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04 - CESD CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 2024

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COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA
ESPECIALIDADE SAD
CESD
SAD
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
VOLUME ÚNICO
Elaborador(es):
1S SAD RITA
2S SAD LILIANE OLIVEIRA
2S SAD SALGADO
2S SAD OLIVEIRA
Revisor:
1S SAD MARILIA
Revisores Pedagógicos:
1º Ten PED MARINA
GUARATINGUETÁ – SP
2024
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a
reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-se de
qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive processos
xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a permissão, expressa e
por escrito, da Escola de Especialistas de Aeronáutica –
Guaratinguetá – SP.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - COMUNICAÇÃO ORAL E NÃO VERBAL................................8
TÓPICO 1.1 - Comunicação oral - “A ferramenta de trabalho mais utilizada”.......8
TÓPICO 1.2 - Comunicação não verbal - “Seu corpo fala mais do que sua boca”. 9
TÓPICO 1.3 - Falando ao telefone: “Será verdade que o que os olhos não veem o 
coração não sente?”.................................................................................................11
TÓPICO 1.4 - Transmissão de recados e uso de agendas......................................13
TÓPICO 1.5 - Uso de agendas...............................................................................15
TÓPICO 1.6 - Ética no trabalho.............................................................................17
CAPÍTULO 2 - HIGIENE E ORGANIZAÇÃO NO TRABALHO......................21
TÓPICO 2.1 - Funcionalidade e acolhimento........................................................21
CAPÍTULO 3 - PRÁTICAS EM SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS.................30
TÓPICO 3.1 - INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA.............................................30
CAPÍTULO 4 - CORRESPONDÊNCIA E ATOS OFICIAIS DO COMANDO 
DA AERONÁUTICA.................................................................................................39
TÓPICO 4.1 - Conceitos........................................................................................39
TÓPICO 4.2 - Classificação de Documentos.........................................................43
TÓPICO 4.3 - Formas De Tratamento...................................................................44
TÓPICO 4.4 - Principais documentos do COMAER.............................................45
TÓPICO 4.5 - Gestão de documentos....................................................................49
TÓPICO 4.6 - Conceitos:.......................................................................................50
TÓPICO 4.7 - Noções de Tratamento de Informações Classificadas....................52
TÓPICO 4.8 - Conceitos:.......................................................................................52
CAPÍTULO 5 - NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO UTILIZADA EM 
ADMINISTRAÇÃO..................................................................................................55
TÓPICO 5.1 - REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA 
- RADA...................................................................................................................55
TÓPICO 5.2 - AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO.............................................56
TÓPICO 5.3 - BENS PATRIMONIAIS DA UNIÃO.............................................57
TÓPICO 5.4 - RESPONSABILIDADES...............................................................57
CAPÍTULO 6 - REGULAMENTO INTERNO DE SERVIÇOS DA 
AERONÁUTICA – RISAER....................................................................................59
TÓPICO 6.1 - SERVIÇO DE ESCALA.................................................................59
TÓPICO 6.2 - ESCALA DE SERVIÇO.................................................................59
TÓPICO 6.3 - REVISTA........................................................................................60
TÓPICO 6.4 - FORMATURAS.............................................................................60
TÓPICO 6.5 - INCLUSÃO – EXCLUSÃO – DESLIGAMENTO........................60
TÓPICO 6.6 - APRESENTAÇÃO.........................................................................61
TÓPICO 6.7 - SUBSTITUIÇÃO...........................................................................62
TÓPICO 6.8 - ARROLAMENTO DE BENS........................................................62
TÓPICO 6.9 - AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO....................63
TÓPICO 6.10 - DISPENSA DO SERVIÇO...........................................................66
TÓPICO 6.11 - AFASTAMENTO TOTAL DO SERVIÇO....................................67
TÓPICO 6.12 - NÚPCIAS.....................................................................................67
TÓPICO 6.13 - LUTO............................................................................................68
TÓPICO 6.14 - TRÂNSITO...................................................................................68
TÓPICO 6.15 - INSTALAÇÃO.............................................................................68
CAPÍTULO 7 - LEI DA REMUNERAÇÃO MILITAR........................................70
TÓPICO 7.1 - REMUNERAÇÃO.........................................................................70
TÓPICO 7.2 - CONCEITOS..................................................................................71
TÓPICO 7.3 - Direito e Suspensão de Remuneração.............................................73
REFERÊNCIAS.........................................................................................................81
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 7/79
APRESENTAÇÃO
Prezado Aluno, parabéns por sua matrícula neste Curso de Especialização. Trata-se de um
grande momento em sua carreira. 
Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados aqui,
entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo para exercer
as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos conhecimentos e
habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por militares mais modernos.
Parabéns novamente e votos de sucesso em seus estudos!
AD ASTRA ET ULTRA!
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8/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
CAPÍTULO 1 - COMUNICAÇÃO ORAL E NÃO VERBAL
Todos nós queremos causar boa impressão no trabalho. Um bom exercício de liderança,
garante uma boa pontuação nas avaliações anuais e realimenta a nossa vontade de trabalhar bem.
Ao desempenharmos um bom trabalho, causamos uma boa impressão e representamos bem
a Organização para a qual trabalhamos; atraindo mais clientes e maiores benefícios para essa
Instituição.
A maneira com a qual nos comunicamos e nos relacionamos profissionalmente reflete o
“espírito” de nossa Organização, características essas que ficam evidentes para o público em geral,
razão pela qual é necessário ficarmos atentos aos detalhes, corrigindo constantemente possíveis
falhas.
Nesse sentido, alguns dos conceitos abaixo podem ajudar no aprimoramento profissional:
TÓPICO 1.1 - Comunicação oral - “A ferramenta de trabalho mais utilizada”
Comunicar é uma atividade natural do ser humano e uma necessidade. Querendo ou não,
estamos sempre comunicando algo, seja por palavras, gestos ou atitudes. Porém, nem sempre é fácil
nos fazermos entender. Muitas vezes estamos descontraídos, pensando em voz alta ou mesmo
expondo um ponto de vista, e, numa fração de segundos, uma palavra mal colocada, uma pausa fora
de hora, uma expressão facial mal interpretada, coloca-nos numa “tremenda saia justa”. O ouvinte
se sente agredido, cria-se um conflito. 
Igualmente difícil é comunicar uma negativa, impor limites ou situar alguém perante uma
determinação. Entretanto, com muita frequência, o profissional de serviços administrativosmais pelo destinatário e pela finalidade que pela
formatação.
O Ofício expedido a órgão externo ao COMAER segue a diagramação do Ofício contido no
Manual de Redação da Presidência da República. Já o Ofício expedido a outra OM do COMAER,
bem como o Ofício tramitado entre os setores de uma mesma OM (em substituição ao Memorando,
à Parte e à Parte Pessoal), segue a diagramação tradicional em uso na Força nos últimos anos. 
Pode ser destinado a superior hierárquico, a subordinado ou a colateral (ascendente,
descendente ou horizontal). Pode conter ordens, instruções, informações, solicitação de informações
ou providências, exposição circunstanciada de ocorrências ou de atividades realizadas, com a
finalidade de prestar contas (característica de um relatório), ou ainda comunicar fatos ou
acontecimentos nas esferas disciplinar ou administrativa.
Ressalta-se que a Parte e a Parte Pessoal foram suprimidas e substituídas pelo Ofício, no
trâmite interno da informação no âmbito de cada OM. Nesse contexto, a conceituação do Ofício foi
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44/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
ampliada para absorver as utilidades dos documentos citados. Esse regramento segue àquele contido
no atual Manual de Redação da Presidência da República, onde o Ofício também pode ser expedido
entre unidades administrativas de um mesmo órgão.
Apostila
É a averbação feita no texto de documentos normativos ou ordinatórios no sentido de
corrigir alguma inexatidão do texto original (desde que essa correção não venha a alterar a
substância do ato já publicado), ou acrescentar informação nova a esse registro (informação essa
que faltava e deixava o registro incompleto).
Ata
É o registro de fatos ou ocorrências verificadas e resoluções tomadas por seus membros,
numa assembleia, sessão ou reunião. A ata possui estrutura própria e pode conter anexos,
mencionados em seu corpo.
Aviso Interno
É o documento de uso exclusivo do CMTAER, que tem como função baixar determinações,
interpretar dispositivos regulamentares, fazer recomendações ou determinar a execução de
providências necessárias ao serviço.
Certidão
É o documento legal que certifica algo já registrado e de que se tem provas. A certidão
expressa o conteúdo de outro documento oficial e original. É fornecida mediante requerimento do
interessado, desde que satisfaça os seguintes pressupostos:
a) legítimo interesse;
b) ausência de sigilo, atendidos os critérios da Lei de Acesso à Informação; e
c) indicação da finalidade.
Declaração
É o documento de natureza testemunhal pelo qual um servidor, em razão do cargo, fornece
informação, afirmando, ou não, a veracidade de um fato ou de uma situação de que tenha
conhecimento. É, em geral, a favor de uma pessoa e confeccionado a seu pedido.
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 45/79
Parecer
É o documento pelo qual o signatário emite uma opinião especializada fundamentada,
técnica ou científica, sobre determinado assunto, que poderá dar suporte à tomada de decisão. Os
Pareceres recebem numeração corrida dentro de cada órgão, seguindo-se a indicação do ano.
Requerimento
É o documento pelo qual o peticionário dirige-se a uma autoridade para pleitear direitos ou
benefícios, buscando a satisfação de uma pretensão que, via de regra, esteja prevista em legislação
vigente. O requerimento é redigido em linguagem simples, comedida e dirigido à autoridade
competente, com base em fatos e fundamentos relatados.
Edital
É o meio de comunicação feito por intermédio de publicação em DOU ou pela Imprensa,
para tornar público, assuntos de interesse da Administração, tais como licitações, citações previstas
no Código de Processo Penal Militar e demais avisos que por sua natureza devam ter ampla
divulgação, conforme legislação vigente. Não será padronizado nesta NSCA, ficando a cargo das
necessidades de cada OM.
Exposição de Motivos
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; e
c) submeter à sua consideração projeto de ato normativo.
Norma Padrão de Ação (NPA)
Usada para padronizar os procedimentos rotineiros a serem seguidos em uma atividade
determinada. É aprovada pelo Comandante da OM e/ou da Guarnição de Aeronáutica, quando
elaborada por subordinado. Sua efetivação, alterações e cancelamento devem ser objeto de
publicação em boletim interno da OM apoiadora.
Nota de Serviço (NS)
É o documento que divulga ordens ou estabelece medidas relacionadas com a execução de
serviços ou eventos pontuais, transitórios, e que prescindam de menção e/ou publicação em boletim
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46/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
interno. É emitida pelo Comandante e cumprida na respectiva organização ou em alguns de seus
órgãos constitutivos.
Ordem do Dia
É o documento pelo qual o CMTAER ou outras autoridades exaltam datas e fatos históricos
ou fazem citações meritórias.
A Ordem do Dia não recebe número. Será identificada pela data de sua publicação no
boletim interno da OM apoiadora.
Quando não couber a expedição de Ordem do Dia, o Comandante, Secretário, Chefe ou
Diretor da OM poderá se pronunciar por meio de “Mensagem do ...” ou “Palavras do Comandante”.
TÓPICO 4.5 - Gestão de documentos
É um conjunto de procedimentos técnicos e operacionais essencial para o controle de todo o
ciclo vital dos documentos, abrangendo desde a sua produção até a sua destinação final (eliminação
ou guarda permanente), visando a racionalização e eficiência administrativas, bem como a
preservação do patrimônio documental de interesse histórico, cultural e social.
Um documento arquivístico é proveniente do cumprimento de atividades tanto de pessoas
físicas quanto de pessoas jurídicas e representa uma atividade administrativa, bem como seu
contexto de produção, independentemente de seu suporte. Ressalta-se, portanto, que os e-mails
institucionais que são produzidos para o desempenho das atividades no âmbito do COMAER,
também são considerados documentos arquivísticos, logo devem ser geridos como tais.
Os documentos que constam nas Instruções e/ou Normas que versam sobre
“Correspondência e Atos Oficiais do COMAER” e no Sistema Informatizado de Gestão
Arquivística de Documentos da Aeronáutica (SIGADAER) são todos documentos arquivísticos,
bem como todos os documentos que, no COMAER, são produzidos para o cumprimento de
atividades.
TÓPICO 4.6 - Conceitos:
Arquivamento: Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à guarda ordenada
de documentos.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 47/79
Avaliação: Processo de análise de documentos arquivísticos que estabelece seus prazos de
guarda e sua destinação, de acordo com os valores que lhes são atribuídos.
Classificação: Organização dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um
plano de classificação ou quadro de arranjos; análise e identificação do conteúdo de documentos,
seleção da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados por meio da atribuição de códigos.
Este termo não se refere à classificação de documentos sigilosos de que trata a Lei nº 12.527, de 18
de novembro de 2011, regulamentada pelo Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012 (Lei de Acesso
à Informação – LAI).
Comissão Permanente De Avaliação De Documentos Do Comando Da Aeronáutica
(CPADAER): Grupo multidisciplinar instituído com a responsabilidade de orientar o processo de
análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no âmbito do COMAER,
tendo em vista a identificação dos documentos de arquivo de guarda permanente e dos documentos
de arquivo destituídos de valor secundário que podem ser eliminados, de acordo com o determinado
noDecreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. É o órgão máximo de avaliação de documentos no
COMAER.
Destinação: Conjunto de operações que se seguem à fase de avaliação de documentos
destinada a determinar a sua guarda temporária, permanente ou a sua eliminação.
Documento: Unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
qualquer meio de suporte de informação recuperável que descreva, defina, especifique, relate,
divulgue, comprove resultados e certifique atividades.
Documento De Arquivo: Todo documento produzido, recebido e acumulado por entidades e
órgãos públicos federais, entidades privadas e pessoas físicas em decorrência do exercício de suas
funções e atividades específicas, qualquer que seja o suporte da informação ou da natureza dos
documentos.
Prazo De Guarda: Prazo definido na Tabela de Temporalidade e Destinação de
Documentos de Arquivo e baseado em estimativas de uso, em que documentos deverão ser
mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário, ao fim do qual a destinação é efetivada.
Também chamado período de retenção ou prazo de retenção.
Subcomissão Permanente De Avaliação De Documentos Do Comando Da Aeronáutica
(SPADAER): Grupo multidisciplinar, instituído nas OM, que tem a responsabilidade de orientar e
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48/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu
âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos de guarda permanente e os que
poderão ser eliminados após elaboração de LED e submissão da mesma para autorização dos órgãos
competentes.
Tabela De Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo: Instrumento de
destinação, aprovado por autoridade competente, que determina os prazos em que os documentos
devem ser mantidos nos arquivos correntes e intermediários, ou recolhidos aos arquivos
permanentes, estabelecendo critérios para microfilmagem e eliminação.
Ciclo Vital Dos Documentos: A gestão de documentos garante um efetivo controle da
produção nos arquivos correntes (setor de protocolo da OM), da transferência aos arquivos
intermediários (Arquivo Geral da OM) e da eliminação ou recolhimento ao Arquivo Permanente do
COMAER, o Centro de Documentação da Aeronáutica (CENDOC).
Protocolo
Protocolar, ou protocolizar, é formalizar o recebimento ou o envio de documentos ou
materiais através de registro em livro próprio ou sistema informatizado de gestão de documentos.
Nesse ato, devem ser registrados os dados que caracterizem o documento como tipo, número,
número de protocolo (NUP para os documentos originados pelos órgãos do Ministério da Defesa),
data, emissor, destinatário, assunto principal, horário e responsável pelo recebimento. O número de
protocolo é o principal meio de identificação dos documentos e é dado na OM de origem, não
cabendo outra numeração, para fins de identificação, nas organizações por onde tramitarem.
Todo e qualquer documento entra na Unidade e é distribuído pela Divisão de Protocolo. Ao
receber qualquer documento o S1 SAD deverá observar alguns aspectos, como por exemplo, se
contém a identificação do documento (Número de Protocolo, Data de Registro e Assunto), se está
assinado, se esta corretamente encaminhado e se está acompanhado dos respectivos anexos, se for o
caso.
Arquivo
Chamamos arquivo à guarda de todos os documentos, expedidos e recebidos. Essa guarda
precisa seguir critérios de organização para atingir as seguintes finalidades:
• utilizar o mínimo de espaço;
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 49/79
• agilizar a localização e o acesso aos documentos;
• identificar os documentos vitais e garantir a sua preservação;
• impedir a possibilidade de eliminação desses documentos; e
• possibilitar controle de empréstimo e devolução.
TÓPICO 4.7 - Noções de Tratamento de Informações Classificadas
É importante salientar que na confecção e trâmite de documentos administrativos por um
soldado especializado em administração, deverá sempre ser observado o grau de sigilo da
informação. Nem todas as informações e documentos podem ser acessados por todas as pessoas.
Existem áreas e setores que são restritos, assuntos que são de conhecimento específico de algumas
pessoas. E, quando, por ventura o soldado tiver contato, devido ao seu setor de trabalho com este
tipo de documentação, que ele siga as orientações previstas de sigilo, sendo passível de punição,
caso não siga.
O principal documento que ampara o tratamento de informações sigilosas no COMAER é a
ICA 205-47 - Instrução para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos da Aeronáutica (ISAS), com o
FCA 200-6 – Guia Prático De Execução Das Medidas Do Decreto De Tratamento De Informações
Classificadas No Comando Da Aeronáutica. Abaixo seguem alguns dos principais conceitos,
previstos nestes regulamentos, lembrando que eles são muito mais abrangentes, não sendo possível
aprofundá-los nesta apostila, portanto, caso, no futuro, o S1 SAD, venha a trabalhar com este tipo
de documentação, deverá buscá-los e conhecê-los mais profundamente.
TÓPICO 4.8 - Conceitos:
Acesso: É a possibilidade de tomar contato com uma informação, por intermédio da consulta
a documento, ou com material que contenha dados, podendo ocorrer a entrada em área ou instalação
que a contenha.
Área Ou Instalação De Acesso Restrito: É a área ou instalação que contenha documento
ou material classificado ou sob restrição de acesso, ou que, por sua utilização ou finalidade,
demande proteção.
2024 EEAR
50/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Classificação quanto ao grau de sigilo: É o ato de se atribuir grau de sigilo a dado,
informação, documento, material e área que requeiram medidas especiais de salvaguarda e, por
consequência, ao documento, material ou área que a contenha, utilize ou veicule.
Comprometimento: É a perda de segurança resultante do acesso de pessoa não autorizada a
documento ou a material classificado ou sob restrição de acesso.
Credencial De Segurança: É o certificado que habilita pessoa a ter acesso e a realizar o
tratamento de informação classificada ou sob restrição de acesso e de acordo com o nível de
necessidade de conhecer a ela atribuído.
Grau De Sigilo: É a gradação atribuída à classificação de uma informação.
Informação de Acesso Restrito: É aquela que, não sendo passível de receber classificação
sigilosa, por sua utilização ou finalidade, demanda medidas especiais de proteção.
Informação Pessoal: É a informação relacionada à pessoa natural identificada ou
identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem.
Informação Pública: É a informação produzida, guardada, organizada e gerenciada pelo
Estado em nome da sociedade.
Informação Sigilosa: É a informação submetida, temporariamente, à restrição de acesso
público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, ou por ser
abrangida pelas demais hipóteses legais de sigilo.
Necessidade de Conhecer: É a condição pessoal, inerente ao efetivo exercício de cargo, da
função, do emprego ou da atividade, indispensável para que uma pessoa tenha acesso à informação
classificada ou sob restrição de acesso.
Tratamento de Informação Classificada: Conjunto de ações referentes à produção,
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle de informação
classificada em qualquer grau de sigilo.
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 51/79
Vamos fazer
algumas
anotações!
✔ Procure no conteúdo estudado as palavras-
chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.
✔ Faça uma lista dessas palavras-chave seguida
de um brevecomentário.
✔ A partir da leitura delas, tente reconstruir o
que foi visto.
Está na hora de
resumir!
A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
2024 EEAR
52/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
CAPÍTULO 5 - NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO UTILIZADA EM ADMINISTRAÇÃO
A seguir serão citados alguns conceitos de regulamentos utilizados na administração dos
serviços da Aeronáutica, necessários à rotina do soldado especializado em serviços administrativos.
TÓPICO 5.1 - REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA - RADA
O Regulamento de Administração da Aeronáutica (RCA 12-1) tem por finalidade:
I. definir as atribuições dos Agentes da Administração e de demais detentores de bens, de
valores e de dinheiros públicos, sob responsabilidade da Administração Direta deste Comando;
II. disciplinar as atribuições e os encargos dos diferentes agentes públicos; e
III. estabelecer procedimentos gerais e alguns específicos para a Administração das
Organizações Militares (OM) do Comando da Aeronáutica (COMAER).
Para efeitos deste Regulamento, são adotadas as seguintes conceituações, definições e siglas,
não se limitando a essas:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU ADMINISTRAÇÃO – A Administração Pública ou,
simplesmente, Administração, em sentido concreto e orgânico, pode ser entendida como o conjunto
formado pelos órgãos, serviços e agentes públicos (Administração Direta), bem como pelas demais
pessoas coletivas públicas (Administração Indireta), com competência legal para o exercício da
função administrativa sob a responsabilidade do Estado. Em sentido abstrato ou funcional, a
Administração Pública pode ser interpretada como a atividade desenvolvida pelo Poder Público,
seja no âmbito municipal, estadual ou federal, que assegura a satisfação dos interesses coletivos,
como a segurança, a educação e a saúde, e que não pertençam ao domínio das competências
relativas às funções legislativa e/ou judiciária. Divide-se em Administração Direta e Administração
Indireta. Trata-se do conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos governamentais
que exercem as funções necessárias aos serviços públicos em geral, no desempenho perene e
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da
coletividade.
AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO – é todo indivíduo que, investido de atribuições e de
responsabilidades definidas em ato próprio, realiza atividades administrativas de gestão
orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e de recursos humanos do COMAER. O Agente da
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 53/79
Administração é uma espécie de Agente Público, militar ou servidor civil, que atua no COMAER. O
termo agente da administração, tratado neste Regulamento, engloba, quando não especificado,
também, os gestores em geral e os servidores civis.
AGENTE PÚBLICO – todo indivíduo, servidor ou não, que exerça, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, encargo, emprego, comissão ou função nas
entidades da Administração Direta, Indireta ou Fundacional de qualquer dos poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de território, de empresa incorporada ao patrimônio
público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais
de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual. Pessoa física incumbida, definitiva ou
transitoriamente, do exercício de alguma função estatal, vinculada por meio de ato ou procedimento
legal a que se denomina investidura, variável na forma e nos efeitos, segundo a natureza do cargo,
do emprego, da função ou do mandato que se atribui ao investido.
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS – trata-se do conjunto de ações e de tarefas
realizadas pelas OM, constituídas pelos atos e pelos fatos administrativos resultantes da atuação de
seus Agentes da Administração, em todos os níveis considerados e no pleno exercício de suas
atribuições, respeitadas suas competências legais.
ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM) – é a Organização do Comando da Aeronáutica
(COMAER) que possui denominação oficial, regulamento, quadro de organização e quadro de
cargos privativos próprios.
SERVIDOR PÚBLICO – pessoa legalmente investida em cargo público. É todo aquele que
mantém vínculos de trabalho com entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos das
entidades político-administrativas, bem como em suas respectivas autarquias e fundações de direito
público, também conhecido como servidor civil.
UNIDADE ADMINISTRATIVA (UA) – é a OM, ou fração de OM, encarregada, por atos
legais, da gerência de patrimônio e de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente
atribuídos, no todo ou em parte.
TÓPICO 5.2 - AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO
Os Agentes da Administração são assim denominados:
2024 EEAR
54/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
I - Agente Diretor;
II - Ordenador de Despesas;
III - Agente de Controle Interno;
IV - Agente Executor (ou Gestor);
V - Agente Auxiliar; e
VI - Qualquer pessoa física a que se tenha atribuído competência para exercer atividade
administrativa de acordo com a legislação em vigor.
TÓPICO 5.3 - BENS PATRIMONIAIS DA UNIÃO
Todos os bens patrimoniais incluídos na dotação de qualquer OM da Aeronáutica pertencem
à União.
Os bens patrimoniais da União, quanto à natureza, dividem-se em:
I - móveis;
II - imóveis; e
III - intangíveis.
RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS
As Unidades Administrativas, para atender às suas necessidades, podem dispor de:
I - créditos orçamentários; e
II - créditos adicionais
TÓPICO 5.4 - RESPONSABILIDADES
A responsabilidade dos Agentes da Administração no COMAER, quando no exercício de
cargos, encargos ou funções, previstas na estrutura regimental do COMAER ou comissões, podem
ser:
I. Responsabilidade Funcional;
II. Responsabilidade Solidário; e
III. Responsabilidade Individual ou Pessoal
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 55/79
Vamos fazer
algumas
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de um breve comentário.
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que foi visto.
Está na hora de
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A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
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56/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
CAPÍTULO 6 - REGULAMENTO INTERNO DE SERVIÇOS DA AERONÁUTICA – 
RISAER
O RISAER regula a execução dos diferentes serviços e estabelece os procedimentos de
rotinas administrativas nas Organizações Militares.
TÓPICO 6.1 - SERVIÇO DE ESCALA
Serviço de Escala é aquele, publicado em Boletim Interno próprio ou da OM Apoiadora,
atribuído, periodicamente, a determinado militar ou grupo de militares, bem como a servidor
público ou grupo de servidores, independentemente das atribuições normais permanentes que lhes
couberem. Os serviços têm duração de 24 horas e as equipes ficam sediadas na OM ou em outras
áreas determinadas pelo Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM. Para os serviços de
Segurança, poderá ser adotado o regime de turno, com duração máxima de 8 horas, na sede das OM
do COMAER, ou de 12 horas, em exercícios e operações que envolvam o desdobramento de meiosde Força Aérea fora das OM do COMAER.
TÓPICO 6.2 - ESCALA DE SERVIÇO
Escala de Serviço é o documento configurado em relação nominal de militares ou fração de
tropa destinada à execução dos serviços previstos neste Regulamento.
Deverá ser disponibilizada para consulta do efetivo da OM, com periodicidade prevista em
Norma Padrão Ação (NPA), planilha que contenha a contabilização atualizada da situação dos
militares nas respectivas escalas.
A Escala de Serviço para os feriados e demais dias em que não haja expediente será
elaborada separadamente daquela prevista para os dias de expediente normal.
As OM manterão controle, em setor específico, de todas as Escalas de Serviço, dos militares
que a elas concorrerem, da escrituração e das alterações, com respectivos motivos, que nelas
ocorram. 
As Escalas de Serviço são regidas por Norma Padrão de Ação própria.
Os registros históricos das escalas e das alterações deverão ser mantidos em arquivo próprio
para fins de controle e distribuição proporcional dos serviços, conforme prazo estipulado em
legislação arquivística vigente.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 57/79
Deverá ser observada entre dois serviços de igual natureza ou não, quando da confecção da
escala, para o mesmo militar, uma folga mínima de 48 horas, ressalvados os casos de impedimento
absoluto e justificado dos demais concorrentes da escala, ou de conveniência para a administração,
devidamente motivada. Sempre que possível, deverá existir uma previsão de militares escalados
como reserva para cada posto de serviço, a fim de suprir, em tempo hábil, qualquer falta na equipe
que entrará de serviço.
O militar que houver cumprido serviço de escala de 24 horas poderá, em caráter excepcional
e a critério do Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM, ser dispensado do expediente
administrativo previsto para o dia em que se efetivar a sua substituição, após a passagem de serviço.
TÓPICO 6.3 - REVISTA
Revista é a atividade que tem por finalidade a verificação da presença do efetivo, a
existência e o estado do material e do fardamento, e também para qualquer outra verificação julgada
necessária.
A Revista, quanto à sua programação, pode ser:
I - Revista Normal é a prevista na rotina da OM ou a fixada em instruções específicas; e
II - Revista Extraordinária é a determinada pelo Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da
OM ou por outra autoridade competente, quando julgada necessária.
TÓPICO 6.4 - FORMATURAS
Formatura é toda concentração de pessoal militar armado ou desarmado, obedecendo a um
dispositivo previamente determinado.
A Formatura pode ser:
I - quanto ao efetivo, Geral ou Parcial; e
II - quanto à programação, Ordinária ou Extraordinária.
TÓPICO 6.5 - INCLUSÃO – EXCLUSÃO – DESLIGAMENTO
Inclusão é o ato pelo qual o militar passa a pertencer ao efetivo de uma OM.
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58/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Exclusão é o ato pelo qual o militar deixa de pertencer ao efetivo de uma Organização,
sendo efetivada por intermédio da transcrição do ato que a motivou, em Bol Int próprio ou da OM
Apoiadora vinculada, o qual menciona se o militar é desligado ou se passa à condição de adido
aguardando desligamento.
DESLIGAMENTO
Desligamento é o ato pelo qual o militar é desvinculado completamente de uma OM para
seguir destino.
O prazo para desligamento de militar movimentado, nas situações abaixo especificadas, tem
a seguinte duração a contar da data de sua exclusão, devendo estes prazos constarem do ato
publicado em Bol Int próprio ou da OM Apoiadora:
I - oito dias úteis, quando não houver carga a passar;
II - dez dias úteis, quando houver carga ou recursos financeiros a passar;
III - vinte e cinco dias úteis, quando se tratar de Agente de Controle Interno ou de oficial
detentor de carga de Almoxarifado; e
IV - trinta dias úteis, quando se tratar de Agente-Diretor.
ADIÇÃO
Adição é o ato administrativo pelo qual a Aeronáutica vincula militares do COMAER a
outra Organização, distinta ou não da OM a que pertence ou presta serviço, para os fins que se
fizerem necessários.
O militar da ativa passa à situação de adido, para os efeitos determinados no ato de adição:
I - quando promovido, se o novo posto ou graduação ficar incompatível com os cargos da
OM, nos termos de Regulamento;
II - quando excluído do efetivo de uma OM em virtude de movimentação;
III - quando matriculado em curso ou estágio de instrução de duração maior que trinta e
inferior a 180 dias;
IV - quando estiver aguardando regularização de situação;
V - quando entrar em gozo de licença por período superior a trinta dias.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 59/79
TÓPICO 6.6 - APRESENTAÇÃO
Apresentação é o ato formal cumprido pelo militar para comunicar a sua OM qualquer
mudança de sua situação administrativa prevista em regulamento, ordem ou norma.
De acordo com o estabelecido pelo Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM a
apresentação do militar pode ser:
I - verbal, quando feita diretamente à autoridade;
II - por escrito, se registrada em ficha ou livro apropriado;
III - verbal e por escrito; ou
IV - por meio eletrônico, quando realizada por intermédio de sistema ou aplicativo próprio,
homologado pelo COMAER.
O militar deve apresentar-se, ainda, nas seguintes situações:
I - no início e no término de férias, de licenças e de outros afastamentos temporários do
serviço;
II - antes do afastamento da OM por necessidade do serviço e por ocasião do regresso;
III - ao ser desligado da OM;
IV - ao chegar à OM de destino por movimentação ou incorporação;
V - ao passar ou assumir cargo militar;
VI - ao ser promovido;
VII - ao mudar de residência;
VIII - a sua OM de adição no início e no término de sua missão.
TÓPICO 6.7 - SUBSTITUIÇÃO
I - definitiva - quando houver afastamento definitivo do detentor do cargo;
II - interina - quando, mantendo o cargo, há previsão de o militar afastar-se da função por
período previsto superior a trinta dias; e
III - eventual - quando o militar se afasta do cargo, por período de até trinta dias.
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60/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
TÓPICO 6.8 - ARROLAMENTO DE BENS
Arrolamento de bens é o inventário analítico dos objetos de qualquer tipo deixados na OM
por militar falecido, considerado ausente ou desaparecido, na ativa, ou pelo militar na inatividade,
designado para o exercício de efetivo serviço. No arrolamento dos bens serão separados, os bens
particulares e os pertencentes à União, deixados pelo militar.
TÓPICO 6.9 - AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
LICENÇAS
Licença é a autorização concedida ao militar para o afastamento total do serviço, em caráter
temporário, obedecidas às disposições legais e regulamentares.
As licenças podem ser:
I - especial;
II - para tratar de interesse particular;
III - para tratamento de saúde própria;
IV - para tratamento de saúde de pessoa da família;
V - para acompanhar cônjuge ou companheiro(a);
VI - à gestante e à adotante; e
VII – paternidade
LICENÇA ESPECIAL
Licença Especial (LESP) é a autorização para afastamento total do serviço, relativa a cada
decênio de tempo de efetivo serviço prestado até 29 de dezembro de 2000, concedida ao militar que
a requeira, sem que implique qualquer restrição para sua carreira. A LESP, quando solicitada pelo
interessado e julgada conveniente pela autoridade competente, tem a duração de seis meses,
podendo ser gozada:
I - de uma só vez; ou
II - em três períodos de dois meses; ou
III - em dois períodos de três meses.
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LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSE PARTICULAR
Licença para Tratar de Interesse Particular (LTIP) é a autorização para o afastamento total do
serviço concedida ao militar com mais de dez anos de efetivo serviço, que a requeira. A LTIP é
concedida a critérioda administração e terá duração máxima de um ano, prorrogável por igual
período, observados os termos do Estatuto dos Militares.
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE PRÓPRIA
Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTSP) é o afastamento total do serviço
concedido ao militar mediante parecer de Junta de Saúde da Aeronáutica.
A LTSP tem duração mínima de quinze dias e máxima de seis meses, prorrogáveis por
períodos de iguais limites.
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE PESSOA DA FAMÍLIA
Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família (LTPF) é o afastamento total do
serviço concedido ao militar para atender aos encargos decorrentes de doença de pessoa da família.
Para efeito desta Licença, são consideradas pessoas da família: cônjuge ou companheiro(a), pais,
filhos, padrasto ou madrasta e enteado(a), ou dependentes previstos no Estatuto dos Militares.
LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE OU COMPANHEIRO(A)
A Licença para Acompanhar Cônjuge ou Companheiro(a) (LACC) é a autorização para o
afastamento total do serviço, concedida a militar com mais de dez anos de efetivo serviço, que a
requeira para acompanhar cônjuge ou companheiro(a) que, sendo servidor da União ou militar das
Forças Armadas, for, de ofício, exercer atividade em órgão público federal situado em outro ponto
do território nacional ou no exterior, diverso da localização da organização militar do requerente. A
licença será concedida sempre com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de efetivo
serviço.
O prazo máximo para gozo da licença será de 24 meses, podendo ser concedido de forma
contínua ou fracionada.
Para a concessão da licença para acompanhar companheiro(a), há necessidade de que seja
reconhecida a união estável entre os companheiros, de acordo com a legislação específica.
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LICENÇA À GESTANTE E À ADOTANTE
A Licença à Gestante (LGA) e à Adotante é o afastamento total do serviço, sem prejuízo da
remuneração, concedida às militares, inclusive às temporárias, decorrentes do nascimento de filho,
da adoção ou guarda judicial.
A LGA terá duração de 120 dias, podendo ser prorrogada por mais sessenta dias.
A prorrogação da referida licença será garantida às militares que a requeiram até o final do
primeiro mês após o parto e iniciar-se-á no dia subsequente ao término do período inicial da
Licença à Gestante e à Adotante.
No caso de natimorto, decorridos trinta dias do parto, a militar será submetida à inspeção de
saúde e, se julgada apta, reassumirá o exercício de suas funções.
No caso de aborto, atestado pela Junta de Inspeção de Saúde das Forças Armadas, a militar
terá direito a trinta dias de licença para tratamento de saúde própria.
LICENÇA-PATERNIDADE
Licença-Paternidade é a autorização para o afastamento total do serviço, com duração de
vinte dias consecutivos.
FÉRIAS
Férias é o afastamento total do serviço anual e obrigatório, concedido ao militar para
descanso, obedecidos os seguintes conceitos:
I - Período aquisitivo - espaço de tempo decorrido entre a data de incorporação ou de
matrícula ou de nomeação ou de designação ou de reconvocação e o dia anterior à data em que o
militar completar um ano de efetivo serviço, e assim sucessivamente, até a passagem do militar para
a reserva; e
II - Período concessivo - espaço de tempo contado a partir do primeiro dia após completar
cada período aquisitivo correspondente sendo encerrado no dia anterior à data que começar o
próximo período concessivo.
As férias não podem ser negadas por motivo de acúmulo de encargos, por necessidade do
serviço ou devido a punições disciplinares.
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O primeiro período aquisitivo de direito às férias corresponde a doze meses contínuos de
serviço, podendo o gozo ocorrer somente após este período. 
Ocorrendo o licenciamento antes de completar o 1º período aquisitivo, o militar fará jus aos
direitos remuneratórios, relativos ao período proporcional de férias, conforme legislação que trata
da Remuneração dos Militares.
As férias dos militares têm duração de trinta dias.
As férias dos militares podem ser gozadas de forma parcelada, sendo três períodos de dez
dias, dois períodos de quinze dias ou um período de dez dias e outro de vinte dias mediante
solicitação do interessado e autorizado pelo Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM.
Quando as férias do militar forem parceladas, os direitos financeiros serão gerados por ocasião da
concessão do primeiro período.
TÓPICO 6.10 - DISPENSA DO SERVIÇO
Dispensa do serviço é a autorização, em caráter temporário, concedida ao militar para
afastamento total do serviço.
A dispensa do serviço pode ser concedida ao militar:
I - como recompensa;
II - para desconto em férias; e
III - em decorrência de prescrição médica.
DISPENSA COMO RECOMPENSA
A dispensa do serviço como recompensa é concedida como reconhecimento aos bons
serviços prestados pelo militar.
A dispensa do serviço como recompensa pode ser concedida aos militares que lhes são
subordinados, dentro dos limites previstos, pelas seguintes autoridades:
I - Comandante da Aeronáutica até trinta dias;
II - Oficiais em função de:
a) Tenente-Brigadeiro - até 25 dias;
b) Major-Brigadeiro - até vinte dias;
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64/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
c) Brigadeiro - até quinze dias;
d) Coronel - até dez dias;
e) Tenente-Coronel - até oito dias;
f) Major - até seis dias;
g) Capitão - até quatro dias; e
h) Tenente - até dois dias.
DISPENSA PARA DESCONTO EM FÉRIAS
A dispensa do serviço para desconto em férias é concedida, a critério do Comandante,
Chefe, Diretor ou Prefeito da OM, atendido ao interesse do serviço, ao militar que a solicitar,
devidamente justificada. Os dias concedidos como dispensa para desconto em férias serão
suprimidos do período de férias a que o militar tenha ou venha a ter direito.
DISPENSA EM DECORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA
A dispensa do serviço em decorrência de prescrição médica poderá ser concedida pelo
Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM, por indicação de oficial médico, até o limite de
quinze dias, prorrogáveis por igual período, apenas uma vez.
A concessão da dispensa do serviço pelo Comandante, Chefe, Diretor ou Prefeito da OM
deverá ser homologada por meio de publicação em Boletim próprio ou da OM Apoiadora.
TÓPICO 6.11 - AFASTAMENTO TOTAL DO SERVIÇO
O militar tem direito aos afastamentos totais do serviço, obedecidas às disposições legais e
regulamentares, por motivo de:
I - núpcias;
II - luto;
III - trânsito; e
IV – instalação.
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TÓPICO 6.12 - NÚPCIAS
O afastamento total do serviço por motivo de núpcias é concedido pelo Comandante, Chefe,
Diretor ou Prefeito da OM, devendo ser solicitado pelo interessado, com antecedência mínima de
dez dias. Esse afastamento é concedido pelo período de oito dias, a contar da data do matrimônio ou
da constituição de união estável.
TÓPICO 6.13 - LUTO
O afastamento total do serviço por motivo de luto é concedido pelo Comandante, Chefe,
Diretor ou Prefeito da OM tão logo tenha conhecimento do óbito do cônjuge, do(a) companheiro(a),
de pais, avós maternos e paternos, netos, padrasto, madrasta, nora, genro, sogros, filhos, enteados,
tutelados ou irmãos do militar. Esse afastamento é concedido pelo período de oito dias, a contar da
data do óbito.
TÓPICO 6.14 - TRÂNSITO
O Trânsito é o afastamento total do serviço, concedido ao militar quando movimentado de
uma localidade para outra. Tem duração de até trinta dias, inicia-se no dia seguinte ao desligamento
do militar de sua OM de origem e finda quando esgotados os dias previstos para este tipo de
dispensa.
Não se concede trânsito a militar movimentado entre OM situadas na mesma localidade.TÓPICO 6.15 - INSTALAÇÃO
A Instalação é o afastamento total do serviço concedido ao militar para atender,
prioritariamente, às necessidades decorrentes de sua mudança de residência em virtude de sua
movimentação no país ou para missão no exterior, pelo prazo de dez dias, estando ou não
acompanhado de seus dependentes, cônjuge ou companheiro(a).
O direito à instalação se estende também ao militar movimentado em uma mesma
localidade, desde que exista obrigatoriedade de mudança de residência.
A instalação será também concedida ao militar que seja obrigado a mudar de um Próprio
Nacional Residencial (PNR) para outro, por motivo de promoção ou para atender a interesse da
administração.
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Cessa o direito à instalação quando transcorridos 180 dias da apresentação do militar à OM
de destino.
Vamos fazer
algumas
anotações!
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estudado até aqui.
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de um breve comentário.
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que foi visto.
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A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 67/79
CAPÍTULO 7 - LEI DA REMUNERAÇÃO MILITAR
A Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, dispõe sobre a reestruturação da
remuneração dos militares das Forças Armadas e altera as Leis nos 3.765, de 4 de maio de 1960, e
6.880, de 9 de dezembro de 1980, assim como dá outras providências.
Seguem abaixo alguns dos artigos principais conceitos cujos conhecimentos são necessários
ao militar:
TÓPICO 7.1 - REMUNERAÇÃO
A remuneração dos militares integrantes das Forças Armadas - Marinha, Exército e
Aeronáutica, no País, em tempo de paz, compõe-se de:
I - soldo;
II - adicionais:
a) militar;
b) de habilitação;
c) de tempo de serviço, observado o disposto no art. 30 da Medida Provisória 2.215-10;
d) de compensação orgânica; e
e) de permanência;
III - gratificações:
a) de localidade especial; e
b) de representação.
As tabelas de soldo, adicionais e gratificações podem ser encontradas nos Anexos I, II e III
da Medida Provisória 2.215-10.
Além da remuneração prevista no item anterior, os militares têm os seguintes direitos
remuneratórios, conforme regulamentação específica:
a) diária;
b) transporte;
c) ajuda de custo;
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68/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
d) auxílio fardamento;
e) auxílio-alimentação;
f) auxílio-natalidade;
g) auxílio invalidez; e
h) auxílio-funeral;
Observada a legislação específica também:
a) auxílio-transporte;
b) assistência pré-escolar;
e) salário-família;
d) adicional de férias; e
e) adicional natalino.
TÓPICO 7.2 - CONCEITOS
I - soldo - parcela básica mensal da remuneração e dos proventos, inerente ao posto ou à
graduação do militar, e é irredutível;
II - adicional militar - parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente a cada
círculo hierárquico da carreira militar;
III - adicional de habilitação - parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente aos
cursos realizados com aproveitamento, conforme regulamentação;
IV - adicional de tempo de serviço - parcela remuneratória mensal devida ao militar,
inerente ao tempo de serviço conforme regulamentação, observado o disposto no art. 30 da Medida
Provisória 2.215-10; 
V - adicional de compensação orgânica - parcela remuneratória mensal devida ao militar
para compensação de desgaste orgânico resultante do desempenho continuado de atividades
especiais, conforme regulamentação;
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 69/79
VI - adicional de permanência - parcela remuneratória mensal devida ao militar que
permanecer em serviço após haver completado o tempo mínimo requerido para a transferência para
a inatividade remunerada, conforme regulamentação;
VII - gratificação de localidade especial - parcela remuneratória mensal devida ao militar,
quando servindo em regiões inóspitas, conforme regulamentação;
VIII - diária - direito pecuniário devido ao militar que se afastar de sua sede, em serviço de
caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, destinado a cobrir as
correspondentes despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme regulamentação;
IX - transporte - direito pecuniário devido ao militar da ativa, quando o transporte não for
realizado por conta da União, para custear despesas nas movimentações por interesse do serviço,
nelas compreendidas a passagem e a translação da respectiva bagagem, para si, seus dependentes e
um empregado doméstico, da localidade onde residir para outra, onde fixará residência dentro do
território nacional;
X - ajuda de custo - direito pecuniário devido ao militar, pago adiantadamente, conforme
regulamentação:
a) para custeio das despesas de locomoção e instalação, exceto as de transporte, nas
movimentações com mudança de sede; e
b) por ocasião de transferência para a inatividade remunerada, conforme dispuser o
regulamento;
XII – auxílio-fardamento - direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com
fardamento, conforme regulamentação;
XIII - auxílio-alimentação - direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com
alimentação, conforme regulamentação;
XIV - auxílio-natalidade - direito pecuniário devido ao militar por motivo de nascimento de
filho, conforme regulamentação;
XV - auxílio-invalidez - direito pecuniário devido ao militar na inatividade, reformado
como inválido, por incapacidade para o serviço ativo, conforme regulamentação; e
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XVI - auxílio-funeral - direito pecuniário devido ao militar por morte do cônjuge, do
companheiro ou companheira ou do dependente, ou ainda ao beneficiário no caso de falecimento do
militar, conforme regulamentação.
O militar quando em viagens a serviço terá direito a passagens, conforme regulamentação.
A remuneração e os proventos do militar não estão sujeitos a penhora, sequestro ou arresto,
exceto nos casos especificamente previstos em lei.
TÓPICO 7.3 - DIREITOS, SUSPENSÃO DE REMUNERAÇÃO, DESCONTOS E PENSÃO 
MILITAR
Direitos
O direito do militar à remuneração tem início na data:
I. do ato da promoção, da apresentação atendendo convocação ou designação para o serviço
ativo, para o Oficial;
II. do ato da designação ou declaração, da apresentação atendendo convocação para o
serviço ativo, para o Guarda-Marinha ou o Aspirante-a-Oficial;
III. do ato da nomeação ou promoção a Oficial, para Suboficial ou Subtenente;
IV. do ato da promoção, classificação ou engajamento, para as demais praças;
V. da incorporação às Forças Armadas, para convocados e voluntários;
VI. da apresentação à organização competente do Ministério da Defesa ou Comando,
quando da nomeação inicial para qualquer posto ou graduação das Forças Armadas; ou
VII. do ato da matrícula, para os alunos das escolas, centros ou núcleos de formação de
oficiais e de praças e das escolas preparatórias e congêneres.
Nos casos de retroatividade, a remuneração é devida a partir das datas declaradas nos
respectivos atos.
Suspensão
Suspende-se temporariamente o direito do militar à remuneração quando:
I - em licença para tratar de interesse particular;
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II - na situação de desertor; ou
III - agregado, para exercer atividades estranhas às Forças Armadas, estiverem cargo,
emprego ou função pública temporária não eletiva, ainda que na Administração Pública Federal
indireta, respeitado o direito de opção pela remuneração correspondente ao posto ou graduação.
O militar que usar do direito de opção pela remuneração faz jus à representação mensal do
cargo, emprego ou função pública temporária.
O direito à remuneração em atividade cessa quando o militar for desligado do serviço ativo
das Forças Armadas por:
I - anulação de incorporação, desincorporação, licenciamento ou demissão;
II - exclusão a bem da disciplina ou perda do posto e patente;
III - transferência para a reserva remunerada ou reforma; ou
IV - falecimento.
O militar, enquanto não for desligado, continuará a perceber remuneração na ativa até a
publicação de seu desligamento, que não poderá ultrapassar quarenta e cinco dias da data da
primeira publicação oficial do respectivo ato.
A remuneração a que faria jus, em vida, o militar falecido, será paga aos seus beneficiários
habilitados até a conclusão do processo referente à pensão militar.
Quando o militar for considerado desaparecido ou extraviado, nos termos previstos na Lei nº
6.880, de 9 de dezembro de 1980, sua remuneração ou proventos serão pagos aos que teriam direito
à sua pensão militar. Neste caso, após decorridos seis meses, iniciar-se-á a habilitação dos
beneficiários à pensão militar, cessando o pagamento da remuneração ou dos proventos quando se
iniciar o pagamento da pensão militar. Reaparecendo o militar, caber-lhe-á, se for o caso, o
pagamento da diferença entre a remuneração ou os proventos a que faria jus e a pensão paga a seus
beneficiários.
Descontos
Descontos são os abatimentos que podem sofrer a remuneração ou os proventos do militar
para cumprimento de obrigações assumidas ou impostas em virtude de disposição de lei ou de
regulamento.
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Os descontos podem ser obrigatórios ou autorizados.
Os descontos obrigatórios têm prioridade sobre os autorizados.
Na aplicação dos descontos, o militar não pode receber quantia inferior a trinta por cento da
sua remuneração ou proventos.
Descontos autorizados são os efetuados em favor de entidades consignatórias ou de
terceiros, conforme regulamentação de cada Força.
Pensão Militar
São contribuintes obrigatórios da pensão militar, mediante desconto mensal em folha de
pagamento, todos os militares das Forças Armadas”, com exceção:
• Do aspirante da Marinha, o cadete do Exército e da Aeronáutica e o aluno das escolas,
centros ou núcleos de formação de oficiais e de praças e das escolas preparatórias e congêneres; e
• Dos cabos, soldados, marinheiros e taifeiros, com menos de dois anos de efetivo serviço.
A contribuição para a pensão militar incidirá sobre as parcelas que compõem os proventos
na inatividade.
A alíquota de contribuição para a pensão militar é de sete e meio por cento.
Quando o militar, por qualquer circunstância, não puder ter descontada a sua contribuição
para a pensão militar, deverá ele efetuar o seu recolhimento, imediatamente, à unidade a que estiver
vinculado.
Se ao falecer o contribuinte, houver dívida de contribuição, caberá aos beneficiários saldá-la
integralmente, por ocasião do primeiro pagamento da pensão militar.
A pensão militar é deferida em processo de habilitação, tomando-se por base a declaração de
beneficiários preenchida em vida pelo contribuinte, na ordem de prioridade e condições a seguir:
I - Primeira ordem de prioridade:
a) cônjuge;
b) companheiro ou companheira designada ou que comprove união estável como entidade
familiar;
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c) pessoa desquitada, separada judicialmente, divorciada do instituidor ou a ex-convivente,
desde que percebam pensão alimentícia;
d) filhos ou enteados até vinte e um anos de idade ou até vinte e quatro anos de idade, se
estudantes universitários ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez; e
e) menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário, até
vinte e quatro anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez.
II - Segunda ordem de prioridade:
a) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar;
III - Terceira ordem de prioridade:
a) o irmão órfão, até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário, até vinte e
quatro anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada a dependência
econômica do militar;
b) a pessoa designada, até vinte e um anos de idade, se inválida, enquanto durar a invalidez,
ou maior de sessenta anos de idade, que vivam na dependência econômica do militar.
A concessão da pensão aos beneficiários de que tratam o inciso a primeira ordem de
prioridade, nos itens “a”, “b”, “c” e “d”, exclui desse direito os beneficiários referidos na segunda e
terceira ordem de prioridade.
A pensão será concedida integralmente aos beneficiários ou distribuída em partes iguais
entre os beneficiários, observando-se os casos específicos previstos na legislação.
A pensão militar será igual ao valor da remuneração ou dos proventos do militar.
A pensão do militar não contribuinte da pensão militar que vier a falecer na atividade em
consequência de acidente ocorrido em serviço ou de moléstia nele adquirida não poderá ser inferior:
I - à de aspirante a oficial ou guarda-marinha, para os cadetes do Exército e da Aeronáutica,
aspirantes de marinha e alunos dos Centros ou Núcleos de Preparação de Oficiais da reserva; ou
II - à de terceiro-sargento, para as demais praças e os alunos das escolas de formação de
sargentos.
Perderá o direito à pensão militar o beneficiário que:
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74/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
I - venha a ser destituído de o pátrio poder, no tocante às quotas-partes dos filhos, as quais
serão revertidas para estes filhos;
II - atinja, válido e capaz, os limites de idade estabelecidos em Lei;
III - renuncie expressamente ao direito;
IV - tenha sido condenado por crime de natureza dolosa, do qual resulte a morte do militar
ou do pensionista instituidor da pensão militar.
A pensão militar não está sujeita à penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos
especificamente previstos em lei.
É permitida a acumulação:
I - de uma pensão militar com proventos de disponibilidade, reforma, vencimentos ou
aposentadoria;
II - de uma pensão militar com a de outro regime, observado o disposto no art. 37, inciso XI,
da Constituição Federal.
Vamos fazer
algumas
anotações!
✔ Procure no conteúdo estudado as palavras-
chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.
✔ Faça uma lista dessas palavras-chave seguida
de um breve comentário.
✔ A partir da leitura delas, tente reconstruir o
que foi visto.
Está na hora de
resumir!
A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 75/79
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
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76/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Roteirize o seu
estudo!
✔ Quais suas observações iniciais acerca do texto?
Identifique algumas palavras-chave e faça breves anotações
sobre elas. Faça uma breve descrição do texto. Quais
correlações e associações você pode fazer em relação a ele?
Compare-o a outras leituras que você já tenha realizado. Faça
breves anotações, infográficos ou desenhos.
✔ Experimente decompor o texto em tópicos. Anote cada
tópico acrescido de um breve comentário. Após isso, faça um
resumo, reconstruindo o texto com suas próprias palavras a
partir dos tópicos. Avalie todas as suas anotações de forma
reflexiva. Há algo que você possa melhorar?
✔Tente explicar seu resumo para alguém, prepare uma aula
com 3 a 5 slides, ou faça um “mapa mental” sobre o assunto
estudado. Faça uma “busca” na Internet por algum texto,
infográfico ou vídeo que esteja relacionado com o assunto e
que possa ser acrescentado ao seu material de estudo
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 77/79
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado Aluno, chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com sucesso,
Parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha aproveitado e
aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que damos,
o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
Com as saudações da Equipe do Berço dos Especialistas, sucesso em sua Missão!
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 79/79
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,
DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em:
http://www.presidencia.gov.br/legislação/Constituicao;
_______. Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980. Dispõe sobre o Estatuto dos Militares. Brasília,
DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em:
http://www.presidencia.gov.br/legislação/Leis Ordinárias;
_______. Portaria Nº 678/GC3, de 30 de abril de 2019. Aprova a reedição do Regulamento de
Administração da Aeronáutica – RADA (RCA 12-1);
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Correspondência e Atos Oficiais
do Comando da Aeronáutica: NSCA 10-2. Brasília – DF, 1º de maio de 2019;
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Gestão de Documentos de Arquivo
na âmbito do COMAER: NSCA 214-1. Brasília – DF, 8 de setembro de 2021;
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Regulamento Interno dos Serviços
da Aeronáutica: RCA 34-1/2020.
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	CAPÍTULO 1 - COMUNICAÇÃO ORAL E NÃO VERBAL
	TÓPICO 1.1 - Comunicação oral - “A ferramenta de trabalho mais utilizada”
	TÓPICO 1.2 - Comunicação não verbal - “Seu corpo fala mais do que sua boca”
	TÓPICO 1.3 - Falando ao telefone: “Será verdade que o que os olhos não veem o coração não sente?”
	TÓPICO 1.4 - Transmissão de recados e uso de agendas
	TÓPICO 1.5 - Uso de agendas
	TÓPICO 1.6 - Ética no trabalho
	ITEM 1.6.1 - Agir com ética
	CAPÍTULO 2 - HIGIENE E ORGANIZAÇÃO NO TRABALHO
	TÓPICO 2.1 - Funcionalidade e acolhimento
	ITEM 2.1.1 - Mudanças de layout
	ITEM 2.1.2 - Limpeza e organização
	ITEM 2.1.3 - Uma rotina leve e saudável
	ITEM 2.1.4 - Controle e reposição de materiais
	ITEM 2.1.5 - Cuidados com os equipamentos
	CAPÍTULO 3 - PRÁTICAS EM SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
	TÓPICO 3.1 - INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
	ITEM 3.1.1 - Hardware
	ITEM 3.1.2 - Unidades de medida em informática
	ITEM 3.1.3 - Armazenamento de dados
	ITEM 3.1.4 - Impressora
	ITEM 3.1.5 - Software
	ITEM 3.1.6 - Classificação dos softwares
	CAPÍTULO 4 - CORRESPONDÊNCIA E ATOS OFICIAIS DO COMANDO DA AERONÁUTICA
	TÓPICO 4.1 - Conceitos
	TÓPICO 4.2 - Classificação de Documentos
	ITEM 4.2.1 - Quanto ao âmbito:
	ITEM 4.2.2 - Quanto à natureza do assunto:
	ITEM 4.2.3 - Quanto à prioridade:
	TÓPICO 4.3 - Formas De Tratamento
	TÓPICO 4.4 - Principais documentos do COMAER
	TÓPICO 4.5 - Gestão de documentos
	TÓPICO 4.6 - Conceitos:
	TÓPICO 4.7 - Noções de Tratamento de Informações Classificadas
	TÓPICO 4.8 - Conceitos:
	CAPÍTULO 5 - NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO UTILIZADA EM ADMINISTRAÇÃO
	TÓPICO 5.1 - REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA - RADA
	TÓPICO 5.2 - AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO
	TÓPICO 5.3 - BENS PATRIMONIAIS DA UNIÃO
	TÓPICO 5.4 - RESPONSABILIDADES
	CAPÍTULO 6 - REGULAMENTO INTERNO DE SERVIÇOS DA AERONÁUTICA – RISAER
	TÓPICO 6.1 - SERVIÇO DE ESCALA
	TÓPICO 6.2 - ESCALA DE SERVIÇO
	TÓPICO 6.3 - REVISTA
	TÓPICO 6.4 - FORMATURAS
	TÓPICO 6.5 - INCLUSÃO – EXCLUSÃO – DESLIGAMENTO
	TÓPICO 6.6 - APRESENTAÇÃO
	TÓPICO 6.7 - SUBSTITUIÇÃO
	TÓPICO 6.8 - ARROLAMENTO DE BENS
	TÓPICO 6.9 - AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
	TÓPICO 6.10 - DISPENSA DO SERVIÇO
	TÓPICO 6.11 - AFASTAMENTO TOTAL DO SERVIÇO
	TÓPICO 6.12 - NÚPCIAS
	TÓPICO 6.13 - LUTO
	TÓPICO 6.14 - TRÂNSITO
	TÓPICO 6.15 - INSTALAÇÃO
	CAPÍTULO 7 - LEI DA REMUNERAÇÃO MILITAR
	TÓPICO 7.1 - REMUNERAÇÃO
	TÓPICO 7.2 - CONCEITOS
	TÓPICO 7.3 - DIREITOS, SUSPENSÃO DE REMUNERAÇÃO, DESCONTOS E PENSÃO MILITAR
	REFERÊNCIASse vê
diante de situações como essas e precisa estar preparado para se comunicar de forma assertiva, isto
é, de modo a atingir os seus objetivos.
Para se comunicar de forma assertiva é preciso estar consciente de que as pessoas possuem
formas de pensar diferentes; frequentemente estão presas às suas próprias percepções e criam
resistência para assimilar o novo. Não percebem a informação como algo a ser somado em suas
vidas, mas como um confronto, uma agressão. É fundamental saber se posicionar nesses momentos
e uma boa alternativa é convidar o outro a expressar o que pensa em relação à determinada situação.
Desta forma, fazemos com que se sinta valorizado e seguro.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 9/79
Ouvir também exige esforço, principalmente quando se está ansioso ou com raiva. É preciso
se conter, acolher o que está sendo dito com atenção, sem julgamentos. Somente quando
compreendemos o que está sendo dito e nos fazemos compreender, estamos dialogando.
Mas, você deve estar se perguntando: “Como adquirir clareza na minha forma de me
comunicar?” “Como me fazer entender no que realmente quero dizer?”
Veja abaixo as cinco dicas para uma comunicação assertiva no trabalho e nas relações
sociais:
• CONHECIMENTO - saiba o que vai falar, adquira conhecimento sobre sua área de
atuação, pois pessoas que insistem no "eu acho" tornam-se desacreditadas em pouco tempo. Fale
sobre o que você sabe ou tem experiência, mesmo quando for uma opinião.
• SEJA DIRETO - pessoas que falam, falam, sem dizer nada, também se tornam péssimos
comunicadores. Nesse quesito é importante não ser agressivo e a diferença entre assertividade e
agressividade está no fato de que a comunicação assertiva trata dos assuntos de forma objetiva, ou
seja, vai “direto ao ponto”, não há “rodeios”, já a agressiva faz julgamento de valor, ataca, impõe
ideias e informações.
• CUIDE DA LINGUAGEM - um dos erros mais comuns na comunicação do dia a dia é
falar e escrever sem os devidos cuidados com o idioma. Na comunicação falada já incomoda ouvir
determinados erros de linguagem, na escrita é ainda pior, portanto, cuidado!
• USE A EMPATIA - procure se colocar no lugar do outro. Observe se o ouvinte está
entendendo o que você comunica. Será que você não está discursando sem pausas, sem permitir que
os demais indivíduos também participem da comunicação?
• LINGUAGEM CORPORAL - preste atenção à linguagem corporal. Como sabemos a
comunicação é feita basicamente da linguagem falada (escrita e oral) e a corporal. Muitas pessoas
não prestam atenção à própria gesticulação e à do outro. Fique atento. Existem diversos sinais que
demonstram se a conversa está agradável ou não. Pesquise a respeito e preste atenção na reação das
outras pessoas enquanto se comunica.
TÓPICO 1.2 - Comunicação não verbal - “Seu corpo fala mais do que sua boca”
2024 EEAR
10/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Você já deve ter ouvido que “O importante não é o que você diz, mas o modo como diz”. Os
sinais não verbais têm o poder de reforçar, exemplificar, realçar, substituir, contradizer, ou seja, são
fundamentalmente importantes na comunicação.
E que sinais são esses? A aparência, o odor corporal, as expressões faciais, a gesticulação, o
tom de voz, as pausas na fala, a postura, a distância que se toma do interlocutor, as reações
fisiológicas ao se comunicar. A maioria desses sinais são emitidos inconscientemente, mas,
conhecendo-os e tomando consciência deles, pode-se treinar e adquirir algum controle sobre eles.
Sim, podemos treinar os comportamentos adequados para transmitir às pessoas a imagem que
desejamos. E a boa notícia é que, quando passamos a agir do modo que desejamos ser, a reação das
outras pessoas acaba reforçando essas características, facilitando a sua incorporação em nosso jeito
de ser.
Por exemplo, quando você cruza os braços, pode estar fazendo isso por estar sentindo frio,
ou por julgar que a posição é confortável. Porém, com frequência, as pessoas interpretam esse gesto
como timidez ou desinteresse. O desafio é tomar consciência do significado desses sinais, estar
atento quanto à sua utilização, incorporando-os ou abolindo-os do seu comportamento. Esse estudo
serve ainda para ajudá-lo a observar e compreender melhor a comunicação das outras pessoas. Nos
tópicos a seguir, vamos fazer um exercício de observação e reflexão sobre o que é desejável na
comunicação não-verbal do soldado especialista em serviços administrativos.
• APARÊNCIA – A primeira coisa a ser notada em alguém é sua aparência física. A melhor
imagem é transmitida com o asseio corporal. Detalhes como por exemplo, uma farda limpa e bem
passada, cabelo e barba em conformidade com o previsto em regulamento, higiene pessoal bem-
feita, causam uma boa impressão inicial.
• POSTURA CORPORAL – As atitudes corporais são os sinais que mais falam por nós.
“Vícios” corporais, ou seja, posturas inadequadas, além de causar incômodo a quem presencia
também pode ocasionar lesões corporais. É primordial atentar-se à postura durante todo o
expediente, principalmente naqueles dias em que o cansaço e sono são demasiados.
• CONTATO VISUAL – Olhar nos olhos enquanto se dialoga transmite segurança,
veracidade, disposição e confiabilidade. Desviar o olhar denota rejeição, medo. O ideal é olhar nos
olhos de forma franca, durante toda a conversa, pois um olhar longo dá a entender que a relação
pessoal é mais importante do que a comunicação.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 11/79
• GESTICULAÇÃO, EXPRESSÃO FACIAL, TOM DE VOZ – Preste atenção aos seus
gestos. Tente perceber se eles ajudam a reforçar a comunicação ou a contradizem.
• ESPAÇO E TERRITORIALIDADE – A distância que você toma do seu interlocutor
revela se você é confiável. Essa distância pode variar de acordo com a situação ou o grau de
relacionamento que você mantém com ele.
• ATITUDES – Devem ser as mais elegantes possíveis. Levante-se ao cumprimentar o mais
antigo ou qualquer outra pessoa que mereça essa consideração. Lembre-se das regras básicas de
comportamento. Não faça perguntas indiscretas. Peça licença e saia do ambiente quando perceber
que estão entrando em assuntos pessoais que não lhe cabem. Tenha iniciativa para realizar as tarefas
de suas atribuições e coloque-se à disposição da sua equipe para ajudá-la em suas atividades.
• REAÇÕES FISIOLÓGICAS – São os sinais mais reveladores das verdades pessoais,
pois são involuntários e é pequeno o controle que se pode exercer sobre eles. De repente, podem ser
observadas reações como palidez ou coloração avermelhada da pele, dilatação das pupilas,
tremores, sudorese, respiração ofegante. Observe-se para não se tornar vítima dessas reações
indesejáveis do seu organismo.
TÓPICO 1.3 - Falando ao telefone: “Será verdade que o que os olhos não veem o coração não
sente?”
Apesar de ter se tornado uma atividade corriqueira, o “falar ao telefone” não deve ser feito
de maneira descuidada. O S1 SAD deve planejar bem o atendimento e criar uma boa imagem
pessoal e do seu setor de trabalho, evitar perda de tempo, confusões e gastos. Sem poder contar com
a comunicação visual, os recursos que lhe restam são o planejamento, a voz, a escolha das palavras,
a prontidão no atendimento e a disposição para ajudar.
• ANTES DE PEGAR NO TELEFONE – Você poderá falar ao telefone numa das
seguintes situações: trabalhando como recepcionista de mesa telefônica, atendendo uma ligação de
um colega de outro setor ou, ainda, atendendo a um cliente externo. Em qualquer uma dessas
situações será útil você se familiarizar com os setores da sua Organização, com as pessoas que neles
trabalham e com o tipo de atividades nele exercidas. Precisa também conhecer o mundo exterior,
com o qual a sua Organização se relaciona.Quais são os clientes que normalmente ligam? Querem
falar com quem? Eles nos conhecem bem? Tenha à mão as informações rotineiras, relógio,
2024 EEAR
12/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
calendário, papel e lápis para anotações. Organize as suas ideias antes de começar a falar. Atenda
prontamente.
• SAUDAÇÃO – Ao atender um telefonema, use sempre uma saudação respeitosa e
esclarecedora. Você pode dizer: “Secretaria da Divisão de Ensino”, (use o nome da sua Organização
ou setor por extenso, pois o interlocutor poderá não entender se você usar sigla) “Soldado FULANO
DE TAL, em que posso ajudá-lo?”
Caso você esteja ligando:
“Bom dia, aqui é o Soldado FULANO DE TAL, da (mencionar o setor ou a Organização),
eu poderia falar com BELTRANO?”
• DURANTE A LIGAÇÃO – O tom de voz deve ser claro e agradável. Melhora muito o
seu tom de voz segurar o aparelho corretamente, a uma distância conveniente da boca. Se a ligação
não estiver com uma boa qualidade, é melhor desligar e tentar novamente.
Falar muito rápido pode soar como rispidez, portanto fale mais devagar do que de costume
para dar tempo da outra pessoa assimilar a informação ou fazer anotações. Anote o nome da pessoa
do outro lado da linha. Peça que soletre se tiver dificuldades para entender. É desagradável ter que
ficar repetindo o próprio nome. Utilize o tratamento apropriado (Senhor, etc, ...).
Durante um telefonema, já que o interlocutor não pode ver você, torna-se importante mostrar
a ele que está ouvindo, fazendo comentários curtos ou dando feedback (“entendi que o Sr. deseja…,
é isso?”)
• DESPEDINDO-SE – Seja sempre gentil e atencioso, ofereça ajuda, mas seja criterioso ao
lhe serem solicitadas informações pessoais: você não tem certeza de quem está do outro lado da
linha. Seja discreto ao comunicar ausências do pessoal do seu setor: “FULANO DE TAL não se
encontra no momento, o Sr. deseja que eu anote um recado?”.
Despeça-se com cortesia: “foi um prazer conversar com a Sr.”. No momento de desligar, é
de bom tom que, quem ligou desligue primeiro.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 13/79
TÓPICO 1.4 - Transmissão de recados e uso de agendas
Se existe uma coisa que o S1 SAD “precisa” é saber anotar e transmitir recados. Afinal, ele
atenderá a maioria dos telefonemas, receberá a maioria dos clientes, passará aos colegas as
determinações da chefia e poderá criar o caos, se a comunicação não for assertiva.
Recebendo um recado:
Alguns dados são básicos e devem ser anotados imediatamente para evitar esquecimento:
em que horário a mensagem está sendo transmitida? Quem está transmitindo a mensagem? De que
lugar? Possui telefone ou e-mail para contato?
O segundo passo é compreender bem a mensagem, e, para isso é preciso formular mais
perguntas: o que deve ser comunicado? Para quem? Com quem? Em que lugar? Qual a data? Qual o
horário? O que deve ser levado? Qual o preço? “Forma” de pagamento? Enfim, todos os
questionamentos necessários para um bom entendimento do assunto.
Por fim, você deve verificar a necessidade de anotá-lo na agenda ou passá-lo a limpo com
boa grafia e organização para transmiti-lo no momento oportuno.
Transmitindo um recado:
• TRANSMITINDO ORALMENTE OU POR ESCRITO – Dizem que quem conta um
conto aumenta um ponto. O S1 SAD não pode cometer esse deslize. Se você foi criterioso ao anotar
os detalhes da mensagem, a tarefa será fácil: basta organizar as informações de modo lógico.
Observe um modelo:
29/09/2012
Cel Baroni,
O Maj Alexandre, da BABR, tel. (61) 2234 4678, deseja saber se é possível a realização de
estágio de manutenção de trem de pouso do C-98, nessa Unidade, para dois Sargentos. Ele acha
que duas semanas são suficientes. Aguarda contato.
S1 Arruda, 14 h 30 min.
• CONTROLANDO RECADOS COLETIVOS – Dependendo do setor em que você for
trabalhar, será solicitado com frequência que você transmita recados coletivos. Essa situação se
2024 EEAR
14/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
reveste de cuidados pelo caráter de urgência e pela necessidade de ser bem compreendido e
atendido por um grande número de pessoas. Desse modo, é melhor que essa ação seja documentada
através de um mecanismo de controle, que garanta quais informações foram passadas, e no qual
você possa anotar quem recebeu o recado, em que dia, e em qual horário. Para recados a serem
transmitidos pelo telefone, o exemplo abaixo pode ser usado como modelo:
RECADO COLETIVO
De: Maj Daniel
Para: Encarregados das Subseções de Ensino
Assunto: REUNIÃO PARA ATUALIZAÇÃO DE CURRÍCULO MÍNIMO
Com: Chefe da SDPL
Dia: 02/10/2012 Hora: 14 h Local: filmoteca
“Levar CM atual impresso”
RAMAL ENCARREGADO ATENDEU DATA/HORA VISTO
GSAD 7640 SO DENISE 1S Patrícia 02/10 - 10 h S1 Arruda
GSEM 7647 SO CLAUDINEI 3S Edilson 02/10 – 10 h 05 min S1 Arruda
GSEF 7644 SO ROGÉRIA A própria 02/10 – 11 h 20 min S1 Arruda
GSGS 7648 SO GLAUCIO O Próprio 02/10 – 10 h 15 min S1 Arruda
Mensagens muito detalhadas serão melhor compreendidas se você enviar por e-mail. Caso
requeiram uma resposta por escrito, você poderá anexar um formulário para padronizar a resposta.
Lembre-se de imprimir o e-mail, com os endereços visíveis, ou salvá-lo em um arquivo de controle
para consultas posteriores. Observe um modelo:
Escrever – Endereços – Pastas - Opções - Procurar Ajuda - EEAR
Lista de Mensagens Não Lidas
Apagar
Editar Mensagem como Novas
Anterior Próxima Encaminhar - Encaminhar como
anexado - Responder - Responder a
todos
Assunto: TREINAMENTO DE SIGPES - COMPACTAÇÃO DO PERÍODO DE
AULAS
De: denisedbv@eear.intraer
Data: Qui, Julho 26, 2012 4:21 pm
Para: omarojss@eear.intraer (menos)
cardosomcs@eear.intraer
danieldms@eear.intraer
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gabrielpgpc@eear.intraer
Prioridade: Normal
Recibo de Leitura: pedido
Opções: Ver cabeçalho completo Ver Versão para Impressão Baixar como um
Arquivo
Boa tarde, Senhores
Encaminho, em anexo, a colmeia do Treinamento de SIGPES,
compactada pela SDPL, em acordo com a Seção de Instrução Militar do CA,
com a finalidade de contenção de despesas com diárias, conforme
determinação do Comandante desta Escola. Respeitosamente, SO Denise.
Anexados:
Colmeia Individual EQUIPE SIGPES CCA-RJ – 2-2012.xls 82 kb [application/vnd.ms excel]
baixar
TÓPICO 1.5 - Uso de agendas
Não é só o seu chefe que precisa de agendas. Se você ainda não adquiriu o hábito de anotar
os seus compromissos em uma, vou lhe apresentar alguns ótimos motivos para começar
imediatamente:
• Sua vida está se tornando cada vez mais complexa (trabalho, estudo, serviço de escala,
compromissos em casa, relacionamentos, futebol…) e você não pode confiar somente na memória
para se lembrar dos seus compromissos e prazos.
• Se a sua mente estiver livre desse fardo (lembrar prazos), você poderá se concentrar
melhor no trabalho e seu desempenho será melhor.
• Evitando esquecimentos, você também evitará transtornos à administração e possíveis
punições.
• Você poderá usar as anotações feitas no passado para se recordar de algum evento
importante.
2024 EEAR
16/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Para fazer bom uso de uma agenda siga os conselhos abaixo:
• Dê preferência às agendas eletrônicas, seja utilizando um Smartphone, uma “ferramenta”
de sua preferência ou uma agenda online;
• A vantagem das agendas eletrônicas sobre as agendas convencionais, em papel, é o
manuseio. Você terá opções de visualizar na tela apenas um dia, uma semana, um mês ou até um
ano inteiro. Isso lhe dará rapidamente uma excelente noção dos compromissos existentes. Além
disso, poderá alterar ou excluir eventos a qualquer momento;
• Insira na agenda todos os compromissos, sem exceção. De nada adianta ter uma agenda em
funcionamento sevocê ainda precisar se lembrar de compromissos que não foram anotados. Agende
os novos compromissos assim que surgirem. Se você for esperar para colocá-los na agenda apenas
no final do dia, por exemplo, correrá um grande risco de esquecer alguma coisa e perceber o fato
apenas após ter perdido o compromisso;
• Faça uso da ferramenta para agendar não só eventos, como reuniões e apresentações, mas
também tarefas. Assim, se você precisar entregar um relatório na sexta-feira, agende este prazo
como um compromisso;
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 17/79
• Consulte sua agenda todas as manhãs. Essa deve ser a primeira atividade do expediente.
Observe não apenas o dia de hoje, mas também o restante da semana para saber se existe algum
evento em que você precise começar a trabalhar agora;
• No final do expediente, dê uma olhada na agenda do dia seguinte para saber se existe
algum compromisso para o qual você precise chegar mais cedo, por exemplo;
• A segunda-feira é o dia de olhar a agenda do mês. Verifique rapidamente todos os
compromissos do mês e, se for necessário começar os preparativos para algum deles agora, faça
isso.
Ao incorporar o uso da agenda aos seus hábitos, você terá uma noção melhor de tempos e
tarefas e isso, certamente, resultará em ganho de produtividade.
TÓPICO 1.6 - Ética no trabalho
Você já deve ter ouvido muito falar de ética profissional, mas será que compreende o que
isso quer dizer?
Na teoria, a deontologia, ou “Teoria do Dever”, é um conjunto de regras de conduta
geralmente aceita pelos membros de determinada profissão. Essas regras podem formar um código,
ou estarem subentendidas pelos membros do grupo. Baseiam-se em princípios legais, morais e
culturais; tratam dos deveres e obrigações profissionais, dos direitos dos clientes e da eficiência no
cumprimento da missão da Organização. Dessa forma, sabemos que, no cumprimento de suas
atividades, o S1 precisará se apoiar na legislação e nos regulamentos de sua Força, bem como, nas
convenções sociais defendidas pela nossa cultura (proteção às crianças; respeito à mulher, aos
idosos e aos deficientes; preservação do meio ambiente; moderação nos hábitos; economia; higiene;
dignidade da pessoa; decoro; zelo; etc).
ITEM 1.6.1 - Agir com ética
Na prática, podemos perceber que, com relação ao cumprimento da missão, é esperado do
profissional que o faça com eficiência, isto é, com os conhecimentos necessários para alcançar as
metas da melhor forma possível, no menor tempo, com o menor gasto, com o menor desgaste, com
a maior segurança.
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18/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Quanto à clientela, é esperado que procuremos conhecer as suas necessidades para melhor
atender; que o atendimento seja pronto, impessoal e imparcial, respeitados o sigilo e o pundonor nos
assuntos afetos a ela. Espera-se, também, que se utilize uma comunicação inteligível, de forma que
qualquer consentimento ou negativa, requeridos desse cliente, seja previamente esclarecido.
Lembre-se de dispensar os mesmos cuidados e atenção com relação à “papelada” que chega às suas
mãos. Na realidade, cada documento representa uma pessoa, ou um grupo de pessoas, que por esse
meio expressam suas necessidades ou buscam seus direitos e interesses.
Há, ainda, que pensar no que seria uma conduta desejável com relação à chefia e aos colegas
de trabalho. Obviamente todos desejamos ter um ambiente silencioso e apropriado quando estamos
ocupados; a colaboração dos colegas quando atribulados, desejamos que cada um faça a sua parte
para não sobrecarregar ninguém, que nossos deslizes não sejam comentados em público, desejamos
ser lembrados dos eventos aos quais devemos estar presentes, ser tratados com consideração, ser
elogiados, etc. Mas, em algumas situações, os nossos desejos, por mais que pareçam corretos e
sensatos, podem esbarrar num direito legal de um colega. Dessa maneira, é necessário desenvolver
as habilidades de:
• separar o que sentimos com relação ao assunto, do que sentimos com relação às pessoas
envolvidas;
• permitir o direito que as pessoas têm de pensar e sentir diferentemente de nós;
• colocar-nos no lugar das outras pessoas ao escolhermos a maneira de emitir uma opinião,
tomar ou comunicar uma decisão em um assunto polêmico;
• se for realmente necessário comunicar nossa opinião ou nossa insatisfação, fazê-lo de
forma assertiva, sem julgamentos ou ofensas, de preferência em particular;
• deixar claro que nossas ideias são apenas “opções” e que cada um pode ter as suas
próprias;
• entender que pessoas com experiências diferentes das suas podem ter razões que você
ainda não assimilou;
• lembrar que os mais antigos estão nessa posição porque no passado souberam lidar com
situações como essa que você está passando;
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 19/79
• Reler, de vez em quando, e “meditar” no RDAER, no Estatuto dos Militares
(especialmente o art. 28), e nos Atos Ordinatórios da sua Unidade; e
• aceitar o que não pode ser mudado.
Concluindo, caro amigo, quase S1, é hora de assimilar e incorporar tudo aquilo que viemos
ouvindo desde a infância: “sujou, limpe”; “abriu, feche”; “ligou, desligue”; “pegou emprestado,
devolva”; “estragou, conserte”; “trate as pessoas como gostaria de ser tratado”, “não julgue sem
conhecimento da causa”, “faça sempre mais do que lhe é exigido”, “liberdade se conquista com
responsabilidade”, “o trabalhador é digno do seu salário”.
Vamos fazer
algumas
anotações!
✔ Procure no conteúdo estudado as palavras-
chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.
✔ Faça uma lista dessas palavras-chave seguida
de um breve comentário.
✔ A partir da leitura delas, tente reconstruir o
que foi visto.
Está na hora de
resumir!
A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
2024 EEAR
20/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 21/79
CAPÍTULO 2 - HIGIENE E ORGANIZAÇÃO NO TRABALHO
Cada setor de trabalho costuma ter uma lista das atividades mais importantes a serem
executadas durante o ano, expressa na forma de um manual de rotinas, de um calendário
administrativo, ou anotadas nas agendas do seu pessoal efetivo. Cada atividade dessas possui um
responsável pela execução, um prazo, uma forma padronizada de resposta. Porém, cada setor
costuma ter, também, uma série de atividades que não foram escritas num manual, cuja
responsabilidade não foi publicada em boletim, mas que precisam ser realizadas, rotineiramente,
para que o setor continue funcionando adequadamente, sendo também função do S1 colaborar para
o alcance dos objetivos propostos. Para isso, é necessário planejamento, organização e gestão do
tempo, ações essas que, se desempenhadas com atenção, contribuirão para seu desenvolvimento
profissional.
TÓPICO 2.1 - Funcionalidade e acolhimento
Quais são os recursos que contribuem para tornar o seu ambiente de trabalho funcional e
acolhedor? Observe o lugar onde você está agora e tente responder. Os móveis são dispostos
harmoniosamente? Há objetos espalhados? Excesso de informação visual? Excesso de barulho?
Sons desagradáveis? É arejado? Climatizado? Está limpo? Tem um cheiro agradável? Os enfeites
contribuem para um aspecto mais leve? Se há plantas, estão bem cuidadas? A luminosidade é
adequada? É fácil o acesso às ferramentas de trabalho? Você tem tudo o que precisa à mão? Os
documentos e objetos estão organizados? Os equipamentos funcionam? É seguro?
Nossa, você deve estar pensando, não é coisademais para um S1 cuidar? Fique tranquilo,
criando uma rotina de observação e pequenas providências diárias, você e os outros soldados do seu
setor conseguirão manter o ambiente em ordem e muito agradável. Você deve observar:
• DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS – Observe os móveis no seu setor de trabalho. Estão
dispostos harmoniosamente? Há simetria? Há espaço suficiente para circulação segura entre eles?
Observe o alinhamento. Observe o seu setor a partir da porta de entrada. Há algo que possa ser feito
para melhorar o aspecto?
• ILUMINAÇÃO – A iluminação natural é econômica, melhora o humor e a saúde, é
melhor para a visão. Mas em determinados horários do dia, o sol pode incidir diretamente sobre as
pessoas ou sobre a tela do monitor e tornar o local de trabalho desconfortável. Os aparelhos
2024 EEAR
22/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
eletrônicos, em geral não podem ficar expostos ao sol. Quanto a iluminação artificial, verifique
sempre a condição das lâmpadas: quando queimadas, fracas ou piscando precisam ser trocadas.
• VENTILAÇÃO – Quando insuficiente, a ventilação causa sonolência, desconforto,
alergias, favorece a transmissão de infecções respiratórias. Por isso, é necessário abrir mais janelas
ou aumentar o fluxo de ventilação do ar-condicionado, conforme aumenta o número de pessoas no
ambiente. Nesse caso, ligar o ventilador não resolve, pois esse aparelho apenas faz o ar interno
circular, havendo pouca troca com o ar externo. Correntes de ar devem ser evitadas porque
favorecem infecções respiratórias, podem espalhar os papéis e fazer as portas e janelas baterem
contra a parede. Para isso, se as janelas estiverem abertas, mantenha as portas fechadas.
• CLIMATIZAÇÃO – O condicionador de ar não deverá gelar o ambiente, mas manter uma
temperatura amena. Por uma questão de economia e saúde, é preferível manter as janelas abertas e o
condicionador desligado nos horários em que isso for possível.
• ARRUMAÇÃO – Mantenha guardados os objetos pessoais: bolsas, mochilas, capacetes,
peças de farda que não estão sendo utilizadas no momento. É recomendável separar um armário
para essa finalidade. Verifique se há nas mesas canetas que funcionem, lápis, apontador, borracha,
blocos de anotação, grampeador, furador, tesoura, régua, clipes, e complete se necessário. Verifique
se há papel nas impressoras. Deixe perto do telefone caneta, bloco de notas, calendário e as
informações de rotina.
ITEM 2.1.1 - Mudanças de layout
Provavelmente, na sala onde você trabalhará, os móveis já estejam em uma disposição
funcional. Mas, futuramente, poderão ser adquiridos novos móveis ou surgir a necessidade de uma
reorganização. Certamente, você será chamado a ajudar na mudança e será importante que você
tenha boas ideias para trocar a respeito.
A disposição ideal dos móveis pode variar de acordo com a missão da seção. Nos lugares
onde o fluxo de pessoas é grande, pode-se priorizar a circulação entre as estações de trabalho ou
criar um balcão para atendimento que impeça o acesso direto dessas pessoas às estações, ou, ainda,
criar uma sala ou ala de espera. Se o foco da seção é evitar o acesso indevido a documentos ou
materiais, os armários que os guardam devem ocupar a posição mais protegida dentro da seção, em
uma sala à parte, ou atrás das estações ou bem à vista dos funcionários. Em qualquer situação, deve-
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 23/79
se pensar na “estética” (de modo que quem entra na seção se sinta acolhido), na funcionalidade
(separando os móveis por setores, deixando os equipamentos próximos das pessoas que os
utilizam), na circulação (deixando espaço suficiente para o trânsito entre os móveis e as portas e
janelas), na segurança (evitar que fios elétricos atravessem a área de circulação, evitar a
possibilidade de contusão com as quinas de móveis, evitando tapetes escorregadios e outros
perigos).
Para evitar desgaste físico desnecessário, danos ao material, perda de tempo e insatisfações,
toda mudança de layout precisa ser bem discutida e planejada. Uma ótima estratégia é realizar uma
pequena reunião e escrever num papel todos os objetivos que se pretendem alcançar com a
mudança. Em seguida pode-se obter uma planta baixa adequadamente ampliada e o croqui dos
móveis em escala proporcional à planta. Pode-se colar o croqui dos móveis em cartolina e recortá-
los, para experimentar as diversas posições que eles poderão ocupar na seção. Lembre-se de marcar
os pontos de eletricidade e rede. Pode-se também utilizar um programa informatizado, para
experimentar a disposição dos móveis. Peça também a ideia aos colegas, adéque com a lista de
objetivos e votem no que melhor se adapte.
ITEM 2.1.2 - Limpeza e organização
Organizar é providenciar um lugar adequado para cada coisa, de acordo com as suas
características e a sua utilização. Assim, os objetos utilizados com maior frequência deverão estar
mais acessíveis do que os menos utilizados. Deve existir uma lógica ao se reunir materiais numa
única prateleira ou armário para que não seja difícil encontrá-los.
De modo geral, o S1 SAD encontrará os seguintes materiais em seu setor:
• material de expediente: cola, tesoura, canetas, fita adesiva, papel, etc;
• material de informática: cartuchos de tinta, cabos, adaptadores, etc;
• material de faxina: álcool, água sanitária, vassoura, balde, esponja, etc;
• arquivos de documentos: corrente, intermediário e obsoleto;
• arquivos de normas e regulamentos: NPA (Norma Padrão de Ação), IS (Instrução de
Serviço), ICA (Instrução do Comando da Aeronáutica) NS (Norma de Serviço), etc; e
• outros, mais específicos.
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24/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Só olhar essa relação já lhe fornece alguma ideia de como é organizar esse material, não é
mesmo? É interessante usar um armário separado para cada tipo, mas, caso não seja possível,
organize cada espécie de material em uma prateleira diferente ou em uma “porção” definida de uma
prateleira. Você saberá que a sua organização está eficiente quando, ao abrir a porta de um armário,
você e seus colegas puderem perceber imediatamente onde encontrar o objeto que procuram.
A papelada do arquivo do ano corrente, bem, como, os regulamentos, serão localizados mais
facilmente se forem guardados na posição vertical, dentro de pastas firmes, etiquetadas. Existem
suportes plásticos que ajudarão a manter as pastas nessa posição. Com o tempo, você conseguirá
perceber o volume aproximado de documentos que o setor acumula em um ano e ficará mais fácil
prever o espaço que ocuparão. Documentos recentes devem ocupar as prateleiras de mais fácil
acesso. Já os documentos do arquivo intermediário poderão ser guardados em caixas próprias e
ocupar as prateleiras mais baixas.
O material de expediente poderá ser separado em grupos de acordo com a sua finalidade de
uso:
GRUPO 1
• aderir (cola líquida, fita crepe, fita adesiva transparente, cola em bastão, etc)
• unir (grampos de todos os tipos, clipes, percevejos, ímãs para quadro metálico)
• escrever (lápis, canetas, pincéis para quadro branco, canetas marca texto, etc)
• apagar (borrachas, apagadores, líquidos corretivos, etc)
• repor (tintas para carimbo, tintas para pincéis atômicos, etc)
Todos os acima poderão ser dispostos em fileiras, por ordem de tamanho para facilitar a
visualização, sendo, é claro, os maiores na parte de trás;
GRUPO 2
• material de expediente de uso duradouro (grampeadores, furadores, réguas, tesouras,
bandejas, etc.);
GRUPO 3
• materiais de formato achatado (envelopes, etiquetas, papel almaço, papel carbono, pastas
de papelão, livros de ATA, etc). Serão localizados e manuseados mais facilmente se armazenados na
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 25/79
posição vertical, lembrandoque aqueles que podem ser amassados facilmente deverão ficar
protegidos dentro de pastas;
GRUPO 4
• as pesadas caixas de papel A4 ou similares, deverão ser guardadas nas prateleiras mais
baixas para preservar o móvel e evitar acidentes. É aconselhável que as resmas sejam armazenadas
em pacotes, fora das caixas, para facilitar o manuseio.
O material de consumo de informática, poderá ser guardado separando-se os cartuchos de
reposição de acordo com o tipo e a numeração, e os demais materiais agrupados e dispostos de
modo a ficarem todos visíveis. Materiais pequenos ficam melhor armazenados se guardados dentro
de uma caixa com etiqueta bem visível. Nesse caso, a caixa deve ser de uma única cor (sem
propaganda de outro material para não gerar confusões).
O material de faxina, de qualquer categoria (de consumo, de uso duradouro e permanente),
deve, de preferência, ser guardado junto, num armário ou num depósito com prateleiras.
ITEM 2.1.3 - Uma rotina leve e saudável
Muita gente considera cansativas e tediosas as atividades de organização e limpeza.
Realmente, a pessoa que não adquiriu esse hábito, quando decide realizar uma faxina, encontrará
um ambiente caótico: bagunça, lixo, excesso de poeira, insetos. A rinite, as alergias, as dores nas
costas, logo aparecerão e parecerá que o ambiente está piorando ao invés de melhorar. Se você
detesta fazer faxina, é melhor começar a fazê-la mais vezes. Prevenir essa situação é bem mais fácil
e agradável do que ter que remediar e isso pode levar menos de meia hora por dia. São providências
simples que, praticadas diariamente, ficarão tão automatizadas que você nem vai mais perceber que
está fazendo.
Algumas tarefas precisam ser realizadas diariamente, outras podem esperar por um período
maior. Sugestões de tarefas e prazos que poderão ser alterados, conforme julgue necessário:
• CONSTANTEMENTE – Manter as portas dos armários fechadas e a sua mesa
organizada. Guardar limpos os materiais de limpeza utilizados. Recolocar no lugar qualquer coisa
que tenha sido tirada.
• DIARIAMENTE – Limpar, se necessário, o setor. Verificar e repor canetas nas mesas,
papéis nas impressoras, etc. Verificar sua agenda, seus e-mails, a página da sua Organização na
2024 EEAR
26/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
INTRAER. Verificar os documentos sobre a sua mesa, protocolar, organizar. Uma ótima forma de
chamar a atenção para os assuntos e prazos é inserir em cada grupo de documentos, que tratem do
mesmo assunto, um bilhete de papel colorido no qual se escreve em letras bem legíveis, o assunto
principal (resumido) e o prazo.
• Verificar os compromissos do mês em sua agenda. Arrumar as gavetas. Jogar fora toda
papelada que não tiver mais utilidade (acabe com os bilhetinhos: habitue-se a anotar endereços,
telefones e afazeres na agenda).
Arquivar os documentos (aproveite para verificar se o arquivo está organizado).
• Organizar seu computador, criando pastas adequadas para cada arquivo e verificando se há
algum arquivo que possa ser excluído. Verifique também se há necessidade de renomear algum
arquivo. Salve os e-mails que terão utilidade por um período mais longo e esvazie a sua “caixa”.
• Verifique se há material ou equipamento que precise de assistência técnica para
manutenção. Aproveite para fazer o controle de estoque e os pedidos de material de consumo.
Verifique se há necessidade de reparos na alvenaria, rede hidráulica, elétrica, etc, e providencie as
solicitações aos setores responsáveis.
• Revise todos os materiais (eliminar, se for o caso, ou separar para que sejam
“descarregados”, aqueles que estiverem danificados). O material em desuso, que está aguardando
descarga, dará menos trabalho se for guardado limpo, etiquetado, dentro de um saco plástico e
identificado quanto ao tipo de material e o destino.
• UMA VEZ AO ANO – Agora, sim, chegou a hora de realizar um “faxinão”. Mas como o
seu setor vem sendo mantido limpo e organizado o trabalho será bem menor. É hora de eliminar do
arquivo do ano corrente tudo o que não precisará ser guardado para o ano seguinte e transformá-lo
em arquivo intermediário, bem como, de eliminar a caixa de arquivo com mais de cinco anos,
conservando apenas os documentos que possam ser classificados como permanentes. No “faxinão”
anual, cada membro do efetivo deve revisar suas gavetas, armários e computador. É também o
momento de dar uma atenção mais detalhada a todas as tarefas de manutenção que você já vinha
fazendo. Dependendo das atividades de rotina do seu setor, essa limpeza geral pode se estender por
alguns dias.
ITEM 2.1.4 - Controle e reposição de materiais
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 27/79
Controlar o consumo de materiais é importante para se ter ideia do estoque necessário ao
setor, do espaço que o material ocupará para ser armazenado e do intervalo de tempo ideal entre as
requisições. Para fazer o controle, você poderá fazer uma planilha contendo os materiais em estoque
e outros que normalmente são utilizados no setor. Uma boa dica é considerar a quantidade utilizada
de material em um trimestre e acrescentar 10% aos seus pedidos. Ao final do trimestre, verifique a
quantidade de material que sobrou no período e faça as adequações necessárias. Afinal, excesso de
material, assim como a falta, causa transtornos à administração.
Para confeccionar o pedido de reposição, você deverá entrar em contato com o setor de
almoxarifado da sua Unidade e fazer a requisição dos materiais. Considere o tempo de atendimento
dos pedidos de material e faça-os com a devida antecedência.
ITEM 2.1.5 - Cuidados com os equipamentos
O S1 SAD precisa estar pronto para operar, alimentar, conservar e sanar pequenas panes em
computadores, impressoras, telefones, fax, copiadoras e outros equipamentos utilizados em
escritórios, de modo a poder fazer rapidamente o seu trabalho e ajudar aos seus colegas.
Obviamente, a sua primeira missão no setor deverá ser localizar ou providenciar o lugar para guarda
dos Manuais de Instrução. Se não forem encontrados, você poderá baixá-los pela Internet e
imprimi-los. De nada adiantará, porém, ter os manuais à mão se você não tiver em sua mente as
informações básicas sobre esses equipamentos. Portanto leia atentamente os manuais e teste os
equipamentos. Veja as dicas de utilização, segurança, conservação e limpeza: esta é a sua segunda
missão.
O S1 detém grande parte da responsabilidade com relação à segurança, economia, e
sustentabilidade no uso desses equipamentos. Educação é essencial para ajudar sua equipe a
entender como usar a tecnologia de forma sustentável. O pessoal pode ser induzido a incluir práticas
sustentáveis no uso do equipamento e material de escritório, se você fizer circular apelos regulares,
orais, por e-mail, etc. Lembrando que a maior parte do material utilizado em escritório é reciclável
(papéis, caixas de papelão e plásticos), é interessante eleger, no setor, um cantinho de coleta, que
pode ser um cesto grande, um pequeno depósito ou um armário. Há também que pensar em
economia de energia e de materiais. Muita energia pode ser poupada se, no uso do computador
você:
2024 EEAR
28/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
• Definir os monitores para que desliguem após períodos de inatividade, em vez de depender
de um protetor de tela;
• Definir os computadores para entrar em modo de espera após 10 minutos de inatividade, e
modo de hibernação após 30 minutos de inatividade;
• Desligar os computadores se eles permanecerão inativos por longos períodos; e
• Desligar todos os computadores, impressoras e outros periféricos (filtros de linha,
nobreaks, etc), no final de cada dia.
Quanto à segurança, além das orientações contidas nos manuais, é essencial colocá-los em
um móvel firme, de altura que favoreça o manuseio,com espaço ao redor suficiente para a livre
circulação, próximos à tomada para que os fios não fiquem muito esticados. Os fios jamais devem
cruzar o espaço para circulação; se for impossível evitar essa situação, os mesmos devem ser
fixados ao chão com uma grossa tira de fita adesiva amarela para chamar a atenção dos transeuntes.
Não deixe recipientes com líquidos próximos aos aparelhos eletroeletrônicos, pois podem derramar
e danificá-los.
Vamos fazer
algumas
anotações!
✔ Procure no conteúdo estudado as palavras-
chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.
✔ Faça uma lista dessas palavras-chave seguida
de um breve comentário.
✔ A partir da leitura delas, tente reconstruir o
que foi visto.
Está na hora de
resumir!
A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 29/79
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
2024 EEAR
30/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
CAPÍTULO 3 - PRÁTICAS EM SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
TÓPICO 3.1 - INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
ITEM 3.1.1 - Hardware
Hardware é o nome dado a parte física, é o equipamento em si.
Exemplo: o monitor, o teclado, o mouse, etc.
Equipamentos de hardware
Monitor De Vídeo
O Monitor é a “televisão” do computador. É através dele que visualizamos na tela os
trabalhos que realizamos. Normalmente um dispositivo que apresenta informações na tela de LCD.
Atualmente existem vários tipos de monitores, alguns já bem avançados, como por exemplo,
monitores sensíveis ao toque (chamados de touchscreen), onde podemos escolher opções tocando
em botões virtuais, apresentados na tela.
O Teclado
É através do teclado que inserimos os dados na “memória” do computador a fim de que seja
possível o armazenamento desses dados e a realização de “tarefas”. 
O teclado é dividido em três partes: alfanumérico, numérico e funcional.
• Numérico: Corresponde às teclas do lado direito do teclado. É muito parecido com uma
calculadora;
• Alfanumérico: Corresponde às teclas centrais do teclado. É muito parecido com uma
máquina de escrever;
• Funcional: Corresponde as 12 teclas (de F1 a F12) localizadas na parte superior do teclado.
A sua finalidade varia com o programa em execução.
Os teclados usados no Brasil são conhecidos como os de padrão ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Algumas teclas possuem funções especiais e podem assumir
funções específicas de acordo com o programa usado.
EEAR 2024
CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 31/79
CPU
A CPU (sigla inglesa que significa Unidade Central de Processamento) ou processador é o
responsável por todos os processamentos de dados e informações do computador.
Nos microcomputadores, a CPU é representada pela placa-mãe, que é uma placa com
componentes eletrônicos integrados. Nela, são conectados a memória principal (RAM), o
processador e compartimentos para conectar todos os dispositivos que compõem o computador
(dispositivos de entrada e de saída de dados).
Os modelos de processadores atualmente mais conhecidos são o I3, I5, I7, Core 2 Duo, Core
2 Quad, Phenom X4 Quad Core e Turion X2, dentre outros.
Mouse
Também muito popular, é um equipamento “apontador”, voltado para movimentar o cursor
pela tela do computador.
Touchpad
Trata-se de uma superfície sensível ao toque, de plástico/vidro, em computadores portáteis
(notebooks) que funciona de forma semelhante ao mouse.
Câmera de vídeo
Também conhecido como webcam, trata-se de uma câmera para captar imagens de quem
está na frente do vídeo do computador.
Microfone
Tal como um microfone comum, serve para captar o som (vozes ou qualquer outro som
produzido) para o computador.
Tipos de memórias
As informações processadas no computador são armazenadas em dispositivos chamados de
memória. Internamente, existem dois tipos de memória:
1. ROM; e
2. RAM.
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32/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
Memória ROM
A memória ROM (Read Only Memory) - Memória de Acesso Somente para Leitura é uma
memória que já vem gravada do fabricante e é usada somente quando ligamos o computador, para
carregamento de funções básicas para o seu funcionamento.
O conteúdo da memória ROM não pode ser modificado. O usuário não tem um contato
direto com esse tipo de memória quando está trabalhando no computador.
Memória RAM
A memória RAM (Random Access Memory) - Memória de Acesso Aleatório, é conhecida
por memória principal, pois tem a função de armazenar temporariamente todas as informações que
serão usadas pelo processador (basicamente instruções dos programas e dados que essas instruções
precisam para resolver as tarefas). Só armazena dados enquanto o computador estiver ligado. Ou
seja, é um dispositivo volátil, já que se gravarmos uma série de informações e o computador for
desligado por qualquer motivo, ela “esquece” todo o conteúdo.
Ela armazena as informações de programas, objetos, dados de entrada e saída, dados do
sistema operacional que o usuário está utilizando. Quanto mais memória RAM um computador
tiver, melhor para realizar multitarefas ao mesmo tempo, como navegar na internet, editar uma
planilha, etc. Ela fornece aos aplicativos um lugar para armazenar e acessar dados a curto prazo. Ter
mais memória RAM significa que um maior número de dados podem ser acessados e lidos quase
que instantaneamente.
ITEM 3.1.2 - Unidades de medida em informática
Por ser um equipamento eletrônico, o computador trabalha com impulsos elétricos ou
eletromagnéticos (no caso dos HDs), que podem ser num determinado sentido ou no sentido oposto.
Convencionou-se que esses dois impulsos seriam representados pelos algarismos 1 e 0. Cada um
deles é chamado de bit.
O bit é a menor unidade de informação em informática. O bit pode ser representado por dois
valores lógicos: 0 (zero) ou 1 (um).
O byte é a unidade de informação mais usual em informática. Um byte é equivalente a 8
bits.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 33/79
Todas as informações existentes num computador são sequências de impulsos elétricos (na
representação humana, sequências compostas de algarismos 1 e 0, formando uma extensa “fila”).
Até mesmo as imagens digitalizadas e os arquivos de música são sequências gigantescas desses
algarismos que, convertidos pelas placas acessórias (placa de vídeo, de som), apresentam as cores e
sons correspondentes.
A letra “A”, por exemplo, é representada por uma sequência de bits nesta sequência:
11000001. A esta sequência de oito bits damos o nome de byte.
Para sabermos medir o volume das informações que são armazenadas nos dispositivos
(discos, memórias e outros), temos as seguintes ordens de grandeza (existem outras, mas citaremos
as principais):
A medida que a quantidade de informação aumenta, utilizamos unidades mais coerentes para
tomar como referência. Geralmente, essas unidades são produtos da multiplicação pelo número
1000.
• 1 byte é igual a um caractere, por exemplo, uma letra
• 1 Kbyte (Quilo byte) em torno de 1000 bytes
• 1 Mbyte (Mega byte) em torno de 1 milhão de bytes
• 1 Gbyte (Giga byte) em torno de 1 bilhão de bytes
• 1 Tbyte (Terabyte) em torno de 1 trilhão de bytes
• 1 Pbyte (Petabyte) em torno de 1 quatrilhão de bytes
Você já deve ter ouvido falar em algo mais ou menos assim: – “O HD do meu computador é
de 500 Gbytes”. Isto significa que o disco deste computador comporta, no máximo, 500 Gigabytes
de informações.
ITEM 3.1.3 - Armazenamento de dados
HD (disco rígido ou Hard Disk)
Trata-se de um disco com superfície magnetizável. Ele é blindado e fica dentro do gabinete
do computador. Ainda é o equipamento mais duradouro econfiável do mundo da computação, em
função de suportar armazenamento de dados de alta atividade (ações frequentes de remover e incluir
2024 EEAR
34/79 CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD
dados). Os dados são armazenados em sua superfície na forma de círculos concêntricos, aos quais
chamamos de trilhas. Estas, por sua vez, são divididas em segmentos chamados setores.
Os HD externos são similares aos HDs convencionais, com a diferença de que são portáteis,
sendo conectados aos computadores através de cabo, somente no momento que o usuário precisa.
Cds/DVDs/Blu-ray
Antigamente chamados de discos óticos, são dispositivos usados para armazenamento de
dados de pouca ou nenhuma atividade (frequência de regravações de dados). O princípio de leitura e
gravação entre eles é o mesmo: através de feixes de luz. A diferença entre eles é basicamente no
tamanho dos pontos de gravação de dados. Quanto menor os pontos, maior é a quantidade de dados
a ser gravada. O Blu-ray, por ser tecnologia mais avançada, apresenta a maior capacidade de
armazenamento de dados.
Pen drive
Este equipamento é, atualmente, a mídia portátil mais utilizada pelos usuários de
computadores. O que contribuiu para sua aceitação é o fato dele não precisar recarregar energia para
manter os dados armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao contrário dos antigos disquetes.
Cartões de memória
Baseado na tecnologia flash, semelhante ao que ocorre com a memória RAM do
computador, existe uma grande variedade de formato desses cartões, muito utilizados
principalmente em câmeras fotográficas e telefones celulares. Podem ser utilizados também em
microcomputadores, mas ainda não é uma prática comum.
ITEM 3.1.4 - Impressora
A impressora não é exatamente uma parte integrante do computador, pois o mesmo pode
funcionar sem ela, mas é através dela que conseguimos imprimir em papel os trabalhos criados no
computador.
Através da impressora você poderá imprimir cartas, desenhos, fotografias e outros trabalhos
em papel.
As impressoras podem imprimir os trabalhos em colorido ou apenas na cor preta. Elas são
classificadas em categorias:
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CONHECIMENTOS BÁSICOS DA ESPECIALIDADE SAD 35/79
• Impacto ou matricial; jato de tinta; laser; e 3D.
ITEM 3.1.5 - Software
Software é um termo que representa o “oposto” de hardware, ou seja, não são elementos
concretos, e sim o que diz respeito à parte lógica usada no computador. São os chamados programas
de computador. São conjuntos de instruções logicamente sequenciadas que executam as tarefas
solicitadas ao computador. Os “criadores” desses programas são chamados de programadores ou
desenvolvedores.
ITEM 3.1.6 - Classificação dos softwares
Há muitas classificações quanto à aplicabilidade dos softwares. Vamos aqui apresentar
exemplos:
Sistemas operacionais
É o software fundamental que controla as atividades do próprio computador.
É uma espécie de administrador do ambiente computacional: gerencia a memória, as
operações de entrada e saída e a execução dos demais programas.
Exemplos de sistemas operacionais: Windows, Mac OS, Linux.
Aplicativos
São softwares que têm a finalidade de desempenhar tarefas específicas. Exemplos: sistemas
de controle de estoque, sistemas de folha de pagamento, de vendas de uma empresa pela internet,
sistemas de automação comercial.
Vamos fazer
algumas
anotações!
✔ Procure no conteúdo estudado as palavras-
chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.
✔ Faça uma lista dessas palavras-chave seguida
de um breve comentário.
✔ A partir da leitura delas, tente reconstruir o
que foi visto.
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Está na hora de
resumir!
A partir de suas anotações, reconstrua com suas
palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa
mental ou um infográfico sobre o texto.
Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.
1. Elabore um questionário com os conceitos estudados neste capítulo.
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CAPÍTULO 4 - CORRESPONDÊNCIA E ATOS OFICIAIS DO COMANDO DA 
AERONÁUTICA
TÓPICO 4.1 - Conceitos
Na Força Aérea Brasileira, as orientações sobre a elaboração de documentos oficiais são
sintetizadas na Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica - NSCA 10-2. Ela padroniza a
elaboração de documentos oficiais, visando à sua indispensável uniformização e eficiência.
Ato Normativo
É uma espécie de ato administrativo que estabelece procedimentos a serem observados pela
Administração.
Ato Oficial
É a decisão emanada de autoridade administrativa competente mediante documento.
Ato Ordinatório
É aquele que determina uma ação da Administração Pública. Visa disciplinar o
funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes. Tais atos podem ser
expedidos por qualquer chefe de serviço aos seus subordinados. Não criam, normalmente, direitos e
obrigações para os administrados, mas geram deveres e prerrogativas para os agentes administrados
a que se dirigem.
Correspondência
É toda espécie de comunicação escrita que circula entre os órgãos da Administração e/ou
pessoas físicas.
Correspondência Oficial
É a espécie de comunicação formal mantida entre os órgãos públicos ou destes para
empresas privadas ou pessoas físicas.
Correspondência Particular
É a espécie de correspondência informal utilizada por pessoas físicas para comunicação
entre si ou direcionada a órgãos públicos.
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Classificação Quanto Ao Grau De Sigilo
Atribuição, pela autoridade competente, de grau de sigilo a dado, informação, documento,
material, área ou instalação que requeiram medidas especiais de salvaguarda.
Despacho
É a decisão proferida pela autoridade administrativa no caso que lhe é submetido à
apreciação. O despacho pode ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada.
Distribuição
É a remessa do processo às Organizações Militares (OM) ou aos órgãos que decidirão sobre
a matéria nele tratada.
Documento
É a informação registrada em um suporte material suscetível de consulta, estudo, prova e
pesquisa, pois comprova fatos, fenômenos e pensamentos do homem numa determinada época e
lugar.
Documento Arquivístico
São todos aqueles produzidos e/ou recebidos por pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, no exercício de suas atividades, constituindo elementos de prova ou informação. Formam
um conjunto orgânico, refletindo as ações a que estão vinculados, expressando os atos de seus
produtores no exercício de suas funções.
Documento Oficial
É o registro padronizado do Ato Oficial que emana de autoridade administrativa no exercício
legal de suas funções, abrangendo documentos administrativos e normativos.
Número Único De Protocolo (NUP)
É o número atribuído aos documentos, avulsos ou processos, na Unidade Protocolizadora.
Os procedimentos relativos à sua utilização devem ser observados em norma específica relativa a
atividades de protocolo no COMAER. O NUP é o padrão oficial de numeração utilizada para
controle dos documentos, produzidos ou recebidos pelos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal.
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O NUP tem uma função de grande relevância, pois viabiliza a padronização na gestão
documental, desde a produção ao arquivamento dos documentos, assim como facilita as
comunicações entre as unidades administrativas dos órgãos e entidades ou destas com a sociedade,
promovendo a simplificação do acesso às informações sobre os documentos públicos federais.
Procedência
A Instituição, OM ou pessoa que originou o processo/documento.
Processo
É o conjunto de documentos oficialmente reunidos no decurso de uma ação administrativa
ou judicial que constituiuma unidade de arquivamento. Este conjunto de documentos exige um
estudo mais detalhado, bem como procedimentos expressos por despachos, pareceres, anexos ou,
ainda, instruções para pagamento de despesas; assim, o documento é protocolado e autuado pelos
órgãos autorizados a executar tais procedimentos.
Registro
É a reprodução dos dados do documento, feita em controle próprio, destinado a controlar a
sua movimentação e fornecer dados de suas características fundamentais aos interessados.
Tramitação
É o curso do documento, avulso ou processo, desde a sua produção ou recepção, até o
cumprimento de sua função administrativa.
Unidade Protocolizadora (UP)
É a unidade administrativa que tenha, dentre suas competências, independentemente de sua
denominação e posição hierárquica, a responsabilidade do recebimento, classificação, registro,
distribuição, controle da tramitação e expedição de documentos, avulsos ou processos, bem como
seja responsável pela autuação de documentos avulsos para formação de processos e pela atribuição
de Número Único de Protocolo (NUP) aos documentos, avulsos ou processos.
No âmbito do COMAER, caberá ao CENDOC o fornecimento e o controle de número de
codificação de Unidade Protocolizadora às OM solicitantes, mediante a análise técnica do pleito,
bem como o cancelamento da reserva desse número de codificação.
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TÓPICO 4.2 - Classificação de Documentos
Os documentos do COMAER são assim classificados:
ITEM 4.2.1 - Quanto ao âmbito:
• interno: interno: é o documento que tramita no âmbito do COMAER (entre OM, de
pessoa física para OM e vice-versa).
• externo:é o documento que tramita para fora do âmbito do COMAER (de OM para órgão
externo ou pessoa física estranha ao COMAER).
ITEM 4.2.2 - Quanto à natureza do assunto:
• ostensivo: é aquele que não possui restrição de acesso, ou seja, sua divulgação não
prejudica o órgão ou entidade, nem seus membros, podendo ser de domínio público; e
• sigiloso: é aquele que, pela natureza do seu conteúdo, o acesso é restrito a um determinado
grupo de pessoas, necessitando de medidas especiais de salvaguarda para custódia e divulgação.
São categorizados como sigilosos dados ou informações cujo conhecimento irrestrito ou divulgação
possa acarretar qualquer risco à segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários
ao resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
Essa classificação também é chamada de classificação de segurança.
Os graus de sigilo são: Reservado, Secreto e Ultrassecreto, devendo ser observada a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI), regulamentada pelos
Decretos nº 7.724, de 16 de maio de 2012, e nº 7.845, de 14 de novembro de 2012, bem como a
bem como a ICA 205-47 “Instrução para a Salvaguarda de Assuntos Sigilosos da Aeronáutica
(ISAS)”, para aposição correta do grau de sigilo e paginação; e
• informação pessoal: é aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável,
relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem.
ITEM 4.2.3 - Quanto à prioridade:
• de rotina: é aquele cujo encaminhamento, estudo e expedição são feitos regularmente,
devendo ser observado o prazo máximo de oito dias úteis para despacho ou conclusão; e
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• urgente: é aquele cujo encaminhamento, estudo e expedição devem ocorrer com
precedência sobre os demais.
TÓPICO 4.3 - Formas De Tratamento
As formas de tratamento, utilizadas na correspondência oficial, são compatíveis com o cargo
do destinatário e suas abreviaturas obedecem ao estabelecido em manuais e gramáticas da língua
portuguesa. Nos documentos dirigidos a pessoas ou órgãos externos ao COMAER, deverão ser
empregadas por extenso.
No âmbito do poder executivo federal, a forma de tratamento empregada na comunicação,
oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, segue o
disposto no Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019.
Sendo assim, o único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes
públicos federais é “Senhor” (Sr.), independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo
ou da função ou da ocasião, podendo ser flexionado para o feminino e para o plural.
Aplica-se o acima disposto:
a) aos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo;
b) aos militares das Forças Armadas ou das forças auxiliares;
c) aos empregados públicos;
d) ao pessoal temporário;
e) aos empregados, aos conselheiros, aos diretores e aos presidentes de empresas públicas e
sociedades de economia mista;
f) aos empregados terceirizados que exercem atividades diretamente para os entes da
administração pública federal;
g) aos ocupantes de cargos em comissão e de funções de confiança;
h) às autoridades públicas de qualquer nível hierárquico, incluídos os Ministros de Estado; e
i) ao Vice-Presidente e ao Presidente da República.
O Decreto citado não se aplica:
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a) às comunicações entre agentes públicos federais e autoridades estrangeiras ou de
organismos internacionais; e
b) às comunicações entre agentes públicos da administração pública federal e agentes
públicos do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública,
do Ministério Público ou de outros entes federativos, na hipótese de exigência de tratamento
especial pela outra parte, com base em norma aplicável ao órgão, à entidade ou aos ocupantes dos
cargos.
É vedado, na comunicação com agentes públicos federais, o uso das seguintes formas de
tratamento, ainda que abreviadas:
a) Vossa Excelência ou Excelentíssimo;
b) Vossa Senhoria;
c) Vossa Magnificência;
d) doutor;
e) ilustre ou ilustríssimo;
f) digno ou digníssimo; e
g) respeitável.
É vedado negar a realização de ato administrativo ou admoestar o interlocutor nos autos do
expediente caso haja erro na forma de tratamento empregada.
TÓPICO 4.4 - Principais documentos do COMAER
Despacho
É o documento de natureza interlocutória pelo qual a autoridade competente determina,
solicita ou informa o que for de sua alçada em determinado processo.
Nesse contexto, é expedido em continuação a outro documento, geralmente a um Ofício ou
Requerimento, de qualquer origem ou natureza, que venha a exigir a abertura de um processo
administrativo para o seu equacionamento. Aqui, a autoridade informa, consulta, indica ou propõe
medidas em relação ao assunto do documento principal, inicial do processo.
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O Despacho instruindo processo permite manter junto ao documento principal (inicial) toda
a correspondência trocada entre as Organizações pelas quais o expediente tramita, até a resolução
final.
Ressalta-se que a identificação dos processos será sempre feita por meio do Número Único
de Protocolo (NUP).
Cada processo tem apenas um único NUP até o seu arquivamento final, mesmo que tramite
por várias OM ou órgãos em anos diferentes, ou que tenha sido arquivado e, posteriormente,
desarquivado ou, ainda, que nele sejam juntados documentos que possuam número próprio de
protocolo. Estes documentos, quando acrescentados ao processo, passarão a fazer parte deste, sem
alterar o número de processo inicial.
A numeração de protocolo e a organização de processos serão tratadas em Norma própria,
versando sobre Atividades de Protocolo no âmbito do COMAER.
Ofício
O Ofício é o documento padrão de comunicação administrativa no âmbito do Comando da
Aeronáutica, que segue, no que couber, o estabelecido pelo Manual de Redação da Presidência da
República, que uniformizou a nomenclatura e a diagramação, abolindo, por exemplo, o
Memorando. Seus tipos são diferenciados

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