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Desafios da Inclusão Escolar

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Geise Freitas

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICARIOCA 
 
 
 
 
 
DESAFIOS DA INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA 
EM UMA ESCOLA REGULAR 
 
 
 
 
 
RENATA DIAS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2019 
 
 
 
 
 
RENATA DIAS GOMES 
 
 
 
 
 
 
DESAFIOS DA INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA 
EM UMA ESCOLA REGULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Márcia de Medeiros Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro 
 2019 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Centro 
Universitário Carioca, como 
requisito parcial para obtenção 
do grau de Licenciado em 
Pedagogia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho a todos que me ajudaram nesta jornada, aos 
amigos que me deram forças. Meu muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por me conceder esta 
vitória, aos meus pais incentivadores fiéis que me deram apoio 
incondicional, a esse Centro Universitário, seu corpo docente, 
direção e administração que me oportunizaram chegar até aqui, à 
minha orientadora Márcia de Medeiros Aguiar pelo suporte, pelas 
suas correções e incentivos e a todos que direta ou indiretamente 
contribuíram para minha formação. Meu muito obrigado! 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho teve como objeto de estudo os desafios da inclusão escolar do aluno autista em 
escola regular com o objetivo de analisar as dificuldades e desafios dos docentes na prática da 
inclusão escolar. Desta forma, é possível afirmar que a realização da pesquisa tem grande 
relevância e destaca-se por contribuir para identificar as dificuldades enfrentadas pelos 
professores ao lidarem com o autismo, bem como relacionar, descrever e analisar a inclusão de 
alunos autistas na escola regular. A partir das informações coletadas, foram analisados e 
discutidos o que é e como deve se dar a inclusão escolar, as leis que regulamentam essa inclusão, 
o aluno autista e a relação do professor com o aluno autista dentro do contexto escolar e 
concluiu-se que é necessário um novo olhar sobre a inclusão do aluno autista que deve ser 
respeitado em sua especificidade e limitações. 
Palavras–chave: Inclusão escolar – Autismo - Prática Pedagógica. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 Nº da página 
1 – INTRODUÇÃO 07 
2 – REFERENCIAL TEÓRICO 09 
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 17 
4 - CONCLUSÃO 22 
5 - REFERÊNCIAS 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Inclusão escolar é uma expressão muito ouvida no meio educacional. A inclusão, como 
consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos, provoca e exige, da escola 
brasileira, novos posicionamentos, e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para 
que os professores aperfeiçoem as suas práticas. Implica em um esforço de atualização e 
reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de todos os níveis. 
Este estudo tem como título Desafios da inclusão do aluno autista em uma escola 
regular e aborda a temática do papel determinante do professor no processo de inclusão do 
aluno autista em escola regular, além de explanar os desafios enfrentados pelos docentes para 
a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais. Esses profissionais precisam 
ser capazes de dominar novas formas de ensino para atuarem assertivamente com essas 
crianças. 
As leis já regulamentam a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais 
nas redes de ensino regulares, porém, essa inclusão não é efetiva. Através de uma formação 
docente atuante na prática, não somente na teoria, além de uma atualização e reestruturação das 
condições atuais da maioria das escolas é que, de fato, essa inclusão será feita. Portanto, este 
estudo se justifica porque, mesmo diante das legislações que amparam crianças com 
necessidades educacionais especiais (NEE), ainda é possível encontrar muitas dificuldades na 
prática pedagógica. 
 
1.1. Objetivos 
 
1.1.1. Objetivo geral 
 
• Analisar as dificuldades e desafios dos docentes na prática da inclusão escolar. 
 
1.1.2. Objetivos específicos 
 
• Identificar as dificuldades dos professores ao lidarem com o autismo. 
• Relacionar o processo de inclusão dentro do contexto escolar. 
• Descrever e analisar a inclusão de alunos autistas na escola regular em sua viabilidade 
prática. 
8 
 
 
1.2. Justificativa 
 
Este estudo se justifica porque, mesmo diante das legislações que amparam crianças 
com necessidades educacionais especiais (NEE), ainda é possível encontrar muitas dificuldades 
na prática pedagógica. 
Se de um lado é preciso continuar investindo maciçamente na formação de profissionais 
qualificados, não se pode descuidar da realização dessa formação e estar atento ao modo pelo 
qual os professores aprendem, para se profissionalizar e para aperfeiçoar seus conhecimentos 
pedagógicos, assim como reagem às novidades que a inclusão escolar possibilita. 
 
1.3 Metodologia 
 
Por enfatizar os desafios dos professores no cotidiano escolar, dentro do contexto da 
educação inclusiva, a metodologia utilizada neste estudo será uma pesquisa qualitativa, 
bibliográfica e exploratória. 
 
1.4. Organização do trabalho 
 
O presente estudo está dividido em quatro seções, abordando a temática do aluno autista 
e a viabilidade prática destes alunos no contexto escolar, bem como, a preparação e qualificação 
do professor para atuar com estes alunos. A conclusão final acerca da temática será exposta ao 
fim do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. INCLUSÃO ESCOLAR 
 
A inclusão de alunos com necessidades educativas na rede regular de ensino está 
amparada pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº. 9.394/96, e por todo um conjunto de leis, 
diretrizes e orientações oficiais que compõem a reforma da educação no nosso país, inclusive 
em nossa Lei Maior, a Constituição Federal (ASSIS et al, 2008). 
 De acordo com Mantoan (2005, p. 96): 
 
Inclusão é a nossa capacidade de entender e receber o outro e, assim, ter o 
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A 
educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante 
com deficiência física, para os que têm comportamento mental, para os 
superdotados, e para toda criança que é discriminada por qualquer outro 
motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e 
até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, 
é interagir com outro. 
 
Portanto, inclusão não pode ser utilizada somente para alguns, nem ser vista como um 
encaixar de alunos em uma maioria considerada privilegiada, e sim, como uma conduta que 
possibilite o fazer parte1, um conviver que respeite as diferenças e não tente anulá-las. 
De acordo com Mittler (2003, p. 25): 
 
A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas 
como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter 
acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas 
pela escola. 
 
Desta forma, a inclusão é muito mais do que receber um aluno com qualquer 
necessidade educativa especial na sala de aula regular; é vê-los além de suas necessidades, é 
saber que são pessoas sócio históricas, cada uma com sua especificidade, com histórias de vida 
diferentes que precisam ser respeitadas e trabalhadas. (FRIAS e MENEZES, 2008). 
A inclusão não prevê discriminação de ensino para nenhuma deficiência. Os alunos 
aprendem até o limite que conseguem chegar, e cabe ao professor descobrir a capacidade de 
cada um, criando meios de atividadesabertas, nas quais cada aluno, dentro de sua 
especificidade, se adapte, conseguindo superar suas limitações e interagir com todos. Eis aí um 
grande desafio a ser enfrentado pelas escolas regulares tradicionais, que, ainda, estão arraigadas 
a um padrão condutista, e baseado na transmissão dos conhecimentos. (MANTOAN, 2006). 
 
1 Grifo da autora 
10 
 
 
 
2.1. Leis que regularizam a inclusão escolar 
 
A educação especial já conta com sua regularização desde a Declaração dos Direitos 
Humanos. Documentos como a Declaração da Salamanca (1994); LDB (1996); Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001); Política Nacional de Educação 
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), Decreto nº 7.611, relacionado ao 
Atendimento Educacional Especializado (2011) e a Lei nº 13.146, conhecida como o Estatuto 
da Pessoa com Deficiência (2015) defendem que as pessoas com deficiência tenham condições 
de igualdade e tenham garantidos seus direitos e liberdade, a sua inclusão social e cidadania. 
(GALAN et al, 2017). 
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) 
determina que os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), assim como aqueles com 
deficiência e altas habilidades/superdotação devem estar incluídos na rede regular de ensino, 
recebendo Atendimento Educacional Especializado (AEE). (NUNES et al, 2013). 
Felizmente, com leis voltadas à diversidade, foro especializado, já é possível a 
construção de um novo paradigma para a educação especial. Por exemplo, a Lei de Diretrizes 
e Bases (1996) regularizou o princípio da educação especial como uma modalidade de educação 
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, que pode ser feita em classes 
comuns de ensino regular, requerendo neste caso, serviços de apoio especializado, ou em 
classes, escolas ou serviços especializados (DENARI, 2006). 
A escola inclusiva se originou do movimento REI (Regular Education Initiative) nos 
Estados Unidos durante a década de 1980, objetivando unir educação especial e educação 
regular para que todos compartilhassem das mesmas oportunidades e aprendizado. (DENARI, 
2006) 
As leis que regulamentam a educação especial produzem benefícios, tais como, pleno 
exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais em igualdade de oportunidade 
com as demais, mas necessita do apoio de organizações não governamentais (ONGs), 
integração entre professores da educação especial e professores da rede regular, capacitação 
dos profissionais ligados à área, sensibilização do Ministério Público em assuntos voltados à 
inclusão, além da participação da família para melhoria do ensino das crianças com 
necessidades especiais (DENARI, 2006). 
11 
 
As diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica já fornecem respaldo para 
o apoio a professores capacitados e especializados no atendimento ao aluno com necessidades 
especiais no intuito de valorizar a educação inclusiva. 
O termo educação especial reporta a uma educação diferenciada gerando, a princípio, 
uma segregação, pois, a princípio existia a crença de que as crianças com necessidades 
educacionais especiais conseguiriam aprender melhor em ambiente separado dos demais, e, 
desta forma foi criado um sistema paralelo ao sistema educacional geral, até que, por motivos 
morais, lógicos, científicos, políticos, econômicos e legais surgiram as bases para uma proposta 
de unificação. (MENDES, 2006) Na atualidade, a Educação Especial (EE) é vinculada à 
educação básica e geral, exigindo que o ambiente escolar se adeque às especificidades de cada 
aluno (DENARI, 2006). Conforme Nóvoa (1997 apud DENARI, 2006, p. 38) explicita: 
 
Educar significa instituir a integração dos educandos como agentes em seu 
lugar designado num conjunto social, do qual nem eles, nem seus educadores, 
têm o controle. Significa assegurar ao mesmo tempo a promoção desses 
mesmos educandos e, portanto, de seus educadores, em atores de sua própria 
história individual e da história coletiva em curso. 
 
Este atendimento especializado possibilita erradicar as barreiras que existem para esses 
alunos especiais com atividades que complementem e que permitam o desenvolvimento e 
aprendizagem do aluno especial. (NUNES et al, 2013) De acordo com Mantoan (2000, p. 02): 
 
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para 
as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas 
públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às 
necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, 
sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão. 
 
Para que uma escola seja inclusiva, se faz necessário um novo olhar sobre os métodos 
tradicionais e uma mudança total, exigindo professores e estruturas que se adequem aos alunos 
portadores de necessidades especiais, para que eles se sintam realmente incluídos e não apenas 
integrados. Mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes, para 
que se possa transformar a escola, em direção de um ensino de qualidade e, em consequência, 
inclusivo. 
 
2.2 O aluno autista 
12 
 
O Transtorno Autista recebe o nome de Transtornos do Espectro Autista (TEA) e se 
caracteriza pelo déficit nas dimensões sociocomunicativas e comportamental (NUNES et al, 
2013). 
Na década de 1940, Léo Kanner se dedicou ao estudo e pesquisa de crianças com 
comportamentos estranhos e peculiares, que dificultavam as relações interpessoais. 
Posteriormente, diversos pesquisadores buscaram entender as definições do autismo para 
fundamentarem suas investigações acerca desta patologia. A literatura científica descreve que 
a síndrome acomete crianças com idade inferior a três anos. 
No ano de 1989 estimava-se que a cada 10 mil crianças nascidas quatro eram portadoras 
do autismo (SCHWARTZMAN, 1995 apud ORRÚ, 2012). 
De acordo com Orrú (2012, p. 177), “autismo é uma palavra de origem grega (autós) 
que significa por si mesmo. É um termo usado para denominar comportamentos humanos que 
se centralizam em si mesmos, voltados para o próprio indivíduo. O autor explica: 
 
As dificuldades encontradas pela pessoa com autismo nos processos de 
desenvolvimento e aprendizagem demandam investigações e discussões no 
intuito da necessidade do repensar sua educação, enfocando o 
desenvolvimento da linguagem como eixo principal da intervenção 
pedagógica. (ORRÚ, 2012, p. 186). 
 
Criar rótulos para o autismo pode alterar as relações sociais entre o indivíduo portador 
do autismo e a sociedade, cujas consequências são danos irreversíveis. Desta forma, ao 
ingressar em uma escola, a criança portadora de necessidades especiais corre o risco de deixar 
de ser vista como criança e costuma ser evidenciada como incapaz de desenvolver seu processo 
de aprendizagem. (ORRÚ, 2012) 
A fragilidade na qualificação profissional do docente e a falta de conhecimento a 
respeito do TEA comprometem a concretização da inclusão de alunos autistas na rede comum 
de ensino, tendo em vista que o aluno autista é considerado como alguém que vive em um 
mundo à parte, sem interagir. 
O atendimento especializado possibilita erradicar as barreiras que existem para esses 
alunos especiais com atividades que complementem e que permitam o desenvolvimento e 
aprendizagem do aluno especial. Segundo Orrú (2012, p. 192): 
 
Um dos métodos utilizados por instituições que trabalham com estudantes 
com autismo e tem seus princípios baseados na teoria comportamental é o 
TEACCH (Treatment and Education of Austistic and related Communication 
Hadicapped Children) – Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com 
13 
 
Deficits relacionados à Comunicação. Ele é considerado um programa 
educacional e clínico com uma prática psicopedagógica que observa os 
comportamentos de crianças com autismo em distintas situações,a partir de 
vários estímulos. 
 
Para o ensino-aprendizagem de crianças com autismo é necessária uma criteriosa 
relação entre mediação pedagógica, cotidiano e formação de conceitos, cabendo ao professor 
mediador a observação sobre a construção do que o estudante está assimilando. 
 
2.3. O papel do professor em relação ao aluno autista 
 
Para uma escola ser inclusiva em sua totalidade, é necessário abranger diversos fatores, 
desde o ambiente físico apropriado para que a criança autista se sinta à vontade, o entrosamento 
com os colegas e a qualificação do corpo docente para ajudarem a essas crianças a fazerem jus 
da universalização do acesso incondicional no contexto escolar. É necessário, portanto, uma 
mudança na prática dentro das escolas regulares e na postura do professor, que precisa tornar 
sua sala de aula inclusiva, para que o aluno com necessidades especiais deixe de ser visto como 
diferente e limitado e passe a ser visto como uma pessoa feliz e participativa. 
Alguns professores encontram dificuldades para lidarem com a inclusão, pois, embora 
eles fossem favoráveis à inclusão do aluno autista em classes regulares, a discriminação dos 
outros alunos gera incerteza dentro do contexto escolar acerca dessa inclusão. 
É importante a implementação de políticas públicas de educação que sejam motivadoras 
para garantir o acesso e permanência de alunos autistas em escolas comuns. Para isso, deve-se 
ofertar capacitação profissional e a adequação no âmbito escolar para a inclusão destes alunos. 
(SERRA apud NUNES et al, 2013). 
Segundo Perrenoud apud Denari (2006, p. 56): 
 
Fazer que cada aprendiz, tão frequentemente quanto possível, situações 
fecundas de aprendizagem. Para executar essa ideia tão simples é preciso 
mudar profundamente a escola. Acrescentemos de imediato que adaptar a ação 
pedagógica ao aprendiz não é, no entanto, nem renunciara instruí-lo, nem 
abdicar dos objetivos essenciais. Diferenciar é, pois, lutar para que as 
desigualdades diante da escola se atenuem, e, simultaneamente, para que o 
nível do ensino se eleve. 
 
Para o ensino-aprendizagem de crianças com autismo é necessária uma criteriosa 
relação entre mediação pedagógica, cotidiano e formação de conceitos, cabendo ao professor 
mediador a observação sobre a construção do que o estudante está assimilando. 
14 
 
O papel do professor é fundamental para a criança, pois estas dependem dele para seu 
desenvolvimento e formação. Elas necessitam, além do cuidado com sua formação e 
desenvolvimento, também de atendimento com suas especificidades, criando recursos 
pedagógicos e metodológicos que facilitem o convívio e a participação dentro da escola, 
ajudando-as a compreender as normas, socializar-se e aprender valores. (GALAN et al, 2017). 
A partir da implementação de estratégias pedagógicas que observam as singularidades 
do desenvolvimento do autista, é possível capacitar os professores a atingir objetivos do 
processo de ensino-aprendizagem e da socialização que darão sentido ao objeto de 
conhecimento e possibilitarão a construção da aprendizagem de forma mais motivadora. 
A formação e qualificação dos professores requer uma conexão metodológica e didática, 
processos de inclusão educativa e escolar que forneçam atenção pedagógica voltada para a 
especificidade de cada criança (DENARI, 2006). 
 Conforme Oliveira apud Denari (2006, p. 53): 
 
A educação inclusiva pautada em uma concepção diferenciada de escola e 
aprendizagem, fundamentando sua prática pedagógica numa aprendizagem 
mediada. Como decorrência, algumas alterações significativas devem ocorrer 
na dinâmica da escola, na busca dessa nova consciência coletiva e, portanto, 
na formação de professores, inicial e continuada. 
 
Desta forma, tornar o ensino diferenciado implica em mudar profundamente a escola, 
adaptando ações pedagógicas sem fugir dos objetivos essenciais, mas lutando para que as 
desigualdades existentes se atenuem e, simultaneamente, o nível se eleve. (PERRENOUD apud 
DENARI, 2006). 
Inserir somente a criança com necessidades no contexto escolar não é sinônimo de 
inclusão. Para que essa inclusão ocorra é fundamental uma transformação na maneira de 
conceber este indivíduo e de aceitá-lo como um sujeito que aprende, além de promover um 
espaço adequado às suas necessidades onde ele se sinta bem. (ORRÚ, 2012). 
A escola, em uma perspectiva de educação inclusiva, deve se preparar para uma prática 
pedagógica na qual tanto a coletividade quanto a individualidade favoreçam o pleno 
desenvolvimento da aprendizagem do estudante, fazendo com que ele se sinta parte do grupo 
ao qual está inserido. Sua singularidade não deve ser posta à parte em uma tentativa de se 
justificar o cumprimento de atividades curriculares que exigem que todos (homogeneização) 
aprendam da mesma forma. (ORRÚ, 2012). 
A inclusão escolar tomou grandes proporções dentro do contexto da escola regular. 
Segundo Fontana apud Magalhães e Cardoso (2014, p. 33): 
15 
 
 
 
 
Tanto as diferenças quanto o trabalho docente apresentam-se na forma de 
concepções (o que é a diferença, como abordá-la, o que é “saber ensinar” etc.) 
e de normas que nos precedem, nos constituem e nos enquadram em termos 
de exigências éticas e sociais. Defrontamo-nos com essas concepções e 
normas em situações concretas de trabalho, nas quais, muitas vezes, provamos 
do sentimento de que o que conhecemos e sabemos é defasado em relação aos 
saberes que aquelas situações práticas implicam. 
 
Ao longo do tempo, pessoas com necessidades especiais, entre elas o autismo, estão 
sendo vistas sob nova ótica. O déficit na comunicação é motivo de preocupação, haja vista que 
o indivíduo interage através da linguagem, além de definir sua própria identidade. Sendo assim, 
pessoas com autismo devem ser observadas, pois sua capacidade de comunicação é limitada. 
(ORRÚ, 2012). 
A criança com autismo poderá se desenvolver se for apoiada nas relações sociais. O 
papel do professor não deve ser o de enaltecer o diagnóstico da criança e nem ser indiferente a 
ela e, sim, promover e favorecer a educação de todos e para todos. 
A escola inclusiva tem o intuito de lidar com as diversidades e necessidades especiais 
para promover o bem-estar dos alunos portadores de necessidades especiais, reformulando a 
aprendizagem, dificuldades e habilidades, motivação em qualquer nível de ensino. (MENDES 
e RODRIGUES, 2006 apud MAGALHÃES e CARDOSO, 2014) 
O papel do professor vem sofrendo transformação e, na atualidade, exige-se dos 
educadores uma mudança na prática pedagógica, uma nova ótica sobre sua forma de trabalho. 
Desde o final do século XIX e no decorrer do século XX, surgiu o termo psicomotricidade que 
foi adotado como sendo simplesmente uma ajuda nas habilidades perceptivomotoras das 
crianças, porém, é fundamental mudar esta ótica de acordo com Magalhães e Cardoso (2014). 
 
A psicomotricidade exerce um papel valioso para o professor que quer 
trabalhar o aluno como um todo, observando e aceitando todas as 
possibilidades motoras afetivas e cognitivas, portanto, é de competência do 
professor se comunicar com as crianças que possuem necessidades especiais, 
criando uma comunicação forte e emocional que irá permitir vínculos e, 
consequentemente, aprendizado dos conteúdos. (MAGALHÃES e 
CARDOSO, 2014). 
 
A formação docente ganha outra visão quando se agrega ao cognitivo, o conceitual, e 
alia-se com a mente e coração, pois isso irá fortalecer o conhecimento mais aprofundado e 
melhorar a formação pessoal e profissional. (MAGALHÃES e CARDOSO, 2014). 
16 
 
A formação dos docentes, em tempos de inclusão, deve compor um novo preparo. Estes 
devem ser capazes de verificar que não pode haver incompatibilidade entre as tarefas propostas 
pelo ambiente às crianças e suas aptidões atuais. É necessário similaridade entre os conteúdos 
ensinados e o alcance de aprendizado de cada educando dentro de umaescola inclusiva, sendo 
este o desafio enfrentado pelos professores (WALLON, 1995 apud MAGALHÃES e 
CARDOSO, 2014). 
A docência de qualidade se identifica quando se há um exercício pleno da afetividade 
em que o professor precisa conhecer e entender a criança, não apenas na sua estrutura 
biofisiológica e psicossocial, mas, também, na sua interioridade e especificidade para que haja 
a interação entre o ensinar e o aprender (MAGALHÃES e CARDOSO, 2014). 
Mais importante do que saber o que uma criança com autismo sabe fazer, é aquilo que 
pode ser feito para uma relação social saudável, construindo práticas pedagógicas inclusivas 
em um constante e infinito processo de conhecer o outro em busca da superação das 
dificuldades no aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Ao elaborar os resultados e discussão deste estudo, foram encontrados 14 artigos. Após 
leitura foram selecionados sete artigos que atendiam ao objetivo do estudo que são 
fundamentados na temática abordada neste estudo. 
 
3.1 Inclusão Escolar 
 
O termo inclusão escolar reporta a estratégias constantes no processo de ensino e 
aprendizagem. No relato apresentado por uma professora ficou claro que o processo de inclusão 
beneficia, não somente à crianças com necessidades educacionais especiais, mais também aos 
outros alunos e professores. 
Esta professora em 2017 recebeu em sua classe, um menino tímido, diagnosticado com 
Transtornos do Espectro Autista (TEA). Como ela tinha pouco conhecimento sobre ele, foi aos 
poucos interagindo e promovendo momentos de aprendizagem em grupos com as outras 
crianças, para que, com essa dinâmica pudesse conhecer os eixos de interesses preferidos desse 
menino e observando seus comportamentos. Isso contribuiu para que, com o tempo o 
crescimento de sua interação social com as crianças de todas as turmas fosse visível. Isso 
demonstra que precisamos acreditar na capacidade que todos têm em aprender, cada um a sua 
maneira, no seu tempo, no seu ritmo, e nos mais diversos espaços de aprendizagem (AVILA, 
2018). 
Outro relato a ser acompanhado foi um estudante de 3 (três) anos, matriculado no CEI. 
Nos primeiros dias, ele permanecia afastado da turma, chorava persistentemente e tentava fugir 
da sala o tempo todo. Por ser um estudante com espectro do autismo, possui sua atenção 
comprometida, pois não consegue desenvolver nenhuma atividade que precisa de concentração 
exceto quando há intervenções da professora. Nas atividades educativas demonstrava desinteresse, 
não conseguia se concentrar ou mesmo ficar quieto. Não queria realizar o que era proposto não 
permitia aos coleguinhas que tivessem tranquilidade para realizar as atividades, demonstrando 
grande dificuldade de socialização com os colegas e se irritando facilmente. No decorrer do ano 
letivo, foram tomadas algumas atitudes e ações pedagógicas perante a inclusão escolar. Todo o 
grupo escolar se esforçou para que o estudante tivesse uma boa convivência com os colegas. 
Considerando que é o primeiro ano dele na escola a inclusão escolar será meramente um processo 
para sua socialização e adaptação, respeitando suas especificidades. O que foi contribuindo para a 
mudança do seu comportamento, o ambiente escolar foi se tornando familiar devido sua frequência 
18 
 
diária. Portanto, pode se concluir que para a inclusão acontecer de fato é preciso que o projeto 
educacional da instituição seja planejado para contemplar as necessidades dos estudantes. Precisa-
se oportunizar formação continuada e capacitação aos professores (TIRADENTES, et al, 2017). 
É nesse contexto que o Colégio Nossa Senhora Medianeira, enfoca a importância de incluir 
pessoas com necessidades especiais em ambiente escolar, desenvolvendo um projeto 
pedagógico inclusivo, pensando na formação de todos e de cada um dos sujeitos envolvidos. O 
Centro de Inclusão Escolar responde pela necessidade de incluir pessoas com necessidades 
especiais em ambiente escolar, colaborando para com a viabilização de um Projeto Político-
Pedagógico inclusivo apresentando ao grupo de professores o seu projeto e os casos dos alunos 
de inclusão em cada série, a fim de que todos os educadores tivessem conhecimento das 
especificidades de cada caso e pudessem tirar suas dúvidas acerca das potencialidades e 
dificuldades dos alunos, além de trocar estratégias e receberem orientações quanto ao trabalho 
a ser desenvolvido. Desta forma, foi possível iniciar o ano letivo, com maior conhecimento das 
potencialidades e dificuldades de cada aluno de inclusão, e assim, identificar o profissional de 
apoio mais adequado para cada um. Essa prática inicial possibilitou perceber avanços no 
trabalho com a inclusão, tanto na perspectiva da qualificação do trabalho dos educadores, 
quanto no olhar individualizado dos educandos, criando um novo olhar para o desafio da 
necessidade de constante ressignificação das práticas desse trabalho, considerando o contexto 
e respeitando os diferentes tempos de aprendizagem de cada sujeito (CHYLA e VARGAS, 
2017). 
 
3.2 O aluno autista 
Neste relato uma professora faz acompanhamento de um aluno de 10 anos com 
transtorno do aspecto autista, que estuda no 4º ano do ensino fundamental I, onde passa a 
observar e ser apoiadora e auxiliar o aluno nas atividades curriculares da escola tentando 
facilitar o entendimento e ajudar com que ele consiga se socializar com as outras crianças, 
tentando aproxima-las com calma para não assustar o aluno. No começo foi necessário ajuda 
das professoras da sala de recursos multifuncional da escola, pois aluno às vezes tinha algumas 
crises em relação ao barulho, e em outras situações. Depois de conseguir identificar o que aluno 
utilizou uma metodologia que facilitasse o interesse do aluno pelas atividades, usando o 
computador pra assistir o desenho do (gato tom), que ele gastava entre 20 minutos e 10 minutos 
para ele fazer as atividades, sempre o lembrando que se não cumprisse o combinado não poderia 
jogar e assistir no computador, assim, consegui que ele realiza-se as atividades sem chorar. Aos 
poucos foi diminuindo o tempo do computador e aumentando os minutos de realizar as 
19 
 
atividades. Desta forma foi uma experiência muito boa para o professor ao lidar com o aluno 
com TEA, pois, a partir da vivência e do progresso do aluno foi possível perceber que eles só 
necessitam de um pouco de atenção e recursos que deem a eles autonomia (OLIVEIRA e 
MARTINS, 2018). 
Em um outro exemplo, foi elaborada uma pesquisa de campo para observar um aluno 
com TEA e esta pesquisa foi dividida em 3 momentos: uma entrevista semi estruturada com a 
mãe da criança, outra entrevista com o professor e a observação da qualidade da interação e do 
aluno e sua verbalização e a interação do mesmo nas atividades pedagógicas. Na entrevista com 
a mãe o menino mostrou características diferentes de desenvolvimento o que a levou a buscar 
respostas e recebeu o diagnóstico de que ele tinha autismo e, atualmente, o convívio é tranquilo, 
mas, mesmo com acompanhamento terapêutico, a criança ainda foge um pouco do padrão. Na 
entrevista semiestruturada com a professora, esta relata os desafios e entraves da inclusão na 
educação infantil, destacando ser desafiador receber uma criança com autismo, mas afirma 
conseguir trabalhar e desenvolver um planejamento para auxiliar nas intervenções na tentativa 
de estimulá-lo, embora entenda que encontre algumas dificuldades pela ausência de ofertas de 
formações continuadas com o propósito de incluir alunos com autismo e as demais deficiências 
por parte do município. A docente em sua fala ainda ressalta a importância de trabalhar a 
socialização através de jogos, rodinhas e brincadeiras entre os alunos, da turma embora sinta 
falta de instrumentos e recursos necessários para a estimulação do mesmo. Na observação da 
qualidade da interação social e verbalização do aluno foi verificadoque o aluno interage com 
os colegas, chamando alguns pelo nome, verbaliza e grita quando algo não lhe agrada, e os trata 
com gestos de carinho, dando abraços e beijos repetidas vezes e os demais alunos retribuem o 
carinho e são muito atenciosos ao recebê-lo. Na observação de interação do aluno nas atividades 
pedagógicas, a professora o inclui em toda rotina diária, foi possível perceber que o aluno não 
verbaliza, às vezes grita, levanta e corre pela sala, quando o barulho o incomoda, mas 
aparentemente ouve toda a contação e a conversa. Diante do exposto foi possível compreender 
que a principal função da educação na primeira infância para a criança com autismo, Educação 
Infantil, é o desenvolvimento integral da criança, entendemos que esta seja a base para as 
demais etapas do processo educacional, e que toda sua proposta pedagógica deve estar 
direcionada às experiências e às vivencias do educando, viabilizando a formação do indivíduo 
(PEREIRA e COSTA, 2018). 
 
 
 
20 
 
3.3 O professor e o aluno autista 
 
No relato de uma docente sobre lidar com o aluno autista, ela relata que a aluna interage 
de forma satisfatória, apesar de apresentar características que dificultam a constante interação 
da aluna com os demais colegas, porém ela acredita que acredita que o diálogo é um instrumento 
necessário para o desenvolvimento da criança, destacando que essa prática de comunicação é 
pedagógica e esclarece ao aluno a rotina, as regras e as ações que serão realizadas. A docente 
também percebe que a utilização de recursos e materiais contribui de maneira significativa no 
desenvolvimento cognitivo da criança, fazendo uso dos materiais que tem na própria sala. 
Contudo, relata que não tem muito êxito devido à distração da criança, dificultando sua 
aprendizagem. Apesar de identificar avanços no comportamento e na interação com os demais 
colegas a professora revela que ainda há necessidade de melhorias para garantir o avanço da 
aprendizagem da aluna, bem como para consolidar uma inclusão escolar efetiva. O professor 
diante do desenvolvimento da criança portadora de autismo tem o papel fundamental no 
propósito de identificar o autismo; promover a interação da criança com os demais alunos; além 
de estimular a comunicação/linguagem. Os desafios apontados pela entrevistada relacionaram-
se condizentes com os estudos bibliográficos utilizados, pois eles revelaram que os autistas 
apresentam características variadas; a criança necessita de acompanhamento especializado e 
apoio familiar; o professor deve recorrer a apoios verbais, físicos e gestuais; como também é 
preciso atenção individualizada comparada as outras crianças sem Necessidade Educativas 
Especiais, e, sem esse suporte, a dispersão do aluno autista nas atividades serão mais recorrentes 
(NASCIMENTO, et al, 2017). 
Neste relato foram entrevistados seis professores. Um (1) professor teve contato com o 
assunto somente no período da faculdade, um (1) professor não teve preparação específica, 
somente treinamento na semana pedagógica sobre a inclusão e quatro (4) professores não 
tiveram formação continuada em inclusão educacional e nenhuma preparação específica para 
atender alunos com autismo. Os professores precisam buscar aprendizado contínuo, para que 
assim busquem estar qualificados profissionalmente para atuar com conhecimentos necessários 
às demandas que a escola atualmente encontra como atender as especificidades dos alunos com 
NEE. Portanto, conclui-se que os professores não tiveram preparação para receber alunos 
autistas, bem como qualificação profissional e formação continuada na área de educação 
inclusiva voltada para o TEA. Sobre a questão da necessidade em adaptação nas práticas 
pedagógicas após a inclusão do aluno com autismo, quatro (4) professores responderam que 
não fazem nenhum tipo de adaptação e somente dois (2) realizam modificações em seu trabalho 
21 
 
pedagógico. Percebeu-se pouca ou nenhuma qualificação dos docentes entrevistados, para 
atender as necessidades dos alunos com autismo ou necessidades educacionais especiais. A 
qualificação profissional continuada é um dos fatores essenciais para o entendimento do 
universo do espectro autista. As escolas precisam ofertar cursos todos os anos para as docentes, 
sobre a inclusão e tudo que ela envolve, a fim de preparar os profissionais para o que pode 
ocorrer em sala de aula, além de fortalecer o aprendizado contínuo (ROSA et al, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CONCLUSÃO 
 
A proposta sobre a inclusão escolar traz aos professores e à escola diferentes desafios, 
pois requer uma transformação que permita atuar com alunos com necessidades educacionais 
especiais favorecendo aos mesmos a aprendizagem. Esse processo de inclusão está respaldado 
em leis que a regularizam, 
A inclusão escolar objetiva o acolhimento de todos os alunos sem exceção e necessita, 
portanto, reavaliar a prática do trabalho desenvolvido dentro do contexto escolar observando as 
necessidades específicas de cada aluno. 
Este estudo objetivou um olhar sob nova perspectiva para a inclusão do aluno autista 
em escolas regulares, uma vez que, esses alunos são caracterizados por indivíduos que vivem 
em um mundo só seu, com dificuldades para interagir com os outros. 
A criança autista, ao ser inserido no contexto escolar, deve encontrar espaço de interação no 
intuito de que essa criança possa desenvolver as suas capacidades através de um programa 
educacional e clínico com uma prática psicopedagógica que observa os comportamentos de crianças 
com autismo em distintas situações, a partir de vários estímulos. 
Para o processo de inclusão escolar é necessário que o professor receba preparação 
apropriada que o capacite a lidar com essas crianças, além de estrutura física da escola adequada, 
bem como na prática, o conhecimento de cada especificidade do aluno. 
São muito importantes a afetividade e o suporte pedagógico ao aluno com necessidades 
especiais, para que este possa se sentir, de fato, inserido no contexto escolar (MAGALHÃES e 
CARDOSO, 2014). 
O professor deve preparar, escolher e estabelecer conteúdos e tarefas, dentro da sala de 
aula, que incluam todos os alunos, respeitando sua diversidade e capacidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
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