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REPÚBLICA DE ANGOLA
INSTITUTO POLITÉCNICO INDUSTRIAL DE LUANDA
CURSO TÉCNICO DE AMBIENTE E CONTROLO DE QUALIDADE
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
 CONTROLO DE QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE DOS SOLOS FERRALÍTICOS DO DISTRITO DO SEQUELE
Luanda, 2022
INSTITUTOPOLITÉCNICO INDUSTRIAL DE LUANDA
CURSO TÉCNICO DE AMBIENTE E CONTROLO DE QUALIDADE
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
CONTROLO DE QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE DOS SOLOS FERRALÍTICOS DO DISTRITO DO SEQUELE
Nº 01 ANDERSON DA COSTA BARTOLOMEU
Nº 02 ARICELMA LIMA DOS SANTOS
Nº 03 GEOVANIA ESMERALDA BIANDA
Nº 04 HELDER FERNANDES SOARES
Nº 05 ISMAEL SILVESTRE SOBA
GRUPO: 01
TURMA: QA13A
ORIENTADOR:PROF. ENG.ª ELIZABETH SANTOS COSTA ALEXANDRE
EPÍGRAFE
“Semear ideias ecológicas e plantar sustentabilidade é ter a garantia de colhermos um futuro fértil e consciente”
(Sivaldo Filho)
DEDICATÓRIA
Aos nossos pais, dedicamos…
II
AGRADECIMENTO
Agradecemos a Deus, pelo dom da vida, por ter nos dado força para conseguirmos concretizar este trabalho, agradecemos aos nossos pais, pelo apoio incondicional, a Professora Eng. Elizabeth Alexandre, por nos orientar durante esta caminhada, nos dando sempre o seu apoio e transmitindo conhecimento.
Agradecemos aos nossos colegas de curso com quem convivemos intensamente durante os últimos anos, pelo companheirismo, pela troca de experiencias e pelo ambiente amistoso no qual solidificamos os nossos conhecimentos, o que foi fundamental na elaboração deste trabalho de conclusão de curso.
E agradecemos também ao Instituto Politécnico Industrial de Luanda , pois foram essenciais no nosso processso de formação profissional, pela dedicação e por todo o conhecimentos que nos foi dado.
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
V
INDÍCE
EPÍGRAFE.......................................................................................................................
DEDICATÓRIA..............................................................................................................
AGRADECIMENTO......................................................................................................
RESUMO……………………………………………………………………………………….
ABSTRACT
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS……………………………………………………
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................	
1.1 OBJECTIVOS	
1.1.1 OBJECTIVO GERAL	
1.1.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS	
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA.......................................................................................
1.3 PROBLEMÁTICA	
1.4 HIPÓTESE DE PESQUISA...................................................................................
1.5 JUSTIFICATIVA	
1.6 ENQUADRAMENTO LEGAL...........................................................................................
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	
2.1 -SOLO FERRALÍTICO.	
2.1.1 FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO..............................................................................
2.1.2 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO FERRALÍTICO 	
2.2 QUALIDADE DO SOLO	
2.3 INDICADORES QUÍMICOS DO SOLO	
2.3.1 TEOR DE FERRO…………………………………………………………………..
2.32 TEOR DE COT……………………………………………………………..
2.3.3 TEOR DE MOS………………………………………………………..............................
2.4 INDICADOR FISICO-QUÍMICO DO SOLO……………………………….…………..
2.4.1 pH …………………………………………………………………………….………….
2.5 FERTILIDADE DO SOLO FERRALITICO E PRODUTIVIDADE..............................
2.6 USO DO SOLO FERRALÍTICO NA AGRICULTURA ……………………………	
2.7 IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE PARA A PRODUÇÃO AGRÍCOLA
2.8 SUSTENTABILIDADE DO SOLO FERRALÍTICO………………………………..
4. MATERIAIS E MÉTODOS	
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.......................................................
4.2 PARÂMETROS PARA ELABORAÇÃO DO INDICE DE QUALIDADE.................
4.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL........................................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................
APÊNDICE E ANEXOS……………………………………………………………….
10
1 INTRODUÇÃO
Os solos constituem-se em um dos mais importantes componentes dos ecossistemas terrestres, sob os aspectos produtivo e social, além de apresentarem diversas funções ecológicas, visto que é o suporte físico para as plantas e água de fonte para as mesmas. 
É a camada mais superficial do globo terrestre com espessura variável onde se desenvolvem os seres vivos, sendo um agregado de partículas orgânicas e de minerais não consolidados produzidos pela acção combinada do vento, da água e dos processos de desintegração química e orgânica.
O solo pode ser considerado o alicerce dos sistemas de produção agrícola e como todo alicerce precisa ser sustentável para garantir alimento para as gerações futuras. O manejo do solo envolve um conjunto de práticas voltadas para o aumento da produtividade das culturas, mas que precisam estar aliadas a cada realidade local, considerando o clima, as classes de solo, a adaptação das culturas e o homem, integrando as relações solo-planta-atmosfera.
A preocupação com a qualidade do solo tem crescido, à medida em que o seu uso e mobilização intensiva possam redundar na diminuição da sua capacidade de manter uma produção biológica sustentável (Carvalho et al. 2004). 
A qualidade do solo é definida como a capacidade em funcionar dentro do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde das plantas e animais (DORAN e PARKIN, 1994). 
Em Angola, há predominância dos solos ferralíticos no que concerne a boa produção agrícola, estes solos ocupam cerca de 22,74% do território nacional. Um dos pontos do pais onde pode se encontrar estes solos em abundância é no distrito do Sequele localizado na província de Luanda no município de Cacuaco. Neste distrito, propriamente na área rural onde se pratica agricultura, estes solos são bastante usados junto com os solos argilosos devido as características semelhantes que os mesmos possuem.
Visto que se notou que muitos dos agricultores dessas áreas não fazem um estudo e nem um controlo dos solos antes da produção, manejando-os de forma insustentável colocando em causa a sua qualidade e fertilidade, logo objectivou-se fazer um controlo de qualidade da fertilidade destes solos usado para agricultura de modo a analisar o estado actual destes parâmetros no solo e identificar práticas relacionadas a sustentabilidade da saúde do solo. Para isso utilizaremos a metodologia quali-qualitativa que conduzirá o estudo até as considerações finais.
1.1 OBJECTIVOS
1.1.1 Objectivo Geral 
Fazer o controlo de qualidade do solo ferralítico usado para agricultura na localidade do Sequele e identificar formas de uso sustentável.
1.1.2 Objectivos específicos 
· Analisar a formação e a composição dos solos ferralíticos;
· Determinar os parâmetros químicos da qualidade do solo ferralítico em função do teor de ferro, teor de carbono orgânico total, teor de matéria orgânica;
· Determinar o parâmetro físico-químico pH em função do solo, a partir das soluções de água, cloreto de potássio e cloreto de cálcio 
· Propor práticas sustentáveis relacionadas a manutenção e a saúde do solo; 
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O tema demarca-se no controlo de qualidade do uso sustentável do solo ferralítico usado na agricultura na localidade do Sequele/Cacuaco, a fim de avaliar e desenvolver possíveis soluções para os problemas identificados, num período de 2021/2022.
1.3 PROBLEMÁTICA
Como a falta de controlo e o manejo insustentável dos solos ferraliticos usados para agricultura no distrito do Sequele afectariam na qualidade e a sustentabilidade destes solos?
1.4 HIPÓTESE DE PESQUISA
A falta de controlo e o manejo insustentável comprometeriam a qualidade dos solosferraliticos usados para agricultura de tal forma que fariam com que estes solos diminuíssem na sua utilidade e fertilidade para as gerações futuras, ou seja colocariam em risco a sua sustentabilidade. 
1.5 JUSTIFICATIVA
Os solos são a base para o desenvolvimento das plantas, dos animais e também para o desenvolvimento das actividades económicas, em especial para o sector primário, nomeadamente a agricultura, pecuária e estratismo. Regulam a distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e irrigação, bem como o armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos (EMBRAPA SOLOS, 2010).
Por considerá-lo aspecto fundamental na manutenção e na sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola, houve um interesse em avaliar a qualidade do solo e a sua fertilidade. Sendo necessário adoptar práticas de manejo que o conservem e, ou, restaurem sua fertilidade, a fim de manter a produtividade, visando sua sustentabilidade e qualidade (ALVARENGA, 1996). 
1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia do trabalho baseia-se na pesquisa experimental, que se caracteriza por manipular diretamente variáveis relacionadas com o objeto de estudo e tem como finalidade testar hipóteses que dizem respeito à convicção de quem está pesquisando.( UEC, 2002)
Com esse tipo de pesquisa que se enquadra na metodologia quali-quantitativa, irá realizar-se também com o apoio da pesquisa exploratória entrevistas ás populações locais de forma a compreender a experiência tradicional no que concerne aos materiais e as técnicas utilizadas no manejo do solo .
Recolher-se-á amostras de solo ferralitico na localidade do Sequele a fim de analisar os seus níveis de fertilidade e determinar a sua qualidade em função dos parâmetros de qualidade.
Para recolha destas amostras irá definir-se primeiro a área que se fará as colheitas para a análise da qualidade fertilidade do solo, depois de definir os locais onde serão colhidas as amostras, farár-se-a a limpeza retirando o capim, pedras ou qualquer sujeira que esteja presente. Irá se fazer a colheita em forma de zig-zag de no mínimo 6 amostras simples de solo em áreas com características semelhantes, tendo em conta a cor, topografia, condições de drenagem, textura, , com uma profundidade de até 20 e 40 cm cada com o auxílio de um enxadão, estas amostras serão colocadas em um balde limpo, misturando bem até formar uma amostra composta onde serão retiradas pelo menos 250g colocadas em sacos plásticos para enviar no laboratório, contendo o nome do solicitante e da propriedade, endereço, número da amostra, data da coleta, profundidade, local de coleta, cultura existente e a ser plantada na área, tipo de relevo.
 1.6 ENQUADRAMENTO LEGAL
De acordo com o art. 19º da lei de bases do ambiente concernente aos solos:
1. Não se encontram no direito nacional, regras específicas de protecção dos solos contra a poluição, a não ser o art. 62º do Regulamento da Lei de Terras (RLT) que considera infracções dos concenssionários do uso e aproveitamento de terras, entre outras, puníveis com multas:
I. « A deterioração dos solos por erosão, escavamento, apaulamento, salinização e outras contaminações»(art. 62/a);
II. « O desvio, destruição dos leitos e dasmargens dos rios, lagos, represas e que albufeiras» (art. 62/c);
III. «A deterioração da vegetação, em especial de árvores de interesse industrial, de madeiras preciosas, frutíferas e das especies raras ou sobre protecção especial» (art. 62/d).
2. O Dec. n.º 40/04 contempla um conjunto de medidas de protecção dos solos nas quais se inclui a elaboração de planos regionais e individuais de conservação dos solos que integram medidas « consideradas necessárias» (art. 17, 18 e 19/d) mas não se refere a poluição. 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. SOLO FERRALÍTICO 
O termo ferrosol deriva das palavras latinas “ferrum” que significa ferro e “alumínio”, devido ao alto teor de ferro e alumínio existentes neste tipo de solo. São solos profundos, de cor avermelhada, ricos em hidróxido de alumínio e óxidos e hidroxidos de ferro, porém, com baixa fertilidade natural, geralmente encontrados nas regiões tropicais e subtropicais húmidas. Quanto a origem, os solos ferralíticos são considerados solos residuais, pois permanecem no local de sua formação, onde se originou o intemperismo. (BLIGHT, 1997)
Internacionalmente, os solos ferralíticos são designados por oxisols (Sistema Norte-Americano, USDA), Ferralsols (Sistema das Nações Unidas, WRB/FAO), Latossolos (Sistema Brasileiro, SIBCS) e Lateríticos (Geotecnia).
Muitos pesquisadores consideram o solo ferralítico como sendo sinónimos dos solos lateríticos, isto por possuirem diversas características semelhantes, porém, os solos com comportamento laterítico, embora sejam frequentes em solos ferralíticos, não constituem uma característca essencial das laterites, pois, as laterites também são frequentes em solos fersialíticos das regióes tropicais e ainda podem encontrar-se em outros tipos de solos desta região.
2.1.1 Formação e composição do solo ferralítico
A formação do solo é um processo lento e que pode levar muito tempo, ele é composto por três fases distintas: a primeira compreende a matéria orgânica e inorgânica que são as partículas minerais do solo, originadas do intemperismo da rocha e outras partículas provenientes da decomposição de animais e plantas, tais como areia, silte e argila, que são formas estáveis da matéria orgânica e, por sua vez, formam a camada húmus, o húmus é o carbono derivado pela desintegração bacteriana de matéria orgânica e é altamente resistente a uma desintegração posterior. A segunda fase, ou seja, a fase líquida que é a solução da água do solo, e a terceira é o ar do solo. Encontra-se na sua composição de um modo geral, 45% de elementos minerais, 25% de ar, 25% de água e 5% de matéria orgânica.
Os solos ferralíticos são formados por um processo denominado ferralização ou dessilicação, este processo consiste remoção das bases (Ca2+, Mg2+, K+, e Na+) a partir da penetração de iões H+ provenientes dos minerais primários constituintes devido à penetração água, o que acelera o processo de dissolução de sílica e alumínio. Se a temperatuda do solo for alta e a percolação for intensa (tempo húmudo) todos os minerais se dissolvem e são removidos da massa do solo. O processo de ferralização é procedido pelas seguintes condições:
1. O CO2 no solo proveniente dos organismos que se alimentam de matéria orgânica e a água da chuva baixam o pH do solo e reduzem a concentração de produtos provenientes do intemperismo, o que posteriormente contribui para a ferralização, levando a altos teores de Fe e Al;
2. A ferralização é um processo muito lento, é necessário que haja uma estabilidade geomorfológica das superfícies onde se dá esse processo;
3. O material de base básico, contendo relativamente muito ferro e aluminio.
Um solo consiste em camadas distintas ou horizontes de solo, que diferem umas das outras em textura, estrutura, composição e cor. O perfil do solo ferralítico é do tipo ABC, onde no horizonte B apresentam uma camada mais fina em relação aos outros tipos de solos. São constituídos por minerais caulínicos e óxidos de ferro e alumínio, apresentam um grau de saturação em bases inferior a 50% e capacidade de troca cationica inferior a 15% e apresentam frequentemente valores de pH em cloreto de potássio muito próximos ou superiores aos valores determinados em água. 
Quanto mais evoluído for o solo, mais fácil é a diferenciação dos horizontes. 
Horizonte A – camada superficial do solo caracteriza-se pela intensa actividade biológica e pela alta presença de matéria orgânica originada da vegetação, pois, as raízes das plantas, bactérias, animais e fungos, são abundantes. Em solos desenvolvidos, esta camada do solo é constituida principalmente por argilas e minerais quimicamente estáveis. A água que se infiltra nesta camada dissolve os materiais soluveis presentes, carregando-os para níveis mais abaixo do solo por um processo chamado lixiviaçao.Horizonte B – Ou subsolo, possui maior presença de ar e é conhecido como zona de acumulaçao, pois acumula os sais minerais e materiais lixiviados do horizonte A como massas irregulares. É a camada em que se fixam as raízes das plantas, se o horizonte B for exposto a partir de uma erosão sofrida no horizonte A, as plantas não aprentam um desenvolvimento sustentável, e se o horizonte B for argiloso é mais duro ainda quando o solo é seco e mais viscoso quando é molhado, em relação aos outros horizontes de solos. 
Horizonte C – É camada mais profunda do solo, constituída por material parental parcialmente alterado. Contém pouca matéria orgânica e grande presença de ar. Os fragmentos de rochas e grãos de minerais retêm sua identidade no horizonte C, pois, nos horizontes A e B, a composição e textura do material parental são totalmente alteradas.
Os factores responsáveis pela formação do solo são nomeadamente o clima, o material parental (rocha matriz ou rocha mãe), a actividade orgânica ligada aos organismos vivos presentes no lugar de origem do solo, o tempo, o relevo e a encosta.
Interacões completas entre esses elementos promovem a desintegração das partículas das rochas, levando em conta a infiltração da água e a descompactação de partículas por outros elementos químicos e físicos, o que contribui para o seu desenvolvimento definindo assim o tipo de solo, espessura e fertilidade. Quanto mais profundo é o solo, mais desenvolvido ele é.
Clima: é o factor mais importante no processo de origem do solo, pois os fenomenos climáticos dão início à desintegração da rocha, porém, interações complexas entre vários factores são responsáveis pelo tipo de solo, espessura e fertilidade. 
Material parental: o mesmo tipo de solo pode produzir diferentes solos em regimes de clímas diferentes, e no mesmo regime climático os mesmos solos podem se formar sobre diferentes tipos de rocha. Aparentemente o clima é mais importante que o material parental na deterioraçao do tipo de solo.
A rocha matriz desintegra até: 2-0,2 mm de diâmetro de areia grossa, depois até areia fina de 0,2-0,02 mm de diâmetro e o silte, cuja sua finura pode ir até 0,002 mm. As partículas de argila formam-se pela dissolução dos minerais contidos na rocha e sua posterior cristalização em escamas finíssimas, e não pela desintegração. A argila em conjunto com a matéria orgânica forma a base de complexo de absorção dos solos ou complexo de troca, através do qual os solos se fixam e trocam os nutrientes.
Actividades dos organismos: tanto os solos como os organismos dependem um do outro para se desenvolver, os organismos contribuem para a fertilidade do solo, em contrapartida, os solos fornecem um habitat apropriado para eles. 
Muito do húmus nos solos é fornecido por gramas ou resto de folhas que os microrganismos decompõem para obter alimento. Assim, eles quebram o composto orgânico dentro das plantas e liberam nutrientes de volta ao solo. Além disso, os ácidos orgânicos produzidos pelos organismos em decomposição são importantes no intemperismo posterior de materiais parentais e partículas de solo. Animais em suas tocas constantemente resolvem e misturam os solos, e as tocas que eles fazem fornecem avenidas para os gases e água. Os organismos do solo, especialmente alguns tipos de bactérias, são extremamente importantes na formação do nitrogênio atmosférico para uma forma de nitrogênio de solo apropriado para o uso das plantas.
A configuração da terra- relevo e encosta: É designada por relevo a diferença entre o ponto alto e o baixo de uma região. Sendo assim, as montanhas e as planícies adjacentes possuem diferentes tipos de solos, devido a mudança do clima a partir do relevo. 
A encosta por outro lado, influencia a formação do solo de duas maneiras: A primeira dá-se simplesmente pelo ângulo da encosta, encostas escarpadas não possuem solo ou possuem muito pouco porque os materiais desgastados erodem mais facilmente que os processos de formação de solo podem operar; A segunda maneita dá-se pela direcção da encosta. No hemisfério norte, as encostas voltadas para o norte recebem menos luz solar que as encostas voltadas para o sul. Também possuem temperaturas internas mais frias e sustentam vegetações diferentes. Se estiverem cituadas em clima frio, permanecem cobertas de neve ou conjeladas por mais tempo.
Tempo: A formação do solo começa na superfície e continua para baixo. Desse modo, o horizonte A é mais alterado que os demais horizontes e não se reconhece nele o material parental. A presença de material parental no horizonte B não é comum, mas no horizonte C ela é discernível. De facto, as propriedades do solo são determinadas pelo clima e pelos organismos que alteram o material parental através do tempo; portanto, quanto mais duradouros os processos em acção, mais completamente desenvolvido será o solo.
Nenhuma resposta definida pode ser dada em relaçao ao tempo necessário para desenvolver um centímetro de solo, porque o intemperismo se processa em taxas extremamente diferentes. 
Dependendo do clima e do material parental, a média poderia ser de 2,5 centimetros por século. Apesar disso, um fluxo de lava de alguns séculos de idade no Havaí pode ter um solo bem desenvolvido nele, enquanto um fluxo da mesma idade na Islândia terá consideravelmente menos solo. 
Dadas as condições climáticas, o solo se desenvolve em sedimentos mais solidamente não consolidados que sobre a rocha matriz.
2.1.2 Caracterização do solo ferralítico
Os solos ferralíticos caracterizam-se por serem solos muito desenvolvidos, muito profundos, de textura argilosa ou franco-argilosa, óptima porosidade, cor vermelha a amarela, baixa fertilidade natural, bem drenados, muito ácidos. Nestes solos os processos de migração estão restringidos pelo alto grau de estabilidade ou imobilidade de argila. Têm, portanto, óptimas propriedades físicas mas requerem boa adubação química e orgânica, calagem e controle da erosão. São apropriados para cultivação de culturas exigentes, quando bem manejados. São caracterizados também pelos minerais desagregados que já se consolidaram com as matérias orgânicas de tempos passados.
Tudo isso depende dos factores que intervém na formação do solo, tais como as características da rocha mãe, dos organismos presentes, do clima, e dentre outros acima citados. Em geral os solos ferralíticos apresentam as seguintes caracteristícas:
· São solos profundos e intensamente intemperizados;
· Possuem um horizonte subsuperficial ferralítico, avermelhado ou amarelado;
· São caracterizados pelo acúmulo relativo de minerais primários e secundários;
· Possuem ferro, alumínio e mais de 30% de argila em sua composição;
· Drenagem interna profunda e sem manchas visíveis;
· Grãos pequenos (microporos) e compactos;
· Impermeável a líquidos;
· Grande retenção de água;
· Alta impermeabilidade;
· Grande concentração de nutrientes;
· Pouca capacidade de troca cationica; 
· Propício para o cultivo e atividade agrícola;
· Mais resistentes à erosão.
2.2 QUALIDADE DO SOLO
A qualidade do solo também referida como saúde do solo, pode ser definida como a capacidade do solo funcionar continuamente como um ecossistema que possa sustentar plantas animais e seres humanos.
Essa definição mostra a importância da gestão sustentável e racional de forma que o solo continue útil e fértil para futuras gerações.
É importante saber que o solo contém uma série de microorganismos e substâncias que quando recebem o cuidado correto desempenham todas as necessárias para a produção de alimentos e fibras.
A qualidade do solo não está limitada somente aos solos agrícolas, embora a a maioria dos trabalhos e estudos para sua melhoria são realizadas em sistemas agrícolas
Para entender bem a qualidade do solo é necessário conhecer ou ter em conta alguns indicadores essenciais.Podemos dizer que estes indicadores da saúde do solo apresentam um conjunto de informações que são utilizadas para avaliar o desempenho das principais funções do solo que podem ser físicas, químicas ou até mesmo biológicas.
ISLAMe WEIL (2000) afirmaram que a qualidade do solo, sendo um estado funcional complexo, não pode ser medida directamente, mas pode ser inferida a partir de propriedades do solo, designadas propriedades indicadoras da qualidade do solo. Esses autores compararam o efeito de diferentes sistemas de manejo sobre a qualidade do solo, tendo o manejo conservacionista como padrão de comparação. 
A partir da avaliação do efeito dos manejos sobre treze propriedades indicadoras buscaram agregar aquelas mais consistentemente afectadas, em um índice de qualidade do solo. O índice seria um valor que integra muitas medidas de propriedades chaves do solo.
Os critérios de escolha do indicador de qualidade do solo devem ser dependentes dos objectivos que se tem e do contexto. 
Além do mais, deve-se considerar a realidade local e as experiências dos agricultores os quais podem ser importantes e ajudar na avaliação. Deste modo foram escolhidos apenas alguns indicadores químicos e físicos-químicos essenciais.
 2.3 INDICADORES QUÍMICOS DO SOLO
2.3.1 Teor de Ferro
O Ferro (Fe) é um micronutriente catiônico e constitui 5% da crosta terrestre, a coloração dos solos, em quantidade elevada é resultante dos óxidos livres
Assim como os demais micronutrientes um factor muito importante para a sua disponibilidade no solo é o Ph, a presença de matéria orgânica e também de Fósforo podem impactar na disponibilidade de Ferro para as plantas. Isso deve-se principalmente, ao facto de que para ser absorvido pelas plantas ele precisa passar por uma redução de Fe+3 para Fe+2.
A química do Fe tem grande influência na mobilidade e disponibilidade deste elemento, bem como de outros nutrientes, e até mesmo de elementos-traço potencialmente tóxicos (Karlsson et al., 2013). 
Alguns solos ferraliticos periféricos chegam a apresentar teores de Fe2O3 quantificados pelo ataque sulfúrico superiores a 600 g kg-1 (Carvalho Filho et al., 2010). Apesar dos altos teores totais de Fe no solo, esse elemento apresenta-se, originalmente, na estrutura dos minerais primários e, após sofrer oxidação, precipita-se como oxihidróxidos de baixa solubilidade, tornando-se pouco disponível às plantas (Schwertmann & Taylor, 1989; Guerinot & Yi, 1994; Kämpf & Curi, 2000). Essa baixa disponibilidade acentua-se em solos com pH próximo da neutralidade ou alcalino.
O número de oxidação do Fe, sua ligação com componentes do solo, bem como o grau de cristalinidade do mineral também alteram sua disponibilidade. (Bataglia & Raij, 1989; Abreu et al., 2007). 
A forma reduzida (Fe+2 ) é preferencialmente absorvida pelas plantas(Velloso et al., 1993; Broadley et al., 2012), no entanto, esta predomina em condições de baixo potencial redox, comuns em solos alagados (Moraes & Dynia, 1992; Velloso et al., 1993). 
Fato contrário ocorre em solos tropicais bem drenados, como solos ferraliticos em geral, onde a concentração de Fe em solução é muito baixa e praticamente não detectável (Lindsay & Cox, 1985).Para que a quantificação da disponibilidade de um micronutriente no solo seja correta é fundamental a selecção de um extractor adequado.
2.3.2 Teor de COT
		
O carbono orgânico total (COT) é a principal fonte de N e serve para determinar a qualidade do solo e tem uma importancia muito grande na agricultura sustentável. As propriedades físicas, químicas e biológicas do solo são estimadas pela fração orgânica, determinada pelo carbono orgânico total (COT). Em geral, a matéria orgânica do solo contém 58% de carbono (C). A degradação do solo influi diretamente no teor de N, pois o COT é a principal fonte deste nutriente. A adoção de práticas conservacionistas, rotação de culturas favorecem o aumento e a recuperação da matéria orgânica do solo, pois a diminuição do revolvimento do solo e os resíduos que cobrem a superfície do solo contribuem para isto
O carbono orgânico total no solo se encontra tomando parte de três tipos de material: formas condensadas de composições próximas do carbono elementar (nas formas de carvão vegetal, mineral e grafite); resíduos de plantas, animais e microorganismos alterados e bastante resistentes, denominados às vezes de “húmus” e “humatos”; e resíduos orgânicos pouco alterados de vegetais, animais e microorganismos vivos e mortos, que sofrem decomposição (Tabatabai, 1996). O carbono orgânico é comummente utilizado para estimar o teor de matéria orgânica do solo por meio de sua multiplicação por um factor. Baseando-se na premissa que a matéria orgânica possui 58% de carbono orgânico, o factor 1,724 vem sendo utilizado para esta conversão
O método, rotineiramente utilizado nos laboratórios de análise de fertilidade, para determinação do carbono orgânico do solo é o da oxidação química (Walkley & Black, 1934), também conhecido como Walkley-Black (WB) modificado (Embrapa, 2011; Raij et al., 2001)
2.3.3 Teor de MOS
A matéria orgânica do solo (MOS) apresenta capacidade de modificar relações físico-químicas do solo, alterando a disponibilidade de micronutrientes, aumentando relações entre microrganismos do solo e sua fauna edáfica (DHALIWAL et. al, (2019).
Sua participação no sistema produtivo vai mais além, a matéria orgânica do solo atua como agente cimentante na formação de agregados do solo, no controle da temperatura do solo, na evaporação de água  nas camadas superficiais e fertilidade do solo,  sendo parâmetro base para a recomendação da adubação nitrogenada em culturas que não realizam a fixação biológica de nitrogénio.
A matéria orgânica do solo é originária de resíduos vegetais e animais que passam por uma dinâmica de processos físico-químico (FIGURA 1). Essa dinâmica resulta em nutrientes que podem ser absorvidos pelas plantas além de actuar de forma benéfica na estruturação do solo. 
FIGURA 1. DINÂMICA DA MOS EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS E SUBPROCESSOS
FONTE: Fontana (2009).
Tendo em vista que o principal substrato para a formação da matéria orgânica do solo são os resíduos vegetais, a adopção de plantas de cobertura ao sistema de produção é a principal forma de agregar matéria orgânica ao solo.
Contudo, apenas o uso de plantas de cobertura não é o suficiente, é preciso determinar quais plantas usar e quando usar. Algumas plantas apresentam maior potencial de produção de massa seca e tendem a ter uma maior durabilidade da palhada no solo, como por exemplo as gramíneas. Em contrapartida, devido a uma alta relação C/N, as gramíneas tendem a liberar pouco nitrogénio oriundo dos resíduos vegetais no solo.
A matéria orgânica (MO) é um dos atributos do solo mais sensível às transformações desencadeadas pelos sistemas de manejo. A sua importância em relação às características químicas, físicas e biológicas do solo é amplamente reconhecida e sua influência nas características do solo e a sensibilidade às práticas de manejo determinam que ela seja considerada um dos principais atributos na avaliação da qualidade do solo
A adição de materiais orgânicos é fundamental à qualidade do solo, caracterizando-se pela liberação gradativa de nutrientes, que reduz processos como lixiviação, fixação e volatilização, embora dependa essencialmente da taxa de decomposição, controlada pela temperatura, humidade, textura e mineralogia do solo, além da composição química do material orgânico utilizado (ZECH et al., 1997)
2.4 INDICADOR FÍSICO-QUÍMICO DO SOLO
2.4.1 pH 
O pH representa a concentração de hidrogénio na solução do solo (H+) e os métodos de determinação do pH (acidez activa do solo) são os mais variados.
O pH é a propriedade que apresenta menor variação quando comparado a outros atributos químicos no solo. O conhecimento da variabilidade dessa propriedade é importante, principalmente para definir o manejo mais adequado a ser utilizado (CHAVES et al., 2004).
Existem laboratórios que fazem a determinação em pH em água, outros pH em CaCl2 0,01M. O pH em água foi considerado por muito tempo como o método padrão. O pH em água indica a acidez activa. Portanto, surgiu o problema de que os ácidos fracos contidos no solo não apareciam na determinação do pH em água. Alémdisto, como as amostras de solo chegavam húmidas aos laboratórios, a concentração de sais aumentava. Então, os laboratórios, para contornar esse problema, passaram a determinar o pH do solo em CaCl2 (que tende a se tornar padrão). 
O pH em KCl é comum para fins de classificação de solo na pedologia e consiste basicamente em indicar a predominância de cargas positivas ou negativas.
2.5 FERTILIDADE E PRODUTIVIDADE DOS SOLOS FERRALITICOS
Um solo fértil tem a capacidade de fornecer água e nutrientes às plantas nas proporções adequadas para o seu crescimento e produtividade. Sua fertilidade é um dos factores principais que aumentam o índice de produtividade de uma lavoura. Por isso, para realizar uma colheita produtiva, o conhecimento da fertilidade do solo é essencial.
Solos produtivos são os considerados férteis, possuem em sua estrutura níveis de nutrientes suficientes e adequados, no entanto alguns não apresentam condições químicas apropriadas para o desenvolvimento das plantas e a realização da análise de solo vai garantir e manter os teores de nutrientes adequados no solo através da adubação e garantir também retorno económico rentável ao produtor sem gastos desnecessários. 
Quando é realizada a adubação, há o enriquecimento do solo através da disponibilidade de estoque de nutrientes para suprir as necessidades especificas de cada planta É de salientar que nem sempre um solo fértil é um solo produtivo,
O conhecimento da disponibilidade de nutrientes para as plantas é de extrema importância, para as possíveis correcções de determinado solo. Para isso tem-se como principal técnica para a avaliação de fertilidade do solo a análise química do solo, que permite a quantificação de atributos que beneficiam ou prejudicam o desenvolvimento normal das plantas, bem como possibilita avaliar o nível de deficiência ou suficiência de nutrientes e assim determinar a necessidade de reposição destes, por meio de adubação (CRAVO et al., 2010). 
Um solo fértil é imprescindível para as actividades agrícolas. Além dos aspectos nutricionais, também é importante na fertilidade, os aspectos biológicos e físicos para o crescimento das plantas, porque esses influenciam a disponibilidade nutricional.
Os solos ferraliticos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas, representados normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions. Mais de 95% dos solos ferraliticos são distróficos e ácidos, com pH entre 4,0 e 5,5 e teores de fósforo disponível extremamente baixos, quase sempre inferiores a 1 mg/dm³. Em geral, são solos com grandes problemas de fertilidade.
 Existem diversas inter-relações existentes entre os atributos físicos, químicos e biológicos que controlam os processos e os aspectos relacionados à sua variação no tempo e no espaço. Portanto, qualquer alteração no solo, com diferentes tipos de manejo, uso ou cobertura vegetal podem alterar directamente sua estrutura e sua actividade biológica e, consequentemente, sua fertilidade, com reflexos nos agros ecossistemas, podendo promover prejuízos à qualidade do solo e à produtividade das culturas, além de gerar mudanças no perfil do solo que influenciam na dinâmica da acidez e da disponibilidade dos nutrientes
2.6 USO DO SOLO FERRALÍTICO NA AGRICULTURA
O solos ferraliticos apresentam normalmente baixa fertilidade, excepto quando originados de rochas mais ricas em minerais essenciais às plantas, acidez e teor de alumínio elevados. Possuem boas condições físicas para o uso agrícola, associadas a uma boa permeabilidade por serem solos bem estruturados e muito porosos. Porém, devido aos mesmos aspectos físicos, possuem baixa retenção de humidade, principalmente os de textura mais grosseira em climas mais secos, ( Humberto Gonçalves dos Santos ; Maria José Zaroni, 2006)
Devido às boas condições físicas e aos relevos mais suaves, apresentam alto potencial para o uso agrícola. São largamente utilizados com produção de grãos: soja, milho, arroz entre outros. Suas limitações estão mais relacionadas à baixa fertilidade verificada na maioria dos solos ferralíticos é a baixa retenção de humidade, quando de texturas mais grosseiras e em climas mais secos. Apresentam capacidade produtiva estável ao longo de anos de cultivo quando são aplicadas adubação de manutenção e técnicas simples de conservação do solo
2.7 IMPORTANCIA DA FERTILIDADE PARA AGRICULTURA
Embora alguns agricultores vejam o solo como uma mera ferramenta para fazer com que a planta cresça, é nele que se concentram os aspectos principais para o desenvolvimento desses cultivos. Uma boa fertilidade é fundamental para ter um sistema agrícola rentável e sustentável a longo prazo.
Um solo produtivo deve ter as características químicas necessárias para que os nutrientes fiquem disponíveis e sustentem o crescimento das plantas, ter equilíbrio nutricional e boa interacção entre o solo e os nutrientes.
Solos férteis fornecem níveis óptimos de nutrientes disponíveis para o crescimento das plantas, deixando-as mais vigorosas e sadias, com maior resistência a doenças ,secas, frio e solos encharcados.
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