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Página inicial 
SURGIMENTO DA 
AGRICULTURA 
FAMILIAR E DO 
AGRONEGÓCIO 
Professor (a) : 
Drª. Paula Toshimi Matumoto Pintro 
Me. Yony Brugnolo Alves 
Espª. Simoni Alexandre 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar o histórico da agricultura familiar e do agronegócio e sua atualidade no Brasil e no mundo. 
• Caracterizar o agronegócio. 
• Perceber as semelhanças, diferenças e singularidades entre a agricultura familiar e o agronegócio. 
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https://getfireshot.com
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/atividades
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/resumo
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando
https://sites.google.com/view/afeoa1/p%C3%A1gina-inicial/editorial
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• História da Agricultura Familiar 
• O Agronegócio 
• Agricultura Familiar versus Agronegócio 
Introdução 
Prezado(a) aluno(a), 
Seja muito bem-vindo(a)! Vamos conversar sobre agricultura familiar e sobre agronegócio? 
Discutir esse assunto no Brasil é de grande relevância, pois o Produto Interno Bruto - PIB brasileiro sofre alterações para mais e 
para menos em decorrência do sucesso ou insucesso nesse setor da economia. 
Neste encontro, a proposta de estudo está dividida em três grandes tópicos, os quais separamos em três aulas para melhor 
entendimento: História da Agricultura Familiar e do Agronegócio: sua atualidade no Brasil e no mundo; Agronegócio; Agricultura 
familiar versus agronegócio. 
Na aula um inicialmente, serão abordados fatos históricos desde os primórdios da agricultura até sua recente configuração, 
passando pela evolução nos conceitos relacionados à agricultura e pelas leis que ratificam esses conceitos. De forma condensada, 
foram apontados eventos que transformaram os modos de produção e que deram origem à chamada agricultura familiar e o 
agronegócio. 
Em seguida, serão expostos os conceitos e os fatos da agricultura familiar no Brasil e no mundo, demonstrando similaridades e 
diferenças. Existe, ainda, um levantamento de fatos e dados que norteiam o aprendizado deste tópico. 
Na aula dois definiremos o que é agronegócio, esquematizamos a cadeia produtiva e demonstramos a importância econômica 
deste setor no cenário econômico do Brasil. Além disso, apresenta uma figura que expõe o ranking dos produtos de maior 
produção e exportação do agronegócio brasileiro. 
Na nossa aula de número três procuramos demonstrar as semelhanças, diferenças e singularidade da agricultura familiar e do 
agronegócio. O objetivo não é rivalizar agricultura e agronegócio e sim demonstrar que ambos são muito importantes para a 
economia brasileira e mundial, mas cada um tem suas peculiaridades. 
https://sites.google.com/view/afeoa1/p�gina-inicial
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Dessa maneira, com o conjunto dessas três aulas, desejamos que você, aluno(a), consiga compreender o panorama geral da 
agricultura familiar e do agronegócio. Vamos lá?! 
Bons estudos! 
Avançar 
DOWNLOAD PDF 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
HISTÓRIA DA AGRICULTURA FAMILIAR 
A agricultura é praticada há pelo menos 10 mil anos. Nos primórdios da pré-história os homens caçavam e coletavam seus 
alimentos. Quando não era mais possível usufruir dos recursos em um ambiente de forma extrativista, os homens se realocavam, 
os denominados nômades. As técnicas de domesticação de animais e o domínio das práticas de plantar e colher permitiram que o 
homem deixasse de ser nômade, e passasse a se fixar em pequenos aglomerados. Estes grupamentos deram origem às civilizações. 
Com mais pessoas, foi necessário um aumento na produção de alimentos. Dessa forma, as práticas agropecuárias foram cada vez 
mais aprimoradas e desenvolvidas. 
Do período da pré-história até o período da revolução industrial no século XVIII, a agricultura cresceu, se expandiu e evoluiu. As 
populações começaram a dominar métodos de cultivos de diferentes espécies. O uso de tração animal proporcionou agilidade e 
aumento das produções. A transformação das matérias-primas resultou em durabilidade e diversidade de produtos. Nesse 
período, eram comuns as propriedades que integravam produção e processamento das matérias-primas (ARAÚJO, 2007). As 
habilidades requisitadas para que estes serviços fossem executados, capacitaram trabalhadores versáteis no trabalho do campo. 
Desde então, a apropriação de terras e o poder de produção tornou-se sinônimo de riqueza (BAPTISTA, 2010). 
No levantamento histórico realizado por Mazoyer & Roudart (2010), foram elencados marcos na modernização da agricultura. De 
acordo com os autores, na segunda metade do século XX, com a chamada Revolução Agrícola Contemporânea, adotou-se 
inovações nas produções agropecuárias. As novas técnicas permitiram um aumento nas produções vegetais e animais. Essas 
práticas, contudo, modificaram significativamente a história da agricultura. Alguns métodos adotados foram: 
• Motorização-mecanização: implementos que permitiram maior agilidade e menor uso da mão de obra. 
• Seleção de espécimes animal e vegetal com forte potencial de rendimento: procedimento que permitiu um aumento de produção 
e produtividade. 
• Ingresso de produtos fitossanitários: método químico de prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças em vegetais. 
Surgiram também produtos para sanidade animal. 
• Uso de corretivos e fertilizantes: recurso adotado para repor nutrientes no solo com contínuas produções. 
• Alimentos concentrados: alimentos ofertados em quantidade que aceleraram o ganho de peso vivo (PV) animal. 
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Agricultores de muitos países foram estimulados pelo poder público a consumir estas inovações, por meios de “políticas de 
incentivo aos preços agrícolas, de subvenções aos insumos, bonificação dos juros de empréstimos e investimentos” (MAZOYER; 
ROUDART, 2010). O acesso destes recursos concentrou-se nas regiões mais prósperas, com alto potencial de rentabilidade. 
Diante desse novo cenário, atentam-se as particularidades das novas formas de produção, de processamento, de distribuição e de 
comercialização. Distintas, especialmente, segundo o uso e a posse das terras são conceitualmente denominadas de agricultura 
familiar e agronegócio. A primeira refere-se aos detentores de terras que se mantiveram pequenos, em sua maioria, com 
produções diversificadas e de trabalhadores do núcleo familiar. Já o agronegócio trata de produções em larga escala, na maioria, 
monocultura, de trabalho e de posse de pessoas que não necessariamente possuem vínculos familiares. 
As singularidades, semelhanças e diferenças entre a agricultura familiar e o agronegócio foram o objeto de estudo deste livro. A 
agricultura familiar, durante muito tempo, não foi assim denominada. Atualmente o conceito é diferenciado em cada país, mas o 
que todos têm em comum é o emprego de mão de obra familiar (FAO, 2014). 
No Brasil, os agricultores já foram subdivididos em: índios, negros, mestiços, brancos não herdeiros e imigrantes europeus. Com o 
decorrer do tempo, eles foram chamados de camponeses (ALTAFIN, 2007). Com o processo de migração de europeus, 
especialmente, na região22 abr. 2017 
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AGRICULTURA FAMILIAR 
SUSTENTÁVEL 
Sustentabilidade e agroecologia 
A agricultura, ao longo dos anos, modificou os modos de produção. As revoluções agrícolas minimizaram as restrições do meio 
ambiente e a necessidade de mão de obra (ASSIS; ROMEIRO, 2002). 
Desde a década de 1950, a agricultura brasileira passou por um período de inovações tecnológicas, relacionadas à industrialização 
e à urbanização. Nos últimos anos, o Brasil aumentou significantemente a produtividade e tornou-se um dos maiores exportadores 
de produtos agropecuários (ALVES; CONTINI; HAINZELIN, 2005). 
Ressalta-se que as várias transformações e modernizações nos modos de produção garantiram, ao longo da história, o fim do 
nomadismo e, por consequência, a origem das civilizações. Contudo, atualmente, desafia-se a agricultura a promover produções 
mais sustentáveis (BARBOZA et al., 2012). 
Visando minimizar os impactos sobre as dimensões da sustentabilidade, surge a agroecologia, que confronta as ideias do sistema 
convencional de produção e apresenta alternativas agroecológicas (LIMA; CARMO, 2006). Um exemplo dessa nova proposta é o 
cultivo orgânico, que visa produções isentas de produtos fitossanitários, fertilizantes químicos, organismos geneticamente 
modificados (OGM), entre outros (FAO, 2012). 
A agricultura orgânica, entretanto, não é sinônimo de agricultura agroecológica, o alimento orgânico pode ser ecológico ou não. A 
pesquisa de Souza, Santos e Bezerra (2012) diferenciam e conceituam essas duas formas de produção. 
Alimentos orgânicos não usam produtos químicos sintéticos, ou geneticamente modificados. Produtos 
orgânicos industrializados devem ser produzidos sem ingredientes químicos artificiais, como os corantes. 
Produtos orgânicos não deixam de ser produzidos nos moldes da agricultura convencional ou da 
monocultura. Os produtos orgânicos apenas não usam a química industrial como principal meio de combate 
às pragas e de fonte de fertilizantes para adubação. A Agroecologia é a ciência dedicada ao estudo das 
relações produtivas entre homem e natureza, visando sempre a sustentabilidade ecológica, econômica, 
social, cultural, política e ética. A proposta da Agroecologia é fazer uma contraposição ao agronegócio. As 
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práticas agroecológicas se baseiam na pequena propriedade, na mão de obra familiar, em sistemas 
produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais, redes regionais de produção e distribuição 
de alimentos Fonte: Souza, Santos e Bezerra (2012, p. 9). 
A agroecologia como ciência investiga o funcionamento e interações de agrossistemas complexos. Foca-se na conservação e 
ampliação da biodiversidade, e, consequentemente, em produções sustentáveis (ASSIS; ROMEIRO, 2002). 
A integração de saberes históricos dos agricultores, juntamente com os conhecimentos gerados pelas pesquisas, permite 
compreensão, análise e críticas. Assim, novas estratégias são geradas, novos modelos são desenhados, abrangendo formas de 
agriculturas mais sustentáveis (CAPORAL, 2009). 
Transitar a partir de métodos de cultivos convencionais para outros de menores impactos, como os métodos agroecológicos, 
exigem, igualmente, a incorporação e avanços do conhecimento científico (COSTABEBER, 1998). 
Na visão de Rosset et al. (2014, p. 10), “as mudanças devem iniciar em novas políticas agrárias com incentivos governamentais, 
incentivos a pesquisas, além do desenvolvimento e transferência de tecnologias eficientes, acessíveis e, acima de tudo, 
economicamente viáveis”. 
Propor inovações e métodos distintos para a produção, não condena ou exclui o uso de todas as formas de cultivos pelos 
agricultores familiares e não familiares. De acordo com a FAO (2012, p. 2), “é cada vez mais reconhecido que, com uma gestão 
adequada dos setores agrícolas, gera-se externalidades positivas cruciais”. 
Agricultura familiar e a produção convencional 
A produção convencional é um modo de produção muito abrangente. Nesse sistema pode-se utilizar tecnologias como: OGM 
(Organismo Geneticamente Modificado), híbrido, hidropônico, fertilizantes químicos, mecanização, produtos fitossanitários 
(herbicidas, inseticidas), melhoramento genético de plantas e animais, medicamentos alopáticos, e outras tantas propostas 
tecnológicas. 
Rosset et al. (2014), consideram em sua pesquisa que a agricultura convencional é dependente de insumos externos, como 
fertilizantes e produtos fitossanitários. Coloca-se então, que quando utilizados de modo inadequado, pode contaminar os solos, a 
água e o ar. 
Segundo Gliessman (2001), a produção convencional visa maximizar produção e lucro. Os métodos adotados para geração dos 
resultados esperados são: o cultivo intensivo do solo, a monocultura, a irrigação, o uso de fertilizantes inorgânicos, o controle 
químico de pragas e a manipulação genética. 
De modo geral, os trabalhos acerca do tema “Agriculturas Convencionais” são controversos. Nesta pesquisa, buscou-se averiguar e 
expor a legalidade do uso destes recursos. Segue alguns exemplos, da regulamentação perante a utilização destas estratégias, de 
acordo com a legislação brasileira: 
• Fertilizantes – Lei 6.894, de 16 de dezembro de 1980 e Decreto 4.954, de 14 de janeiro de 2004. 
• Produtos fitossanitários – Lei 7.802, de 11 de julho de 1989 e Decreto 4.074, de 4 de janeiro de 2002. 
• OGM – Lei 11.105, de 24 de março de 2005 e Decreto 5.591, de 22 de novembro de 2005. 
Com isso, este livro expõe que é aceitável o emprego destes procedimentos/tecnologias (uso de fertilizantes; produtos 
fitossanitário; OGM) na produção agropecuária brasileira. Notaram-se inúmeros trabalhos, mostrando em números, os resultados 
positivos e negativos dos empregos destas diversas técnicas. Investigou-se que não há registros científicos contabilizando os 
percentuais de agricultura familiar convencional no Brasil e no mundo. Contudo, considera-se que cabe aos agricultores familiares 
e/ou não familiares, técnicos e pesquisadores o uso ou desuso dessas tecnologias. 
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Você sabe o que significa um alimento ser geneticamente modificado ou transgênico? conheça a definição e 
suas consequências em: . . 
Agricultura familiar e a produção agroecológica 
A agroecologia é uma ciência que transcende o uso de ferramentas tecnológicas aplicada pelos produtores. De acordo com 
Barboza et al. (2012, p.10). “ela surge como um conjunto de conhecimentos, técnicas e saberes que incorporam princípios 
ecológicos e valores culturais às práticas agrícolas”. Como ciência, apoia a transição do desenvolvimento rural, recomendando 
mudanças nas produções convencionais para formas de agriculturas mais sustentáveis (CAPORAL, 2009). 
Pesquisas sobre agroecologia desafiam-se além do desenvolvimento de novas práticas de produção, pois estimulam a inovação de 
novos mercados e segmentos, como: “produtos de regiões específicas com tradição e cultura (denominação de origem), agricultura 
orgânica e agroecologia” (ALVES; CONTINI; HAINZELIN, 2005). 
As inovações possibilitam que pequenas propriedades diferenciem-se e diversifiquem-se, permitindo uma visão sistêmica e, assim, 
o aprimoramento da gestão, cooperação, competição e novas formas de trabalho. 
Diversos sistemas de produção encaminham agricultores às práticas agroecológicas. Segundo Barboza et al.(2012, p.9) são 
exemplos destas produções: 
a. Agricultura orgânica tem como base o sistema de compostagem com o uso de materiais vegetais e animais da propriedade, 
assegurando a vida biológica do solo, a ciclagem de nutrientes e, assim, a nutrição e sanidade das culturas. 
b. Agricultura biológica segue dois princípios fundamentais – a saúde das culturas e dos alimentos depende da saúde do solo e 
ênfase no manejo do solo e na rotação de culturas. Recomenda, também, o uso de rochas moídas como fertilizantes e considera 
que a resistência das plantas ao ataque de pragas é determinada pelo seu equilíbrio nutricional, e os desequilíbrios são provocados 
pelo uso de agroquímicos. 
c. Agricultura biodinâmica entende a propriedade como um organismo agrícola, no qual o todo reflete o equilíbrio das partes, 
trabalhando as relações existentes entre o solo, a planta, o animal, o homem, o universo e as energias que envolvem e influenciam 
cada um e o todo. 
d. Agricultura natural preconiza a menor alteração possível nos ecossistemas, evitando-se movimentar o solo, estimulando a 
reciclagem dos restos culturais e palhadas, por meio da compostagem feita somente à base de vegetais, sem o uso de estercos 
animais e com a utilização frequente de “microorganismos eficientes”. 
e. Agricultura ecológica preconiza o conceito de agroecossistema, o uso de tecnologias suaves e a utilização de fontes alternativas 
de energia. 
f. Permacultura defende a produção de agroecossistemas sustentáveis, por meio da simulação dos ecossistemas naturais, 
procurando a menor modificação possível da paisagem. 
A agricultura orgânica é a mais divulgada e conhecida junto à pesquisa e ao mercado, e erroneamente confundida com as demais. 
Segundo a FAO (2012), estima-se que o manejo orgânico esteja crescendo constantemente nos últimos anos. Calcula-se cerca de 
1,8 milhões de agricultores orgânicos em 162 países. Esse modo diferenciado de produção gera oportunidade para pequenos 
produtores no mercado, sendo essas produções, muitas vezes, destinadas à exportação. Agrega-se valor ao produto e, 
consequentemente, aumenta-se a renda. Atualmente, cerca de 90% das vendas de orgânicos são oriundas da América do Norte e 
Europa. As normas e princípios para a exportação de alimentos orgânicos são definidos pela Codex Alimentarius (FAO, 2012). 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.idec.org.br%2Fconsultas%2Fdicas-e-direitos%2Fsaiba-o-que-sao-os-alimentos-transgenicos-e-quais-os-seus-riscos&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGglq_UYSm3DQd5iVV5v8DZWOf44Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.idec.org.br%2Fconsultas%2Fdicas-e-direitos%2Fsaiba-o-que-sao-os-alimentos-transgenicos-e-quais-os-seus-riscos&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGglq_UYSm3DQd5iVV5v8DZWOf44Q
Figura 1 - Gráfico da área ocupada com agricultura orgânica em 2009. 
Fonte: FAO (2012). 
O interesse crescente por produtos orgânicos é motivado principalmente pela busca de uma melhor qualidade de vida e por 
métodos de produção mais sustentáveis. No Brasil, vários produtos orgânicos são exportados, in natura e processados, como por 
exemplo: banana e suco de laranja, respectivamente. Observam-se algumas iniciativas que estimulam produção e exportação. O 
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), assim como MMA (Ministério do Meio Ambiente), apoiam ações, 
visando um desenvolvimento mais sustentável. O MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) contempla, nos orgânicos, a 
alternativa estratégica para diferenciação de produtos oriundos da agricultura familiar. Enquanto o MDIC (Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), esforça-se para alavancar exportações das produções orgânicas brasileira 
(BUAINAIN; BATALHA, 2007) 
Agricultura convencional versus agricultura agroecológica 
As pesquisas científicas, que estudaram os métodos de produção convencional e agroecológico, são quase sempre unilaterais. Por 
um lado, defende-se e dissemina-se o uso das inovações tecnológicas. Em contrapartida, tem-se uma visão holística sob as 
produções agropecuárias. Ambos são repletos de métodos e resultados aplicáveis. Desse modo, expõem-se as singularidades de 
cada forma de produção, sem relacioná-las e/ou confrontá-las. 
A figura 2 esquematiza as práticas utilizadas em uma produção convencional. 
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Figura 2 - Esquema das tecnologias utilizadas na agricultura convencional. 
Fonte: as autoras (2015). 
A figura 3 sugere algumas metas das produções agroecológicas. 
Figura 3 - Metas da agroecologia. 
Fonte: Souza, Santos e Bezerra (2012, p. 4). 
Somente em 2012 foi instituído o Decreto nº 7.794, de 2012, que institui a Política Nacional de 
Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) o mesmo decreto estabeleceu dois órgãos para a gestão da 
Política e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), a Comissão Nacional de 
Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção 
Orgânica (Ciapo). Fonte: Brasil Agronegócio. Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - 
Planapo. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Brasília, 2013. Disponível em: 
https://sites.google.com/view/afeoa2/p�gina-inicial/unidade-2
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fagroecologia.org.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2013%2F11%2Fplanapo-nacional-de-agroecologia-e-producao-organica-planapo.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHiycexG2xnAMIsAuOAzXRcLEaW1w
. Acesso em 22 abr. 2017. 
AGRICULTURA FAMILIAR E 
ALTERNATIVAS PARA O SUCESSO 
A agricultura familiar, especialmente, nos últimos anos, beneficia-se, direta ou indiretamente, de pesquisas e políticas públicas. Ao 
analisar alguns trabalhos, vê-se a importância de alguns fatores primordiais para alavancar a agricultura familiar. A seguir, 
elencam-se alguns destes fatores e suas particularidades. 
Educação 
De acordo com Buainain (2006), o agricultor familiar depara-se com várias situações adversas como: “terra 
insuficiente (minifúndios), acesso precário a mercados dinâmicos, nível de renda insuficiente, 
descapitalização, pobreza elevada e baixo nível de educação formal e experiência em gestão de negócios”. 
Segundo os dados do censo agropecuário do IBGE (2006), mais de 80% dos produtores rurais têm nível de 
escolaridade igual ou inferior ao ensino fundamental, como mostra a figura 4. 
Figura 1 - Percentual dos produtores dos estabelecimentos, por nível de instrução – Brasil – 2006. 
Fonte: Censo Agropecuário (IBGE, 2006, p. 120). 
Ter acesso à educação é um direito garantido a todos. Conforme a Lei 9.394/96 LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação - 
(BRASIL, 1996), no artigo 28, prevê particularidades e adaptações para a educação da população rural: 
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as 
adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: 
I – Conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da 
zona rural; 
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II – Organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às 
condições climáticas;III – Adequação à natureza do trabalho na zona rural. 
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de 
manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa 
apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da 
comunidade escolar 
Ainda que amparados por lei, muitos agricultores familiares creem que a educação compete com o trabalho rural (BUAINAIN, 
2006). Muitos jovens, que abandonam os estudos, são os mais prováveis sucessores. Um baixo índice de escolaridade compromete 
o desempenho de algumas práticas agrícolas adequadas, como a gestão da propriedade, e o acesso às informações e inovações 
(ABRAMOVAY et al., 1998). 
O acesso à educação oportuniza maiores habilidades para adquirir e processar informações e de gerir a propriedade. É um recurso 
essencial para adotar e aplicar novas tecnologias. 
Confiança 
Para uma produção de matéria prima e alimentos de qualidade, toda cadeia produtiva deve estar comprometida com todos os elos. 
Desde a aquisição dos insumos, até o consumidor final, deve-se fazer um esforço para manter a credibilidade do produto, como 
alimentos rastreados. A confiança é uma forma de promover e fortalecer estas relações. Aos envolvidos, aumenta-se a 
competitividade no mercado; a sustentabilidade e a continuidade na produção; e também atende às exigências do consumidor. 
Empresas com altos índices de qualidade aperfeiçoam e inovam seus produtos e serviços. A qualidade visa atender às expectativas 
do consumidor e não necessariamente ter o menor custo (PICCHI; ZANIBONI, 2010). 
A confiança assegura credibilidade, valorização, competitividade e sustentabilidade nos sistemas de produção. A confiabilidade 
deve transcender a garantia da qualidade intrínseca do produto, respeitando prazos e cumprindo cláusulas contratuais. 
Você já conhece a Associação Brasileira de Agroecologia? Saiba mais! Disponível em: . Acesso em 22 de abr. 2017. 
Tecnologia 
A tecnologia é um recurso essencial em pesquisa e desenvolvimento, pois promove inovações, que muitas vezes remetem ao 
aumento da produtividade. Assim, é possível produzir com custos reduzidos e tornar-se mais competitivo. 
De acordo com Buainain (2006, p. 41), o emprego de tecnologias buscava “elevar o rendimento por hectare, reduzir custos de 
produção, deslocar os concorrentes e economizar mão de obra sem maior controle de eventuais externalidades negativas”. Na 
atualidade, visa atender as restrições impostas pelas normas e as exigências dos consumidores. Outro ponto a ser considerado é a 
redução, em alguns casos, dos impactos ambientais. 
Usar tecnologias é uma forma de potencializar produtividade, reduzir custos, minimizar impactos e aumentar lucratividade. 
Quando bem utilizadas, produzem externalidade positivas em toda a sociedade (PICCHI; ZANIBONI, 2010). As formas de 
agriculturas alternativas também são exigentes em tecnologias. É necessário ir além das recomendações pré-estabelecidas e, 
principalmente, gerir conforme as necessidades do mercado. 
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O agricultor familiar que investe em tecnologia beneficia-se com melhor produtividade, rentabilidade, competitividade, eficiência 
e inovações. Promove e qualifica a gestão da propriedade. Desta forma, entende-se como fundamental a valorização das 
pesquisas, principalmente de órgãos governamentais que incentivam essa ideia, como EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária) e Universidades (PICCHI; ZANIBONI, 2010). 
Organização 
A agricultura familiar que, nem sempre foi o alvo das políticas públicas, manifestou suas reivindicações organizando-se em 
sindicatos, cooperativas e associações de agricultores (FINATTO; CORRÊA, 2011). 
Constituir e participar de organizações sociais, como cooperativas e associações, viabilizam recursos e serviços que não estariam 
disponíveis para o agricultor individualmente. Dessa forma é possível adotar novas tecnologias, ter acesso a serviços 
especializados, promover investimentos, adquirir mais informações, planejar coletivamente e gerir de modo eficiente (BUAINAIN, 
2006). 
O agricultor familiar, em muitos casos, tem produção diversificada e descontínua. Essas características dificultam um constante 
abastecimento dos mercados consumidores. Individualmente, possuem dificuldades de acesso aos serviços de assistências 
técnicas, créditos, bem como financiar auditorias para acompanhar os processos de certificação e rastreabilidade (FORNAZIER; 
WAQUIL, 2011). 
Assim, elevando-se o grau de organização dos agricultores familiares, é possível intervir, positivamente, em políticas públicas, 
assistência técnica, levantar recursos e, consequentemente, modificar sensivelmente as opções produtivas dos produtores. 
Organizações como cooperativas e associações, auxiliam produtores na aquisição de novas tecnologias, informações e maior êxito 
na comercialização. Coordenam ações para padronização dos produtos e processos; e reduzem significativamente os custos de 
produção e operacionalizações (FORNAZIER; WAQUIL, 2011). 
Segundo Buainain (2006, p. 94), a “organização é insumo essencial para a incorporação sustentável das novas tecnologias” 
Sucessão 
O termo sucessão remete-se a dar sequência em algo iniciado. No caso de sucessão de empresas familiares, não existe um conceito 
clássico definido. De acordo com Freire et al. (2010), a empresa familiar é caracterizada por um fundador, repassando a gestão 
para seus sucessores, seja por motivo de morte ou aposentadoria. Bernhoeft (1989) define as empresas familiares como aquelas 
que mantêm, ao longo de duas ou mais gerações, a gestão das empresas por membros de uma família. 
Em entrevista para a revista Atualidades (2012) e em palestra cedida ao SEBRAE (mar./2015), Mizumoto (2012) afirma que 
existem duas formas para as famílias darem sequência às empresas: por continuidade ou por sucessão. O termo continuidade 
reporta-se à continuação do trabalho iniciado pelo fundador por seus descendentes, descritivamente entendida como a 
manutenção daquilo que estava sendo feito. Para o pesquisador, muitos casos de sucesso iniciam-se por continuidade nas gestões. 
Já o termo sucessão relaciona-se com a transformação na administração das empresas. Neste âmbito, não se considera apenas as 
mudanças radicais, e, sim, a liberdade para implementar uma nova forma de trabalho. 
Refletir sobre o processo de sucessão familiar não é sinônimo de dividir herança. A herança é considerada uma transferência do 
valor patrimonial. Legalmente, todos aqueles que possuem laços familiares são herdeiros. O código civil brasileiro legitima a ordem 
de transferência da herança, Lei nº 10.406 de 2002, artigo 1.829 (BRASIL, 2002). 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I – Aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no 
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, 
no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; 
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II – Aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III – Ao cônjuge sobrevivente; 
IV – Aos colaterais. 
Dessa forma, pondera-se como uma estratégia de sucesso a continuidade ou sucessão nas empresas familiares. Em muitas 
situações, conduzir um processo sucessório pode gerar conflitos entre as gerações e entre os possíveis sucessores. De modo geral, 
as discussõessão acerca da forma de gestão e remuneração dos envolvidos. Silveiro et al. (2001) destaca que apesar de um 
razoável nível de diálogo nas famílias, o tema sucessão é raramente abordado, sendo este um possível ponto de discórdia entre os 
familiares. 
Segundo Freire et al. (2010, p. 9), “não existe um modelo único para garantir a eficácia da mudança, assim como a teoria da 
contingência diz que não existe um modo mais eficaz, eficiente e efetivo para administrar com sucesso a organização”. O que existe 
é um entendimento do processo de mudança organizacional, minimizando- -se, então, desentendimentos entre os líderes, os 
funcionários e os colaboradores. Outro fator a ser considerado é admitir, que em muitos casos, os gestores familiares brasileiros 
não são treinados para gerenciar tais processos de mudanças. 
Essa pesquisa indicou, inicialmente, outra forma de conduzir a sucessão e a proteção dos bens, transformando a empresa familiar 
rural em holding. Teixeira (2007, p. 10) diz que “a holding visa solucionar problemas de sucessão administrativa, treinando 
sucessores, como também profissionais de empresa, para alcançar cargos de direção”. Entre outros apontamentos, o autor também 
cita: “a holding objetiva solucionar problemas referentes à herança, substituindo em parte declarações testamentárias, podendo 
indicar especificamente os sucessores da sociedade, sem atrito ou litígios judiciais”. 
Mizumoto (2012) afirma que tanto continuidade como sucessão compõem o mesmo processo, e que o melhor momento para se 
discutir sobre o assunto é agora. Sucessão é para alguns, mas herdeiros serão todos. Assim, a melhor estratégia que uma empresa 
familiar pode traçar é definir um planejamento familiar; manter espaço para a comunicação entre os envolvidos; e ser 
transparentes nas relações interpessoais, especialmente, na escolha de um ou mais sucessores. 
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ATIVIDADES 
1. Aprendemos que há diversas esferas da sustentabilidade. Analise as alternativas e assinale a que melhor se adequa a definição: 
Aproximação do setor público e da população, na maioria das vezes, por iniciativas populares. Essa esfera representa acesso à 
democracia e estimula a participação popular. 
a) sustentabilidade ambiental. 
b) sustentabilidade econômica. 
c) sustentabilidade política. 
d) sustentabilidade demográfica. 
e) sustentabilidade social. 
2. A agricultura orgânica não é sinônimo de agricultura agroecológica. A respeito da agricultura agroecológica é correto afirmar 
que: 
I) A proposta da Agroecologia é fazer uma contraposição ao agronegócio. 
II) O alimento orgânico pode ser ecológico ou não. 
III) As práticas agroecológicas se baseiam na grande propriedade. 
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas. 
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.. 
c) Somente a afirmativa II está correta. 
d) Somente a afirmativa III está correta. 
e) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
3. Infelizmente muitos agricultores jovens interrompem os estudos o que acaba comprometendo a algumas áreas da propriedade. 
A baixa escolaridade leva a problemas como: 
a) Gestão das propriedades. 
b) Venda da propriedade. 
c) Venda dos produtos. 
d) Contratação de funcionários. 
e) Nenhuma das afirmativas anteriores. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo, composto pelas três aulas, buscamos apresentar as dimensões da sustentabilidade, além de apresentar conceitos de 
agricultura familiar sustentável e reconhecer as alternativas para potencializar a agricultura familiar, de modo que a agricultura 
familiar consiga ter sucesso econômico sem esquecer as outras esferas da sustentabilidade. 
A sustentabilidade é apontada, como ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. Além disso, outras 
dimensões da sustentabilidade foram abordadas, a fim de agregar conhecimento e aprender outros modos de explorar os recursos 
sem comprometer as gerações futuras. Por isso, neste momento da aprendizagem, é importante pensar nas esferas ambiental, 
econômica, social, ecológica, cultural, espacial, demográfica, política e institucional, pois precisamos nos tornar sustentáveis em 
todos os aspectos. 
Os eventos ocorridos desde o surgimento do termo sustentabilidade, assim como as políticas públicas voltadas para a mesma, 
foram elencadas neste material como forma de creditar a sua importância. Dessa maneira, foi possível sincronizar definições, fatos 
e dados com a finalidade de concretizar a aprendizagem e aprimorar os conhecimentos a respeito dos temas sustentabilidade, 
agricultura familiar sustentável e alternativas para o sucesso. Há muitas maneiras de se produzir sustentavelmente, assim como 
muitas outras formas para se atingir o sucesso. Considera-se primordial, nesse ponto da aprendizagem, o investimento em 
pesquisas e inovações, com a finalidade de suprir os diferentes modos de produção. 
Desta forma, ao final das três aulas que compõem esse estudo foi possível conhecer as dimensões da sustentabilidade, saber os 
conceitos de agricultura familiar sustentável, e reconhecer as alternativas para melhorar o potencial da agricultura familiar. 
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Material Complementar 
Na Web 
Terra e Sustentabilidade (Documentário completo) O documentário usa, 
como cenário principal, o sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária- 
Floresta), para demonstrar a eficiência e produtividade do campo. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
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Tecnologia , Brasília, v. 22, n. 1, p. 37 – 51, jan./abr. 2005. 
ARRUDA, L; QUELHAS, O. L. G. Sustentabilidade: um longo processo histórico de reavaliação crítica da relação existente entre a 
sociedade e o meio ambiente. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n. 3, set./dez. 2010. 
ASSIS, R. L.; ROMEIRO, A. R. Agroecologia e agricultura orgânica: controvérsias e tendências. Desenvolvimento e Meio Ambiente , 
Curitiba, n. 6, p. 67 – 80, jul./dez. 2002. Disponível em: 
. Acesso em: 12 mar. 2015. 
BARBOZA, L. G. A.; THOMÉ, H. V.; RATZ, R. J.; MORAES, A. J. Para além do discurso ambientalista: percepções, práticas e 
perspectivas da agricultura agroecológica. Ambiência, Guarapuava, v. 8, n. 2, p. 389 – 401, mai./ago. 2012. 
BERNHOEFT, R. Empresa familiar : sucessão profissionalizada ou sobrevivência comprometida. 2 ed. São Paulo: Ed. Nobel, 1989. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial Eletrônico , 
20 de dez. 1996. Disponívelem:. . Acesso em: 17 mar. 2015. 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial Eletrônico, 10 de jan. 2002. Disponível em: 
. Acesso em: 20 mar. 2015. 
BUAINAIN, A. M.; BATALHA, M. O. Cadeia Produtiva dos Produtos Orgânicos. MAPA/SPA, Brasília, v. 5, 2007. 110 p. 
CAPORAL, F. R. Agroecologia: uma nova ciência para apoiar a transição a agriculturas mais sustentáveis. Brasília: 2009. p.30. 
CMMAD. Nosso futuro comum . 2ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 1991. 430 p 
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FINATTO, R. A.; CORRÊA, W. A organização da agricultura familiar de base agroecológica em Pelotas/ RS. Campo-território: 
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https://sites.google.com/view/afeoa2/p�gina-inicial/refer�ncias
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2Fl9394.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEs3ufSJk4ONdy9_SlDAnfywgO49g
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2002%2Fl10406compilada.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEKyltnEVfDSkLde6EYAKXQ66rHmg
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APROFUNDANDO 
Vamos aprofundar os conhecimentos em um estudo sobre Dicloro Difenil Tricloroetano (DDT). 
Poluentes Orgânicos Persistentes (POP’s) são substâncias danosas à saúde, altamente tóxicas, bioacumulativas que possuem 
capacidade de percorrer longas distâncias e acumular-se no ambiente e nos organismos (MACÊDO, 2011). 
São classificados no grupo das Substâncias Tóxicas Persistentes (STPs) sendo o DDT o mais conhecido e utilizado. 
O DDT foi sintetizado, em 1874, pelo químico alemão Zeidles, porém suas propriedades inseticidas só foram descobertas em 1939 
por Paul Muler. 
Devido ao baixo custo, fácil síntese, estabilidade, persistência prolongada e elevada eficiência, o DDT foi largamente utilizado na 
saúde pública no combate à malária, tifo, leishmaniose visceral e piolhos, assim como na agricultura e pecuária. 
A produção em larga escala iniciou-se em 1945 e o DDT foi muito utilizado, principalmente, na América do Sul (D’AMATO et al., 
2002). 
A primeira denúncia sobre o uso do DDT e perda da qualidade de vida foi apontada pela naturalista Rachel Carson em seu livro 
“Primavera Silenciosa”, 1962. 
Carson sugere a relação do DDT com a redução populacional da águia calva, símbolo da supremacia Norte América. (MACÊDO, 
2011; D’AMATO et al., 2002). 
Devido ao baixo custo, fácil síntese, estabilidade, persistência prolongada e elevada eficiência, o DDT foi largamente utilizado na 
saúde pública no combate à malária, tifo, leishmaniose visceral e piolhos, assim como na agricultura e pecuária. 
A produção em larga escala iniciou-se em 1945 e o DDT foi muito utilizado, principalmente, na América do Sul (D’AMATO et al., 
2002). 
A primeira denúncia sobre o uso do DDT e perda da qualidade de vida foi apontada pela naturalista Rachel Carson em seu livro 
“Primavera Silenciosa”, 1962. 
Carson sugere a relação do DDT com a redução populacional da águia calva, símbolo da supremacia Norte América. (MACÊDO, 
2011; D’AMATO et al., 2002). 
Casos de Contaminação do uso do DDT 
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No ano de 2006 houve um acidente por pulverização aérea que contaminou o município de Lucas do Rio Verde (MT). A cidade 
passou a fazer parte de um projeto de pesquisa, no qual se avaliou os resíduos de agrotóxicos em amostras de água de chuva, de 
poços artesianos, no sangue, na urina humana, de anfíbios e no leite materno de 62 mães. 
A pesquisa referente às mães revelou que 100% das amostras indicaram a contaminação do leite materno por pelo menos um 
agrotóxico. 
Os efeitos do DDT na saúde pública, agricultura e pecuária 
Os organoclorados entre os quais se inclui o DDT atuam sobre o sistema nervoso central, resultando em alterações 
comportamentais, distúrbios sensoriais, do equilíbrio, da atividade da musculatura involuntária e depressão dos centros vitais, 
principalmente da respiração (D’AMATO et al., 2002). 
Sãoconhecidos também seus efeitos sobre: a mimetização de hormônios que influenciam negativamente o sistema endócrino, 
predisposição a tumores e cânceres, problemas na reprodução gerando maior incidência de abortos e má formação fetal, 
alterações no sistema imunológico, etc. (MACÊDO, 2011). 
Na lista dos 12 POP’s altamente tóxicos já foram acrescidos outros nove, totalizando 21 substâncias consideradas POP´S 
(D’AMATO et al., 2002). 
A Suécia, em 1970, foi o primeiro país do mundo a banir o DDT, depois foi seguida por outros países, exce - tuando o uso do DDT 
em propagandas de controle a doenças. 
No Brasil, as primeiras medidas restritivas se deram em 1971 com a Portaria nº 356/71, que proibiu a fabricação e comercialização 
do DDT e com a Portaria nº 357/71 que proibiu em todo território nacional o uso de inseticidas organoclorados no controle de 
pragas em pastagens. Em 1992, durante a ECO92, a comunidade internacional decidiu eliminar os POP’s do meio ambiente e 
propuseram uma lista de 12 POP’s altamente tóxicos que deveriam ser eliminados (Dirty Dozen). Em 1995, foi publicado pela 
Organização Mundial da Saúde um informe técnico declarando que o DDT poderia continuar sendo utilizado no controle de 
doenças, sob algumas condicionantes e controle do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 
O DDT teve seu uso indiscriminado por volta de 50 anos. Após ter sido descoberto os severos danos causados pela sua 
contaminação, seu uso passou a ser proibido na pecuária e agricultura, sendo liberado apenas ao controle de doenças tropicais 
como a malária na África, sob rigorosas condicionantes e controle da PNUMA. Apesar de já ter se passado 40 anos após sua 
primeira proibição, casos de contaminação por DDT em leite materno e suas consequências, como o aparecimento de câncer e 
problemas de tireoide na população mundial ainda é frequente. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; PINTRO, Paula Toshimi Matumoto; ALVES, Yony Brugnolo; ALEXANDRE, Simoni 
Agricultura Familiar e Agronegócio 
Paula Toshimi Matumoto Pintro; Yony Brugnolo Alves; Simoni Alexandre. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
38p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Agricultura. 2. Agronegócio. 3. EaD. I. Título 
CDD - 22 ed. 306 
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POLÍTICAS PÚBLICAS 
VOLTADAS PARA A 
AGRICULTURA 
FAMILIAR 
Professor (a) : 
Drª. Paula Toshimi Matumoto Pintro 
Me. Yony Brugnolo Alves 
Espª. Simoni Alexandre 
Objetivos de aprendizagem 
• Entender a formulação e importância das políticas públicas voltadas para a agricultura. 
• Indicar as limitações para o desenvolvimento da agricultura brasileira. 
• Identificar alguns anseios do novo cenário rural. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Políticas públicas 
• Limitações para o desenvolvimento da Agricultura Brasileira 
• Anseios de um novo rural 
Introdução 
Caro (a) aluno (a) seja bem-vindo (a) a última etapa dos nossos estudos a respeito da Agricultura Familiar e o Agronegócio. Nesta 
fase, iremos discutir um tema atual e muito pertinente a todos os campos e também para a agricultura familiar. Esse tema são as 
políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, ou seja, o que o governo está fazendo atualmente para melhorar um setor tão 
importante para o nosso país como a agricultura familiar. Essa importância pode ser provada por meio de muitos dados e 
informações, mas uma das mais importantes é a contribuição do setor para a geração de riqueza. 
Essa última etapa de estudos está dividida em três aulas. Na primeira aula, iremos definir políticas públicas, que, resumidamente, é 
uma ação do governo voltada para uma camada da população para atingir um determinado objetivo, no nosso caso, a camada da 
população são os agricultores familiares. Além de discutirmos como as políticas públicas são formuladas e porque elas são 
importantes para o nosso tema em estudo. 
Na segunda aula, mostraremos a você a importância das políticas públicas, não apenas para os agricultores familiares, como 
também para toda a população. Além dessa importância, mostramos um pouco das limitações que a própria legislação impõe ao 
crescimento da agricultura familiar no Brasil. 
E, por fim, veremos as políticas públicas atuais voltadas para a agricultura familiar no Brasil, pensando em um “novo rural”, 
estudando um pouco sobre a configuração que o meio rural está tomando na atualidade. Não é difícil entendermos que o rural de 
hoje tem uma configuração bastante diferente do rural de cinquenta anos atrás. 
Toda essa nossa conversa sobre agricultura familiar de modo algum finaliza os nossos anseios e dúvidas acerca do tema. O que 
devemos registrar é que a importância do agronegócio e da agricultura familiar para o Brasil e para os brasileiros é enorme e não 
pode ser ignorada. 
Bons estudos! 
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Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
Definição de políticas públicas 
Definir políticas públicas não é tarefa fácil, pois existem inúmeros conceitos acerca do tema. Para Lynn (1980) e para Peters 
(1986), políticas públicas são um conjunto de ações do governo que produzirão efeitos desejados sobre a vida dos cidadãos. Dye 
(1984) resume que políticas públicas é a definição do que o governo escolhe fazer ou não fazer. Segundo o SEBRAE (2008, p. 5) “[...] 
Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade 
[...]”. 
Desse modo, descreve-se política pública como um somatório das ações, metas e planos dos governos municipal, estadual e 
federal. Visa-se atender aos interesses públicos e as necessidades da sociedade (MEDEIROS, 2013). As ações são tomadas pelo 
governo, mas é a população quem elege seus representantes por meio das eleições. Assim, os representantes públicos (vereadores, 
deputados e senadores) mobilizam os eleitos do poder executivo (prefeitos, governadores e presidente) para atenderem aos 
pedidos da população (SEBRAE, 2008). 
As demandas populacionais por políticas públicas englobam as esferas da “saúde, educação, economia, agricultura, entre outras 
áreas” (MEDEIROS, 2013, p. 20). 
Formulação das políticas públicas 
A formulação ou ciclo das políticas públicas pode ser subdividida em seis etapas, como mostra a figura 1, a seguir. 
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Figura 1 - Ciclo das Políticas Públicas 
Fonte: as autoras. 
• Primeira fase – Formação da questão: aponta-se qual o problema a ser resolvido. De modo geral, a elaboração deste 
questionamento visa atender a uma necessidade específica. 
• Segunda fase – Agenda Política: selecionam-se as prioridades a serem atendidas, dentro da questão. Envolve a comunidade, a 
mídia, os representantes da sociedade civil e do poder público. 
• Terceira fase – Formulação da Política: apresentam-se as soluções ou alternativas para a questão. Definem-se as linhas de ação 
que serão adotadas para solucioná-las. 
• Quarta fase – Adoção da Política: adota-se um ou mais propostas formuladas na terceira etapa. É a fase da tomada de decisão. 
• Quinta fase – Implementação da Política: executam-se as ações adotadas, ou seja, é o momento em que o planejamento e a 
escolha são transformados em atos. 
• Sexta fase – Avaliação da Política: analisa-se a eficácia da política implementada. Pode ser considerada eficiente; boa, mas 
passível de pequenos ajustes; ou descartada por não solucionar a questão elaborada. 
A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta 
uma vez, mas na política diversas vezes. Fonte: Winston Churchill 
De acordo com o SEBRAE (2008, p. 10), “na prática, as fases se interligam entre si, de tal forma que essa separação se dá mais para 
facilitar a compreensão do processo”. 
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Importância e políticas públicas voltadas para a agricultura 
Políticas públicas são ações governamentais importantes, pois visam garantir necessidades sociais em suas diferentes esferas. São 
essenciais para o desenvolvimento do país e gera melhoria na qualidade de vida da população. Quando implementadas, são 
capazes de reduzir desigualdades sociais, mudar a sociedade e gerar externalidade positiva. Para formação de políticas públicas, os 
atores ‘estatais’ (eleitos pelo voto popular), atuam na elaboração e/ou execução das políticas públicas. Enquanto os atores 
‘privados’, são aqueles que reivindicam ações que resultem em políticas públicas. São representados por componentes da 
sociedade civil, por exemplo, a imprensa, os sindicatos, os centros de pesquisas e outras entidades (SEBRAE, 2008). 
As políticas públicas voltadas para a agricultura brasileira, de modo geral, visaram minimizar as dificuldades para o 
desenvolvimento como a “baixa capitalização, acesso a linhas de crédito oficiais, acesso à tecnologia, disparidade produtiva inter- 
regional, acesso à assistência técnica, à produção rural, e acesso aos mercados modernos” (JUNQUEIRA; LIMA, 2008, p. 2). 
No Brasil, a administração dos recursos voltados aos assuntos de políticas públicas é gerida pelos ministérios. Alguns deles estão 
intimamente relacionados com a melhoria da agricultura brasileira, como o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento), o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior), o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e o MME (Ministério de Minas e Energia). 
Na pesquisa de Sousa et al. (2014, p. 1) foram apontadas as singularidades no avanço do desenvolvimento de um país mais justo e 
menos desigual: 
A reestruturação da assistência técnica, as novas abordagens de atuação e as diversas contribuições das 
universidades, centros de pesquisa e a orientação estratégica concedida aos agricultores familiares nas 
interfaces com diversas políticas sociais, nutricionais, de saúde e educação. 
Então, podemos entender que a política pública, seja ela qual for, afetará a vida as pessoas mas, algumas 
dessas políticas são mais gerais e afetam, de maneira diferente, a vida de todos, por exemplo, quando o 
Banco Central decide elevar a taxa de juros da economia (SELIC) essa afetará a todos, mas há políticas 
públicas focadas e criadas para determinadas camadas da sociedade. 
Nota-se, então, a importância do ciclo das políticas públicas para o desenvolvimento do país. 
A seguir, um resumo das políticas públicas que incentivaram a agricultura familiar brasileira. 
1996 – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF – Decreto 1.946, de 28 de junho de 1996: 
 
2003 – Programa Nacional de Aquisição de Alimentos – PAA – Lei 10.696, de 2 de julho de 2003 – 
 
2006 – Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares – Rurais – Lei 11.326, de 24 de julho de 
2006: 
2009 – PNAE – 30% merenda escolar oriunda da agricultura familiar – Lei 11.947, de 16 de junho de 2009: 
 
2010 – Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e 
o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER – 
Lei 12.188, de 11 de janeiro de 2010: 
Observa-se que, especialmente, nas últimas décadas, houve o avanço do Brasil em políticas públicas para a agricultura familiar. O 
PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) foi a política de maior expressividade, consolidando-se 
como fundamental nas dimensões social, econômica e ambiental (SOUZA et al., 2014). 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fdecreto%2FD1946.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEHsJRzRnWFf-a-Bm0kaPUFx43Bgg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2003%2Fl10.696.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHY1d0V3yjV5Ve_V524Sdw8z853Pw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2007-2010%2F2009%2Flei%2Fl11947.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGUiUJSPwjHM06TedtjSxv-ci8qHQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2010%2FLei%2FL12188.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHW1wyhmSJTj2xecGfVuJYQYULxwg
Você conhece ou já ouviu falar da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária? Sem sombra 
de dúvidas ela é um dos grandes alicerces do agronegócio brasileiro. Ela nasceu em 1973 e busca a inovação 
tecnológica para a agropecuária nacional. E não deixa de ser um belo exemplo de política pública 
direcionada para o setor rural. O que é muito interessante é que ela possui a sua sede em Brasília - DF como 
a maioria dos órgãos federais mas, possui diversas unidades descentralizadas que estão espalhadas pelo 
Brasil todo. 
Fonte: a autora. 
LIMITAÇÕES PARA O 
DESENVOLVIMENTO DA 
AGRICULTURA BRASILEIRA 
História, legislação, políticas públicas e educação 
A palavra agricultura é definida como a “arte de cultivar a terra”, segundo o dicionário Michaelis (2015, online). Historicamente, as 
práticas agropecuárias, mudaram o rumo de todas as civilizações posteriores ao seu surgimento. Foi cultivando a terra que 
aumentou-se as populações e a expectativa de vida. Este fato ocasionou um fenômeno de valorização das terras em todo o mundo. 
Desde então, ter terra é sinônimo de riqueza. 
Com o capitalismo mercantil, entre os séculos XV e XVIII, propulsionou-se a exploração de novas terras, objetivando-se, assim, o 
enriquecimento. Novas colônias surgiram desde essa época, e, hoje, é possível observar os reflexos destas organizações. 
Na pesquisa de Navarro e Pedroso (2011), apresentada na unidade I, deste material, foram descritas as diferenças na condução 
das políticas públicas no Brasil enos EUA. Atualmente, é notável uma agricultura familiar próspera e fortalecida nos EUA, 
enquanto que no Brasil assemelha-se a um caráter de subsistência. 
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Para a FAO, o AIAF (2014) - Ano Internacional da Agricultura Familiar- foi o momento oportuno para definir-se agricultura familiar 
como organização gerenciada e administrada, principalmente, por membros da família. Cabe ressaltar que nesse conceito não são 
considerados o tamanho físico e nem econômico. 
Já no Brasil, a própria legislação que regulamenta a agricultura familiar limita o crescimento territorial e capital do produtor. A 
seguir, expõem-se seus paradoxos e restrições. 
No artigo 3º, parágrafo primeiro da Lei Nº 11.326 (BRASIL, 2006) diz que: “não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 
(quatro) módulos fiscais”. Então, um agricultor que tenha uma propriedade em Brasiléia/AC poderá ser considerando familiar se 
tiver área de até 400 ha. Isso porque cada módulo fiscal neste município corresponde a 100 ha. Mas, se esse mesmo produtor 
estivesse na cidade de Niterói/ RJ, onde cada módulo fiscal equivale a 5 ha, ele poderia ter no máximo 20 ha. 
Módulo Fiscal 
É uma unidade de medida de terra rural, expressa em hectares, distinta para cada município, que define “o 
mínimo de uma gleba de terra, na qual a família, usando força de trabalho diariamente sobre essa área, 
possa manter-se com dignidade social”. Dessa forma, hipoteticamente, um módulo fiscal (MF) representa 
uma área mínima em cada município, gerando condições para uma família viver da terra. Este valor foi 
definido pelo INCRA, pelo Decreto nº 84.685 (BRASIL,1980). Por exemplo: 
Um módulo fiscal em Maringá/PR = 14 ha. 
Um módulo fiscal em Brasiléia/AC = 100 ha. 
Um módulo fiscal em Niterói/RJ = 5 ha. 
Encontre o Módulo Fiscal de um Município . 
. 
Fonte: Guerin e Isernhagen (2013). 
Outra restrição está no parágrafo segundo, do mesmo artigo, em que lemos: “utilize predominantemente mão de obra da própria 
família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento” (BRASIL, 2006). Sendo assim, agricultores 
familiares que queiram aumentar suas produções inibem-se, utilizando a mesma área, pois requisitar mais mão de obra, segundo a 
legislação, descaracteriza a produção como familiar. 
Por fim, o mesmo artigo, em seu parágrafo terceiro, diz: “tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades 
econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo” (BRASIL, 2006). Ou seja, 
aqueles agricultores que ousam expandir e diversificar seus negócios, são impossibilitados de se manterem como agricultores 
familiares. Este artigo afronta os princípios da sustentabilidade, onde, em síntese, define-se o “ambientalmente correto, 
socialmente justo e economicamente viável” (BRASIL, 2006). É paradoxo pensar em viabilidade econômica restringindo tamanho, 
mão de obra e rendas extras. 
Diante desse cenário, houve uma dicotomia forçada da agricultura familiar e o agronegócio. A primeira é identificada como 
produções de subsistência, enfraquecida, fragilizada pela agricultura patronal e apontada como opressora, capitalista e predatória. 
Estes extremos contextualizam o “mocinho” e o “vilão” da agricultura, distorcendo o foco, no objetivo principal de ambas, que é a 
produção agrícola. 
Considera-se, então, que tanto a agricultura familiar quanto o agronegócio, são formas de produções agropecuárias, cujos 
agricultores são trabalhadores que visam dignidade e renda. O coordenador do GVAGRO/FGV (Centro de Agronegócio da 
Fundação Getúlio Vargas) e presidente da Academia Nacional de Agricultura, Roberto Rodrigues, elaborou, em 2014, uma 
proposta de plano de ação para o agronegócio brasileiro (2015 – 2022) aos presidenciáveis. Neste documento foram elencadas as 
necessidades acerca do desenvolvimento sustentável, competitividade, orientação a mercados, segurança jurídica e governança 
institucional. O documento sintetizou as propostas com os seguintes destaques: 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcanaldoprodutor.com.br%2Fnovo-codigo-florestal%2Fmodulos-fiscais&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGKfwgwgBUPVWRsHooD9CUqdQOV-A
• DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL do agronegócio com oferta crescente para o mercado interno, beneficiando a sociedade 
brasileira e contribuindo para as exportações, visando nível adequado de renda para os produtores rurais, por meio de: (i) crédito e 
financiamento para investimento e capital de giro; (ii) mecanismos de seguro contra quebra de produção e queda acentuada de 
preços; (iii) política de garantia de preços mínimos para produtos essenciais; e (iv) incentivos ao associativismo e cooperativismo 
para organização dos produtores. 
• COMPETITIVIDADE nos elos das cadeias produtivas de alimentos, fibras, produtos florestais e biomassa para fins energéticos 
através de (i) geração e transferência de tecnologias; (ii) investimentos em defesa agropecuária; (iii) desoneração tributária; e (iv) 
ampliação da rede de infraestrutura e logística. 
• ORIENTAÇÃO A MERCADOS para ampliar a inserção do Brasil nas cadeias produtivas globais, visando o atendimento das 
múltiplas demandas e necessidades dos consumidores internos e externos. Para tanto, são essenciais a utilização de boas práticas 
agropecuárias, de processamento e distribuição; atuação agressiva na celebração de acordos comerciais; consolidação de marcos 
regulatórios em sintonia com os padrões internacionais; e construção de organizações para aumentar a capacidade de formulação 
de políticas e estratégias no País (“Think Tanks”). 
• SEGURANÇA JURÍDICA para garantir o direito de propriedade privada e, por decorrência, criar um ambiente favorável a 
investimentos nacionais e estrangeiros e incentivar o empreendedorismo. Simplificação e aplicação da legislação agrária, 
ambiental e trabalhista, com base em critérios técnicos, condizentes com as características do agronegócio, da produção 
agropecuária em particular e dos mercados internacionais. 
• GOVERNANÇA INSTITUCIONAL que conduza à maior eficiência na condução de políticas e nos gastos públicos, reduzindo o 
tamanho do Estado e o número de ministérios e ampliando a articulação com o setor privado (RODRIGUES, 2014, online). 
Dessa forma, entende-se que a diferença relevante deva ser somente em relação às formas de administrar e gerir as propriedades. 
Assim, possibilita-se a unificação de ministérios, redução de gastos governamentais e fortalecimento das políticas públicas 
voltadas à agricultura brasileira. 
Nota-se, ainda, que os agricultores brasileiros são carentes em políticas públicas econômicas voltadas aos gastos públicos de 
investimentos. O governo demanda gastos de manutenção e gastos de investimentos, sendo este último importantíssimo para o 
crescimento econômico. Visando potencializar o setor logístico de produtos agropecuários, são possíveis os seguintes gastos de 
investimentos: ampliação e construção de novos portos e aeroportos; implementação de uma malha ferroviária interligando 
norte-sul e leste-oeste; exploração do potencial hidrográfico do país; e conservação e restauração de rodovias. 
Outro fator limitante é a política fiscal, que impõe altos impostos em produtos processados brasileiros, desestimulando então o 
investimento em novas agroindústrias. De modo geral, a política fiscal visa o equilíbrio entre os gastos públicos e a arrecadação de 
impostos. A máquina pública brasileira demanda altíssimos custos para mantê-la funcionando. Assim, só seria possível reduzir 
impostos se diminuíssem os gastos governamentais. Diante de uma carga tributária elevada, exportam-se matérias-primas mesmo 
quando se tem potencial e mercado que justifique o seu processamento. Melhorandoa elaboração e condução das políticas 
econômicas, beneficiariam, também, as esferas sociais e ambientais. 
Concomitantemente, ressalva-se como limitante o acesso às novas informações, qualificações profissionais e educação formal em 
todos os níveis. Os produtores rurais migram de suas propriedades, cidades e até mesmo regiões para que seus direitos sejam 
garantidos e, mesmo assim, esses direitos não são assegurados. Há também aqueles que não têm oportunidade e/ou condições de 
mobilizar-se de tal forma. Assim, vê-se uma agricultura e os agricultores muitas vezes desvalorizados. 
Fatores que afetam a competitividade 
Desde a abertura democrática e após os anos 1990, o setor agrícola brasileiro tem feito verdadeiro milagre 
em termos produtivos, apesar da ausência de incentivos, do planejamento difuso e da inadequada 
infraestrutura. Fonte: Vieira Filho e Fishlow (2017, p. 179). 
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A partir da década de 1990 é inegável o aumento da competitividade do agronegócio brasileiro, mesmo com o crescimento 
econômico mundial não sendo significativo, as exportações do agronegócio cresceram e ganharam mercado nesse período. Já após 
os anos 2000 a economia mundial voltou a crescer e foi um fator a mais para o aumento da demanda para os produtos brasileiro, 
mas nesse período além do crescimento econômico mundial os ganhos de competitividade dos produtores nacionais (VIEIRA 
FILHO; FISHLOW, 2017). 
A pesquisa do índice de competitividade do agronegócio, elaborada pela CNA, padronizou seis esferas de 
indicadores: infraestrutura, educação, ambiente macroeconômico, inovação e mercado de trabalho. Na 
publicação completa deste trabalho, essas esferas foram então subdivididas em 21 variáveis. 
Para saber mais sobre este estudo completo do índice de competitividade do agronegócio acesse: 
. 
ANSEIOS DE UM NOVO RURAL 
Cenário do novo rural 
Desde o período colonial até o século XXI, a agricultura é uma das principais bases da economia brasileira. Ao longo da história, 
várias produções agrícolas destacaram-se, por exemplo, a cana-de-açúcar, o café e, mais recentemente, a soja. Assim, a agricultura 
brasileira consolidou-se diante de seu valor econômico e vocação empreendedora. De acordo com projeções do MAPA, até 2030, o 
Brasil será responsável por um terço dos produtos agrícolas comercializados em todo o mundo (GLOBO RURAL, 2015). 
Atualmente, o agronegócio brasileiro é responsável por aproximadamente 21%, do PIB. 
A figura 2, a seguir mostra a contribuição do agronegócio no PIB do Brasil, de 1995 até 2015. Podemos 
afirmar e visualizar que o Agronegócio é representativo para a economia brasileira. 
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Figura 2 - Participação do PIB do agronegócio no PIB total – Brasil. 
Fonte: adaptado de CEPEA (2016, online). 
Nota-se que a média histórica dos últimos 20 anos do agronegócio colaborou com cerca de um quarto do PIB. Observam-se 
médias recordes em 1994 e 2003, onde sua participação foi de 26,3% do total do PIB brasileiro. De 1995 a 2015, o PIB do 
agronegócio foi de aproximadamente ¼ do PIB nacional. 
Toda essa contribuição foi possível pela imensa expansão territorial do país, mas, também, da diversidade de exploração de várias 
cadeias produtivas. De acordo com o MAPA (2015) são 28 câmaras setoriais e oito câmaras temáticas que englobam todas as 
cadeias produtivas. As câmaras setoriais do MAPA são um conjunto de órgãos e entidades, públicos e privados, que constituem os 
elos da cadeia produtiva do agronegócio. O quadro 2, a seguir elenca as câmaras setoriais. 
Quadro 2 - Câmaras setoriais do mapa 
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Fonte: adaptado de Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2015). 
As câmaras temáticas relacionam-se com os serviços que são utilizados nos setores produtivos da cadeia. O quadro 3, a 
seguir lista as câmaras temáticas. 
Quadro 3 - Câmaras temáticas do MAPA 
Fonte: adaptado de Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento baseado (2015). 
Essa configuração de um “Novo Rural” vem sendo notada no Brasil desde a década de 80. Segundo Graziano da Silva, Grossi e 
Campanhola (2002, p. 4), essa denominação vem sendo adotada, pois compõe-se basicamente de três grandes grupos de atividade: 
Uma agropecuária moderna, baseada em commodities e intimamente ligada às agroindústrias. 
Um conjunto de atividades não-agrícolas, ligadas à moradia, ao lazer e a várias atividades 
industriais e de prestação de serviços. 
Um conjunto de “novas” atividades agropecuárias, impulsionadas por nichos especiais do 
mercado. 
O destaque da palavra “novas” entre aspas é para que se entenda que essas atividades já eram existentes no país, porém, cada vez 
mais, ganham importância econômica. O quadro 4, destaca e descreve algumas destas “novas” atividades 
Quadro 4 - Novas produções rurais 
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Fonte: adaptado de Mariani e Almeida (2009). 
A pluriatividade rural, com produções agrícolas e não agrícolas, potencializam a dinâmica e economia no campo. Essas alternativas 
fortalecem a permanência no meio rural, aumentando a renda e até gerando empregos ( CÂNDIDA; BORGES; SANTOS, 2010). 
Com isso, é importante os agricultores buscarem informações e inovações, especializando-se e adotando novas tecnologias. 
Inovações tecnológicas 
As produções agropecuárias, atualmente, usufruem cada vez mais de ferramentas tecnológicas, como, por exemplo: sistemas de 
guia por satélites, controladores eletrônicos, drones, ferramentas da agricultura de precisão, e automatização agrícola. Essas 
tecnologias não eram nem cogitadas no início do século XXI e, hoje em dia, não se pode prever quais serão as tecnologias do futuro, 
mas é imprescindível continuar desenvolvendo novas tecnologias e ser flexível o suficiente para adaptar-se (MANTOVANI & 
MAGDALENA, 2014). Um exemplo dessa nova configuração tecnológica foi a adoção de máquinas na colheita da cana-de-açúcar e, 
mais recentemente, da máquina para colher mandioca. Fez-se necessário essas adaptações por proibição da queima e, 
principalmente, pela escassez de mão-de-obra. 
Agroindústrias 
Embora o Brasil tenha um enorme sucesso exportando produtos do agronegócio, será que se fossemos mais 
eficientes no processo de industrialização esse sucesso não seria ainda maior trazendo mais recursos 
financeiros para o nosso país? Fonte: a autora. 
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O processo agroindustrial é uma forma de agregar valor aos produtos agropecuários. Nos últimos anos, o agronegócio modificou- 
se intensamente, especialmente pela preocupação de produções mais sustentáveis, incrementos tecnológicos e agregação de 
valor visando os mercados interno e externo. As agroindústrias transformaram o cenário dos sistemas agroalimentares, e de 
acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2013), particularmente, nos aspectos como: 
[...] a revalorização dos produtos locais e especialidades, a crescente importância social e 
econômica das atividades rurais não agrícolas, a crise dos processos de modernização da 
agricultura, consumidores mais exigentes em termos alimentares, a volta dos habitantes 
urbanos ao espaço rural, entre outros fatores (IPEA, 2013, p. 15). 
O Instituto ainda indica que há três questões a serem trabalhadas nos processos agroindustriais: a sustentabilidade 
socioambiental e a inovação, para o desenvolvimento econômico e geração de novos mecanismos de agregação de valores nosprodutos agropecuários. 
Dorigon (2009) afirma que os produtos tradicionalmente processados na propriedade rural mostram uma imagem positiva frente 
aos consumidores, que declaram associar essas produções como saudáveis, nutritivas, honestas, naturais, feitas com carinho e que 
lembram coisas boas. Geralmente, esses alimentos são denominados produtos coloniais, visto que, em grande parte, são 
processados por colonos, descendentes de várias etnias no território brasileiro, por exemplo: os alemães, os espanhóis, os 
holandeses, os japoneses, os poloneses, os portugueses, os ucranianos, entre outros. 
Ao longo dos anos, principalmente após a década de 90, essas agroindústrias familiares rurais se organizaram e passaram do 
mercado informal para o mercado formal. Os principais produtos dessas organizações são basicamente: “salames, queijos, doces e 
geleias, conservas de hortaliças, massas, biscoitos e açúcar mascavo, dentre outros” (DORIGON, 2009, p. 2). Segundo o 
levantamento do IPEA (2013), os principais produtos agroindustriais familiares são: aguardente de cana; doces e geleias; 
embutidos; farinha de mandioca, goma ou tapioca; fubá de milho; pães, bolos e biscoitos; queijo ou requeijão; e rapadura. 
Frente ao novo cenário das novas formas de produção, processamento e comercialização, o agronegócio se fortalece e impulsiona 
a economia brasileira. 
Essa nova realidade alerta os setores públicos e privados para a importância de se valorizar, apoiar, fortalecer e consolidar a 
agricultura brasileira. Admite-se como relevante a boa gestão e o uso de estratégias que permitam crescimento, sustentabilidade e 
inovações constantes. Almeja-se uma estrutura de produção agrícola que beneficie o produtor rural, usufrua sustentavelmente 
dos recursos disponíveis e atenda às exigências do mercado consumidor. Conclui-se que para que esse resultado seja alcançado 
deve-se existir um somatório de fatores por partes comprometidas, e que ações de pesquisa e disseminação do conhecimento são 
parcelas fundamentais deste objetivo. 
Segundo dados do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de janeiro a 
março de 2017 os principais produtos exportados pelo Brasil foram: 
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Tabela 1 - Principais produtos exportados pelo Brasil de janeiro à março de 2017. 
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2017) 
E os principais destinos dessas exportações foram: 
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2017) 
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ATIVIDADES 
1. As políticas públicas passam por algumas fases até serem implementadas. A fase de…………………………….é a fase em que 
executam-se as ações adotadas, ou seja, é o momento em que o planejamento e a escolha são transformados em atos. Escolha a 
opção que melhor se adequa à lacuna: 
a) formação da questão. 
b) formulação da política. 
c) adoção da política. 
d) implementação da política. 
e) avaliação da política. 
2. Analise a frase: “Dessa forma, entende-se que a diferença relevante deva ser somente em relação às formas de administrar e 
gerir as propriedades.” a frase se refere a diferença entre o que? 
a) agricultura familiar e produtos orgânicos. 
b) orgânicos e convencionais. 
c) agricultura familiar e agronegócio. 
d) sucessão e herança. 
e) agronegócio e agroindústria. 
3. A agricultura familiar e o agronegócio, passaram a incorporar atividades consideradas “novas” para o meio rural, talvez essas 
sejam características do “novo rural”. Nesse contexto, preencha as lacunas de acordo com as expressões disponíveis: 
I) Lazer 
II) Fruticultura 
III) Eventos rurais 
IV) Piscicultura 
( ) Exposições agropecuárias, festas típicas, leilões, rodeios, entre outros. 
( ) Frutas de mesa diferenciadas e com alto valor agregado, polpas congeladas, entre outros. 
( ) Complexos hípicos, hotéis fazendas e turismo rural. 
( ) Produção de peixes e outros insumos para pesque-pague. 
a) I, II, III e IV. 
b) II, III, IV e I. 
c) III, II,I e IV. 
d) IV, I, II e III. 
e) III, IV, I e II. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Este estudo finaliza com a descrição das políticas públicas e o anseio de inovar na agropecuária brasileira. Inicia-se com uma 
definição sobre o que é política pública, como ela é formulada e qual é a importância de políticas públicas para a agricultura 
brasileira. 
Desde a formulação até a avaliação de uma política pública, deve-se considerar que esta será voltada para a solução de problemas 
na sociedade, como a educação, a saúde e a agricultura. As políticas públicas voltadas para a agricultura no Brasil são gerenciadas 
por vários ministérios e, que, juntos e comprometidos podem fortalecer as ações voltadas para as produções agropecuárias. 
Em seguida, foram elencadas algumas limitações para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Neste tópico, consideraram-se 
vários levantamentos e dados sobre o que demonstram a existência destas barreiras. Apontar esses pontos é fundamental, porém 
há a necessidade de muitos outros estudos e condutas que permitam uma mudança dessa situação. 
O encerramento da unidade e do livro aborda algumas pretensões perante o cenário das produções agropecuárias atuais. Além 
disso, foram abordados alguns dados sobre as inovações nas formas de produções agropecuárias e a importância econômica deste 
setor no crescimento e desenvolvimento do país, indicando os anseios de um novo rural. 
De acordo com a FAO (2014, p. 8) “investir na agricultura é essencial para reduzir a fome e promover uma melhor produção 
agrícola sustentável”, pense nisso! 
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Material Complementar 
Leitura 
Para fazer o download do livro. 
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Na Web 
TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO RURAL BRASILEIRO O vídeo 
“Transformações no mundo rural brasileiro” é uma entrevista do canal 
conexão ciência (EMBRAPA) com o sociólogo e pesquisador da Embrapa, 
Zander Navarro. O entrevistado é também um dos autores do livro “O 
mundo rural no Brasil do século 21”, que está disponível para download 
no site da EMBRAPA. 
Video: 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura 
Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial Eletrônico, 24 de jul. 2006. Disponível em: 
 . Acesso em: 04 mar. 2015. 
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. CNA. BalançoSul, do Brasil, houve a expansão territorial e a inserção de novas tecnologias. Produtores rurais de base 
familiar passaram a ser chamados de novos colonos (ABRÃO; SANTOS, 2010). 
Na década de 1930, com a adoção da mecanização e qualificação da mão de obra na agricultura, o Brasil assumiu-se 
autossuficiente. Uma visão sistemática das cadeias agroindustriais favoreceu a relação custo/benefício do agronegócio (SILVA; 
FRANCISCO, 2007). No ano de 1964, foi criada a Lei 4.504 que dispõe sobre o Estatuto da Terra. Surge então o termo empresa 
rural. 
Até a década de 1960 não se tinha uma lei que trata-se especificamente a respeito das propriedades rurais. 
Em 1964 foi instituída a Lei 4.504/64 que traz definições do que é um Imóvel Rural, o que é uma 
Propriedade Familiar, um Módulo Rural, um Minifúndio, um Latifúndio, uma Empresa Rural, o Parceleiro e a 
Cooperativa Integral de Reforma Agrária. Mas ainda não se discutia o termo Agricultura Familiar, é claro 
que foi com essa Lei que surgiram os primeiros termos que puderam, no futuro, originar o termo e a 
definição de Agricultura Familiar. 
Fonte: BRASIL. Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras 
providências. Diário Oficial Eletrônico, 30 de nov. 1964. Disponível em: . Acesso em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm 22 abr. 2017 
Segundo os autores Abrão e Santos (2010), o final da década de 1970 e início da década de 1980, um novo conceito foi inserido: 
pequena produção integrada e pequena produção excluída da integração. Considera-se produção integrada àquela que une dois ou 
mais elos da cadeia produtiva (insumos – produção – processamento – distribuição – consumidor final), enquanto que a pequena 
produção trata-se somente do cultivo e/ou criação propriamente dito. Somente no final da década de 1980 e, no início dos anos 
1990, fortaleceu-se o conceito de agricultura familiar por meio de debates políticos e acadêmicos. 
Em 2006, foi elaborada a Lei 11.326 (BRASIL, 2006) para definir agricultura familiar: 
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que 
pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: 
I – Não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; 
II – Utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu 
estabelecimento ou empreendimento; 
III – Tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento 
ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo; 
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IV – Dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. 
§ 1o O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica quando se tratar de condomínio rural ou 
outras formas coletivas de propriedade, desde que a fração ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) 
módulos fiscais. 
§ 2o São também beneficiários desta Lei: 
I – Silvicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo, 
cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; 
II – Aquicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo e 
explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2 ha (dois hectares) ou ocupem até 500 m³ 
(quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em tanques-rede; 
III – Extrativistas que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II, III e IV do caput 
deste artigo e exerçam essa atividade artesanalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores; 
IV – Pescadores que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos I, II, III e IV do caput 
deste artigo e exerçam a atividade pesqueira artesanalmente. 
V – Povos indígenas que atendam simultaneamente aos requisitos previstos nos incisos II, III e IV do caput 
do art. 3º; 
VI – Integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades 
tradicionais que atendam simultaneamente aos incisos II, III e IV do caput do art. 3º (BRASIL, Lei nº 11.326, 
de 24 de julho de 2006, 2006). 
De acordo com Abrão e Santos (2010, p. 4) a definição de agricultura familiar foi importante para a ruptura de conceitos errôneos 
como: “agricultor de subsistência ou de baixa renda, sitiante, pequeno produtor, pequena produção, colono, caipira, meeiro, 
parceiro, arrendatário, posseiros e, principalmente, camponeses”. 
Embora não exista uma definição universal, diferentes conceitos baseiam-se em fatores relacionados à propriedade e gestão, 
utilização de trabalho, tamanho físico e econômico. Numa pesquisa com 36 conceitos, observaram-se alguns fatores que são 
comumente associados à agricultura familiar. São termos como: mão de obra familiar (operado e/o gerido pelo menos em parte), 
limite máximo de área total e limite máximo de renda (FAO, 2014). Em 2014, a Comissão de Coordenação Internacional da FAO 
(Food and Agriculture Organization), propôs uma definição transmitida mundialmente. O Ano Internacional da Agricultura 
Familiar (2014) foi a oportunidade para conceituar agricultura familiar como: 
Forma de organizar a produção agrícola, florestal, pesqueira, pecuária e aquícola que é gerenciada e 
administrada por uma família e depende principalmente da mão de obra de seus membros, tanto mulheres 
quanto homens. A família e o estabelecimento estão relacionados entre si, evoluem conjuntamente e 
combinam funções econômicas, ambientais, reprodutivas, sociais e culturais (FAO, 2014). 
Atualmente, a agricultura familiar é responsável por 570 milhões de fazendas em todo o mundo. Quase 75% desta totalidade estão 
localizadas na Ásia. A maioria dos imóveis rurais do mundo, voltados à produção familiar, é menor que um hectare (Figura 1). Fatos 
históricos, instituições, desenvolvimento econômico, desenvolvimento do setor não agrícola, terra e trabalho, foram fatores que 
determinaram, ao longo do tempo, a distribuição de tamanhos de propriedades em vários países (FAO, 2014). 
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Figura 1 - Distribuição de propriedades rurais em todo o mundo 
Fonte: adaptado de FAO (2014) 
Nota: Os primeiros dois painéis são baseados em uma amostra de 161 países, que 
respondem por quase 570 milhões de explorações; o número de países é mostrado 
entre parênteses. O terceiro painel mostra fazendas por tamanho da propriedade, 
cobrindo um total de cerca de 460 milhões de propriedades rurais em 111 países. 
Todos os valores são arredondados. 
Dos mais de 500 milhões de propriedades rurais familiares, nota-se que mais 70% são menores que um hectare. Mesmo 
consideradas pequenas, essas propriedades são os grandes responsáveis por 80% da produção mundial de alimentos e 
representam mais de nove a cada dez propriedades em todo o mundo. A agricultura familiar é essencial para desenvolvimento 
rural sustentável e anseia-se que muitos destes saiam da situação de pobreza e insegurança alimentar. Para isso, é fundamental 
que assumam o papel de protagonistas frente às necessidades de produção de alimentos, no mundo, ao trabalharem por uma 
agricultura sustentável (FAO, 2014). Historicamente, países com maiores rendas beneficiaram seus produtores rurais por meio de 
políticas de apoio ao desenvolvimento rural. Desta forma, os agricultores que já eram relativamente produtivos passaram a ser 
cada vez mais prósperos (MAZOYER; ROUDART, 2010). 
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Na Europa, nos EUA (Estados Unidos da América) e no Japão, especialmente, pós-Segunda2014 e perspectivas 2015 para o agronegócio brasileiro, 
Perspecivas, [s.n.]. Brasília: CNA, 2014. 118 p. 
BRASIL. Ministério da Agricultura. Câmaras setoriais e temáticas. 2015. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2015. 
BRASIL. IBGE. Censo agropecuário – 2006. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão , 2006. 
BRASIL. IPEA. O Perfil da Agroindústria Rural no Brasil: Uma análise com base nos dados do Censo Agropecuário 2006. [s.n.]. 
Brasília: IPEA, 2013. P. 86 . 
CÂNDIDA; BORGES; SANTOS, 2010. 
CEPEA. PIB do Agronegócio: Relatório completo de Março/16. Disponível em: . Acesso em:. 20 
abr. 2017. 
DICIONÁRIO MICHAELIS. Dicionário de Português Online. Disponível em: 
. Acesso em: 09 Abr. 2015. 
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regionais. In: XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, [s.n.], 2009, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2009. 
DYE, T. Understanding public policy. Englewood Cliffs, MJ: prentice Hall, 1984. 
FAO. The State of Food and Agriculture: Innovation in Family farming. [s.n.]. Rome: FAO, 2014. p.161. [N8] 
GABECH, J.; ORSINI, R. A agricultura familiar e a sua importância para o desenvolvimento sustentável do Estado e do País. Revista 
Meio Ambiente , Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 25, ago./set. 2014. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2015. 
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APROFUNDANDO 
No decorrer de nossas conversas sobre agricultura familiar e agronegócio muito falamos sobre produtos orgânicos e 
sustentabilidade. Mas não discutimos como se dá o Processo de Certificação de produtos orgânicos, será um processo simples? 
Rápido? É regulamentado? Caro? Há políticas públicas nesse segmento? Enfim, como ocorre o processo de certificação? Vamos 
discutir um pouco essa questão! , 
Não há somente uma forma de se certificar um produto orgânico, a certificação pode acontecer por auditoria, por sistema 
participativo de garantia e o controle social na venda direta (esse último não gera uma certificação, mas permite a venda direta dos 
orgânicos). No sistema de auditoria há uma empresa, que pode ser privada ou pública, e que precisa ser credenciada ao Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e prestará o serviço de certificação para quem desejar, obviamente que é um 
serviço remunerado. 
Quando se trata do sistema participativo de garantia, um conjunto ou um grupo de produtores se unem, se cadastram no 
Ministério da Agricultura para que possam emitir a certificação de orgânicos, neste caso podemos dizer quese forma uma espécie 
de associação, em geral os participantes efetuaram o pagamento de alguma mensalidade para custear todo o processo. 
Já quando falamos do controle social na venda direta, o agricultor, produtor se credencia e passa a ter o direito de fazer a venda do 
seu produto diretamente ao consumidor final mas, nesse caso, só pode efetuar a venda direta, não podendo vender seu produto, 
por exemplo, em supermercados ou qualquer outro ponto de venda, desta maneira a propriedade não se torna certificada, mas o 
produtor precisa estar vinculado a uma Organização de Controle Social - OCS, essa seria a opção menos onerosa mas que limita a 
somente venda direta e também incentiva o associativismo entre os produtores. Com certeza, o fato de identificarmos três 
maneiras de se produzir e vender produto orgânico certificado, desmistifica um pouco a crença popular de que é muito mais caro 
produzir e vender orgânicos e de que a burocracia para se colocar um produto orgânico no mercado inviabiliza essa produção. 
Para que um produto final seja considerado orgânico é necessário que, pelo menos, 95% das matérias-primas nele utilizadas sejam 
orgânicas e certificadas, isso demonstra que para se oferecer um produto orgânico de verdade para a população, é necessário que 
o produtor seja bastante consciente e muito organizado para que consiga obedecer todas as regras de um produto orgânico. 
A legislação brasileira classifica os insumos que poderão ser utilizados para a produção orgânica e os chama de fitossanitários, 
quer dizer, os produtores de orgânicos podem se resguardar, e devem fazer isso, verificando se os agrotóxicos que irão utilizar nas 
suas produções de orgânicos possuem essa classificação e registro oferecidos pelo Ministério da Agricultura. Há que se destacar 
que, podemos importar produtos orgânicos de outros países mas, eles também precisam ser cadastrados/certificados pelo 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento brasileiro. 
A instrução normativa nº 13 de 2015 estabeleceu alguns parâmetros para o funcionamento das Comissões da Produção Orgânica, 
uma das funções das comissões é fomentar a produção de orgânicos, mas também fiscalizar e também propor políticas públicas no 
âmbito dos orgânicos. 
As Comissões existem nos estados da federação e são compostas por representantes do setor público e por representantes da 
iniciativa privada. Podemos afirmar que no Brasil existe uma legislação, um marco regulatório que se debruça sobre a questão da 
produção orgânica, sendo que muitas empresas certificadoras que atuam no país atuam também no exterior. Ao que se pode 
observar, o Brasil tem se preparado para a expansão desse mercado de orgânicos que, ao que tudo indica, é um mercado em 
crescimento com boas expectativas para o futuro. 
O Brasil, inclusive, exporta produtos orgânicos e participa de feiras internacionais especializadas no tema orgânicos. Alguns 
produtos que são exportados pelo Brasil: açúcar orgânico, café, erva mate orgânica, barras de cereais, açaí dentre outros. Algumas 
feiras internacionais com o tema orgânicos são Bio Brazil Fair, Expo West na Califórnia - EUA. 
PARABÉNS! 
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EDITORIAL 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; PINTRO, Paula Toshimi Matumoto; ALVES, Yony Brugnolo; ALEXANDRE, Simoni. 
Agricultura Familiar e Agronegócio. 
Paula Toshimi Matumoto Pintro; Yony Brugnolo Alves; Simoni Alexandre. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
35 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Agricultura. 2. Agronegócio. 3. EaD. I. Título 
CDD - 22 ed. 306 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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https://sites.google.com/view/afeoa3/p%C3%A1gina-inicialGuerra Mundial, os governos 
privilegiaram a agricultura familiar com estruturação de várias políticas agrícolas e agrárias. Transformaram o modo tradicional de 
campesinato dos tempos medievais em uma moderna agricultura familiar. A mudança, interna e externa desses produtores foi 
resultado da intervenção governamental e suas políticas, gerando uma agricultura familiar empresarial (CAUME, 2009). 
Diante destas considerações, é possível compreender porque nos EUA existem propriedades com diversos tamanhos, desde os 
níveis de renda mais baixos até agricultores multimilionários são considerados agricultores familiares. O conceito está embasado 
em que todos os estabelecimentos rurais são conduzidos por famílias, independentemente de sua grandeza ou poder econômico 
(HEBERLÊ, 2014). 
Além disso, os EUA trabalham a propriedade rural como uma empresa e, muitas vezes, aderem o estilo de sociedade holding. A 
palavra hold (inglês) significa: “segurar, controlar, manter”. 
Holding é uma sociedade que tem como atividade o exercício do controle acionário de outras empresas e a 
administração dos bens das empresas que controla, além do desenvolvimento do planejamento estratégico, 
financeiro e jurídico dos investimentos do grupo, devendo não interferir na operacionalização das empresas 
controladas, mas prestar serviços que elas não podem executar eficientemente, ou que, para cada empresa, 
isoladamente, seja oneroso e para a holding não, tendo em vista a pulverização dos custos. 
Fonte: Teixeira (2007, p.2). 
Trabalhar a propriedade rural como empresa rural é uma forma de garantir a proteção e a sucessão patrimonial. Esse estilo de 
sociedade é bastante difundido e adotado nos EUA. No Brasil, essa prática não é aderida por agricultores familiares e também não 
é uma cultura muito disseminada. 
É possível legitimar propriedades brasileiras como holding, desde que a Lei 11.326 de até quatro módulos fiscais seja respeitada. 
Ou seja, a partir do momento em que o produtor torna-se “grande”, descaracteriza-se como agricultor familiar. Por outro lado, a 
legislação brasileira prevê este modo de sociedade, qual seja, o holding na Lei 6.404 (BRASIL, 1976) que define: 
Características e Natureza da Companhia ou Sociedade Anônima 
Características Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a 
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou 
adquiridas. Objeto Social 
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem 
pública e aos bons costumes. 
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio. 
§ 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo. 
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a 
participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais 
(BRASIL, Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 1976). 
Os sistemas de gestão das propriedades não são as únicas diferenças entre a agricultura familiar americana da agricultura familiar 
brasileira. Historicamente, foram evidenciados alguns diferenciais. Na obra “Agricultura familiar: é preciso mudar para avançar”, 
Navarro e Pedroso (2011) fazem um levantamento de três fatores primordiais. O primeiro descreve o modo de colonização; o 
segundo, as formas de apoio no fortalecimento da agricultura familiar; e. o terceiro, a cultura de cientistas sociais preocupados 
com os interesses rurais. 
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Na década de 1940, criaram-se as primeiras políticas públicas para a agricultura familiar nos EUA, enquanto que, no Brasil, elas 
iniciaram nos anos de 1968 a 1981. No processo de colonização, os americanos ocuparam as terras da maioria das regiões do país, 
e adotaram-se os lotes pequenos para cada propriedade. No Brasil, foram feitas grandes divisões de terras e de modo 
desorganizado. 
Outro diferencial levantado na pesquisa de Navarro e Pedroso (2011) foi em relação às formas de apoio ao desenvolvimento da 
agricultura familiar. Antes mesmo de surgirem as primeiras políticas públicas nos EUA, a igreja e, especialmente, os protestantes, 
atuavam como porta voz das necessidades dos agricultores frente ao governo. As questões agrárias eram defendidas e fomentadas 
por essas igrejas. Na agricultura brasileira, não há registros formalizados de entidades que assumiram esse papel. Deste modo, 
algumas questões continuam carentes de atendimento. 
Navarro e Pedroso (2011) finalizam as comparações apontando a existência de cientistas sociais na América. Estes pesquisadores, 
também fomentados pela igreja, atuaram de modo a aprimorar pesquisas para o campo. Assim, caminharam para um 
desenvolvimento rural e, consequentemente, garantiram uma melhor qualidade de vida para essas famílias. No Brasil, o estímulo 
de cientistas sociais voltados para questões agrárias, ainda é considerado um fenômeno recente. 
Os últimos dados de pesquisas brasileiras sobre a agricultura familiar são do IBGE (2006) (Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística). A seguir, apresenta-se de forma resumida os dados compilados a partir do censo agropecuário do IBGE (2006). De 
modo geral, os estados com os maiores números de estabelecimentos, são, também, os maiores percentuais de áreas ocupadas. A 
exceção é na região Centro-Oeste. O estado de Goiás apresenta um maior número de estabelecimentos, enquanto o estado do 
Mato Grosso tem o maior percentual de áreas com agricultura familiar. Uma justificativa para essa desproporção pode estar na 
legislação brasileira. Para ser considerada agricultura familiar, um pré-requisito é que a propriedade tenha, no máximo, o até 
quatro módulos fiscais. Um módulo fiscal em Goiânia-GO vale 7 ha, então, as áreas de até 28 ha podem ser consideradas 
familiares. Enquanto um módulo fiscal em Cuiabá-MT vale 30 ha, podendo englobar imóveis rurais de até 120 ha como familiares. 
Vale ressaltar que o exemplo apresenta apenas as capitais dos estados, e a estatística do IBGE é abrangente para os estados como 
um todo. 
Tabulando-se os dados do censo agropecuário do IBGE (2006), é possível notar os números de estabelecimentos e a área total 
ocupada por agricultores rurais familiares. Vejamos na tabela 1, a seguir: 
Tabela 1 - Estabelecimentos e área da agricultura dividida pelas regiões brasileiras, tanto da agricultura familiar quanto da não 
familiar 
Fonte: Censo Agropecuário (IBGE, 2006). 
Nota-se que, assim como a relação por estados, os valores dos módulos fiscais na região Norte são majoritariamente elevados. 
Assim, a região Norte é a quarta em números de estabelecimentos e a segunda em porcentagem de áreas ocupadas pela 
agricultura familiar. 
Além destas informações, o censo agropecuário (2006) fez um levantamento a respeito dos números e variedades de produtos 
agropecuários produzidos no Brasil. A agricultura familiar é um grupo (Agricultura Familiar, Agronegócio) extremamente 
diversificado e produzem, principalmente: arroz, feijão, mandioca, milho, soja, trigo, leite, aves e ovos. 
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A diversidade da agricultura familiar é um convite para inovações, considerando as condições agroecológicas, socioeconômicas e 
políticas públicas. O desafio é estabelecer estratégias de inovação para “concentrar não apenas o aumento do rendimento, mas, 
também, um conjunto mais complexo de objetivos, incluindo a preservação de recursos naturais e elevação da renda rural” (FAO, 
2014, tradução nossa). 
O AGRONEGÓCIO 
Outra vertente da agricultura é denominada agronegócio. O conceito de agronegócio (agribusiness) foi elaborado pelos 
professores americanos de Harvard, John Davis e Ray Goldberg, em 1957. Atualmente, procura-se mantera essência da definição 
de agribusiness como: “a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas 
unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles” 
(CRUVINE; NETO, 1999, p.1). 
No Brasil temos diversos pesquisadores e diversas Instituições que se dedicam ao estudo do agronegócio. 
Bons exemplos são: PENSA - Centro 
de Conhecimento em Agronegócio que é um programa ligado à US e o GPAI - Grupo 
de Estudos e Pesquisas Agroindustriais que é ligado à UFSCAR . Boa 
pesquisa!! 
Silva e Francisco (2007) apontam que, durante o período de colonização do Brasil, sucederam-se vários ciclos agroindustriais, 
como: a exploração do Pau-Brasil, cana de açúcar, borracha e café. Estes períodos revelam que “a economia brasileira teve 
implicações sociais, políticas e culturais com fortes raízes junto ao agronegócio”. 
Didaticamente, a cadeia produtiva do agronegócio ou sistema agroindustrial pode ser dividida em: “antes da porteira” ou 
montante, “dentro da porteira” e “depois da porteira” ou jusante. Estes segmentos estão interligados e associados (ARAÚJO, 
2007), como mostra a figura 2. 
Figura 2 - Representação da Cadeia Produtiva do Agronegócio. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fpensa.org.br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHcyoFsrakfWRYhgj5yzqEptVr_cQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.gepai.dep.ufscar.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFiloab-0M5nEa2K3rSdtAolnO77A
Fonte: o autor (2015) 
Antes da porteira ou montante representa os insumos necessários para as produções agropecuárias. Dentro da porteira é a 
representação de pequenos, médios ou grandes produtores, organizados como pessoas físicas (agricultores) ou pessoas jurídicas 
(empresas). E depois da porteira ou jusante representa as etapas de beneficiamento, transporte até a venda ao consumidor final 
(ARAÚJO, 2007). 
Segundo Silva e Francisco (2007, p.13): 
A proposta do agronegócio é focada nos fornecedores de bens e serviços para a agricultura, os produtores 
rurais, os processadores, os transformadores e distribuidores e todos os envolvidos na geração e fluxo dos 
produtos de origem agrícola até o consumidor final. 
A partir de 1990, com a reabertura econômica do Brasil, grandes empresas do complexo agroindustrial instalaram-se no país. 
Setores de insumos, maquinários, tecnologia de processamentos, distribuição e comercialização, são as áreas de atuação destas 
empresas. Ou seja, participam de todo o ciclo produtivo do agronegócio. Além disso, essas empresas são até hoje protagonistas em 
investimento em ciências e pesquisas em todo território brasileiro (SANTOS; VALE, 2012). 
As inovações tecnológicas tornam-se importantíssimas para alavancar as produções rurais. A cadeia produtiva do agronegócio é 
diretamente afetada pela utilização de tecnologias. Mas são, especialmente, os grandes produtores e exportadores que usufruem 
dos avanços tecnológicos no agronegócio (SILVA; FRANCISCO, 2007). 
De acordo com a pesquisa de Caume (2009), a produção agrícola depende crescentemente de recursos econômicos. Este fator é 
essencial para a aquisição de bens de produção (máquinas, implementos e insumos) e acesso aos processamentos das 
agroindústrias. 
Os países que perceberam essa dinâmica e adotaram políticas, “tais como investimento em educação e treinamento, ciência, 
geração de tecnologia, infraestrutura, difusão de informações e melhoria na qualidade de vida rural”, foram os maiores 
beneficiados (CRUVINE; NETO, 1999, p.4). 
No Brasil e no mundo houve uma crescente demanda por produtos agrícolas, especialmente, em consequência do êxodo rural. O 
modo de operacionalidade empresarial rural foi implantado, visando atender o aumento do consumo. A maior produtividade é 
resultado das inovações tecnológicas implementadas. O novo modelo foi possível por meio de incentivos de créditos no setor 
agrícola e industrial, que conduziram as produções do campo até a cidade (SANTOS; VALE, 2012). 
Considerando-se o Brasil um país essencialmente agrícola, almeja-se a incorporação das novas tecnologias voltadas à produção 
rural. Para que este processo de modernização seja alcançado com sucesso, e de modo abrangente, deve haver investimentos do 
setor público e privado. Objetiva-se uma “melhoria contínua dos equipamentos e máquinas, e na especialização de recursos 
humanos, principalmente no treinamento de técnicos na área agrícola” (SILVA; FRANCISCO, 2007, p.11). 
Neste contexto, o setor agroindustrial é um dos maiores beneficiados do suporte científico e tecnológico. Responsabiliza-se por 
uma porção generosa da economia, e ajuda a manter, e até mesmo incrementar, a competitividade de mercado (CRUVINE; NETO, 
1999). 
Figura 3 - Balança Comercial do Agronegócio - Série Histórica 
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Fonte: Agrostat (2021). 
No gráfico 3 podemos observar a importância do agronegócio para a Balança Comercial Brasileira. Percebam que em todos os 
períodos mostrados (2012 até julho/2021) as exportações do agronegócio superam as importações do agronegócio, gerando assim 
divisas para a economia brasileira. 
O infográfico apresenta os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro no primeiro 
trimestre de 2017. Há que se ressaltar que tanto os países de destino quanto os produtos não tem se 
modificado nos últimos anos e, provavelmente, não ocorram grandes modificações nos próximos anos. 
Fonte: CNA - Confederação Nacional da Agricultura. Boletim do Agronegócio Internacional Edição 32 - 
Abril de 2017. Disponível em: . 
O agronegócio não deve ser exclusivamente voltado aos grandes produtores rurais. Os pequenos e médios, visando crescimento e 
competitividade de mercado, podem associar-se. A cooperação é uma maneira de se fortalecer e gerar alternativas, 
principalmente, para os agricultores familiares. Ressalta-se que para os agricultores, pecuaristas e agroindústrias se destacarem 
nesse novo cenário de cooperação (unir pequenos e torná-los grandes/competitivos), as inovações tecnológicas e conhecimentos, 
pois não basta só a informação, é preciso compreendê-la e praticá-la. Por isso, valoriza-se o investimento em ciência e tecnologia 
(SILVA; FRANCISCO, 2007). 
Conhecer os dados sobre o agronegócio brasileiro é muito interessante. Uma boa fonte de pesquisa são os 
sites governamentais. Saiba mais sobre as exportações e importações do agronegócio brasileiro. Fonte: 
Agrostat. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponíel em: . 
. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cnabrasil.org.br%2Fboletins%2Fboletim-do-agronegocio-internacional-alternativas-e-oportunidade-de-integracao-comercial&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHQ8-mtfhDXWtl8S-zQhXShYv0y3Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cnabrasil.org.br%2Fboletins%2Fboletim-do-agronegocio-internacional-alternativas-e-oportunidade-de-integracao-comercial&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHQ8-mtfhDXWtl8S-zQhXShYv0y3Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Findicadores.agricultura.gov.br%2Fagrostat%2Findex.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFzxDyPclBhcI0fv8i0ZUEXxdVTTQ
AGRICULTURA FAMILIAR versus 
AGRONEGÓCIO 
O panorama mundial da agricultura familiar contabiliza mais de 500 milhões de propriedades. As famílias podem contribuir 
efetivamente para garantir a segurança alimentar mundial, cuidar e proteger os recursos naturais, acabar com a pobreza, 
subnutrição e desnutrição. Para assumir tal papel, é fundamental o desenvolvimento depolíticas públicas para o fortalecimento da 
agricultura familiar. Deste modo, é possível tornarem-se mais inovadoras, produtivas e sustentáveis (FAO, 2014). 
Outro ponto importante é desvincular a palavra agronegócio como sinônimo de grandes produtores rurais. O agronegócio é 
resultado de produtores altamente competitivos no mercado, inclusive agricultores familiares. A principal diferença está na escala 
de produção, pois os menores produzem menos. Mesmo assim, é possível torná-los competitivos unindo-os, por exemplo, em 
associações e cooperativas (CRUVINE; NETO, 1999). 
Fomentar inovações, especialmente na aplicação do conhecimento científico, é um modo de melhorar a produção e as práticas de 
gestão. É importante propor ideias de uma agricultura sustentável como plantio de novas variedades combinadas às práticas 
tradicionais ou, ainda, aplicar técnicas integradas de produção. Para isso, é fundamental que setor público, privado, sociedade civil, 
agricultores e suas organizações trabalhem por este objetivo. 
De acordo com Silva e Francisco (2007,p. 12): 
Para estabelecer uma relação entre desenvolvimento sustentável e o agronegócio, discute-se 
exauridamente a preservação do meio ambiente, dos programas de biotecnologia e recursos genéticos, 
gestão de recursos hídricos, conservação de solos na agricultura, florestas e agroflorestas, conservação de 
parques e proteção ambiental. 
Uma perspectiva do tamanho das propriedades e de suas áreas de ocupação, em todo o mundo, foram 
pesquisadas pela FAO (2014). Esses números estão graficamente representados na figura 4, a seguir. 
Figura 4 - Tamanho x Área das propriedades rurais em todo o mundo, 2014. 
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Fonte: adaptado de dados do Programa da FAO para o Censo Mundial de Agricultura mostrado em FAO (2013). 
Nota: Com base em uma amostra de 106 países. 
Com esses dados, interpreta-se que aproximadamente 90% dos imóveis rurais do mundo têm até 100 ha., Somando-se, porém, o 
tamanho dessas propriedades, resulta-se algo em torno de 40% da área total de produção agrícola mundial. Diante dessa análise, é 
correto afirmar que quase 10% de todos imóveis rurais levantados pela pesquisa, são maiores que 100 ha e ocupam cerca de 60% 
da área total mundial agricultável. 
Quando se trata de dados específicos sobre o Brasil, prevalece a quantidade de pequenas propriedades, menores que 100 ha. Mas 
a soma das áreas dessas pequenas propriedades chega somente a 15,98% do total. Enquanto as áreas maiores que 2000 ha, não 
alcançam 1% do número de imóveis rurais, mas dominam mais de 40% das áreas produtivas no Brasil. Isto mostra que existe 
concentração de terras em nosso país, ou seja, poucas pessoas/empresas são donas da maior parte de terras. 
Esta interpretação é confirmada no trabalho de Silva (2011) e que Caio Prado Júnior em 1979 também relatava: 
(...) por força da grande concentração da propriedade fundiária que caracteriza a economia agrária 
brasileira, bem como das demais circunstâncias econômicas, sociais e políticas que direta e indiretamente 
derivam de tal concentração, a utilização da terra se faz predominantemente e de maneira acentuada, em 
benefício de uma reduzida minoria (PRADO JR., 1979, p.15). 
Na pesquisa de Camacho (2009), foi apontado a concentração de grandes propriedades como um dos fatores que contribuíram 
para o êxodo rural. O censo do IBGE (2010) apurou informações, segundo a localização do domicílio, representando, assim, a 
população rural e a população urbana. A figura 5 mostra estes números de 1980 até 2010. 
Figura 5 - População residente segundo localização do domicílio Brasil. 
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Fonte: adaptado de IBGE (2010). 
De fato, os dados apontam uma redução de aproximadamente 50% da população rural, em 30 anos. Dessa forma, os produtores 
familiares e não familiares, mesmo representando a minoria da população, assumem a responsabilidade de alimentar toda a 
população e alavancar a economia brasileira. Por isso, serão apresentadas pesquisas comparativas dos números da agricultura 
familiar e não familiar. 
Para fins didáticos, será considerada agricultura familiar todas as propriedades rurais brasileiras que se enquadram na Lei 
11.326/06 (BRASIL, 2006). As demais serão consideradas agricultura não familiar/agronegócio. 
A tabela seguinte expõe informações acerca do número de estabelecimentos, área total, receita anual e outras receitas fora da 
produção agrícola. 
Tabela 2 - Número de estabelecimentos, área total e receita anual dos estabelecimentos da agricultura familiar e da agricultura 
não familiar 
Fonte: Censo Agropecuário (IBGE, 2006). 
Computados os dados em proporções aproximadas, admite-se um valor em torno de 84% de estabelecimentos familiares contra 
16% de estabelecimentos não familiares. Mesmo em número proporcionalmente menor, os agricultores não familiares com cerca 
de 76% da área total e em torno de 66% da receita anual. Dominando uma menor renda na produção agropecuária, os agricultores 
familiares, são responsáveis por aproximadamente 61% de toda renda fora das atividades agropecuárias. 
Detalhando-se os dados, a tabela 3 demonstra valores de números de estabelecimentos e área ocupada, subdivididos em estados, 
regiões e total brasileira. 
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Tabela 3: Estabelecimentos e área da agricultura dividida pelas regiões brasileiras, tanto da agricultura familiar quanto da não 
familiar 
Fonte: Censo Agropecuário (IBGE, 2006). 
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Considerando os valores da agricultura familiar, em proporções aproximadas e desconsiderando o Distrito Federal, tem-se: o 
maior número de estabelecimentos (50%) e maiores áreas (35%) de ocupação por região no Nordeste. Por Estado, a Bahia lidera o 
ranking com proporções de (15%) de estabelecimentos e (12%) da área. O CentroOeste foi a região que apresentou o menor índice 
de estabelecimentos (5%) e área (12%). Por Estado, o Amapá mostra-se com o menor número de estabelecimentos (0,065%) e em 
área (0,16%). 
Ponderando-se os valores referentes à agricultura não familiar, em porcentagens aproximadas, e desconsiderando o Distrito 
Federal, tem-se: a região Nordeste liderando o número de estabelecimentos (33%) e o Estado de Minas Gerais com (14%). Já as 
maiores porções de áreas estão em domínio da região Centro-Oeste (38%) e no Estado de Mato Grosso com (17%). Referindo aos 
menores percentuais, a região Norte apontou menor número de estabelecimentos (7%) ao lado do Estado do Amapá com (0,82%). 
Por área, a menor representação é da região Sul (11%) e o Estado do Amapá (0,29%). 
Outros índices levantados pelo censo agropecuário do IBGE (2006) são em relação a produção vegetal e a produção animal. 
Elencando-se os produtos em ordem classificatória de produção, tem-se na agricultura familiar, primeiro o milho, segundo a 
mandioca e o terceiro, a soja. As produções referentes à agricultura não familiar classificam-se: primeiro a soja, segundo, o milho e, 
em terceiro, o arroz. Nota-se que a soja e o milho são os mais produzidos em ambas. 
O quadro 1 é uma simplificação dos principais produtos vegetais produzidos pela agricultura familiar e não familiar, em número de 
estabelecimentos e em produção, e por ordem classificatória. 
Quadro 1: Classificação dos produtos vegetais produzidos pela agricultura familiar e não familiar no Brasil 
Fonte: adaptado de IBGE (2006). 
Outros dados do censo agropecuário do IBGE (2006) são referentes à produção animal. 
Mostrando-se os produtos em ordem classificatória, tem-se: primeiro o leite de vaca, segundo as aves e o terceiro, os ovos, 
produzidos pela agricultura familiar. Para as produções não familiares, primeiro o leite de vaca, segundo, ovos eterceiro as aves. 
Nota-se que os produtos produzidos são equitativamente importantes, leite de vaca, aves e ovos, diferenciando-se o segundo e o 
terceiro lugar. 
O quadro 2 mostra uma síntese da classificação animal oriundo da agricultura familiar e não familiar, divididas por 
estabelecimentos e produção. 
Quadro 2 - Classificação dos produtos animais produzidos pela agricultura familiar e não familiar no Brasil 
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Fonte: adaptado de IBGE (2006). 
Desse modo, verifica-se o potencial de competitividade nas produções agropecuárias da agricultura familiar frente ao 
agronegócio. Como citado anteriormente: a cooperação é uma maneira de se fortalecer e gerar alternativas, principalmente para 
os agricultores familiares (SILVA; FRANCISCO, 2007). 
Pela inserção de novas técnicas de produções, associações, subsídios, entre outras variáveis citadas, observa-se o reflexo da 
contribuição da agricultura familiar e não familiar para a economia brasileira, demonstrado no gráfico seguinte. 
Em 10 anos, segundo dados da CNA (2014) o PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário cresceu 188,3%. Isso demonstra a força da 
agricultura brasileira para o crescimento do país. Outra contribuição é em relação à produtividade que cresceu 142,3%. Esse índice 
demonstra que o produtor aumentou sua produção utilizando- -se de inovações tecnológicas e novas pesquisas. Um pouco menos 
expressivo foi o crescimento de emprego, apenas 19%. Maquinários, implementos, entre outros, potencializam em agilidade e 
reduzem a mão de obra. Por outro lado, assim como outros setores da economia, a agricultura também se profissionalizou. Hoje 
são engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas e outras especialidades, a mão de obra 
necessária no campo. Destacando também a importância da qualificação profissional permanente dos operários e gestores rurais. 
Desse modo, relaciona-se agricultura familiar e o agronegócio como formas interdependentes de produção agropecuária e de 
renda. O foco desta pesquisa revelou a busca de referências acerca do tema, enfatizando singularidades, semelhanças e 
diferenças. Portanto, ressaltam-se o papel fundamental da inovação, incentivos à ciência e pesquisa, e políticas públicas voltadas à 
produção rural. 
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ATIVIDADES 
1. Nem sempre foi simples definir e classificar o que é Agricultura Familiar. Mas, em 2006 surgiu a lei que conseguiu nos trazer uma 
definição um pouco mais concreta do que vem a ser a agricultura familiar. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta 
uma característica importante para que a propriedade rural seja enquadrada na Agricultura Familiar: 
a) Ser de pessoas físicas e não jurídicas se enquadram como agricultura familiar; 
b) Ser menor do que que 3 hectares. 
c) Não ter dois sócios ou mais. 
d) Utilize predominantemente mão de obra familiar. 
e) Utilize exclusivamente mão de obra familiar 
2. O agronegócio é amplamente estudado. Há certo padrão de definições para se estudar o agronegócio mundialmente, entre eles 
os conceitos de: Antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira. Analise as afirmativas e assinale a que preenche 
corretamente a lacuna do texto a seguir: 
---------------- representa os insumos necessários para as produções agropecuárias. 
a) depois da porteira. 
b) dentro da porteira. 
c) antes da porteira. 
d) antes e dentro da porteira. 
e) nenhuma das opções. 
3. Os principais produtos vegetais agrícolas em termos de produção, produzidos pela agricultura familiar no Brasil são: 
a) trigo, soja e milho. 
b) milho, mandioca e soja. 
c) laranja, soja e mandioca. 
d) alface, trigo e milho. 
e) trigo, soja e mandioca. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo, propôs-se a revisão de referências, o levantamento de fatos, a exposição de dados e a contextualização da 
agricultura familiar e do agronegócio em seu panorama atual, importante destacar que levantamentos oficiais no Brasil 
aconteceram em 2006, o que torna os dados um pouco defasados mas, nem por isso, deixam de retratar a realidade brasileira. 
Não se pode afirmar quando e onde surgiu a agricultura, mas foi graças a ela que as civilizações foram consolidadas e são 
sustentadas até hoje. Desde seu surgimento, a agricultura passou por profundas transformações, especialmente em suas formas 
de produção e comercialização. Independentemente de certas peculiaridades, os principais objetivos da agricultura são a 
produção de alimentos e de renda e isso independe se estamos falando de pequenas ou grandes propriedades, o que se deseja é a 
sobrevivência e, em muitos casos, a geração de lucro. 
Na abordagem feita sobre as diferenças entre a agricultura familiar e o agronegócio, a principal consideração apontada foi em 
relação à Lei 11.326/06. De acordo com esta Lei, a agricultura familiar e o agronegócio diferem-se em relação ao tamanho das 
propriedades, renda do produtor e a gestão do empreendimento. Em outros países, essa discrepância é minimizada, pois 
consideram como única diferença a forma de administração das propriedades rurais. Assim, é possível que o agricultor inove em 
suas atividades, e cresça em tamanho e renda, o que não é tão fácil no Brasil. Com isso, nesse ponto da aprendizagem, é possível 
diferenciar a agricultura familiar e o agronegócio e também elencar suas semelhanças. Apesar de mostrarmos as diferenças entre 
agricultura familiar e agronegócio, há que se pontuar que ambos são importantes para o Brasil e para o mundo, principalmente na 
produção de alimentos. 
Na sequência, o objetivo central será o entendimento de sustentabilidade e as singularidades da agricultura familiar. 
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Material Complementar 
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Interessante vídeo a respeito do agronegócio e da agricultura familiar, 
apresenta alguns dados relacionado a essa área. Nele há um debate a 
esse respeito. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
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CAMACHO, R. S. O agronegócio latifundiário versus a agricultura camponesa: a luta política e pedagógica do campesinato. In: XIX 
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APROFUNDANDO 
Neste estudo vamos explorar uma das mais antigas empresas familiares do país . 
Em 1846, Menezes, criou o Grupo Aguardente, atualmente líder na produção de aguardente no Brasil. Porém, antes de chegar ao 
seu auge e estabilidade a empresa atravessou um momento muito delicado. 
Na madrugada do dia 31 de março de 1990, Telles, 66 anos, quarta geração no comando do Grupo Aguardente, recebeu um 
telefonema de um homem que parecia estar desesperado. Era um chamado informando-lhe sobre um incêndio na empresa. Num 
primeiro momento Telles achou que poderia ser um trote, mesmo assim decidiu ir até a empresa. Ao aproximar-se do local já era 
possível ver as chamas. 
Três dias se passaram para a retirada dos entulhos. Perdeu-se cerca de 15 mil caixas, o equivalente a 15 dias de produção, além da 
perda da fábrica, propriamente dita. 
Para retomarem as atividades, improvisou-se uma área com lona e reaproveitou-se uma única máquina menos deteriorada pelo 
incêndio. Fornecedores mantiveram o abastecimento da empresa com uma promessa de pagamento futuro. Amigos da família 
colaboraram com materiais e mão de obra para a construção da nova sede. 
Anos se passaram e Everardo ainda se emociona com essa história. O choro dele é um raro momento em que ele perde a 
serenidade, uma característica fundamental para àqueles que desejam empreender. Essa serenidade é sinônimo de equilíbrio 
emocional, não se deixando abater frente aos desafios e nem comemorando excessivamente as vitórias, a fim de não perder o 
rumo do negócio. 
Com esse equilíbrio e uma porção generosa de coragem, Telles fez com que o Grupo Ypióca crescesse 45 vezes em produção. 
Quando ele assumiu o comando da empresa já era um dos maiores fabricantes do Brasil com 500 toneladas de cana-de-açúcar 
processadas por dia. Atualmente, chega a 8 mil toneladas diárias. 
Em 1978 a produção era de 360 mil litros e saltou para mais de 200 milhões. Era uma fábrica em 1970 e chegaram a seis em 2009. 
No município de Jaguaruana/CE, a 180 quilômetros de Fortaleza, investiu-se R$ 80 milhões em uma indústria com capacidade de 
90 milhões de litros de aguardente por ano, considerada a maior fábrica de cachaça do mundo. É apontada também como uma das 
mais modernas no campo de produção do etanol, matéria-prima utilizada na produção de álcool hidratado para combustível, 
indústria farmacêutica e química; álcool anidro, próprio para compor a mistura com gasolina; e álcool neutro para a fabricação de 
bebidas. 
No mercado nacional de cachaça, o grupo Aguardente é responsável por 12% concorrendo com mais de 4 mil fabricantes. Chegou 
a faturar R$ 200 milhões em 2009, obtendo um resultado líquido de R$ 7 milhões. Desde o final da década de 1960 exporta seus 
produtos, para 42 países resultando em 5% do total de sua produção. 
A empresa se diferencia por ter cerca de 30 produtos em linha, como: cachaça de combate, versão premium, aromatizadas e as 
misturas de bebidas. O processo de envelhecimento é um diferencial que marca estes produtos, pois desde gerações passadas, a 
cachaça é armazenada em tonéis de bálsamo e freijó por períodos que variam de um a seis anos. São 243 tonéis e 10 mil barris de 
carvalho. Mas o processo de envelhecimento não é o único fator de sucesso, as torres de destilação, quando novas, são 
desmontadas e ganham partes especiais de cobre, o que leva a um melhor sabor na cachaça. 
Telles ainda não sabe quem herdará o segre - do, pois dos sete filhos, cinco são atuantes no grupo Aguardente em cargos 
estratégicos. Todos foram preparados para suceder Everardo em sua aposentadoria. 
Para que o processo sucessório seja realizado com sucesso, Telles contratouna década de 90 uma consultoria que reestruturou o 
organograma societário. Os herdeiros foram orientados a conquistar espaços dentro do grupo e, assim, criou-se a holding. A 
direção recorre à SM Consultoria como se fosse um conselho administrativo. 
Um belo exemplo de empresa familiar que é do agronegócio e que está se adequando as modernizações. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; PINTRO, Paula Toshimi Matumoto; ALVES , Yony Brugnolo; ALEXANDRE, Simoni. 
Agricultura Familiar e Agronegócio 
Paula Toshimi Matumoto Pintro; Yony Brugnolo Alves; Simoni Alexandre. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
38 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Agricultura. 2. Agronegócio. 3. EaD. I. Título 
CDD - 22 ed. 306 
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Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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SUSTENTABILIDADE 
E A AGRICULTURA 
Professor (a) : 
Dra. Paula Toshimi Matumoto Pintro 
Me. Yony Brugnolo Alves 
Espa. Simoni Alexandre 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer as dimensões da sustentabilidade. 
• Apresentar conceitos sobre agricultura familiar sustentável. 
• Reconhecer as alternativas para melhorar o potencial da agricultura familiar. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Sustentabilidade 
• Agricultura Familiar sustentável 
• Agricultura Familiar e alternativas para o sucesso 
Introdução 
Prezado (a) aluno (a), 
Seja bem-vindo a esta etapa de estudos! Agora estudaremos, ainda no contexto da Agricultura Familiar e o Agronegócio, as 
questões da sustentabilidade. Agora, a proposta de estudos sobre a sustentabilidade dentro do agronegócio e da agricultura 
familiar está dividida em três tópicos: Sustentabilidade, Agricultura Familiar sustentável e Agricultura Familiar e alternativas para 
o sucesso. 
Nossos estudos iniciam-se com o conceito de sustentabilidade e a apresentação de suas dimensões. São expostas nove dimensões 
da sustentabilidade, sendo elas: a ambiental, a econômica, a social, a ecológica, a cultural, a espacial, a demográfica, a política e a 
institucional. 
Logo depois, serão sintetizadas algumas vertentes de uma agricultura familiar sustentável. Nessa sequência, é possível 
acompreender as diferentes formas de produções agroecológicas, como por exemplo: a agricultura orgânica, a biológica, a 
biodinâmica, a natural e a permacultura. Também será explicitado o conceito de agricultura familiar convencional e sua 
comparação com as práticas agroecológicas. 
Nossa última aula, dentro desse contexto, trata da descrição de fatores que permitem a agricultura familiar estar em direção ao 
sucesso, como: a educação, a confiança, a tecnologia, a organização e a sucessão familiar. 
Bons estudos! 
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SUSTENTABILIDADE 
No ano de 1972, em Estocolmo, capital da Suécia, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. 
Organizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), o evento propôs debater acerca do tema sustentabilidade (VILPOUX; 
OLIVEIRA, 2011). Em 1987, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), da ONU, conceituou 
oficialmente o termo sustentabilidade. Definiu-se como “[...] a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p.9). 
Desde então, surgiram várias definições para sustentabilidade aplicada ao agronegócio. Segundo EHLERS, 1994 (apud SILVA, 
2012, p. 27) e KAMIYAMA, 2011 (apud SILVA, 2012, p. 27). 
Agricultura sustentável não constitui algum conjunto de práticas especiais, mas sim um objetivo: alcançar 
um sistema produtivo de alimento e fibras que: (a) aumente a produtividade dos recursos naturais e dos 
sistemas agrícolas, permitindo que os produtores respondam aos níveis de demanda engendrados pelo 
crescimento populacional e pelo desenvolvimento econômico; (b) produza alimentos sadios, integrais e 
nutritivos que permitam o bem-estar humano; (c) garanta uma renda líquida suficiente para que os 
agricultores tenham um nível de vida aceitável e possam investir no aumento da produtividade do solo, da 
água e de outros recursos e (d) corresponda às normas e expectativas da comunidade . 
Com a ajuda de especialistas, Ehlers (1994 apud FAO, 2014) e Kamiyama (2011 apud FAO,2014) conceitua agricultura sustentável 
como: 
O manejo e a conservação da base de recursos naturais, e a orientação da mudança tecnológica e 
institucional, de maneira a assegurar a obtenção e a satisfação contínua das necessidades humanas para as 
gerações presentes e futuras. Tal desenvolvimento sustentável (na agricultura, na exploração florestal, na 
pesca) resulta na conservação do solo, da água e dos recursos genéticos animais e vegetais, além de não 
degradar o ambiente, ser tecnicamente apropriado, economicamente viável e socialmente aceitável. 
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O SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2009, p.6), diz que “[...] é sustentável porque preserva a 
qualidade do solo e das fontes de água, incentiva o associativismo dos produtores e aponta novos canais de comercialização dos 
produtos, permitindo boas colheitas agora e no futuro”. 
Todos estes conceitos remetem à ideia que sustentabilidade é mais que uma questão ambiental e aborda outras esferas, como 
questões econômicas e sociais. O cenário de revoluções industriais e tecnológicas dos últimos três séculos permitiu o acesso de 
novas técnicas de produção rural. Com a aceleração dos processos produtivos, começou-se a questionar sobre a impossibilidade 
de subsistência (JEVONS 1865; MALTHUS, 1998 apud MUELLER, 1998). 
No Brasil, com a redemocratização a partir da década de 1980, surgiram importantes políticas reforçando a ideia de 
sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável. A Política Nacional do Meio Ambiente (1981) é um exemplo, que obrigou uma 
avaliação prévia sobre o impacto ambiental e licenciamento para atividades poluidoras. Na Constituição Federal, de 1988, foram 
incluídas no artigo 225, “questões relacionadasao Meio Ambiente, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- 
-lo, possibilitando mais tarde a criação de leis específicas” (ARRUDA; QUELHAS, 2010, p. 5). Outro evento relevante foi o ECO RIO 
92, que traçou metas a serem alcançadas no século XXI, descritas na chamada Agenda 21 (VILPOUX; OLIVEIRA, 2011). Veja 
alguns eventos acerca do tema, no quadro 1. 
Quadro 1 - Linha do tempo da sustentabilidade. 
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Legislação e políticas públicas relacionadas à sustentabilidade 
Estatuto do Índio – Lei 6.001, de 19 de dezembro de 1973: 
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981: 
 
Ação Civil Pública – Responsabilidade por danos causados ao meio ambiente – Lei 7.347, de 24 de julho de 1985: 
 
Demarcação de Terras Indígenas – Decreto 1.775, de 8 de janeiro de 1996: 
 
Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997: 
 
Crimes Ambientais – Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: 
Sistema Nacional de Unidade de Conservação – Lei 9.985, de 18 de julho de 2000: 
 
Política Urbana – Lei 10.257, de 10 de julho de 2001: 
Convenção sobre Diversidade Biológica – Medida provisória 2.186-16, de 23 de agosto de 2001: 
 
Demarcação do Território Quilombola – Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003: 
 
Informação Ambiental – Lei 10.650, de 16 de abril de 2003: 
Gestão de Florestas Públicas para a Produção Sustentável – Lei 11.284, de 2 de março de 2006: 
 
Proteção da Vegetação Nativa do Bioma Mata Atlântica – Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006: 
 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fmpv%2F2186-16.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGqaAM9XS_tW2FTQvogsHvDPtcCpw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fdecreto%2F2003%2Fd4887.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFCQapgxXwEMUoe4csEUJTCsAEhiA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FLeis%2F2003%2FL10.650.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF_EYsiooJrYp95HqGOIA8O_Wu5Qw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2004-2006%2F2006%2Flei%2Fl11284.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEB8nfjAg5NP4WYYBxWO6NFbj-UuQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2004-06%2F2006%2Flei%2Fl11428.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGfrQ88dw3fzWOoGQUtYfnq4TPQTA
“[...] desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das 
gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades”. 
Fonte: Relatório Brundtland (1987). 
Ressalta-se a diferença entre desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. Ser sustentável é uma interconexão entre várias 
dimensões (ONU, 2012). Vilpoux e Oliveira (2011) apontam nove dimensões de sustentabilidade: a ambiental, a econômica, a 
social, a ecológica, a cultural, a espacial, a demográfica, a política e a institucional. 
A figura 1 esquematiza essas dimensões acerca da sustentabilidade. 
Figura 1 - Dimensões da sustentabilidade. 
Fonte: adaptado de Vilpoux (2011). 
Sustentabilidade Ambienta l 
Essa dimensão visa à manutenção dos ecossistemas, ainda que aja interferência humana. A sustentabilidade ambiental propõe o 
uso sustentável, conservação e a proteção dos recursos naturais. 
Sustentabilidade Econômica 
Equilibra domínios intersetoriais, como a segurança alimentar e a capacidade de modernização contínua dos instrumentos de 
produção. Refere-se à compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio financeiro e acesso à ciência e tecnologia. 
Sustentabilidade Social 
A sustentabilidade social é a ideia proposta para redução da desigualdade social. Objetiva-se equidade na distribuição de renda e 
uma melhoria na qualidade de vida por meio dos serviços e recursos sociais. 
https://sites.google.com/view/afeoa2/p�gina-inicial/unidade-2
https://getfireshot.com
Já ouviu falar em empreendedorismo social? É um conceito relativamente novo mas que busca incentivar 
que as pessoas empreendam com responsabilidade social, ou seja, que tenham lucro resolvendo problemas 
sociais. Conheça mais em: . Acesso em 22 abr. 2017. 
Sustentabilidade Ecológica 
Busca meios de proteger o meio ambiente, com ações que reduzem o consumo. Incentiva atitudes como a reciclagem, a diminuição 
de poluentes e a geração de tecnologias limpas. Um bom exemplo de sustentabilidade ecológica é a aplicação dos 5R’s: Reduzir, 
Reutilizar, Reciclar, Reeducar e Repensar. 
Sustentabilidade Cultural 
Manutenção das diferenças culturais, valores, crenças e ecossistemas. É válido o incentivo de mudança/inovação quando acolhem 
as especificidades locais. 
Sustentabilidade Espacial 
Importa-se com o ordenamento territorial, equilibrando as relações inter-regionais entre rural e urbano e melhorando estes 
ambientes. 
Sustentabilidade Demográfica 
Estuda a dinâmica do crescimento econômico frente à taxa de crescimento demográfico. Diz-se das adequações necessárias, e a 
capacidade de um território explorar seus recursos. 
Sustentabilidade Política 
Aproximação do setor público e da população, na maioria das vezes, por iniciativas populares. Essa esfera representa acesso à 
democracia e estimula a participação popular. 
Sustentabilidade Institucional 
Fortalece, cria e integra redes institucionais, públicas ou privadas, voltadas à sustentabilidade. As instituições coordenam ações 
visando abrir caminhos fundamentais para o futuro 
Calculadora da pegada ecológica 
Calcular a pegada ecológica e saber o quanto de terra é necessário para manter seus hábitos e estilo de vida. 
A Global Footprint Network disponibiliza em seu site uma versão da calculadora em português. Para saber 
mais sobre esse cálculo, acesse o site: Global Footprint Network. Acesse o link disponível em: 
. Acesso em

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