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MANUAL de feridas eMANUAL de feridas e curativoscurativos @enferya Estou extremamente feliz por você ter garantido esse material. Ele foi feito com muito amor, carinho e dedicação para te ajudar na sua tão sonhada aprovação. O conteúdo desse material é de uso EXCLUSIVO, Ou seja, é PROIBIDO seu repasse, reprodução ou comercialização! A violação dos direitos sobre esses materiais se constitui CRIME passíveis de PENALIZAÇÃO conforme o art. 184 do Código Penal Brasileiro. @enferya MANUAL FACILITADO DE FERIDAS E CURATIVOS Coordenador: Francisco Joel Autor: Yaponira Leal ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 1. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 2. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 3. CLASSIFICAÇÃO DO LEITO DA FERIDA 4. LIMITE ANATÔMICO DA FERIDA5. AVALIAÇÃO DA DOR6. SISTEMA RYB7. FERRAMENTA TIMERS 8. LIMPEZA E DESBRIDAMENTO9. TIPOS DE CURATIVOS10. TIPOS DE COBERTURAS11. ÚLCERAS 12. PÉ DIABÉTICO 13. LESÃO POR PRESSÃO14. QUEIMADURAS 15. @enferya SUMÁRIO @enferya Anatomia da PeleAnatomia da Pele 4 Anatomia da Pele @enferya A pele é o maior órgão do corpo e é responsável por cerca de 16% de todo nosso peso corporal. Ela é formada por duas camadas básicas: a epiderme e a derme. A epiderme é formada por tecido epitelial, e a derme é formada por tecido conjuntivo. Existe ainda a hipoderme, que não é uma camada da pele, e está localizada logo após a derme, garantindo a união entre pele e outros órgãos. Conceitos: ----- EPIDERME ----DERME ----HIPODERME 5 https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-epitelial.htm https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-conjuntivo.htm Anatomia da Pele @enferya A epiderme apresenta cinco camadas ou estratos, chamados de: --> Camada basal: caracteriza-se por ser rica em células-tronco, por isso é também chamada de camada germinativa. É essa camada a principal responsável pela renovação da epiderme. Nela, encontramos ainda os melanócitos, células produtoras de melanina, um pigmento responsável por dar cor à pele e aos pelos. --> Camada espinhosa: caracteriza-se pela presença de desmossomos, que garantem a união das células dessa camada. Devido à presença dessas estruturas, observa-se um aspecto espinhoso. --> Camada granulosa: tem apenas de três a cinco fileiras de células achatadas e possui grânulos de querato-hialina. --> Camada lúcida: camada evidente e espessa que é formada por células achatadas e translúcidas. Não possuem núcleo e o citoplasma é rico em queratina. --> Camada córnea: Formada por células mortas, anucleadas, achatadas e ricas em queratina. Sua espessura é variável. EPIDERME: 6 Anatomia da Pele @enferya A hipoderme (ou tecido subcutâneo) é uma camada da pele localizada abaixo da derme e é composta principalmente por tecido adiposo e tecido conjuntivo. Ela tem várias funções importantes, como o armazenamento de energia, a proteção de órgãos vitais e o isolamento térmico. Alterações na espessura da hipoderme podem ocorrer em algumas condições, como obesidade e lipodistrofia, e ela também pode ser afetada por algumas intervenções estéticas, como a lipoaspiração. O envelhecimento também pode afetar a hipoderme, resultando em uma diminuição da espessura e elasticidade da pele. HIPODERME: 7 Anatomia da Pele @enferya A derme, como dito anteriormente, é formada por tecido conjuntivo e está entre a epiderme e a hipoderme. Ela está conectada à epiderme por meio de projeções que partem da derme para a epiderme, denominadas de papilas dérmicas, e da epiderme para derme, chamadas de cristas epidérmicas. Podemos dividir a derme em duas camadas: a derme papilar, onde estão as papilas dérmicas, e a derme reticular, que constitui a parte mais espessa da derme e é formada por tecido conjuntivo denso não modelado. É na derme que estão localizados os vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, terminações nervosas sensoriais, folículos pilosos e glândulas. DERME: 8 Anatomia da Pele @enferya Pelos são estruturas ricas em queratina que se formam no folículo piloso, uma invaginação da epiderme. Estão presentes em praticamente todo o corpo, apenas não são encontrados nos lábios, na glande, nos pequenos lábios e parte dos grandes lábios e na palma da mão e dos pés. PELOS: 9 @enferya Processo de cicatrizaçãoProcesso de cicatrização 10 Processo de cicatrização @enferya A cicatrização de feridas envolve uma sequência perfeita e coordenada de eventos que resultam na regeneração do tecido. Didaticamente, o processo de cicatrização é dividido em três fases: inflamatória, de proliferação ou granulação, e de remodelamento ou maturação. O colágeno, presente em maior quantidade no corpo humano, é o principal componente da matriz extracelular dos tecidos. O tecido cicatricial é formado pela interação entre sua produção, fixação e degradação. Diversos métodos são empregados para avaliar a cicatrização de feridas. Atualmente, os métodos mais comuns incluem tensiometria, densitometria e morfometria do colágeno, imunoistoquímica e, mais recentemente, a medição de fatores de crescimento. Cicatrização da pele 11 Processo de cicatrização @enferya Esta fase se inicia imediatamente após a lesão, com a liberação de substâncias vasoconstritoras, principalmente tromboxana A2 e prostaglandinas, pelas membranas celulares. Tem como característica principal a presença do exsudato (secreção da lesão), que pode durar de um a quatro dias, variando de acordo com a extensão e natureza da lesão. Nessa fase acontece a liberação de mediadores químicos e a ativação do sistema de coagulação sanguínea, podendo haver edema, vermelhidão e dor. FASE 1 – INFLAMATÓRIA 12 Processo de cicatrização @enferya A fase proliferativa compreende quatro etapas essenciais: epitelização, angiogênese, formação de tecido de granulação e deposição de colágeno. Inicia-se por volta do 4º dia após a lesão e se estende até o final da segunda semana. Fase de regeneração, com duração de 5 a 20 dias. Durante esse período, há a proliferação de fibroblastos, desencadeando o processo conhecido como “fibroplasia”. As células se multiplicam, resultando em uma rica vascularização e infiltração de macrófagos. Juntos, esses processos formam o tecido de granulação, parte crucial do processo de cicatrização da pele. FASE 2 – PROLIFERATIVA 13 Processo de cicatrização @enferya Esta etapa final pode se estender por meses. O tecido formado na fase anterior passa por um processo de remodelação, com redução na densidade celular e vascularização. Para fortalecer o tecido e aprimorar a aparência da cicatriz, as fibras são realinhadas, resultando em uma mudança gradual na tonalidade da cicatriz, do vermelho escuro ao rosa claro. A deposição organizada de colágeno é a característica mais significativa desta fase, sendo crucial do ponto de vista clínico. FASE 3 – REPARO 14 Processo de cicatrização @enferya Fase 1: Inflamatória= Vasoconstricção; Hemostasia; Vasodilatação; Sinais de inflamação (eritema, edema, calor e dor) De maneira resumida Fase 2: Proliferativa= Neoangiogênese; Fibroplastia; Epitelização; Contração. Fase 3: Remodelação= Reorganização das fibras de colágeno; Maturação da cicatriz. 15 Processo de cicatrização @enferya Fatores locais: Vários fatores podem influenciar negativamente a cicatrização, dentre eles os principais são: isquemia, infecção, técnica cirúrgica, corpo estranho, edema, pressão tecidual elevada; Fatores sistêmicos: Diabete melito, deficiências vitamínicas, hipotiroidismo, doenças hereditárias (síndrome de Ehler-Danlos), alterações da coagulação, idade, trauma grave, queimaduras, sepse, insuficiência hepática e renal, insuficiência respiratória, tabagismo, radioterapia, desnutrição e o uso de corticosteróides, drogas antineoplásicas. Fatores que influenciam a cicatrização 16 Processo de cicatrização @enferya Primeira intenção: -> é o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido,ausência de infecção e mínimo edema. -> a formação de tecido de granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente Segunda intenção: -> neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. -> a aproximação primária das bordas não é possível. -> as feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização. Tipos de cicatrização 17 Processo de cicatrização @enferya Terceira intenção: -> designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial -> isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. Tipos de cicatrização 18 @enferya Classificação das feridasClassificação das feridas 19 Classificação das feridas @enferya As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes de acordo com o agente causal, o grau de contaminação e o comprometimento tecidual. Classificação das feridas Agente causal Incisas ou cirúrgicas: são produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas são geralmente fechadas por suturas. Agentes: faca, bisturi, lâmina, etc. Contusas: são produzidas por objeto rombo e caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema. Lacerantes: São ferimentos com margens irregulares e com mais de um ângulo. O mecanismo da lesão é por tração: rasgo ou arrancamento tecidual. Um exemplo clássico é a mordedura de cão. Perfurantes: são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Há um predomínio da profundidade sobre o comprimento. Exemplos: bala ou ponta de faca. 20 Classificação das feridas @enferya Grau de contaminação Limpas: são as que não apresentam sinais de infecção e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário. Limpa-contaminadas: são os ferimentos que apresentam contaminação grosseira, em acidente doméstico por exemplo ou em situações cirúrgicas em que houve contato com os tratos respiratório, digestivo, urinário e genital, porém em situações controladas. Contaminadas: são consideradas contaminadas as feridas acidentais, com mais de seis horas de trauma ou que tiveram contato com terra e fezes. Infectadas: são aquelas que apresentam sinais nítidos de infecção. 21 Classificação das feridas @enferya Comprometimento tecidual Estágio I: comprometimento da epiderme apenas, sem perda tecidual. Estágio II: ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas. Estágio III: há comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto não atinge a fáscia muscular. Estágio IV: há extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular. 22 Classificação das feridas @enferya Estágios: fo nt e da im ag em : h ttp s:/ /w ww .tu as au de .co m /u lce ra -p or -p re ss ao / Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 23 Classificação das feridas @enferya Etiologia Cirúrgicas: provocadas por instrumentos cirúrgicos, com finalidade terapêutica, podem ser: -> Incisivas: perda mínima de tecido -> Excisivas: remoção de áreas de pele. Traumáticas: provocadas acidentalmente por agentes que podem ser: -> Mecânicos: prego, espinho, por pancadas; -> Físicos: temperatura, pressão, eletricidade; -> Químicos: ácidos, soda cáustica; -> Biológicos: contato com animais, penetração de parasitas. Ulcerativas: lesões escavadas, circunscritas, com profundidade variável, podendo atingir desde camadas superficiais da pele até músculos. 24 Classificação das feridas @enferya Tempo de cicatrização Feridas crônicas -> Quando, fisiologicamente, o processo de cicatrização não ocorre da forma esperada. -> ferida com mais de 6 meses é considerada lesão crônica. -> Geralmente, estão associadas a doenças pré-existentes, como diabetes e insuficiência venosa. -> exemplos de feridas crônicas as lesões por pressão, feridas do pé diabético, feridas infectadas, úlceras varicosas, entre outras. Feridas agudas -> Em geral, a cicatrização ocorre dentro do período esperado e sem complicações. -> As principais causas são traumatismos, mas também podem ser feridas térmicas (queimaduras), infecciosas, químicas, vasculares, alérgicas e radioativas. 25 Classificação das feridas @enferya Presença de transudato e exsudato Transudato é uma substância altamente fluida que passa através dos vasos e com baixíssimo conteúdo de proteínas; Exsudato é um material fluido, composto por células que escapam de um vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais, usualmente como resultado de um processo inflamatório Exsudato seroso é caracterizado por uma extensa liberação de líquido, com baixo conteúdo protéico; Exsudato sanguinolento é decorrente de lesões com ruptura de vasos ou de hemácias. Exsudato purulento é um líquido composto por células e proteínas, produzida por um processo inflamatório asséptico ou séptico. Exsudato fibrinoso é o extravasamento de grande quantidade de proteínas plasmáticas 26 Classificação das feridas @enferya Morfologia Quanto à localização Quanto às dimensões: Pequena: menor que 50 cm²; 1. Média: maior que 50 cm² e menor que 150 cm²; 2. Grande: maior que 150 cm² e menor que 250 cm²; 3. Extensa: maior que 250 cm² . 4. Quanto ao número Quanto à profundidade: Feridas planas ou superficiais: envolvem a epiderme, derme e tecido subcutâneo; 5. Feridas profundas: envolvem tecidos moles profundos, tais como músculos e fáscia; 6. Feridas cavitárias: caracterizam-se por perda de tecido e formação de uma cavidade com envolvimento de órgãos ou espaços. 7. 27 Classificação das feridas @enferya Queloides e cicatrizes hipertróficas são distúrbios de cicatrização que se diferenciam por seu comportamento clínico. Os queloides ultrapassam os limites da incisão, enquanto as cicatrizes hipertróficas permanecem dentro desses limites. Ambos resultam de uma resposta inflamatória excessiva durante a cicatrização, com descontrole entre síntese e degradação. Os fatores envolvidos em sua origem incluem trauma, disfunção dos fibroblastos, níveis elevados de fatores de crescimento ou outras citocinas e redução da apoptose. São mais frequentes em negros e orientais. Quelóides e cicatrizes hipertróficas 28 Característica do leito da ferida @enferya Tecidos viáveis incluem: Granulação: vermelho vivo, brilhante, úmido e ricamente vascularizado. Epitelização: novo revestimento, rosado e frágil. Tecidos inviáveis consistem em: Necrose de coagulação: caracterizada por crosta preta e/ou escura. Necrose de liquefação: tecido amarelo/esverdeado ou presença de secreção purulenta em lesões infectadas. Desvitalizado ou Fibrinoso: tecido amarelo ou branco, aderente à ferida, cordões ou crostas grossas, podendo ser mucoso. São divididos em tecidos viáveis e inviáveis. 29 Limites anatômicos das feridas @enferya Os limites anatômicos das feridas são definidas pelo leito, pelas bordas, pelas margens e pela pele perilesional. LEITO: área central da ferida; BORDA: contorno interno da ferida; MARGEM: contorno externo da ferida; PELE PERILESIONAL: deve-se observar alterações da cor, turgor, presença de dermatite de contato, maceração, eritema, edema 30 Limites anatômicos das feridas @enferya Borda difusa: irregular ou não tem contorno definido; Borda aderida: plana e nivelada com o leito da ferida; Borda descolada: falta de aderência ao leito, formação de túneis/trajetos fistulosos e abcessos; Borda desnivelada: leito da ferida mais profundo que a margem; Borda fibrótica: tecido de cor amarela ou branca que adere ao leito da ferida. Borda hiperqueratosa: tecido espesso, endurecido com aspecto de calosidade Borda macerada: pele esbranquiçada devido ao excesso de exsudato e/ou curativos que retenham umidade excessiva no leito da lesão. Tipos de borda da ferida: 31 @enferya PROTOCOLOS PROTOCOLOS32 Quanto à cronologia: AGUDA: autolimitada e dura menos de 30 dias CRÔNICA: dura mais de 30 dias Quanto a fisiopatologia; DOR NOCICEPTIVA- está associada com a lesão tecidual DOR NEUROPÁTICA- caracterizada por ter início associado a uma lesão ou disfunção do sistema nervoso e é entendida como resultante da ativação anormal da via da dor DOR MISTA: as estruturas nervosas e musculoesqueléticas são afetadas concomitantemente Avaliação da dor @enferya Classificação da dor nas feridas: SEM DOR DOR LEVE DOR MODERADA DOR INTENSA 33 O sistema RYB (red/yelow/black) avalia a quantidade de tecido viável e não-viável através da cor de base da ferida. Com isso a classificação de feridas é feita de acordo com sua coloração, direcionando a conduta a ser adotada. Sistema RYB (Red/Yellow/Black) @enferya Sistema RYB Red (vermelho) – a ferida está cicatrizando normalmente, ocorre a presença de tecido de granulação predominante e novo epitélio. Deve-se proteger o tecido de granulação, manter a umidade adequada no leito da ferida, evitar traumas e prevenir a infecção. 34 Sistema RYB (Red/Yellow/Black) @enferya Sistema RYB Yellow (amarelo): presença de exsudato esfacelado e os tecidos são moles e desvitalizados; Deve-se limpar a ferida e fazer o desbridamento que é a remoção de material necrótico, tecido desvitalizado, crostas, tecido infectado, hiperqueratose, corpos estranhos, entre outros com o objetivo de controlar a infecção. Black (preto): presença de necrose tecidual, com formação de escaras espessa, exsudato purulento, material fibrótico e de degradação celular que favorecem a proliferação de microrganismos. Deve-se realizar o desbridamento instrumental ou cirúrgico 35 Ferramenta TIMERS @enferya Essa ferramenta tem o objetivo de ser implementada no cuidado às feridas, garantindo a avaliação e permitindo estabelecer as intervenções visando a promoção da cicatrização, considerando os parâmetros avaliados. Avaliar: presença de tecido desvitalizado Objetivo: desbridamento Avaliar: sinais de inflamação ou infecção que podem existir Objetivo: diminuir a carga bacteriana 36 Ferramenta TIMERS @enferya Avaliar: quantidade do exsudado Objetivo: escolher a cobertura ideal Avaliar: as características das bordas da ferida Objetivo: conduzir hiperqueratose, maceração, necrose e epíbole 37 Ferramenta TIMERS @enferya Avaliar: tecnologias adjuvantes para acelerar reparo tecidual Objetivo: avaliar possibilidade de uso de laser, led, ozônio... Avaliar: condições socioeconômicas e educativas Objetivo: adequar o tratamento a realidade do paciente 38 @enferya Limpeza e DesbridamentoLimpeza e Desbridamento 39 Limpeza e Desbridamento @enferya Para garantir uma boa cicatrização das feridas cutâneas é extremamente importante a realização da limpeza e desbridamento quando necessário, visto que mesmo utilizando uma cobertura ideal, ela se torna ineficaz se o leito da ferida estiver com exsudato descontrolado. A limpeza das feridas refere-se ao uso de produtos para remover bactérias, exsudato, corpos estranhos tanto no leito quanto na pele perilesional. Além disso, a limpeza adequada da ferida também pode reduzir o odor, diminuir a dor e edema, manter a umidade ideal, proteger a pele dos efeitos da maceração, diminuir infecções cruzadas, preparar a ferida para receber a cobertura adequada. Limpeza 40 Limpeza e Desbridamento @enferya Clorexidina: recomendada para pele íntegra Soro fisiológico 0,9%: agente de limpeza seguro, utilizado na maioria das feridas. PHMB: antisséptico de ampla abrangência -> limpeza, descontaminação, hidratação, remoção de biofilme das feridas... Água destilada: Custo + acessível, protege o leito da ferida e evita contaminantes Soluções utilizadas para limpeza da ferida: 41 Limpeza e Desbridamento @enferya O desbridamento consiste na remoção de tecidos desvitalizados que favorecem a proliferação de microrganismos, representando barreira para o avanço do tecido viável. Essa abordagem se faz necessária porque o tecido necrótico, ou desvitalizado, aumenta o risco de infecção e impede que o processo de epitelização aconteça, atrasando a cicatrização, além de dificultar a visualização da real profundidade e extensão da ferida, prejudicando a avaliação da lesão. A principais técnicas de desbridamento são: mecânico, instrumental, cirúrgico, autolítico e enzimático. Desbridamento 42 Limpeza e Desbridamento @enferya A escolha do método dependerá de fatores como: seletividade da técnica, características do exsudato, presença de infecção ou colonização, quantidade, profundidade e localização do tecido a ser desbridado. Desbridamento Reconhecer os tecidos encontrados no leito da ferida é essencial para nortear o tipo de desbridamento a ser realizado, bem como a técnica que será pregada. O procedimento envolve não só a escolha do método adequado, mas também conhecimento das estruturas anatômicas e do processo fisiológico, habilidade técnica, avaliação das características da ferida, indicações e contra-indicações, avaliação dos riscos, tolerabilidade, disponibilidade de recursos, condições físicas e emocionais do paciente. 43 Limpeza e Desbridamento @enferya Desbridamento Autolítico: Esse tipo de desbridamento promove a manutenção de um leito úmido afim de atrair neutrófilos e macrófagos para a lesão, os quais irão liberar enzimas lisossomais para digerir os detritos. Ex: Hidrogel, Hidrocoloides, Alginato de cálcio... Tipos de desbridamentos: Desbridamento Biológico: Nesse método, são utilizadas larvas esterilizadas de moscas vivas, as quais liquefazem o tecido necrosado e degradam bactérias, preservando o tecido viável e facilitando o processo de cicatrização. 44 Limpeza e Desbridamento @enferya Desbridamento Enzimático: O desbridamento enzimático, semelhante ao autolítico, ocorre também com o uso de enzimas, porém são exógenas. Essas provocam o desprendimento do tecido necrosado. Ex: Papaína e Colagenase. Tipos de desbridamentos: Desbridamento Mecânico: Nesse método utiliza-se a força física para a remoção da necrose. Pode ser feito por meio de fricção, esfregando o leito da ferida em movimentos centrífugos. Ex: Gazes úmidas à secas, Irrigação, com soro morno em jatos; Hidroterapia, em tanques com turbilhonamento. 45 Limpeza e Desbridamento @enferya Desbridamento Instrumental: É realizado por meio de instrumentais cortantes como bisturi e tesoura. Deve ser feito por enfermeiro capacitado. Tipos de desbridamentos: Desbridamento Cirúrgico: É realizado no Centro Cirúrgico, sob anestesia, executado por cirurgião experiente, com a excisão e ressecção de toda a área necrótica incluindo a margem viável da ferida, na tentativa de transformar uma lesão crônica em aguda. 46 @enferya CurativosCurativos 47 Curativos @enferya 1° Manter alta umidade na interface ferida/cobertura; 2º Remover o excesso de exsudação; 3º Permitir a troca gasosa; 4º Fornecer isolamento térmico; 5º Ser impermeável a bactérias; 6º Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores; 7º Permitir a troca sem provocar trauma. Características de um curativo ideal Técnicas utilizadas: Estéril: curativo realizado na unidade de saúde, com material estéril (pinças ou luvas), solução fisiológica 0,9% e cobertura estéril. · Limpa: curativo realizado no domicílio, pelo usuário e/ou familiar. Realizado com material limpo, água corrente ou soro fisiológico 0,9% e cobertura estéril. 48 Curativos @enferya A realização do curativo deve seguir o princípio da limpeza mecânica diária da lesão, diminuindo a concentração de bactérias no local e basear-se no tipo de curativo. Tipos de curativos CURATIVO SIMPLES – realizado por meio da oclusão com gaze estéril no local da lesão,mantendo- a seca e limpa. CURATIVO OCLUSIVO – realizado na lesão com sua total cobertura, evitando o contato com o meio externo. CURATIVO ÚMIDO – usado para proteger drenos e irrigar alesão com determinada solução tópica. CURATIVO ABERTO – limpeza da lesão mantendo-a exposta ao meio externo. CURATIVO COMPRESSIVO– promovem a hemostasia local prevenindo a hemorragia. DRENOS: É considerado um curativo complexo. O dreno tem como objetivo: proporcionar a drenagem de sangue, exsudato, bile e outros fluidos corpóreos, evitando acúmulo destes na cavidade 49 Curativos @enferya Materiais necessários: 1 pinça dente-de-rato;1 pinça de Kocher;1 pinça de Kelly; Gaze estéril (quantidade de acordo com o tamanho e tipo de curativo); Bandeja ou cuba rim (opcional); Luva de procedimento;Solução fisiológica (SF 0,9%); Fita adesiva (esparadrapo ou fita adesiva hipoalergenica); Atadura de crepom se necessário; Mesa auxiliar; Lixeira com saco branco leitoso; Lixeira com saco preto. Realização de curativo Principais atividades: Preparar o ambiente: limpar bancada e carrinho de curativo com pano limpo umedecido em álcool a 70%; lixeira com pedal para lixo comum (saco preto) e lixeira com pedal para lixo hospitalar (saco branco) Realize a lavagem das mãos com água e sabão antes e após a realização de cada curativo mesmo que seja num mesmo cliente; 50 Curativos @enferya Realização de curativo Principais atividades: Utilizar somente material esterilizado (gaze, pinças, tesouras e etc.) Reúna todo o material no carro do curativo: identificar soro fisiológico (desprezá-lo a cada 12 h) e almotolias (solução, data de preparo, identificação do profissional responsável pelo preparo), disponibilizar pacotes de gazes, de curativo e medicações tópicas indicadas; Trocar lençol descartável da maca; Priorizar curativo por ordem: as emergências, idosos, crianças, gestantes e portadores de deficiência física e mental; Receber cordialmente o cliente 51 Curativos @enferya Realização de curativo Principais atividades: Orientar o cliente sobre o procedimento tentando diminuir sua ansiedade; Promova a privacidade do paciente fechando a porta Colocar o cliente em posição confortável expondo a área a ser tratada; Calce as luvas de procedimentos; Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica, dispondo as pinças de forma que a parte que será pegue durante o procedimento fique com o cabo fora do campo para manuseio. Não tocar na parte interna do campo; Se necessário abrir pacotinhos de gazes e colocar no espaço livre do campo evitando desperdício; 52 Curativos @enferya Realização de curativo Principais atividades: Com as pinças Kocher ou dente-de-rato fazer um chumaço de gaze, prendendo-o com a pinça de Kocher e embebê-la em solução fisiológica; Retirar o curativo anterior(se houver),com uma pinça dente-de-rato ou luva de procedimento; soltar ou cortar caso o curativo esteja fixado com atadura tendo o cuidado para não agredir os tecidos recém-formados, podendo molhar o curativo com soro fisiológico; Desprezar o chumaço de gaze e curativo contaminado na lixeira de lixo hospitalar e pinça dente derato em um recipiente com tampa. A pinça Kocher deve ser colocada no campo, em área mais distante da pinça Kelly e das gazes; Limpar a ferida com a pinça Kelly e um chumaço de gaze embebida em solução fisiológica, seguindo o princípio da técnica asséptica (do menos para o mais contaminado). Utilizar quantos chumaços umedecidos em soro fisiológicoscaso, necessário; 53 Curativos @enferya Realização de curativo Principais atividades: Observar: cor, umidade (secreção) e maceração ao redor da ferida, evasão e condições das mesmas; Secar toda a área adjacente com gaze seca para facilitar afixação do adesivo, renovando os chumaços de gaze conforme a necessidade, seguindo o mesmo princípio da técnica asséptica; Colocar a substancia tópica padronizada e ocluir a ferida(se necessário); Colocar data e hora da realização do curativo, após oclusão; Lavar as mãos; Fazer registro do curativo e da evolução do processo de cicatrização para acompanhamento da ferida, presença de secreção e drenagem se houver; Fazer orientações ao cliente e /ou família; Organizar a sala. 54 Curativos @enferya Cuidados: Se ferida fechada: realizar a limpeza começando pelo local da incisão utilizando a pinça Kocher. Fazer uma torunda de gaze com o auxílio da pinça, molhar a mesma com SF 0,9% Com movimentos rotatórios do punho, de forma rítmica e firme, iniciar a limpeza de dentro para fora, do local mais limpo para o mais contaminado. Utilize todas as faces da torunda apenas uma vez, desprezando em seguida. Se ferida aberta: Realizar irrigação com solução fisiológica 0,9%, morna utilizando seringa de 20ml e agulha 40X12 ou frasco de SF 0,9% perfurado com agulha 40X12. Se necessário, remover exsudatos e/ou fibrina e/ou restos celulares da lesão. Secar a região peri-lesional, aplicando no leito da ferida a cobertura indicada. Cobrir com curativo secundário. 55 Curativos @enferya Cuidados para trocas da bolsa coletora de ostomia Limpar a pele ao redor do ostoma com água morna e sabão neutro, enxaguar abundantemente e secar bem com um tecido macio; Medir o ostoma, utilizando um medidor específico, e marcar o tamanho no papel (proteção) que recobre a placa protetora da bolsa; Antes de recortar, afastar a parte plástica anterior da posterior, tomando o cuidado de não perfurar a bolsa; Recortar a abertura inicial da placa e posicionar a bolsa com a abertura sobre a ostomia; Retirar o papel protetor da placa e posicionar a bolsa com a abertura sobre a ostomia, pressionando levemente contra a pele; Remover o papel protetor do adesivo lateral (quando existir) e fixá-lo na pele com uma leve pressão sem formar rugas; Proceder à remoção da bolsa. Indica-se preferencialmente a retirada durante o banho, pois o umedecimento do adesivo e o deslocamento da placa protetora suavemente da pele facilitam o procedimento. Indica-se que a troca ocorra pela manhã ou entre as refeições, pois nestes horários há uma diminuição da eliminação do conteúdo intestinal. 56 Curativos @enferya CURATIVO DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL MATERIAL A SER UTILIZADO: • Soro fisiológico; Adesivo hipoalergênico (Micropore); Gaze estéril (1 pacote); Luva estéril (1 par) ou pacote de curativo; Clorexidina alcoólica; Filme transparente; Soro fisiológico de uso único; Máscara cirúrgica. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS: Realizar higiene das mãos; Fazer a assepsia da bandeja; Preparar o material necessário verificando a integridade e prazo de validade e levar para a unidade do paciente; Orientar o paciente sobre o procedimento; Promover a privacidade do paciente, colocando biombo e/ ou fechar a porta da enfermaria; Posicionar o paciente de acordo com o local de inserção do cateter; Fazer desinfecção da mesa auxiliar com álcool 70%. Calçar as luvas não estéreis e a máscara cirúrgica; Retirar o curativo anterior, deslocando parte do adesivo com uma pinça ou auxilio de mão enluvada e descartar no saco de lixo; 57 Curativos @enferya CURATIVO DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS: Calçar luvas estéreis; Inspecionar o sítio de inserção, verificando a presença ou não de sinais flogísticos; Realizar a palpação com gazes seca estéril para detectar pontos de flutuação e/ ou secreção; Realizar antissepsia da pele, com clorexidina alcoólica, do óstio para a periferia, em uma área aproximadamente de 05 cm de diâmetro e extensão do cateter; Limpar a parte do cateter que se encontra do lado de fora da pele; Aguardar o antisséptico secar por cerca de 30 segundos; Secar e cobrir o cateter com gaze dobrada e fixar o curativo com adesivo hipoalergênico (micropore) ou utilizar filme transparente diretamente sobre o cateter; Anotar no adesivo a data de realização do curativo e assinar; Deixar o paciente em posição confortável; 18. Retirar o material utilizado com o campo, levar para o expurgo; Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e passar algodão embebido em álcool a 70%; Retirar as luvase higienizar as mãos; Anotar no prontuário o procedimento realizado. 58 Curativos @enferya CURATIVO DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS Troca de curativo: micropore estéril e gaze, a cada 24 horas, ou antes, se apresentar sujidade, má aderência, sangramento ou umidade; Na utilização do filme transparente observar a orientação do fabricante sobre o período de troca, rotineiramente recomenda-se a troca de 5 a 7 dias, troca antes em caso de sujidade, má aderência, sangramento ou umidade; Proteger o curativo com plástico limpo e impermeável durante o banho. 59 Curativos @enferya Realização decurativo de Úlcera de Pressão Preparar o material; Lavar as mãos; Comunicar o procedimento ao cliente; Posicionar adequadamente o cliente, respeitando sua privacidade; Abrir o pacote de curativo; Calçar luvas de procedimento; Remover a cobertura anterior de forma não traumática, irrigando abundantemente com solução fisiológica, quando a cobertura primaria for de gaze; Inspecionar a ferida quanto a sinais flogísticos; Realizar limpeza com técnica adequada; Proceder a antissepsia com gaze, sempre em movimentos circulatórios, de uma área de menor contaminação para uma área de maior contaminação; Retirar o excesso do antisséptico com gaze e solução fisiológica irrigando o leito da ferida; Manter o leito da ulcera úmido; Manter a área ao redor da ulcera sempre seca, evitando a maceração e facilitando a fixação da cobertura; Colocar o curativo convencional ou cobertura indicada após a avaliação; Utilizar o processo de cobertura adequada conforme o estagio da ferida; Fixar a gaze com fita adesiva hipoalérgica ou atadura; Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável; Recolher o material utilizado; Lavar as mãos; Registrar o procedimento no prontuário do cliente, descrevendo a situação atual da lesão. 60 Curativos @enferya Realização decurativo de Úlcera de Pressão Cuidados: A limpeza de feridas com tecido de granulação deve ser preferencialmente feita por meio de irrigação com jato de soro fisiológico com seringa de 20 ml e agulha de 20x12 ou 25x8 ou ainda frasco de soro perfurado; Proteger sempre as úlceras com gaze, compressas, antes de aplicar uma atadura; Não apertar atadura, devido o risco de gangrena, por falta de circulação; Iniciar o enfaixamento no sentido distal para o proximal para evitar garroteamento do membro; Observar sinais e sintomas de restrição circulatória como palidez, eritema, cianose, formigamento, insensibilidade ou dor, edema e esfriamento da área enfaixada; Realizar a troca do curativo convencional diariamente. Quando estiver utilizando outra forma de cobertura;Obedecer ao prazo de troca do fabricante ou quando observar excesso de exsudado; Somente usar éter em extrema necessidade e nunca em recém nascido; Evitar uso de fita hipoalergênica diretamente na pele de diabéticos, de preferência usar atadura para fixar. 61 @enferya CoberturasCoberturas 62 COMPOSIÇÃO: Composto de água, carboximetil-celulose (CMC) propileno-glicol (PPG) que forma um hidrogel transparente e incolor. AÇÃO: Remoção de tecido necrótico através do desbridamento autolítico INDICAÇÕES: tecido com necrose e esfacelo CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, feridas exsudativas, feridas completamente granuladas FREQUÊNCIA DE TROCA: De 24 a 48 horas. Coberturas @enferya HIDROGEL fonte: google imagens 63 COMPOSIÇÃO: Composta por enzimas proteolíticas e peroxidases: papaina, quimiopapaina A e B e papaya peptidase. AÇÃO: Atua como desbridante químico INDICAÇÕES: feridas infectadas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, a depender da concentração, pode ser inviável a tecidos novos FREQUÊNCIA DE TROCA: De 24 a 48 horas. Coberturas @enferya PAPAINA fonte: google imagens 64 COMPOSIÇÃO: Composta por sulfadiazina de prata micronizada 1% e nitrato de cério hexa-hidratado 0,4%. AÇÃO: Atua contra bactérias gram negativas e positivas, fungos, vírus e protozoários INDICAÇÕES: tratamento de queimaduras CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes e qualquer lesão que não seja queimadura FREQUÊNCIA DE TROCA: No máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada. Coberturas @enferya SULFADIAZINA DE PRATA fonte: google imagens 65 COMPOSIÇÃO: Composta por sulfato de gentamicina 1 mg/g AÇÃO: Antibiótico de amplo espectro bactericida, é efetiva contra um largo espectro de patógenos cutâneos comuns INDICAÇÕES: afecções dermatológicas e feridas infectadas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias ao antibiótico, feridas que apresentem bactérias que não sejam sensíveis à substância FREQUÊNCIA DE TROCA: Avaliar a regressão infecciosa e uso de coberturas associadas, sugerido iniciar 24 horas e progredir espaçamento. Coberturas @enferya GENTAMICINA fonte: google imagens 66 COMPOSIÇÃO: Tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, AGE, rayon ou outros óleos, solúvel em água, não aderente e transparente AÇÃO: Proporciona a não aderência da ferida à cobertura primária ou a secundária e permite o livre fluxo de exsudatos. INDICAÇÕES: Lesões com necessidade da não aderência do curativo à lesão, granuladas e pouco exsudativas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, lesões exsudativas e com presença de tecido inviável à cicatrização FREQUÊNCIA DE TROCA: A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas. Coberturas @enferya GAZE NÃO ADERENTE fonte: google imagens 67 COMPOSIÇÃO: Camada externa: espuma de poliuretano Camada interna; gelatina pectina e carboximetilcelulose sódica AÇÃO: Desbridamento autolítico, acelera o processo de degradação tecidual INDICAÇÕES: Feridas aberta não infectada, com leve a moderada exsudação, LPP não infectadas, queimaduras de 2° grau, cobertura de incisões, sutura cirúrgica e na fixação de tubos, drenos e bolsa de colostomia... CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, lesões altamente exsudativas e infectadas FREQUÊNCIA DE TROCA: A depender do exsudato, em média de 3 a 5 dias no máximo Coberturas @enferya HIDROCOLOIDES fonte: google imagens 68 Coberturas @enferya ALGINATOS (CÁLCIO E SÓDIO) COMPOSIÇÃO: Fibras de não tecido, derivados de algas marinhas, tem em sua composição ácido gulurônico e manurônico, com íons de Ca+ e Na+. AÇÃO: Desbridamento, induz a hemostasia, promove capacidade de absorção, mantém a ferida úmida. INDICAÇÕES: Feridas aberta, sangrentas, exsudato moderado com ou sem infecção até a redução tanto do sangue como do exsudato. CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, feridas secas, feridas completamente granuladas FREQUÊNCIA DE TROCA: A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas a depender da marca fonte: google imagens 69 COMPOSIÇÃO: Fibras agrupadas de carboximetilcelulose sódica, e pode vir com prata AÇÃO: Absorver exsudato INDICAÇÕES: Feridas com exsudato moderado com ou sem infecção ou sangramento, queimadura de 1° e 2° grau... CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, feridas secas, feridas completamente granuladas FREQUÊNCIA DE TROCA: A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas a depender da marca Coberturas @enferya HIDROFIBRAS fonte: google imagens 70 COMPOSIÇÃO: Almofada impregnada de carvão ativado e prata 0,15% AÇÃO: Absorver exsudato e filtrar odor INDICAÇÕES: Feridas fétidas, infectadas e exsudativas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, feridas secas FREQUÊNCIA DE TROCA: De 48 a 72 horas, ou dependendo do odor da ferida Coberturas: antibacterianos @enferya CARVÃO ATIVADO COM PRATA fonte: google imagens 71 Coberturas: antibacterianos @enferya PRATA COMPOSIÇÃO: Prata metálica, nanopartículas, prata iônica e impregnada em algum material. AÇÃO: Progressão precoce da repitelização INDICAÇÕES: Feridas infectadas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, grávidas e lactantes, uso prolongado por mais de 3 ou 4 semanas interruptas FREQUÊNCIADE TROCA: De 48 a 72 horas 72 Coberturas: antimicrobianos @enferya Solução de PHMB COMPOSIÇÃO: Água purificada; Glicerina; 0,1% PHMB e 0,1% Cocoamidopropil betaína. AÇÃO: Remove revestimentos, biofilmes e prepara o leito da ferida para receber o curativo INDICAÇÕES: LPP estágio 1 a 4, úlcera arterial, venosa, mista, pós cirúrgicas, infectadas, CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, recém-nascidos FREQUÊNCIA DE TROCA: A cada troca de curativo fonte: google imagens 73 https://cdn.awsli.com.br/600x450/1384/1384354/produto/166159539/5e792c3f69.jpg https://cdn.awsli.com.br/600x450/1384/1384354/produto/166159539/5e792c3f69.jpg COMPOSIÇÃO: Gaze impregnada com poli-hexametileno de biguanida (PHMB) 0,2% AÇÃO: Agente resistente à colonização bacteriana INDICAÇÕES: Feridas limpas, com alto risco de contaminação, feridas colonizadas, infectadas, queimadura de 2 e 3° grau infectadas, feridas crônicas e profundas CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes, recém-nascidos FREQUÊNCIA DE TROCA: A cada troca de curativo Coberturas: antimicrobianos @enferya Gaze de PHMB fonte: google imagens 74 COMPOSIÇÃO: Á base de cloreto de dialquil carbamoil (DACC), particulas de sódio e bordas de silicone AÇÃO: Atrair fungos e bactérias por ação hidrofóbica INDICAÇÕES: Todas as lesões que apresentem colonização bacteriana ou fúngica CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes FREQUÊNCIA DE TROCA: De 48 a 72 horas Coberturas: antimicrobianos @enferya DACC fonte: google imagens 75 COMPOSIÇÃO: Solução polimérica de secagem rápida AÇÃO: Forma uma película protetora indolor, transparente e durável, resistente à água e permeável ao ar, permitindo a transpiração da pele. INDICAÇÕES: Área lesionada por: incontinência urinária e/ou fecal, fluídos digestivos, exsudato das feridas, remoção de adesivos, forças de fricção e cisalhamento na pele, prevenção de LPP, dermatites... CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes FREQUÊNCIA DE TROCA: Sempre que houver a higienização da região Coberturas: prevenção @enferya SPRAY PROTETOR fonte: google imagens 76 COMPOSIÇÃO: Água, Parafina líquida, Petrolato, Cera microcristalina, Oleato de Glicerol, Álcool de Lanolina, Ácido Cítrico, Citrato de Magnésio, Ciclometicone, Glicerina, Metilparabeno, Propilparabeno e Propilenoglicol. AÇÃO: Repele a entrada de líquidos, previne lesões cutâneas... INDICAÇÕES: Área lesionada por: incontinência urinária e/ou fecal, fluídos digestivos, exsudato das feridas, remoção de adesivos, forças de fricção e cisalhamento na pele, prevenção de LPP, dermatites... CONTRAINDICAÇÕES: Alergias aos componentes FREQUÊNCIA DE TROCA: Sempre que houver a higienização da região Coberturas: prevenção @enferya CREME BARREIRA fonte: google imagens 77 @enferya ÚlcerasÚlceras 78 CONCEITO: É uma síndrome caracterizada pela perda tecidual, que pode atingir o tecido subcutâneo, adjacentes e geralmente se situa nas extremidades dos membros inferiores; São consideradas lesões crônicas por serem de longa duração e frequente recorrência, algumas lesões levam de meses a anos para epitelizar e está relacionada a insuficiência venosa crônica Algumas lesões de origem venosa levam de meses a anos, para epitelizar e na maioria das vezes está relacionada a insuficiência venosa crônicontinência urinária e/ou fecal, fluídos digestivos, exsudato das feridas, remoção de adesivos, forças de fricção e cisalhamento na pele, prevenção de LPP, dermatites... Úlcera Venosa @enferya Insuficiência venosa crônica é caracterizada pela presença de refluxo valvar em veias superficiais ou profundas, obstruindo o sistema profundo e consecutivamente causando a insuficiência da bomba muscular da panturrilha 79 ÚLCERA ARTERIAL ÚLCERA VENOSA LOCALIZAÇÃO extremidades dos dedos dos pés, região lateral da perna ou calcâneo terço distal da face medial da perna, próximo do maléolo medial CARACTERÍSTICAS borda definida, profunda, envolve tendão e músculo borda superficial, irregular, são atinge tecido profundo PERI-LESÃO pele brilhante, fria ao toque, pálida à elevação e azulada quando pendente cor marrom, veias varicosas, eczema, levemente quente ao toque CONCEITO: As úlceras arteriais também podem ser chamadas de isquêmicas e são causadas pela obstrução das artérias: o sangue não consegue chegar adequadamente aos tecidos para nutrir e oxigenar as células. Isso resulta em morte celular e, consequentemente, lesões. Elas estão associadas à aterosclerose, pois diminuem ou interrompem o fluxo sanguíneo Úlcera Arterial @enferya úlcera arterial X úlcera venosa 80 ÚLCERA ARTERIAL ÚLCERA VENOSA DOR intensa, piora à noite intensidade e período variável PULSO diminuído o ausente preservado EDEMA presente quando paciente está imóvel- edema de estase presente e piora ao final do dia DESENVOLVIMENTO rápido lento TERAPIA INDICADA intervenção cirúrgica compressiva @enferya úlcera arterial X úlcera venosa 81 TRATAMENTO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM: tratamento de úlcera venosa deve estar amparado em três condutas: tratamento da estase venosa, utilizando o repouso e a terapia compressiva; terapia tópica, com escolha de coberturas locais, que mantenha úmido e limpo o leito da ferida, e sejam capazes de absorver o exsudato e a prevenção de recidivas A TC é realizada através da aplicação da bota de unna, que constitui uma forma de terapia compressiva inelástica, atuando com a função de aumentar a compressão e favorecer a drenagem e o suporte venoso, beneficiando, assim, a cicatrização da úlcera. Essas ataduras inelásticas criam alta pressão com a contração muscular, durante a deambulação do paciente e pequena pressão ao repouso Úlcera Venosa @enferya Terapia compressiva (TC) é usada para diminuir a hipertensão e seus efeitos na macro e micro circulação do membro acometido. Na primeira aumenta o retorno venoso profundo, diminuindo o refluxo patológico. 1. Na segunda diminuem a saída de líquidos e moléculas dos capilares e vênulas2. 82 o AGE (Ácido Graxo Essencial) é utilizado em úlceras com tecido de granulação no leito da ferida, colagenase é utilizada quando o leito da úlcera apresenta esfacelo, o uso do hidrogel é indicado para aumentar a umidade no leito da ferida, enquanto o alginato de cálcio é indicado para lesões com tecido de granulações e grande produção de exsudato Úlcera Venosa @enferya o tratamento tópico deve ser associado a terapia compressiva, uma vez que a junção de ambas potencializa o processo de cicatrização fonte: google imagens 83 @enferya pé diabético pé diabético 84 CONCEITO: O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns, provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação. Pé Diabético @enferya formigamento; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência; além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação Sintomas: 85 examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado; manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras; usar meias sem costura; o tecido deve ser algodão ou lã; evitar sintéticos, como nylon; antes de cortar as unhas é preciso lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula; não andar descalço. Manter os pés sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina; os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveise com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Pé Diabético @enferya Prevenção: 86 examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado; manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras; usar meias sem costura; o tecido deve ser algodão ou lã; evitar sintéticos, como nylon; antes de cortar as unhas é preciso lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula; não andar descalço. Manter os pés sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina; os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Pé Diabético @enferya Prevenção: 87 Sinal/Sintoma Pé Neuropático Pé Isquêmico Temperatura do pé Quente ou morno Frio Coloração do pé Coloração normal Pálido com elevação ou cianótico com declive Aspecto da pele do pé Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante Deformidade do pé Dedo em garra, dedo em martelo, pé de Charcot ou outro Deformidades ausentes Sensibilidade Diminuída, abolida ou alterada (parestesia) Sensação dolorosa, aliviada quando as pernas estão pendentes Pulsos pediais Pulsos amplos e simétricos Pulsos diminuídos ou ausentes Calosidades Presentes, especialmente na planta dos pés Ausentes @enferya Classificação fisiopatológica do Pé Diabético Fonte: Dealey, 2006; International Diabetes Federation, 2006. 88 Categoria de risco Situação Clínica Grau 0 Neuropatia ausente Grau 1 Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra, dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot). Grau 2 Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente Grau 3 História de úlcera e/ou amputação. @enferya Classificação de risco do Pé Diabético Fonte: Boulton et al., 2008; Brasil, 2013. 89 Compreende a avalição da sensibilidade (tátil, dolorosa-térmica e vibratória), a avaliação de reflexos tendíneos e a avaliação da função motora. Tem como objetivo principal a identificação da perda da sensibilidade protetora dos pés, para classificação de risco e prevenção de complicações. Os testes que se mostraram mais úteis para a pesquisa de neuropatia periférica no contexto do Pé Diabético foram as avaliações de sensibilidade tátil com monofilamento e vibratória A ausência total ou parcial do reflexo Aquileu também constitui um importante sinal preditivo de processos ulcerativos nos pés e deve ser periodicamente avaliado Avaliação Neurológica @enferya monofilamento de Semmes-Weinstem É realizado com monofilamento de 10 gramas (5,07 U) de Semmes-Weinstem. É o método de escolha recomendado como exame de rastreamento de neuropatia diabética: tem boa relação custo benefício, alta reprodutibilidade confirmada por estudos prospectivos e elevada especificidade 90 Monofilamento de Semmes-Weinstem @enferya Fonte: Apelqvist et al., 2008. 91 Locais para avaliação do teste com monofilamento de Semmes-Weinstem @enferya Fonte: Boulton et al., 2008 92 Avaliação do Reflexo Aquileu @enferya Fonte: Hoppenfeld, 1980 93 Teste com diapasão de 128 Hz @enferya Fonte: Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, 2001 94 LES ÃO POR PRESSÃO (LPP)LES ÃO POR PRESSÃO (LPP) @enferya 95 Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou de outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição LESÃO POR PRESSÃO (LPP) @enferya FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO Pressão contínua Cisalhamento Fricção Umidade Idade Avançada Doenças concomitantes como: HAS Condições nutricionais Drogas sistêmicas Mobilidade reduzida ou ausente 96 O paciente em risco de desenvolver lesão por pressão é identificado pelo enfermeiro utilizando 5 fatores escolhidos por enfermeiros da internação e denominados “5 is” LESÃO POR PRESSÃO (LPP) @enferya INSUFICIÊNCIA SENSORIAL E MOTORA INSUFICIÊNCIA NUTRICIONAL INCONTINÊNCIA INATIVIDADE IMOBILIDADE 97 A Escala de BRADEN é um instrumento de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesão por pressão. Esta escala apresenta uma sensibilidade maior e é mais específica, oferecendo maior eficiência na avaliação. A avaliação inicial deve ser na ADMISSÃO DO PACIENTE. Após sua aplicação e somatório dos pontos, o paciente é classificado quanto ao risco para aparecimento das lesões. Avaliação de Risco para Lesão por Pressão @enferya 98 Escala de BRADEN @enferya Pontuação 1 2 3 4 Percepção Sensorial Totalmente Limitado Muito Limitado Levemente Limitado Nenhuma Limitação Umidade Completamente molhado Muito molhado Ocasionalmente molhado Raramente molhado Atividade Acamado Confinado à cadeira Anda ocasionalmente Anda frequentemente Mobilidade Totalmente Bastante limitado Levemente limitado Não apresenta limitações Nutrição Muito pobre Provavelmente inadequada Adequada Excelente Fricção e Cisalhamento Problema Problema potencial Nenhuma problema - Fa to re s d e Ris co 99 CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO @enferya ESTÁGIO 1 Pele íntegra com eritema que não embranquece; ESTÁGIO 2 Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. ESTÁGIO 3 Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível ESTÁGIO 4 Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. NÃO CLASSIFICÁVEL Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível TISSULAR PROFUNDA Coloração vermelho, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece 100 CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO @enferya fonte: (NPUAP, 2016) ES TÁ GIO 1 ES TÁ GIO 2 ES TÁ GIO 3 ES TÁ GIO 4 NÃ O CL AS SIF ICÁ VE L TI SS UL AR PR OF UN DA 101 Avaliação de risco na admissão Reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de LP Inspeção diária da pele Manejo da umidade: higiene e cuidados com a Pele Otimização da nutrição e da hidratação Minimizar a Pressão O reposicionamento no leito Orientação para o paciente e cuidadores LESÃO POR PRESSÃO (LPP) @enferya Conduta Preventiva 102 queimadurasqueimaduras @enferya 103 Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros. A maioria das queimaduras são causadas por agentes: térmicos, elétricos e químicos Queimaduras @enferya Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser classificadas como: 1º grau: atingem as camadas superficiais da pele. Apresentam vermelhidão, inchaço e dor local suportável, sem a formação de bolhas; 2º grau: atingem as camadas mais profundas da pele. Apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada ou com coloração variável, dor, inchaço, despreendimento de camadas da pele e possível estado de choque. 3º grau: atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada. 104 Queimaduras @enferya NUNCA FAZER: – nunca toque a queimadura com as mãos; – nunca fure bolhas; – nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada; – nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura Flictenas (bolhas) As flictenas ocorrem como resposta a uma lesão por queimadura em que o aumento da permeabilidade capilar resulte na formação de edema que separa a epiderme da derme subjacente. As principais recomendaçõessão: Manter intactas pequenas flictenas ( 6 mm) usando gaze esterilizada ou tesoura; posteriormente, aplicar um antimicrobiano tópico; Desbridar flictenas rompidas e soltas 105 Regra dos nove para delimitar a área queimada @enferya 9% Fórmula de PARKLAND (2ml x Superfície corporal queimada (SCQ) x Peso) Deve-se administrar metade do volume nas primeiras 8 horas O restante deve-se administrar nas próximas 24 h Adulto-> Considerado Grave + 20% Criança-> Considerado Grave + 10% 9%9% 18% 18% 18% 1% 18% 18% 9% 9% 13,5% 13,5% 106 QUESTÃO @enferya Um adulto chega ao pronto atendimento com queimadura de segundo grau em tronco, na classificação de queimadura use a regra dos nove e diga qual a porcentagem de queimadura ? Alternativas A) 9% B) 18% C) 10% D) 11% 9% 9%9% 18% 18% 18% 1% A RESPOSTA SERÁ 18% 107 Coberturas utilizadas: @enferya SULFADIAZINA DE PRATA COLAGENASE HIDROGEL COM ALGINATO DE CÁLCIO PELÍCULA BIOLÓGICA HIDROFIBRA COM PRATA AGE 108 REFERÊNCIAS: PRADO. S. B.; THOMAZ. A. L. Manual de Procedimentos Básicos de Enfermagem. Registro, 2017. https://www.saudedireta.com.br/docsupload/134049915626_10_2009_10.46.46.f3edcb3b301c541c121c7786c676685d.pdf https://www.tuasaude.com/ulcera-por-pressao/ https://grupopiccolo.com.br/v3/index.php/2022/02/14/conheca-a-classificacao-de-feridas-por- cores/#:~:text=O%20sistema%20RYB%20(red%2Fyelow,a%20conduta%20a%20ser%20adotada. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/como-cuidar-de-feridas-e-lacera%C3%A7%C3%B5es/como-limpar,- irrigar,-desbridar-e-fazer-curativos-em-feridas#Descri%C3%A7%C3%A3o-passo-a-passo-do-procedimento_v52124391_pt https://blog.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/colunista-enfermagem-um-resumao-sobre-os-tipos-de-desbridamento https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201812/03141436-anexo-6-5-pop- curativos.doc#:~:text=CURATIVO%20OCLUSIVO%20%E2%80%93%20realizado%20na%20les%C3%A3o,a%20exposta%20ao%20meio%20externo. https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hugg-unirio/acesso-a-informacao/documentos-institucionais/pops/enfermagem- geral/pop-1-27_curativo-de-insercao-de-cateter-venoso-central.pdf https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/10584/8843 https://bvsms.saude.gov.br/pe-diabetico- 3/#:~:text=O%20p%C3%A9%20diab%C3%A9tico%20%C3%A9%20uma,cicatrizam%20e%20infec%C3%A7%C3%B5es%20nos%20p%C3%A9s. https://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/598335/2/Cartilha%20de%20Orienta%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20Preven%C3%A7%C3%A3o%20e%20Tratamen to%20de%20Les%C3%A3o%20por%20Press%C3%A3o.pdf https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Seguran%C3%A7a+do+Paciente+%E2%80%93+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Les%C3%A3o+por+Press%C3%A3 o.pdf/b37bdaa2-4554-3d56-737d-d041479be6f5?t=1648647893741 https://bvsms.saude.gov.br/queimaduras/ https://www.biosanas.com.br/uploads/outros/artigos_cientificos/185/0ee8adfd59cfb627c4443a7a7650c375.pdf @enferya 109 @enferya Enferya Resumos e mapas mentais