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Unidade 3
Ritos Processuais Trabalhistas
Direito Processual 
do Trabalho
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
JÉSSICA RAIANE ALVES CONFESSOR 
MILENA BARBOSA DE MELO
AUTORIA
Jéssica Raiane Alves Confessor
Sou formada em Direito pela UNIFACISA – Universidade de Ciências 
Sociais Aplicadas. Atualmente sou professora conteudista e advogada. 
Como jurista atuo nas áreas de Direito Penal, Direito de Família, Direito do 
Consumidor, e na minha paixão, que é o Direito do Trabalho. 
Milena Barbosa de Melo
Possuo graduação em Direito pela Universidade Estadual da 
Paraíba (2004). Doutora em Direito Internacional pela Universidade de 
Coimbra. Mestre e Especialista em Direito Comunitário pela Universidade 
de Coimbra. Atualmente sou Professora Universitária e Conteudista. 
Como jurista atuo principalmente nas seguintes áreas: Direito à Saúde, 
Direito Internacional público e privado, Jurisdição Internacional, Direito 
Empresarial, Direito do Desenvolvimento, Direito da Propriedade 
Intelectual e Direito Digital.
Por isso fomos convidadas pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar 
vocês nesta fase de muito estudo e trabalho. Esperamos te ajudar a 
crescer e se apaixonar por cada tópico do Direito Processual do Trabalho. 
Conte conosco!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Atos - termos e prazos processuais trabalhistas .......................... 10
Atos Processuais ............................................................................................................................... 11
Classificação dos atos processuais ................................................................ 12
Termos Processuais ....................................................................................................................... 15
Prazos Processuais ........................................................................................................................ 15
Os sujeitos da relação processual do trabalho ..............................20
Litisconsórcio .....................................................................................................................................23
Espécies de Litisconsórcio .......................................................................................................24
Litisconsórcio ativo ....................................................................................................27
Litisconsórcio Passivo ...............................................................................................28
Nulidade processual trabalhista ..........................................................30
Nulidade absoluta e nulidade relativa do ato processual ...............................32
Ato processual inexistente .......................................................................................................34
Princípios das nulidades processuais ..............................................................................35
Prescrição e decadência no direito processual do trabalho ....40
Prescrição e decadência .......................................................................................................... 40
Direitos imprescritíveis no Direito Brasileiro ................................................................43
Normas gerais sobre a prescrição ......................................................................................43
Prescrição e Preclusão ..............................................................................................................44
Prescrição e Perempção ............................................................................................................45
Início da contagem do novo prazo decadencial e prescricional ................ 46
Decadência no Direito do Trabalho ................................................................................... 46
Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescrição ...................47
7
UNIDADE
03
Direito Processual do Trabalho
8
INTRODUÇÃO
Nesta unidade podemos aprender sobre os atos, termos e 
prazos processuais trabalhistas; os sujeitos da relação processual; 
nulidade processual trabalhista e a prescrição e decadência no direito 
processual do trabalho. Iremos conhecer detalhadamente o que são 
os atos processuais, classificá-los, conhecer quem os pratica e de que 
forma influenciam no processo do trabalho. Compreendermos quem 
são os sujeitos da relação processual do trabalho, sua importância e de 
que forma geram o litisconsórcio na relação trabalhista. Estudaremos 
também a nulidade processual trabalhista, buscando entender o que 
torna os atos processuais nulos, anuláveis ou inexistentes. E, por fim, 
debateremos sobre a prescrição e decadência no direito processual 
do trabalho. Espero que você tenha entendido e esteja motivado a 
mergulhar comigo neste universo ao longo de nossa unidade letiva!!
Direito Processual do Trabalho
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até 
o término desta etapa de estudos:
1. Constituir os atos, termos e prazos processuais trabalhistas;
2. Identificar os sujeitos da relação processual;
3. Compreender a nulidade processual trabalhista;
4. Debater a prescrição e decadência no direito processual do 
trabalho.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Vamos juntos!!
Direito Processual do Trabalho
10
Atos - termos e prazos processuais 
trabalhistas 
OBJETIVO:
Neste capítulo você irá constituir os atos, termos e prazos 
processuais no Direito do Trabalho. Aprendendo de que 
forma atuam na efetivação do direito, conceito e quando são 
utilizados. Espero que você se envolva a cada descoberta. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Vamos juntos!!
Sabemos que processo é o meio pelo qual efetivamos a jurisdição, 
desta forma é imprescindível para a solução de conflitos, realizando a 
atuação material da lei.
Como podemos ver em Neto e Cavalcante (2019, p. 601):
Christóvão Piragibe Tostes Malta assevera: “Submetido um 
conflito de interesses ao pronunciamento do Estado, este 
tem o dever de solucioná-lo, o que faz obedecendo a certas 
diretrizes, a um critério, sistema ou método, a uma ordem 
enfim. Esse método é justamente o processo. A jurisdição é a 
função do Estado dirigido à solução de conflitos de interesses. 
Harmonizando esse entendimento com a noção de processo 
acima referida, este é o sistema adotado pelo Estado para o 
exercício da função jurisdicional ou jurisdição”.
O processo resume a relação jurídica entre os sujeitos e tambéma decisão definitiva.
 • Causas suspensivas da prescrição trabalhista: Existem algumas 
causas que suspendem a prescrição, são elas: a pendência de 
condição suspensiva; não estando vencido o prazo. Vejamos o 
artigo 199, I e II, CC:
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
 • Causas interruptivas da prescrição trabalhista: A causa mais 
importante da interrupção da prescrição é o ajuizamento da 
ação trabalhista, que também poderá ser interrompida ainda 
que arquivada, interrompe a prescrição em relação aos pedidos 
idênticos.
A principal prescrição do direito do trabalho é a prescrição bienal, ou 
seja, não se fala em prescrição até dois anos após o término do contrato 
de trabalho.
Direito Processual do Trabalho
49
RESUMINDO:
Animados por estarmos finalizando nossa terceira unidade? 
Compreendeu todo o assunto? Vamos para a última 
revisão dessa unidade? Podemos aprender neste capítulo 
sobre a prescrição e decadência no direito processual 
do trabalho. Vimos que a decadência e a prescrição são 
institutos que produzem efeitos nas relações jurídicas com 
o decurso do tempo, sendo imprescindível para estabilizar 
e consolidar todos os direitos. Sendo institutos distintos, 
ocorrendo decadência quando há perda do direito por 
ter sido seu titular inerte dentro de um prazo prefixado, 
e que sua eficácia depende de seu exercício, que se 
esgotou sem que o titular o exercesse. E a prescrição, por 
sua vez, ocorre quando se extingue uma ação ajuizável 
por ter sido seu titular inerte em um lapso temporal, ou 
seja, um titular de direito possui determinado tempo para 
reclamar sobre algo e não o faz dentro desse período. 
Aprendemos também que são imprescritíveis no direito 
brasileiro as Reivindicações que envolvam os direitos da 
personalidade; estado da pessoa; bens públicos; direito 
de família no que concerne à questão inerente ao direito 
à pensão alimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens; 
pretensão do condomínio de a qualquer tempo exigir a 
divisão da coisa comum ou a meação de muro divisório; 
exceção de nulidade; ação, para anular inscrição do nome 
empresarial feita com violação de lei ou do contrato. 
Bem como a diferença entre prescrição e a preclusão 
e a prescrição e a perempção. As hipóteses mais 
conhecidas de decadência no direito do trabalho, que 
são as relativas ao inquérito para apuração de falta grave 
e da ação rescisória ou o prazo decadencial de 120 dias 
para interposição de mandado de segurança e os prazos 
fixados em instrumentos normativos para que empregada 
comprove a condição de grávida para o empregador. E, 
por fim as causas impeditivas, suspensivas e interruptivas 
da prescrição.
Direito Processual do Trabalho
50
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa 
do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
Brasil. Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 alterada pela Lei 
nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Consolidação das Leis do Trabalho. Diário 
Oficial da União.
BRASIL. Lei federal 13.105 de 16 de março de 2015. Institui o Novo 
Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de 
2015.
BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Diário 
Oficial da União, Rio de Janeiro.
CAVALCANTE, Jouberto de Q. Pessoa e NETO, Francisco F. Jorge. 
Direito Processual do Trabalho. 9ª Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2019.
JUNIOR, José Cairo. Curso de Direito Processual do Trabalho. 13ª 
Edição. São Paulo. Editora Juspodivm. 2019.
LEITE, Carlos H Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 
17ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva Educação. 2019.
MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Código de Processo 
Civil comentado artigo por artigo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. 
MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios gerais de direito 
administrativo. 2 ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 1979.
PEREIRA, Leone. Manual de Processo do Trabalho. 6ª Edição. São 
Paulo. Editora Saraiva. 2019.
RENZETTI, Rogério. Direito do Trabalho: Teoria e Questões Práticas. 
5ª Edição. São Paulo. Editora Forense Ltda. 2018
SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual 
civil. São Paulo. Editora Saraiva, 1981.
Direito Processual do Trabalho
	Atos - termos e prazos processuais trabalhistas 
	Atos Processuais
	Classificação dos atos processuais
	Termos Processuais
	Prazos Processuais
	Os sujeitos da relação processual do trabalho
	Litisconsórcio
	Espécies de Litisconsórcio
	Litisconsórcio ativo 
	Litisconsórcio Passivo
	Nulidade processual trabalhista
	Nulidade absoluta e nulidade relativa do ato processual 
	Ato processual inexistente
	Princípios das nulidades processuais
	Prescrição e decadência no direito processual do trabalho
	Prescrição e decadência
	Direitos imprescritíveis no Direito Brasileiro
	Normas gerais sobre a prescrição
	Prescrição e Preclusão 
	Prescrição e Perempção
	Início da contagem do novo prazo decadencial e prescricional
	Decadência no Direito do Trabalho
	Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescriçãoa 
sequência lógica e cronológica de atos que faz surgir, desenvolver-se e 
finalizar, a qual se denomina procedimento.
Nesse ponto de nosso estudo não podemos confundir processo e 
procedimento. Vamos diferenciá-los?
O processo é essencialmente teológico, sendo um sistema estático, 
ou seja, o procedimento é a forma de atuação desse sistema e decorre 
da provocação da função jurisdicional. O processo é um conjunto de atos 
ordenados em estado de inação.
Direito Processual do Trabalho
11
O procedimento é puramente formal e são os atos que se sucedem, 
isto porque é através do procedimento que realizamos os atos exigidos 
para o processo, sendo assim podemos dizer também que o procedimento 
é uma forma de exteriorizar o processo e efetivar uma função do Estado. 
O procedimento é um conjunto de atos ordenados em movimento para a 
prestação jurisdicional.
Seguindo este raciocínio vamos conceituar o que é fato jurídico? 
Ter este conhecimento irá nos ajudar a compreender melhor os tópicos 
escolhidos para este capítulo. Vamos juntos?
Fato Jurídico é o acontecimento no âmbito do Direito que produz 
efeitos constitutivos, modificativos ou extintivos de direitos e obrigações, 
importante mencionar que independem da vontade humana, a exemplo 
temos a morte das partes ou de seus representantes (art. 331, I, do CPC). 
Os atos, os termos e os prazos processuais possuem funções 
específicas no ordenamento jurídico, vamos juntos descobrir quais são?
Atos Processuais
Inicialmente devemos conceituar o que são os atos processuais 
para poder compreender melhor sua função do exercício do Direito. 
Vamos juntos? Atos processuais são todos os acontecimentos voluntários 
e subordinados a vontade humana e não compõem efeito jurídico. 
Os atos processuais buscam movimentar e finalizar a relação jurídica 
processual são praticados no curso do procedimento. Habitualmente os 
atos processuais são praticados pelas partes pelas partes, juízes e seus 
auxiliares.
VOCÊ SABIA?
Os atos processuais apesar de habitualmente praticados 
pelas partes, juízes e seus auxiliares, podem também ser 
realizados por outras pessoas, a exemplo de exibição de 
documentos ou coisas por terceiros, relatos testemunhais, 
etc.
Direito Processual do Trabalho
12
Nesse momento de nosso estudo, devemos diferenciar ato 
processual e ato jurídico, apesar de bem similares, nós não podemos 
confundir seus conceitos. Vejamos.
De acordo com Neto e Cavalcante (2019, p. 602-603) temos que:
Luiz Rodriguez Wambier aduz que: “Sendo o processo um 
conjunto ordenado de atos, cada um deles pode ser estudado 
e per se, sob a ótica de sua função como elemento integrante 
do processo. Em verdade, o ato processual é modalidade 
de ato jurídico, mas que é praticado e busca gerar efeitos 
dentro do processo. É necessário destacar que qualquer ato 
praticado fora do processo, ainda que a ele ligado, só adquirirá 
relevância e gerará efeitos quando e se trazido ao processo. 
Assim, ato processual é conceituado como toda manifestação 
da vontade humana que tem por fim criar, modificar, conservar 
ou extinguir a relação jurídica processual. Desta forma, podem 
ser incluídos na categoria de ato processual a manifestação de 
qualquer dos sujeitos processuais, e não apenas das partes, 
pois todos visam ao mesmo objetivo. Por isso, o conceito de 
ato processual não abrange exclusivamente a atividade das 
partes, pois todos os integrantes do processo agem para criar, 
modificar, conservar ou extinguir o processo.” (Grifo nosso).
O ato jurídico provém do fato jurídico, tendo em vista que é fato 
gerador de um direito e decorre pela ação da vontade humana. Ato 
jurídico é um ato processual dentro do processo, sendo assim, é um ato 
processual que produz efeito jurídico.
Classificação dos atos processuais
 • Quanto a forma: Forma são as solenidades adotadas para que o 
ato jurídico seja eficaz, podendo ser solene e não solene. Os atos 
solenes deverá ser observada a validade dos atos jurídicos. Já 
os atos não solenes não dependem de solenidade, podendo ser 
realizados de qualquer forma permitida em direito.
Direito Processual do Trabalho
13
 • Publicidade dos atos processuais: A publicidade provém de 
um dos princípios fundamentais, devendo como regra os atos 
processuais serem públicos, a exceção a publicidade ocorre 
quando a defesa da intimidade ou do interesse social o exigirem.
A CLT não disciplina os processos que devem correr em segredo 
de justiça.
 • Atos do juiz: O juiz é responsável pela condução do processo 
e pratica atos decisórios e não decisórios. Atos decisórios são 
compostos por um conteúdo de deliberação ou de comando, 
enquanto os não decisórios representam aspectos administrativos 
ou de poderes de polícia do magistrado.
 • Atos quanto ao tempo: O artigo 770 da CLT determina que os 
atos processuais serão praticados nos dias úteis entre as 6 e as 20 
horas na Justiça do Trabalho. E o artigo 216 do CPC nos introduz 
o conceito de dia útil, qual seja: “Além dos declarados em lei, são 
feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias 
em que não haja expediente forense”.
 • Atos do escrivão ou do chefe da secretaria: O escrivão ou chefe 
da secretaria retrata o órgão auxiliar do magistrado. Sua função 
é ser o responsável pelos atos de documentação, comunicação 
e movimentação do processo. Sua função encontra-se positivada 
no artigo 152 e seguintes do CPC e no artigo 713 CLT. Vejamos o 
art. 152 CPC:
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
I - Redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas 
precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício;
II - Efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, 
bem como praticar todos os demais atos que lhe forem 
atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, 
designar servidor para substituí-lo;
Direito Processual do Trabalho
14
IV - Manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não 
permitindo que saiam do cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério 
Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da 
modificação da competência;
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, 
independentemente de despacho, observadas as disposições 
referentes ao segredo de justiça;
VI - Praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
§ 1º O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição 
prevista no inciso VI.
§ 2º No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o 
juiz convocará substituto e, não o havendo, nomeará pessoa 
idônea para o ato.
Os atos de documentação praticados pelo escrivão retratam de 
forma escrita às manifestações de vontade das partes, dos membros 
do órgão jurisdicional e de terceiros que tenham participado de algum 
evento no decorrer da demanda. 
É através do escrivão que os sujeitos da relação processual tomam 
ciência dos atos e termos processuais, podendo desta forma realizar suas 
manifestações de acordo com a legislação.
São exemplos de atos do chefe de secretaria: a intimação, que é o ato 
pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo; a citação, 
que é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado 
para integrar a relação processual. Vários atos de movimentação, tais 
como: certificado do vencimento de prazo, vista às partes, conclusão ao 
juiz, cobrança de autos, recebimento de processo, etc.
Direito Processual do Trabalho
15
Conseguiu compreender a importância dos atos processuais e 
jurídicos para a efetivação do direito? Vamos juntos estudar os termos 
processuais?
Termos Processuais
Sabendo que os atos processuais devem ser escritos, podemos 
observar que os termos processuais sãoatos documentados do processo. 
A transformação do ato em documento se chama termo.
Os atos processuais devem ser escritos em língua portuguesa.
Prazos Processuais
Os prazos processuais surgem como uma forma de impor as partes 
e ao magistrado uma prévia definição de quando devem ocorrer os 
atos processuais, tendo em vista que sua ausência os deixaria a própria 
definição e seria uma atitude desastrosa.
Desta forma reafirmamos a necessidade rigorosa de definir a prática 
dos atos processuais, especificando o período no tempo em que deverão 
ser praticados.
DEFINIÇÃO:
Prazo é um lapso temporal entre dois termos, marcos: um 
inicial e um final.
Devemos observar que o prazo processual sempre será o período 
em que determinado ato processual deverá ser praticado, de acordo com 
a legislação em vigor.
O principal privilégio do prazo consiste na imposição do efeito 
preclusivo temporal, tendo em vista que os atos processuais devem ser 
praticados em um lapso temporal. O ato processual que não obedece ao 
prazo, pode ser considerado irregular, ocorrendo assim a preclusão do 
ato.
Direito Processual do Trabalho
16
Como dito, o prazo será definido em lei, porém para os casos em 
que a lei é omissa, deverá o magistrado determinar o prazo levando 
em consideração a complexidade do ato. Em caso de omissão da lei 
ou do magistrado em determinar o prazo as intimações somente trarão 
obrigatoriedade de comparecimento após 48 horas e na ausência de 
preceito legal ou determinação do juiz, será de cinco dias o prazo para 
prática do ato legal a cargo da parte, vejamos o artigo 218 do CPC:
Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em 
lei.
§1°Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em 
consideração à complexidade do ato.
§2° Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações 
somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 
(quarenta e oito) horas.
§3° Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, 
será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual 
a cargo da parte.
§4° Será considerado tempestivo o ato praticado antes do 
termo inicial do prazo.
Sabemos que os prazos processuais produzem inúmeros efeitos e 
para compreendê-los corretamente será necessário o enquadramento 
dos prazos em face de uma série de aspectos. 
 • Quanto a origem: Podem ser legais ou convencionais. Os prazos 
serão denominados legais sempre que forem estipulados por lei, 
judiciais ou quando forem fixados pelo juiz e serão denominados 
convencionais sempre que forem determinados pelas partes.
 • Quanto à natureza: Podem ser dilatórios ou peremptórios. Os 
prazos serão denominados dilatórios sempre que possam ser 
prorrogáveis e serão denominados peremptórios sempre que 
forem improrrogáveis.
Os prazos peremptórios são improrrogáveis por decorrer de norma 
de ordem pública e justamente por isso não pode ser objeto de convenção.
Direito Processual do Trabalho
17
 • Quanto aos efeitos: Podem ser preclusivos ou cominatórios. Os 
prazos serão denominados preclusivos sempre que houver a 
necessidade de acontecer o ato dentro de um espaço determinado 
de tempo e caso não ocorra, haverá perda da oportunidade e serão 
denominados cominatórios sempre que a omissão da parte causar 
efeito contrário ao interesse do omisso, será apenas a perda da 
oportunidade.
Ainda seguindo o aprendizado sobre os prazos processuais e de 
que forma eles influenciam no processo, nos perguntamos de que forma 
se dará a sua contagem? A contagem dos prazos se dá na forma dos 
artigos 774 e 775 da CLT, vejamos:
Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos 
neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data 
em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, 
daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no 
que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, 
daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo 
ou Tribunal. 
Parágrafo único. Tratando-se de notificação postal, no 
caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa 
de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de 
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados 
em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do 
dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo 
estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: I − quando 
o juízo entender necessário; 
II − Em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar 
a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às 
Direito Processual do Trabalho
18
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade 
à tutela do direito. (Grifo nosso)
Após ler esses dispositivos, devemos então distinguir o início do 
prazo e o início da contagem dos prazos. Vamos juntos?
A diferença entre o início de prazo e o início de contagem é facilmente 
notável quando houver coincidência com dias sem expediente forense. 
Dessa forma, podemos exemplificar quando a notificação for recebida 
em uma sexta-feira, em que há expediente, a contagem do prazo só será 
iniciada na segunda-feira, primeiro dia útil seguinte, outro exemplo é para 
notificação recebida em um sábado, que não é dia de expediente, sendo 
assim, a contagem só será iniciada na terça-feira, em face da exclusão do 
primeiro dia útil seguinte, que é a segunda-feira, conforme determinam o 
artigo 184, § 2º CPC e Enunciado TST 262, vejamos: 
Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os 
prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. 
§ 2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil 
após a intimação (art. 240 e parágrafo único).
Enunciado TST 262: PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU 
INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE.
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do 
prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no 
subsequente.
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do 
Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais.
IMPORTANTE:
Não podemos deixar de observar que para o início do prazo 
no Direito Processual do Trabalho não aplicaremos aquelas 
disposições do CPC que exigem a juntada do comprovante 
da notificação nos autos, sendo assim o início do prazo irá 
ocorrer a partir da ciência pessoal ou do recebimento da 
notificação, pelos correios.
Direito Processual do Trabalho
19
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Você pode descobrir o que são os atos, termos 
e prazos processuais. Aprendemos então que processo 
é o meio pelo qual efetivamos a jurisdição, desta forma 
é imprescindível para a solução de conflitos, realizando a 
atuação material da lei e que o processo resume a relação 
jurídica entre os sujeitos e também a sequência lógica e 
cronológica de atos que e faz surgir, desenvolver-se e 
finalizar, a qual se denomina procedimento. Podemos 
verificar que fato jurídico é o acontecimento no âmbito do 
Direito que produz efeitos constitutivos, modificativos ou 
extintivos de direitos e obrigações, importante mencionar 
que independem da vontade humana e que atos processuais 
são todos os acontecimentos voluntários e subordinados a 
vontade humana e não compõem efeito jurídico e buscam 
movimentar e finalizar as relações jurídicas. Aprendemos 
também que os atos podem ser classificados quanto sua 
forma, publicidade, do juiz, quando ao tempo, exercidos 
pelo escrivão ou chefe de secretaria. Vimos ainda que a 
transformação de um ato processual em um documento 
chama-se termo processual. Podemos assimilar ainda 
que prazo é um lapso temporal entre dois termos, marcos: 
um inicial e um final e que os prazos processuais surgem 
como uma forma de impor as partes e ao magistrado 
uma prévia definição de quandodevem ocorrer os atos 
processuais, tendo em vista que sua ausência os deixaria 
a própria definição e seria uma atitude desastrosa. Sendo 
classificados quanto à origem, natureza e seus efeitos.
Direito Processual do Trabalho
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Os sujeitos da relação processual do 
trabalho
OBJETIVO:
Neste capítulo compreenderemos quem são os sujeitos 
da relação processual do trabalho, sua importância e de 
que forma geram o litisconsórcio na relação trabalhista. 
Prontos? Vamos!!
Inicialmente devemos saber que sujeitos do processo não é o 
mesmo que sujeitos da lide. Sujeitos do processo possui um significado 
mais abrangente. Vamos conhecê-los?
Sempre que falarmos em sujeitos da lide, estaremos nos referindo 
aos sujeitos que são as partes do conflito de interesse deduzido em juízo, 
ou seja os titulares de direito material que são partes no processo.
Sujeitos do processo são todos que participam do processo, vamos 
definir e aprender detalhadamente no decorrer deste capítulo todos eles? 
Todos os sujeitos que fazem parte do contraditório são sujeitos da lide. 
De acordo com Leite (2019, p. 484) os principais sujeitos do processo são:
As partes (autor e réu) – como o próprio termo está a dizer, 
parte é sempre parcial, pois tem interesse jurídico em sair 
vencedora na lide; logo, as partes são sujeitos do processo 
e sujeitos da lide. Os terceiros intervenientes também são 
sujeitos do processo e da lide.
O juiz – como representante do Estado é sujeito do processo 
cujo papel é compor o conflito com imparcialidade e justiça, 
fazendo atuar o ordenamento jurídico. O juiz é, pois, sujeito 
(desinteressado) do processo no que concerne à pretensão 
deduzida pelas partes; logo, ele não é sujeito da lide. 
Você lembra que quando estudamos as partes do Direito Processual 
do Trabalho já aprendemos o autor, réu e juiz? Eles também são sujeitos 
do processo!!
Direito Processual do Trabalho
21
Todavia, existem outras pessoas que atuam no processo, praticando 
os atos processuais. Essas outras pessoas são também sujeitas do 
processo e atuam sem possuir algum interesse jurídico na lide. 
Podemos mencionar como exemplo desses sujeitos os auxiliares da 
Justiça, distribuidores, secretários de audiência, oficiais de justiça, peritos, 
tradutores, intérpretes, testemunhas, licitantes e outros.
Em complemento aos sujeitos do processo apresentados, devemos 
mencionar ainda os advogados, o Ministério Público do Trabalho.
Os sujeitos são todos os participantes da relação processual. Há 
sujeitos imparciais, que são os juízes, peritos, Ministério Público e os outros 
auxiliares da justiça e há os sujeitos parciais, que são os que possuem 
interesse em um resultado que lhe seja favorável, sendo esses as partes.
Devemos observar que o Ministério Público poderá atuar de duas 
formas no processo. Poderá atuar como órgão agente, como substituto 
processual na condução do processo, buscando defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses metaindividuais, difusos, 
coletivos, sociais e individuais homogêneos ou indisponíveis
Poderá o Ministério Público atuar também com órgão interveniente, 
buscando fiscalização do ordenamento jurídico, de forma que emitirá 
nos autos parecer que justifiquem sua intervenção sempre que verificar 
constar interesse público no processo.
IMPORTANTE:
O Ministério Público poderá atuar como órgão agente 
ou como órgão interveniente, mas sempre será sujeito 
imparcial no processo. É um órgão institucional estatal que 
atua diretamente na busca do interesse público.
O advogado também é sujeito do processo e sempre atuará como 
parte interessada. Apesar de possuir função de relevância social, ou seja, 
pública, sempre atuará buscando a defesa de seu cliente.
Direito Processual do Trabalho
22
De acordo com Santos (1981, p. 346), temos que:
Partes, no sentido processual, são as pessoas que pedem ou 
em relação às quais se pede a tutela jurisdicional. Podem ser, 
e geralmente o são, sujeitos da relação jurídica substancial 
deduzida, mas esta circunstância não as caracteriza, porquanto 
nem sempre são sujeitos dessa relação. São, de um lado, as 
pessoas que pedem a tutela jurisdicional, isto é, formulam 
uma pretensão e pedem ao órgão jurisdicional a atuação da 
lei à espécie. Temos aí a figura do autor. É este que pede, por 
si ou por seu representante legal, a tutela jurisdicional. Pede-a 
ele próprio, se capaz para agir em juízo; (...) de outro lado, são 
partes as pessoas contra as quais, ou em relação às quais, se 
pede a tutela jurisdicional: sentença condenatória, providência 
executiva, ou providências cautelares (...).
E então, estão gostando dessas descobertas? Que tal nos sujeitos 
do processo da Justiça do Trabalho? Vamos nessa!
A Justiça do Trabalho possui origem histórica de órgão administrativo 
vinculado ao Poder Executivo, por isso não chamamos as partes (quem 
pede e contra quem se pede tutela jurisdicional) de autor e réu. A parte 
ativa chamamos de reclamante (autor) e a parte passiva de reclamado 
(réu). Todavia, a CLT determina que em caso de execução trabalhista, 
chamaremos as partes de exequente e executado. Para dissídios coletivos, 
utilizaremos suscitante (geralmente o sindicado) e suscitado (sindicato 
patronal e a empresa).
Ainda na nomenclatura das partes, quando tratarmos de inquérito 
para apuração de falta grave, nomearemos o autor (empregador) de 
requerente e o réu (empregado) de requerido. 
A nomenclatura utilizada no Processo Trabalhista para distinguir 
autor de réu em recursos se assemelha bastante a nomenclatura do 
Processo Civil, teremos recorrente e recorrido, embargante e embargado, 
agravante e agravado, entre outros.
Direito Processual do Trabalho
23
SAIBA MAIS:
Não podemos confundir parte no processo com parte 
legítima no processo, tendo em vista que para ser parte 
legítima, dependerá de exame de condições da ação, ou 
seja, legitimidade ad causam.
Há situações na relação processual em que as partes são 
consideradas singulares ou plurais no polo ativo ou polo passivo, vamos 
juntos aprender quando ocorre este fato? Vamos!!
Litisconsórcio
Quando na relação processual há apenas um reclamante ou um 
reclamado, dizemos que as partes são singulares, ou seja, a singularidade 
irá ocorrer no polo passivo ou no polo ativo da relação processual.
Figura 1 – Ilustração Litisconsórcio
Fonte: Freepik
Entretanto, há hipóteses em que há pluralidade de pessoas no polo 
ativo ou passivo ou em ambos na relação processual, havendo assim a 
cumulação das lides ligadas no plano subjetivo, sempre que ocorrer a 
situação de pluralidade, teremos o litisconsórcio.
Direito Processual do Trabalho
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Para casos em que houver litisconsórcio no processo civil, aplica-
se o prazo em dobro, de acordo com o artigo 229 CPC, mas no processo 
do trabalho não se aplicará prazo em dobro quando houver procuradores 
distintos, em razão de ser incompatível com a celeridade que lhes é 
inerente, conforme OJ n. 310 da SBDI-1 do TST, vejamos:
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, 
de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados 
em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer 
juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM 
DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 
DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO 
(atualizada em decorrência do CPC de 2015). Inaplicável ao 
processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de 
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. (Grifo 
nosso).
Com a EC n. 45/2004 a competência da Justiça do Trabalho 
cresceu, ganhando outras ações originárias da relação de trabalho que 
antes eram resolvidas em foro comum. Inclusive a essas ações, que antes 
obedeciam ao prazo do artigo 229 CPC para litisconsortes que tiveremdiferentes procuradores, passaram a obedecer a CLT, sem prazo em 
dobro, afastando completamente a regra contida no CPC.
Espécies de Litisconsórcio
O litisconsórcio é classificado quando a posição dos litisconsortes, 
previsto no artigo 113, caput CPC, que nos diz que “Duas ou mais pessoas 
podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, 
quando:” 
Inicialmente podemos elencar que ocorre o litisconsórcio ativo 
quando duas pessoas ajuízam ação contra uma única pessoa, ou seja dois 
reclamantes (autores) e um reclamado (réu). Já o litisconsórcio passivo 
ocorre quando uma única pessoa ajuíza ação em face de duas ou mais 
Direito Processual do Trabalho
25
pessoas, ou seja, um reclamante e dois ou mais reclamados. E se duas ou 
mais pessoas ajuízam ação em face de duas ou mais pessoas, teremos o 
litisconsórcio misto, ou seja, dois ou mais reclamantes em face de dois ou 
mais reclamados.
Figura 2 – Ilustração reunião
Fonte: Freepik
Não podemos esquecer que no processo do trabalho, em caso 
de reclamação trabalhista, o autor é chamado de reclamante e o réu é 
chamado de reclamado.
Podemos classificar o litisconsórcio em relação a que momento 
é formado. Podendo ser o litisconsórcio inicial, quando iniciado na 
petição inicial ou quando ocorre no decorrer da ação sendo chamado de 
litisconsórcio ulterior. Há ainda a classificação do litisconsórcio conforme 
sua obrigatoriedade ou não. Dessa forma, teremos o litisconsórcio 
facultativo e o necessário.
O litisconsórcio facultativo poderá ser unitário ou simples. Para ser 
unitário, depender é da natureza jurídica da relação, por exemplo quando 
ocorrer ação reivindicatória, apenas um condômino poderá ajuizar, mas 
a decisão irá atingir todos os condôminos. Em caso de litisconsórcio 
Direito Processual do Trabalho
26
facultativo simples, que é o mais comum, não vincula a decisão para 
todos os litisconsortes.
Podemos observar, Marinoni e Mitidiero (2008, p. 132) retrata sobre 
os litisconsórcios necessários que:
Litisconsórcio necessário pode advir de expressa disposição 
de lei ou da natureza incindível da relação jurídica de direito 
material afirmada em juízo (a relação tem de ser una e 
incindível: a existência de um feixe de relações jurídicas, ainda 
que entrelaçadas, não dá lugar à formação de litisconsórcio 
necessário unitário). No primeiro caso, o litisconsórcio será 
necessário simples (o órgão jurisdicional pode decidir de 
maneira não uniforme para as partes consorciadas); no 
segundo, necessário unitário (há dever de o juiz outorgar tutela 
jurisdicional de maneira uniforme para todos os litisconsortes.
VOCÊ SABIA?
O artigo 611-A, § 5º CLT determina que “Os sindicatos 
subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo 
de trabalho deverão participar, como litisconsortes 
necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha 
como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos”. 
(Grifo nosso).
O litisconsórcio também é classificado quanto obrigatoriedade 
da uniformidade ou não da decisão a ser proferida. Nos casos em que 
a sentença obrigatoriamente for uniforme, chamamos de litisconsórcio 
unitário e para quando não houver esta uniformidade, chamamos de 
litisconsórcio simples.
Diante destes aprendizados, você tem alguma dúvida? Estão 
compreendendo bem? Vamos juntos nos aprofundar mais nos tipos de 
litisconsórcio?
Direito Processual do Trabalho
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Litisconsórcio ativo 
Como já vimos, ocorre o litisconsórcio ativo quando duas pessoas 
ajuízam ação contra uma única pessoa, ou seja, dois reclamantes 
(autores) e um reclamado (réu). O processo do trabalho em seu artigo 842 
CLT, determina que “Sendo várias as reclamações e havendo identidade 
de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de 
empregados da mesma empresa ou estabelecimento”.
Dessa forma, teremos cumulação subjetiva e objetiva das ações. 
Devemos lembrar que no processo do trabalho podem os funcionários 
de uma mesma empresa formar litisconsórcio ativo facultativo, sendo 
obrigatório igualdade de matéria.
É comum observarmos no processo do trabalho o litisconsórcio 
ativo facultativo em dissídio individual plúrimo ou reclamatória plúrima.
Devemos mencionar alguns contras existentes na aplicação do 
litisconsórcio no processo do trabalho. O número de testemunhas é 
limitado a três para cada polo da relação processual, não por autor ou por 
fatos distintos.
Ademais, para ajuizar reclamatória trabalhista plúrima as partes do 
polo ativo só poderão ajuizar ação juntas quando houver identidade de 
matérias, ou seja, causa de pedir e pedido e que a ação seja ajuizada 
contra o mesmo empregador ou mesmo grupo econômico.
 • Litisconsórcio ativo facultativo multitudinário: Ocorre limitação do 
litisconsórcio facultativo em casos que o quantitativo de coligados 
dificultar rápida defesa ou agilidade na solução do processo. O juiz 
é quem pode efetuar essa limitação, de ofício ou quando a parte 
requerer.
Vejamos o que está previsto no artigo 113 CPC, em seus §§ 1º ....e 2º:
§1° O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao 
número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de 
sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida 
solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da 
sentença.
Direito Processual do Trabalho
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§2° O requerimento de limitação interrompe o prazo para 
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da 
decisão que o solucionar. 
Nos casos de litisconsórcio necessário ou unitário em hipótese 
alguma poderá o juiz determinar o número de consortes.
Litisconsórcio Passivo
Antes da reforma trabalhista, que promulgou a nova CPT com a lei 
n. 13467/2017, não havia na legislação trabalhista dispositivo acerca da 
formação do litisconsórcio passivo, sendo assim, os operadores do direito 
aplicavam subsidiariamente as regras do Código de Processo Civil ao 
processo do trabalho.
Entretanto, a referida lei acrescentou dispositivo a CLT que aborda 
essa espécie de litisconsórcio, passando os aplicadores do direito a utilizar 
a própria CLT. Não podemos deixar de mencionar que cada litisconsorte 
poderá promover o andamento do processo devendo ser intimados para 
os respectivos atos.
Aprendemos que o litisconsórcio passivo ocorre quando uma 
única pessoa ajuíza ação em face de duas ou mais pessoas, ou seja, 
um reclamante e dois ou mais reclamados. Os litisconsortes são 
considerados litigantes distintos em suas relações a parte adversa, o 
que não se aplica ao litisconsórcio unitário, tendo em vista que seus atos 
e omissões não prejudicaram o outro, podendo apenas beneficiá-los. 
Vejamos o artigo 117 CPC:
Os litisconsortes serão considerados, em suas relações 
com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no 
litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de 
um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Ainda nessa linha de raciocínio, quando estivermos face um 
litisconsorte passado e forem condenadas as empresas litisconsortes, o 
recurso de uma delas poderá ser aproveitado pela outra quando houver 
litisconsórcio unitário em relação aos interesses defendidos na demanda, 
em caso contrário serão considerados litigantes distintos. 
Direito Processual do Trabalho
29
Vejamos o artigo 1.005 CPC:
O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos 
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso 
interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as 
defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Súmula 128, item III do TST: Havendo condenação solidária de duas 
ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita 
as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua 
exclusão da lide.
RESUMINDO:
Finalizamos mais uma unidade, você compreendeu tudo? 
Ficou alguma dúvida? Aprendemos nessacompetência os 
sujeitos da relação processual do trabalho sua importância 
e de que forma geram o litisconsórcio na relação trabalhista. 
Verificamos que os sujeitos do processo são todos que 
participam do processo, que são partes (autor e réu); 
juiz; os auxiliares da Justiça; distribuidores; secretários de 
audiência; oficiais de justiça; peritos; tradutores; intérpretes; 
testemunhas; licitantes; os advogados; o Ministério Público 
do Trabalho; dentre outros. Aprendemos ainda que há 
situações na relação processual em que as partes são 
consideradas singulares ou plurais no polo ativo ou polo 
passivo, ou seja, quando na relação processual há apenas 
um reclamante ou um reclamado, dizemos que as partes 
são singulares, ou seja, a singularidade irá ocorrer no 
polo passivo ou no polo ativo da relação processual e há 
hipóteses em que há pluralidade de pessoas no polo ativo 
ou passivo ou em ambos na relação processual, havendo 
assim a cumulação das lides ligadas no plano subjetivo, 
sempre que ocorrer a situação de pluralidade, teremos 
o litisconsórcio. O litisconsórcio poderá ser inicial ou 
ulterior; facultativo ou necessário; litisconsórcio unitário ou 
litisconsórcio simples.
Direito Processual do Trabalho
30
Nulidade processual trabalhista
OBJETIVO:
Neste capítulo estudaremos a nulidade processual 
trabalhista. Iremos entender o que torna os atos processuais 
nulos, anuláveis ou inexistentes. Espero que você se 
surpreenda e não fique com nenhuma dúvida ao final. 
Preparados?? Vamos lá!!
O ato processual precisa ser praticado com perfeição, quando isto 
não ocorre, teremos um ato com defeito ou vício, e nem sempre será 
imprestável, tendo em vista que pode ser defeituoso, porém válido, pois 
dele podemos extrair os efeitos esperados.
Estaremos diante de um defeito no ato processual quando este não 
for praticado obedecendo as definições legais que lhe forem previstas, já 
a nulidade ocorre nos casos em que o defeito é tão grave que determine 
efeito processual relevante. Desta forma, a irregularidade será qualquer 
situação em que persista o descumprimento de preceito legal que define 
a forma que deve ser praticado determinado ato, e a nulidade ocorre 
quando há vício resultando em consequência processual relevante.
Precisamos deixar claro que a nulidade existente no direito 
processual diverge da nulidade no direito material. Para o direito civil, atos 
processuais podem ser nulos ou anuláveis, já no direito do trabalho são 
nulos os atos praticados com intenção de impedir, fraudar, ou desvirtuar 
preceitos e normas da natureza trabalhista. E no direito processual civil e 
trabalhista serão nulos, anuláveis ou inexistentes os atos processuais que 
possuam falha.
Assim como em atos jurídicos no geral, os atos processuais podem 
possuir determinadas irregularidades, vícios ou defeitos que o tornem 
nulos ou anuláveis. 
Interessante, não é? Estão gostando? Ficaram curiosos? Vamos 
estudar juntos quais são essas irregularidades que podem anular ou 
tornar nulos ou ainda inexistentes os atos processuais? Vamos!!
Direito Processual do Trabalho
31
A princípio, devemos saber que as irregularidades ou vícios 
processuais dos atos classificam-se em grau de gravidade representada 
ao processo, ou seja, classificam-se de acordo com as consequências 
que lançam no processo. 
Dessa forma, são quatro grupos de vícios processuais:
 • Meras irregularidades sem consequências processuais: Existem 
atos processuais que não são realizados com todas as formalidades 
legais que deveriam, porém não carregam consequência para a 
validade do processo. 
Podemos exemplificar com o artigo 770 da CLT, in verbis: “Os 
atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o 
interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) 
horas”. Nesse raciocínio, havendo audiência ou sessão do tribunal que 
finalize após as 20horas, haverá irregularidade no ato processual, mas que 
não trará nenhuma consequência para a validade processual.
 • Irregularidades com sanções extraprocessuais: Quando alguns 
atos são praticados sem a observância de algum requisito legal, 
irá gerar sanções fora do processo.
Podemos exemplificar com o artigo 143, II do CPC, in verbis: “O 
juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: ... 
II- recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva 
ordenar de ofício ou a requerimento da parte”. Desta forma, caso o juiz 
retarde injustificadamente algum ato processual ocorrerá irregularidade 
com sanção extraprocessual.
 • Irregularidades que acarretam nulidades processuais: Nesse 
ponto, teremos consequências no processo que irão depender da 
gravidade da nulidade, que poderá ser relativa ou absoluta e nos 
aprofundaremos mais à frente.
 • Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual: 
Ocorre quando um ato processual não é considerado existente 
para o processo. Podemos mencionar sentença que não é assinada 
pelo juiz ou sentença assinada por juiz já aposentado.
Direito Processual do Trabalho
32
Figura 3 – Contrato
Fonte: Freepik
Lembre-se que a maioria dos processos são online e o magistrado 
necessita assinar digitalmente, mas que ainda existe muitos processos 
físicos o que torna importante a observação da assinatura do juiz para que 
o ato processual seja considerado.
Vocês conseguiram compreender bem até aqui tudo que 
estudamos? Espero que sim! Vamos adiante para estudar melhor para 
diferenciar a nulidade relativa da nulidade absoluta do ato processual? 
Vamos!
Nulidade absoluta e nulidade relativa do 
ato processual 
Estaremos diante de nulidade absoluta quando ferir norma de 
ordem pública, que é indisponível pelas partes. Em caso de nulidade 
absoluta, o processo poderá ser comprometido total ou parcialmente.
A princípio o processo que tenha validade comprometida total ou 
parcial não se sujeita à preclusão.
Direito Processual do Trabalho
33
Teremos como exemplo para a incompetência absoluta, a sentença 
proferida por juiz incompetente, que acarretará nulidade da sentença por 
ausência de pressuposto processual de validade.
Quanto a nulidade relativa, sabemos que se trata de um vício 
sanável e é decorrente de ato praticado no interesse de uma das partes. 
Dessa forma, o vício existente no ato praticado poderá ser convalidado 
por ação ou omissão da parte.
A nulidade relativa obrigatoriamente dependerá de provocação da 
parte interessada.
A nulidade relativa jamais poderá ser pronunciada ex officio.
Não podemos deixar de mencionar que a incompetência relativa 
produz vício sanável e pode ser prorrogada nos casos em que o réu 
não oferecer exceção de incompetência nos termos do artigo 800 CLT, 
ou seja, o réu não oferecendo exceção de incompetência territorial no 
momento oportuno, será o vício da incompatibilidade relativa sanado 
automaticamente por omissão do réu e o processo seguirá seu curso 
normalmente. Vejamos o que determina o referido artigo.
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no 
prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência 
e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-
se-á o procedimento estabelecido neste artigo. 
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e 
não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta 
Consolidação até que se decida a exceção. 
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que 
intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para 
manifestação no prazo comum de cinco dias. 
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo 
designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e 
de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no 
juízo que este houver indicado como competente. 
Direito Processual do Trabalho
34
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o 
processo retomará seu curso, com a designação de audiência,a apresentação de defesa e a instrução processual perante o 
juízo competente. 
Estão gostando dos ensinamentos desta unidade? Fiquem atentos 
para o fato de que a invalidade processual condiz com julgamento do 
grau de relevância para infração quanto à forma de um ato processual 
específico. 
Toda nulidade processual deverá ser decretada pelo magistrado. 
Desta forma, o ato pode estar desconforme com o seu modelo legal, mas 
por si só não se dirá nulo.
Todos os atos processuais são considerados válidos até que o 
magistrado o decreto inválido.
VOCÊ SABIA?
Caso um ato não seja decretado inválido, poderá acontecer 
o trânsito em julgado, inclusive de sentença inválida.
Está gostando dessas descobertas? Conseguiu compreender tudo? 
Vamos avançar juntos para compreender o ato processual inexistente? 
Vamos!!
Ato processual inexistente
A respeito dos atos processuais juridicamente inexistentes, 
sabemos que não é necessária existência de ação rescisória, tendo em 
vista que a parte poderá fazer valer de ação declaratória de inexistência 
do ato processual.
A sentença será inexistente, ou seja, suscetível de invalidação 
sempre que não for notado algum pressuposto processual de existência 
no processo em que ela houver sido declarada, temos como exemplo os 
processos em que a situação seja considerada inexistente, vejamos:
Direito Processual do Trabalho
35
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE SENTENÇA POR 
INEXISTÊNCIA DE CITAÇÃO. A ação declaratória de nulidade 
ou querela nullitatis é o remédio processual eficaz para 
invalidar sentença após o trânsito em julgado em processo em 
que o réu não foi citado. (TRT 17ª R., 010750019.2011.5.17.0010, 
REL. DES. CLÁUDIO ARMANDO COUCE DE MENEZES, DEJT 
15-8-2012)
Desta forma podemos reafirmar que na ausência de pronunciamento 
judicial, os atos processuais inexistentes produzirão seus efeitos e se 
sujeitarão a preclusão sempre que não forem submetidos à apreciação 
jurisdicional, ou seja, só poderemos dizer que um ato processual é 
inexistente após uma decisão judicial.
Conseguiu entender tudo até aqui? Está gostando? Vamos avançar 
juntos nessa competência!
Princípios das nulidades processuais
Inicialmente devemos destacar que os princípios aplicáveis ao 
processo trabalhista foram estudados em outra competência e que aqui 
estudaremos os princípios que se aplica as nulidades processuais. Espero 
que gostem e se animem a cada nova descoberta! Vamos!
As nulidades do sistema processual trabalhista são regidas por 
normas, ou seja, pelos princípios e regras e consideram as especificidades 
e institutos peculiares desse ramo.
O sistema processual brasileiro foi pensado e projetado para que 
não ocorressem nulidades, sendo assim, de fato não poderá decretar 
nulidade quando se conseguir os fins de justiça desejados no processo, 
quando for realizada finalidade do ato processual, quando as partes não 
forem prejudicadas, ou seja, na ausência de manifesto prejuízo as partes.
A normas relacionadas a nulidades do CPC são aplicadas 
subsidiariamente a CLT, por possuir um capítulo específico dedicado as 
nulidades processuais, do artigo 794 a 798 CLT. Devemos observar que 
a aplicação subsidiária do CPC só será possível quando não contrariar as 
normas da CLT.
Direito Processual do Trabalho
36
Seguindo este raciocínio, vamos conhecer quais são os princípios 
das nulidades processuais?
 • Princípio da instrumentalidade das formas: Este princípio 
também pode ser chamado de princípio da finalidade que 
determina que o juiz considerará válido o ato mesmo quando 
realizado de forma diversa a prevista em lei, desde que alcance 
sua finalidade.
O princípio da instrumentalidade está pautado nos artigos 188 e 277 
do CPC, vejamos:
Art. 188 Os atos e os termos processuais independem de 
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, 
considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, 
lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 277 Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz 
considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe 
alcançar a finalidade. (Grifo nosso).
Além do Código de Processo Civil, o princípio da finalidade também 
é previsto na legislação trabalhista, conforme os artigos:
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira 
vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade 
fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão 
considerados nulos os atos decisórios. 
§ 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, 
na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com 
urgência, à autoridade competente, fundamentando sua 
decisão.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
(...)
Direito Processual do Trabalho
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Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores 
que dele dependam ou sejam consequência. (Grifo nosso).
 • Princípio do prejuízo: Este princípio também pode ser chamado 
de princípio da transcendência e conecta-se ao princípio da 
instrumentalidade das formas. De acordo com este princípio, 
não será decretada a nulidade do ato processual sem prejuízo 
manifesto às partes interessadas.
O princípio da instrumentalidade está pautado no artigo 794 CLT, 
in verbis: “Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes”.
Destacamos que o prejuízo a que se refere este princípio será 
unicamente de natureza processual, jamais podendo refletir prejuízo 
material, financeiro, econômico ou moral que resulte do conflito de direito 
material.
O artigo 282, § 1º CPC nos ensina que quando o ato for nulo, não 
será repetido ou terá falta suprida caso não prejudique a parte. Já com o 
artigo 283, parágrafo único CPC, aprendemos que serão aproveitados os 
atos praticados quando não gerarem prejuízo à defesa das partes.
Podemos mencionar a exemplo, quando a parte for notificada 
dilatoriamente por edital e comparecer livremente na audiência, apresentar 
sua defesa e não alegar qualquer vício de citação, a posteriori não poderá 
alegar nulidade por não ter sido citada regularmente, tendo em vista que 
notoriamente não ficou prejudicada em seu direito de defesa.
 • Princípio da preclusão: Este princípio também pode ser chamado 
de princípio da convalidação, que determina que as nulidades 
somente poderão ser declaradas mediante provocação das 
partes, que deverão solicitar na primeira vez em que forem falar 
em audiência ou nos autos.
Há entendimento que a última oportunidade de a parte suscitar 
nulidade em audiência será com a apresentação das razões finais, tendo 
em vista que a audiência trabalhista sempre é una.
Direito Processual do Trabalho
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Importante ressaltar que o princípio da convalidação só poderá 
ser aplicado às nulidades relativas, que são as que necessitam de 
provocação, ou seja, este princípio não se aplica a nulidades absolutas 
ou para os casos que a parte provar legitimo impedimento para prática de 
determinado ato.
 • Princípio da economia e celeridade processuais: O princípio da 
economia e celeridade processuais está implícito no artigo 796, 
alínea “a” da CLT, que determina que não haverá nulidade para o 
ato processual quando houver possibilidade de suprir sua falta ou 
repeti-lo. 
O princípio da economia e celeridade processuais está conectado 
ao princípio da celeridade processual, tendo em vista a busca pela rapidez 
processual.
 • Princípio do interesse: Este princípio também pode ser chamado 
de princípio da proibição. Esse princípio está implícito no artigo 796, 
alínea “b” da CLT, que determina que a parte só poderá manifestar-
se acerca de prejuízo advindo de nulidade no ato processual 
quando não fez parte direta ou indiretamenteda irregularidade.
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada:
(...)
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa.
E aí? Conseguiu compreender todo o assunto? Vamos fazer uma 
breve revisão?
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RESUMINDO:
Gostou de conhecer a nulidade dos atos processuais? 
Extensa e cheia de detalhes, não é? Possui classificação 
própria e princípios específicos para assegurar o devido 
processo legal. Aprendemos que o ato processual precisa 
ser praticado com perfeição quando isto não ocorre, teremos 
um ato com defeito ou vício e que as vezes mesmo com vício 
o ato ainda será válido. Vimos ainda que as irregularidades 
são classificadas em grau de gravidade representada 
ao processo, podendo ser meras irregularidades sem 
consequências processuais; irregularidades com sanções 
extraprocessuais; irregularidades que acarretam nulidades 
processuais; irregularidades que acarretam a inexistência 
do ato processual. Existe ainda a nulidade absoluta, relativa 
e o ato processual inexistente dentro da nulidade no 
processo do trabalho. E, por fim, aprendemos os princípios 
aplicáveis a nulidade no processo trabalhista, que são: 
princípio da instrumentalidade das formas; princípio do 
prejuízo; princípio da preclusão; princípio da economia e 
celeridade processuais e princípio do interesse.
Direito Processual do Trabalho
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Prescrição e decadência no direito 
processual do trabalho
OBJETIVO:
Estamos chegando ao final de uma unidade! Espero que 
tenham gostado e feito muitas descobertas, aprendendo 
e desenvolvendo cada uma das competências!! Neste 
capítulo poderemos debater sobre a prescrição e 
decadência no direito processual do trabalho. Vamos juntos 
para a última competência desta unidade? Vamos juntos!!
Prescrição e decadência
A decadência e a prescrição são institutos que produzem efeitos 
nas relações jurídicas com o decurso do tempo, sendo imprescindível 
para estabilizar e consolidar todos os direitos.
Ocorre decadência quando há perda do direito por ter sido seu 
titular inerte dentro de um prazo prefixado, e que sua eficácia depende de 
seu exercício, que se esgotou sem que o titular o exercesse.
A prescrição, por sua vez, ocorre quando se extingue uma ação 
ajuizável por ter sido seu titular inerte em um lapso temporal, ou seja, um 
titular de direito possui determinado tempo para reclamar sobre algo e 
não o faz dentro desse período.
Como podemos acompanhar em Neto e Cavalcante (2019, p. 336):
O fundamento da prescrição repousa no anseio da sociedade 
em não permitir que demandas fiquem indefinidamente 
em aberto; no interesse social em estabelecer um clima de 
segurança e harmonia, pondo termo a situações litigiosas e 
evitando que, passados anos e anos, venham a ser propostas 
ações, reclamando direitos cuja prova de constituição se 
perdeu no tempo.
Em outras palavras podemos dizer que a prescrição existe para dar 
prazo a possibilidade de existência de demandas e estabelecer clima de 
Direito Processual do Trabalho
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paz com o passar do tempo, evitando que ações possam ser ajuizadas em 
qualquer período de tempo.
Imagine que não existisse a prescrição e em qualquer período 
um detentor de direito pudesse exigir algo, o mundo andaria apreensivo 
sobre a constante iminente possibilidade de ser surpreendido com uma 
ação, para assegurar que isto não ocorra, existe a prescrição.
Podemos justificar a existência da prescrição como um castigo à 
negligência do detentor do direito; presunção de pagamento ou perdão 
da dívida e ainda como uma regra de segurança e paz social.
A prescrição poderá ser aquisitiva ou extintiva, já a decadência 
poderá ser unicamente em uma modalidade, vamos estudá-las juntos? 
Vamos!
A prescrição na modalidade aquisitiva corresponde a uma forma 
proveniente de adquirir do direito de propriedade pelo decurso do prazo 
àquele que for detentor de algo como dono. Seus componentes são: 
posse e tempo.
IMPORTANTE:
Para o Direito Civil é fácil compreender o que é a posse de 
algo para possuir direito, no Direito do Trabalho a posse 
corresponde a propriedade do emprego.
A prescrição extintiva corresponde a perda de um direito por inércia 
de seu titular no decurso do tempo, ao não exercer a tutela defensiva 
exigindo o referido direito. Dessa forma ocorre o fim do direito de ação, 
meio pelo qual exigimos algum direito que foi violado.
Há requisitos que devem ser cumpridos para a prescrição extintiva, 
que são: existência de uma ação exercitável; inércia do titular da ação 
pelo seu não exercício; continuidade dessa inércia durante certo lapso 
de tempo; ausência de algum fato ou ato a que a lei confere eficácia 
impeditiva, suspensiva ou interruptiva do prazo prescricional.
Prescrição e decadência são institutos similares, suas origens são 
o decurso de prazo, mas se diferenciam quanto aos efeitos produzidos. 
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Com a prescrição haverá a extinção de direitos e não podemos confundi-
la com a decadência, vejamos o que disse Mello (1979, p.456-457):
Enquanto na prescrição o que determina a extinção do direito 
é o seu não uso durante um lapso de tempo, na decadência 
é simples circunstância de se verificar o término do tempo 
fixado da sua duração, quer ele tenha sido exercido ou não, 
pois foi conferido por prazo certo. 
A decadência depende de fato originário, que nasce com o 
direito. Este deve ser exercido dentro de prazo breve, fixado 
para ele, isto é, dentro do limite conatural para o seu exercício, 
utilizando-se das medidas adequadas, sob pena de não poder 
mais valer-se dele contra quem fora de início estabelecido. 
É a perda que a pessoa sofre de um direito, pela expiração 
do prazo extintivo, determinado na lei, para o seu exercício. O 
direito se tem para ser exercido no prazo marcado; não sendo 
exercido, não pode mais ser. Na verdade, a decadência diz 
respeito à caducidade de prazo pelo seu decurso, para exigir 
determinado ato, relativo ao asseguramento de direito. (...) 
Assim, tanto a decadência como a prescrição consistem em 
perda de um direito. Mas, àquela depende de fato originário 
com o qual nasce o direito, enquanto esta não tem relação com 
o fato que faz nascer o direito, e lhe é posterior. (Grifo nosso).
Dessa forma, podemos dizer que a prescrição atinge a ação, 
extinguindo o direito por ela tutelado e a decadência atinge o direito, 
extinguindo a ação.
Devemos destacar alguns pontos em que prescrição e decadência 
possuem distinção. 
1. A prescrição pode ser suspensa ou interrompida, a decadência 
não.
2. A prescrição só considera-se para algumas pessoas, a decadência 
será considerada para todas.
3. A prescrição poderá ser renunciada, a decadência não.
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4. A prescrição possui prazo prescricional que é fixado por lei, já o 
prazo decadencial fixa-se por lei ou vontade das partes.
O juiz poderá julgar liminarmente improcedente o pedido ao 
verificar que existe decadência ou prescrição, independentemente da 
citação do réu.
Direitos imprescritíveis no Direito 
Brasileiro
Reivindicações que envolvam os direitos da personalidade; estado 
da pessoa; bens públicos; direito de família no que concerne à questão 
inerente ao direito à pensão alimentícia, à vida conjugal, ao regime de 
bens; pretensão do condomínio de a qualquer tempo exigir a divisão da 
coisa comum ou a meação de muro divisório; exceção de nulidade; ação, 
para anular inscrição do nome empresarial feita com violação de lei ou do 
contrato são imprescritíveis no direito brasileiro.
Normas gerais sobre a prescrição
Da violação do direito nasce a pretensão do titular do direito e 
se extingue com a prescrição. Ao prescrever o direito principal, estarão 
prescritos também os direitos acessórios.
A renúncia a prescrição só poderá ocorrer após passado o prazo 
prescricional, desde que não alcance terceiros, tendo em vista que caso 
fosse possível, os credores poderiam impô-laaos devedores. A renúncia 
pode ser expressa ou tácita.
Na renúncia explícita deverá o interessado declara taxativamente 
que não pretende utilizar a prescrição. Enquanto na renúncia tácita 
o presciente produz atos incompatíveis com a prescrição, como por 
exemplo pagar dívida prescrita.
Os prazos prescricionais não podem ser alterados pela vontade das 
partes.
A prescrição poderá ser alegada em qualquer grau de jurisdição, 
exceto os tribunais superiores, em que há o prequestionamento da 
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matéria, na execução em relação ao direito material debatido no processo 
de conhecimento e na ação rescisória.
IMPORTANTE:
A alegação da prescrição a qualquer tempo como prevista 
na lei só é possível desde que a parte a quem aproveite não 
tenha ainda falado nos autos.
É importante mencionar que as pessoas jurídicas também 
encontram-se subordinadas aos efeitos da prescrição. Importante 
também que a prescrição iniciada contra uma pessoa também continua 
contra seus herdeiros.
Prescrição e Preclusão 
A preclusão faz parte do direito processual, repercute exclusivamente 
no processo. Preclusão representa perda de um direito processual que 
não foi exercido no tempo correto. Seu objetivo é impedir que o processo 
vire eterno.
A preclusão encontra-se positivada no artigo 507 CPC, in verbis: “É 
vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a 
cujo respeito se operou a preclusão”.
No direito existem três formas de preclusão: temporal, consumativa 
e lógica. Vamos conhecer cada uma delas?
 • Preclusão temporal: Decorre da perda de prazo para a realização 
do ato processual.
 • Preclusão consumativa: Ocorre quando se pratica o ato no 
prazo legal, não podendo ser, portanto, repetido, ainda que não 
esgotado o prazo judicial.
 • Preclusão lógica: Resulta da prática de um ato incompatível com 
aquele que deveria ter sido realizado no processual oportuno.
Para que não sejam confundidas prescrição e preclusão, vamos 
elencar algumas distinções entre esses dispositivos?
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1. A preclusão implica a perda de uma faculdade processual e a 
prescrição denota o fenecimento do direito de ação;
2. A prescrição ocorre em função do decurso do tempo, ao contrário 
da preclusão, que pode ser temporal, lógica, consumativa e pro 
iudicato;
3. A preclusão é instituto de direito processual, ao passo que a 
prescrição concerne ao direito material;
4. O acolhimento da prescrição leva à resolução de mérito do 
processo, o que já não ocorre com a preclusão, a qual não produz 
efeitos diretos no mérito da causa.
Prescrição e Perempção
A perempção é uma sanção para o autor que der causa por três 
vezes a extinção do processo ao não realizar os atos e diligências que 
lhe competir, abandonando a causa por mais de 30 dias e corresponde a 
perda do de ajuizar ação. 
O direito processual civil e o direito processual trabalhista divergem 
quando a perempção. A CLT prevê a suspensão do direito de ação por 
um período de 6 meses ao reclamante que, por duas vezes seguidas, der 
causa ao arquivamento da ação pelo não comparecimento na audiência 
inaugural, vejamos o artigo 844 CLT:
O não-comparecimento do reclamante à audiência importa 
o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento 
do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato.
IMPORTANTE:
O prazo de seis meses inicia-se da data do trânsito em 
julgado da decisão que determinou o arquivamento da 
segunda reclamação trabalhista.
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Ocorrerá também perda do direito de ação por seis meses o 
trabalhador que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, 
não comparecer para a tomar a termo no prazo de cinco dias.
Início da contagem do novo prazo 
decadencial e prescricional
Como regra, o início do prazo prescricional é a partir da lesão do 
direito e para a contagem do prazo desconsidera-se o dia de início e 
computando o dia de vencimento.
Decadência no Direito do Trabalho
A decadência não é comum no direito do trabalho, as mais 
conhecidas são os relativos ao inquérito para apuração de falta grave e da 
ação rescisória ou o prazo decadencial de 120 dias para interposição de 
mandado de segurança e os prazos fixados em instrumentos normativos 
para que empregada comprove a condição de grávida para o empregador.
Atualmente é comum prazos decadenciais em regulamentos 
empresariais, especialmente em planos de aposentadoria voluntária, que 
possuem datas fixas para a opção dos trabalhadores.
 • Inquérito para apuração de falta grave: O prazo de ajuizar 
inquérito para apurar falta grave é de 30 dias, que serão contados 
a partir do momento em que houve a suspensão do empregado 
estável
Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser 
suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará 
efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da 
acusação.
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de 
falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o 
empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou 
Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da 
suspensão do empregado. (Grifo nosso).
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Caso o empregador não suspenda o empregado, não se cogita da 
decadência para a propositura do inquérito judicial.
 • Ação rescisória: O prazo decadencial para propositura de ação 
rescisória é de dois anos contados do trânsito em julgado da 
última decisão.
O prazo decadencial na ação rescisória será contado do dia 
imediatamente subsequente ao trânsito em julgado da última decisão 
proferida na causa, seja de mérito ou não, conforme Súmula 100, I, TST.
 • Mandado de segurança: O mandado de segurança é positivado 
pelo artigo 5º, LXIX CF, é disciplinado por legislação especial (Lei 
12.016/09), ou seja, não o encontramos no CPC ou CLT.
O prazo para impetrar mandado de segurança é de 120 dias, e este 
prazo é decadencial, não prescricional.
 • Comprovação de estado gravídico: Como sabemos a empregada 
gestante não poderá ser dispensada, salvo por justa causa, desde 
a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
O empregador poderá motivar a estabilidade condicionada a 
comunicação da empregada da gestação dentro de um prazo fixado 
através de norma coletiva de trabalho. Sendo assim, trata-se de prazo 
decadencial.
Causas impeditivas, suspensivas e 
interruptivas da prescrição
Sabemos que fatores impeditivos ou suspensivos atuam de forma 
direta sobre a contagem do prazo prescricional.
Quando falarmos de causas impeditivas, estaremos diante de 
causas que não ensejam o início da contagem do prazo prescricional. 
Já as causas suspensivas impedem que se inicie a contagem do prazo 
prescricional enquanto existirem a referida condição suspensiva.
Habitualmente os fatores impeditivos ou suspensivos do prazo 
prescricional não depende de vontade da parte, sendo fatores externos 
que inviabilizam ou restringem a defesa de seus interesses jurídicos.
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Poderá ocorrer também a interrupção de prazo prescricional que já 
tenha sido iniciado a contagem, caso ocorra, gera reinício da prescrição, 
voltando a fluir o prazo prescricional, como se nunca houvesse fluído.
Analisado isto, vamos conhecer as Causas impeditivas, suspensivas 
e interruptivas da prescrição trabalhista?? Vamos!! 
Causas impeditivas da prescrição trabalhista: Existem algumas 
causas que impedem a prescrição, são elas: Relação matrimonial: já 
que inexiste qualquer restrição legal para a existência de relação de 
emprego entre os cônjuges; Relação de poder familiar e a relação de 
tutela e curatela; A incapacidade absoluta; A menoridade trabalhista, ou 
seja, a todos com menos de 18 anos, independente se já forem capazes 
civilmente; Para fatos que deva ser apurado no juízo criminal, a prescrição 
somente se iniciará com

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