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2 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 Alguns conceitos precedem o saber em relação à acentuação gráfica. Esses conhecimentos estão relacionados à fonética e à 
fonologia. O conceito de fonema que corresponde ao SOM; o conceito de grafema que diz respeito à letra faz uma enorme 
diferença para o entendimento dos ditongos, tritongos e hiatos. Por isso, antes de falar sobre acentuação gráfica, é importante 
revisar esses conceitos. 
 
Fonema – é o som de cada letra: medicina – possui oito letras e oito grafemas. 
Grafema – é a letra que representa cada som. 
 
 Nem sempre a quantidade de fonemas corresponde à quantidade de grafemas. Daí surgem os dígrafos, dífonos. Há também 
encontros vocálicos e encontros consonantais: 
 
Chave, chuva, passo, piscina – dígrafo 
Táxi, tóxico, fixo, sexo - dífono 
Caixa, peixe, série, heroico, muito – ditongo 
Saguão, quaisquer, Paraguai – tritongo 
Saúde, saída, caí, constituição – hiato 
Cravo, plano, pesca, pacto – encontro consonantal 
 
 A língua portuguesa consiste em um conjunto de símbolos a serem compreendidos pelos leitores, ela se apresenta por meio da 
fala e da escrita. Esta usa a norma culta e a fala, a linguagem coloquial. Por isso, a acentuação gráfica deve ser entendida como 
símbolos que seguem regras próprias estabelecidas no acordo ortográfico de 2009, mas que têm sua base desde a primeira 
gramática escrita por Padre José de Anchieta e influência do Grego e do Latim. 
Toda palavra possui uma sílaba tônica, isso a classificará em oxítona, paroxítona ou proparoxítona. A essa classificação dá-se o 
nome de acentuação tônica. Toda palavra possui uma acentuação tônica, mas nem toda palavra é graficamente acentuada. 
 
1. Acentuação tônica – consiste na sílaba forte de cada palavra: 
 
Oxítonas – __________________________________________________________________________________________: 
 
Saci, Brasil, português, José, poluição, tabu. 
 
Paroxítonas – _______________________________________________________________________________________ : 
 
Medicina, Márcia, projeto, livro, intensidade, fácil. 
 
Proparoxítonas – ______________________________________________________________________________________: 
 
Álibi, dívidas, ético, pródigo, matemática, lógico. 
 
 
2. Regras de acentuação gráfica 
 
1. Monossílabas – ____________________________________________________________________________________: 
 
Chá, há (existir), gás; pé, mês, vê; dó, nós. 
 
2. Oxítonas – ________________________________________________________________________________________: 
 
Cajá, Ceará, falará, jacaré, café, Mossoró, forró, vintém, também, Belém, parabéns. 
 
 
3. Paroxítonas – NÃO SÃO ACENTUADAS AS PAROXÍTONAS TERMINADAS EM _____ , _______, ________, __________ 
SEGUIDAS OU NÃO DE “S” 
 
REGRA: acentuam-se as terminadas em: ei, i, is, u, us, l, n, r, x, ps, ã, ão, ãos, om, ons, um, uns, ditongo oral: 
 
Júri, grátis, bônus, amável, náilon, próton, bíceps, abdômen, zíper, clímax, álbum, jóquei, cárie, ímã. 
 
4. Proparoxítonas – __________________________________________________________________________________: 
 
Álcool, meteorológico, tínhamos, escrevêramos, bússola, propuséramos. 
 
5. Ditongos abertos - ____________________________________________________________________________________: 
 
Destrói, povaréu, faróis, fiéis, chapéu, anéis, dói, céu. 
 
Pela nova ortografia, os acentos gráficos dos ditongos EI, OI, EU não existem mais nas palavras paroxítonas: IDEIA, 
ASSEMBLEIA, COREIA, APOIO, JOIA. 
 
3 
 
 
6. Hiatos – ____________________________________________________________________________________________: 
 
Uísque, egoísmo, graúdo, atribuído, miúdo, aí. 
 
Cuidado: raiz, juiz, rainha, moinho, tainha. (sonoramente a vogal não está sozinha, portanto essas palavras não são 
acentuadas) 
 
7. Verbos – há acentos gráficos usados para diferenciar o singular do plural: 
 
I – Ele vem – Eles vêm (continua pela nova ortografia) 
 Ele tem – Eles têm (continua pela nova ortografia) 
 
8. Acento Diferencial – poucas palavras apresenta ainda este acento, que em breve será definitivamente retirado: 
 
(______________) Pode, pôde (________________) 
(______________) Por, pôr (________________) 
(______________) Forma – fôrma (________________) 
 
Pela nova ortografia apenas as palavras “pôde”, “pôr” e – segundo o dicionário Aurélio - a palavra “fôrma” possuem acento 
diferencial. 
 
MÚSICA DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
No novo acordo ortográfico, 
O hífen vai simplificar 
Uso em palavras com prefixo 
Quando com “h” ela começar. 
 
Lembre que os opostos se atraem 
Os iguais vão se afastar 
Com vogais iguais usamos hífen 
E as diferentes não vão usar. 
 
O trema já não mais existe 
Nem o acento diferencial 
Você só pode pôr em dois verbos 
Assim o sentido vai mudar. 
 
Oi e ei mudou 
Se for uma paroxítona 
O hiato também perde o acento após ditongo 
 
Oi e ei mudou 
Vogal dobrada igual 
perde o acento que antes tinha, ah, ah, ah. 
 
O hífen mudou, o alfabeto mudou, o acento mudou... 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
1. (G1 - ifal 2018) Assinale nas alternativas abaixo aquela 
em que os vocábulos são acentuados graficamente por 
serem paroxítonos. 
a) casa, sapo, carro, mesa, relógio. 
b) júri, fóssil, hífen, abdômen, oásis. 
c) livro, fotografia, cachimbo, lápis, régua. 
d) amável, perpétuo, teodiceia, antologia, bênção. 
e) história, comentário, ímã, antigo, indústria. 
 
2. (G1 - ifsc 2018) A indústria tecnológica se desenvolveu 
muito nos últimos anos. Com isso, a quantidade e a 
qualidade dos produtos eletrônicos surpreendem cada dia 
mais os consumidores. 
 
Sabendo-se que as palavras em destaque receberam 
acentos gráficos por serem proparoxítonas, em qual 
alternativa há somente palavras cujos acentos foram 
empregados com base na mesma regra de acentuação? 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) bêbado, pública, cáqui, trânsito 
b) mínimo, chapéu, cândida, biquíni 
c) abadá, tricô, flácido, avô 
d) máxima, música, alfândega, obstáculo 
e) tráfego, ímpeto, sábado, fênix 
 
3. (Espcex (Aman) 2017) Assinale a alternativa cujo 
vocábulo só pode ser empregado com acento gráfico. 
a) Diálogo b) Até 
c) Análogo d) É 
e) Música 
 
4. (G1 - ifsc 2017) Considere as afirmativas a seguir: 
 
I. Na frase “Ela trabalha de segunda à sexta-feira”, está 
correto o emprego do acento indicativo de crase, porque 
sempre ocorre crase antes de dias da semana. 
II. Na frase “A construção das pirâmides egípcias 
envolveram milhares de trabalhadores e técnicas 
sofisticadas”, há erro quanto à concordância verbal, 
porque o verbo envolver deveria estar na terceira pessoa 
do singular. 
III. Tanto na palavra saúde quanto na palavra açaí, o acento 
gráfico sinaliza a existência de hiato. 
IV. Na frase “A primeira cirurgia, transcorreu sem maiores 
problemas”, está correta a pontuação, uma vez que se 
deve separar com vírgula o sujeito do verbo. 
V. Está correta a concordância nominal na frase “Ela 
comprou óculos e bolsa caríssimos”, porque o adjetivo se 
refere a ambos os substantivos. 
 
 
 
4 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Somente III e V são verdadeiras. 
b) Somente I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente II e III são verdadeiras. 
d) Somente I, IV e V são verdadeiras. 
e) Somente II, III e V são verdadeiras. 
 
5. (G1 - ifsul 2017) Leia a tirinha a seguir. 
 
 
 
As palavras “saudável e petrolífera” são acentuadas seguindo as mesmas regras que os vocábulos 
 
a) numérico e atômicas. b) agradável e vulnerável. c) risível e gráfico. d) família e álbum. 
 
6. (Ufpr 2017) As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-
Juca-Pyrama de Gonçalves Dias, publicado em 1851. 
 
No meio das tabas de amenos verdores 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteião-se os tectos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos animos fortes, 
Temiveis na guerra, que em densas cohortesIncorreta. O verbo “ver” está corretamente conjugado: no Futuro 
do Subjuntivo, sua forma deriva de “vir”. 
[II] Correta. No Brasil, o tempo Futuro pode ser redigido pela forma 
simples (sentirá) ou pela forma composta (“vai sentir”). 
[III] Correta. A frase apresentada é uma reelaboração do dito 
popular “o que os olhos não veem, o coração não sente”. 
 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
As formas verbais destacadas no último período estão conjugadas 
no Presente do Indicativo, porém indicam ações futuras, mantendo 
a coerência com as informações apresentadas anteriormente. 
 
Resposta da questão 15: 
 [B] 
 
Para reescrever a locução verbal, deve-se flexionar o primeiro 
verbo “ser” no pretérito perfeito. Assim, tem-se a forma “foram” e, 
portanto, a alternativa [B] é a correta. 
[A] Incorreta: seriam = futuro do pretérito 
[C] Incorreta: fossem = pretérito imperfeito do subjuntivo 
[D] Incorreta: serão = futuro do presente 
 
Resposta da questão 16: 
 [E] 
 
[A] Incorreta: a forma “caibo” está no presente do indicativo. A 
forma no presente do subjuntivo seria “caiba”. 
[B] Incorreta: a forma “cri” está no pretérito perfeito do indicativo. A 
forma no pretérito imperfeito do indicativo seria “cria”. 
[C] Incorreta: a forma “combalia” está no pretérito imperfeito do 
indicativo. A forma no futuro do pretérito do indicativo seria 
“combaliria”. 
[D] Incorreta: a forma “seja” está no presente do subjuntivo. A 
forma no pretérito imperfeito do subjuntivo seria “fosse”. 
 
 
18 
 
Resposta da questão 17: 
 [B] 
 
[A] Incorreta: a forma correta seria “valho”. 
[C] Incorreta: a forma correta seria “requeiro”. 
[D] Incorreta: a forma correta seria “meço”. 
[E] Incorreta: a forma correta seria “rio”. 
 
Resposta da questão 18: 
 [B] 
 
Segundo o explanado no trecho introdutório, o verbo mediar é 
conjugado como se apresentasse sufixo -ear; assim, o trecho 
corrigido é “chamaremos o juiz que sempre medeia as cerimônias 
da família”. 
 
Resposta da questão 19: 
 [E] 
 
O verbo “ver” e seus derivados apresentam a forma “vir” quando 
conjugados no futuro do subjuntivo. Logo, a frase seguiria a norma 
culta se fosse redigida da seguinte forma: “Associação Paulista de 
Valets entrará com ação se a Prefeitura de SP não revir norma de 
cupons”. 
 
Resposta da questão 20: 
 [D] 
 
Na primeira lacuna, o uso do “se” demarca hipótese e, portanto, 
devemos recorrer ao uso do subjuntivo. Assim, a forma “fizessem” 
é a mais apropriada. Na segunda lacuna, também vemos um 
demarcador de hipótese, nesse caso, o “caso”. Assim, a forma 
verbal adequada é o “se mantiver”, também no subjuntivo. Por fim, 
na terceira lacuna temos uma projeção hipotética futura (“quando” 
combinado com o verbo “poderão” no futuro do presente) e, 
portanto, devemos utilizar a forma do futuro do subjuntivo “souber”. 
 
VERBO (VOZES VERBAIS) 
 
1. (Espcex (Aman) 2017) Assinale a alternativa que contém, 
na sequência, a forma correta da substituição da voz passiva 
analítica pela voz passiva pronominal e, ao mesmo tempo, a 
substituição dos termos destacados pelos pronomes 
oblíquos correspondentes. 
 
Era notada no olhar dela uma expressão feliz. 
Era vista no rosto dele a palidez da morte. 
São vistas no corpo dele as marcas das balas. 
Foi notado no rosto dele algo de estranho. 
Foi inserida na opinião dele um dado novo. 
a) Notou-se-lhe no olhar dela uma expressão feliz. 
b) Viu-se-lhe no rosto a palidez da morte. 
c) Vê-se no seu corpo as marcas das balas. 
d) Notou-se-lhe no rosto algo de estranho. 
e) Inseriu-se na sua opinião um dado novo. 
 
2. (Eear 2017) Assinale a alternativa em que o se é índice 
de indeterminação do sujeito na frase. 
a) Não se ouvia o barulho. 
b) Perdeu-se um gato de estimação. 
c) Precisa-se de novos candidatos militares. 
d) Construíram-se casas e apartamentos na rua pacata. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
3. (G1 - cp2 2017) Leia a seguinte frase elaborada a partir 
da leitura do 2º quadrinho: E esses ingênuos continuam 
mandando contas em seu nome. 
 
Assinale a alternativa que corresponde à correta reescrita 
dessa frase na voz passiva. 
a) E esses ingênuos continuarão mandando contas em seu 
nome. 
b) E contas continuaram sendo mandadas em seu nome 
pelos ingênuos. 
c) E contas continuam mandando em seu nome por esses 
ingênuos. 
d) E contas em seu nome continuam sendo enviadas por 
esses ingênuos. 
 
4. (G1 - ifsp 2016) Considerando a norma padrão da Língua 
Portuguesa, marque (VP), para voz passiva, (VA), para voz 
ativa e assinale a alternativa correta. 
 
I. O jogador marcou um belo gol na última semana. ( ) 
II. O ônibus atrasou bastante na tarde de ontem. ( ) 
III. A bola foi atrasada de modo muito forte pelo zagueiro. ( 
) 
IV. O computador foi desligado inadequadamente na última 
vez. ( ) 
a) VA, VP, VP, VA. b) VP, VA, VA, VP. 
c) VA, VA, VP, VP. d) VP, VP, VA, VA. 
e) VP, VA, VP, VA. 
 
5. (Espcex (Aman) 2015) Assinale a alternativa cujo período 
está de acordo com a norma culta da Língua. 
a) Precisa-se vendedores. b) Cercou-se as cidades. 
c) Corrigiu-se o decreto. d) Dominou-se muitos. 
e) Aclamaram-se a rainha. 
 
6. (Ufsm 2014) Leia o texto a seguir 
para responder à questão. 
Checkup x investigação 
Os médicos empregam o termo checkup 
para se referir a exames que avaliam a 
condição específica – o estado das 
mamas ou o perfil de colesterol – antes 
da presença de sintomas. Mas, quando 
as queixas já aparecem, fala-se de 
investigação diagnóstica – testes 
1
são 
solicitados para descobrir o que anda 
errado. Um exemplo é a endoscopia, 
 
19 
 
que 
2
é prescrita diante de reclamações como queimação e 
dores de estômago. A seguir, apresenta-se uma seleção de 
testes indispensáveis em algum momento da vida. 
Pressão arterial 
É a conferência da pressão do paciente por meio de um 
aparelho. O exame costuma ser feito a partir dos 18 anos – 
mas deveria ser requisitado ainda na infância. Precisa ser 
repetido, no mínimo, uma vez por ano. Detecta alterações na 
pressão arterial e diagnostica a hipertensão, fator de risco 
para infartos e derrames. 
Hemograma 
É o exame de sangue que registra o estoque de células 
vermelhas e brancas. É solicitado desde a infância. A menos 
que haja algum motivo, pode ser refeito anualmente. Sinaliza 
o estado do sangue e do sistema imunológico, acusando 
problemas como infecções. 
Coleste rol e glicemia 
São testes sanguíneos que avaliam a concentração de 
gorduras e de açúcar na circulação. Podem ser receitados 
desde a infância, mas depois dos 18 anos a indicação ganha 
ainda mais consistência. Depois dos 40 anos, recomenda-se 
repeti-los anualmente. Flagram altos níveis de colesterol e 
triglicérides, que favorecem as placas capazes de obstruir os 
vasos. Já a medida de glicose acusa a propensão ao 
diabete. SPONCHIATO, Diogo. “O que É um checkup inteligente”. Saúde! é vital, mar. 
2011, p. 46-47. (adaptado) 
 
Com relação aos procedimentos linguísticos usados no texto 
e à estrutura composicional, a alternativa que apresenta uma 
análise INADEQUADA é a seguinte: 
a) As informações sobre os exames citados estão 
organizadas nesta sequência: definição, periodicidade e 
motivo. 
b) O emprego de verbos no presente do Indicativo corrobora 
a exposição de afirmações gerais que podem ser válidas 
para casos particulares. 
c) A ausência da primeira pessoa do singular neutraliza a 
figura do enunciador, indicando que o conteúdo do texto 
não é mera opinião. 
d) O uso das estruturas passivas “são solicitados” (ref. 1) e 
“é prescrita” (ref. 2) inclui os médicos como sujeito 
paciente. 
e) A apresentação dos motivos para a realização dos 
exames é Introduzida por verbos que pertencem ao 
mesmo padrão frasal. 
 
7. (Ufpr 2006) Em que alternativa a forma passiva 
apresentada em 2 conserva as mesmas relações de sentido 
da forma ativa apresentada em 1? 
a) 1 - O diretorpretende demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude pretende ser demitido 
pelo diretor. 
b) 1 - O diretor gostaria de demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude gostaria de ser demitido 
pelo diretor. 
c) 1 - O diretor tentou demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude tentou ser demitido pelo 
diretor. 
d) 1 - O diretor custou a demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude custou a ser demitido 
pelo diretor. 
e) 1 - O diretor quer demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude quer ser demitido pelo 
diretor. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Com a migração dos investimentos surgem novos desafios, 
onde o tempo de retorno do capital investido tem que ser o 
menor possível. 
 
8. (Fgv 2005) A passagem - retorno do capital investido - 
pode ser redigida de duas outras maneiras, na voz passiva, 
dando sequência à construção - retorno do capital que... 
Apresente as duas redações possíveis. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Olhar para o céu noturno é quase um privilégio em nossa 
atribulada e iluminada vida moderna. (...) Companhias de 
turismo deveriam criar "excursões noturnas", em que grupos 
de pessoas são transportados até pontos estratégicos para 
serem instruídos por um astrônomo sobre as maravilhas do 
céu noturno. Seria o nascimento do "turismo astronômico", 
que complementaria perfeitamente o novo turismo ecológico. 
E por que não? 
Turismo astronômico ou não, talvez a primeira impressão ao 
observarmos o céu noturno seja uma enorme sensação de 
paz, de permanência, de profunda ausência de movimento, 
fora um eventual avião ou mesmo um satélite distante (uma 
estrela que se move!). Vemos incontáveis estrelas, emitindo 
sua radiação eletromagnética, perfeitamente indiferentes às 
atribulações humanas. 
Essa visão pacata dos céus é completamente diferente da 
visão de um astrofísico moderno. As inocentes estrelas são 
verdadeiras fornalhas nucleares, produzindo uma 
quantidade enorme de energia a cada segundo. A morte de 
uma estrela modesta como o Sol, por exemplo, virá 
acompanhada de uma explosão que chegará até a nossa 
vizinhança, transformando tudo o que encontrar pela frente 
em poeira cósmica. 
(O leitor não precisa se preocupar muito. O Sol ainda 
produzirá energia "docilmente" por mais uns 5 bilhões de 
anos.) (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos) 
 
9. (Fuvest 2004) Transpondo-se corretamente para a voz 
ativa a oração "para serem instruídos por um astrônomo 
(...)", obtém-se: 
a) para que sejam instruídos por um astrônomo (...). 
b) para um astrônomo os instruírem (...). 
c) para que um astrônomo lhes instruíssem (...). 
d) para um astrônomo instruí-los (...). 
e) para que fossem instruídos por um astrônomo (...). 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica 
herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do 
seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para amá-la 
sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no 
coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade 
que a usual nos seus anos. 
Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da 
mulher aos quinze anos, como paixão perigosa, única e 
inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. 
Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma 
brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é 
a tentativa da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, 
sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que a está da fronde 
próxima chamando; tanto sabe a primeira o que é amar 
muito, como a segunda o que é voar para longe. 
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção 
no seu amor. Camilo Castelo Branco - Amor de perdição 
 
 
 
20 
 
10. (Mackenzie 2003) "Da janela do seu quarto é que ELE A 
VIRA PELA PRIMEIRA VEZ". Passando-se a oração em 
destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal 
correspondente é 
a) foi vista. b) havia visto. 
c) estava sendo visto. d) seria vista. 
e) fora vista. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada. 
 
11. (Uel 1998) Transpondo a frase "Os danos deveriam ter 
sido reparados pelo responsável" para a voz ativa, obtém-se 
a forma verbal........ 
a) haviam de ser reparados b) tinha reparado 
c) deveria ter reparado d) devia ter reparado 
e) deve ter reparado 
 
12. (Puccamp 1997) A frase "Erros foram detectados em 
todos os setores" está corretamente transposta para a voz 
passiva pronominal em: 
a) Detectou-se erros em todos os setores. 
b) Alguém detectou erros em todos os setores. 
c) Detectaram-se erros em todos os setores. 
d) Foi detectado erros em todos os setores. 
e) Detectaram erros em todos os setores. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
1 - Mas pra você não é uma pouca vergonha, é? - ela 
disse, secando as lágrimas. Voltava ao desafio. 
2 - Eu sou homem, ou você não entende isto? 
3 - Não entendo. 
4 O Dr. Paranhos quedou-se quieto por um tempo marcado 
em séculos no relógio da agonia. Seus olhos baixaram para 
a mesa e assim ficaram, enquanto sua inteligência buscava 
uma forma clara de ilustrar a madrinha. Por fim, suspirou e 
disse: 
5 - Eu tenho um argumento que você vai entender. 
6 Levantou-se com certa dificuldade e ausentou-se da 
cozinha, onde ficamos suspensos por um fio em pleno 
abismo. Logo, porém, ele retornou com o argumento na 
mão. Girou o tambor do argumento. Depois, com um gesto 
calmo, solene, botou o argumento na cintura. Sentou-se 
novamente e disse, pausadamente: 
7 - Tem uma coisinha, Dirce: ou este tal de feminismo 
acaba hoje, ou o que acaba é a tua mesada, se não acabar 
minha paciência antes. Certo? Agora vamos jantar. 
(SSÓ, Ernani. O SEMPRE LEMBRADO. Porto Alegre: IGEL/IEL, 1989. p. 136-7) 
 
13. (Ufrgs 1997) Considere as afirmativas seguintes, sobre 
voz passiva. 
I - O trecho UM TEMPO MARCADO em séculos no relógio 
da agonia (4o parágrafo) é o agente da passiva da frase em 
que está inserido. 
II - Se a oração subordinada da frase EU TENHO UM 
ARGUMENTO QUE VOCÊ VAI ENTENDER (5o parágrafo) 
fosse passada para a voz passiva, o resultado seria EU 
TENHO UM ARGUMENTO QUE VAI SER ENTENDIDO 
POR VOCÊ. 
III - A frase GIROU O TAMBOR DO ARGUMENTO (6o 
parágrafo) pode ser passada para a voz passiva. 
Quais são corretas? 
a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e III 
d) Apenas II e III e) I, II e III 
 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche 
corretamente as lacunas da frase apresentada. 
 
14. (Uel 1997) Transpondo para a voz ativa a frase "O 
desfalque do caixa já era sabido de todos na empresa", 
obtém-se a forma verbal .......... . 
a) sabiam b) sabia-se c) iam saber 
d) saberiam e) souberam 
 
15. (Uel 1997) Transpondo para a voz passiva a frase "A 
prática tem demonstrado as vantagens desse negócio" , 
obtém-se a forma verbal .......... . 
a) acabou demonstrando b) vai demonstrar 
c) tem sido demonstrada 
d) têm sido demonstradas 
e) demonstraram-se 
 
16. (Mackenzie 1996) "Passam-se horas e horas por dia 
diante do computador." 
 
Assinale a alternativa em que se encontra uma possível voz 
ativa da frase acima. 
a) Os jovens passam horas e horas por dia diante do 
computador. 
b) É errado passar horas e horas por dia diante do 
computador. 
c) Não é aconselhável passar horas e horas por dia diante 
do computador. 
d) Horas e horas são passadas, por dia, diante do 
computador. 
e) Horas e horas por dia não devem ser passadas diante do 
computador. 
 
17. (G1 1996) Indique a voz em que se encontram as 
orações seguintes indicando: 
 
A. passiva B. ativa 
 
1. O professor elogiou a sua prova. 
2. O pai tratava-os com ternura. 
3. Estequadro foi pintado por mim. 
4. Os piratas encontraram o tesouro. 
5. O bandido era perseguido pelo mocinho. 
 
18. (G1 1996) Assinalar a alternativa que apresenta a voz 
passiva da forma verbal da frase a seguir: 
 
"Dentro de alguns anos já teremos avaliado os resultados do 
tratamento adequado do lixo", 
a) se avaliarem; b) se avaliarão; 
c) serão avaliados; d) foram avaliados; 
e) terão sido avaliados. 
 
19. (G1 1996) Em "Serão cobrados os impostos" a oração 
encontra-se na voz passiva analítica. Transformando-a 
numa passiva sintética, teremos: ______________________ 
 
20. (G1 1996) Passando o texto a seguir para a voz 
passiva, assinalar a alternativa que contenha as formas 
verbais corretas: 
No próximo dia 15, os comerciantes anunciarão as 
promoções dos brinquedos para o Natal. Algumas lojas 
prometem descontos surpreendentes. 
a) vão anunciar; prometerão; 
b) são anunciados; são prometidas; 
c) serão anunciadas; são prometidos; 
d) seriam anunciadas; serão prometidos; 
e) anunciam; estão prometendo. 
 
21 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [D] 
 
As alternativas [A], [B], [C] e [E] são incorretas, pois, 
relativamente à frase original, em 
 
[A] não há correspondência de tempo verbal (pretérito 
perfeito do indicativo ao invés de imperfeito) e o 
possessivo não foi suprimido; 
[B] não há correspondência de tempo verbal (pretérito 
perfeito do indicativo ao invés de imperfeito) 
[C] não há concordância do verbo com sujeito plural e o 
pronome oblíquo correspondente foi omitido; 
[E] omitiu-se o pronome oblíquo correspondente. 
 
As frases que substituiriam corretamente estas alternativas 
são, respectivamente: Notava-se-lhe no olhar uma 
expressão feliz, Via-se-lhe no rosto a palidez da morte, 
Veem-se-lhe no corpo as marcas das balas e Inseriu-se-lhe 
um dado novo. 
 
Assim, é correta apenas [D]. 
 
Resposta da questão 2: 
 [C] 
Nas alternativas [A], [B] e [D], os verbos (“ouvia-se”, “perdeu-
se”, “construíram-se”) estão na voz passiva sintética e são 
acompanhados de sujeitos pacientes (“o barulho”, “um gato 
de estimação” e “casas e apartamentos”). O mesmo não 
ocorre na [C], em que o verbo “precisar” é transitivo indireto, 
“de novos candidatos militares” é objeto direto e o “se” é o 
índice de indeterminação do sujeito. 
Assim, a única alternativa correta é a [C]. 
 
Resposta da questão 3: 
 [D] 
Na voz passiva, o sujeito passa a ser paciente, recebendo a 
ação expressa pelo verbo. Assim, o sujeito da voz ativa 
passa a ser agente da passiva. A alternativa que reproduz a 
reescrita da frase na voz passiva é a [D], em que o antigo 
sujeito “esses ingênuos” passa a ser agente da passiva, e 
“contas em seu nome” passa a ser sujeito paciente. Além 
disso, o tempo verbal é mantido: presente. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
A voz ativa é caracterizada por ter um sujeito que pratica a 
ação expressa pelo verbo, já a passiva se caracteriza por ter 
um sujeito que recebe a ação expressa pelo verbo. Assim, 
em [I] e [II], vê-se claramente um sujeito praticante: “o 
jogador” é quem marcou o gol, assim como “o ônibus” é que 
atrasou. Tem-se, dessa forma, a voz ativa. Já em [III] e [IV] o 
sujeito recebe a ação: “a bola” foi atrasada, e não atrasou; 
assim como “o computador” foi desligado, e não desligou. 
Tem-se, então, a voz passiva. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
 
Estão incorretas as alternativas [A], [B], [D] e [E]. O correto 
seria: 
 
[A] Precisa-se de vendedores. 
O sujeito é indeterminado, por isso está correta a flexão do 
verbo no singular (“precisa”); porém “precisar” é verbo 
transitivo indireto, assim é necessária a preposição “de”. 
[B] Cercaram-se as cidades. 
[D] Dominaram-se muitos. 
Nos dois casos, [B] e [D], os verbos estão na voz passiva 
sintética, assim deve ser feita a concordância com o sujeito: 
“as cidades” e “muitos”. 
[E] Aclamou-se a rainha. 
O verbo está na voz passiva sintética, assim deve ser feita a 
concordância com o sujeito: “a rainha”. 
 
Resposta da questão 6: 
 [D] 
 
A alternativa [D] é incorreta, pois em nenhuma das duas 
estruturas está expresso o agente da voz passiva. 
 
Resposta da questão 7: 
 [D] 
 
Resposta da questão 8: 
 I. na voz passiva analítica: retorno do capital que foi 
investido e 
II. na voz passiva sintética: retorno do capital que se 
investiu. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
 
Resposta da questão 10: 
 [E] 
 
Resposta da questão 11: 
 [C] 
 
Resposta da questão 12: 
 [C] 
 
Resposta da questão 13: 
 [D] 
 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
 
Resposta da questão 15: 
 [D] 
 
Resposta da questão 16: 
 [A] 
 
Resposta da questão 17: 
 1 - B 
2 - B 
3 - A 
4 - B 
5 - A 
 
Resposta da questão 18: 
 [E] 
 
Resposta da questão 19: 
 Cobrar-se-ão os impostos 
 
Resposta da questão 20: 
 [C] 
 
22 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a música de Marcelo Jeneci e responda à(s) 
questão(ões). 
 
Dar-te-ei 
 
[...] Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam, 
esses borram 
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham 
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas 
que te resguardam e que se vão 
Dar-te-ei finalmente os beijos meus 
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus 
Esses embalam, esses secam, mas esses ficam. 
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, 
eles derretem 
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas 
choram, elas se vão [...] 
 
 Acesso em: 10.11.2017. 
 
1. (G1 - cps 2018) Há, nessa música, uma construção gramatical chamada de mesóclise – “dar-te-ei” – de pouco uso na 
linguagem escrita e quase extinto o uso na falada. Essa construção, chamada de colocação pronominal, é uma das três posições 
possíveis – de acordo com a gramática normativa. 
 
 
 
Baseando-se no que foi apresentado, assinale a alternativa 
que apresenta uma relação correta – de acordo com a 
gramática normativa – entre colocação pronominal e o seu 
uso na frase. 
a) Próclise – “Faça-me o favor de não atrasar para nosso 
encontro!” 
b) Ênclise – “Não te darei discos, não, eles repetem.” 
c) Ênclise – “Importava-se com o sucesso da prova.” 
d) Mesóclise – “A música? Cantá-la-rei quando souber a 
letra.” 
e) Mesóclise – “Alguém me procurou?” 
 
2. (G1 - ifsp 2017) De acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa e com a gramática normativa e 
tradicional, quanto à colocação pronominal, assinale a 
alternativa correta. 
a) Espero que Milton nunca esqueça-se de mim. 
b) Não me diga que Jorge faltou hoje. 
c) Tudo incomoda-me em você. 
d) Em tratando-se de informática, Lucas é o melhor. 
e) Foi Ronaldo quem ensinou-me matemática. 
 
3. (G1 - col. naval 2017) Em que opção a colocação 
pronominal está de acordo com a modalidade padrão? 
a) Quando o casal chegou ao restaurante, se calou por 
motivos bem diferentes. 
b) Os pais distraí-lo-iam com novas tecnologias, embora o 
pediatra condenasse. 
c) Por que a mulher questionou-os sobre o silêncio que 
pairava no restaurante? 
d) Por favor, solicitamos que entreguem-nos os celulares 
antes da hora da prova. 
e) O homem usava a Internet, e o garçom não interrompeu-o 
para servir a comida. 
 
4. (G1 - ifal 2017) Leia as frases abaixo e faça o que se 
pede. 
 
1. Ninguém falou-me assim. 
2. Deus o abençoe! 
3. Ele recordar-se-á com certeza de tudo o que sofreu. 
4. As pastas que perderam-se não foram as mais 
importantes. 
5. Sempre lhe dizia as mesmas palavras. 
6. Me empreste o livro! 
7. Por que permitir-se-iam esses abusos? 
 
Assinale a sequência correta das frases com uso errado do 
pronome oblíquo. 
a) 3 – 4 – 5 – 6 b) 2 – 3 – 5 – 7 c) 1 – 2 – 3 – 6 
d) 1 – 4 – 6 – 7 e) 1 – 3 – 5 – 7 
 
5. (G1 - ifal 2016) Escolha a frase que apresenta erro de 
colocação pronominal. 
a) Arremataram-nas, num leilão online, os que deram os 
maiores lances. 
b) Se pudesse, explicaria-lhetudo. 
c) Meu filho tem-se interessado pelos negócios da família. 
d) Ele preparou-se para a entrevista de emprego. 
e) Sinto-me lisonjeado pelo elogio de tão ilustre professor. 
 
6. (G1 - ifce 2016) A colocação pronominal está incorreta 
em 
a) Importava-se com o sucesso do projeto. 
b) Quem te convidou para sair? 
c) Em se tratando de negócios, você precisa falar com o 
gerente. 
d) Procurar-me-iam caso precisassem de ajuda. 
e) Nunca esqueça-se de mim. 
 
 
23 
 
7. (G1 - ifsp 2016) Considere o seguinte texto e as lacunas: 
 
__________ muito a respeito da profissão correta a 
escolher. Para __________, é preciso paciência e 
informações. O jovem deve pautar sua escolha nas 
disciplinas que __________. 
 
Levando em consideração o uso e a colocação pronominal, 
de acordo norma padrão da Língua Portuguesa, os termos 
que melhor preenchem, respectivamente, as lacunas acima 
são: 
a) Se pensa – encontra-la – agradem-lhe 
b) Pensa-se – encontrar-na – o agradem 
c) Pensa-se – encontrá-la – lhe agradem 
d) Se pensa – encontrar-lha – agradem-no 
e) Pensa-se – encontra-lá – no agradem 
 
8. (G1 - ifsp 2016) Analise o texto abaixo. 
 
O pai da Fernanda virá __________ mais cedo hoje. Devo 
__________ a respeito da nota em sua última avaliação? É 
melhor que __________ informemos o quanto antes, para 
que haja tempo hábil para ___________. 
 
Levando em consideração o uso e a colocação pronominal, 
de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, os 
termos que melhor preenchem, respectivamente, as lacunas 
são: 
a) buscar-lhe – conta-lo – o – ajudá-la 
b) buscar-lhe – contar-lhe – lhe – ajudar-lhe 
c) buscá-lhe – conta-lhe – lhe – ajuda-lhe 
d) buscar-lhe – conta-lo – o – ajuda-lhe 
e) buscá-la – contar-lhe – o – ajudá-la 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
OGX poderá ficar com campos em caso de recuperação 
“A OGX está bastante avisada que, em meio a tudo 
isso que ela está vivendo, ela tem que ter uma fiel 
observância ao contrato, tem que estar atenta para o 
cumprimento das cláusulas contratuais”, afirmou Magda 
Chambriard, diretora-geral da ANP. 
Entre outras, as cláusulas abrangem fornecimento 
de garantias, realização dos planos de desenvolvimento, 
realização dos planos de avaliação, “enfim, todas as 
obrigações dos contratos que ela tem, essa uma condição 
‘sine qua nom’”, completou Magda. (Folha de SP, 17.10.2013) 
 
 
9. (Espm 2016) Leia as frases do texto: 
 
“ela tem que ter uma fiel observância ao contrato” e “as 
cláusulas abrangem fornecimento de garantias”. 
 
Se os segmentos grifados forem substituídos por pronomes 
pessoais oblíquos, segundo a norma, teremos: 
a) ter ela; abrangem ele. b) tê-la; abrangem-nas. 
c) tê-la; abrangem-no. d) tê-lo; abrangem-o. 
e) ter a ela; abrangem-no. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia este texto e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
No dia seguinte fui à casa da filha do dono da livraria [...]. 
Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, 
disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e 
que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. [...] Dessa 
vez nem caí; guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte 
viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida 
inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando 
pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. 
Clarice Lispector. Felicidade Clandestina. RJ: ed. Rocco, 1998. p. 9. 
 
10. (G1 - ifal 2016) Apesar de, nas variedades do português 
falado no Brasil, a colocação pronominal fugir às regras 
gramaticais, esta é sistematizada pela gramática normativa 
da língua. Assim sendo, assinale a alternativa que apresenta 
o emprego do pronome oblíquo no texto infringindo essa 
normatização. 
a) [...] Não me mandou entrar. 
b) [...] disse-me que havia emprestado o livro a outra 
menina, [...] 
c) [...] e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. 
d) [...] guiava-me a promessa do livro, [...] 
e) [...] o amor pelo mundo me esperava, [...] 
 
11. (G1 - col. naval 
2015) 
 
Em “Dos presentes que 
ainda vou te dar”, a 
modalidade padrão da 
língua permite que o 
pronome oblíquo 
destacado também 
apareça em posição 
enclítica: Ainda vou dar-
te. Em que opção tal 
fato também pode 
ocorrer? 
a) Para muitos, sucesso está atrelado a bens materiais, mas 
isso não me interessa. Aspiro à felicidade plena. 
b) Nossos pais sempre nos disseram que o melhor presente 
é a amizade sincera. 
c) Muitos amigos me ajudaram a resolver os problemas 
estruturais da casa que aluguei. 
d) Quem me dará as informações necessárias sobre o 
congresso que ocorrerá mês que vem? 
e) Eu tenho lhe falado sobre a minha trajetória de vida e os 
meus gostos pessoais. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Poetas e tipógrafos 
 
Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o 
poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico por causa 
de sua crônica dor de cabeça. Ele lhe receitou exercícios 
físicos, para “canalizar a tensão”. João Cabral seguiu o 
conselho. 
Comprou uma prensa manual e passou a produzir à 
mão, domesticamente, os próprios livros e os dos amigos. E, 
com tal “ginástica poética”, como a chamava, tornou-se essa 
ave rara e fascinante: um editor artesanal. 
Um livro recém-lançado, “Editores Artesanais 
Brasileiros”, de Gisela Creni, conta a história de João Cabral 
e de outros sonhadores que, desde os anos 50, 
enriqueceram a cultura brasileira a partir de seu quarto dos 
fundos ou de um galpão no quintal. 
O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e 
faz tudo: escolhe a tipologia, compõe o texto, diagrama-o, 
produz as ilustrações, tira provas, revisa, compra o papel e 
imprime – em folhas soltas, não costuradas – 100 ou 200 
lindos exemplares de um livrinho que, se não fosse por ele, 
nunca seria publicado. Daí, distribui-os aos subscritores 
 
24 
 
(amigos que se comprometeram a comprar um exemplar). O 
resto, dá ao autor. Os livreiros não querem nem saber. 
Foi assim que nasceram, em pequenos livros, 
poemas de – acredite ou não – João Cabral, Manuel 
Bandeira, Drummond, Cecília Meireles, Joaquim Cardozo, 
Vinicius de Moraes, Lêdo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge 
de Lima e até o conto “Com o Vaqueiro Mariano” (1952), de 
GuimarãesRosa. 
E de Donne, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud, 
Mallarmé, Keats, Rilke, Eliot, Lorca, Cummings e outros, 
traduzidos por amor. 
João Cabral não se curou da dor de cabeça, mas 
valeu. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.) 
 
12. (Unifesp 2014) Na passagem – O editor artesanal 
dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, 
compõe o texto, diagrama-o, produz as ilustrações –, se 
a expressão editor artesanal for para o plural, a sequência 
em destaque assume a seguinte redação, de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa: 
a) compõe o texto, diagrama-no, produz as ilustrações. 
b) compõem o texto, diagrama-lo, produz as ilustrações. 
c) compõem o texto, diagramam-no, produzem as 
ilustrações. 
d) compõe o texto, diagramam-o, produzem as ilustrações. 
e) compõem o texto, diagramam ele, produz as ilustrações. 
 
13. (Enem PPL 2013) — Ora dizeis, não é verdade? Pois o 
Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, 
porque o velho militar não tirava os olhos de vós; ora, 
conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria 
esperar um instante no jardim... 
MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 
abr. 2010 (fragmento). 
 
O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim 
Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo 
entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante 
que utiliza uma linguagem 
a) informal, com estruturas e léxico coloquiais. 
b) regional, com termos característicos de uma região. 
c) técnica, com termos de áreas específicas. 
d) culta, com domínio da norma padrão. 
e) lírica, com expressões e termos empregadosem sentido 
figurado. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“Escrever para mim é uma coisa que faz parte, que está 
dentro de mim, é a única coisa que eu sei fazer. É uma coisa 
que vem das minhas entranhas, é uma necessidade: eu 
sinto que tenho que fazer aquilo. Mas também é um prazer e 
eu me divirto ao escrever. Me cansa, me esgota, mas eu me 
divirto... eu não sei fazer nada que não me divirta.” 
(AMADO, Jorge. Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1981). 
 
14. (G1 - ifal 2012) Relativamente ao texto, só uma 
alternativa está correta. Assinale-a. 
a) O escritor cometeu um erro de colocação pronominal em: 
“Me cansa, me esgota,...”, mas tal construção justifica-se 
por ele ser um literato. 
b) O sujeito dos verbos cansar e esgotar no período: “Me 
cansa, me esgota,...” é Escrever. 
c) Nos dois momentos em que aparece no texto, o verbo 
escrever tem a mesma função sintática. 
d) O que funciona como conjunção subordinativa integrante, 
no trecho: “eu sinto que tenho que fazer aquilo”. 
e) A palavra coisa, substituída pelo pronome relativo que, 
funciona como sujeito dos verbos faz, está e fazer, no 
primeiro período do texto. 
 
15. (G1 - cps 2010) Considere o texto a seguir que nos 
informa sobre a continuidade do trabalho desempenhado por 
esses grupos. 
Os alunos dessa sala, após os devidos 
esclarecimentos feitos pela professora, resolveram 
transformar o que estudaram em dicas ecopráticas e 
publicar essas dicas ecopráticas no portal da escola. Para 
isso, redigiram um manual explicativo e digitaram esse 
manual explicativo, acrescentando ilustrações dos próprios 
colegas. 
 
A repetição dos termos, que estão em destaque no texto, 
pode ser evitada pelo emprego adequado dos pronomes. 
Assinale a alternativa em que isso ocorre. 
a) publicar-lhes ... o digitaram 
b) publicar-lhes ... lhe digitaram 
c) publicá-las ... o digitaram 
d) publicar-las ... lhe digitaram 
e) publicá-las ... digitaram-o 
 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [C] 
[A] Incorreta: em “faça-me” o pronome está depois do verbo e, 
portanto, temos o uso da ênclise. 
[B] Incorreta: em “te darei” o pronome está antes do verbo e, 
portanto, temos o uso da próclise. 
[D] Incorreta: a forma correta seria “cantá-la-ei”. 
[E] Incorreta: em “me procurou”, o pronome está antes do verbo 
e, portanto, temos o uso da próclise. 
 
Resposta da questão 2: 
 [B] 
[A] Incorreta, o certo seria: Espero que Milton nunca se 
esqueça de mim. 
[C] Incorreta, o certo seria: Tudo me incomoda em você. 
[D] Incorreta, o certo seria: Em se tratando de informática, 
Lucas é o melhor. 
[E] Incorreta, o certo seria: Foi Ronaldo quem me ensinou 
matemática. 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
[A] Incorreta, o certo seria “calou-se”, já que o verbo vem 
depois de uma vírgula. 
[C] Incorreta, o certo seria “os questionou”, já que trata-se de 
uma frase interrogativa. 
[D] Incorreta, o certo seria “nos entreguem”, já que o verbo vem 
depois de uma conjunção subordinativa. 
[E] Incorreta, o certo seria “o interrompeu”, já que o verbo vem 
depois de um advérbio de negação. 
 
Resposta da questão 4: 
 [D] 
[1] o correto seria “Ninguém me falou assim”. 
[4] o correto seria “As pastas que se perderam não foram as 
mais importantes”. 
[6] o correto seria “Empreste-me o livro!”. 
[7] o correto seria “Por que se permitiriam esses abusos?”. 
 
 
 
 
25 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
[B] Incorreta: não é possível utilizar a ênclise, pois, mesmo que 
o verbo seja antecedido por uma vírgula, ele está no futuro do 
pretérito e, sendo assim, deve-se utilizar a mesóclise (explicar-
lhe-ia) ou mesmo a próclise (lhe explicaria). 
 
Resposta da questão 6: 
 [E] 
Advérbios de negação atraem o pronome. Dessa forma, não é 
possível a ocorrência de ênclise após advérbios de negação 
(“não” e “nunca”, por exemplo). É preciso, portando, antepor o 
pronome ao verbo e, assim, tem-se a forma “Nunca se esqueça 
de mim” como única possibilidade. 
 
Resposta da questão 7: 
 [C] 
Lacuna 1: No início de frase deve-se optar pela ênclise, isto é, 
colocação do pronome após o verbo. 
Lacuna 2: Percebe-se que o pronome que segue o verbo 
“encontrar” refere-se à “profissão”, que é objeto direto do verbo 
(quem encontra, encontra algo). O pronome correspondente ao 
objeto direto feminino é “la”. Mantêm-se as regras de 
acentuação, desconsiderando o pronome na contagem de 
sílabas. Assim, a oxítona “encontrá-la” deve ser acentuada. 
Lacuna 3: Quem agrada, agrada a alguém (transitividade 
indireta). Dessa forma, na frase entende-se que as disciplinas 
agradam aos jovens. O pronome que substitui “aos jovens” 
deve ser, portanto, substituto para objeto indireto (“lhe”). Como 
há um pronome relativo “que” antecedendo o verbo “agradar”, 
tem-se uma próclise, com a forma “lhe agradem”. 
 
Resposta da questão 8: 
 [E] 
Primeira lacuna: o pai da Fernando virá buscar a Fernanda. 
Tem-se, portanto, um objeto direto para o termo em itálico. O 
pronome correspondente para objeto direto no feminino é o 
“la”. Por isso, tem-se a forma “buscá-la”. 
Segunda lacuna: quem conta, conta algo a alguém. No caso, 
esse alguém é o pai da Fernanda. Dessa forma, o termo em 
itálico é um objeto indireto, devendo ser substituído por seu 
pronome correspondente: “lhe”. Tem-se, então, a forma 
“contar-lhe”. 
Terceira lacuna: quem informa, informa alguém. No caso, esse 
alguém é o pai da Fernanda. Dessa forma, o termo em itálico é 
um objeto direto no masculino, devendo ser substituído por seu 
pronome correspondente: “o”. Tem-se, então, a forma “o 
informemos”. 
Quarta lacuna: a partir do texto, entende-se que é preciso que 
haja tempo hábil para ajudar a Fernanda. Tem-se, portanto, um 
objeto direto no feminino para o termo em itálico. O pronome 
correspondente para esse termo é “la”. Por isso, tem-se a 
forma “ajudá-la”. 
 
Resposta da questão 9: 
 [C] 
As substituições solicitadas são: 
 
[I] “Ela tem que tê-la”, pois a expressão “uma fiel observância 
ao contrato” tem como núcleo um substantivo feminino no 
singular, daí o emprego do pronome pessoal do caso 
oblíquo “a”; porém, segundo a norma culta, a terminação de 
verbo em –r determina a substituição desta consoante por 
“l”, associada ao pronome oblíquo. 
 
[II] “e as cláusulas abrangem-no”, pois a expressão 
“fornecimento de garantias” tem como núcleo um substantivo 
masculino no singular, daí o emprego do pronome pessoal do 
caso oblíquo “o”; porém, segundo a norma culta, a terminação 
de verbo em –m determina a substituição desta consoante por 
“n”, associada ao pronome oblíquo. 
 
Resposta da questão 10: 
 [E] 
Em [E], para que a forma siga a normatização é preciso 
escrever “esperava-me”, pois não há nenhum elemento na 
frase que favoreça o uso da próclise, devendo optar-se pela 
ênclise. 
 
Resposta da questão 11: 
 [C] 
[A] Não se usa ênclise depois de palavras com sentido 
negativo (não, nem, etc.). 
[B] Não se usa ênclise depois de expressões adverbiais. 
[D] Depois de pronomes relativos, usa-se próclise em vez de 
ênclise. 
[E] Em locuções verbais, é uma característica do português 
brasileiro empregar a próclise entre o verbo auxiliar e o verbo 
principal. 
 
Resposta da questão 12: 
 [C] 
Se o sujeito da oração estiver no plural, todos os verbos a ele 
ligados irão também para o plural: compõem, diagramam, 
produzem. O pronome oblíquo “o”, que acompanha o segundo, 
deve ser precedido de “n”, pois está em situação de ênclise 
após forma verbal terminada em som nasal: digramam-no. 
Assim, é correta a alternativa [C]. 
 
Resposta da questão 13: 
 [D] 
A concordância entre o sujeito (vós) e o verbo (podíeis), o 
emprego do objeto direto e indireto a partir da contração entre 
“lhe” e “o” e a colocação pronominal seguindo o padrão da 
Gramática Normativa indicam que a linguagem empregada seja 
culta – como bem defendiam os autores românticos ao retratar 
a elite do país. 
 
Resposta da questão 14: 
 [B] 
[A] Incorreta: de fato, o escritordeveria ter optado por utilizar a 
ênclise, mas a sua escolha não é justificada por ser um 
literato e sim pelo uso pouco corrente da ênclise. 
[C] Incorreta: no primeiro caso, “escrever” atua como sujeito, ao 
passo que, no segundo, atua como objeto. 
[D] Incorreta: o primeiro “que” funciona como conjunção 
subordinativa integrante, mas o segundo funciona como 
preposição. 
[E] Incorreta: o sujeito é o verbo “escrever”. 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
Como os termos destacados desempenham a função de objeto 
direto dos verbos “publicar” e “digitaram”, os pronomes 
oblíquos átonos que os substituem corretamente são “as” e “o”, 
respectivamente. Em relação ao verbo “publicar”, e porque este 
termina em “r”, deve eliminar-se esta consoante antes de 
colocar o pronome antecedido de “l”, ou seja, “las” (publicá-las). 
Já a forma verbal “digitaram” termina em dígrafo nasal, por isso 
o pronome “o” deveria ser antecedido de “n” se fosse colocado 
em ênclise (digitaram-no), o que desclassifica a opção e). 
 
 
26 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
1. (Ita 2018) Texto 
O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com 
maior número de idosos do mundo, e precisa correr para 
poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais 
saudável: o desejo de viver com independência e autonomia. 
[...] O mantra da velhice no século XXI é “envelhecer no 
lugar”, o que os americanos chamam de aging in place. O 
conceito que guia novas políticas e negócios voltados para 
os longevos tem como principal objetivo fazer com que as 
pessoas consigam permanecer em casa o maior tempo 
possível, sem que, para isso, precisem de um familiar por 
perto. Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar 
um dado da realidade contemporânea: as residências não 
abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e boa parte 
dos idosos de hoje prefere, de fato, morar sozinha, 
mantendo-se dona do próprio nariz. 
Disponível em: , 18 mar. 2016. 
Adaptado. Acesso em: 10 ago. 17. 
 
A conjunção em destaque na frase “Não se trata de apologia 
da solidão, mas de encarar um dado da realidade 
contemporânea: ...” possui a função semântica de 
a) retificação. b) compensação. 
c) complementação. d) separação. 
e) acréscimo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o fragmento abaixo e responda à(s) questão(ões) a 
seguir. 
«Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em 
criança, e ainda depois, foi supersticioso, teve um arsenal 
inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos vinte 
anos desapareceram. No dia em que deixou cair toda essa 
vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião, ele, como 
tivesse recebido da mãe ambos os ensinos, envolveu-os na 
mesma dúvida, e logo depois em uma só negação total. 
Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-
lo, não possuía um só argumento; limitava-se a negar tudo. 
E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não 
formulava incredulidade; diante do mistério, contentou-se em 
levantar os ombros, e foi andando» 
(MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora 
Nova Aguilar, 2015, p. 435) 
 
2. (G1 - ifal 2018) Assinale a opção em que não haja 
correspondência de ideias com a frase: “E digo mal, porque 
negar é ainda afirmar...” 
a) E digo mal, pois que negar é ainda afirmar... 
b) E digo mal, porquanto negar é ainda afirmar... 
c) E digo mal, pois negar é ainda afirmar... 
d) E digo mal, visto que negar é ainda afirmar... 
e) E digo mal, conquanto negar é ainda afirmar... 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo que servirá de referência para a(s) 
questão(ões) a seguir. 
 
Como o novo jogo pokémon go coloca pessoas para 
andar e já causou problemas com a polícia 
 
Depois de muita espera, ele está causando um 
rebuliço nos países onde já foi lançado. Tanto é que até a 
polícia precisou intervir. Pelo menos foi o que ocorreu na 
Austrália, onde as autoridades precisaram emitir um alerta 
para que jogadores de Pokémon Go não se aventurassem 
em lugares perigosos, como túneis, ou recomendar que os 
mesmos tirem “os olhos do telefone e olhem para os dois 
lados da rua antes de atravessar.” 
Pokémon Go é a atualização mais recente da 
franquia de jogos de videogame lançada pela Nintendo há 
20 anos. A nova versão começou as ser lançada 
mundialmente há poucos dias e leva jogadores a procurar 
pokémons em museus, parques, esquinas, em seus 
banheiros e até no porta-luvas do carro. Toda essa 
atividade, contudo, levou a preocupações com segurança. 
Go Pokémon é um jogo de realidade aumentada 
que deixou os videogames para se instalar em smartphones 
e se estender pelo “mundo real”. Os jogadores se tornaram 
agora treinadores que saem à caça dos pokémons - como 
são chamadas as criaturas com diferentes habilidades que 
“vivem” em bolas especiais. [...] 
Um perigo? 
A polícia da Austrália tem razão quando adverte os 
fãs de Pokémon para não esquecerem de olhar para os dois 
lados antes de atravessar a rua? 
“Infelizmente, eu acho que não vamos demorar 
muito para ver casos de pessoas com problemas de roubos, 
atropelamentos e quedas, por estarem mais focados em 
olhar para a tela do que realmente ao seu redor”, diz um 
agente da polícia. 
“Acontece que as pessoas já se distraem olhando 
para o celular e agora esse problema será ampliado. Isso se 
transformará em um perigo real aumentado”. 
(http://noticias.r7.com/hora-7/como-o-novo-jogopokemon-go-coloca-pessoas-para-andar-e-
jacausou-problemas-com-a-policia-08072016) 
 
3. (G1 - utfpr 2018) Em “Toda essa atividade, contudo, 
levou a preocupações com segurança.” (3º parágrafo), a 
conjunção destacada estabelece uma ideia de: 
a) causa. b) condição. 
c) conclusão. d) adição. 
e) oposição. 
 
4. (G1 - ifsp 2017) Conjunções são palavras que ligam 
orações independentes; elas podem apresentar ideias 
conclusivas, alternadas, explicativas, dependendo do 
contexto e conjunção utilizada. Observe a oração abaixo: 
 
Joana estudou o ano inteiro, logo foi bem nas provas finais. 
 
Assinale a alternativa cuja conjunção destacada apresenta a 
mesma função da conjunção destacada na oração. 
a) Ele não respondeu às minhas cartas nem me telefonou. 
b) A mulher chamou o táxi, porém não foi ouvida. 
c) Tudo foi executado conforme planejamos. 
d) Você me ajudou muito; terá, pois, minha eterna gratidão. 
e) Viajarei mesmo que meus pais não autorizem. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões). 
 
A PIPOCA 
Rubem Alves 
A culinária me fascina. De vez em quando eu até 
me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais 
competente com as palavras que com as panelas. Por isso 
tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me 
a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já 
escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da 
cozinha: cebolas, ora-pro-nóbis, picadinho de carne com 
tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. 
Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-
filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, 
 
27 
 
que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. 
Sabedor das minhas limitações e competências, nunca 
escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista 
e teólogo – porque a culinária estimula todas essas funções 
do pensamento. 
As comidas, para mim, são entidades oníricas. 
Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, 
entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me 
fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A 
pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu 
uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem 
dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias 
atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a 
pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. 
Minhas ideias começaram a estourar como pipoca. Percebi, 
então, a relação metafóricaentre a pipoca e o ato de pensar. 
Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, 
de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a 
mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético 
porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se 
pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro 
de uma panela. 
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A 
pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, 
religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o 
sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, 
só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser 
bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-
me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia 
poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida 
sagrada do candomblé... 
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. 
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos 
graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria 
bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o 
ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca não podem 
competir com os milhos normais. Não sei como isso 
aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia 
de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o 
fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e 
pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência 
com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém 
jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos 
começaram a estourar, saltavam da panela com uma 
enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia 
com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam 
em flores brancas e macias que até as crianças podiam 
comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de 
uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, 
molecagem, para os risos de todos, especialmente as 
crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas! 
E o que é que isso tem a ver com o candomblé? É 
que a transformação do milho duro em pipoca macia é 
símbolo da grande transformação porque devem passar os 
homens para que eles venham a ser o que devem ser. O 
milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo 
que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos 
nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo 
poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar 
em outra coisa − voltar a ser crianças! 
Mas a transformação só acontece pelo poder do 
fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a 
ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a 
gente. As grandes transformações acontecem quando 
passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do 
mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e 
dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham 
que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de 
repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança 
numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo 
de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, 
perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. 
Pânico, medo, ansiedade, depressão – sofrimentos cujas 
causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. 
Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a 
possibilidade da grande transformação. 
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da 
panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que 
sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, 
fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino 
diferente. Não pode imaginar a transformação que está 
sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é 
capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande 
transformação acontece: pum! − e ela aparece como uma 
outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca 
havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do 
casulo como borboleta voante. 
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca 
está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a 
ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso 
deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e 
transforma-te!” − dizia Goethe. 
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando 
sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram 
o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação 
minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser 
forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu 
conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se 
recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário 
professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em 
milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro 
da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica 
para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações 
científicas não valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o 
nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. 
Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei 
piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito 
maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo 
esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode 
existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. 
Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-
la-á.” A sua presunção e o seu medo são a dura casca do 
milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar 
duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca 
macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o 
estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás 
que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às 
pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser 
crianças e que sabem que a vida é uma grande 
brincadeira...Disponível em http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp. 
Acessado em 31 de mai. 2016. 
Obs.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico. 
 
5. (Efomm 2017) Mas o fato é que sou mais competente 
com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais 
escrito sobre comidas que cozinhado. 
 
O termo destacado nessa passagem exprime ideia de 
a) condição. 
b) conclusão. 
c) oposição. 
d) causalidade. 
e) comparação. 
 
 
 
28 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
6. (G1 - cftrj 2017) No último quadrinho da tirinha, lemos a 
seguinte fala “Mas o computador é campeão: destrói uma 
vida inteira com a velocidade do pensamento”. Se, em vez 
de dois pontos, houvesse um conectivo ligando as duas 
orações, dentre as opções a seguir, a única que cumpre tal 
papel com coerência é 
a) visto que. b) portanto. 
c) no entanto. d) conforme. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Observe a tirinha a seguir e responda à(s) questão(ões). 
 
7. (Ita 2017) Os dois primeiros quadros da tirinha criam no 
leitor uma expectativa de desfecho que não se concretiza, 
gerando daí o efeito de humor. Nesse contexto, a conjunção 
e estabelece a relação de 
a) conclusão. b) explicação. 
c) oposição. d) consequência. 
e) alternância. 
Analise o texto abaixo para responder à(s) questão(ões). 
 
Poesia não são rimas 
mas letras que choram. 
Poesia não são formas, 
são gritos que se escrevem. 
Poesia não é imaginada, 
é o lamento da madrugada. (ECO, Umberto) 
 
8. (G1 - ifal 2017) Em relação aos versos “Poesia não são 
formas,” (3º verso) “são gritos que se escrevem.” (4º verso), 
pode-se inferir uma relação sintático-semântica de 
a) adição. b) adversidade. 
c) alternância. d) explicação. 
e) causalidade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
9. (G1 - cps 2017) Em “Recicla-me ou te devoro”, há a 
presença de duas orações que estabelecem entre si uma 
relação de 
a) adição. b) alternância. 
c) conclusão. d) explicação. 
e) oposição. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“As cidades são os espaços físicos onde as inovações 
sociais são mais visíveis. São também campos férteis para 
se buscar inovações por contas das demandas diárias da 
confusão urbana. É do caos, ou do temor do caos, que as 
soluções se tornam 
1
imprescindíveis.Daí que as melhores 
ideias sempre emergem organicamente das comunidades. 
Na Grécia antiga, o centro da cidade era chamado de ágora 
– um lugar para assembleias, para o encontro dos cidadãos, 
para a troca de ideias e também para o escambo de 
mercadorias. Nas smart cities de hoje, as ágoras mudaram 
de configuração. Elas agora são virtuais e os seus oradores 
são ‘twitters’ e outras manifestações nas redes sociais como 
Facebook, Instagram, grupos de What’s App, e uma gama 
de aplicativos novos que surgem todos os dias. A cidade 
funciona e se relaciona em dois níveis: virtual e material. As 
duas interfaces se comunicam e se completam. A forma da 
ágora mudou, mas o princípio continua o mesmo: novas e 
boas ideias surgem dos encontros no espaço público.” 
por Adriana Campelo 
Disponível em: http://www.genteemercado.com.br/cidade-sustentavel-muitas-faces-de-
uma-mesma-expressao-2/ Acesso em 02/08/2015. 
10. (G1 - ifba 2017) Em “A forma da ágora mudou, mas o 
princípio continua o mesmo: novas e boas ideias surgem dos 
encontros no espaço público”, o termo em destaque pode 
ser substituído sem prejuízo ao sentido por: 
a) pois b) porém c) por isso 
d) portanto e) inclusive 
 
29 
 
Com base neste texto, responda à(s) questão(ões). 
 
Ygor não tinha muito dinheiro pra ir à casa de 
Marcelle, não poderia pegar duas conduções. Teria que 
seguir uma longa peregrinação, afinal a S... não 
disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
[...] 
Dentro do ônibus, tentava achar um lugar onde 
pudesse acomodar seus pés tamanho 42 sem pisar nos 
alheios. Riu indignadamente ao ver, num ponto, um abrigo 
com um anúncio que dizia: 
“CIDADANIA É USAR O TRANSPORTE DE 
MASSA: DÊ PREFERÊNCIA AO ÔNIBUS”. 
Após um enjoativo fluxo de para e anda, para e 
anda que durou uma hora e quinze minutos, enfim o ônibus 
seguia sem grandes interrupções, e inclusive já se 
aproximava do destino de Ygor. 
DENISSON, Ari. Contos Periféricos. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2016. 
 
11. (G1 - ifal 2017) No segundo período do primeiro 
parágrafo, a palavra “afinal”, que significa “por fim, enfim, 
finalmente”, gera uma incoerência na relação de sentido 
entre as orações. Considerando que, entre ambas as 
orações, se estabelece uma relação de causa e 
consequência, assinale a única alternativa em cujo período a 
coerência textual foi restabelecida. 
a) Teria que seguir uma longa peregrinação, todavia a S... 
não disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
b) Teria que seguir uma longa peregrinação, no entanto a 
S... não disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
c) Teria que seguir uma longa peregrinação, uma vez que a 
S... não disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
d) Teria que seguir uma longa peregrinação, porém a S... 
não disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
e) Teria que seguir uma longa peregrinação, sempre que a 
S... não disponibilizava ônibus praquelas bandas. 
 
12. (G1 - ifal 2017) No primeiro parágrafo, a última oração 
do primeiro período exprime uma ideia de conclusão com 
relação ao raciocínio iniciado nas orações anteriores, 
podendo ser iniciada pelo conectivo 
a) portanto. b) entretanto. c) contudo. 
d) porque. e) nem. 
 
13. (Pucpr 2016) Leia o texto a seguir e complete as 
lacunas com o elemento coesivo correspondente à 
informação contida entre parênteses. Depois, identifique a 
alternativa que contenha a sequência de elementos coesivos 
adequados a cada lacuna. 
 
Uma das crenças mais resistentes do pensamento que 
imagina a si próprio __________ (comparação) o mais 
moderno, democrático e popular do Brasil é a lenda da 
inocência dos criminosos pobres. Por essa maneira de ver 
as coisas, um crime não é um crime __________ 
(condição) o autor nasceu no lado errado da vida, cresceu 
dentro da miséria e não conheceu os suportes básicos de 
uma família regular, de uma escola capaz de tirá-lo da 
ignorância e do convívio com gente de bem. __________ 
(conformidade) as fábulas sociais atualmente em vigência, 
pessoas assim não tiveram a oportunidade de ser cidadãos 
decentes – e __________ (conclusão) ficam dispensadas 
de ser cidadãos decentes. Ninguém as ajudou; ninguém lhes 
deu o que faltou em sua vida. Como compensação por esse 
azar, devem ser autorizadas a cometer delitos – ou, no 
mínimo, considera-se que não é justo responsabilizá-las 
pelos atos que praticaram, por piores que sejam. Na 
verdade, __________ (conformidade) a teoria socialmente 
virtuosa, não existem criminosos neste país __________ 
(tempo) se trata de roubo, latrocínio, sequestro __________ 
(adição) outras ações de violência extrema – __________ 
(condição) tenham sido cometidos por cidadãos com 
patrimônio e renda superiores a determinado nível. E de 
quem seria, nos demais casos, a responsabilidade? Essa é 
fácil: “a culpa é da sociedade”. 
(GUZZO, J. R. Questão de classe. Veja, São Paulo, n. 22, p.98, 3 jun. 2015) 
a) tão, desde que, conforme, porque, conforme, mas, nem, a 
não ser que. 
b) como, se, de acordo com, por isso, segundo, quando, e, a 
menos que. 
c) tanto quanto, a menos que, conforme, porque, segundo, 
antes que, também, a menos que. 
d) tanto quanto, a menos que, segundo, portanto, segundo, 
depois, e, a menos que. 
e) como, a não ser que, de acordo com, porque, de acordo 
com, antes, também, a mais que. 
 
14. (Espcex (Aman) 2016) Assinale a alternativa em que 
está destacada uma oração coordenada explicativa. 
a) Peço que te cales. 
b) O homem é um animal que pensa. 
c) Ele não esperava que a mãe o perdoasse. 
d) Leve-a até o táxi, que ela precisa ir agora. 
e) É necessário que estudes. 
 
15. (Enem PPL 2015) Da timidez 
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem 
horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou 
notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que 
retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou 
notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando 
junto com os outros e sua timidez seja apenas um 
estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele 
sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se 
acha muito superior procura o analista para tratar um 
complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir 
inferior é doença. 
[...] 
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com 
multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas 
pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar 
e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos 
membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os por 
quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. 
Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta 
pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um 
ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. 
Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida 
de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será 
lembrado quando as estrelas virarem pó. 
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse 
trecho, identifica-se o emprego de elementos conectores. 
Os elementos que evidenciam noções semelhantes estão 
destacados em: 
a) “Se ficou notório por ser tímido” e “[...] então tem que se 
explicar”. 
b) “então tem que se explicar” e “[...] quando as estrelas 
virarem pó”. 
c) “[...] ficou notório apesar de ser tímido [...] e “[...] mas isto 
não é vantagem [...]. 
d) “[...] um estratagem para ser notado [...]” e “Tão secreto 
que nem ele sabe”. 
e) “[...] como no paradoxo psicanalítico [...]” e “[...] porque 
só ele acha [...]”. 
 
30 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [A] 
 
O período “Não se trata de apologia da solidão, mas de 
encarar um dado da realidade contemporânea” é iniciado por 
uma negativa e a conjunção “mas” inicia uma oração que 
retifica a informação negada anteriormente. 
 
Resposta da questão2: 
 [E] 
 
Em todas as alternativas temos o uso de uma conjunção 
explicativa, exceto na última, em que vemos uma conjunção 
concessiva “conquanto”. Assim, a alternativa [E] é aquela 
que não mantém a correspondência de ideias com a frase 
do enunciado. 
 
Resposta da questão 3: 
 [E] 
 
A conjunção apresenta uma ideia de adversidade, oposição, 
podendo ser substituída, sem perda de sentido, por 
conjunções como, por exemplo, “porém” e “entretanto”. 
 
Resposta da questão 4: 
 [D] 
 
A função da conjunção destacada na oração é de conclusão. 
A única alternativa que também apresenta uma conjunção 
conclusiva é a [D], em que o "pois" entre vírgulas atua como 
elemento conclusivo, podendo ser substituído por "logo": 
"Você me ajudou muito; logo, terá minha terna gratidão". 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
 
A locução “por isso”, formada por preposição e pronome 
demonstrativo, exprime ideia de conclusão, podendo ser 
substituída por assim, em vista disso, dessa forma, dessa 
maneira, entre outras. Assim, é correta a opção [B]. 
 
Resposta da questão 6: 
 [A] 
 
A segunda oração explica aquilo que foi dito na primeira, isto 
é, apresenta uma justificativa do porquê o computador é 
campeão. Assim, o conectivo utilizado deveria ser um 
semanticamente equivalente a “porque”. O único que 
cumpre o mesmo papel é “visto que”. 
 
Resposta da questão 7: 
 [C] 
 
Seria de esperar que a indignação de Calvin, expressa nos 
dois primeiros quadrinhos, provocasse um comportamento 
inverso ao que na verdade acontece. Apesar da critica, o 
personagem não só continua a assistir a esse tipo de 
programas, como admite o seu apreço por eles. Na última 
fala de Calvin, a conjunção coordenativa “e” adquire, assim, 
uma relação de oposição ao que foi afirmado anteriormente, 
como se afirma em [C]. 
 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
 
Enquanto no 3º verso o eu lírico afirma algo que a poesia 
não é, no 4º verso ele traz a real característica que pertence 
à poesia. Assim, há uma relação de adversidade, isto é, de 
oposição entre os dois versos, podendo eles serem 
reescritos com uma conjunção adversativa: “Poesia não são 
formas, MAS são gritos que se escrevem”. 
 
Resposta da questão 9: 
 [B] 
 
As orações se relacionam a partir da conjunção “ou”, que 
indica alternância. 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
 
O termo em destaque tem sentido de oposição/adversidade, 
assim como a conjunção adversativa “porém”. 
 
Resposta da questão 11: 
 [C] 
“Todavia”, “no entanto” e “porém” trazer a ideia de 
adversidade. “Sempre que” traz uma ideia temporal. 
Somente “uma vez que” apresenta a ideia de causa. 
 
Resposta da questão 12: 
 [A] 
 
As conjunções em [B] e [C] são adversativas. Em [D] temos 
uma conjunção explicativa e em [E] uma aditiva. 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
 
Seguindo as indicações apontadas, “como” é conjunção 
comparativa; “se” é condicional; “de acordo com” é uma 
locução conformativa; “por isso” é locução conjuntiva 
conclusiva; “segundo”, no contexto, indica conformidade; 
“quando” é conjunção temporal; “e”, no caso, estabelece 
relação aditiva; “a menos que” é uma locução condicional. 
 
Resposta da questão 14: 
 [D] 
 
As alternativas [A], [B], [C] e [E] apresentam oração 
subordinada substantiva objetiva direta, subordinada adjetiva 
restritiva, subordinada substantiva objetiva direta e 
subordinada substantiva subjetiva, respectivamente. Apenas 
em [D] existe oração coordenada explicativa. 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
 
É correta a opção [C], pois tanto a locução prepositiva 
“apesar de” como a conjunção coordenativa adversativa 
“mas” apresentam noção de oposição. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
1. (Ebmsp 2018) Preconceitos fazem parte de uma vida 
infeliz. É verdade que eles fazem parte da vida na qual há 
preconceitos de todo tipo, sempre desproporcionais em 
relação às diferenças, à singularidade. Uma vida que se 
autoquestiona eticamente é aquela que tenta entender e 
superar preconceitos. Em geral, nessa superação, 
encontramos com a novidade da singularidade. É ela, essa 
condição diferente e única própria de cada pessoa, que 
devemos respeitar universalmente. Em um aspecto profundo 
é o autoquestionamento ético que, ao nos ajudar a superar 
preconceitos, nos leva à felicidade. 
TIBURI, Márcia. Infelicidades contemporâneas. Disponível em: 
. 
Acesso em: ago. 2017. 
Considerando-se os aspectos coesivos que mantêm a 
progressão temática do texto, é correto afirmar: 
a) O conectivo “que”, em “É verdade que eles fazem parte 
da vida”, dá continuidade às ideias do texto, ao introduzir 
a oração que funciona como sujeito de “É verdade”. 
b) O pronome pessoal “eles”, em “É verdade que eles fazem 
parte da vida”, faz uma referência catafórica ao termo 
“preconceitos de todo tipo”, prenunciando uma reflexão 
sobre um viés temático ainda não apresentado e tratado a 
seguir. 
c) O relativo “[n]a qual”, em “fazem parte da vida na qual há 
preconceitos”, resgata a palavra “parte”, caracterizando-a 
a partir de um aspecto que lhe é inerente. 
d) O demonstrativo “aquela”, em “Uma vida que se 
autoquestiona eticamente é aquela que tenta entender”, 
retoma a expressão “vida infeliz”, a fim de caracterizá-la 
como uma prática incessante de autoconhecimento. 
e) O elemento coesivo pronominal “ela”, em “É ela, essa 
condição diferente e única própria de cada pessoa”, 
refere-se ao vocábulo “superação”, recuperando-o para 
ressaltar a única condição de uma existência feliz. 
 
Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a 
origem do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, 
para responder à(s) questão(ões). 
 
Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com 
uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor 
expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum 
dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O 
passado é o que vem antes do presente e o futuro é o que 
vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual. 
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para 
definirmos passado e futuro, precisamos definir o presente. 
Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não 
pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos 
definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, 
para sermos coerentes em nossas definições, o presente 
não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não 
existe! 
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem 
do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu um 
momento no passado em que ele passou a existir. Segundo 
nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar 
a origem do Universo, esse momento especial é o momento 
da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é 
usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida 
com fenômenos atômicos e subatômicos. 
[...] 
As descobertas de Einstein mudaram profundamente 
nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade 
geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) 
também influencia a passagem do tempo, embora esse 
efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo 
relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade 
física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a 
relatividade geral para descrever a origem do Universo. 
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.) 
2. (Unifesp 2018) Em “[Einstein] mostrou que a presença de 
massa (ou de energia) também influencia a passagem do 
tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a 
dia.” (4º parágrafo), a conjunção destacada pode ser 
substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: 
a) visto que. b) a menos que. 
c) ainda que. d) a fim de que. 
e) desde que. 
 
Leia a letra da música “É você” de Marisa Monte e responda 
à(s) questão(ões). 
 
É você 
Só você 
Que na vida vai comigo agora 
Nós dois na floresta e no salão 
Nada mais 
Deita no meu peito e me devora 
Na vida só resta seguir 
Um risco, um passo,um gesto rio afora 
É você 
Só você 
Que invadiu o centro do espelho 
Nós dois na biblioteca e no saguão 
Ninguém mais 
Deita no meu leito e se demora 
Na vida só resta seguir 
Um risco, um passo, um gesto rio afora 
 Acesso em: 13.11.2017. 
 
 
3. (G1 - cps 2018) Ao analisarmos a função que as orações 
destacadas nos exemplos I e II exercem, podemos 
classificá-las como orações 
 
I. É você [...] que na vida vai comigo agora 
II. É você [...] que invadiu o centro do espelho 
a) subordinadas substantivas, pois exercem a função de 
substantivo. 
b) subordinadas adverbiais, pois exercem a função de 
advérbio. 
c) subordinadas adjetivas, pois exercem a função de 
adjetivo. 
d) coordenadas sindéticas, pois exercem a função aditiva. 
e) coordenadas assindéticas, pois exercem a função 
conclusiva. 
 
O texto a seguir é parte de um 
capítulo de O príncipe, de 
Nicolau Maquiavel (Florença, 
1469-1527). 
 
Ser amado ou ser temido 
 
Creio que todo príncipe 
deve desejar muito ser 
considerado compassivo, e 
não cruel; no entanto, deve ter cuidado e não usar mal essa 
piedade. César Bórgia foi considerado cruel, mas Sua 
 
32 
 
crueldade reformou toda a Romanha, uniu-a e proporcionou-
lhe paz e fidelidade. Bem vistas as coisas, seu procedimento 
foi mais compassivo que o do governo florentino, o qual, 
para evitar a fama de cruel, deixou destruir Pistoia
1
. 
Portanto, o príncipe não se deve preocupar com ganhar 
fama de cruel para conservar todos os súditos em união e 
obediência, pois será muito mais ético do que aqueles que, 
por excesso de clemência, deixam alastrar a desordem, da 
qual se geram assassínios e rapinas: a desordem 
prejudica a todos, ao passo que as penas infligidas pelo 
príncipe só atingem particulares. [...] 
Daqui nasce um dilema: vale mais ser amado do 
que temido, ou o inverso? Seria preferível ser ambas as 
coisas, mas, como é difícil conciliá-Ias, parece-me muito 
mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser 
uma delas. Há uma verdade que se pode dizer da maioria 
dos homens: que são ingratos, instáveis, dissimulados, 
inimigos do risco e do perigo, ávidos de ganhar. Enquanto 
lhes fazes bem, são teus, oferecem-te o sangue, os bens, a 
vida e os filhos, porque, como já disse, os riscos maiores 
estão no futuro; mas, quando o perigo se aproxima, furtam-
se, debandam, e o príncipe que se baseou somente em 
suas palavras encontra-se despojado de outros preparativos; 
está de fato perdido. 
As amizades que se conquistam com dinheiro ou 
favores, e não pelo coração nobre e altivo, terão seus 
efeitos, mas são como se não as tivéssemos, pois de nada 
nos servem quando delas precisamos. Os homens hesitam 
menos em prejudicar um homem que se torna amado do que 
outro que se faz temer, pois o amor mantém-se por um laço 
de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, 
se quebra quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o 
medo mantém-se por um temor do castigo, que nunca nos 
abandona. 
Por outro lado, o príncipe deve fazer-se temer de tal 
modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos 
fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e 
não ser odiado, ao mesmo tempo. Isso sucederá, sempre, 
se ele se abstiver de se apoderar dos bens e riquezas de 
seus concidadãos e súditos, e também de suas mulheres. E 
quando for obrigado a proceder contra o sangue de 
alguém, não deve agir sem justificação conveniente nem 
causa manifesta. Acima de tudo, convém que se abstenha 
de tocar na propriedade alheia, porque os homens 
esquecem mais depressa a morte de seu pai do que a perda 
de seu património. Além do mais, não faltam nunca motivos 
para apoderar-se do bem alheio, e aquele que começa a 
viver da rapina encontra sempre razões para apoderar-se do 
que é dos outros. 
 
(1)
 Cidade da Toscana (Itália); antiga fortificação construída 
sobre Pistoriae; na Idade Média, as lutas políticas entre 
guelfos e gibelinos enfraqueceram-na, tendo sido 
conquistada por Florença em 1351. 
Adaptado de: MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Lisboa: Europa-América. 1976. p, 88-90. 
 
 
4. (Fepar 2018) Considere as frases abaixo. Avalie as 
afirmações respectivas com relação aos termos em negrito. 
Tenha como referência a norma culta da Língua portuguesa 
e o sentido do texto. (Assinale V apenas para os itens que 
tiverem todas as afirmações corretas; se o item tiver alguma 
afirmação incorreta, como falso). 
 
(1) Creio todo príncipe desejar muito ser considerado 
compassivo, e não cruel; no entanto, deve ter cuidado 
não usar mal essa piedade. César Bórgia foi considerado 
cruel, mas sua crueldade reformou toda a Romanha, 
uniu-a e proporcionou-lhe paz e fidelidade. 
(2) Quando o perigo se aproxima, [os homens] furtam-se, 
debandam, e o príncipe que se baseou somente em suas 
palavras encontra-se despojado de outros preparativos. 
(3) As amizades que se conquistam com dinheiro ou favores, 
e não pelo coração nobre e altivo, terão seus efeitos, 
mas são como se não as tivéssemos, pois de nada 
servem quando delas precisamos. 
(4) O príncipe deve fazer-se temer de tal modo que, se não 
conseguir a amizade, possa pelo menos fugir inimizade, 
visto haver a possibilidade de ser temido e não ser 
odiado. 
(5) Não faltam nunca motivos para apoderar-se do bem 
alheio, e aquele que começa a viver da rapina encontra 
sempre razões para apoderar-se do que é dos outros. 
 
( ) Nos dois casos em negrito, também poderíamos dizer 
todo o príncipe ou toda Romanha, sem 
comprometimento de sentido; a conjunção e poderia 
ser substituída por mas; o pronome -a poderia ficar 
em elipse. 
( ) A palavra se tem funções diferenciadas nas 
ocorrências em destaque; furtam-se é sinônimo de 
roubam. 
( ) De outro modo: Amizades fundamentadas no cálculo 
são inúteis quando delas precisamos em momentos 
de maior risco. 
( ) De tal modo que tem sentido consecutivo; visto 
introduz uma oração coordenada explicativa. 
( ) Não e nunca configuram uma expressão pleonástica; 
para, nos dois casos, liga complemento nominal; que 
é pronome relativo nos dois casos. 
 
5. (G1 - cp2 2017) A Verdadeira Arte de Viajar 
 Mário Quintana 
 
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, 
Como se estivessem abertos diante de nós todos os 
caminhos do mundo. 
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam 
ali... 
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração 
cantando! 
Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/verdadeura.htm. Acesso em 
03/10/2016. 
 
Releia os seguintes versos destacados do poema de Mário 
Quintana: 
 
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa 
Como se estivessem abertos diante de nós todos os 
caminhos do mundo 
 
A conjunção sublinhada nos dois versos estabelece uma 
relação de sentido de 
a) causa. b) conformidade. 
c) comparação. d) consequência. 
 
6. (Espcex (Aman) 2017) “Pela primeira vez na história, 
pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de 
um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ 
com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo 
no celular. 
É um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o 
próprio sucesso do americano Craig Venter e de seus 
colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a 
humanidade domine os segredos da vida. Cerca de um terço 
 
33 
 
do DNA da nova bactéria (apelidada de syn3.0) foi colocado 
lá por puro processo de tentativa e erro – os cientistas não 
fazem a menor ideia do porquê ele é essencial.” 
Folha de S. Paulo, 26/03/2016. 
 
O texto informativo acima, que apresenta ao público a 
criação de uma bactéria apenas com genes essenciais à 
vida, contém vários conectivos, propositadamente 
destacados. Pode-se afirmar que 
a) para inicia uma oração adverbial condicional, pois 
restringeAssombrão das matas a imensa extensão 
 
São rudes, severos, sedentos de gloria, 
Já prelios incitão, já cantão victoria, 
Já meigos attendem a voz do cantor: 
São todos tymbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome la vôa na bocca das gentes, 
Condão de prodigios, de gloria e terror! 
Últimos Cantos, Gonçalves Dias 
 
Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos timbiras. 
Constatamos, sem dificuldades, que a ortografia da época 
era, em muitos aspectos, diferente da que usamos 
atualmente. Tendo isso em vista, considere as seguintes 
afirmativas: 
 
1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não eram 
acentuadas naquela época, diferentemente de hoje. 
2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro do 
presente do indicativo, com a mesma terminação. 
3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do indicativo 
se diferencia graficamente da forma atual. 
4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na ortografia 
contemporânea. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
7. (G1 - ifal 2017) Assinale a alternativa em que todos os 
vocábulos são acentuados por se enquadrarem na mesma 
regra de tonicidade. 
a) Parâmetro, líquido, álbuns, ênfase, tórax. 
b) Biquíni, lágrima, fórum, ágil, íon. 
c) Ética, círculo, bíceps, órfão, picolés. 
d) Prótese, epígrafe, lápis, néctar, hábito. 
e) Parabéns, camelôs, pavê, guaraná, ninguém. 
 
8. (G1 - ifsc 2017) O uso dos acentos é um recurso gráfico 
de que se dispõe para marcar a sílaba tônica de certas 
palavras. Sabe-se, no entanto, que nem todas as palavras 
recebem acento e que seu emprego depende de algumas 
regras específicas, dentre elas, a posição da sílaba tônica. 
 
Com base nessas informações e nos seus conhecimentos 
sobre as regras de acentuação gráfica na língua portuguesa, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) As palavras “húmus”, “processos” e “adubo” são 
paroxítonas. 
b) Os vocábulos “há”, “você” e “já” são oxítonos. 
c) As palavras “química”, “compostável” e “orgânicos” 
recebem acento gráfico porque são proparoxítonas. 
d) As palavras “além”, “papéis” e “disponível” são 
acentuadas porque são oxítonas. 
e) As palavras “países”, “saúde”, “dióxido” e “água” são 
acentuadas com base na mesma regra de acentuação 
gráfica. 
 
9. (G1 - col. naval 2017) Assinale a opção na qual a palavra 
em destaque está acentuada conforme a regra ortográfica 
vigente. 
a) O marido estava com os pêlos do braço emaranhados por 
esfregá-los na toalha. 
b) Alegando estar com cefaléia, a mulher continuou em 
silêncio até o final do jantar. 
c) O marido pediu ao garçom uma pêra flambada com calda 
de chocolate para dois. 
d) A mulher não prestou atenção ao escarcéu que o marido 
fez por causa da Internet. 
e) De um pólo a outro, muitos abdicam de uma conversa ao 
vivo para usar o WhatsApp. 
 
 
5 
 
10. (G1 - ifal 2017) Marque, dentre as alternativas abaixo, 
aquela em que os vocábulos são acentuados graficamente 
por serem oxítonos. 
a) caí, aí, ímã, ipê, abricó. 
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis. 
c) vovô, capilé, Paraná, lápis, régua. 
d) amém, amável, filó, porém, além. 
e) paletó, avô, pajé, café, jiló. 
 
11. (G1 - ifsul 2017) A sequência de palavras cuja 
acentuação gráfica se justifica pela mesma regra é 
a) além, médio e há. 
b) referência, econômico e análise. 
c) país, além e também. 
d) bônus, própria e nível. 
 
Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões). 
 
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do 
Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos 
Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver 
dado a entender que pretendia comprar o território ocupado 
por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o 
desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. 
 
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem branco 
1
talvez venha a um dia descobrir: 
2
o nosso Deus é o mesmo 
Deus. 
3
Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma 
maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. 
Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao 
homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. 
Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O 
homem branco também vai desaparecer, 
4
talvez mais 
depressa do que as outras raças. 
5
Continua sujando a sua 
própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus 
próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e 
domados todos os cavalos selvagens, 
6
quando as matas 
misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas 
se encherem de fios que falam, onde ficarão então os 
sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. 
Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; 
7
o fim da 
vida e o começo da luta pela sobrevivência. (...) 
8
Talvez compreendêssemos com que sonha o 
homem branco se soubéssemos quais as esperanças 
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais 
visões do futuro oferecem para que possam ser formados os 
desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os 
sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem 
ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se 
consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos 
prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias 
como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver 
partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma 
nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo 
continuará a viver nestas florestas e praias, 
9
porque nós as 
amamos como um recém-nascido ama o bater do coração 
de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como 
nós a amávamos. 
10
Protege-a como nós a protegíamos. 
Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. 
E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, 
11
conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos 
ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo 
Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem 
branco pode evitar o nosso destino comum.” 
www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016. 
 
 
12. (G1 - epcar (Cpcar) 2017) Assinale a alternativa cuja 
análise está correta. 
a) O acento utilizado em “compreendêssemos” justifica-se 
por se tratar de uma palavra proparoxítona; já o utilizado 
em “protegíamos” justifica-se pela regra do hiato tônico. 
b) Os acentos graves utilizados em “causar dano à terra” e 
“federem à gente” justificam-se por se tratar de 
complementos verbais intransitivos. 
c) Justifica-se o uso da ênclise em “Protege-a” (ref. 10), por 
iniciar período; e, em “conserva-a” (ref. 11), por iniciar 
uma oração antecedida de vírgula. 
d) Em “o nosso Deus é o mesmo Deus” (ref. 2) o adjetivo 
“mesmo” foi utilizado no sentido de “próprio”. 
 
Para a(s) questão(ões), considere o texto que segue: 
13. (G1 - ifal 2017) Quanto à 
acentuação gráfica das palavras 
em português padrão, marque a 
alternativa que traz uma 
informação errada. 
a) Se assumir a forma 
substantiva, o adjetivo 
“compatível” deixa de ser uma 
paroxítona e perde o acento 
gráfico. 
b) Os vocábulos “dá” e “é” 
acentuam-se por serem 
monossílabos tônicos em a e e, 
respectivamente. 
c) As palavras “crespo”, “zero” e 
“cabelos” não são acentuadas 
graficamente pela mesma razão. 
d) Caso a palavra “poderosa” 
estivesse no grau superlativo 
absoluto do adjetivo, perderia o 
acento tônico de paroxítona e 
ganharia o acento gráfico que a identificaria como proparoxítona. 
e) O til, em “atenção” e “volumão”, não é, a rigor, um acento gráfico, mas um sinal indicador de que a letra sobre a qual se põe tem 
som nasal. 
 
 
6 
 
Leia a tirinha a seguir, na qual conversam as personagens Mafalda, Susanitao genoma à condição de bactéria. 
b) e introduz uma oração coordenada sindética aditiva, pois 
adiciona o projeto à instalação do genoma. 
c) como introduz uma oração adverbial conformativa, pois 
exprime acordo ou conformidade de um fato com outro. 
d) porém indica concessão, pois expressa um fato que se 
admite em oposição ao da oração principal. 
e) para que exprime uma explicação: falta muito para a 
humanidade dominar os segredos da vida. 
 
7. (Fatec 2017) Mais escolarizadas, mulheres ainda 
ganham menos e têm dificuldades de subir na carreira 
 
 As mulheres brasileiras já engravidam menos na 
adolescência, estudam mais do que os homens e tiveram 
aumento maior na renda média mensal, segundo mostram 
as Estatísticas de Gênero do IBGE, retiradas da base de 
dados do Censo de 2010, mas elas ainda ganham salários 
menores e tem dificuldades em ascender na carreira. 
 Acesso em: 29.08.2016. Adaptado. 
 
O título do artigo – Mais escolarizadas, mulheres ainda 
ganham menos e têm dificuldades de subir na carreira – 
poderia ser substituído, sem causar prejuízo de sentido, por: 
a) Mulheres, mais escolarizadas, porventura ganham mais, 
entretanto possuem empecilhos para subir na carreira. 
b) Mulheres, mais escolarizadas, ainda ganham menos, bem 
como enfrentam obstáculos para subir na carreira. 
c) Mulheres, mais escolarizadas, às vezes ganham menos, 
por conseguinte apresentam especificidades para se 
elevarem na carreira. 
d) Mais escolarizadas, mulheres, ainda que enfrentem 
dificuldades para progredirem na carreira, ganham o 
mesmo ou mais. 
e) Mais escolarizadas, mulheres apresentam 
particularidades para subir na carreira, porquanto já 
ganham mais. 
 
8. (G1 - ifsc 2017) Isto sabemos: a Terra não pertence ao 
homem; o homem pertence à Terra. 
Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue 
que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre 
com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não 
teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. 
Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. 
Fragmento da Carta do Cacique americano ao Presidente dos Estados Unidos da América 
em 1855. Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 
2016. 
 
Considerando o texto e as frases a seguir, marque com (V) o 
que for verdadeiro e com (F) o que for falso. 
 
I. “Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o 
sangue que une uma família.” 
II. “Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem 
pertence à Terra.” 
III. “Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.” 
 
( ) Em I, a oração destacada estabelece uma condição em 
relação àquela que a antecede. 
( ) Em II, o ponto e vírgula pode ser substituído pela 
palavra mas, sem que haja alteração de sentido. 
( ) Não haveria alteração de sentido em III, se 
escrevêssemos: Tudo o que fizer ao tecido irá fazer 
também a si mesmo. 
( ) Em I e II, o vocábulo isto faz referência à informação 
que aparece após os dois pontos. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA 
das respostas, de cima para baixo. 
a) V – V – V – F. b) V – F – V – V. 
c) F – V – V – F. d) F – V – V – V. 
e) F – V – F – V. 
 
9. (G1 - ifal 2017) Assinale a opção em que se altera o 
sentido da oração “Porque poesia não se define, sente-se.”. 
a) Mas poesia não se define, sente-se. 
b) Já que poesia não se define, sente-se. 
c) Tendo em vista que poesia não se define, sente-se. 
d) Uma vez que poesia não se define, sente-se. 
e) Haja vista que poesia não se define, sente-se. 
 
10. (Eear 2017) Leia: 
 
I. Todos os brasileiros que desejam ingressar na Força 
Aérea Brasileira devem gastar longas horas de estudo e 
dedicação. 
II. Todos os brasileiros, que desejam ingressar na Força 
Aérea Brasileira, devem gastar longas horas de estudo e 
dedicação. 
 
Marque a alternativa correta. 
a) A frase I possibilita a conclusão de que todos os 
brasileiros, indiscriminadamente, desejam ingressar na 
Força Aérea Brasileira. 
b) As frases I e II estão em desconformidade com as normas 
gramaticais vigentes em relação às Orações 
Subordinadas Adjetivas. 
c) A frase I, por conter Oração Subordinada Adjetiva 
Restritiva, não apresenta vírgulas. Esse fato está em 
conformidade com as normas gramaticais vigentes. 
d) A frase II, por conter Oração Subordinada Adjetiva 
Restritiva, apresenta vírgulas. Esse fato está em 
conformidade com as normas gramaticais vigentes. 
 
11. (Espcex (Aman) 2017) Em “A velha disse-lhe que 
descansasse”, do conto Noite de Almirante, de Machado de 
Assis, a oração grifada é uma subordinada 
a) substantiva objetiva indireta. 
b) adverbial final. 
c) adverbial conformativa. 
d) adjetiva restritiva. 
e) substantiva objetiva direta. 
 
Leia a fábula “A raposa e o lenhador”, do escritor grego 
Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?), para responder à(s) 
questão(ões) a seguir: 
 
Enquanto fugia de caçadores, uma raposa viu um lenhador e 
lhe pediu que a escondesse. Ele sugeriu que ela entrasse 
em sua cabana e se ocultasse lá dentro. Não muito tempo 
depois, vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se 
ele tinha visto uma raposa passar por ali. Em voz alta ele 
negou tê-la visto, mas com a mão fez gestos indicando onde 
ela estava escondida. Entretanto, como eles não prestaram 
 
34 
 
atenção nos seus gestos, deram crédito às suas palavras. 
Ao constatar que eles já estavam longe, a raposa saiu em 
silêncio e foi indo embora. E o lenhador se pôs a repreendê-
la, pois ela, salva por ele, não lhe dera nem uma palavra de 
gratidão. A raposa respondeu: “Mas eu seria grata, se os 
gestos de sua mão fossem condizentes com suas palavras.” 
(Fábulas completas, 2013.) 
 
12. (Unifesp 2017) “Entretanto, como eles não prestaram 
atenção nos seus gestos, deram crédito às suas palavras.” 
 
Em relação à oração que a sucede, a oração destacada tem 
sentido de 
a) causa. 
b) conclusão. 
c) proporção. 
d) consequência. 
e) comparação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para 
dia, como de estação para estação, no 
1
comboio do meu 
corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as 
praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre 
diferentes, como, afinal, as paisagens são. 
2
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a 
fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que 
deslocar para sentir. 
3
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de 
Entepfuhl, te levará até o fim no mundo”. Mas o fim do 
mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, 
é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim 
do mundo, como o princípio, é o nosso conceito de mundo. 
É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as 
imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às 
outras. Para que viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, 
na China, nos Polos ambos, onde estaria eu senão em mim 
mesmo, e no tipo e gênero das minhas sensações. 
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os 
viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que 
somos. 
Fernando Pessoa. In: Soares, B. Livro do Desassossego. Vol. II. Lisboa: Ática, 1982. p. 
387. Com adaptações. 
 
Vocabulário: 
1
Comboio: trem 
3
Citação do autor escocês Carlyle sobre a estrada de 
Entepfuhl, que começa e termina dentro de uma mesma 
cidade. 
 
13. (G1 - cp2 2017) “Se imagino, vejo.” (referência 2) 
 
No que se refere ao conectivo sublinhado, pode-se dizer que 
exprime uma relaēćo de 
a) condição e pode ser substituído por caso com alteração 
de tempo verbal da oração subordinada. 
b) condição e pode ser substituído por caso sem 
necessidade de alteração no tempo verbal da oração 
subordinada. 
c) conclusão e pode ser substituído por portanto com 
alteração do tempo verbal da oração subordinada. 
d) conclusão e pode ser substituído por portantosem 
necessidade de alteração no tempo verbal da oração 
subordinada. 
 
 
14. (Pucpr 2016) Leia o texto a seguir e complete as 
lacunas com o elemento coesivo correspondente à 
informação contida entre parênteses. Depois, identifique a 
alternativa que contenha a sequência de elementos coesivos 
adequados a cada lacuna. 
 
Uma das crenças mais resistentes do pensamento que 
imagina a si próprio __________ (comparação) o mais 
moderno, democrático e popular do Brasil é a lenda da 
inocência dos criminosos pobres. Por essa maneira de ver 
as coisas, um crime não é um crime __________ 
(condição) o autor nasceu no lado errado da vida, cresceu 
dentro da miséria e não conheceu os suportes básicos de 
uma família regular, de uma escola capaz de tirá-lo da 
ignorância e do convívio com gente de bem. __________ 
(conformidade) as fábulas sociais atualmente em vigência, 
pessoas assim não tiveram a oportunidade de ser cidadãos 
decentes – e __________ (conclusão) ficam dispensadas 
de ser cidadãos decentes. Ninguém as ajudou; ninguém lhes 
deu o que faltou em sua vida. Como compensação por esse 
azar, devem ser autorizadas a cometer delitos – ou, no 
mínimo, considera-se que não é justo responsabilizá-las 
pelos atos que praticaram, por piores que sejam. Na 
verdade, __________ (conformidade) a teoria socialmente 
virtuosa, não existem criminosos neste país __________ 
(tempo) se trata de roubo, latrocínio, sequestro __________ 
(adição) outras ações de violência extrema – __________ 
(condição) tenham sido cometidos por cidadãos com 
patrimônio e renda superiores a determinado nível. E de 
quem seria, nos demais casos, a responsabilidade? Essa é 
fácil: “a culpa é da sociedade”. 
(GUZZO, J. R. Questão de classe. Veja, São Paulo, n. 22, p.98, 3 jun. 2015) 
 
a) tão, desde que, conforme, porque, conforme, mas, nem, a 
não ser que. 
b) como, se, de acordo com, por isso, segundo, quando, e, a 
menos que. 
c) tanto quanto, a menos que, conforme, porque, segundo, 
antes que, também, a menos que. 
d) tanto quanto, a menos que, segundo, portanto, segundo, 
depois, e, a menos que. 
e) como, a não ser que, de acordo com, porque, de acordo 
com, antes, também, a mais que. 
 
15. (Fatec 2016) É boa a notícia para os fãs da natação, 
vôlei de praia, futebol, hipismo, ginástica rítmica e tiro com 
arco que buscam ingressos para os Jogos Olímpicos Rio 
2016. Entradas para catorze sessões esportivas dessas 
modalidades, que tinham se esgotado na primeira fase de 
sorteio de ingressos, estão à venda. 
 Acesso em: 12.09.2015. Adaptado. 
 
A oração subordinada destacada nesse fragmento é 
a) adjetiva restritiva. 
b) adjetiva explicativa. 
c) substantiva subjetiva. 
d) substantiva apositiva. 
e) substantiva predicativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [A] 
[A] Correto. A Oração Principal “É verdade” não apresenta sujeito em 
sua configuração, função desempenhada pela Oração Subordinada 
Substantiva Subjetiva “que eles fazem parte da vida”. 
[B] Incorreto. O pronome pessoal é anafórico, fazendo referência a 
“preconceitos”. 
[C] Incorreto. O pronome relativo retoma “vida”. 
[D] Incorreto. O pronome demonstrativo retoma apenas a palavra 
“vida”; conforme o contexto, a “vida infeliz” não é a que “se 
autoquestiona”. 
[E] Incorreto. O pronome “ela” antecipa a expressão “essa condição 
diferente e única”. 
 
Resposta da questão 2: 
 [C] 
A conjunção “embora” é concessiva, assim, pode ser substituída por 
outra de mesmo valor semântico, como “ainda que”. 
 
Resposta da questão 3: 
 [C] 
Considerando que as orações cumprem a função de adjetivar, isto é, 
dar características, é possível classificá-las como subordinadas 
adjetivas. 
 
Resposta da questão 4: 
 F – F – V – V – V. 
 
[1] Falsa: “Todo” equivale a “qualquer”; “todo o” equivale a “inteiro” – 
logo, a substituição comprometeria o sentido. A conjunção poderia 
ser trocada, sem prejuízo de sentido. O pronome não pode ficar em 
elipse. 
[2] Falsa: A palavra “se” é índice de indeterminação do sujeito nos 
trechos 1 e 3; nos trechos 2 e 4, trata-se de pronome reflexivo. 
Furtar é sinônimo de roubar, mas o trecho não faz referência à 
partícula integrante, o que alteraria o sentido caso a troca fosse 
realizada. 
[3] Verdadeira: A paráfrase está corretamente elaborada. 
[4] Verdadeira: “De tal modo que” é locução conjuntiva subordinativa 
consecutiva, e pode ser substituída sem prejuízo por “de tal 
maneira que”; “visto” é conjunção coordenativa explicativa, e pode 
ser substituída sem prejuízo por “posto”. 
[5] Verdadeira: Há intenção enfática no par “não” e “nunca”; “motivos” 
e “razões” são substantivos abstratos que exigem complemento 
nominal; “que”, nas duas ocorrências, são pronomes relativos e podem 
ser substituídos por “o qual” e “do qual”. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
Podemos observar que nos dois trechos a conjunção “como” 
estabelece uma relação de comparação. No trecho I, compara a forma 
como as pessoas devem sair à rua como uma fugida de casa. No 
trecho II, retoma a forma como as pessoas devem sair à rua, 
comparando-a com uma saída em que estivessem abertos diante das 
pessoas todos os caminhos do mundo. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois 
 
[A] para inicia uma oração adverbial final; 
[C] como introduz uma oração adverbial comparativa; 
[D] porém indica adversidade e não concessão; 
[E] para que exprime finalidade. 
 
A conjunção “e” apresenta noção de adição, o que valida a opção [B]. 
 
Resposta da questão 7: 
 [B] 
No título, há presença de relações de concessão “mais escolarizadas”, 
tempo “ainda” e adição “têm dificuldades de subir da carreira”. A 
reescrita, mantendo o sentido, está presente em “Mulheres, mais 
escolarizadas, ainda ganham menos, bem como enfrentam obstáculos 
para subir na carreira”. 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
A única afirmativa falsa é a primeira, pois a oração destacada não 
estabelece uma condição em relação àquela que a antecede, mas 
apresenta uma comparação que explica melhor a ideia contida na 
oração anterior. 
 
Resposta da questão 9: 
 [A] 
Todas as alternativas apresentam uma conjunção de mesmo valor 
causal ao que vemos no enunciado (porque), exceto a alternativa [A], 
que apresenta uma conjunção adversativa, que demonstra oposição 
(mas). 
 
Resposta da questão 10: 
 [C] 
A frase [I] apresenta Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, já que 
essa oração restringe “todos os brasileiros”, levando-nos a 
compreender que os que devem gastar “longas horas de estudo e 
dedicação” são aqueles “que desejam ingressar na Força Aérea 
Brasileira”, e não todos os brasileiros, de maneira geral. A frase está 
em conformidade com as normas gramaticais vigentes, pois as 
Orações Subordinadas Restritivas não devem ser separadas por 
vírgula. 
Já a frase [II], como está redigida, com vírgulas, é uma Oração 
Subordinada Adjetiva Explicativa, e possibilita a conclusão de que 
todos os brasileiros, indiscriminadamente, desejam ingressar na Força 
Aérea Brasileira. 
 
Resposta da questão 11: 
 [E] 
Na frase “A velha disse-lhe que descansasse”, a conjunção integrante 
“que” inicia uma oração que exerce função de objeto direto 
relativamente à oração principal. 
 
Resposta da questão 12: 
 [A] 
A oração iniciada pela conjunção subordinativa “Como”, passível de ser 
substituída por porque ou visto que, apresenta sentido de causa, como 
afirma-se em [A]. 
 
Resposta da questão 13: 
 [A] 
O conectivo “se” é uma conjunção subordinativa condicional e 
expressa, portanto, condição. Assim, indica a condição sob a qual é 
possível ver. Pode ser substituída por outra conjunção condicional, tal 
como “caso”. Essa troca exigiria uma alteração do tempo verbal da 
oração subordinada, para manter a concordância (não é possível dizer 
“caso imagino”). O correto seria “Caso imagine”. 
 
Resposta da questão 14: 
 [B] 
Seguindo as indicaçõesapontadas, “como” é conjunção comparativa; 
“se” é condicional; “de acordo com” é uma locução conformativa; “por 
isso” é locução conjuntiva conclusiva; “segundo”, no contexto, indica 
conformidade; “quando” é conjunção temporal; “e”, no caso, estabelece 
relação aditiva; “a menos que” é uma locução condicional. 
 
Resposta da questão 15: 
 [A] 
 
[A] Alternativa correta. A oração em negrito tem o valor sintático de 
uma adjetiva restritiva, pois complementa e restringe a boa notícia para 
um determinado tipo de público: os fãs de natação, vôlei de praia etc. 
 
 
 
 
 
36 
 
CONCORDÂNCIA 
 
1. (Puccamp 2018) Palavras do texto inspiraram as frases 
que seguem, que devem, entretanto, ser consideradas 
independentes dele. A frase que está em concordância com 
a norma-padrão da língua é: 
a) Deviam haver, naquele tempo, uns três ou quatro canais, 
restrito a uma programação de cinco ou seis horas por 
dia, que passaria, mais tarde a ocupar 24 horas. 
b) Tendo surgido o celular, o que não tardou foram as 
mudanças de hábitos, entre eles, bastante notável, a falta 
de discrição com que as pessoas conversam, em alta voz, 
em espaços públicos. 
c) Muitos jovens que não creem que existiu um mundo sem 
TV, dificilmente acreditarão que os celulares podem um 
dia não existirem. 
d) Seja quais forem as formas de entretenimento que a TV 
propicia, todas, possivelmente sem excessão, têm 
audiência garantida, o que mantém a publicidade que 
paga os custos da programação. 
e) Se jovens se entreterem com filmes de qualidade, existe 
grandes possibilidades que venham a se interessar por 
outras formas de arte. 
 
O texto que segue é para a(s) questão(ões) a seguir. 
 
Deda, meu amigo, estou aqui. Podes me ouvir? Já faz algum 
tempo que não conversamos. Poderíamos arrancar a 
malvada saudade de nosso peito, o que achas então? Teu 
rosto está envelhecido. Tua carne, envilecida. Teu corpo 
treme. Tuas débeis mãos fremem. O que terá acontecido 
contigo, meu velho? Ah, já não és mais bravo e guerreiro, 
moço e vigoroso: és, sim, pó espectral. Logo te ajuntarás ao 
barro da terra. Logo a terra abrirá a fecunda e profunda boa 
para te tragar. Oleiro. Logo, meu velho. Logo. Lembras-te 
que eras tão bom na pontaria, que não erravas uma formiga 
na mira da tua espingarda, que ficavas a escorar-te em 
qualquer pilastra por onde pousavas e passavas, em 
varandas de casebres e casas grandes? Lembras-te, meu 
velho, que eras tão bom na composição de versos, nos 
improvisos de belos repentes? Tuas pernas já não suportam 
o peso de teu corpo, mesmo que tu queiras: magro, seco 
feito imbaúba. Triste é sofrer. O tempo passou devagar, 
voraz, amigo. O tempo não espera que o acompanhemos. 
Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os lugares 
e direções: atalhos. 
(LOURENÇO, Rosival. Pelos engenhos. Maceió: Edufal, 2011, p. 12) 
 
2. (G1 - ifal 2018) Considerando as relações de coerência e 
coesão, bem como as relações sintáticas de concordância 
do português, assinale a alternativa que apresenta uma 
afirmação errada quanto ao trecho a que se refere. 
a) “Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os 
lugares e direções” / os dois verbos não estão adequados 
na sua flexão número-pessoal, pois deveriam flexionar-se 
na segunda pessoa do singular “Já faz algum tempo que 
não conversamos” / se o sujeito do primeiro verbo fosse 
plural, a forma verbal deveria permanecer no singular, de 
acordo com o português culto. 
b) “Tuas débeis mãos fremem” / as concordâncias nominal e 
verbal obedecem à norma padrão do português escrito. 
c) “eras tão bom na composição de versos, nos improvisos 
de belos repentes” / os adjetivos concordam 
adequadamente com os nomes a que se ligam, 
observando-se o padrão da língua portuguesa. 
d) “Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os 
lugares e direções” / os dois verbos não estão adequados 
na sua flexão número-pessoal, pois deveriam flexionar-se 
na segunda pessoa do singular. 
e) “Tuas pernas já não suportam o peso de teu corpo, 
mesmo que tu queiras” / no português padrão, o último 
verbo não deve ser flexionado na terceira pessoa do 
singular, embora isso seja aceito em situação de 
coloquialidade. 
 
Leia a crônica de Paulo Brabo e responda à(s) questão(ões). 
 
DUZENTAS GRAMAS 
 
Meu amigo Hélio, que é pai do Arthur e diz sonoramente 
trêss e déss (ao invés de, digamos, “trêis” e “déis”) fica 
indignado quando peço na padaria duzentas gramas de 
presunto – quando a forma correta, insiste ele, é “duzentos” 
gramas. Sempre que acontece e estamos juntos acabamos 
discutindo uns dez minutos sobre modos diferentes de falar. 
Ele de praxe argumenta que as regras de pronúncia e 
ortografia, se existem, devem ser obedecidas – e que os 
mais cultos (como eu, um cara que traduz livros!) devem 
insistir na forma correta a fim de esclarecer e encaminhar 
gente menos iluminada, como supõe-se seja a moça que me 
vende na padaria o presunto e o queijo. Eu sempre 
argumento que quando ele diz que só existe uma forma 
correta de falar está usurpando um termo de outro ramo, e 
tentando aplicar a ética à gramática: como se falar 
“corretamente” implicasse em algum grau de correção moral; 
como se dizer “duzentas” gramas fosse incorrer numa falha 
de caráter e dizer “duzentos” fosse prova de virtude e 
integridade. [...] Acesso em: 09.11.2017. 
 
 
3. (G1 - cps 2018) Releia o trecho. 
 
Meu amigo Hélio [...] fica indignado quando peço na padaria 
duzentas gramas de presunto – quando a forma correta, 
insiste ele, é “duzentos” gramas. 
 
Hélio aponta um desvio da norma padrão na expressão 
“duzentas gramas” utilizada pelo autor no seu dia a dia. No 
entanto, ele não aponta o motivo dessa expressão não estar 
correta. 
 
Assinale a alternativa que contenha o tipo de problema 
identificado por Hélio. 
a) Concordância nominal, pois o numeral deveria concordar 
em gênero com o substantivo. 
b) Concordância verbal, pois deveria haver concordância 
com o verbo que sucede o pedido. 
c) Regência nominal, pois o numeral deveria concordar em 
número com o substantivo. 
d) Regência verbal, pois deveria haver concordância com o 
verbo que está anteposto ao pedido. 
e) Complemento nominal, pois deveria haver concordância 
de número com o numeral. 
 
4. (G1 - utfpr 2017) Assinale a alternativa que está 
inteiramente de acordo com a norma padrão. 
a) Hoje já são vinte de novembro. Como o ano passou 
rápido! 
b) "Vossas Excelências ireis renunciar?", perguntou com 
ingenuidade a jornalista. 
c) Deixou-me em lágrimas quando afirmou: "entre eu e ti não 
pode haver compromissos!" 
 
37 
 
d) As aulas do período matutino encerram pontualmente ao 
meio dia e meio. 
e) Quais de vocês vão conosco amanhã? E quem vai 
conosco mesmos no domingo? 
 
5. (G1 - ifsc 2017) Assinale a alternativa em que a palavra 
em destaque está empregada de forma CORRETA na frase 
considerando-se a norma padrão escrita. 
a) Frederico recebeu uma carta com as fotos anexa. 
b) Elas mesmas assumiram a culpa e pagaram o prejuízo. 
c) Os alunos mesmo disseram à professora que queriam ler 
mais um livro. 
d) Todos os formandos estavam quite com a mensalidade da 
formatura. 
e) O acidente foi grave. O motorista ficou com o braço e a 
perna quebradas. 
 
6. (G1 - col. naval 2017) No que se refere à concordância 
verbal, observe as frases abaixo. 
 
I. Espera-se muitas novidades no campo da informática 
educacional este ano. 
II. Em todos os países, faz-se muitas promessas aos 
fabricantes de mídias digitais. 
III. Choveram reclamações sobre o novo celular 
disponibilizado nas lojas do ramo. 
IV. Houveram-se muito bem os expositores da Feira de 
Tecnologia do Anhembi. 
 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas as afirmativas I, II e IV estão de acordo com a 
norma culta. 
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão de acordo com a 
norma culta. 
c) Apenas as afirmativasI, III e IV estão de acordo com a 
norma culta. 
d) Apenas as afirmativas I e II estão de acordo com a norma 
culta. 
e) Apenas as afirmativas III e IV estão de acordo com a 
norma culta. 
 
7. (Eear 2017) Assinale a alternativa que não apresenta 
falha na concordância. 
a) Ainda que sobre menas coisas para nós, devemos ir. 
b) As peças não eram bastante para a montagem do veículo. 
c) Os formulários estão, conforme solicitado, anexo à 
mensagem. 
d) Neste contexto de provas em que vocês se encontram, 
está proibida a tentativa de cola. 
 
8. (Espm 2017) Assinale a opção em que há uma transgres-
são às normas de Concordância (nominal ou verbal): 
a) Já passava do meio-dia e meia, quando muitas 
competições já tinham sido iniciadas. 
b) Valor de bens de candidatos à Prefeitura da Capital 
superam o declarado à Justiça Eleitoral. 
c) Segundo a defesa, é necessário existência de crime de 
responsabilidade. 
d) Fizeram críticas meio exageradas ao desempenho da 
política externa. 
e) Após confrontos, uso de “burquíni”, mistura de burca com 
biquíni, é proibido em 12 cidades francesas. 
 
 
 
 
Leia o texto, do qual foram retiradas três palavras, e 
responda à(s) questão(ões). 
 
ACHADO NÃO É ROUBADO 
Fabrício Carpinejar 
 Não ganhava mesada, nem ajuda de custo na 
infância. Eu me virava como dava. Recebia casa, comida e 
roupa lavada e não havia como miar, latir e __________ 
mais nada aos pais, só agradecer. 
 As minhas fontes de renda eram praticamente 
duas: procurar dinheiro nas bolsas vazias da mãe, torcendo 
para que deixasse alguma nota na pressa da troca dos 
acessórios, ou catar moedas nas ruas e nos bueiros. 
 A modalidade de caça a dinheiro perdido exigia 
disciplina e profissionalismo. Saía de casa pelas 13h e 
caminhava por duas horas, com a cabeça apontada ao 
meio-fio como pedra em estilingue. Varria a poeira com os 
pés e cortava o mato com canivete. Fui voluntário remoto do 
Departamento Municipal de Limpeza Urbana. 
 Gastava o meu Kichute em vinte quadras, do bairro 
Petrópolis ao centro. Voltava quando atingia a entrada do 
viaduto da Conceição e reiniciava a minha arqueologia 
monetária no outro lado da rua. 
 Levava um saquinho para colher as moedas. Cada 
tarde rendia o equivalente a três reais. Encontrar 
correntinhas, colares e __________ salvava o dia. Poderia 
revender no mercado paralelo da escola. As meninas 
pagavam em jujubas, bolo inglês e guaraná. 
 Já o bueiro me socializava. Convidava com 
frequência o Liquinho, vulgo Ricardo. Mais forte do que eu, 
ajudava a levantar a pesada e lacrada tampa de metal. Eu 
ficava com a responsabilidade de descer __________ 
profundezas do lodo. Tirava toda a roupa – a mãe não 
perdoaria o petróleo do esgoto – e pulava de cueca, 
apalpando às cegas o fundo com as mãos. Esquecia a 
nojeira imaginando as recompensas. Repartia os lucros com 
os colegas que me acompanhavam nas expedições ao 
submundo de Porto Alegre. Lembro que compramos uma 
bola de futebol com a arrecadação de duas semanas. 
 Espantoso o número de itens perdidos. Assim como 
os professores paravam no meu colégio, acreditava na greve 
dos objetos: moedas e anéis rolavam e cédulas voavam dos 
bolsos para protestar por melhores condições. 
 Sofria para me manter estável, pois nunca pedia 
dinheiro a ninguém. Desde cedo, descobri que vadiar é 
também trabalhar duro. Disponível em: Acesso em: 22 jun. 
2016. 
 
9. (G1 - ifsul 2017) Há concordância nominal 
INADEQUADA em: 
a) É proibida entrada em bueiros. 
b) O menino achou bastantes moedas no bueiro. 
c) Ele escolheu mau lugar e hora para fazer a expedição. 
d) A primeira e a segunda expedições da tarde eram bem 
sucedidas. 
 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir. 
Encontros e Desencontros 
 Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto 
de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me 
tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa 
vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, 
bem depressinha, tira o celular do bolso, e não mais o deixa, 
a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de 
saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que 
trazia junto à bolsa. Começa a lê-lo a partir da página 
assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço 
 
38 
 
inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) 
deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros. 
 Desse modo, os dois iam usufruindo suas 
gulodices, sem comentários, com algumas reações dele, 
rindo com ele mesmo com postagens que certamente 
ocorriam em seu celular. Até dois estranhos, postos nessa 
situação, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: 
devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que 
conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a 
acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim 
caminhava, decerto, a vida daquele casal. 
 O que me choca, mesmo observando esta situação, 
como outras que o dia a dia me oferece, é a ausência de 
conversa. Sem conversa eu não vivo, sem sua força 
agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser 
convencido pelo outro, para manifestar humor, para 
desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar 
e para ouvir. A conversa não é a base da terapia? Sei não, 
mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa 
fora ou para confessar aquele temor que lhe está roubando 
o sossego talvez não seja fácil. O tempo também, nesta vida 
corre-corre, tem lá outras prioridades. Mia Couto é 
contundente: “Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor 
tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa 
solidão.” Até se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de 
conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, 
parece, mais no mundo digital. Nele, até que se conversa 
muito; porém, é tão diferente, mesmo quando um está vendo 
o outro. O compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que 
nos proporciona a abrangência do outro, a captação do seu 
respirar, as batidas de seu coração, o seu cheiro, o seu 
humor... 
 Desse diálogo é que tanta gente está sentindo falta. 
Até por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem 
menos. Pelo WhatsApp fica mais fácil, alega-se. Rapidinho, 
rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. 
Será? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em 
conversa, refiro-me àquelas que se esticam, sem tempo 
marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em 
assunto. O WhatsApp é de graça, proclamam. Talvez um 
argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor 
da utilização desse instrumento moderno. 
 Mas será apenas por isso? Um amigo me lembra: 
no WhatsApp se trocam mensagens por escrito. Eu sei. 
Entretanto, língua escrita é um outra modalidade, outro 
modo de ativar a linguagem, a começar pela não copresença 
física dos interlocutores. No telefone, não há essa 
copresença física, mas esse meio de comunicação não é 
impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de 
papéis e até mesmo de falarem ao mesmo tempo, 
configurando, pois, características próprias da modalidade 
oral. Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se 
possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos 
do telefone, e as conversas também vão, por isso, tornando-
se menos frequentes. 
 Gosto, mesmo, é de conversas, de preferência com 
poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, 
sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem 
compromisso, a não ser o de evitar a chatice. Com suas 
contundências, conflitos de opiniões e momentos de 
solidariedade. Conversa que é vida, que retrata a vida no 
seu dia a dia. No grupo maior, há de tudo: o louco, o filósofo, 
o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista... 
Nem sempre, é verdade, estou motivado para participar 
desses grupos. Porém, passado um tempo, a saudade me 
bate. 
 Aqueles bate-papos intimistas com um amigo tantas 
afinidades, merecedores que nos tornamos da confiança um 
do outro,esses não têm nada igual. A apreensão 
abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus 
sentimentos, das dificuldades mais íntimas por que passa, 
faz-no sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior 
valia da vida. 
 Esses momentos vão se tornando, assim me 
parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A 
pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se 
diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela 
conversa, que é entrega, confiança, despojamento? 
Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, 
vozes esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas 
estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a 
exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. 
Afinal, a vida está passando tão depressa... 
Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: 
http://carloseduardouchoa.com.br/blog/. 
 
10. (G1 - col. naval 2017) A concordância do termo 
destacado em “Um casal de meia idade se senta à mesa 
vizinha da minha.” (1º parágrafo) está de acordo com a 
norma-padrão da língua. 
 
Em que opção tal fato também ocorre? 
a) Não é permitida conversa pelo celular neste restaurante. 
b) A mulher ficou meia chateada, pois o marido não parava 
de usar o celular. 
c) Há bastantes pessoas que usam o WhatsApp no Brasil. 
d) Seguem anexas às mensagens meu perfil no aplicativo. 
e) Só, sem qualquer amigo mais próximo, muitas pessoas se 
refugiam no mundo virtual. 
 
11. (G1 - ifsp 2016) Concordância é o mecanismo pelo qual 
as palavras alteram suas terminações para se adequarem 
harmonicamente na frase. Considerando o conceito de 
concordância e a norma padrão da Língua Portuguesa, 
associe as colunas indicando a alternativa que ordena 
corretamente as frases e a avaliação dos eventos de 
concordância: 
 
I. Haviam muitos problemas. 
II. Existiam muitos problemas. 
III. A garota e o menino simpáticas. 
IV. A garota e o menino bonitos. 
 
( ) a concordância verbal está correta. 
( ) há um erro de concordância verbal. 
( ) há um erro de concordância nominal. 
( ) a concordância nominal está correta. 
 
a) I, II, III, IV. b) II, III, I, IV. 
c) IV, III, II, I. d) II, I, III, IV. 
e) III, IV, I, II. 
 
12. (G1 - ifal 2016) Escolha a frase cuja concordância 
nominal está correta. 
a) Alguns pseudos-sociólogos se opõem ao Bolsa Família. 
b) Há partes da floresta que estão menas devastadas que 
outras. 
c) Visto a grande destruição, alguma atitude deve ser 
tomada. 
d) Seguem anexo os documentos do processo. 
e) Todos devem ficar alerta para a questão do 
desmatamento. 
 
 
 
 
 
39 
 
13. (Acafe 2016) Complete as lacunas das frases a seguir. 
1. O empresário desistiu da compra depois de ter sido 
informado de que naquele terreno já __________ várias 
invasões. 
2. Com o forte vento da noite passada, __________ algumas 
frutas maduras. 
3. Não __________ projetos prontos, apenas esboços mal 
acabados de desejos sem planejamento. 
4. Em geral, __________ muitos problemas com um simples 
sorriso. 
5. Na passeata dos trabalhadores, __________ protestos 
contra a corrupção. 
6. É necessário um esforço de todos para que sempre se 
__________ continuamente as melhorias, acima de tudo 
pensando no desenvolvimento sustentável. 
 
Considerando a concordância verbal, a alternativa correta é: 
a) aconteceram – caiu – existem – resolve-se – deverão 
haver 
b) aconteceu – caíram – existem – resolve-se – deverá 
haver 
c) aconteceram – caíram – existem – resolvem-se – deverá 
haver – busquem 
d) aconteceram – caíram – existe – resolve-se – deverá 
haver 
14. (Espm 2016) Em uma das opções abaixo, o verbo 
HAVER é impessoal e, por isso, não deveria estar no plural. 
Assinale-a: 
a) Traficantes da Favela do Alemão haviam ordenado o 
fechamento do comércio local, como represália à morte 
de um deles. 
b) Por haverem patrimônio ilegal, muitos políticos foram 
indiciados na investigação da Operação Lava Jato. 
c) Até aqueles que estiveram envolvidos em tráfico de 
influência se haverão com a Polícia Federal. 
d) Em início de temporada, times grandes da Capital não se 
houveram bem nos jogos da última rodada. 
e) Em São Paulo e no Rio, houveram casos de policiais 
espancados por jovens mascarados nos protestos de rua. 
 
15. (G1 - cps 2016) A concordância verbal está de acordo 
com a norma-padrão da língua portuguesa em 
a) O peão e o agricultor, por motivo de força maior, plantará 
o milho aqui. 
b) Falta setenta dias para começar a colheita do café nas 
encostas. 
c) O engenheiro ou arquiteto visitará o loteamento amanhã. 
d) São uma hora e quarenta e nove minutos precisamente. 
e) Vende-se terras extensas naquelas regiões longínquas. 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
 
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois 
 
[A] o verbo haver no sentido de existir é impessoal e deve 
apresentar-se na terceira pessoa do singular, assim como o 
adjetivo “restrito”, por acompanhar o substantivo “canais”, 
deveria estar no plural; 
[C] o verbo crer, na terceira pessoa do plural do presente do 
indicativo, apresenta ortografia incorreta; o infinitivo do verbo 
existir, por estar em conjugação perifrástica com o termo 
“podem”, deve apresentar-se na sua forma impessoal; além 
disso, sujeito e predicado não devem ser separados por 
vírgula; 
[D] o termo “excessão” apresenta ortografia incorreta; 
[E] a conjugação do verbo entreter, na terceira pessoa do plural do 
futuro do subjuntivo, é incorreta; também o verbo existir deve 
concordar com o sujeito no plural, “grandes possibilidades”. 
 
Assim, é correta apenas [B]. 
 
Para atender às regras da gramática normativa, as frases 
assinaladas como incorretas deveriam apresentar a seguinte 
formulação: [A] Devia haver, naquele tempo, uns três ou quatro 
canais, restritos a uma programação de cinco ou seis horas por 
dia, que passaria, mais tarde, a ocupar 24 horas; [C] Muitos jovens 
que não creem que existiu um mundo sem TV dificilmente 
acreditarão que os celulares podem um dia não existir;[D] Seja 
quais forem as formas de entretenimento que a TV propicia, todas, 
possivelmente sem exceção, têm audiência garantida, o que 
mantém a publicidade que paga os custos da programação; [E] Se 
jovens se entretiverem com filmes de qualidade, existem grandes 
possibilidades que venham a interessar-se por outras formas de 
arte. 
 
Resposta da questão 2: 
 [D] 
 
Os dois verbos têm como sujeito “o tempo”, que está na 3a pessoa 
do singular. Dessa forma, estão adequados na sua flexão, pois 
devem concordam com o sujeito, mantendo-se na 3a pessoa do 
singular. 
 
 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
 
O substantivo “grama” é masculino e, sendo assim, o numeral que 
o determina deve também estar no masculino (“duzentos”), 
respeitando as regras de concordância nominal. 
 
Resposta da questão 4: [A] 
 
[B] Incorreta: o certo seria “Vossas Excelências irão renunciar?”. 
[C] Incorreta: o certo seria “entre mim e ti”. 
[D] Incorreta: o certo seria “ao meio dia e meia”. 
[E] Incorreta: para manter a palavra “mesmos”, o certo seria “com 
nós mesmos”. 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
[A] Incorreta: o correto seria “Frederico recebeu uma carta com as 
fotos anexas”. 
[C] Incorreta: o correto seria “Os alunos mesmos disseram à 
professora que queriam ler mais um livro. 
[D] Incorreta: o correto seria “Todos os formandos estavam quites 
com a mensalidade da formatura”. 
[E] Incorreta: o correto seria “O motorista ficou com o braço e a 
perna quebrados”. 
 
Resposta da questão 6: 
 [E] 
Para ficarem de acordo com as regras de concordância, as 
alternativas [I] e [II] devem ser reescritas como: 
[I] Esperam-se muitas novidades no campo da informática 
educacional este ano. 
[II] Em todos os países, fazem-se muitas promessas aos 
fabricantes de mídias digitais. 
 
Resposta da questão 7: 
 [D] 
Para que as demais alternativas estivessem corretas, seriamnecessárias as seguintes alterações: 
[A] Ainda que sobre menos coisas para nós, devemos ir. 
 
40 
 
[B] As peças não eram bastantes para a montagem do veículo. 
[C] Os formulários estão, conforme solicitado, anexos à 
mensagem. 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
 
Na alternativa [B], há uma transgressão às normas de 
concordância verbal. Considerando que o verbo da oração 
(“superam”) deve concordar com o núcleo do sujeito (“valor”), ele 
deveria estar no singular (“supera”). Assim, o correto seria: “Valor 
de bens de candidatos à Prefeitura da Capital supera o declarado 
à Justiça Eleitoral”. 
 
Resposta da questão 9: 
 [A] 
 
Em [A], a concordância nominal adequada seria “É proibido 
entrada em bueiros”. 
 
Resposta da questão 10: 
 [C] 
 
[A] Incorreta: o certo seria “não é permitido conversa pelo celular 
neste restaurante”. 
[B] Incorreta: o certo seria “a mulher ficou meio chateada, pois o 
marido não parava de usar o celular” 
[D] Incorreta: o certo seria “Segue anexo às mensagens meu perfil 
no aplicativo.” 
[E] Incorreta: o certo seria “Sós, sem qualquer amigo mais próximo, 
muitas pessoas se refugiam no mundo virtual”. 
 
Resposta da questão 11: 
 [D] 
 
I. Há um erro na concordância, pois o verbo “haver” no sentido de 
“existir” é impessoal e, portanto, não flexiona. Dessa forma, o 
correto seria “Havia muitos problemas”. 
III. Há um erro na concordância, pois quando se tem um termo no 
masculino e outro no feminino, a forma plural fica no masculino, e 
não no feminino. Assim, o correto seria “A garota e o menino 
simpáticos”. Nota-se que essa concordância não envolve verbos, e 
sim nomes, sendo, portanto, nominal. 
 
Resposta da questão 12: 
 [E] 
 
[A] Incorreta: o correto seria: “Alguns pseudossociólogos se opõem 
ao Bolsa Família”. 
[B] Incorreta: o correta seria: “Há partes da floresta que estão 
menos devastadas que outras”. 
[C] Incorreta: o correto seria: “Vista a grande destruição, alguma 
atitude deve ser tomada”. 
[D] Incorreta: o correto seria: “Seguem anexos os documentos do 
processo”. 
 
Resposta da questão 13: 
 ANULADA 
 
Questão anulada no gabarito oficial. 
 
A alternativa correta seria a [C]. Contudo, a questão foi anulada 
certamente porque as demais alternativas não possuem seis 
opções para as seis lacunas no texto. Exceto a alternativa [C], que 
apresenta todas as seis opções, as outras apresentam cinco. 
 
Resposta da questão 14: 
 [E] 
 
[A] Correta. O verbo “haver” é auxiliar na locução apresentada, 
logo concorda com o sujeito (“Traficantes da Favela do 
Alemão”). 
[B] Correta. O verbo “haver”, sinônimo de “recuperar”, concorda 
com o sujeito (desinencial, “eles”). 
[C] Correta. O verbo “haver”, sinônimo de “entrar em acordo”, 
concorda com o sujeito (“que”, retomando “aqueles”). 
[D] Correta. O verbo “haver”, sinônimo de “desempenhar-se”, 
concorda com o sujeito (“times grandes da Capital”). 
[E] Incorreta. Neste caso, o verbo “haver” é sinônimo de 
“acontecer”, portanto é impessoal. 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
 
[A] Incorreta: o sujeito do verbo “plantar” na verdade é plural: “o 
peão e o agricultor”. Dessa forma, a oração deveria ser: O 
peão e o agricultor, por motivo de força maior, plantaram o 
milho aqui. 
[B] Incorreta: o sujeito do verbo “faltar” é “setenta dias”, que está no 
plural (dias). Dessa forma, a oração deveria ser: Faltam setenta 
dias para começar a colheita do café nas encostas. 
[D] Incorreta: o sujeito do verbo “ser” é “uma hora e quarenta e 
nove minutos”, que está no singular (uma). Dessa forma, a 
oração deveria ser: É uma hora e quarenta e nove minutos 
precisamente. 
[E] Incorreta: o verbo “vender” está na sua forma passiva. 
Passando-se para ativa tem-se: Terras extensas são vendidas. 
Dessa forma, “terras extensas” é sujeito do verbo “vender” e este 
deve então ser conjugado no plural: Vendem-se terras extensas 
naquelas regiões longínquas. 
 
REGÊNCIA 
 
1. (Espcex (Aman) 2017) Assinale a alternativa correta 
quanto ao emprego do pronome relativo. 
a) Aquele era o homem do qual Miguel devia favores. 
b) Eis um homem de quem o caráter é excepcional. 
c) Refiro-me ao livro que está sobre a mesa. 
d) Aquele foi um momento onde eu tive grande alegria. 
e) As pessoas que falei são muito ricas. 
 
2. (G1 - ifsp 2017) De acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa e com a gramática normativa e 
tradicional, quanto à regência nominal, assinale a alternativa 
incorreta. 
a) A opinião pública se encheu de cólera contra a corte. 
b) A hospedagem aos congressistas ficou a cargo do reitor. 
c) Eliana é atenciosa com os colegas. 
d) Lucas deixou o cachorro atado por um poste. 
e) Antônio é leigo em astrofísica. 
 3. (G1 - col. naval 2017) Em que opção todas as 
preposições em destaque estão de acordo com a regência 
do nome? 
a) Por ter sido transferido, o marinheiro foi morar à Rua 
Martinez, local próximo ao quartel. 
b) Em nosso país, temos ojeriza por guerra, mas temos 
capacidade para lutar sem medo. 
c) Os alunos oriundos de outros Estados ficam curiosos para 
conhecer Angra dos Reis. 
d) Desejoso pela aprovação, este candidato demonstra 
capacidade para qualquer faina. 
e) É preferível não se alimentar do que alimentar-se com 
produtos nocivos ao organismo. 
 
 
 
 
 
41 
 
4. (Eear 2017) Leia: 
 
I. Encontrei a pessoa certa. 
II. Falei sobre os olhos dela. 
Ao unir as duas orações, subordinando a II a I, mantendo o 
mesmo sentido que cada uma apresenta e usando 
adequadamente os pronomes relativos, tem-se: 
a) Encontrei a pessoa certa sobre cujos os olhos dela falei. 
b) Encontrei a pessoa certa sobre os olhos dela falei. 
c) Encontrei a pessoa certa sobre cujos olhos falei. 
d) Encontrei a pessoa certa cujos olhos falei. 
 
5. (G1 - ifal 2017) Assinale a opção em que o verbo visar foi 
usado em desconformidade com as regras de regência. 
a) Com aquele dinheiro visava a compra de um automóvel. 
b) Sua campanha visou a conquistar os eleitores indecisos. 
c) Visava àquela nomeação havia anos. 
d) O professor visou as provas de seus alunos. 
e) O atirador visara bem o alvo sobre o muro. 
 
6. (G1 - ifsp 2017) De acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa e com a gramática normativa e 
tradicional, quanto à regência verbal, assinale a alternativa 
incorreta. 
a) Aspiramos o ar poluído da carvoaria. 
b) Apenas um sorvete não apetece o menino. 
c) Custava-me lutar contra a ideia do trabalho infantil. 
d) Lembro-me de que vimos os meninos encarapitados nas 
alimárias. 
e) Não pagaram o salário ao carvoeiro? 
 
7. (Acafe 2016) Assinale a frase elaborada de acordo com 
as normas do português-padrão. 
a) A Unidade Básica de Saúde que fica na rua Caldas da 
Imperatriz, esclarece que o medicamento sinvastatina 
10 mg chegou ao almoxarifado central no início deste 
mês, aonde pode ser retirado pelos pacientes do SUS. 
b) Solicitamos o asfaltamento dessa rua por que nos dias de 
chuva os moradores não conseguem subir na rua que 
também é muito íngreme. 
c) A Brastemp informa, por meio de nota de sua assessoria 
de imprensa, que entrou em contato com a consumidora 
Solange Azambuja e ofereceu a troca do produto com 
custos operacionais gratuitos. 
d) Só uma pergunta, todos os dias esse cara posta fotos de 
mulheres semi nuas em sua coluna, porque somente essa 
foto causou indignação? 
 
8. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2016) [...] Um exemplo 
da permanência de arcaísmos na fala atual é o uso de 
“aonde” e “donde” com sentido estático, isto é, significando 
“onde”. [...]. No Renascimento, mesmo clássicos como João 
de Barros empregavam as três formas como equivalentes, e 
isso não era considerado erro. 
Mais tarde, com a normatização gramatical, decidiu-se que 
“aonde” só se emprega com verbos que rejam a preposição 
“a” e “donde” só com verbos que rejam “de”. Por sinal, os 
brasileiros da atualidade usam preferentemente “deonde” a 
“donde”, mas a confusão entre “onde” e “aonde” continua e, 
longe de ser mero indício de ignorância, é resquício de um 
uso ancestral, que na oralidade popular tem passado 
incólume pelas reformas gramaticais. 
Revista Língua Portuguesa, n.º 114, p. 18, abril de 2015. 
Considerando a exposição feita no texto anterior, é de uso 
eminentemente popular e contrário às normas gramaticais o 
período: 
a) Aonde eu devo levar as meninas amanhã? 
b) Onde moram aqueles funcionários? 
c) De onde provêm esses andarilhos? 
d) Aonde você quer chegar com essa argumentação? 
e) Onde você pensa que vai com esse vaso? 
9. (G1 - ifce 2016) A regência verbal está incorreta em 
a) Obedeça à sinalização. 
b) As enfermeiras assistiram irrepreensivelmente o doente. 
c) Paguei todos os trabalhadores. 
d) Todos nós carecemos de afeto. 
e) Costumo obedecer a preceitos éticos. 
 
10. (G1 - ifpe 2016) 
 
O verbo “assistir” 
no sentido de 
“presenciar” ou 
“ver” é transitivo 
indireto, ou seja, 
ele exige a 
preposição “a” 
para que possa 
receber um 
complemento. 
Outros verbos da 
língua 
portuguesa também possuem mais de uma regência a 
depender do sentido que assumem no contexto. 
 
Sabendo disso, analise, nas frases a seguir, a adequação da 
regência verbal ao que concerne à norma culta da língua 
portuguesa. 
 
I. Aspiro a uma vaga na equipe titular. 
II. Depois de empossado, o governo assistirá na capital. 
III. Ele está namorando com a prima. 
IV. Esqueci-me o que havíamos combinado. 
V. Sempre ansiamos a dias melhores. 
 
Estão corretas apenas as frases 
a) II e III. b) I e II. c) I e III. 
d) III e V. e) II e V. 
 
11. (G1 - ifsp 2016) Analise o texto abaixo. 
 
O pai da Fernanda virá __________ mais cedo hoje. Devo 
__________ a respeito da nota em sua última avaliação? É 
melhor que __________ informemos o quanto antes, para 
que haja tempo hábil para ___________. 
 
Levando em consideração o uso e a colocação pronominal, 
de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, os 
termos que melhor preenchem, respectivamente, as lacunas 
são: 
a) buscar-lhe – conta-lo – o – ajudá-la 
b) buscar-lhe – contar-lhe – lhe – ajudar-lhe 
c) buscá-lhe – conta-lhe – lhe – ajuda-lhe 
d) buscar-lhe – conta-lo – o – ajuda-lhe 
e) buscá-la – contar-lhe – o – ajudá-la 
 
12. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual a 
regência do verbo destacado foi utilizada de acordo com a 
modalidade padrão. 
a) Eu custo a acreditar que existem pessoas desprezando 
livros em troca de computadores. 
b) O professor sempre lembrava de comentar as notícias 
internacionais após a aula. 
c) Dedicar-se ao trabalho implica, sempre, resultados 
eficazes, profícuos e confiáveis. 
 
42 
 
d) Todos dizem que este menino puxou o pai quando o 
assunto é esportes aquáticos. 
e) Pessoas sensatas preferem muito mais uma boa 
conversa do que um programa de TV. 
 
13. (Fgvrj 2016) Levando-se em conta a norma-padrão 
escrita da língua portuguesa, das frases abaixo, a única 
correta do ponto de vista da regência verbal é: 
a) A cidade tem características que a rendem, ao mesmo 
tempo, críticas e elogios. 
b) Para você evitar o estresse, é imprescindível seguir o 
estilo de vida que mais o interesse. 
c) É importante prezar não só a ordem mas também a 
liberdade. 
d) Sua distração acarretou em grandes prejuízos para todo o 
grupo. 
e) Alguém precisa se responsabilizar sobre a abertura do 
prédio na hora combinada. 
 
Leia o texto e o poema para responder à(s) questão(ões) a 
seguir. 
 
A ondomotriz é uma forma de energia renovável que se 
aproveita da energia das ondas oceânicas. Além de poder 
fornecer energia, as ondas também serviram de inspiração 
para Manuel Bandeira compor o poema “A onda”. 
 
A onda 
 
a onda anda 
aonde anda 
a onda? 
a onda ainda 
ainda onda 
ainda anda 
aonde? 
aonde? 
a onda a onda 
 
14. (G1 - cps 2016) No poema, há o emprego do advérbio 
aonde. Segundo as gramáticas normativas, esse advérbio 
deve ser utilizado para indicar o local ou destino para o qual 
se vai, ou seja, expressa a ideia de movimento. 
Assinale a alternativa em que o emprego do advérbio aonde 
está de acordo com as gramáticas normativas. 
a) Nunca sei aonde te achar. 
b) Esta é a casa aonde eu moro. 
c) Informe aonde você está agora. 
d) Não sei aonde o avião aterrissou. 
e) Aonde você pretende levar sua amiga. 
 
Leia este texto e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
No dia seguinte fui à casa da filha do dono da livraria [...]. 
Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, 
disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e 
que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. [...] Dessa 
vez nem caí; guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte 
viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida 
inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando 
pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. 
Clarice Lispector. Felicidade Clandestina. RJ: ed. Rocco, 1998. p. 9. 
 
15. (G1 - ifal 2016) Marque a alternativa incorreta quanto à 
análise gramatical do texto. 
a) A ausência da vírgula para indicar o deslocamento da 
expressão adverbial sublinhada constitui erro de 
pontuação nos trechos: 1. No dia seguinte fui à casa da 
filha do dono da livraria [...]; 2. Dessa vez nem caí; 3. [...] 
os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, 
[...] 
b) A oração “Não me mandou entrar.” pode ser escrita, sem 
alteração de sentido, da seguinte forma: “Não mandou 
que eu entrasse.” 
c) O adjunto adverbial exigido pelo verbo “ir” tanto pode ser 
introduzido pela preposição “a”, conforme no texto, como 
pode ser introduzido pela preposição “em”: “No dia 
seguinte fui na casa da filha do dono da livraria [...]”. 
d) A locução verbal “havia emprestado”, no trecho “[...] disse-
me que havia emprestado o livro a outra menina, [...]”, 
corresponde ao pretérito mais-que-perfeito composto, 
podendo, pois, ser substituído corretamente por 
“emprestara”, que é o pretérito mais-que-perfeito simples 
do verbo “emprestar”. 
e) O nome “amor” pode relacionar-se com complementos 
precedidos das preposições “a”, “de” e “por”. Em “[...] o 
amor pelo mundo me esperava [...]”, a preposição “por” 
pode ser substituída pela preposição “a”, sem que o 
sentido da expressão seja alterado. 
 
Gabarito: 
Resposta da questão 1: 
 [C] 
As opções [A], [B], [D] e [E] apresentam frases com incorreções 
que, para atender às exigências da gramática normativa, deveriam 
ser substituídas por: 
[A] Aquele era o homem ao qual Miguel devia favores; 
[B] Eis um homem cujo caráter é excepcional; 
[D] Aquele foi um momento em que eu tive grande alegria; 
[E] As pessoas de que (com, sobre) falei são muito ricas. 
 
Assim, é correta apenas a opção [C]. 
 
Resposta da questão 2: 
 [D] 
A alternativa [D] está incorreta, pois “atado” é regido pela 
preposição “a” e não pela preposição “por”. Assim, o certo seria 
“Lucas deixou o cachorro atado a um poste”. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
Os períodos [A], [C], [D] e [E] devem ser reescritos para estarem 
de acordo com a regência do nome: 
[A] Por ter sido transferido, o marinheiro foi morar na Rua Martinez, 
local próximo ao quartel. 
[C] Os alunos oriundos de outros Estados ficam curiosos de 
conhecer Angra dos Reis. 
[D] Desejoso da aprovação, este candidato demonstra capacidade 
para qualquer faina. 
[E] É preferível não se alimentar a alimentar-se com produtos 
nocivos ao organismo. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
O verbo “falar”, no sentido de “conversar”, é transitivo indireto e 
exige a preposição “sobre”. Para subordinar a oração [II] à [I], é 
necessário um pronome relativo que estabeleça a ideia de posse, 
para substituir “dela” (preposição “de” + pronome pessoal reto 
“ela”). Assim, o período correto é: “Encontrei a pessoa certa sobre 
cujos olhos falei”. 
 
Resposta da questão 5: 
 [A] 
 
43 
 
O verbo “visar” pode serutilizado em diferentes acepções. Quando 
utilizado sem preposição, apresenta sentido de mirar ou de fazer 
um visto. Quando utilizado com preposição, apresenta o sentido de 
ter um objetivo. 
As alternativas em que ele é utilizado com sentido de ter um 
objetivo são [A], [B] e [C] e, portanto, deve-se utilizar a preposição 
“a”, ausente em [A] (o correto seria: “Com aquele dinheiro visava à 
compra de um automóvel”). 
Em [D], vemos a acepção de fazer um visto e, portanto, o não uso 
da preposição “a”. 
Em [E], vemos a acepção de mirar e, portanto, o não uso da 
preposição “a”. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
A alternativa [B] está incorreta, pois a regência verbal de “apetecer” 
exige uma preposição antes de “o menino”. Assim, o correto seria 
“Apenas um sorvete não apetece ao menino”. 
 
Resposta da questão 7: 
 [C] 
Estão incorretas: 
[A] A frase não está de acordo com as normas do português-
padrão porque o sujeito (“A Unidade Básica de Saúde que fica na 
rua Caldas da Imperatriz”) é separado incorretamente do verbo 
(“esclarece”) por meio de vírgula. Também está incorreto o uso de 
“aonde”, que deveria ser substituído por “de onde”, uma vez que o 
verbo “retirar” não concorda com a preposição “a” e sim com “de”. 
[B] Primeiramente, a conjunção causal adequada é “porque”. Além 
disso, a locução adverbial “nos dias de chuva”, por estar deslocada 
(do fim para o começo da frase), poderia estar entre vírgulas. 
Ainda, o verbo “subir”, na acepção empregada, deve ser seguido 
de objeto direto (no caso, o artigo “a”) e não da preposição “em” 
(“em” + “a” = “na”). Por fim, “que também é muito íngreme” oração 
subordinada adjetiva explicativa, de modo que deve ser antecedida 
por uma vírgula após “rua”. 
[D] do mesmo modo, está em desacordo com a norma padrão. 
Seguem as incorreções: a primeira vírgula deve ser substituída por 
dois pontos; “seminuas” deve ser grafado como uma única palavra; 
e onde está grafado “porque” deve ser escrito “por que”, já que se 
trata de uma pergunta. 
 
Resposta da questão 8: 
 [E] 
O verbo ir obriga o emprego da preposição a, portanto a redação 
que atende às normas gramaticais é “Aonde você pensa que vai 
com esse vaso?”. 
As demais alternativas estão redigidas conforme as normas 
gramaticais: em [A], a locução devo levar exige a preposição a; em 
[B], o verbo morar é atendido pelo uso de onde; em [C], o verbo 
provir exige a preposição de; finalmente, em [D], o verbo chegar 
exige emprego da preposição a. 
 
Resposta da questão 9: 
 [C] 
O verbo pagar é transitivo direto e indireto. No caso do seu objeto 
direto, este é sempre aquilo que se paga. No caso de seu objeto 
indireto, este é sempre a quem se paga. Dessa forma, temos que: 
quem paga, paga algo a alguém. Com isso, fica claro que [C] não 
respeita a regência verbal, uma vez que para mantê-la seria 
necessário acrescentar uma preposição “a” antes do termo que se 
refere a quem é pago (no caso, “todos os trabalhadores”). Assim, o 
correto seria “Paguei a todos os trabalhadores”. 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
I. Aspirar no sentido de almejar exige preposição “a”. 
II. Assistir no sentido de morar é acompanhado pela preposição 
“em”. 
III. Namorar não é acompanhado de preposição e, dessa forma, a 
frase correta seria “Ele está namorando a prima”. 
IV. Esquecer-se deve ser acompanhado de preposição “de”. Dessa 
forma, a frase correta seria “Esqueci-me do que havíamos 
combinado”. 
V. O verbo “ansiar” não é acompanhado de preposição “a”. Assim, 
a frase correta seria “Sempre ansiamos dias melhores”. 
 
Resposta da questão 11: 
 [E] 
Primeira lacuna: o pai da Fernando virá buscar a Fernanda. Tem-
se, portanto, um objeto direto para o termo em itálico. O pronome 
correspondente para objeto direto no feminino é o “la”. Por isso, 
tem-se a forma “buscá-la”. 
Segunda lacuna: quem conta, conta algo a alguém. No caso, esse 
alguém é o pai da Fernanda. Dessa forma, o termo em itálico é um 
objeto indireto, devendo ser substituído por seu pronome 
correspondente: “lhe”. Tem-se, então, a forma “contar-lhe”. 
Terceira lacuna: quem informa, informa alguém. No caso, esse 
alguém é o pai da Fernanda. Dessa forma, o termo em itálico é um 
objeto direto no masculino, devendo ser substituído por seu 
pronome correspondente: “o”. Tem-se, então, a forma “o 
informemos”. 
Quarta lacuna: a partir do texto, entende-se que é preciso que haja 
tempo hábil para ajudar a Fernanda. Tem-se, portanto, um objeto 
direto no feminino para o termo em itálico. O pronome 
correspondente para esse termo é “la”. Por isso, tem-se a forma 
“ajudá-la”. 
 
Resposta da questão 12: 
 [C] 
[A] Incorreta: o certo seria “Custa-me acreditar que existem 
pessoas desprezando livros em troca de computadores”. 
[B] Incorreta: o certo seria “o professor sempre se lembrava de 
comentar as notícias internacionais após a aula”. 
[D] Incorreta: o certo seria “Todos dizem que este menino puxou ao 
pai quando o assunto é esportes aquáticos”. 
[E] Incorreta: o certo seria “Pessoas sensatas preferem muito mais 
uma boa conversa a um programa de TV.” 
 
Resposta da questão 13: 
 [C] 
[A] Incorreta. O verbo render, no sentido de dispensar, é transitivo 
indireto, exigindo a preposição “a”. A redação correta, 
portanto, é: “A cidade tem características que lhe rendem, ao 
mesmo tempo, críticas e elogios”. 
[B] Incorreta. O verbo interessar é transitivo indireto, exigindo a 
preposição “a”. A redação correta, portanto, é: “Para você 
evitar o estresse, é imprescindível seguir o estilo de vida que 
mais lhe interesse”. 
[C] Correta. A transitividade do verbo prezar é direta, portanto seus 
complementos não são acompanhados por preposições, assim 
como a alternativa está redigida. 
[D] Incorreta. O verbo acarretar, no sentido de provocar ou causar, 
é transitivo direto. A redação correta, portanto, é: “Sua 
distração acarretou grandes prejuízos para todo o grupo”. 
[E] Incorreta. O verbo responsabilizar-se é transitivo indireto, 
exigindo a preposição “por”. A redação correta, portanto, é: 
“Alguém precisa se responsabilizar pela abertura do prédio na hora 
combinada”. 
 
Resposta da questão 14: 
 [E] 
A alternativa [E] é a única que expressa ideia de movimento: quem 
leva alguém, leva a algum lugar. A presença de preposição “a” 
indica que o pronome relativo deve ser antecedido pela mesma 
preposição. Assim, temos a forma “aonde” (a+onde). 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
 
[C] Incorreta: o verbo “ir” é regido somente pela preposição “a”. 
Assim, não é correto gramaticalmente dizer “fui na”. 
 
 
44 
 
CRASE 
 1. (G1 - cps 2018) Leia a tirinha. 
 
A interpretação do humor da tirinha se dá, em partes, pelo 
entendimento do funcionamento da crase utilizada no 
segundo quadrinho. 
 
Assinale a alternativa em que há a explicação correta para 
esse caso específico do uso da crase. 
a) O verbo “chegar” estabelece, no segundo quadrinho, 
regência com a preposição “a”, a qual se aglutina com o 
artigo que sucede o verbo. 
b) O uso da crase é opcional, pois a regência nominal do 
substantivo “primavera” determina o uso do artigo “a”. 
c) Sempre que o verbo “chegar” estiver conjugado na 
primeira pessoa do singular haverá a crase. 
d) O uso da crase é facultativo, uma vez que sucede uma 
locução prepositiva. 
e) Antes de pronomes possessivos femininos o uso da crase 
é obrigatório. 
 
A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto 
abaixo. 
 
1
– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, 
depois da guerra. – Na Europa 
2
mataram 
3
milhões de 
judeus. 
Contava as 
4
experiências que 
5
os médicos nazistas 
faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças, 
faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios 
Jivaros. 
6
Amputavam pernas e braços. Realizavam 
estranhos transplantes: uniam a metade superior de um 
homem _____1_____ metade inferior de uma mulher, ou 
aos quartos traseiros de um bode. 
7
Felizmente 
8
morriam 
9
essas atrozes quimeras; 
10
expiravam como sereshumanos, 
não eram obrigadas a viver como aberrações. (_____2_____ 
essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai 
pensava 
11
que a descrição das maldades nazistas me 
deixava comovido.) 
12
Em 1948 
13
foi proclamado 
14
o Estado de Israel. 
Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do 
armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de 
perto do rádio, acompanhando _____3_____ notícias da 
guerra no Oriente Médio. Meu pai estava entusiasmado com 
o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o 
mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, 
judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus 
camelos: tipos muito esquisitos, Guedali. 
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias. Por que 
não ir para Israel? 
15
Num país de gente tão estranha – e, 
16
ainda por cima, em guerra – eu certamente não chamaria a 
atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a 
fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de 
uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, atirando 
sem cessar; eu me via caindo, 
17
varado de balas. 
18
Aquela, 
sim, era a 
19
morte que eu almejava, morte heroica, 
esplêndida justificativa para uma vida miserável, de monstro 
20
encurralado. E, caso não morresse, poderia viver depois 
num kibutz . Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, 
teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do 
kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há 
lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo. 
Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001. 
2. (Ufrgs 2018) Assinale a alternativa que preenche 
corretamente as lacunas 1, 2 e 3, nessa ordem. 
a) à – À – às b) a – A – às 
c) à – A – às d) a – À – as 
e) à – A – as 
 
3. (Eear 2017) Assinale a alternativa em que o emprego do 
acento grave, indicador de crase, está correto. 
a) Peça desculpas à seu mestre. 
b) Atribuiu o insucesso à má sorte. 
c) Quando a festa acabou, voltamos à casa felizes. 
d) Daqui à quatro meses muita coisa terá mudado. 
 
4. (G1 - ifsc 2017) Considerando o emprego do acento 
grave indicativo de crase, assinale (V) para as frases que 
estão de acordo com a norma padrão escrita da língua e (F) 
para aquelas que não estão. 
 
( ) Mesmo com muita chuva, Jean preferiu ir à pé. 
( ) Às vezes, Ana recorria às recomendações da mãe. 
( ) Sempre sai para o trabalho às sete horas. 
( ) Guilherme foi à Itália, à Espanha e à Áustria. 
( ) Raquel foi à cidade enquanto o marido foi à praia. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA 
das respostas, de cima para baixo. 
a) F – V – V – V – V. b) V – V – F – V – F. 
c) F – V – F – V – V. d) V – F – F – F – F. 
e) F – F – V – V – V. 
 
5. (G1 - ifsul 2017) Quanto às regras de uso da crase, qual 
a única frase correta em seu emprego? 
a) Fiquem atentas à homens dominadores. 
b) Preciso estar pronta até às 13h, senão perderei o voo e 
todas as conexões. 
c) As mulheres discutiram cara a cara acerca da melhor 
forma de obedecer as leis. 
d) O endereço correto é daqui à duas quadras, à esquerda 
da avenida principal. 
 
6. (G1 - ifsc 2017) Considere as afirmativas a seguir: 
 
I. Na frase “Ela trabalha de segunda à sexta-feira”, está 
correto o emprego do acento indicativo de crase, porque 
sempre ocorre crase antes de dias da semana. 
 
45 
 
II. Na frase “A construção das pirâmides egípcias 
envolveram milhares de trabalhadores e técnicas 
sofisticadas”, há erro quanto à concordância verbal, 
porque o verbo envolver deveria estar na terceira pessoa 
do singular. 
III. Tanto na palavra saúde quanto na palavra açaí, o acento 
gráfico sinaliza a existência de hiato. 
IV. Na frase “A primeira cirurgia, transcorreu sem maiores 
problemas”, está correta a pontuação, uma vez que se 
deve separar com vírgula o sujeito do verbo. 
V. Está correta a concordância nominal na frase “Ela 
comprou óculos e bolsa caríssimos”, porque o adjetivo se 
refere a ambos os substantivos. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Somente III e V são verdadeiras. 
b) Somente I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente II e III são verdadeiras. 
d) Somente I, IV e V são verdadeiras. 
e) Somente II, III e V são verdadeiras. 
 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir. 
 
Encontros e Desencontros 
 
 Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto 
de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me 
tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa 
vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, 
bem depressinha, tira o celular do bolso, e não mais o deixa, 
a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de 
saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que 
trazia junto à bolsa. Começa a lê-lo a partir da página 
assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço 
inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) 
deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros. 
 Desse modo, os dois iam usufruindo suas 
gulodices, sem comentários, com algumas reações dele, 
rindo com ele mesmo com postagens que certamente 
ocorriam em seu celular. Até dois estranhos, postos nessa 
situação, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: 
devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que 
conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a 
acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim 
caminhava, decerto, a vida daquele casal. 
 O que me choca, mesmo observando esta situação, 
como outras que o dia a dia me oferece, é a ausência de 
conversa. Sem conversa eu não vivo, sem sua força 
agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser 
convencido pelo outro, para manifestar humor, para 
desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar 
e para ouvir. A conversa não é a base da terapia? Sei não, 
mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa 
fora ou para confessar aquele temor que lhe está roubando 
o sossego talvez não seja fácil. O tempo também, nesta vida 
corre-corre, tem lá outras prioridades. Mia Couto é 
contundente: “Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor 
tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa 
solidão.” Até se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de 
conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, 
parece, mais no mundo digital. Nele, até que se conversa 
muito; porém, é tão diferente, mesmo quando um está vendo 
o outro. O compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que 
nos proporciona a abrangência do outro, a captação do seu 
respirar, as batidas de seu coração, o seu cheiro, o seu 
humor... 
 Desse diálogo é que tanta gente está sentindo falta. 
Até por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem 
menos. Pelo WhatsApp fica mais fácil, alega-se. Rapidinho, 
rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. 
Será? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em 
conversa, refiro-me àquelas que se esticam, sem tempo 
marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em 
assunto. O WhatsApp é de graça, proclamam. Talvez um 
argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor 
da utilização desse instrumento moderno. 
 Mas será apenas por isso? Um amigo me lembra: 
no WhatsApp se trocam mensagens por escrito. Eu sei. 
Entretanto, língua escrita é um outra modalidade, outro 
modo de ativar a linguagem, a começar pela não copresença 
física dos interlocutores. No telefone, não há essa 
copresença física, mas esse meio de comunicação não é 
impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de 
papéis e até mesmo de falarem ao mesmo tempo, 
configurando, pois, características próprias da modalidade 
oral. Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se 
possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos 
do telefone, e as conversas também vão, por isso, tornando-
se menos frequentes. 
 Gosto, mesmo, é de conversas, de preferência com 
poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, 
sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem 
compromisso,a não ser o de evitar a chatice. Com suas 
contundências, conflitos de opiniões e momentos de 
solidariedade. Conversa que é vida, que retrata a vida no 
seu dia a dia. No grupo maior, há de tudo: o louco, o filósofo, 
o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista... 
Nem sempre, é verdade, estou motivado para participar 
desses grupos. Porém, passado um tempo, a saudade me 
bate. 
 Aqueles bate-papos intimistas com um amigo tantas 
afinidades, merecedores que nos tornamos da confiança um 
do outro, esses não têm nada igual. A apreensão 
abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus 
sentimentos, das dificuldades mais íntimas por que passa, 
faz-no sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior 
valia da vida. 
 Esses momentos vão se tornando, assim me 
parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A 
pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se 
diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela 
conversa, que é entrega, confiança, despojamento? 
Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, 
vozes esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas 
estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a 
exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. 
Afinal, a vida está passando tão depressa... 
Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: 
http://carloseduardouchoa.com.br/blog/. 
 
7. (G1 - col. naval 2017) Em “Quando falo em conversa, 
refiro-me àquelas que se esticam [...].” (4º parágrafo), o 
acento indicador de crase foi corretamente empregado. Em 
que opção isso também ocorre? 
a) Suas ideias sobre o uso do WhatsApp são semelhantes 
às de meus amigos. 
b) Dirijo-me à estas pessoas que preferem o mundo virtual 
ao real. 
c) A conversa à que fiz referência não aconteceu no mundo 
virtual. 
d) Conversas no mundo digital acontecem à qualquer hora. 
e) Percebi às vezes que você trocou o real pelo virtual. 
 
 
 
 
46 
 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a 
seguir. 
“[...] Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) 
não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível 
compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos 
assim esquematizados sem uma certa prática.” 
Mário de Andrade – Artista 
 
8. (Esc. Naval 2017) Assinale a opção em que o termo 
destacado deve ser acentuado, conforme ocorre na 
expressão “à primeira leitura”. 
a) Veio, finalmente, a primeira vitória de sua carreira. 
b) Conheceram-se numa biblioteca: foi amor a primeira vista. 
c) Não será a primeira e nem a segunda leitura que o 
convencerá. 
d) Foi a primeira vez que viajei a Portugal, e já quero 
retornar. 
e) Não peça informações a qualquer primeira pessoa que 
encontrar. 
 
9. (Unifesp 2016) 
 
Assinale a alternativa que preenche, correta e 
respectivamente, as lacunas da tira. 
a) Por que – à – a – porquê b) Porquê – a – a – por que 
c) Por que – à – à – porque d) Por quê – à – à – porque 
e) Por quê – a – a – porque 
 
10. (Acafe 2016) Assinale a alternativa correta quanto ao 
acento indicador de crase. 
a) Em tempos de doenças transmitidas à seres humanos 
pelo mosquito Aedes aegypti, médicos de todo o país 
dirigem-se à Curitiba para estudar temas transversais 
relacionados a dengue, a chikungunya e ao zika. 
b) Convém não confundir a habitação voltada a moradia 
própria, mesmo que irregular, com a ação de 
especuladores, que, às vezes, invadem às áreas de 
preservação permanente e vendem até barracos prontos. 
c) Temos que aprender à punir com o voto todos os 
corruptores, da direita a esquerda, ano a ano, 
independentemente da cor partidária. 
d) Rosamaria recebeu do Juizado Militar a opção da 
liberdade vigiada e pôde sair da cadeia, embora a 
liberação tivesse fortes limitações como proibição de 
deixar a cidade, de chegar a casa após as 22h e de 
trabalhar. 
 
11. (Fatec 2016) Assinale a alternativa que apresenta o 
correto emprego da crase. 
a) Alguns atletas olímpicos irão à São Paulo fazer exames 
médicos periódicos. 
b) À um ano dos Jogos Olímpicos do Rio, é impossível 
adquirir alguns ingressos. 
c) Nossos atletas, à partir dessa semana, serão submetidos 
a novos treinamentos. 
d) Nenhum atleta dessa delegação pode comer o que deseja 
o tempo todo, à vontade. 
e) A homenagem à João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, 
resgata a nossa história olímpica. 
 
12. (G1 - ifce 2016) Assinale a alternativa que exemplifica o 
uso correto da crase. 
a) O jantar desta noite será um delicioso filé à Chatô. 
b) Voltarei daqui à uma hora. 
c) O fórum ocorrerá de 15 à 20 deste mês de janeiro. 
d) Nosso curso começará à partir da próxima semana. 
e) Irei à casa logo depois do treino. 
 
13. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual o acento 
indicativo de crase foi corretamente empregado. 
a) A leitura deve ser um prazer, mas muitos usam um tom 
irônico quando se referem à ela. 
b) Às pessoas que leem cabe o papel de ver o mundo de 
modo claro, especial e lúcido, independentemente de 
classe social. 
c) Quando os livros perdem espaço para o computador, a 
sociedade começa à perder oportunidades ímpares de 
conhecimento. 
d) Até à Educação pode utilizar-se dos meios cibernéticos, 
desde que não abandone os valores primeiros de sua 
estrutura. 
e) Quanto à Vossa Senhoria, peço que se retire agora 
mesmo desse tribunal para não causar maiores 
constrangimentos. 
 
14. (G1 - ifba 2016) 
A imagem a seguir 
representa um 
cartaz retirado de 
um ambiente virtual. 
Em relação ao uso 
do acento indicativo 
de crase, a frase 
presente na 
imagem está: 
a) correta, tal como em “Ele caminhava à passo firme”. 
b) incorreta, tal como em “Encontraram-se às 18 horas”. 
c) incorreta, tal como em “Esta é a escola à qual se 
referiram”. 
d) correta, tal como em “Fui àquela praça, mas não o 
encontrei”. 
e) incorreta, tal como em “Dirigiu-se ao local disposto à falar 
com o delegado”. 
 
47 
 
A(s) questão(ões) a seguir estão relacionadas ao texto 
abaixo. 
Quando a 
1
economia 
2
política clássica nasceu, no 
Reino Unido e na França, ao final do século XVIII e início do 
século XIX, a questão da distribuição da renda já se 
encontrava no centro de todas as análises. Estava claro que 
3
transformações radicais entraram em curso, propelidas pelo 
crescimento 
4
demográfico sustentado – inédito até então – e 
pelo início do êxodo rural e da Revolução Industrial. Quais 
seriam as consequências sociais dessas mudanças? 
Para Thomas Malthus, que 
5
publicou em 1798 seu 
Ensaio sobre o princípio da população, não restava dúvida: a 
superpopulação era uma ameaça. Preocupava-se 
especialmente com a situação dos franceses 1 
vésperas da Revolução de 1789, quando havia miséria 
generalizada no campo. 
6
Na época, a França era 
7
de longe o 
país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava 
com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino 
Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. A 
8
população francesa se expandiu em ritmo crescente ao 
longo do século XVIII, aproximando-se dos 30 milhões. Tudo 
leva a crer que esse 
9
dinamismo demográfico, desconhecido 
nos séculos anteriores, contribuiu para a 
10
estagnação dos 
salários no campo e para o aumento dos rendimentos 
associados à 
11
propriedade da terra, sendo, portanto, um 
dos fatores que levaram 2 Revolução Francesa. 
12
Para evitar que torvelinho 
13
similar vitimasse o Reino 
Unido, Malthus argumentou que 
14
toda assistência aos 
15
pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de 
natalidade deveria ser severamente controlada. 
Já David Ricardo, que publicou em 1817 os seus 
Princípios de economia política e tributação, preocupava-se 
com a 
16
evolução do preço da terra. Se o crescimento da 
população e, 
17
consequentemente, da produção agrícola se 
prolongasse, a terra tenderia a se 
18
tornar escassa. De 
acordo com ae Filipe, para responder à(s) questão(ões). 
 
 
14. (G1 - ifsc 2017) Considerando a tirinha, assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas. 
 
( ) Há desvio da norma padrão escrita em relação à acentuação gráfica em “[...] que são loiros, lindos e tem carro”. 
( ) Em “É a pergunta mais estúpida que eu ouvi em toda a minha vida, Susanita” e “O que você quer perguntar, Susanita?”, os 
termos destacados têm a mesma função sintática. 
( ) No segundo quadrinho, Susanita quer saber em que momento Mafalda perguntou sobre o mundo e as guerras. 
( ) No último quadrinho, Susanita compara os operários de seu país com os norte-americanos. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA das respostas, de cima para baixo. 
a) V – V – F – V. b) F – V – F – V. c) F – F – V – V. d) V – F – V – F. e) V – V – F – F. 
 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a 
seguir. 
A HUMILDADE DE SÃO JOSÉ 
 
São José é o símbolo da humildade. Ele sabia que não 
era o pai da Criança e cuidava da virgem grávida como se 
ele a tivesse germinado. 
São José é a bondade humana. É o auto apagamento 
no grande momento histórico. Ele é o que vela pela 
humanidade. 
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. 479 p. 
 
15. (G1 - ifpe 2017) Analise as afirmações a seguir 
conforme o Novo Acordo Ortográfico. 
 
I. A palavra “símbolo” já não possui o acento agudo presente 
no texto. 
II. A expressão “pai da Criança” atualmente deve ser grafada 
com hífen. 
III. O termo “histórico” manteve sua grafia anterior ao 
referido acordo. 
IV. A palavra “auto-apagamento” já não possui o hífen 
presente no texto. 
V. O vocábulo “que” do último enunciado atualmente recebe 
acento circunflexo. 
 
Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) afirmação(ões) 
a) II e V. b) III e V. c) IV. 
d) I e II. e) III e IV. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a 
seguir. 
 
AÇÚCAR, O NOVO CIGARRO 
 
1. Há um setor que vende um produto que faz mal à saúde 
do homem. Uma geração atrás, esse era o setor 
fumageiro, e o produto era o cigarro. Hoje, é o setor 
alimentício e o produto é o açúcar. O açúcar adicionado – 
não o açúcar natural que existe em frutas e legumes – 
está em tudo. Uma das maiores fontes são bebidas como 
refrigerantes, energéticos e sucos, mas um passeio pelo 
supermercado mostra que há açúcar adicionado a pães, 
iogurtes, sopas, vinhos, salsichas – na verdade, a quase 
todos os alimentos industrializados. 
2. Esse “açúcar invisível” recebe muitos nomes. Nos 
Estados Unidos e na Europa, por exemplo, o consumidor 
pode encontrar até 83 nomes diferentes para o açúcar 
adicionado. Sobre esse assunto, Helen Bond, nutricionista 
da Associação Dietética Britânica, diz: “É um marketing 
inteligente: palavras como ‘frutose’ fazem pensar que 
estamos reduzindo o açúcar adicionado, mas o fato é que 
estamos polvilhando açúcar branco sobre a comida.” 
Outros especialistas afirmam, ainda, que esse açúcar a 
mais é completamente desnecessário, pois, ao contrário 
do que a indústria alimentícia quer que acreditemos, o 
organismo não precisa da energia de nenhum açúcar 
adicionado. 
3. No Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da 
Saúde, o açúcar adicionado representa 19% da ingestão 
total de açúcar do brasileiro. Ainda segundo o Ministério, 
o excesso de açúcar na dieta é fator de risco para o 
desenvolvimento da obesidade, embora o perigo para a 
saúde não seja só o desenvolvimento desse mal: há 
indícios que ligam o açúcar a doenças hepáticas, diabetes 
tipo 2, cardiopatias e cáries. Ainda assim, o setor de 
bebidas e alimentos continua a promover o açúcar, com 
muita publicidade de seus produtos açucarados. Grandes 
quantias também são empregadas para se opor à 
rotulagem mais explícita dos produtos e combater o 
aumento da tributação de alimentos e bebidas 
açucarados. 
4. Os defensores da saúde pública levantam a ideia de que 
duas abordagens bem-sucedidas na redução do hábito de 
fumar são necessárias no combate ao consumo 
excessivo de açúcar: a educação do consumidor e a 
tributação. Em janeiro de 2014, o México criou um 
imposto de 10% sobre bebidas açucaradas, e sua venda 
caiu 12% no primeiro ano. Na França, um imposto sobre 
 
7 
 
refrigerantes criado em 2012 resultou no declínio gradual 
do consumo. A Noruega tributa alimentos e bebidas 
açucarados e divulga informações há muitos anos, com 
bons resultados. Em março deste ano, o chanceler 
britânico George Osborne anunciou a criação de um 
imposto sobre bebidas açucaradas a ser cobrado de 
produtores e importadores de refrigerantes. 
5. Embora tenha havido algum sucesso com a tributação, o 
setor de alimentos e bebidas continua a fazer pressão 
contra informar sobre o açúcar adicionado ao consumidor 
– mais uma vez, exatamente como fizeram as empresas 
fumageiras ao combaterem as tentativas do governo de 
pôr nas embalagens de cigarros mensagens alertando 
para o perigo de fumar (medida adotada também no 
Brasil). Na esteira das preocupações em relação ao 
açúcar, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira 
das Indústrias da Alimentação (ABIA) anunciaram 
recentemente que estudam um acordo para reduzir a 
quantidade de açúcar nos alimentos processados, 
semelhante ao que é feito com o sal. A primeira etapa 
deve começar em 2017, com análise das principais fontes 
de açúcar na dieta dos brasileiros. 
 
ECENGARGER, William. AIKINS, Mary S. Açúcar, o novo cigarro (adaptado). Revista 
Seleções. 
Disponível em: . Acesso: 01 out. 2016. 
 
16. (G1 - ifpe 2017) No trecho “Os defensores da saúde 
pública defendem a ideia de que duas abordagens bem-
sucedidas na redução do hábito de fumar são necessárias 
no combate ao consumo excessivo de açúcar: a educação 
do consumidor e a tributação”, as palavras destacadas foram 
escritas corretamente, de acordo com a nova ortografia da 
Língua Portuguesa. 
 
Assinale a alternativa em que todos os termos também estão 
grafados conforme prevê o Novo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa. 
a) Ceu e ciberespaço. 
b) Aneis e bem-vindo. 
c) Paranóia e pseudociência. 
d) Assembleia e mal-criado. 
e) Heroico e benfeitor. 
 
Com base neste texto, responda à(s) questão(ões). 
 
Ygor não tinha muito dinheiro pra ir à casa de Marcelle, 
não poderia pegar duas conduções. Teria que seguir uma 
longa peregrinação, afinal a S... não disponibilizava ônibus 
praquelas bandas. 
[...] 
Dentro do ônibus, tentava achar um lugar onde 
pudesse acomodar seus pés tamanho 42 sem pisar nos 
alheios. Riu indignadamente ao ver, num ponto, um abrigo 
com um anúncio que dizia: 
“CIDADANIA É USAR O TRANSPORTE DE MASSA: 
DÊ PREFERÊNCIA AO ÔNIBUS”. 
Após um enjoativo fluxo de para e anda, para e anda 
que durou uma hora e quinze minutos, enfim o ônibus seguia 
sem grandes interrupções, e inclusive já se aproximava do 
destino de Ygor. 
DENISSON, Ari. Contos Periféricos. Maceió: Imprensa Oficial 
Graciliano Ramos, 2016. p. 31. 
 
17. (G1 - ifal 2017) As palavras abaixo, encontradas no 
texto, foram acentuadas pela mesma razão, exceto: 
 
a) pés. b) é. c) dê. 
d) após. e) já. 
 
18. (G1 - ifal 2016) Assinale a alternativa em que as 
palavras, que completam a frase abaixo, estão acentuadas 
corretamente. 
Os tabloides que eles __________, __________ manchetes 
curtas que todos __________. 
 
a) leem – tem – veem b) lêm – teem – vêm 
c) leem – têm – veem d) leem – têm – vêm 
e) lêm – tem – veem 
 
19. (G1 - ifsc 2016) 
 
Com base na leitura da tirinha, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) No primeiro quadrinho, as palavras “será” e “saúde” têm a 
mesma regra de acentuação que as palavras “já” e 
“saída”, respectivamente. 
b) Na expressão “o novo imposto”, se o termo em destaque 
for posposto ao substantivo, o sentido será mantido, mas 
a classe gramaticallei da oferta e da procura, o preço do bem 
escasso – a terra – deveria subir de modo contínuo. No 
limite, 
19
os donos da terra receberiam uma parte cada vez 
mais significativa da renda nacional, e o 
20
restante da 
população, uma parte cada vez mais reduzida, 
21
destruindo 
o equilíbrio social. De fato, 
22
o valor da terra permaneceu 
alto por algum tempo, mas, ao longo de século XIX, caiu em 
relação 3 outras formas de riqueza, à medida que 
diminuía o peso da agricultura na renda das nações. 
23
Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo não poderia 
antever a importância que o progresso tecnológico e o 
crescimento industrial teriam ao longo das décadas 
seguintes para a evolução da distribuição da renda. 
Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Século XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de 
Janeiro: Intrínseca, 2014. p.11-13. 
 
15. (Ufrgs 2016) Assinale a alternativa que preenche 
corretamente as lacunas 1, 2 e 3, nesta ordem. 
a) às – à – a b) as – à – a c) às – à – à 
d) às – a – à e) as – a – a 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [A] 
 
O verbo “chegar” é regido pela preposição “a” (quem chega, 
chega a algum lugar). Como “primavera” é feminino e 
antecedido pelo artigo feminino “a”, ocorre crase, já que a 
preposição “a” se aglutina com o artigo “a”. 
 
Resposta da questão 2: 
 [E] 
 
Em 1, “uniam a metade superior de um homem à metade 
inferior de uma mulher”, ocorre acento indicativo de crase pois 
o verbo “unir” é transitivo direto e indireto, obrigando o uso da 
preposição “a”, a qual é seguida de substantivo feminino. 
 
Em 2, “a essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas”, não 
há ocorrência de acento indicativo de crase pois a locução 
adverbial de tempo é formada por um pronome demonstrativo, 
o que impede o emprego de artigo feminino. 
 
Em 3, “E não saíamos de perto do rádio, acompanhando as 
notícias da guerra no Oriente Médio”, não há ocorrência de 
preposição; trata-se apenas de artigo definido relacionado ao 
substantivo “notícias”, uma vez que o verbo “acompanhar” é 
transitivo direto. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
O sinal de crase é indicador da contração entre a preposição 
“a” e o artigo definido “a”. Na alternativa [A], o uso da crase é 
equivocado, já que ela não pode ocorrer diante de palavra 
masculina (“seu”). Em [C], quando a palavra “casa” refere-se ao 
lar do enunciador, não admite crase, uma vez que não é 
acompanhada de artigo definido. Na alternativa [D], não há 
artigo feminino antes de numeral cardinal, portanto não pode 
haver a contração formadora de crase. 
 
Resposta da questão 4: 
 [A] 
 
1
a
 alternativa – falsa: a expressão “a pé” não tem crase, pois 
“pé” é uma palavra masculina, que não é antecedida, portanto, 
de artigo feminino “a”. 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
 
[A] Incorreta: o correto seria “Fiquem atentas a homens 
dominadores”. 
[C] Incorreta: o correto seria “As mulheres discutiram cara a 
cara acerca da melhor forma de obedecer às leis”. 
[D] Incorreta: o correto seria “O endereço correto é daqui a 
duas quadras, à esquerda da avenida principal”. 
 
Resposta da questão 6: 
 [E] 
[I] Incorreta: nem sempre ocorre crase antes de dias da 
semana. Nesse caso, não há crase já que não há artigo 
definido antecedendo “sexta-feira”, há somente a preposição 
“a”. 
[IV] Incorreta: a pontuação está incorreta, uma vez que jamais 
se deve separar o sujeito do verbo. 
 
Resposta da questão 7: 
 [A] 
[B] Incorreta: não há crase, uma vez que não é possível ter 
artigo antecedendo um pronome demonstrativo como 
“estas”. 
[C] Incorreta: não há crase, pois o artigo feminino que 
determina “conversa” aparece antes do termo “conversa”. 
Dessa forma, o “a” posterior ao termo é apenas uma 
preposição. 
 
48 
 
[D] Incorreta: não há crase, já que não é possível ter um artigo 
feminino antecedendo “qualquer”. 
[E] Incorreta: não há crase, porque o verbo “perceber” não é 
regido por preposição, ou seja, seu complemento é direto e não 
indireto. 
 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
O “a” é acentuado em “à primeira leitura”, pois ele marca a 
união do artigo feminino “a”, que antecede “primeira” e a 
preposição “a”. A mesma junção deve ocorrer em [B]: temos a 
preposição “a”, introduzindo o adjunto que indica a forma como 
foi o amor, unida ao artigo feminino “a”, que antecede 
“primeira”. 
Nas alternativas [A], [C] e [D], não há preposição antecedendo 
“primeira”, somente o artigo. Na alternativa [E], há preposição 
antecedendo “qualquer”, mas não há artigo definido feminino, 
uma vez que “qualquer” é uma palavra invariável. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
Em final de oração, “Por quê” deverá vir acentuado e separado, 
com o significado de “por qual motivo”, diferente do que 
acontece quando é conjunção subordinativa causal, função que 
apresenta na última lacuna do terceiro quadro da tirinha. Nas 
expressões “resistir à ideia” e “seja doado à igreja”, o uso de 
acento grave é obrigatório para assinalar a crase da preposição 
“a”, exigida pela regência dos verbos, e o artigo definido “a” dos 
substantivos a que se referem. 
 
Resposta da questão 10: 
 [D] 
[A] Incorreta. Há o emprego incorreto do acento grave, 
indicador de crase, nos seguintes casos: antes de “seres 
humanos”, pois há apenas a preposição “a”; antes de “Curitiba”, 
já que não há artigo (usa-se, por exemplo, voltar de Curitiba e 
não da Curitiba). Ademais, não é assinalada a ocorrência de 
crase (junção da preposição “a” com o artigo “a”) antes dos 
substantivos femininos “dengue” e “chikungunya”. 
 
[B] Incorreta. Falta o acento grave, indicador de crase, antes de 
“moradia própria”, uma vez que há junção de preposição com 
artigo. Além disso, há indicação incorreta de crase antes de 
“áreas de preservação permanente”, pois há somente a 
ocorrência do artigo “as”, já que a regência do verbo “invadir”, 
que é transitivo direto, não requer o uso de preposição. 
 
[C] Incorreta. Também apresenta incorreções quanto ao uso de 
acento indicador de crase. Não ocorre crase antes de verbo, o 
que torna equivocado o emprego de acento grave antes de 
“punir” (o correto é “a punir”). Faltou, por outro lado, indicar a 
ocorrência de crase antes de “esquerda” (à esquerda). 
 
Resposta da questão 11: 
 [D] 
[A] Antes de São Paulo não tem crase por tratar-se daqueles 
casos em que nem todos os nomes de cidades e regiões, 
sobretudo as masculinas, admitem crase. 
 
[B] À um ano, esse a jamais seria craseado. Neste caso, por 
tratar-se de referência a um tempo passado, deve-se usar o 
verbo haver: Há um ano... 
 
[C] Não se admite crase antes de verbos no infinitivo. 
[D] Alternativa correta. À vontade é uma locução adverbial de 
modo. Neste caso, a preposição a virá craseada, por 
anteceder a palavra feminina vontade. 
 
[E] Não se admite crase antes de nome masculino. 
 
Resposta da questão 12: 
 [A] 
[B] Incorreta: nesse caso, não há uso do artigo “a” antes de 
“uma”, apenas há o uso da preposição. Assim, não há 
crase. 
[C] Incorreta: nesse caso, não há uso do artigo “a” antes de 15 
e, assim, temos a forma “de”, e não “da”. O mesmo ocorre 
com o “a” antes de 20: como não há artigo, ele permanece 
sem crase. 
[D] Incorreta: não há artigo antes de verbo no infinitivo e, assim, 
não há crase. 
[E] Incorreta: como o falante está se referindo a sua própria 
casa, não há o uso de crase, já que não se usa artigo definido 
para falar de sua própria casa. 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
 
[A] Incorreta: não utilizamos crase antes de pronomes 
pessoais, como “ela”, pois é impossível ocorrer artigo antes 
de pronomes pessoais. 
[C] Incorreta: não utilizamos crase antes de verbos, pois é 
impossível um artigo anteceder um verbo. 
[D] Incorreta: no caso, “a Educação” é sujeito do verbo “pode”. 
Assim, não há uma preposição antecedendo “Educação”, 
há somente artigo. Com isso, não há crase. 
[E] Incorreta: não utilizamos crase antes de pronomes de 
tratamento como “Vossa Senhoria”. 
 
Resposta da questão14: 
 [E] 
Na oração “Desconto de 15% a 70%" é possível perceber 
que não há uso de artigo antes das porcentagens. Há, 
somente, a preposição “a” que faz parte da construção “de 
15% a 70%" (ou “de 15% até 70%"). Como só há crase 
quando temos uma preposição “a” mais um artigo definido 
feminino, nesse caso não há crase. O mesmo ocorre no 
período “Dirigiu-se ao local disposto a falar com o delegado”, 
pois não se usa artigo antes de verbo. Assim, temos somente a 
preposição “a”, que não é craseada. 
 
Resposta da questão 15: 
 [A] 
 
A alternativa [B] está incorreta, pois na lacuna 1 ocorre crase 
na locução com o substantivo feminino “vésperas”. 
Já na alternativa [C] está incorretamente indicada a ocorrência 
de crase na lacuna 3, pois nesse caso não há artigo. 
Está errada a alternativa [D], porque na lacuna 2 o verbo “levar” 
demanda o uso da preposição “a”, que, por vir antes de um 
substantivo feminino (“Revolução”) e acompanhando o artigo 
feminino “a”, deve carregar o acento grave para indicar a 
ocorrência de crase. 
E a alternativa [E] está incorreta por trazer os mesmo 
equívocos presentes nas alternativas [B] e [D]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
PONTUAÇÃO 
 
1. (Acafe 2017) Assinale o texto que mais se ajusta à 
norma-padrão escrita. 
a) Se eu fosse o prefeito de Floripa, iria criar um espaço 
novo de lazer e entretimento tipo os que se tem no 
Parque das Nações, em Lisboa, Portugal, do lado 
continental da Ilha, onde estão a Capitania dos Portos, o 
estaleiro Shaefer, uma fábrica de gelo e uma favela. 
b) Seria cômico não fosse Lula o que incitaria quando havia 
ostracismo ou crise no governo jogando nordestino contra 
sulistas, culpando a elites pela crise, mas isentando seus 
comparsas e agora que roubaram e repassaram para seu 
filho e nora 2 milhões, todos como inocentes. 
c) Estão pensando em elaborar outra Lei para que 
comportamento como este do Conselheiro sejam 
considerados nobres e ao invés de apontar punições, 
apontem para reconhecimento e valorização, inclusive 
com afastamento remunerado em dobro até que esteja 
apto para aposentadoria. 
d) Em uma entrevista concedida por Dilma para 4 ou 5 
jornalistas da RBS, em resposta a uma pergunta sobre o 
lazer da Presidente, ela respondeu que gostava de 
transitar, altas horas da noite, incógnita, pelas ruas quase 
desertas de Brasília, pilotando uma motocicleta. 
 
2. (Espcex (Aman) 2017) Marque a alternativa correta 
quanto ao emprego da vírgula, de acordo com as normas 
gramaticais. 
a) Ele pediu, ao motorista que parasse no hotel. 
b) A vida como diz o ditado popular é breve. 
c) Da sala eu vi sem ser visto todo o crime acontecendo. 
d) Atletas de várias nacionalidades, participarão da 
maratona. 
e) Meus olhos, devido à fumaça intensa, ardiam muito. 
 
3. (Espm 2017) A reivindicação do massacre na Charlie 
Hebdo pela facção da al-Qaeda na Península Arábica 
recoloca em primeiro plano um movimento afastado da mídia 
pelos sucessos militares da Organização do Estado 
Islâmico. Le Monde Diplomatique Brasil, 04.02.2016. 
 
Das afirmações abaixo sobre o uso da vírgula, assinale a 
única correta: 
a) o segmento “pela facção da al-Qaeda na Península 
Arábica” é um adjunto adnominal e deveria estar entre 
vírgulas. 
b) poderia haver uma vírgula após o sujeito “A reivindicação 
do massacre na Charlie Hebdo”. 
c) deveria haver uma vírgula após o objeto direto “um 
movimento afastado”. 
d) deveria haver uma vírgula após a forma verbal “recoloca”. 
e) o segmento “em primeiro plano” é um adjunto adverbial 
intercalado e poderia estar entre vírgulas. 
 
4. (G1 - ifsc 2017) Considere as afirmativas a seguir: 
 
I. Na frase “Ela trabalha de segunda à sexta-feira”, está 
correto o emprego do acento indicativo de crase, porque 
sempre ocorre crase antes de dias da semana. 
II. Na frase “A construção das pirâmides egípcias 
envolveram milhares de trabalhadores e técnicas 
sofisticadas”, há erro quanto à concordância verbal, 
porque o verbo envolver deveria estar na terceira pessoa 
do singular. 
III. Tanto na palavra saúde quanto na palavra açaí, o acento 
gráfico sinaliza a existência de hiato. 
IV. Na frase “A primeira cirurgia, transcorreu sem maiores 
problemas”, está correta a pontuação, uma vez que se 
deve separar com vírgula o sujeito do verbo. 
V. Está correta a concordância nominal na frase “Ela 
comprou óculos e bolsa caríssimos”, porque o adjetivo se 
refere a ambos os substantivos. 
 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Somente III e V são verdadeiras. 
b) Somente I, III e IV são verdadeiras. 
c) Somente II e III são verdadeiras. 
d) Somente I, IV e V são verdadeiras. 
e) Somente II, III e V são verdadeiras. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 
 
5. (G1 - ifba 2017) O uso dos pontos de exclamação nas 
falas da charge indicam: 
a) ênfase, pois marcam o tom das falas. 
b) dúvida, pois não há certeza sobre o que vai acontecer no 
futuro. 
c) negação, pois o que se evidencia na cena é a ironia. 
d) pedido, pois implicitamente busca-se por socorro. 
e) humor, pois destoam do contexto da imagem. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
DE ONDE VEM A EXPRESSÃO “SERÁ O BENEDITO”? 
 
De Minas, uai. 
Em 1933, Getúlio Vargas estava indicando novos 
governadores, e chefes políticos mineiros temiam que o 
presidente nomeasse alguém indesejado. 
Para não desagradar seus apoiadores, dizia-se que o 
escolhido de Getúlio seria Benedito Valadares, jornalista, 
político local e candidato neutro. Muitos, surpresos com a 
provável escolha, que acabou acontecendo, perguntavam-
se: “Será o Benedito?”. 
Assim, a questão ficou conhecida por expressar 
contrariedade, surpresa, desalento e perplexidade frente a 
acontecimentos inusitados. 
 
MARQUES, E. De onde vem a expressão “Será o Benedito?”. Disponível em: 
. 
Acesso em: 09 maio 2017. 
 
 
50 
 
6. (G1 - ifpe 2017) Das alternativas abaixo, marque a única 
que justifica corretamente o uso da pontuação nos períodos 
do texto. 
a) No período “Muitos, surpresos com a provável escolha, 
que acabou acontecendo, perguntavam-se: ‘Será o 
Benedito?’.”, a oração destacada é subordinada adjetiva 
restritiva, por isso as vírgulas são obrigatórias. 
b) Em “Para não desagradar seus apoiadores, dizia-se que o 
escolhido de Getúlio seria Benedito Valadares”, a vírgula 
que separa as orações é facultativa, pois a oração 
destacada é adverbial e foi deslocada para o início do 
período. 
c) No trecho “Muitos, surpresos com a provável escolha”, a 
palavra destacada está isolada pela vírgula porque é um 
advérbio de intensidade deslocado para o início do 
período. 
d) No trecho “Em 1933, Getúlio Vargas estava indicando 
novos governadores”, usa-se a vírgula para isolar “Em 
1933” por ser uma expressão adverbial de tempo, em 
início de frase. 
e) Em “perguntavam-se: ‘Será o Benedito?’”, os dois pontos 
podem ser substituídos pelo travessão, pois antecedem o 
discurso direto. 
 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões). 
 
Renúncia 
 
Chora de manso e no íntimo... Procura 
Curtir sem queixa o mal que te crucia: 
O mundo é sem piedade e até riria 
Da tua inconsolável amargura. 
Só a dor enobrece e é grande e é pura. 
Aprende a amá-la que a amarás um dia. 
Então ela será tua alegria, 
E será, ela só, tua ventura... 
A vida é vã como a sombra que passa... 
Sofre sereno e de alma sobranceira, 
Sem um grito sequer, tua desgraça. 
Encerra em ti tua tristeza inteira. 
E pede humildemente a Deus que a faça 
Tua doce e constante companheira... 
BANDEIRA, Manuel. A cinza das horas. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1993, p. 75. 
 
7. (G1 - ifal 2017) A pontuação contribui para a produção 
dos efeitos de sentido no texto. Sobre esse assunto, marque 
a alternativa que apresenta uma afirmação incorreta, 
levando-se em consideração asregras de pontuação 
previstas na gramática normativa. 
a) No trecho “E pede humildemente a Deus que a faça”, 
admitir-se-ia o uso da vírgula para intercalar o termo 
“humildemente”. 
b) O ponto, em versos como “Só a dor enobrece e é grande 
e é pura.”, encerra ideias categóricas para as quais não 
se preveem contra-argumentações. 
c) Do ponto de vista pragmático, o sinal dois pontos, no 
segundo verso, serve para expressar uma explicação. 
d) As reticências ao longo do texto criam uma atmosfera 
intimista, sugestiva e de convite à reflexão. 
e) No verso “A vida é vã como a sombra que passa...”, 
poder-se-ia inserir uma vírgula após a palavra “vida”, sem 
prejuízo sintático e semântico do texto. 
 
8. (Enem 2016) L.J.C. 
 
— 5 tiros? 
— É. 
— Brincando de pegador? 
— É. O PM pensou que... 
— Hoje? 
— Cedinho. 
COELHO, M ln: FREIRE, M. (Org). Os cem menores contos brasileiros do século. 
São Paulo: Ateliê Editorial. 2004. 
 
Os sinais de pontuação são elementos com importantes 
funções para a progressão temática. Nesse miniconto, as 
reticências foram utilizadas para indicar 
a) uma fala hesitante. 
b) uma informação implícita. 
c) uma situação incoerente. 
d) a eliminação de uma ideia. 
e) a interrupção de uma ação. 
 
9. (Enem 2016) Quem procura a essência de um conto no 
espaço que fica entre a obra e seu autor comete um erro: é 
muito melhor procurar não no terreno que fica entre o 
escritor e sua obra, mas justamente no terreno que fica entre 
o texto e seu leitor. 
OZ, A. De amor e trevas. 
São Paulo: Cia. das Letras. 2005 (fragmento). 
 
A progressão temática de um texto pode ser estruturada por 
meio de diferentes recursos coesivos, entre os quais se 
destaca a pontuação. Nesse texto, o emprego dos dois 
pontos caracteriza uma operação textual realizada com a 
finalidade de 
a) comparar elementos opostos. 
b) relacionar informações gradativas. 
c) intensificar um problema conceitual. 
d) introduzir um argumento esclarecedor. 
e) assinalar uma consequência hipotética. 
 
10. (G1 - ifal 2016) Assinale a oração sem erro de 
pontuação. 
a) O Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de 
V.Sa. o preenchimento da declaração. 
b) Estamos remetendo em anexo, o formulário. 
c) Vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos informem 
a situação econômica da firma em questão. 
d) Encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, o 
formulário em anexo. 
e) Cientificamo-lo de que na marcha do processo de 
restituição de suas contribuições, verificou-se a ausência 
da declaração de beneficiários. 
 
11. (G1 - col. naval 2016) Assinale a opção na qual o texto 
foi pontuado corretamente. 
a) Segundo pesquisas, brasileiros, leem mais que 
paraguaios e bolivianos; por outro lado, utilizam bem 
menos, as bibliotecas públicas. 
b) Na infância, as crianças aprendem que, a leitura exige 
concentração, mas traz, como recompensa, bastantes 
alegrias e conhecimento. 
c) Não existe, em parte alguma, povo civilizado que 
despreze a leitura, o conhecimento, as experiências 
advindas das bibliotecas, e gabinetes de leitura. 
d) Os leitores adquirem, ao longo dos anos, muitas 
experiências preciosas; enquanto isso, os não leitores, 
sem perceber, furtam-se de um universo incontável de 
saber. 
e) Sem perceber as pessoas vão deixando para trás, quando 
abandonam a leitura, um universo completamente 
precioso; ao mesmo tempo os leitores fiéis acumulam 
sabedoria e ideias novas. 
 
 
51 
 
12. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2016) Leia o texto a 
seguir: 
Além das palavras 
 
No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das 
informações é verbalizada pelos pacientes. Outra tem a ver 
com o olhar do médico: uma avaliação de gestos, posturas e 
outros sinais que podem ajudar a compreender o estado de 
saúde mental em que uma pessoa se encontra. Uma 
proposta de sistematização desse ‘olho clínico’ foi 
apresentada por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da 
Universidade de São Paulo (USP), que elaboraram um 
checklist de posturas, gestos e expressões típicos de 
pacientes com depressão. 
O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no 
Hospital Universitário, ambos ligados à USP, sob a 
supervisão da farmacologista Clarice Gorenstein. Em vez de 
seguirem apenas o protocolo corrente de diagnóstico de 
depressão, baseado em perguntas e respostas, avaliadores 
preencheram um formulário detalhado sobre as expressões 
faciais e corporais dos pacientes durante entrevistas 
clínicas. As entrevistas também foram filmadas, para análise 
objetiva do comportamento dos pacientes. 
“Elaboramos uma lista de comportamentos 
corporais favoráveis ou não ao contato social para analisar 
os pacientes, além de fazer as perguntas padrão”, relata a 
pesquisadora e psicóloga Juliana Teixeira Fiquer, que 
realizou seu pós-doutorado com o estudo. “Sinais como 
inclinar o corpo para frente na direção do entrevistador, ou 
encolher os ombros, fazer movimentos afirmativos ou 
negativos com a cabeça, fazer contato ocular ou não, rir ou 
chorar são alguns dos 22 comportamentos que 
selecionamos”, exemplifica. 
Disponível em: . Acesso 
em: 6/4/2016. 
 
A construção e manutenção de sentido do texto dependem, 
entre outras características, do emprego da pontuação. A 
respeito da pontuação empregada no texto que revela o 
estudo para diagnóstico de depressão, é correta a análise 
feita em: 
a) Caso o último período do 2º parágrafo fosse reescrito 
invertendo-se a ordem das orações, ele prescindiria da 
vírgula e ficaria assim: “Para análise objetiva do 
comportamento dos pacientes as entrevistas também 
foram filmadas”. 
b) Caso o 1º período do texto fosse reescrito da seguinte 
maneira: “Apenas uma parte das informações é 
verbalizada pelos pacientes, no consultório psiquiátrico”, a 
vírgula seria mantida para isolar o adjunto adverbial 
deslocado. 
c) Os dois-pontos empregados no 2º período do 1º parágrafo 
são facultativos e não haveria alteração sintática caso 
esse sinal de pontuação fosse omitido. 
d) As orações “que elaboraram um checklist de posturas” (1º 
parágrafo) e “que realizou seu pós-doutorado com o 
estudo” (3º parágrafo) são subordinadas adjetivas 
explicativas, caracterizadas pela vírgula antecedendo o 
pronome relativo. 
e) A vírgula empregada antes do vocábulo “ambos” no 1º 
período do 2º parágrafo marca a elipse de sujeito da 
oração e não poderia ser substituída por outro sinal de 
pontuação. 
 
13. (G1 - ifsul 2016) Analise as frases a seguir e assinale 
aquela em que houver erro no uso da vírgula. 
a) Os colorados saíram alegres; os gremistas, tristes. 
b) Miguel, comprou os jornais e Maria as revistas. 
c) Ele não poderia, a meu ver, aceitar tais condições. 
d) Nós, embora exaustos, seguimos a jornada até o fim. 
 
14. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2016) Leia o texto a 
seguir: 
The Edge, do U2, faz história ao se 
apresentar na Capela Sistina 
 
VATICANO – The Edge, guitarrista da banda irlandesa U2, 
se tornou o primeiro roqueiro a tocar na Capela Sistina, local 
que descreveu como "o salão paroquial mais bonito do 
mundo". 
O músico, cujo nome de batismo é David Evans, cantou 
quatro músicas na noite de sábado para um público de 200 
médicos, pesquisadores e filantropos que participaram de 
uma conferência sobre medicina regenerativa no Vaticano. 
Acompanhado por um coral de sete jovens irlandeses e 
vestindo o gorro preto que é sua marca registrada, ele tocou 
violão e cantou um cover de “If it be your Will”, de Leonard 
Cohen, além de versões das músicas “Yahweh”, “Ordinary 
Love” e “Walk on”, do U2. 
The Edge, cujo pai morreu de câncer no mês passado e cuja 
filha superou uma leucemia, faz parte do conselho de 
fundações que trabalham para a prevenção do câncer. 
Disponível em:apresentar-na-capela-sistina>. 
Acesso em: 01/05/2016. 
 
Os sinais de pontuação, quando bem empregados, 
contribuem para a expressividade dos textos e podem 
modificar o sentido das informações nele apresentadas. 
Sobre a pontuação empregada na notícia a respeito do 
músico The Edge, é CORRETO somente o que se afirma 
em: 
a) A inserção de uma vírgula antes do pronome relativo 
“que” em “que participaram de uma conferência (...)” é 
facultativa e não promove alteração de sentido. 
b) O excerto “guitarrista da banda irlandesa U2”, no 1º 
parágrafo, está entre vírgulas para separar o vocativo dos 
demais termos. 
c) A inserção de uma vírgula antes da conjunção “e” em “e 
vestindo o gorro preto”, no penúltimo parágrafo, marcaria 
a mudança de sujeito. 
d) Os segmentos “cujo nome” e “cujo pai”, no 2º e último 
parágrafo, respectivamente, introduzem explicações 
intercaladas no período, por isso são marcados por 
vírgulas. 
e) O emprego das aspas no 1º e 3º parágrafos do texto 
marca a isenção do periódico que publicou a notícia em 
relação às informações marcadas por esse sinal de 
pontuação. 
 
15. (Acafe 2016) Assinale a frase elaborada de acordo com 
as normas do português-padrão. 
a) A Unidade Básica de Saúde que fica na rua Caldas da 
Imperatriz, esclarece que o medicamento sinvastatina 
10 mg chegou ao almoxarifado central no início deste 
mês, aonde pode ser retirado pelos pacientes do SUS. 
b) Solicitamos o asfaltamento dessa rua por que nos dias de 
chuva os moradores não conseguem subir na rua que 
também é muito íngreme. 
c) A Brastemp informa, por meio de nota de sua assessoria 
de imprensa, que entrou em contato com a consumidora 
Solange Azambuja e ofereceu a troca do produto com 
custos operacionais gratuitos. 
d) Só uma pergunta, todos os dias esse cara posta fotos de 
mulheres semi nuas em sua coluna, porque somente essa 
foto causou indignação? 
 
52 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [D] 
Todas as opções apresentam desvios à norma culta, exceto [D]. 
Em [A], entre outros, escreveu-se erroneamente a palavra 
“entretenimento”. Em [B], nota-se falta de coesão textual, o que 
torna a frase incompreensível. Em [C], existem falhas de 
concordância nominal, verbal e pontuação inadequada. 
 
Resposta da questão 2: 
 [E] 
As opções [A], [B], [C] e [D] são incorretas, pois a vírgula 
[A] não pode separar verbo do seu objeto; 
[B] deve separar orações subordinadas intercaladas; 
[C] deve assinalar adjunto adverbial deslocado; 
[D] não pode separar sujeito do seu predicado. 
 
Para obedecerem às regras gramaticais de pontuação, as frases 
deveriam ser substituídas, respectivamente, por: 
- Ele pediu ao motorista que parasse no hotel. 
- A vida, como diz o ditado popular, é breve. 
- Da sala, eu vi sem ser visto todo o crime acontecendo. 
- Atletas de várias nacionalidades participarão da maratona. 
 
Assim, é correta apenas [E]. 
 
Resposta da questão 3: 
 [E] 
Estão incorretas as alternativas: 
[A] adjuntos adnominais não devem ser separados por vírgula; 
[B] não deve haver vírgula entre sujeito e predicado; 
[C] não deve haver vírgula após “um movimento afastado”, já 
que o que vem a seguir é parte, ainda, do objeto direto – “um 
movimento afastado da mídia pelos sucessos militares da 
Organização do Estado Islâmico”; 
[D] não pode haver vírgula entre o verbo e seu objeto direto. 
 
Resposta da questão 4: 
 [E] 
[I] Incorreta: nem sempre ocorre crase antes de dias da semana. 
Nesse caso, não há crase já que não há artigo definido 
antecedendo “sexta-feira”, há somente a preposição “a”. 
[IV] Incorreta: a pontuação está incorreta, uma vez que jamais 
se deve separar o sujeito do verbo. 
 
Resposta da questão 5: 
 [A] 
O ponto de exclamação é caracterizado por dar maior ênfase às 
falas, uma vez que traz um tom de sentimento envolvido. No 
caso, temos a situação de uma despedida e desejo de bom dia, 
marcadas por uma exclamação. 
 
Resposta da questão 6: 
 [D] 
Quando utilizamos uma expressão adverbial ou oração 
adverbial no início de um período, usa-se a vírgula para isolá-la, 
como vemos nos trechos em [B] e [D]. 
A vírgula também é utilizada para separar as subordinadas 
adjetivas explicativas, como vemos em [A]. 
Em [B], a vírgula isola a expressão “surpresos com a provável 
escolha”, que caracteriza o estado de “Muitos”, colocado na 
posição de sujeito da oração principal. 
Em [E], temos a reprodução de uma expressão, que surgiu de 
uma pergunta comumente realizada. Assim, usam-se as aspas 
para marcá-la. 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
Não podemos inserir uma vírgula após a palavra “vida”, uma vez 
que não se pode separar com vírgula o sujeito, “A vida”, do 
predicado. 
 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
O miniconto caracteriza-se por ser uma narração com o mínimo 
de palavras possíveis, de maneira a que todo o contexto seja 
mais sugerido do que narrado. As elipses deixam ao leitor a 
tarefa de “preencher” essas sugestões e entender a história por 
trás da história escrita. No texto de Marcelo Coelho, as 
reticências indicam uma informação de conhecimento do 
contexto social e dos personagens, o que explicaria a ação do 
policial ao desferir os cinco tiros que mataram o menino que 
brincava de “pega-ladrão”: o policial pensou que L.J.C. era um 
bandido, estava armado e oferecia perigo. Assim, é correta a 
opção [B]. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
O emprego dos dois-pontos marca o início de um aposto que 
visa a esclarecer o leitor sobre o posicionamento do autor 
enunciado anteriormente, utilizando-o também como argumento. 
Assim, é correta a opção [D]. 
 
Resposta da questão 10: 
 [D] 
[A] A frase está mal pontuada, pois há uma vírgula que separa o 
sujeito do predicado, o que é errado. O correto seria: O Instituto 
de Previdência do Estado vem solicitar de V.Sa. o 
preenchimento da declaração. 
[B] A frase apresenta erro na pontuação, pois faltou uma vírgula 
para isolar o aposto explicativo “em anexo”. O correto seria: 
Estamos remetendo, em anexo, o formulário. 
[C] Para a pontuação ficar correta, a frase deveria ser reescrita 
em: Vimos, pela presente, solicitar de V.Sas. que nos informem 
a situação econômica da firma em questão. 
[E] Para a pontuação ficar correta, o trecho que especifica deve 
ficar isolado por vírgulas. Assim, a frase deveria ser reescrita: 
Cientificamo-lo de que, na marcha do processo de restituição de 
suas contribuições, verificou-se a ausência da declaração de 
beneficiários. 
 
Resposta da questão 11: 
 [D] 
[A] Incorreta: não se pode separar o sujeito do verbo, assim, a 
vírgula entre “brasileiros” e “leem” está incorreta. Além disso, a 
vírgula que separa “menos” de “as bibliotecas” também está 
incorreta. 
[B] Incorreta: não deveria haver vírgula separando “que” de “a 
leitura”. 
[C] Incorreta: não deveria haver vírgula antes do “e”. 
[E] Incorreta: deveria haver uma vírgula após o “Sem perceber” 
e o “ao mesmo tempo”. 
 
Resposta da questão 12: 
 [D] 
[A] Incorreta. Oração subordinada adverbial anteposta à oração 
principal obriga o uso de vírgula; o correto seria: “Para análise 
objetiva do comportamento dos pacientes, as entrevistas 
também foram filmadas”. 
[B] Incorreta. No trecho selecionado, o adjunto adverbial não 
está deslocado, uma vez que encerra a oração. 
[C] Incorreta. O emprego dos dois pontos é necessário para 
marcar o início de uma explicação. 
[D] Correta. Ambas orações são subordinadas adjetivas 
explicativas, uma vez que são iniciadas por pronomes relativos 
e referem-se de modo generalizado ao nome que as antecede: 
pesquisadores (1º parágrafo) e pesquisadora e psicóloga (3º 
parágrafo). 
[E] Incorreta. A vírgula mencionada marca uma oração 
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio, portanto 
seu uso é obrigatório. 
 
53 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
A alternativa [B] está errada, pois não se pode separar o sujeito 
do verbo. Em “Miguel, comprou os jornais e Maria as revistas”, 
há uma separação do sujeito“Miguel” do verbo “comprou” a 
partir da vírgula, o que torna a pontuação da sentença incorreta. 
 
Resposta da questão 14: 
 [D] 
[A] Incorreta. O emprego de vírgula em tal trecho alteraria seu 
sentido, passando a ser explicativo, o que generaliza a 
afirmação. 
[B] Incorreta. O emprego de vírgulas marca um aposto 
explicativo. 
[C] Incorreta. Não se emprega vírgula entre orações 
coordenadas sindéticas aditivas com o mesmo sujeito. 
[D] Correta. Os pronomes apontados iniciam orações 
subordinadas adjetivas explicativas, particularizando o nome a 
que se referem (The Edge), portanto o emprego de vírgulas é 
obrigatório. Além disso, ambas interromperam a ordem direta da 
oração principal (The Edge faz parte do conselho de fundações). 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
 
Estão incorretas: 
[A] A frase não está de acordo com as normas do português-
padrão porque o sujeito (“A Unidade Básica de Saúde que fica 
na rua Caldas da Imperatriz”) é separado incorretamente do 
verbo (“esclarece”) por meio de vírgula. Também está incorreto 
o uso de “aonde”, que deveria ser substituído por “de onde”, 
uma vez que o verbo “retirar” não concorda com a preposição 
“a” e sim com “de”. 
 
[B] Primeiramente, a conjunção causal adequada é “porque”. 
Além disso, a locução adverbial “nos dias de chuva”, por estar 
deslocada (do fim para o começo da frase), poderia estar entre 
vírgulas. Ainda, o verbo “subir”, na acepção empregada, deve 
ser seguido de objeto direto (no caso, o artigo “a”) e não da 
preposição “em” (“em” + “a” = “na”). Por fim, “que também é 
muito íngreme” oração subordinada adjetiva explicativa, de 
modo que deve ser antecedida por uma vírgula após “rua”. 
 
[D] do mesmo modo, está em desacordo com a norma padrão. 
Seguem as incorreções: a primeira vírgula deve ser substituída 
por dois pontos; “seminuas” deve ser grafado como uma única 
palavra; e onde está grafado “porque” deve ser escrito “por que”, 
já que se trata de uma pergunta. 
 
SINTAXE 
 
1. (Eear 2017) Na oração “Informou-se a novidade aos 
membros e diretores do grupo”, qual é a classificação do 
sujeito? 
a) Oculto b) Simples 
c) Composto d) Indeterminado 
e) Inexistente 
 
2. (Eear 2017) Assinale a alternativa em que o se é índice 
de indeterminação do sujeito na frase. 
a) Não se ouvia o barulho. 
b) Perdeu-se um gato de estimação. 
c) Precisa-se de novos candidatos militares. 
d) Construíram-se casas e apartamentos na rua pacata. 
 
Leia o poema a seguir e responda à(s) questão(ões). 
 
RETRATO 
 
Eu não tinha este rosto de hoje, 
Assim calmo, assim triste, assim magro, 
Nem estes olhos tão vazios, 
Nem o lábio amargo 
Eu não tinha estas mãos sem força, 
Tão paradas e frias e mortas; 
Eu não tinha este coração 
Que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
Tão simples, tão certa, tão fácil: 
– em que espelho ficou perdida 
a minha face? 
MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958. 
 
 
3. (Epcar (Afa) 2017) Analisando os versos do poema 
“Retrato”, assinale a opção correta. 
a) Percebe-se que foi utilizado, no poema, o pronome “este” 
e suas variações, em referência a algo que, do ponto de 
vista espacial, está próximo do eu lírico. 
b) A repetição do advérbio de modo “assim” (v. 2) reforça as 
características físicas do eu lírico no passado. 
c) Em “Tão simples, tão certa, tão fácil” (v. 10), o advérbio 
em destaque foi empregado para atenuar as mudanças 
sofridas pelo eu lírico ao longo da vida. 
d) A substituição da expressão “em que espelho” (v. 11) por 
“onde” poderia ocorrer sem provocar alteração no sentido 
e na sintaxe do verso original. 
 
4. (Espcex (Aman) 2016) Assinale a oração em que o termo 
ou expressão grifados exerce a função de Objeto Indireto. 
a) Cumprimentei-as respeitosamente. 
b) Perderam-na para sempre. 
c) Amava mais a ele que aos outros. 
d) Eu culpo a tudo e a todos. 
e) Obedeceu-lhe prontamente. 
 
As questões a seguir tomam por base a crônica de Luís 
Fernando Veríssimo. 
 
A invasão 
 
A divisão ciência/humanismo se reflete na maneira 
como as pessoas, hoje, encaram o computador. Resiste-se 
ao computador, e a toda a cultura cibernética, como uma 
forma de ser fiel ao livro e à palavra impressa. Mas o 
computador não eliminará o papel. Ao contrário do que se 
pensava há alguns anos, o computador não salvará as 
florestas. Aumentou o uso do papel em todo o mundo, e não 
apenas porque a cada novidade eletrônica lançada no 
mercado corresponde um manual de instrução, sem falar 
numa embalagem de papelão e num embrulho para 
presente. O computador estimula as pessoas a escreverem 
e imprimirem o que escrevem. Como hoje qualquer um pode 
ser seu próprio editor, paginador e ilustrador sem largar o 
mouse, a tentação de passar sua obra para o papel é quase 
irresistível. 
Desconfio que o que salvará o livro será o 
supérfluo, o que não tem nada a ver com conteúdo ou 
conveniência. Até que lancem computadores com cheiro 
sintetizado, nada substituirá o cheiro de papel e tinta nas 
suas duas categorias inimitáveis, livro novo e livro velho. E 
nenhuma coleção de gravações ornamentará uma sala com 
 
54 
 
o calor e a dignidade de uma estante de livros. A tudo que 
falta ao admirável mundo da informática, da cibernética, do 
virtual e do instantâneo acrescente-se isso: falta lombada. 
No fim, o livro deverá sua sobrevida à decoração de 
interiores. (O Estado de S. Paulo, 31.05.2015.) 
 
5. (Unesp 2016) Os termos “o uso do papel” e “um manual 
de instrução” (1º parágrafo) se identificam sintaticamente por 
exercerem nas respectivas orações a função de 
a) objeto direto. b) predicativo do sujeito. 
c) objeto indireto. d) complemento nominal. 
e) sujeito. 
 
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Onde há maior engajamento das pessoas no trabalho? Para 
responder essa pergunta, a consultoria Marcus Buckingham 
Company fez uma pesquisa em 13 países, entrevistando 
cerca de mil pessoas de várias empresas em cada um. Os 
Estados Unidos e a China estão empatados em primeiro 
lugar (com 19% de engajamento total cada), o que não 
chega a ser uma surpresa diante da potência de suas 
economias. Mas aí começam as novidades: em segundo 
lugar está a Índia, com 17% e em terceiro, o Brasil, com 16% 
de engajamento, acima de países como a Inglaterra, o 
Canadá, a Alemanha, a Itália e a França. Solicitou-se aos 
entrevistados hierarquizar oito afirmações básicas, como “no 
trabalho, sei claramente o que esperam de mim” ou “serei 
reconhecido se fizer um bom trabalho”. Para os autores, a 
diferença de engajamento em cada país seria explicada de 
acordo com o grau de confiança que o entrevistado teria 
sobre a utilização de suas capacidades pessoais no 
trabalho. Mas há nuances: no Brasil, assim como na França, 
Canadá e Argentina, a afirmação “meus colegas me apoiam” 
recebeu também grande destaque, enquanto na Inglaterra e 
na Índia se valoriza mais o fato de ter colegas que 
compartilhem os mesmos valores. (Adaptado de: NOGUEIRA, P. E. A 
preguiça é mito? Época Negócios. ago. 2015. n.102. p. 21.) 
 
6. (Uel 2016) Com base no trecho “Solicitou-se aos 
entrevistados hierarquizar oito afirmações básicas”, assinale 
a alternativa que apresenta a sua correta reescrita. 
a) A hierarquia de oito afirmações básicas foi solicitada aos 
entrevistados. 
b) Hierarquizar oito afirmações básicas foi a solicitação dos 
entrevistados. 
c) Oito afirmações básicas foram solicitadas aos 
entrevistados hierarquizados. 
d) Solicitaram a hierarquia dos entrevistados através de oito 
afirmações básicas. 
e) Solicitou-se hierarquizar os entrevistados com oito 
afirmações básicas. 
 
7. (Espcex (Aman) 2015) Assinale a alternativa cujo período 
está de acordo com a norma culta da Língua. 
a) Precisa-se vendedores. b) Cercou-se as cidades. 
c) Corrigiu-se o decreto. d) Dominou-se muitos. 
e) Aclamaram-se a rainha.Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
A cavalgada, que lenta 
8
subira a encosta, 
9
descia-
3
a 
rapidamente enquanto Atanagildo, visitando os muros, 
1
exortava os guerreiros da cruz a 
2
pelejarem 
esforçadamente. Quando 
4
estes souberam quais eram as 
intenções dos árabes acerca das virgens do mosteiro, a 
atrocidade do sacrilégio afugentou-
5
lhes dos corações a 
menor sombra de hesitação. Sobre as espadas juraram 
6
todos combater e morrer como godos. Então o quingentário, 
a 
6
quem parecia animar sobrenatural ousadia, correu ao 
templo. 
HERCULANO, A. Eurico, o presbítero. 2. ed. São Paulo: Martin Claret, 2014. p.107. 
 
 
8. (Uel 2015) Sobre os elementos linguísticos presentes no 
texto, assinale a alternativa correta. 
a) O pronome “a” (ref. 3) refere-se à “cavalgada”. 
b) O pronome “estes” (ref. 4) refere-se a “muros”. 
c) O pronome “lhes” (ref. 5) refere-se a “guerreiros”. 
d) O pronome “todos” (ref. 6) refere-se a “árabes”. 
e) O pronome “quem” (ref. 7) refere-se às “virgens do 
mosteiro”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quanto à organização social de nossos selvagens, é coisa 
quase incrível – e dizê-la envergonhará aqueles que têm leis 
divinas e humanas – que, 
1
apesar de serem conduzidos 
apenas pelo seu natural, ainda que um tanto degenerado, 
eles se deem tão bem e vivam em tanta paz uns com os 
outros. Mas com isso me refiro a cada nação em si ou às 
nações que sejam aliadas; pois quanto aos inimigos, já 
vimos em outra ocasião o tratamento terrível que lhes 
dispensam
2
. Porque, em ocorrendo alguma briga (o que se 
dá com tão pouca frequência que durante quase um ano em 
que com eles estive só os vi brigar duas vezes), os outros 
nem sequer 
3
pensam em separar ou pacificar os 
contendores; ao contrário, se estes tiverem de arrancar-se 
mutuamente os olhos, 
4
ninguém lhes dirá nada, e eles assim 
farão. 
5
Todavia, se alguém for ferido por seu próximo, e se o 
agressor for preso, ser-lhe-á 
6
infligido o mesmo ferimento no 
mesmo lugar do corpo, por parte dos parentes próximos do 
agredido, e caso este venha a morrer depois, ou caso morra 
na hora, os parentes do defunto tiram a vida ao assassino de 
um modo semelhante. De tal forma que, para dizer numa 
palavra, é vida por vida, olho por olho, dente por dente etc. 
Mas, como já disse, são coisas que raramente se veem 
entre eles. 
 
2 
O autor tratou do assunto no capítulo XIV, “Da guerra, 
combate e bravura dos selvagens”. 
Olivieri, Antonio Carlos e Villa, Marco Antonio. Cronistas do descobrimento. São Paulo: Ed. 
Ática,1999, p.69. 
 
9. (Udesc 2015) Analise as proposições em relação à obra 
Cronistas do descobrimento, Antonio Carlos Olivieri e Marco 
Antonio Villa, e trecho retirado da mesma, e assinale (V) 
para verdadeira e (F) para falsa. 
( ) A leitura do texto leva o leitor a inferir que, embora se 
trate de um relato sobre nossos selvagens, o autor 
procura desmistificar a imagem de selvageria, 
justificado pela organização e pelo respeito social. 
( ) O uso da próclise em “ninguém lhes dirá nada” (ref. 4) 
é justificado pela presença da palavra negativa 
ninguém. Se a palavra destacada for substituída por 
alguém, ocorrerá mesóclise: alguém dir-lhes-á nada. 
( ) A leitura do texto leva o leitor a inferir que os índios 
viviam dentro de um esquema de normalidade e 
respeito. 
( ) Da leitura do período “Todavia, se alguém for ferido por 
seu próximo” (ref. 5) infere-se que a palavra próximo 
está relacionada a outro selvagem e não ao homem 
branco. 
( ) No período “ninguém lhes dirá nada” (ref. 4) em relação 
às palavras destacadas, sequencialmente, na sintaxe, 
tem-se sujeito simples e objeto indireto. 
 
55 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, 
de cima para baixo. 
a) V - F - F - V - F b) V - V - F - V - V 
c) F - F - V - F - V d) V - F - V - V - F 
e) V - F - V - V - V 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
OS HUMANOS SÃO UMA PARTE 
IMPORTANTE DA BIOSFERA 
 
As maravilhas do mundo natural atraem a nossa 
curiosidade sobre a vida e tudo que nos cerca. Para muitos 
de nós, nossa curiosidade sobre a Natureza e os desafios de 
seu estudo são razões suficientes. 
1
Além disso, contudo, 
nossa necessidade de compreender a Natureza está se 
tornando mais e mais urgente, 
2
à medida que o crescimento 
da população humana estressa a capacidade dos sistemas 
naturais em manter sua estrutura e funcionamento. 
Os ambientes que as atividades humanas dominam 
ou criaram – incluindo nossas áreas de vida urbanas e 
suburbanas, nossas terras cultivadas, nossas áreas de 
recreação, plantações de árvore e pesqueiros – são também 
ecossistemas. O bem-estar da humanidade depende de 
manter o funcionamento desses sistemas, sejam eles 
naturais ou artificiais. Virtualmente toda a superfície da Terra 
é, ou em breve será, fortemente influenciada por pessoas, 
se não completamente sob seu controle. 
3
Os humanos já 
usurpam quase metade da produtividade biológica da 
biosfera. Não podemos assumir essa responsabilidade de 
forma negligente. 
4
A população humana se aproxima da marca de 7 
bilhões, e consome energia e recursos, e produz rejeitos 
muito além do necessário ditado pelo metabolismo biológico. 
Essas atividades causaram dois problemas relacionados de 
dimensões globais. O primeiro é o seu impacto nos sistemas 
naturais, incluindo a interrupção de processos ecológicos e a 
exterminação de espécies. O segundo é a firme e constante 
deterioração do próprio ambiente da espécie humana à 
medida que pressionamos os limites dentro dos quais os 
ecossistemas podem se sustentar. 
5
Compreender os 
princípios ecológicos é um passo necessário para lidar com 
esses problemas. 
RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2010. p. 15. (Adaptado). 
 
10. (Ueg 2015) Comparando-se as frases “A população 
humana se aproxima da marca de 7 bilhões” (ref. 4) e 
“Compreender os princípios ecológicos é um passo 
necessário para lidar com esses problemas” (ref. 5), verifica-
se que os trechos sublinhados desempenham a função 
sintática de 
a) sujeito em ambas as orações. 
b) objeto na primeira oração e sujeito na segunda. 
c) objeto em ambas as orações. 
d) sujeito na primeira oração e objeto na segunda. 
 
11. (Ufsm 2014) Leia o texto a seguir para responder à 
questão. 
 
Checkup x investigação 
Os médicos empregam o termo checkup para se referir a 
exames que avaliam a condição específica – o estado das 
mamas ou o perfil de colesterol – antes da presença de 
sintomas. Mas, quando as queixas já aparecem, fala-se de 
investigação diagnóstica – testes 
1
são solicitados para 
descobrir o que anda errado. Um exemplo é a endoscopia, 
que 
2
é prescrita diante de reclamações como queimação e 
dores de estômago. A seguir, 
apresenta-se uma seleção de testes 
indispensáveis em algum momento da 
vida. 
 
Pressão arterial 
É a conferência da pressão do 
paciente por meio de um aparelho. O 
exame costuma ser feito a partir dos 
18 anos – mas deveria ser requisitado 
ainda na infância. Precisa ser 
repetido, no mínimo, uma vez por ano. 
Detecta alterações na pressão arterial 
e diagnostica a hipertensão, fator de 
risco para infartos e derrames. 
 
Hemograma 
É o exame de sangue que registra o estoque de células 
vermelhas e brancas. É solicitado desde a infância. A menos 
que haja algum motivo, pode ser refeito anualmente. Sinaliza 
o estado do sangue e do sistema imunológico, acusando 
problemas como infecções. 
 
Coleste rol e glicemia 
São testes sanguíneos que avaliam a concentração de 
gorduras e de açúcar na circulação. Podem ser receitados 
desde a infância, mas depois dos 18 anos a indicação ganha 
ainda mais consistência. Depois dos 40 anos, recomenda-se 
repeti-los anualmente. Flagram altos níveis de colesterol e 
triglicérides, que favorecem as placas capazes de obstruir os 
vasos. Já a medida deglicose acusa a propensão ao 
diabete. 
SPONCHIATO, Diogo. “O que É um checkup inteligente”. Saúde! é vital, mar. 2011, p. 46-
47. (adaptado) 
Com relação aos procedimentos linguísticos usados no texto 
e à estrutura composicional, a alternativa que apresenta uma 
análise INADEQUADA é a seguinte: 
a) As informações sobre os exames citados estão 
organizadas nesta sequência: definição, periodicidade e 
motivo. 
b) O emprego de verbos no presente do Indicativo corrobora 
a exposição de afirmações gerais que podem ser válidas 
para casos particulares. 
c) A ausência da primeira pessoa do singular neutraliza a 
figura do enunciador, indicando que o conteúdo do texto 
não é mera opinião. 
d) O uso das estruturas passivas “são solicitados” (ref. 1) e 
“é prescrita” (ref. 2) inclui os médicos como sujeito 
paciente. 
e) A apresentação dos motivos para a realização dos 
exames é Introduzida por verbos que pertencem ao 
mesmo padrão frasal. 
 
12. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa correta 
quanto à classificação do sujeito, respectivamente, para 
cada uma das orações abaixo. 
— Choveu pedra por no mínimo 20 minutos. 
— Vende-se este imóvel. 
— Fazia um frio dos diabos naquele dia. 
a) indeterminado, inexistente, simples 
b) oculto, simples, inexistente 
c) inexistente, inexistente, inexistente 
d) oculto, inexistente, simples 
e) simples, simples, inexistente 
 
 
 
 
 
56 
 
13. (Insper 2012) 
 
O que motivou o apito do juiz foi 
a) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a norma 
padrão. 
b) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto. 
c) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”. 
d) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção 
linguística. 
e) a transgressão às regras de concordância nominal 
relacionadas ao pronome. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A ameaça de uma bomba atômica está mais viva 
do que nunca. Os conflitos 
5
étnicos mataram quase 200 
chineses só no mês de julho. Agora uma boa notícia: a paz 
mundial pode estar a caminho. Segundo estimativas de 
pesquisadores, o mundo está bem menos sangrento do que 
já foi. Cerca de 250 mil pessoas morrem por ano em 
consequência de algum conflito armado. É bem menos do 
que no século 20, que teve 800 mil mortes anuais em sua 2ª. 
metade e 3,8 milhões por ano até 1950. 
O que aconteceu? O psicólogo Steven Pinker 
6
diz 
que o aumento do número de democracias ajudou. Assim 
como a nossa saúde
1
: como a expectativa de vida subiu, 
temos mais medo de 
3
arriscar o pescoço. 
4
Até a 
globalização teria contribuído
2
: um mundo mais integrado é 
um mundo mais tolerante, diz Pinker.
 
Revista Superinteressante 
14. (Mackenzie 2010) Os conflitos étnicos mataram quase 
200 chineses só no mês de julho. 
De acordo com a norma padrão, passando-se essa frase 
para a voz passiva analítica, a forma verbal correspondente 
será: 
a) foram mortos. b) estavam sendo mortos. 
c) eram mortos. d) matou-se. 
e) morreram. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Logo depois, transferiu-se para o trapiche [local destinado à 
guarda de mercadorias para importação ou exportação] o 
depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes 
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o 
trapiche. 
Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, 
moleques de todas as cores e de idades, as mais variadas, 
desde os 9 aos 16 anos, que à noite se estendiam pelo 
assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao 
vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à 
chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos 
puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos 
às canções que vinham das embarcações. . . (AMADO, Jorge. O 
trapiche. Capitães de Areia. São Paulo: Livraria Martins Ed., 1937. Adaptado.) 
15. (Fatec 2010) Assinale a alternativa em que o verbo 
destacado tem como sujeito aquele apresentado entre 
colchetes. 
a) Logo depois transferiu-se para o trapiche o depósito dos 
objetos... [os objetos] 
b) ... o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes 
proporcionava. [o depósito dos objetos] 
c) Estranhas coisas entraram então para o trapiche. 
[estranhas coisas] 
d) ... indiferentes ao vento que circundava o casarão 
uivando... [o casarão] 
e) ... com os ouvidos presos às canções que vinham das 
embarcações. . . [as embarcações] 
 
16. (Ufpr 2006) Em que alternativa a forma passiva 
apresentada em 2 conserva as mesmas relações de sentido 
da forma ativa apresentada em 1? 
a) 1 - O diretor pretende demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude pretende ser demitido 
pelo diretor. 
b) 1 - O diretor gostaria de demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude gostaria de ser demitido 
pelo diretor. 
c) 1 - O diretor tentou demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude tentou ser demitido pelo 
diretor. 
d) 1 - O diretor custou a demitir o funcionário suspeito de 
fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude custou a ser demitido 
pelo diretor. 
e) 1 - O diretor quer demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude quer ser demitido pelo 
diretor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
1
Dois passageiros em uma cabine de trem. 
Apossaram-se das mesinhas, cabines e bagageiros e 
6
se 
instalaram à vontade. 
11
Jornais, casacos e bolsas ocupam 
os assentos vazios. 
2
A porta 
7
se abre e 
8
entram dois outros 
viajantes. 
3
Não são vistos com bons olhos. Os dois primeiros 
passageiros, 
4
mesmo que não se conheçam, comportam-se 
com uma solidariedade notável. Há uma nítida relutância em 
desocuparem os assentos vazios 
12
e deixarem que os 
lançado recém-lançado-chegados também 
9
se acomodem. A 
cabine do trem tornou-se território seu, para disporem dele a 
seu bel-prazer, 
13
e cada novo passageiro que entra é 
considerado um intruso. Esse comportamento 
10
não pode 
ser justificado racionalmente - está arraigado mais a fundo. 
 (...) 
 O próprio vagão do trem é um domicílio transitório, 
um lugar que serve apenas para mudar de lugar. O 
passageiro é a negação da pessoa sedentária. Trocou seu 
território real por um virtual. 
5
Apesar disso, ele defende sua 
moradia temporária com um carrancudo ressentimento. 
Hans Magnus Enzensberger. O vagão humano (fragmento). 
In: Veja 25 anos - reflexões para o futuro. 
17. (Pucrs 2005) Indique o tipo de relação estabelecida 
entre o sujeito (Coluna I) e a ação expressa pelo verbo 
(Coluna II). 
COLUNA I 
1. O sujeito é agente da ação verbal. 
2. O sujeito é paciente da ação verbal. 
3. O sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação 
verbal. 
COLUNA II 
( ) "se instalaram" (ref. 6) 
( ) "se abre" (ref. 7) 
( ) "entram" (ref. 8) 
( ) "se acomodem" (ref. 9) 
( ) "não pode ser justificado" (ref.10) 
 
 
57 
 
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) 1 - 1 - 1 - 3 - 2 ‘ b) 2 - 2 - 1 - 3 - 3 
c) 2 - 1 - 3 - 3 - 3 d) 3 - 1 - 1 - 2 - 2 
e) 3 - 2 - 1 - 3 - 2 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Olhar para o céu noturno é quase um privilégio em nossa 
atribulada e iluminada vida moderna. (...) Companhias de 
turismo deveriam criar "excursões noturnas", em que grupos 
de pessoas são transportados até pontos estratégicos para 
serem instruídos por um astrônomo sobre as maravilhas do 
céu noturno. Seria o nascimento do "turismo astronômico", 
que complementaria perfeitamente o novo turismo ecológico. 
E por que não? 
Turismo astronômico ou não, talvez a primeira impressão ao 
observarmos o céu noturno seja uma enorme sensação de 
paz, de permanência, de profunda ausência de movimento, 
fora um eventual avião ou mesmo um satélite distante (uma 
estrela que se move!). Vemos incontáveis estrelas, emitindo 
sua radiação eletromagnética, perfeitamente indiferentes às 
atribulações humanas. 
Essa visão pacatados céus é completamente diferente da 
visão de um astrofísico moderno. As inocentes estrelas são 
verdadeiras fornalhas nucleares, produzindo uma 
quantidade enorme de energia a cada segundo. A morte de 
uma estrela modesta como o Sol, por exemplo, virá 
acompanhada de uma explosão que chegará até a nossa 
vizinhança, transformando tudo o que encontrar pela frente 
em poeira cósmica. 
(O leitor não precisa se preocupar muito. O Sol ainda 
produzirá energia "docilmente" por mais uns 5 bilhões de 
anos.) (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos) 
 
 18. (Fuvest 2004) Transpondo-se corretamente para a voz 
ativa a oração "para serem instruídos por um astrônomo 
(...)", obtém-se: 
a) para que sejam instruídos por um astrônomo (...). 
b) para um astrônomo os instruírem (...). 
c) para que um astrônomo lhes instruíssem (...). 
d) para um astrônomo instruí-los (...). 
e) para que fossem instruídos por um astrônomo (...). 
 
19. (Fgv 2003) Assinale a alternativa em que o pronome 
VOCÊ exerça a função de sujeito do verbo destacado. 
a) CABE a você alcançar aquela peça do maleiro. 
b) Não ENCHAS o balão de ar, pois ele pode ser levado pelo 
vento. 
c) Ao CHEGAR, vi você perambulando pelo shopping center 
da Mooca. 
d) Ei, você, posso ENTRAR por esta rua? 
e) Na Estação Trianon-Masp desceu a Angelina; na 
Consolação, DESCEU você. 
 
20. (Pucpr 2003) Assinale a alternativa que contém uma 
oração sem sujeito. 
a) No momento, doem-me muito os dentes. 
b) Para alguns, ainda havia esperança. 
c) Lentamente chegava a noite. 
d) Na repartição, existiam muitos documentos secretos. 
e) Nada se fazia de proveitoso. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica 
herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do 
seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para amá-la 
sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no 
coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade 
que a usual nos seus anos. 
Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da 
mulher aos quinze anos, como paixão perigosa, única e 
inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. 
Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma 
brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é 
a tentativa da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, 
sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que a está da fronde 
próxima chamando; tanto sabe a primeira o que é amar 
muito, como a segunda o que é voar para longe. 
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção 
no seu amor. Camilo Castelo Branco - Amor de perdição 
 
 21. (Mackenzie 2003) "Da janela do seu quarto é que ELE 
A VIRA PELA PRIMEIRA VEZ". Passando-se a oração em 
destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal 
correspondente é 
a) foi vista. b) havia visto. 
c) estava sendo visto. d) seria vista. 
e) fora vista. 
 
22. (Fgv) Assinale a alternativa que completa corretamente 
as lacunas da frase: 
"Eu ____ encontrei ontem, mas não ____ reconheci porque 
____ anos que não ____ via." 
a) lhe, lhe, há, lhe. b) o, o, haviam, o. 
c) lhe, o, havia, lhe. d) o, lhe, haviam, o. 
e) o, o, havia, o. 
 
23. (Fgv 2002) Assinale a alternativa em que ESTRELAS 
tem a mesma função sintática que em: 
"Brilham no alto as estrelas." 
a) Querem erguer-se às estrelas. 
b) Gostavam de contemplar as estrelas. 
c) Seus olhos tinham o brilho das estrelas. 
d) Fui passear com as estrelas do tênis. 
e) As estrelas começavam a surgir. 
 
24. (Ufpe) Assinale a alternativa em que se faz uma 
afirmação inaceitável em relação aos recursos gramaticais 
destacados no texto. 
a) Na expressão 'OUTRO esporte', a palavra destacada 
constitui um recurso de coesão que relaciona o núcleo da 
expressão a 'futebol', referido anteriormente. 
b) Nesse trecho, o pronome de 1a pessoa do plural, 'nós', 
tem como referente os brasileiros em geral. 
c) Em "Seria um caso incurável de carência de colonizador", 
o verbo ser, no futuro do pretérito, indica que o autor 
preferiu não ser taxativo em sua apreciação. 
d) O verbo 'chamar' encontra-se no modo subjuntivo, 
indicando que o autor não tem certeza de que a ação 
possa realizar-se. 
e) Na última oração do texto, 'mesmo' foi aí inserido para 
reforçar a avaliação do autor. 
 
25. (Pucpr) Observe a frase que segue: 
"Não posso lhe garantir QUE TODOS ESTARÃO 
PRESENTES À SUA FESTA DE FORMATURA". 
Do enunciado acima, pode-se afirmar que a parte destacada 
desempenha a função de: 
a) sujeito de POSSO, 
b) objeto direto de POSSO, 
c) objeto indireto de POSSO, 
d) objeto direto de GARANTIR, 
e) objeto indireto de GARANTIR. 
 
 
 
58 
 
Gabarito: 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
O verbo “informou” está na voz passiva sintética e é seguido 
pela partícula apassivadora “se” e pelo sujeito paciente (“a 
novidade”). 
Resposta da questão 2: 
 [C] 
Nas alternativas [A], [B] e [D], os verbos (“ouvia-se”, “perdeu-
se”, “construíram-se”) estão na voz passiva sintética e são 
acompanhados de sujeitos pacientes (“o barulho”, “um gato de 
estimação” e “casas e apartamentos”). O mesmo não ocorre na 
[C], em que o verbo “precisar” é transitivo indireto, “de novos 
candidatos militares” é objeto direto e o “se” é o índice de 
indeterminação do sujeito. 
Assim, a única alternativa correta é a [C]. 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
A repetição do advérbio “assim” reforça as características do eu 
lírico no presente e não no passado. Desse modo, a alternativa 
[B] está incorreta. 
Quanto à alternativa [C], ela está incorreta porque o advérbio 
intensifica as mudanças sofridas pelo eu lírico. 
Por fim, não está correta a alternativa [D]. A substituição 
mencionada, embora possível em termos de sintaxe, provoca 
alteração de sentido, já que “espelho” é um objeto específico e 
dialoga com o contexto do poema enquanto “onde” é por demais 
abrangente. 
Resposta da questão 4: 
 [E] 
Em todas as opções, os termos grifados exercem função de 
objeto direto, sendo que em [C] e [D] esse objeto direto se 
apresenta preposicionado. Apenas em [E], o termo “lhe” exerce 
função sintática de objeto indireto. 
Resposta da questão 5: 
 [E] 
É correta a alternativa [E], pois os termos “o uso do papel” e “um 
manual de instrução” exercem função de sujeito em orações em 
ordem inversa, ou seja, em orações em que aparecem depois 
do predicado. 
Resposta da questão 6: 
 [A] 
A frase original apresenta-se na voz passiva sintética (SUJEITO 
PACIENTE – “hierarquizar oito afirmações básicas” + 
PREDICADO – “solicitou”, verbo no pretérito perfeito indicativo, 
concordando com o sujeito + pronome apassivador “se” + “aos 
entrevistados”, objeto indireto). A transposição equivalente para 
a voz passiva analítica é corretamente assinalada em [A]: “A 
hierarquia de oito afirmações básicas foi solicitada aos 
entrevistados”. 
Resposta da questão 7: 
 [C] 
Estão incorretas as alternativas [A], [B], [D] e [E]. O correto 
seria: 
[A] Precisa-se de vendedores. 
O sujeito é indeterminado, por isso está correta a flexão do 
verbo no singular (“precisa”); porém “precisar” é verbo transitivo 
indireto, assim é necessária a preposição “de”. 
[B] Cercaram-se as cidades. 
[D] Dominaram-se muitos. 
Nos dois casos, [B] e [D], os verbos estão na voz passiva 
sintética, assim deve ser feita a concordância com o sujeito: “as 
cidades” e “muitos”. 
[E] Aclamou-se a rainha. 
O verbo está na voz passiva sintética, assim deve ser feita a 
concordância com o sujeito: “a rainha”. 
Resposta da questão 8: 
 [C] 
As alternativas [B] e [D] estão incorretas porque, assim como na 
alternativa [C], os pronomes referem-se a “guerreiros”. Também 
está incorreta a alternativa [A], porque o pronome “a” refere-se à 
“encosta”. Igualmente errada é a alternativa [E], já que o 
pronome “quem” se refere à palavra “quingentário”. 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
[V] O texto leva-nos crer que os índios vivem bastantefelizes e 
convivem muito bem uns com os outros. 
[F] Tanto o pronome ninguém como alguém atraem o pronome 
oblíquo para si, logo, não haverá alteração no que concerne à 
colocação pronominal no caso de uma suposta mudança. 
[V] Segundo os autores, os índios vivam em um clima de 
normalidade e respeito: (...) apesar de serem conduzidos 
apenas pelo seu natural, ainda que um tanto degenerado, eles 
se deem tão bem e vivam em tanta paz uns com os outros. 
[V] A referência ao próximo tem a ver com outro índio, faz parte 
da cultura silvícola. 
[F] As palavras destacadas são sujeito simples e objeto direto 
respectivamente. 
Resposta da questão 10: 
 [A] 
No primeiro trecho, a expressão sublinhada exerce função de 
sujeito simples da oração coordenada assindética. No segundo, 
o item destacado também exerce função de sujeito na oração 
principal do período. 
Resposta da questão 11: 
 [D] 
A alternativa [D] é incorreta, pois em nenhuma das duas 
estruturas está expresso o agente da voz passiva. 
Resposta da questão 12: 
 [E] 
Na primeira oração, existe sujeito simples (“pedra”), pois o verbo 
“chover” usado em sentido figurado deixa de ser impessoal e 
passa a ser pessoal. Na segunda, a construção da oração na 
voz passiva sintética apresenta sujeito simples (“este imóvel”). 
Na terceira, o verbo “fazer” é usado com o sentido de tempo, 
portanto impessoal, constituindo oração com sujeito inexistente. 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
No primeiro quadro, observa-se falha gramatical na fala da 
cobra que usa o pronome oblíquo “o” em vez de “lhe”. O verbo 
“escapar” é transitivo indireto, exigindo assim o pronome com 
essa função, o que valida a opção [B]. 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
A frase na voz ativa tem o verbo “matar” conjugado no pretérito 
perfeito. Na passagem para a voz passiva analítica, forma-se 
uma locução verbal na qual o verbo “matar” (no particípio 
irregular) recebe um auxiliar (foram) também conjugado no 
pretérito perfeito do indicativo. 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
“Estranhas coisas” praticam a ação verbal de entrar para o 
trapiche, por isso o verbo estar conjugado no plural, 
concordando com o seu sujeito. 
 
Resposta da questão 16: [D] 
 
Resposta da questão 17: [E] 
 
Resposta da questão 18: [D] 
 
Resposta da questão 19: [E] 
 
Resposta da questão 20: [B] 
 
Resposta da questão 21: [E] 
 
Resposta da questão 22: [E] 
 
Resposta da questão 23: [E] 
 
Resposta da questão 24: [D] 
 
Resposta da questão 25: [D] 
 
 
59 
 
QUESTÕES SENSACIONAIS 
 DE GRAMÁTICA NO ENEM 
 
1. (Enem 2017) João/Zero (Wagner Moura) é um cientista 
genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado 
publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne 
Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma 
experiência com um de seus inventos permite que ele faça 
uma viagem no tempo, retornando para aquela época e 
podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, 
descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa 
encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para 
isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele 
conseguirá acertar as coisas? 
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em: 4 out. 2011. 
Qual aspecto da organização gramatical atualiza os eventos 
apresentados na resenha, contribuindo para despertar o 
interesse do leitor pelo filme? 
a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 
anos atrás foi humilhado”. 
b) A descrição dos fatos com verbos no presente do 
indicativo, como “retorna” e “descobre”. 
c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para 
contrapor ideias. 
d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele 
conseguirá acertar as coisas?”. 
e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do 
texto para fazer referência ao protagonista “João/Zero”. 
 
2. (Enem 2015) Em junho de 1913, embarquei para a 
Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de 
Clavadel, perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me 
falara João Luso, que ali passara um inverno com a senhora. 
Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um 
sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio Nobre. “Ao 
cair das folhas”, um de seus mais belos sonetos, talvez o 
meu predileto, está datado de “Clavadel, outubro, 1895”. 
Fiquei na Suíça até outubro de 1914. 
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. 
No relato de memórias do autor, entre os recursos usados 
para organizar a sequência dos eventos narrados, destaca-
se a 
a) construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade 
ao texto. 
b) presença de advérbios de lugar para indicar a progressão 
dos fatos. 
c) alternância de tempos do pretérito para ordenar os 
acontecimentos. 
d) inclusão de enunciados com comentários e avaliações 
pessoais. 
e) alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do 
escritor. 
 
3. (Enem 2015) TEXTO I 
 
Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo 
produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra sambódromo, 
criativamente formada com a terminação -(ó)dromo (= 
corrida), que figura em hipódromo, autódromo, cartódromo, 
formas que designam itens culturais da alta burguesia. Não 
demoraram a circular, a partir de então, formas populares 
como rangódromo, beijódromo, camelódromo. 
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. 
 
 
TEXTO II 
Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo 
uma passarela para desfile de escolas de samba? Em 
grego, -dromo quer dizer “ação de correr, lugar de corrida”, 
dai as palavras autódromo e hipódromo. É certo que, às 
vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e é obrigada a 
correr para não perder pontos, mas não se desloca com a 
velocidade de um cavalo ou de um carro de Formula 1. 
GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago, 2012. 
 
Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora 
o Texto II apresente um julgamento de valor sobre a 
formação da palavra sambódromo, o processo de formação 
dessa palavra reflete 
a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras. 
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas 
palavras. 
c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de 
palavras por leigos. 
d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos 
neologismos. 
e) a restrição na produção de novas palavras com o radical 
grego. 
 
4. (Enem 2015) 
 
 
A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço 
anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em 
relação ao consumidor do mercado gráfico. O recurso da 
linguagem verbal que contribui para esse destaque é o 
emprego 
a) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no 
processo. 
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. 
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência. 
d) da expressão intensificadora “menos do que” associada à 
qualidade. 
e) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que 
quantifica a ação. 
 
 
 
 
 
60 
 
5. (Enem 2013) 
 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o 
efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a 
quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa 
e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a 
ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um 
tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de 
adição existente entre as orações. 
 
6. (Enem 2013) Novas tecnologias 
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de 
exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas 
ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões 
frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas 
tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichizam”novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de 
consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje nos 
bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado. 
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas 
de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho 
capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, 
sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma 
relação simbiótica de dependência mútua com os veículos 
de comunicação, que se estreita a cada imagem 
compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em 
objeto público de entretenimento. 
Não mais como aqueles acorrentados na caverna 
de Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea 
vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas 
midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos 
controlados. SAMPAIO, A. S. “A microfísica do espetáculo”. Disponível em: 
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado). 
 
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor precisa criar 
uma base de orientação linguística que permita alcançar os 
leitores e convencê-los com relação ao ponto de vista 
defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das formas 
verbais em destaque objetiva 
a) criar relação de subordinação entre leitor e autor, já que 
ambos usam as novas tecnologias. 
b) enfatizar a probabilidade de que toda população brasileira 
esteja aprisionada às novas tecnologias. 
c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje as 
pessoas são controladas pelas novas tecnologias. 
d) tornar o leitor copartícipe do ponto de vista de que ele 
manipula as novas tecnologias e por elas é manipulado. 
e) demonstrar ao leitor sua parcela de responsabilidade por 
deixar que as novas tecnologias controlem as pessoas. 
7. (Enem 2010) Os filhos de Ana eram bons, uma coisa 
verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam 
para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A 
cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava 
estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos 
poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela 
mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e 
enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um 
lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não 
outras, mas essas apenas. 
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. 
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no 
fragmento apresentado. Observando aspectos da 
organização, estruturação e funcionalidade dos elementos 
que articulam o texto, o conectivo mas 
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que 
aparece no texto. 
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se 
usado no início da frase. 
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na 
abertura da frase. 
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a 
conclusão do leitor. 
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos 
de uso. 
 
8. (Enem 2010) Carnavália 
 
Repique tocou 
O surdo escutou 
E o meu corasamborim 
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por 
mim? 
[…] ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento). 
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a 
junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo 
tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e a 
situação emocional em que se encontra o autor da 
mensagem, com o coração no ritmo da percussão. 
 
Essa palavra corresponde a um(a) 
a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados 
em outras línguas e representativos de outras culturas. 
b) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos 
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. 
c) gíria, que compõe uma linguagem originada em 
determinado grupo social e que pode vir a se disseminar 
em uma comunidade mais ampla. 
d) regionalismo, por ser palavra característica de 
determinada área geográfica. 
e) termo técnico, dado que designa elemento de área 
específica de atividade. 
 
9. (Enem 2010) O Flamengo começou a partida no ataque, 
enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação 
no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, 
isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais 
posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande 
dificuldade de chegar a área alvinegra por causa do 
bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área. 
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. 
Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra 
rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson 
apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. 
Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e 
empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: 
Flamengo 1 a 0. 
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado). 
 
61 
 
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato 
Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários 
conectivos, sendo que 
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de 
a zaga alvinegra ter rebatido a bola de 
cabeça. 
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta 
duas opções possíveis para serem 
aplicadas no jogo. 
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os 
fatos observados no jogo em ordem 
cronológica de ocorrência. 
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse 
de bola”, ter dificuldade não é algo 
naturalmente esperado. 
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas 
de ataque do Flamengo motivaram o 
Botafogo a fazer um bloqueio. 
 
10. (Enem 2009) 
 
 
A linguagem da tirinha revela 
a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de 
épocas antigas. 
b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro 
mais formal da língua. 
c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no 
segundo quadrinho. 
d) o uso de um vocabulário específico para situações 
comunicativas de emergência. 
e) a intenção comunicativa dos personagens: a de 
estabelecer a hierarquia entre eles. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
11. (Enem 2009) Os principais recursos utilizados para 
envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional 
incluem 
a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de 
títulos expressivos. 
b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais. 
c) o emprego de pronomes como “você” e “sua” e o uso do 
imperativo. 
d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição. 
e) o fornecimento de número de telefone gratuito para 
contato. 
 
12. (Enem 2002) "Narizinho correu os olhos pela 
assistência. Não podia haver nada mais curioso. 
Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com 
baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas 
douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura 
fina - achando que era exagero usarem coletes tão 
apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados 
excessivos que as borboletas de toucados de gaze tinham 
com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões 
amarrados para não morderem. E canários cantando, e 
beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e 
caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não 
morde, pequeninando e não mordendo." 
 (LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947.) 
 
No último período do trecho, há uma série de verbos no 
gerúndio que contribuem para caracterizar o ambiente 
fantástico descrito. 
 
Expressões como "camaronando", "caranguejando" e 
"pequeninando e não mordendo" criam, principalmente, 
efeitos de 
a) esvaziamento de sentido. 
b) monotonia do ambiente. 
c) estaticidade dos animais. 
d) interrupção dos movimentos. 
e) dinamicidade do cenário. 
 
13. (Enem 2001) Nas conversas diárias, utiliza-se 
frequentemente a palavra "próprio" e ela se ajusta a várias 
situações. Leia os exemplos de diálogos: 
 
I. - A Vera se veste diferente! 
 - É mesmo,será alterada. 
c) No primeiro quadrinho, se o termo “exclusivamente” for 
substituído por “urgentemente”, a classe gramatical será 
mantida, mas o sentido será alterado. 
d) O sentido do texto é produzido somente pela linguagem 
verbal; o humor, em contrapartida, é gerado 
exclusivamente pela linguagem não verbal. 
e) As expressões “tim-tim” (1º quadrinho) e “saúde” (2º 
quadrinho) são utilizadas com a mesma função: brindar o 
momento. 
 
20. (G1 - ifsul 2016) Julgue as afirmativas a seguir como 
verdadeiras (V) ou falsas (F). 
 
( ) As paroxítonas “ideia” e “apoia” não são acentuadas, já 
as oxítonas terminadas pelos ditongos abertos, como 
“coronéis” e “heróis”, recebem acento gráfico para 
marcar a sílaba tônica. 
( ) As palavras compostas por prefixação “anti-
inflamatório”, “autossustentável” e “inter-relacionar” 
são grafadas sem o uso do hífen. 
( ) A palavra “justiçamento” é formada por derivação 
sufixal, sendo que é acrescentado o sufixo -mento ao 
substantivo “justiça”. 
( ) As palavras homônimas “trânsito” e “transita” 
classificam-se respectivamente como proparoxítona e 
paroxítona. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é 
a) V – F – V – V. b) F – V – F – F. 
c) V – F – V – F. d) F – V – F – V. 
 
 
8 
 
GABARITO COMENTADO: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
 
Em [B], todas as palavras são paroxítonas acentuadas: 
jú-ri fós-sil hí-fen 
ab-dô-men o-á-sis 
 
Resposta da questão 2: 
 [D] 
 
Em [D], há quatro proparoxítonas: má-xi-ma, mú-si-ca, al-fân-de-
ga, obs-tá-cu-lo. 
 
Resposta da questão 3: 
 [C] 
 
Ao suprimir o acento gráfico das palavras transcritas em [A], [B], 
[D] e [E], daríamos origem a outras palavras: 1ª pessoa do 
singular presente do indicativo do verbo dialogar (dialogo), 1ª ou 
3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo do verbo atar 
(ate), conjunção coordenativa aditiva (e) e 3ª pessoa do singular 
do presente do indicativo do verbo musicar (musico) 
respectivamente. Assim, é correta a alternativa [C], pois 
“Análogo” é o único vocábulo que só pode ser empregado com 
acento gráfico. 
 
Resposta da questão 4: 
 [E] 
 
[I] Incorreta: nem sempre ocorre crase antes de dias da semana. 
Nesse caso, não há crase já que não há artigo definido 
antecedendo “sexta-feira”, há somente a preposição “a”. 
[IV] Incorreta: a pontuação está incorreta, uma vez que jamais 
se deve separar o sujeito do verbo. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
 
A palavra “saudável” é acentuada por ser paroxítona terminada 
em “l”. A palavra “petrolífera” é acentuada por ser proparoxítona. 
Assim, o único par que apresenta uma paroxítona terminada em 
“l” e uma proparoxítona é o contido na letra [C]. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
 
[1] Verdadeira. As palavras “temíveis”, “prélios”, “vitória” e 
“prodígios” comprovam que paroxítonas terminadas em 
ditongo hoje são acentuadas, ao contrário do que ocorria no 
momento de publicação da obra referida. 
[2] Falsa. As formas verbais “alteião-se”, “assombrão” e “incitão” 
indicam conjugação no presente do indicativo. 
[3] Verdadeira. As formas verbais “alteião-se”, “assombrão” e 
“incitão” indicam conjugação no presente do indicativo; hoje, 
no entanto, a grafia dos verbos conjugados no presente do 
indicativo se dá pelo uso da consoante –m; já os conjugados 
no futuro do indicativo e do subjuntivo são grafados com “-
ão”. 
[4] Falsa. Os monossílabos tônicos terminados em –a, caso do 
recorrente “já” – permanecem sendo acentuados. 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
 
[A] Incorreta: “parâmetro”, “líquido” e “ênfase” são 
proparoxítonas, já “tórax” e “álbuns” são paroxítonas. 
[B] Incorreta: “lágrima” é proparoxítona e as outras palavras são 
paroxítonas. 
[C] Incorreta: “ética” e “círculo” são proparoxítonas, já “bíceps” e 
“órfão” são paroxítonas e “picolés” é oxítona. 
[D] Incorreta: “prótese”, “epígrafe” e “hábito” são proparoxítonas, 
já “lápis” e “néctar” são paroxítonas. 
[E] Correta: todas as palavras são oxítonas. 
 
Resposta da questão 8: 
 [A] 
 
[B] Incorreta: “há” e “já” são monossílabas e, portanto, não 
possuem “última sílaba”, não podendo ser oxítonos. 
[C] Incorreta: “química” e “orgânicos” de fato são 
proparoxítonas, mas “compostável” é paroxítona, pois possui 
a penúltima sílaba tônica. 
[D] Incorreta: “disponível” é uma paroxítona, pois possui a 
penúltima sílaba tônica. 
[E] Incorreta: enquanto “países”, “saúde” e “água” são 
paroxítonas, “dióxido” é proparoxítona. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
 
As palavras em [A], [B], [C] e [E] devem ser respectivamente 
acentuadas como: pelos, cefaleia, pera, polo. 
 
Resposta da questão 10: 
 [E] 
 
De acordo com o novo acordo ortográfico, toda oxítona (palavra 
cuja sílaba tônica é a última) terminada em “a”, “e” e “o”, 
seguidas ou não de “s”. Assim, somente em [E] vemos apenas 
palavras com a última sílaba tônica, terminadas em “o” e “e”. 
 
Resposta da questão 11: 
 [D] 
 
monossílabos: há 
oxítonas: a-lém, pa-ís, tam-bém, 
paroxítonas: mé-dio, re-fe-rên-cia, bô-nus, ní-vel, pró-pria 
proparoxítonas: e-co-nô-mi-co, a-ná-li-se 
 
Apesar de em [C] só termos oxítonas, estas não são acentuadas 
pela mesma regra: enquanto “além” e “também” são acentuadas 
por serem oxítonas terminadas em “em”, “país” é acentuada por 
apresentar “i” em hiato. Já em [D] todas são acentuadas por 
serem paroxítonas terminadas em “l”, “us” ou ditongo oral. 
 
Resposta da questão 12: 
 [C] 
 
[A] Incorreta: em ambas as palavras o acento justifica-se por se 
tratar de uma proparoxítona. 
[B] Incorreta: a crase nas duas expressões justifica-se pela 
junção do artigo feminino “a”, que antecede o substantivo 
feminino, com a preposição “a”. 
[D] Incorreta: “mesmo” foi utilizado no sentido de equivalência, 
assim, trata-se de um só Deus e não de dois distintos. 
 
Resposta da questão 13: 
 [A] 
 
O substantivo “compatibilidade” continua sendo uma paroxítona, 
uma vez que a sílaba tônica é a penúltima “da”. 
 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
 
3a alternativa – falsa: no segundo quadrinho, Susanita se irrita 
com a reclamação de Mafalda, pois a amiga também faz várias 
perguntas. 
 
Resposta da questão 15: 
 
9 
 
 [E] 
 
[I] Incorreta: a palavra “símbolo” é uma proparoxítona e, 
portanto, é acentuada. 
[II] Incorreta: a expressão não deve ser grafada com hífen. 
[V] Incorreta: não há acento em “que” nesse caso. 
 
Resposta da questão 16: 
 [E] 
 
[A] Incorreta: o certo seria “céu” e “ciberespaço”. 
[B] Incorreta: o certo seria “anéis” e “bem-vindo”. 
[C] Incorreta: o certo seria “paranoia” e “pseudociência”. 
[D] Incorreta: o certo seria “assembleia” e “malcriado”. 
 
Resposta da questão 17: 
 [D] 
 
Todas as palavras são monossílabos tônicos, exceto “após” que 
é uma oxítona. 
 
Resposta da questão 18: 
 [C] 
 
Verbo ler: no plural da terceira pessoa é conjugado como 
“leem”. 
Verbo ter: no plural da terceira pessoa recebe acento circunflexo 
(têm), para diferenciá-lo do singular (tem). 
Verbo ver: a frase faz referência à ação de ver, já que as 
pessoas olham as manchetes curtas. O verbo “ver” conjugado 
na terceira pessoa do plural tem a forma “veem”, diferente do 
verbo “vir”, que na terceira pessoa do plural tem a forma “vêm”. 
 
Resposta da questão 19: 
 [C] 
 
[A] Incorreta: “será” é acentuada por ser uma oxítona terminada 
em “a”, ao passo que “já” é acentuada por ser um 
monossílabo terminado em “a”. 
[B] Incorreta: a classe gramatical continuará sendo a mesma 
(adjetivo). 
[D] Incorreta: tanto o humor quanto o sentido do texto são 
produzidos a partir da mistura entre a linguagem verbal e a 
não verbal. 
[E] Incorreta: no primeiro quadrinho, a expressão “tim-tim” é 
utilizada para se referir a cada detalhe. Já a expressão “saúde” 
é utilizada com a função de brindar o momento. 
 
Resposta da questão 20: 
 [A] 
 
2ª Afirmativa: Falsa – As palavras “anti-inflamatório” e “inter-
relacionar” são grafadas com hífen, pois sempre que a última 
letra do prefixo é igual à primeira letraé que ela tem um estilo PRÓPRIO. 
II. - A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não 
consigo ver o que ele tem de tão maravilhoso assim. 
 - É que ele é PRÓPRIO para adolescente. 
III. - Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o 
Fabinho! Meu filho está impossível! 
 - Relaxa, Tânia! É PRÓPRIO da idade. Com o tempo, ele 
se acomoda. 
 
Nas ocorrências I, II e III, "próprio" é sinônimo de, 
respectivamente, 
a) adequado, particular, típico. 
b) peculiar, adequado, característico. 
c) conveniente, adequado, particular. 
d) adequado, exclusivo, conveniente. 
e) peculiar, exclusivo, característico. 
 
 
 
 
 
 
INFLUENZA A (GRIPE SUÍNA) 
Se Você esteve ou manteve contato com pessoas da área de 
risco e apresenta os seguintes sintomas: 
 Febre alta repentina e superior a 38 graus. 
 Tosse. 
 Dor de cabeça. 
 Dores musculares e nas articulações. 
 Dificuldade respiratória. 
Entre em contato imediatamente com o Disque 
Epidemiologia: 0800-283-2255 
EVITE A CONTAMINAÇÃO: 
 Quando tossir ou espirrar, cubra sua boca e nariz com 
lenço descartável. Caso não o tenha utilize o antebraço. Se 
utilizar as mãos lave-as rapidamente com água e sabão. 
 O uso de máscara é indicado para prevenir 
contaminações. 
 
62 
 
Gabarito comentado: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
O uso do presente do indicativo para descrever fatos 
ocorridos no passado (chamado presente histórico ou 
narrativo) confere mais vivacidade ao texto e realça os 
acontecimentos que estão sendo descritos. Dessa forma, o 
narrador volta ao momento dos acontecimentos, narra como 
se presenciasse as cenas, tornando o texto mais dinâmico e 
criando maior expectativa ao leitor. Assim, é correta a opção 
[B]. 
 
Resposta da questão 2: 
 [C] 
O autor usa verbos no pretérito perfeito (“embarquei”, “vim” e 
“fiquei”) para relatar tempos passados e concluídos, 
alternando-os com verbos no pretérito mais-que-perfeito 
(“passara”, e “estivera”) para descrever ações que tinham 
acontecido antes daqueles primeiros. Assim, o recurso 
usado pelo autor para organizar a sequência de eventos é a 
alternância de tempos do pretérito, como se afirma em [C]. 
 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
A incorporação da terminação “-dromo” a uma palavra já 
existente na língua, “samba”, gerou uma nova palavra, ou 
seja, criou um neologismo semântico, um novo termo 
caracterizado pela modificação de significado de um 
vocábulo primitivo. Muitas vezes considerado inadequado ou 
impróprio, este fenômeno linguístico coloca em evidência o 
dinamismo da língua, na possibilidade de criação de novas 
palavras, como se afirma em [A]. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
No período “vai ser bom, não foi”, a sequência das 
expressões verbais, “vai ser” com noção de futuro, assim 
como o pretérito do perfeito referente ao passado, sugerem 
a velocidade de ação que a empresa pretende apresentar 
como sua característica principal. Assim, é correta a opção 
[C]. 
 
Resposta da questão 5: 
 [A] 
É correta a opção [A], pois a conjunção coordenativa 
adversativa “mas” expressa oposição ao que é enunciado na 
oração principal, em que Filipe discorre sobre o fato de a 
preguiça ser a mãe (origem) de todos os defeitos. Ao 
contrário, do que se esperava, o personagem subverte o 
significado do termo naquele contexto para justificar a sua 
preguiça. 
 
Resposta da questão 6: 
 [D] 
É correta a opção [D], pois o uso dos termos verbais em 1ª 
pessoa do plural (“carregamos”, ”podemos reduzir-nos”, 
“desenvolvemos”, “somos”, “controlamos”) inclui o leitor nas 
apreciações que o autor emite ao longo do texto. 
 
 
 
 
 
 
Resposta da questão 7: 
 [E] 
Na primeira ocorrência, a conjunção subordinativa “mas” 
expressa oposição (“O calor era forte...”, ‘ O vento batendo 
nas cortinas...lembrava-lhe que se quisesse podia parar”). 
Na segunda, a palavra enfatiza, realça a ideia de que são 
“essas apenas” e “não outras” que “ela plantara”, sendo 
usada como partícula expletiva ou de realce. 
 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
A aglutinação dos três termos resulta no neologismo, palavra 
não registrada no dicionário, mas que é fruto de um 
comportamento espontâneo para designar uma situação 
específica. As opções a), c), d) e e) remetem a 
conceituações que não se aplicam à palavra da letra criada 
pelo grupo Tribalistas para designar a emoção do eu lírico. 
 
Resposta da questão 9: 
 [D] 
A conjunção subordinativa “mesmo” indica concessão, pois 
estabelece uma relação de oposição ao que seria esperado. 
Apesar de o Flamengo ter maior posse de bola, tinha 
dificuldade em chegar à área alvinegra. “Mesmo” ser 
substituído por “embora” ou “ainda que”. “Após” e “enquanto” 
estabelecem circunstância de tempo, “no entanto”, 
adversidade e “por causa de”, causa, o que invalida as 
outras opções. 
 
Resposta da questão 10: 
 [C] 
Vê-se na tirinha uma linguagem informal: o verbo “ter” 
(“Pensei que você tinha consertado...”), na linguagem formal, 
deveria ser substituído por “haver” (“Pensei que você havia 
consertado...”). 
 
Resposta da questão 11: 
 [C] 
O uso do modo verbal imperativo é uma característica do 
chamado “texto persuasivo”, cuja finalidade é convencer o 
leitor diante de um determinado assunto. No caso em 
questão, sobre as medidas tomadas em relação à ocorrência 
da referida epidemia. Como também o emprego dos 
pronomes, os quais revelam a pessoa gramatical, ou seja, a 
pessoa com quem se fala. 
 
Resposta da questão 12: 
 [E] 
O predomínio do uso do pretérito imperfeito do indicativo 
(“conversavam”, “falavam”, “criticavam”, “tinham”) caracteriza 
o texto descritivo e os neologismos, gerúndios criados a 
partir de substantivos e adjetivos, emprestam dinamicidade 
ao cenário. 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
O adjetivo “próprio” adquire valores significativos diferentes 
nas ocorrências I, II e III: “peculiar” (particular), “adequado” 
(apropriado) e “característico”(típico), respectivamente.da palavra, usa-se o 
hífen. 
 
 
CLASSES GRAMATICAIS 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
1. (G1 - epcar (Cpcar) 2018) Sobre a tirinha da Mafalda, 
assinale a alternativa que apresenta uma análise 
INCORRETA. 
a) O segundo quadrinho apresenta uma quebra de 
expectativa em relação ao que expressa o adjetivo 
presente no primeiro. 
b) O uso do pronome demonstrativo “este”, no primeiro 
quadrinho, justifica-se por se referir a algo que ainda vai 
ser apresentado no próximo quadrinho. 
c) O vocábulo “droga”, terceiro quadrinho, passou pelo 
processo de derivação imprópria e, no contexto, 
apresenta-se como interjeição. 
d) Se substituirmos o pronome “nós”, no sexto quadrinho, 
por “as crianças”, o verbo poderá ser flexionado na 
primeira pessoa do plural. 
 
 
 
 
10 
 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir. 
 
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os 
dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, 
1
mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. 
Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se* 
discussões e rezingas**; 
2
ouviam-se gargalhadas e pragas; 
já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação 
sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que 
mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da 
vida, 
3
o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de 
respirar sobre a terra. 
 
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham 
como formigas; fazendo compras. 
 
Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu numa a 
Isaura, que se dispunha a começar a limpeza da casa. 
 
– Nhá Dunga! 
4
gritou ela para baixo, a sacudir um pano de 
mesa; se você tem cuscuz de milho hoje, 
5
bata na porta, 
ouviu? Aluísio Azevedo, O cortiço. 
 
* ensarilhar-se: emaranhar-se. 
** rezinga: resmungo. 
 
2. (Fuvest 2018) Constitui marca do registro informal da 
língua o trecho 
a) “mas um só ruído compacto” (ref. 1). 
b) “ouviam-se gargalhadas” (ref. 2). 
c) “o prazer animal de existir” (ref. 3). 
d) “gritou ela para baixo” (ref. 4). 
e) “bata na porta” (ref. 5). 
 
Leia este texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Saudade de escrever 
 
Apesar da concorrência (internet, celular), a carta 
continua firme e forte. Basta uma folha de papel, selo, 
caneta e envelope para que uma pessoa do Rio Grande do 
Norte, por exemplo, fique por dentro das fofocas registradas 
por um amigo em São Paulo, dois dias depois. “Adoro 
receber cartas, fico super ansiosa para descobrir o que está 
escrito”, conta Lívia Maria, de 9 anos. Mas ela admite que 
faz tempo que não escreve nenhuma cartinha. “As últimas 
foram para a Angélica e para um dos programas do Gugu.” 
Isabela, de 9 anos, lembra que, quando morava em 
Curitiba, no Paraná, trocava correspondência com sua 
amiga Raquel, que vive em Belo Horizonte, Minas Gerais. 
“Eu ficava sabendo das novidades e não gastava dinheiro 
com telefonemas.” 
Já Amanda, de 10 anos, também gosta de receber 
cartinhas, mas prefere enviar e-mails. “Atualmente estou 
conversando com meu primo que está nos Estados Unidos 
via computador, já que a mensagem chega mais rápido e 
não pago interurbano.” 
TOURRUCCO, Juliana. Saudade de escrever. O Estado de São Paulo, p.5, 25 jul.1998. 
Suplemento infantil. 
 
3. (G1 - ifal 2018) No período: Mas ela admite que faz 
tempo que não escreve nenhuma cartinha, a palavra 
nenhuma funciona como pronome indefinido, imprimindo um 
sentido impreciso ao substantivo cartinha. Assinale a única 
alternativa cujo sentido se altera significativamente com a 
mudança na redação. 
a) Mas ela admite que faz tempo que não escreve uma 
cartinha. 
b) Mas ela admite que faz tempo que não escreve cartinhas. 
c) Mas ela admite que faz tempo que não escreve certas 
cartinhas. 
d) Mas ela admite que faz tempo que não escreve cartinha 
alguma. 
e) Mas ela admite que faz tempo que não escreve cartinha 
nenhuma. 
 
4. (G1 - cftmg 2017) Receita 
 
Ingredientes: 
 2 conflitos de gerações  5 sonhos eróticos 
 4 esperanças perdidas  2 canções dos beatles 
 3 litros de sangue fervido 
 
Modo de preparar: 
Dissolva os sonhos eróticos 
nos dois litros de sangue fervido 
e deixe gelar seu coração. 
 
Leve a mistura ao fogo, 
adicionando dois conflitos 
de gerações às esperanças perdidas. 
 
Corte tudo em pedacinhos 
e repita com as canções dos 
beatles o mesmo processo usado 
com os sonhos eróticos, mas desta 
vez deixe ferver um pouco mais e 
mexa até dissolver. 
 
Parte do sangue pode ser 
substituída por suco de 
groselha, mas os resultados 
não serão os mesmos. 
 
Sirva o poema simples 
ou com ilusões. 
BEHR, Nicolas. In: As bases da literatura brasileira. Porto Alegre: Editora AGE, 1999, p. 
187. 
Em relação aos recursos linguísticos mobilizados para 
alcançar os efeitos de sentido pretendidos, o texto 
caracteriza-se pelo emprego de: 
a) adjetivos irônicos. b) locuções adverbiais. 
c) verbos no imperativo. d) substantivos abstratos. 
 
5. (Enem 2017) João/Zero (Wagner Moura) é um cientista 
genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado 
publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne 
Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma 
experiência com um de seus inventos permite que ele faça 
uma viagem no tempo, retornando para aquela época e 
podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, 
descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa 
encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para 
isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele 
conseguirá acertar as coisas? 
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em: 4 out. 2011. 
 
Qual aspecto da organização gramatical atualiza os eventos 
apresentados na resenha, contribuindo para despertar o 
interesse do leitor pelo filme? 
a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 
anos atrás foi humilhado”. 
b) A descrição dos fatos com verbos no presente do 
indicativo, como “retorna” e “descobre”. 
c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para 
contrapor ideias. 
 
11 
 
d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele 
conseguirá acertar as coisas?”. 
e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do 
texto para fazer referência ao protagonista “João/Zero”. 
 
6. (Espcex (Aman) 2017) Em “Há também o que vai para se 
entregar, ser um com o Arpoador, mil-partido.” a palavra “o”, 
grifada, é 
a) termo essencial da oração. 
b) termo acessório da oração. 
c) palavra expletiva. 
d) termo integrante da oração. 
e) pronome de interesse. 
 
7. (Eear 2017) Leia: 
“Você é exatamente o que eu sempre quis/ 
Ela se encaixa perfeitamente em mim”. 
 
O trecho apresenta um fragmento de uma canção, de autoria 
de Sorocaba. Em relação ao uso dos pronomes, marque a 
alternativa correta, de acordo com a gramática normativa. 
a) O pronome “ela” indica com quem se fala no discurso. 
b) O pronome “você” indica a pessoa que fala no discurso. 
c) O pronome “você” não indica, gramaticalmente, a mesma 
pessoa indicada por “ela”, no texto exemplificado. 
d) O pronome “você” se refere, gramaticalmente, à mesma 
pessoa descrita pelo pronome “ela”, no texto 
exemplificado. 
 
8. (Espm 2017) Quando se perde o grau de investimento, 
corre-se o risco de uma debandada dos capitais 
estrangeiros, aí é preciso tomar medidas mais drásticas do 
que se desejaria. Joaquim Levy. 
 
O vocábulo grifado aí é: 
a) advérbio, expressando a ideia de “nesse lugar”. 
b) interjeição, traduzindo ideia de apoio, animação. 
c) palavra expletiva (dispensável) ou de realce. 
d) advérbio, expressando ideia de conclusão “então”. 
e) substantivo, traduzindo ideia de “por outro lado”. 
 
9. (G1 - ifsp 2017) De acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa e com a gramática normativa e 
tradicional, assinale a alternativa em que o termo destacado 
tem valor de advérbio. 
a) Não há meio mais difícilde trabalhar. 
b) Só preciso de meio metro de aniagem para sacos de 
carvão. 
c) Encarou os meninos carvoeiros, esboçando meio sorriso. 
d) Os carvões caíram no meio da estrada. 
e) Achei o menino meio triste, raquítico. 
 
10. (Eear 2017) Em qual das alternativas abaixo o advérbio 
em destaque é classificado como advérbio de tempo? 
a) Não gosto de salada excessivamente temperada. 
b) Ele calmamente se trocou, estava com o uniforme 
errado. 
c) Aquela vaga na garagem do condomínio finalmente será 
minha. 
d) Provavelmente trocariam os móveis da casa após a 
mudança. 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
[B] 
[B] Incorreta: o uso do pronome demonstrativo “este” justifica-se 
por se referir ao livro que Mafalda segura. Assim, como o livro é um 
objeto que está na mão do falante, usa-se o “este”. 
 
Resposta da questão 2: 
 [E] 
A opção [E] apresenta frase que denota registro informal da língua, 
pois o verbo “bater” deve ser acompanhado da preposição “a” para 
expressar ação de golpear a porta. Assim, a frase deveria ser 
substituída por bata à porta para atender às exigências da 
gramática normativa. 
 
Resposta da questão 3: 
 [C] 
Em [C], a inclusão da palavra "certas" acaba trazendo um sentido 
de precisão ao substantivo "cartinha". Assim, não mais há o 
sentido de que é qualquer carta, e sim de que são cartas 
específicas. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
O texto segue a estrutura de uma receita, tanto no formato, quanto 
na linguagem. Assim, faz bastante uso de verbos no imperativo 
(“dissolva”, “deixe”, “leve”, “corte”, etc.), que indicam justamente 
instrução/ordem e são comuns a receitas. 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
O uso do presente do indicativo para descrever fatos ocorridos no 
passado (chamado presente histórico ou narrativo) confere mais 
vivacidade ao texto e realça os acontecimentos que estão sendo 
descritos. Dessa forma, o narrador volta ao momento dos 
acontecimentos, narra como se presenciasse as cenas, tornando o 
texto mais dinâmico e criando maior expectativa ao leitor. Assim, é 
correta a opção [B]. 
 
Resposta da questão 6: 
 [D] 
O termo “o” exerce função morfológica de pronome demonstrativo, 
equivalente a “aquele”, objeto direto da oração. Portanto, termo 
integrante como transcrito na alternativa [D]. 
 
Resposta da questão 7: 
 [C] 
O pronome “você” não indica, gramaticalmente, a mesma pessoa 
indicada por “ela”, no texto exemplificado. O pronome de 
tratamento “você” indica a pessoa com quem se fala no discurso; o 
pronome “ela” indica a pessoa da qual se fala no discurso. 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
O advérbio “aí”, no contexto, possui ideia de conclusão: já que a 
perda do grau de investimento acarreta o risco de debandada dos 
capitais estrangeiros, a conclusão é de que, nessas condições, “é 
preciso tomar medidas mais drásticas do que se desejaria”. Assim, 
seria possível substituir “aí” por “então”, sem prejuízo ao sentido 
original. 
 
Resposta da questão 9: 
 [E] 
[A] “meio” tem valor de substantivo. 
[B] “meio” tem valor de adjetivo. 
[C] “meio” tem valor de adjetivo. 
[D] “meio” tem valor de substantivo. 
 
Resposta da questão 10: 
 [C] 
A única alternativa correta é a [C]. “Excessivamente” é advérbio de 
intensidade; “calmamente”, de modo; e “provavelmente”, de dúvida. 
 
12 
 
VERBO 
1. (Ebmsp 2018) 
 
A campanha dos Médicos sem Fronteiras desenvolve sua argumentação na chamada principal, através de elementos verbais e 
não verbais, que estão corretamente analisados na alternativa 
a) O uso do imperativo “Ajude”, por meio do sujeito implícito, revela que o público a que ela se dirige faz parte do contexto 
evidenciado na imagem. 
b) A contração “daqui” e o advérbio “lá”, presentes no texto, sugerem que o enunciador aborda a realidade de um espaço do qual 
está distante, assim como o seu interlocutor, ficando implícito que esse distanciamento não é empecilho para que se possa 
apoiar essa organização. 
c) O infinitivo “espalhar” gera, pela ausência de seu objeto direto, um paradoxo com o imperativo “Ajude”, revelando uma ação 
oposta e contraditória ao que foi proposto inicialmente. 
d) O demonstrativo “o” faz referência anafórica ao local em que se encontra o locutor, indicando que o leitor deve divulgar as suas 
próprias experiências e o cenário em que atua, para que indivíduos de outros lugares e países possam ter mais exemplos de 
solidariedade. 
e) A forma verbal “acontece” está no presente do indicativo, apresentando uma comparação entre fatos que já se concretizaram e 
práticas futuras, inspiradas na ideia transmitida pelo verbo “ajudar”. 
 
2. (G1 - ifpe 2018) 
As campanhas, de modo geral, sejam elas 
institucionais ou comerciais, buscam a 
adesão do interlocutor. Na figura acima, o 
principal recurso para atingir esse objetivo é 
a) a relação temporal introduzida pela 
oposição entre os advérbios “hoje” e 
“amanhã”. 
b) o emprego de verbos no imperativo e do 
pronome de tratamento “você”. 
c) a analogia entre as pessoas do discurso 
“ela” e “eu” e a imagem de duas mulheres 
centralizada no texto. 
d) a orientação sobre a idade das meninas 
que devem ser vacinadas. 
e) a utilização de balões de fala, como 
recurso de intertextualidade com uma 
história em quadrinhos. 
 
 
13 
 
3. (G1 - ifba 2018) 
 
 
Sobre as formas verbais da tira: 
 
a) Em “estou arruinando”, temos um verbo no 
presente e um verbo no particípio. 
b) Em “estou ficando viciado”, temos um verbo no 
presente, um verbo no gerúndio e um verbo no 
particípio. 
c) Em “preciso fazer”, temos um verbo no presente e 
um verbo no particípio. 
d) Em “preciso de ajuda”, temos um verbo no 
presente, acompanhado de um verbo no particípio. 
e) Em “dá para achar”, temos dois verbos no 
presente do indicativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A voz subterrânea 
 
Às vezes ouvia-se um canto surdo, 
que parecia vir debaixo da terra. 
Até que os homens da superfície, 
para desvendar o mistério, 
puseram-se a fazer escavações. 
Sim! eram os homens das minas, 
que um desabamento ali havia aprisionado. 
 
E ninguém suspeitava da sua existência, 
porque já haviam passado três ou quatro gerações! 
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou: 
eles estavam cegos 
– todos, homens, mulheres, crianças. 
Eles estavam cegos... e cantavam! 
QUINTANA, Mario. Baú de espantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
 
4. (Pucpr 2018) Os acontecimentos descritos por Quintana 
em seu texto podem ser postos em ordem cronológica pelo 
leitor: “havia aprisionado” > “ouvia-se” > “puseram-se”. Sobre 
os tempos verbais dessa relação, é CORRETO afirmar que 
a) o pretérito imperfeito do indicativo é o evento mais 
recente, uma vez que descreve um evento pontual no 
passado sem duração de tempo. 
b) o pretérito perfeito do indicativo representa o evento 
intermediário, já que denota uma ação cujo 
acontecimento é duradouro no passado. 
c) o pretérito imperfeito do indicativo descreve a ação mais 
passada em relação às outras duas, porque é o tempo 
verbal dos eventos contínuos. 
d) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo tem o 
mesmo valor do pretérito perfeito do indicativo, dado que 
indicam simultaneidade. 
e) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo 
veicula o evento mais anterior, pois se refere a uma ação 
que acontece antes das outras. 
 
 
5. (Acafe 2017) Complete as frases, empregando os verbos 
entre parênteses no tempo certo e adequado ao contexto, e 
assinale a alternativa correta. 
I. Se ele __________ sim ao convite, a diretoria poderia 
reprogramar o evento. (dizer) 
II. Quando nós __________ a próxima festa de 
confraternização, contrataremos seus serviços. (fazer) 
III. Se amanhã os perfumes não __________ nessa caixa, 
teremos que levar alguns na mala. (caber) 
IV. Tenho a esperança de que vocês __________ resolver 
esse problema melhor do queeu. (saber) 
a) disse-se – faremos – caberem – saibam 
b) disser – fizéssemos – coubessem – saibam 
c) dissesse – fizermos – couberem – saibam 
d) dizer – fazermos – cabessem – saibam 
 
6. (Enem 2017) João/Zero (Wagner Moura) é um cientista 
genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado 
publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne 
Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma 
experiência com um de seus inventos permite que ele faça 
uma viagem no tempo, retornando para aquela época e 
podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, 
descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa 
encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para 
isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele 
conseguirá acertar as coisas? 
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em: 4 out. 2011. 
Qual aspecto da organização gramatical atualiza os eventos 
apresentados na resenha, contribuindo para despertar o 
interesse do leitor pelo filme? 
a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 
anos atrás foi humilhado”. 
b) A descrição dos fatos com verbos no presente do 
indicativo, como “retorna” e “descobre”. 
c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para 
contrapor ideias. 
d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele 
conseguirá acertar as coisas?”. 
e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do 
texto para fazer referência ao protagonista “João/Zero”. 
 
14 
 
7. (Espm 2017) Tensão na véspera 
 
Na noite daquele domingo, a Polícia Federal monitorava 
Alberto Youssef pela cidade de São Paulo. O doleiro era o 
principal alvo da Operação Lava Jato, marcada para 
começar no dia seguinte. De Curitiba, na coordenação da 
operação, o delegado Márcio Anselmo cuidava dos últimos 
detalhes das buscas e prisões que seriam realizadas nas 
próximas horas. Especialista em crimes financeiros, ele 
havia conseguido, com apenas dois agentes, em meio a 
uma greve na PF, puxar o fio do novelo que levaria à Lava 
Jato. Vladimir Netto, Lava Jato, Editora Primeira Pessoa. 
 
As formas verbais em destaque “monitorava” e “havia 
conseguido” traduzem respectivamente ideia de: 
a) ação contínua ou repetitiva no passado; ação no passado 
anterior a uma outra ação também no passado. 
b) ação única e acabada no passado; ação contínua ou 
repetitiva no passado. 
c) ação contínua ou repetitiva no passado; ação única e 
acabada no passado. 
d) ação frequentativa no presente; ação no passado anterior 
a uma outra ação também no passado. 
e) ação hipotética no passado ligada a uma condição; ação 
contínua ou repetitiva no passado. 
 
8. (G1 - col. naval 2017) Assinale a opção em que todas as 
formas verbais sublinhadas foram corretamente 
empregadas. 
a) Eu sempre me precavenho e analiso tudo 
detalhadamente. Por isso, só darei o meu apoio quando a 
comissão estudar melhor o caso e propor soluções que 
sejam coerentes. 
b) Não cri nele retorqui mostrando minha insatisfação. 
Irritado, ele freiou bruscamente e quase provocou um 
acidente sério. 
c) Ele se ateve às informações recebidas e não requereu um 
laudo complementar. Quando a falha apareceu, o chefe 
quis demiti-lo, mas eu intervi e contornei a situação. 
d) Se você se ater ao que foi combinado com o chefe e 
manter a calma, reavemos a carga extraviada e o 
problema será facilmente resolvido. 
e) Sempre que houver divergências e você precisar que eu 
intermedeie, pode chamar. Se eu vir que o caso é 
complicado, peço sua ajuda também. 
 
9. (G1 - ifsp 2017) Leia o trecho abaixo e, em seguida, de 
acordo com a gramática normativa e tradicional, assinale a 
alternativa que preenche correta e respectivamente as 
lacunas com os verbos ser e estar. 
 
Embora suas opiniões sobre justiça social __________ 
sempre discordantes, eles nunca __________ realmente 
preocupados com as condições dos meninos carvoeiros. 
a) fôreis – estiverem 
b) sejem – estiveram 
c) sejam – estiveram 
d) sejam – estivessem 
e) fossem – estariam 
 
10. (Espcex (Aman) 2017) Marque a única alternativa 
correta quanto ao emprego do verbo. 
a) Se você me ver na rua, não conte a ninguém. 
b) Mãe e filho põem as roupas para lavar aqui. 
c) Não pensei que ele reouvisse os documentos tão cedo. 
d) Evitaram o desastre porque freiaram a tempo. 
e) As súplicas da mulher não o deteram. 
11. (G1 - ifsc 2016) Considerando a norma padrão da língua 
escrita, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Na última terça-feira, fui ao cinema para ver o último filme 
de Woody Allen. Embora a crítica não tenha se 
posicionado favoravelmente ao longa-metragem, a 
sessão à qual assisti estava praticamente lotada. 
b) Os jornais publicaram uma notícia terrível sobre os 
temporais ocorridos no oeste do estado. Apesar das 
matérias serem esclarecedoras, nenhum de nós 
compreendemos bem o que e como tudo aconteceu. 
c) Ontem à tarde, levei as nossas filhas a praça para 
brincarem no parquinho. Quando voltamos, elas tomaram 
banho, jantaram e foram se deitar. Como estavam 
cansadas, deixei-as dormirem bastante. 
d) No último encontro, expliquei aos alunos toda à situação. 
A maioria da turma entendeu e concordou com os motivos 
pelos quais ficaram sem aula nos dois primeiros meses 
do ano. 
e) Na reunião dos diretores, ficou estabelecido que todos os 
inscritos participarão do debate na Câmara de 
Vereadores do município. Embora os governantes tem de 
discutir as propostas, a responsabilidade não cabe 
apenas a eles. 
 
12. (Puccamp 2016) A formulação que atende à clareza e à 
norma-padrão escrita é: 
a) Já na inauguração, estava disponível ao olhar do visitante 
as telas de Van Gogh emprestadas de outra instituição, 
pintor este por quem muitos tinham enfrentado o grande 
fluxo de vizitantes e o intenso trânsito. 
b) A maior tela da exposição foi apresentada pelo 
especialista em arte contemporânea, a quem o curador e 
o dono da galeria que a acolheu havia imposto uma série 
de restrições, aceitas mas, sob protesto. 
c) Antes que o público obtivesse autorização para chegar à 
galeria, sobreviram tantas recomendações por parte dos 
anfitriões, que muitos desistiram de visitá-la, não sem 
antes lhes ameaçarem com insultos. 
d) Não se lembra com exatidão do calendário, mas imagina 
que deve faltar uns quinze dias para a chegada das 
peças mais valiosas do artista, que algumas das quais 
colecionadores já ofereceram grandes quantias. 
e) Com exceção dos jornalistas credenciados, ninguém teve 
acesso àquele setor especial do acervo, por que razões 
ninguém sabe, mas, quaisquer que tenham sido as 
causas, provocaram grande mal-estar. 
 
13. (Fgvrj 2016) Leia a seguinte frase: 
 
O que os olhos não virem, o seu coração não vai sentir. 
 
Considere as seguintes afirmações sobre essa frase, 
utilizada em uma propaganda de software para empresas: 
 
I. Contém um erro de conjugação verbal, no uso de “virem” 
em lugar de “verem”. 
II. Expressa ideia de futuro por meio da locução “vai sentir”, 
que equivale a “sentirá”. 
III. Resulta de uma reelaboração de um conhecido provérbio 
popular. 
 
Está correto apenas o que se afirma em 
a) III. 
b) I e II. 
c) I. 
d) II. 
e) II e III. 
 
15 
 
14. (Ufu 2016) Na Olimpíada da crise, os convidados 
especiais não vão contar assim com tanta mordomia. Graças 
à baixa procura e ao desinteresse dos patrocinadores, o 
comitê organizador dos Jogos está com dificuldade de 
erguer camarotes para algumas modalidades. O de vôlei de 
praia, esporte no qual o Brasil é destaque, não vai dispor da 
estrutura. O camarote para o tênis, no Parque Olímpico, 
também foi cancelado. A construção ocorre apenas se os 
pedidos são suficientes para compensar os custos. 
Veja, ed. 2460, ano 49, nº. 2, 13 de janeiro de 2016, p. 29. 
 
No último período do texto, as formas verbais em destaque 
foram empregadas para 
a) expressartemporalmente o futuro. 
b) representar eventos sem historicidade. 
c) expressar fatos que independem do tempo cronológico. 
d) expressar atitude do enunciador. 
 
15. (G1 - cp2 2016) Leia o texto para responder à questão. 
 
Bullying: onde termina a brincadeira e começa a 
agressão? (fragmento) 
1
Marcela Pimenta Pavan 
Quem já não passou por uma situação 
desagradável de humilhação? Quantas pessoas, quando 
crianças, já não se sentiram diminuídas e envergonhadas 
por seus colegas de escola? 
O bullying já acontece há algum tempo e em 
grande proporção, mas a discussão sobre o assunto é 
recente e está cada vez mais presente nas áreas 
educacionais, nos programas de televisão, revistas, jornais. 
Profissionais de várias áreas, como a jurídica, psíquica, 
educacional, olham para o tema e apontam para uma 
reflexão com o objetivo de entender e encontrar formas de 
evitar ou 
2
minimizar o problema. 
O bullying significa atos de violência física ou 
psicológica contra alguém em desvantagem de poder. Surge 
com frequência na escola, e o impacto psicológico da 
agressão pode acompanhar o indivíduo pela vida toda. 
Um dos sintomas que demonstra isso é a grande 
quantidade de adultos que possuem um bloqueio ao falar em 
público, prejudicando sua apresentação como pessoa e 
profissional. Essa dificuldade pode acontecer na escola, 
onde a criança aprende a expor seus conhecimentos 
perante um grupo. Se as experiências iniciais não forem 
adequadas, ou seja, se quando a criança ao tentar se 
mostrar foi de alguma maneira diminuída pelos demais, é 
natural que ela se sinta bastante desconfortável e isso 
3
impacte negativamente na sua autoestima fazendo-a evitar 
a situação de exposição talvez pela vida toda. [...] 
4
Muitas situações de agressões são encobertas por 
serem vistas como brincadeiras de criança. Deve ser 
considerada uma brincadeira aquela em que todos os seus 
participantes estão se divertindo e aprendendo 
positivamente algo ao longo da experiência. À medida que 
um participante passa por uma situação angustiante, 
causando nele dor emocional ou física, e sem ter como se 
defender, a situação deixa de ser uma brincadeira para se 
tornar uma agressão. Qualquer forma de exclusão e 
acusação causa constrangimentos. 
Fonte: https: acaminhodamudanca.wordpress.com/textos-1/infancia/bullying-onde-termina-
abrincadeira- 
e-comeca-a-agressao. Acessado em: 27/08/2015. 
 
 
1
 Marcela Pimenta Pavan é psicóloga. 
2
 minimizar – reduzir, diminuir. 
3
 impacte – cause impacto ou crie uma impressão muito 
forte. 
Releia a seguinte frase destacada do texto: 
 
“Muitas situações de agressões são encobertas por serem 
vistas como brincadeiras de criança.” (ref. 5). 
 
Assinale a alternativa que apresenta a locução verbal 
sublinhada reescrita no pretérito perfeito do indicativo. 
a) Muitas situações de agressões seriam encobertas porque 
foram vistas como brincadeiras de criança. 
b) Muitas situações de agressões foram encobertas por 
terem sido vistas como brincadeiras de criança. 
c) Muitas situações de agressões fossem encobertas por 
serem vistas como brincadeiras de criança. 
d) Muitas situações de agressões serão encobertas por 
serem vistas como brincadeiras de criança. 
 
16. (G1 - ifsp 2016) De acordo com a norma padrão da 
Língua Portuguesa e a gramática normativa, com relação à 
conjugação dos verbos, assinale a alternativa em que o 
verbo destacado esteja conjugado no tempo e no modo 
indicados dentro dos parênteses. 
a) Por mais que eu tente, eu não caibo mais no meu vestido 
de formatura. (Presente do Subjuntivo) 
b) Quando eu cri no Senhor Jesus Cristo, Ele perdoou meus 
pecados. (Pretérito Imperfeito do Indicativo) 
c) A febre persistente combalia o doente. (Futuro do 
Pretérito do Indicativo) 
d) Por mais que seja dolorida, sei que um dia essa angústia 
passará. (Pretérito Imperfeito do Subjuntivo) 
e) Quem dera meu pai fosse um homem de palavra. 
(Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo) 
 
17. (G1 - ifce 2016) Tendo como base a primeira pessoa do 
singular do presente do indicativo, está correta a alternativa 
a) valio – valer. 
b) compito – competir. 
c) requero – requerer. 
d) mido – medir. 
e) riu – rir. 
 
18. (Fac. Pequeno Príncipe - Medici 2016) Os verbos em -
iar, em geral, têm conjugação regular: O som distante de um 
carrilhão principia a bater / As companhias aéreas premiam 
seus passageiros fiéis com viagens de graça e outras 
vantagens. Apenas cinco verbos (e seus compostos) 
recebem E nas formas rizotônicas, isto é, nas formas que 
têm a sílaba tônica no radical. Nessas formas, eles se 
conjugam, pois, como se fossem verbos em -ear. São eles: 
ansiar, incendiar, mediar, odiar, remediar [...]. 
NEVES, Maria Helena de Moura. Guia de uso do português: confrontando regras e usos. 
São Paulo: UNESP, 2012. p. 415. 
 
 
Nos períodos a seguir, foram usados os cinco verbos citados 
no final texto anterior, um em cada frase. De acordo com a 
regra apresentada pela autora, em qual alternativa aparece 
uma forma verbal que necessita de correção? 
a) A gangue do bairro ao lado incendiou três supermercados 
neste mês. 
b) Para o casamento, chamaremos o juiz que sempre media 
as cerimônias da família. 
c) O jovem estudante ansiava por entrar logo na 
universidade. 
d) Sempre que chega dezembro, eu me lembro de como 
odeio o verão. 
e) Era preciso que se remediassem todos os erros 
cometidos na matéria. 
 
 
16 
 
19. (Espm 2016) Das formas verbais em negrito, uma não 
segue a norma culta. Assinale-a: 
a) Governo maquia orçamento e omite gastos essenciais 
com Rio-2016. 
b) O serviço de meteorologia previu que haveria um tornado 
em Sul. 
c) Michel Temer cede, e Eliseu Padilha intermedeia 
articulação política do governo. 
d) A Bolsa de Valores nunca mais reouve seus índices de 
2008. 
e) Associação Paulista de Valets entrará com ação se a 
Prefeitura de SP não rever norma de cupons. 
 
20. (G1 - ifsul 2016) Nas sentenças abaixo, ocorrem 
espaços vazios. Para preenchê-los, empregue a forma 
verbal mais adequada dos verbos entre parênteses. 
I. Se os alunos ___________ apenas bom uso dos celulares, 
talvez as coisas fossem diferentes. (fazer) 
II. Caso __________ a proibição do uso de celulares em 
sala de aula, os alunos terão que mudar de 
comportamento. (manter-se) 
III. Quando o professor ___________ empregar 
didaticamente o celular em aula, as proibições poderão 
ser revogadas. (saber) 
 
As formas verbais que preenchem corretamente as lacunas 
são: 
a) fazerem – se mantiver – saber 
b) fizessem – se manter – souber 
c) fazerem – se manter – saber 
d) fizessem – se mantiver – souber 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
[A] Incorreto. O sujeito oculto do verbo “Ajude” é o público formado 
pelo voluntário virtual, o qual não faz parte fisicamente do contexto 
retratado pela imagem do médico e da criança. 
[B] Correto. A oposição de advérbios de espaço indica que há dois 
espaços, o de atuação do Médico sem Fronteiras e o de existência 
do Voluntário virtual; ambos se relacionam quanto ao apoio à 
causa retratada. 
[C] Incorreto. O verbo “espalhar” tem como objeto direto a oração 
“o que acontece lá”. 
[D] Incorreto. O demonstrativo faz referência à ajuda de que a 
Organização necessita. 
[E] Incorreto. O verbo “acontecer” está conjugado no presente do 
Indicativo, indicando um fato cotidiano; já o verbo “ajudar” está 
conjugado no Imperativo afirmativo. 
 
Resposta da questão 2: 
 [B] 
 
As campanhas buscam convencer os interlocutores de algo. Assim, 
é comum a utilização de verbos no modo imperativo (modo da 
ordem, do conselho) e a identificação direta com o interlocutor por 
meio de pronomes (como o “você”). Em “proteja o futuro de quem 
você mais ama” vemos o uso do imperativo em “proteja” e também 
do pronome “você”. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
[A] Incorreta: o verbo “estou” estáno presente” e “arruinando” está 
no gerúndio. 
[C] Incorreta: o verbo “preciso” está no presente e “fazer” está no 
infinitivo. 
[D] Incorreta: o verbo “preciso” está no presente, “de” é uma 
preposição e “ajuda” é um substantivo. 
[E] Incorreta: o verbo “dá” está no presente e “achar” está no 
infinitivo. 
 
Resposta da questão 4: 
 [E] 
 
O pretérito mais-que-perfeito é utilizado para expressar o fato mais 
remoto, ou seja, um acontecimento no passado que se deu 
anteriormente a outro acontecimento, também no passado. Assim, 
temos que o aprisionamento se deu anteriormente às ações de 
ouvir e pôr-se. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
 
Em [I], o futuro do pretérito da expressão verbal da oração principal 
(“a diretoria poderia reprogramar o evento da oração”) exige que o 
verbo “dizer” se apresente no pretérito imperfeito do subjuntivo: 
“dissesse”. Em [II], o contexto exige o verbo futuro do subjuntivo, 1ª 
pessoa do plural: “fizermos”. Em [III], o futuro do subjuntivo na 
terceira pessoa do plural: “couberem”. Em [IV], o presente do 
subjuntivo, terceira pessoa do plural: ”saibam”. Assim, é correta a 
opção [C]. 
 
Resposta da questão 6: 
 [B] 
 
O uso do presente do indicativo para descrever fatos ocorridos no 
passado (chamado presente histórico ou narrativo) confere mais 
vivacidade ao texto e realça os acontecimentos que estão sendo 
descritos. Dessa forma, o narrador volta ao momento dos 
acontecimentos, narra como se presenciasse as cenas, tornando o 
texto mais dinâmico e criando maior expectativa ao leitor. Assim, é 
correta a opção [B]. 
 
Resposta da questão 7: 
 [A] 
 
“Monitorava” está no pretérito perfeito do indicativo, tempo verbal 
que traduz a ideia de “ação contínua ou repetitiva ocorrida no 
passado”; “havia conseguido” é uma locução verbal formada pelo 
verbo auxiliar “haver” no pretérito imperfeito do indicativo e pelo 
principal, “conseguir”, no particípio, constituindo o tempo verbal 
pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, que traduz a 
ideia de “ação no passado anterior a outra ação também no 
passado”. 
 
Resposta da questão 8: 
 [E] 
 
[A] Incorreta: não existe a forma “precavenho”. 
[B] Incorreta: não existe a forma “freiou”, e sim “freou”. 
[C] Incorreta: a forma correta para a primeira pessoa do singular do 
pretérito perfeito é “intervim” e não “intervi”. 
[D] Incorreta: os verbos “ater” e “manter” devem ser conjugados no 
futuro do subjuntivo e, assim, devem apresentar as formas “ativer” 
e “mantiver”. Para manter a correlação verbal, o verbo “reaver” 
deve ser empregado no futuro do presente: “reaveremos”. 
 
Resposta da questão 9: 
 [C] 
 
Na primeira lacuna o verbo deve concordar com a 3ª pessoa do 
plural, uma vez que o sujeito é “suas opiniões sobre justiça social” 
e deve estar no presente do subjuntivo, já que temos uma oração 
concessiva. Assim, temos a forma “sejam”. Já a segunda lacuna 
deve ser preenchida por um verbo no pretérito perfeito do 
indicativo. 
 
17 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
 
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois 
 
[A] o futuro do conjuntivo é formado da terceira pessoa do plural do 
pretérito do perfeito do indicativo, depois de excluídas as 
desinências (vir – AM); 
[B] o verbo reaver é derivado do verbo haver, devendo ser 
conjugado de acordo com a conjugação desse verbo (exceto nos 
casos em que a sua condição de verbo defectivo o impeça); 
[D] existe incorreção ortográfica na forma “freiaram”; 
[E] o verbo deter é derivado do verbo ter, devendo ser conjugado 
conforme esse verbo. 
 
Assim, é correta apenas a opção [B] e as demais deveriam ser 
substituídas, respectivamente, por: 
 
- Se você me vir na rua, não conte a ninguém. 
- Não pensei que ele reouvesse os documentos tão cedo. 
- Evitaram o desastre porque frearam a tempo 
- As súplicas da mulher não o detiveram. 
 
Resposta da questão 11: 
 [A] 
 
[B] Incorreta: o correto seria flexionar o verbo “compreender” em 
“compreendeu”, ao invés de “compreendemos”. 
[C] Incorreta: o correto seria acrescentar crase no trecho “levei as 
nossas filhas à praça”, pois o verbo “levar” é regido pela 
preposição “a” e “praça” é um substantivo feminino (preposição a + 
artigo a = à). Além disso, o verbo “dormir” deve permanecer no 
infinitivo. 
[D] Incorreta: não há crase no “a” que antecede “situação”, uma 
vez que o verbo “explicar” tem como regência “explicar algo a 
alguém”. Assim, não há preposição antes daquilo que foi explicado 
(no caso, “a situação”). 
[E] Incorreta: o verbo “ter” não deve ser conjugado no presente do 
indicativo “tem”, mas sim no presente do subjuntivo “tenham”. 
 
Resposta da questão 12: 
 [E] 
[A] Incorreta. Segundo a norma-padrão escrita, uma formulação 
correta seria: “Já na inauguração, estavam disponíveis ao olhar do 
visitante as telas, emprestadas de outra instituição, de Van Gogh, 
pintor por quem muitos tinham enfrentado o grande fluxo de 
visitantes e o intenso trânsito”. 
A locução “estavam disponíveis” concorda com o sujeito “as telas”; 
a Oração Subordinada Adjetiva Explicativa (“emprestadas de outra 
instituição”) está próxima ao seu referente (“telas”); para atender à 
clareza, suprimiu-se o pronome “este”; finalmente, “visitantes” é 
grafado com a consoante “s”, presente em sua forma primitiva 
(“visita”). 
 
[B] Incorreta. Segundo a norma-padrão escrita, uma formulação 
correta seria: A maior tela da exposição foi apresentada pelo 
especialista em arte contemporânea. O curador e o dono da galeria 
que a acolheram haviam-lhe imposto uma série de restrições, a 
qual foi aceita, mas sob protesto. 
A redução do período colabora para sua clareza; o verbo “acolher” 
concorda com o sujeito composto (“o curador e o dono da galeria”); 
o verbo principal da locução também concorda com o sujeito 
composto; a transitividade do verbo “impor” foi atendida (objeto 
indireto: “lhe”); inserção de pronome relativo para evitar 
ambiguidade; concordância com o substantivo coletivo (“série”); 
colocação de vírgula antes da conjunção adversativa. 
 
[C] Incorreta. Segundo a norma-padrão escrita, uma formulação 
correta seria: “Antes que o público obtivesse autorização para 
chegar à galeria, sobrevieram tantas recomendações por parte dos 
anfitriões, que muitos desistiram de visitá-la, não sem antes os 
ameaçarem com insultos. 
O verbo “sobrevir” deriva de “vir”, portanto sua conjugação na 3ª 
pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo é “sobrevieram”; 
o verbo “ameaçar” é transitivo direto, portanto o objeto direto é 
exercido pelo pronome pessoal do caso oblíquo “os”, e não “lhes” 
(o qual desempenharia a função de objeto indireto). 
 
[D] Incorreta. Segundo a norma-padrão escrita, uma formulação 
correta seria: “Não se lembra com exatidão do calendário, mas 
imagina que devem faltar uns quinze dias para a chegada das 
peças mais valiosas do artista; por algumas delas, colecionadores 
já ofereceram grandes quantias. 
O verbo “faltar”, mesmo indicando tempo, concorda com o sujeito 
(“uns quinze dias”) – assim, o verbo auxiliar “devem” assume a 
forma no plural; ponto-e-vírgula indicando tom descendente, uma 
vez que o assunto está em vias de terminar; inclusão da 
preposição “por”, exigida pelo verbo “oferecer”; troca da expressão 
com pronome relativo “das quais” por pronome possessivo para 
clareza da oração. 
 
[E] Correta. Com exceção dos jornalistas credenciados, ninguém 
teve acesso àquele setor especial do acervo, por que razões 
ninguém sabe, mas, quaisquer que tenham sido as causas, 
provocaram grande mal-estar. 
Possíveis trechos que causariam dúvida aos alunos: grafia da 
palavra “exceção”; concordância do verbo com o pronome 
“ninguém”; acento indicativo de crase combinado com o pronome 
demonstrativo “aquele”, atendendo a regência do nome “acesso”; 
pronome relativo “por que”, equivalente a “por quais”; vírgula 
antecedendo conjunção adversativa; vírgula marcando oração 
intercalada; concordância do pronome com seu referente, “causas”. 
 
Resposta da questão 13: 
 [E] 
 
[I]

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