Prévia do material em texto
HOSPITAL MÁRIO DEGNI GILVANETE LOPES FERRAZ GOMES/RA: 2150687 RELATÓRIO DE ESTÁGIO HOSPITALAR – AREA CLÍNICA HOSPITAL E MATERNIDADE MÁRIO DEGNI Barueri 2024 RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- HOSPITAL MÁRIO DEGNI – ALPHAVILLE Relatório elaborado durante o estágio realizado no Hospital e Maternidade Prof. Mario Degni, como requisito obrigatório para conclusão do estágio do curso de graduação em Nutrição da Universidade Paulista – UNIP, ALPHAVILLE Orientadora: Frances Aparecida Illes Pereira. BARUERI 2024 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1. CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO --------------------------------------------------------------------- 4 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA ---------------------------- 5 2.1 Pessoal 7 2.2 Cardápios 8 2.3 Sistemas de compras, controle, recebimento, armazenamento, frequência e gramagens dos gêneros alimentícios 14 2.4 Cozinha e Produção 17 2.5 Lactário 18 2.6 Dietas enterais 22 2.7 Atendimento ao paciente 24 2.8 Rotina do Estagiário de Nutrição 26 3. AVALIAÇÕES, REAVALIAÇÕES E VISITAS ------------------------------------------------------------ 27 4. FORMULÁRIOS 28 5. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 29 5.1 Aferição de peso 29 5.2 Aferição de altura 32 5.3 Circunferências 35 5.4 Dobras cutâneas 39 5.5 Técnica para aferir a dobra cutânea tricipital ----------------------------------------------------- 40 6. CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL PARA ADULTOS, IDOSOS, GESTANTES E CRIANÇAS. 43 7. CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS ------------------------------------------------------- 51 8. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL ------------------------------------ 52 REFERÊNCIAS 54 ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------------------------------------55 3 INTRODUÇÃO O Hospital e Maternidade Professor Mario Degni está situado na região do Rio Pequeno, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, em proximidade com o bairro Jardim Sarah, onde é comumente referido pelos moradores como Hospital Sarah. Este nome é uma homenagem ao renomado médico cirurgião e reitor da Universidade de Campinas (UNICAMP), Professor Mario Degni, que nasceu em 1911 em Santo André, SP (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2019). Inaugurado em 27 de novembro de 1990, o hospital é de médio porte e representa a única unidade da rede municipal na região sudoeste. Com o crescimento populacional nos últimos anos, a demanda por seus serviços tem aumentado significativamente (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2020). Localizado em uma área de aproximadamente 56,1 km², o Hospital do Bairro Rio Pequeno é uma importante instituição de saúde que atende cerca de 500 mil habitantes. Por ser o único hospital da região, ele recebe um grande volume de usuários, não apenas da comunidade local, mas também de bairros vizinhos como Lapa e da área da Raposo Tavares, além de pessoas de municípios adjacentes, como Osasco e Cotia (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2020). Com uma longa trajetória no atendimento à saúde, o hospital se destaca como referência em maternidade no município, oferecendo suporte a gestação de risco, casos de violência sexual e abortos legais (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2020). O estágio em um hospital e maternidade representa uma experiência ímpar e enriquecedora para estudantes da área da saúde, pois proporciona a oportunidade de vivenciar o intenso cotidiano desse ambiente, que é tanto desafiador quanto gratificante. Neste cenário, os estagiários têm a chance de interagir diretamente com pacientes, profissionais de saúde e suas famílias, compreendendo as complexidades do cuidado humanizado e a importância do trabalho em equipe. A maternidade, em particular, é um espaço que 4 demanda sensibilidade e atenção, pois é onde novos ciclos de vida se iniciam e onde o suporte emocional e físico é primordial. Assim, o estágio não apenas enriquece a formação acadêmica, mas também contribui para o desenvolvimento de habilidades práticas e interpessoais essenciais na trajetória profissional. Preparar-se para esse desafio é fundamental para aqueles que desejam fazer a diferença na vida das pessoas, promovendo saúde e bem-estar em um dos momentos mais significativos da vida. 5 1. CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO O Hospital e Maternidade Mário Degni é uma instituição de saúde localizada em São Paulo, Brasil, que se destaca por oferecer uma gama de serviços voltados para o atendimento à saúde da mulher e da criança. Algumas características desse hospital incluem: Atenção à Saúde da Mulher: O hospital possui uma estrutura voltada para o atendimento ginecológico e obstétrico, oferecendo consultas, exames e acompanhamento pré-natal. Maternidade Completa: A maternidade é equipada para realizar partos normais e cesáreos, com uma equipe de profissionais qualificados, incluindo obstetras, enfermeiros e pediatras. Acomodação: O hospital oferece diferentes opções de quartos, que podem incluir acomodações individuais ou compartilhadas, visando proporcionar conforto para as mães e seus bebês. Apoio ao Aleitamento Materno: São promovidas iniciativas para incentivar o aleitamento materno, com apoio de enfermeiros e consultores em lactação. Infraestrutura Moderna: O hospital conta com equipamentos e tecnologia de ponta para garantir um atendimento seguro e eficiente. Atendimento Humanizado: A equipe da maternidade busca oferecer um atendimento humanizado, respeitando as escolhas das mães e proporcionando um ambiente acolhedor. Serviços Complementares: Além do atendimento obstétrico, o hospital pode oferecer serviços de pediatria, ultrassonografia, e outros exames necessários para o acompanhamento da saúde da mulher e da criança. 6 Essas características fazem do Hospital e Maternidade Mário Degni uma referência no atendimento à saúde da mulher e da criança em sua região. 7 Abaixo encontra-se o organograma atual do Hospital Municipal Mário Degni, atualizado em Outubro de 2023. Imagem 1: Organograma do hospital Municipal Mário Degni Fonte: Hospital Municipal Mário Degni 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA O serviço de nutrição e dietética do Hospital Mário Degni é coordenado pela nutricionista Juliana Fazoli, que supervisiona duas empresas terceirizadas: Ideal Alimentação e Nutri Hospitalar. O organograma inclui diversos cargos, como nutricionistas, lactaristas, técnicas de nutrição, cozinheiros, auxiliares de cozinha, copeiras, estoquistas e um auxiliar administrativo. 8 Figura 1: Organograma da Unidade de alimentação e Nutrição Auxiliar de serviços gerais Copa Auxiliar de cozinha Cozinheiros Estoquista Técnica de nutrição Lactarista Auxliliar administrativo Nutrição clínica Denise; Hellen; Adrielle (Ideal Alimentação) Nutrição do Lactário Pamela; Vitória (Nutri Hospitalar) Gerência da UAN Adriane Ribeiro (Nutri Hospitalar) Nutricionista Juliana Fazoli (Prefeitura) 9 Representação das áreas física das áreas existentes no Hospital Mário Degni: Figura 2: Layout da cozinha e lactário Fonte: Hospital Municipal Mário Degni 2.1 Pessoal O Hospital Mário Degni conta com empresas terceirizadas que oferecem serviços variados. A Ideal Alimentação cuida das nutricionistas clínicas e fornece itens do lactário, como dietas enterais e suplementos. A Nutri Hospitalar, por sua vez, é responsável pelo fornecimento das refeições no hospital. 2 nutricionistas do lactário 2 lactaristas 6 copeiros 10 4 auxiliares de cozinha 3 cozinheiros 2 técnicos de nutrição 1 auxiliar administrativo 2 estoquistas 2 auxiliares de serviços gerais 1 gerente de unidadeRefeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias CAFÉ DA MANHÃ 12.0g 14.4g 52.5g 374 Kcal ALMOÇO 62.2g 8.9g 81.8g 632 Kcal LANCHE 8.0g 6.4g 41.4g 246 Kcal JANTAR 57.3g 35.4g 93.5g 903 Kcal CEIA 6.5g 11.0g 37.2g 272 Kcal Total das refeições 146.0g 76.1g 306.3g 2427 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 20.9g 7.2g 36.0g 1.9g 363.9mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 34.4g 1286.9mg 498.8mg 2040.9mg 13.6mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 1808.5mg 5037.1mg 3.9mg 16.0mg 54.5mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 1886.4mcg 1094.9mcg 644.2mcg 4.4mcg 1.4mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.8mg 0.8mg 51.5mg 786.7mg 1.6mcg Vitamina E Álcool 11.5mg 0.0g CEIA 75 DIETA HIPOPROTEICA Café com leite 300ml Pão francês (Pão de sal, pão carequinha) 50g Margarina 10g Mamão 150g Arroz branco cozido 100g Peito de frango sem pele grelhado 70g Cenoura cozida 100g Alface 50g Tomate 50g Suco de laranja 1 Copo americano duplo (240ml) Feijão cozido (Só Caldo) 50g Chá 300ml Torrada integral 50g Geleia 10g Arroz branco cozido 100g Carne moída refogada 70g 17:00 - Jantar 08:00 - Café da manhã 12:00 - Almoço 15:00 - Lanche 76 Brócolis 120g Alface lisa 60g Laranja 1 Unidade(s) média(s) (180g) Suco natural de abacaxi 300ml Feijão cozido (Só Caldo) 1 Colher(es) de sopa (11g) Chá de camomila 300ml Torrada tradicional 50g Geleia 10g Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias Café da manhã 11.2g 13.5g 58.0g 386 Kcal Almoço 28.5g 2.7g 56.3g 356 Kcal Lanche 6.5g 3.6g 43.8g 231 Kcal Jantar 27.7g 16.5g 67.7g 517 Kcal Ceia 5.8g 3.3g 44.3g 227 Kcal Total das refeições 79.7g 39.5g 270.0g 1717 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 11.6g 7.6g 13.0g 1.2g 143.2mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 23.4g 613.1mg 297.9mg 1041.7mg 12.9mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 1715.1mg 3455.0mg 1.9mg 9.3mg 28.6mcg 20:00 - Ceia 77 Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 1894.9mcg 985.1mcg 527.9mcg 2.7mcg 1.5mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.3mg 1.0mg 30.8mg 489.7mg 0.2mcg Vitamina E Álcool 9.0mg 0.0g 1 HOSPITAL MÁRIO DEGNI GILVANETE LOPES FERRAZ GOMES/RA: 2150687 ESTUDO DE CASO CURSO DE NUTRIÇÃO (Q.S.S.S) Barueri 2024 2 ESTUDO DE CASO DO ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- HOSPITAL MÁRIO DEGNI CAMPUS/POLO – ALPHAVILLE Estudo de Caso elaborado durante o estágio realizado no Hospital e Maternidade Prof. Mario Degni, como requisito obrigatório para conclusão do estágio do curso de graduação em Nutrição da Universidade Paulista – UNIP, ALPHAVILLE Orientadora: Francês Aparecida Illes Pereira. 3 BARUERI 2024 1. RESUMO Este estudo de caso foi realizado no Hospital Mário Degni – São Paulo, com a paciente Q.S.S.S., 50 anos, sexo feminino, hipertensa e com sobrepeso. A paciente foi internada no dia 05/08/24 com hipotese diagnóstica de Insuficiencia Renal não Especificada (N19). Teve alta no dia 23/08/24 com diagnósico de IRA sobre cuidados. A mesma foi encaminhada a UBS mais próxima de sua residência para dar continuidade ao tratamento. Neste período ela continuará o tratamento no hospital até que consiga a vaga numa UBS próximo à sua residência. A paciente permaneceu em estado nutricional estavel durante toda internação. A dieta foi geral e permaneceu em restrição hidrica de 800ml por dia. Após a alta foi informada a aumentar gradualmente até chegar a 1,5ml por dia. A paciente estava nutrida e com boa aceitação da dieta. 4 Sumário 2. INTRODUÇÃO.................................................................................................04 3. Identificação do paciente.................................................................................04 4. Dados do prontuário........................................................................................04 5. Analise das condições sócioeconomicas e dos demais dados.......................05 6. Condições gerais de saúde ............................................................................05 7. Levantamento bibliografico sobre a patologia ................................................05 8. Tratamento hospitalar.....................................................................................10 9. Avaliação Nutricional.......................................................................................12 10. Condutas dietoterápicas..................................................................................26 11. Evolução nutricional.........................................................................................27 12. Conclusão do tratamento dietoterápico...........................................................27 13. Orientação de alta............................................................................................28 14. Referências bibliográficas................................................................................30 15. Anexos..............................................................................................................31 5 INTRODUÇÃO O Hospital Professor Mário Degni, localizado em [inserir localização], é uma instituição de saúde reconhecida por sua excelência no atendimento e pela qualidade de seus serviços. Desde a sua fundação, o hospital tem se destacado na oferta de cuidados médicos abrangentes e humanizados, atendendo a uma população diversificada e contribuindo significativamente para a saúde pública da região. Este estudo de caso tem como objetivo analisar as práticas e os desafios enfrentados pelo hospital em diferentes áreas, como gestão hospitalar, atendimento ao paciente, inovação tecnológica e formação de profissionais de saúde. Ao longo da análise, serão abordados aspectos como a estrutura organizacional, os processos de atendimento, as estratégias de melhoria contínua e as iniciativas de saúde preventiva. Além disso, o estudo se propõe a identificar as melhores práticas implementadas pelo Hospital Professor Mário Degni e avaliar seu impacto na qualidade do atendimento, na satisfação dos pacientes e na eficiência operacional. Com isso, espera-se fornecer insights que possam contribuir para o aprimoramento dos serviços de saúde, tanto na instituição em questão quanto em outros hospitais que buscam excelência em suas operações. 6 Por meio de uma abordagem qualitativa e quantitativa, este estudo de caso busca não apenas retratar a realidade do Hospital Professor Mário Degni, mas também inspirar mudanças positivas no cenário da saúde, promovendo um atendimento mais eficaz e centrado no paciente. Período de estágio de 20/08/2024 à 20/09/2024 A Paciente Q.S.S.S., 50 anos, sexo feminino, hipertensa e com sobrepeso. A paciente foi internada no dia 05/08/24 com hipótese diagnóstica de Insuficiencia Renal não Especificada (N19). Teve alta no dia 23/08/24 com diagnósico de IRA sobre cuidados. A nutricionista responsável pela supervisão da paciente no hospital foi Adrielle Gomes Santos – CRN382460/P 3. Identificação do paciente: Paciente Q.S.S.S. sexo feminino, 50 anos, de cor parda, tem 1,53 de altura e costuma pesar entre 55-59kg. Brasileira, solteira, empregada doméstica. Residente no Bairro Cidade Antonio Estevão de Carvalho na cidade de São Paulo. Data da 1º internação: 05/08/2024,alta: 23/08/2024, permaneceu internada no hospital Mário Degini com hipótese diagnóstica de Insuficiência Renal não identificada. Onde recebeu o tratamento e após a alta permanecerá sobre cuidados neste mesmo hospital, até que consiga uma vaga na UBS proximo à sua residencia. 4. Dados do prontuário: Antecedentes Médicos A paciente apresentou antecendentes médicos de Hipertensão, Edema não Classificado e sobrepeso. Em seus antecedentes familiares, apresentou o pai com reumatismo. Durante exame físico realiado no momento da internação a paciente estava corada e hidratada, com abdome flácido e distendido. Apresentou edema nas extremidades. A hipótese diagnóstica: Insuficiencia Renal não Especificada. Em seu 7 diagnóstico definitivo consta IRA (resolvido) Encaminhada para Ubs mais próxima de sua residência para acompanhamento de HAS. 5. Analise das condições sócioeconomicas e dos demais dados Q.S.S.S. Residente no Bairro Cidade Antônio Estevão de Carvalho na cidade de São Paulo. Mora com o filho, a nora e seus netos. Tem um bom relacionamento familiar. Trabalha de empregada doméstica e não relatou a estimativa da renda familiar. Mostrou-se com bom comportamento psicológico, afetiva e com saudades dos netos. Relatou sentir-se arrependida por descuidar da saúde e prometeu mudar de atitutes e cuidar mais da alimentação e praticar atividade física. 6. Condições gerais de saúde: A paciente relatou que não praticava exercícios físicos regularmente, náo fumava, nem era adepta de bebidas alcóolicas. Sempre teve bom apetite e realizava 3 refeições diárias. Tinha uma boa digestão e hábito intestinal normal. Relatou que começou a tomar medicação para HAS há cerca de um mês. 7. Levantamento bibliografico sobre a patologia Descrição das Patologias Hipertensão Segundo o ministério da saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.(BRASIL,2018) 8 Obesidade (Sobrepeso) A obesidade ganhou destaque na agência pública internacional nas três últimas décadas, caracterizando-se como um evento de proporções globais e de prevalência crescente. No Brasil, o sobrepeso e a obesidade vêm aumentando em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, em todos os níveis de renda, sendo a velocidade de crescimento mais expressiva na população com menor rendimento familiar. Em adultos o excesso de peso e a obesidade atingiram 56,9% e 20,8% em 2013 respectivamente (BRASIL,2015). Segundo Ferreira, Szwarcwald e Damacena (20190), a obesidade é uma doença crônica que tem relação com risco de doenças cardiovasculares. O parâmetro de obesidade pode ser avaliado por diversas formas, uma das formas é o índice de massa corpórea, porém lembrando e avaliando que cada indivíduo deve ser analisado de forma individual e com amplas visões. A obesidade é de origem multifatorial, abordando fatores biológicos, sociais, culturais, comportamentais, políticos e saúde pública (BRASIL, 2022). No BRASIL, diferentes documentos do governo seguem a definição da OMS e a concebem simultaneamente como doença e fator de risco para outras doenças, como condição crônica multifatorial complexa e ainda como manifestação da insegurança alimentar e nutricional. Quanto aos fatores condicionantes da obesidade, nos documentos destacam-se a alimentação rica em gorduras e açúcares e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, associados à inatividade física, ainda que se reconheça a complexidade dos processos subjacentes (BRASIL,2014). O diagnóstico sobrepeso/obesidade vem sendo realizado por meio do índice de massa corporal (IMC), calculado como a razão da massa corporal pela estatura ao quadrado concebido inicialmente para uso em adultos pela sua associação com risco de adoecer e morrer, reiterando a obesidade como fator de risco especialmente para DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (WORLD HEALTH ORGANIZACION, 2005). Ampliar a concepção restrita da obesidade como doença e propor 9 medidas ambientais tem se tornado um imperativo diante da baixa resolutividade das intervenções focadas apenas no corpo e no atendimento individualizado. Estratégias que ultrapassem o âmbito de ação do setor saúde são necessárias dadas as dificuldades em universalizar medidas individualizadas (como intervenções cirúrgicas), além dos limites que os próprios indivíduos enfrentam para modificar suas escolhas pessoais (alimentares ou de prática de atividade física) em contexto adversos a adoção de práticas saudáveis. Nesse sentido a abordagem da obesidade na perspectiva da promoção da saúde contribui para pensar no problema em uma ótica diferenciada não apenas na doença e no tratamento (ROBERTO et al.,2015). IRA – Insuficiencia Renal Aguda A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma condição clínica caracterizada pela rápida diminuição da função renal, resultando na incapacidade dos rins de filtrar adequadamente os resíduos metabólicos e regular o equilíbrio de fluidos e eletrólitos no corpo. Essa condição pode ocorrer em questão de horas ou dias e é frequentemente reversível, dependendo da causa subjacente e da intervenção médica. A IRA pode ser classificada em três tipos principais: 1. Pré-renal: Causada por fatores que levam à diminuição do fluxo sanguíneo para os rins, como desidratação, hemorragia ou insuficiência cardíaca. 2. Renal: Resulta de lesões diretas aos tecidos renais, que podem ser causadas por toxinas, medicamentos, infecções ou doenças autoimunes. 3. Pós-renal: Ocorre devido a obstruções no trato urinário que impedem a saída da urina, como cálculos renais ou tumores. Os sinais e sintomas da IRA incluem diminuição da quantidade de urina, inchaço, fadiga, confusão e, em casos mais graves, pode levar a complicações sérias, como desequilíbrios eletrolíticos e acidose metabólica. O tratamento da insuficiência renal aguda depende da causa e pode envolver a correção de distúrbios subjacentes, administração de fluidos, medicamentos e, em casos 10 críticos, diálise. Tratamento médico indicado O tratamento médico indicado para a Insuficiência Renal Aguda (IRA) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) pode variar dependendo da causa subjacente, da gravidade da condição e das características individuais do paciente. Aqui estão algumas abordagens gerais: Insuficiência Renal Aguda (IRA) Identificação e Tratamento da Causa: É fundamental identificar a causa da IRA (pré-renal, renal ou pós-renal) e tratá-la. Isso pode incluir a correção de desidratação, remoção de obstruções ou tratamento de condições subjacentes, como infecções. Suporte Renal: Em casos graves, pode ser necessário iniciar diálise para auxiliar na remoção de toxinas e excesso de fluidos. Controle de Eletrólitos: Monitoramento e correção de desequilíbrios eletrolíticos, como potássio elevado. Medicações: Em certos casos, medicamentos podem ser utilizados para tratar complicações ou como suporte, como fármacos que protegem os rins ou controlam a pressão arterial. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Mudanças no Estilo de Vida: Recomendações incluem dieta saudável (redução de sal, aumento de frutas e vegetais), prática regular de exercícios físicos, controle do peso e redução do consumo de álcool e tabaco.Medicações Antihipertensivas: Dependendo da gravidade da hipertensão e das condições subjacentes, várias classes de medicamentos podem ser utilizadas, como: - Diuréticos - Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) - Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) - Betabloqueadores - Bloqueadores dos canais de cálcio 11 - Monitoramento Regular: Acompanhamento regular da pressão arterial e dos parâmetros renais é crucial para ajustar o tratamento conforme necessário. Para finalizar: O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração a saúde geral do paciente, com monitoramento contínuo por profissionais de saúde. Consultar um nefrologista ou um cardiologista pode ser importante para o manejo integrado dessas condições. Dietoterapia A dietoterapia para o tratamento de Insuficiência Renal Aguda (IRA) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) deve ser cuidadosamente planejada para atender às necessidades nutricionais do paciente, minimizando a carga sobre os rins e ajudando a controlar a pressão arterial. Aqui estão algumas recomendações gerais: Controle de Sódio -Reduzir a ingestão de sódio: Limitar a quantidade de sal na dieta para ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir a retenção de líquidos. É recomendado evitar alimentos processados e enlatados que costumam ser ricos em sódio. Proteínas - Moderação na ingestão de proteínas: Em casos de IRA, a restrição proteica pode ser necessária para evitar a sobrecarga renal. A quantidade de proteína deve ser individualizada, geralmente entre 0,8 a 1,0 g/kg de peso corporal, dependendo do estágio da IRA e da presença de diálise. -Escolher proteínas de alta qualidade: Priorizar fontes de proteínas como ovos, carnes magras e laticínios, que são mais facilmente digeríveis e têm um perfil de aminoácidos favorável. - Potássio e Fósforo: Monitorar o potássio; Dependendo da função renal, pode ser necessário restringir alimentos ricos em potássio (como bananas, laranjas, batatas e tomates) para evitar hiperpotassemia. - Controle do fósforo: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em fósforo, como laticínios, carnes processadas e alguns grãos, para evitar complicações 12 como a calcificação vascular. - Hidratação- Ajustar a ingestão de líquidos: A quantidade de líquidos deve ser adequada de acordo com o estado de hidratação do paciente e a função renal. É importante evitar a sobrecarga hídrica, especialmente em pacientes com retenção de líquidos. - Gorduras- Priorizar gorduras saudáveis: Incluir fontes de ácidos graxos ômega-3, como peixes (salmão, sardinha) e azeite de oliva, que podem ajudar na saúde cardiovascular - Carboidratos- Carboidratos complexos: Os carboidratos complexos são macromoléculas formadas por longas cadeias de unidades de monossacarídeos. Eles são uma importante fonte de energia e oferecem benefícios à saúde, pois geralmente contêm fibras, vitaminas e minerais. Os principais tipos de carboidratos complexos incluem: amido, glicogenio, fibras e polissacarídeos. Ao incluir carboidratos complexos na dieta, é possível obter energia de forma mais estável e prolongada, além de beneficiar a saúde digestiva e ajudar na saciedade. 8 . Tratamento hospitalar Conforme o prontuário a paciente Q.S.S.S. possui sobrepeso, hipertensão e IRA. Como indicação clínica a paciente faz uso de medicamentos para hipertensão (Losartana 50 mg 2x ao dia, Anlodipino 5 mg 2x ao dia). A absorção de Besilato de Anlodipino + Losartana nao são afetados pela ingestão de alimentos, podendo ser administrados antes ou após as refeições. No hospital foi administrado Furosemida. Como indicação nutricional, foi recomendado à paciente que faça uma dieta simples, porém, moderada em sódio e sem adição de açúcares. Tabela 1: medicamentos utilizados pela paciente Medicamento Função Mecanismo de ação Interação droga/nutriente Losartana 50mg Anti-hipertensivo A losartana potássica Pode aumentar o 13 50mg é um bloqueador dos receptores de angiotensina II (BRAs) que age dilatando os vasos sanguíneos, o que facilita a circulação do sangue e ajuda o coração a bombear o sangue pelo corpo. potássio do sangue, portanto deve-se evitar alimentos ricos em potássio. Moderar a ingestão de alcool, pois pode aumentar o efeito do medicamneto. Manter uma dieta baixa em sodio, uma vez que é responsável pelo aumento da pressao arterial Anlodipino 5mg Diurético O anlodipino é um bloqueador dos canais de cálcio utilizado principalmente para o tratamento de hipertensão (pressão arterial alta) e angina (dor no peito). Monitorar a ingestão de potassio. Alimentos ricos em acido folico e vitaminas do complexo B, pois pode influenciar na pressão arterial e bebidas alcoolicas Furosemida Diurético A furosemida age inibindo a reabsorção de água e sódio nos rins. Precisa ter atenção pois pode causar disturbios eletroliticos, desidratação, entre outros. É um medicamento que pode interagir com alimentos e outros medicamentos, causando alterações na absorção e biodisponibilidade do fármaco. A adiministração com refeições pode reduzir a eficacia do fármaco em até 30%. Por isso indica-se administrá-lo com estomago vazio. Discussão: A interação entre medicamentos é um aspecto importante a ser considerado na prática 14 clínica, especialmente em pacientes que utilizam múltiplas medicações para o tratamento de condições como hipertensão e insuficiência cardíaca. Vamos discutir a interação entre os medicamentos Losartana, Anlodipino e Furosemida. Losartana - é um antagonista do receptor da angiotensina II, frequentemente utilizado no tratamento da hipertensão arterial e na proteção renal em pacientes diabéticos. Anlodipino - é um bloqueador dos canais de cálcio, que também é utilizado para tratar hipertensão e angina. Por fim... Furosemida - é um diurético de alça, utilizado para o manejo de edema e hipertensão. Interações Potenciais: 1.Efeito Hipotensivo Aumentado: A combinação de Losartana e Anlodipino pode potencializar o efeito hipotensivo, já que ambos atuam na redução da pressão arterial, mas através de mecanismos diferentes. Isso pode ser benéfico em alguns pacientes, mas também pode aumentar o risco de hipotensão, especialmente em pacientes idosos ou aqueles com volemia diminuída. 2.Efeitos da Furosemida: A Furosemida, ao causar diurese, pode levar a uma redução do volume intravascular, o que, por sua vez, pode aumentar o efeito hipotensivo da Losartana e do Anlodipino. Além disso, o uso de diuréticos em combinação com anti- hipertensivos é comum na prática clínica, ajudando a controlar a pressão arterial em pacientes que apresentam resistência ao tratamento. 3.Desequilíbrios Eletrolíticos: A Furosemida pode causar desequilíbrios eletrolíticos, como hipocalemia. Embora a Losartana tenha um efeito poupador de potássio, a monitorização dos níveis de potássio é essencial em pacientes que usam essa combinação de medicações. 4.Necessidade de Monitoramento: Pacientes em tratamento com essa combinação devem ser monitorados quanto à pressão arterial, função renal e eletrólitos. Ajustes de doses podem ser necessários para evitar hipotensão severa ou complicações relacionadas à função renal. Considerações Finais: É fundamental que os médicos considerem as condições clínicas individuais dos pacientes ao prescrever essa combinação de medicamentos. 15 Analise dos exames laboratoriais: Tabela 2 – exames laboratoriais EXAME RESULTADOS RESULTADOS RESULTADOS VALORES DE REFERÊNCIA DATA 02/08 15/08 22/08 GLICEMIA - - - - CREATININA 1,3 1,9 1,7 Mulher 0,60 – 1,2 mg/dL SÓDIO 132 135 135 Adultos 137 – 145mEq/L POTÁSSIO 4,7 4,6 3,9 Normal 3,5 – 5.1 mEq/L UREIA 69,5 46,9 41,2 Adultos 13 - 43 mg/dL ITU– Infecção do Trato Urinário: RESOLVIDO A análise dos exames apresentados revela algumas alterações nos resultados que devem ser observadas cuidadosamente. Como a Creatina que oscilou em 3 exames e por fim teve a paciente teve alta com taxa ainda elevada. Aqui estão as principais considerações sobre cada um dos parâmetros avaliados: Glicemia: Não foram apresentados valores para este exame, portanto, não é possível fazer uma análise. É importante monitorar os níveis de glicose, especialmente em casos de suspeita de diabetes ou problemas metabólicos. Creatinina: Os resultados foram 1,3, 1,9 e 1,7 mg/dL. Todos esses valores estão acima do valor de referência para mulheres (0,60 – 1,2 mg/dL). A creatinina elevada pode indicar problemas na função renal, como insuficiência renal aguda ou crônica. A tendência de aumento nos valores (especialmente o resultado de 1,9) é preocupante e sugere a necessidade de investigação adicional. 16 Sódio: Os resultados foram 132, 135 e 135 mEq/L, todos abaixo do valor de referência (137 – 145 mEq/L). A hiponatremia (baixo nível de sódio no sangue) pode estar associada a várias condições, incluindo desidratação, problemas hormonais, ou uso de certos medicamentos. É importante investigar a causa da redução dos níveis de sódio. Potássio: Os resultados foram 4,7, 4,6 e 3,9 mEq/L. O primeiro e o segundo valores estão dentro do intervalo normal (3,5 – 5,1 mEq/L), mas o último resultado (3,9) é o limite inferior do normal. A queda dos níveis de potássio pode ser preocupante, especialmente se estiver associada a outros sintomas, como fraqueza muscular ou arritmias cardíacas. Ureia: Os resultados foram 69,5, 46,9 e 41,2 mg/dL. O primeiro valor está acima do limite superior do intervalo de referência (13 - 43 mg/dL), enquanto os dois últimos estão dentro dos limites normais. Níveis elevados de ureia podem estar associados à função renal comprometida, desidratação ou aumento da ingestão de proteínas. O retorno aos níveis normais nos últimos exames é um sinal positivo, mas o primeiro resultado ainda levanta preocupação. Considerações Finais: Os resultados indicam algumas anormalidades. 9. Avaliação nutricional Anamnese alimentar Q.S.S.S., sexo feminino, 50 anos, de cor parda, solteira, empregada doméstica, Brasileira, Residente no Bairro Cidade Antônio Estevão de Carvalho na cidade de São Paulo. Pai com histórico de reumatismo, e paciente diagnosticada com HAS há cerca de um mês. Não é tabagista ne etilista, não pratica atividades físicas, tem hábito intestinal normal, sem desconforto gástricos. Tem 1,53 de altura e costuma pesar entre 50-54kg, negou possuir alergias/intolerâncias ou aversões alimentares. Tem boa aceitação da dieta. Avaliação do consumo alimentar habitual 17 Paciente mora com o filho, nora e netos. Costuma preparar as refeições em casa,negou ter alergias ou intolerâncias alimentares. Costuma consumir verduras e legumes em boa quantidade. Não descreveu os finais de semana. Foi feito o recordatório habitual. Recordatório habitual Paciente Q.S.S.S. costuma acordar as 6:00hs Tabela 3 – Recordatório habitual (1315Kcal) Horário/Local Alimentos/Bebidas Quantidade 08:00 - Domicilio café da manhã Pão francês Ovo Café com leit 2 unidades 3 unidades 240 ml 13:00 - Domicilio almoço Arroz feijão carne Alface Tomat pepino 4 colheres de sopa 5 colheres de sopa 60 gramas 6 colheres de sopa 3 fatias 5 fatias 20:00 - Domicilio jantar Cafe com leite Torrada tradicional 1 xicara de chá 5 unidades Resumo de micronutrientes do recordatório habitual calculado Tabela 4 - Resumo dos micronutrientes do Recordatório de 24hs (Fonte:DRIS) MICRONUTRIENTES NUTRIENTES TOTAL EAR UL ADEQUAÇÃO/ INADEQUAÇÃO Cálcio (mg) 430.3 800 2500 INADEQUADO 18 Ferro (mg) 13.6 8,1 45 ADEQUADO Fosforo (mg) 1223.0 580 4000 ADEQUADO Magnésio (mg) 169.4 265 350 INADEQUADO Potássio (g) 1798.8 - - - Selênio (mg) 82.3 45 400 ADEQUADO Sódio (g) 1571.3 - 2,3 - Zinco (mg) 9.2 6,8 40 ADEQUADO Vitamina A 359.5 500 3000 INADEQUADO Vitamina B1 (mg) 1.0 0,9 - - Vitamina B2 (mg) 2.0 0,9 - - Vitamina B3 (mg) 7.9 11 35 - Vitamina B6 (mg) 0.6 1,1 100 0 Vitamina B9 (mg) 449.6 320 1000 ADEQUADO Vitamina B12 (mg) 3.5 2,0 - - Vitamina C (mg) 15.2 60 2000 INADEQUADO Vitamina D(mg) 4.3 10 100 INADEQUADO Vitamina E(mg) 4.7 12 1000 INADEQUADO A dieta parece adequada em termos de ferro, fósforo, selênio, zinco e vitamina B9, mas inadequada em relação ao restante dos micronutrientes. Seria importante ajustar a dieta para garantir uma ingestão adequada desses micronutrientes, principalmente os deficientes. Resumo dos Macronutrientes do recordatório habitual calculado Tabela 5 – macronutrientes (Fonte:DRIS) Nutriente Recomendação Total atingido(%) Total atingido (g) Total atingido (Kcal) adequação CHO 50 a 60% 46,8% 615.5g 616,8 Adequado 19 PTN 0,8 a 1,0 g 22,2% 292,8g 292,4 Inadequado LPD 25 a 35 % 31,0% 407,7g 406,8 Inadequado A.G.POLI 12 % 6,4 9.5g 85,5 Inadequado A.G.MONO 10 a 20% 9,5 13.9g 125,1 inadequado A.G.SATURADO60g Fruta - laranja Suco 1 unidade 300ml 15:30 - Leite com café 300ml lanche Pão de forma com 2 unidades Requeijão 20gr 20:00 - jantar Arroz Feijão Carne Legumes Fruta - pera Suco 100g 50g 140g 120g 1 unidade 300ml 22:00 - ceia Chá Pão francês com margarina 300ml 1 unidade 10g Resumo de micronutrientes do recordatório habitual calculado Quadro 8 - Resumo dos micronutrientes do Recordatório hospitalar (Fonte:DRIS) MICRONUTRIENTES NUTRIENTES TOTAL EAR UL ADEQUAÇÃO/ INADEQUAÇÃO 23 Cálcio (mg) 761.7 800 2500 Inadequado Ferro mg) 13.9 8,1 45 Adequado Fosforo (mg) 1349.7 580 4000 Adequado Magnésio (mg) 314.6 265 350 Adequado Potássio (g) 3619.2 - - - Selênio (mg) 35.1 45 400 Inadequado Sódio (g) 1738.8 - 2,3 - Zinco (mg) 13.9 6,8 40 Adequado Vitamina A (mg) 864.3 500 3000 Adequado Vitamina B1 (mg) 1.5 0,9 - - Vitamina B2 (mg) 2.4 0,9 - - Vitamina B3 (mg) 24.9 11 35 Adequado Vitamina B6 (mg) 0.8 1,1 100 Inadequado Vitamina B9 (mg) 454.0 320 1000 Adequado Vitamina B12 (mg) 8.5 2,0 - - Vitamina C (mg) 297.9 60 2000 Adequado Vitamina D (mg) 0.0 10 100 Inadequado 24 Vitamina E (mg) 4.9 12 1000 Inadequado Resumo dos Macronutrientes do recordatório habitual calculado Quadro 9 – macronutrientes (fontes: DRIs) Nutriente Recomendaç ão Total atingido( %) Total atingido (g) Total atingido (Kcal) adequação CHO 50 a 60 % 56.2% 315,8 1201,4 Adequado PTN 0,8 a 1,0g 25.0% 133,6 534,4 Inadequado LPD 25 a 35 % 18.8% 44,8 403,2 Inadequado A.G.POLI 12 % 2,5% 6.0g 54 Inadequado A.G.MONO 10 a 20% 5,5% 13.2g 118,8 Inadequado A.G.SATURAD O Sistêmica (HAS) e Insuficiência Renal Aguda (IRA) deve ser individualizada, levando em consideração a gravidade da condição renal, as comorbidades do paciente e as necessidades nutricionais específicas. Aqui estão algumas diretrizes gerais: Restrição de Sódio: - Objetivo: Reduzir a pressão arterial e minimizar a retenção de líquidos. - Recomendação: Limitar a ingestão de sódio a 2.000 mg/dia ou menos, dependendo da severidade da hipertensão e da condição renal. Evitar alimentos processados, enlatados e embutidos, que geralmente contêm altas quantidades de sódio. Controle de Potássio: - Objetivo: Prevenir a hiperpotassemia, que pode ser uma complicação da IRA. - Recomendação: Monitorar e, se necessário, restringir a ingestão de alimentos ricos em potássio, como bananas, laranjas, batatas, tomate e verduras folhosas. A concentração de potássio deve ser avaliada regularmente através de exames laboratoriais. Controle de Fósforo: - Objetivo: Prevenir a hiperfosfatemia, que pode ocorrer em insuficiência renal. - Recomendação: Restringir alimentos ricos em fósforo, como laticínios, carnes, nozes e legumes. A suplementação de quelantes de fósforo pode ser considerada, conforme orientação médica. Ingestão Adequada de Proteínas: - Objetivo: Manter a massa muscular e a saúde geral, sem sobrecarregar os rins. - Recomendação: A restrição proteica deve ser considerada, dependendo da função renal. Em casos de IRA, pode ser necessário diminuir a ingestão de proteínas, priorizando proteínas de alto valor biológico (como carnes magras, peixes e ovos) quando a função renal permitir. Hidratação: 31 - Objetivo: Manter um equilíbrio hídrico adequado. - Recomendação: A ingestão de líquidos deve ser ajustada com base na diurese e na gravidade da insuficiência renal. Em casos de oligoúria ou anúria, pode ser necessário restringir a ingestão de líquidos. 11. Evolução nutricional Paciente evoluiu ao longo dos dias, melhorou o edema, apesar de seus exames estarem ainda instaveis. Tem mostrado função intestinal normal, evacuando 1 ou 2 vezes ao dia. Teve melhora nos sintomas clinicos. Segue com aproveitamento de 75 – 85% de aceitação da dieta. 12. CONCLUSÃO DO TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Com base na análise do caso da paciente Q.S.S.S., é possível observar uma condição clínica complexa, envolvendo SOBREPESO, hipertensão e IRA. A abordagem nutricional se mostra fundamental nesse contexto, visando não apenas a perda de peso, mas também a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de complicações associadas a essas condições. A avaliação antropométrica revelou um quadro de sobrepeso, com indicadores de risco elevado, destacando a necessidade de intervenção nutricional urgente. A análise dos recordatórios alimentares revelou padrões dietéticos inadequados, com ingestão insuficiente de nutrientes essenciais e excesso de alimentos calóricos e pobres em nutrientes. Diante dessas constatações, foi elaborado um plano alimentar individualizado, com foco na restrição calórica, aumento do consumo de alimentos ricos em nutrientes e distribuição adequada dos macronutrientes. O cardápio proposto visa atender às necessidades nutricionais da paciente, promovendo a perda de peso gradual e saudável, controle da pressão arterial, e melhoria do perfil lipídico. É importante ressaltar que o sucesso do tratamento nutricional depende não apenas da adesão da paciente ao plano alimentar, mas também do acompanhamento regular por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, 32 nutricionistas e outros profissionais de saúde. Além disso, mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física e o controle do estresse, também são fundamentais para alcançar os objetivos terapêuticos e melhorar a qualidade de vida da paciente. Portanto, diante do quadro clínico apresentado, é fundamental que a paciente seja acompanhada de forma integral, visando não apenas o tratamento das condições de saúde existentes, mas também a promoção de hábitos de vida saudáveis e a prevenção de complicações futuras 13. Orientação de alta Medicações: - Continue a tomar os medicamentos prescritos pelo médico, conforme a dosagem indicada. - Não suspenda ou altere a medicação sem orientação médica. - Mantenha um registro de qualquer efeito colateral e informe ao seu médico na próxima consulta. Monitoramento da Pressão Arterial: - Meça sua pressão arterial em casa regularmente, pelo menos uma vez ao dia. - Anote os valores e leve essas anotações para a próxima consulta. Dieta: - Reduza o consumo de sódio: evite alimentos processados, enlatados e embutidos. - Mantenha uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. - Limite a ingestão de potássio e fósforo, conforme orientação médica, especialmente em casos de IRA. - Beba a quantidade de líquidos recomendada pelo seu médico. Sinais de Alerta: - Procure assistência médica imediatamente se apresentar: - Aumento súbito da pressão arterial. - Dificuldade para respirar. 33 - Inchaço nas pernas ou tornozelos. - Alterações na urina (redução da quantidade, cor escura, presença de sangue). - Dor no peito ou sensação de desmaio. Consultas de Retorno: - Marque uma consulta de acompanhamento na UBS mais próximo a sua residência. - Realize os exames laboratorais. 14. REFERÊNCIAS BEGHETTO, M. G. et al. Triagem nutricional em adultos hospitalizados. Revista de Nutrição, v. 21, p. 589–601, out. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/HFnwWz8WFByhTbBWybG9pRP/#. BRASIL. Protocolo de Atenção à Saúde: Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde. Distrito Federal: Secretaria de Estado de Saúde, 2018. BRASPEN. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Diretrizes brasileiras para o tratamento da doença renal crônica. São Paulo: Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2021. Disponível em: https://www.sbn.org.br/fileadmin/user_upload/sbn/2022/Diretrizes_Doenca_Renal_20 21.pdf. GONÇALVES, F. A. et al. Qualidade de vida de pacientes renais crônicos em hemodiálise ou diálise peritoneal: estudo comparativo em um serviço de referência de Curitiba - PR. Brazilian Journal of Nephrology, v. 37, p. 467–474, dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbn/a/yLtg93VbfR9Nq8xr8Rzwc6w/. KRAUSE, M. V.; MAHAN, L. K.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 34 Anexos: 1 - Recordatório habitual (fonte: webdiet) 35 2 - Dieta hospitalar – Geral (2139Kcal) - (fonte: webdiet) 36 3 - Cardápio proposto de 1459KCAL (fonte: webdiet) 37 38 Fonte dos anexos: Webdiet RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- HOSPITAL MÁRIO DEGNI – ALPHAVILLE BARUERI 2024 INTRODUÇÃO 1. CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 2.1 Pessoal 2.2 Cardápios 2.4 Cozinha e Produção 2.6 Dietas enterais 2.7 Atendimento ao paciente 2.8 Rotina do Estagiário de Nutrição 3. AVALIAÇÕES, REAVALIAÇÕES E VISITAS 4. FORMULÁRIOS 5. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 5.1 Aferição de peso 5.2 Aferição de altura 5.3 Circunferências 5.4 Dobras cutâneas 5.5 Técnica para aferir a dobra cutânea tricipital 6. CLASSIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL PARA ADULTOS, IDOSOS, GESTANTES E CRIANÇAS. 7 CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 8. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL ESTUDO DE CASO DO ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA- HOSPITAL MÁRIO DEGNI CAMPUS/POLO – ALPHAVILLE BARUERI 2024Os funcionários têm jornadas de trabalho que variam entre escalas 12x36 e 5x2. O uniforme, geralmente composto por calça branca, sapato de proteção, avental, touca e máscara, é utilizado principalmente pela equipe de produção e distribuição de refeições. A Nutri Hospitalar oferece treinamentos mensais, com temas definidos no início de cada mês, e sessões realizadas semanalmente. Além disso, a nutricionista da Prefeitura realiza treinamentos periódicos com empresas terceirizadas, visando aprimorar e padronizar os serviços. 2.2 Cardápios Os cardápios do hospital são elaborados pela Ideal Alimentação e coordenados por Adriane, a gerente da unidade, com planejamento trimestral. O hospital oferece cerca de 600 refeições diárias em seis horários: desjejum, café da manhã, almoço, merenda, jantar e ceia. Os acompanhantes também recebem alimentação, que inclui café da manhã, almoço e jantar. O hospital serve diversas dietas padronizadas. 11 Dieta Geral - G: dieta de consistência normal e adequada aos hábitos alimentares do paciente, sempre que for possível. REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO Desjejum Leite com café ou achocolatado Pão francês ou pão de leite ou pão rico em fibras com margarina ou requeijão, ou queijo branco. Fruta Almoço e Jantar Arroz, feijão ou leguminosas Carne bovina ou aves ou peixe Guarnição: á base de legumes ou vegetais folhosos ou massa Salada: folhas ou legumes Sobremesa: fruta ou doce Suco de frutas natural: diversos sabores Merenda Leite com café ou achocolatado ou vitamina ou iogurte ou bebida a base de proteína de soja Pães variados com margarina ou requeijão ou queijo branco; ou bolo. Ceia Chá de ervas ou café com leite Bolacha ou biscoito ou torrada ou pão de leite com margarina (sache) ou geléia (sache); ou bolo Dieta Branda – B: A dieta branda é um plano alimentar que consiste em consumir alimentos de fácil digestão, com o objetivo de minimizar a irritação do trato gastrointestinal. É frequentemente recomendada para pessoas que estão se recuperando de cirurgias, doenças gastrointestinais, ou que apresentam sintomas como náuseas, vômitos, diarreia ou refluxo. Servir apenas o caldo de feijão Não servir vegetais crus, a salada da dieta geral será substituída por uma porção de vegetal refogado Frutas somente de consistência macia, Restringir alimentos que possam provocar distensão gasosa e condimentos fortes; não servir frituras, embutidos e doces concentrados Dieta Pastosa – P: A dieta pastosa é um tipo de regime alimentar que consiste em consumir alimentos com uma textura macia e facilmente mastigável, geralmente na forma de purês, sopas e mingaus. Esse tipo de dieta é frequentemente recomendado para pessoas com dificuldades de mastigação ou 12 deglutição, como idosos, pacientes em recuperação de cirurgias, pessoas com doenças neurológicas ou condições que afetam a boca e a garganta. Os alimentos incluídos em uma dieta pastosa são preparados de modo a serem bem amassados ou triturados, permitindo uma fácil ingestão. É importante que essa dieta seja equilibrada e contenha todos os nutrientes necessários, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais. A orientação de um nutricionista pode ser fundamental para garantir que as necessidades nutricionais sejam atendidas adequadamente. REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO DesJejum Leite com café ou achocolatado ou mingau ou vitamina ou iogurte Pão de leite ou bolachas ou biscoitos, com margarina ou requeijão, ou queijo branco. Creme de frutas Almoço e Jantar Arroz pastoso Caldo de feijão Purê de legumes ou feculentos e legumes Carne bovina, ave ou peixe desfiada ou moída Sobremesa: Creme de frutas ou doces cremosos Suco de fruta natural Merenda Leite com café ou achocolatado ou vitamina ou iogurte ou bebida a base de proteína de soja Pães de leite com margarina ou requeijão ou queijo branco; ou bolo Ceia Chá de ervas Bolacha ou biscoito com margarina sache ou geléia sachê , ou bolo. 13 Dieta Pastosa Liquidificada — P bat REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO Desjejum Leite com café ou achocolatado ou mingau ou vitamina ou iogurte Creme de frutas Colação Iogurte ou vitamina ou suplemento nutricional enriquecido com vitaminas, minerais e fibras. Almoço e Jantar Arroz Caldo de feijão Purê de legumes ou feculentos Carne bovina, ave ou peixe liquidificada/ DESFIADO Sobremesa: Creme de frutas ou doces cremosos suco de fruta COZIDA/ MACIA Merenda Leite com café ou achocolatado ou mingau ou vitamina ou iogurte ou bebida a base de proteína de soja Creme de frutas Ceia Leite com café ou achocolatado ou mingau ou vitamina ou iogurte Dieta Leve – L: Uma dieta leve é um plano alimentar que prioriza a ingestão de alimentos de fácil digestão, com menor teor de gorduras, açúcares e calorias. Geralmente, é composta por frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura. Essa abordagem é frequentemente recomendada para pessoas que desejam perder peso, melhorar a digestão ou manter a saúde geral, além de ser indicada em situações de recuperação de doenças, após cirurgias ou durante períodos de desintoxicação. A dieta leve pode ajudar a evitar a sensação de peso no estômago e proporcionar uma melhor energia ao longo do dia. 14 Como o exemplo abaixo REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO Desjejum Leite com café ou achocolatado Bolachas ou biscoitos ou torradas com margarina (sache) ou geléia (sache)/ OU PÃO MACIO Fruta macia Colação Iogurte ou vitamina ou suplemento nutricional enriquecido com vitaminas, minerais e fibras Almoço e Jantar Sopa: (variada) Purê de legumes ou feculentos Carne bovina ou aves ou peixe, desfiadas ou moídas Sobremesa. gelatina ou pudim ou flan ou fruta macia Suco de fruta natural Merenda Leite com café ou achocolatado ou vitamina ou iogurte ou bebida a base de proteína de soja Bolachas ou biscoitos ou torradas com margarina ou geléia Ceia Chá de ervas Bolachas ou biscoitos ou torradas com geléia sache ou margarina sache Dieta Líquida- LIQ: Uma dieta líquida é um plano alimentar que consiste principalmente na ingestão de alimentos em forma líquida, eliminando ou reduzindo significativamente a ingestão de alimentos sólidos. Esse tipo de dieta pode incluir: - Sucos naturais - Caldos - Smoothies - Bebidas à base de leite - Água - Chá e café (sem sólidos) As dietas líquidas são frequentemente usadas em contextos específicos, como preparação para procedimentos médicos, recuperação de cirurgias, ou como uma maneira de desintoxicar o corpo. No entanto, é importante ressaltar que seguir uma dieta líquida por um longo período pode levar a deficiências nutricionais, por isso deve ser feita sob supervisão médica ou de um nutricionista. 15 REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO Desjejum Leite com café ou achocolatado ou mingau ou vitamina ou iogurte OU CHÁ Suco de frutas ou creme de frutas Colação Iogurte ou vitamina ou suplemento nutricional enriquecido com vitaminas, minerais e fibras Almoço e Jantar Sopas da dieta leve batidas com carne Sobremesas. gelatina ou creme de fruta Suco de fruta natural Merenda Mingau ou vitamina ou iogurte e suco de frutas ou creme de frutas Ceia Mingau ou leite com café ou achocolatado Dieta Hipossódica - HS: A dieta hipossódica é um tipo de plano alimentar que limita a ingestão de sódio, um mineral que, em excesso, pode contribuir para a retenção de líquidos e aumentar a pressão arterial. Essa dieta é frequentemente recomendada para pessoas que têm hipertensão arterial, doenças cardíacas, problemas renais ou qualquer condição que exija o controle do consumo de sal. As pessoas que seguem uma dieta hipossódica geralmente são orientadas a evitar alimentos processados eindustrializados, que costumam ter alto teor de sódio, e a optar por alimentos frescos, ervas e especiarias para temperar os pratos, em vez de sal. A quantidade exata de sódio permitida pode variar de acordo com as recomendações médicas e as necessidades individuais. 16 Dieta para Diabéticos- DM: A dieta DM (Diabetes Mellitus) é um plano alimentar específico desenvolvido para ajudar pessoas com diabetes a controlar seus níveis de glicose no sangue e a manter uma saúde geral adequada. Essa dieta é fundamental para gerenciar a condição e prevenir complicações associadas ao diabetes. Aqui estão alguns princípios básicos da dieta DM: Controle dos Carboidratos: Os carboidratos têm um impacto direto nos níveis de glicose no sangue. É importante monitorar a quantidade e o tipo de carboidratos consumidos, preferindo carboidratos complexos (como grãos integrais, legumes e vegetais) em vez de carboidratos simples (como açúcar refinado e produtos processados). Distribuição de Refeições: Fazer várias refeições menores ao longo do dia pode ajudar a manter os níveis de glicose estáveis. A ingestão regular de alimentos ajuda a evitar picos de glicose. Aumentar o Consumo de Fibras: Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, legumes e grãos integrais, ajudam a melhorar o controle glicêmico e promovem a saciedade. Escolhas Saudáveis de Gorduras: Optar por gorduras saudáveis, como aquelas encontradas em abacates, nozes e azeite de oliva, em vez de gorduras saturadas e trans, pode ajudar a manter a saúde cardiovascular. Proteínas Magras: Incluir fontes de proteína magra, como peixes, aves, legumes e laticínios com baixo teor de gordura, é importante para a manutenção da massa muscular e da saciedade. Evitar Alimentos Processados: Reduzir a ingestão de alimentos industrializados, que muitas vezes contêm açúcares adicionados, sódio e gorduras ruins, é crucial para o controle do diabetes. Monitoramento de Porções: Controlar as porções é essencial para evitar excessos e manter um peso saudável, o que pode ajudar no controle da diabetes. Hidratação Adequada: Beber bastante água e limitar o consumo de bebidas açucaradas é importante para a saúde geral e para o controle da glicose. Consultas Regulares: É recomendado que pessoas com diabetes consultem um nutricionista ou endocrinologista para adaptar a dieta às suas necessidades específicas e condições de saúde. 17 Dietas Hipercalóricas e Hiperprotéicas- HH: Uma dieta hiperproteica é um regime alimentar que enfatiza a ingestão elevada de proteínas, geralmente acima da quantidade recomendada para a população em geral. O foco principal dessa dieta é aumentar a ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carnes, peixes, ovos, laticínios, leguminosas e, em alguns casos, suplementos proteicos. Essas dietas são frequentemente utilizadas para diversos objetivos, como: Perda de peso: Aumentar a ingestão de proteínas pode ajudar a promover a saciedade, reduzindo a fome e a ingestão calórica total. Aumento da massa muscular: Atletas e pessoas que desejam ganhar massa muscular costumam adotar dietas hiperproteicas para apoiar o crescimento e a recuperação muscular. Manutenção do peso: Algumas pessoas utilizam a dieta hiperproteica como estratégia para manter o peso corporal após a perda de peso. É importante notar que, embora a proteína seja um macronutriente essencial, o equilíbrio com outros nutrientes (carboidratos e gorduras) e a escolha de fontes de proteínas de qualidade são fundamentais para a saúde a longo prazo. Consultar um profissional de saúde ou nutricionista é recomendável antes de iniciar qualquer dieta restritiva ou com alto teor de proteínas. REFEIÇÃO COMPOSIÇÃO Desjejum Leite com café ou achocolatado ou suplemento nutricional enriquecido de vitaminas e minerais com fibras Pão francês ou pão rico em fibras ou de leite ou outros com margarina ou geléia ou requeijão Fruta Natural Colação Vitamina de frutas ou iogurte ou mingau Almoço e jantar Arroz e feijão ou leguminosas reforçados Carne bovina ou aves ou peixe ou ovos Guarnição a base de legumes ou vegetais folhosos ou frituras Salada folhas ou legumes ou leguminosas Sobremesa: Fruta ou doce Suco de frutas natural Merenda Leite com café ou achocolatado Pães variados ou bolo ou bolacha ou torradas com margarina ou geléia Ceia Leite com café ou achocolatado Bolachas, biscoitos ou torrada com geléia ou margarina 18 Dietas Hipogordurosas- HG: Uma dieta hipogordurosa é um padrão alimentar que tem como objetivo reduzir a ingestão de gorduras, especialmente as gorduras saturadas e trans, que podem estar relacionadas a problemas de saúde, como doenças cardíacas e obesidade. Essa dieta enfatiza o consumo de alimentos com baixo teor de gordura, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras (como frango e peixe) e laticínios desnatados ou com baixo teor de gordura. Além da redução das gorduras, as dietas hipogordurosas geralmente incentivam a escolha de fontes saudáveis de gordura, como as encontradas em nozes, sementes e abacate, em quantidades controladas. É importante que essa abordagem dietética seja equilibrada e inclua todos os grupos alimentares, garantindo a ingestão adequada de nutrientes essenciais. A dieta hipogordurosa pode ser utilizada para perda de peso, controle de colesterol e promoção de uma alimentação mais saudável em geral. Dietas Ricas em Fibras Laxativas- LAX: Uma dieta laxativa é um tipo de alimentação que inclui alimentos e bebidas que favorecem a evacuação e ajudam a aliviar a constipação. Esse tipo de dieta é frequentemente recomendado para pessoas que têm dificuldades em eliminar fezes ou que sofrem de problemas intestinais. Alimentos comuns em uma dieta laxativa incluem: Frutas: Especialmente aquelas ricas em fibras e água, como maçãs, peras, ameixas, figos e frutas cítricas. Vegetais: Verduras e legumes, como brócolis, espinafre, cenoura e abóbora, que são ricos em fibras. Grãos integrais: Alimentos como aveia, arroz integral e pães integrais que contêm mais fibra do que suas versões refinadas. Leguminosas: Feijões, lentilhas e grão-de-bico são excelentes fontes de fibra. Líquidos: Aumentar a ingestão de água e outros líquidos, como sucos naturais, é essencial para ajudar a amolecer as fezes. Além disso, algumas pessoas podem incluir alimentos que têm propriedades laxativas, como o iogurte, que contém probióticos, ou chás de ervas. No entanto, é importante que qualquer mudança na dieta seja feita com orientação de um 19 profissional de saúde, especialmente se houver condições médicas subjacentes. Dieta sem resíduo ou obstipante SIR OU OBST: Uma dieta laxativa é um tipo de alimentação que inclui alimentos e bebidas que favorecem a evacuação e ajudam a aliviar a constipação. Esse tipo de dieta é frequentemente recomendado para pessoas que têm dificuldades em eliminar fezes ou que sofrem de problemas intestinais. Alimentos comuns em uma dieta laxativa incluem: Frutas: Especialmente aquelas ricas em fibras e água, como maçãs, peras, ameixas, figos e frutas cítricas. Vegetais: Verduras e legumes, como brócolis, espinafre, cenoura e abóbora, que são ricos em fibras. Grãos integrais: Alimentos como aveia, arroz integral e pães integrais que contêm mais fibra do que suas versões refinadas. Leguminosas: Feijões, lentilhas e grão-de-bico são excelentes fontes de fibra. Líquidos: Aumentar a ingestão de água e outros líquidos, como sucos naturais, é essencial para ajudar a amolecer as fezes. Além disso, algumas pessoas podem incluir alimentos que têm propriedades laxativas, como o iogurte, que contém probióticos, ou chás de ervas. No entanto, é importante que qualquer mudança na dieta seja feita com orientação de um profissional de saúde, especialmente se houver condições médicassubjacentes. 20 Dieta água chá e gelatina: serve apenas os alimentos indicados. . 2.3 Sistemas de compras, controle, recebimento, armazenamento, frequência e gramagens dos gêneros alimentícios O sistema de compras é organizado com pedidos semanais de pães, que são entregues diariamente, enquanto carnes e produtos estocáveis são planejados mensalmente, com entregas semanais. O recebimento dos produtos segue normas legais, onde o estoquista verifica e registra informações como validade, lote, quantidade, temperatura e estado das embalagens. O armazenamento é feito de acordo com as características de cada tipo de alimento. Estocáveis: em ambiente fresco, limpo e longe da umidade. Carnes bovinas, suínas e aves: congelados a -12ºC e refrigerados entre 4ºC e 7ºC. Pescados: congelados a -12ºC e refrigerados entre 2ºC e 3ºC. Frios e laticínios: refrigerados entre 4ºC e 10ºC. Hortifrutis e ovos: refrigerados entre 4ºC e 10ºC. Sobremesas: refrigeradas entre 4ºC e 10ºC. Quanto à gramagem dos gêneros alimentícios, a empresa contratada segue os padrões descritos na tabela abaixo para os principais alimentos: Gênero Gramagem Frequência semanal Pão francês 50 g 5x Pão de fôrma 50 g Quando prescrito Bisnaga 50 g 2x Pão doce 50 g Quando prescrito 21 Pão de centeio ou fibras 50 g Diariamente para diabéticos Bolachas salgada 60 g 3x Bolacha doce 60 g 2x Leite com café 300 ml Diariamente Leite puro 300 ml Quando prescrito Achocolatado 300 ml Quando prescrito Chá 300 ml Quando prescrito Café puro 300 ml Quando prescrito Margarina 10 g 3x Requeijão 20 g 2x Queijo mussarela 20 g 1x Queijo branco 20 g 1x Geleia 10 g Quando prescrito Mamão 150 g Diariamente Mingau 300 ml 4x Vitamina com 3 frutas 300 ml 3x Suco de frutas polpa 300 ml 1x Coxão mole 140 g 1x Coxão duro 140 g 1x Cupim 160 g 1x Lagarto 140 g 1x Acém 120 g 2x Linguiça 140 g 1x Costela bovina 300 g 1x/mês Carne seca 150 g 1x/mês Bisteca suína 150 g 2x/mês Copa lombo 160 g 2x/mês Coxa e sobrecoxa 300 g 1x Peito de frango 140 g 2x 22 Cação em postas 200 g 1x Merluza 150 g 1x Pescada branca 150 g 1x Ovo 2 unidades 2x Acelga 120g 1x Agrião 60 g 3x Alface crespa 60 g 3x Alface lisa 60 g 3x Almeirão 150 g 1x Rúcula 60 g 1x Brócolis 120 g 1x Couve flor 120 g 1x Couve 100 g 1x Espinafre 100 g 1x Pepino 120 g 1x Tomate salada 150 g 3x Beterraba 140 g 1x Abobrinha 140 g 1x Vagem 120 g 1x Berinjela 180 g 3x Polenta 100 g 3x Farofa 80 g 1x Bolo simples 50 g 2x Abacate 150 g 2x Abacaxi 150 g 2x Pêra 1 unidade 2x Maçã nacional 1 unidade 3x Banana 2 unidades 2 a 3x Caqui 1 unidade 1x Laranja pêra 1 unidade 6x 23 Manga 1 unidade 1x Melancia 150 g 2x Melão 250 g 1x Tangerina 1 unidade 1x Gelatina 100 g 2 a 3x Pudim 100 g 2x Doce de abóbora cremoso 100 g 2x/quinzenal Doce de banana 100 g 1x Arroz 100 g Diariamente Feijão preto 50 g 2x/mês Feijão carioca 50 g Diariamente Batata comum 180 g 3x Batata doce 160 g 1x/quinzenal Inhame 120 g 3x Mandioca 160 g 1x Mandioquinha 140 g 2x 2.4 Cozinha e Produção As características da cozinha foram projetadas de acordo com a legislação, apresentando boa iluminação, ventilação adequada com exaustores e ventiladores, climatização no lactário e salas de nutrição, piso antiderrapante e com boa drenagem, além de paredes e teto de fácil limpeza. A distribuição das refeições é centralizada, com porcionamento realizado pelas nutricionistas, que preparam marmitas, lanches e bebidas conforme as normas de gramagem. As refeições para os funcionários são distribuídas por técnicas de nutrição. As dietas nos leitos são acondicionadas em carrinhos térmicos, enquanto as refeições para funcionários e acompanhantes ficam em um balcão térmico no refeitório. A nutricionista gerente da UAN supervisiona o controle de qualidade, com técnicas de nutrição aferindo temperaturas e coletando amostras diárias, que são congeladas por 4 dias. As solicitações de dietas são feitas conforme orientação médica e registradas nos prontuários. As nutricionistas clínicas visitam os leitos diariamente para atualizar os mapas de dietas, que são preparados pelas 24 nutricionistas do lactário, que porcionam e distribuem as dietas com a ajuda da copeira, enviadas diretamente da cozinha sem copas de apoio. 2.5 Lactário O lactário, situado na cozinha, compreende uma sala de nutrição, área de preparo e área de higienização, e conta com uma equipe de 2 nutricionistas e 2 lactaristas que trabalham em turnos de 12x36 horas, além de uma copeira no período noturno. O ambiente possui paredes brancas, janelas com telas e ar condicionado. Os equipamentos incluem: geladeira, armário com chave para dietas, fogão, banho-maria, balcão de inox, autoclave, filtro de água e pias para higienização. No Hospital Mário Degni, os bebês recebem refeições em copinhos higienizados com cloro e esterilizados na autoclave. Amostras de água e fórmulas são armazenadas em volumes de 100 ml na geladeira por 3 dias, com embalagens abertas etiquetadas com a data de abertura, nome da fórmula e lote, seguindo as orientações do fabricante. Imagem 2: Etiqueta de identificação de fórmulas Fonte: Hospital Mário Degni Com relação as fórmulas, suplementos e módulos padronizados do hospital Mário Degni, vale ressaltar que: Fórmulas: As preparações alimentares são desenvolvidas para atender às necessidades nutricionais de diferentes idades, promovendo uma nutrição 25 adequada para o crescimento de bebês e crianças, e adaptadas para adultos e idosos, visando atender necessidades especiais e promover a saúde em cada fase da vida. Suplementos: Suplementos são produtos que adicionam nutrientes específicos à dieta, como vitaminas, minerais e proteínas, para corrigir deficiências nutricionais, apoiar a saúde geral ou tratar condições médicas. Módulos: Os componentes nutricionais, como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, são utilizados em fórmulas e dietas para fornecer nutrientes específicos e ajustar a composição nutricional, visando otimizar a nutrição conforme as necessidades individuais. No Hospital Municipal Mário Degni, a seleção de fórmulas e suplementos varia conforme marca, preço e disponibilidade dos fornecedores, com uma lista dos produtos atualmente utilizados em agosto de 2024. Aptamil Pró expert (pré): O Aptamil Proexpert Pre, desenvolvido pela Danone, é uma fórmula em pó destinada a recém-nascidos pré-termo e de alto risco, contendo nucleotídeos, DHA, ARA e prebióticos para oferecer nutrição especializada que apoia seu crescimento e desenvolvimento. Aptamil Premium 1 (até 6 meses): É uma fórmula infantil em pó para lactentes de até 6 meses, rica em proteínas lácteas e contendo DHA, ARA, prebióticos e nucleotídeos, proporcionando nutrição completa para o crescimento saudável do bebê. Nan Supreme Pró (0 a 6 meses): Fórmula infantil para lactentes de 0 a 6 meses, enriquecida com DHA, ARA, prebióticos e nucleotídeos, oferecendo nutrição completa para o desenvolvimento saudável do bebê. Neocate LCP (0 a 36 meses): É uma fórmula infantil em pó à base de aminoácidos livres, destinada a lactentes e crianças de 0 a 36 meses, nutricionalmente completa e sem proteínas lácteas, com restrição de lactose. É indicada para necessidades dietoterápicas específicas e não contém leite nem produtos lácteos. Infatrini (0 a 3 anos) A fórmula é destinada à alimentação oral ou enteral de lactentes e crianças pequenas, apresentando densidade de 1 kcal/ml. É polimérica, hipercalórica e nutricionalmente completa, podendo ser usada de forma exclusiva ou complementar. Contém LCPs (ARA/DHA), nucleotídeos, beta-caroteno e 26 prebióticos (GOS/FOS). É indicada para crianças com cardiopatias congênitas,fibrose cística, insuficiência respiratória, déficit ponderoestatural, desaceleração do crescimento, situações pré e pós-operatórias, aceitação oral insuficiente, restrição hídrica e intolerância a aumento de volume. Nutridrink Protein: É um suplemento nutricional de baixo volume, hipercalórico (2,4 kcal/ml) e hiperproteico (18 g por 125 ml), enriquecido com vitamina D e cálcio, que auxilia na recuperação da força, energia e saúde muscular. Nova Source Proline 1,4: Suplemento alimentar hiperprotéico, indicado para nutrição enteral e oral, sem açúcares adicionados. Auxilia na cicatrização de lesões, como feridas por pressão e pé diabético, devido ao seu alto conteúdo de proteína, arginina, prolina, zinco, selênio e vitaminas A, E e C. Nutren Control Diet: Suplemento nutricional indicado para dietas com restrição de sacarose, glicose, frutose e lactose. Contém isomaltulose, um carboidrato de lenta absorção e baixo índice glicêmico, além de 15g de proteínas por porção de 200 ml, e é rico em fibras, ômega-3, vitaminas e minerais. Nutren Fresh: Suplemento clarificado que auxilia na manutenção e recuperação do estado nutricional e de hidratação, indicado para quem precisa de maior aporte calórico e proteico, além de ser uma opção para dietas com restrição de lactose e gorduras. Simbioflora: É um suplemento probiótico que contém microrganismos benéficos, como lactobacilos e bifidobactérias, para melhorar a saúde intestinal e equilibrar a flora bacteriana. Carbofor: Módulo de oligossacarídeos para nutrição enteral ou oral, altamente digestível. Glutamax: L-glutamina pura e isolada, indicada para nutrição enteral e/ou oral. Fornece energia para células, principalmente as do sistema imunológico e intestinal. 27 Thicken up: O módulo espessante é usado para aumentar a consistência de líquidos e alimentos, facilitando a deglutição, especialmente em pacientes com dificuldades como a disfagia. Experiência: Durante meu período no lactário, minha experiência foi enriquecedora e educativa. Fui recebida pela nutricionista Pamela, que me conduziu durante toda manhã. Aprendi sobre a preparação, armazenação e distribuição das dietas enterais e mamadeiras. Participei também do preparo das bandejas e organização das dietas. Fomos para a distibuição das refeições no alojamento e montagem das bandejas para cada paciente. Ao longo do dia, também aprendi sobre a importância do leite materno para a saúde dos bebês, suas propriedades nutricionais e como ele pode ajudar na prevenção de doenças. No final do dia, saí com uma nova perspectiva sobre a amamentação e a importância do suporte emocional e informativo para as mães nesse período tão especial. A experiência no lactário foi, sem dúvida, uma valiosa contribuição para minha formação e compreensão sobre cuidados maternos e infantis. 2.6 Dietas enterais No Hospital Mário Degni, as dietas enterais são manipuladas no lactário com fórmulas industrializadas, não sendo produzidas internamente. A nutricionista clínica Denise Rude é responsável pela solicitação, recebimento e controle de estoque das dietas. A distribuição é feita por lactaristas que usam caixas térmicas para manter a temperatura. As embalagens das dietas são higienizadas com álcool 70% e armazenadas conforme as instruções do fabricante. Quando um médico solicita uma dieta, Denise Rude envia as informações para o lactário, onde a etiqueta do paciente é preparada e a dieta é distribuída ao leito. A quantidade diária de dietas enterais varia conforme a necessidade dos pacientes, sem um número fixo de oferta. Os frascos são lacrados pelo fabricante e devem ser abertos apenas na hora da administração. 28 Imagem 3: Identificação de dieta enteral Fonte: Hospital Mário Degni O hospital utiliza um sistema de fornecimento de dieta enteral fechado, minimizando o risco de contaminações. As dietas enterais disponíveis no Hospital Mário Degni incluem: Novasource GI Control 1,5: A composição hipercalórica fornece 1,5 kcal por ml e é enriquecida com 100% de fibras solúveis, favorecendo a saúde digestiva. Isosource GC 1,5: É uma fórmula enteral com 1.5kcal/ml, destinada ao controle glicêmico em pacientes com diabetes, contendo carboidratos de lenta absorção e 15g/L de fibras, sem sacarose. 29 2.7 Atendimento ao paciente O paciente internado recebe suporte nutricional adequado e pode ter até seis refeições diárias, dependendo de sua condição. As nutricionistas Hellen e Adrielle avaliam os pacientes em até 48 horas e realizam reavaliações a cada 7 dias, se necessário. Elas também prescrevem suplementos. Na UTI, a nutricionista Denise Rude acompanha os pacientes, em colaboração com a equipe EMTN, que inclui diversos profissionais da saúde. Durante as avaliações, as nutricionistas preenchem formulários padronizados pelo hospital: Avaliação Nutricional Subjetiva Global (adulto, idoso, gestante ou puérpera); Ficha de triagem de risco Nutricional (NRS); Avaliação Antropométrica; Nível de assistência Nutricional (NAN); Mini Avaliação Nutricional de idoso; Controle dipario de nutrição via oral, enteral ou parenteral; Avaliação da aceitação de dieta Ficha de evolução do paciente O registro das alterações antropométricas e dietéticas do paciente é importante. Ao receber alta, os pacientes recebem orientações impressas das nutricionistas clínicas para prevenir problemas futuros relacionados à alimentação. As principais dietas orientadas incluem: dieta para diabetes, hipertensão, hipogordurosa, hipoproteica, hiperproteica e laxativa.: Imagem 4: Modelo de orientação de alta. 30 Fonte: Hospital Mário Degni 31 2.8 Rotina do Estagiário de Nutrição Experiencia: Durante o periodo de estágio a experiência foi gratificante, pois não apenas contribuiu para a saúde dos pacientes, mas também fortaleceu a importância do trabalho em equipe e da educação em saúde. Começavamos o dia sempre nos prepaprando para as visitas, avaliações e reavaliações antropometricas para o monitoramento do estado nutricional e a identificação de possíveis riscos à saúde. Recebiamos os mapas com a relação dos pacientes que deveriam ser avaliados no dia. Após as avaliações, eram feitos os calculos, preenchidos os prontuários e entregues à nutricionista responsável. O período de estagio trouxe conhecimento e realizações que não fui capaz de estimar antes de passar pelo processo. Gostei muito do ciclo, das colegas e companheiras que conheci, da nossa supervisora, que nos acolheu e nos ensinou com maestria. Vou levar essa experiência pra vida. O estagiário atuará em várias funções na equipe de Nutrição e Dietética do hospital, incluindo o lactário, clínica e EMTN, e as principais atividades em cada área serão detalhadas a seguir. Tabela 1 - Horários e Atividades HORÁRIO ATIVIDADES 7:00 – 7:15 Momento para o estagiário chegar, se paramentar (touca/máscara/jaleco) e guardar os objetos pessoais dentro do armário do vestiário. 7:15 – 7:45 Breve discussão sobre o estudo de caso e organização dos materiais para iniciar as visitas no hospital. 7:45 – 9:30 Passar visitas nos leitos conforme divisão combinada e realizar o preenchimento dos materiais fornecidos pelo hospital. Até 9:30 Passar todas as observações de alterações de dietas para a nutricionista da produção. 9:30 – 9h50 Finalização do preenchimento dos formulários e entregar tudo corretamente preenchido para a nutricionista clínica. 32 10:00 – 10:15 Intervalo. 10:15 – 10:30 Paramentação e retorno às atividades. 10:30 – 11:15 Reunião com a Equipe Multi na UTI. 11h15 – 11:50 Coleta de informações sobre o Estudo de caso. Fonte: De própria autoria. 33 3. AVALIAÇÕES, REAVALIAÇÕES E VISITAS Tabela 2 - Formulários de Avaliações Nutricionais PRIMEIRA AVALIAÇÃO Realizada em até48 horas após a internação O que fazer? Avaliação Nutricional Subjetiva Global (verificar se é adulto, idoso, gestante ou puérpera); Ficha de triagem de risco Nutricional (NRS); Avaliação Antropométrica; Nível de assistência Nutricional (NAN); Se o paciente for idoso, preencher a Mini Avaliação Nutricional de idoso; Preencher o controle dipario de nutrição via oral, enteral ou parenteral; Preencher a avaliação da aceitação de dieta. Preencher a ficha de evolução do paciente REAVALIAÇÃO Realizada a cada 7 dias O que fazer? Buscar no prontuário do paciente a última avaliação antropométrica e dar sequência no preenchimento do formulário com a data atual; Realizar a avaliação antropométrica do paciente; Fazer os cálculos; Preencher a ficha de evolução. VISITA O que fazer? Passar nos leitos perguntando as preferências ou aversões alimentares do paciente; Questionar se existe alguma intolerância alimentar; Questionar como está o hábito intestinal, e se está conseguindo urinar normalmente; Questiona como está a aceitação da dieta e a ingestão de água. Fonte: De própria autoria. Ao preencher os formulários, o aluno deve fazer com muita atenção, preencher a data e os dados completos do paciente evitando rasuras com branquinho. Lembrar de sempre devolver as fichas preenchidas no mesmo dia. 34 4. FORMULÁRIOS Tabela 3 – Observações sobre os formulários Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG). Sempre verificar a idade do paciente pois para cada ciclo da vida existe uma anamnese diferente. Ficha de triagem de Risco Nutricional (Adaptado da NRS 2002); Avaliação Antropométrica; Nível de Assistência nutricional (NAN); Ficha de triagem de Risco de Desnutrição em crianças e adolescentes (Adaptado da Strongkids, 2010). Leia com atenção o que se pede na ficha; Não esquecer de colocar a data atual; Preencher a ficha de avaliação antropométrica. Preencher com atenção e não deixar informações em branco. Ficha de Mini Avaliação Nutricional de Idosos (Adaptado da Mini Nutritrional Assessment MNA) Deve ser aplicado em pacientes que tenham idade igual ou maior que 59 anos. Nutrição: Controle diário – EMTN O formulário vai mudar de acordo com a via de alimentação do paciente (oral, enteral ou parenteral); Preencher corretamente, evitando deixar informações em branco. Avaliação da Aceitação da Dieta As informações para o preenchimento desse formulário, podem ser encontradas na prancheta da enfermagem, caso o paciente não saiba informar ou esteja incomunicável Ficha de Evolução do Paciente Para o preenchimento dessa ficha, detalhar tudo o que foi conversado com o paciente sobre sua alimentação e/ou queixas, assim como a aceitação da dieta.Também descrever como foi realizada a avaliação antropométrica e o diagnóstico nutricional. Fonte: De própria autoria. 35 5. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 5.1 Aferição de peso Pacientes que deambulam: Ao preencher os formulários, o aluno deve fazer com muita atenção, preencher a data e os dados completos do paciente evitando rasuras com branquinho.Lembrar de sempre devolver as fichas preenchidas no mesmo dia. Pacientes acamados: Utilizar fórmula preditiva de peso, aplicando as medidas da altura do joelho (AJ) e da circunferência do braço (CB) (Chumlea et al., 1988). Tabela 4 - Equações para estimar o peso em de homens e mulheres 36 Pacientes amputados, com edemas e/ou ascite: Realizar os descontos necessários para obtenção do valor do peso (Dempster, 1995 e Clauser, 1969; Duarte e Castellani, 2002; e James, 1989) Tabela 5 - Porcentagens de peso correspondente a cada seguimento do corpo Tabela 6 - Estimativa de peso de edema 37 Tabela 7 - Estimativa de peso de ascite e edema Peso Habitual (PH): O peso habitual do paciente, geralmente informado por ele ou um acompanhante, serve como referência para avaliar mudanças de peso recentes e pode ser usado quando não é possível medir o peso atual. Peso Ideal (PI): O peso ideal para um indivíduo é aquele que contribui para um bom estado de saúde, podendo variar em até 10% para mais ou para menos. Esse peso é calculado utilizando a fórmula do IMC, que é PI = altura² (m) x IMC médio (Kg/m²). Tabela 8 - Fórmula de Peso Ideal para adultos e idosos Fonte: OMS,1998. Peso ajustado (Paj): O trecho menciona que o percentual de adequação do peso é utilizado para avaliar pacientes cujo peso atual está abaixo de 95% ou acima de 115% do peso ideal. Essa avaliação é fundamental para calcular as necessidades nutricionais adequadas, evitando erros de subestimação ou superestimação. (EBSERH, 2022). 38 Tabela 9 - Fórmula para Peso ajustado Fonte: ªFrankenfield et al., 2013; bKamimura, MA et al. 2005. 5.2 Aferição de altura Pacientes que deambulam e sem risco de queda: Colocar o paciente em pé, com as costas para uma parede sem obstáculos, calcanhares juntos e descalço. Os braços devem estar ao longo do corpo, com peso equilibrado nos pés. Manter a postura ereta, olhando para o horizonte, e pedir que respire profundamente. Coloque uma régua de plástico transversalmente na cabeça do paciente e, com um lápis, marque o ponto onde a régua toca a parede. Use a fita métrica inelástica para medir a distância do ponto marcado até o piso. Altura estimada: Para estimar a estatura de pacientes acamados que não podem se mover, é possível utilizar medidas como a envergadura dos braços ou a distância entre os ossos do quadril e do calcanhar. Métodos como fórmulas baseadas em proporções do corpo também podem ser empregados, levando em conta características individuais do paciente, como idade e sexo. É importante realizar essas medições de maneira cuidadosa para obter uma estimativa precisa da estatura. Tabela 10 - Tabela para estimativa de altura. Fonte: Chumlea e colaboradores, 1985. 39 Extensão dos braços (envergadura): A estatura de pessoas que não podem ser medidas diretamente pode ser estimada pela distância entre as pontas dos dedos médios, com os braços abertos na altura dos ombros e formando um ângulo de 90º com o tronco. Imagem 5 - Medida da invergadura do braço Fonte: Mussoi, 2014. Para adultos, a medida é cerca de 10% da altura e permanece constante com a idade. Para idosos, refere-se à altura máxima alcançada antes da perda óssea que causa diminuição da estatura. (EBSERH, 2022). Semi-envergadura: Se não for possível estender os braços, a altura pode ser estimada medindo a distância entre o esterno e a falange distal do dedo médio esquerdo com uma fita métrica flexível. O valor obtido deve ser multiplicado por 2 para calcular a altura. (EBSERH, 2022). 40 Imagem 6 - Medida da semi envergadura Fonte: Mussoi, 2014. Altura do joelho: Medir a altura do joelho para aplicar o valor obtido nas fórmulas de estimativa de peso e estatura de pacientes acamados. O paciente deve estar na posição supina com o joelho esquerdo flexionado formando um ângulo de 90° com o tornozelo. Medir o comprimento entre a base do calcâneo e a superfície anterior da perna (cabeça da fíbula) na altura do joelho (CHUMLEA et al., 1988). Imagem 7 - Medida do joelho em posição supina Fonte: Mussoi, 2014. 41 5.3 Circunferências Circunferência do braço (CB): Utilizar a CB como indicador isolado de magreza e adiposidade ou como valor constituinte das fórmulas de estimativas de peso. Flexionar o braço não dominante do paciente fazendo um ângulo de 90° entre braço e antebraço. Aferir a medida no ponto médio entre o acrômio e o olecrano, contornando o braço com a fita métrica flexível de forma ajustada, evitando compressão da pele ou folga. Adequação da CB:Utilizar a porcentagem de adequação da CB como um indicador de reserva muscular: Tabela 1 - Fórmula e classificação do estado nutricional de acordo com a CB Fonte: Blackburn; Thornton (1979). 42 Tabela 2 - Distribuição da CB (cm) em percentis. Fonte: Frisancho, 1990. Tabela 3 - Classificação de percentil para ambos os sexos Fonte: Frisancho, 1993 43 Circunferência da Panturrilha (CP): Utilizar a CP como um marcador de massa muscular em idosos. (EBSERH, 2022). Pacientes que deambulam: Posicionar o paciente em pé, com o peso corporal distribuído entre as pernas. Colocar a fita na maior proeminência da musculatura da panturrilha, de modo que ficava perpendicular ao eixo longitudinal da perna. Imagem 8 - Mensuração da panturrilha com o pacientes em pé Fonte: Mussoi, 2014 Pacientes acamados: Com o paciente em posição supina, flexionar o joelho formando um ângulo de 90° com o tornozelo, com a sola do pé totalmente apoiada na cama do paciente.Colocar a fita na maior proeminência da musculatura da panturrilha, de modo que ficava perpendicular ao eixo longitudinal da perna. Valores de referência:e a prescrição médica da dieta para definir a necessidade de atenção dietética especializada. Por exemplo, um paciente que apresenta disfagia terá necessidade de dieta específica para o caso (ASBRAN, 2014). Em razão da relevância do atendimento de nutrição por níveis de assistência – seja para crianças, adultos ou idosos hospitalizados, independentemente do estado fisiológico ou da situação clínica –, faz-se necessário o entendimento detalhado da classificação. caso (ASBRAN, 2014). Na prática, algumas situações clínicas que geram hipercatabolismo (como grandes queimaduras, politraumas, caquexia, terapia nutricional enteral e parenteral, cirurgias de grande porte ou enfermidades graves) estão classificadas em nível terciário, pois atendem aos dois critérios. caso (ASBRAN, 2014). Os critérios descritos no Quadro abaixo simplifica o método para uso na prática clínica. Tabela 30 - Critérios relacionados ao risco nutricional Fonte: Maculevicius; Fornasari; Baxter, 1994. 60 REFERÊNCIAS AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Nutrition recommendations and principles for people with diabetes mellitus. Diabetes Care. 2000 Jan;23 Suppl 1 . PMID: 12017676. AUGUSTO, ALP., ALVES, DC., GERUDE, M., MANNARINO, IC. Terapia Nutricional. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. BLACKBURN, G. L.; BR BISTRIAN, B. S., MAINI, H. T., SCHLAMM, M. F., SMITH. American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. ASPEN. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN. Journal Parenteral and Enteral Nutrition, v. 1, n. 1, p. 11-22, 1977. BLACKBURN, G. L.; THORNTON, P. A. Nutritional assessment of the hospitalized patients. Medical Clinics of North America, v. 63, p. 1103-115, 1979. CALADO, I. L. Avaliação e diagnóstico nutricional na doença renal crônica. Universidade Federal do Maranhão. UNA SUS/UFMA. São Luís, 2015. CARUSO, L., SILVA, ALND, SIMONY, RF. Dietas hospitalares: uma abordagem na prática clínica. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2002. CHUMLEA, W. C.; GUO, S.; ROCHE, A. F.; STEINBAUGH, M. L. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from anthropometry. Journal of American Dietetic Association, v. 88, p. 564-568, 1988. CHUMLEA, W. C.; ROCHE, A. F.; STEINBAUGH, M. L. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years age. Journal of American Geriatric Society, v. 33, n. 2, p. 116-120, 1985. CHUMLEA, W. C., ROCHE, A. F., STEINBAUGH, M. L. Prediction of stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility- impaired or handicapped persons. Journal of the American Dietetic Association, v. 94, n. 12, p. 1385-1388, dec. 1994. CLAUSER, C. E., McCONVILLE, J. T., YOUNG, J. W. Weight, Volume and Center of Mass of Segments of Human Body. AMRL Technical Report 69-70. Wright Patterson Air Force Base, Ohio, p. 106, 1969. DEMPSTER, W. T. Space requirements of the seated operator: geometrical, kinematic, and mechanical aspects of the body, with special reference to the limbs. In: Wright Air Development Center Technical Report. Wright Patterson Air Force Base, Ohio, p. 55 – 159, 1995. 61 DUARTE, A. C., CASTELLANI, F. R. Semiologia. Axcel Books do Brasil Editora, 2002. EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES (EBSERH), Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora. POP.UMULTI.NUT.004 - Avaliação Antropométrica de Pacientes Adultos e Idosos. Juiz de Fora, 2022. 15p. ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition, Clin Nutri. 2006;(25):210-360. FRANKENFIELD, D. C., ROWE, W. A., SMITH, J. S., COONEY, R. N. Validation of several established equations for resting metabolic rate in obese and nonobese people. Journal of the American Dietetic Association, v. 103, p. 1152-1159, 2003. FRISANCHO, A. R. Anthropometric standards for the assessments of growth and nutritional status. University of Michigan, p. 189, 1990. GARCIA, RW. Práticas e comportamento alimentar no meio urbano: um estudo no centro da cidade de São Paulo. Caderno de Saúde Pública (Rio de Janeiro), v. 13, n. 3, p. 455-467, 1997. Gottschlich MM. The A.S.P.E.N. nutrition support core curriculum : a case-based approach : the adult patient, 2007. GRAY, D. S., CRIDER, J. B., KELLEY, C., DICKINSON, L. C. Accuracy of recumbent height measurement. J Parenter Enteral Nutr. 1985 Nov-Dec;9(6):712- 5. HAN, T. S., VAN LEER, E. M., SEIDELL, J. C., LEAN, M. E. Waist circumference action levels in the identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. Br Med J, v. 311, p. 1401-1405, 1995. ISOSAKI, M., CARDOSO, E., OLIVEIRA, AD. Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: Serviço de Nutrição e dietoterapia do Instituto do Coração. HCFMUSP, 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2009. JAMES, R. Nutritional support in alcoholic liver disease: a review. Journal of Human Nutrition, London, v. 2, p. 315-323, 1989. KAMIMURA, M. A., SAMPAIO, L. R. Avaliação Nutricional. Termo In: Lilian Cuppari. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP-ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA. 2a Edição. Barueri SP: Manole, 2005. p. 89 – 115. KRAUSE MV, MAHAN LK, ARLIN MT. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14 ed. São Paulo: GEN Guanabara Koogan, 2018. 62 LIMA, C. G., BASILE, L. G., SILVEIRA, J. Q., VIEIRA, P. M., OLIVEIRA, M. R. M. Circunferência da cintura ou abdominal: uma revisão crítica dos referenciais metodológicos. Rev. Simbio-Logias, v. 4, n. 6, 2011. LOHMAN TG, ROCHE AF, MARTORELL R. Anthropometric standardization reference manual. Human Kinetics: Champaign, 1988. LIPSCHITZ DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care 1994;21(1):55-67. MACULEVICIUS, J., DIAS, MCG. Dietas orais hospitalares; In: WAITZBERG, DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ª Ed. São Paulo: Atheneu. V. 1 Cap. 36 p. 649-663, 2009. MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. NUTRITION SCREENING INITIATIVE. Nutrition interventions manual for professionals caring for older Americans. Nutrition Screening Initiative, Washington DC, 1992. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation, Geneva, 1997. Geneva: World Health Organization, 1998. (WHO/NUT/98.1.). PEMBERTON, RD; GASTINEU, CF. Manual de Dietas da Clínica Mayo. 1 ed. São Paulo: Roca, 1981. PREFEITURA DO ESTADO DE SÃO PAULO. HOSPITAL SARAH. Página principal. Disponível em: https://www.hospitalsarah.com/#google_vignette. Acesso em: 31 Agosto, 2024. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL. Hospital e Maternidade Profº Mário Degni comemora 29 anos com homenagem aos funcionários. Disponível em: https://www.capital.sp.gov.br/web/autarquia_hospitalar_municipal/w/noticias/28916 2. Acesso em:31 Agosto, 2024. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol volume 77, (suplemento III), 2001. TACO. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 4 ed. Campinas – SP, 2011. WAITZBERG, DL. Nutrição Oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2017. http://www.hospitalsarah.com/#google_vignette http://www.hospitalsarah.com/#google_vignette https://www.capital.sp.gov.br/web/autarquia_hospitalar_municipal/w/noticias/289162 https://www.capital.sp.gov.br/web/autarquia_hospitalar_municipal/w/noticias/289162 63 ANEXOS: DIETA GERAL G Café com leite 300ml Pão francês (Pão de sal, pão carequinha) 50g Margarina 10g Mamão 150g Arroz branco cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Peito de frango sem pele grelhado 140g Cenoura cozida 100g Alface 50g Tomate 50g Pudim de leite 100g Suco de laranja 1 Copo americano duplo (240ml)Arroz branco cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Carne moída refogada 140g Brócolis 120g Alface lisa 60g 17:00 - Jantar 08:00 - Café da manhã 12:00 - Almoço 15:00 - Lanche 64 Laranja 1 Unidade(s) média(s) (180g) Suco natural de abacaxi 1 Copo americano duplo (240ml) Chá de camomila 300ml Torrada tradicional 60g Geleia 10g Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias Café da manhã 11.2g 13.5g 58.0g 386 Kcal Almoço 58.6g 9.7g 96.2g 691 Kcal Lanche 12.3g 11.5g 45.3g 327 Kcal Jantar 46.8g 31.3g 73.4g 746 Kcal Ceia 6.9g 3.9g 51.6g 267 Kcal Total das refeições 135.9g 69.8g 324.5g 2416 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 22.6g 10.6g 27.2g 1.1g 373.5mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 31.9g 1012.3mg 394.3mg 1726.0mg 16.3mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 2012.1mg 4695.1mg 2.3mg 15.5mg 62.4mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 2093.6mcg 1182.2mcg 650.4mcg 6.4mcg 1.9mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.6mg 1.2mg 57.8mg 484.0mg 0.7mcg Vitamina E Álcool 12.4mg 0.0g 20:00 - Ceia 65 DIETA BRANDA B Café com leite 300ml Pão de leite industrializado 50g Geleia 10g Mamão 150g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Arroz branco cozido 100g Acelga refogada sem sal 120g Carne moída refogada 120g Suco de laranja 300ml Banana 1 Unidade(s) média(s) (40g) Arroz branco cozido 100g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Batata baroa (mandioquinha, batata salsa, cenoura amarela) cozida 140g Frango desfiado 140g Couve manteiga refogada 100g Jantar Lanche Café da manhã Almoço 66 Chá 300ml Pão de leite industrializado 50g Manteiga 10g Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias Café da manhã 10.4g 7.7g 60.8g 341 Kcal Almoço 36.2g 27.3g 72.0g 682 Kcal Lanche 12.3g 11.5g 45.3g 327 Kcal Jantar 49.6g 11.4g 62.4g 536 Kcal Ceia 4.1g 9.8g 28.7g 215 Kcal Total das refeições 112.6g 67.7g 269.1g 2100 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 22.1g 10.7g 26.3g 0.7g 311.6mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 23.5g 883.8mg 276.7mg 1267.3mg 9.7mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 1118.0mg 3576.2mg 2.6mg 13.6mg 33.4mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 502.7mcg 357.7mcg 407.5mcg 5.5mcg 1.1mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.4mg 0.8mg 31.9mg 448.5mg 0.5mcg Vitamina E Álcool 9.0mg 0.0g Ceia 67 DIETA PASTOSA - P Café com leite 300ml Pão de leite industrializado 50g Requeijão 20g Banana 1 Unidade(s) média(s) (40g) Arroz branco cozido 100g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Sopa de legumes 120g Suco de laranja 300ml Gelatina de abacaxi em pó (Oetker) 100g Arroz branco cozido 100g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Purê de batata inglesa 120g Carne moída refogada 140g Suco de laranja 300ml Gelatina de abacaxi em pó preparada diet 100g JANTAR Café da manhã Almoço LANCHE 68 Chá 300ml Biscoito maisena 60g Margarina 10g Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias Café da manhã 12.0g 12.4g 49.3g 349 Kcal Almoço 12.3g 2.2g 152.4g 677 Kcal LANCHE 7.3g 7.8g 91.5g 462 Kcal JANTAR 42.1g 32.3g 70.5g 748 Kcal CEIA 4.8g 14.4g 46.8g 332 Kcal Total das refeições 78.5g 69.1g 410.5g 2567 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 22.1g 9.6g 26.7g 1.7g 197.2mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 11.9g 693.0mg 210.4mg 1071.9mg 9.0mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 1663.0mg 2832.9mg 1.0mg 37.0mg 32.0mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 432.9mcg 357.9mcg 372.8mcg 5.7mcg 1.3mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.5mg 0.8mg 18.6mg 470.4mg 0.5mcg Vitamina E Álcool 7.1mg 0.0g CEIA 69 PASTOSA LIQUIDA - P BAT Arroz integral cozido 100g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Purê de batata inglesa 120g Frango desfiado 140g Suco de laranja 300ml Gelatina de abacaxi em pó (Ducoco) 100g Café com leite 300ml Mamão 150g Arroz branco cozido 100g Feijão cozido (Só Caldo) 50g Creme de chuchu 120g Carne moída refogada 140g Suco de laranja 300ml Gelatina de abacaxi em pó (Ducoco) 100g JANTAR CAFÉ DA MANHÃ ALMOÇO LANCHE DESJEJUM 70 Leite com achocolatado em pó 300ml Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias DESJEJUM 12.3g 11.5g 45.3g 327 Kcal CAFÉ DA MANHÃ 5.6g 5.2g 31.5g 189 Kcal ALMOÇO 59.2g 8.1g 152.9g 910 Kcal LANCHE 6.3g 5.3g 27.2g 173 Kcal JANTAR 50.7g 30.1g 154.7g 1100 Kcal CEIA 9.1g 9.6g 43.5g 291 Kcal Total das refeições 143.2g 69.8g 455.1g 2989 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 23.5g 7.7g 31.3g 0.0g 358.0mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 16.6g 1161.0mg 337.3mg 1635.6mg 9.3mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 1747.7mg 4131.1mg 2.5mg 14.2mg 47.7mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 872.7mcg 767.2mcg 295.3mcg 7.6mcg 1.5mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 2.9mg 1.2mg 35.4mg 660.6mg 0.5mcg Vitamina E Álcool 7.2mg 0.0g CEIA 71 DIETA PARA DIABÉTICOS - DM Mamão formosa 150g Margarina 10g Café com leite 300ml Pão de forma integral 50g Arroz integral cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Peito de frango sem pele grelhado 140g Couve-flor 120g Laranja Pera 1 Unidade(s) média(s) (180g) Gelatina de abacaxi em pó diet (Oetker) 100g Arroz integral cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Filé de peixe cozido 150g Abobrinha italiana (abobrinha, abobrinha verde) cozida sem sal 120g Maçã 1 Unidade(s) média(s) (130g) Mistura para pudim diet 100g 17:00 - Jantar 08:00 - Café da manhã 12:00 - Almoço 15:00 - Lanche 72 Suco de melão sem açúcar 300ml Torrada integral 50g Manteiga 10g Relatório de nutrientes Refeição Proteínas Lipídeos Carboidratos Calorias Café da manhã 12.3g 13.9g 53.8g 375 Kcal Almoço 104.7g 5.8g 92.8g 818 Kcal Lanche 12.3g 11.5g 45.3g 327 Kcal Jantar 40.5g 10.3g 142.0g 800 Kcal Ceia 7.7g 11.1g 43.7g 300 Kcal Total das refeições 177.6g 52.5g 377.6g 2620 Kcal Total de vitaminas, minerais e tipos de gordura AG Monoinsat. AG Poliinsat. AG Saturada AG Trans Colesterol 14.6g 8.2g 22.3g 1.2g 320.0mg Fibras Cálcio Magnésio Fósforo Ferro 30.0g 1065.2mg 452.9mg 3126.8mg 9.8mg Sódio Potássio Cobre Zinco Selênio 3429.1mg 4478.6mg 3.0mg 9.3mg 95.0mcg Vit. A (RE) Vit. A (REA) Vit. B9 Vit. B12 Tiamina 459.4mcg 334.0mcg 480.6mcg 7.4mcg 1.1mg Riboflavina Piridoxina Niacina Vit. C Vit. D 1.6mg 0.8mg 48.6mg 288.8mg 2.3mcg Vitamina E Álcool 8.4mg 0.0g Ceia 73 LAXATIVA – LAX Pão de forma integral 50g Manteiga 10g Café com leite 300ml Mamão 150g Arroz branco cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Peito de frango sem pele grelhado 140g Brócolis refogado 240g Suco de laranja 300ml Ameixa 1 Unidade(s) grande(s) (52g) Arroz branco cozido 100g Feijão carioca cozido 50g Carne (alcatra, contrafilé, coxão mole, filé mignon, lagarto, patinho) cozida/grelhada/assada com molho de tomate e sal 140g Creme de espinafre 200g Suco de laranja 300m l Mamão 150g JANTAR CAFÉ DA MANHÃ ALMOÇO LANCHE 74 Chá 300ml Torrada integral 50g Manteiga 10g Relatório de nutrientes