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Características gerais da educação básica Apresentação No Brasil, a educação básica passou por uma mudança de significado e de importância a partir da Constituição Federal de 1988, onde, pela primeira vez na história educacional brasileira, passa a ser vista como um direito público subjetivo de todos, buscando equidade no acesso e qualidade de ensino e contrapondo o seu percurso anterior de uma educação elitista e desigual. Para que os aspectos que envolvem a educação básica em território nacional atinjam os resultados almejados, são necessárias políticas públicas e programas governamentais. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os principais marcos legais que envolvem a educação básica, desde a Constituição Federal de 1988, até as políticas voltadas a esse nível educacional, visando a avaliá-la, descentralizá-la e financiá-la. Ainda, você verá as exigências legais a serem cumpridas na educação básica em relação ao calendário escolar. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os principais marcos da educação básica desde a Constituição Federal de 1988.• Identificar políticas de avaliação, focalização, descentralização e financiamento da educação básica. • Descrever as exigências legais da educação básica com relação ao calendário escolar.• Infográfico As políticas educacionais brasileiras são influenciadas por eventos nacionais e internacionais que visam a estabelecer padrões ou diretrizes para esta área no mundo todo. Essas políticas e programas, além de contemplarem os aspectos do desenvolvimento pleno do ser humano a partir da escola, também se aliam a estratégias econômicas que associam a educação ao progresso e ao desenvolvimento de uma nação. Veja, no Infográfico a seguir, alguns eventos que impactaram a educação básica brasileira desde a década de 1980. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Conteúdo do livro A educação básica é de suma importância dentro do sistema educacional brasileiro, uma vez que é composta pelas etapas da Educação Infantil, do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e do Ensino Médio, fornecendo as bases necessárias para a educação superior. No capítulo Características gerais da educação básica, do livro Organização e legislação da educação, você verá os principais marcos legais que envolvem a educação básica, desde a constituição de 1988 até as políticas voltadas a esse nível educacional, visando a avaliá-la, a descentralizá-la e a financiá-la. Ainda, você verá as exigências legaisa serem cumpridas na educação básica em relação ao calendário escolar. Boa leitura. ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO Pablo Rodrigo Bes Características gerais da educação básica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer os principais marcos da educação básica desde a Cons- tituição Federal de 1988. � Identificar políticas de avaliação, focalização, descentralização e finan- ciamento da educação básica. � Descrever as exigências legais da educação básica com relação ao calendário escolar. Introdução A educação básica tem uma importância muito grande dentro do sistema educacional brasileiro, uma vez que é composta pelas etapas da educação infantil, do ensino fundamental (anos iniciais e finais) e do ensino médio, fornecendo as bases necessárias para a educação superior. Neste capítulo, você vai ler sobre os principais marcos legais que en- volvem a educação básica desde a Constituição Federal de 1988. Também terá conhecimento das políticas voltadas para esse nível educacional, visando avaliá-la, descentralizá-la e financiá-la. Além disso, vai aprender sobre as exigências legais que devem ser cumpridas na educação básica em relação ao calendário escolar. Marcos legais da educação básica A educação básica no Brasil passou por uma mudança de significado e im- portância a partir da Constituição Federal de 1988, quando, pela primeira vez na história educacional brasileira, passou a ser vista como um direito público subjetivo de todos, buscando equidade no acesso e na qualidade de ensino, bem como contrapondo o seu percurso anterior de uma educação elitista e desigual. Existem alguns marcos legais quando nos referimos à educação básica, que trouxeram ganhos à educação nacional nos múltiplos aspectos que envolvem esse nível inicial do processo de escolarização e que iremos analisar no presente capítulo. São eles: � Constituição Federal de 1988; � Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); � Conferência Mundial sobre Educação para Todos; � Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional de 1996; � Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs); � Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) gerais para educação básica; � Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação infantil e para o ensino fundamental. Começamos a analisar a educação básica a partir do que a LDB de 1996 traz, no art. 2º, quando traz que o conceito de educação (BRASIL, 1996, do- cumento on-line): “Art. 2º [...] tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Já o ECA, Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990, destaca que: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissio- nalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990, documento on-line). A Constituição Federal de 1988, art. 22, XXIV, elenca as competências privativas sobre as quais a União deve legislar, citando as “diretrizes e bases da educação nacional” (BRASIL, 1988). Isso fez a LDB de 1996 — Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 — ser promulgada visando atender a essa obrigação constitucional inerente à União. Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial da Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, iniciativa das seguintes entidades: � Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); � Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); � Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); � Banco Mundial. Características gerais da educação básica2 Na ocasião, “[...] resultaram posições consensuais na luta pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a educação fundamental e de ampliar as oportunidades de aprendizagem para crianças, jovens e adultos” (BRASIL, 1997, documento on-line). A partir dos compromissos assumidos nessa conferência internacional e do quadro em que se encontrava a educação brasileira, é instituído o Plano Decenal de Educação para Todos — 1993–2003 — pelo Ministério da Educação e do Desporto da época. Os PCNs foram produzidos pelo Ministério da Educação, visando atender aos preceitos constitucionais e propor uma regulação curricular que constituísse “[...] um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País” (BRASIL, 1997, documento on-line). De caráter consultivo e orientador, não obrigatório, os PCNs trouxeram questionamentos e fomentaram a importância do estabelecimento de diretrizes que, de fato, regulassem, de forma obrigatória, em todo o sistema educacional brasileiro, os aspectos curriculares comuns a serem ensinados nas escolas. As DCNs gerais para a educação básica foram desenvolvidas em ação conjunta pelos órgãos da administração do Ministério da Educação: � Secretaria de Educação Básica (SEB); � Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi); � Conselho Nacional de Educação (CNE). As DCNs foram homologadas em 2013, com os seguintes objetivos: I — sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica con- tidos na Constituição,na LDB e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola; II — estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica; III — orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais — docentes, técnicos, funcionários — da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam (BRASIL, 2013a, documento on-line). 3Características gerais da educação básica A BNCC para a educação infantil e para o ensino fundamental, homologada em 2017, é um importante marco legal para a educação básica na atualidade, pois, pela primeira vez na história da educação no Brasil, temos um documento que explicita os direitos de aprendizagem de todos os alunos da educação infantil e do ensino fundamental. A BNCC busca propor aprendizagens es- senciais e desenvolver competências e habilidades nos campos de experiência da educação infantil e nas áreas de conhecimento do ensino fundamental. Além disso, serve de referência obrigatória para a construção dos currículos escolares de todas as escolas do sistema educacional brasileiro. Os Planos Nacionais de Educação (PNEs) decenais, de 2001 e de 2014, também se preocuparam com os aspectos voltados para a educação básica nacional, propondo metas que envolvam a busca pela qualidade no ensino, a garantia do acesso e a universalização do direito à educação nesse nível inicial da escolarização. Na LDB, encontramos a definição da educação básica, em seu art. 21, que cita (BRASIL, 1996, art. 21, documento on-line): “Art. 21 A educação escolar compõe-se de: I — educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio [...]”. O proposto pela LDB traz um novo entendimento para o conceito da educação básica, não o restringindo simplesmente ao ensino fundamental, mas valorizando também a educação infantil como etapa importante e componente dessa base da educação que se pretende construir e, da mesma forma, reiterando a importância do ensino médio, que dará acesso aos estudos futuros na educação superior. Chama-se de educação básica precisamente porque oferece os meios para a construção de uma trajetória do cidadão socialmente produtivo e para a construção da qualidade da vida coletiva. A legislação educacional vigente, os estudos e as pesquisas na área da educação reforçam a ideia de que, ao cumprir todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), as ci- dadãs e cidadãos brasileiros alcançarão uma melhor qualidade de vida e cidadania. O art. 22 da LDB apresenta as finalidades da educação básica, citando que (BRASIL, 1996, documento on-line): “Art. 22 A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Esse artigo traz elementos muito importantes para análise, pois se trata da necessidade de existir uma formação comum proporcionada por esse nível da educação. Para isso, seria necessária a existência de uma base comum de conteúdos a serem aprendidos, que forneçam homogeneidade entre as escolas do território nacional. Características gerais da educação básica4 Além disso, traz a importância da educação básica para que possam ser exercidos os direitos e deveres inerentes à cidadania e à progressão possível no trabalho a ser conquistada, bem como projeta a ideia dos estudos posteriores a serem buscados pelos estudantes concluintes dessa etapa, no ensino superior. Cury (2002, p. 170), ao analisar o conceito de educação básica proposto pela LDB de 1996, afirma que “Resulta daí que a educação infantil é a base da educação básica, o ensino fundamental é o seu tronco e o ensino médio é seu acabamento, e é de uma visão do todo como base que se pode ter uma visão consequente das partes”. O autor, com essa metáfora, traz à tona a ideia de base, que, nesse caso, deve ser entendida como o somatório das fases componentes em igual importância. Por meio dos programas e políticas públicas educacionais, buscamos a garantia do direito à educação. O acesso e a permanência na escola, assim como o estabelecimento de padrões de qualidade, são iniciativas que nem sempre garantem oportunidades iguais a todos. Existem outros fatores que intervêm nos resultados educacionais, que fogem ao controle da escola, pois pertencem a outras áreas, como a economia, a assistência social e a segurança pública, por exemplo. Políticas de avaliação, focalização, descentralização e financiamento da educação básica Para que os aspectos que envolvam a educação básica em território nacional venham a ser gerenciados em busca dos resultados almejados — que abrangem a melhoria da qualidade do ensino, do acesso a todos e da diminuição das desigualdades —, é necessária a proposição de políticas públicas e programas governamentais. De acordo com Cury (2002), podem ser divididas a partir de suas características em políticas de: � focalização; � avaliação; � descentralização; � financiamento. 5Características gerais da educação básica As políticas de focalização são aquelas constituídas visando dar ênfase a alguns tópicos vistos como prioritários dentro de um universo maior. Segundo Di Pierro (2001, p. 325), “[...] a diretriz de focalização das políticas sociais tem origem na tese de que, sob condições de limitação de recursos, o investimento público é mais eficaz quando direcionado a porções do território nacional ou subgrupos populacionais para os quais esse benefício resulte maior impacto positivo”. O Brasil teve uma mudança significativa na sua política de focalização educacional a partir da LDB de 1996, deixando de focalizar o ensino fundamental e passando a abranger a educação básica como um todo. Dessa forma, com a LDB de 1996 e a modificação no conceito da própria educação básica, abrangendo também a educação infantil, deixamos de ter somente o ensino fundamental como focalizado e passamos a ter programas que abrangem todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). Um bom exemplo é o PNE 2014–2024, por meio do qual percebemos, a partir da existência de 12 metas voltadas diretamente para a educação básica, que se trata de focalização por parte do Ministério da Educação nesse nível educacional. Para a educação infantil, podemos citar a Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de 0 a 6 anos, criada pelo Ministério da Edu- cação, em 2006. Também podemos citar os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, de 1998, que surgem como documento norteador, de caráter não obrigatório, complementar aos PCNs. Na atualidade, podemos citar o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), programa governamental que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), “[...] visando garantir o acesso de crianças a creches e escolas, bem como a melhoria da infraestrutura física da rede de Educação Infantil” (BRASIL, 2018a, documento on-line). O Ministério da Educação, focalizando a educação básica, criou inúmeros programas voltados para o ensino fundamental e médio, como, por exemplo: � Programa Mais Alfabetização; � Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio; � Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa; � Novo Mais Educação; � Ensino Médio Inovador; Características gerais da educação básica6 � Proinfância; � Saúde na Escola; � Atleta na Escola. Com o objetivo de medir e monitorar o desempenho das escolas e de seus estudantes no decorrer do processo de escolarização da educação básicabrasileira, temos as políticas de avaliação, hoje desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essas políticas de avaliação envolvem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que propõe a aplicação de avaliações externas de larga escala nas escolas do sistema educacional brasileiro e que “[...] por meio de provas e questionários, [...] permite avaliar a qualidade da educação brasileira, oferecendo subsídios para o monitoramento, a elaboração e o aprimoramento de políticas públicas com base em evidências” (BRASIL, 2018b, documento on-line). O Saeb aplica provas para verificar a alfabetização dos estudantes das escolas públicas ao final do terceiro ano, com a aplicação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O Saeb também utiliza questionários aplicados a gestores e professores com o intuito de obter informações sobre as condições de infraestrutura, formação dos docentes, tipo de gestão da escola e como se organiza o trabalho pedagógico. Já para os alunos do 5º e 9º anos, temos a aplicação da Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil, que visa medir a qualidade do ensino das escolas da rede pública no ensino fundamental (séries finais). O ensino médio, por sua vez, possui o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — realizado ao final dessa etapa da educação básica, servindo inclusive como meio de seleção para o ensino superior — e o Exame Nacional para Certificação de Compe- tências de Jovens e Adultos (Encceja) — voltado à educação de jovens e adultos, com a finalidade de “[...] aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada” (BRASIL, 2017a, documento on-line). Existem também as políticas de descentralização, que acompanham nossa história da educação nacional. Ressaltamos que, no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, já se propunha a descentralização como forma de as 7Características gerais da educação básica escolas serem capazes de se adaptar às características regionais dos locais em que atuavam. “A concepção de descentralização na educação associada à relação entre governo central e governos locais, ou entre governo federal e unidades da federação, predominou até final da década de 1980” (NOVAES; FIALHO, 2010, p. 594). Após a Constituição Federal de 1988, esse conceito tomou sentidos am- pliados que envolveram as escolas em programas e políticas públicas em que a participação social é fomentada a partir de espaços democráticos. A descentralização foi reconfigurada a partir da Constituição Federal de 1988 e da LDB de 1996, mais especificamente a partir do estabelecimento do regime de colaboração entre os entes federativos. Dessa forma, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem agir de forma autônoma para atender às suas incumbências, porém, de forma interdependente e solidária para o alcance dos objetivos educacionais. Segundo Novaes e Fialho (2010, p. 595), “[...] a descentralização ganha nova conotação ao ser incorporada ao contexto das reformas educacionais. Passa, portanto, a ser considerada como um meio para atingir maior eficiência e eficácia, a partir da implantação de alguns programas”. Dessa forma, a descentralização faz as escolas se empenharem e os programas educacionais se operacionalizarem e atenderem aos objetivos do sistema educacional. O próprio funcionamento do sistema educacional brasileiro é um exemplo de descentralização, uma vez que, embora exista um PNE e um CNE junto ao Ministério da Educação, cabe aos estados, ao Distrito Federal e aos muni- cípios a criação dos seus próprios planos de educação e dos seus respectivos conselhos, que irão atuar de forma consultiva, fiscalizadora e deliberadora sobre os aspectos educacionais pertinentes a cada ente. Visando prover os recursos financeiros necessários para o atendimento da educação básica, é imprescindível que existam políticas de financiamento. A política de financiamento educacional adotada hoje pelo Ministério da Edu- cação constitui as ações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O FNDE apresenta três políticas de financiamento: � Fundo de Financiamento Estudantil (Fies); � Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Va- lorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); � salário-educação. Características gerais da educação básica8 O Fies é destinado para a educação superior, sendo que, para a educação básica, o programa de financiamento principal é o Fundeb. O Fundeb possui natureza contábil e tem abrangência estadual, logo, hoje temos 27 fundos atuando no Brasil, considerando no somatório o Distrito Federal e os estados. O Fundeb é composto “[...] por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vin- culados à educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal” (BRASIL, 2018c, documento on-line). Também fazem parte do Fundeb os repasses do governo federal a título de complementação de recursos, toda vez que os estados não conseguirem atingir os valores mínimos que deveriam para a área educacional. O art. 212 da Constituição Federal faz menção aos valores mínimos percentuais sobre os impostos arrecadados a serem repassados para a educação: Art. 212 A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na ma- nutenção e desenvolvimento do ensino (BRASIL, 1988, documento on-line). O Fundeb distribui os recursos que compõem o fundo a partir do número de matrículas nas escolas da educação básica, ou seja, atende os alunos da educação infantil, do ensino fundamental (anos iniciais e finais), do ensino médio e também das modalidades educacionais, como a educação especial e a educação de jovens e adultos (EJA), em escolas que se encontram na zona rural ou urbana e que ofertem atendimento em turno integral ou parcial. Para que sejam realizados os repasses dos recursos às escolas de forma equitativa, os dados relativos ao Censo Escolar devem estar atualizados. Os valores repassados pelo Fundeb são destinados à remuneração dos profissionais do magistério que exerçam a docência nas escolas públicas, bem como para cobrir despesas diversas enquadradas como de Manutenção e 9Características gerais da educação básica Desenvolvimento do Ensino (MDE). Isso envolve aperfeiçoamento de pessoal, aquisição e manutenção de instalações, custeio de serviços de vigilância, limpeza e conservação, compra de materiais escolares necessários, entre outras despesas citadas no art. 70 da LDB de 1996. O salário-educação, por sua vez, “[...] é uma contribuição social destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública, conforme previsto no § 5º do art. 212 da Constituição Federal de 1988” (BRASIL, 2018c, documento on-line). Essa contribuição tem origem no desconto de 2,5% da folha de pagamento dos empregados, ficando 1% com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão que arrecada os recursos. O salário-educação tem como destinatários a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, sendo os recursos divididos da seguinte maneira: � 10% da arrecadação líquida com o FNDE; � 90% da arrecadação líquida desdobrados em uma quota federal (um terço dos valores) e uma quota estadual e municipal (dois terços dos valores). Os valores da quota federal são administrados pelo próprio FNDE nos pro- gramas e projetos com foco na educação básica. Já os recursos da quota estadual e municipal são depositados em contas específicas das Secretarias de Educação dos entes federados (estados, Distrito Federal e municípios), proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica para que seja aplicadotambém no financiamento de programas, projetos e ações desse nível educacional. Como podemos perceber, estabelecer políticas de focalização, avaliação, descentralização e financiamento faz o Ministério da Educação articular o sistema educacional brasileiro para atingir suas metas específicas e, no caso da educação básica, possa universalizar e garantir o acesso e elevar a qualidade do ensino dos estudantes das escolas públicas nacionais. Para que se alcance a qualidade no ensino com a educação básica, foi instituído — por meio da Lei nº. 11.738, de 16 de julho de 2008, visando cumprir a determinação legal presente na Constituição Federal e na LDB de 1996 — o piso salarial do magistério, que deveria ser pago a todos os professores do sistema educacional brasileiro. O piso atualmente está em R$ 2.886,24 para os professores que cumprem a jornada diária de 8 horas diárias ou 40 horas semanais. Você considera esse valor interessante? Estaria realmente valorizando o professor? Características gerais da educação básica10 Educação básica e calendário escolar Para que exista um parâmetro de qualidade comum entre as escolas de educação básica nacionais, as horas para o ensino dos conteúdos curriculares devem corresponder ao número mínimo de horas que os docentes atuam nos estabele- cimentos. Dessa forma, é muito importante o estabelecimento de um calendário que norteie as atividades das etapas que compõem a educação básica, ou seja, para a educação infantil, para o ensino fundamental e para o ensino médio. A LDB de 1996 estabelece como incumbência das escolas, em seu art. 12, III “[...] assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos [...]”, reforçando a importância desse ato para que se atinjam os objetivos educacionais. Da mesma forma, ao referir-se às incumbências relativas aos docentes, reforça que devem “[...] ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional” (BRASIL, 1996, documento on-line). Os dias letivos ou as horas-aula que compõem o calendário escolar para a educação básica devem também contemplar espaços de tempo para planeja- mento, avaliação e desenvolvimento profissional. No art. 24 da LDB de 1996, temos o estabelecimento de pontos fundamentais para o calendário escolar a ser seguido na educação básica: Art. 24 A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I — a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver (BRASIL, 1996, documento on-line; A LDB de 1996 estabelece como regra para o ensino fundamental e médio a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas ao longo de 200 dias letivos, dos quais os exames finais não devem fazer parte. Ficam em aberto os aspectos que envolvem a educação infantil, que compreende a primeira etapa da educação básica. Com essa determinação da LDB de 1996, tivemos uma modificação na carga horária importante para o Brasil, uma vez que, ao sair de 720 horas para 800 horas anuais e de 180 para 200 dias letivos, o Brasil renuncia à incômoda posição de país que, embora signatário do Estatuto Universal dos Direitos Humanos de 1948, exibe um dos mais reduzidos tempos de permanência dos alunos na escola. Em relação ao ensino médio, existe menção na Lei nº. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que alterou o art. 24, § 1º, da LDB de 1996: 11Características gerais da educação básica Art. 24 [...] § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017 (BRASIL, 2017b, documento on-line). Essa carga horária que estabelece mil horas-aula anuais para o ensino médio é reforçada na BNCC para o ensino médio atual, reforçando essa ampliação proposta. Para o cumprimento dessa determinação relativa à carga horária do ensino fundamental e do ensino médio, os estudantes deverão frequentar no mínimo 75% das aulas para que possam ser considerados frequentes e garantir sua aprovação. Em relação à educação infantil, a Lei nº. 12.796, de 4 de abril de 2013, alterou a LDB de 1996, trazendo a seguinte menção: Art. 31 A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I — avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II — carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (BRASIL, 2013a, documento on-line). Dessa forma, também a educação infantil na atualidade deve contemplar no mínimo 800 horas-aula e 200 dias letivos no calendário da escola. O que modifica em relação a essa etapa da educação básica, além das particularidades do currículo e das atividades que compõem essas horas de trabalho educacional nas creches e pré-escolas, é a obrigatoriedade de frequência dos estudantes, que, nesse caso, é de 60% das aulas. Para educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, são considerados períodos de atendimento de turno parcial o equivalente a 4 horas e para o turno integral a jornada de 7 horas a serem cumpridas nos estabelecimentos de ensino. Cabe ressaltar que, embora seja imposta a carga horária mínima a ser atin- gida pelos estabelecimentos de ensino referente às etapas da educação básica, ainda assim, temos a menção aos ajustes possíveis, permitindo flexibilidade por parte da escola ao projetar seus calendários, segundo o art. 23 da LDB de 1996 (BRASIL, 1996, documento on-line): “Art. 23 [...] § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta lei”. Características gerais da educação básica12 Esses ajustes podem ser observados, por exemplo, em escolas rurais, em que o calendário é intensificado em períodos entre safras, quando a frequência dos alunos é mais efetiva. As DCNs gerais para a educação básica (2013), ao referirem-se à gestão democrática e à organização da escola, reforçam o compromisso das institui- ções em relação ao cumprimento do calendário escolar, quando estabelecem em seu art. 54, § 1º, que: Art. 54 [...] § 1º As instituições, respeitadas as normas legais e as do seu sistema de ensino, têm incumbências complexas e abrangentes, que exigem outra concepção de or- ganização do trabalho pedagógico, como distribuição da carga horária, remune- ração, estratégias claramente definidas para a ação didático-pedagógica coletiva que inclua a pesquisa, a criação de novas abordagens e práticas metodológicas, incluindo a produção de recursos didáticos adequados às condições da escola e da comunidade em que esteja ela inserida (BRASIL, 2013b, documento on-line). A carga horária estabelecida como direito dos estudantes (800 horas e 200 dias letivos), que deverá ser realizada a partir das atividades docentes, porém, tem gerado consultas à Câmara de Educação Básica (CEB), do Ministério da Educação, sobre qual seria o espaço de tempo relativo à hora-aula do docente, uma vez que os períodos escolares variam entre 60, 50 e 45 minutos nas escolas brasileiras. Atendendo a essas demandas, enaltecendo o aspecto diferenciado das atividades do professor e buscando reforçar a valorização dos profissionais do magistério, previstas no art. 67 da LDB de 1996, a CEB, por meio do Parecer CEB nº. 18/2012 (BRASIL, 2013c), expressa que, independentemente do tempo de duração de cada aula (60,50 ou 45 minutos), adotado pelos sistemas ou pelas redes de ensino, a jornada do docente deve seguir a apresentada no Quadro 1. Fonte: Adaptado de Brasil (2013c). Duração total da jornada Interação com estudantes Atividades extraclasse 40 horas semanais No máximo, dois terços da jornada No mínimo, um terço da jornada Quadro 1. Divisão da hora-aula dos professores 13Características gerais da educação básica Fica evidente que, para que se organizem as atividades no interior das escolas, é necessário um estudo sério e comprometido que envolve o cuidado com a carga horária e com os dias letivos necessários para que se atendam às exigências curriculares e para que a educação básica possa atingir seus objetivos de “[...] desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (BRASIL, 1996, documento on-line) Para compreender mais detalhadamente como as DCNs da educação básica se es- truturam visando normatizar e orientar as diversas modalidades da educação básica, acesse o seguinte link: https://goo.gl/SslkNi Características gerais da educação básica14 15Características gerais da educação básica BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais. Educação básica: Saeb. Brasília, DF, [2018b]. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais. O que é o encceja? Brasília, DF, 7 ago. 2017a. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do ado- lescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jul. 1990. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: . Acesso em 27 nov. 2018. BRASIL. Lei nº. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 abr. 2013a. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Lei nº. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Traba- lho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº. 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº. 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 de fev. 2017b. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer Homologado nº. 18, de 2 de outubro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 ago. 2013c. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes curriculares nacionais gerais da educação básica. Brasília, DF, 2013b. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. Características gerais da educação básica16 BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Sobre o Proinfância. Brasília, DF, [2018a]. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Sobre o salário educação. Brasília, DF, [2018c]. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: intro- dução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. CURY, C. R. J. et al. A educação básica no Brasil. Educação e Sociedade, v. 23, n. 80, p. 168-200, 2002. DI PIERRO, M. C. Descentralização, focalização e parceria: uma análise das tendências nas políticas públicas de educação de jovens e adultos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 321-337, jul./dez. 2001. NOVAES, I. L.; FIALHO, N. H. Descentralização educacional: características e perspectivas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 26, nº. 3, p. 585-602, set./ dez. 2010. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. Leituras recomendadas BRASIL. Comissão de Educação. Plano Nacional de Educação. Brasília: Senado Federal, UNESCO, 2001. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: atualizada até março de 2017. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017c. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política nacional de educação infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília: MEC, SEB, 2006. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2018. Dica do professor Uma parte muito importante para que todos os esforços de planejamento e organização da educação básica propostos pelo Ministério da Educação possam vir a serem cumpridos é o repasse dos recursos financeiros necessários para que as escolas públicas da educação básica mantenham- se funcionando de forma equitativa e com qualidade naquilo que fazem. Esses recursos chegam até as instituições de ensino seguindo algumas políticas de financiamento. Veja, nesta Dica do Professor, a principal política de financiamento da atualidade, o FUNDEB. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7d7388f981a8c7acbf8c52f636df2fb2 Na prática A educação básica possui modalidades de educação específicas que devem ser conhecidas por todos os gestores e professores, uma vez que apresentam legislações, normatizações e características particulares. Essas modalidades são: Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo e Educação Profissional. Veja, Na Prática, a história de Tânia: Tânia foi convidada para ser Secretária de Educação em seu Município, e uma de suas primeiras atitudes foi promover a gestão democrática nas escolas públicas da rede de ensino, propiciando que os diretores pudessem ser eleitos pela comunidade escolar. O resultado foi muito bom, envolvendo a todosno processo eletivo, porém ficou evidente que muitos novos diretores sentiam-se despreparados para atuarem como gestores escolares de fato, desconhecendo as particularidades que envolviam a educação básica e as suas modalidades. Preocupada com essa situação, Tânia reuniu sua equipe e preparou uma capacitação teórica e prática para os novos diretores e vice-diretores eleitos, envolvendo as principais modalidades existentes na educação básica. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Avaliação externa e gestão escolar: reflexões sobre usos dos seus resultados Este artigo trata da importância, para a gestão escolar, das políticas de avaliação para a educação básica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Índice de desenvolvimento da educação bádica - IDEB: metas intermediárias para a sua trajetória no Brasil, estados, municípios e escolas Neste artigo, você poderá aprofundar o conhecimento nos cálculos que envolvem o Ideb, que serve de indicador para a qualidade do ensino. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. BNCC propõe mudanças para a Educação Infantil Neste vídeo, você vai conhecer um pouco mais sobre a primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil, e o que é proposto com a Base Nacional Comum Curricular atual. https://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/o_ideb/Ideb_Projecoes.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/gOGcuIwMtHM