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Aulas Complementares – online 
23/11
OBS: TUDO QUE ESTIVER EM VERMELHO É EXEMPLO OU IMPORTANTE.
Prof. Paulo Henrique Fuller 
Aula 1 – Lei Maria da Penha (11.340/2006)
Lei de combate à violência doméstica ou familiar contra a mulher.
 3 condições cumulativas para incidência da lei maria da Penha:
- 1o: tenha sido praticada quaisquer das violências nas formas descritas no artigo 7o desta lei;
- 2o: esse violência acima deve ter sido praticada dentro de uma das situações de vulnerabilidade do artigo 5o da lei (três situações de vulnerabilidade alternativas: i – espaço doméstico; ii – situação familiar; iii – relação íntima de afeto);
- 3o: se trate de ofendida mulher.
formas de violência do artigo 7o da lei Maria da Penha:
I – física (violência corporal);
II – psicológica (ex: crime de ameaça (artigo 147 do CP));
III – sexual (ex: estupro);
IV – patrimonial (condutas que não contém violência física nem grave ameaça a pessoa. Portanto, condutas como a mera subtração (furto) ou como a mera destruição de bens (dano).
· Exemplo: vamos imaginar que o namorado furtou a carteira da sua namorada em um restaurante enquanto ela foi ao toillete. Para esse caso posso aplicar a lei maria da penha? Sim, pois a subtração de bens da sua namorada configura violência patrimonial, em relação afetiva de afeto contra vítima mulher;
· Exemplo: filho furta a mãe. Aplico a lei maria da penha ou não? Sim, pois o furto é considerado violência patrimonial, a mão é violência familiar e mulher (configurou a aplicação da lei maria da penha). Ocorre que o CP tem uma escusa absolutória quanto a crimes contra patrimônio praticados entre ascendente e descendente desde que não tenha violência física ou grave ameaça e que a vítima tenha menos de 60 anos (artigo 181, II, CP – isenção de pena). A lei maria da penha afasta a aplicação ou não de escusas absolutórias previstas no CP? O STJ entendeu que a lei maria da penha não afasta escusas absolutórias do CP, ou seja, continua tendo aplicação da escusa absolutória por força do artigo 12 do CP 
(Observação: o STJ entende que as escusas absolutórias continuam tendo aplicação mesmo que ao caso incida a lei maria da penha: esta, ao não afastar as escusas absolutórias, incorporou a aplicação dessa isenção de pena (artigo 21 do CP);
V – moral (prática dos crimes contra a honra).
Exemplo: se uma irmã chamar a outra de vaca. Aplico para a ofensa dessa irmã a lei maria da penha? Sim, pois a irmã praticou violência moral em relação familiar contra a irmã que é mulher.
situações de vulnerabilidade da lei maria da penha (dessas três condições, basta uma (condições alternativas))(artigo 5o):
I – doméstica: importa o espaço (lugar) onde foi praticada a violência. Espaço doméstico é o espaço de convívio permanente de pessoas (com/sem vínculo familiar), ainda que esporadicamente agregadas a esse espaço (ou seja, abrange as pessoas que ali convivem permanentemente ou esporadicamente).
· Exemplo: posso aplicar a lei maria da penha no caso de empregada doméstica que sofreu violência doméstica? Sim, pois ainda que a empregada não more permanentemente no lugar ela presta serviços de forma esporádica. Se a violência ocorreu dentro do espaço doméstico, então, posso aplicar a lei maria da penha.
II – familiar: a violência familiar ocorre quando o agressor e a ofendida sejam unidos por laços de três tipos (laços naturais – parentesco biológico ou consanguíneo; laços por afinidade – exemplo: violência contra sogra e cunhada; laços adquiridos por vontade expressa – exemplo: casamento que se adquire por vontade expressa ou ainda a adoção);
III – relação íntima de afeto: relação em que agressor e ofendida convivem ou tenham convivido (ex), independentemente de coabitação (a coabitação foi dispensada para configuração de relação íntima de afeto). De acordo com o STJ, a relação íntima de afeto abrange companheiros e namorados.
· Exemplo: ex namorados que tiveram filhos, são separados a 8 anos. O pai foi buscar a filha na casa da mãe e encontra o novo namorado da mãe. Ele, posteriormente, encontra a ex companheira e bate nela. Aplico, portanto, a lei maria da penha pois a violência fora praticada em razão da relação tida.
ATENÇÃO!!! A respeito da dispensa da coabitação encontramos a Súmula 600 do STJ.
Ademais, o artigo 5o, parágrafo único, entende que quaisquer das situações acima independe da orientação sexual dos envolvidos (se a orientação sexual é homoafetiva ou heteroafetiva não importa).
 a ofendida tem que ser mulher, ou então, tem que ter o gênero feminino (artigo 5o, caput, da lei maria da penha) – então, portanto, abrange o transexual (mente feminina em corpo masculino e fez a cirurgia) e até mesmo o transgênero (tem mente feminina em corpo masculino mas não fez a cirurgia).
 4 consequências penais e processuais penais em decorrência da aplicação da lei maria da penha:
1o – Competência de juízo (de vara): no JECrim NÃO TRAMITA INFRAÇÃO PENAL DA LEI MARIA DA PENHA.
De acordo com o artigo 14 da lei, tramitará em vara especializada (“juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher. Ademais, enquanto não criadas as varas especializadas irá tramitar em vara criminal (artigo 33 da lei 11.340/2006).
Haverá cumulação das competências criminal e civil para o atendimento da violência doméstica ou familiar contra a mulher (ex: obrigação de pagar alimentos provisórios (quem fixará é o juíz da vara criminal por se tratar de caso de violência doméstica ou familiar – conforme artigo 23 da lei maria da penha));
2o – artigo 16 da lei maria da penha: estabelece formalidades para que possa adquirir eficácia o ato de “renúncia” ao direito de representação (ou seja, pressupõe uma ação penal pública condicionada à representação).
· Exemplo: ameaça praticada do crime de marido contra mulher. Mulher quer se retratar e, portanto, renunciar. Portanto, a vítima pode exercer o direito de representação e depois se retratar
OBSERVAÇÃO: EM REGRA, A LEI MARIA DA PENHA NÃO MODIFICA A AÇÃO PENAL DOS CRIMES EM GERAL. EXCEÇÃO: A LESÃO CORPORAL LEVE OU CULPOSA É O ÚNICO CRIME CUJA AÇÃO PENAL SE TRANSFORMA EM PÚBLICA INCONDICIONADA PELA INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA (VIDE SÚMULA 542 DO STJ).
POR ISSO, NA ADI 4424 O STF DECLAROU QUE O ARTIGO 16 DA LEI MARIA DA PENHA NÃO SE APLICA AO CRIME DE LESÃO CORPORAL, POIS ESTE SE TORNOU DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA PELA INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA.
4 formalidades para a renúncia ser eficaz:
- deve ser feita perante o juíz +
- em audiência especialmente designada para esse fim +
- ouvido o MP +
- tem que se retratar antes do recebimento da denúncia.
3o – artigo 17 da lei maria da penha: vedada a aplicação das penas:
1)pagamento de “cesta básica”;
2)prestação pecuniária;
3)multa isolada
Essa vedação acima vem da súmula 588 do STJ: pois se praticada na lei maria da penha qualquer infração com violência ou grave ameaça, NÃO CABE A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO.
4o – artigo 41 da lei 11.340 /2006: aos crimes praticados com violência doméstica ou familiar contra a mulher não se aplica qualquer disposição da lei 9.099/95.
Na lei maria da penha, o STF entendeu que onde fala crime também abrange contravenção penal.
Vias de fato é contravenção penal e, embora seja uma contravenção penal, também terá afastada a aplicação da lei 9099/95.
Obs: o que tem na lei 9099/95 que NÃO SE APLICA A LEI MARIA DA PENHA:
- termo circunstanciado (artigo 69 da lei 9099/95);
- composição civil com extinção da punibilidade (artigo 74 da lei 9099/95);
- possibilidade de transação penal para evitar a ação penal (artigo 76 da lei 9099/95);
- suspensão condicional do processo.
Lei maria da penha:
- sempre deve ser instaurado IP;
- perdas de transação penal e suspensão condicional do processo (Súmula 536 do STJ).
ATENÇÃO!!! NOVIDADE!!! ARTIGO 24-A – CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA (medidas previstas no artigo 23 e 24 da lei maria da penha). Poderá caber prisão preventiva no caso desse crime.
A pena prevista para esseesses termos por duas causas interruptivas: data do recebimento E data da publicação da sentença condenatória.
ATENÇÃO!!! NO JÚRI, EXISTEM MAIS CAUSAS INTERRUPTIVAS 
Termo inicial ----- c1 ----- c2 ------- c3 ------- c4 ------ termo final 
Termo inicial: data da consumação.
C1: recebimento
C2: pronúncia 
C3: acórdão confirmatório da pronúncia 
C4: sentença condenatória 
TJD: transito definitivo em julgado 
Exercício 1: 
Em 7/6/2014 Paulo, aos 69 anos de idade, pratica o crime de ato obsceno, cuja pena é de 3 meses a 1 ano.
O IP foi instaurado no mesmo dia, no entanto, a denuncia foi recebida em 10/06/2017.
Não tem sentença PPPA 
1o passo: pena (1 ano)
2o passo: prescrição (4 anos)
3o passo: prescrição pela metade (2 anos)
4o passo: intervalos 
consumação (7/6/2014) -------------- recebimento (10/06/2017) ------------- sentença (NÃO HOUVE) ------------- TJD (NÃO HOUVE)
Entre 7/6/2014 e 10/6/2017 passaram mais de 2 anos. Então sim, houve prescrição da pretensão punitiva em abstrato. Ela ocorreu no dia 06/06/2016 (sempre termina um dia antes).
Exercício 2: 
Thiago nascido em 10/10/90 foi denunciado por homicídio qualificado tentado. 
O fato ocorreu em 01/11/10. A denúncia foi recebida em 05/05/2011. Em 12/10/2014 teve a pronúncia do acusado. A pronúncia foi confirmada em 12/12/2014.
Quando ocorrerá a prescrição?
Teve sentença? Não, portanto é PPPA
1o passo: pena (12 a 30 anos, mas é uma tentativa, então vamos reduzir 1/3. Então a pena será de 20 anos)
2o passo: prescrição (20 anos)
3o passo: prescrição pela metade (sim, 10 anos (tinha 20 anos na data do fato))
4o passo: intervalos 
consumação --------- recebimento -------- pronúncia ------- acórdão confirmatório -------- sentença ---------- TJD
A prescrição ocorrerá em 11/12/2024, se não tiver acórdão confirmatório da pronúncia.
Observações finais para PPPA: 
- 1a) termo inicial: artigo 111 do CP;
- 2a) causas interruptivas: artigo 117 do CP;
- 3a) causas suspensivas: artigo 116 do CP, artigo 366 do CPP e artigo 89 da lei 9099/95
Exercício 3:
Homicídio tentado
Sentença: desclassificação para lesão corporal simples (1 ano) 
Teve sentença? Não (PPPA) 
1o passo: pena (1 ano)
2O passo: prescrição (4 anos)
3o passo: prescrição pela metade (sim, 2 anos (menor que 21 na data dos fatos))
4o passo: intervalos 
consumação (28/08/11) ------- recebimento (28/8/13)(AQUI JÁ HOUVE PRESCRIÇÃO POIS DEU MAIS DE 2 ANOS) -------- pronúncia (23/8/15) -------- confirmação da pronúncia (não houve)------- sentença (18/7/17) -------- TJD (não houve) 
Houve prescrição da PPPA em 27/8/13.
Observação: artigo 117, inciso IV – sentença ou acórdão condenatórios 
C -------- r -------- s absolutória -------- acórdão condenatório ------ TJD 
Está errado, pois sentença absolutória não interrompe nada (tirar s absolutória da linha).
Neste caso, o acórdão condenatório vai interromper, mas a sentença não, pois foi absolutória.
c-------r---------- s condenatória -------- acórdão confirmatório -------- TJD 
Algum marcador está errado. O acórdão meramente confirmatório NÃO INTERROMPE prescrição.
8. Como calcular a PPPC (Já temos uma pena)
 1o passo: pena em concreto da sentença 
Observação: concurso de crimes? Não é considerado. A prescrição incide sobre cada crime isoladamente. 
Se houver concurso material separar as penas.
Se houver concurso formal OU crime continuado desconsiderar a exasperação da pena (ex: o juiz me condenou por furto qualificado continuado, pena de 2 anos + 1/6 (4 meses) pela continuidade desconsidero esse aumento de 1/6 e só considero a pena) Súmula 497 do STF.
 2o passo: verificar a prescrição (artigo 109 do CP)
Observação: se a condenação for somente multa, prescreve em 2 anos.
Observação: o artigo 28 da lei 11.343/2006 prescreve em 2 anos.
 3o passo: prescrição pela metade (Menor de 21 anos na data do fato OU maior de 70 na data da sentença)(artigo 115 do CP)
 4o passo: intervalos 
recebimento ---------- (se ocorrer a prescrição nesse período, o nome é PPPC RETROATIVA) sentença ------------ (se ocorrer a prescrição nesse período, o nome é PPPC SUPERVENIENTE) TJD 
recebimento --------- pronúncia -------- acórdão confirmatório ------- sentença ------- TJD 
No júri, tudo que for antes da sentença é PPPC RETROATIVA e, apenas após a sentença, é PPPC SUPERVENIENTE.
9. Como calcular a PPE (só quando já tiver transito em julgado definitivo)
 1o passo: pena em concreto da sentença
Observação 1: concurso de crimes? Não é considerado. A prescrição incide sobre cada crime isoladamente.
Concurso material separar as penas;
Concurso formal OU Crime continuado desconsiderar a exasperação (Súmula 497 do STF).
Observação 2: cumprimento parcial da pena? A prescrição é contada pela pena restante.
Exemplo: pena de 1 ano. Cumpre 10 dias. Foge. Como vou calcular a prescrição? 1 ano prescreve em 4 anos. Acontece que pena menor que 1 ano prescreve em 3 anos. Qual base de cálculo que vou usar? 1 ano menos 10 dias é menor que 1 anos, então usarei a prescrição em 3 anos.
 2o passo: prescrição (artigo 109 do CP)
Observação 1: multa isolada/ artigo 28 da lei 11.343/2006 prescreve em 2 anos.
 3o passo: 
- Prescrição pela metade (artigo 115 do CP): quando o agente era menor de 21 anos na data do fato OU maio de 70 anos na data da sentença.
- Prescrição + 1/3 (SÓ VALE PARA PPE – 110 do CP): se o condenado é REINCIDENTE.
ATENÇÃO: SE FOR MENOR DE 21 ANOS OU MAIOR DE 70 + REINCIDENTE você aplica as duas hipóteses.
Exemplo: pena de 6 meses. Prescrição é em 3 anos. O agente era menor de 21 e reincidente. 3 anos dividido por 2 dá 1 ano e meio (18 meses). 18 meses + 1/3: 24 meses. Ou seja, prescreve em 2 anos.
 4o passo: intervalos
Termo inicial: artigo 112 do CP.
Causas interruptivas: artigo 117 do CP.
Termo inicial (TJ PARA ACUSAÇÃO) --------------------------- Causa interruptiva (INÍCIO DA PENA)
Termo inicial (REVOGAÇÃO DO SURSIS) --------------------------- Causa interruptiva (INÍCIO DA PENA)
Termo inicial (FUGA) --------------------------- Causa interruptiva (REINÍCIO DA PENA)
Termo inicial (REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO) --------------------------- Causa interruptiva (REINÍCIO DA PENA)
ATENÇÃO!!! Quando a pessoa, durante qualquer dos intervalos acima, comete um novo crime então INTERROMPE A PRESCRIÇÃO.
Exercício 4: 
HOUVE SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO PAR AMBAS AS PARTES (PPPA, PPPC e PPE)
11/01/2011 (praticou o crime de furto (fato))
Jean nasceu em 1993, portanto, na data do fato ele era menor de 21 anos (prescrição pela metade)
Denunciado como incurso no 155 caput.
25/01/2011 foi recebida.
Condenado a pen mínima de 1 ano de reclusão (sentença 01/03/2013) e transitado em julgado
 1o PPPA
pena: 4
prescrição: 8 
prescrição pela metade: sim, então é 4 
intervalos: 
consumação (11/01/2011) ----- recebimento (25/01/11) ------- sentença (01/03/13) ----- TJD (sim, mas não diz quando) não houve PPPA
 2o: PPPC 
pena em concreto: 1 ano
prescrição: 4 anos
prescrição pela metade: sim, 2 
intervalos: 
recebimento (25/01/11) ------- sentença (01/03/13) ------- TJD 
Ocorreu PPPC RETROATIVA (entre recebimento e sentença) 
Como já deu a prescrição na PPPC, então nem precisamos calcular a PPE.
Exercício 5: 
Marcos 40 anos
Pena: detenção de 06 meses a 2 anos
Fato: 02/02/2011 
Recebimento: 11/03/2014
Sentença: 29/02/2016 
Transitou em julgado S3 PPPA, PPPC ou PPE
 PPPA
pena: 2 anos
prescrição: 4 anos
prescrição pela metade: não
intervalos
c (2/2/11) --- r (11/3/14) --- s (29/2/2016) ---- tjd (sim, mas não diz quando)
Não houve PPPA.
 PPPC
pena em concreto: 6 meses
prescrição: 3 anos
prescrição pela metade: não tem 
intervalos: 
r (11/3/14) -------- s (29/2/16) ------- TJD 
Menos que 3 anos, também não houve PPPC.
 PPE 
pena em concreto: 6
prescrição: 3
prescrição pela metade e/ou reincidência (1/3): não teve 
intervalos: 
TJ acusação ----------- início da pena 
O problema não dos da TJ acusação nem início da pena, portanto, não há dados para falar se houve PPE.
Exercício 6: 
S2 já hásentença e já transitou para acusação: PPPA ou PPPC 
Crime: 299 caput 
Recebida: 30/10/2000
S: 29/07/2005
 PPPA 
pena máxima: 3 anos (doc particular) ou 5 anos (doc público) +1/6
prescrição: 8 anos OU 12 anos 
prescrição pela metade: não 
intervalos: 
consumação (não tem) ----- r (30/10/2000) ----- s (29/07/2005) ------- TJD (não temos)
 PPPC
pena em concreto: 1 ano e 11 meses
prescrição: 4
prescrição pela metade: não 
intervalos: 
r (30/10/2000)------- s (29/07/2005)------- TJD
Portanto, houve PPPC na modalidade retroativa.
Não, sumula 220 do STF.
Exercício 8: 
S3 PPPA, PPPC ou PPE
Consumação: 02/03/2012 
Continuou subtraindo (crime continuado)
Artigo 155, § 4o, inciso II por 4 vezes.
Recebimento: 20/04/2012 
 PPPA 
pena: 8 anos
prescrição: 12 anos
prescrição pela metade: não 
intervalos: 
c (02/03/2012) ------- r (20/04/2012) ------- s (25/04/2016)-------- TJD (não fala, mas houve)
Não ocorreu PPPA.
 PPPC
pena em concreto: 2 anos e 6 meses (concurso nunca é considerado, desconsidera a exasperação PENA: 2 ANOS)
prescrição: 4
prescrição pela metade: não tem 
intervalos: 
r (20/4/2012) ------ s (25/4/2016) ------ TJD (Sim, mas não sei quando)
Deu prescrição. Portanto, a tese é de extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva em concreto retroativa. 
A punibilidade será extinta e a condenação não será considerada para efeito de reincidência.
Exercício 9: 
Latrocínio e associação em concurso de material (tinha 19 anos).
S2 PPPA ou PPPC
 PPPA do latrocínio 
pena máxima: 30
prescrição: 20 
prescrição pela metade: sim, 10
intervalos: 
c (07/2011) ----- r (04/08/2013)----- s (8/05/14) ------ TJD (não houve até 25/08/2016)
Não tem PPPA do latrocínio.
 PPPA da associação 
pena máxima: 3 anos
prescrição: 8
prescrição pela metade: sim, 4 
intervalos: 
c (07/2011) ----------- r (04/08/2013)----- s (8/05/2014) ------ TJD (não houve até 25/08/2016)
Não tem PPPA da associação.
 PPPC do latrocínio 
pena em concreto: 20 anos 
prescrição: 20 anos
prescrição pela metade: sim, 10 
intervalos: 
r (04/08/2013)----- s (8/05/2014) ------ TJD (não houve até 25/08/2016)
Não houve PPPC no latrocínio.
 PPPC da associação
pena em concreto: 2 anos
prescrição: 4 anos
prescrição pela metade: sim, 2 
intervalos: 
r (04/08/2013)----- s (8/05/2014) ------ TJD (não houve até 25/08/2016)
Houve prescrição da pretensão punitiva em concreto superveniente do delito de associação em 07/05/2016.
Exercício 10: 
Fato: 06/07/2011 (tinha 19 anos) 
Recebimento: 11/08/2012
Condenada: 1 ano 
Sentença: 08/10/2015 
Transito em julgado: 22/10/15 
S3 PPPA, PPPC ou PPE
Não é PPPA. 
 PPPC
pena em concreto: 1
prescrição: 4
prescrição pela metade: sim. 2 anos 
Intervalos: 
R (11/8/12) ---------- s (8/10/15) --------- TJD (22/10/15) 
Entre o recebimento e a sentença passou-se mais do que 2 anos.
Portanto, a prescrição ocorreu em 10/08/2014, então, ocorreu prescrição da pretensão punitiva em concreto retroativa.
Questão 11 
15/04/2011 (fato)(menor que 21 anos)
recebimento: 18/04/2014 
S2 PPPA ou PPPC
Não teve PPPA.
 PPPC 
pena em concreto: 1
prescrição: 4
prescrição pela metade: sim. 2 
intervalos: 
r (18/4/14) ---------- s (19/05/16) ---------- TJD (não houve)
Entre o recebimento e a sentença passaram-se mais do que 2 anos, que daria em 17/04/2016. Ocorre que não ficou suspenso por 3 meses? Sim, portanto tenho que acrescentar 3 meses no prazo de 2 anos, então, a prescrição ocorrerá em 17/07/2016.
Então, não houve PPPC.
Não houve prescrição.
Exercício 13 
Fernanda é condenada por furto a 1 ano de reclusão 
TJD: 11/12/12
 Começou a pena: 02/04/2015 
S3 PPPA, PPPC e PPE 
Não há como calcular PPPA ou PPPC pois não diz a data do fato, a data do recebimento, nem data da sentença, tem apenas data do trânsito.
 PPE
pena em concreto: 1
prescrição: 4
prescrição pela metade e/ou reincidência: não tem 
intervalos: 
TJ para acusação (28/3/2011) -------- 02/04/15
Houve PPE.
Observação: sumula 220 do STJ, súmula 497 do STF, súmula 415 do STJ, súmula 438 do STJ.crime é uma detenção de 3 meses a 2 anos. Mesmo a pena máxima sendo de 2 anos, não irá para o JECrim pois o crime se encontra na lei maria da penha (afasta a lei 9099/95).
Ademais o artigo 24-A parágrafo 2o da lei maria da penha diz que HAVENDO PRISÃO EM FLAGRANTE POR ESSE CRIME, A FIANÇA SÓ PODERÁ SER CONCEDIDA PELA PESSOA DO JUÍZ E NÃO PELA AUTORIDADE POLICIAL.
Obs: o artigo 332 do CPP diz que quem concede fiança é tanto a autoridade policial (infração penal punida com pena máxima até 4 anos) bem como o juíz (qualquer caso). Portanto, esse caso é uma exceção.
ATENÇÃO!!! SUMÚLA 589 DO STJ NÃO SE APLICA A LEI MARIA DA PENHA O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA EM HIPÓTESE ALGUMA.
24/11 
Aula 2 – Lei 9.099/95 (Juizado Especial Criminal)
Prof. Orly Kibrit (twitter: @orly_kibrit)
 Competência: infrações de menor potencial ofensivo (IMPOs).
Essa competência vem do artigo 98, I, CF c/c artigos 60 e 61 da lei 9.099/95.
As infrações de menor potencial ofensivo são as contravenções penais e os crimes com pena máxima de até 2 anos.
Exemplo: procedimento especial de crime contra a honra. A maioria dos crimes contra a honra tem pena até 2 anos. Existe um procedimento especial para os crimes contra a honra. Mas, se a pena máxima não superar 2 anos, você vai utilizar o JECrim (JECrim prevalece).
Essa competência prevalece sobre ritos especiais do CPP e de leis ordinárias (como o rito da lei de drogas (exceção: júri, pois também está previsto na CF)).
Observação: onde a lei maria da penha entra, não entra o JECrim. Qualquer caso que entre a Lei Maria da Penha AFASTARÁ O JECrim (NÃO SE APLICA A LEI 9.099/95 AOS CASOS DE LEI MARIA DA PENHA – artigo 41 da lei 11.340/2006).
Como regra, a competência vem pela teoria do resultado, ou seja, lugar da consumação (artigo 70 do CPP). No entanto, conforme o artigo 63 da lei 9.099/95, a competência territorial do JECrim é firmada pelo local da conduta, diferentemente do que prevê o artigo 70 do CPP que consagra a teoria do resultado.
 artigo 62 da lei: princípios e finalidades da lei.
 Fase preliminar do procedimento: artigos 69 a 76 da lei.
- atuação da autoridade policial: pelo artigo 69, o termo circunstanciado substitui o inquérito policial.
Pelo artigo 69, parágrafo único da lei, não subsiste prisão em flagrante se o autor do fato comparecer imediatamente ao juizado ou prestar o compromisso de fazê-lo (o desrespeito a essa previsão gera ILEGALIDADE DA PRISÃO).
Após lavrar o termo circunstanciado, o delegado encaminha as partes ao JECrim.
- audiência preliminar de conciliação (artigo 72 da lei).
1O – composição civil dos danos (artigo 74 da lei). Essa composição civil é basicamente o momento em que colocaremos frente a frente o autor dos fatos e a vítima para que eles cheguem a um acordo quanto à reparação dos danos.
Ou seja, é feita entre autor do fato e vítima para fins de indenização.
Sem acordo prossegue.
Com acordo o acordo será reduzido a termo e homologado pelo juiz. Essa homologação pelo juiz, ou seja, essa decisão é irrecorrível (forma-se título executivo). Se o acordo não for cumprido, a vítima poderá executar no juízo cível.
Consequências do acordo:
a) Se for caso de crime de ação penal privada ou de ação pública condicionada: o acordo configura renúncia aos direitos de queixa e de representação, respectivamente, acarretando a extinção da punibilidade.
b) Se for caso de crime de ação penal pública incondicionada: prossegue.
Observação: o artigo 75 da lei, nos casos de ação pública condicionada, se não houver acordo, o prosseguimento dependerá da representação.
2o – transação penal (artigo 76 da lei): ocorre entre autor do fato e MP.
O MP pode deixar de denunciar (exceção ao princípio da obrigatoriedade da ação pública – mitigação da obrigatoriedade da ação pública) em troca do imediato cumprimento de pena restritiva de direitos ou multa.
Requisitos para a proposta de transação penal (artigo 76, § 2o):
Condenação anterior pela prática de contravenção NÃO impede o benefício.
Ademais, não impede o benefício a condenação anterior a pena restritiva ou multa.
Só é possível obter 1 transação penal a cada 5 anos.
Preenchidos os requisitos, o MP faz a proposta e, se for aceita, o juiz homologa em decisão contra a qual cabe apelação (§ 3o, 4o e 5o do artigo 76 da lei).
A transação penal não configura antecedente e nem reincidência (o réu sequer é condenado).
Obs: Súmula Vinculante 35 – como a decisão de homologação não faz coisa julgada material, se o acordo for descumprido o caso será retomado.
 procedimento sumaríssimo (artigos 77 a 81 da lei)
Inicia-se com o oferecimento da denúncia/queixa prossegue-se com a citação do denunciado/querelado (observação: se a citação não ocorrer na própria audiência, o agente será pessoalmente citado. Se ele não for localizado não haverá citação por edital no juizado, razão pela qual os autos serão encaminhados ao juízo comum nos termos do artigo 66, parágrafo único da lei).
Feita a citação, é realizada a audiência de instrução e julgamento (artigo 79 da lei - se eu não tiver antes audiência preliminar, então eu farei as tentativas de acordo e transação penal aqui).
Artigo 81 da lei: iniciada a audiência, abre-se a palavra ao defensor para responder à acusação (defesa preliminar do JECrim – é feita oralmente, em regra).
Observação: essa defesa preliminar enquadra-se na peça mestra de resposta do acusado. O endereçamento é o juiz do juizado com fundamento no artigo 81 da lei.
Oferecida a resposta, o juiz decide se rejeita ou recebe a inicial acusatória (denúncia/queixa) e, recebendo, prossegue-se com a instrução, debates e julgamento.
Quantas testemunhas podem ir para essa instrução? O JECrim não fala, mas nós seguimos com o número de testemunhas do sumário 5 testemunhas.
Os debates, pela lei, são orais. O examinador pode pedir sim memoriais escritos, com base no artigo 394, § 5o do CPP.
Ademais, a sentença do juizado dispensa o relatório na sentença.
ATENÇÃO!!! ARTIGO 77, § 1O.
- Recursos:
a) Apelação (artigo 82 da lei): 
- contra rejeição de denúncia/queixa no juizado (observação: fora do juizado, a rejeição enseja RESE (artigo 581, I, CPP));
- contra sentença absolutória ou condenatória;
- contra homologação da transação penal.
Prazo: 10 dias (julgada não pelo tribunal de justiça, mas pela turma recursal).
b) Embargos de declaração (artigo 83 da lei):
ATENÇÃO!!! PRAZO: 5 DIAS (DIFERENTE DO CPP, onde o prazo é de 2 dias).
30/11
Prof. Patricia Vanzolini 
Aula 3 - Lei dos crimes hediondos – Lei 8.072/1990
I – Rol de crimes hediondos ou equiparados (taxativo, ou seja, o que não pertencer a esse rol não é hediondo nem equiparado):
1)Homicídio: simples + praticado em atividade típica de grupo de extermínio OU qualificado (artigo 1o e artigo 2o, caput, da Lei 8.072/1990).
Observação: o homicídio simples (fora da hipótese legal); privilegiado e o privilegiado-qualificado NÃO SÃO HEDIONDOS.
2)Lesão corporal: tem que ser gravíssima ou seguida de morte + praticada contra pessoa do 142 da CF, 144 da CF, sistema penitenciário, força nacional de segurança pública ou cônjuge/companheiro ou parente consanguíneo até o 3o grau + em razão da função.
Observação: a lesão corporal grave NÃO é hedionda.
3)Latrocínio
Observação: latrocínio é o roubo qualificado pela morte.
Observação: o roubo qualificado pela lesão grave NÃO É HEDIONDO.
4)Extorsão qualificada pela morte.
Observação: a extorsão qualificada pela lesão grave NÃO É HEDIONDA.
5)Extorsão mediante sequestro: simples e qualificado.
6)Estupro: simples ou qualificado.
7)Estupro de vulnerável: simples ou qualificado.
8)Epidemia SÓ COM RESULTADO MORTE.
9)Falsificação de substâncias medicinais – SÓ AS FIGURAS DOLOSAS.
10)Prostituição infanto-juvenil: simples ou qualificada.
11)Genocídio.
12)Porte/Posse de arma de uso restrito (se a arma for de uso permitido, não é hediondo).
DICA: COLOCAR CLIPES NA LEI DE GENOCÍDIO E NA LEI DE POSSE E PORTE DE ARMA DE FOGO.
EQUIPARADOS: 
13)Tortura (lei 9455/97 – clipes).
14)Tráfico de drogas (lei 11.343/2006– clipes).
Observação: o tráfico privilegiado NÃO CONSTITUI CRIME HEDIONDO. Os artigos 35 e 33, § 4o NÃO SÃO HEDIONDOS (cancelamento da súmula 512 do STJ).
15)Terrorismo (lei 13.260/2016 – clipes).
II – Tratamento jurídico penal dos crimes hediondos ou equiparados
1)NÃO ADMITEM ANISTIA/GRAÇA/INDULTO (artigo 2o, I)
2)NÃO ADMITEM FIANÇA (artigo 2o, II)
 
Observação: admitem liberdade provisória sem fiança e todas as outras medidas do artigo 319 do CPP (pois em relação a elas não há vedação legal).
A Súmula 697 é INAPLICÁVEL e também é INAPLICÁVEL A Súmula 698 do STF.
3)Regime inicial fechado independentemente da pena (artigo 2o, § 1o).
Esse dispositivo foi considerado INCONSTITUCIONAL pelo STF por violar o princípio da individualização da pena.
Portanto, o regime inicial deve obedecer às regras do artigo 33, § 2o do CP.
4)Progressão após 2/5 se o réu for primário ou 3/5 se o réu for reincidente (artigo 2o, § 2o).
Observação: SÚMULA 471 DO STJ Para os crimes praticados antes da Lei 11.464/07 VALE O PRAZO DE 1/6 (ARTIGO 112 DA LEP).
No mesmo sentido Súmula Vinculante 26 do STF.
	Antes da lei 11.464/07
	Depois da lei 11.464/07
	Artigo 2o previa que o regime era integral fechado (em 2006 FOI CONSIDERADO INCONSTITUCIONAL PELO STF – ISTO É, ERA PERMITIDA PROGRESSÃO COM 1/6).
	O artigo 2o, § 2o permite progressão após 2/5 ou 3/5.
Essa lei é uma novatio legis in pejus e, portanto, NÃO RETROAGE.
5)Apelar em liberdade (artigo 2o, § 3o).
Esse dispositivo é INCONSTITUCIONAL. A liberdade é a regra. A prisão é que deverá ser fundamentada.
6)Prisão temporária (artigo 2o, § 4o)(colocar clipes n lei 7960 – lei da prisão temporária).
30 dias + 30 dias.
7)Livramento condicional (artigo 5o c/c artigo 83 do CP)
	Crime Comum
	Crime hediondo ou equiparado
	Só posso ter o livramento condicional após: cumprido + 1/3 (se não reincidente em crime doloso) ou cumprido + ½ (se reincidente em crime doloso).
	Tem que ter cumprido + 2/3, salvo se em crime da mesma espécie (ou seja, também hediondo ou equiparado).
8)pena restritiva de direitos 
A lei não contém nenhuma proibição, portanto, é permitido DESDE QUE PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ARTIGO 44 DO CP.
Observação: o artigo 9o não tem mais validade.
9) “sursis” penal 
Idem observação acima. A lei não contém nenhuma proibição, portanto, é permitido, desde que preenchidos os REQUISITOS DO ARTIGO 77 DO CP.
10)Associação criminosa para a prática de crimes hediondos ou equiparados (artigo 8o da lei).
06/12
Prof. Orly Kibrit 
Aula 3 – Lei de drogas– Lei 11.343/2006
 Artigo 1o, parágrafo único, da lei de drogas – a lei de drogas não diz o que é droga, remete o conceito de droga para outro diploma, ou seja, é uma LEI PENAL EM BRANCO HETEROGÊNEA (O COMPLEMENTO NÃO ESTÁ EM LEI, SE ESTIVESSE EM OUTRA LEI O COMPLEMENTO ENTÃO ELA SERIA UMA LEI PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA)(você precisa de uma portaria para saber o que é droga).
Observação: A retirada de substância da lista da portaria gera “ABOLITIO CRIMINIS”, ou seja, a conduta passar a ser atípica.
 Artigo 28 da lei de drogas: crime de porte para uso próprio.
É tipo misto alternativo, isto é, basta que você faça uma das condutas que você incorre no crime e, se no mesmo contexto, você praticar mais de uma elementar, você vai ter praticado apenas um crime. 
O parágrafo 1o traz as condutas equiparadas.
O § 2o fala dos critérios para considerar que é para uso pessoal.
- Penas desse artigo (incisos do artigo 28): não há pena privativa de liberdade. Ademais, a forma de aplicação (artigo 27) pode ser isolada ou cumulativamente.
Observação: pelo artigo 28, § 6o da lei de drogas, no caso de descumprimento de uma das penas caberá sucessivamente: admoestação verbal + multa.
Prazo das penas: artigo 28, § 3o e 4o.
- O prazo prescricional desse crime, cf. artigo 30, é de 2 anos.
ATENÇÃO!!! ESSE CRIME SEGUE O PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, CONFORME ARTIGO 48 DA LEI EM DECORRÊNCIA DA DESCLASSIFICAÇÃO DO 33 PRO 28 VOCÊ CRIA UMA TESE DE NULIDADE “AB INITIO” POR INCOMPETÊNCIA, POIS VOCÊ SAI DO RITO ESPECIAL E VAI PARA O JECRIM.
ATENÇÃO!!! O STJ FIRMOU ENTENDIMENTO PELA DESPROPORCIONALIDADE DE SE RECONHECER REINCIDÊNCIA POR ESSE CRIME.
 Artigo 33 da lei de drogas: crime de tráfico de drogas (18 verbos).
É também tipo misto alternativo.
ATENÇÃO!!! Você não precisa de necessidade de lucro, o crime se configura ainda que você pratique essas condutas GRATUITAMENTE.
Esse crime é equiparado a hediondo artigo 5o, XLIII, CF.
O § 1o traz as condutas equiparadas ao tráfico de drogas.
O § 2o NÃO É EQUIPARADO A HEDIONDO – TRAZ O CRIME DE INDUZIMENTO AO USO DE DROGAS (COMO A PENA MÍNIMA É DE 1 ANO, PERMITE A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO DO AERTIGO 89 DA LEI 9.099/95).
Atenção!!! A marcha em prol da legalização da maconha NÃO É CRIME. Marcha você pode fazer, você não pode instigar.
O parágrafo 3o fala do uso compartilhado (“crime da rodinha”) – OFERECER DROGA EVENTUALMENTE E SEM OBJETIVO DE LUCRO A PESSOA DE SEU RELACIONAMENTO PARA JUNTOS CONSUMIREM (Pena: detenção de 6 meses a 1 ano e pgto de dias multa) Trata-se de infração de menor potencial ofensivo (JECRIM).
 Artigo 34 da lei de drogas: crime do maquinário, de quem tem os aparelhos para fabricar a droga.
Esse crime também é equiparado a hediondo.
 Artigo 35 da lei de drogas: crime de associação para o tráfico.
Bastam que 2 pessoas se associem.
Para o STJ, apesar da letra da lei, a associação deve ser estável e permanente (caso contrário, caracteriza apenas concurso de pessoas).
O STJ firma entendimento que esse crime NÃO É EQUIPARADO A HEDIONDO.
 Artigo 36: crime do financiamento do tráfico.
 Artigo 37: informante (apenas informante – não responde pelo artigo 35)
 Artigo 38: prescrever ou ministrar CULPOSAMENTE (se for de forma dolosa, é o artigo 33) – crime próprio (só quem pode prescrever ou ministrar: médico, enfermeiro. Caso contrário, vai para o artigo 33) – É INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO JECRIM.
 Artigo 39: crime de perigo concreto, em que envolve a condução de embarcação ou aeronave não é equiparado a hediondo.
 Como faço dosimetria da pena dentro da lei de drogas? 
a) Artigo 42 da lei 11.343/2006 – critérios preponderantes na dosimetria da pena;
b) Artigo 33, § 4o – causa de diminuição (se aplica para o artigo 33, caput e § 1o);
Obs: a vedação de conversão em penas restritivas de direitos teve a execução suspensa pela resolução 5/2012 do Senado, em razão de declaração de inconstitucionalidade pelo STF, de modo que é possível a substituição da pena nos crimes de tráfico.
ADEMAIS, MUITO IMPORTANTE!!! APLICADA A CAUSA DE DIMINUIÇÃO, O TRÁFICO PERDE O CARÁTER HEDIONDO.
c) Artigo 40: causa de aumento (se aplica aos artigos 33 a 37)
Inciso I: causa de aumento para tráfico transnacional (nesse caso a competência é federal, de acordo com o artigo 109 da CF, 70 da lei de drogas, e súmula 552 do STF) – cf. Súmula 607 do STJ incide essa causa de aumento mediante prova da destinação internacional da droga, AINDA QUE NÃO TRANSPOSTA A FRONTEIRA;
Inciso III: infração cometida em transporte público – o STF entende quanto ao transporte público que só incide o aumento se houver comercialização no interior do transporte;
Inciso IV: causa de aumento pelo tráfico interestadual (é de competência estadual; cf. Súmula 587 do STJ, para esse aumento não é necessária a efetiva transposição da fronteira do estado).
d) Artigo 41: causa de diminuição – COLABORAÇÃO/DELAÇÃO só tem direito a diminuição se a delação for eficaz;
 Artigo 44 da lei de drogas: traz vedações, e foi considerado inconstitucional quanto à vedação a liberdade provisória.
 Artigos 45 e 46: inimputabilidade pela dependência (total = absolvição; caso fortuito ou força maior; ou pode dar redução de pena, VALE PARA QUALQUER CRIME, DESDE QUE O PROBLEMA DA PESSOA SEJA COM DROGAS).
Procedimento especial 
a) Flagrante (artigo 50, § 1o da lei): para que haja flagrante, tem que ter laudo de constatação (Obs: para a condenação exige-se perícia definitiva);
b) Inquérito: prazo – artigo 51 da lei de drogas (30 dias se o sujeitoestá preso, 90 dias se o sujeito está solto)
c) Resposta preliminar/defesa prévia – artigo 55 – o MP oferece a denúncia, o juiz pode receber ou rejeitar. A defesa previa vem logo após de oferecida a denuncia. Oferecida a denuncia, o denunciado será notificado para oferecer defesa prévia no prazo de 10 dias.
Observação: é possível alegar que a falta de defesa prévia assim como a falta de RA gera nulidade por cerceamento de defesa.
d) Audiência de instrução: artigo 55, § 1o – máximo de 5 testemunhas/ artigo 57, pela ampla defesa (artigo 5o, LV, da CF) o interrogatório é o último ato da instrução (interrogatório como primeiro ato não se aplica))
 Artigo 53: ação controlada e infiltração de agentes – dependem de autorização judicial.
 Súmula 501 do STJ – veda a combinação de leis (existia a antiga lei de drogas (76) que dava para o tráfico a pena mínima de 3 anos, surgiu esta lei que traz para o tráfico uma pena mínima de 5 anos – um tráfico praticado em 2005, qual lei que eu aplico? Ou eu uso a lei de 2006 ou a lei de 76, não posso misturar as leis TEM QUE ANALISAR QUAL É A LEI MAIS BENÉFICA.
01/01/19
Prof. Pardal
Lei de interceptação telefônica – Lei 9296/96
Artigo 5o, inciso XII, CF – inviolabilidade de correspondência e comunicações. Essa inviolabilidade só pode ser excepcionada por ORDEM JUDICIAL. Tal ordem judicial se dará nos casos de investigação criminal e instrução processual penal.
 Conceitos relevantes.
- O que é interceptação telefônica? Na interceptação telefônica, informática, ou telemática, eu tenho uma 3a pessoa que capta a conversa sem a ciência dos interlocutores (artigo 1o, § único, da lei 9296/96).
- O que é quebra de sigilo telefônico? Na quebra de sigilo telefônico eu tenho histórico de ligações recebidas e efetuadas PARA QUEBRAR O SIGILO TELEFÔNICO NÃO SE EXIGE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
- Na gravação clandestina eu tenho gravação de uma conversa por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro É LÍCITA.
- Na escuta ambiental eu tenho a captação de uma comunicação ambiente realizada por um terceiro com consentimento de um dos interlocutores.
- Gravação ambiental: aquela que é realizada por um dos interlocutores sem a ciência do outro (pessoa que participa de uma conversa numa praça e leva um gravador no bolso) É CONSIDERADA LÍCITA.
Ex: a pessoa foi presa em flagrante delito e estava com celular. Para ter conhecimento do conteúdo das mensagens da pessoa que foi presa em flagrante deito eu preciso de autorização judicial? STJ ENTENDE QUE SIM, conteúdo das mensagens fica protegido pelo sigilo e há necessidade de autorização judicial.
Portanto, pessoa presa em flagrante + celular apreendido para ter acesso as mensagens necessita-se de autorização judicial (o mesmo se da em relação a conteúdo do e-mail).
Ex: celular apreendido em busca e apreensão determinada por decisão judicial. Preciso de uma nova ordem judicial para acessar as mensagens? NÃO SE EXIGE NOVA ORDEM JUDICIAL PARA ACESSAR O TEOR DAS MENSAGENS, SEGUNDO O STJ.
Ex: mensagens de celular de vítima falecida. Precisa de autorização judicial? STJ entende-se que não se exige nova ordem judicial.
Requisitos para a interceptação (artigo 2o da lei): 
- indícios razoáveis de autoria;
- crime apenado com reclusão (com detenção, não cabe, em regra);
- a prova não pode ser feita por outros meios;
- autorização judicial; 
- investigação criminal ou processo penal 
Artigo 2o, § único: descrição clara do objeto da investigação e a indicação dos investigados, salvo impossibilidade justificada (no momento de autorizar a interceptação o juiz precisa demonstrar qual o objeto específico).
“barriga de aluguel” no âmbito da interceptação telefônica: o delegado coloca no meio do pedido da interceptação número de pessoa que não está inserida na investigação. Nessa hipótese temos a barriga de aluguel. Ou seja, é inserido um sujeito que não está sendo investigado ou tampouco processado CONDUTA ILÍCITA.
Momento da decretação (artigo 3o da lei):
1o – na investigação criminal (pelo juiz de ofício OU por representação da autoridade policial OU por requerimento do MP);
2o – no bojo do processo penal (pelo juiz de ofício OU por requerimento do MP).
ATENÇÃO: É POSSÍVEL A INTERCEPTAÇÃO NO BOJO DE PROCEDIMENTO INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DO MP (ou seja, pode ser dada em qualquer instrumento de investigação, desde que exista autorização judicial).
Pedido para a interceptação (artigo 4o, § 1o, da lei): o pedido para interceptação pode ser feito verbalmente, de maneira excepcional. No entanto, A CONCESSÃO SERÁ CONDICIONADA À REDUÇÃO A TERMO (ou seja, o pedido pode ser feito verbalmente, mas só será deferida a interceptação após o pedido ter sido reduzido a termo).
Artigo 4o, § 2o – prazo: PRAZO MÁXIMO DE 24 horas para o juiz decidir acerca do pedido (o descumprimento desse prazo não torna a interceptação ilícita) essa decisão deve ser fundamentada (cf. artigo 5o da lei e artigo 93, IX, CF).
Fases: 
1a fase – interceptacão propriamente dita (se houve o conteúdo da conversa);
2a fase – gravação;
3a fase – degravacão (transcrição do teor da conversa). Essa degravação precisa ser integral? Prevalece no STJ e no STF que não há necessidade da transcrição integral, isto é, eu posso transcrever conversas específicas que são relevantes. Não se exige também a presença de perito.
Duração (artigo 5o da lei):
A duração máxima é de 15 dias esse prazo máximo pode ser prorrogado sucessivamente, no entanto, essas prorrogações não são automáticas. Sempre que esgotar o prazo de 15 dias, o juiz deve novamente autorizar a autorização, caso entende necessário, e fundamentar a decisão.
O MP poderá acompanhar a interceptação, conforme artigo 6o da lei (ou seja, o MP não é obrigado a acompanhar a interceptação).
Artigo 8o da lei: a interceptação telefônica correrá em autos apartados.
Artigo 9o da lei – INCIDENTE DE INUTILIZAÇÃO: a gravação que não interessar será inutilizada por decisão judicial. Esse incidente pode ocorrer durante o inquérito, durante a ação penal ou também após o término da ação penal esse incidente SERÁ ASSISTIDO PELO MP.
Artigo 10 da lei – CRIME:
1o – realizar interceptação sem ordem judicial ou com objetivos não autorizados em lei;
2o – quebrar segredo de justiça (vazamento de informações, ou seja, o crime é próprio, pois só pode quebrar as pessoas que tem acesso as informações).
 As duas modalidades são dolosas (pena: de 2 a 4 anos não cabe suspensão condicional do processo).
Questões especiais:
1- Interceptação telefônica x quebra de sigilo: a interceptação telefônica precisa de ordem judicial, enquanto a quebra de sigilo não precisa de ordem judicial.
2- Gravação telefônica (é feita por um dos locutores, é lícita). 
3- Ex: tenho uma interceptação telefônica que envolve um crime apenado com reclusão. Contudo, durante a interceptação é mencionado crime apenado com detenção posso usar esse trecho como prova? De maneira fortuita é mencionado crime apenado com detenção, que não versava na interceptação. Essa prova é lícita? Essa gravação envolvendo o crime apenado com detenção e lícita?
- se houver conexão entre os dois crimes, a gravação será lícita (chamada serendipidade de 1o grau);
- se não houver conexão, a gravação será ILÍCITA (chamada serendipidade de 2o grau) no entanto, pode servir como “notitia criminis” de outra investigação.
4- Posso realizar interceptação antes de instaurado o IP? SIM, o STJ admitiu no HC 43.234/SP.
5- Posso ter interceptação na investigação do MP (no procedimento investigatório criminal)? SIM. 
6- Cabe interceptação em CPI? SIM, mas precisa de ordem judicial para a interceptação.
7- Juiz de 1o grau está realizando a interceptação. Em dado momento há uma menção há um deputado federal (foro por prerrogativa, julgado pelo STF). O simples fato de se mencionar um deputado federal NÃO JUSTIFICA O DESLOCAMENTO PARA O STF.
Prof. Guilherme Madeira
Prova ilícita e outros meios de prova
 Prova ilícita
	CF – ARTIGO 5O, LVI
	ARTIGO 157, CPP
	- inadmissível.
	- inadmissível;
- desentranhada; 
- inutilizada;- obtida com violação a normas constitucionais ou legais.
A prova ilícita é a prova obtida com violação a normas constitucionais ou legais. São geralmente, violações a normas de direito material.
Então, um PRIMEIRO PEDIDO É O RECONHECIMENTO DA ILICITUDE DA PROVA, seu desentranhamento e a inutilização, nos termos do artigo 157 do CPP e artigo 5o, LVI, da CF.
Ex: tenho uma busca e apreensão sem mandado. Dai é apreendido um computador. A perícia gera documentos que gera testemunhas. Se você ignorar a busca e apreensão sem mandado, está tudo ok. O que é ilícito na origem contamina tudo. 
Além desse pedido, pode existir um segundo pedido, que se refere a prova ilícita derivada. QUE SEJA RECONHECIDA A ILICITUDE DA PROVA, E DETERMINADO O DESENTRANHAMENTO E A INUTILIZAÇÃO DO MATERIAL APREENDIDO, NOS TERMOS DO ARTIGO 5O, LVI, CF c/c ARTIGO 157 DO CPP e, então, QUE SEJA RECONHECIDA A ILICITUDE POR DERIVAÇÃO DA PERÍCIA, DOS DOCUMENTOS E DAS TESTEMUNHAS DECORRENTES DA PROVA ILÍCITA ORIGINÁRIA COM SEU DESENTRANHAMENTO E INUTILIZAÇÃO NOS TERMOS DO ARTIGO 157, PARÁGRAFO 1O, DO CPP.
Pedido 3: tese de falta de prova. SEMPRE QUE EU TIVER PROVA ILÍCITA, HAVERÁ UMA TESE DE FALTA DE PROVA (artigo 386, II, V, VII, DO CPP).
 Busca e apreensão (artigos 240 a 250 do CPP):
- Objeto: artigo 240, § 1o (atenção: alínea “f” fala de apreender cartas. Segundo o STF pode haver a apreensão de cartas desde que haja fundamentação da decisão + ordem judicial)
Atenção!!! Artigo 240, § 2o – busca e apreensão pessoal NÃO PRECISA DE MANDADO, BASTA QUE HAJA FUNDADA SUSPEITA desde que a pessoa tenha consigo algum dos objetos do artigo 240, § 1o.
Fundada suspeita: são indícios de que a pessoa porta os objetos do artigo 240, § 1o.
- Busca e apreensão domiciliar:
artigo 5o, XI, CF – casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, SALVO: flagrante, prestar socorro, desastre, durante o dia com ordem judicial.
Conceito de domicílio: artigo 150, § 4o e 5o do CP.
ATENÇÃO!! CARRO É DOMICÍLIO? COMO REGRA, NÃO. EXCEÇÕES: TRAILER E MOTOR-HOME.
Qual o conceito de dia? Dia é o período das 6h as 18h (para início do cumprimento do mandado).
E no caso de flagrante? 
No caso de flagrante do crime permanente? Ex: tráfico de drogas. Tráfico de drogas é crime permanente, isto é, a pessoa esta sempre em flagrante. Se houver fundadas razões que justifiquem a ocorrência do crime permanente, pode entrar na casa sem mandado e a noite.
Atenção!!! Denúncia anônima não é suficiente.
Celular: sou traficante, preso em flagrante, a policia abre meu whats e encontra um monte de provas. O STJ diz que pode apreender, mas não pode olhar o whats sem ordem judicial.
ATENÇÃO!!! SE A ESPOSA DA VÍTIMA, ESTA JÁ FALECIDA, LEVOU O CELULAR PARA A POLÍCIA DESBLOQUEADO, PODERÁ HAVER A BUSCA DENTRO DO CELULAR SEM ORDEM JUDICIAL.
 Exame de corpo de delito 
Súmula 574 do STJ – trata do crime de violação de direitos autorais. 
Ex: vamos pensar num camelô que tem uma mala com 1000 dvds piratas. Essa perícia pode ser por amostragem? Sim, e pode ser apenas nos aspectos externos do material.
 Interrogatório
Súmula 522 do STJ: não pode mentir na qualificação.
 Confissão 
A confissão é uma atenuante.
Características (artigo 200 do CPP): é retratável e divisível.
Ex: vamos supor que a pessoa confesse em IP e se retrate em juízo. O juiz, na hora de condenar, ele usará a confissão do IP + testemunhas ouvidas em juízo se o juiz fizer isso, incide a atenuante da confissão? SIM, de acordo com a SÚMULA 545 DO STJ.
 Medidas cautelares pessoais 
· Prisão temporária (lei 7960/89):
1. Generalidades:
- só existe no IP;
- o juiz não pode decretar de ofício;
- possui prazo determinado (5 dias prorrogáveis por mais 5 OU 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias (esse segundo caso quando for crime hediondo ou equiparado)). A prorrogação só ocorre em casos de extrema e comprovada necessidade.
Pode o juiz prorrogar de ofício? NÃO. 
- Consequências se o juiz decretar de ofício, prorrogar de ofício, ou se extrapolar o prazo: a PRISÃO SERÁ ILEGAL (ou seja, irá gerar o relaxamento).
2. Cabimento (artigo 1o da lei):
Inciso I combinado com o III – 
Inciso II combinado com o III – 
Atenção: Inciso III é um rol taxativo de crimes, o inciso I é quando imprescindível para investigação, o Inciso II é quando o indiciado não tem residência fixa ou não comprova a identidade.
- Se violar o inciso III a prisão é ILEGAL e deve ser relaxada.
- Se violar o inciso I temos uma prisão excessiva, seu pedido é de revogação.
- Se violar o inciso II pode ser tanto revogação ou relaxamento.
· Prisão domiciliar (artigo 318 do CPP)
O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando: 
1 – o agente for maior de 80 anos;
2 – extremamente debilitado por doença grave; 
3 – for imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos ou deficiente; 
4 – for gestante; 
5 – quando for mulher com filho de até 12 anos incompletos;
6 – quando for homem, caso seja o único responsável por filho com até 12 anos incompletos.
ATENÇÃO!!! A mulher, nas hipóteses 4 e 5, sempre tem direito a prisão domiciliar (segundo o STF), salvo se: praticar crime contra o descendente; crime praticado com violência ou grave ameaça (contra qualquer pessoa); se houver situação excepcionalíssima. 
A violação da prisão domiciliar a pessoa pode voltar para a cadeia. 
Ex: tráfico de drogas dentro da residência. O STJ entendeu que, nesse caso, pode ser negada a prisão domiciliar.
Prof. Pardal.
Código de Trânsito Brasileiro – Lei 9503/97.
- Vias terrestres.
Também se aplica o CTB - Artigo 2o, § único: praias abertas à circulação, vias internas de condomínio e estacionamento privado de uso coletivo.
Os crimes previstos no CTB podem ser crimes de dano (aqueles que exigem para a consumação o efetivo dano ao bem jurídico) ou crimes de perigo (que podem ser concretos, onde a situação de perigo deve ser comprovada no caso concreto (ex: artigo 308 do CTB – crime de corrida automobilística não autorizada); abstratos, que é aquele em que não se exige a comprovação do perigo no caso concreto pois a própria lei o presume de forma absoluta (ex: artigo 306 do CTB – conduzir sob influência de álcool).
Artigo 291 do CTB: eu aplico aos crimes do CTB, ao que couber, a lei 9099/95. No entanto, há algumas hipóteses em que não serão aplicados os artigos 74, 76 e 88 da lei 9099 (cf. artigo 291, § 1o) se o agente estiver sob influência de álcool ou substância similar; se transita com velocidade superior á máxima em 50 km; se o sujeito pratica competição automobilística não autorizada (raxa) ou está em atividade de demonstração de perícia em manobra (ex: cavalinho de pau) nesses 3 casos será instaurado IP e não termo circunstanciado.
ATENÇÃO!!! É CABÍVEL SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AINDA QUE INCIDA UMA DAS HIPÓTESES DO PARÁGRAFO ANTERIOR.
Suspensão ou proibição de obter permissão ou habilitação (pena): 
Essa pena pode ser prevista de forma isolada ou cumulada com outra sanção (em alguns crimes ela já esta prevista, em outros, embora essa sanção não esteja prevista, o juiz pode aplica-la).
Essa sanção é obrigatória caso o agente seja reincidente em crimes do CTB, conforme artigo 296 do CTB.
De acordo com o artigo 293 do CTB, a pena é de 2 meses a 5 anos, e o réu tem que entregar o documento em 48h. Se não o fizer, incidirá no crime do artigo 307, § único do CTB.
Essa sanção não se inicia enquanto o agente estiver recolhido em estabelecimento prisional.
Suspensão cautelar da habilitação (artigo 294 do CTB):
Pode se dar durante o IP ou durante a ação penal.
Quem pode determinar é o juiz de ofício, ou o MP pode requerer ou a autoridade policial pode representar por essa suspensão cautelar.
ATENÇÃO!!! NO ARTIGO 294, § ÚNICO, TEMOS UM RECURSO ESPECÍFICO: da decisão QUE DECRETA OU INDEFERE O PEDIDO DE SUSPENSÃO CAUTELAR CABE RESE SEM EFEITO SUSPENSIVO.
Multa reparatória (artigo 297 do CTB):
- pressupõe prejuízo material (de modo que prejuízo moral deve ser buscado no cível).
O artigo297, § 1o, diz que o valor da multa reparatória não pode superar o valor do prejuízo demonstrado no processo.
Essa multa é em benefício da vítima ou dos sucessores.
O artigo 297, § 3o, diz que a multa reparatória, no montante da indenização civil, deverá ser descontada.
O artigo 298 traz algumas agravantes
Serão levadas em consideração na 2a fase da dosimetria.
O inciso I trata da hipótese de dano potencial para duas ou mais pessoas (não se aplica para os crimes de homicídio e lesão culposa se houver mais de uma vítima) OU de grande risco de grave dano patrimonial a terceiros.
O inciso II agrava se o veículo não tiver placas, tiver placas falsas ou adulteradas.
O inciso III trata de quando o sujeito pratica o crime sem habilitação ou sem permissão para dirigir (para os crimes de homicídio culposo e lesão culposa não se aplica essa agravante, pois já tem agravante específica cf. artigo 302, § 1o, I).
O inciso IV é quando se trata de categoria diferente.
O inciso V é quando a profissão exige cuidados especiais com transporte de passageiros ou de carga.
O inciso VI incide caso o veículo esteja com equipamentos adulterados (o veículo tem turbina, por exemplo).
O inciso VII é quando o crime for praticado sob faixa de pedestres.
O artigo 300 do CTB foi vetado. Ele tratava do perdão judicial no homicídio culposo e na lesão culposa do CTB é possível perdão judicial nesses crimes já que foi vetado o dispositivo? Sim, posso aplicar o perdão judicial com base no CP por analogia. 
Crimes em espécie
· Artigo 302 – Homicídio culposo na direção de veículo automotor 
O artigo 302, § 1o traz causas de aumento (pena aumentada de 1/3 a ½ na 3a fase da dosimetria): I – se o agente não possuir habilitação ou permissão; II – se o crime for praticado na faixa de pedestres ou na calçada; III – se o sujeito deixa de prestar socorro quando possível fazê-lo; IV – se o crime é praticado no exercício de profissão ou atividade de transporte de passageiros.
O artigo 302, § 3o, traz uma forma qualificada do crime – quando o agente conduz o veículo automotor sob influência de álcool ou substância de efeito análogo.
Ex: sujeito que conduz o veículo embriagado e atropela alguém ele automaticamente agiu com dolo eventual? O STJ e o STF entendem que a embriaguez, por sí só, não permite que se conclua pelo dolo eventual (informativo 904 do STF).
· artigo 303 – lesão culposa na direção de veículo automotor.
É infração de menor potencial ofensivo.
A ação penal, em regra, é pública condicionada. No entanto, se incidir alguma das hipóteses do artigo 291, § 1o, a ação se torna pública incondicionada.
O § 1o do artigo 303 permite a aplicação das mesmas causas de aumento do artigo 302, § 1o.
O 303, § 2o trata de modalidades qualificadas do crime (se o agente conduz o veículo automotor sob efeito de álcool ou substância similar e se do crime resulta lesão grave ou gravíssima temos uma modalidade qualificada (2 requisitos cumulativos)). No caso de lesão leve + embriaguez não incide essa qualificadora, ai terei concurso de crimes entre o 303 e o 306 (não há consunção, isto é, não há absorção entre os crimes).
· Artigo 304 – Omissão de socorro na ocasião do acidente
Sujeito ativo: condutor que presenciou o acidente (que estava no momento do acidente).
Esse delito é subsidiário, ou seja, o sujeito só incorre nesse crime se não incidir em crime mais grave. O causador do acidente responderá por homicídio ou lesão com causa de aumento específica. Quem responde por esse crime não é quem causou o acidente, mas sim quem presenciou e nada fez.
O § único deste crime diz que responde por esse crime ainda que a omissão seja suprida por terceiros, ou ainda que se trate de vítima com morte instantânea ou ferimentos leves.
· Artigo 305 – Fuga do local do acidente 
Há uma discussão acerca desse tipo ser inconstitucional por violar o princípio “nemo tenetur se detegere” que é o princípio da proibição da autoincriminação.
O raciocínio é que o sujeito não é obrigado a produzir prova contra sí mesmo.
O STF vai apreciar a constitucionalidade desse crime no RE 971.959 (pendente de julgamento).
· Artigo 306 – embriaguez ao volante 
Trata-se de crime de perigo abstrato, ou seja, não importa se o sujeito gera perigo na condução do veículo ou não, basta que ele conduza o veículo sob influência de álcool ou substância de efeito análogo.
Este delito pode ser provado, hoje, por qualquer meio de prova (artigo 306, § 2o, CTB). Ou seja, se o sujeito se recusar a soprar o etilômetro, mas o policial disser que o sujeito estava visivelmente embriagado, estava com olhos avermelhados, tinha um hálito etílico, então, ficam constatados os sinais da embriaguez posso condenar com base nisso, ou seja, pode ser reconhecido por qualquer meio de prova (desde que lícito).
· Artigo 307 – violação de suspensão da habilitação 
O objetivo deste crime é assegurar o dever de entrega da habilitação decorrente da sanção do artigo 293.
· Artigo 308 – Competição automobilística não autorizada (raxa) ou demonstração de perícia por meio de manobra (crime daquele sujeito que pega o carro para se exibir, quer fazer manobras dando cavalo de pau, por exemplo)
Esse crime é um crime de perigo concreto, isto é, exige a demonstração de perigo no caso concreto por meio da conduta do agente.
O § 1o aumenta a pena se ocorrer lesão grave culposa.
O § 2o aumenta a pena de 5 a 10 anos se em razão do raxa ou de demonstração de perícia ocorrer morte culposa.
· Artigo 309 – Condução sem habilitação gerando perigo de dano
Crime de perigo concreto, isto é, não basta que o sujeito conduza sem habilitação para que ocorra esse crime, exige a demonstração de perigo de dano.
ATENÇÃO!!! Se tiver com habilitação diversa, incide esse crime também.
Só incide esse crime se a condução se der em via pública.
· Artigo 310 - Entrega do veículo para pessoa não habilitada ou incapaz de conduzi-lo
Esse crime é de perigo abstrato, ou seja, se consuma com a mera entrega do veículo (nesse sentido, Súmula 575 do STJ). Não se exige aqui qualquer risco ao bem jurídico, a simples entrega do veículo a pessoa não habilitada ou incapaz de conduzir já caracteriza o crime.
· Artigo 311 – Tráfego em velocidade incompatível em locais com grande circulação de pessoas 
Crime de perigo concreto.
· Artigo 312 – delito de fraude processual (parecido com o delito do artigo 347 do CP)
Este delito do artigo 312 é específico para o caso de acidente automobilístico com vítima.
· Artigo 312-A – PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ESPEÍFICAS PARA OS CRIMES DO CTB 
02/02
Prof. Guilherme Madeira 
Competência
 Foro Privilegiado (Competência originária/ competência por prerrogativa de função)
1. Localização: CF e ou Constituição Estadual
CF: 2o, I; 29, X; 52, I; 105, I; 96, III; 108, I.
STF – deputado federal, senador, ministro de estado.
STJ – governador, desembargador.
TJ – juiz, prefeito e promotor.
2. Nova posição do STF
O STF estabeleceu que essa nova posição só vale para deputado federal e senador.
Deputado federal e senador só serão julgados pelo STF se o crime tiver sido cometido durante o mandato E relacionado com o exercício da função.
Ex: Mara Gabrilli cometeu um crime em agosto. Será julgada pelo STF? Não, porque ela ainda não era senadora. 
Ex: vamos supor que um deputado, agora em janeiro, esteja dirigindo o carro, bata o carro e depois mate a pessoa. Foi durante o mandato? Sim. Está relacionado com o exercício da função? Não, então ele será julgado pelo júri.
ATENÇÃO!!! Esse caso do STF se aplica as outras pessoas? Não sabemos. O STF não julgou nada sobre isso.
Ex: deputado que bata na esposa. Em princípio esse crime não será julgado pelo STF pois não tem nada a ver com o mandado. Agora, se o senador bate na esposa por divergência política, ai será julgado pelo STF.
 Justiça Federal
Artigo 109 da CF.
- Artigo 109: Justiça Federal NÃO JULGA CONTRAVENÇÃO PENAL.
Ex: tenho uma contravenção com roubo do INSS. A justiça federal não julga contravenção nem mesmo se conexa a crime federal.
CONTRAVENÇÃO+ ROUBO DO INSS o roubo vai para a justiça federal e a contravenção para o Jecrim estadual.
Mesmo que a contravenção seja praticada a bordo de aeronave, a competência é do Jecrim estadual.
- Artigo 109, IV: justiça federal julga os crimes políticos (crimes políticos são os crimes previstos na lei de segurança nacional (lei 7170/83)). Ex: cara que tentou matar o Bolsonaro está sendo processado na justiça federal. Da sentença de 1o grau que julga crime político cabe ROC para o STF (artigo 102, II, CF).
- Artigo 109, IV: crimes praticados contra bens, serviços, interesses da União, interesses da autarquia e empresas públicas federais.
Autarquias federais: INSS, BACEN, IBAMA, Agências Reguladoras.
ATENÇÃO!!! CRIMES PRATICADOS CONTRA A OAB para fins de competência, será autarquia federal.
Empresas públicas federais: caixa econômica federal, Embrapa.
ATENÇÃO!!! EBCT (correios e telégrafos) se a agência for explorada pelo governo, a competência é da justiça federal; se a agência for explorada por particular, a competência é da justiça estadual.
Ex: quem foi roubado foi um carteiro. A competência é federal ou estadual? O serviço dos correios é um serviço federal, então está sendo afetado um serviço federal e a competência é da justiça federal.
ATENÇÃO!!! CONTRABANDO OU DESCAMINHO. Súmula 151 do STJ 
Cara vem de Miami entra em Guarulhos, fica hospedado em SP, se dirige para Ribeirão e é preso em Campinas com a mercadoria. Onde ele é julgado? Na JUSTIÇA FEDERAL, NO LOCAL DE APREENSÃO DOS BENS, OU SEJA, CAMPINAS. 
- Uso de documento falso
Neste caso, a competência é de quem? Súmula 546 do STJ – a competência é fixada perante quem é apresentado o documento (vamos supor que tenha a falsificação de um passaporte (doc federal). Esse passaporte é apresentado em uma blitz da PM competência da justiça estadual. Esse passaporte é apresentado na receita federal competência da justiça federal).
ATENÇÃO!! SÚMUL 200 DO STJ. A competência é dada em razão do local aonde você apresenta o documento.
- Crimes praticados contra sociedade de economia mista federal 
Competência da justiça Estadual (Súmula 42 do STJ).
Principais: Banco do Brasil e Petrobrás
- Crime praticado contra funcionário público federal
Súmula 147 do STJ – a competência é dada em razão do motivo do crime (se eu mato um delegado federal: a) por uma discussão no trânsito competência da justiça estadual; b) por conta de investigação que ele preside competência da justiça federal.
- Crimes ambientais: 
Ex: SAMARCO competência federal (no caso da SAMARCO, o bem afetado, ou seja, o rio, era federal).
Ex: poluir o lago do Ibirapuera competência estadual.
Depende do bem afetado.
- Artigo 109, V: crimes transnacionais + tratado.
Crime transnacional é o crime que começa no Brasil e termina fora, ou começa fora e termina no Brasil. Se tiver tratado, a competência é federal.
Principais: racismo, pornografia infantil, tráfico de drogas e tráfico de pessoas.
ATENÇÃO!!! INTERNET segue a mesma ideia. Se for transnacional e houver tratado a competência é federal. Ex: Uma ofensa no twitter (é transnacional, mas não tem tratado, então a competência é da justiça estadual); pornografia infantil publicada no twitter (é transnacional e tem tratado, portanto, a competência é da justiça federal); pornografia infantil no whatsapp ou e-mail ou direct neste caso, de quem é a competência? A competência é da justiça estadual pois o crime não é transnacional. Se eu estou no Brasil e mando whats para alguém com cunho racista e essa pessoa está nos EUA (esse crime é transnacional pois a pessoa está em outro país e, portanto, a competência é federal).
- Artigo 109, VI: 
a) crimes contra a organização do trabalho (artigos 197 a 207 do CP) – em regra, a competência é da justiça estadual. Ele será federal se afetar a coletividade dos trabalhadores. ATENÇÃO!!! O CRIME DE REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA DE ESCRAVO (ARTIGO 149 DO CP) É SEMPRE FEDERAL (ainda que atinja uma única pessoa).
b) nos casos determinados por lei contra o sistema financeiro (lei 1521/51 – competência estadual (Súmula 498 do STF); lei 7492/86 – competência federal; lei 8137/90 – depende do tributo (se suprime tributo federal, a competência será federal); lei 8176/91 – justiça estadual; lei 9613/98 – a competência só será federal nas hipóteses do artigo 2o, III) e a ordem econômico-financeira (não basta que o crime seja contra a ordem econômico financeira, precisa haver determinação legal).
- Crimes cometidos a bordo de navio ou aeronave (artigo 109, IX):
a) aeronave – competência é da justiça federal, ainda que o crime seja cometido com o avião no solo (ATENÇÃO!!! CONTRAVENÇÃO A BORDO DE AERONAVE NUNCA É DA JUSTIÇA FEDERAL, POIS J. FEDERAL NÃO JULGA CONTRAVENÇÃO);
b) navio – a competência somente será federal se o navio estiver em situação de deslocamento ou de potencial deslocamento para águas internacionais (EX: homicídio com o navio ancorado competência é da justiça estadual; homicídio com navio indo para Argentina competência é da justiça federal).
- Artigo 109, XI – crimes decorrentes de disputa sobre direitos indígenas 
Regra: Súmula 140 do STJ a competência é da justiça estadual.
Exceção: justiça federal.
Ex: a mulher indígena estava amamentando o bebe e o sujeito degolou o bebê. Descobriram que o cara matou o bebê pois o cara acreditou que seria invencível matando o bebê justiça estadual.
 Competência Territorial l
- Regra: local da consumação (teoria do resultado) artigo 70 do CPP.
- Exceções:
a) artigo 73 do CPP – nas ações exclusivamente privadas, pode a ação penal ser proposta no domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o local da consumação (ex: vamos imaginar que a pessoa more em Salvador e cometa uma calúnia em SP. O querelante, nesse caso, poderá optar por SP ou por Salvador).
Ex: réu mora em Salvador e comete roubo em SP a ação penal privada, subsidiária da pública, pode ser proposta em Salvador nesse caso? NÃO, pois o artigo 73 do CPP não se aplica a ação penal privada subsidiária da pública.
b)teoria do esboço do resultado – exceção criada pela jurisprudência. Nos crimes plurilocais, a competência é do local onde o resultado se projetou, se esboçou (ex: pessoa tomou tiros em São Bernardo e morre após uma semana no hospital das clínicas em SP. O crime se consumou em SP, mas toda a ação se deu em São Bernardo. Portanto, o resultado morte foi se projetado em São Bernardo e, desse modo, a competência será de São Bernardo).
Ex: caso Mércia. Tudo se projetou em Guarulhos. Então, a competência é de Guarulhos.
- Foro supletivo (artigo 72 do CPP): 
Se for desconhecido o local da consumação, a competência se dará pelo domicílio ou residência do réu.
- Casos especiais de competência territorial:
a) estelionato mediante emissão dolosa de cheque sem fundo (Súmula 521 do STF e Súmula 244 do STJ: a competência é do local da recusa do pegamento)(ex: cara mora em SP, tem conta corrente em Jundiaí e em Salvador emite cheque sem fundo. Neste caso, quem é que recusa o pagamento? É a agência de Jundiaí, portanto, a competência será da vara criminal de Jundiaí).
b) falso testemunho prestado em carta precatória – o processo é em SP e expede precatória em Salvador e ela mente em Salvador. Quem é competente para julgar este caso? A competência é do juízo deprecado, isto é, perante quem foi feita a mentira (Salvador).
c) tráfico internacional de drogas (competência federal): - exportação no local em que praticado no Brasil o último ato de execução ; - importação no local em que a droga foi apreendida.
d) crime contra a honra cometido em jornal de circulação nacional competência é do lugar da onde partiu a publicação. Se tiver mídia impressa ou digital, a competência será dada pela prevenção (artigo 70, § 3o).
e) crime de ameaça – competência é do local em que a vítima conhece a ameaça (ex: vamos supor que eu estou em SP e mando um whats para você que está em Salvador dizendo que vou te matar. Neste caso, a competência é da comarca de Salvador, onde a vítima tomou conhecimento da ameaça)Conexão (artigo 76 do CPP) e Continência (artigo 77 do CPP)
Súmula 235 do STJ – a conexão não determina junção de processos se um deles já foi julgado.
Foro prevalente (artigo 78 do CPP): 
a) Júri atrai (em se tratando de crime doloso contra a vida, a competência do júri é para todos os crimes);
b) Jurisdição de igual categoria – vamos supor que eu tenho 10 furtos em SP conexos a um roubo em Jundiaí. De quem é a competência desse caso? Local do crime mais grave, portanto, os furtos irão de SP para Jundiaí. E se eu tiver um roubo em Jundiaí e 10 roubos em SP? Local com mais condutas, ou seja, nesse caso, a competência será de SP. Se for 10 roubos em Jundiaí e 10 em SP, a competência será dada pela prevenção (pratica de ato pelo juiz antes mesmo da ação penal. Ex: decretar a prisão preventiva de alguém).
 Separação
A) Obrigatórias (artigo 79 do CPP): concurso em jurisdição comum e militar E concurso de jurisdição comum e vara da infância e juventude 
B) Facultativas (artigo 80 do CPP): se forem praticadas em circunstâncias de tempo/ lugar diferentes; número excessivo de acusados para não lhes prolongas as provisórias; ou outro motivo relevante.
Prof. PH
Estatuto do Desarmamento – Lei 10.826/2003
As condutas recaem sobre arma de fogo (artefato capaz de arremessar projéteis), munição, acessórios e explosivos.
ATENÇÃO!! ESSA LEI NÃO TRATA DE ARMA BRANCA.
 Armas de fogo: decerto n. 3665/2000 (complemento do estatuto do desarmamento, que é, portanto, norma penal em branco).
1. De uso permitido: 
2 crimes. 
Artigo 12: posse ilegal pena: detenção de 1 a 3 anos (permite suspensão condicional do processo do artigo 89 da lei 9099/95).
Artigo 14: porte ilegal pena: reclusão de 2 a 4 anos.
ATENÇÃO!!! DIRENEÇA ENTRE POSSE E PORTE: arma no interior da residência é posse, arma fora da residência ou local de trabalho é porte.
2. De uso restrito: 
Artigo 16, “caput”: posse e porte ilegal pena: reclusão de 3 a 6 anos (CRIME HEDIONDO – artigo 1o, parágrafo único, da lei 8072/90).
 POSSE (artigo 5o)
Manter a arma de fogo no interior da residência ou dependências dela OU em local de trabalho (só em considerada posse se o sujeito for proprietário do estabelecimento ou responsável legal pelo estabelecimento).
Se a arma for mantida nesses espaços é posse, caso contrário, é porte.
Se o sujeito mantém a posse COM REGISTRO, então a posse é legal. Se faltar registro, a conduta vira crime de posse ilegal de arma de fogo (que pode ser de uso permitido (artigo 12) ou de uso restrito (artigo 16, “caput”)).
A função do registro é possibilitar o controle estatal das armas de fogo.
ATENÇÃO!!! REGISTRO DE ARMA DE FOGO COM PRAZO VENCIDO NÃO É CRIME. O STJ entende que posse de arma de fogo com registro vencido (prazo de validade expirado) é caso de atipicidade da conduta (que leva à absolvição). Essa conduta é atípica por falta de dolo e, como nesse caso não se pune a culpa, a conduta é atípica. Ademais, além de faltar dolo há também uma atipicidade material que decorre da ausência de lesividade ao bem jurídico (o controle estatal das armas de fogo).
Para o STJ, a posse de arma de fogo com registro vencido seria uma conduta penalmente atípica, por dois motivos: 1) por falta de dolo, pois o sujeito que levou a arma de fogo a registro não tinha a intenção de burlar o controle estatal das armas de fogo; 2) o registro, embora vencido, possibilitou o controle estatal da arma de fogo, de modo que não haveria lesividade alguma ao bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora (atipicidade em seu aspecto material, por ausência de lesividade ao bem jurídico).
 PORTE
Quando a arma de fogo sai (fora) dos espaços anteriores.
O porte, para ser legal, exige 2 autorizações estatais: registro + porte de arma de fogo.
Com o porte, o estado buscar aferir a tríplice capacidade do sujeito: capacidades física, psicológica e técnica para trazer consigo uma arma de fogo.
Se faltar qualquer das duas autorizações estatais, então o porte será criminoso, e o crime será de porte ilegal (que pode ser de uso permitido (artigo 14) ou de uso restrito (artigo 16)).
 JURISPRUDÊNCIAS NÃO SUMULADAS DO STF E DO STJ 
1. Exame pericial: o exame pericial é dispensável (prescindível) para o juiz condenar pelos crimes de posse ou porte ilegal (SE CAIR EM QUESTÃO).
Observação: em peça prática, você alega que falta exame de corpo de delito pois esses crimes deixam vestígio e, se falta exame de corpo de delito, que é indispensável de acordo com o artigo 158 do CPP, então haverá uma nulidade com fundamento no artigo 564, III, b, CPP. No entanto, caso não se entenda pela nulidade, então você alega que falta prova da existência do fato (absolvição com fundamento no artigo 386, II, CPP).
2. Houve perícia, sendo certo que esta atestou a absoluta ineficácia do objeto para efetuar disparos.
Nesse caso, a conduta é atípica, sendo caso de crime impossível (artigo 17 do CP) por absoluta ineficácia do objeto e, ademais, falta elementar “arma de fogo” (a definição de arma de fogo você encontra no artigo 3o, inciso XIII, do decreto 3665/2000).
3. Arma eficaz + desmuniciada: TEM CRIME sempre, uma vez que o crime é de perigo abstrato, isto é, basta que arma seja eficaz para já haver perigo abstrato. Ademais, o crime é de mera conduta (basta a mera conduta de possuir ou portar arma de fogo, munição ou acessório, sem autorização).
OBS: PEÇA PRÁTICA – falta lesividade ao bem jurídico segurança pública.
 Artigo 16 “caput” x Artigo 16, § único 
- “Caput”: posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Pena de reclusão de 3 a 6 anos (crime hediondo).
- Parágrafo único: nas mesmas penas incorre quem: 
Inciso IV – quem possui ou quem porta, ilegalmente, arma de fogo (não específica se é de uso permitido ou restrito) com remuneração raspada, suprimida ou adulterada.
Inciso V – quem vende, entrega ou fornece, arma de fogo (também não específica, ou seja, cabe tanto para de uso permitido ou de uso restrito) para criança ou adolescente (Obs: se for entregue arma branca para criança ou adolescente, configura o crime do artigo 242 do ECA (lei 8069/90)).
 Artigo 18: tráfico internacional de arma de fogo 
Competência da justiça federal (artigo 109, V, CF).
ATENÇÃO!!! O STF DECLAROU INCONSTITUCIONAIS 3 PONTOS DA LEI: 
A) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 14 (proibia fiança)
B) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 15 (proibia fiança)
C) ARTIGO 21 (proibia liberdade provisória).
Prof. Gustavo Junqueira 
Execução penal 
Artigo 59 da LEP – nos termos do artigo 59, o procedimento administrativo para apuração de falta disciplinar deverá respeitar o contraditório e a ampla defesa.
A Súmula 533 do STJ pacificou que para o reconhecimento de falta disciplinar na execução penal é necessária defesa técnica. 
Observação: não incide a S.V. n. 5 na execução penal.
 RDD – REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (artigo 52 da LEP)
Apesar do nome, não é um regime de cumprimento de pena, mas sim um castigo disciplinar. 
- Características do RDD:
a) isolamento por até 360 dias, que pode ser renovado em caso de nova falta da mesma espécie, desde que não ultrapasse 1/6 da pena aplicada;
b) visita de 2 pessoas por semana, sem contar crianças;
c) banho de sol de 2 horas diárias.
- Hipóteses: 
a) crime doloso que causa subversão da ordem interna;
b) se o sujeito é um alto risco para ordem interna ou externa;
c) indícios de participação em organização criminosa, quadrilha ou bando.
- Sujeito passivo: o RDD pode ser imposto ao preso nacional ou estrangeiro, provisório ou definitivo.
- Procedimento: 
1. Pedido da autoridade administrativa;
2. juiz decide liminarmente;
3. MP;
4. Defesa;
5. Juiz decide o mérito.
Obs 1: não é possível RDD sem prévia ordem judicial (artigo 54 da LEP).
Obs 2: a manifestação da defesa está prevista no artigo 54, § 2o da LEP.
 Livramento condicional (artigos 83 e ss. do CP c/c artigo 131 e ss. da LEP)
O livramento condicional é a antecipação da devolução da liberdade do réu, que tenha cumprido parcela da pena com mérito.
Em regra, o livramento tem como duração (períodode prova) o que restava de pena a cumprir.
- Requisitos do livramento (artigo 83 do CP):
a) pena privativa de liberdade = ou superior a 2 anos; 
b) cumprimento de parcela da pena: a) regra 1/3; b) reincidente em crime doloso ½; c) crime hediondo ou equiparado 2/3; d)reincidente em crime hediondo, equiparado ou tráfico de pessoas NÃO TERÁ LIVRAMENTO;
c) reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
d) mérito.
Apesar da dicção do artigo 83, prevalece que o mérito será demonstrado da mesma forma exigida pela progressão, ou seja, em regra bastará o atestado de conduta carcerária (artigo 111, § 2o da LEP), mas nos termos da súmula 439 do STJ poderá ser determinado exame criminológico se justificada decisão nas peculiaridades do caso concreto.
Observação: apesar da letra da lei, o primário com maus antecedentes e o reincidente em crime culposo também terão direito ao livramento com o cumprimento de 1/3 da pena, pois o legislador não fez previsão de tais situações intermediárias, pelo que deve prevalecer interpretação que beneficie o réu.
A SÚMULA 617 DO STJ ESCLARECE QUE A PRORROGAÇÃO DO PERIODO DE PROVA DO LIVRAMENTO CONDICIONAL NÃO É AUTOMÁTICA, E ASSIM, SE ENCERRADO O PERÍODO DE PROVA SEM DECISÃO JUDICIAL PRORROGANDO O LIVRAMENTO, DEVE SER DECLARADA A EXTINÇÃO DA PENA COM BASE NO ARTIGO 90 O CP.
 Remição – artigos 126 e ss. da LEP
É o desconto da pena cumprida pelo tempo de trabalho ou estudo.
A remição será declara pelo juiz após manifestação das partes.
É possível cumular remição pelo trabalho e remição pelo estudo.
Nos termos do artigo 127, se praticada falta grave o preso poderá perder até 1/3 dos dias remidos. 
- Remição pelo trabalho: só é possível nos regimes fechado e semiaberto. A cada 3 dias de trabalho, ganha 1 dia de remição.
- Remição pelo estudo: a cada 12 horas de estudo, espalhadas ao menos em 3 dias, ganhará 1 dia de remição (o sujeito terá direito a 1 de remição a cada 12h de estudo, distribuídas em ao menos 3 dias).
A remição pelo estudo é possível em qualquer regime e também no livramento condicional.
 Medida de segurança (artigos 96 e ss. do CP c/c artigos 171 e ss. da LEP)
A medida de segurança é uma sanção de caráter curativo imposta ao não imputável que pratica injusto penal com o objetivo de afastá-lo da sociedade e trata-lo para que cesse sua periculosidade.
- Espécies de medida de segurança: 
a) detentiva – internação no hospital de custódia; 
b) restritiva – tratamento ambulatorial.
Código Penal: Se o sujeito for punido com reclusão, a medida tem que ser de internação. No entanto, se for punido com detenção, poderá escolher entre internação e tratamento ambulatorial. No entanto, prevalece que a internação só pode ser proposta quando necessária.
- prazos:
a) mínimo: de 1 a 3 anos (artigo 97, § 1o - cumprido o prazo mínimo, o réu deverá ser submetido a um exame de cessação de periculosidade. Se cessada a periculosidade, o réu será liberado. Se persiste a periculosidade, o exame será renovado a cada ano); 
b) máximo: para o STF não pode superar 30 anos, no entanto, nos termos da Súmula 527 do STJ, o prazo máximo da medida de segurança não poderá superar a pena máxima prevista para o crime.
Se cessada a periculosidade, o sujeito será liberado nos termos do artigo 97, § 3o, do CP, mas a liberação é condicional, se no prazo de 1 ano o sujeito pratica fato que demonstre que não cessou a periculosidade, a medida será renovada.
 Recurso 
Agravo em execução.
Contra toda e qualquer decisão do juízo das execuções cabe AGRAVO EM EXECUÇÃO previsto no artigo 197 da LEP.
03/01/19
Prof. Patricia Vanzolini 
PRESCRIÇÃO 
1. Conceito: 
Prescrição é uma causa de extinção da punibilidade (artigo 107, IV, CP), consistente na perda do direito do Estado de punir pelo decurso do tempo.
2. Crimes imprescritíveis 
Artigo 5o, XLII, CF – Racismo é crime imprescritível 
Artigo 5o, XLIV – Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático é crime imprescritível.
Apenas racismo e ação de grupos armados x Estado de direito são crimes imprescritíveis. 
ATENÇÃO!!! Crimes hediondos ou equiparados SÃO PRECRITÍVEIS. 
3. Prescrição x Decadência 
	Prescrição 
	Decadência 
	- É a perda do direito do Estado de punir.
- Qualquer ação penal.
- Início: data da consumação.
- Interrupção: recebimento da ação.
	- É a perda do direito do particular de oferecer queixa ou representação.
- Só cabe na ação penal privada e na pública condicionada a representação.
- Início: data do conhecimento da autoria.
- Interrupção: com o oferecimento da queixa/ representação.
4. Espécies de prescrição (a partir do artigo 109 do CP)
Existem duas espécies de prescrição.
	Prescrição da pretensão punitiva (PPP)
	Impede a própria sentença condenatória OU extingue completamente os seus efeitos. 
	Pode ser: em abstrato (PPPA) OU em concreto (PPPC).
	Prescrição da pretensão executória (PPE)
	Só impede a execução da pena. Não extingue os demais efeitos da condenação (por exemplo, a reincidência).
	 X
5. Como identificar cada espécie de prescrição
	Se ainda não há sentença transitada em julgado para a acusação (não há sentença, ou já tem mas o MP apelou)
	Só pode ser PPPA (1)
	Se já há sentença transitada em julgado para a acusação (ou seja, já tem sentença e o MP não apelou)
	Pode ser: PPPA ou PPPC (2)
	Se já há sentença transitada em julgado definitivo (para ambas as partes)
	Pode ser: PPPA, PPPC e PPE (3)
6. Início da resolução do problema
Anotar qual a situação do problema (ou seja, se é a situação 1, 2 ou 3) e calcular a prescrição compatível.
1o problema: situação é que ainda não há sentença (situação 1 PPPA).
5o problema: situação em que há sentença transitado em julgado (se não fala para quem, é definitivo situação 3 PPPA, PPPC e PPE).
6o problema: ainda não transitou em julgado em definitivo, mas já há sentença (situação 2 PPPA ou PPPC).
7. Como calcular a PPPA
 1o passo – pegar a PENA MÁXIMA EM ABSTRATO
Observação 1: Causas de aumento e diminuição de pena? São consideradas, SEMPRE, com base na pena máxima.
Ex: imagine que temos um crime de roubo, artigo 157, cuja pena é de 4 a 10 anos. Mas o roubo foi praticado em concurso de pessoas, ou seja, a pena aumenta-se de 1/3 a ½. Nesse caso, para saber a pena máxima desse crime, eu pego 10 e aumento ½. 10 + 1/2 = 15. 
Ex: e se eu tivesse uma causa de diminuição? Como se fosse tentativa de roubo. A pena do roubo é de 4 a 10 anos. A tentativa, prevista no artigo 14 do CP, diminui a pena de 1/3 a 2/3. Então pego 10 anos e diminuo 1/3. 10 -1/3 = aproximadamente 6,... .
Observação 2: concurso de crimes? Não é considerado. A prescrição incide sobre cada crime isoladamente.
Ex: imagina que estamos defendendo uma pessoa que esta sendo acusada pelo artigo 138, cuja pena é de 6 meses a 2 anos. E um crime do 140, cuja pena é de 1m a 6 meses. 
Imagina que esse crime tenha sido cometido 3 anos e meio atrás e vamos calcular a prescrição. 
2 anos prescreve em 4 anos e 6 meses prescreve em 3 anos (artigo 109 do CP). 
É errado somar as penas máximas e calcular prescrição.
Tenho que calcular a prescrição sob cada crime, isoladamente.
 2o passo: verificar o PRAZO PRESCRICIONAL (artigo 109 do CP)
Observação 1: somente MULTA? PRESCREVE EM 2 ANOS (artigo 114 do CP).
Ex: numa determinada contravenção X que só tenha pena de multa, a prescrição será em 2 anos.
Ex: se eu tiver uma pena de 1 a 4 anos e multa (como no furto) ou 1 a 4 anos ou multa, eu diria que a pena é 4 anos, eu ignoro a multa e calculo a prescrição sobre a pena de 4 anos.
Observação 2: o artigo 28 da lei 11.343/2006 (porte de droga para uso pessoal) só tem pena restritiva de direito. Em quanto tempo prescreve então? Prescreve em 2 anos (conforme artigo 30 da lei 11.343/2006).
 3o passo: PRESCRIÇÃO PELA METADE SE MENOR DE 21 ANOS NA DATA DO FATO OU MAIOR DE 70 ANOS NA DATA DA SENTENÇA (artigo 115 do CP)
 4o passo: INTERVALOS 
Início (termo inicial): C (consumação).
Termo final: TJD (Transito em julgado definitivo).
Cortado

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