando uma das partes apresenta uma prova nova e relevante momentos antes do 
início de uma audiência, impossibilitando a outra parte de analisar e se manifestar sobre essa 
prova dentro do prazo previsto. Neste caso, o juiz pode diferir o contraditório, permitindo que a 
parte prejudicada tenha tempo hábil para analisar a prova apresentada e se manifestar de forma 
adequada, garantindo assim o equilíbrio entre as partes e a efetividade do contraditório. 
 
 
 
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DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as 
disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o 
Brasil seja parte. 
 
 
 
COMENTÁRIO: O artigo 13 do Código de Processo Civil (CPC) determina que a jurisdição civil no 
Brasil será regulada pelas normas processuais brasileiras, exceto nos casos em que houver 
disposições específicas em tratados, convenções ou acordos internacionais dos quais o Brasil seja 
signatário. Essa norma visa garantir a aplicação das normas processuais brasileiras em geral, mas 
também permite a observância de regras específicas em relação a determinadas questões 
processuais que estejam previstas em tratados internacionais. Isso significa que, em casos de 
litígios que envolvam partes estrangeiras ou questões internacionais, as normas do tratado 
internacional aplicável poderão prevalecer sobre as normas processuais brasileiras. 
 
EXEMPLO: Vamos imaginar um caso de litígio entre uma empresa brasileira e uma empresa 
estrangeira, regulado por um tratado internacional que estabeleça regras específicas de 
competência, procedimento ou execução processual. Neste caso, as normas previstas no tratado 
teriam prioridade sobre as normas processuais brasileiras, garantindo a aplicação da legislação 
internacional pactuada. 
 
 
 
 
LEI PROCESSUAL CIVIL NO TEMPO 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em 
curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a 
vigência da norma revogada. 
 
 
 
COMENTÁRIO: Este artigo do Código de Processo Civil prevê o princípio da irretroatividade da 
norma processual, ou seja, uma norma processual nova não poderá retroagir para atingir atos 
processuais já praticados ou situações jurídicas já consolidadas antes de sua vigência. Isso 
significa que, mesmo que uma nova lei processual seja publicada durante o curso de um 
processo, ela só poderá ser aplicada para os atos processuais futuros a partir de sua vigência, não 
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podendo interferir nos atos que já foram realizados sob a vigência da norma anterior. Vale 
ressaltar que o Código de Processo Civil adota a teoria dos atos processuais isolados, de modo 
que a lei processual, quando entra em vigor, atinge o processo no estágio em que ele se 
encontra. Ou seja, as normas de processo civil possuem eficácia ex nunc (significa que os efeitos 
de uma decisão ou ato não retroagem aos acontecimentos anteriores, ou seja, a decisão passa a 
ter efeito a partir da sua publicação para o futuro, não afetando situações passadas). 
 
 
 
QUESTÃO 
 
(QUESTÃO) Após a publicação de determinada decisão judicial, houve alteração na legislação que 
disciplina o recurso para impugnar o referido pronunciamento do magistrado. Nessa hipótese, no 
que concerne às diretrizes sobre a lei processual civil no tempo, a interposição do recurso deve 
ser orientada pela teoria denominada 
 
a) instrumentalidade das formas. 
b) proibição de decisão-surpresa. 
c) substanciação. 
d) retroatividade irrestrita da lei mais benéfica. 
e) isolamento dos atos processuais. 
 
 
COMENTÁRIO: No que concerne às diretrizes sobre a lei processual civil no tempo, a interposição 
do recurso deve ser orientada pela teoria denominada isolamento dos atos processuais. 
 
A Teoria do isolamento dos atos processuais é um princípio do direito processual civil que 
estabelece que cada ato processual deve ser considerado de forma isolada, independentemente 
dos demais atos realizadosao longo do processo. Isso significa que cada ato deve ser analisado 
em sua individualidade, sem que eventuais vícios ou irregularidades de um ato anterior sejam 
considerados para invalidar um ato posterior. Com isso, a ideia é garantir a celeridade e eficiência 
do processo, evitando que eventual defeito em um ato possa comprometer todo o andamento 
do processo, permitindo que, caso haja alguma irregularidade em um ato processual, ela possa 
ser sanada sem prejudicar os demais atos e o andamento do processo como um todo. 
 
EXEMPLO: Em uma ação judicial, caso o juiz proferisse uma decisão com vício de ilegitimidade, 
isso não deveria prejudicar a validade das demais decisões proferidas ao longo do processo. O 
correto seria que a ilegitimidade fosse corrigida e a decisão retificada, sem que isso impactasse 
nas demais etapas do processo. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
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QUESTÃO 
 
(QUESTÃO) Verificada a sucessão de leis processuais no tempo, a identificação de recurso cabível 
deve observar a teoria do isolamento dos atos processuais, a qual prevê que a lei processual nova 
tem aplicação imediata aos processos em desenvolvimento, resguardando-se a eficácia dos atos 
processuais já realizados e as situações jurídicas consolidadas na vigência da norma revogada. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
COMENTÁRIO: No que concerne às diretrizes sobre a lei processual civil no tempo, a interposição 
do recurso deve ser orientada pela teoria denominada isolamento dos atos processuais. Com 
isso, a ideia é garantir a celeridade e eficiência do processo, evitando que eventual defeito em 
um ato possa comprometer todo o andamento do processo, permitindo que, caso haja alguma 
irregularidade em um ato processual, ela possa ser sanada sem prejudicar os demais atos e o 
andamento do processo como um todo. 
 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
QUESTÃO 
 
(QUESTÃO) Suponha que, após a instrução processual de uma ação que esteja sendo processada 
pelo rito comum, entre em vigor uma lei nova que altere a distribuição do ônus da prova e 
modifique o procedimento de coleta de prova oral. Nesse caso, as mudanças promovidas pela lei 
processual nova não obstarão o juiz de proferir a sentença. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 14 do Código de Processo Civil, as normas processuais que 
entrarem em vigor após o início do processo não retroagirão para prejudicar atos processuais já 
praticados. Ou seja, as mudanças introduzidas pela lei nova não serão aplicadas de forma 
retroativa, não podendo prejudicar as partes em relação aos atos processuais já realizados. 
 
No caso específico citado pela questão, em que uma lei nova altera a distribuição do ônus da 
prova e modifique o procedimento de coleta de prova oral, as mudanças introduzidas por essa 
nova legislação não impedem o juiz de proferir a sentença no processo que já esteja em curso, 
seguindo as regras processuais que estavam vigentes no momento do início do processo. 
 
Portanto, mesmo com a entrada em vigor da lei nova, o juiz continuará analisando o caso com 
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base nas normas processuais que estavam em vigor no momento em que o processo foi iniciado, 
garantindo a segurança jurídica e evitando prejuízos para as partes em virtude de alterações 
legislativas durante o curso do processo. 
 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
QUESTÃO 
 
(QUESTÃO) Ao tratar do direito intertemporal, o ordenamento processual pátrio adota a teoria 
do isolamento dos atos processuais, segundo a qual, embora a nova lei seja aplicável 
imediatamente aos processos em curso, o juízo de regularidade do ato já praticado deve ser 
realizado em consonância com a lei vigente no momento da sua realização. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
COMENTÁRIO: Direito intertemporal é o conjunto de normas jurídicas que regulam as situações 
jurídicas que envolvem fatos ocorridos em momentos temporais distintos, ou seja, situações em 
que uma norma jurídica lida com eventos passados, presentes e futuros. Ele estabelece critérios 
para a aplicação de leis em casos que envolvem mudanças legislativas, retroatividade de normas 
e conflitos de leis no tempo. O objetivo do direito intertemporal é garantir a segurança jurídica e 
a proteção dos direitos das partes envolvidas em uma situação. 
 
O art. 14 do Código de Processo Civil estabelece que "a norma processual não retroagirá e será 
aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as 
situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada". Isso significa que, ao ocorrer 
uma mudança na legislação processual, a nova lei será aplicável de forma imediata aos processos 
em andamento. No entanto, os atos processuais já praticados devem ser analisados de acordo 
com a legislação vigente (legislação da época) no momento em que foram realizados. 
 
Dessa forma, a teoria do isolamento dos atos processuais determina que a nova lei influenciará 
apenas os atos futuros, mantendo-se os já praticados em conformidade com a legislação 
anterior. Isso garante a segurança jurídica e evita a retroatividade da norma processual, 
preservando os direitos das partes envolvidas no processo. 
 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
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DA APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, 
as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. 
 
 
 
COMENTÁRIO: Este artigo prevê a aplicação supletiva e subsidiária do Código de Processo Civil 
(CPC) em casos de ausência de normas específicas que regulem processos eleitorais, trabalhistas 
ou administrativos. Isso significa que, caso não haja regras claras ou específicas sobre como 
seguir com um determinado processo nessas áreas do direito, as disposições do CPC podem ser 
utilizadas como base para garantir a regularidade e o devido processo legal. 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA PERTINENTE 
 
STJ. INFORMATIVO 778 
 
Para o reconhecimento da deserção, é indispensável que o juiz intime a parte para regularizar o 
preparo, especificando qual erro deverá ser corrigido. 
 
 
COMENTÁRIO: Esse informativo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trata da questão da 
deserção, que é a penalidade aplicada quando uma parte de um processo judicial não efetua o 
pagamento das custas processuais ou do preparo para recorrer. No caso, o STJ afirma que para 
que seja reconhecida a deserção, é necessário que o juiz intime a parte para regularizar o 
preparo, ou seja, para corrigir o erro cometido. Essa intimação deve ser feita de forma clara e 
específica, apontando qual foi o erro ou o motivo pelo qual o preparo realizado não foi aceito. 
Essa medida visa garantir o direito de ampla defesa e contraditório da parte, possibilitando que 
ela corrija o equívoco e evite a deserção do recurso. Em consonância com o princípio da 
cooperação processual, é indispensável ao reconhecimento da deserção que o juiz intime a parte 
para regularizar o preparo, especificando qual equívoco deverá ser sanado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CADERNO DE QUESTÕES DO TEC 
 
Pessoal, terminamos a 1ª parte do resumo! A ideia deste material é fazer com que você tenha uma visão 
global do assunto para posteriormente resolver as questões, sempre “favoritando” aquelas que errar 
(ou ficar com dúvidas) para revisar depois. Nossa sugestão, nesse momento, é que você faça umas 15questões sobre os assuntos estudados neste PDF. 
 
CADERNOS DE QUESTÕES DO ASSUNTO ESTUDADO 
LINK BANCA 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnYJ CESPE 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnYg FCC 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnZ4 FGV 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnZK VUNESP 
 
AVISOS 
1) Quando se deparar com questões polêmicas, ou aquelas em que o examinador cometeu algum 
erro na redação, aperte a tecla “R” e remova do seu caderno. Essas questões não são treináveis e 
mais atrapalham do que ajudam nos seus estudos. 
 
 
2) Quando você estiver estudando as questões, no TEC CONCURSOS, caso se depare com alguma 
questão em que sua base teórica não esteja aqui neste resumo, vale a pena “favoritá-la” a fim de 
que ela possa fazer parte do seu material de revisão, ok!? 
 
 
 
 
 
 
3) Quando você estiver estudando as questões, no TEC CONCURSOS, caso se depare com uma 
questão que errou ou que te deixou com dúvidas, também sugerimos “favoritá-la” ou anotá-la 
em algum lugar (seja no ANKI, seja no seu caderno físico, seja no seu Tablet). A ideia é fazer com 
que este assunto também possa fazer parte do seu material de revisão. 
 
 
 
 
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https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnYJ
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnYg
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnZ4
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3ZnZK