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Medidas e Avaliações - Unid. I, II e III - Unip

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Victor Mutz

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Autores: Profa. Vanessa Santhiago
 Prof. Helder Cravo da Costa
Colaborador: Prof. Marcel da Rocha Cheheun
Medidas e Avaliações
Professores conteudistas: Vanessa Santhiago / Helder Cravo da Costa
Vanessa Santhiago
Natural de São Paulo (SP), é professora titular da Universidade Paulista (UNIP) desde 2009 e coordenadora 
auxiliar do curso de Educação Física (graduação plena) na modalidade EaD. Líder da disciplina Medidas e Avaliações, 
ministra também as disciplinas Biologia, Fisiologia Aplicada a Atividade Motora e Fisiologia do Exercício. É formada 
em Educação Física (2000) e especialista em Avaliação e Prescrição de Exercícios Físicos (2003) pelas Faculdades 
Salesianas de Lins (atualmente UniSALESIANO), mestre (2005) e doutora (2009) em Ciências da Motricidade, área 
de Biodinâmica da Motricidade Humana, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp 
campus Rio Claro).
Helder Cravo da Costa
Natural de Sorocaba (SP), é professor da Universidade Paulista (UNIP) desde 2008. Atua nos cursos de 
Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Radiologia, Enfermagem e Biomedicina nas disciplinas 
Anatomia Humana, Citologia, Histologia, Bioquímica, Fisiologia, Neurofisiologia e Patologia. É graduado em 
Educação Física (1998) pela Faculdade de Educação Física de Sorocaba da Associação Cristã de Moços (Fefiso 
ACM) e em Biomedicina (2010) pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio de Itu (Ceunsp), mestre em 
Ciências Morfofuncionais (2013) pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e 
possui especialização em Treinamento Esportivo (1999) pela Universidade do Norte do Paraná (Unopar).
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S234m Santhiago, Vanessa.
Medidas e avaliações. / Vanesa Santhiago, Helder Cravo da 
Costa. São Paulo: Editora Sol, 2024.
266 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Medidas. 2. Avaliações. 3. Composição corporal. I. Costa, 
Helder Cravo da. II. Título.
CDU 796
U519.52 – 24
Profa. Sandra Miessa
Reitora
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração e Finanças
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora das Unidades Universitárias
Profa. Silvia Gomes Miessa
Vice-Reitora de Recursos Humanos e de Pessoal
Profa. Laura Ancona Lee
Vice-Reitora de Relações Internacionais
Prof. Marcus Vinícius Mathias
Vice-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária
UNIP EaD
Profa. Elisabete Brihy
Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto
Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Material Didático
Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. M. Deise Alcantara Carreiro
 Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes
Projeto gráfico: Revisão:
 Prof. Alexandre Ponzetto Lucas Ricardi
 Carla Moro
 
Sumário
Medidas e Avaliações
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 CONCEITOS BÁSICOS EM MEDIDAS E AVALIAÇÕES .......................................................................... 11
1.1 Valores de referências ......................................................................................................................... 12
1.2 Tipos de avaliações .............................................................................................................................. 13
1.3 Critérios de seleção de testes .......................................................................................................... 13
1.3.1 Critérios que garantem testes confiáveis ..................................................................................... 14
1.4 Erros de medida .................................................................................................................................... 15
1.5 Teste de laboratório e teste de campo ........................................................................................ 15
1.6 Ética em medidas e avaliações ....................................................................................................... 16
2 AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS ............................................................................................................ 16
2.1 Estatura .................................................................................................................................................... 16
2.2 Peso corporal ou massa corporal ................................................................................................... 23
2.3 Envergadura ............................................................................................................................................ 29
2.4 Diâmetros ósseos .................................................................................................................................. 29
2.4.1 Cuidados durante a realização das medidas ............................................................................... 30
2.4.2 Procedimentos para medição dos diâmetros ósseos ................................................................ 31
2.4.3 Pontos mais frequentes de mensuração de diâmetros ósseos ............................................. 31
2.4.4 Descrição dos pontos anatômicos ................................................................................................... 32
2.5 Perímetros ou circunferências ........................................................................................................ 37
2.5.1 Procedimentos para medição das circunferências .................................................................... 38
2.5.2 Pontos mais frequentes de mensuração de circunferências corporais ............................ 38
2.5.3 Descrição dos pontos anatômicos ................................................................................................... 39
2.6 Dobras cutâneas ................................................................................................................................... 46
2.6.1 Procedimentos para medição das dobras cutâneas ................................................................. 47
2.6.2 Erros do avaliador ................................................................................................................................... 48
2.6.3 Pontos mais frequentes de mensuração das dobras cutâneas ............................................ 48
2.6.4 Descrição dos pontos anatômicos ................................................................................................... 49
3 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL............................................................................................ 56
3.1 Composição corporal .......................................................................................................................... 56
3.2 Métodos para detecção da composição corporal ................................................................... 56
3.2.1 Métodos indiretos ...................................................................................................................................com os pés unidos e os braços ligeiramente afastados 
do corpo. O avaliador deve permanecer na lateral do avaliado. Caso seja possível, um assistente pode 
posicionar a fita atrás do avaliado.
Figura 34 – Medida de circunferência do quadril
Figura 35 – Medida de circunferência do quadril (vista lateral)
43
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.5.3.6 Coxa (proximal)
Imediatamente abaixo da prega glútea, estando o avaliado em posição anatômica.
O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado, e a medida é horizontal.
Figura 36 – Medida de circunferência da coxa proximal
2.5.3.7 Perna
Maior circunferência (no terço proximal) perpendicular ao eixo da perna. A medida deve ser 
realizada horizontalmente.
O avaliado deve estar de pé com o peso corporal dividido igualmente entre as duas pernas. 
O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado.
Figura 37 – Medida de circunferência da perna
44
Unidade I
2.5.3.8 Tornozelo
Menor circunferência (no terço distal) perpendicular ao eixo da perna, medida horizontalmente.
O avaliado deve estar de pé, com o peso corporal dividido igualmente entre as duas pernas. 
O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado.
Figura 38 – Medida de circunferência do tornozelo
2.5.3.9 Braço relaxado
Circunferência perpendicular ao eixo do segmento tomada na região média do braço relaxado 
(entre o processo acromial da escápula e o processo olécrano da ulna), estando o avaliado em 
posição anatômica. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado.
Figura 39 – Medida de circunferência do braço
45
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.5.3.10 Braço fletido
Maior circunferência perpendicular ao eixo do segmento quando o braço está em flexão. O braço 
deve estar paralelo ao solo.
O braço esquerdo deve opor resistência de forma que o antebraço e o braço formem um ângulo de 90º. 
O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado.
Figura 40 – Medida de circunferência do braço fletido
2.5.3.11 Antebraço
Maior circunferência (terço proximal) do segmento. O cotovelo deve estar em extensão e o braço, 
relaxado. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado.
Figura 41 – Medida de circunferência do antebraço
46
Unidade I
2.5.3.12 Punho
Menor circunferência (no terço distal) perpendicular ao eixo do antebraço. O avaliador permanece 
à frente do avaliado.
Figura 42 – Medida de circunferência do punho
2.6 Dobras cutâneas
Prega cutânea, ou dobra cutânea, se refere à espessura em milímetros de três camadas de pele mais 
a gordura subcutânea. As medidas de espessuras das dobras cutâneas podem ser realizadas em várias 
regiões do corpo humano, sendo que várias medidas oferecem visão mais clara quanto à disposição 
da gordura. Assim, torna-se possível verificar a possibilidade de conhecer o padrão de distribuição do 
tecido adiposo subcutâneo, pelas diferentes regiões anatômicas. O equipamento que realiza essa medida 
se chama adipômetro ou compasso de dobras cutâneas.
Figura 43 – Modelos de adipômetros ou compasso de dobras cutâneas
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 53)
47
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
As medidas de dobras cutâneas não devem ser realizadas após a prática de atividades físicas devido 
à mudança de fluídos corporais durante a prática, o que pode alterar o valor da medida.
O avaliador deve realizar a maior quantidade de avaliações possível para se tornar experiente. É 
necessário muito tempo e prática para realizar as medições sem erros.
Pele
Gordura
Músculo
Osso
Figura 44 – Demonstração dos tecidos envolvidos na medida das dobras cutâneas
Fonte: Rocha e Guedes Jr. (2013, p. 108).
Como já dito anteriormente, deve-se atentar aos cuidados durante a verificação das medidas.
2.6.1 Procedimentos para medição das dobras cutâneas
Alguns procedimentos devem ser seguidos:
• Assegurar que a pele do avaliado esteja seca, sem loções hidratantes ou óleos corporais que 
podem fazer com que o compasso deslize.
• Segurar o compasso com a mão direita.
• Destacar o tecido adiposo das estruturas mais profundas utilizando os dedos polegar e indicador 
da mão esquerda.
• Identificar e marcar o local para a medição da dobra cutânea.
• Segurar a dobra cutânea até a realizar a leitura.
• Colocar as hastes do compasso de dobras cutâneas 1 cm abaixo dos dedos que estão 
segurando a dobra.
• Manter compasso perpendicular à dobra cutânea.
• Realizar as medições do lado direito do avaliado.
• Soltar a pressão das hastes do compasso lentamente.
48
Unidade I
• Aguardar de 2 a 4 segundos após soltar a pressão das hastes do compasso para realizar a 
leitura da medida.
• Realizar três medidas em cada ponto, intercaladas entre si.
• Adotar o valor mediano (intermediário) como sendo a medida da dobra cutânea, ou somar os três 
valores obtidos e extrair a média.
• Realizar nova série de medidas quando houver uma diferença superior a 5%.
2.6.2 Erros do avaliador
Podemos citar como erros do avaliador:
• Largar a dobra cutânea antes da realização da medida.
• Não colocar o compasso perpendicular à medida.
• Não respeitar o sentido da medida.
• Não respeitar o número de repetições da medida (três vezes).
• Não aguardar o tempo de leitura da medida (2 a 4 segundos).
• Efetuar leitura errada do compasso.
2.6.3 Pontos mais frequentes de mensuração das dobras cutâneas
A seguir, serão apresentados os pontos mais frequentes de mensuração das dobras cutâneas:
• tricipital (tríceps);
• bicipital (bíceps);
• subescapular;
• peitoral/torácica;
• axilar média;
• abdominal;
• suprailíaca;
• coxa;
• perna.
49
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.6.4 Descrição dos pontos anatômicos
2.6.4.1 Tricipital
Mede-se o ponto médio localizado entre o acrômio e o olécrano na face posterior do braço.
O acrômio (do grego: akron = ponta; omos = ombro) é um processo posterior e grande que se projeta 
anteriormente em um ângulo de 90º a partir da extremidade lateral da espinha da escápula. Se você 
passar os dedos ao longo da face superior da articulação do ombro, sentirá esse processo na borda 
lateral, sob a pele. O olécrano é uma projeção posterior espessa da epífise proximal da ulna que forma 
a “ponta do cotovelo”.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar atrás do avaliado, que estará com o 
cotovelo estendido. Utilizando o polegar e o dedo indicador, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido 
subcutâneo do tecido muscular no sentido do eixo longitudinal do corpo.
Figura 45 – Medida de dobra cutânea tricipital
2.6.4.2 Bicipital
Mede-se o ponto localizado na face anterior do braço na altura do ponto onde foi realizada 
a medida da dobra cutânea tricipital, no ponto de maior circunferência aparente do ventre 
muscular do bíceps.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar na frente do avaliado, que estará com o 
cotovelo estendido. Utilizando o polegar e o dedo indicador, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido 
subcutâneo do tecido muscular no sentido do eixo longitudinal do corpo.
50
Unidade I
Figura 46 – Medida de dobra cutânea bicipital
2.6.4.3 Subescapular
Mede-se o ponto imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula. A escápula é um osso 
triangular localizado na parte posterior sobre a caixa torácica.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar atrás do avaliado, que deve permanecer 
com os ombros sem contrações específicas, relaxado. Utilizando o polegar e o dedo indicador, o 
avaliador faz uma pinça e separa o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido oblíquo ao eixo 
longitudinal do corpo, seguindo orientação dos arcos costais, mais ou menos 2 cm abaixo do ângulo 
inferior da escápula.
Figura 47 – Medida de dobra cutânea subescapular
51
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.6.4.4 Peitoral/torácica
Mede-se o ponto localizado entre a linha axilar anterior e o mamilo, sendo em locais diferente entre 
homens e mulheres.
A linha axilar anterior representa uma linha imaginária que segue longitudinalmente (verticalmente) 
ao longo da prega axilar anterior, que é formada pela margem ínfero-lateral do músculo peitoral maiorquando passa da caixa torácica para o úmero no braço.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar na lateral do avaliado, que deve manter 
o membro superior relaxado. Utilizando o polegar e o dedo indicador da mão esquerda, o avaliador faz 
uma pinça e separa o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido oblíquo ao eixo longitudinal do 
corpo, sendo para os homens na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo e para as 
mulheres no terço proximal dessa distância.
Figura 48 – Medida de dobra cutânea peitoral
2.6.4.5 Axilar média
Mede-se o ponto localizado na linha axilar média na altura do processo xifoide.
A linha axilar média representa uma linha imaginária que segue longitudinalmente (verticalmente) 
e se inicia no ápice (parte mais profunda) da fossa axilar, paralelamente à linha axilar anterior. Já o 
processo xifoide é uma pequena projeção de cartilagem na região anterior do tórax, estando na porção 
inferior do corpo do esterno.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar na lateral do avaliado, que deve 
manter o membro superior deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Utilizando 
o polegar e o dedo indicador da mão esquerda, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido 
subcutâneo do tecido muscular do ponto localizado na intersecção entre a linha axilar média e 
uma linha imaginária transversal na altura do processo xifoide do esterno. A medida é realizada 
obliquamente ao eixo longitudinal.
52
Unidade I
Essa medida pode ser feita transversalmente ou longitudinalmente.
Figura 49 – Medida de dobra cutânea axilar média transversal
Figura 50 – Medida de dobra cutânea axilar média longitudinal
53
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.6.4.6 Abdominal
Mede-se a dobra na região abdominal no ponto localizado 2 cm à direita da borda lateral da 
cicatriz umbilical.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. Utilizando o polegar 
e o dedo indicador da mão esquerda, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido subcutâneo do 
tecido muscular, com cuidado para não pressionar o tecido conjuntivo fibroso que constitui as bordas 
da cicatriz umbilical, pois isso alteraria o formato natural da cicatriz. Na maioria dos protocolos, essa 
medida é feita de forma longitudinal. No entanto, no protocolo de Lohman (1992), essa medida é 
realizada horizontalmente.
Figura 51 – Medida de dobra cutânea abdominal horizontal
Figura 52 – Medida de dobra cutânea longitudinal
54
Unidade I
2.6.4.7 Suprailíaca
Mede-se o ponto localizado a 2 cm da crista ilíaca, na distância entre o último arco costal e a crista 
ilíaca, sobre a linha axilar média.
A crista ilíaca é uma linha óssea proeminente, aguçada e localizada na margem superior do 
osso ílio, entre a espinha ilíaca ântero-superior e espinha ilíaca póstero-superior. A linha axilar média 
representa uma linha imaginária que segue longitudinalmente (verticalmente) e se inicia no ápice (parte 
mais profunda) da fossa axilar, paralelamente à linha axilar anterior.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar na lateral do avaliado, que deve manter 
o membro superior deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Utilizando o polegar 
e o dedo indicador da mão esquerda, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido subcutâneo do 
tecido muscular na linha axilar média imediatamente superior à crista ilíaca. A medida é realizada 
obliquamente ao eixo longitudinal e deve ser feita obliquamente ao eixo longitudinal.
Figura 53 – Medida de dobra cutânea suprailíaca
2.6.4.8 Coxa
Mede-se o ponto médio localizado entre o ligamento inguinal no quadril e a borda superior da 
patela na articulação do joelho na face anterior da coxa.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. Para facilitar o 
pinçamento dessa dobra, o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma 
semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. Utilizando o polegar e 
o dedo indicador da mão esquerda, o avaliador faz uma pinça e separa o tecido subcutâneo do tecido 
muscular paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto femoral. O avaliador permanece 
posicionado a frente do avaliado.
55
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 54 – Medida de dobra cutânea da coxa
2.6.4.9 Perna
Mede-se o ponto localizado na parte medial da perna, no ponto de maior circunferência.
Para mensuração da dobra, o avaliador deve se posicionar à frente do avaliado, estando este 
sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90º e o tornozelo em posição anatômica e o pé sem 
apoio, deixando a musculatura relaxada. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com 
o polegar e o dedo indicador da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia separando o tecido 
subcutâneo do tecido muscular, paralelamente ao eixo longitudinal do corpo.
Figura 55 – Medida de dobra cutânea da perna
56
Unidade I
3 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
3.1 Composição corporal
A composição corporal é considerada um componente da aptidão física relacionada à saúde e ao 
treinamento. Existe uma relação entre a quantidade e distribuição da gordura com as alterações no 
nível de aptidão física e no estado de saúde. Além do mais, o excesso de gordura corporal favorece o 
desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas.
O processo de envelhecimento normal (senescência) também altera a composição corporal, pois, à 
medida que perdemos massa muscular, o percentual de gordura corporal aumenta.
3.2 Métodos para detecção da composição corporal
Os métodos utilizados para a detecção da composição corporal são divididos entre os métodos 
diretos, indiretos e duplamente indiretos, sendo que no método direto, cada um dos componentes 
corporais é separado e pesado isoladamente (ossos, vísceras, músculos, gordura). As informações são 
obtidas de diferentes tecidos do corpo, mediante dissecação macroscópica ou por meio da extração 
lipídica. Esse procedimento, portanto, implica em alta quantidade de incisões, o que limita seu uso 
somente à dissecação de cadáveres.
3.2.1 Métodos indiretos
Os métodos indiretos são aqueles em que não há a manipulação dos componentes separadamente 
e, apesar de apresentarem precisão secundária quando comparados aos primários, são viáveis de serem 
realizados e são considerados confiáveis, com grande grau de precisão. Esses métodos são validados a 
partir do método direto e contam com uma gama de modelos (simples e complexos) e equipamentos, 
sendo alguns de alto custo financeiro.
Os métodos indiretos podem ser divididos em métodos químicos e métodos físicos. A contagem total 
de potássio corporal e a excreção urinária de creatinina são considerados métodos químicos, enquanto 
a pletismografia, a pesagem hidrostática (hidrodensitometria), o Dexa (o raio X de dupla energia), a 
tomografia (raio X), a ultrassonografia e a ressonância magnética são considerados métodos físicos.
3.2.1.1 Potássio corporal total
Este método pode estimar a massa livre de gordura (MLG) por meio da contagem de potássio existente 
no corpo, usando a técnica de espectrometria de raios gama. Nesse equipamento são geradas imagens da 
distribuição de um radioisótopo (emissor de raios gama) injetado no paciente e, após sua absorção pelo 
corpo, elas são analisadas de forma quantitativa através de cálculos da concentração e velocidade de 
movimento desse radioisótopo. O radioisótopo 40K (potássio 40) permite sua detecção e sua quantificação, 
a partir de sua emissão de radiação gama, a qual é detectada por um equipamento de cintilografia 
(captador de raios gama). Então, ao se estabelecer a quantidade de potássio corporal total, pode-se 
estimar a MLG. Essa técnica tem sua utilização limitada devido ao alto custo e à dificuldade técnica.
57
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
3.2.1.2 Excreção urinária de creatinina
Existe uma relação significativa entre creatinina corporal e a produção da creatinina urinária. Por 
meio desse método, épossível estabelecer uma relação entre a excreção urinária de creatinina com a 
massa livre de gordura (MLG). Entretanto, a variação do processamento renal da creatinina diariamente 
é um dos fatores que afetam a validação deste método. Assim, o erro é muito elevado quando a MLG é 
estimada pela excreção de creatinina (3 a 8 kg) se comparado com os valores da contagem de potássio 
e da pesagem hidrostática, motivo pelo qual o método não é muito utilizado.
3.2.1.3 Pesagem hidrostática
A pesagem hidrostática é baseada no Princípio de Arquimedes e é considerada o “padrão-ouro” 
das avaliações indiretas. Esse princípio diz que quando um corpo é submerso em água, ele desloca um 
volume de água igual ao seu próprio volume.
Essa relação do peso do objeto no ar, dividido pela perda de peso em água, é conhecida como 
densidade ou gravidade específica. Para determinação do volume corporal por meio da pesagem 
hidrostática (ou pesagem subaquática), será calculada a diferença entre o peso corporal aferido 
normalmente fora da água e a medição do corpo submerso em água, bem como o volume de água 
por ele deslocado. Isso tem servido de embasamento para a utilização da pesagem hidrostática na 
determinação da densidade e do volume corporal.
Assim, para determinação da densidade corporal, o indivíduo deve ser pesado fora e dentro da água, 
sendo em seguida aplicados esses valores em uma equação matemática. Após esse cálculo, obtêm-se 
a estimativa da densidade corporal. Na sequência, através de modelos matemáticos de Siri (1961) e 
Brozek et al. (1963), é possível estimar o percentual de gordura corporal (%G). A pesagem hidrostática 
considera que o corpo é formado por dois componentes distintos, massa de gordura (MG) e massa livre 
de gordura (MLG). Sendo assim, determinada a porcentagem de gordura, a massa magra é derivada pela 
simples subtração matemática.
3.2.1.4 Plestismografia
A plestimografia estima o volume corporal através do deslocamento de ar. Uma vez determinado 
o volume corporal, a densidade corporal poderá ser estimada, assim como o percentual de gordura 
corporal. Essa técnica obteve uma excelente correlação com a pesagem hidrostática para valores do %G 
(r = 0,96) em homens e mulheres de diferentes idades, níveis de gordura corporal e etnicidades.
Este é um método simples, seguro e que requer uma cooperação mínima do sujeito avaliado, porém, 
exige um equipamento complexo, sofisticado e de alto custo. A avaliação através da pletismografia consiste 
de uma câmara construída de fibra de vidro com uma janela de acrílico, contendo no seu interior um volume 
aproximado de 450 litros com um assento para o avaliado se acomodar. Através de um software específico, 
conectado à câmara, são determinadas variações de volumes de ar e de pressão em seu interior, com a câmara 
desocupada e com o avaliado, além de variáveis pulmonares necessárias às estimativas do volume corporal.
58
Unidade I
Trata-se de uma técnica baseada no princípio da Lei de Deslocamento de Ar de Boyle, a qual 
estabelece que, para um corpo em um recipiente fechado de temperatura constante, a pressão de 
um gás é inversamente proporcional ao seu volume. Assim, quando alguém entrar no equipamento, 
deslocará um volume de ar que também modificará a pressão do ambiente. Quando o avaliado entra 
na câmara, uma nova pressão interna é estabelecida, tornando possível avaliar o volume de ar em 
seu interior.
O volume corporal será determinado por meio da subtração de ambos os volumes de ar no interior 
da câmara, e também por meio da correção do ar dos pulmões do avaliado. Um software específico é 
utilizado para realizar essas aferições.
Após a determinação do volume corporal, é possível verificar por equação matemática a densidade 
corporal através da relação entre a massa corporal e seu volume. Com a densidade corporal é possível, 
através de modelos matemáticos iguais aos utilizados na pesagem hidrostática, estimar a massa de 
gordura e a massa livre de gordura.
Figura 56 – Equipamento de pletismografia
Disponível em: https://tinyurl.com/3w6zrxfw. Acesso em: 8 nov. 2023.
59
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
3.2.1.5 Dexa (Absormetria por raios X de dupla energia)
Essa técnica está baseada na premissa de que o corpo é constituído por três compartimentos 
(gordura, mineral ósseo e tecido magro não ósseo) e que cada um possui densidades diferentes. 
Esse método pode ser considerado um dos mais confiáveis para a determinação da massa óssea, 
permitindo diagnóstico de osteoporose, por meio da análise do conteúdo mineral ósseo da coluna 
lombar e do fêmur proximal, locais onde ocorrem as principais faturas nessa doença.
O princípio básico do Dexa é a utilização de uma fonte de raios X que atravessam o corpo do 
paciente e é analisada por um detector de cintilação que, com o uso de um software especializado, 
reconstrói uma imagem dos tecidos subjacentes, permitindo a determinação das massas ósseas, de 
gordura e livre de gordura a partir da quantificação de cada uma delas.
Possui forte correlação com a pesagem hidrostática (r = 0,93) e é considerado um bom método 
de validação da composição corporal. Quando comparado a outros métodos para avaliar composição 
corporal, o Dexa é considerado um procedimento não invasivo, rápido, não traumático, altamente 
preciso e reprodutivo, que requisita o mínimo de cooperação do avaliado e ainda considera a variação 
individual no conteúdo de mineral ósseo.
Entretanto, o alto custo do equipamento e a exposição dos corpos à radiação são fatores limitantes 
para seu uso.
Figura 57 – Equipamento de absormetria por raio X de dupla energia (Dexa)
Disponível em: https://tinyurl.com/3vnxpsm3. Acesso em: 8 nov. 2023.
60
Unidade I
3.2.1.6 Tomografia
Essa técnica é capaz de produzir várias imagens bidimensionais de diferentes segmentos do corpo. 
São emitidos feixes de raios X que passam através dos tecidos e relatam as pequenas diferenças em 
atenuação para as diferentes densidades dos tecidos, construindo uma imagem bidimensional em corte 
transversal da anatomia subjacente do corpo. Existe forte relação entre as medidas antropométricas na 
região abdominal (pregas cutâneas e circunferência) com o volume total do tecido adiposo mapeado 
por tomografia.
Alguns fatores limitantes ao uso da tomografia são a exposição à radiação, principalmente 
em mulheres grávidas e crianças, o alto custo do equipamento e a necessidade de técnicos 
especializados.
Figura 58 – Equipamento de tomografia
Disponível em: https://tinyurl.com/4zczb2m8. Acesso em: 8 nov. 2023.
3.2.1.7 Ultrassonografia
A ultrassonografia utiliza um instrumento para converter a energia elétrica através de uma sonda e 
um receptor em ondas sonoras de alta frequência. Essas ondas sonoras de alta frequência penetram nos 
tecidos (pele, gordura, músculos e ossos) e produzem sons diferentes para cada um deles, pois cada um 
possui propriedades acústicas diferentes. As ondas sonoras serão refletidas nos tecidos e retornam para 
o equipamento emissor (transdutor). Dessa forma, pode-se mapear a espessura do músculo e da gordura 
nas diferentes regiões corporais e também estimar sua quantidade. Algumas limitações, como custo e 
dificuldade técnica têm restringido o seu uso, mas ela é muito utilizada em pacientes hospitalizados 
para avaliar o estado nutricional durante os períodos de redução e aumento de peso.
61
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 59 – Equipamento de ultrassonografia
Disponível em: https://tinyurl.com/yhthnvnd. Acesso em: 8 nov. 2023.
3.2.1.8 Ressonância magnética
A técnica por ressonância magnética consiste na formação de um poderoso campo magnético 
(radiação eletromagnética) irradiado por pulsos de frequência de rádio, excitando os núcleos de 
hidrogênio da água corporal e das moléculas lipídicas e os induzindo a produzirem um sinal detectável 
que pode gerar imagens de vários tecidos corporais.
Esta técnica é utilizada para quantificar o tecido adiposo total e subcutâneo em indivíduos com 
diferentes níveis de gordura corporal.Ela tem a vantagem de não usar radiação iônica, mas, devido 
ao custo elevado e à dificuldade técnica, é mais utilizada em hospitais para diagnóstico médico.
62
Unidade I
Figura 60 – Equipamento de ressonância magnética
Disponível em: https://tinyurl.com/dctrrrj4. Acesso em: 8 nov. 2023.
3.2.2 Métodos duplamente indiretos
A determinação da composição corporal por meio dos métodos indiretos é mais complexa devido 
à necessidade de equipamentos caros e sofisticados, bem como de técnicos altamente treinados, o que 
torna sua utilização inviável em larga escala em situações de campo. A alternativa mais comum é o uso 
de métodos duplamente indiretos.
Os métodos duplamente indiretos apresentam precisão terciária quando comparados aos métodos 
diretos; porém, as técnicas duplamente indiretas são menos rigorosas, têm uma melhor aplicação prática 
em virtude de sua simplicidade e um menor custo financeiro e ainda podem ser aplicadas em ambiente 
de campo e clínico.
A bioimpedância elétrica e a antropometria são métodos duplamente indiretos amplamente 
utilizados para a avaliação da composição corporal.
3.2.2.1 Bioimpedância elétrica
Determina a composição corporal a partir da água corporal total. Tem como base o princípio de 
condutividade elétrica. Por esse método, uma corrente elétrica de baixa intensidade (500 a 800 µA e 50 kHz) 
passa através do corpo do avaliado, e a impedância (Z) ou oposição ao fluxo da corrente é medida com 
o analisador de bioimpedância. Na prática, cada componente corporal oferece uma resistência diferente 
à passagem da corrente elétrica. Assim, os ossos e a gordura, que contêm uma pequena quantidade 
de água, constituem um meio de baixa condutividade, ou seja, uma alta resistência à corrente elétrica. 
Entretanto, a massa muscular e outros tecidos contêm mais água e eletrólitos corporais do que a 
gordura, funcionando como um excelente condutor de corrente elétrica.
63
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Portanto, a resistência ao fluxo da corrente é maior em indivíduos com maior quantidade de gordura 
corporal; por outro lado, indivíduos com grande quantidade de massa muscular e água corporal total 
têm menor resistência ao fluxo da corrente.
O aparelho de bioimpedância elétrica irá identificar os níveis de resistência (medida da oposição 
à corrente elétrica pelo corpo) e reatância do organismo à corrente elétrica; assim, após identificar os 
níveis de resistência e reatância, é calculada a razão entre esses componentes, obtendo-se o valor de 
bioimpedância. Para a análise, a fim de quantificar o total de água no organismo e predizer, através 
dessa quantidade de água, a quantidade de gordura corporal do indivíduo, são utilizadas equações 
matemáticas de estimativa baseada em modelos específicos para diferentes tipos de populações 
ou generalizações.
Vale ressaltar que existem alterações na quantidade de água corporal e densidade óssea em 
indivíduos de diferentes idades, etnias, níveis de atividade física e níveis de gordura corporal. Essas 
equações proporcionam estimativas aceitáveis de massa livre de gordura, água corporal total e 
medidas de bioimpedância e foram desenvolvidas para crianças, pessoas idosas, americanos indígenas, 
hispânicos, brancos, obesos e atletas. Além disso, existem softwares que permitem selecionar uma 
equação de bioimpedância apropriada para estimar a massa livre de gordura do avaliado em função das 
características físicas.
Os melhores equipamentos de bioimpedância elétrica são os tetrapolares (quatro eletrodos), uma 
vez que conseguem avaliar a passagem da corrente elétrica no corpo inteiro (membros superiores 
e inferiores). Nesse procedimento, dois condutores são colocados na mão e no pé e outros dois são 
colocados no punho e no tornozelo.
Entretanto, existem os aparelhos bipolares, que são considerados mais suscetíveis a erros, uma 
vez que avaliam a passagem da corrente elétrica em apenas um dos segmentos corporais (membros 
inferiores ou membros superiores).
A praticidade, a velocidade e a relativa simplicidade de execução do método representam uma 
grande vantagem de sua utilização em academias, clubes ou clínicas. No entanto, a validade e a precisão 
do método de bioimpedância elétrica são influenciadas por vários fatores como:
• nível de hidratação do avaliado;
• tipo de instrumento;
• colocação do eletrodo;
• alimentação;
• prática de exercícios anteriores ao teste;
• ciclo menstrual;
64
Unidade I
• temperatura ambiente;
• equação de predição.
Para não comprometer o resultado da análise da composição corporal por bioimpedância elétrica, 
alguns cuidados prévios devem ser levados em consideração, tais como:
• não fazer exercícios 12 horas antes do teste;
• não comer ou beber 4 horas antes do teste;
• não consumir álcool 24 horas antes do teste;
• não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste;
• urinar 30 minutos antes do teste;
• permanecer por, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total repouso, antes 
da execução do teste.
3.2.2.2 Índice de massa corporal (IMC)
A partir das medidas de peso e estatura, é possível calcular o índice de massa corporal (IMC). O IMC 
é uma medida amplamente utilizada para a determinação de desnutrição, do grau de obesidade e de 
riscos à saúde (doenças crônicas) relacionados ao excesso de peso do avaliado. Além disso, o IMC abaixo 
da média e acima dela apresenta alta correlação com a taxa de mortalidade.
Trata-se de um método prático, rápido e sem custo algum.
O IMC é calculado por meio do peso do avaliado (em quilos), dividido pela estatura do avaliado ao 
quadrado (em metros).
Portanto:
IMC = Peso ÷ (Estatura)2
A avaliada Ana, que descrevemos no início desse livro, pesa 75 kg e tem 1,60 m de estatura.
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 75 ÷ (1,60 × 1,60)
IMC = 75 ÷ (2,56)
IMC = 29,29 kg/m2
João pesa 60 kg e tem 1,70 m de estatura.
65
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 60 ÷ (1,70 × 1,70)
IMC = 60 ÷ 2,89
IMC = 20,76 kg/m2
Beatriz pesa 75 kg e tem 1,60 m de estatura.
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 75 ÷ (1,60 × 1,60)
IMC = 75 ÷ (2,56)
IMC = 29,29 kg/m2
Mauro pesa 85 kg e tem 1,80 m de estatura.
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 85 ÷ (1,80 × 1,80)
IMC = 85 ÷ (3,24)
IMC = 26,23 kg/m2
Júlia pesa 60 kg e tem 1,20 m de estatura.
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 60 ÷ (1,20 × 1,20)
IMC = 60 ÷ (1,44)
IMC = 41,66 kg/m2
Helena pesa 90 kg e tem 1,80 m de estatura.
Logo:
IMC = Peso ÷ (Estatura × Estatura)
IMC = 90 ÷ (1,80 × 1,80)
IMC = 90 ÷ (3,24)
IMC = 27,77 kg/m2
66
Unidade I
Após calcular a medida de IMC, é necessário interpretarmos o resultado obtido, o que se refere 
à avaliação.
Considerando os avaliados Ana, João, Beatriz, Mauro, Júlia e Helena, podemos observar diferentes 
valores de IMC:
Ana: 29,29 kg/m2
João: 20,76 kg/m2
Beatriz: 29,29 kg/m2
Mauro: 26,23 kg/m2
Júlia: 41,67 kg/m2
Helena: 27,78 kg/m2
Embora o cálculo do IMC seja uma medida válida para determinar obesidade recomendada pela 
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS), ela não leva em consideração a composição corporal do avaliado. Ou seja, o 
IMC é um bom indicador, mas não está totalmente correlacionado com a gordura corporal, uma vez que 
o peso do avaliado é composto por uma série de estruturas e não somente gordura. Por exemplo, o peso 
do avaliado é resultado da somatória do peso dos seus ossos, músculos (massa magra), órgãos, sangue, 
água, gordura, pele, entre outras estruturas.
De acordo com a Abeso, o IMC é uma medida matemática baseada apenas no peso e na estatura do 
avaliado e sofre grandes variações de acordo com idade, sexo, etnia, indivíduos treinados vs. indivíduos 
inativos e ainda na presença de perda de estatura em pessoas idosas devido a cifose, por exemplo.
Uma vez que o IMC não leva em consideração a estrutura corporal do avaliado – ou seja,daquele peso total, qual o percentual de massa magra (músculo) e qual o percentual de gordura 
predominantemente –, deve ser usado com cautela, pois não é uma medida válida para praticantes de 
atividades físicas e atletas, por exemplo, que têm um maior desenvolvimento muscular comparado a 
pessoas inativas.
67
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 61 – Ilustração da determinação do IMC de duas pessoas com mesmo peso e estatura, mas 
com características da estrutura corporal completamente distintas
Disponível em: Rocha e Guedes Jr. (2013, p. 92).
A OMS determina a classificação do IMC em adultos a partir dos dados apresentados na tabela a seguir:
Tabela 4 – Classificação internacional da obesidade segundo o IMC e 
riscos de doenças que divide a adiposidade em graus ou classes
IMC (kg/m2) Classificação Obesidade 
Grau/Classe Risco de doença Classificação
Z –3 Magreza acentuada Magreza acentuada Magreza acentuada
≥ Percentil 0,1 e
 Percentil 15 e
 Escore Z +1 e
≤ Escore Z +2
Risco de sobrepeso Sobrepeso Sobrepeso
> Percentil 97 e
≤ Percentil 99,9
> Escore Z +2 e
≤ Escore Z +3
Sobrepeso Obesidade Obesidade
> Percentil 99,9 > Escore Z +3 Obesidade Obesidade grave Obesidade grave
Fonte: Brasil (2011, p. 15).
72
Unidade I
A partir dessa tabela, podemos observar que o escore de Júlia (+3) está classificado como 
obesidade grave.
 Lembrete
Medida: dado quantitativo relacionado à associação de um número a 
uma característica de um ser.
Avaliação: interpretação da medida em função do objetivo da avaliação.
A tabela nos mostra ainda que a condição de sobrepeso está localizada na curva de percentil de 
IMC entre os valores de 85% a 95%. Acima de 95% ocorre a classificação de obesidade para todas as 
idades e gêneros.
Vale ressaltar que a distribuição de gordura corporal possui alta correlação com fatores genéticos. 
Crianças com síndrome de Down, por exemplo, têm taxas de obesidade mais elevadas devido a uma 
variedade de mecanismos fisiológicos e tendências de comportamento. Os pediatras atentam para uma 
avaliação apropriada dessas crianças a fim de identificar alterações e garantir critérios de intervenção 
nutricional adaptadas individualmente, além da prática de atividades físicas.
Com relação a pessoas idosas, o IMC também deve ser usado com cautela, uma vez que é menos 
preciso devido à perda de massa magra e aumento de gordura corporal decorrentes da idade.
Helena praticava atividades físicas frequentemente, mas nos últimos 10 anos está longe dessa 
prática. Dez anos é um tempo extenso demais; certamente, Helena perdeu massa magra durante esse 
processo, até porque somente em decorrência da idade já haveria perda de massa magra e aumento 
da quantidade de gordura. É aceito pelo Ministério da Saúde (Brasil, 2011) que para a pessoa idosa 
(acima de 60 anos), o IMC normal varia de > 22 a 0,94
30-39 0,96
40-49 1,00
50-59 1,02
60-69 1,03
Mulheres
20-29 0,82
30-39 0,84
40-49 0,87
50-59 0,88
60-69 0,90
Adaptado de: Bray e Gray (1988) e Heyward (2010).
3.2.2.4 Diâmetros ósseos
Além de verificar o crescimento de crianças e adolescentes, as avaliações dos diâmetros ósseos 
podem ser utilizadas para determinar o tamanho da estrutura corporal de avaliados adultos e 
pessoas idosas. Isso nos permite estabelecer uma relação entre aqueles que pesam mais devido 
à grande massa musculoesquelética e aqueles que pesam mais devido à grande quantidade de 
gordura. Assim, podemos classificar o tamanho da estrutura corporal a partir de dados de referência 
para largura do cotovelo, e esse índice pode ser utilizado como um parâmetro adicional para a 
avaliação da composição corporal.
75
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A tabela a seguir classifica o tamanho da estrutura corporal dos avaliados de acordo com o diâmetro 
ósseo do cotovelo:
Tabela 7 – Normas de diâmetros do cotovelo (cm) para homens e 
mulheres
Tamanho da estrutura corporal
Idade Pequeno Médio Grande
Homens
18-24 ≤ 6,6 > 6,6 e 6,7 e 6,7 e 6,7 e 6,7 e 6,7 e 5,6 e 5,7 e 5,7 e 5,7 e 5,8 e 5,8 ePara isso, são necessários alguns cálculos que veremos a seguir.
3.2.2.6 Equações de estimativa do percentual de gordura através de circunferências 
corporais para obesos
Protocolo de Penroe, Nelson e Fisher (1985)
Para a realização deste protocolo, serão utilizadas as seguintes medidas de circunferências:
• circunferências para homens: punho direito (cm) e abdômen (cm);
• circunferências para mulheres: abdômen (cm) e quadril (cm).
Para homens, deve ser realizado primeiramente o cálculo da massa magra (MM); na sequência, 
o cálculo do percentual de gordura para homens. Para mulheres, é realizado o cálculo direto de 
percentual de gordura.
76
Unidade I
Massa magra (kg) = [41,955 + (1,038786 × PC)] – [0,82816 × (CA-CP)]
Cálculo do percentual de gordura para homens:
PC MM
%G 100
PC
− = × 
 
Cálculo do percentual de gordura para mulheres:
%G = [(0,55 × CQ) – (0,24 × estatura)] + (0,28 × CA) – 8,43
Legenda:
• %G: percentual de gordura;
• PC: peso corporal em kg;
• MM: massa magra em kg;
• Estatura: estatura em cm;
• CA: circunferência do abdômen em cm;
• CP: circunferência do punho direito em cm;
• CQ: circunferência do quadril em cm.
Veja a seguir alguns exemplos:
Homem
• Peso: 120 kg
• Circunferência do punho direito: 21 cm
• Circunferência do abdômen: 125 cm
Massa magra (kg) = [41,955 + (1,038786 × PC)] – [0,82816 × (CA – CP)]
Massa magra (kg) = [41,955 + (1,038786 × 120)] – [0,82816 × (125 – 21)]
Massa magra (kg) = [41,955 + (124,65)] – [0,82816 × (104)]
77
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Massa magra (kg) = 166,60 – 86,12
Massa magra (kg) = 80,48
Então:
PC MM
%G 100
PC
− = × 
 
120 80,48
%G 100
120
− = × 
 
39,52
%G 100
120
 = × 
 
%G = 0,32 x 100
%G = 32,00
Mulher
• Peso: 112 kg
• Circunferência do quadril: 135 cm
• Circunferência do abdômen: 115 cm
• Estatura: 162 cm
%G = [(0,55 × CQ) – (0,24 × estatura)] + (0,28 × CA) – 8,43
%G = [(0,55×135) – (0,24 × 162)] + (0,28 × 115) – 8,43
%G = [(74,25) – (38,88)] + (32,2) – 8,43
%G = [35,45] + (32,2) – 8,43
%G = 67,65 – 8,43
%G = 59,22
78
Unidade I
Protocolo de Weltman et al. (1987; 1988)
Para a realização desse protocolo, serão utilizadas as seguintes medidas de circunferências:
• mulheres e homens: cintura (cm) e abdômen (cm).
Cálculo do percentual de gordura para mulheres (20 a 60 anos):
%G
CC CA
estatura P� �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � � �0 11077
2
0 17666 0 14354, , , CC� � � 51 03301,
Cálculo do percentual de gordura para homens (24 a 68 anos):
%G
CC CA
PC� �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � �0 31457
2
0 10969 10 8336, , ,
Legenda:
• PC: peso corporal em kg;
• Estatura: estatura em cm;
• CA: circunferência do abdômen em cm;
• CC: circunferência da cintura em cm.
Veja a seguir alguns exemplos:
Mulher
58 anos
• Circunferência do abdômen: 115 cm
• Circunferência da cintura: 112 cm
• Estatura: 160 cm
• Peso corporal: 108 kg
%G
CC CA
estatura P� �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � � �0 11077
2
0 17666 0 14354, , , CC� � � 51 03301,
79
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
%G � �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � � ��0 11077
112 115
2
0 17666 160 0 14354 108, , , �� � 51 03301,
%G � �� ��� �� � � � � � � �0 11077 113 5 28 26 15 50 51 03301, , , , ,
%G � � � �12 57 28 26 15 50 51 03301, , , ,
%G = 50 84,
Homem
32 anos
• Circunferência do abdômen: 118 cm
• Circunferência da cintura: 110 cm
• Estatura: 168 cm
• Peso corporal: 118 kg
%G
CC CA
PC� �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � �0 31457
2
0 10969 10 8336, , ,
%G � �
��
�
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �� � �0 31457
110 118
2
0 10969 118 10 8336, , ,
%G � �� ��� �� � � � �0 31457 114 12 94 10 8336, , ,
%G � � �35 86 12 94 10 8336, , ,
%G = 33 75,
3.2.2.7 Equações de estimativa do percentual de gordura através de circunferências 
corporais para jovens
Além dos protocolos que acabamos de apresentar, específicos para obesos, McArdle, Katch e Katch 
propuseram em 1973 um protocolo para a estimativa da gordura corporal em indivíduos adultos não 
obesos baseado nas circunferências corporais.
80
Unidade I
Protocolo de McArdle, Katch e Katch (1973)
Para a realização desse protocolo, serão utilizadas as seguintes medidas de circunferências:
Figura 66 – Medidas de circunferências
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2003, p. 796).
Tabela 8 – Locais de mensuração de dobras cutâneas de acordo com o 
gênero e a idade no protocolo de McArdle, Katch e Katch
Mulheres (17-26 anos) Mulheres (27-50 anos) Homens (17-26 anos) Homens (27-50 anos)
Abdômen Abdômen Bíceps direito Quadril
Coxa direita Coxa direita Abdômen Abdômen
Antebraço direito Perna direita Antebraço direito Antebraço direito
Fonte: McArdle, Katch e Katch (2003).
81
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A partir dessas medidas, da idade e do gênero do avaliado, os seguintes cálculos serão realizados:
Cálculo do percentual de gordura para mulheres (17 a 26 anos):
%G = (CA × 0,52632) + (CX × 0,819153) – (AT × 1,697032) – 19,6
Cálculo do percentual de gordura para mulheres (27 a 50 anos):
%G = (CA × 0,467493) + (CX × 0,486803) – (PN × 0,569296) – 18,4
Cálculo do percentual de gordura para homens (17 a 26 anos):
%G = (BR × 1,457118) + (CA × 0,516603) – (AT × 2,137743) – 10,2
Cálculo do percentual de gordura para homens (27 a 50 anos):
%G = (CQ × 0,41257) + (CA × 0,3515) – (AT × 1,181781) – 15,0
Legenda:
• CA: circunferência abdominal em cm;
• CX: circunferência da coxa direita em cm;
• AT: circunferência do antebraço direito em cm;
• PN: circunferência da perna direita em cm;
• BR: circunferência do bíceps direito relaxado em cm;
• CQ: circunferência do quadril em cm.
Veja outro exemplo:
Mulher
30 anos
• Circunferência do abdômen: 120 cm
• Circunferência da coxa direita: 75 cm
• Circunferência da perna direita: 40 cm
82
Unidade I
Logo:
%G = (AB × 0,467493) + (CX × 0,486803) – (PN × 0,569296) – 18,4
%G = (120 × 0,467493) + (75 × 0,486803) – (40 × 0,569296) – 18,4
%G = 56,09 + 36,51 – 22,77 – 18,4
%G = 51,43
Homem
19 anos
• Circunferência do braço direito: 40 cm
• Circunferência do abdômen: 98 cm
• Circunferência do antebraço direito: 22 cm
Logo:
%G = (BR × 1,457118) + (AB × 0,516603) – (AT × 2,137743) – 10,2
%G = (40 × 1,457118) + (98 × 0,516603) – (22 × 2,137743) – 10,2
%G = 58,28 + 50,62 – 47,03 – 10,2
%G = 51,67
3.2.2.8 Equações de estimativa da gordura através de circunferências corporais para 
pessoas idosas
A avaliação das circunferências corporais também pode ser utilizada para estimar percentual de 
gordura em pessoas idosas.. O protocolo de Tran e Weltman (1988; 1989) preconiza fórmulas que podem 
ser aplicadas dos 15 aos 79 anos de idade.
Cálculo da densidade corporal para mulheres (15 a 79 anos)
DC g cm
CC CA
� �� � � � �/ , - , ,3 1168297 0 002824
2
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2
0 000733128 0 0005
2CC CA
CQ
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 �� � �, , 110477 0 000216161�� � �� �Estatura Idade– ,
83
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Legenda:
• Idade em anos:
• CA: circunferência do abdômen em cm;
• CC: circunferência da cintura em cm;
• CQ: circunferência do quadril em cm.
• Estatura em centímetros:
Em mulheres avaliadas, esse protocolo calcula inicialmente a densidade corporal (DC), que terá que 
ser convertida em percentual de gordura por outra equação. Para essa densidade, é necessário usar o 
cálculo de conversão em percentual de gordura através da fórmula de conversão para mulheres entre 
60 e 90 anos de idade.
Cálculo do percentual de gordura para mulheres (15 a 79 anos):
%G
DC
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�
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�
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5 02
4 57 100
,
,
Caso o avaliado tenha idade inferior a 60 anos, é necessário utilizar a fórmula de conversão proposta 
por Siri (1961) ou Brozek (1963), descritas no próximo item (sobre dobras cutâneas).
Cálculo do percentual de gordura para homens (15 a 78 anos):
%G = –47,371817 + (0,57914807 × CA) + (0,25189114 × CQ) + (0,21366088 × CIL) – (0,35595404 × PC)
Legenda:
• CA: circunferência do abdômen em cm;
• CQ: circunferênciado quadril em cm;
• CIL: circunferência ilíaca;
• PC: peso corporal em kg.
84
Unidade I
Veja alguns exemplos:
Mulher
Idade: 75 anos
Circunferência do abdômen: 98 cm
Circunferência da cintura: 92 cm
Circunferência do quadril: 115 cm
Estatura: 157 cm
DC g cm
CC CA
� � � �/ , , ,3 1168297 0 002824
2
0 00001� � � � �
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2
0 000733128 0 00051
2CC CA
CQ
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DC� � � � � �g cm =/ , , ,3 1168297 0 002824
92 98
2
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92 98
2
0 000733128 115 0 00
2
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2
0 000733128 115 0 000510477 157 0 0002161
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g cm/ , , ,
,
3 1168297 0 2682 0 0000122098 9025
0 00
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DC� g cm/ , , , , , ,3 1168297 0 2682 0 1101 0 0843 0 0801 0 0162� � � � � � � �
DC(g/cm3) = 0,9897
85
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Assim, 
5,02
%G 4,57 100
DC
  = − ×    
5,02
%G 4,57 100
0,9897
  = − ×  
  
( )%G 5,0722 4,57 100=  − × 
%G = 0,502x100
%G = 50,22
Homem
Idade: 68 anos
• Circunferência do abdômen: 110 cm
• Circunferência do quadril: 105 cm
• Circunferência ilíaca: 100 cm
• Peso corporal: 98 kg
%G = - 47,371817 + (0,57914807 x CA) + (0,25189114 x CQ) + (0,21366088 x CIL) - (0,35595404 x PC)
%G = - 47,371817 + (0,57914807 x 110) + (0,25189114 x 105) + (0,21366088 x 100) - (0,35595404 x 98) 
%G = - 47,371817 + (63,70) + (26,44) + (21,36) - (34,88)
%G = 29,24
86
Unidade I
3.2.2.9 Equações de estimativa do percentual de gordura através de circunferências 
corporais para população clínica
Doenças cardíacas – somente homens (Tran; Weltman, 1988)
Cálculo do percentual de gordura para homens entre 46 e 82 anos
( )
( ) ( )
CC CA
%G 47,371817 0,57914807 0,25189114 CQ +
2
0,21366088 CIL – 0,35595404 PC
 + = − + × + ×    
× ×
Legenda:
• CA: circunferência do abdômen em cm;
• CC: circunferência da cintura em cm;
• CQ: circunferência do quadril em cm;
• Cil: circunferência ilíaca em cm;
PC: peso corporal em kg.
Veja um exemplo:
Homem
50 anos
• Circunferência do abdômen: 120 cm
• Circunferência da cintura: 115 cm
• Circunferência do quadril: 100 cm
• Circunferência ilíaca: 98 cm
• Peso corporal: 102 kg
87
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
( )
( ) ( )
CC CA
%G 47,371817 0,57914807 0,25189114 CQ +
2
0,21366088 CIL – 0,35595404 PC
 + = − + × + ×    
× ×
( )
( ) ( )
115 120
%G 47,371817 0,57914807 0,25189114 100 +
2
0,21366088 98 – 0,35595404 1 02
 + = − + × + ×    
× ×
%G = - 47,371817 + 68,04 + 25,18 + 20,93 - 36,30
%G = 30,47
3.2.2.10 Dobras cutâneas
Assim como pudemos verificar as estimativas de gordura corporal por meio das circunferências, 
existem várias equações descritas na literatura para a predição da gordura corporal por meio das dobras 
cutâneas. Cada equação foi desenvolvida para uma população específica; assim, o avaliador deve 
escolher a equação que se enquadra nas características do avaliado. Isso é fundamental. Quando esse 
fator importante na escolha da equação não é levado em consideração, podemos produzir resultados 
distorcidos para indivíduos diferentes daqueles que fizeram parte da amostra que deu origem à equação, 
inserindo assim um erro metodológico.
Existem os modelos de equações de regressão linear (aplicáveis a populações específicas) e os 
modelos quadráticos (aplicáveis a populações generalizadas). Como dito anteriormente, sempre busque 
utilizar equações específicas para a população avaliada.
Basicamente, o comportamento da relação de espessuras de dobras cutâneas é influenciado por 
variações biológicas relativas ao sexo, à idade, ao nível de atividade física habitual e à quantidade de 
gordura corporal. Assim, é sabido que:
• mulheres apresentam maiores depósitos de gordura quando comparadas a homens na mesma 
faixa etária;
• indivíduos com mais idade apresentam maiores quantidades de gordura comparados a indivíduos 
mais jovens;
• atletas apresentam menores quantidades de gordura quando comparados a não atletas.
Como homens e mulheres acumulam gordura corporal em regiões distintas, as equações para 
homens e mulheres irão diferir no que tange aos pontos anatômicos.
88
Unidade I
 Lembrete
Devido à obesidade androide, os homens são mais passíveis de 
desenvolver doenças como hipertensão arterial, diabetes e aumento 
do colesterol.
Também é importante ressaltar que algumas equações irão fornecem os dados diretos do percentual de 
gordura, enquanto outras fornecem inicialmente a densidade corporal relativa de um corpo, que teremos 
que converter em percentual de gordura posteriormente, assim como observamos no cálculo de percentual 
de gordura corporal através de perimetria para idosas proposto por Tran e Weltman (1988; 1989).
As equações que determinam a densidade corporal (g/cm3) necessitam ser convertidas em % de 
gordura por meio de outro cálculo matemático. Isso pode ser feito por meio da equação de Siri (1961) 
ou Brozek (1963). A hipótese principal dessas equações é que a massa livre de gordura possui uma 
densidade constante (1,100 g/cm3) e independe da quantidade de água corporal relativa.
De acordo com Guedes e Guedes (2006), para as medidas de densidade entre 1,030 e 1,090 g/cm3, as 
diferenças encontradas entre as duas fórmulas são desprezíveis para o cálculo do percentual de gordura. 
Assim, torna-se indiferente usar um cálculo ou outro.
Seguem as fórmulas propostas por Siri (1961) e Brozek (1963).
Siri (1961):
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
Brozek (1963):
4,75
%G 4,142 100
DC
  = − ×    
Siglas utilizadas em equações para estimar percentual de gordura:
D = densidade;
G% = percentual de gordura;
AB = dobra do abdômen;
BC = dobra do bíceps;
89
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
TR = dobra do tríceps;
CX = dobra da coxa (medial);
PN = dobra da perna ou panturrilha;
PT = dobra peitoral ou torácica;
AM = dobra axilar média;
SB = dobra subescapular;
SI = dobra suprailíaca.
3.2.2.11 Equações para crianças
Slaughter et al. (1988)
Cálculo do percentual de gordura para meninos (8 a 17 anos):
%G = 0,735 × (TR + PN) +1,0
Cálculo do percentual de gordura para meninas (8 a 17 anos):
%G = 0,610 × (TR + PN) + 5,1
Veja os exemplos:
Menina
• Idade: 10 anos
• Dobra tricipital: 7,0 mm
• Dobra perna direita: 8,0 mm
Logo:
%G = 0,610 × (TR + PN) + 5,1
%G = 0,610 × (15) + 5,1
%G = 14,25
90
Unidade I
Menino
• Idade: 7 anos
• Dobra tricipital: 7,5 mm
• Dobra perna direita: 7,1 mm
%G = 0,735 × (TR + PN) + 1,0
%G = 0,735 × (14,6) + 1,0
%G = 11,73
Slaughter et al. (1988)
Outra equação foi proposta pelo mesmo autor, levando em consideração o nível de maturidade e a 
raça dos meninos.
Cálculo do percentual de gordura para meninos (8 a 17 anos):
%G = 1,21 x (TR + SB) - 0,008 x (TR + SB)2 + I*
Nesse cálculo, o intercepto de substituição (I*) deve ser estabelecido conforme a tabela a seguir:
Tabela 9 – I* = Intercepto de substituição 
baseado na maturação e etnia para meninos
Idade Africanos/Americanos Caucasianos
Pré-púberes -3,5 -1,7
Púberes -5,2 -3,4
Pós-púberes -6,8 -5,5
Cálculo do percentual de gordura para meninas (8 a 17 anos):
%G = 1,33 × (TR + SB) – 0,013 × (TR + SB)2 –2,5
Quando a somatória das dobras tricipital e subescapular for maior que 35 mm, será utilizada uma 
única equação para cada sexo, para qualquer raça e nível de maturidade.
Cálculo do percentual de gordura para meninos (8 a 17 anos):
%G = 0,738 × (TR + SB) + 1,6
91
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Cálculo do percentual de gordura para meninas (8 a 17 anos)
%G = 0,546 × (TR + SB) + 9,7
Veja os exemplos:
Menino púbere caucasiano
• Dobra tricipital:8,6 mm
• Dobra subescapular: 5,8 mm
Logo:
%G = 1,21 × (TR + SB) – 0,008 × (TR + SB)2 + I*
%G = 1,21 × (14,4) – 0,008 × (14,4)2 +(-3,4)
%G = 1,21 × (14,4) – 0,008 × (207,36) + (-3,4)
%G = 17,42 – 1,65 + (-3,4)
%G = 12,37
Menina de 12 anos
• Dobra tricipital: 9,5 mm
• Dobra subescapular: 6,7 mm
Logo:
%G = 1,33 × (TR + SB) – 0,013 × (TR + SB)2 –2,5
%G = 1,33 × (16,2) – 0,013 × (16,2)2 –2,5
%G = 1,33 × (16,2) – 0,013 ×(262,44) –2,5
%G = 1,33 × (16,2) – (3,41)-2,5
%G = 21,54 – 3,41 - 2,5
%G = 15,63
92
Unidade I
3.2.2.12 Equações para adultos
Jackson e Pollock (1978; 1980)
Cálculo da densidade corporal para homens não obesos entre 18 e 61 anos:
DC (g/cm3) = 1,109380 – [0,0008267 × (PT + AB + CX)] + [0,0000016 × (PT + AB + CX)2] –(0,0002574 × Idade)
Cálculo da densidade corporal para mulheres não obesas entre 18 e 55 anos:
DC (g/cm3) = 1,0994921 – [0,0009929 × (TR + SI + CX)] + [0,0000023 ×(TR + SI + CX)2] –(0,0001392 × Idade)
Após o cálculo da densidade corporal, a equação de Siri ou de Brozek deve ser utilizada para 
quantificar o percentual de gordura corporal.
Veja os exemplos a seguir:
Homem
30 anos
• Dobra peitoral: 9,5 mm
• Dobra abdominal: 32 mm
• Dobra coxa: 25 mm
DC (g/cm3) = 1,109380 – [0,0008267 × (PT + AB + CX)] + [0,0000016 × (PT + AB + CX)2] – (0,0002574 ×30)
DC (g/cm3) = 1,109380 – [0,0008267 × (66,5)] + [0,0000016 × (4422,25)] –(0,0002574 ×30)
DC (g/cm3) = 1,109380 – 0,0549 + 0,0070 – 0,0077
DC (g/cm3) = 1,053
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,053
  = − ×  
  
93
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
%G = [4,700 - 4,50] x 100
%G = 0,2008 x 100
%G = 20,08
Mulher
40 anos
• Dobra peitoral: 10,5 mm
• Dobra abdominal: 38 mm
• Dobra coxa: 32 mm
DC (g/cm3) = 1,0994921 – [0,0009929 × (TR + SI + CX)] + [0,0000023 × (TR + SI + CX)2] – (0,0001392 × Idade)
DC (g/cm3) = 1,0994921 – [0,0009929 × (80,5)] + [0,0000023 ×(6480)] – (0,0001392 × 40)
DC (g/cm3) = 1,0994921 – 0,0799 + 0,0149 – 0,0055
DC (g/cm3) = 1,0289
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,0289
  = − ×  
  
%G = [4,8109 - 4,50] x 100
%G = 0,31 x 100
%G = 31,09
Petroski (1995)
Cálculo da densidade corporal para homens do sul do Brasil de 18 a 66 anos de idade:
94
Unidade I
DC (g/cm3) = 1,10726863 – [0,00081201 × (SB + TR + SI + PN)] + [0,00000212 × (SB + TR + SI + PN)2] 
– [0,00041761 × (idade em anos)]
Cálculo da densidade corporal para mulheres do sul do Brasil de 18 a 66 anos de idade
DC (g/cm3) = 1,19547130 – [0,07513507 Log10 (AM + SI + CX + PN)] – [0,00041072 × (idade em anos)]
Após o cálculo da densidade corporal, a equação de Siri ou de Brozek deve ser utilizada para 
quantificar o percentual de gordura corporal.
Veja alguns exemplos:
Homem
48 anos
• Dobra subescapular: 20 mm
• Dobra tricipital: 24 mm
• Dobra supra ilíaca: 38 mm
• Dobra da perna direita: 15 mm
DC (g/cm3) = 1,10726863 – [0,00081201 × (SB + TR + SI + PN)] + [0,00000212 × (SB + TR + SI + PN)2] 
– [0,00041761 × (idade em anos)]
DC (g/cm3) = 1,10726863 – [0,00081201 × (97)] + [0,00000212 × (97)2] – [0,00041761 × (48)]
DC (g/cm3) = 1,10726863 – [0,00081201 × (97)] + [0,00000212 × (9409)] – [0,00041761 × (48)]
DC (g/cm3) = 1,10726863 – 0,078 + 0,019 – 0,020
DC (g/cm3) = 1,0282
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,0282
  = − ×  
  
95
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
%G = [4,81 - 4,50] x 100
%G = 0,3142 x 100
%G = 31,42
Mulher
32 anos
• Dobra axilar média: 15 mm
• Dobra supra ilíaca: 28 mm
• Dobra coxa: 25 mm
• Dobra perna: 11 mm
DC (g/cm3) = 1,19547130 – [0,07513507 Log10 (AM + SI + CX + PN)] – [0,00041072 × (idade em anos)]
DC (g/cm3) = 1,19547130 – [0,07513507 Log10 (79)] – [0,00041072 × (32)]
DC (g/cm3) = 1,19547130 – [0,07513507 × (1,89)] – (0,013)
DC (g/cm3) = 1,19547130 – 0,142 – 0,0131
DC (g/cm3) = 1,0424
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,0424
  = − ×  
  
%G = [4,7486 - 4,50] x 100
%G = 0,2486 x 100
%G = 24,86
96
Unidade I
Guedes (1991)
Cálculo da densidade corporal para estudantes universitários de 17 a 27 anos de idade:
DC (g/cm3) = 1,1714 – [0,0671 Log10 (TR + SI + AB)]
Cálculo da densidade corporal para estudantes universitárias de 17 a 29 anos de idade:
DC (g/cm3) = 1,1665 – [0,0706 Log10 (CX + SI+ SB)]
Após o cálculo da densidade corporal, a equação de Siri ou de Brozek deve ser utilizada para 
quantificar o percentual de gordura corporal.
Veja alguns exemplos:
Homem
20 anos
• Dobra tricipital: 18 mm
• Dobra suprailíaca: 20 mm
• Dobra abdominal: 25 mm
DC (g/cm3) = 1,1714 – [0,0671 Log10 (TR + SI + AB)]
DC (g/cm3) = 1,1714 – [0,0671 Log10 (63)]
DC (g/cm3) = 1,1714 – [0,0671 × (1,79)]
DC (g/cm3) = 1,1714 – 0,12
DC (g/cm3) = 1,0514
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,0514
  = − ×  
  
97
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
%G = [4,708 - 4,50] x 100
%G = 0,208 x 100
%G = 20,80
Mulher
17 anos
• Dobra coxa: 28 mm
• Dobra suprailíaca: 32 mm
• Dobra subescapular: 29 mm
DC (g/cm3)= 1,1665 – [0,0706 Log10 (CX + SI+ SB)]
DC (g/cm3)= 1,1665 – [0,0706 Log10 (89)]
DC (g/cm3)= 1,1665 – [0,0706 ×(1,9493)]
DC (g/cm3)= 1,1665 – 0,1376
DC (g/cm3)= 1,0289
Equação de Siri:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
4,95
%G 4,50 100
1,0289
  = − ×  
  
%G = [4,810 - 4,50] x 100
%G = 0,310 x 100
%G = 31,09
98
Unidade I
3.2.2.13 Equações para atletas
Jackson e Pollock (1980)
Cálculo da densidade corporal para mulheres maiores de 18 anos:
DC (g/cm3) = 1,112 – [0,00043499 × (PT + AM + TR + SB + AB + SI + CX)] + [0,00000055 × (PT + AM 
+ TR + SB + AB + SI + CX)2] – (0,00028826 × idade)
Considerar a seguinte formula para o cálculo do percentual de gordura (mulheres maiores de 18 anos):
5,01
%G 4,57 100
DC
  = − ×    
Cálculo da densidade corporal para mulheres entre 11 e 19 anos:
DC (g/cm3)= 1,096095 – [0,0006952 × (TR + AB + SI + CX)] + 0,0000011 × (TR + AB + SI + CX)2 – 
(0,0000714 × idade)
Considerar a seguinte formula para o cálculo do percentual de gordura (mulheres entre 11 e 19 anos):
5,01
%G 4,57 100
DC
  = − ×    
Cálculo da densidade corporal para homens
DC (g/cm3) = 1,0973 – [0,000815 × (TR + SB + AB)] + [0,00000084 × (TR + SB + AB)2
Devem-se considerar as fórmulas a seguir para o cálculo do percentual de gordura de homens, de 
acordo com a idade, proposto por Lohman (1981) e modificado por Thortand et al. (1991).
Homens de 13 a 16 anos:
5,07
%G 4,64 100
DC
  = − ×    
Homens de 17 a 19 anos:
4,99
%G 4,55 100
DC
  = − ×    
99
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Homens com idade acima de 20 anos:
4,95
%G 4,50 100
DC
  = − ×    
Veja alguns exemplos:
Mulher
20 anos
• Dobra peitoral: 7,0 mm
• Dobra axilar média: 10,2 mm
• Dobra tricipital: 13,5 mm
• Dobra subescapular: 18 mm
• Dobra abdominal: 20 mm
• Dobra suprailíaca: 17,5 mm
• Dobra coxa: 15,8 mm
DC (g/cm3) = 1,112 – [0,00043499 × (PT + AM + TR + SB + AB + SI + CX)] + [0,00000055 × (PT + AM 
+ TR + SB + AB + SI + CX)2] – (0,00028826 × idade)
DC (g/cm3) = 1,112 – [0,00043499 × 102] + [0,00000055 × (102)2] – (0,00028826 × 20)
DC (g/cm3) = 1,112 – [0,00043499 × 102] + [0,00000055 ×(10404)] – (0,00028826 ×20)
DC (g/cm3) = 1,112 – (0,0443) + (0,0057) – (0,0057)
DC (g/cm3) = 1,0677
Considerar a seguinte fórmula para o cálculo do percentual de gordura:
5,01
%G 4,57 100
DC
  = − ×    
100
Unidade I
5,01
%G 4,57 100
1,0677
  = − ×  
  
%G = [(4,6923) - 4,57] x 100
%G = 0,1223 x 100
%G = 12,23
Homens
14 anos
• Dobra tricipital: 10,5 mm
• Dobra subescapular: 15 mm
• Dobra abdominal: 16,5 mm
DC (g/cm3) = 1,0973 – [0,000815 × (TR + SB + AB)] + [0,00000084 × (TR + SB + AB)2
DC (g/cm3) = 1,0973 – [0,000815 × (42)] + [0,00000084 × (42)2
DC (g/cm3) = 1,0973 – [0,000815× (42)]+[0,00000084 ×(1764)
DC (g/cm3) = 1,0973 – (0,0342) + (0,00148)
DC (g/cm3) = 1,0645
Considerar a seguinte fórmula para o cálculo do percentual de gordura:
Homens 13 a 16 anos
5,07
%G 4,64 100
DC
  = − ×    
5,07
%G 4,64 100
1,0645
  = − ×  
  
%G = [4,7627 - 4,64] x 100
%G = 0,1227 x 100
%G = 12,27
101
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Nomograma de Baun e Baun (1981)
O nomograma de Baun e Baun (1981) é um método válido, simples, rápido e fácil de determinação do 
percentual de gordura corporal. O nomograma dispensa grandes cálculos matemáticos, sendo indicado 
para uso em amostras grandes.
Para a determinação das dobras cutâneas a partir do nomograma de Baun, será necessário somar as 
seguintes dobras cutâneas:
• homens: peitoral, abdominal e coxa;
• mulheres: tríceps, suprailíaca e coxa.
A partir da somatória e com o uso de uma régua, una a idade do avaliado (coluna à esquerda) ao 
valor do somatório das três dobras (coluna à direita).
Considerando o gênero, faça a leitura do percentual de gordura nas colunas intermediárias.
Figura 67 – Nomograma de Baun (1981) para a determinação do percentual 
de gordura de homens e mulheres
Fonte: Heyward (2010, p. 225).
102
Unidade I
Veja um exemplo:
Mulher
35 anos
Somatório das dobras cutâneas tríceps, suprailíaca e coxa: 95 mm
Figura 68 – Nomograma de Baun (1981) para a determinação do percentual de gordura de mulher, 35 
anos, somatório das dobras cutâneas tríceps, suprailíaca e coxa: 95mm
Fonte: Heyward (2010, p. 225).
103
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Após a utilização do nomograma, podemos observar que o valor do percentual de gordura da 
avaliada é 35%.
 Saiba mais
Existem vários outros protocolos de determinação de percentual de 
gordura corporal para diferentes populações. Alguns deles você pode 
encontrar no livro a seguir:
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas 
avançadas. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2010.
Após o cálculo do percentual de gordura, podemos utilizar as tabelas com os valores de referências 
de homens e mulheres para a melhor interpretação dos resultados.
Os valores obtidos por meio das equações apresentadas devem ser classificadas de acordo com a 
tabela sugerida pelo American College of Sports Medicine (2009), os quais se baseiam em dados do The 
Cooper Institute of Aerobics Research (2002):
Tabela 10 – Normas para classificação da gordura corporal em 
homens de acordo com o American College of Sports Medicine (2009) 
e com o The Cooper Institute of Aerobics Research (2002)
Percentil Classificação 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79
99 Muito magro 4,2 7,0 9,2 10,9 11,5 13,6
95 Muito magro 6,3 9,9 12,8 14,4 15,5 15,2
90 Excelente 7,9 11,9 14,9 16,7 17,6 17,8
85 Excelente 9,2 13,3 16,3 18,0 18,8 19,2
80 Excelente 10,5 14,5 17,4 19,1 19,7 20,4
75 Bom 11,5 15,5 18,4 19,9 20,6 21,1
70 Bom 12,7 16,5 19,1 20,7 21,3 21,6
65 Bom 13,9 17,4 19,9 21,3 22,0 22,5
60 Bom 14,8 18,2 20,6 22,1 22,6 23,1
55 Regular 15,8 19,0 21,3 22,7 23,2 23,7
50 Regular 16,6 19,7 21,9 23,2 23,7 24,1
45 Regular 17,4 20,4 22,6 23,9 24,4 24,4
40 Regular 18,6 21,3 23,4 24,6 25,2 24,8
35 Precário 19,6 22,1 24,1 25,3 26,0 25,4
30 Precário 20,6 23,0 24,8 26,0 26,7 26,0
25 Precário 21,9 23,9 25,7 26,8 27,5 26,7
20 Precário 23,1 24,9 26,6 27,8 28,4 27,6
15 Muito precário 24,6 26,2 27,7 28,9 29,4 28,9
104
Unidade I
Percentil Classificação 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79
10 Muito precário 26,3 27,8 29,2 30,3 30,9 30,4
5 Muito precário 28,9 30,2 31,2 32,5 32,9 32,4
1 Muito precário 33,3 34,3 35,0 36,4 36,8 35,5
Fonte: American College of Sports Medicine (2010, p. 73).
Tabela 11 – Normas para classificação da gordura corporal em 
mulheres de acordo com o American College of Sports Medicine 
(2009) e com o The Cooper Institute of Aerobics Research (2002)
Percentil Classificação 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79
99 Muito magro 9,8 11,0 12,6 14,6 13,9 14,6
95 Muito magro 13,6 14,0 15,6 17,2 17,7 16,6
90 Excelente 14,8 15,6 17,2 19,4 19,8 20,3
85 Excelente 15,8 16,6 18,6 20,9 21,4 23,0
80 Excelente 16,5 17,4 19,8 22,5 23,2 24,0
75 Bom 17,3 18,2 20,8 23,8 24,8 25,0
70 Bom 18,0 19,1 21,9 25,1 25,9 26,2
65 Bom 18,7 20,0 22,8 26,0 27,0 27,7
60 Bom 19,4 20,8 23,8 27,0 27,9 28,6
55 Regular 20,1 21,7 24,8 27,9 28,7 29,7
50 Regular 21,0 22,6 25,6 28,8 29,8 30,4
45 Regular 21,9 23,5 26,5 29,7 30,6 31,1
40 Regular 22,7 24,6 27,6 30,4 31,3 31,8
35 Precário 23,6 25,6 28,5 31,4 32,5 32,7
30 Precário 24,5 26,7 29,6 32,5 33,3 33,9
25 Precário 25,9 27,7 30,7 33,4 34,3 35,3
20 Precário 27,1 29,1 31,9 34,5 35,4 36,0
15 Muito precário 28,9 30,9 33,5 35,6 36,2 37,4
10 Muito precário 31,4 33,0 35,4 36,7 37,3 38,2
5 Muito precário 35,2 35,8 37,4 38,3 39,0 39,3
1 Muito precário 38,9 39,4 39,8 40,4 40,8 40,5
Fonte: American College of Sports Medicine (2010, p. 72).
 Observação
American College of Sports Medicine significa Colégio Americano de 
Medicina Esportiva. É considerada a maior organização de ciências do 
esporte e do exercício no mundo.
105
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Além da estimativa de percentual de gordura, ainda é possível calcular os seguintes itens:
• a quantidade de gordura em quilos;
• a massa magra em quilos;
• a massa óssea em quilos;
• o peso dos órgãos em quilos;
• o peso da massa muscular em quilos.
Para isso, alguns cálculos serão adotados, conforme veremos a seguir.
Quantidade de gordura em quilos
Conversão da gordura corporal em percentual para o valor absoluto em kg.
Legenda:
• MG = massa gorda em kg;
• PC = peso corporal em kg.
( ) %G
MG kg x PC
100
 =  
 
Veja o exemplo:
Considere um avaliado com 16% de gordura corporal e 84 kg.
Logo:
( ) %G
MG kg x PC
100
 =  
 
( ) 16
MG kg x 84
100
 =  
 
MG(kg) = 13,44
106
Unidade I
Massa magra em quilos
Para calcular a massa magra, basta subtrair o valor da gordura em kg do peso corporal.
Legenda:
• MM: massa magra (kg).
• MM (kg) = PC(kg) – MG (kg)
Considere um avaliado com 84 kg. Logo:
• MM (kg) = 84 – 13,44
• MM (kg) = 70,56
Massa óssea em quilos
Para calcularmos a massa óssea (MO) em kg, que posteriormente iremos usar para calcularmos a 
massa muscular, iremos usar a fórmula:
MO(kg) = 3,02 ×[(Estatura2) × R × F × 400] × 0,712
Legenda:
• Estatura em metros
• R: diâmetro do punho (biestiloide) em metros
• F: diâmetro do joelho (biepicondilar) em metros
Veja um exemplo:
Considerando que o avaliado possua:
• Estatura: 1,80 m
• Diâmetro do punho: 0,060
• Diâmetro do joelho: 0,096
107
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Logo:
MO(kg) = 3,02 × [(Estatura2) × R × F × 400] × 0,712
MO(kg) = 3,02 × [(1,802) × 0,060 × 0,0960 × 400] × 0,712
MO(kg) = 3,02 × [(3,24) × R × F × 400] × 0,712
MO(kg) = 3,02 × (7,464) × 0,712
MO(kg) = 16,04
Massa residual em quilos
Para o peso dos órgãos ou massa residual (MR), iremos usar uma constante:
Homens:
MR (kg) = Peso corporal × 0,241
Mulheres:
MR (kg) = Peso corporal × 0,209
Veja um exemplo:
Considerando que o avaliado é homem e possui 84 kg, logo:
MR (kg) = Peso corporal × 0,241
MR (kg) = 84 x 0,241
MR (kg) = 20,24
Massa muscular em quilos
Para o peso da massa muscular em kg, iremos usar a seguinte fórmula:
MMusc (kg) = PC – (MG + MO + MR)
Veja um exemplo:
Para o indivíduo avaliado com peso corporal de 84 kg, sendo a massa gorda 13,44 kg, a massa óssea 
16,04 kg e a massa residual 20,24 kg:
MMusc (kg) = PC – (MG + MO + MR)
108
Unidade I
MMusc (kg) = 84 – (13.44 + 16.04 + 20.2)
MMusc (kg) = 84 – (49,68)
MMusc (kg) = 34,32
Assim, para o indivíduo com peso corporal de 84 kg, temos 16% de gordura corporal, massa gorda 
13,44 kg, massa óssea 16,04 kg, massa residual 20,24 kg e massa muscular 34,32 kg.
4 SOMATOTIPO
A proporcionalidade do corpo humano vem sendo observada há milhares de anos. No século V a.C., 
o grego Polycletus esculpiu Doryphoros, que representava a forma do corpo ideal, um tipo físico com 
proporções de um atleta.
Acreditava-se que essa estátua era a ilustração das regras56
3.2.2 Métodos duplamente indiretos ......................................................................................................... 62
4 SOMATOTIPO ...................................................................................................................................................108
4.1 Método antropométrico de Heath-Carter (1967) .................................................................110
4.1.1 Determinação do primeiro componente: endomorfia .......................................................... 110
4.1.2 Determinação do segundo componente: mesomorfia ...........................................................111
4.1.3 Determinação do terceiro componente: ectomorfia ............................................................. 113
Unidade II
5 AVALIAÇÃO POSTURAL................................................................................................................................121
5.1 Análise postural na posição da vista anterior ........................................................................130
5.2 Análise postural na posição da vista lateral ............................................................................133
5.3 Análise postural na posição da vista posterior ......................................................................139
5.4 Análise postural na posição da vista anterior com flexão de tronco ............................146
5.5 Proposta de avaliação observacional da postura ..................................................................147
6 AVALIAÇÃO FUNCIONAL RELACIONADA AOS SISTEMAS DE MOBILIZAÇÃO 
DE ENERGIA .........................................................................................................................................................149
6.1 Capacidade e potência aeróbia ....................................................................................................149
6.2 Protocolos indiretos de determinação do VO2max ...............................................................155
6.2.1 Sem esforço físico................................................................................................................................ 155
6.2.2 Testes de cargas submáximas ......................................................................................................... 156
6.2.3 Testes de cargas máximas ................................................................................................................ 177
6.2.4 Testes em esteira rolante .................................................................................................................. 180
6.2.5 Testes com ergômetro de perna (bicicleta) ................................................................................181
6.3 Limiar anaeróbio (LAn) .....................................................................................................................185
6.4 Potência e capacidade anaeróbia ................................................................................................191
6.4.1 Protocolos indiretos de determinação da potência e capacidade anaeróbia ............. 192
Unidade III
7 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO DESEMPENHO 
ATLÉTICO ...............................................................................................................................................................204
7.1 Flexibilidade ..........................................................................................................................................204
7.1.1 Métodos de avaliação da flexibilidade ........................................................................................ 204
7.2 Força ........................................................................................................................................................218
7.2.1 Força máxima .........................................................................................................................................218
7.2.2 Força de potência (explosiva) .......................................................................................................... 224
7.2.3 Força de resistência ............................................................................................................................. 228
8 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE ...........................................................234
8.1 Velocidade .............................................................................................................................................234
8.1.1 Tipos de velocidade ............................................................................................................................. 234
8.1.2 Testes de velocidade ........................................................................................................................... 234
8.2 Agilidade ................................................................................................................................................239
8.2.1 Testes de agilidade .............................................................................................................................. 240
8.3 Equilíbrio ................................................................................................................................................244
8.3.1 Testes de equilíbrio estático ............................................................................................................ 245
8.3.2 Teste de equilíbrio dinâmico ........................................................................................................... 247
8.4 Coordenação ........................................................................................................................................249
8.4.1 Testes de coordenação ....................................................................................................................... 250
7
APRESENTAÇÃO
O objetivo da disciplina é transmitir conceitos relativos à avaliação funcional e morfológica aplicados 
a todas as faixas etárias de forma teórica e prática.
Além disso, a disciplina Medidas e Avaliações pretende desenvolver a capacidade crítica a respeito 
das técnicas e dos protocolos existentes, bem como capacitar o aluno a realizar avaliação funcional e 
morfológica, possibilitando a seleção dos melhores métodos e interpretação de tais valores.
A disciplina pretende, ainda, apresentar e discutir técnicas de avaliação e os principais protocolos de 
avaliação da composição corporal, de avaliação postural, de avaliação do sistema cardiorrespiratório 
e de avaliação das capacidades de velocidade, flexibilidade, força e agilidade, visando à prescrição do 
exercício e ao desenvolvimento da saúde ou desempenho esportivo. Ao final da disciplina, o aluno será 
capaz de discernir os tipos de avaliação e para qual finalidade ela é indicada, sujeito e objetivo.
Inicialmente, apresentaremos conceitos e compreensões teóricas sobre avaliação da composição 
corporal. Iremos estudar as técnicas diretas e indiretas de avaliação, bem como as principais 
técnicas utilizadas para quantificar percentual de gordura, massa magra e somatotipo.
Na sequência, trataremos da avaliação postural e de como localizar os principais desvios, tanto na 
vista anterior quanto posterior, lateral direita e esquerda. Também abordaremos as avaliações funcionais 
relacionadas aos sistemas de obtenção de energia, portanto, capacidade e potência aeróbia e anaeróbia.
Por fim, abordaremos a avaliação da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho atlético, 
juntamente com os testes e medidas para determiná-los.
8
INTRODUÇÃO
Imagine as seguintes situações:
• Ana, 30 anos, procurou você para orientá-la a perder peso. Ela acredita que seu peso está acima da 
média e não está se sentindo bem com essa situação. Ana pesa 75 kg e tem 1,60 m de estatura; é 
ex-atleta olímpica de natação, praticou a modalidadesobre harmonia e as proporções 
perfeitas do corpo humano. Desde então, surgiu a necessidade de mensurar e estudar segmentos 
corporais e, a partir disso, agrupar o corpo humano em diferentes tipos físicos. Consequentemente, 
surgiram diferentes escolas biotipológicas que se empenharam em formular leis biológicas da 
distribuição das massas, partindo do princípio de que o corpo tem três proporções ou tendências 
de crescimento. Na década de 1940, Sheldon propôs uma teoria que partiu da indagação de quais 
eram essas tendências de crescimento e quais eram as proporções principais do corpo humano, 
nascendo então o termo somatotipo.
O autor descreveu sua teoria a respeito dos três componentes primários presentes em todos os 
indivíduos em maior ou menor proporção: espessura, comprimento e largura. Medindo um grande 
número de homens, Sheldon propôs estatisticamente a configuração de três componentes 
de crescimento relacionados com os folhetos embrionários que determinam a formação dos órgãos e 
sistemas do nosso corpo, sendo:
• endomorfo;
• mesomorfo;
• ectomorfo.
Endomorfia
Derivada do endoderma (formador do tubo digestivo e sistemas auxiliares).
As pessoas com esse tipo de corpo normalmente possuem ossos largos, quadris e coxas grandes e 
rostos redondos. Os braços e pernas costumam ser curtos, salientando ainda mais o aspecto encorpado 
das pessoas endomorfas. Na maioria dos casos, as pessoas têm uma cintura alta e mãos e pés pequenos.
109
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Indica a tendência à obesidade.
Mesomorfia
Indica o predomínio dos tecidos derivados do mesoderma (formador de ossos, músculos e 
tecido conjuntivo).
Os mesomorfos são frequentemente descritos como pessoas com corpos atléticos. Um indivíduo 
com esse tipo físico geralmente tem um corpo magro com muita facilidade em ganhar massa muscular.
Apresenta maior densidade e desenvolvimento músculo-esquelético.
Ectomorfia
Compreende os tecidos derivados da camada ectodérmica (formador da epiderme, do encéfalo e da 
medula espinal).
Os ectomorfos são pessoas magras que possuem dificuldade para ganhar peso, tanto em músculos 
como em gordura.
Apresenta predomínio das formas lineares e frágeis. Mostra maior superfície em relação à massa corporal.
A determinação do somatotipo, de acordo com os procedimentos seguidos por Sheldon, não 
implicava qualquer valor antropométrico. O método era essencialmente fotográfico, no qual o indivíduo 
era fotografado em três posições, de frente, de perfil e de costas, e, após a observação das fotografias, 
lhe era atribuída uma pontuação.
Apesar da expansão adquirida, o método de Sheldon levantou uma série de questionamentos, 
sendo modificado na década de 1960 por Heath e Carter, que propuseram a inclusão de medidas 
antropométricas. Heath e Carter (1967) conceituaram somatotipo como uma descrição semiquantitativa 
da composição corporal humana.
Diferentemente de Sheldon, que descrevia que o somatotipo tinha somente influência genética 
e não poderia ser modificado, Heath e Carter (1967) determinam o somatotipo do avaliado em um 
momento pontual, podendo sofrer alterações em função do ambiente e do estilo de vida, bem como da 
alimentação e do treinamento.
A estimativa do somatotipo é realizada pelo cálculo de cada um desses componentes. Foi estabelecido 
um valor numérico em que cada componente pode variar de 1 a 7, sendo 1 para menor presença do 
componente e 7 para maior presença do componente. Os componentes são apresentados sempre na 
mesma ordem, separados por hífen: endomorfia – mesomorfia – ectomorfia. Não há indivíduos que 
possuam uma classificação única, mas sim um componente com maior ou menor tendência sobre o 
outro. Heath e Carter (1967) também propuseram que essa escala de unidades de 1 a 7 provavelmente 
era muito baixa, o que poderia apresentar baixa capacidade discriminatória. Assim, a fim de classificar 
110
Unidade I
os tipos morfológicos extremos, os autores propuseram uma escala de medida que inicia no ponto zero 
e envolve definições decimais de medida.
4.1 Método antropométrico de Heath‑Carter (1967)
Determinar o somatotipo indica estabelecer o valor numérico aos três componentes já citados. 
O cálculo dos três componentes, segundo a metodologia de Heath-Carter, é realizado conforme 
veremos a seguir.
4.1.1 Determinação do primeiro componente: endomorfia
Medidas utilizadas:
• estatura (cm);
• dobras cutâneas (tríceps, subscapular e suprailíaca).
Para calcularmos a endomorfia do avaliado, é necessário, inicialmente, realizar a correção da 
somatória das dobras tricipital, subescapular e suprailíaca pela estatura (cm) do avaliado.
Assim, será utilizada a seguinte equação:
( ) 170,18
X TR SB SI
Estatura
 = + + × 
 
Após essa correção, a equação para o cálculo da endomorfia será aplicada:
Endomorfia = 0,7182 + 0,1451 × (TR+SB+SI) – 0,00068 × (TR+SB+SI)2 + 0,0000014 × (TR+SB+SI)3
Veja os exemplos a seguir:
Homem
• Estatura: 180,5 cm
• Dobra cutânea tricipital: 5,0 mm
• Dobra cutânea subscapular: 3,5 mm
• Dobra cutânea supraíliaca: 5,9 mm
111
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Logo:
( ) 170,18
X TR SB SI
Estatura
 = + + × 
 
( ) 170,18
 X 5,0 3,5 5,9
180,5
 = + + × 
 
( ) 170,18
X 14,4
180,5
 = × 
 
X = 14,4 x 0,9428
X = 13,57
Calcularemos, então, a endomorfia substituindo a somatória das dobras cutâneas tricipital, subescapular 
e suprailíaca pelo valor obtido na equação de correção citada.
Logo:
Endomorfia = 0,7182 + [0,1451 × (TR + SB + SI)] – [0,00068 × (TR + SB + SI)2] + [0,0000014 × (TR + SB + SI)3]
Endomorfia = 0,7182 + [0,1451 × (13,57)] – [0,00068 × (13,57)2] + [0,0000014 × (13,57)3]
Endomorfia = 0,7182 + (1,9690) – [0,00068 × (184,14)] + [0,0000014 × (2498,84)]
Endomorfia = 0,7182 + (1,9690) – (0,1252) + (0,0034)
Endomorfia = 2,56
4.1.2 Determinação do segundo componente: mesomorfia
Medidas utilizadas:
• U = diâmetro biepicôndilo do úmero (cm)
• F = diâmetro biepicôndilo do fêmur (cm)
• BC = circunferência de braço corrigida (cm)
• PC = circunferência de perna corrigida (cm)
112
Unidade I
• H = estatura (cm)
• TR = dobra cutânea do tríceps (mm)
• PN = dobra cutânea da perna (mm)
Para determinar a mesomorfia, é necessário realizar alguns ajustes, a fim de minimizar a participação 
da gordura localizada nos tecidos. Assim, teremos uma representação melhor do desenvolvimento 
muscular do avaliado.
Inicialmente, devemos transformar as medidas de dobras cutâneas de milímetro (mm) para 
centímetro (cm). Para isso, o valor da dobra cutânea será dividido por 10.
Após essa conversão, é necessário realizar a correção da circunferência de braço e de perna. Essas 
correções são feitas subtraindo o valor da circunferência do braço em cm do valor da dobra cutânea do 
tríceps em cm o mesmo cálculo é feito para a circunferência da perna em cm, subtraída do valor da 
dobra cutânea da perna em cm.
Para exemplificarmos essa correção, os seguintes dados de um avaliado serão considerados:
• U = 6,8 cm
• F = 8,9 cm
• H = 180,5 cm
• B = 36,4 cm
• P = 39,2 cm
• TR = 5,0 mm
• PN = 6,0 mm
Inicialmente, deve-se realizar a conversão da dobra cutânea do tríceps de mm para cm:
5,0
TR 
10
=
TR = 0,5
113
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O mesmo procedimento deverá ser realizado para a medida da perna:
6,0
TR 
10
=
TR = 0,6
Na sequência, devemos minimizar a participação do tecido adiposo da medida de circunferência por 
meio da seguinte equação:
BC = Circunferência do braço fletido (cm) – Dobra tricipital (cm)
BC = 36,4 – 0,5
BC = 35,9 cm
PC = Circunferência da perna (cm) – Dobra cutânea da perna (cm)
PC = 39,2 – 0,6
PC = 38,6 cm
Após a conversão e a correção, calcularemos a mesomorfia por meio da seguinte equação:
Mesomorfia = 4,50 + [0,858 × (U)] + [0,601 × (F)] + [0,188 × (BC)] + [0,161 × (PC)] – [0,131 × (H)]
Considerando os dados do exemplo de aplicação anterior, logo:
Mesomorfia = 4,50 + [0,858 × (U)] + [0,601 × (F)] + [0,188 × (BC)] + [0,161 × (PC)] – [0,131 × (H)]
Mesomorfia = 4,50 + [0,858 × (6,8)]+ [0,601 × (8,9)] + [0,188 × (35,9)] + [0,161 × (38,6)] – 
[0,131 × (180,5)]
Mesomorfia = 4,50 + (5,8344) + (5,3489) + (6,7492) + (6,2146) – (23,6455)
Mesomorfia = 5,00
4.1.3 Determinação do terceiro componente: ectomorfia
Medidas utilizadas:
• Estatura (cm)
• Peso corporal (kg)
• IP = índice ponderal
114
Unidade I
Primeiramente deverá ser calculado o índice ponderal por meio da seguinte fórmula:
3
Estatura
IP
Peso 
=
A partir do valor encontrado no índice ponderal, serão utilizados três modelos matemáticos para a 
determinação da ectomorfia.
Assim, se IP ≥ 40,75, então:
Ectomorfia = (IP × 0,732) – 28,58
Se 38,25 40,75, então:
Ectomorfia = (IP × 0,732) – 28,58
Ectomorfia = (41,97 × 0,732) – 28,58
115
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Ectomorfia = (30,7220) – 28,58
Ectomorfia = 2,14
A maioria das pessoas se encontra em faixas intermediárias, tendo um componente prevalecendo 
sobre outro. Assim, de acordo com a ordem de distribuição dos valores encontrados, torna-se possível 
classificar o somatotipo do avaliado em diferentes categorias, resultando na definição de treze diferentes 
padrões de somatotipo, conforme o quadro a seguir:
Quadro 1 – Categorias do somatotipo caracterizadas pelas seguintes 
combinações de distribuições de componentes
Endomorfo balanceado A endomorfia é dominante e a mesomorfia e a ectomorfia são 
iguais ou não diferem em mais de 0,5 unidade. Exemplo: 4-2-2
Mesoendomorfo A endomorfia é dominante e a mesomorfia é maior que a 
ectomorfia. Exemplo: 4-3-2
Endomorfo-mesomorfo A endomorfia e a mesomorfia são iguais ou não diferem em mais 
de 0,5 unidade e a ectomorfia é menor. Exemplo: 4-4-2
Endomesomorfo A mesomorfia é dominante e a endomorfia é maior que a 
ectomorfia. Exemplo: 3-4-2
Mesomorfo balanceado A mesomorfia é dominante e a endomorfia e a ectomorfia são 
iguais ou não diferem em mais de 0,5 unidade. Exemplo: 2-4-2
Ectomesomorfo A mesomorfia é dominante e a ectomorfia é maior que a 
endomorfia. Exemplo: 2-4-3
Mesomorfo-ectomorfo A mesomorfia e a ectomorfia são iguais ou não diferem em mais 
de 0,5 unidade e a endomorfia é menor. Exemplo: 2-4-4
Mesoectomorfo A ectomorfia é dominante e a mesomorfia é maior que a 
endomorfia. Exemplo: 2-3-4
Ectomorfo-balanceado A ectomorfia é dominante e a endomorfia e a mesomorfia são 
iguais ou não diferem em mais de 0,5 unidade. Exemplo: 2-2-4
Endoectomorfo A ectomorfia é dominante e a endomorfia é maior que a 
mesomorfia. Exemplo: 3-2-4
Endomorfo-ectomorfo A endomorfia e a ectomorfia são iguais ou não diferem em mais 
de 0,5 unidade e a mesomorfia é menor. Exemplo: 4-2-4
Ectoendomorfo A endomorfia é dominante e a ectomorfia é maior que a 
mesomorfia. Exemplo: 4-2-3
Central
Nenhum componente difere em mais de 0,5 unidade dos outros 
dois componentes; trata-se apenas de valores 3 e 4. Exemplos: 
3-3-3 e 4-4-4
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 179).
A classificação e a interpretação obtidas nos cálculos que fizemos são feitas do componente de 
maior valor para o de menor. Assim, se obtivermos para o indivíduo do exemplo os valores 2,5 – 5,0 – 2,1, 
o classificamos como mesomorfo balanceado, sugerindo que o componente muscular é predominante e 
que tal indivíduo poderá obter destaque em modalidades caracterizadas por exercícios de força.
116
Unidade I
A análise desses dados pode ser um importante referencial na triagem de futuros atletas, considerando 
a variável morfológica como referência. No entanto, devemos ter em mente que essas análises são 
referentes apenas ao aspecto morfológico, sendo que as variáveis fisiológicas, psicológicas e técnicas 
também apresentam importantes contribuições na formação dos futuros atletas.
 Saiba mais
O somatotipo pode ser calculado também por meio da somatocarta. 
Para mais informações sobre esse método, consulte o livro:
FONTOURA, A. S.; FORMETIN, C. M.; ABECH, E. A. Guia prático de 
avaliação física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. 2. ed. 
São Paulo: Phorte, 2013.
117
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
 Resumo
O estudo dos aspectos relacionados a medidas e avaliações é bastante 
extenso e complexo, desde as suas definições até os métodos que serão 
escolhidos para compor os protocolos desejados.
O conhecimento dos valores de referências, dos tipos de avaliações, dos 
critérios de seleção de testes e dos erros de medida são de fundamental 
importância para a escolha dos testes, de acordo com o público que 
será avaliado.
As avaliações antropométricas são grandes aliadas das possibilidades 
do dia a dia, uma vez que foram validadas a partir de testes indiretos, que são 
de alto custo e de difícil execução. Além disso, necessitam de equipamentos 
sofisticados, como máquina de ressonância magnética ou tomografia 
computadorizada, e também de um profissional especializado para 
manusear o equipamento.
Assim, antropometria é de grande valia para calcular a composição 
corporal do avaliado. As medidas de circunferências corporais, diâmetros 
ósseos e dobras cutâneas são válidas para determinar a estrutura corporal. 
O índice de massa corporal e a razão cintura-quadril podem fornecer dados 
importantes de classificação de obesidade e/ou de desnutrição e de risco de 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, respectivamente.
Embora sejam métodos de baixo custo, a correta aplicação do protocolo 
é extremamente necessária para minimizar os erros de medida. Quanto 
mais o avaliador treinar, melhor será a obtenção da medida.
Os pontos anatômicos e os procedimentos para as medições devem ser 
respeitados rigorosamente para obter resultados confiáveis.
Os protocolos de avaliações da composição corporal devem ser 
escolhidos com cautela, de acordo com o público-alvo, os objetivos e as 
limitações de cada método.
118
Unidade I
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2007, adaptada) Cinco profissionais especializados foram contratados para 
atuar em uma instituição recentemente inaugurada. Uma das atividades combinadas com a direção 
da instituição foi a implantação de uma bateria de avaliação física de caráter antropométrico para o 
estudo do crescimento dos 60 adolescentes da entidade. Nessa avaliação, a periodicidade deveria ser 
estabelecida pelos profissionais e, além do peso corporal e da estatura dos adolescentes, duas outras 
variáveis antropométricas deveriam ser mensuradas e anotadas.
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção em que são corretamente apresentadas a 
periodicidade que deve ser estabelecida para a avaliação em apreço e duas variáveis que devem compor 
a bateria, cada uma com o respectivo instrumento/procedimento de mensuração:
A) Trimestralmente; diâmetros ósseos, por meio de um paquímetro; e perímetros musculares, por 
meio de uma fita métrica.
B) Semestralmente; força muscular, por meio de um dinamômetro; e relação cintura/quadril, por 
meio de um compasso.
C) Anualmente; flexibilidade, por meio de uma régua; e resistência, por meio de um teste de esforço 
na bicicleta ergométrica.
D) Semestralmente; equilíbrio dinâmico, por meio de um teste de andar sobre a trave; e coordenação 
motora geral, por meio de atividades bimanuais.
E) Trimestralmente; maturação sexual, por meio de raios X da mão; potência aeróbica, por meio de 
um teste de corrida de 12 minutos.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: a cada três meses da realização da avaliação física já é possível encontrar modificações; 
portanto, é o período ideal para reavaliar essa população. Além disso, os diâmetros ósseos e os perímetros 
musculares são variáveis antropométricas.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a cada seis meses da realização da avaliação física se encontram modificações; 
entretanto, é um período longopara reavaliar essa população. Além disso, a avaliação da força muscular 
não é uma variável antropométrica.
119
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a cada 12 meses da realização da avaliação física encontram-se modificações; 
entretanto, é um período longo para reavaliar essa população. Além disso, a avaliação da flexibilidade e 
da resistência não são variáveis antropométricas.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a cada seis meses da realização da avaliação física encontram-se modificações; 
entretanto, é um período longo para reavaliar essa população. Além disso, a avaliação do equilíbrio e da 
coordenação não são variáveis antropométricas.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a cada três meses da realização da avaliação física já é possível encontrar modificações; 
portanto, é um período ideal para reavaliar essa população. Entretanto, a avaliação da maturação sexual 
e da potência aeróbia não são variáveis antropométricas.
Questão 2. (Enade 2010) O dono de uma pequena academia recebeu a visita de um representante 
comercial da empresa Physical Education Measurements, oferecendo-lhe a instalação e a manutenção 
de software de avaliação física para acompanhamento dos clientes. Apesar de o preço ser razoável, o 
dono está com dúvidas sobre a qualidade dos testes utilizados para o programa.
Quais são os critérios de um bom teste sobre os quais Natanael deve se basear para decidir acerca 
da compra do referido software?
A) Confiabilidade, fidedignidade e estabilidade.
B) Fidedignidade, validade e objetividade.
C) Reprodutibilidade, confiabilidade e objetividade.
D) Flexibilidade, economia e confiabilidade.
E) Objetividade, aplicabilidade e validade.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas 
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: as palavras confiabilidade e fidedignidade são sinônimas. E estabilidade não é um 
critério de seleção dos testes.
120
Unidade I
B) Alternativa correta. 
Justificativa: os três critérios de seleção dos testes são: fidedignidade (confiabilidade), validade e 
objetividade (reprodutibilidade).
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: as palavras reprodutibilidade e objetividade são sinônimas. Faltou o critério de validade.
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: somente a confiabilidade é um critério de seleção dos testes.
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a aplicabilidade não é um critério de seleção dos testes.
121
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Unidade II
5 AVALIAÇÃO POSTURAL
A avaliação postural é um dos componentes da avaliação da saúde e da qualidade de vida, uma vez 
que a postura tem importantes implicações no bem‑estar geral e influencia diretamente nas atividades 
recreativas e laborais.
Os assuntos relacionados à avaliação postural são continuamente discutidos tanto no meio formal 
acadêmico e clínico quanto no meio informal do nosso cotidiano, e talvez por isso analisá‑la torna‑se 
uma tarefa bastante polêmica. Inicialmente temos que definir a postura ideal, e por existir vários 
autores e cada qual com sua própria definição de postura ideal, usaremos uma definição baseada na 
interpretação geral atualmente adotada.
A postura ideal é definida como a posição que o corpo adota no espaço em relação ao centro 
de gravidade, sendo estabelecido um posicionamento corporal por meio do qual o corpo adquire um 
arranjo relativo de suas partes em razão de uma atividade ou atitude específica, ou seja, um modo 
característico de um indivíduo sustentar seu corpo com menor gasto energético possível, sem prejuízo 
e limitações da dor ou funcionais das atividades motoras da vida diária.
É necessário levar em consideração que, nós, seres humanos não somos iguais, e sim semelhantes, 
possuindo características e particularidades que influenciam na postura diretamente, incluindo variações 
anatômicas, somatotipologia, etnia, idade e sexo. Além de cada pessoa apresentar características 
individuais de postura, esta é influenciada também por outros fatores como:
• anomalias congênitas e/ou adquiridas;
• obesidade;
• alimentação inadequada;
• atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas;
• distúrbios respiratórios;
• desequilíbrios musculares;
• alterações articulares;
• doenças psicossomáticas.
122
Unidade II
 Observação
Somatotipologia é uma técnica de classificação morfológica. Ela visa 
descrever a morfologia externa do avaliado, do seu tipo corporal ou físico.
Independentemente desses fatores, a manutenção de uma boa postura necessita de participação 
conjunta de componentes estruturais passivos (ossos, ligamentos, cápsulas articulares, tendões e 
aponeuroses) e ativos (músculos esqueléticos).
Esses componentes estruturais sofrem a ação contínua da gravidade, o que demanda constantes 
ajustes nesse intricado complexo sinérgico. O controle desses mecanismos posturais depende da 
interação de proprioceptores articulares e musculares, assim como de orientação visual e do sistema 
vestibular, que captam informações sensitivas do ambiente e enviam para centros motores importantes 
para a manutenção da postura e equilíbrio localizados no sistema nervoso central.
 Lembrete
Com o decorrer da idade, por ação da gravidade, haverá diminuição da 
estatura do indivíduo, devido ao achatamento dos discos intervertebrais e 
maior curvatura cervical.
Assim, a avaliação postural deve determinar se um segmento corporal ou articular se desvia de um 
alinhamento postural ideal, indicando desequilíbrios nas cadeias musculares tanto nos posicionamentos 
em movimentos dinâmicos como em situações estáticas. Identificar os desequilíbrios irá contribuir na 
prescrição de um programa de exercício físicos que promova ajustes para melhorar a postura do avaliado 
ou, em alguns casos, para não piorá‑la.
Entende‑se como defeito de postura ou desequilíbrio postural toda condição que implique em 
quebra do alinhamento corporal do referencial neutro e estático de postura. Nesse referencial neutro 
e estático de postura, a atividade muscular necessária para sua manutenção é mínima, o que acarreta 
pequeno gasto energético.
Além disso, a avaliação postural envolve visualizar as estruturas possivelmente alteradas utilizando 
o alinhamento anatômico do corpo em relação a uma linha de referência estabelecida conhecida como 
linha de gravidade imaginária.
Para que o corpo se mantenha em perfeito equilíbrio estático, a linha de gravidade imaginária, que 
atravessa o centro do corpo e que, projetada lateralmente ou posteriormente, passa por vários pontos 
anatômicos, deve seguir as descrições que apresentaremos na sequência.
123
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Em uma vista lateral:
• ligeiramente posterior ao ápice da sutura coronal;
• através do meato acústico externo;
• diante dos côndilos occipitais;
• pelo dente do áxis (segunda vértebra cervical);
• tangencia a coluna cervical pela frente;
• passa pelo acrômio (no ombro);
• passa pela frente da região dorsal;
• passa por trás do corpo das últimas vértebras lombares;
• através do promontório sacral;
• discretamente posterior ao centro da articulação do quadril;
• acompanha o eixo do fêmur;
• ligeiramente anterior ao centro da articulação do joelho;
• passa pela frente da tíbia;
• discretamente anterior ao maléolo lateral;
• através da articulação calcaneocubóidea.
124
Unidade II
Figura 69 – Imagem do fio de prumo em uma postura ideal na vista lateral
Fonte: Heyward (1997, p. 60).
Em uma vista posterior:
• acompanha a linha vertebral (todos os processos espinhosos das vértebras formam uma 
linha reta);
• passa pela linha interglútea;
• se estende para baixo entre os membros inferiores;
• caindo num ponto equidistante entre os calcanhares.
125
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 70 – Imagem do fio de prumo em uma postura ideal na vista posterior
Fonte: Heyward (1997, p. 60).
Esse padrão neutro e estático com a linha da gravidade imaginária é o modelo de referência que servirá 
de ponto de partida para a interpretação de qualquerdisfunção ou desequilíbrio postural observado em 
uma avaliação postural.
Os métodos de avaliação postural podem ser divididos em objetivos ou subjetivos:
• Metodologia objetiva: uso de investigações radiográficas e tomográficas, que possibilitam 
quantificar em graus o quanto as curvaturas estão alteradas em relação ao normal. Esses exames 
necessitam de um pedido médico específico, o que impossibilita o avaliador não médico de utilizar 
esse procedimento. Utiliza‑se também de fotografias em pelo menos três posições.
126
Unidade II
• Metodologia subjetiva: inspeção visual e tátil com ou sem uso de quadro de avaliação postural 
(simetrógrafo) para observar o avaliado, o qual é inspecionado globalmente, numa visão anterior, 
posterior e lateral e vista lateral com flexão anterior do tronco, a fim de observar se existe alguma 
alteração anatômica visível que resulta em má postura.
 Observação
Simetrógrafo é um instrumento utilizado para avaliar desvios posturais 
através da observação de pontos anatômicos.
Uma avaliação postural utilizando a metodologia subjetiva é a mais comumente realizada em 
academias e na prática diária dos profissionais da Educação Física e da Fisioterapia. Por conta disso, 
focaremos nosso estudo na metodologia subjetiva para avaliação da postura.
A partir dessas informações, a análise de alguns pontos anatômicos fornece informações importantes 
com relação a desequilíbrios posturais.
Principais pontos a serem observados na vista anterior:
• lóbulo da orelha direita;
• lóbulo da orelha esquerda;
• acrômio direito;
• acrômio esquerdo;
• espinha ilíaca anterossuperior direita;
• espinha ilíaca anterossuperior esquerda;
• patela do joelho direito;
• patela do joelho esquerdo;
• maléolo lateral direito;
• maléolo lateral esquerdo.
127
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
1 2
3 4
5 6
7
9 10
8
Figura 71 – Principais pontos anatômicos na vista anterior
Fonte: Grupo UNIP‑Objetivo.
Principais pontos a serem observados na vista posterior:
• lóbulo da orelha direita;
• lóbulo da orelha esquerda;
• acrômio direito;
• acrômio esquerdo;
• processo espinhoso das vértebras;
• ângulo inferior da escápula direita
• ângulo inferior da escápula esquerda;
• olécrano direito;
• olécrano esquerdo;
128
Unidade II
• espinha ilíaca posterossuperior direita;
• espinha ilíaca posterossuperior esquerda;
• prega infraglútea direita;
• prega infraglútea esquerda;
• linha articular do joelho direito;
• linha articular do joelho esquerdo;
• linha do tendão calcâneo direito na altura média dos dois maléolos;
• linha do tendão calcâneo esquerdo na altura média dos dois maléolos.
2 1
3
7
4
6
5
9
11
5 8
10
13 12
15
17
14
16
Figura 72 – Principais pontos anatômicos na vista posterior
Fonte: Grupo UNIP‑Objetivo.
Principais pontos a serem observados na vista lateral:
• mento;
• processo espinhoso das vértebras;
129
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• acrômio;
• espinha ilíaca anterossuperior;
• patela;
• linha articular do joelho;
• maléolo.
1
2
3
2
2
2
4
56
7
Figura 73 – Principais pontos anatômicos na vista lateral
Fonte: Grupo UNIP‑Objetivo.
Os pontos citados são sugestões para se criar os pontos anatômicos de referência para análise 
postural, mas outros também podem ser utilizados caso o profissional prefira.
Para iniciar a avaliação postural, o avaliado deve estar em pé, em posição ortostática, descontraída, 
com os membros superiores relaxados ao longo do tronco, olhar em direção à linha do horizonte e pés 
levemente afastados lateralmente. A partir desse posicionamento, observa‑se o alinhamento corporal 
nas vistas anterior, lateral e posterior.
A avaliação postural deve ser feita com o indivíduo minimamente vestido (homem com shorts e 
mulher com shorts e top) para que se consiga uma visão clara dos contornos e dos pontos anatômicos 
usados como referência.
130
Unidade II
Podemos usar também para avaliação postural o aparelho simetrógrafo, com o qual podemos identificar 
os desvios posturais mais evidentes por meio da observação de pontos anatômicos específicos que 
permitem identificar possíveis assimetrias decorrentes da alteração postural. Para utilizar esse aparelho, 
basta colocar o avaliado em pé, atrás dele, identificar os pontos anatômicos e observar se há assimetrias 
ou alterações marcantes.
Fatores que dever ser levados em consideração para uma boa avaliação postural:
• sala com boa iluminação;
• vestimenta adequada;
• posição relaxada do avaliado;
• observar as três vistas: anterior, posterior e lateral;
• atentar para as simetrias, contornos, alterações de alinhamento e pequenas alterações não esperadas.
5.1 Análise postural na posição da vista anterior
Figura 74 – Imagem do posicionamento do avaliado por meio 
do uso do simetrógrafo na vista anterior
Fonte: Charro et al. (2010, p. 127).
Nessa vista, o alinhamento ideal da cabeça e do pescoço é aquele no qual a cabeça está numa 
posição bem equilibrada, neutra, nem inclinada, nem rodada. O nariz, o manúbrio do esterno, o processo 
xifoide do esterno e o umbigo devem ficar todos alinhados verticalmente na linha média.
131
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 75 – Imagem ilustrativa dos desvios da cabeça
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 208).
Podemos observar se existe a alteração assimétrica com relação aos ombros traçando uma linha 
imaginária formada pela união dos dois pontos acromiais. Nesse caso, tal alteração também deverá ser 
confirmada na vista posterior.
Figura 76 – Imagem ilustrativa de ombros assimétricos
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 209).
O avaliador deve examinar a região pélvica e do quadril quanto à assimetria das alturas das cristas 
ilíacas e assinalar os níveis das espinhas ilíacas anterossuperiores.
A linha dos ombros e a linha do quadril deverão estar paralelas entre si e em relação ao solo. Caso 
isso não ocorra com algumas delas, deverá existir uma escoliose na região da linha se não estiver 
132
Unidade II
paralela com o solo (linha do ombro = região torácica; linha de quadril = região lombar), que deverá ser 
confirmada também na posição de vista posterior.
O fêmur em relação à articulação do quadril pode apresentar‑se rodado tanto interna quanto 
externamente, o que eventualmente poderá promover alterações no posicionamento do tornozelo/pé 
com possíveis implicações na marcha.
Naturalmente o fêmur está levemente abduzido em relação à tíbia pela distância entre os acetábulos. 
Esse afastamento dá origem ao joelho valgo (geno valgo) fisiológico, que é considerado normal e nas 
mulheres pode ser um pouco maior. Mas, à medida que essa abdução aumenta, como os côndilos femorais 
se tocam cada vez mais, enquanto os maléolos mediais se afastam na mesma proporção, o grau de valgismo 
aumenta. O oposto também é observado: quando há afastamento dos côndilos do fêmur e os maléolos 
mediais se unem, origina‑se o joelho varo (geno varo). Tanto o joelho varo quanto o joelho valgo, além 
dos limites normais, devem ser detectados, pois apresentarão uma sobrecarga de tensão nos ligamentos 
colaterais (tibial ou fibular) do joelho ou uma sobrecarga compressiva nos meniscos (laterais ou mediais).
Figura 77 – Da esquerda para a direita, alinhamento ideal dos joelhos, desvio em varo dos joelhos e 
desvio em valgo dos joelhos
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 82).
As patelas devem ser examinadas quanto a certos desvios. O posicionamento da patela em relação 
aos côndilos do fêmur pode apresentar um desvio medial ou lateral. As patelas devem estar orientadas 
exatamente na direção da linha média do pé e apontada para frente; cada patela deve estar localizada 
em um ponto médio entre os côndilos femorais e apresentar um ângulo Q, com um valor entre 11 e 17 
graus para homens e de 14 a 16 graus para mulheres. O ângulo Q é uma medida de alinhamento patelar 
que é formado pelo encontro de duas retas: uma que passa entre a tuberosidade da tíbia e o centro 
patelar e a outra que se estende da espinha ilíaca anterossuperior até o centro patelar.133
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
As tíbias devem estar retas e sem qualquer arqueamento; a cabeça da fíbula direita e esquerda deve 
estar na mesma altura em ambos os lados.
O tornozelo é verificado pelo posicionamento perpendicular da perna em relação à planta do pé, e 
os pés devem mostrar de 8 a 10 graus de abdução; os maléolos mediais devem estar posicionados na 
mesma altura em ambos os lados.
O pé aduto se caracteriza pela projeção dos pés para dentro da linha média imaginária do corpo. O 
pé abduto se caracteriza pela projeção dos pés para fora da linha média imaginária do corpo.
Figura 78 – Imagem ilustrativa do pé abduto
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 210).
5.2 Análise postural na posição da vista lateral
Figura 79 – Imagem do posicionamento do avaliado por meio do uso do simetrógrafo na vista lateral
Fonte: Charro et al. (2010, p. 128).
134
Unidade II
As avaliações posturais laterais devem ser feitas a partir de ambos os lados para detecção de 
quaisquer anormalidades rotacionais que poderiam passar despercebidas se fossem observadas apenas 
a partir de uma das perspectivas laterais.
Estando o avaliado em posição ortostática natural, de lado para o avaliador, observam‑se, com o 
auxílio da projeção lateral da linha de gravidade, as alterações da cabeça e do pescoço. A posição da 
cabeça no alinhamento ideal é aquela na qual a cabeça se encontra em uma posição bem equilibrada e é 
mantida com mínimo esforço muscular. O pescoço protraído está projetado à frente, enquanto o pescoço 
retraído está encolhido atrás. A postura com a cabeça para frente está associada frequentemente com 
lordose cervical excessiva.
Figura 80 – Imagem ilustrativa da cabeça anteriorizada
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 211).
A coluna cervical deve exibir uma lordose normal. O avaliador deve observar uma acentuação da curvatura 
lordótica ou sua retificação. A acentuação da curvatura cervical é denominada hiperlordose cervical.
Figura 81 – Imagem ilustrativa de hiperlordose cervical
Fonte: Carnaval (2008, p. 83).
135
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Deve‑se observar a seguir o ombro do avaliado. A posição do membro superior e do ombro depende 
da posição das escápulas e da região torácica. Ombro protraído quer dizer que está projetado à frente, 
enquanto retraído quer dizer que está encolhido atrás. Ombro em rotação medial quer dizer que ele 
girou em direção ao corpo. Essa rotação medial é frequentemente associada à protração de ombro.
Na região torácica, tanto a retificação quanto o aumento da curvatura podem ser verificados. 
No alinhamento ideal, a coluna torácica se curva discretamente na direção posterior, mostrando‑se 
uma convexidade posterior no plano sagital. No caso de retificação, representa‑se com a curvatura 
fisiológica (cifose torácica) reduzida; por outro lado, quando há uma acentuação dessa curvatura, é 
denominada hipercifose torácica. A hipercifose torácica pode ser flexível ou rígida. É flexível quando 
pode ser corrigida com ajustes da musculatura, que colocará a coluna torácica na sua posição normal; 
caso contrário, será classificada como rígida, e a possibilidade da alteração ser estrutural é grande, além 
de estar associada a outros problemas, precisando de outras intervenções para ser corrigida.
Alinhamento 
ideal
A) C)B) D)
Postura com o 
dorso pleno
Postura 
olfótica‑
lordótica
Postura com 
deslocamento posterior 
do dorso (sway‑back 
ou relaxada)
Figura 82 – Imagem ilustrativa de quatro alinhamentos posturais diferentes
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 64).
Também deve considerar que a coluna torácica pode ser afetada pelas posições da região lombar e 
da pelve. Se um indivíduo assumir uma posição de hirperlordose lombar (aumento da curva anterior), 
a curvatura da região torácica tende a se alterar, podendo uma compensar a outra, diminuindo ou 
aumentando a curva posterior. Por exemplo, em uma postura relaxada (desleixada), o aumento da 
curvatura da região torácica compensa o desvio anterior da pelve. O tórax também deve ser observado 
para possíveis deformidades. Uma dessas deformidades inclui o peito escavado, tórax em barril e peito 
carenado (peito de pombo).
136
Unidade II
A região lombar deve ser examinada para um aspecto lordótico normal, sem retificação ou 
aumento da curvatura. No alinhamento ideal, a coluna lombar se curva na direção anterior, 
mostrando‑se côncava posteriormente. A hiperlordose lombar é caracterizada pelo aumento 
da lordose lombar com consequente projeção do abdômen para frente e encurtamento dos 
músculos lombares. A hiperlordose lombar está associada com uma inclinação pélvica anterior. 
A retificação ou diminuição da lordose lombar pode ser decorrente de uma inclinação pélvica 
posterior. Geralmente os desequilíbrios da lordose lombar são acompanhados de dor (lombalgia) 
e decorrentes espasmos na musculatura dessa região.
Figura 83 – Postura cifótica‑lordótica na vista lateral
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 66).
Figura 84 – Ilustração da hiperlordose lombar
Fonte: Carnaval (2008, p. 94).
137
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 85 – Imagem ilustrativa da postura lordótica
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 67).
Figura 86 – Imagem ilustrativa da postura de dorso plano
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 64).
A pelve deve observar sua posição neutra, que é orientada pelo alinhamento das espinhas ilíacas 
anterossuperiores com o mesmo plano vertical da sínfise púbica; o trocanter maior e as pregas glúteas 
devem ser de altura igual. Então, tomando como referência a espinha ilíaca anterossuperior, a pelve 
pode estar em anteversão (inclinação anterior da pelve) quando as espinhas ilíacas anterossuperiores 
ficam localizadas adiante da sínfise púbica e pode estar relacionada à hiperlordose lombar. Já uma 
inclinação posterior da pelve é denominada retroversão e tem a sínfise púbica adiante da espinha 
ilíaca anterossuperior.
138
Unidade II
Figura 87 – Imagem ilustrativa da retroversão de quadril
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 213).
Um abdômen proeminente é implicado com frequência nas patologias lombares e merece atenção.
Na articulação do joelho, a linha de referência deveria passar ligeiramente adiante da linha média 
do joelho, criando assim um momento de extensão. O avaliado deve ser observado quanto ao joelho 
recurvado, que é caracterizado por uma hiperextensão e, na maioria das vezes, é decorrente de uma 
hipermobilidade, sendo, por essa razão, considerado normal, sobretudo em crianças. Já o joelho flexo é 
decorrente da projeção dos joelhos para frente da linha da gravidade demonstrando uma pequena flexão.
Figura 88 – Joelho recurvado
Fonte: Carnaval (2008, p. 95); Machado e Cal Abad (2010, p. 213).
139
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 89 – Da esquerda para a direita, bom alinhamento dos joelhos, flexão de joelhos moderada e 
hiperextensão de joelhos
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 81).
5.3 Análise postural na posição da vista posterior
Figura 90 – Imagem do posicionamento do avaliado por meio 
do uso do simetrógrafo na vista posterior
Fonte: Charro et al. (2010, p. 128).
Nessa vista, realiza‑se uma observação geral e confirma‑se o que foi observado na vista anterior em 
relação à cabeça, às linhas do ombro, ao quadril e aos joelhos.
140
Unidade II
A cabeça deve ficar ereta, sem qualquer desvio perceptível para esquerda ou direita. Os desvios 
laterais da cabeça e do pescoço podem estar relacionados a torcicolo ou a outra disfunção cervical.
O avaliador deve observar a altura dos ombros do avaliado. É considerado normal possuir uma 
assimetria na altura do ombro com a mão dominante.
As escápulas são examinadas para simetria posicional, observam‑se suas espinhas e o nível dos 
ângulos inferiores. O bom alinhamento das escápulas é quando elas repousam contra o tórax e não 
existe ângulo ou borda excessivamente proeminente. As escápulas podem se apresentar elevadas à 
direita ou à esquerda, aduzidas ou abduzidas, elevadas ou deprimidas. A abdução ou adução excessiva 
de uma ou de ambas as escápulasé avaliada medindo‑se a distância da espinha torácica para as bordas 
escapulares mediais.
Figura 91 – A esquerda escápulas aduzidas e a direita escápulas abduzidas
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 215).
Figura 92 – Ombros elevados e escápulas aduzidas
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 78).
141
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 93 – Ombros deprimidos e escápulas abduzidas
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 78).
Figura 94 – Ombros e escápulas em boa posição
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 78).
142
Unidade II
Figura 95 – Escápulas abduzidas e discretamente elevadas
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 78).
Figura 96 – Escápulas abduzidas e ombros para frente
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 79).
143
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 97 – Escápulas aduzidas e elevadas
Fonte: Kendall et al. (2007, p. 79).
O tronco do indivíduo é avaliado quanto a um possível desvio lateral para qualquer um dos lados. 
Normalmente, a coluna vertebral deve ficar em alinhamento vertical na linha média do corpo. Uma das 
causas de desvios posturais laterais é a escoliose. Para se identificar escoliose, devem‑se observar os 
processos espinhosos da segunda vértebra cervical até a junção lombossacral.
A região torácica deve ser examinada também para protrusões das costelas, que estão comumente 
associadas à escoliose.
As pelves são examinadas quanto à simetria nos níveis das cristas ilíacas, das espinhas ilíacas 
posterossuperiores, das pregas glúteas e dos trocanteres maiores. As assimetrias observadas nessa região 
podem estar associadas a discrepâncias nos comprimentos das extremidades inferiores, obliquidades 
pélvicas, escolioses e outras enfermidades da coluna e do quadril.
144
Unidade II
Figura 98 – Figura à esquerda: imagem ilustrativa de escoliose dorsal esquerda e lombar direita. 
Figura à direita: imagem ilustrativa de escoliose dorsal direita e lombar esquerda
Fonte: Carnaval (2008, p. 90).
A região do joelho deve ser examinada quanto à postura em varo ou valgo, confirmando a 
vista anterior.
O arco longitudinal do pé é responsável por uma perfeita distribuição das cargas compressivas 
de peso entre os pontos de apoio do pé durante os apoios dinâmicos e estáticos. As alterações das 
condições fisiológicas, que podem ser a diminuição, a ausência (pé plano) ou o aumento do arco (pé 
cavo), trazem prejuízos diversos à postura do indivíduo; dependendo da gravidade da alteração, ajustes 
e compensações nas cadeias musculares ocorrerão, podendo desencadear inúmeras alterações nos 
seguimentos corporais suprajacentes, modificando, assim, a postura do indivíduo.
Esses desequilíbrios também modificam o posicionamento da tíbia em relação ao tálus, o que 
caracteriza valgo de calcâneo (convergência dos tendões calcâneos) ou varo de calcâneo (divergências 
dos tendões calcâneos). No caso do varo, ocorrerá um apoio exagerado no bordo lateral da região do 
calcanhar e, no caso de varo, será no bordo medial.
145
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 99 – Imagem ilustrativa de tornozelo varo
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 215).
Figura 100 – Imagem ilustrativa de tornozelo valgo
Fonte: Machado e Cal Abad (2010, p. 215).
146
Unidade II
5.4 Análise postural na posição da vista anterior com flexão de tronco
Figura 101 – Imagem do posicionamento do avaliado por meio do uso 
do simetrógrafo na vista anterior com flexão de tronco
Fonte: Charro et al. (2010, p. 149).
Estando o avaliado em posição ortostática, de frente para o avaliador, fará uma anteroflexão de 
tronco e, nessa posição, caso possua uma escoliose e suas vértebras já tiverem feito uma rotação, 
aparecerá uma gibosidade no local da curvatura escoliótica.
Com base nessa análise, é possível avaliar qualquer indivíduo. Por meio dessa inspeção detalhada e 
a partir das modificações encontradas, pode‑se entender e classificar os desequilíbrios e as disfunções 
posturais, sendo resumidamente divididos da seguinte forma:
• alterações da cabeça;
• alterações da coluna vertebral;
• alterações do tronco;
• alterações dos ombros e da cintura escapular;
• alterações da pelve e das articulações do quadril;
• alterações dos joelhos e das pernas;
• alterações dos tornozelos e dos pés.
147
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Cabe ressaltar que, após o avaliador concluir sobre suas observações, é imperativo que soluções 
sejam tomadas, por competência e conhecimento do próprio avaliador ou se assim achar. Devido à 
complexidade do caso, deve encaminhar o avaliado a quem possa dar continuidade às possíveis soluções 
dos problemas.
5.5 Proposta de avaliação observacional da postura
Veja a seguir um modelo de proposta de avaliação observacional da postura:
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO OBSERVACIONAL DA POSTURA
NOME:_____________________________ IDADE:______ SEXO: ( ) F ( ) M
D: direita E: esquerda
VISTA ANTERIOR
• Pés
 ( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E) ( ) neutro
• Joelhos
 ( ) varo ( ) valgo ( ) neutro
• Inclinação lateral da pelve (altura das cristas ilíacas)
 ( ) direita mais alta ( ) esquerda mais alta ( ) neutra
• Altura dos ombros
 ( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( ) neutro
• Inclinação da cabeça
 ( ) para a direita ( ) para a esquerda ( ) neutra
• Rotação da cabeça
 ( ) para a direita ( ) para a esquerda ( ) neutra
VISTA POSTERIOR
• Pés
 ( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E) ( ) neutro
148
Unidade II
• Joelhos
 ( ) varo ( ) valgo ( ) neutro
• Coluna lombar
 ( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( ) neutra
• Coluna torácica
 ( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( ) neutra
• Escápulas
 ( ) simétricas ( ) abduzidas (D/E) ( ) aduzidas (D/E) 
 ( ) elevada (D/E)
• Altura dos ombros
 ( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( ) neutro
• Inclinação da cabeça
 ( ) para a direita ( ) para a esquerda ( ) neutra
• Rotação da cabeça
 ( ) para a direita ( ) para a esquerda ( ) neutra
VISTA LATERAL DIREITA
• Joelhos
 ( ) hiperextensão ( ) em flexão ( ) neutro
• Pelve
 ( ) anteroversão ( ) retroversão ( ) neutra
• Coluna lombar
 ( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose ( ) neutra
• Coluna torácica
 ( ) retificada ( ) cifose aumentada ( ) neutra
• Cervical
 ( ) retificada ( ) anteriorizada ( ) neutra
149
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• Ombros
 ( ) retraídos ( ) protusos ( ) neutro
• Cabeça
 ( ) posteriorizada ( ) anteriorizada ( ) neutra
VISTA LATERAL ESQUERDA
• Joelhos
 ( ) hiperextensão ( ) em flexão ( ) neutro
• Pelve
 ( ) anteroversão ( ) retroversão ( ) neutra
• Coluna lombar
 ( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose ( ) neutra
• Coluna torácica
 ( ) retificada ( ) cifose aumentada ( ) neutra
• Cervical
 ( ) retificada ( ) anteriorizada ( ) neutra
• Ombros
 ( ) retraídos ( ) protusos ( ) neutro
• Cabeça
 ( ) posteriorizada ( ) anteriorizada ( ) neutra
6 AVALIAÇÃO FUNCIONAL RELACIONADA AOS SISTEMAS DE MOBILIZAÇÃO 
DE ENERGIA
6.1 Capacidade e potência aeróbia
O metabolismo aeróbio é responsável por manter predominantemente os exercícios de média 
e longa duração. Tradicionalmente, o teste mais utilizado para a medida potência aeróbia é 
conhecido como teste de consumo máximo de oxigênio (VO2max). Durante o repouso, o consumo 
de oxigênio (VO2) é muito similar entre indivíduos treinados e sedentários, entretanto, durante 
o esforço físico, o VO2max de indivíduos treinados pode ser duas vezes maior do que aqueles 
encontrados em indivíduos sedentários. O VO2max é a medida mais exata que dispomos para 
avaliarmos a potência aeróbia de um indivíduo ao realizar uma atividade física, sendo considerado, 
portanto, um protocolo “padrão ouro”
150
Unidade II
O conceito de VO2max foi definido incialmente por Hill e Lupton (1923), sendo posteriormente 
nomeado por Astrand (1952) como a mais alta captação de oxigênio alcançadapor um indivíduo 
respirando ar atmosférico ao nível do mar.
Durante o exercício, a disponibilidade de oxigênio para os músculos ativos pode aumentar cerca 
de 10 a 20 vezes em relação ao repouso, enquanto para a musculatura inativa, o consumo continua 
inalterado. Assim, ocorre um aumento no consumo dos substratos energéticos (glicose e lipídeos) 
necessários para a ressíntese de ATP (adenosina trifosfato), aumentando a frequência com que eles 
entram na mitocôndria e também na vasodilatação dos vasos sanguíneos que irrigam os músculos 
ativos. A maior potência muscular demanda mais energia e, consequentemente, mais oxigênio. O sistema 
nervoso central tem grande participação nesse processo, uma vez que recruta em maior número e com 
maior frequência as unidades motoras, para produzir uma contração muscular mais potente. Como 
esperado, o aumento da intensidade do exercício é acompanhado por um aumento do VO2.
O VO2max pode ser expresso em valores absolutos (l.min‑1) e em valores relativos (ml.kg‑1.min‑1). 
Vale ressaltar aqui que a necessidade de energia depende da composição corporal do indivíduo. 
Assim, o VO2max geralmente é expresso em (ml.kg‑1.min‑1), o que vai permitir uma comparação mais 
precisa entre indivíduos com diferentes áreas de superfície corporal, principalmente durante a realização 
de atividades que necessitem da sustentação do peso corporal total, como a corrida, por exemplo. De 
acordo com Wilmore e Costill (1994), em exercícios que não há a sustentação do peso corporal total, 
como natação e ciclismo, o VO2max é melhor expresso em valores absolutos.
É importante ressaltar que o consumo de oxigênio pode variar de acordo com a idade e o sexo 
do avaliado, sua composição corporal, sua hereditariedade, a especificidade do exercício e o nível 
de treinamento.
A determinação do VO2max por método direto envolve o uso da ergoespirometria.
A ergoespirometria de circuito aberto é a mais utilizada atualmente para a determinação direta 
do VO2max. Nesse método, o avaliado inspira ar ambiente, por intermédio de um dispositivo tubular 
inserido em sua boca que fornece fluxo unidirecional, ou seja, o avaliado só respira pela boca (com clipes 
que obstruem a passagem do ar pelas narinas) e tem sua expiração direcionada para uma câmara com 
analisadores eletrônicos de gases. Com medidas da ventilação pulmonar por fluxômetro e considerando 
as porcentagens constantes de oxigênio e dióxido de carbono inspirados, as diferenças entre as medidas 
obtidas no ar expirado e no ar inspirado possibilitam estabelecer informações sobre a quantidade de 
oxigênio e de dióxido de carbono produzida (Guedes; Guedes, 2006). Em algumas pessoas, VO2max 
será identificado quando em função do aumento da carga ocorrer um platô no consumo de oxigênio 
no gráfico de análise. Nesse momento, é considerado o limite fisiológico associado ao sistema de 
fornecimento de energia aeróbia.
Entretanto, poucas pessoas apresentam esse platô. Consideraremos, então, outros fatores para 
interrupção do teste:
151
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• razão de trocas respiratórias maior que 1:1;
• frequência cardíaca máxima próxima ou acima da prevista para a idade;
• lactato sanguíneo acima de 8 mmol;
• aumento no consumo de oxigênio menor que 2 (ml.kg‑1.min‑1) para aumentos de intensidade da 
carga entre 5 e 10%.
Figura 102 – Equipamento VO2000, analisador de gases, utilizado para a determinação direta do 
VO2max
Figura 103 – Equipamento K4 b2 (Cosmed, Rome, Italy), analisador de gases portátil, utilizado para a 
determinação direta do VO2max
152
Unidade II
Figura 104 – Adaptação da máscara do analisador de gases VO2000 para snorkel. A partir dessa 
adaptação é possível determinar o VO2max na natação
Figura 105 – Exemplo da aplicação de um teste de consumo máximo de oxigênio na natação
Alguns equipamentos são amplamente utilizados para a determinação da capacidade aeróbia em 
testes diretos. Eles são denominados ergômetros, por exemplo: a bicicleta ergométrica (mecânica ou 
eletromagnética), a esteira rolante, o banco de madeira, o remo‑ergômetro (específico para remadores) 
e a swiming‑flume (específica para nadadores).
153
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 106 – Esteira rolante Inbramed não motorizada
Figura 107 – Esteira rolante Inbramed motorizada
154
Unidade II
Figura 108 – Bicicleta ergométrica
A partir dos testes que avaliam diretamente a capacidade aeróbia por meio da ergoespirometria, 
um grande número de protocolos indiretos foi desenvolvido por diferentes autores, a fim de 
estimar a capacidade aeróbia quando não há equipamentos ou laboratórios sofisticados para 
sua determinação.
 Observação
Ergoespirometria é um teste que alia algum ergômetro com a análise de 
gases inspirados e expirados.
Todos os protocolos apresentam pontos positivos e negativos, e a escolha de um determinado teste 
deverá necessariamente ter como orientação a interferência dos seguintes fatores: objetivos do teste; 
população a ser testada; disponibilidade de material.
Alguns dos protocolos indiretos usam a frequência cardíaca (FC) como parâmetro para determinação 
dessa capacidade. No caso de haver mensuração da FC, ela deve ser obtida por meio da artéria radial 
ou carótida pelo tempo de 15 segundos. Após esse procedimento, os pulsos deverão ser multiplicados 
por 4. Vale ressaltar ainda que a avaliação da capacidade aeróbia é um item da avaliação relacionado à 
saúde e ao desempenho atlético.
Além disso, existem ainda protocolos que buscam estimar capacidade aeróbia sem esforço físico. 
Esse modelo pode ser utilizado quando existe um número muito grande de sujeitos a serem avaliados 
e um período curto de tempo para realizar as avaliações. Também pode ser utilizado na ausência de 
equipamentos ou espaços para a realização dos testes físicos.
155
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
6.2 Protocolos indiretos de determinação do VO2max
6.2.1 Sem esforço físico
Mathews (1999)
O protocolo de Mathews (1999) foi desenvolvido para a determinação do VO2max sem esforço 
físico. Ele é indicado para toda a população, inclusive pessoas idosas (de 20 a 79 anos), homens e 
mulheres, e é extremamente vantajoso para estudos epidemiológicos.
Equação para ambos os gêneros:
VO2 máx. [ml(kg.min‑1)] = 34,142 + [1,463 x (AF0‑7)] – [0,00133 x (idade2)] – (0,254 x peso corporal) + 
(11,403 x G) + (9,170 x estatura)
Onde:
• AF0‑7 = nível de atividade física (escala de 0 a 7)
• Idade: em anos
• Estatura: em metros
• G = gênero: 0 para feminino e 1 para masculino
Veja o quadro a seguir. Ele apresenta a escala de pontuação utilizada para avaliar o nível de 
atividade física (AF 0‑7), desenvolvida no Cardio‑Pulmonary Laboratory, Nasa/Johnson Space Center, 
em Houston, Texas.
Quadro 2 – Escala de pontuação utilizada para avaliar o nível de 
atividade física (AF0‑7)
Selecione o valor que melhor representa sua atividade física (escala de 0 a 7) durante os últimos trinta dias. 
Se você selecionar mais de um valor, use o valor mais alto
0 – Evita andar ou fazer esforço, sempre usa o elevador, dirige sempre que possível em vez de caminhar.
1 – Caminha por prazer, habitualmente usa degraus, ocasionalmente se exercita suficientemente para ocasionar 
respiração pesada ou transpiração. Participa regularmente de recreação ou trabalho que requer atividade física 
moderada, como golfe, montar a cavalo, calistenias, ginásticas, tênis de mesa, boliche, levantamento de peso ou 
trabalho no quintal.
2 – Realiza de 10 a 60 minutos de atividade por semana.
3 – Realiza mais de 1 hora de atividade por semana. Participa regularmente de exercícios físicos intensos, como 
corrida ou trote, natação, ciclismo, remo, pular corda, corrida no lugar, ou está engajado em atividades físicas 
aeróbias intensas, como tênis, basquetebol ou handebol. 
4 – Corre menos que 1,6 km por semana ou gasta menos de 30 minutos por semana em atividades físicas equivalentes.
5 – Corre de 1,6 km a 8 km por semana ou gasta de 30 a 60 minutos por semana em atividades físicas equivalentes.
6– Corre de 8 km a 16,1 km por semana ou gasta 1 a 3 horas por semana em atividades físicas equivalentes.
7 – Corre mais de 16,1 km por semana ou gasta mais de 3 horas por semana em atividades físicas equivalentes.
Adaptado de: Ross e Jackson (1990).
156
Unidade II
Veja o exemplo:
Homem
52 anos
• 1,78 estatura
• 78 kg
• AF 1 – 7 = 5
Logo:
VO2 máx. [ml(kg.min‑1)] = 34,142 + [1,463 x (AF0‑7)] – [0,00133 x (idade2)] – (0,254 x peso corporal) + 
(11,403 x G) + (9,170 x estatura)
VO2 máx. [ml(kg.min‑1)] = 34,142 + [1,463 x (5)] – [0,00133 x (2704)] – (0,254 x 78) + (11,403 x 1) + 
(9,170 x 1,78)
VO2 máx. [ml(kg.min‑1)] = 34,142 + 7,315 – 3,596 – 19,812 + 11,403 + 16,322
VO2 máx. [ml(kg.min‑1)] = 45,774
6.2.2 Testes de cargas submáximas
Os protocolos de cargas submáximas são extremamente úteis para a determinação do VO2max de 
modo indireto quando não é possível utilizar laboratórios sofisticados ou ergômetros específicos para a 
realização do esforço. O teste submáximo é aquele em que a imposição de demanda metabólica a que 
o indivíduo será submetido atingirá um estado estável na frequência cardíaca (FC), no qual os esforços 
do teste irão alcançar de 75% a 90% da FC máxima do avaliado.
Esses protocolos apresentam as seguintes vantagens e desvantagens (Charro et al., 2010):
• Fornecem reflexão precisa da aptidão de um indivíduo.
• Não são tão precisos quando comparados aos máximos.
• Exigem menor risco, tempo e esforço do indivíduo.
• Demonstram melhora da capacidade cardiorrespiratória nos retestes (diminuição da FC a uma 
taxa fixa de trabalho), independentemente da exatidão da previsão do VO2max.
157
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
6.2.2.1 Testes de campo
Teste de corrida de Balke (1963) – 15 minutos
Originalmente, esse teste foi desenvolvido a fim de estabelecer avaliações da capacidade funcional 
de militares do sexo masculino de 20 a 30 anos de idade e consistia em correr a máxima distância sem 
interrupção ou grandes variações de intensidade no tempo de 15 minutos. Esse protocolo é pioneiro na 
estimativa do VO2max indiretamente. Entretanto, a população é extremamente restrita, sendo esse teste 
indicado somente para indivíduos jovens com bom condicionamento físico. Para calcular o VO2max, é 
necessário calcular a velocidade média empregada no teste, expressa em m/min (distância percorrida/15 
minutos), e posteriormente utilizar a equação:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = [11,2 + (0,167 x velocidade)]
A velocidade será calculada pela equação a seguir:
( ) ( )
( )
distância percorrida m
Velocidade m / min 
tempo min
=
Veja um exemplo:
Se a distância percorrida no teste foi 2.850 m, então:
( ) ( )
( )
distância percorrida m
Velocidade m / min 
tempo min
=
( ) 2850m
Velocidade m / min 
15min
=
Velocidade(m/min) = 190
Assim:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = [11,2 + (0,167 x velocidade)]
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = [11,2 + (0,167 x 190)]
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = [11,2 + (31,73)]
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = 42,93
158
Unidade II
Caminhada/corrida de 12 minutos – Cooper (1968)
Esse teste foi desenvolvido a partir do protocolo original estabelecido por Balke (1963) e pode ser 
realizado por avaliados de ambos os sexos entre 10 e 70 anos de idade. Nessa nova versão do teste de 
Cooper, o avaliado pode percorrer o trajeto determinado correndo e/ou andando e deve estabelecer a 
maior distância possível em 12 min. O avaliado não pode permanecer parado durante a realização do 
teste; caso não consiga manter o ritmo, deverá diminuir a velocidade, mas nunca parar. Para facilitar 
a aplicação do teste, o avaliador deverá demarcar no chão, com cones, giz ou qualquer outro material, 
a distância do percurso (utilizar uma trena ou fita métrica) e um ponto de partida. Assim, o avaliador 
conseguirá “contar” a quantidade de vezes que o avaliado passou por aquela marcação no tempo total 
de 12 minutos e saberá a distância percorrida em cada volta. Quando o tempo terminar, é importante 
que o avaliador verifique com uma trena a distância do ponto de partida até onde o avaliado encerrou 
o teste. Caso não haja uma pista de atletismo para a realização do teste, ele pode ser aplicado em 
uma quadra de esportes, desde que o percurso esteja previamente demarcado. Poderá haver incentivo 
sonoro para os avaliados: “vamos lá!”, “muito bem!”. A forma ideal de execução do teste, em termos 
de velocidade de deslocamento, será aquela em que o avaliado mantenha uma velocidade constante 
durante todo teste.
Baseado na distância percorrida em km, estima‑se o VO2max por meio da equação:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1] = [22,351 x distância (km)] – 11,288
Veja um exemplo:
Um avaliado percorreu a distância de 2.030 m em 12 minutos.
Inicialmente, será convertida a distância em metros para quilômetros:
Assim, 2.030 m = 2,03 km
Logo:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = [22,351 x distância (km)] – 11,288
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = [22,351 x 2,03] – 11,288
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 45,372 – 11,288
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 34,08
Cooper (1968) elaborou ainda uma tabela de classificação para homens e mulheres de acordo com 
a distância percorrida no teste.
159
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Tabela 12 – Nível de capacidade aeróbia para mulheres de acordo 
com o resultado da distância percorrida em metros para o teste de 
caminhar e correr de 12 minutos
Categoria de 
capacidade aeróbia 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Muito fraca ≤ 1610 ≤ 1550 ≤ 1510 ≤ 1420 ≤ 1350 ≤ 1260
Fraca 1611‑1899 1551‑1799 1511‑1699 1421‑1589 1351‑1509 1261‑1399
Média 1900‑2080 1800‑1979 1700‑1969 1590‑1799 1510‑1699 1400‑1599
Boa 2081‑2300 1980‑2169 1970‑2089 1800‑2009 1700‑1909 1600‑1759
Excelente 2301‑2430 2170‑2330 2090‑2240 2010‑2160 1910‑2090 1760‑1900
Superior ≥ 2431 ≥ 2331 ≥ 2241 ≥ 2161 ≥ 2091 ≥ 1901
Tabela 13 – Nível de capacidade aeróbia para homens de acordo 
com o resultado da distância percorrida em metros para o teste de 
caminhar e correr de 12 minutos
Categoria de 
capacidade aeróbia 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Muito fraca ≤ 2090 ≤ 1960 ≤ 1900 ≤ 1830 ≤ 1660 ≤ 1400
Fraca 2091‑2209 1961‑2119 1901‑2099 1831‑1999 1661‑1879 1401‑1649
Média 2210‑2519 2120‑2409 2100‑2409 2000‑2249 1880‑2099 1650‑1939
Boa 2520‑2779 2410‑2649 2410‑2519 2250‑2469 2100‑2329 1940‑2129
Excelente 2780‑3000 2650‑2830 2520‑2720 2470‑2660 2330‑2540 2130‑2490
Superior ≥ 3001 ≥ 2831 ≥ 2721 ≥ 2661 ≥ 2541 ≥ 2491
O teste de Cooper pode ainda ser adaptado para a natação e para o ciclismo. De uma forma geral, a 
metodologia de aplicação é a mesma, devendo o avaliado nadar ou pedalar a maior distância possível 
em 12 minutos.
O teste de natação exige que o avaliado nade a maior distância possível em 12 minutos, usando 
o estilo que preferir e descansando quando necessário, mas tentando esforçar‑se ao máximo. O meio 
mais fácil de realizar o teste é em uma piscina de dimensões conhecidas, tendo uma pessoa que conte 
as voltas na piscina e cronometre o tempo.
A classificação poderá ser observada a partir da tabela a seguir:
Tabela 14 – Nível de capacidade aeróbia para homens e mulheres 
de acordo com o resultado da distância percorrida em metros para o 
teste natação de 12 minutos
Categoria de 
capacidade aeróbia Gênero 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Muito fraca
Homens 731 > 639 > 593 > 548 > 502 > 456
Mulheres > 639 > 548 > 502 > 456 > 411 > 365
Para o ciclismo, o teste será aplicadode maneira semelhante. É necessário um percurso com a metragem 
conhecida em terreno plano. O avaliado deverá percorrer a maior distância possível em 12 minutos.
A tabela a seguir mostra a classificação para o teste de ciclismo de 12 minutos.
Tabela 15 – Nível de capacidade aeróbia para homens e mulheres de 
acordo com o resultado da distância percorrida em quilômetros para o 
teste de ciclismo de 12 minutos
Categoria de 
capacidade aeróbia Gênero 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Muito fraca
Homens 9,24 > 8,83 > 8,43 > 8,03 > 7,22 > 6,42
Mulheres > 7,63 > 7,22 > 6,82 > 6,42 > 5,62 > 4,81
Teste de corrida de 2.400 m (Cooper, 1977)
Muito parecido com o protocolo anterior, porém com uma particularidade: o teste de 2.400 m 
envolve apenas corrida, não sendo permitido ao avaliado andar durante o percurso. Assim, esse protocolo 
é mais indicado para indivíduos que possuem determinado condicionamento físico, que o permita 
correr a distância de 2.400 m. Para isso, o avaliador deverá demarcar previamente o trajeto e possuir 
um cronômetro para verificar o seu tempo de execução. O protocolo pode ser realizado por homens e 
mulheres de 13 a 60 anos de idade. O teste propriamente dito consiste em cronometrar o tempo gasto 
pelo avaliado para percorrer a distância de 2.400 m. Com base no tempo despendido para o percurso, 
expresso em segundos, torna‑se possível estimar o Vo2max por meio da relação adaptada do American 
College of Sports Medicine (2000).
( ( )
1
2
2400m 0,2 ml / kg / min 60s
VO máx. [ml kg.min 
tempo s
− × × =
161
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Onde:
• 2.400 m: distância percorrida no teste
• 0,2 (ml.kg‑1.min‑1): consumo de oxigênio por minuto equivalente para correr cada metro
• 60 s: ajuste de unidade de medida equivalente ao tempo
• Tempo (s): tempo de execução do teste, expresso em segundos
Veja um exemplo:
Considerando um avaliado que percorreu 2.400 m em 11 minutos e 58 segundos:
Tempo despendido (s) = (11 minutos x 60 segundos) + 58 segundos
Tempo despendido (s) = (660) + 58 segundos
Tempo despendido (s) = 718
Logo:
( ( )
1
2
2400m 0,2 ml / kg / min 60s
VO máx. [ml kg.min 
tempo s
− × × =
( 1
2
28800
VO máx. [ml kg.min 
718
−  =
VO2máx . [(kg . min‑1] = 40,11
A tabela a seguir mostra a classificação da capacidade aeróbia de mulheres para o teste de 2.400 m 
de acordo com a idade.
Tabela 16 – Nível de capacidade aeróbia para mulheres de acordo com 
o resultado do tempo obtido em minutos e segundos para o teste de 
corrida de 2.400 m
Categoria de 
capacidade aeróbia 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Muito fraca > 18 min e 
31 s
> 19 min e 
01 s
> 19 min e 
31 s
> 20 min e 
01 s
> 20 min e 
31 s
> 21 min e 
31s
Fraca
16 min e 55 
s – 18 min e 
30 s
18 min e 31 
s – 19 min e 
00 s
19 min e 01 
s – 19 min e 
30 s
19 min e 31 
s – 20 min e 
00 s
20 min e 01 
s – 20 min e 
30 s
21 min e 00 
s – 21 min e 
30 s
162
Unidade II
Categoria de 
capacidade aeróbia 13‑19 anos 20‑29 anos 30‑39 anos 40‑49 anos 50‑59 anos ≤ 60 anos
Média
14 min e 31 
s – 16 min e 
54 s
15 min e 55 
s – 18 min e 
30 s
16 min e 31 
s – 19 min e 
00 s
17 min e 31 
s – 19 min e 
30 s
19 min e 01 
s – 20 min e 
00 s
19 min e 31 
s – 20 min e 
30 s
Boa
12 min e 30 
s – 14 min e 
30 s
13 min e 31 
s – 15 min e 
54 s
14 min e 31 
s – 16 min e 
30 s
15 min e 56 
s – 17 min e 
30 s
16 min e 31 
s – 19 min e 
00 s
17 min e 31 
s – 19 min e 
30 s
Excelente
11 min e 50 
s – 12 min e 
29 s
12 min e 30 
s – 13 min e 
30 s
13 min e 00 
s – 14 min e 
30 s
13 min e 45 
s – 15 min e 
55 s
14 min e 30 
s – 16 min e 
30 s
16 min e 30 
s – 17 min e 
30 s
Superior 15 min e 
31 s
> 16 min e 
01 s
> 16 min e 
31 s
> 17 min e 
31 s
> 19 min e 
01 s
> 20 min e 
01 s
Fraca
12 min e 11 
s – 15 min e 
30 s
14 min e 01 
s – 16 min e 
00 s
14 min e 44 
s – 16 min e 
30 s
15 min e 36 
s – 17 min e 
30 s
17 min e 01 
s – 19 min e 
00 s
19 min e 01 
s – 20 min e 
00 s
Média
10 min e 49 
s – 12 min e 
10 s
12 min e 01 
s – 14 min e 
00 s
12 min e 31 
s – 14 min e 
45 s
13 min e 01 
s – 15 min e 
35 s
14 min e 31 
s – 17 min e 
00 s
16 min e 16 
s – 19 min e 
00 s
Boa
09 min e 41 
s – 10 min e 
48 s
10 min e 46 
s – 12 min e 
00 s
11 min e 01 
s – 12 min e 
30 s
11 min e 31 
s – 13 min e 
00 s
12 min e 32 
s – 14 min e 
30 s
14 min e 00 
s – 16 min e 
15 s
Excelente
08 min e 37 
s – 09 min e 
40 s
09 min e 45 
s – 10 min e 
45 s
10 min e 00 
s – 11 min e 
00 s
10 min e 30 
s – 11 min e 
30 s
11 min e 00 
s – 12 min e 
30 s
11 min e 15 
s – 13 min e 
59 s
Superior 47 min e 
00 s
> 48 min e 
00 s
> 51 min e 
00 s
> 54 min e 
00 s
> 57 min e 
00 s
> 63 min e 
00 s
Fraca
43 min e 01 
s – 47 min e 
00 s
44 min e 01 
s – 48 min e 
00 s
46 min e 31 
s – 51 min e 
00 s
49 min e 01 
s – 54 min e 
00 s
52 min e 01 
s – 57 min e 
00 s
57 min e 01 
s – 63 min e 
00 s
Média
39 min e 31 
s – 43 min e 
00 s
40 min e 31 
s – 44 min e 
00 s
42 min e 01 
s – 46 min e 
30 s
44 min e 01 
s – 49 min e 
00 s
47 min e 01 
s – 52 min e 
00 s
51 min e 01 
s – 57 min e 
00 s
Boa
35 min e 00 
s – 39 min e 
30 s
36 min e 00 
s – 40 min e 
30 s
37 min e 30 
s – 42 min e 
00 s
39 min e 00 
s – 44 min e 
00 s
42 min e 00 
s – 47 min e 
00 s
45 min e 00 
s – 51 min e 
00 s
Excelente 45 min e 
00 s
> 46 min e 
00 s
> 49min e 
00 s
> 52 min e 
00 s
> 55 min e 
00 s
> 60 min e 
00 s
Fraca
41 min e 01 
s – 45 min e 
00 s
42 min e 01 
s – 46 min e 
00 s
44 min e 31 
s – 49 min e 
00 s
47 min e 01 
s – 52 min e 
00 s
50 min e 01 
s – 55 min e 
00 s
54 min e 01 
s – 60 min e 
00 s
Média
37 min e 31 
s – 41 min e 
00 s
38 min e 31 
s – 42 min e 
00 s
40 min e 01 
s – 44 min e 
30 s
42 min e 01 
s – 47 min e 
00 s
45 min e 01 
s – 50 min e 
00 s
48 min e 01 
s – 54 min e 
00 s
Boa
33 min e 00 
s – 37 min e 
30 s
34 min e 00 
s – 38 min e 
30 s
35 min e 00 
s – 40 min e 
00 s
36 min e 30 
s – 42 min e 
00 s
39 min e 00 
s – 45 min e 
00 s
41 min e 00 
s – 48 min e 
00 s
Excelentedesde os 6 anos de idade, conquistou várias 
medalhas, mas sofreu uma lesão há seis meses que a afastou das competições.
• João, 21 anos, procurou você para orientá-lo a aumentar a sua massa muscular. João pesa 60 kg e 
tem 1,70 m de estatura. Ele passou por um nutricionista que indicou um profissional da área para 
auxiliá-lo a aumentar a massa magra por meio de exercícios físicos, uma vez que o nutricionista 
cuidará das opções nutricionais dele.
• Beatriz, 25 anos, sedentária, procurou você para voltar a praticar exercícios físicos. Já praticou na 
infância e adolescência, mas está parada há 5 anos e gostaria de melhorar o seu condicionamento 
cardiorrespiratório, pois pretende participar de alguns esportes de aventura. Beatriz pesa 75 kg e 
tem 1,60 m de estatura.
• Mauro, 40 anos, publicitário, tem uma enorme jornada de trabalho na semana. Já pratica atividades 
físicas, mas está com dificuldades em aumentar a força muscular. Mauro pesa 85 kg e tem 1,80 m 
de estatura. Procurou você para orientá-lo em um programa de exercícios físicos que o ajude a 
conquistar esse aumento de força desejado.
• Júlia, 7 anos, está acima do peso, e seu pediatra orientou sua mãe a procurar por um profissional 
especializado para acompanhar uma rotina de exercícios físicos com ela, a fim de perder peso. 
Júlia pesa 60 kg e tem 1,20 m de estatura. Ela nunca praticou atividades físicas e sua alimentação 
não é muito regrada, o que significa que está baseada em maior quantidade de gorduras e 
carboidratos refinados do que em proteínas e carboidratos integrais.
• Helena, 78 anos, está sentindo muitas dores na coluna, especialmente nas regiões cervical e 
lombar. Durante a maior parte da sua vida, Helena foi fisicamente ativa, mas nos 10 últimos anos, 
com muitas tarefas domésticas, acabou deixando a prática de exercícios físicos de lado. Hoje ela 
procura por você para orientar um programa de treinamento que a ajude a melhorar a postura e 
fortalecimento muscular. Helena pesa 90 kg e tem 1,80 de estatura.
Nas seis situações que acabamos de apresentar, podemos observar que os sujeitos buscam a prática 
de atividades físicas, mas com objetivos completamente distintos. Além dos objetivos diferenciados, 
podemos observar que as idades (criança, adolescente, adulto e pessoa idosa), o peso, a estatura e o 
gênero dos participantes também são diferentes. Desse modo, como podemos auxiliar esses sujeitos a 
alcançarem os objetivos desejados?
Inicialmente, já sabemos que, se os objetivos de cada sujeito são diferentes, o tipo de treinamento que 
eles deverão receber também deverá ser distinto. Mas como você, futuro profissional, poderá quantificar 
9
se houve melhora do atributo desejado? Como conseguirá acompanhar a evolução do aluno e mostrar 
que os resultados estão evoluindo? Por meio da avaliação física.
A avaliação é uma prática universal, algo em que todas as pessoas se empenham formal ou 
informalmente. Literalmente, todos nós utilizamos a avaliação em nossos trabalhos, mas com objetivos 
diferentes e em ambientes diversos.
Atualmente a avaliação relacionada à prática de atividades físicas vem crescendo exponencialmente, 
uma vez que os profissionais da área a possuem diferentes alunos e/ou clientes e precisam respeitar 
sua individualidade biológica para obter sucesso em seus programas de treinamento ou reabilitação. 
A diversidade da população que se apresenta para a prática de atividades físicas é vasta, assim, o 
conhecimento de protocolos indicados para cada caso é de suma importância para a obtenção de 
resultados expressivos. Consequentemente, essa enorme gama de informações traz maior dificuldade na 
tomada de decisões sobre a avaliação e a prescrição de exercícios físicos, inferindo na qualidade de decidir 
o que e como avaliar cada aluno, o que irá exigir conhecimentos e habilidades cada vez mais complexas.
Nos dias atuais, a mídia tem importante participação na visão da população sobre o corpo, a 
saúde, a estética e o alto desempenho. Foco de inúmeras abordagens da mídia mundial, a obesidade, o 
emagrecimento, a boa e a má alimentação, o sedentarismo, a longevidade, os medicamentos e suplementos 
que potencializam o ganho de massa muscular ou a perda acelerada de gordura, as dietas restritivas para 
perda de peso, as cirurgias estéticas, a vigorexia (doença relacionada à distorção da imagem corporal, 
levando o sujeito a buscar cada vez mais a realização de exercícios a fim de aumentar a massa muscular) e 
os distúrbios relacionados à perda de peso, como anorexia e bulimia, têm sido alvo de grande especulação. 
Indubitavelmente, a quantidade de pessoas adeptas das situações citadas, buscando fórmulas mágicas 
para o bem-estar, é imensa. Vivemos um momento de fácil aquisição de informações, e essa maior procura 
por informações relacionadas às características descritas pode levar a população a grandes erros. Assim 
como a tecnologia aumentou o acesso às informações, aumentou também as oportunidades no mercado 
de trabalho para os profissionais da Educação Física e da Fisioterapia, que buscam avaliar e monitorar os 
programas de treinamento com grande aprimoramento científico e prático.
A avaliação física é, portanto, definida como a utilização de técnicas de medidas que, ao serem 
aplicadas nos participantes, resultam em dados expressos qualitativa ou quantitativamente. Assim, os 
testes poderão ser utilizados para mensurar, diagnosticar e, caso seja necessário, modificar condições 
morfofuncionais e fisiológicas.
Para que possamos atingir os objetivos da avaliação física e, principalmente, para que possamos 
mostrar ao aluno os resultados alcançados, é necessário que o avaliador estabeleça alguns objetivos 
principais da avaliação que será iniciada, como:
• Avaliar a condição do aluno antes, durante e após um programa de exercícios físicos.
• Detectar possíveis falhas na execução do programa de treinamento mediante as avaliações 
realizadas e de acordo com o objetivo do aluno.
10
• Sugerir modificações dentro do programa de treinamento.
• Mostrar, por meio dos resultados obtidos, a evolução do aluno dentro do programa de treinamento.
• Motivar o aluno a partir dos resultados obtidos nas avaliações.
Contudo, a avaliação precisa ser delineada e pensada antes da realização de qualquer teste. 
Basicamente, precisamos seguir quatro passos durante uma avaliação:
• Estabelecer um critério.
• Realizar um teste ou uma bateria de testes.
• Fazer interpretações a partir dos dados.
• Escolher entre as possíveis formas de ação.
Assim, para garantir a qualidade de informações, é necessário compreender as variáveis relacionadas 
ao complexo processo de medidas e avaliações.
11
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Unidade I
1 CONCEITOS BÁSICOS EM MEDIDAS E AVALIAÇÕES
De maneira extremamente equivocada, os termos medir e avaliar são usados para descrever o 
mesmo fenômeno. Para que possamos entender que a medida é apenas a primeira parte do processo de 
avaliação, iremos definir alguns conceitos.
• Medir: associar um número a determinada característica de um ser, um objeto ou um evento. 
É um dado quantitativo, que necessita ser expresso numericamente por meio de um valor e é 
apenas descritivo. No início deste livro-texto, quantificamos as medidas de peso e estatura de 
Ana, João, Beatriz, Mauro, Júlia e Helena. Esses dados numéricos correspondem ao ato medir. 
Exemplo: altura (1,60 cm), peso (80 kg), circunferência da cintura (75 cm).
• Avaliar: realizar um julgamento de valor sobre a medida obtida, ou seja, interpretá-la em função 
do objetivo que determinou a realização dessa medida. Assim, a avaliação se dá como uma 
interpretação do resultado obtido quantitativamente na medida. Exemplo: vamos supor que 
desejamos verificar se a estatura de Júlia (1,20 m) corresponde ao esperado para a idade de acordo 
com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse caso, estaríamos avaliando a estatura de Júlia.
• Teste: instrumento ou procedimento que traz à tona uma resposta observável a fim de fornecerde Astrand‑Ryhming
Entre as técnicas de teste submáximo, utilizando cicloergômetro, esta vem tendo a maior preferência 
dos pesquisadores para áreas da Educação Física e da Fisioterapia.
É necessário incialmente aferir a FC de repouso. A metodologia empregada nesse protocolo inclui a 
escolha de uma carga de trabalho que varia de acordo com o sexo. Para indivíduos do sexo masculino, 
a carga deve variar entre 100 e 200 watts; para mulheres, entre 75 e 150 watts. A escolha da carga é 
primordial para o sucesso do teste, uma vez que essa carga de trabalho deverá ser capaz de induzir uma 
resposta da frequência cardíaca entre 50% e 85% da máxima predita para a idade. Com a seleção da 
carga, o avaliado deverá pedalar durante seis minutos. Haverá o registro da FC do quinto e do sexto 
minuto, e, se a diferença entre uma e outra for superior a 5 bpm, o teste deve continuar até que a FC 
esteja estabilizada. Caso a FC esteja abaixo de 50% da máxima prevista para a idade, ajusta‑se a carga 
de trabalho em mais 25 ou 50 watts e solicita‑se ao avaliado mais cinco minutos de esforço físico.
Após a aplicação do teste, o VO2max em l.min‑1 será calculado por meio da seguinte equação:
( )1
2 2
FCmax FCrepouso
VO máx. l.min x VO carga
FCesforço FCrepouso
−  −
=  − 
Em que:
FCmax (bpm): frequência cardíaca máxima prevista para a idade. Pode ser obtida por meio da equação:
FCmax = 220 – idade (anos)
FCrepouso (bpm): frequência cardíaca obtida antes do início do teste
FCesforço (bpm): média da frequência cardíaca obtida no quinto e no sexto minuto de esforço:
( ) FC 5º minuto FC 6º minuto
FCesforço bpm 
2
+
=
VO2carga: consumo de oxigênio expresso em l.min‑1, necessário para pedalar a carga de trabalho 
pela relação:
VO2carga (l.min‑1) = 0,129 + (0,014 x carga de trabalho em watts)
Caso o avaliado tenha idade superior a 25 anos, o seguinte fator de correção deverá ser aplicado:
Fator de correção para idade = (‑0,009 x idade) + 1,212
171
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Após a aplicação do fator de correção, deve‑se multiplicá‑lo pela medida de VO2max em l.min‑1 
estimada anteriormente.
Esse teste determina o VO2max em l.min‑1. Assim, alguns cálculos ainda deverão ser realizados para 
converter l.min‑1 para o valor relativo ao peso corporal (ml.kg‑1.min‑1).
Inicialmente, será necessário converter l.min‑1 em ml.min‑1. Para isso, é necessário multiplicar o valor 
obtido por 1000.
VO2máx. (ml.min‑1) = VO2máx. (l.min‑1) x 1000
E então, para converter o valor de ml.min‑1 para o valor relativo ao peso corporal (ml.kg‑1.min‑1), é 
necessário dividir o valor obtido pelo peso corporal:
( ( )1
21
2
VO máx. ml.min
VO máx.[ ml kg.min 
peso corporal
−
−
 
  =  
 
Veja um exemplo:
Homem
24 anos
• Peso: 70 kg
• FCmáxima: 196 bpm
• FCrepouso: 70 bpm
• FCesforço: 158 no quinto minuto e 162 no sexto minuto
• Carga do teste: 150 watts
Logo:
VO2carga (l.min‑1) = 0,129 + (0,014 x carga de trabalho em watts)
VO2carga (l.min‑1) = 0,129 + (0,014 x 150)
VO2carga (l.min‑1) = 0,129 + (2,1)
VO2carga (l.min‑1) = 2,229
172
Unidade II
Logo:
( ) FC 5º minuto FC 6º minuto
FCesforço bpm 
2
+
=
( ) 158 162
FCesforço bpm 
2
+
=
FC esforço(bpm) = 160
Assim:
FOmáxima = 220 ‑ idade
FOmáxima = 220 ‑ 24
FOmáxima = 196
Então:
( )1
2 2
FCmax FCrepouso
VO máx. l.min x VO carga
FCesforço FCrepouso
−  −
=  − 
( )1
2
196 70
VO máx. l.min x 2,229
160 70
− − =  − 
( )1
2
126
VO máx. l.min x 2,229
90
−  =  
 
VO2máx . (I . min‑1] = (1,4) x 2,229
VO2máx . (I . min‑1] = 3,12
Para converter l.min‑1 em ml.min‑1, é necessário multiplicar o valor por 1000.
Logo:
VO2máx. (ml.min‑1) = VO2máx. (l.min‑1) x 1000
VO2máx. (ml.min‑1) = 3,12 x 1000
VO2máx. (ml.min‑1) = 3120
173
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Após isso, para converter o valor de ml.min‑1 para o valor relativo ao peso corporal (ml.kg‑1.min‑1), é 
necessário dividir o valor obtido pelo peso corporal.
Logo:
( ( )1
21
2
VO máx. ml.min
VO máx.[ ml kg.min 
peso corporal
−
−
 
  =  
 
( 1
2
3120
VO máx. [ml kg.min 
70
−   =    
VO2máx . [ml(kg . min‑1] = 44,57
6.2.2.4 Testes em esteira rolante
Modelo de estágio único de Ebbeling et al. (1991)
Teste submáximo para avaliar a capacidade aeróbia de adultos saudáveis entre 20 e 59 anos em 
modelo de estágio único. Para a realização desse teste, será utilizado estágio único de quatro minutos. 
Durante a realização desse teste, será necessário anotar a velocidade máxima atingida durante o teste 
(km/h), a FC máxima atingida e a idade do avaliado.
A velocidade de trabalho varia entre 3,2 e 7,8 km/h, dependendo do nível de condicionamento físico 
do avaliado, com inclinação de 5%. Haverá aquecimento prévio de quatro minutos com inclinação de 0%
Após a realização do teste, deve‑se utilizar a seguinte equação:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)]
= 15,1
+ [21,8 x (Vkph/1,61)] – (0,327 x FC) – [0,263 x (Vkph/1,61) x I]
+ (0,0054 x FC x I) + (5,98 x G)
Onde:
• VKph: velocidade da esteira em quilômetros por hora
• FC: frequência cardíaca máxima atingida em batimentos por minuto
• I: idade em anos
174
Unidade II
• G (gênero): 0 para feminino e 1 para masculino
Veja um exemplo:
Homem
30 anos
• FC: 140 bpm
• Velocidade: 5,0 km/h
Logo:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)]
= 15,1
+ [21,8 x (Vkph/1,61)] – (0,327 x FC) – [0,263 x (Vkph/1,61) x I]
+ (0,0054 x FC x I) + (5,98 x G)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)]
= 15,1
+ [21,8 x (5,0/1,61)] – (0,327 x 140) – [0,263 x (5,0/1,61) x 30]
+ (0,0054 x 140 x 30) + (5,98 x 1)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)]
= 15,1
+ [21,8 x (3,10)] – (45,78) – [0,263 x (3,10) x 30]
+ (0,0054 x 140 x 30) + (5,98 x 1)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)]
= 15,1 + 67,58 ‑ 45,78 – 24,459 + 22,68 + 5,98
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 41,101
175
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Modelo de múltiplos estágios de Naughton, Balke e Nagle (1964)
Esse teste é exclusivo para homens adultos, sedentários, cardíacos ou de alto risco. O teste se inicia 
após aquecimento prévio de dois minutos. O tempo de cada estágio é de dois minutos; o primeiro se 
inicia com velocidade de 1,6 km/h e inclinação de 0%. No segundo estágio, a velocidade aumenta 
para 3,2 km/h e a inclinação permanece em 0%. Nos estágios subsequentes, a velocidade permanece 
constante em 3,2 km/h e a inclinação é aumentada em 3,5% a cada dois minutos.
É necessário anotar o tempo total de duração do teste.
Após a realização do teste, o VO2max será calculado por meio da equação proposta por Foster 
et al. (1984):
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 3,6 + (1,61 x tlim)
 Observação
Tlim é o tempo de duração total do teste em minutos.
Veja o exemplo a seguir:
Homem
30 anos
Tempo limite: 12,46 minutos
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 3,6 + (1,61 x tlim)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 3,6 + (1,61 x 12,46)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 3,6 + (20,060)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 3,6 + (23,66)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 27,26
Protocolo de Bruce
É um dos protocolos que tem maior aceitação por cardiologistas. O objetivo do teste é elevar a FC 
até 50% a 85% da FC máxima prevista para a idade. Para isso, o avaliado irá realizar um protocolo 
constante, com aumentos de intensidade e inclinação a cada três minutos. O protocolo se inicia com 
um aquecimento de três minutos, com caminhada na velocidade de 3 a 4 km/h sem inclinação. Após o 
176
Unidade II
aquecimento, se inicia o primeiro estágio, com velocidade de 2,7 km/h e inclinação de 10%, e, a cada 
estágio, haverá aumento de 1,4 km/h na velocidade e 2% de aumento na inclinação até que a FC alcance 
os valores submáximos preconizados.
22
20
18
16
14
12
10
0 3 6 9 12 15 18 21
2,7 KM/h
4,0 KM/h
5,5 KM/h
Tempo (min)
In
cl
in
aç
ão
 (%
)
6,7 KM/h
8,0 KM/h
8,8 KM/h
9,6 KM/h
Figura 111 – Exemplo de aplicação do teste de Bruce
O VO2max será calculado pelas seguintes equações:
Homem cardiopata:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (2,327 x tempo) + 9,48
Homem ativo:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (3,778 x tempo) + 0,19
Homem sedentário:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (3,288 x tempo)+ 4,07
Mulher:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (3,36 x tempo) + 1,06
177
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Veja um exemplo, considerando um indivíduo do sexo masculino ativo:
Tempo de teste: 15 minutos
Logo:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (3,778 x tempo) + 0,19
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (3,778 x 15) + 0,19
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (56,67) + 0,19
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 56,86
6.2.3 Testes de cargas máximas
Os testes máximos são aqueles em que as cargas de trabalho impostas ao avaliado atingem 
pelo menos 90% da FCmax, e, de acordo com o American College of Sports Medicine (2007), são 
protocolos extremamente úteis para a determinação de doença arterial coronariana em indivíduos 
assintomáticos quando utilizados na avaliação direta, com analisador de gases. São testes que 
necessitam de ergômetros específicos e profissionais bem treinados para sua execução, porque, 
em sua maioria, os testes apresentados na literatura são diretos. Os protocolos máximos são mais 
indicados para indivíduos com um bom nível de condicionamento físico, uma vez que eles devem 
continuar até a exaustão voluntária do indivíduo.
Assim como os testes submáximos, os testes máximos apresentam vantagens e desvantagens, 
conforme Charro et al. (2010):
• São mais úteis para diagnosticar doença arterial coronariana em indivíduos assintomáticos.
• Analisam diretamente os gases (são mais dispendiosos e mais demorados e necessitam de 
equipes treinadas).
• São utilizados mais em pesquisas e ambientes clínicos.
• Exigem que os participantes se exercitem até atingirem a exaustão voluntária.
Para garantir maior segurança ao participante, anteriormente ao teste de esforço, seja ele máximo 
ou submáximo, o avaliado deve ler e assinar um termo de consentimento explicativo sobre as condições 
do teste, juntamente com os riscos e benefícios, e é recomendado também que o avaliado responda ao 
questionário Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR‑Q):
178
Unidade II
Figura 112 – Questionário Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR‑Q)
Fonte: Heyward (1997, p. 336).
179
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Além disso, os seguintes critérios, preconizados pelo American College of Sports Medicine (2000), 
deverão ser considerados como contraindicações a realização.
Contraindicações absolutas para a realização de testes de esforços físicos (tanto máximos quanto 
submáximos):
• Infarto do miocárdio recente complicado.
• Angina instável.
• Arritmia ventricular não controlada.
• Arritmia atrial não controlada que compromete a função cardíaca.
• Bloqueio cardíaco atrioventricular de terceiro grau sem marca passo.
• Insuficiência cardíaca congestiva aguda.
• Estenose aórtica grave.
• Suspeita ou certeza de aneurisma dissecante.
• Miocardite ou pericardite suspeita ou ativa.
• Tromboflebite ou trombo intracardíaco.
• Embolia pulmonar ou sistêmica recente.
• Infecções agudas.
• Distúrbio emocional significativo (psicose).
Ainda de acordo com o American College of Sports Medicine (2000), os seguintes critérios de 
interrupção do teste de esforço tendo como objetivo a avaliação da aptidão aeróbia sem monitoramento 
eletrocardiográfico deverão ser seguidos:
• Início de angina ou sintomas semelhantes à angina.
• Queda significativa da pressão sistólica ou incapacidade de elevação dessa pressão com o 
aumento da intensidade do exercício.
• Elevação excessiva da pressão arterial: pressão sistólica > 260 mmHg ou pressão diastólica 
> 115 mmHg.
180
Unidade II
• Sinais de pouca perfusão: aturdimento, confusão, ataxia, palidez, cianose, náusea ou pele fria e viscosa.
• Incapacidade de aumento da frequência cardíaca com a elevação da intensidade de esforço.
• Alteração notável do ritmo cardíaco.
• Avaliado pedir para parar o teste.
• Manifestações físicas ou verbais de fadiga grave.
• Falha do equipamento do teste.
Embora a maioria dos testes máximos sejam aplicados de forma direta, existem vários protocolos 
na literatura que são válidos para a determinação do VO2max de forma indireta. Citaremos alguns 
testes a seguir.
6.2.4 Testes em esteira rolante
Protocolo de Naughton (1963)
Esse protocolo é extremamente interessante para avaliados com baixo condicionamento físico. Após 
aquecimento inicial, o avaliado irá realizar três estágios de três minutos na velocidade de 3,2 km/h, 
sendo o primeiro com inclinação de 7% e mais 3,5% de aumento para o segundo e terceiro estágios. 
Após essa fase inicial do protocolo, haverá aumento da velocidade por mais dois estágios (quarto e 
quinto) para 4,8 km/h e reduz‑se a inclinação para 10% e 12,5%, respectivamente. Na última fase 
do protocolo (a partir do sexto estágio) com inclinação de 12%, adicionam‑se 2% a cada estágio, e a 
velocidade permanece constante em 5,5 km/h até a exaustão voluntária.
A estimativa do VO2max é determinada pela seguinte equação, preconizada por Bruce (1971):
Homens:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,33 + (2,94 x duração do teste)
Mulheres:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,05 + (2,74 x duração do teste)
Veja o exemplo, considerando uma mulher que finalizou o teste com 18 minutos:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,05 + (2,74 x duração do teste)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,05 + (2,74 x 18)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,05 + (49,32)
181
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 57,37
Protocolo de Ellestad (1969)
Esse protocolo é indicado para avaliados homens e mulheres mais bem condicionados. Para a 
realização desse teste, a inclinação da esteira rolante permanece em 10% do primeiro ao quarto 
estágio, sendo que o primeiro estágio tem velocidade pré‑definida de 2,7 km/h e se eleva para 4,8 km/h 
no segundo estágio; passando para o terceiro estágio, um novo incremento na velocidade é adicionado, 
de 1,6 km/h (6,4 km/h), e o mesmo ocorre no quarto estágio, mais 1,6 km/h (8,0 km/h). Após os quatro 
estágios iniciais, a inclinação aumenta para 15% (quinto estágio). A partir do sexto estágio, a inclinação 
permanece a mesma e a velocidade segue com incremento de 1,6 km/h até a exaustão voluntária.
Os estágios 1 e 5 têm duração de três minutos, já os estágios 2 a 4 e 6 até o final do teste são 
mantidos em dois minutos. O tempo é um minuto maior somente nos estágios em que há inclinação da 
esteira rolante.
O cálculo do VO2max é realizado por meio da equação de Bruce:
Homens:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,33 + (2,94 x duração do teste)
Mulheres:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,05 + (2,74 x duração do teste)
Veja o exemplo, considerando um homem bem condicionado que encerrou o teste em 15 minutos:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,33 + (2,94 x duração do teste)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,33 + (2,94 x 15)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 8,33 + (52,43)
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = 60,76
6.2.5 Testes com ergômetro de perna (bicicleta)
Protocolo de Técnica de Balke (1959)
Para a realização do protocolo de Balke, serão utilizados estágios progressivos de dois minutos, 
iniciando em zero watts com aumento de 25 watts para indivíduos não condicionados e 50 watts para 
indivíduos bem condicionados fisicamente (tanto homens quanto mulheres) até a exaustão voluntária. 
182
Unidade II
Para a determinação do VO2max, é necessária a verificação do peso corporal do avaliado antes da 
realização do teste, bem como da última carga completada pelo indivíduo em watts.
Após a aplicação, utilizar a seguinte equação:
( ( )
( )2
200 12 x carga máxima em watts
VO máx. [ml kg.min 
peso Kg
− + =
Veja o exemplo de um indivíduo que pesa 75 kg e finalizou o teste em 250 watts de carga final:
( ( )
( )
1
2
200 12 x carga máxima em watts
VO máx. [ml kg.min 
peso Kg
− + =
( ( )1
2
200 12 x 250
VO máx.[ ml kg.min 
75
− + =
( ( )1
2
200 3000
VO máx. [ml kg.min 
75
− + =
( 1
2
3200
VO máx.[ ml kg.min 
75
−  =
VO2máx . [ml(kg . min‑1] = 42,66
Protocolo de Astrand (1986)
Muito semelhante ao protocolo preconizado por Balke, entretanto, a duração de cada estágio é de 
três minutos, o que torna o teste mais interessante para indivíduos de baixo condicionamento físico. É 
necessárioo peso do avaliado para o cálculo final. Após aquecimento prévio de três minutos, inicia‑se o 
teste com a carga do primeiro estágio sendo de 10, 25 e 50 watts para cardiopatas, mulheres e homens, 
respectivamente. A partir dos próximos estágios, 25 watts serão adicionados a cada três minutos até a 
exaustão voluntária. Uma diferença importante entre os protocolos é que, neste, o valor do VO2max é 
expresso em ml.min‑1.
Para o cálculo de VO2max, a seguinte equação será utilizada:
VO2máx. [ml(kg.min)‑1)] = (12 x watts do último estágio) + (peso x 3,5)
Assim, para converter o valor de ml.min‑1 para o valor relativo ao peso corporal (ml.kg‑1.min‑1), é 
necessário dividir o valor obtido pelo peso corporal.
183
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
( ( )1
21
2
VO máx. ml.min
VO máx.[ ml kg.min 
peso corporal
−
−
 
  =  
 
Veja um exemplo:
Mulher
Peso 85 kg
Watts do último estágio: 300
VO2máx. [ml.min‑1] = (12 x watts do último estágio) + (peso x 3,5)
VO2máx. [ml.min‑1] = (12 x 300) + (85 x 3,5)
VO2máx. [ml.min‑1] = (3600) + (297,5)
VO2máx. [ml.min‑1] = 3897,5
Após isso, para converter o valor de ml.min‑1 para o valor relativo ao peso corporal (ml.kg‑1.min‑1), é 
necessário dividir o valor obtido pelo peso corporal.
Assim:
( ( )1
21
2
VO máx. ml.min
VO máx.[ ml kg.min 
peso corporal
−
−
 
  =  
 
( 1
2
3897,5
VO máx. [ml kg.min 
85
−   =    
VO2máx . [ml(kg . min‑1] = 45,85
Para qualquer um dos protocolos de cicloergômetro de perna citados, o VO2max pode ser 
calculado, ainda de acordo com a recomendação do American College of Sports Medicine (2009) e 
com o tipo de bicicleta utilizada.
184
Unidade II
Bicicleta mecânica:
( ( )
1
2
Carga em kpm x 2 300)
VO máx. [ml kg.min 
peso corporal Kg
−  + =     
Bicicleta eletromagnética:
( ( )
1
2
Carga em watts x1 2 300)
VO máx. [ml kg.min 
peso corporal Kg
−  + =     
Após a determinação do VO2max por qualquer um dos protocolos citados, desde submáximos aos 
máximos, em pista ou em ergômetros, é necessário utilizar valores normativos para cálculo de aptidão 
funcional aeróbia.
As tabelas a seguir mostram os indicadores para a análise do consumo máximo de oxigênio 
de indivíduos adultos de ambos os sexos propostos com base em testes de esforço padronizados e 
preconizados pelo American Heart Association (1972):
Tabela 20 – Valores de consumo máximo de oxigênio (ml.kg‑1.min‑1) 
para mulheres
Idade (anos) Baixo Regular Intermediário Elevado Muito elevado
20‑29 48
30‑39 44
40‑49 41
50‑59 37
60‑69 34
Adaptado de: American Heart Association (1972).
Tabela 21 – Valores de consumo máximo de oxigênio (ml.kg‑1.min‑1) 
para homens
Idade (anos) Baixo Regular Intermediário Elevado Muito elevado
20‑29 52
30‑39 48
40‑49 44
50‑59 42
60‑69 40
Adaptado de: American Heart Association (1972).
185
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
6.3 Limiar anaeróbio (LAn)
O limiar anaeróbio (LAn) tem sido alvo de muitas pesquisas relacionadas à fisiologia do exercício 
desde que a formação de lactato durante a contração muscular foi demonstrada por Fletcher e 
Hopkins (1907).
Ele é definido como um aumento inicial nas concentrações de lactato que coincide com um aumento 
não linear da ventilação pulmonar, do quociente respiratório e da produção de dióxido de carbono.
O destaque do LAn na área da avaliação e prescrição do treinamento esportivo se deve principalmente 
à alta correlação encontrada entre a quantificação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e a 
predição do desempenho aeróbio em competições, e ao rápido ajuste desse parâmetro frente às 
modificações do treinamento.
A determinação do LAn pode ser feita através da mensuração direta do lactato sanguíneo, por um 
método direto – por meio da análise de gases (VO2max), por exemplo – ou por métodos indiretos.
A determinação do LAn através do método direto apresenta algumas vantagens com relação a sua 
aplicabilidade, tais como: alta validade e reprodutibilidade, alta correlação com a performance em 
provas de endurance, maior sensibilidade às adaptações decorrentes do treinamento e fácil aplicação.
Das técnicas amplamente utilizadas para mensuração do limiar anaeróbio, destaca‑se a 
determinação da máxima fase estável de lactato (MFEL), que é considerada o protocolo gold standard 
na determinação do LAn. A MFEL é definida como a mais alta intensidade de exercício em que existe 
equilíbrio entre a produção e a remoção do lactato sanguíneo durante protocolos de cargas constantes.
 Observação
Gold standard é um termo amplamente utilizado para descrever o 
protocolo padrão ouro para aquela determinada medida. Significa que é 
um protocolo objetivo, válido e reprodutivo.
Exercícios realizados acima da intensidade referente a MFEL causam um aumento constante na 
produção de lactato sanguíneo primeiramente no músculo, seguido de um aumento dessa concentração 
no sangue. A acidose associada a esse acúmulo tem sido relacionada à diminuição das propriedades 
contráteis do músculo em decorrência do aumento percentual da glicólise comparado com a taxa de 
oxidação do piruvato (Billat et al., 2003). Esses fatores prejudicam as atividades de várias enzimas no 
metabolismo e contribuem com o surgimento precoce da fadiga. Por outro lado, durante exercícios 
realizados abaixo da MFEL, a velocidade de produção é inferior à de remoção, e dessa maneira a atividade 
pode ser sustentada por um período de tempo maior.
O protocolo da MFEL envolve a realização de quatro a seis sessões de exercícios de cargas constantes 
em diferentes intensidades com duração aproximada de 30 minutos. É recomendado que apenas duas 
186
Unidade II
sessões sejam realizadas por dia, com intervalo mínimo de quatro horas entre elas. A cada cinco minutos 
são coletadas, do lóbulo da orelha, amostras de 25 µl de sangue para determinação das concentrações 
sanguíneas de lactato. Após essa fase, a curva de lactacidemia versus tempo de exercício é plotada com 
o intuito de definir a intensidade correspondente à MFEL, na qual não há aumento igual ou superior 
a 1 mmol/L (Heck et al., 1985; Carter; Jones; Doust, 1999) do décimo ao trigésimo minuto de exercício.
Figura 113 – Demonstração da extração de 25 µl de sangue do lóbulo da orelha para posterior análise 
das concentrações de lactato sanguíneo em lactímetro
Figura 114 – Equipamento utilizado para análise do lactato sanguíneo
187
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A figura a seguir mostra a determinação do limiar anaeróbio por meio da MFEL. A série representada 
na cor azul mostra a intensidade de MFEL:
1
0
5 10 2015
Tempo (min)
Co
nc
en
tr
aç
ão
 d
e 
la
ct
at
o 
(m
m
ol
/L
)
25 30
2
3
4
5
6
Figura 115 – Determinação da máxima fase estável de lactato por 
meio das concentrações de lactato sanguíneo
Embora muito utilizado por equipes esportivas de alto nível que, normalmente, disponibilizam de um 
fisiologista do exercício entre os membros da comissão técnica, a mensuração da capacidade aeróbia pelo 
Lan ou pela MFEL, através dos métodos citados, exige a disponibilidade de equipamentos sofisticados, 
além do elevado custo operacional por atleta, tornando sua utilização limitada. Infelizmente, nem todas 
as equipes dispõem de suporte financeiro necessário para a aquisição de equipamentos específicos para 
a realização de avaliações constantes utilizando a lactacidemia. Além disso, o tempo necessário para a 
realização do protocolo, da análise e da interpretação dos resultados muitas vezes é inviável para ajustar 
as intensidades de treino durante a periodização.
O teste não invasivo de potência crítica (Pcrit), proposto inicialmente por Monod e Scherer (1965) 
e modificado por Wakayoshi et al. (1992) para velocidade crítica (Vcrit), tem sido amplamente utilizado 
para a determinaçãodo Lan e é definido como a máxima intensidade de exercício que teoricamente 
pode ser mantida por um longo período de tempo sem fadiga. Acima dessa intensidade de esforço, 
ocorre a utilização de um estoque limitado de energia anaeróbia para atender as necessidades adicionais 
do exercício (Bishop; Jenkins; Howard, 1998). Segundo o modelo, o esgotamento desse estoque, 
denominado capacidade de trabalho anaeróbio (CTA), leva o executante à exaustão (Bishop; Jenkins; 
Howard, 1998). Desse modo, através de modelo matemático, os valores de distância e tempo são 
submetidos ao procedimento de regressão linear para estimativa da Vcrit e da capacidade de trabalho 
anaeróbio (CTA), pelo modelo linear distância‑tempo.
Alguns estudos têm demonstrado que o parâmetro aeróbio do modelo de Vcrit apresenta elevadas 
correlações com o Lan, verificados por intensidades de esforço determinadas através de protocolos que 
188
Unidade II
utilizam concentração fixa e variáveis de lactato sanguíneo, sugerindo que a Vcrit pode ser utilizada 
como um índice não invasivo de determinação da capacidade aeróbia dos atletas. Além disso, esse 
método de avaliação tem sido objeto de vários estudos por ser um teste não invasivo e de custo reduzido.
Para a determinação da Vcrit, serão utilizadas quatro cargas exaustivas distintas. Os valores de 
distância e tempo serão submetidos ao procedimento de regressão linear para estimativa da Vcrit, pelo 
modelo linear distância versus tempo. A velocidade crítica dos avaliados será determinada pelo coeficiente 
angular de cada uma das regressões individuais. Esse teste pode ser utilizado para qualquer exercício ou 
modalidade esportiva. Basta que o tempo de exaustão para cada esforço específico seja anotado.
Além disso, de acordo com o modelo original, a Pcrit também pode ser mensurada, assim como 
a força crítica (Fcrit). Nesse caso, o avaliado irá realizar algumas cargas de esforço até exaustão, que 
será assumida como a incapacidade do avaliado em manter a intensidade previamente definida por 
tempo igual a 10 segundos, ou quando voluntariamente o avaliado não mais conseguir continuar o 
exercício nas intensidades previamente determinadas. Nesses dois casos, os tempos de execução para 
cada esforço até a exaustão voluntária serão registrados e assumidos como tempo limite (Tlim). A Pcrit 
ou Fcrit corresponderá ao coeficiente linear dos pontos obtidos da relação linear P ou F versus 1/Tlim.
Os modelos distância vs. tempo e força vs. 1/Tlim estão representadas a seguir para o exercício de natação.
No exemplo apresentado na figura a seguir, os atletas realizaram quatro esforços em máxima 
intensidade nas distâncias de 200 m, 300 m, 400 m e 500 m na natação em nado crawl. O tempo de 
cada esforço foi anotado e por meio de regressão linear pudemos obter a Vcrit.
y = 1,3472x + 39,475
R² = 0,9996
500
400
300
200
100
0 100 200
Tempo (s)
Di
st
ân
ci
a 
(m
)
300 400
Figura 116 – Determinação da intensidade (s/100m) correspondente à Vcrit por meio da relação linear 
distância versus tempo obtida por um nadador, após esforços máximos de 
200 m, 300 m, 400 m e 500 m
No exemplo apresentado na figura a seguir, os atletas realizaram quatro esforços em nado 
atado nas intensidades de 90, 100, 110 e 120 N. O tempo que o atleta permaneceu nadando nessa 
intensidade até a exaustão foi assumido como tempo limite. Assim, por meio da relação força 
versus 1/Tlim a Fcrit foi determinada.
189
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
y = 5092,7x + 84,059
R² = 0,9879
130
120
110
100
90
0
0 0,002 0,004
1/tlim (s‑1)
Fo
rç
a 
(n
)
0,006 0,008
Figura 117 – Determinações da Fcrit obtida por meio da relação linear F versus 1/tlim (s‑1) de um 
nadador, obtidas após esforços máximos nas intensidades de 90 N, 100 N, 110 N e 120 N
Entretanto, existem controvérsias na literatura quanto ao melhor número de esforços a serem 
utilizados para determinar a Vcrit ou Pcrit. Segundo Hill (1993) e Bishop, Jenkins e Howard (1998), 
três cargas exaustivas distintas são suficientes para tal determinação, desde que o tempo limite de 
exercício encontre‑se entre 1 e 10 minutos. Outros autores preconizam que esse tempo limite de exercício 
encontra‑se entre 2 e 15‑20 minutos (Hill; Ferguson, 1999; Brickley; Doust; Williams, 2002). Pringle e 
Jones (2002) acreditam que a Pcrit parece superestimar a máxima fase estável com relação à resposta do 
lactato sanguíneo.
Em 1986, Chassain desenvolveu uma metodologia baseada na realização de duplos esforços na 
mesma intensidade de exercício para a determinação da Pcrit. O método conhecido como Chassain 
consiste em submeter o indivíduo a duas sessões de exercício de mesma intensidade, com duração de 
três minutos cada uma, separadas por um intervalo de recuperação de 1,5 minuto. Ao final do primeiro 
e do segundo esforço, a frequência cardíaca (FC) é registrada, permitindo analisar a variação de FC entre 
o primeiro (E1) e o segundo (E2) exercício utilizando a equação ΔFC = FCE2‑ FCE1. Com os resultados 
obtidos, plota‑se um gráfico e por extrapolação linear é verificado o valor da intensidade em que o 
ΔFC = 0, no qual, ao menos teoricamente, ocorre a máxima fase estável de FC. Esse ponto é entendido 
como a potência crítica.
Além da FC, podem ser utilizados os comportamentos das concentrações de lactato sanguíneo e VO2 
para a mesma análise.
A vantagem apresentada por Chassain (1986) é a ausência de procedimento exaustivo na obtenção 
da Pcrit, bem como a praticidade em sua determinação. Por outro lado, quando realizado com 
lactacidemia, a procedência do protocolo é invasiva.
190
Unidade II
 Saiba mais
Para entender mais detalhadamente os protocolos de limiar anaeróbio, 
consulte a seguinte tese:
SANTHIAGO, V. Avaliação aeróbia de nadadores através de protocolos 
invasivos e não invasivos em duas situações distintas: nado livre e atado. 
2009. Tese (Doutorado em Ciências da Motricidade) – Universidade Estadual 
Paulista, Rio Claro, 2009. Disponível em: https://tinyurl.com/2t5c6yz8. 
Acesso em: 8 nov. 2023
A figura a seguir mostra a imagem esquemática do protocolo Chassain:
Exercício (E1) Recuperação Exercício (E2)
3 minutos
Frequência cardíaca
(FC1)
ΔFC = FC2 ‑ FC1
Para cada uma das quatro intensidades
Duplos esforços de exercícios separados por uma recuperação
Frequência cardíaca
(FC2)
1,5 minutos 3 minutos
Figura 118 – Protocolo experimental adaptado de Manchado et al. (2006) para a determinação 
da velocidade crítica (Vcrit) baseada no método Chassain (1986)
No caso de haver coletas de lactato sanguíneo ou de consumo de oxigênio, essas variáveis devem 
ser anotadas ao final do terceiro minuto do primeiro esforço e ao final do terceiro minuto do segundo 
esforço para o cálculo do delta lactato ou VO2.
A seguir, exemplos da regressão obtida por meio de um gráfico ilustrativo da determinação da Vcrit 
e Pcrit por meio do método Chassain:
191
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
‑10 ‑5 0
ΔFC
66
68
70
Te
m
po
 (s
/1
00
 m
)
72
74
76
5 10 15
y = ‑0,3107x + 71,621
R² = 0,9942
Figura 119 – Exemplo da determinação da velocidade crítica pelo método Chassain (1986) por meio 
das frequências cardíacas (ΔFC) de um único nadador utilizando o procedimento não exaustivo de 
duplos esforços. Cada ponto expresso graficamente representa a frequência cardíaca obtido em 
intensidade equivalente. A Vcrit estimada corresponde ao intercepto Y da regressão linear obtida
‑10 ‑5 0
ΔFC
0
20
40
Fo
rç
a 
(N
)
60
80
100
120
5 10
y = 2,148x + 80,167
R² = 0,9666
Figura 120 – Exemplo da determinação da força crítica pelo método Chassain (1986) por meio das 
frequências cardíacas (ΔFC) obtidas de um único nadador utilizando o procedimento não exaustivo de 
duplos esforços. Cada ponto expresso graficamente representa o delta frequência cardíaca obtido em 
intensidade equivalente. A Fcrit estimada corresponde ao intercepto Y da regressão linear obtida
A determinação da capacidade aeróbia por meio da estimativa de limiar anaeróbio pode ser utilizada 
com frequência,principalmente por meio dos testes de Vcrit. Embora haja a necessidade de utilização 
de modelos matemáticos para sua determinação, as técnicas utilizadas para a realização dos esforços 
são simples e eficazes.
6.4 Potência e capacidade anaeróbia
Para avaliar a potência anaeróbia, é necessário que o esforço realizado seja máximo ou muito 
próximo do máximo.
192
Unidade II
Basicamente, o principal critério para a determinação da potência anaeróbia é o tempo de esforço e 
sua intensidade, uma vez que esforços máximos de aproximadamente 20 segundos irão refletir respostas 
predominantemente anaeróbias aláticas (resposta do sistema ATP‑CP), enquanto os testes máximos 
com duração de até aproximadamente 30 a 60 segundos irão refletir respostas predominantemente 
láticas (resposta do sistema glicolítico).
A potência anaeróbia é representada pelo trabalho muscular realizado por unidade de tempo, 
enquanto a capacidade anaeróbia se refere à quantidade total de trabalho realizado no decorrer do 
teste (Guedes; Guedes, 2006)
É sabido que a potência anaeróbia alática reflete a velocidade em que ocorre a quebra da 
creatina fosfato na célula muscular ativa para a ressíntese do ATP (adenosina trifosfato), enquanto 
a potência anaeróbia lática reflete a velocidade com que o ATP pode ser ressintetizado por 
intermédio da glicólise anaeróbia.
Embora os testes que avaliam potência ou capacidade anaeróbia sejam predominantemente diretos 
(com uso de lactacidemia, por exemplo) e utilizem ergômetros para sua determinação, alguns testes são 
usados para verificar a potência anaeróbia de forma indireta.
6.4.1 Protocolos indiretos de determinação da potência e capacidade anaeróbia
Wingate (1987)
O teste de Wingate foi desenvolvido por Bar‑Or na década de 1980 e é considerado um dos testes 
mais utilizados para avaliação da potência e capacidade anaeróbia nos campos da Educação Física e 
da Fisioterapia.
Basicamente, para a realização do teste, o avaliado deverá pedalar na máxima velocidade possível 
por um tempo de 30 segundos, mantendo a carga constante. A carga será designada de acordo com o 
peso do avaliado. Sendo expressa em kg, é equivalente a 0,075 kp/kg para mulheres e 0,090 kp/kg para 
homens. Para crianças e obesos, a carga pode ser menor; já para atletas, será adotada maior carga de 
trabalho: de 0,100 a 0,110 km/kg.
Para esse procedimento, é necessária uma bicicleta de frenagem mecânica ou eletromagnética com 
dispositivo para a contagem de rotações dos pedais, as quais deverão ser registradas a cada cinco 
segundos. Caso não haja esse dispositivo, dois avaliadores podem contar as rotações dos pedais a cada 
cinco segundos.
O selim deve ser ajustado de acordo com a estatura do avaliado, de modo que a flexão de joelho 
esteja em 10 a 15 graus no momento que o pedal passa próximo ao chão.
O avaliado deverá executar um aquecimento prévio no cicloergômetro para elevar a FC por volta de 
150‑160bpm. É recomendado, ainda, que durante o período de aquecimento, o avaliado execute sprints 
193
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
de cinco segundos para se familiarizar com a dificuldade do teste. O aquecimento deve se seguido de 
cinco minutos de pausa antes da execução do teste propriamente dito.
O início do teste se dá por meio de o avaliado pedalar o mais rápido possível sem carga de trabalho, 
mantendo‑se sentado no selim, e em seguida será adicionada carga lentamente, até chegar à carga do 
teste do sujeito. Isso deve ocorrer num período de dois a quatro segundos. Assim que o avaliado alcançar 
a carga de trabalho para o teste, 30 segundos serão contados, e ele deve pedalar o mais rápido possível. 
Poderá haver incentivo sonoro ao participante: “vamos lá!”, “muito bem!”.
Após o teste, o avaliado deve permanecer pedalando por mais três minutos para voltar à calma.
Após a realização do teste, serão estabelecidos os valores de potência, capacidade e índice de 
fadiga anaeróbios.
A potência anaeróbia será representada pelo número de rotações dos pedais, realizados a cada cinco 
segundos, e pela distância, em metros, que o cicloergômetro teoricamente se desloca a cada rotação 
do pedal.
Assim:
Pico máximo de potência anaeróbia:
Pmax (kpm) = carga x (rotações –5 s máximo) x distância
Pico mínimo de potência anaeróbia:
Pmin (kpm) = carga x (rotações –5 s mínimo) x distância
Pico médio de potência anaeróbia:
Pmed (kpm) = carga x (rotações –5 s médio) x distância
A capacidade anaeróbia será estimada pelo número total de rotações no período dos 30 segundos e 
pela distância de deslocamento do cicloergômetro a cada rotação do pedal:
Can (kpm) = carga x (rotações –30 s) x distância
O índice de fadiga (If) é representado pela perda relativa da potência anaeróbia desde o momento 
que alcançou o pico máximo e o mínimo de potência anaeróbia, expresso pela seguinte equação:
( ) Pmax Pmin
If % x1 00
Pmax
− =  
 
194
Unidade II
As tabelas a seguir ilustram os indicadores relacionados aos componentes anaeróbios tanto para 
homens quanto para mulheres.
Tabela 22 – Valores de referência direcionados à análise de 
indicadores relacionados aos componentes anaeróbios estimados 
mediante o teste de Wingate para mulheres
Grupo etário 
(anos)
Muito 
fraco Fraco Abaixo da 
média Média Bom Muito 
bom Excelente
Pico máximo de potência anaeróbia (watts)
35 389‑513 514‑576 576‑638 638‑700 700‑762 762‑825 825‑950
Grupo etário 
(anos)
Muito 
fraco Fraco Abaixo da 
média Média Bom Muito 
bom Excelente
Pico máximo de potência anaeróbia relativo ao peso corporal (watts/kg)
35 5,6‑7,0 7,0‑7,7 7,7‑8,4 8,4‑9,1 9,2‑9,9 9,9‑10,610,6‑12,0
Potência média anaeróbia (watts)
35 359‑412 412‑449 449‑480 480‑510 510‑540 540‑570 570‑630
Potência média anaeróbia relativa ao peso corporal (watts/kg)
35 4,7‑5,5 5,5‑5,9 5,9‑6,3 6,3‑6,7 6,7‑7,1 7,1‑7,5 7,5‑8,3
Adaptado de: Inbar et al. (1996).
Rast
O running anaerobic sprint test (Rast), da Universidade de Wolverhampton, foi desenvolvido para 
determinar inicialmente potência e índice de fadiga; entretanto, o protocolo nos permite calcular outras 
variáveis. Muito semelhante ao Wingate, mas com a vantagem de ser realizado sem ergômetro ou qualquer 
outro equipamento muito sofisticado. Esse teste é amplamente utilizado por atletas de modalidades 
coletivas, bem como para indivíduos fisicamente ativos. Por se tratar de um teste de velocidade máxima, 
deve ser utilizado por indivíduos sedentários com cautela.
O avaliador deverá portar papel e caneta para anotar os tempos de execução das corridas, bem como 
um cronômetro para verificar o tempo. O protocolo consiste na realização de seis corridas máximas de 35 m, 
196
Unidade II
separados por 10 segundos de intervalo entre as repetições, no qual os tempos das corridas e a distância 
são utilizados para calcular as seguintes variáveis:
• Velocidade:
( )
( )
Distância percorrida m
Velocidade 
Tempo segundos
=
• Aceleração:
( )
Velocidade
Aceleração 
Tempo segundos
=
• Força:
Força = Peso corporal (Kg) x Aceleração
• Potência:
Velocidade = Força x Velocidade
Lembrando que velocidade, aceleração, força e potência devem ser calculadas para cada uma das 
seis repetições.
A partir desses dados, são calculados ainda:
• Potência máxima (watts): será considerado o maior valor de potência das seis tentativas.
• Potência mínima (watts): será considerado o menor valor de potência das seis tentativas.
• Potência média (watts):
( ) Soma dos 6 valores de potência
Potência média W
6
=
• Índice de fadiga 1 (IF1):
( ) Potência máxima Potência mínima
IF1 W / s 
Somatória dos 6 tempos obtidos
 −
=  
 
197
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• Índice de fadiga 2 (IF2):
( ) Potência máxima Potência mínima
IF2 % x 100
Potência máxima
− =  
 
O índice de fadiga representa os declínios na potência para o atleta. Quanto mais baixo o valor, mais 
alta é a habilidade do atleta em manter desempenho anaeróbio.
Os resultados desse teste devem ser comparados com resultados anteriores ou futuros para 
acompanhar o programa de treinamento, ou ajustá‑lo, caso necessário.
Teste de Margaria (1966)
O teste de Margaria tem como objetivo avaliar o sistema anaeróbio alático (ATP‑CP) e pode ser 
utilizado para indivíduos do sexo masculino e feminino. O teste propriamente dito consiste em subir 
uma escada de nove degraus, na maior velocidade possível, sendo a primeira pisada no terceiro degrau, 
a segunda no sexto degrau e a terceira no nono degrau. Inicialmente, o avaliado deverá tomar uma 
distância de seis metros dos degraus da escada; quando pisar o terceiro degrau, o cronômetro será 
acionado e parado quando ele pisar o nono degrau.
O tempo gasto entre o terceiro e o nono degrau será usado na seguinte equação para o cálculo da 
potência anaeróbia alática (kgm/s):
( ) peso corporal x distância 
Pan kgm / s 
tempo gasto
=
Onde:
D: distância vertical percorrida expressa em metros entre o terceiro e o nono degraus – altura dos 
degraus x seis degraus;
Tempo gasto: tempo gasto em segundos para percorrer do terceiro ao nono degrau;
198
Unidade II
Figura 121 – Representação esquemática do teste de Margaria
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 408).
Veja um exemplo:
Homem
75 kg
Percorreu do terceiro ao nono degrau com distância vertical de 1,5 metros em 0,650 s.
Então:
( ) peso corporal x distância 
Pan kgm / s 
tempo gasto
=
( ) 75 Kg x1 ,5m 
Pan kgm / s 
0,650
=
( ) 112,5
Pan kgm / s 
0,650
=
Pan(kgm/s) = 173,07
199
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Após o cálculo, usar as tabelas para homens e mulheres para classificar a potência anaeróbia alática.
Tabela 24 – Classificação dos valores em kgm/s do teste 
de Margaria para o gênero feminino
Idade (anos) 15‑19 20‑29 30‑39 40‑49 > 50
Muito fraco 182 > 168 > 125 > 098 > 075
Tabela 25 – Classificação dos valores em kgm/s do teste 
de Margaria para o gênero masculino
Idade (anos) 15‑19 20‑29 30‑39 40‑49 > 50
Muito fraco 224 > 210 > 168 > 125 > 098
Os testes de potência e capacidade anaeróbia foram desenvolvidos para indivíduos adultos e devem 
ser utilizados com cautela em crianças, uma vez que existem algumas diferenças significativas no 
padrão de funcionamento do metabolismo energético em crianças. As crianças pré‑púberes apresentam 
menor capacidade anaeróbia comparadas às mais velhas. Isso ocorre em função de vários fatores, 
tais como diferenças no padrão do recrutamento de unidades motoras, maior quantidade de fibras 
musculares oxidativas (tipo I) quando comparadas as glicolíticas (tipo II), níveis mais baixos de glicogênio 
intramuscular e atividade das enzimas glicolíticas‑chave, como a fosfofrutoquinase (PFK) e a lactato 
desidrogenase (LDH), reduzidas.
A atividade das enzimas PFK e LDH é aproximadamente 50% mais baixa em crianças quando 
comparadas a adolescentes, o que implica numa menor taxa de conversão do glicogênio muscular em 
lactato para refosforilação, ou seja, o índice de utilização do glicogênio em crianças é menor.
 Lembrete
É uma indicação adicional o fato de que as crianças são menos adequadas 
para tarefas anaeróbias, especialmente anaeróbias láticas.
200
Unidade II
 Resumo
Pudemos observar nessa unidade a importância da avaliação postural, bem 
como os procedimentos necessários para verificar possíveis desvios posturais.
Esses desvios devem ser observados com o avaliado na posição anterior, 
posterior, lateral direita e lateral esquerda. É realmente necessário que as 
quatro vistas sejam observadas, uma vez que um desvio pode aparecer em 
uma delas e não ser muito evidente na outra.
A ficha de avaliação postural ajuda a estabelecer o que deve ser observado 
em cada vista na hora da avaliação.
Após sua realização, caso haja desvios, eles deverão ser corrigidos com 
exercícios quando possível.
Além da avaliação postural, observamos também as avaliações 
funcionais relacionadas aos sistemas de obtenção de energia – portanto, 
potência e capacidade aeróbia e anaeróbia.
A análise direta da capacidade aeróbia depende da ergoespirometria 
ou da lactacidemia. Entretanto, vários protocolos de cargas submáximas 
e máximas (indiretos) podem ser utilizados para a determinação dessa 
capacidade. É importante respeitar o público‑alvo para o qual o teste foi 
desenvolvido, bem como a necessidade de espaço para a sua realização.
A avaliação da capacidade anaeróbia é de fundamental importância, 
principalmente paraindivíduos já treinados, uma vez que a intensidade de 
esforço é maior.
201
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2007) Analise as asserções a seguir, relativas à postura corporal:
A avaliação da postura corporal deve levar em consideração a influência dos padrões estéticos 
determinados pela cultura
porque
os critérios utilizados para definição de uma boa postura corporal são padronizados de acordo com 
os princípios cinesiológicos e devem ser aplicados a todos indistintamente.
Assinale a opção correta acerca dessas afirmativas.
A) As duas asserções são proposições falsas.
B) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
C) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
D) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta 
da primeira.
E) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
Resposta correta: alternativa C.
Análise da questão
A primeira afirmativa é falsa porque a avaliação da postura corporal não é baseada em padrões 
estéticos, mas numa postura “padrão” ou “ideal” de acordo com curvaturas anatômicas. Já a 
segunda afirmativa é verdadeira porque existem padrões que devem ser levados em consideração 
independentemente da pessoa.
202
Unidade II
Questão 2. (Enade 2010, adaptada) Um profissional especializado é coordenador técnico de um 
centro de atividades físicas em uma empresa industrial de pequeno porte. Segundo os resultados das 
avaliações físico‑funcionais, 40% dos empregados apresentam queixas relacionadas a lombalgias e 
cansaço nos membros inferiores. Esses resultados demonstram, ainda, que os referidos empregados 
atuam na área administrativa e trabalham, na maior parte do tempo, sentados, além de serem 
sedentários. Incumbido de elaborar, para a área de medicina do trabalho, uma síntese dos resultados 
dessas avaliações e propostas de ações preventivas, o profissional precisa:
I – Apresentar detalhadamente os resultados das avaliações de cada empregado da empresa.
II – Apresentar os resultados globais das avaliações com um tratamento estatístico adequado.
III – Buscar referências na literatura científica sobre o problema em empresas do mesmo segmento.
IV – Propor obrigatoriedade para todos os empregados frequentarem o estúdio regularmente.
V – Buscar dados atualizados sobre os custos desses acometimentos em empresas semelhantes.
Tomando como base essa situação hipotética, assinale a alternativa que congrega as decisões que 
aumentariam a credibilidade das informações apresentadas pelo profissional.
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, IV e V
D) II, III e V.
E) III, IV e V.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: no enunciado da questão está a expressão “síntese dos resultados”, ou seja, de maneira 
geral dos empregados, e não uma apresentação detalhada de cada um deles.
II – Afirmativa correta. 
Justificativa: é necessária a apresentação global, ou geral e não uma apresentação individual.
203
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
III – Afirmativa correta. 
Justificativa: em uma pesquisa científica é importante o aprofundamento das questões 
apresentas no estudo, inclusive para se compreender melhor os resultados e buscar soluções para 
estes problemas.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a obrigatoriedade para que todos os empregados frequentem o estúdio regularmente 
não irá garantir uma mudança de hábito. Por outro lado, é necessário um trabalho de conscientização 
para que durante todos os momentos (no trabalho, em casa e no lazer) os empregados possam modificar 
seus hábitos.
V – Afirmativa correta. 
Justificativa: em uma pesquisa científica é importante saber as consequências desses acometimentos 
em outras empresas. Além disso, pode ser um fator para a empresa os custos desses acometimentos e 
propor um trabalho ou campanha para tentar reduzi‑las.
204
Unidade III
Unidade III
7 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO 
DESEMPENHO ATLÉTICO
7.1 Flexibilidade
A flexibilidade é um importante componente da aptidão física relacionada à saúde e ao 
desempenho e pode ser definida como a capacidade de movimentar um segmento corporal, levando 
uma articulação ou combinação de articulações à máxima amplitude de movimentação. Ela pode ser 
caracterizada como a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular.
Níveis específicos de flexibilidade resultam da complacência ou da propriedade de mobilidade das 
articulações. Portanto, isso envolve a participação simultânea da elasticidade dos músculos esqueléticos, 
da plasticidade dos ligamentos e tendões e, em menor proporção, da maleabilidade da pele.
7.1.1 Métodos de avaliação da flexibilidade
Existem diferentes testes e formas para avaliar a flexibilidade: por exemplo, os testes lineares, que 
medem a distância em cm ou polegadas (banco de Wells), os testes angulares, que medem os resultados 
em graus (goniometria), e os testes adimensionais, que nos fornecem os resultados por meio de pontos, 
como o flexiteste.
Além disso, é importante ressaltar que a flexibilidade pode ser medida de forma ativa ou passiva:
• Flexibilidade ativa: quando o avaliado faz o movimento sozinho, o avaliador apenas acompanha o 
movimento, sem nenhuma ajuda ao avaliado.
• Flexibilidade passiva: quando o movimento é passivo, o avaliado recebe ajuda do avaliador 
para executar o movimento. Assim, o avaliado não necessita realizar nenhuma contração para 
estabelecer o movimento.
Teste sentar e alcançar – Banco de Wells
O teste de sentar e alcançar é considerado um teste padrão para avaliar a flexibilidade da região lombar 
e dos isquiotibiais. Para isso, uma caixa de madeira com dimensões de 30,5 cm x 30,5 cm x 30,5 cm, 
com uma superfície de 56,6 cm, será utilizada. Na superfície da caixa, coloca‑se uma escala de medida 
iniciando em 26 cm.
205
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Para a realização do teste, o avaliado deve estar descalço, sentado de frente para a base da caixa, 
com os joelhos unidos e estendidos. Em seguida, o avaliado deverá colocar as mãos uma sobre a outra 
e elevar os braços à vertical. Também deverá inclinar o corpo para frente (flexão de coluna) e, com as 
pontas dos dedos, tentará alcançar a máxima distância sobre a régua graduada do banco, sem flexionar 
os joelhos ou utilizar movimentos de balanço. A cabeça permanece entre os braços durante a execução 
do movimento. Caso seja necessário, o avaliador poderá se posicionar na lateral do avaliado de modo 
que o ajude a manter os joelhos estendidos. O avaliado deverá realizar três tentativas e permanecer pelo 
menos dois segundos na posição alcançada. O resultado é medido a partir da maior distância alcançada 
na escala com as pontas dos dedos.
Figura 122 – Ilustração da execução do teste de sentar e alcançar
Fonte: Charro et al. (2010, p. 210).
206
Unidade III
Após a execução do teste, a classificação será verificada nas tabelas a seguir:
Tabela 26 – Valores de referências para o sexo feminino no teste 
banco de Wells
Idade (anos) Fraca Abaixo da média Média Acima da média Excelente
15‑19 ≤ 28 29‑33 34‑37 38‑42 ≥ 43
20‑29 ≤ 27 28‑32 33‑36 37‑40 ≥ 41
30‑39 ≤ 26 27‑31 32‑35 36‑40 ≥ 41
40‑49 ≤ 24 25‑29 30‑33 34‑37 ≥ 38
50‑59 ≤ 24 25‑29 30‑32 33‑38 ≥ 39
60‑69 ≤ 22 23‑26 27‑30 31‑34 ≥ 35
Fonte: Charro et al. (2010, p. 211).
Tabela 27 – Valores de referências para o sexo masculino no teste 
banco de Wells
Idade (anos) Fraca Abaixo da média Média Acima da média Excelente
15‑19 ≤ 23 24‑28 29‑33 34‑38 ≥ 39
20‑29 ≤ 24 25‑29 30‑33 34‑39 ≥ 40
30‑39 ≤ 22 23‑27 28‑32 33‑37 ≥ 38
40‑49 ≤ 17 18‑23 24‑28 29‑34 ≥ 35
50‑59 ≤ 15 16‑23 24‑27 28‑34 ≥ 35
60‑69 ≤ 14 15‑19 20‑24 25‑32 ≥ 33
Fonte: Charro et al. (2010, p. 211).
Goniometria
Para obter as medidas angulares associadas à flexibilidade, pode‑se recorrer aos chamados 
procedimentos diretos e indiretos. Nos meios diretos,é registrado o ângulo formado pelos segmentos 
ósseos envolvidos no movimento usando radiografia ou ressonância magnética. Por outro lado, os 
procedimentos indiretos determinam o ângulo de deslocamento observado no movimento de amplitude 
articular usando equipamentos de fácil manuseio, como o goniômetro.
Para obter medidas angulares com o goniômetro, as hastes do goniômetro devem estar alinhadas 
com os segmentos proximais e distais da articulação que está sendo medida. A haste fixa é ajustada 
ao segmento que não irá se mover, e a haste móvel acompanha o segmento corporal que irá se mover. 
Para orientar o alinhamento das hastes, é recomendado utilizar as referências anatômicas com relação 
à estrutura óssea demarcadas com lápis dermográfico. O eixo do goniômetro deve coincidir com o local 
aproximado do centro da articulação. Com o equipamento ajustado e explicação prévia, pede‑se ao 
avaliado para realizar o movimento articular até o limite máximo.
207
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A figura a seguir ilustra a utilização do goniômetro:
Figura 123 – Visão geral do uso da goniometria para avaliação 
da flexibilidade na articulação do ombro
Fonte: Charro et al. (2010, p. 232).
 Saiba mais
Para saber mais sobre os movimentos articulares usados na goniometria, 
consulte o livro:
MARQUES, A. P. Manual de goniometria. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
Flexiteste
O flexiteste é um teste adimensional que apresenta uma escala de valores de 1 a 4. Esse teste é 
amplamente utilizado devido a sua praticidade e à ausência de recursos materiais. O teste propriamente 
dito constitui um método de avaliação passiva da flexibilidade (aquele em que o avaliado não executa 
contração muscular e, portanto, há a necessidade de ajuda do avaliador para a execução do movimento).
O teste conta com 20 movimentos articulares, e a medida é feita a partir da inspeção visual dos 
movimentos com as figuras do flexiteste, sendo que a atribuição dos valores é obtida sempre que a 
amplitude articular alcançada for igual à demonstrada no desenho de avaliação. Caso haja dúvidas 
durante a avaliação entre um item ou outro, o de menor valor deverá ser adotado.
A partir da somatória dos resultados obtidos após a execução dos 20 movimentos listados a seguir, 
o resultado deve ser observado por meio da tabela de classificação.
208
Unidade III
Movimentos do flexiteste
Movimento 1 – Flexão dorsal do tornozelo:
Figura 124 – Ilustração do movimento de flexão dorsal do tornozelo 
por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 315).
Movimento 2 – Flexão plantar do tornozelo:
Figura 125 – Ilustração do movimento de flexão plantar do tornozelo 
por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 315).
209
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Movimento 3 – Flexão de joelho:
Figura 126 – Ilustração do movimento de flexão do joelho por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 316).
Movimento 4 – Extensão de joelho:
Figura 127 – Ilustração do movimento de extensão de joelho por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 316).
210
Unidade III
Movimento 5 – Flexão de quadril:
Figura 128 – Ilustração do movimento de flexão de quadril por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 317).
Movimento 6 – Extensão do quadril:
Figura 129 – Ilustração do movimento de extensão do quadril por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 317).
211
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Movimento 7 – Adução do quadril:
Figura 130 – Ilustração do movimento de adução do quadril por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 318).
Movimento 8 – Abdução de quadril:
Figura 131 – Ilustração do movimento de abdução de quadril por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 318).
212
Unidade III
Movimento 9 – Flexão do tronco:
Figura 132 – Ilustração do movimento de flexão do tronco por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 319).
Movimento 10 – Extensão do tronco:
Figura 133 – Ilustração do movimento de extensão do tronco por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 319).
213
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Movimento 11 – Flexão lateral do tronco:
Figura 134 – Ilustração do movimento de flexão lateral do tronco por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 320).
Movimento 12 – Flexão do punho:
Figura 135 – Ilustração do movimento de flexão do punho por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 320).
214
Unidade III
Movimento 13 – Extensão do punho:
Figura 136 – Ilustração do movimento de extensão do punho por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 321).
Movimento 14 – Flexão de cotovelo:
Figura 137 – Ilustração do movimento de flexão do cotovelo por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 321).
215
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Movimento 15 – Extensão de cotovelo:
Figura 138 – Ilustração do movimento de extensão do cotovelo por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 322).
Movimento 16 – Adução posterior a partir da abdução de 180° do ombro:
Figura 139 – Ilustração do movimento de adução posterior a partir da abdução de 
180° do ombro por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 322).
216
Unidade III
Movimento 17 – Extensão + Abdução posterior do ombro:
Figura 140 – Ilustração do movimento de extensão + abdução posterior do 
ombro por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 323).
Movimento 18 – Extensão posterior do ombro:
Figura 141 – Ilustração do movimento de extensão posterior do ombro 
por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 323).
217
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Movimento 19 – Rotação lateral do ombro abduzido a 90° e cotovelo fletido a 90°:
Figura 142 – Ilustração do movimento rotação lateral do ombro abduzido a 90° 
e cotovelo fletido a 90° por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 324).
Movimento 20 – Rotação medial do ombro abduzido a 90° e cotovelo fletido a 90°:
Figura 143 – Ilustração do movimento rotação lateral do ombro abduzido a 90° e 
cotovelo fletido a 90° por meio da aplicação do flexiteste
Fonte: Dantas (1999, p. 324).
218
Unidade III
Após a realização dos 20 movimentos, o resultado deverá ser observado com base na tabela a seguir:
Tabela 28 – Classificação do flexiteste
Classificação Somatório de vinte movimentos
Deficiente ≤ 20
Fraco 21 a 30
Médio (‑) 31 a 40
Médio (+) 41 a 50
Bom 51 a 60
Excelente > 60
 Lembrete
Ao optar por um teste de flexibilidade, é necessário verificar para qual 
tipo de avaliado e para qual finalidade ele será utilizado. Lembre‑se que 
o teste do banco de Wells avalia menos grupos musculares comparado à 
goniometria e ao flexiteste.
7.2 Força
A força é uma grandeza física que considera o produto entre a massa e a aceleração (F = m.a).
Ela é definida como a capacidade de gerar tensão muscular contra uma resistência. Esse processo 
envolve fatores neurofisiológicos e biomecânicos.
A força muscular se manifesta de diferentes formas em decorrência da exigência do movimento e é 
classificada em três tipos: a força máxima, a força de potência e a força de resistência.
7.2.1 Força máxima
Pode ser definida como a capacidade de gerar a máxima tensão muscular contra uma resistência. É 
a maior força que o sistema neuromuscular pode realizar de forma voluntária, através de um músculo 
ou grupo muscular, se opondo a uma carga. Pode ser dividida em:
• Força máxima estática: ocorre da mesma forma, sendo que a ação muscular é isométrica.
• Força máxima dinâmica: compreende a máxima força gerada por um músculo ou grupo muscular 
em ações isotônicas (concêntricas e excêntricas).
7.2.1.1 Testes de força máxima
Quando se pensa em avaliar a força máxima, podemos optar pela análise das forças máxima 
isométrica (estática) ou máxima isotônica (dinâmica).
219
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
7.2.1.2.2 Protocolos de força máxima isométrica
As contrações isométricas são contrações musculares em que o comprimento domúsculo 
permanece constante, sendo que nenhum movimento ocorre. A força máxima isométrica (estática) 
é medida por aparelhos específicos que recebem o nome de dinamômetros. A principal vantagem 
dos testes de força máxima estática (isométrica), a partir do momento que se tenha o equipamento 
adequado, são:
• a sua praticidade e facilidade de execução;
• a análise de grandes grupos de indivíduos.
Por outro lado, a principal desvantagem desse teste é que a força registrada é dependente do ângulo. 
Isso quer dizer que o valor só é válido para o ângulo articular ao qual foi medido.
Teste de preensão manual (dinamômetro de mão) de Johnson e Nelson (1979)
Durante o teste, o avaliado deverá permanecer em pé, com os pés afastados, os braços no prolongamento 
do corpo e o dinamômetro paralelo à coxa, com o marcador posicionado lateralmente. Em seguida, o 
avaliado deverá segurar o dinamômetro apoiando a barra de tração na falange de apoio, próxima às cabeças 
dos quatro últimos metacarpos. O ponteiro do dinamômetro deve estar no ponto zero do equipamento.
Após adotar essa postura, o avaliado deverá pressionar o dinamômetro com a maior força possível, 
sem movimentos nos braços. É necessário solicitar que o indivíduo realize a tensão máxima possível de 
flexão dos dedos. Durante a mensuração, deve‑se atentar também para o tempo, que deve ser entre três 
e seis segundos.
Serão realizadas três tentativas para cada mão, seguidas de um minuto de descanso entre elas, 
sendo utilizada a melhor marca atingida.
Figura 144 – Ilustração do teste de preensão manual, com uso do dinamômetro de mão
Fonte: Charro et al. (2010, p. 169).
220
Unidade III
Teste de tração lombar (dinamômetro de lombar) de Johnson e Nelson (1979)
Para a realização do teste de tração lombar, o avaliado deverá estar posicionado em pé na plataforma, 
com a coluna ereta, joelhos totalmente estendidos e cabeça alinhada. O posicionamento para a execução 
do teste consiste em flexão de quadril e mãos apoiadas na barra, com pegada em pronação. O avaliado 
então deverá puxar a barra para cima com a maior força possível, sem se inclinar para trás e utilizando 
a musculatura da região lombar do tronco (grupo eretor da coluna) durante a tração. Serão realizadas 
três tentativas, seguidas de um minuto de descanso entre elas, utilizando‑se a melhor marca atingida. O 
avaliado deve manter a postura adequada de ombros durante a tentativa de extensão da coluna.
Figura 145 – Ilustração do teste de tração lombar, com uso do dinamômetro de lombar
Fonte: Charro et al. (2010, p. 170).
Protocolos de força máxima isotônica
A força máxima isotônica pode ser medida através da utilização, como sobrecarga, de implementos 
utilizados normalmente em musculação. O teste mais conhecido é o teste de carga máxima, conhecido 
como teste de uma repetição máxima (1 RM).
O teste de 1 RM é utilizado para determinar a força máxima dinâmica (concêntrica‑excêntrica). Os 
exercícios mais praticados para o teste são o supino e o leg press para mensurar a força de membros 
superiores e inferiores, respectivamente.
Embora extremamente utilizado, o teste de 1 RM é um teste controverso, pois provoca alto grau 
de estresse ao aparelho locomotor. Desse modo, só é indicado para pessoas que já estão habituadas ao 
221
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
trabalho de força. Em indivíduos não adaptados, é aconselhável um período de reconhecimento dos 
exercícios de pelo menos uma semana, visto que a falta de coordenação específica do movimento pelo 
avaliado poderá subestimar o resultado obtido. No entanto, a população em geral, que inicia qualquer 
tipo de treinamento em uma academia, não possui ainda uma adaptação do aparelho locomotor 
para suportar um 1 RM. Assim, o seu emprego pode provocar sérios riscos ao avaliado, não sendo 
recomendado para eles.
Após realizar um aquecimento prévio no exercício a ser testado, o avaliador deverá estabelecer um 
peso próximo do máximo (utilizando para isso os valores de treinamento do avaliado) e, então, solicitar 
que o avaliado realize uma repetição completa. Se o avaliado realizar essa tentativa com facilidade, 
realiza‑se um intervalo de três a cinco minutos, e aumenta‑se a carga em até 10% da tentativa anterior. 
O avaliado realizará então uma nova tentativa. É recomendado que apenas quatro a cinco tentativas 
sejam efetuadas por dia.
O objetivo do teste é determinar a força máxima do avaliado por meio de apenas uma repetição 
máxima, sendo que o avaliado deverá obrigatoriamente executar uma repetição completa (fase 
excêntrica e fase concêntrica).
Devido à alta quantidade de carga utilizada nesse teste, é recomendado que 1 ou mais avaliadores 
estejam a postos para sustentar o peso caso o avaliado não consiga completar o exercício.
Além de determinar a força máxima dos avaliados, existe também a possibilidade de determinar 
sua força relativa, ou seja, relacionar o teste de 1 RM com seu peso corporal, em que se utiliza como 
resultado a divisão de peso máximo obtido no teste de 1 RM pelo peso corporal total. Essa força relativa 
permite a classificação dos indivíduos em relação ao seu condicionamento de força muscular, conforme 
as tabelas a seguir:
Tabela 29 – Nível de aptidão física em força relativa para o supino no 
teste de 1 RM: regime dinâmico por idade para homens
Homens
Idade (anos)
 60
Superior ≥ 1,34 ≥ 1,32 ≥ 1,12 ≥ 1,0 ≥ 0,90 ≥ 0,82
Excelente 1,20‑1,33 1,15‑1,31 0,99‑1,11 0,89‑0,99 0,80‑0,89 0,72‑0,81
Boa 1,07‑1,19 1,00‑1,14 0,89‑0,98 0,81‑0,88 0,72‑0,79 0,67‑0,71
Média 0,90‑1,06 0,89‑0,99 0,79‑0,88 0,73‑0,80 0,64‑0,71 0,58‑0,66
Fraca ≤ 0,89 ≤ 0,88 ≤ 0,78 ≤ 0,72 ≤ 0,63 ≤ 0,57
Adaptado de: Heyward (1997).
222
Unidade III
Tabela 30 – Nível de aptidão física em força relativa para o supino 
no teste de 1 RM: regime dinâmico por idade para mulheres
Mulheres
Idade (anos)
 60
Superior ≥ 0,78 ≥ 0,81 ≥ 0,71 ≥ 0,63 ≥ 0,56 ≥ 0,55
Excelente 0,66‑0,77 0,71‑0,80 0,61‑0,70 0,55‑0,62 0,49‑0,55 0,48‑0,54
Boa 0,59‑0,65 0,60‑0,70 0,54‑0,60 0,51‑0,54 0,44‑0,48 0,43‑0,47
Média 0,54‑0,58 0,52‑0,59 0,48‑0,53 0,44‑0,50 0,40‑0,43 0,39‑0,42
Fraca ≤ 0,53 ≤ 0,51 ≤ 0,47 ≤ 0,43 ≤ 0,39 ≤ 0,38
Adaptado de: Heyward (1997).
Tabela 31 – Nível de aptidão física em força relativa para o leg press 
no teste de 1 RM: regime dinâmico por idade para homens
Homens
Idade (anos)
 60
Superior ≥ 2,28 ≥ 2,13 ≥ 1,93 ≥ 1,82 ≥ 1,71 ≥ 1,62
Excelente 2,05‑2,27 1,98‑2,12 1,78‑1,92 1,69‑1,81 1,59‑1,70 1,50‑1,61
Boa 1,91‑2,02 1,84‑1,97 1,66‑1,77 1,58‑1,68 1,47‑1,58 1,39‑1,49
Média 1,71‑1,90 1,64‑1,83 1,53‑1,65 1,45‑1,57 1,33‑1,46 1,26‑1,38
Fraca ≤ 1,70 ≤ 1,63 ≤ 1,52 ≤ 1,44 ≤ 1,32 ≤ 1,25
Adaptado de: Heyward (1997).
Tabela 32 – Nível de aptidão física em força relativa para o leg press 
no teste de 1 RM: regime dinâmico por idade para mulheres
Mulheres
Idade (anos)
 60
Superior ≥ 1,71 ≥ 1,68 ≥ 1,47 ≥ 1,37 ≥ 1,25 ≥ 1,18
Excelente 1,60‑1,70 1,51‑1,67 1,34‑1,46 1,24‑1,36 1,11‑1,24 1,05‑1,17
Boa 1,39‑1,59 1,38‑1,50 1,22‑1,33 1,14‑1,23 1,00‑1,10 0,94‑1,04
Média 1,23‑1,38 1,23‑1,37 1,10‑1,21 1,03‑1,13 0,89‑0,99 0,86‑0,93
Fraca ≤ 1,22 ≤ 1,22 ≤ 1,09 ≤ 1,02 ≤ 0,88 ≤ 0,85
Adaptado de: Heyward (1997).
223
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Tabela 33 – Nível de aptidão física em força relativa para os 
exercícios supino, rosca direta, pulley frente, leg press, cadeira 
extensora e mesa flexora no teste de 1 RM: 
regime dinâmico para homens
 Homens
Supino Rosca direta Pulley frente Leg press Cadeira extensora Mesa flexora Pontos
1,50 0,70 1,20 3,00 0,80 0,70 10
1,40 0,65 1,15 2,80 0,75 0,65 9
1,30 0,60 1,10 2,60 0,70 0,60 8
1,20 0,55 1,05 2,40 0,65 0,55 7
1,10 0,50 1,00 2,20 0,60 0,50 6
1,00 0,45 0,95 2,00 0,55 0,45 5
0,90 0,40 0,90 1,80 0,50 0,40 4
0,80 0,35 0,85 1,60 0,45 0,35 3
0,70 0,30 0,80 1,40 0,40 0,30 2
0,60 0,25 0,75 1,20 0,35 0,25 1
Fonte: Charro et al. (2010, p. 178).
Tabela 34 – Nível de aptidão física emforça relativa para os 
exercícios supino, rosca direta, pulley frente, leg press, cadeira 
extensora e mesa flexora no teste de 1 RM: 
regime dinâmico para mulheres
Mulheres
Supino Rosca direta Pulley frente Leg press Cadeira extensora Mesa flexora Pontos
0,90 0,50 0,85 2,70 0,70 0,60 10
0,85 0,45 0,80 2,50 0,65 0,55 9
0,80 0,42 0,75 2,30 0,60 0,52 8
0,70 0,38 0,73 2,10 0,55 0,50 7
0,65 0,35 0,70 2,00 0,52 0,45 6
0,60 0,32 0,65 1,80 0,50 0,40 5
0,55 0,28 0,63 1,60 0,45 0,35 4
0,50 0,25 0,60 1,40 0,40 0,30 3
0,45 0,21 0,55 1,20 0,35 0,25 2
0,35 0,18 0,50 1,00 0,30 0,20 1
Fonte: Charro et al. (2010, p. 179).
224
Unidade III
 Lembrete
O teste de 1 RM, embora muito utilizado em academias para a 
determinação da força máxima, deve ser utilizado somente em indivíduos que 
já praticam atividades físicas e têm boa familiarização do movimento. Uma 
vez que o teste é de carga máxima, é necessário cuidado para evitar lesões.
7.2.2 Força de potência (explosiva)
É definida como a força produzida em uma determinada unidade de tempo exercendo o máximo de 
energia num ato explosivo. Ou seja, é a capacidade de realizar um gesto especifico na maior velocidade 
possível, sem perder a eficiência. Essa capacidade requer a união de duas variáveis, que são a força e a 
velocidade, e está presente em várias modalidades esportivas, caracterizando‑as nos testes aplicados 
com o objetivo de desempenho esportivo. A força de potência está relacionada com a impulsão do 
próprio corpo ou com a impulsão de determinados objetos.
7.2.2.1 Testes de força de potência (explosiva)
Impulsão vertical de Johnson e Nelson (1979)
O teste de impulsão horizontal consiste em saltar o mais alto possível. Antes do início do teste, o 
avaliado deverá ficar em pé, lateralmente a uma parede, e elevar a mão dominante acima da cabeça. 
Nesse momento, o avaliador irá marcar na parede o ponto mais alto que a mão do avaliado alcançou, 
sem tirar os pés do solo.
Em seguida, o avaliador irá sujar as pontas dos dedos da mão do avaliado com giz. Ao sinal, o 
avaliado irá saltar o mais alto possível, elevando os braços acima da cabeça e encostando as pontas dos 
dedos na parede para registrar até onde o seu salto alcançou.
Na preparação para o salto, o avaliado deverá flexionar o quadril e joelhos, utilizando auxílio dos membros 
superiores para atingir o maior alcance vertical possível. Não é permitida a corrida prévia ao salto.
Após o salto efetuado, o avaliador fará a subtração do valor atingido pelo avaliado após o teste com 
a marcação inicial, ou seja, deverá subtrair o valor após o salto do valor anterior ao salto. Esse valor 
deverá ser anotado em centímetros.
Serão realizadas três tentativas, utilizando‑se a melhor marca como valor de impulsão vertical 
do avaliado.
225
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 146 – Ilustração do teste de impulsão vertical
Fonte: Charro et al. (2010, p. 182).
Lancetta (1988 apud Marins; Gianicchi, 2003) apresenta uma classificação para o teste de impulsão 
vertical para a população de jovens brasileiros na faixa etária de 11 a 16 anos, de ambos os sexos, na 
tabela a seguir:
Tabela 35 – Nível de aptidão física para jovens dos gêneros 
masculinos e feminino no teste de impulsão vertical
Genero Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco
Masculino
11‑12 44 ou mais 43‑41 40‑37 36‑34 33 ou menos
13‑14 56 ou mais 55‑50 49‑44 43‑38 37 ou menos
15‑16 60 ou mais 59‑55 54‑50 49‑45 44 ou menos
Feminino
11‑12 41 ou mais 40‑37 36‑33 32‑29 28 ou menos
13‑14 50 ou mais 49‑45 44‑40 39‑35 34 ou menos
15‑16 51 ou mais 50‑47 46‑43 42‑39 38 ou menos
Fonte: Lancetta (1988 apud Marins e Gianicchi, 2003).
Impulsão horizontal de Johnson e Nelson (1979)
O teste consiste em saltar o mais longe possível à frente. Para o início do teste, o avaliado deverá 
estar em pé, com os pés paralelos e em pequeno afastamento lateral. Estando posicionado atrás de uma 
linha de início, o avaliado deverá realizar uma impulsão para frente e tentar saltar a maior distância 
possível, com ajuda da flexão dos joelhos e utilizando como auxílio o balanço dos membros superiores. 
Esse movimento deverá ser realizado sem corrida prévia.
226
Unidade III
Será anotado o valor em centímetros correspondente à distância entre a linha inicial e a ponta dos 
pés após a aterrissagem. Serão realizadas três tentativas, utilizando a melhor marca como valor da 
impulsão horizontal do avaliado.
Figura 147 – Imagem do teste de impulsão horizontal
Fonte: Charro et al. (2010, p. 184).
As tabelas a seguir mostram a classificação do teste de impulsão horizontal para adultos e adolescentes:
Tabela 36 – Nível de aptidão física para adultos no teste de 
impulsão horizontal
Classificação Resultado (metros)
Fraco 2,90
Adaptado de: Rocha e Caldas (1978).
Tabela 37 – Nível de aptidão física para jovens dos gêneros masculino 
e feminino no teste de impulsão horizontal para adolescentes 
(em metros)
Genero Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco
Masculino
11‑12 ≥ 2,10 2,09‑2,00 1,99‑1,90 1,89‑1,80 ≤ 1,79
13‑14 ≥ 2,46 2,45‑2,32 2,31‑2,21 2,20‑2,07 ≤ 2,06
15‑16 ≥ 2,71 2,70‑2,57 2,56‑2,43 2,42‑2,29 ≤ 2,28
Feminino
11‑12 ≥ 2,02 2,01‑1,94 1,93‑1,86 1,85‑1,78 ≤ 1,77
13‑14 ≥ 2,06 2,07‑1,96 1,95‑1,88 1,87‑1,83 ≤ 1,82
15‑16 ≥ 2,23 2,12‑2,06 2,05‑1,99 1,98‑1,92 ≤ 1,91
Adaptado de: Lancetta (1988 apud Marins e Gianicchi, 2003).
227
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Arremesso de bola de medicine ball de Johnson e Nelson (1979)
O teste consiste em lançar a bola medicine ball de 3 kg o mais longe possível à frente. O avaliado 
deverá permanecer sentado em uma cadeira para o início do teste segurando uma bola de medicine ball 
com as duas mãos contra o peito e logo abaixo do queixo.
O arremesso deverá ser feito somente pelo esforço dos membros superiores, evitando os movimentos 
do tronco ou participação de qualquer outra parte do corpo. O avaliado não deverá realizar nenhum tipo 
de balanceio para o arremesso.
Será mensurado o valor em centímetro correspondente à distância entre a linha inicial (pés da 
cadeira) e o local do primeiro contato da bola com o solo. Serão realizadas três tentativas, utilizando‑se 
a melhor marca como valor da medida.
Figura 148 – Imagem do teste de arremesso de medicine ball
Fonte: Charro et al. (2010, p. 185).
A classificação dos resultados foi proposta por Johnson e Nelson (1979) e descrita na tabela a seguir:
Tabela 38 – Nível de aptidão física para adultos de ambos os gêneros 
no teste de arremesso da bola medicinal
Nível de rendimento Gênero masculino Gênero feminino
Avançado 763 ou mais 428 ou mais
Intermediário/avançado 611‑762 367‑427
Intermediário 367‑610 214‑366
Iniciante/intermediário 275‑366 123‑213
Iniciante 274 ou menos 122 ou menos
Adaptado de: Johnson e Nelson (1979).
228
Unidade III
7.2.3 Força de resistência
É a capacidade do sistema neuromuscular de um segmento do corpo de sustentar níveis de força 
moderados e de realizar movimentos por intervalos prolongados de tempo. A força de resistência é uma 
valência física importante para a manutenção e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
 Observação
Devido à necessidade de se avaliar a força muscular, diversos testes 
podem ser aplicados. É sempre importante lembrar que a mensuração 
da força envolve um grande componente psicológico, relacionado com a 
motivação, e que pode alterar, substancialmente, o resultado obtido, sendo 
necessário um total envolvimento do avaliado durante a realização dos 
testes de força.
7.2.3.1 Testes de resistência de força
Apoio de frente sobre o solo (flexão de braço) de Aahper (1976)
Apesar do termo flexão de braço ser amplamente utilizado, na verdade, esse exercício 
compreende uma abdução/adução horizontal de ombro, conjuntamente com flexão e extensão 
do cotovelo. Na fase concêntrica do teste, realiza‑se uma adução horizontal de ombro e uma 
extensão de cotovelo.
O avaliado deve ficar em quatro apoios (as duas mãos einformações sobre um atributo específico de uma ou mais pessoas. Assim, o teste consiste em 
verificar o desempenho de alguém mediante situações específicas para aquela variável. Por 
exemplo, caso o profissional da área busque identificar a capacidade aeróbia da Beatriz, ele deverá 
escolher o teste que trará essa resposta, considerando seu gênero e idade.
O teste, portanto, será um instrumento para determinar uma variável quantitativa (medida), que 
será analisada, interpretada e julgada (avaliação).
Além disso, algumas outras definições são necessárias para padronização da linguagem em medidas 
e avaliações.
• Avaliação: é um sinônimo de teste.
• Avaliados: são pessoas para as quais os testes ou exames serão aplicados ou fornecidos.
• Avaliadores: são pessoas que aplicam os testes.
• Usuário do teste: é alguém que se utiliza dos resultados obtidos para tomar decisões, lembrando 
que o avaliador será o principal usuário do teste, pois assim poderá identificar a condição do avaliado 
12
Unidade I
e prescrever o treinamento apropriado. Entretanto, o avaliado também será usuário do teste, uma 
vez que terá acesso a suas avaliações.
• Bateria de testes: é um conjunto de testes relacionados entre si, executados dentro de um 
intervalo de tempo curto, a fim de obter informações sobre uma variável multidimensional. Às 
vezes, precisaremos realizar mais de um teste durante uma avaliação, principalmente no que 
tange os testes funcionais (exemplos: flexibilidade, força motora, resistência aeróbia); assim, uma 
variável pode influenciar a outra de maneira negativa, subestimando o escore daquela variável. 
Dessa maneira, os testes precisam ser correlacionados, para que as variáveis não exerçam efeitos 
negativos no atributo que será avaliado subsequentemente.
• Interpretação: é o processo de julgamento baseado nos dados qualitativos e/ou quantitativos 
obtidos em medidas e avaliações.
• Dados qualitativos: os dados qualitativos podem representar uma característica ou qualidade de 
um determinado atributo. Por exemplo, podemos classificar um determinado atributo observável 
em um teste como bom, razoável ou ruim. Além disso, dentro da área de saúde, temos escalas que 
são muito utilizadas e nos fornecem dados qualitativos, como a escala de percepção de dor ou 
escala subjetiva de esforço.
• Dados quantitativos: os dados quantitativos assumem valores numéricos. Muitos dos 
testes utilizados na Educação Física e na Fisioterapia nos fornecerão dados quantitativos. 
Alguns exemplos: amplitude articular em graus (190° de flexão do ombro), força máxima em 
quilogramas (100 kg no exercício supino).
1.1 Valores de referências
Após um determinado teste, para realizar a avaliação e/ou interpretação de certa característica, você 
precisará de valores de referências. Sua avaliação sempre precisará ser referenciada. Veja os três tipos 
de referências para as avaliações:
• Avaliação referenciada a normas: requer a interpretação dos resultados com relação a grupos 
específicos. Basicamente, trata-se de comparar os valores obtidos em um teste com aqueles 
apresentados por outros avaliados, ou seja, com grupos normativos que estejam dentro de uma 
mesma semelhança, como faixa etária, gênero, aptidão física. Exemplo: você deseja comparar a 
força máxima no teste de supino por meio de 1 RM (repetição máxima) obtida por seu grupo de 
alunos homens, com faixa etária de 20 a 25 anos com outro grupo na mesma faixa etária, homens 
e que realizaram o mesmo teste. Essa é uma avaliação referenciada por norma.
• Avaliação referenciadas a critérios: requer a interpretação do resultado por meio da 
comparação com um padrão pré-determinado, definido por um comportamento. Por exemplo, 
ao avaliar o percentual de gordura de um indivíduo, você irá verificar o valor referência 
estabelecido pela literatura para aquele indivíduo, levando em consideração o sexo e a idade 
para fazer a sua avaliação.
13
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• Avaliação referenciada a si próprio e/ou autorreferenciada: requer uma interpretação do 
resultado de um avaliado por meio da comparação com o resultado dele mesmo em outra 
aplicação do mesmo instrumento de avaliação. Você realiza um determinado teste no início da 
sua intervenção e ao final dela para verificar a mudança de um determinado atributo.
1.2 Tipos de avaliações
Com relação ao momento de aplicação do teste, ainda teremos uma subdivisão. É de extrema 
importância o entendimento desses aspectos, uma vez que precisaremos acompanhar a evolução do 
avaliado. Para saber qual avaliação se aplica em cada momento, definiremos os tipos de avaliação:
• Avaliação diagnóstica: utilizada antes de começar qualquer trabalho. Essa avaliação é de 
extrema importância, pois detecta a condição inicial do avaliado. Auxilia na elaboração do 
programa de treinamento.
• Avaliação formativa: é utilizada durante o “período” (podendo ser até mesmo diária). Essa 
avaliação é aquela realizada durante a temporada de treinamento; o aluno já realizou a avaliação 
inicial (diagnóstica), e, após um período de treino, uma nova avaliação é feita para verificar o 
andamento do programa. Essa avaliação é de suma importância, pois ela pode confirmar ou 
redirecionar o programa enquanto ainda há tempo de se realizar alterações.
• Avaliação somativa: é aquela à qual nós estamos mais acostumados. Ela determina a 
aprovação ou reprovação do aluno através de notas ou conceitos, em função do padrão mínimo 
de rendimento, sendo normalmente feita ao final do semestre ou ano letivo. Assim, a avaliação 
somativa para a área da saúde representa a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada 
unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do indivíduo. 
Nesse caso, pode ser até mesmo apresentado na própria competição.
1.3 Critérios de seleção de testes
A escolha de um teste específico para o processo de avaliação deve sempre levar em consideração 
pelo menos três critérios básicos: a validade, a fidedignidade e a objetividade, que serão discutidos 
neste tópico.
• Validade: determinação do grau em que um teste mede, com o mínimo de erros possível, 
aquilo a que se destina medir. Um teste válido teve os seus dados e sua reprodutibilidade 
confrontados com o teste de referência ou padrão-ouro para aquela variável. A validade 
ainda é dividida em quatro tipos:
— Validade lógica (ou de conteúdo): baseada na lógica, indica que o teste é bom quando 
comparado com variável morfológica ou fisiológica que se pretende analisar. Pode estar 
baseada na opinião de um especialista, por exemplo, ou na sua grande utilização. É um tipo de 
análise representativa.
14
Unidade I
— Validade concorrente (ou de critério): baseada na relação estatística entre os valores 
observados pelo instrumento de medida e os indicadores da mesma natureza (padrão-ouro). 
Exemplo: para a determinação da composição corporal, pode-se comparar estatisticamente os 
dados obtidos após a tomografia computadorizada (padrão-ouro) e após o protocolo de dobras 
cutâneas (método duplamente indireto).
— Validade preditiva: grau de probabilidade com que os escores produzidos pelo instrumento 
de medida podem predizer estatisticamente o atributo que se pretende avaliar, por meio de 
regressão linear (variável predita e preditora). Exemplo: para a determinação do consumo 
máximo de oxigênio (VO2 max), pode-se utilizar a distância percorrida em metros em um teste 
de Cooper (12 minutos).
— Validade de construção: baseada na ideia de que um teste responde do modo que se 
espera, a partir da compreensão teórica da característica. Exemplo: o teste de Cooper 
(capacidade aeróbia) tem validade, pois pessoas fisicamente ativas apresentam resultados 
melhores que pessoas inativas.
• Fidedignidade: grau de consistência dos resultados quando o mesmo teste é aplicado 
nas mesmas condições, em ocasiões diferentes pelo mesmo avaliador. Todo teste válido é 
fidedigno e são recomendadas variações entre os testes abaixo de 5%. Também é importanteos dois pés), em decúbito ventral, com o 
corpo em extensão e os cotovelos estendidos. Ele deverá ter em contato com o solo as palmas das 
mãos e a ponta dos pés, mantendo um alinhamento entre a cabeça, o tronco e os membros inferiores. 
As mãos devem ficar com um afastamento pouco maior que a distância biacromial.
O avaliado executará a flexão do cotovelo até que o tórax se aproxime ao solo e retornará à posição 
inicial, realizando o máximo de movimentos em um minuto. Será contado somente o número de 
repetições executadas corretamente.
Esse teste pode sofrer adaptação na posição inicial, na qual haverá apoio dos joelhos no solo, 
sendo utilizados seis apoios. As outras orientações de execução devem ser idênticas ao teste 
descrito anteriormente. Quando o avaliado se apoia nos joelhos, o teste se chama flexão de 
braços modificado.
Durante a execução desse teste, o avaliado não poderá ficar mais do que dois segundos parado 
entre uma repetição e outra e não poderá executar qualquer movimento do quadril, coluna ou pernas 
como auxílio.
229
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 149 – Posição inicial e final para o teste de flexão de braços
Fonte: Charro et al. (2010, p. 189).
Figura 150 – Posição inicial e final para o teste de flexão de braços modificado
Fonte: Charro et al. (2010, p. 191).
Os valores obtidos por meio do teste de flexão de braços podem ser comparados com a tabela 
descrita por Pollock, Wilmore e Fox (1993), sendo estabelecida uma classificação para esse teste, em 
homens e mulheres, em suas respectivas faixas etárias:
Tabela 39 – Nível de aptidão física para adultos homens no teste de 
flexão de braços
Idade em anos
20‑29 30‑39 40‑49 50‑59 60‑69
Excelente 55 ou + 45 ou + 40 ou + 35 ou + 30 ou +
Bom 45‑54 35‑44 30‑39 25‑34 20‑29
Regular 35‑44 25‑34 20‑29 15‑24 10‑19
Satisfatório 20‑34 15‑24 12‑19 08‑14 05‑09
Fraco 00‑19 00‑14 00‑11 00‑07 00‑04
Adaptado de: Pollock, Wilmore e Fox (1978).
230
Unidade III
Tabela 40 – Nível de aptidão física para adultos mulheres no teste de 
flexão de braços
Idade em anos
20‑29 30‑39 40‑49 50‑59 60‑69
Excelente 49 ou + 40 ou + 35 ou + 30 ou + 20 ou +
Bom 34‑48 25‑39 20‑34 15‑29 05‑19
Regular 17‑33 12‑24 08‑19 06‑14 03‑04
Satisfatório 06‑16 04‑11 03‑07 02‑05 01‑02
Fraco 00‑05 00‑03 00‑02 00‑01 00
Adaptado de: Pollock, Wilmore e Fox (1978).
A tabela a seguir mostra a classificação para o teste de flexão de braços modificado.
Tabela 41 – Nível de aptidão física para adultos (homens e mulheres) 
no teste de flexão de braços modificado
Idade em anos
20‑29 30‑39 40‑49 50‑59 60‑69
Excelente > 48 > 39 > 34 > 29 > 19
Bom 34‑48 25‑39 20‑34 15‑29 5‑19
Média 17‑33 12‑24 8‑19 6‑14 3‑04
Regular 6‑16 4‑11 3‑07 2‑05 1‑02
Fraco 48 > 43 > 36 > 31 > 26 > 23
Adaptado de: Pollock, Wilmore e Fox (1993).
232
Unidade III
Tabela 43 – Valores de referência para o teste de flexão de tronco 
para homens por idade em anos (número de repetições por minutos)
Idade
15‑19 20‑29 30‑39 40‑49 50‑59 60‑69
Classificação
Ruim 42 > 36 > 29 > 25 > 19 > 16
Adaptado de: Pollock, Wilmore e Fox (1993).
Barra fixa dinâmica de Aahper (1976)
O teste de barra fixa dinâmica é realizado a partir da elevação do corpo do avaliado, utilizando a 
força de membros superiores. Para isso, uma barra de ferro com proteção para as mãos não escorregarem 
deve ser alocada em uma altura que permita a suspensão do avaliado sem que este tenha contato com 
o solo na extensão de cotovelos.
A posição da pegada deve corresponder à distância biacromial e a pegada da mão é pronada (dorso 
das mãos voltadas para a face do avaliado).
Ao início do teste, o avaliado deverá elevar seu corpo utilizando a força dos membros superiores 
e da cintura escapular, até que o queixo passe acima da barra fixa. Deve, então, retornar à posição 
inicial, em total suspensão do corpo. Os membros inferiores devem permanecer estendidos durante todo 
o movimento.
Será contada a quantidade de repetições completas e corretas que o avaliado realizar no tempo 
de um minuto.
Durante o teste, os cotovelos deverão estar em extensão total para o início do movimento de flexão, 
e o avaliado não pode exercer pausa superior a dois segundos entre uma repetição e outra. Não se deve 
permitir qualquer movimento de quadril, pernas ou extensão da coluna cervical como auxílio.
233
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 152 – Demonstração da realização do teste de barra fixa dinâmica
Fonte: Charro et al. (2010, p. 193).
A partir da quantidade de repetições obtidas, podemos utilizar as tabelas a seguir para classificar a 
força do avaliado de acordo com o gênero.
Tabela 44 – Referência para o teste de barra fixa dinâmico para o 
gênero feminino
Sexo Idade Ruim Abaixo da média Média Bom Excelente
Feminino
9‑10 5
11‑12 6
13‑14 10
15‑16 10
17‑18 11
Adaptado de: Aahper (1976).
Tabela 45 – Referência para o teste de barra fixa dinâmico para o 
gênero masculino
Sexo Idade Ruim Abaixo da média Média Bom Excelente
Masculino
9‑10 21
11‑12 21
13‑14 23
15‑16 21
17‑18 21
Adaptado de: Aahper (1976).
234
Unidade III
8 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE
8.1 Velocidade
É a capacidade que o indivíduo tem de realizar uma contração muscular máxima, no menor 
tempo possível.
A velocidade é a máxima capacidade de deslocamento em uma unidade de tempo sem perda 
aparente de energia. Trata‑se de um componente importante para os esportes em que o tempo 
de competição é o elemento central (atletismo, natação e ciclismo). A principal diferença entre 
agilidade e velocidade é que, no que se refere à agilidade, omovimento corporal é interrompido e 
reiniciado novamente, enquanto nos testes de velocidade, não há interrupção do movimento.
Fatores que influenciam na velocidade:
• força;
• rapidez da propagação do estímulo nervoso;
• percentual de fibras brancas;
• coordenação de movimentos;
• frequência das contrações e relaxamentos musculares.
8.1.1 Tipos de velocidade
São tipos de velocidade:
• Velocidade de reação: a capacidade de responder a um estímulo o mais rápido possível.
• Velocidade de deslocamento: a capacidade de deslocar‑se de um ponto a outro, no menor 
tempo possível, e é a mais utilizada no campo de medidas e avalições em Educação Física e 
Fisioterapia.
8.1.2 Testes de velocidade
Teste de corrida de 50 metros
Esse teste foi desenvolvido para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos de idade. Para a execução do teste, 
será necessário o uso de um cronômetro, um espaço plano, não escorregadio e reto de 50 metros e material 
para realizar as anotações. O avaliado deverá correr a distância de 50 metros no menor tempo possível.
O avaliado deve iniciar o teste bem próximo à linha de saída, com afastamento ântero‑posterior das 
pernas. Ao sinal sonoro, deverá correr o mais rápido possível até a linha de chegada.
235
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
É importante que o avaliado não diminua a velocidade no final dos 50 metros. Por isso, é necessária 
uma área de 20 metros a mais, para a desaceleração do avaliado.
50 metros
ChegadaSaída
Figura 153 – Demonstração do teste de corrida de 50 metros
O tempo obtido ao final da corrida será utilizado para a classificação mediante a tabela a seguir, de 
acordo com a idade e o gênero do avaliado:
Tabela 46 – Valores em segundos do teste de corrida de 50 metros 
para mulheres baseado em estudos brasileiros
Idade
Percentil 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
5 13,09 12,20 11,52 11,01 10,64 10,53 10,40 10,31 10,25 10,20 10,18
10 12,72 11,88 11,26 10,78 10,42 10,25 10,18 10,01 10,02 9,96 9,96
25 11,88 11,16 10,59 10,16 9,84 9,62 9,56 9,47 9,43 9,40 9,38
50 11,16 10,53 10,04 9,67 9,38 9,16 9,00 9,00 8,92 8,91 8,90
75 10,53 9,398 9,54 9,21 8,94 8,74 8,59 8,50 8,50 8,46 8,45
90 9,94 9,47 9,07 8,77 8,52 8,33 8,18 8,09 8,03 8,03 8,03
95 9,73 9,28 8,91 8,61 8,38 8,18 8,04 7,95 7,89 7,87 7,86
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 142).
Tabela 47 – Valores em segundos do teste de corrida de 50 metros 
para homens baseado em estudos brasileiros
Idade
Percentil 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
5 11,92 11,42 10,92 10,46 10,04 9,65 9,28 8,94 8,62 8,32 8,04
10 11,66 11,14 10,66 10,22 9,82 9,45 9,09 8,77 8,46 8,17 7,90
25 10,94 10,48 10,06 9,67 9,29 8,94 8,64 8,32 8,04 7,76 7,51
50 10,35 9,94 9,56 9,19 8,85 8,53 9,86 9,45 7,68 7,43 7,19
75 9,82 9,45 9,09 8,76 8,45 8,14 7,87 7,61 7,35 7,12 6,90
90 9,31 8,96 8,65 8,35 8,05 7,78 7,52 7,27 7,03 6,81 6,61
95 9,14 8,80 8,49 8,20 7,91 7,65 7,40 7,15 6,93 6,71 6,50
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 143).
236
Unidade III
Teste de 50 metros lançados
Esse teste é recomendado para crianças acima de 6 anos até a idade adulta. O teste de 50 metros 
lançados será realizado da mesma forma do teste de 50 metros; entretanto, antes dos 50 m, haverá 
20 m adicionais. Assim, o avaliado inicia a corrida 20 metros antes e o cronômetro só será acionado na 
marca do início dos 50 metros.
É importante que o avaliado não diminua a velocidade no final dos 50 metros. Por isso, é necessária 
uma área de 20 metros a mais, para a desaceleração do avaliado.
Esse teste tem uma particularidade interessante porque ele retira a aceleração inicial do teste anterior.
O tempo de corrida obtido ao final desse teste é utilizado para acompanhamento durante os ciclos 
de treinamento.
Para a execução desse teste é recomendado o uso de dois avaliadores e dois cronômetros.
Saída 20 metros 50 metros
Chegada
Figura 154 – Demonstração do teste de corrida de 50 metros lançado
Teste de corrida de 30 metros
O teste é recomendado para crianças de 7 anos até a idade adulta. Para a realização do teste, serão 
necessários cronômetro, papel para anotações e uma área plana e não escorregadia. O avaliado deve 
iniciar o teste bem próximo à linha de saída, com afastamento ântero‑posterior das pernas. Ao sinal 
sonoro, deverá correr o mais rápido possível até a linha de chegada.
É importante que o avaliado não diminua a velocidade no final dos 30 metros. Por isso, é necessária 
uma área de 20 metros a mais, para a desaceleração do avaliado.
Como esse teste avalia a velocidade de aceleração do avaliado, ele é muito importante para algumas 
modalidades esportivas, como futebol, basquete, entre outros.
Com o tempo obtido pelo avaliado, a classificação será verificada por meio da tabela a seguir, baseada 
em valores observados em outros grupos:
237
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Tabela 48 – Valores em segundos do teste de corrida de 30 metros 
para os gêneros masculino e feminino
Idade (anos) Masculino Feminino
Orientação esportiva
14 De 4 s 35 a 4 s 40 De 4 s 60 a 4 s 65
Especialização esportiva
15 De 4 s 20 a 4 s 25 De 4 s 45 a 4 s 50
16 De 4 s 15 a 4 s 10 De 4 s 35 a 4 s 40
Aperfeiçoamento esportivo 
17 De 4 s 10 a 4 s 15 De 4 s 26 a 4 s 30
18 De 4 s 05 a 4 s 10 De 4 s 20 a 4 s 26
Alta competição
De 4 s 00 a 4 s 04 De 4 s 16 a 4 s 19
De 2 s 70 a 2 s 74 De 3 s 08 a 3 s 10
Adaptado de: Popov (1986 apud Marins; Giannichi, 2003).
Teste de seis segundos
Pode ser aplicado em adolescentes a partir de 14 anos até a idade adulta.
Serão utilizados dois cronômetros com definição centesimal, trena, apito e material para anotação.
O avaliado deve começar próximo à linha de partida. Ao sinal sonoro, deverá correr a maior distância 
possível em seis segundos. É necessário um espaço plano e não escorregadio de 70 a 80 metros para a 
realização do teste.
Ao final do teste, será verificada a distância percorrida, que poderá ser comparada antes e depois de 
períodos de treinamento.
Teste de corrida de 40 segundos
O teste pode ser aplicado em crianças dos 7 anos até adolescentes de 18 anos de idade.
Serão necessários cronômetro, trena, material para anotação e apito. Recomenda‑se a presença de dois 
avaliadores, estando um posicionado no início do teste e outro em um local intermediário do percurso. 
O avaliado inicia o teste na posição em pé, com afastamento ântero‑posterior das pernas. Ao sinal 
sonoro, o avaliado deverá correr a maior distância possível em 40 segundos. É necessária uma pista de 
atletismo para a aplicação desse teste, ou um espaço muito amplo. O avaliado não pode mudar de direção 
(ir e voltar).
Com a distância percorrida ao final do teste, será possível verificar mediante a tabela a seguir, por 
idade e gênero, uma comparação com valores obtidos por outros grupos.
238
Unidade III
Tabela 49 – Valores em metros do teste de 40 segundos para os 
gêneros masculino e feminino
Idade Feminino Masculino
7 166,42 ± 11,91 178,03 ±12,24
8 169,50 ± 12,89 191,95 ± 19,37
9 186,42 ± 17,50 197,29 ± 13,72
10 189,93 ± 10,52 200,21 ± 17,01
11 195,09 ± 24,33 203,84 ± 19,24
12 195,82 ± 18,16 213,15 ± 19,37
13 201,78 ± 25,79 221,48 ± 15,93
14 204,85 ± 20,11 230,29 ±23,23
15 202,16 ± 18,96 246,54 ± 12,76
16 197,29 ± 15,64 250,54 ± 16,56
17 197,12 ± 10,01 260,20 ± 17,32
18 201,09 ±10,98 261,67 ±19,85
Adaptado de: Matsudo (1979).
Esse teste pode ser usado ainda para comparação com valores obtidos por atletas de acordo com a 
modalidade esportiva e gênero, conforme a tabela a seguir:
Tabela 50 – Classificação em metros do teste de 40 segundos para 
atletas dos gêneros masculino e feminino
Modalidade Feminino Masculino
Natação 209,12 ± 12,32 232,61 ± 34,12
Atletismo 258,83 ± 25,21 295,90 ± 17,70
Basquete 228,61 ± 16,96 266,01 ± 15,83
Ginástica 216,91 ± 13,70 261,10 ± 19,93
Voleibol 227,21 ± 17,44 267,10 ± 14,22
Adaptado de: Matsudo (1979).
Teste de 400 e 600 metros
Esse teste deve ser utilizado na distância de 400 metros para mulheres e 600 metros para homens.
É recomendado para crianças de 11 a 16 anos.
O avaliado, nas mesmas condiçõesdos teste anteriores, deverá correr na maior velocidade possível a 
distância de 400 ou 600 metros.
239
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O tempo deve ser anotado para estimativa do resultado e posterior classificação por meio da tabela 
a seguir, de acordo com a idade e o gênero do avaliado.
Tabela 51 – Valores em segundos do teste de 400 metros 
para mulheres
Idade Excelente Muito bom Bom Regular
11‑12 1 min 19 s ou menos De 1 min 20 s a 1 min 22 s De 1 min 23 s a 1 min 27 s De 1 min 28 s a 1 min 33 s
13‑14 1 min 18 s ou menos De 1 min 19 s a 1 min 21 s De 1 min 22 s a 1 min 26 s De 1 min 27 s a 1 min 32 s
15‑16 1 min 09 s ou menos De 1 min 10 s a 1 min 14 s De 1 min 15 s a 1 min 19 s De 1 min 20 s a 1 min 26 s
Adaptado de: Lancetta (1988 apud Marins e Giancchi, 2003).
Tabela 52 – Valores em segundos do teste de 600 metros para homens
Idade Excelente Muito bom Bom Regular
11‑12 1 min 56 s ou menos De 1 min 57 s a 2 min 00 s De 2 min 01 s a 2 min 04 s De 2 min 05 s a 2 min 08 s
13‑14 1 min 44 s ou menos De 1 min 45 s a 1 min 48 s De 1 min 49 s a 1 min 55 s De 1 min 56 s a 1 min 59 s
15‑16 1 min 37 s ou menos De 1 min 38 s a 1 min 40 s De 1 min 41 s a 1 min 44 s De 1 min 45 s a 1 min 47 s
Adaptado de: Lancetta (1988 apud Marins e Giancchi, 2003).
8.2 Agilidade
É a capacidade de realizar movimentos de curta duração e alta intensidade com mudança de direção 
ou alteração na altura do centro de massa, com aceleração e desaceleração.
É dependente dos seguintes quesitos:
• velocidade de percepção (órgãos do sentido);
• relação espacial;
• centros nervosos: capacidade de processar e transmitir impulsos nervosos;
• rapidez na contração dos músculos;
• coordenação inter e intramuscular;
• fadiga;
• idade.
É extremamente importante em atividades esportivas como futebol, basquete e vôlei, assim como 
na vida diária, em atividades nas quais desviamos de obstáculos.
240
Unidade III
8.2.1 Testes de agilidade
Vai e vem (shuttle run) de Johnson e Nelson (1979)
Esse teste consiste na avaliação da agilidade neuromotora e da velocidade. Para tal, serão usados 
dois blocos de madeira (5 cm x 5 cm x 10 cm) e um cronômetro.
Serão demarcadas duas linhas no chão, com distância de 9,14 cm entre elas. Em uma das extremidades, 
imediatamente após a linha demarcada, os dois blocos de madeira descritos anteriormente estarão 
colocados no chão, com 30 cm de distância entre eles.
Antes do início do teste, o avaliado permanece em afastamento ântero‑posterior das pernas, 
com o pé anterior o mais próximo possível da linha de saída. O início do teste se dá por meio da voz 
de comando do avaliado: “Prepara... Vai!” (pode ser feito por meio de um apito). Nesse momento, 
o cronômetro será acionado e o avaliado deverá correr na maior velocidade possível até a próxima 
extremidade, ultrapassando a linha com um dos pés, pegar o bloco de madeira, trazê‑lo até a linha 
inicial e colocá‑lo no chão (não pode jogar o bloco), voltar correndo novamente para buscar o outro 
bloco e trazê‑lo até a linha inicial. Esses dois ciclos completos devem ser realizados sem interrupção 
da corrida. O cronômetro é travado quando o avaliado coloca o último bloco no solo e ultrapassa com 
pelo menos um dos pés a linha final.
9,14 m
10 cm
30 cm
Figura 155 – Demonstração do teste de vai e vem (shuttle run)
Para interpretar o escore do avaliado, a tabela a seguir, que mostra os valores de referências em 
segundos para os gêneros masculino e feminino, será utilizada:
Tabela 53 – Classificação dos resultados do teste de vai e vem 
por idade e gênero (shuttle run)
Idade
Gênero Percentil/classificação 9‑10 11 12 13 14 15 16 17
Masculino 95/excelente 10 9,7 9,6 9,3 8,9 8,9 8,6 8,6
Masculino 75/bom 10,6 10,4 10,2 10 9,6 9,4 9,3 9,2
Masculino 50/médio 11,2 10,9 10,7 10,4 10,1 9,9 9,9 9,8
Masculino 25/regular 12 11,5 11,4 11 10,7 10,4 10,5 10,4
241
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Idade
Gênero Percentil/classificação 9‑10 11 12 13 14 15 16 17
Masculino 5/fraco 13,1 12,9 12,4 12,4 11,9 11,7 11,9 11,7
Feminino 95/excelente 10,2 10,0 9,9 9,9 9,7 9,9 10 9,6
Feminino 75/bom 11,1 10,8 10,8 10,5 10,3 10,4 10,6 10,4
Feminino 50/médio 11,8 11,5 11,4 11,2 11 11 11,2 11,1
Feminino 25/regular 12,5 12,1 12,0 12 12 11,8 12 12
Feminino 5/fraco 14,3 14 13,3 13,2 13,1 13,3 13,7 14
Adaptado de: Aapeh (1979).
Teste do quadrado
O objetivo do teste do quadrado é medir a agilidade geral do corpo movendo‑se para frente, para 
trás e lateralmente.
Antes do início do teste, será necessário demarcar um espaço com quatro cones formando um 
quadrado, de modo que esses cones estejam distantes entre si por quatro metros.
O avaliado inicia o teste no cone A e irá correr na diagonal o mais rápido possível até o cone B, 
passando por fora dele. Em seguida, o avaliado irá se deslocar até o cone C, passando por fora dele, 
seguindo até o cone D, passando por fora dele, e irá finalizar com uma corrida até o cone A.
O tempo do percurso será cronometrado. O avaliado poderá realizar duas tentativas, sendo avaliado 
o menor tempo.
4 metros
4 metros
4 metros4 metros
D
A
B
C
Figura 156 – Demonstração do teste do quadrado
Alguns testes motores não possuem tabelas de classificação dos resultados. Para esses testes, o 
tempo obtido, ou o número de repetições, quando for o caso, deverá ser anotado. Após um tempo de 
prática de exercícios físicos, o teste deverá ser aplicado novamente para verificar se houve diminuição 
no tempo de execução ou aumento do número de repetições. A partir daí, o avaliador pode verificar se 
houve melhora ou não naquele determinado atributo.
242
Unidade III
Teste da sinuosa
O avaliado irá correr um trajeto sinuoso na maior velocidade possível. O trajeto é composto de 
uma reta e demarcado com cinco cones, e o avaliado deverá percorrer a distância determinada em 
zigue‑zague por entre os cones. O primeiro cone fica a 3 m da linha de partida, seguido de quatro cones 
com distância de 1,5 m entre si. O avaliado vai até o final, contornando os cones, e volta até a linha de 
partida na maior velocidade possível. Marca‑se o tempo gasto para executar o percurso, que poderá ser 
utilizado para comparação com outros momentos dos ciclos de treinamento.
3,0 m
Linha de partida
1,5 m 1,5 m 1,5 m 1,5 m
Saída
Chegada
Figura 157 – Demonstração do teste da sinuosa
Teste das três faixas
Serão demarcados três faixas de 1 m de comprimento cada e 5 cm de largura, paralelas entre si e 
separadas por 1,20 m uma da outra.
O avaliado deverá se posicionar na linha central, com um dos pés de cada lado. Ao início do teste, o 
avaliado deverá se deslocar lateralmente, de um lado para o outro, sem cruzar as pernas e sem tocar nas 
faixas. O teste será finalizado quando o avaliado passar oito vezes pela linha central. Mede‑se o tempo 
gasto para a realização das oito passagens pela faixa central. Após a realização de um ciclo de treino, um 
novo teste deve ser aplicado para verificar se houve diminuição no tempo de execução do teste.
1,20 m 1,20 m
1,00 m
5 cm5 cm5 cm
Figura 158 – Demonstração do teste das três faixas
243
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Teste do hexágono
O teste foi desenvolvido para verificar a velocidade de deslocamento com mudança de direção o 
mais rápido possível. Para esse teste, o avaliado irá se posicionar no centro de um hexágono. Ao sinal de 
início, o cronômetro deverá ser acionado, e o avaliado deverá saltar com os dois pés juntos para frente, 
ultrapassando a linha do hexágono, e retornar à posição original. Em seguida, o avaliado deverá saltar 
com os dois pés juntos para a próxima lateral em sentido horário e assim sucessivamente, até que o 
avaliado complete três voltas no hexágono. Durante a realização do teste, o avaliado não pode mudar 
de posição, devendo ficar voltado para a mesma direção durante todo o teste. Ao final das três voltas, 
o tempo deverá ser anotado.
Caso o avaliado pise na linha ou não salte com os pés juntos, ele deverá reiniciar o teste.
Com o tempo obtido, podemos comparar o desempenho do avaliadoantes e após uma determinada 
fase de treinamento.
Início
60 cm
60 cm
60 cm60 cm
60 cm60 cm
Figura 159 – Demonstração do teste das três faixas
Teste T
Para a realização desse teste, serão necessários cronômetro, cones, trena e material para anotações.
O avaliado deverá percorrer o mais rápido possível a trajetória estabelecida na forma de um T. Ele 
irá correr do ponto A para o ponto B (9 m) em linha reta e tocar a base do cone B com a mão direita. 
Na sequência, irá se deslocar lateralmente até o cone C (4,5 m) e tocar a base do cone. Em seguida, 
irá se deslocar lateralmente até o cone D (9 metros) e tocar a base do cone com a mão esquerda. 
Posteriormente, irá seguir lateralmente até o cone B novamente (4,5 m) e finalizar correndo de costas 
para o cone A (início).
O tempo será cronometrado e deverá ser comparado durante os ciclos de treinamento.
244
Unidade III
4,5 metros
Início Término
A
BC D
4,5 metros
9 metros
9 metros
Figura 160 – Demonstração do teste T
Teste do quadrante
É desenhado um sinal de mais (+) no chão. O avaliado deverá saltar do número 1 para o número 2; 
em seguida, para o número 3; e depois, para o número 4, sem mudar a posição corporal, mantendo‑se 
voltado para frente. É computada a quantidade de repetições sem pisar na linha, na ordem certa e com 
os dois pés no período de 10 segundos.
A quantidade de repetições alcançadas poderá ser comparada durante os ciclos de treinamento.
3
1
2
4
Figura 161 – Demonstração do teste do quadrante
8.3 Equilíbrio
Equilíbrio é a habilidade que permite ao indivíduo manter o sistema músculo‑esquelético em uma 
posição estática eficaz e controlar uma postura eficiente, quando em movimento. É uma capacidade 
física extremamente importante na vida diária e nos esportes.
Alguns fatores interferem diretamente no equilíbrio. São eles:
• percepção visual;
• funcionamento das estruturas do ouvido interno (canais semicirculares);
245
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• funcionamento dos proprioceptores (tendinosos, articulares e musculares);
• tônus muscular;
• sistema nervoso central.
O equilíbrio se divide em dinâmico e estático:
• Dinâmico: quando o indivíduo consegue manter em movimento uma postura eficiente, ou seja, 
é a capacidade do indivíduo de manter equilíbrio durante o movimento.
• Estático: quando o indivíduo consegue manter o sistema músculo esquelético em uma posição 
eficaz, ou seja, é a capacidade do indivíduo em se manter em posição estacionária.
8.3.1 Testes de equilíbrio estático
Avião
Em pé, apoiado somente com um dos membros inferiores, deve estender o outro e flexionar o tronco 
(ambos paralelos ao solo). Os membros superiores devem estar abduzidos 90º com o tronco.
Marca‑se o tempo em que o avaliado permanece nessa posição, mantendo‑se em equilíbrio estável. 
Após um determinado período de treinamento ou programa de atividades físicas, o teste pode ser 
reaplicado para verificar se houve melhora no tempo de execução.
Teste do flamingo
O objetivo do teste é verificar o equilíbrio estático geral do avaliado. Para isso, o avaliado deverá se 
posicionar em cima de uma superfície de madeira com as dimensões de 3 cm de largura, 4 cm de altura e 
50 cm de comprimento, com apenas um dos pés (dominate), e deverá se manter em equilíbrio por um minuto.
O avaliado irá se apoiar sobre um dos pés no eixo longitudinal da trave, com o joelho da perna livre 
flexionado e o pé mantido à altura dos glúteos com o auxílio da mão do mesmo lado, procurando imitar 
a posição de um flamingo. Nessa posição, ele tentará manter o equilíbrio por 60 segundos (antes do 
início do teste, o avaliador ajudará na manutenção da posição). Quando o avaliado abandonar o apoio, 
começa o registo do tempo no cronômetro, que deverá ser travado, e será adicionada uma penalidade a 
cada perda de equilíbrio do avaliado, sendo sempre repetido o procedimento até completar 60 segundos. 
Toda vez que o avaliado soltar a perna que está sendo segurada pela mão ou pisar no solo, o tempo do 
teste deve ser interrompido. O resultado será verificado pelo número de tentativas necessárias para que 
o avaliado consiga completar um minuto sem quedas ou desequilíbrios.
Após um período de prática de exercícios, o teste deve ser reaplicado para verificar se houve 
melhora na quantidade de tentativas necessárias para realizá‑lo.
246
Unidade III
Figura 162 – Ilustração do teste do flamingo
Fonte: Charro et al. (2010, p. 270).
Teste de parada da cegonha (ou quatro)
O objetivo do teste é determinar o equilíbrio estático geral. Ele pode ser realizado com crianças e 
pessoas idosas, além de adultos do sexo masculino e feminino.
O avaliado se posiciona sobre um único pé (dominate) com as mãos na cintura; o outro pé deverá 
se manter abduzido, e o joelho, semi‑flexionado, com a planta do pé apoiada na altura do joelho do 
membro inferior que suporta o peso do corpo.
Marca‑se o tempo em que o testado permanece nessa posição sem receber auxílio externo. Serão 
realizadas três tentativas, e a melhor será adotada.
A partir do resultado em segundos, verificar a tabela a seguir para classificação:
Tabela 54 – Valores em segundos para o teste da parada da cegonha
Nível de desempenho Homens Mulheres
Avançado 51 ou mais 28 ou mais
Intermediário avançado 37‑50 23‑27
Intermediário 15‑36 08‑22
Iniciante intermediário 05‑14 03‑07
Iniciante 00‑04 00‑02
Adaptado de: Johnson e Nelson (1979).
247
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Teste de postura unipodal
Teste de equilíbrio estático para crianças, adultos e pessoas idosas. O teste consiste em verificar o 
tempo em que o avaliado se mantém equilibrado sobre a perna dominante. O teste será cronometrado 
e o valor em segundos será anotado. Esse teste tem alta relação com o desempenho da marcha em 
pessoas idosas e com o risco de quedas.
Durante a realização do teste, o avaliado fica em pé sobre uma só perna, com os olhos abertos e com 
os olhos fechados. O escore do teste é o número de segundos durante os quais o avaliado é capaz de 
manter o equilíbrio sobre a perna dominante.
Para a realização do teste, o avaliado deve estar descalço, e a outra perna deve estar posicionada na 
altura do tornozelo da perna de apoio, mas sem tocá‑lo. Os braços devem permanecer cruzados sobre 
o peito. Caso haja qualquer alteração da postura, o tempo deverá ser parado. O avaliado pode executar 
três tentativas.
Após a execução, deve‑se verificar a classificação na tabela a seguir, de acordo com a faixa etária 
e o gênero.
Tabela 55 – Normas de idade e sexo para teste de postura unipodal 
(em uma perna só)
Olhos abertos Olhos fechados
Faixa etária (anos) Mulheres Homens Mulheres Homens
18‑39 45,1 44,4 13,1 16,9
40‑49 42,1 41,6 13,5 12,0
50‑59 40,9 41,5 7,9 8,6
60‑69 30,4 33,8 3,6 5,1
70‑79 16,7 25,9 3,7 2,6
80‑99 10,6 8,7 2,1 1,8
Fonte: Heyward (2010, p. 320).
8.3.2 Teste de equilíbrio dinâmico
Teste de alcance funcional
O teste de alcance funcional foi desenvolvido para medir o equilíbrio dinâmico de adultos e 
pessoas idosas mediante um alcance máximo além da medida do comprimento do braço, sem perder 
o equilíbrio ou mover os pés.
Para a realização desse teste, o avaliado é instruído a alcançar o mais longe possível uma fita métrica 
fixada à parede. Essa fita (de 1 m) será fixada à parede, paralela ao chão, na altura do processo acromial do 
avaliado. Antes do início do teste, o avaliado, com a lateral do ombro paralela à parede, fecha a mão direita 
248
Unidade III
em punho e levanta o braço direito com o cotovelo estendido até que o punho esteja na altura da vara 
métrica. A medida inicial é o ponto na vara correspondente à extremidade distal do terceiro metacarpo.
O escore de alcance funcional é a diferença entre as duas distâncias registradas, a inicial e após 
o teste. O avaliado tem três tentativas após uma experimental, e a partir desses três resultados 
calcula‑se uma média.
Figura 163 – Ilustração da realização do teste de alcance funcional
Fonte: Heyward (2010, p. 322).
O resultado é utilizadopara classificar as pessoas idosas em categorias de risco de quedas:
Tabela 56 – Classificação do resultado do teste de alcance funcional
Risco Índice em cm
Baixo risco Maior que 24,4 cm
Risco moderado 15,24 a 25,4 cm
Alto risco Menor que 15,24 cm
Altíssimo risco Incapaz de alcançar
Fonte: Heyward (2010, p. 321).
Passeio na trave
É mensurado a partir do tempo gasto para a realização de uma caminhada sobre a trave de 
equilíbrio 5 m de comprimento e 0,20 m de largura, realizando o percurso de ida e volta, sem correr, 
mantendo o equilíbrio.
Após um período de treinamento, o avaliado deverá realizar o teste novamente para verificar se 
houve melhora no tempo gasto para a realização do percurso na trave.
249
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Amarelinha
O avaliado deverá realizar o teste apoiado com um dos pés no primeiro espaço da amarelinha, 
saltando com apenas um pé até o final e realizando o percurso ida e volta sem perder o equilíbrio.
Mede‑se o tempo gasto para a realização do percurso de ida e volta. Caso o avaliado perca o 
equilíbrio, deverá recomeçar o teste.
Depois de um período de prática de atividade física, o teste deve ser reaplicado para verificar se 
houve melhora.
7
4
8
5
6
3
2
1
Figura 164 – Demonstração da montagem da amarelinha para este teste
 Saiba mais
Para entrar em contato com mais testes de equilíbrio em adultos e 
crianças, leia no livro:
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas 
avançadas. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2010.
8.4 Coordenação
É definida como a capacidade do indivíduo de realizar tipos integrados de movimentos. As 
capacidades coordenativas são dependentes da idade, da condição funcional do avaliado, do gênero 
e da capacidade de aprendizagem motora. Os principais fatores que influenciam a coordenação são:
• agilidade;
• flexibilidade;
250
Unidade III
• equilíbrio;
• percepção cinestésica.
 Observação
Percepção cinestésica: conhecimento da posição do seu corpo quando 
este se movimenta no espaço.
A coordenação na prática esportiva se caracteriza pela coordenação olho‑mão e pela coordenação 
olho‑pé, que são elementos importantíssimos na performance específica de vários esportes. 
É  considerado que o avaliado tem uma boa coordenação motora quando ele realiza determinada tarefa 
motora com facilidade e quando a sequência e a fluência dos movimentos estão bem controladas.
 Observação
A precisão dos gestos como arremessos, lançamentos e chutes é muito 
influenciada pela coordenação. Assim, é de fundamental importância o 
treinamento da coordenação motora no esporte.
Além disso, a coordenação motora também deve ser avaliada em pessoas idosas.
8.4.1 Testes de coordenação
Teste das latinhas
O teste das latinhas é utilizado para avaliação da coordenação em pessoas idosas.
Para a realização desse teste, uma fita adesiva de 76,2 cm deverá ser fixada sobre uma mesa, distante 
12,7 cm da sua borda. Sobre essa fita serão feitas seis marcas de 12,7 cm cada, determinando, assim, seis 
espaços que serão numerados de 1 a 6.
Três latas de refrigerantes vazias estarão posicionadas nos espaços 1, 3 e 5. O objetivo do teste 
é mover as três latas de refrigerantes, sendo do espaço 1 para o 2, do 3 para o 4 e do 5 para o 6. 
Para isso, a mão direita é colocada na lata 1, com o polegar para cima, e quando o cronômetro for 
acionado, o avaliado deverá virar a lata e posicioná‑la no espaço 2; da mesma forma, deve posicionar a 
lata do espaço 3 no 4 e a 5 no 6.
Em seguida, o avaliado, estando o polegar apontado para baixo, apanha a lata 1, que está agora 
no espaço 2, e a recoloca no espaço 1; da mesma forma, recoloca a lata 2 no quadrado 3 e a lata 3 no 
quadrado 5. Uma tentativa equivale à realização do circuito duas vezes, sem interrupções. O cronômetro 
é parado quando a lata 3 é depositada no quadrado 5, ao final do segundo circuito.
251
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Caso o sujeito seja canhoto, o mesmo procedimento é adotado, a única diferença é que as latas são 
colocadas a partir da esquerda.
O avaliado poderá realizar o teste uma vez antes do início da marcação do tempo.
Após a tentativa experimental, o avaliado irá realizar dois ciclos, sendo adotado o melhor tempo.
1º Ciclo
1º Ciclo
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
5
5
5
5
4
4
4
4
3
3
3
3
2
2
2
2
1
1
1
1
Figura 165 – Demonstração da execução do teste das latinhas
252
Unidade III
 Resumo
Esta unidade visou mostrar os testes de avaliação da aptidão física 
relacionados à saúde e ao desempenho esportivo. São testes relacionados à 
saúde e ao desempenho, capacidade aeróbia, força e flexibilidade.
Pudemos verificar os testes motores para avaliação da flexibilidade e 
da força, bem como suas definições. Pudemos observar também os testes 
relacionados à saúde, como velocidade, agilidade, coordenação e equilíbrio.
Devido à grande quantidade de testes existentes para quantificar 
os testes motores citados, é consenso que respeitar a faixa etária para 
a qual o teste foi padronizado e o gênero do avaliado é de extrema 
importância para obtermos resultados confiáveis. Além disso, pudemos 
verificar que alguns testes possuem tabelas definidas com classificação 
dos resultados, enquanto outros devem ser comparados apenas a partir 
do tempo de realização ou número de repetições obtidas, antes e depois 
de períodos de treinamento.
O conteúdo apresentado deve servir de incentivo para iniciar os estudos 
relacionados às medidas e avaliações; entretanto, outros meios de pesquisa 
devem ser utilizados para que você possa conhecer mais testes e conceitos 
que não foram abordados neste livro‑texto.
253
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2016, adaptada) Ao receber atletas de judô para a temporada de treinamento 
após um período longo de férias, um preparador físico resolveu avaliar cada um dos três tipos de força 
muscular dos atletas – a força de potência, a força de resistência e a força máxima. Para tanto, elaborou 
um cronograma em que, no primeiro dia, seria realizado o teste de força de potência, no segundo, o 
teste de força de resistência e, no terceiro, o teste de força máxima.
Nesse contexto, para aferição dos três tipos de força (de potência, de resistência e máxima), os testes 
que devem ser eleitos pelo preparador físico são, respectivamente:
A) Teste de uma repetição máxima, teste de salto vertical e teste de barra estático.
B) Teste de salto horizontal, teste de barra estático e teste de dinamometria estático.
C) Teste de arremesso de medicine ball, teste de salto horizontal e teste de uma repetição máxima.
D) Teste dinâmico de um minuto em apoio de solo, teste dinâmico de um minuto em abdominais 
e teste de uma repetição máxima.
E) Teste dinâmico de um minuto em força abdominal, teste dinâmico de um minuto em barra e teste 
dinâmico de um minuto em apoio de solo.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o teste de uma repetição máxima, o teste de salto vertical e o teste de barra estático 
são, respectivamente, teste de força máxima, teste de potência e teste de resistência estática.
B) Alternativa correta.
Justificativa: o teste de salto horizontal, o teste de barra estático e teste de dinamometria estático 
são, respectivamente, teste de potência, teste de resistência e teste de força máxima estática.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o teste de arremesso de medicine ball, o teste de salto horizontal e o teste de uma 
repetição máxima são, respectivamente, teste de potência, teste de potência e teste de força máxima.
254
Unidade III
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o teste dinâmico de um minuto em apoio de solo, o teste dinâmico de um minuto em 
abdominais e o teste de uma repetição máxima são, respectivamente, teste de resistência dinâmico, 
teste de resistência dinâmico e teste de força máxima dinâmica.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o teste dinâmico de um minutoem força abdominal, o teste dinâmico de um minuto 
em barra e o teste dinâmico de um minuto em apoio de solo são todos testes de resistência.
Questão 2. A avaliação da flexibilidade pode ser medida por diferentes métodos, como linear, angular 
e adimensional. Em cada método usam‑se instrumentos, tabelas e valores diferentes e, consequentemente, 
interpretações distintas. Sobre esses métodos de avaliação da flexibilidade, é correto dizer que:
I – O método linear se caracteriza pela interpretação dos movimentos articulares, comparando‑os 
com o gabarito.
II – O método angular se caracteriza por expressar os resultados em ângulos.
III – O método adimensional se caracteriza por expressar os resultados em escala de distância 
ou centímetros.
IV – O banco de Wells é um teste utilizado pelo método linear.
V – O goniômetro é um instrumento utilizado pelo método angular.
Assinale a única alternativa correta:
A) As afirmativas I, II, III, IV e V são corretas.
B) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
C) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
E) Somente a afirmativa II, IV e V são corretas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o método linear se caracteriza por expressar os resultados em escala de distância ou 
centímetros, e não em gabaritos. 
255
II – Afirmativa correta. 
Justificativa: o método angular com o uso do goniômetro se caracteriza por expressar os resultados 
em ângulos (formados entre dois segmentos que se opõem na articulação).
III – Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o método linear, e não o método adimensional, se caracteriza por expressar os resultados 
em escala de distância. O método adimensional se caracteriza na interpretação dos movimentos 
articulares, comparando‑os com uma folha de gabarito.
IV – Afirmativa correta. 
Justificativa: o banco de Wells expressa os valores em centímetros, o que caracteriza o método linear.
V – Afirmativa correta. 
Justificativa: o goniômetro se caracteriza por avaliar os ângulos e, desta maneira, se caracteriza 
como um método angular.
256
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264
265
266
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000ressaltar que alguns testes possuem o efeito de aprendizagem e irão precisar de mais testes 
para o valor estabilizar.
• Objetividade: grau em que esperamos consistência nos resultados, quando o mesmo teste é 
aplicado simultaneamente por diferentes avaliadores nos mesmos alunos, atletas ou pacientes. O 
ideal é que sempre o mesmo avaliador replique os testes; porém, ao término de uma intervenção, 
o mesmo teste pode ser aplicado por outro avaliador. Também são recomendadas variações 
menores que 5% entre os avaliadores.
1.3.1 Critérios que garantem testes confiáveis
Além da validade, fidedignidade e objetividade, devemos respeitar os seguintes critérios:
• Avaliadores experientes e bem treinados.
• Calibração do instrumento de medida.
• Conhecimento dos fatores que influenciam a variável avaliada (alimentação, temperatura 
ambiente, consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, uso de drogas, horas de sono).
• Conhecimento dos cuidados no manuseio do instrumento.
• Escolha de protocolo de teste condizente com população e objetivos da avaliação.
• Padronização do processo de medida.
15
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
1.4 Erros de medida
Um dos principais objetivos na aquisição de uma medida é obter o melhor valor, para o mensurado, a 
partir dos dados experimentais disponíveis. Isso significa determinar a melhor aproximação possível para 
o valor verdadeiro, em termos probabilísticos. Uma grandeza física experimental deve ser determinada 
a partir de medições, e o resultado é sempre uma aproximação para o valor da grandeza. Em todas as 
medidas sempre haverá um erro embutido, cabendo ao avaliador minimizar ao máximo e controlar 
as fontes de erro. O erro da medida pode ser dividido em dois tipos principais: o erro sistemático e o erro 
aleatório ou estatístico.
• Erro sistemático: em caso de réplicas da medida, quando a probabilidade de as duas aplicações 
diferirem entre si for igual à de ocorrerem diferenças entre os valores originais do atributo. Afeta 
igualmente teste e reteste. Pode ser dividido em:
— Instrumental: resultado da calibração do instrumento de medida.
— Teórico: resultado do uso de fórmulas e princípios teóricos inadequados ou aproximados.
— Ambiental: decorrente de condições ambientais, como temperatura, umidade, estado da pista 
ou da quadra.
— Observacional: resultado de falha do avaliador na utilização incorreta do instrumento de 
medida ou da leitura.
• Erro aleatório: resultado de fatores responsáveis pelos erros que afetam diferentemente os 
valores verdadeiros e o reteste. Está muito associado a variações no processo de medida e à 
diferença entre avaliadores. A padronização do processo ajuda e muito no controle de erro aleatório.
1.5 Teste de laboratório e teste de campo
Os testes de laboratório são aqueles que requerem equipamentos e treinamento especializado 
dos examinadores e/ou dos avaliadores; também podem consumir muito tempo porque apenas um 
examinado é testado de cada vez. As condições ambientais sempre são controladas.
Por sua vez, os testes de campo são aqueles que não requerem equipamentos excessivamente 
caros e nos quais vários examinados podem ser testados ao mesmo tempo. Geralmente são 
influenciados por situações ambientais, como vento, calor e umidade relativa do ar.
É importante ressaltar que ambos os tipos de testes precisam de avaliadores treinados e com 
conhecimento sobre os atributos que serão testados.
16
Unidade I
1.6 Ética em medidas e avaliações
Em hipótese alguma o processo de avaliação poderá causar danos físicos ao avaliado. É importante 
não fazermos (ou deixarmos de fazer) qualquer coisa direta que cause danos àqueles sob nosso cuidado 
e responsabilidade. Devemos sempre ter a garantia que as condições para a realização de determinados 
testes são seguras.
Não devemos causar danos psicológicos ao avaliado com atitudes como comentários inoportunos 
ou violação da privacidade e da confidencialidade dos resultados. Os dados da avaliação pertencem 
ao avaliado; só deverão ser revelados a colegas de trabalho com o intuito de determinar uma melhor 
estratégia de intervenção.
Nunca, em hipótese alguma, confunda os resultados do teste com o valor pessoal ou o caráter 
do avaliado.
Em caso de dúvida sobre a saúde do avaliado, peça esclarecimentos médicos antes do teste. 
Contudo, em testes de desempenho físico, o atestado médico é primordial.
2 AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS
As avaliações antropométricas são de extrema importância para a determinação das variáveis da 
morfologia humana. O ramo das ciências biológicas que estuda esse fenômeno chama-se antropometria. 
A avaliação antropométrica é, portanto, muito utilizada por profissionais da Educação Física e da 
Fisioterapia a fim de determinar as alterações promovidas na estrutura corporal do indivíduo, por meio 
do treinamento e do exercício físico. A seguir, falaremos das principais medidas antropométricas e os 
procedimentos para a realização dessas medidas.
2.1 Estatura
A estatura (cm ou m) é definida como a distância entre os planos que tangenciam respectivamente o 
vértex na cabeça e as plantas dos pés. Para a realização dessa medida, o avaliado deve estar descalço, em 
posição anatômica sobre a base do estadiômetro (instrumento que determina a estatura do avaliado), 
em postura ereta e olhar fixo num ponto a sua frente (plano de Frankfurt), com calcanhares, cinturas 
pélvicas e escapulares e região occipital do crânio em contato com a escala de medida. Essa medida deve 
ser realizada em apneia inspiratória.
Vale ressaltar que a medida de estatura varia de acordo com o horário do dia. Pela manhã, a medida 
de estatura pode ser de 1 a 2 cm maior do que ao final do dia. Isso ocorre devido a ação da força da 
gravidade sobre os discos intervertebrais no decorrer do dia. Além disso, após os 40 anos, ocorre a perda 
de 1 cm por década de vida, não somente devido à compressão e estreitamento dos discos vertebrais, 
mas também devido à curva torácica mais pronunciada (cifose). Após os 60 anos, esses sinais são mais 
evidentes. Assim, é recomendado que a medida de estatura seja feita sempre em um mesmo período 
(manhã, tarde ou noite), para minimizar os erros de medida.
17
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 1 – Posição da cabeça no plano de Frankfurt
Fonte: Pitanga (2008, p. 1).
Figura 2 – Ilustração da medida de estatura de um indivíduo adulto
A estatura de crianças e adolescentes também pode ser acompanhada por meio das curvas de 
crescimento esperadas para cada idade. Para isso, a OMS estabeleceu várias curvas de percentis, que 
estão disponíveis nos boletins individuais da saúde e que se tornaram ferramentas indispensáveis 
18
Unidade I
para confrontar os dados das avaliações individuais, com padrões relacionados a uma porcentagem 
da população com as mesmas características, ou seja, idade e sexo. Em suma, as curvas de percentis 
são uma representação gráfica de um conjunto de dados relativos à variabilidade e à evolução das 
diferentes medidas corporais, como peso e estatura.
Assim, após uma avaliação, o avaliador consegue comparar o crescimento do avaliado com uma 
média da população com as mesmas características e ainda analisar a tendência do seu crescimento. O 
escore Z, por sua vez, representa a quantidade de desvios padrão que um indivíduo dista da sua média 
(dentro de um mesmo grupo de idade e sexo).
A tabela a seguir mostra a relação entre percentis e escore Z e suas interpretações:
Tabela 1 – Representação de valores de 
percentis, escore Z e suas interpretações
Escore Z Percentil Interpretação
-3 0,1 Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
0,1% das crianças abaixo desse valor
-2 2,3
Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
2,3% das crianças abaixo desse valor. Convenciona-se que o 
equivalente ao escore Z –2 é o percentil 3
-1 15,9 Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
15,9% das crianças abaixo desse valor
0 50,0
É o valor que corresponde à média da população, isto é, em uma 
populaçãosaudável, espera-se encontrar 50% da população 
acima e 50% da população abaixo desse valor
+1 84,1
Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
84,1% das crianças abaixo desse valor, ou seja, apenas 15,9% 
estariam acima desse valor. Convenciona-se que o equivalente 
ao escore Z +1 é o percentil 85
+2 97,7
Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
97,7% das crianças abaixo desse valor, ou seja, apenas 2,3% 
estariam acima desse valor. Convenciona-se que o equivalente 
ao escore Z +2 é o percentil 97
+3 99,9
Espera-se que, em uma população saudável, sejam encontradas 
99,9% das crianças abaixo desse valor, ou seja, apenas 0,1% 
estariam acima desse valor
Adaptado de: Brasil (2011).
Observaremos a seguir as curvas de estatura por idade e suas classificações. Notem que as 
curvas para as idades de 0 (do nascimento) até 5 anos, tanto para meninos como para meninas, 
estão com a descrição comprimento/estatura. Isso ocorre porque os bebês, antes de começarem a 
andar, têm o seu comprimento verificado, medida essa efetuada com posição horizontal. A estatura 
é uma medida vertical.
19
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para estatura por meio do escore Z por idade para 
meninas, do nascimento até os 5 anos de idade:
Comprimento/estatura por idade (meninas)
Do nascimento aos 5 anos (escores-z)
Idade (meses e anos completados)
125 125
120 120
115 115
110 110
105 105
100 100
95 95
90 90
85 85
80 80
75 75
70 70
65 65
60 60
55 55
50 50
45 45
Meses
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
Co
m
pr
im
en
to
/a
ltu
ra
 (c
m
)
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
3
2
0
-2
-3
Figura 3 – Curva de crescimento para comprimento/estatura, por 
meio do escore Z por idade para meninas, do nascimento até os 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4hf9a9db. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para comprimento/estatura, por meio do percentil 
por idade para meninas, do nascimento até os 5 anos de idade:
Comprimento/estatura por idade (meninas)
Do nascimento aos 5 anos (percentis)
Idade (meses e anos completados)
Meses
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
Co
m
pr
im
en
to
/a
ltu
ra
 (c
m
)
120
115
110
105
100
9595
9090
8585
8080
7575
70
65
6060
5555
5050
4545
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
120
115
110
105
100
70
65
85º
97º
50º
3º
15º
Figura 4 – Curva de crescimento para comprimento/estatura, por 
meio do percentil por idade para meninas, do nascimento até os 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/mrfdh3fh. Acesso em: 8 nov. 2023.
20
Unidade I
Podemos observar no gráfico a seguir a curva de crescimento para comprimento/estatura, por meio 
do escore Z por idade para meninos, do nascimento até os 5 anos de idade:
Comprimento/estatura por idade (meninos)
Do nascimento aos 5 anos (escores-z)
Idade (meses e anos completados)
Co
m
pr
im
en
to
/a
ltu
ra
 (c
m
)
Meses
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
120
125
115
110
105
100
9595
9090
8585
8080
7575
7070
6565
6060
5555
5050
4545
120
125
115
110
105
100
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
3
2
0
-2
-3
Figura 5 – Curva de crescimento para comprimento/estatura, por meio 
do escore Z por idade para meninos, do nascimento até os 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4xfax52n. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para estatura, por meio do percentil por idade para 
meninos, do nascimento até os 5 anos de idade:
Meses
Idade (meses e anos completados)
Comprimento/estatura por idade (meninos)
Do nascimento aos 5 anos (percentis)
Co
m
pr
im
en
to
/a
ltu
ra
 (c
m
)
120
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
115
110
105
100
9595
9090
8585
8080
7575
7070
6565
6060
5555
5050
4545
120
115
110
105
100
85º
97º
50º
3º
15º
Figura 6 – Curva de crescimento para estatura, por meio do 
percentil por idade para meninos, do nascimento até os 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4p9522f6. Acesso em: 8 nov. 2023.
21
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O gráfico a seguir ilustra a curva de crescimento para estatura, por meio do escore Z por idade para 
meninas, dos 5 aos 19 anos de idade:
Idade (meses e anos completados)
Estatura por idade (meninas)
Dos 5 aos 19 anos (escores-z)
Meses 
e anos 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 1913
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 36 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 69 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
Es
ta
tu
ra
 (c
m
)
180
170
160
140
130
120
110
100
90 90
150
3
2
1
0
-1
-2
-3
180
170
160
140
130
120
110
100
150
Figura 7 – Curva de crescimento para estatura, por meio 
do escore Z por idade para meninas, dos 5 aos 19 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4fmma3u6. Acesso em: 8 nov. 2023.|
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para estatura, por meio do percentil por idade para 
meninas, dos 5 aos 19 anos de idade:
Estatura por idade (meninas)
Dos 5 aos 19 anos (percentis)
180
170
Idade (meses e anos completados)
Es
ta
tu
ra
 (c
m
)
Meses 
e anos 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 1913
160
140
130
120
110
100
150
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 36 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 69 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
97O
50O
85O
3O
15O
180
170
160
140
130
120
110
100
150
Figura 8 – Curva de crescimento para estatura, por meio 
do percentil por idade para meninas, dos 5 aos 19 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/mrxajxvy. Acesso em: 8 nov. 2023.
22
Unidade I
O gráfico a seguir ilustra a curva de crescimento para estatura, por meio do escore Z por idade para 
meninos, dos 5 aos 19 anos de idade:
Idade (meses e anos completados)
Estatura por idade (meninos)
Dos 5 aos 19 anos (escores-z)
Meses 
e anos 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 1913
Es
ta
tu
ra
 (c
m
)
180
190
200
170
160
140
130
120
110 110
100
90 90
150
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 36 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 69 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
180
190
170
160
130
120
100
150
3
2
1
0
-1
-2
-3
200
140
Figura 9 – Curva de crescimento para estatura, por meio 
do escore Z por idade para meninos, dos 5 aos 19 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/29s4dd8f. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para estatura, por meio do percentil por idade para 
meninos, dos 5 aos 19 anos de idade:
Idade (meses e anos completados)
Estatura por idade (meninos)
Dos 5 aos 19 anos (percentis)
Es
ta
tu
ra
 (c
m
)
Meses 
e anos 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 1913
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 36 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 69 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
180 180
190 190
170 170
160 160
140 140
130 130
120 120
110 110
100 100
150 150
97O
50O
85O
3O
15O
Figura 10 – Curva de crescimento para estatura, por meio 
do percentil por idade para meninos, dos 5 aos 19 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/yb64nbs2. Acesso em: 8 nov. 2023.
23
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A partir dos gráficos preconizados pela OMS, por meio da estatura da criança e do adolescente, 
podemos verificar se o crescimento está acima ou abaixo do apresentado para a idade de acordo com as 
curvas de percentil e escores Z.
A avaliada Júlia, 7 anos, da qual falamos no início deste livro-texto, possui 120 cm de estatura. De 
acordo com o gráfico que mostra o escore Z da estatura por idade para meninas e com o que mostra 
o percentil da estatura por idade para meninas, podemos observar que Júlia se encontra no escore Z 
zero (0) e percentil 50 (que corresponde ao escore Z 0). Para realizar essa análise, basta traçar uma reta 
horizontal na estatura de Júlia e uma reta vertical na idade dela. O local onde as duas retas se encontram 
representa o percentil ou o escore Z da avaliada.
A partir dessas informações, devemos observar a tabela a seguir, que apresenta a classificação 
de estatura por idade para meninos e meninas de acordo com a OMS. Ao analisarmos o escoreZ 0 
e o percentil 50 de meninas de 0 a 19 anos de idade, podemos observar que a estatura de Júlia é 
adequada para idade:
Tabela 2 – Classificação de estatura para idade de 0 a 19 anos para 
meninos e meninas de acordo com a OMS (2006/2007)
Valores críticos Valores críticos Diagnóstico nutricional
 Percentil 85 e ≤ Percentil 97 > Escore Z +1 e ≤ Escore Z +2 Estatura adequada para a idade
> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9 > Escore Z +2 e ≤ Escore Z +3 Estatura adequada para a idade
> Percentil 99,9 > Escore Z +3 Estatura adequada para a idade
Fonte: Brasil (2011, p. 20).
2.2 Peso corporal ou massa corporal
Para a determinação do peso corporal, o avaliado deve se manter em postura ereta e com o olhar fixo 
num ponto a sua frente (plano de Frankfurt), usando o mínimo de roupa possível, com o peso do corpo 
distribuído igualmente sobre os dois pés. É importante que o avaliado esteja posicionado no centro da 
balança e que ela esteja completamente nivelada com o solo. Poderá ser utilizada uma balança mecânica 
ou uma digital com resolução de 100 g.
A balança é extremamente sensível a pesagens excessivas, portanto é recomendado que sua calibração 
seja efetuada com frequência. Para isso, o avaliador pode usar um peso conhecido, como uma anilha 
de 10 kg, e realizar a pesagem. Caso o peso esteja superior ou inferior aos 10 kg da anilha, é necessário 
realizar a calibração da balança.
24
Unidade I
Para a verificação do peso do avaliado, é de fundamental importância evitar medições após a prática 
de exercícios físicos.
Figura 11 – À esquerda, exemplo da mensuração do peso com auxílio de balança digital, e, à direita, 
exemplo da mensuração do peso com auxílio de balança mecânica
Assim como para a estatura, podemos observar as curvas de crescimento para crianças e adolescentes, 
determinadas pela OMS, relacionadas ao peso corporal.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do escore Z por idade 
para meninas, do nascimento aos 5 de idade:
25
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
8
6
4
2
Peso por idade (meninas)
Do nascimento aos 5 anos (escores-z)
Idade (meses e anos completados)
Meses e anos
Pe
so
 (k
g)
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
30
28
26
24
22
18
16
14
12
10
8
6
4
2
20
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
30
28
26
24
22
18
16
14
12
10
20
3
2
0
-2
-3
Figura 12 – Curva de crescimento para peso corporal, por meio 
do escore Z por idade para meninas, do nascimento aos 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/3vajhehf. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do percentil por idade 
para meninas, do nascimento aos 5 anos de idade:
Peso por idade (meninas)
Do nascimento aos 5 anos (percentis)
Idade (meses e anos completados)
Pe
so
 (k
g)
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
Meses e anos
24 24
22 22
18 18
16 16
14 14
12 12
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
20 20
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
97O
85O
50O
15O
3O
Figura 13 – Curva de crescimento para peso corporal, por meio 
do percentil por idade para meninas, do nascimento aos 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4y4kd4zc. Acesso em: 8 nov. 2023.
26
Unidade I
O gráfico a seguir ilustra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do escore Z por idade 
para meninos, do nascimento aos 5 anos de idade:
Peso por idade (meninos)
Idade (meses e anos completados)
Pe
so
 (k
g)
Do nascimento aos 5 anos (escores-z)
Meses e anos
1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
24
26
28
22
18
16
14
12
10
8 8
6 6
4 4
2 2
20
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
Nascimento
24
26
28
22
18
16
14
12
10
20
3
2
0
-2
-3
Figura 14 – Curva de crescimento para peso corporal, por meio 
do escore Z por idade para meninos, do nascimento aos 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/3rm8rrr5. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do percentil por idade 
para meninos, do nascimento aos 5 anos de idade:
Peso por idade (meninos)
Do nascimento aos 5 anos (percentis)
Pe
so
 (k
g)
Idade (meses e anos completados)
Meses e anos
Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos
2 2 2 2 24 4 4 4 46 6 6 6 68 8 8 8 810 10 10 10 10
24 24
22 22
18 18
16 16
14 14
12 12
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
20 20
97O
85O
50O
3O
15O
Figura 15 – Curva de crescimento para peso corporal, por meio 
do percentil por idade para meninos, do nascimento aos 5 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/4uawx3ym. Acesso em: 8 nov. 2023.
27
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do escore Z por idade 
para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade:
Peso por idade (meninas)
Dos 5 aos 10 anos (escores-z)
Pe
so
 (k
g)
Idade (meses e anos completados)
Meses 
e anos
60 60
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20
15 15
10 10
25 25
5 6 7 8 9 10
3
3 3 3 3 36 6 6 6 69 9 9 9 9
2
1
0
-1
-2
-3
Figura 16 – Curva de crescimento para peso corporal, por 
meio do escore Z por idade para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/mthzbra8. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir ilustra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do percentil por idade 
para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade:
Peso por idade (meninas)
Dos 5 aos 10 anos (percentis)
Idade (meses e anos completados)
Pe
so
 (k
g)
Meses 
e anos 5 6 7 8 9 10
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20
15 15
25 25
3 3 3 3 36 6 6 6 69 9 9 9 9
97O
85O
50O
15O
3O
Figura 17 – Curva de crescimento para peso corporal, por 
meio do percentil por idade para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/2c7ppvwh. Acesso em: 8 nov. 2023.
28
Unidade I
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do escore Z por idade 
para meninos, dos 5 aos 10 anos de idade:
Peso por idade (meninos)
Dos 5 aos 10 anos (escores-z)
Idade (meses e anos completados)
Pe
so
 (k
g)
Meses 
e anos
55 55
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
20 20
15 15
25 25
5 6 7 8 9 103 3 3 3 36 6 6 6 69 9 9 9 9
3
2
1
0
-1
-2
-3
Figura 18 – Curva de crescimento para peso corporal, por 
meio do escore Z por idade para meninos, dos 5 aos 10 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/22548jc6. Acesso em: 8 nov. 2023.
O gráfico a seguir mostra a curva de crescimento para peso corporal, por meio do percentil por idade 
para meninos, dos 5 aos 10 anos de idade:
Peso por idade (meninos)
Dos 5 aos 10 anos (percentis)
Idade (meses e anos completados)
Pe
so
 (k
g)
Meses 
e anos
45
40
35
30
20
15
25
5 6 7 8 9 10
45
40
35
30
20
15
25
3 3 3 3 36 6 6 6 69 9 9 9 9
97O
85O
50O
15O
3O
Figura 19 – Curva de crescimento para peso corporal, por 
meio do percentil por idade para meninos, dos 5 aos 10 anos de idade
Adaptado de: https://tinyurl.com/mrywk3yh. Acesso em: 8 nov. 2023. 
29
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Conforme os gráficos que apresentam a curva de crescimento para peso corporal, por meio do 
escore Z por idade para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade, e da curva de crescimento para peso 
corporal, por meio do percentil por idade para meninas, dos 5 aos 10 anos de idade, podemos observar 
que o peso da avaliada Júlia (60 kg) se encontra acima do percentil 97 e acima do escore Z +3.
A partir da tabela a seguir, estabelecida pela OMS, podemos observar que o peso de Júlia está 
elevado para a idade:
Tabela 3 – Classificação de peso para idade de 0 a 10 anos para 
meninos e meninas de acordo com a OMS (2006)
Valores críticos Valores críticos Diagnósticonutricional
 Percentil 85 e ≤ Percentil 97 > Escore Z +1 e ≤ Escore Z +2 Peso adequado para a idade
> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9 > Escore Z +2 e ≤ Escore Z +3 Peso elevado para idade
> Percentil 99,9 > Escore Z +3 Peso elevado para idade
Fonte: Brasil (2011, p. 20).
2.3 Envergadura
É determinada a partir da distância máxima de membros superiores, alcançada pelas extremidades 
distais dos dedos médios direito e esquerdo. A principal utilização da envergadura é a seleção de 
talentos esportivos, uma vez que maiores distâncias de envergadura são requeridas em algumas 
modalidades esportivas.
Para verificar a medida de envergadura, será necessária uma fita métrica posicionada na parede, na 
altura dos ombros do avaliado, que deverá se posicionar de costas para a parede, em posição ortostática, 
com os membros superiores abduzidos, mantendo-os na horizontal e alinhados aos ombros. A cabeça 
deverá ser mantida no plano de Frankfurt, e a distância entre as extremidades distais dos dedos médios 
direito e esquerdo deve ser verificada em apneia inspiratória.
2.4 Diâmetros ósseos
Os diâmetros ósseos são medidas que estabelecem distâncias projetadas entre dois pontos 
anatômicos definidos por proeminências ósseas. Essa medida pode ser bilateral; entretanto, no caso de 
medidas unilaterais, o lado direito do corpo deve ser adotado. Normalmente é utilizada para quantificar 
o crescimento ósseo de crianças e adolescentes, uma vez que, durante as fases de crescimento, os ossos 
longos estão em constante desenvolvimento. Isso se dá até o fechamento das placas epifisárias, e, a 
partir desse momento, os ossos só podem crescer em espessura. É sabido que a atividade física pode 
estimular esse crescimento.
30
Unidade I
O impacto promovido durante a prática de exercícios físicos ajuda ainda o aumento da osteogênese. 
Para a avaliação dessa medida é utilizado um instrumento de precisão chamado paquímetro. De acordo 
com o diâmetro que será avaliado, podemos utilizar paquímetros com diferentes tamanhos.
Figura 20 – Ilustração de diferentes tipos de paquímetros
Fonte: Guedes e Guedes (2006, p. 43).
2.4.1 Cuidados durante a realização das medidas
Para realizar as medidas de diâmetros ósseos, instrua seu cliente/avaliado a ir na data da avaliação 
com o mínimo de roupas possível (recomendado biquíni para mulheres e sunga para homens). Para 
algumas pessoas, essa vestimenta pode parecer desconfortável. É importante que o avaliador deixe 
o seu cliente a vontade, e, se ele não quiser utilizar essas roupas, peça que use uma bermuda, ou um 
short e um top para as mulheres. As medidas de diâmetros ósseos devem ser realizadas diretamente 
na pele do avaliado (não se deve realizar as medidas por cima da roupa do avaliado). Realize a 
avaliação em um ambiente fechado, mas despojado, sem que outras pessoas possam observar o 
que está sendo realizado e tente estabelecer uma conversa agradável para deixar o avaliado o mais 
confortável possível. Além disso, algumas pessoas se sentem mais confortáveis se o avaliador for do 
mesmo sexo. Caso isso não seja possível, pergunte ao seu aluno/cliente se ele prefere que uma pessoa 
do mesmo sexo acompanhe as avaliações.
É muito importante que o avaliado saiba o que você irá fazer. Explique o que será feito e para que 
servirá aquele procedimento. Esses mesmos cuidados também devem ser respeitados para as medidas 
de circunferências e dobras cutâneas que serão descritas nos tópicos a seguir.
31
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.4.2 Procedimentos para medição dos diâmetros ósseos
Os seguintes procedimentos devem ser seguidos:
• As medidas dos diâmetros ósseos dos membros devem ser feitas do lado direito do corpo 
quando for o caso.
• Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para mensuração (palpação e lápis 
dermográficos).
• Marque-os antes de começar a mensurar.
• Mensure de duas a três vezes cada local em ordem rotacional.
• Os valores registrados devem ser expressos em milímetros.
• O paquímetro deve ser colocado sobre as marcas ósseas, sendo aplicada pressão para comprimir 
os tecidos adjacentes (músculo, gordura e pele) – o grau de compressão não deve ser em excesso 
e nem ficar frouxo.
• O paquímetro deve ser segurado com ambas as mãos de forma que as pontas dos dedos 
indicadores estejam adjacentes com as pontas do paquímetro.
• Paquímetros menores (escala até 30 cm) com maior precisão na escala devem ser usados no 
lugar de paquímetros maiores (escala de 60 a 80 cm) para mensurar os diâmetros ósseos de 
segmentos menores.
• O avaliado não deve estar usando hidratantes ou óleos corporais, e as medidas devem ser realizadas 
diretamente na pele do avaliado (não podem ser verificadas em cima da roupa).
• É necessário realizar a calibração periódica do aparelho.
2.4.3 Pontos mais frequentes de mensuração de diâmetros ósseos
Os pontos mais frequentes de mensuração são os seguintes:
• biacromial;
• torácico-transverso;
• bi-ilíaco;
• bitrocantérico;
32
Unidade I
• biepicôndilo femoral;
• bimaleolar;
• biepicôndilo umeral;
• biestiloide.
2.4.4 Descrição dos pontos anatômicos
2.4.4.1 Biacromial
Mede-se a distância entre o ponto mais elevado do acrômio direito e do esquerdo. O acrômio (do 
grego: akron = ponta; omos = ombro), é um processo posterior e grande que se projeta anteriormente 
em um ângulo de 90º a partir da extremidade lateral da espinha da escápula e serve como ponto 
de inserção para parte do músculo trapézio. Se você passar os dedos ao longo da face superior da 
articulação do ombro, sentirá esse processo na borda lateral.
Para mensuração do diâmetro biacromial, coloca-se o paquímetro entre as distâncias das duas 
extremidades laterais dos processos acromiais das escápulas (direita e esquerda).
O avaliado deve ficar em pé, braços soltos verticalmente e ombros relaxados para baixo e levemente 
para frente. Preferencialmente, o avaliador deve se posicionar posteriormente ao avaliado para 
realizar a medida.
Figura 21 – Medida de diâmetro ósseo biacromial
2.4.4.2 Torácico‑transverso
Mede-se a distância entre os pontos mais laterais das costelas ao nível do meio do corpo do esterno 
(mesoesterno), na altura da sexta costela, sobre a linha axilar média.
33
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
A medida é realizada com o avaliado em pé; ele deve ficar com os braços levemente abduzidos, 
apenas o suficiente para permitir a colocação das hastes do paquímetro.
Deve-se realizar a medida ao final de uma expiração normal.
Figura 22 – Medida de diâmetro ósseo torácico-transverso
2.4.4.3 Bi‑ilíaco
Mede-se a distância entre as cristas ilíacas do osso do quadril direito e esquerdo. A crista ilíaca é 
uma linha óssea proeminente, aguçada e localizada na margem superior do osso ílio, entre a espinha 
ilíaca ântero-superior e espinha ilíaca póstero-superior, e marca as inserções de ligamentos e músculos.
Para a mensuração, coloca-se o paquímetro na distância mais lateral e elevada entre as cristas ilíaca 
direita e esquerda.
O avaliado deve estar com as pernas unidas.
Figura 23 – Medida de diâmetro ósseo bi-ilíaco
34
Unidade I
2.4.4.4 Bitrocantérico
Mede-se a distância entre o trocanter maior direito e esquerdo. O trocanter maior (do 
grego: trochos = roda) é uma projeção óssea localizada lateralmente na epífise proximal do fêmur, 
apresentando uma forma quadrilátera e irregular, sendo o ponto de maior proeminência sob a pele, 
próximo à articulação do quadril.
Para mensuração, coloca-se o paquímetro no ponto de maior distância entre o trocanter maior 
esquerdo e o direito, ou seja, os dois pontos de maior saliência sob a pele nessa região.
O avaliado deve estar com as pernas unidas.
Figura 24 – Medida de diâmetroósseo bitrocantérico
2.4.4.5 Biepicôndilo femoral
Mede-se a distância entre os epicôndilos lateral e medial do fêmur. Os epicôndilos lateral e medial 
(do grego: epi = sobre; kondylos = junção) são proeminências ósseas rugosas situadas na margem dos 
côndilos lateral e medial do fêmur, respectivamente. São pontos de fixação dos ligamentos colaterais 
medial e colateral lateral da articulação do joelho, sendo o ponto de maior saliência nas margens da 
região do joelho.
Para mensuração, coloca-se o paquímetro no ponto de maior distância entre os epicôndilos 
lateral e medial.
O avaliado deve estar sentado com o joelho flexionado formando um ângulo de 90º.
35
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Figura 25 – Medida de diâmetro ósseo biepicôndilo femoral
2.4.4.6 Bimaleolar
Mede-se a distância entre os maléolos medial e lateral. O maléolo (G: malleolus = martelo) medial 
é uma proeminente saliência óssea direcionada para baixo e localizada no lado medial da epífise distal da 
tíbia. Articula-se com o tálus. O maléolo lateral é uma expansão triangular da epífise distal do osso da fíbula 
que se articula medialmente com a epífise distal da tíbia e com o tálus. Ambos os processos podem ser 
vistos na superfície e podem ser facilmente palpados.
Para mensuração, coloca-se a haste do paquímetro no ponto de maior projeção entre os maléolos 
lateral e medial e verifica-se a maior distância entre eles.
O avaliado deve ficar em pé e o peso deve ser distribuído igualmente nas duas pernas. O avaliador 
deve se posicionar posteriormente ao avaliado para realizar a medida.
Figura 26 – Medida de diâmetro ósseo bimaleolar
36
Unidade I
2.4.4.7 Biepicôndilo umeral
Mede-se a distância entre os epicôndilos lateral e medial do úmero. Os epicôndilos medial e lateral 
(do grego: epi = sobre; kondylos = junção) são projeções ósseas em ambos os lados acima do côndilo na 
epífise distal do úmero na articulação do cotovelo e fornecem área de superfície adicional para inserção 
muscular. O epicôndilo medial é maior.
Para mensuração, coloca-se a haste do paquímetro no ponto de maior proeminência da porção 
distal do úmero, próxima à articulação do cotovelo, medida essa assimétrica. Nessa posição, o epicôndilo 
medial se encontra mais baixo que o lateral.
O avaliado deve estar em pé, de frente para o avaliador, com os braços elevados, o ombro em um 
ângulo de 90°, o cotovelo flexionado a 90º e o antebraço supinado.
Figura 27 – Medida de diâmetro ósseo biepicôndilo umeral
2.4.4.8 Biestiloide
Mede-se a distância entre os processos estiloides do rádio e da ulna. O processo estiloide (do grego: 
stylo = estaca, ponta; oide = semelhante) do rádio é uma projeção óssea localizada lateralmente e 
para baixo na epífise distal do rádio. É o ponto de fixação para o ligamento colateral do rádio e do 
músculo braquiorradial, enquanto o processo estiloide da ulna é uma projeção óssea curta localizada 
medialmente e posteriormente na continuidade da cabeça da ulna. Serve como ponto de fixação para o 
ligamento colateral ulnar do carpo.
37
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Para mensuração, coloca-se a haste do paquímetro no ponto de maior proeminência na região do 
punho, sendo a distância de maior projeção entre os processos estiloides do rádio e da ulna.
O avaliado deve estar com o cotovelo estendido e com a articulação do punho flexionada, com a 
mão relaxada e a palma voltada para o tronco.
Figura 28 – Medida de diâmetro ósseo biestilóide
2.5 Perímetros ou circunferências
Perímetros e/ou circunferências são medidas de segmentos corporais específicos. É possível medir 
as circunferências de qualquer região do corpo, tanto para avaliar a evolução do treinamento quanto 
para a determinação de índices relacionados à saúde, como a relação cintura-quadril. Nesse caso, o 
instrumento utilizado é a trena ou fita métrica graduada em milímetros, entre 5 e 7 mm de largura e 
2 m de comprimento. A fita pode ser de aço ou de um material flexível, com fundo branco ou amarelo 
e visualização clara dos milímetros.
As medidas de circunferências não devem ser realizadas após a prática de atividades físicas devido 
à mudança de fluídos corporais, o que pode alterar o valor da medida.
É de extrema importância se atentar aos cuidados durante a verificação das medidas descritos 
anteriormente. Para essa medida especificamente, é necessário maior cuidado com o posicionamento do 
avaliador. Para a maioria das medidas é recomendado que o avaliador permaneça à lateral do avaliado. 
Isso porque ele deverá passar a fita métrica no contorno do corpo do avaliado. Para indivíduos com 
maior estrutura corporal, o avaliador encosta o seu corpo no do avaliado, e, para evitar situações que 
possam de alguma maneira deixar o avaliado constrangido, é recomendado que o avaliador se posicione 
lateralmente ao avaliado.
38
Unidade I
2.5.1 Procedimentos para medição das circunferências
Os seguintes aspectos devem ser observados:
• As medidas das circunferências são feitas do lado direito do corpo. Contudo, às vezes é necessário 
avaliar ambos os lados do avaliado, caso haja necessidade de verificar proporcionalidade entre os 
segmentos corporais.
• A medida deve ser realizada sobre a pele nua.
• Devem-se identificar cuidadosamente os locais antropométricos para mensuração.
• É necessário mensurar de duas a três vezes cada local em ordem rotacional.
• Não se deve realizar a medição após a prática de exercício.
• A tensão a ser aplicada pela fita não deve comprimir a pele ou o tecido subcutâneo.
• Para algumas circunferências (exemplos: cintura, abdômen e quadril), a fita deve ser alinhada com 
o plano horizontal.
• Não se deve deixar o dedo entre a fita métrica e a pele.
• É necessário se manter posicionado preferencialmente na lateral do avaliado.
2.5.2 Pontos mais frequentes de mensuração de circunferências corporais
Os pontos mais frequentes são os seguintes:
• pescoço;
• peitoral (torácico);
• cintura;
• abdominal;
• quadril;
• coxa proximal;
• perna;
• tornozelo;
39
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
• braço relaxado;
• braço fletido;
• antebraço;
• punho.
2.5.3 Descrição dos pontos anatômicos
2.5.3.1 Pescoço
Medida da circunferência perpendicular ao eixo longitudinal desse segmento, passando abaixo 
da proeminência da laringe (popularmente conhecido como pomo-de-adão). Para a realização dessa 
medida, o indivíduo deve estar em posição anatômica, com a cabeça orientada no plano de Frankfurt.
O avaliador permanece à direita do avaliado.
Figura 29 – Medida de circunferência do pescoço
40
Unidade I
2.5.3.2 Peitoral (torácico)
Medida da circunferência torácica, ao nível do ponto mesoesternal (meio do esterno). Esta medida 
é horizontal e deve ser feita após o final de uma expiração normal, estando o indivíduo em posição 
anatômica e com os braços levemente abduzidos. 
O avaliador permanece na lateral do avaliado. Para mulheres, essa medida deve ser realizada abaixo 
das axilas.
Figura 30 – Medida de circunferência peitoral para homens
Figura 31 – Medida de circunferência peitoral para mulheres
41
MEDIDAS E AVALIAÇÕES
2.5.3.3 Cintura
Região mais estreita do tronco (entre as costelas e a crista ilíaca), medida horizontalmente e 
realizada após o final de uma expiração normal.
O avaliador deve permanecer a lateral do avaliado. Caso seja possível, um assistente pode 
posicionar a fita atrás do avaliado.
Figura 32 – Medida de circunferência de cintura
2.5.3.4 Abdominal
Protuberância anterior máxima do abdômen (normalmente, cicatriz umbilical), sendo medida 
horizontalmente. Deve ser feita após o final de uma expiração normal.
O avaliador deve permanecer na lateral do avaliado. Caso seja possível, um assistente pode 
posicionar a fita atrás do avaliado.
Figura 33 – Medida de circunferência abdominal
42
Unidade I
2.5.3.5 Quadril
Extensão posterior máxima dos glúteos (altura dos pontos trocantéricos direito e esquerdo, 
passando pela proeminência glútea, e deve ser medida horizontalmente).
O avaliado deve estar em posição anatômica,

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