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DIREITO EMPRESARIAL
CONTRATOS EMPRESARIAIS
TEORIA GERAL DO CONTRATO EMPRESARIAL
▪O contrato pode ser definido como um acordo de vontades entre
duas ou mais pessoas e que cria, modifica ou extingue relações
jurídicas de caráter patrimonial.
▪Com a unificação do direito privado pelo Código Civil de 2002, os
contratos passaram a ter como fonte legislativa o Código Civil,
independentemente das pessoas que o celebraram e da atividade no
qual estão inseridos.
▪O Código Civil disciplina, em sua parte geral dos contratos, a
formação, validade, formas, bem como os princípios gerais
aplicáveis às diversas contratações.
▪A despeito de uma fonte legislativa comum, os contratos
empresariais não perdem sua individualidade perante os
demais contratos. A dinâmica empresarial e sua celebração no
âmbito de uma atividade profissional e organizada implicam a
consideração de princípios outros em sua interpretação e
aplicação, que asseguram sua peculiaridade em face dos
demais.
▪Caracterizam-se como contratos empresariais os contratos
celebrados por empresário, no âmbito de sua atividade
empresarial.
▪O caráter distintivo dessa espécie de contrato é justamente a
finalidade pretendida pelos empresários por ocasião dessa
contratação e que se direciona à organização dos fatores de
produção para o desenvolvimento de sua atividade.
▪Nesse sentido, definição de Forgioni, que exige que, além
da celebração por empresários, apenas serão
empresariais os contratos em que todas as partes
contratantes tenham a intenção de lucro. Para a autora,
“aqueles em que ambos (ou todos) os polos da relação têm
sua atividade movida pela busca do lucro.
.ESPÉCIES DE CONTRATOS
▪Contrato de compra e venda mercantil
▪O contrato de compra e venda é definido no art. 481 do Código
Civil. Pelo dispositivo legal, define-se o contrato como aquele em
que “um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de
certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”.
▪Não basta para caracterizar o contrato como mercantil ou
empresarial que tenha sido contratado por empresários. O
contrato de compra e venda não será caracterizado como
mercantil se a aquisição do bem for feita pelo empresário
como destinatário final do referido bem. Imprescindível que a
aquisição seja feita no desenvolvimento da atividade empresarial,
ou seja, para inseri-lo na cadeia de fornecimento aos
adquirentes.
▪Por seu turno, além da contratação por empresários,
também se caracteriza como compra e venda mercantil o
negócio jurídico que envolva determinados bens, como
valores mobiliários, títulos de crédito, mesmo que
celebrados por não empresários, pois se presume a
intenção de participar do risco do empreendimento ou de
obter lucro, elementos característicos das relações
empresariais.
▪ A relação empresarial exigirá a consideração de
diferentes elementos pelo intérprete ou aplicador, o que
assegura a manutenção da distinção entre as diversas
formas de contrato de compra e venda.
CONTRATO DE FORNECIMENTO
▪Configura-se o fornecimento com a negociação de cunho
geral sobre compras e vendas sucessivas, mantendo-se as
mesmas condições para todas elas, durante determinado
período de tempo.
▪Assim, temos um contrato de fornecimento quando, por
exemplo, o dono de uma padaria firma um pacto com
determinado atacadista para fornecimento de refrigerantes
para seu comércio. Neste contrato, constará que a padaria
irá celebrar “n” contratos de compra e venda com aquele
atacadista, adquirindo “x” latas de refrigerante em cada uma
delas, sempre com preço e forma de pagamento
predeterminados.
▪A vantagem de sua celebração é o
aumento no poder de barganha na
negociação entre as partes, podendo o
comprador exigir um preço menor para os
produtos diante da garantia que
regularmente os adquirirá com o seu
fornecedor
VENDA A CONTENTO
▪Pelo contrato de compra e venda com cláusula de venda a
contento, há condição suspensiva de seus efeitos. Mesmo
que a coisa objeto da compra e venda já tenha sido entregue
pelo vendedor, o contrato somente produzirá efeitos a partir
do momento em que o adquirente manifestar sua
concordância com a coisa entregue.
▪– Mostrar que se contentou. Concordância pode ser expressa ou
tácita (pagamento).
▪Pode figurar também como condição resolutiva: nessa hipótese,
a compra e venda será considerada perfeita com a tradição da
coisa, sendo lícito ao comprador resolver o contrato se esta não
lhe agradar.
VENDA MEDIANTE AMOSTRA
▪Venda mediante amostra é aquela na qual o vendedor,
previamente à celebração da avença, disponibiliza ao
comprador uma amostra, protótipo ou modelo da coisa
objeto do contrato, garantindo que esta comportará as
mesmas características apresentadas pela amostra.
▪Nesse caso, se a coisa vendida realmente corroborar aquilo
que foi visto na amostra, não poderá o comprador desistir
do contrato.
▪Por outro lado, e um tanto óbvio, constatada a
desconformidade entre a coisa vendida e a amostra, pode o
comprador exigir que aquela seja substituída por outra que
confira com os caracteres do modelo previamente apresentado
ou pleitear a resolução do contrato.
CONTRATO DE FACTORING
▪Voltado à obtenção de capital de giro pelo empresário, o
contrato de faturização pressupõe a cessão de
determinado crédito obtido pelo empresário por uma
venda a prazo para uma instituição faturizadora, que
adianta o valor ao empresário e fica com o direito de
receber o pagamento pelo devedor, inclusive acionando-o
judicialmente se for o caso (vide STJ, REsp 1.439.749/RS,
DJe 15/06/2015).
▪Há, portanto, duas partes no contrato de faturização: o
faturizado, que é o empresário que realizou a venda a
prazo, o cedente do crédito; e o faturizador, que pode ser
qualquer pessoa, física ou jurídica, não necessariamente
uma instituição financeira.
▪O faturizador será remunerado pelas comissões contratadas
para a cobrança e administração dos créditos cedidos, o que é feito
pelo desconto dos valores entregues ao faturizado pela
transferência dos créditos.
▪Porém, assumirá o faturizador o risco de inadimplemento dos
títulos, pois não poderá exigir o ressarcimento do montante devido
ao faturizado.
▪Ainda que os créditos estejam materializados em títulos de
crédito e a transmissão ocorra por endosso, diante da
impossibilidade de cobrança do faturizado, entende-se que os
endossos são realizados sem garantia.
▪Aplicam-se ao contrato de factoring as regras previstas no
CC sobre cessão de crédito: o faturizado não responde
pela solvência do devedor, apenas pela existência do
crédito; é necessário dar ciência ao sujeito passivo da
obrigação sobre a faturização, para que este possa realizar
o pagamento corretamente; se o devedor pagar ao
faturizado antes de receber a notificação, não poderá ser
compelido a pagar novamente ao faturizador.
▪É fundamental afastar a recorrente confusão entre o
factoring e o contrato de desconto bancário. Este, como o
próprio nome sugere, é celebrado necessariamente perante
instituição financeira, a qual não garante o pagamento do
crédito, ou seja, se o devedor não honrar a obrigação, o
banco pode cobrá-la do empresário que cedeu o crédito,
direito de regresso inexistente no fomento mercantil.
FRANQUIA (OU FRANCHISING) - LEI 13.966/2019
▪Pelo contrato de franquia, o franqueador autoriza por meio de
contrato um franqueado a usar marcas e outros objetos de
propriedade intelectual, sempre associados ao direito de
produção ou distribuição exclusiva ou não exclusiva de
produtos ou serviços e também ao direito de uso de
métodos e sistemas de implantação e administração de
negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido
pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta,
sem caracterizar relação de consumo ou vínculo
empregatício em relação ao franqueado ou a seus
empregados, ainda que durante o período de treinamento. (art.
1º da Lei 13.966/2019).
▪Trata-se de espécie de contrato de colaboração pelo qual o
empresário franqueado contribui para a maior distribuição dos
produtos ou serviços do franqueador.
▪A franquia podeser adotada por empresa privada, empresa
estatal ou entidade sem fins lucrativos, independentemente do
segmento em que desenvolva as atividades.
▪Contrato complexo, o contrato de franquia pode envolver
diversos negócios jurídicos, como o de licença de marca ou
patente, transferência de tecnologia, distribuição de produtos
ou serviços, locação de equipamentos.
▪A franquia, em resumo, permite que um empresário comercialize
produtos ou serviços criados por outro, mediante remuneração.
Esta, usualmente, se dá pelo pagamento de uma taxa fixa no
momento da concretização da avença e pelo repasse periódico
de determinado percentual do faturamento do franqueado.
▪A principal característica da franquia é a autonomia do franqueado.
Deveras, o vínculo existente entre as partes resume-se à
autorização de uso da marca ou da patente e a remuneração devida
por este uso (denominada royalties). Não há qualquer outra
hierarquia entre eles, nem mesmo trabalhista.
▪Mesmo que seja obrigado a seguir as instruções do franqueador
para a manutenção da qualidade dos produtos produzidos e não
prejudicar a marca ou a patente desenvolvidas pelo franqueador, a
exploração dos produtos pelo franqueado é feita com
independência econômica e jurídica.
▪Por expressa disposição legal, entre franqueador e franqueado ou
entre franqueador e empregados do franqueado, ainda que durante
o período de treinamento, a independência necessária entre ambos
impede a caracterização do vínculo ou relação de consumo.
▪Documento imprescindível para a validade do contrato é a
circular de oferta de franquia, na qual o franqueador
expõe ao interessado em adquirir a franquia as principais
características do negócio, que deve ser apresentada
com, no mínimo, 10 dias de antecedência da assinatura
de qualquer contrato, pré-contrato ou pagamento de
qualquer taxa, sob pena de anulabilidade do contrato de
franquia assinado sem o respeito a essa regra.
▪ 1 Q3465983. Direito Empresarial (Comercial) Franquia. Ano: 2024. Banca: Fundação para o Vestibular da
Universidade Estadual Paulista - VUNESP. rova: VUNESP - TJ SP - Juiz Substituto - 2024.
▪ Quanto ao Contrato de Franquia, assinale a alternativa correta.
A - Terminado o prazo determinado previsto no contrato, o franqueador pode dar por
extinto o contrato, independentemente de prévia notificação, salvo se a ele der
continuidade, caso em que se renovará por igual período.
B - É um contrato empresarial de colaboração, sem caracterizar relação de consumo,
no qual o franqueado tem o direito de distribuição exclusiva ou não exclusiva de
produtos ou serviços, dentre outras cláusulas.
C - A prévia entrega da Circular de Oferta de Franquia – COF pelo franqueador, ao
franqueado, é facultativa.
D - O franqueador deverá ser sociedade empresária ou empresário individual, vedada
sua adoção por empresa estatal ou por entidade sem fins lucrativos.
https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/direito-empresarial-comercial-406934/3465983
https://questoes.grancursosonline.com.br/direito-empresarial-comercial-406934
https://questoes.grancursosonline.com.br/direito-empresarial-comercial-franquia-406976
https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/2024
https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/vunesp
https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/vunesp
https://questoes.grancursosonline.com.br/prova/tj-sp-sp-2024-vunesp-juiz-federal-substituto-3
ARRENDAMENTO MERCANTIL (OU LEASING) 
- LEI Nº 6.099/1974
▪O leasing está previsto na Lei 6.099/1974 e pode ser
definido, grosso modo, como um contrato de aluguel no
qual o locatário tem, ao final do prazo estipulado, a opção de
devolver o bem, renovar a locação ou comprar a coisa,
deduzido do preço o valor já pago a título de aluguel.
▪Explicando melhor, no leasing uma pessoa física ou
jurídica (o arrendatário), diante da necessidade de uso
de determinado bem, entra na posse direta da coisa que
pertence e continua pertencendo ao arrendador
(obrigatoriamente pessoa jurídica), mediante uma
contribuição mensal. Possibilita-se, assim, ao empresário
valer-se do bem que precisa sem ter de dispor do valor
para uma compra e venda.
▪A empresa arrendadora, segundo parâmetros estabelecidos pelo
Banco Central, deve ser sociedade anônima ou instituição
financeira previamente autorizada pela autarquia em ambos os
casos. Ademais, deve constar na denominação utilizada pela
empresa a expressão “arrendamento mercantil”.
▪A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que tenham
como objeto principal de sua atividade a prática de operações de
arrendamento mercantil, denominadas sociedades de arrendamento
mercantil, dependem de autorização do Banco Central do Brasil.
▪O objeto a ser arrendado, por seu turno, poderá ser qualquer bem,
tanto móvel quanto imóvel.
▪Elementos do contrato
▪Estão previstos no art. 5º da Lei nº 6.099/1974:
▪a) Prazo do contrato: o leasing deve ser celebrado,
necessariamente, por prazo determinado;
▪b) Valor da contraprestação e a periodicidade do pagamento: a
remuneração devida à arrendadora não precisa ser mensal, porém
o intervalo de pagamento também não poderá exceder um
semestre, como regra geral, ou um ano em caso de atividades
rurais;
▪c) Opção de compra ou renovação do contrato: para a validade
da cláusula, a faculdade deve ser atribuída ao arrendatário;
▪d) Preço para opção de compra ou critério para sua fixação.
Além desses itens, a Resolução nº 2.309/1996 do BACEN ainda
exige:
▪e) A completa descrição do bem arrendado, que pode ser móvel
ou imóvel;
▪ f) As despesas e encargos adicionais;
▪g) Condições para eventual substituição dos bens arrendados;
▪h) Demais responsabilidades que vierem a ser convencionadas,
entre elas as decorrentes de uso indevido do bem, contratação de
seguro, danos causados a terceiros e ônus por vícios dos bens
arrendados;
▪ i) Atribuição de poder de fiscalização da arrendadora em relação à
conservação dos bens arrendados, podendo exigir a adoção de
providências indispensáveis à sua preservação;
▪ j) Responsabilidade do arrendatário em caso de inadimplemento
(cuja multa não poderá ultrapassar 2% do valor em atraso),
destruição, perecimento ou desaparecimento dos bens
arrendados;
▪k) A possibilidade do arrendatário transferir os direitos e
obrigações do contrato a terceiro, desde que com anuência
expressa da entidade arrendadora.
ESPÉCIES DE CONTRATO DE LEASING
▪Leasing financeiro 
▪É aquele em que as contraprestações e demais pagamentos
previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam
normalmente suficientes para que a arrendadora recupere
o custo do bem arrendado durante o prazo contratual de
operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre
os recursos investidos; as despesas de manutenção,
assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade
do bem arrendado sejam de responsabilidade da
arrendatária; e o preço para o exercício da opção de compra
seja livremente pactuado, podendo ser, inclusive, o valor de
mercado do bem arrendado. (Art. 5º da Resolução nº 2.309/1996
do BACEN)
▪Isso significa que é a própria arrendadora que adquire o
bem e transfere sua posse direta ao arrendatário e o
valor cobrado deverá gerar lucro para a arrendadora. Em
outras palavras, o que mais interessa aqui é o ganho
econômico com o contrato, por isso é chamado de leasing
financeiro. Normalmente, é celebrado por instituições que se
destinam exclusivamente a celebrar contratos de
arrendamento mercantil.
▪O leasing financeiro deve ser celebrado com prazo mínimo
de 2 anos, caso a vida útil do bem seja igual ou inferior a 5
anos, e prazo mínimo de 3 anos para os demais bens.
Exercida a opção de compra antes desse interregno, o
contrato de leasing se desnatura e passará a ser tratado
como uma compra e venda mercantil com pagamento a
prazo.
LEASING OPERACIONAL
▪A segunda modalidade é o leasing operacional. Nessa espécie,
o contrato é celebrado por aquele que fabrica o próprio bem
que se destina ao arrendamento, por meio de sociedades de
arrendamento mercantildo próprio grupo econômico ou bancos
múltiplos. Por seu turno, como a arrendadora é a própria
fabricante do bem, os serviços de manutenção ou de assistência
técnica podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da
arrendatária.
▪No leasing operacional, conforme art. 6º do Anexo da Resolução
Bacen n. 2.309/96, o valor de arrendamento não poderá
custar mais do que 90% do “custo do bem”; e o preço para o
exercício da opção de compra deverá ser o valor de mercado do
bem arrendado.
▪É aquele no qual as contraprestações a serem pagas pela
arrendatária contemplem o custo de arrendamento do bem e
os serviços inerentes a sua colocação à disposição da
arrendatária, não podendo o valor presente dos
pagamentos ultrapassar 90% do custo do bem; o prazo
contratual seja inferior a 75% do prazo de vida útil
econômica do bem; o preço para o exercício da opção de
compra seja o valor de mercado do bem arrendado; e não
haja previsão de pagamento do Valor Residual Garantido –
VRG (art. 6º da Resolução nº 2.309/1996 do BACEN), que é
uma parcela a ser paga durante a execução do contrato com a
finalidade de amortizar o valor devido ao final caso se exerça a
opção de compra.
▪O núcleo do negócio é a utilização e aquisição do bem pelo
arrendatário, por isso leasing operacional.
▪O leasing operacional deve ser celebrado com prazo mínimo de 90
dias e prazo máximo equivalente a 75% da vida útil econômica
do bem. Essa “vida útil econômica” é dada por regulamentos e
instruções da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que
estabelecem em quanto tempo cada espécie de bem perde
totalmente seu valor de mercado. Tecnicamente, esse período é
conhecido como depreciação.
▪Alguns autores, como Fran Martins, ainda distinguem o leasing
financeiro e o leasing operacional a partir da possibilidade de
rescisão unilateral do contrato, que é proibida no leasing
financeiro e possível, mediante aviso prévio, no leasing
operacional.
OBRIGAÇÕES DAS PARTES
A doutrina elenca as seguintes obrigações para o arrendador:
▪a) Adquirir o bem atendendo estritamente às determinações do
arrendatário;
▪b) Garantir a integridade do bem, zelando por sua procedência e
qualidade no momento da aquisição;
▪c) Contratar seguro para o bem arrendado;
▪d) Entregar a posse direta do bem ao arrendatário sem impor
obstáculos injustificados;
▪e) Não intervir ou turbar a posse direta do arrendatário durante o uso
do bem.
▪ Já para o arrendatário, podemos arrolar as seguintes obrigações:
▪a) Pagar a contraprestação avençada no vencimento;
▪b) Utilizar o bem para os fins e nos limites do que constar do instrumento
contratual;
▪ c) Zelar pela preservação e conservação do bem, agindo como se
proprietário fosse;
▪d) Abster-se de alterar ou modificar, sem anuência do arrendador, o
equipamento ou seus elementos constitutivos;
▪e) Informar imediatamente o arrendador em caso de esbulho ou turbação
na posse praticados por terceiro;
▪ f) Adimplir os impostos incidentes sobre a transação e demais obrigações
tributárias eventualmente aplicáveis;
▪g) Abster-se de realizar quaisquer negócios com o bem arrendado,
principalmente aqueles tendentes a dele dispor, considerando que se trata
de coisa alheia.
REVISÃO DO CONTRATO E CLÁUSULAS ABUSIVAS
▪Sobre a possibilidade de revisão das cláusulas contratuais do
arrendamento mercantil, a jurisprudência pátria aceita sem
ressalvas a aplicação da teoria da imprevisão e a cláusula
rebus sic stantibus, que buscam preservar o equilíbrio
econômico-financeiro do negócio jurídico. Nesse diapasão, é
cediço nos julgados do STJ, por exemplo, que a elevação
abrupta da cotação de moeda estrangeira, como ocorrido com o
dólar norteamericano em janeiro de 1999, representa fato
superveniente capaz de ensejar a revisão das cláusulas
contratuais. É importante ressaltar, outrossim, que a indexação
das parcelas em moeda estrangeira só é permitida com a
comprovação da captação de recursos no exterior (art. 9º da
Resolução nº 2.309/1996 do BACEN).
▪Merece atenção o fato da Súmula 263 do STJ ter sido
cancelada pelo Colendo Tribunal em 2003. O verbete previa
que a cobrança antecipada do VRG (ou seja, antes do termo
final do contrato) descaracterizava o leasing,
transformando-o em verdadeira compra e venda a prazo. As
razões do cancelamento invocaram o brocardo pacta sunt
servanda, consagrando a autonomia da vontade. Se as
partes deliberaram pela possibilidade de cobrança
antecipada no leasing, o acordo deve ser respeitado,
não descaracterizando o arrendamento mercantil. Este
novo posicionamento acabou consolidado na Súmula 293 do
STJ.
CONTRATOS DE COLABORAÇÃO
▪Sob esta larga rubrica, encontram-se os contratos nos quais um
empresário (colaborador) atua no sentido de criar ou ampliar o
mercado de determinado produto ou serviço fabricado ou prestado
por outro empresário (fornecedor). A função do colaborador é levar o
produto ou serviço do fornecedor até onde o consumidor em
potencial está, investindo em publicidade, estoques e estratégias de
vendas em troca de uma remuneração.
▪Os contratos de colaboração podem ser divididos entre contratos
por aproximação e contratos por intermediação. Existe uma
única diferença entre eles: nos contratos por aproximação, o
colaborador nada adquire do fornecedor. É o caso da comissão e
da representação. Já na intermediação, o colaborador adquire o
produto do fornecedor para revendê-lo, como ocorre, em regra, na
distribuição.
▪Comissão
▪Na comissão empresarial, um empresário (comissário) obriga-se a
realizar negócios em prol de outro (comitente), mas em nome
próprio. Em outros termos: o comissário, mediante remuneração,
celebra contratos com terceiros cujo objeto é o produto ou serviço
fornecido pelo comitente. Mas quem figura no contrato como parte é o
comissário, obrigando-se perante o terceiro pelo adimplemento da
avença. O comitente, muitas vezes, fica anônimo, por razões
estratégicas.
▪A linha entre a comissão e o mandato é muito tênue: separa-os apenas
o fato do comissário obrigar-se perante terceiros, contratando em
seu próprio nome, ao passo que o mandatário, desde que aja dentro
dos limites dos poderes que lhe foram outorgados, atua em nome
do mandante e, por isso, não se responsabiliza pelo cumprimento do
acordo. No mais, os contratos são idênticos, aplicando-se a disciplina
legal do mandato à comissão.
▪Não se deixe esquecer que o negócio fechado pelo
comissário é feito em prol do comitente e é a este que
pertence, em princípio, o risco. Caso, por exemplo, o
terceiro que comprou produtos através de acordo com o
comissário não pague o combinado no prazo, o prejuízo é
do comitente. O comissário continua a fazer jus a sua
remuneração.
▪Essa regra, contudo, pode ser excepcionada por expressa
determinação das partes. Trata-se da cláusula del
credere, pela qual o risco do inadimplemento é
transferido para o comissário, que responde
solidariamente com o terceiro. Obviamente, a
remuneração nesse caso tenderá a ser maior. Anote-se
que os demais riscos, como vícios na coisa ou evicção,
continuam entregues ao comitente.
REPRESENTAÇÃO (OU AGÊNCIA) 
▪Nesta espécie de contrato, prevista na Lei 4.886/1965
e no CC (no qual recebeu o nome de agência), um
empresário (representante) obriga-se a localizar
potenciais interessados nos produtos ou serviços
de outro (representado) e obter, para este,
pedidos de compra e venda ou prestação de
serviços. O representante comercial é colaborador
por aproximação por excelência: sua função é
apresentar o produto do representado para
eventuais interessados e encaminhar-lhe os
consequentes pedidos.
▪ O representante tem autonomia no exercício
de sua função, devendo observar as diretrizes
do representado apenas no que disserem
respeito à forma de organização da atividade
com foco na maior quantidade de vendas.
▪Se as ingerências do representado tornarem-se
excessivas, extrapolando o viés empresarial e
caracterizando a subordinação do
representante, estaremos olhando para um
verdadeiro contrato de trabalho, ainda que o
contrato celebrado entre as partes digadiferentemente.
▪As obrigações do representante e do representado vão além,
respectivamente, de empregar a mesma diligência que teria para a
venda de seus próprios produtos e pagar a retribuição pactuada. A
mais importante delas refere-se à cláusula de exclusividade. O
representante pode ser obrigado a trabalhar exclusivamente
para um representado. Trata-se de exclusividade de
representação e deve ser expressamente prevista no contrato
para cada praça de atuação. Se as partes acertaram a exclusividade
de representação para a cidade “X” e, ao longo da execução dos
trabalhos, o representante é autorizado a também atuar na cidade
“Y”, deverá respeitar a exclusividade de representação apenas na
cidade “X”, a não ser que haja aditivo contratual específico para
incluir a segunda (STJ, REsp 229761/ES, DJ 05/12/2000).
	Slide 1: Direito empresarial
	Slide 2: Teoria geral do contrato empresarial
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5: .Espécies de contratos
	Slide 6
	Slide 7: Contrato de fornecimento
	Slide 8
	Slide 9: venda a contento
	Slide 10: Venda mediante amostra
	Slide 11: Contrato de factoring
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14: Franquia (ou franchising) - Lei 13.966/2019
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19: Arrendamento mercantil (ou leasing) - Lei nº 6.099/1974
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24: Espécies de contrato de leasing
	Slide 25
	Slide 26: Leasing operacional
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29: Obrigações das partes
	Slide 30
	Slide 31: Revisão do contrato e cláusulas abusivas
	Slide 32
	Slide 33: Contratos de colaboração
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36: Representação (ou agência) 
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40

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