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DIREITO
EMPRESARIAL
— Prof. Bruno Miranda
UNIDADE 4 – Da Sociedade
UNIDADE 4 – Da Sociedade
• Conceito e personificação da sociedade
• Regime da responsabilidade
• Desconsideração da personalidade
jurídica
• Ato constitutivo
RECAP
Recapitulando as Unidades 1 e 2...
• Introdução ao direito empresarial
• Partes do direito empresarial
• Este curso – TGE e direito societário
• Relações com outros ramos do direito
• Evolução história do dir. empresarial (3 fases)
• Teoria da empresa como paradigma atual
• Princípios do direito empresarial
• Fontes do direito empresarial
• Características do direito empresarial
• Conceito de direito empresarial
TEORIA DA EMPRESA
- Teoria da empresa como o novo paradigma do direito empresarial
- “A espinha dorsal do direito comercial deixa de ser os atos de 
comércio, passando a ser a empresa”
- O direito comercial/empresarial passa a se ocupar não apenas com 
alguns atos isolados, mas com uma FORMA ESPECÍFICA de exercer a 
atividade empresarial.
- E que forma específica é essa?
- O que é a FORMA EMPRESARIAL?
Teoria da 
Empresa
CÓDIGO CIVIL
Art. 966
Considera-se empresário quem
exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens
ou de serviços.
Teoria da 
Empresa
TEORIA DA EMPRESA E SEUS CONTORNOS
— Do conceito estabelecido no art. 966/CC, podemos
extrair as seguintes expressões, que indicam os
elementos indispensáveis à sua caracterização:
1) Profissionalmente
2) Atividade econômica
3) Organizada
4) Produção ou circulação de bens ou de serviços
— Eis a chamada “forma empresarial”
Teoria da 
Empresa
TEORIA DA EMPRESA E SEUS CONTORNOS
1) Profissionalmente: exige exercício de determinada
atividade econômica como PROFISSÃO HABITUAL (forma
esporádica, ad hoc, não vale — exige um “constante repetir-
se”)
2) Atividade econômica: atividade exercida com INTUITO
LUCRATIVO, cabendo ao exercente da atividade assumir
RISCOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS
3) Organizada: empresário é aquele que ARTICULA OS
FATORES DE PRODUÇÃO — capital, mão de obra, insumos e
tecnologia (Asquini: o empresário é responsável pela
prestação de um trabalho autônomo de caráter organizador)
4) Produção ou circulação de bens ou de serviços: nenhuma
atividade econômica está excluída, a priori (antagonismo
com “teoria dos atos de comércio”)
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
1) Inscrição no Registro de Empresas
2) Escrituração
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
Atos de registro (art. 32, Lei nº 8934/94)
- Matrícula: ato de cadastramento de alguns profissionais
específicos (auxiliares do comércio – leiloeiros, tradutores
públicos, trapicheiros e administradores de armazéns-
gerais)
- Arquivamento: ato de registro dos atos constitutivos da
sociedade empresária ou do empresário individual (após,
averbações)
- Autenticação: refere-se aos instrumentos de escrituração
contábil do empresário (livros empresariais) e dos agentes
auxiliares
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO
CC - Art. 1.179. O empresário e a sociedade
empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva,
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o
de resultado econômico.
CC - Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art.
1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade
de contabilista legalmente habilitado, salvo se
nenhum houver na localidade.
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
ESCRITURAÇÃO DO EMPRESÁRIO
• O único livro obrigatório comum a todo e qualquer
empresário é o DIÁRIO
• CC, Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com
individuação, clareza e caracterização do documento
respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução,
todas as operações relativas ao exercício da empresa.
• Alguns livros específicos são exigidos de certos
empresários — Registro de Duplicatas, Registro de ações
nominativas (para as S/A), Entrada e saída de mercadorias
de armazém-geral
EMPRESÁRIO
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO
SIGILO EMPRESARIAL
• Os livros empresariais são protegidos pelo sigilo
• CC, Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos
em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob
qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar
diligência para verificar se o empresário ou a
sociedade empresária observam, ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas
em lei.
• Casos em que o sigilo pode ser quebrado — lei,
autoridades fazendárias, decisão judicial
DA 
SOCIEDADE
NOME EMPRESARIAL
• Expressão que identificas os
empresários nas relações
jurídicas que formalizam
• Paralelo com o “nome civil”
• Atenção: nome empresarial não
se confunde com outros
elementos identificação!
DA 
SOCIEDADE
NOME EMPRESARIAL
• Marca: sinal distintivo que identifica
produto ou serviço
• Nome fantasia: expressão que identifica
o título do estabelecimento
• Nome de domínio: endereço eletrônico
de sites dos empresários
• Sinais de propaganda: exercem função
de chamar atenção dos consumidores
DA 
SOCIEDADE
NOME EMPRESARIAL -
ESPÉCIES
1) Firma
2) Denominação
DA 
SOCIEDADE
NOME EMPRESARIAL - ESPÉCIES
1) Firma: formada por nome civil; o
núcleo da firma é sempre o nome
civil (do próprio empresário individual
ou de um ou mais sócios, no caso de
firma social)
2) Denominação: pode ser formada
qualquer expressão linguísticas (por
alguns denominada “elemento
fantasia”).
DA 
SOCIEDADE
NOME EMPRESARIAL – Princípios:
1) Veracidade: não pode conter nenhuma
informação falsa (nem desatualizada)
2) Novidade: proibição de registrar nome
empresarial igual ou muito parecido com outro
já registrado — é restrito ao território do Estado
da Junta Comercial em que o empresário se
registrou
- Proteção legal do nome empresarial se limita à
unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial
em que o registro está arquivado;
- A extensão da proteção para todo o país pode ser
feita por registro complementar nas Juntas
Comerciais de todos os estados-membros.
DA 
SOCIEDADE
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
1) Não é o local em que o empresário exerce
a sua atividade.
2) Conceito técnico-jurídico é mais
complexo: é todo o conjunto de bens,
materiais ou imateriais, que o empresário
utiliza no exercício de sua atividade.
3) Patrimônio material e imaterial
4) O local é apenas o “ponto de negócio” –
que é apenas um dos elementos do
estabelecimento empresarial
DA 
SOCIEDADE
ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
1) Empresa
2) Empresário
3) Estabelecimento
— Conceitos diferentes, mas que se inter-relacionam.
— Atenção: estabelecimento não se confunde com
“patrimônio empresarial” (estabelecimento é uma
universalidade de fato, não de direito, de forma que não
inclui contratos, créditos e dívidas).
Mercadorias; 
Instalações;
Equipamentos;
Veículos, etc.
Corpóreos
Marcas;
Patentes;
Direitos;
Ponto.
Incorpóreos
DA 
SOCIEDADE
ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
- CONTRATO DE TRESPASSE: contrato oneroso de transferência do
estabelecimento empresarial
- É condição de EFICÁCIA PERANTE TERCEIROS (não de validade)
do contrato de trespasse o registro na Junta Comercial
- Regras de responsabilidade importantes – arts. 1145 e 1146 do
CC
- CC, art. 1147: não concorrência (“Não havendo autorização
expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à
transferência”)
- STJ: abusividade da não concorrência por prazo indeterminado
DA 
SOCIEDADE
ESTABELECIMENTO
EMPRESARIAL
- Aviamento: valor intangível do estabelecimento empresarial
decorrente da sua capacidade de gerar lucros, resultante da
organização, clientela, marca e ponto comercial. Representa a
diferença entre o valor dos bens do estabelecimento e seu
valor total como negócio em funcionamento.
- Clientela: Clientela é o conjunto de clienteshabituais ou
potenciais que frequentam o estabelecimento, sendo um
elemento imaterial essencial para o fundo de comércio. Não é
um bem autônomo, mas integra o aviamento.
- Penhora de estabelecimento X Penhora da sede do
estabelecimento (= penhora do imóvel)
Teoria da 
Empresa
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