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1 
 
 
 
 
 
 
COMEX – REGIME DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO 
Me. Fagner Severo 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
 
1 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. EXPORTAÇÃO 
 
Objetivo: 
Apresentar particularidades sobre a exportação no Brasil e elencar suas principais 
etapas. 
 
Introdução: 
Em dias de globalização, o comércio internacional, deixa de ser assunto apenas de 
artigos em revistas de negócios, ou simplesmente objeto de discussão sobre a atual 
situação econômica mundial e se revela numa busca contínua por melhores colocações no 
mercado. 
 
Essa mesma globalização, gera na economia mundial aptidões e certas limitações, 
que passam a ser fator predominante para a comercialização de produtos. 
 
Dessa forma, o comércio entre países é representado pela exportação de bens ou 
serviços, destacando-se, principalmente, pela necessidade de rapidez e criação de um 
ambiente moderno e competitivo, onde exista qualidade, bons preços e garantia da 
integridade física das mercadorias comercializadas. 
 
Assim, nesse capítulo inicial, você verá algumas das principais particularidades da 
exportação. Vamos ver como isso funciona? 
 
1.1 Conceito de Exportação 
A exportação compreende à saída 
temporária ou definitiva em território nacional 
de bens ou serviços originários ou 
procedentes do país, a título oneroso ou 
gratuito (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 
2020, ON LINE). 
 
Frente ao exposto, é possível 
compreender que a exportação ocorre 
mediante a saída de bens, produtos e serviços para fora das fronteiras do país de origem. 
Entretanto, para que uma exportação seja objetivo de interesse por alguém, ocorre que 
Exportação: Fonte: 
http://www.ghelplus.com.br/institucional/exportacao/ 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
http://www.ghelplus.com.br/institucional/exportacao/
 
 
2 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
uma parte deve se mostrar desejosa em comercializar algo, enquanto a outra, em adquirir 
o produto ofertado. 
 
Nesse contexto, Tripoli e Prates (2016) ressaltam que quando as empresas optam 
pela exportação de seus produtos, ocorre inclusive, a diluição dos riscos comerciais e 
econômicos em mais de um mercado, permitindo assim, mais segurança na tomada de 
decisão de longo prazo. 
 
Entretanto, os motivos que levam milhares de empresas a enfrentar o comércio 
internacional são os mais diversos, logo, a maior vantagem dessa atuação é justamente 
possibilitar o confronto com outras realidades, outros concorrentes e outras exigências, 
conforme destaca Minervini (2012). 
 
Sobretudo, a exportação é uma atividade desenvolvida paralelamente aos demais 
compromissos representativos da vida econômica e decorre do perfeito entrosamento da 
nova investida, com aquelas operações regularmente desenvolvidas no mercado (TRIPOLI 
e PRATES, 2016). 
 
1.2 Classificação das Exportações 
As exportações podem ser efetuadas envolvendo ou não pagamento pelo importador 
e podem também assumir um caráter temporário ou definitivo. Dessa forma, no Brasil, as 
exportações são livres de restrições em quase sua totalidade e classificam-se em quatro 
grandes grupos: livres, sujeitas a limitações, suspensas e proibidas (FARO e FARO, 2012). 
 
1.2.1 Exportação Livre 
Aquela que pode ser processada sem a necessidade de qualquer tipo de 
procedimentos especiais (FARO e FARO, 2012). 
 
1.2.2 Exportação Sujeita a Limitações ou Procedimentos Especiais 
Assumpção (2007) informa que esse tipo de exportação ocorre quando 
determinados produtos estão sujeitos a contingenciamento no que tange às quantidades 
destinadas ao exterior, ou que, normalmente, decorre de compromissos internacionais 
assumidos pelo Brasil ou de decisões unilaterais tomadas por outros países como forma de 
protecionismo ou controle de oferta. 
 
 
 
3 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Geralmente essas operações dependem de uma análise prévia de um dos órgãos 
anuentes ou que precisem diretamente da observação de algum procedimento especial. 
 
1.2.3 Exportação Suspensa 
Essas operações são aquelas que não podem ser autorizadas, em virtude da adoção 
de políticas aplicadas com o objetivo de regular o mercado interno e estimular a produção 
exportável de mercadorias de maior valor agregado, ou mesmo, em decorrência de algum 
tipo de compromisso internacional que, eventualmente, o Brasil tenha assumido (FARO e 
FARO, 2012). 
 
1.2.4 Exportação Proibida 
Ocorre com produtos que não podem ser exportados, em função de decisões 
internas ou externas do país (BANCO DO BRASIL, 2017, ON LINE). Um pequeno grupo de 
produtos tem suas exportações proibidas no Brasil. 
 
1.3 Tipos de Exportação 
A exportação se subdivide em duas áreas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exportação Indireta: trata-se daquela realizada por 
intermédio das próprias empresas estabelecidas no Brasil, 
que adquirem produtos para exportá-los (DIAS e 
RODRIGUES, 2012). Essas atividades são desenvolvidas 
pelas Trading Companies e pelas empresas comerciais 
exportadoras, de diferentes constituições societárias, sendo 
muito importante conhecê-las (LUDOVICO, 2018). 
Exportação Direta: quando uma venda é feita diretamente 
para o comprador situado em outro país, sem a necessidade 
da intermediação de agentes. Assim, nessa modalidade, as 
próprias companhias se responsabilizam por todos os 
tramites necessários para suas exportações (SOUZA, 2008). 
Nesse caso, a empresa se responsabiliza por todas as 
despesas de viagens, comunicação, envio de amostras, 
materiais promocionais e propagandas (LUDOVICO, 2018). 
T 
I 
P 
O 
S 
 
 
4 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
Trading Companies: são empresas comerciais que têm por objeto social a 
comercialização de mercadorias, podendo comprar produtos fabricados por 
terceiros para revender no mercado interno ou destiná-los à exportação, bem 
como importar mercadorias e efetuar sua comercialização no mercado 
doméstico. Ou seja, exercem atividades típicas de uma empresa comercial 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
 
1.4 Principais Etapas das Exportações 
O processo de exportação passa por algumas etapas necessárias, que precisam ser 
observadas, de forma a permitir que cada uma dessas ocorrências contribua para o 
aprimoramento dessas ações no Brasil. 
 
Assim, conforme orienta o Governo Brasileiro, por meio da Plataforma Aprendendo 
a Exportar (2020, ON LINE). 
 
1.4.1 Avaliar a Capacidade Produtora 
Para que essa avaliação possa acontecer, o Governo Brasileiro elenca algumas 
etapas, como sendo pontos a serem observados: 
1 - Conhecer as condições do mercado internacional, para o produto a ser ofertado; 
2 - Identificar se a empresa precisará de ajuda com as particularidades da 
exportação; 
3 - Verificar se a empresa possui capacidade para atender a demanda gerada; 
4 - Identificar se os principais setores da empresa objetivam a exportação; 
5 - Conhecer os obstáculos à operação internacional; 
6 - Constatar se o produto está adequado às exigências do mercado externo; 
7 - Detectar se existem vantagens comparativas para o setor ou produto; 
8 - Observar se a concorrência no mercado interno já atua na exportação; 
9 - Verificar se a empresa poderá comercialização os produtos de forma direta; 
10 - Considerar aspectos relacionados as marcas e patentes; 
11 - Estar ciente sobre eventuais dependências de fornecedores? 
 
Em se tratando da capacidade produtora, Fontes (2020) destaca ainda que esse 
quesito diz respeito à quantidade de unidade de produção que uma organização é capaz 
 
 
5 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
de industrializar com os recursosas medidas compensatórias também 
dependem da instauração de um processo de investigação que é precedido pela 
confirmação de subsídio e a comprovação da existência de dano à indústria doméstica, 
bem como da relação causal entre eles (FARO e FARO, 2012). 
 
6.4 Medidas de Salvaguarda 
As medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a 
proteção à indústria doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo 
grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ou 
em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de tais 
medidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade (MINISTÉRIO 
DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
Um dos principais motivos pela qual as medidas de salvaguarda são essenciais, é 
para proteger a nação contra um surto inesperado de importações. 
 
6.5 Sistema Brasileiro de Defesa Comercial. 
O Departamento de Defesa Comercial (DECOM) é a autoridade investigadora 
brasileira para fins de investigações de defesa comercial. O Departamento é parte da 
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e 
Serviços (MDIC) (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
As competências do DECOM são: 
 
 
41 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. Examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de investigações de 
dumping, de subsídios e de salvaguardas, com vistas à defesa da produção 
doméstica; 
2. Propor a abertura e conduzir investigações para a aplicação de medidas 
antidumping, compensatórias e de salvaguardas; 
3. Recomendar a aplicação das medidas de defesa comercial previstas nos 
correspondentes Acordos da Organização Mundial do Comércio - OMC; 
4. Acompanhar as discussões relativas às normas e à aplicação dos Acordos de 
defesa comercial junto à OMC; 
5. Participar em negociações internacionais relativas à defesa comercial; e 
6. Acompanhar as investigações de defesa comercial abertas por terceiros países 
contra exportações brasileiras e prestar assistência à defesa do exportador, em 
articulação com outros órgãos governamentais e com o setor privado 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
A esse respeito, Faro e Faro (2012) destacam que a defesa comercial brasileira, 
como hoje é conhecida, iniciou-se em 1995 e esta afigura-se extremamente importante, 
não obstante em função do pouco tempo decorrido desde sua estruturação formal e efetiva, 
o país tem demonstrado um relativo esforço na resposta aos estímulos apresentados. 
 
6.6 Território Aduaneiro 
Faro e Faro (2012) informam que no Brasil, o território aduaneiro, isto é, a área de 
abrangência da cobrança de direitos aduaneiros, compreende todo o território nacional, 
inclusive o mar territorial, as águas territoriais e o espaço aéreo correspondente e se 
caracteriza em dois instantes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zona primária: composta por áreas terrestres ou aquáticas, 
ocupadas pelos portos, aeroportos, pontos de fronteiras 
alfandegados e terminais alfandegados. 
Zona secundária: composta pelos entrepostos, depósitos, 
terminais, águas territoriais, e o espaço aéreo. Em algumas 
ocasiões podem ser outras unidades destinadas ao 
armazenamento de mercadorias, nas condições de zonas 
primárias. 
 
 
42 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6.6.1 Estação Aduaneira de Fronteira 
São terminais controlados pela Receita Federal onde existe o controle das 
movimentações de veículos com cargas ainda em trânsito internacional, bem como, são 
locais que servem para verificação de mercadorias e para dar suporte aos serviços 
aduaneiros. 
 
Faro e Faro (2012) asseguram que a prestação dos serviços de infraestrutura das 
EAFs é de responsabilidade de empresas permissionárias de entreposto aduaneiro. 
 
6.6.2 Centro Logístico e Industrial Aduaneiro – CLIA 
Esses locais que foram chamados de EADIs (Estação Aduaneira do Interior) por 
muitos anos, são locais que servem para movimentação e armazenagem de cargas. 
 
 
 A existência desses locais afigura-se particularmente interessante quando são 
estabelecidos junto aos centros de produção e consumo, onde se verifique 
uma demanda expressiva pela execução das etapas iniciais ou finais das 
operações de comércio exterior (FARO e FARO, 2012). 
 
 
Os CLIAs ajudam nos processos aduaneiros, porque além de agilizarem os 
desembaraços das cargas, aliviam a sobrecarga nos portos. 
 
6.1.3 Terminal Retroportuário Alfandegado - TRA 
É uma instalação alfandegada, 
localizada onde se executam serviços de 
controle aduaneiro. Na importação, a carga 
tem que estar em contêineres, reboques ou 
semirreboques. Pode ser autorizado para 
mercadoria a granel ou carga especial. O 
terminal retroportuário alfandegado pode 
ser exclusivamente de exportação ou 
importação, ou operar nos dois sentidos 
(PORTO GENTE, 2020, ON LINE). 
 
Terminal Retroportuário Alfandegado: Fonte: 
https://www.agenciainfra.com/blog/governo-decide-nao-renovar-
terminal-no-porto-de-santos-para-fazer-ferrovia-no-local/ 
Acesso em: 07 de junho de 2020. 
https://www.agenciainfra.com/blog/governo-decide-nao-renovar-terminal-no-porto-de-santos-para-fazer-ferrovia-no-local/
https://www.agenciainfra.com/blog/governo-decide-nao-renovar-terminal-no-porto-de-santos-para-fazer-ferrovia-no-local/
 
 
43 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Convém ressaltar que é comum que as cargas em oportunidade da descida de bordo 
não sigam diretamente para seu local de destino, razão pela qual na maioria das vezes, 
estas, ficam depositadas nestas localidades, para que ali, ocorram os trâmites aduaneiros 
para o desembaraço. 
 
 
 
 A Defesa Comercial de um país atua para inibir as ações de comércio desleal, 
buscando inclusive, formas de aprimorar essas operações, com base nas 
necessidades e principais operações comerciais no território aduaneiro. 
 
 
 
 
 
44 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7. REGIMES ADUANEIROS 
 
 
Objetivo: 
Relacionar os regimes aduaneiros e destacar a relevância destes procedimentos 
para as operações do comércio internacional brasileiro. 
 
Introdução: 
As exportações e importações brasileiras enfrentam severos obstáculos, em 
especial, pelas altas cargas tributárias estabelecidas no país, chegando a quase tornar 
inviável algumas operações. Diante desses fatos, o governo brasileiro estabeleceu diversos 
Regimes Aduaneiros, objetivando promover o comércio internacional e sustentar a 
economia do país. 
 
Esses regimes aduaneiros favorecem de várias formas as empresas que atuam no 
comércio internacional, pois auxiliam a expansão de seus alcances comerciais e destacam 
ações de desenvolvimento. 
 
Conheça na sequência o que a legislação brasileira assegura sobre os regimes 
aduaneiros. 
 
7.1. Regimes Aduaneiros 
Os regimes aduaneiros podem 
ser definidos como institutos 
destinados a orientar o tratamento 
tributário a ser aplicado a uma 
operação de comércio exterior, seja ela 
uma exportação, seja importação, 
determinando a oportunidade da 
cobrança dos direitos aduaneiros 
(FARO e FARO, 2012). 
 
Dessa forma, a legislação brasileira define que os regimes aduaneiros são 
mecanismos atuantes para a isenção de certos tributos, relativos a mercadorias 
comercializadas internacionalmente. 
Regimes Aduaneiros: Fonte: https://www.vsantos.com.br/regimes-
aduaneiros-especiais/ Acesso em: 10 de junho de 2020. 
 
 
45 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7.2. Classificação dos Regimes Aduaneiros 
De acordo com Faro e Faro (2012) os regimes aduaneiros se classificam em três 
ocorrências distintas, sendoas seguintes: 
 
Comum: ocorre quando o tratamento administrativo das operações do 
comércio exterior é realizado sem envolver qualquer tipo de procedimento 
excepcional ou particular quanto à cobrança dos direitos aduaneiros, ou 
seja, observa-se o pagamento dos tributos porventura incidentes. 
 
Regimes Aduaneiros Especiais: não estão enquadrados 
diretamente na regra geral do regime aduaneiro comum, quanto á 
oportunidade e ao momento da cobrança dos direitos aduaneiros, isto é, 
permitem ingresso e saída de mercadorias do território nacional com 
isenção ou suspensão dos tributos aplicáveis. 
 
Regimes Aduaneiros Especiais Aplicados em Áreas Especiais: 
objetivam atender particularmente determinadas áreas geográficas no 
território aduaneiro, em função das suas especificidades. 
 
 
7.3. Regimes Aduaneiros Especiais 
Regimes aduaneiros especiais são operações do comércio exterior em que as 
importações/exportações gozam de benefícios fiscais como isenção, suspensão parcial ou 
total de tributos incidentes. Estes estão regulamentos nos artigos 307 a 503 do 
Regulamento Aduaneiro – RA (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
Conheça na sequência quais são. 
 
7.3.1 Admissão Temporária 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) assegura que o 
regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens 
que devam permanecer no país durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento 
de tributos, ou com suspensão parcial, no caso de utilização econômica, na forma e nas 
condições do Capítulo do Decreto. 
 
1 
2 
3 
 
 
46 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Nesse regime, existe o ingresso de mercadorias no país mediante a suspensão de 
tributos. Geralmente esse procedimento ocorre com cargas importadas, uma vez que esta 
deverá retornar ao país de origem, porém, desde que esta mercadoria não tenha sofrido 
alterações em suas características originais. 
 
De acordo com Faro e Faro (2012) o regime tem por objetivo favorecer de forma 
particular a importação de bens que atendam aos interesses nacionais relacionados com 
assuntos de cunho econômico, científico, social, cultural, etc. 
 
7.3.2 Depósito Alfandegado Certificado - DAC 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de 
fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) 
destaca que o regime de depósito 
alfandegado certificado é o que 
permite considerar exportada, para 
todos os efeitos fiscais, creditícios e 
cambiais, a mercadoria nacional 
depositada em recinto alfandegado, 
vendida a pessoa sediada no exterior, 
mediante contrato de entrega no 
território nacional e à ordem do 
adquirente. 
 
7.3.3 Depósito Afiançado 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) ressalta que o regime 
aduaneiro especial de depósito afiançado é o que permite a estocagem, com suspensão do 
pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da 
COFINS-Importação, de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à 
manutenção e ao reparo de embarcação ou de aeronave pertencentes a empresa 
autorizada a operar no transporte comercial internacional, e utilizadas nessa atividade. 
 
Ainda com base no que orienta o Decreto, o regime poderá ser concedido a empresa 
estrangeira que opere no transporte rodoviário, enquanto, os depósitos afiançados das 
empresas estrangeiras de transporte marítimo ou aéreo poderão ser utilizados inclusive 
para provisões de bordo. 
DAC: Fonte: https://www.oclif.com.br/servicos/d-a-c/. Acesso em: 
10 de junho de 2020. 
 
 
47 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7.3.4 Depósito Especial - DE 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) informa que o regime 
aduaneiro de depósito especial é o que permite a estocagem de partes, peças, 
componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos 
impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, 
estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham sido empregados partes, 
peças e componentes estrangeiros, nos casos definidos pelo Ministro de Estado da 
Fazenda. 
 
O Decreto destaca em parágrafo único, que o Ministro de Estado da Fazenda poderá 
ainda estabelecer a aplicação do regime a outros bens. 
 
7.3.5 Drawback 
Dias e Rodrigues (2012) afirmam que o drawback é um regime especial de incentivo 
às exportações, que permite a suspensão, isenção ou restituição de tributos incidentes na 
exportação de mercadorias utilizadas na industrialização de produtos destinados ao 
mercado externo. 
 
As operações realizadas sob este regime ocorrem através de três principais 
vertentes, sendo estas: 
 
Com suspensão: Ocorre a importação de matéria-prima sem o 
pagamento do imposto aduaneiro, porém, desde que o exportador apresente 
previamente um plano onde comprove que a mercadoria importada está 
diretamente ligada a produções que terão como destino a exportação. 
 
Com isenção: Ocorre a isenção no pagamento de tributos que incidem 
na importação de novas mercadorias, que tem por objetivo repor outras que 
foram exportadas, porém, desde que estes novos produtos sejam em mesma 
quantidade e possuam as mesmas qualificações técnicas das que foram 
importadas inicialmente. 
 
 1 
 2 
 
 
48 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Com restituição: Nesse caso, a restituição pode ser total ou 
simplesmente parcial, em relação aos tributos pagos na importação de 
mercadorias que após os procedimentos necessários, já foram exportadas. 
 
Entretanto, é importante destacar que existem outras modalidades de drawback, 
porém, as apresentadas neste estudo são as mais comuns no dia a dia. 
 
7.3.6 Depósito Franco 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) assegura que o 
regime aduaneiro especial de depósito franco é o que permite, em recinto alfandegado, a 
armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao fluxo comercial de países 
limítrofes com terceiros países. 
 
Sua operação é permitida somente quando autorizada em acordo ou convênio 
internacional firmado pelo Brasil e seu funcionamento é disciplinado pela Receita Federal 
(FARO e FARO, 2012). 
 
7.3.7 Entreposto Aduaneiro 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) assegura que o 
regime especial de entreposto aduaneiro na exportação é o que permite a armazenagem 
de mercadoria destinada a exportação, enquanto na importação é o que permite a 
armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com 
suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação incidentes na importação. 
 
No decorrer do prazo regulamentar previsto para cada modalidade de regime, o 
beneficiário do entreposto aduaneiro deverá iniciar o despacho aduaneiro de exportação ou 
reintegrá-las ao estoque no seu estabelecimento (FARO e FARO, 2012). 
 
7.3.8 Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – 
RECOF 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) assegura que o 
Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado - RECOF 
é o que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do 
 3 
 
 
49 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de 
submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas a exportação. 
 
Assim, o RECOF permite que 
determinada empresa, desde que esteja 
credenciada junto à RFB (Receita Federal 
Brasileira) importeinsumos, com impostos 
suspensos, desde que esses produtos sejam 
recepcionados no país para passarem por um 
processo de industrialização e posteriormente 
possam ser vendidos no mercado externo. 
 
Segundo Faro e Faro (2012) o controle dessas operações deve ser informatizado, 
mediante a utilização de um software cujo desenvolvimento e manutenção competem ao 
próprio beneficiário do RECOF. 
 
7.3.9 Exportação Temporária 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) informa que o 
regime de exportação temporária é o que permite a saída, do País, com suspensão do 
pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou nacionalizada, 
condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi 
exportada. 
 
Esse procedimento ocorre quando mercadorias nacionais ou nacionalizadas saem 
do país por algum motivo, todavia, devendo estas, retornar ao país de origem ao final do 
processo. Essa modalidade aplica-se, para muitos casos, sendo os mais comuns: 
 Mercadorias destinadas a feiras; 
 Exposições; 
 Competições esportivas; 
 Espetáculos; 
 Minérios e Metais; 
 Animais reprodutores; 
 Assistência técnica a produtos; 
 Dentre outros. 
RECOF: Fonte: https://magmalog.com.br/transporte-
em-numeros-setor-contribui-para-a-geracao-de-
empregos/ Acesso em: 10 de junho de 2020. 
 
 
50 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7.3.10 Loja Franca 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) destaca que o regime 
aduaneiro especial de loja franca é o que permite a estabelecimento instalado em zona 
primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou estrangeira 
a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em moeda nacional ou 
estrangeira. 
 
No regime aduaneiro de Loja Franca ocorre a permissão para que determinado 
estabelecimento que esteja instalado em uma zona primária de porto ou de aeroporto 
alfandegado, possa comercializar mercadorias nacionais ou estrangeiras para passageiros 
em viagem internacional. 
 
De acordo com Faro e Faro (2012) as mercadorias negociadas nas Lojas Francas 
permanecem depositadas nesses locais com a suspensão de tributos e sob controle fiscal 
e no ato da venda, a suspensão de tributos converte-se em isenção. 
 
7.3.11 Trânsito Aduaneiro 
De acordo com o Decreto Nº 6.759, de 
5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) o 
regime especial de trânsito aduaneiro é o 
que permite o transporte de mercadoria, sob 
controle aduaneiro, de um ponto a outro do 
território aduaneiro, com suspensão do 
pagamento de tributos. 
 
No trânsito aduaneiro existe uma permissão para transportar mercadorias de um 
ponto a outro do território nacional, com a cobrança de tributos suspensa, porém, esse 
procedimento somente concede a suspensão dos tributos exigidos, durante o transporte da 
mercadoria, desde a origem até o destino. 
 
Segre (2009) reitera que o período que isenta a cobrança desses tributos é contado 
a partir do momento do desembaraço para trânsito aduaneiro e limitado ao momento da 
certificação da chegada da mercadoria no destino. 
 
 
 
51 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7.3.12 Regime Especial de Importação de Insumos - RECOM 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (2020, ON LINE) destaca que o regime 
aduaneiro especial de importação de insumos destinados a industrialização por encomenda 
de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da Nomenclatura Comum do Mercosul 
- RECOM é o que permite a importação, sem cobertura cambial, de chassis, carroçarias, 
peças, partes, componentes e acessórios, com suspensão do pagamento do imposto sobre 
produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação. 
 
7.3.13 Regime Especial de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de 
Lavra das Jazidas de Petróleo e Gás Natural – REPETRO 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 ressalta que o 
regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens 
destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de 
petróleo e de gás natural - REPETRO, previstas na Lei nº 9.478, de 6 
de agosto de 1997. 
 
Esse regime foi criado pelos governantes brasileiros objetivando assegurar a 
extração de petróleo e gás natural no mar territorial brasileiro, da forma mais adequada, 
sem incisão de tributos federais, II, IPI, PIS e COFINS, além do Adicional de Frete para 
Renovação da Marinha Mercante – AFRMM. 
 
Faro e Faro (2012) asseguram que os itens elegíveis para o REPETRO são definidos 
pela Receita Federal Brasileira. 
 
7.3.14 Regime Especial de Importação de Petróleo Bruto e Seus Derivados - REPEX 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 ressalta que o regime aduaneiro 
especial de importação de petróleo bruto e seus derivados - REPEX é o que permite a 
importação desses produtos, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da 
contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, para posterior 
exportação, no mesmo estado em que foram importados. 
 
Nesse regime especial, existe a permissão para importar petróleo bruto e seus 
derivados, desde que estes posteriormente possam ser exportados nas mesmas condições 
 
 
52 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
em que estavam em oportunidade da importação, porém, com suspensão do pagamento 
de impostos. 
 
As mercadorias aceitas nesse regime são: o petróleo bruto, gasolina para 
automóveis, querosene para aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo e demais tipos 
de óleos combustíveis. 
 
7.4. Regimes Aduaneiros Especiais Aplicados em Áreas Especiais 
São os Regimes que foram criados para atender a determinadas situações 
econômicas peculiares, de polos regionais e de certos setores ligados ao comércio exterior. 
 
7.4.1 Zona Franca de Manaus - ZFM 
O Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 
(2020, ON LINE) ressalta que a Zona Franca de 
Manaus é uma área de livre comércio de importação e 
de exportação e de incentivos fiscais especiais, 
estabelecida com a finalidade de criar no interior da 
Amazônia um centro industrial, comercial e 
agropecuário, dotado de condições econômicas que 
permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores 
locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus produtos 
(Decreto-Lei nº 288, de 1967, art. 1º). 
 
A Zona Franca de Manaus foi estabelecida com o objetivo de alavancar o nível 
socioeconômico da região Amazônica e a implementação da ZFM foi baseada na 
concessão de incentivos fiscais, sendo que toda mercadoria estrangeira que tenha acesso 
as fronteiras brasileiras e que passam pela ZFM, estão isentas do pagamento do II e IPI, 
porém, desde que estejam destinadas ao consumo interno. 
 
Faro e Faro (2012) indicam que essas isenções só não se aplicam à importação de 
armas e munições, fumo, bebidas alcóolicas, automóveis de passageiros, produtos de 
perfumaria ou de toucador, preparados e preparações cosméticas, exceto quando forem 
destinados exclusivamente para consumo interno na Zona, ou quando forem produzidos 
com a utilização de matérias primas da fauna e flora regional, em conformidade com o 
processo produtivo básico. 
ZFM: Fonte: 
http://www.infoescola.com/economia/zona-
franca-de-manaus/ 
Acesso em: 10 de junho de 2020. 
http://www.infoescola.com/economia/zona-franca-de-manaus/
http://www.infoescola.com/economia/zona-franca-de-manaus/
 
 
53 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7.4.2 Áreas de Livre Comércio - ALC 
A Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA (2020, ON LINE) 
informa que as Áreas de Livre Comércio foram criadas para promover o desenvolvimento 
das cidadesde fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental e em Macapá 
e Santana, com o intuito de integrá-las ao restante do país, oferecendo benefícios fiscais 
semelhantes aos da Zona Franca de Manaus no aspecto comercial, como incentivos do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Os objetivos principais das ALCs são a 
melhoria na fiscalização de entrada e saída de mercadorias, o fortalecimento do setor 
comercial, a abertura de novas empresas e a geração de empregos. 
 
Nas Áreas de Livre Comércio, boas opções de negócios se dão a partir de 
investimentos em matéria-prima local utilizando-se de incentivos fiscais semelhantes aos 
da Zona Franca de Manaus ou até mesmo da instalação de comércios atacadistas de 
produtos importados para atender às necessidades das populações locais e adjacentes. 
 
7.4.3 Zona de Processamento de Exportação - ZPE 
As Zonas de Processamento de Exportação - ZPEs são distritos industriais 
incentivados, onde as empresas neles localizadas operam com suspensão de impostos, 
liberdade cambial (podem manter no exterior, permanentemente, as divisas obtidas nas 
exportações) e procedimentos administrativos simplificados - com a condição de 
destinarem pelo menos 80% de sua produção ao mercado externo (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO, 2020, ON LINE). 
 
 
 
Os regimes aduaneiros especiais são as operações do comércio exterior em 
que as importações/exportações gozam de benefícios fiscais como isenção, 
suspensão parcial ou total de tributos incidentes. Esses benefícios oferecidos 
pelo governo são, em muitos momentos, os maiores incentivos para que a 
indústria brasileira se preocupe em incrementar e aprimorar as negociações 
de comércio exterior. 
 
 
 
 
 
54 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8. ÓRGÃOS ANUENTES NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 
 
 
Objetivo: 
Apresentar as entidades brasileiras anuentes no comércio exterior brasileiro. 
 
Introdução: 
O comércio exterior brasileiro é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento 
da nação e para isso, por vezes, precisa do auxílio de órgãos federais para anuir o acesso 
ou saída de determinados produtos no país. 
 
Na realidade das operações de comércio exterior, por exemplo, se houver no país 
uma pessoa portadora de doença rara, que necessita de determinado medicamento, que 
não esteja disponível no mercado interno e que não seja fabricado no Brasil, deve-se pedir 
anuência à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (NYEGREY, 2016). 
 
A esse respeito, conheça na sequência a conceituação desse termo. 
 
8.1 Conceito de Órgãos Anuentes 
O verbo anuir configura “estar de 
acordo, aprovar, assentir” a respeito de algo. 
 
Dessa forma, os órgãos anuentes são 
todas as Instituições que necessitam efetuar 
uma análise complementar, dentro de sua área 
de competência, em determinadas operações 
de comércio exterior (exportação e 
importação), com o objetivo de liberar ou não a 
entrada e saída de mercadorias no país (FAZ 
COMEX, 2020, ON LINE). 
 
Veja na sequência quais são os órgãos que atuam diretamente na exportação e 
importação, respectivamente. Entretanto, é preciso destacar que algumas dessas 
Instituições atuam na anuência em ambos os segmentos de comércio exterior, exportação 
e importação. 
Órgãos Anuentes: Fonte: 
http://www.duxforwarding.com/desembaraco-aduaneiro/. 
Acesso em: 09 de junho de 2020. 
 
 
55 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8.2 Órgãos Anuentes na Exportação 
O Controle Administrativo nas Exportações pode estar sujeito à anuência de órgãos 
governamentais. Assim, os produtos e operações sujeitos à anuência prévia governamental 
deverão ser consultados na Portaria SECEX nº 23/2011 e no Simulador de Tratamento 
Administrativo nas Exportações no Portal Siscomex (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, 
ON LINE). 
 
São doze Órgãos anuentes na exportação. 
 
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica 
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 
COMEXE Comando do Exército 
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear 
DPF Departamento de Polícia Federal 
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral 
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 
MD Ministério da Defesa 
SUEXT Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior 
 
8.3 Órgãos Anuentes na Importação 
Para o controle administrativo da entrada de produtos 
específicos em território aduaneiro brasileiro, operam no 
Brasil diversos órgãos anuentes, que têm, entre suas 
atribuições, a função de analisar licenças de importação 
registradas pelos importadores no SISCOMEX, 
respeitadas suas respectivas competências. Tais órgãos 
atuam na anuência de importações de produtos/operações 
a eles pertinentes, podendo haver a atuação simultânea e 
independente de mais de um órgão em uma mesma LI 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
Órgãos Anuentes: Fonte: 
http://pauletto.adv.br/2016/06/29/imposto-
de-importacao-mercadoria-postada-de-
valor-inferior-a-100-dolares-e-
isenta/import/. 
Acesso em: 09 de junho de 2020. 
 
 
56 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
São quinze Órgãos anuentes na importação. 
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica 
ANM Agência Nacional de Mineração 
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
ANCINE Agência Nacional do Cinema 
ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 
COMEXE Comando do Exército 
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
DPF Departamento de Polícia Federal 
EBC Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações 
SUEXT Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior 
SUFRAMA Superintendência da Zona Franca de Manaus 
 
8.4 Conhecendo os Órgãos Anuentes 
Objetivando favorecer sua compreensão sobre as competências desses órgãos, 
atente para as particularidades daqueles mais influentes nas operações de comércio 
exterior. 
 
8.4.1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2020, ON LINE) estabelece que os 
produtos importados sujeitos à vigilância sanitária destinados ao comércio, à indústria ou 
ao consumo direto, deverão ter a anuência da Anvisa para sua importação. Para isso, 
devem estar regularizados perante a autoridade sanitária no tocante à obrigatoriedade, no 
que couber, de registro, notificação, cadastro, autorização de modelo, isenção de registro, 
ou qualquer outra forma de controle regulamentada pela Anvisa. 
 
A ANVISA atua no controle sanitário de produtos e serviços, inclusive dos ambientes, 
dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados e exerce, ainda, o 
controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados instalados em zonas 
 
 
57 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
primárias e secundárias, e atua nas questões internacionais afetas à vigilância sanitária 
(INVEST & EXPORT, 2020, ON LINE). 
 
Nesse contexto, importadores de produtos para saúde devem ter um responsável 
técnico com amplo conhecimento em legislação sanitária, para auxiliar tanto o 
departamento de importação interno, quanto o despachante aduaneiro em suas transações 
(FONTES, 2018).8.4.2 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA - 
autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio 
Ambiente, tem como principais atribuições 
exercer o poder de polícia ambiental; executar 
ações das políticas nacionais de meio ambiente, 
referentes às atribuições federais, relativas ao 
licenciamento ambiental, ao controle da 
qualidade ambiental, à autorização de uso dos 
recursos naturais e à fiscalização, 
monitoramento e controle ambiental. O IBAMA 
atua como órgão anuente nas importações de 
substâncias e produtos de seu âmbito de controle (INVEST & EXPORT, 2020, ON LINE). 
 
8.4.3 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO 
O Inmetro é uma Autarquia Federal pertencente à estrutura do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é o órgão do Governo Federal responsável 
pela coordenação dos Sistemas Brasileiros de Metrologia, de Normalização e de 
Certificação de Conformidade, desempenhando, desse modo, importante e vital papel na 
área de Tecnologia Industrial Básica (INMETRO.GOV, 2020, ON LINE). 
 
A respeito do Inmetro, Fontes (2018) reforça que cada produto tem uma exigência 
específica: de alguns é homologação do fabricante estrangeiro e de outros é possível 
importar um determinado lote, para serem homologados pelos laboratórios brasileiros 
creditados pelo Inmetro. 
Órgãos Anuentes: Fonte: 
https://logodownload.org/ibama-logo/. 
Acesso em: 09 de junho de 2020. 
 
 
58 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8.4.4 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o órgão responsável 
pela fiscalização e controle do trânsito internacional de produtos e insumos agropecuários 
nos aeroportos, portos, postos de fronteira e aduanas especiais, com vistas a coibir o 
ingresso de pragas e enfermidades que possam representar ameaça à sanidade dos 
vegetais e rebanhos nacionais; a garantir o ingresso de produtos de origem animal e vegetal 
e insumos agropecuários em conformidade com os padrões estabelecidos; e a emitir a 
certificação fitozoossanitária e sanitária dos produtos que são exportados (INVEST & 
EXPORT, 2020, ON LINE). 
 
Fontes (2018) reitera que para cada categoria de produto, como animal, vegetal, 
insumos e alimentos para animais, há um procedimento específico para deferimento da LI 
(Licença de Importação), feito através do SISCOMEX e submetido à análise pelos fiscais 
agropecuários e inclusive, as embalagens de madeira também são fiscalizadas pelo MAPA. 
 
 
 
A Licença de Importação (LI) é um documento por meio do qual o Governo 
autoriza a importação realizada por uma empresa ou pessoa física, mediante 
verificação do cumprimento de normas legais e administrativas. Ela é 
necessária quando a importação que se pretende realizar está sujeita à 
anuência de um ou mais órgão anuentes (como DECEX, ANVISA, MAPA, 
INMETRO, dentre outros) (GOVERNO DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
 
 
Os órgãos anuentes possuem relevante influência nas operações de comércio 
exterior no Brasil. Por intermédio de suas atuações, em diferentes áreas da 
sociedade brasileira, é possível haver um rigoroso controle acerca do que entra 
e sai do país. As medidas adotadas por cada um desses órgãos asseguram 
proteção, desenvolvimento e qualidade aos processos. 
 
 
 
 
59 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9. INCOTERMS 
 
 
Objetivo: 
Apresentar os termos internacionais de comércio e ressaltar sua relevância para os 
acordos comerciais. 
 
Introdução: 
Para que as operações comerciais sejam destaque e possam promover a 
participação dos países nesse acirrado ramo, os muitos contratos firmados devem ser 
estabelecidos respeitando direitos e obrigações dos envolvidos, de forma a deixar cada 
participante do processo, ciente de suas responsabilidades. 
 
Dessa forma, com o objetivo de organizar essas informações e solucionar os muitos 
problemas que constantemente preocupavam exportadores e importadores, foram criados 
os Incoterms, siglas que auxiliam nas tramitações do transporte das cargas 
comercializadas. 
 
Veja nesse último capítulo a relevância desses termos para o comércio internacional. 
 
9.1. Câmara do Comércio Internacional – CCI 
A International Chamber of Commerce (ICC), 
também conhecida como Câmara do Comércio 
Internacional (CCI) é uma Organização Internacional 
(não governamental e sem fins lucrativos) com sede 
em Paris, que defende a economia global e trabalha 
como uma força que visa o crescimento econômico, 
oportunidades de trabalho e condições favoráveis 
para o mercado comercial. 
 
A CCI é de extrema importância para o mundo dos negócios internacionais, pois 
busca auxiliar empresas de todos os setores possíveis a enfrentar os desafios de um mundo 
globalizado, além de lutar contra a corrupção e crimes comerciais nesses ambientes. 
 
Exportação: Fonte: 
http://umbrasil.com/parceiros/ 
Acesso em: 09 de junho de 2020. 
 
 
60 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Faro e Faro (2012) asseguram que com objetivo, se não o de resolver definitivamente 
os problemas inerentes às negociações da espécie, mas pelo menos reduzi-los, 
assegurando um conforto mínimo tanto para vendedores quanto para compradores, foram 
publicadas, em 1936, pela CCI, as regras de interpretação dos termos utilizados no 
comércio internacional – os Incoterms (International Commercial Terms). 
 
9.2. Os Incoterms 
Os Incoterms são condições de vendas que foram incorporadas aos contratos de 
compra e venda internacional de bens em todo o mundo e estabelecem um conjunto de 
regras e práticas para importadores, exportadores, transportadores, seguradoras e demais 
entidades envolvidas em transações com o comércio internacional (TRIPOLI e PRATES, 
2016). 
 
Nesse contexto, Borges (2017) assegura que os Incoterms estabelecem ainda, onde 
termina a responsabilidade do exportador e começa a do importador, quanto à entrega da 
mercadoria, aos custos e aos riscos envolvidos. 
 
 
 
Os Incoterms são constituídos por 11 siglas de três letras e estão divididos em 
4 grupos (pela ordem: E, F, C e D), definindo de forma crescente o nível de 
responsabilidade e obrigações mínimas para o exportador, e, por 
consequência, de forma decrescente para o importador (FARO e FARO, 2012). 
 
 
Torna-se relevante informar que periodicamente os Incoterms são revisados, dessa 
forma, a International Chamber of Commerce (ICC) publicou em 2019 as novas regras que 
passaram a valer no 1º de janeiro de 2020, substituindo a versão de 2010. Dessa 
forma, atente para as particularidades de cada um dos Incoterms, de acordo com 
seus respectivos grupos. 
 
 
 
61 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9.3 Grupo E 
As responsabilidades e os riscos são transferidos nas 
dependências do exportador, quando este deixa a mercadoria nas 
condições adequadas para a coleta, feita pelo transportador, contratado 
pelo importador. 
 
9.3.1 EXW – Ex Works (Named Place of Delivery) / Na Origem (Local de Entrega 
Nomeado) 
O vendedor limita-se a colocar a mercadoria à disposição do comprador no 
estabelecimento do vendedor, no prazo estabelecido, não se responsabilizando pelo 
desembaraço para exportação nem pelo carregamento da mercadoria em qualquer veículo 
coletor (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
Nota 
Em virtude de o comprador estrangeiro não dispor de condições legais para 
providenciar o desembaraço para saída de bens do País, fica subentendido 
que esta providência é adotada pelo vendedor,sob suas expensas e riscos, 
no caso da exportação brasileira (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 
2020, 2020, ON LINE). 
 
O EXW pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte, sendo que as 
responsabilidades do exportador se encerram em suas próprias dependências, podendo 
ser um armazém, um depósito, uma fábrica, dentre outros. Assim, todos os procedimentos 
para retirada e entrega no destino ficam por conta de quem está importando a mercadoria, 
ou seja, quem compra a mercadoria, assume todos os custos e responsabilidades inerentes 
ao risco no transporte da mercadoria. 
 
Segre (2009) destaca ainda que, o termo EX é sempre seguido da indicação do local 
de entrega da mercadoria. Ex-warehouse (ex-armazém), ex-factory (ex-fábrica), ex-mine 
(ex-mina), ex-plantation (ex-plantação). 
 
E 
 
 
62 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9.4 Grupo F 
Ocorre a transferência dos riscos ainda no país de exportação, em 
oportunidade de entrega das mercadorias ao transportador. Neste 
grupo, o transporte principal é custeado pelo importador. 
 
 
9.4.1 FCA – Free Carrier (Named Place of Delivery) / Livre no Transportador (Local de 
Entrega Nomeado) 
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando 
entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação, ao transportador ou a outra 
pessoa indicada pelo comprador, no local nomeado do país de origem (RESOLUÇÃO Nº 
16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
 
 
Se a entrega da mercadoria ocorrer ainda em dependências do exportador, 
este fica responsável por carregar o produto. Ocorrendo tal procedimento em 
outro lugar fora dos limites do exportador, o importador se responsabilizará 
pelas operações de carga e descarga da mercadoria. 
 
 
O FCA pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte e tanto comprador, 
como vendedor, podem utilizar transporte próprio em trechos do deslocamento. 
 
9.4.2 FAS – Free Alongside Ship (Named Port of Shipment) / Livre ao Lado do Navio (Porto 
de Embarque Nomeado) 
O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é colocada, 
desembaraçada para exportação, ao longo do costado do navio transportador indicado pelo 
comprador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento da mercadoria, no 
porto de embarque nomeado pelo comprador (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 
2020, 2020, ON LINE). 
 
Faro e Faro (2012) afirmam que o importador se torna responsável por todos os 
custos e riscos envolvendo a mercadoria (manuseio, transporte, perdas e danos), inclusive 
a contratação do seguro internacional após as atividades do exportador. 
F 
 
 
63 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O FAS é utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário 
interior). 
 
9.4.3 FOB – Free on Board (Named Port of Shipment) / Livre a Bordo (Porto de Embarque 
Nomeado) 
O vendedor encerra suas obrigações e responsabilidades quando a mercadoria, 
desembaraçada para a exportação, é entregue, arrumada, a bordo do navio no porto de 
embarque, ambos indicados pelo comprador, na data ou dentro do período acordado 
(RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
Assim, fica imputada ao exportador a responsabilidade por entregar a mercadoria ao 
importador, porém, tal entrega se encerra quando a carga passar a amurada do navio 
utilizado para o transporte, também conhecida como (ship’s rail). 
 
Esse Incoterm é utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou 
hidroviário interior). 
 
9.5 Grupo C 
Transporte principal pago. O vendedor da carga contrata o modal 
de transporte e opta por assumir ou não os riscos inerentes a perdas e 
danos. 
 
 
9.5.1 CFR – Coast and Freight (Named Port of Destination) / Custo e Frete (Porto de 
Destino Nomeado) 
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FOB, o vendedor 
contrata e paga frete e custos necessários para levar a mercadoria até o porto de destino 
combinado (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
 
 
Nesse caso, o exportador assume todos os custos anteriores ao embarque 
principal, assim como, se responsabiliza pelo desembaraço aduaneiro e o frete 
internacional para transporte da mercadoria até o porto de destino. 
 
C 
 
 
64 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Dessa forma, a mercadoria será considerada entregue quando cruzar a amurada do 
navio, no porto de embarque e os riscos relacionados a perdas e danos nestas mercadorias 
são transferidos para o importador ainda no porto de origem. 
 
O CFR é utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário 
interior). 
 
9.5.2 CIF – Coast, Insurance and Freight (Named Port of Destination) / Custo, Seguro e 
Frete (Porto de Destino Nomeado) 
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FOB, o vendedor 
contrata e paga frete, custos e seguro relativos ao transporte da mercadoria até o porto de 
destino combinado (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
Utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário interior) 
e a partir do momento em que a carga ultrapassar a amurada do navio, as 
responsabilidades serão direcionadas. 
 
9.5.3 CPT – Carriage Paid to (Named Place of Destination) / Transporte Pago até (Local 
de Destino Nomeado) 
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FCA, o vendedor 
contrata e paga frete e custos necessários para levar a mercadoria até o local de destino 
combinado (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
Faro e Faro (2012) ressaltam que na hipótese de utilização de mais de um meio de 
transporte, ou de vários transportadores, os riscos são repassados do vendedor ao 
comprador quando da entrega da mercadoria ao primeiro transportador. 
 
O CPT é utilizável em qualquer modalidade de transporte, sendo que o exportador 
deverá ficar responsável pelo desembaraço das mercadorias para a exportação. 
 
9.5.4 CIP – Carriage and Insurance Paid to (Named Place of Destination) / Transporte e 
Seguro Pagos até (Local de Destino Nomeado) 
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FCA, o vendedor 
contrata e paga frete, custos e seguro relativos ao transporte da mercadoria até o local de 
destino combinado (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
 
65 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O CIP é utilizável em qualquer modalidade de transporte e quando utilizado, o 
exportador fica também responsável pelo desembaraço das mercadorias destinadas à 
exportação. 
 
9.6 Grupo D 
Chegada. O vendedor da mercadoria se compromete por colocar 
a mercadoria no país de destino. 
 
 
9.6.1 DAP – Delivered at Place (Named Place of Destination) / Entregue no Local (Local 
de Destino Nomeado) 
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando 
coloca a mercadoria à disposição do comprador, na data ou dentro do período acordado, 
num local indicado no país de destino, pronta para ser descarregada do veículo 
transportador e não desembaraçada para importação (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE 
MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
O DAP é utilizável em qualquer modalidade de transporte e comprador e vendedor 
poderão utilizar transporte próprio em trechos do deslocamento. 
 
9.6.2 DPU – Delivered at Place Unloaded (Named Place of Destination) / Entregue no 
Local Descarregado (Local de Destino) 
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando a 
mercadoria é colocada à disposição do comprador, na data ou dentro do período acordado, 
em local determinado no país de destino, descarregada do veículo transportador mas não 
desembaraçada paraimportação (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, 
ON LINE). 
 
O DPU é utilizável em qualquer modalidade de transporte e comprador e vendedor 
poderão utilizar transporte próprio em trechos do deslocamento. 
 
Nota 
Termo definido em substituição ao DAT, com a diferença que o DAT 
determinava a "entrega" exclusivamente em terminais de carga, podendo o 
DPU ser utilizado em terminais ou qualquer outro local determinado (por 
D 
 
 
66 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
exemplo o armazém do comprador) (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO 
DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
9.6.3 DDP – Delivered Duty Paid (Named Place of Destination) / Entregue com Direitos 
Pagos (Local de Destino Nomeado) 
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando a 
mercadoria é colocada à disposição do comprador, na data ou dentro do período acordado, 
no local de destino designado no país importador, não descarregada do meio de transporte. 
O vendedor, além do desembaraço, assume todos os riscos e custos, inclusive impostos, 
taxas e outros encargos incidentes na importação (RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO 
DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
O DDP é utilizável em qualquer modalidade de transporte e comprador e vendedor 
poderão utilizar transporte próprio em trechos do deslocamento. 
 
Nota 
Em razão de o vendedor estrangeiro não dispor de condições legais para 
providenciar o desembaraço para entrada de bens do País, este termo não 
pode ser utilizado na importação brasileira, devendo ser escolhido o DPU ou 
DAP no caso de preferência por condição disciplinada pela ICC 
(RESOLUÇÃO Nº 16, DE 2 DE MARÇO DE 2020, 2020, ON LINE). 
 
 
 
Os Incoterms são termos internacionais essenciais para a definição de 
responsabilidades nos acordos comerciais entre países. Assim, graças a 
implantação desses termos, atualmente, nas tramitações de comércio 
exterior, acontecem menos erros e consequentemente, mais satisfação dos 
envolvidos nos processos. Assim, os Incoterms servem como guias comerciais 
para importadores e exportadores que constantemente precisam consultar 
esses termos antes de firmarem seus acordos. 
 
 
 
 
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internacional: teoria e prática. Curitiba: Intersaberes, 2016. 
 
	1. EXPORTAÇÃO
	1.1 Conceito de Exportação
	1.2 Classificação das Exportações
	1.2.1 Exportação Livre
	1.2.2 Exportação Sujeita a Limitações ou Procedimentos Especiais
	1.2.3 Exportação Suspensa
	1.2.4 Exportação Proibida
	1.3 Tipos de Exportação
	1.4 Principais Etapas das Exportações
	1.4.1 Avaliar a Capacidade Produtora
	1.4.2 Classificar a Mercadoria
	1.4.3 Formação do Preço de Exportação
	1.4.4 Identificar o Mercado para Onde Exportar
	1.4.5 Promover o Produto a Ser Exportado
	1.4.6 Negociar com o Importador
	1.4.7 Operacionalizar a exportação
	2. DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO (DU-E)
	2.1 A Declaração Única de Exportação (DU-E)
	2.2 Benefícios aos Exportadores
	2.3 Despacho Aduaneiro de Exportação
	2.4 Parametrização
	2.5 Formas de Exportação Utilizando a DU-E
	3. IMPORTAÇÃO
	3.1 Conceito de Importação
	3.2 Fases do Processo de Importação
	3.3 Habilitação e Credenciamento no SISCOMEX
	3.3.1 Habilitação
	3.3.2 Habilitação do Responsável Legal
	3.3.3 Habilitação dos Representantes Legais
	3.4 Despacho Aduaneiro de Importação
	3.4.1 Despacho Normal
	3.4.2 Despacho Antecipado
	3.5 Parametrização
	3.6 Declaração Única de Importação - DUIMP
	3.7 Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX
	3.7.1 Usuários do SISCOMEX
	4. CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS E DOCUMENTOS
	4.1 Classificação Fiscal de Mercadorias
	4.1.1 Sistema Harmonizado - SH
	4.1.2 Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM
	4.1.3 Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração - NALADI
	4.1.4 Tarifa Externa Comum - TEC
	4.1.5 Tabela de Incidência do IPI - TIPI
	4.2 Documentos para as Operações do Comércio Exterior
	4.2.1 Fatura Pro Forma ou Pro Forma Invoice
	4.2.2 Fatura Comercial ou Commercial Invoice
	4.2.3 Letra de Câmbio
	4.2.4 Conhecimento de Embarque
	4.2.5 Romaneio de Embarque ou Packing List
	4.2.6 Contrato de Câmbio
	4.2.7 Apólice de Seguro
	4.2.8 Certificados de Origem
	5. PRINCIPAIS IMPOSTOS NO COMÉRCIO EXTERIOR
	5.1 Impostos
	5.1.1 Imposto de Exportação - IE
	5.1.2 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
	5.1.3 Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS
	5.1.4 Imposto de Importação – II
	5.1.5 Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação de Patrimônio do Servidos Público na Importação de Produtos Estrangeiros e Serviços (PIS/Pasep-Importação)
	5.1.6 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social na Importação de Produtos Estrangeiros e Serviços (Cofins-Importação)
	5.1.7 Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM
	5.1.8 Taxa de Armazenagem
	6. DEFESA COMERCIAL E TERRITÓRIO ADUANEIRO
	6.1 Práticas Desleais no Comércio Exterior
	6.1.1 Dumping
	6.1.2 Subsídio
	6.2 Medidas Antidumping
	6.3 Medidas Compensatórias
	6.4 Medidas de Salvaguarda
	6.5 Sistema Brasileiro de Defesa Comercial.
	6.6 Território Aduaneiro
	6.6.1 Estação Aduaneira de Fronteira
	6.6.2 Centro Logístico e Industrial Aduaneiro – CLIA
	6.1.3 Terminal Retroportuário Alfandegado - TRA
	7. REGIMES ADUANEIROS
	7.1. Regimes Aduaneiros
	7.2. Classificação dos Regimes Aduaneiros
	7.3. Regimes Aduaneiros Especiais
	7.3.1 Admissão Temporária
	7.3.2 Depósito Alfandegado Certificado - DAC
	7.3.3 Depósito Afiançado
	7.3.4 Depósito Especial - DE
	7.3.5 Drawback
	7.3.6 Depósito Franco
	7.3.7 Entreposto Aduaneiro
	7.3.8 Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – RECOF
	7.3.9 Exportação Temporária
	7.3.10 Loja Franca
	7.3.11 Trânsito Aduaneiro
	7.3.12 Regime Especial de Importação de Insumos - RECOM
	7.3.13 Regime Especial de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e Gás Natural – REPETRO
	7.3.14 Regime Especial de Importação de Petróleo Bruto e Seus Derivados - REPEX
	7.4. Regimes Aduaneiros Especiais Aplicados em Áreas Especiais
	7.4.1 Zona Franca de Manaus - ZFM
	7.4.2 Áreas de Livre Comércio - ALC
	7.4.3 Zona de Processamento de Exportação - ZPE
	8. ÓRGÃOS ANUENTES NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
	8.1 Conceito de Órgãos Anuentes
	8.2 Órgãos Anuentes na Exportação
	8.3 Órgãos Anuentes na Importação
	8.4 Conhecendo os Órgãos Anuentes
	8.4.1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
	8.4.2 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
	8.4.3 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO
	8.4.4 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
	9. INCOTERMS
	9.1. Câmara do Comércio Internacional – CCI
	9.2. Os Incoterms
	9.3 Grupo E
	9.3.1 EXW – Ex Works (Named Place of Delivery) / Na Origem (Local de Entrega Nomeado)
	9.4 Grupo F
	9.4.1 FCA – Free Carrier (Named Place of Delivery) / Livre no Transportador (Local de Entrega Nomeado)
	9.4.2 FAS – Free Alongside Ship (Named Port of Shipment) / Livre ao Lado do Navio (Porto de Embarque Nomeado)
	9.4.3 FOB – Free on Board (Named Port of Shipment) / Livre a Bordo (Porto de Embarque Nomeado)
	9.5 Grupo C
	9.5.1 CFR – Coast and Freight (Named Port of Destination) / Custo e Frete (Porto de Destino Nomeado)
	9.5.2 CIF – Coast, Insurance and Freight (Named Port of Destination) / Custo, Seguro e Frete (Porto de Destino Nomeado)
	9.5.3 CPT – Carriage Paid to (Named Place of Destination) / Transporte Pago até (Local de Destino Nomeado)
	9.5.4 CIP – Carriage and Insurance Paid to (Named Place of Destination) / Transporte e Seguro Pagos até (Local de Destino Nomeado)
	9.6 Grupo D
	9.6.1 DAP – Delivered at Place (Named Place of Destination) / Entregue no Local (Local de Destino Nomeado)
	9.6.2 DPU – Delivered at Place Unloaded (Named Place of Destination) / Entregue no Local Descarregado (Local de Destino)
	9.6.3 DDP – Delivered Duty Paid (Named Place of Destination) / Entregue com Direitos Pagos (Local de Destino Nomeado)disponíveis, matérias-primas, máquinas e mão de obra 
produtiva. 
 
1.4.2 Classificar a Mercadoria 
O Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE) informa que classificar uma mercadoria 
significa determinar uma correlação entre ela e um código especificado na Nomenclatura e 
elenca ainda, as principais razões para classificar as mercadorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante informar que mais adiante, você conhecerá em detalhes a Classificação 
de Mercadorias. Vamos adiante? 
 
1.4.3 Formação do Preço de Exportação 
O Governo Brasileiro (2020, ON LINE) também orienta os exportadores sobre a 
questão da formação de preço para a exportação. Logo, quando o assunto é mercado 
internacional, a composição do preço de exportação deve considerar novos elementos, bem 
como excluir outros que não incidirão nas vendas externas. 
 
Dessa forma, a determinação do preço de exportação é um dos aspectos mais 
importantes e decisivos para a conquista e permanência em determinado mercado. Fixá-lo 
pela primeira vez deve merecer atenção especial, tendo em vista que alterá-lo num curto 
espaço de tempo, quando o assunto é mercado internacional, é quase inaceitável. Assim, 
existem vários métodos para se obter o Preço de Exportação, dentre os quais destacam-
se dois: 
 
Valor presumido de um produto: a fixação do preço baseia-se na 
percepção que se tem com relação a determinado grupo de produtos que, 
por serem exóticos ou únicos, parecem mais caros para os consumidores 
do que outros produtos que não têm esse apelo; 
Determinar os direitos aduaneiros incidentes 
sobre as operações de importação e exportação; 
 
Coletar dados estatísticos; 
Enquadrar a mercadoria em tratamentos administrativos obrigatórios; 
 
Aplicar algum tratado internacional celebrado pelo Brasil. 
obrigatórios; 
 
1 
 
 
6 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Seguir o líder: este é um dos métodos menos arriscados e mais 
utilizados por exportadores iniciantes que ainda não têm uma noção muito 
clara do mercado que está ingressando. Os preços são fixados com base 
nos praticados pelos líderes no mercado-alvo (APRENDENDO A 
EXPORTAR, 2020, ON LINE). 
 
1.4.4 Identificar o Mercado para Onde Exportar 
Essa ação é sem dúvida, uma das mais relevantes quando se almeja a exportação. 
A esse respeito, considere as três orientações fundamentais do Governo Brasileiro, 
apontadas na Plataforma Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Identificar seu produto no mercado internacional: essa ação 
consiste em buscar uma "linguagem" que possibilite a 
identificação das mercadorias no comércio internacional. Isto foi 
necessário para facilitar o processo de troca comercial entre as 
nações, independentemente de diferenças linguísticas ou 
culturais. 
 
Identificar mercados promissores: para isso o governo dispõe de duas 
ferramentas: O Comex Stat, por intermédio do qual é possível identificar para onde 
o Brasil está exportando determinado produto, quais países os adquirem, em quais 
quantidades e os preços de mercado. O Trade Map, disponibilizada pelo International 
Trade Centre (ITC), que possibilita a obtenção de vários dados sobre o comércio 
internacional de seu produto. 
Obter informações sobre o mercado selecionado: para isso 
o Governo indica a necessidade de conhecer mais sobre: 
barreiras comerciais, o uso do CAPTA, estudos de mercado, a 
localização de importadores de seu produto, a utilização do 
Standards Map, a verificação do índice de desempenho logístico 
e consultas de avaliações de risco do país. 
 
 
7 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.4.5 Promover o Produto a Ser Exportado 
O Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE) informa ainda que as políticas de 
promoção comercial, reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), estão 
baseadas em diversas ações, tais quais: 
 
1 - Pesquisa de mercado/estudos de mercado; 
2 - Missões comerciais; 
3 - Feiras comerciais; 
4 - Escritórios de promoção no exterior; 
5 - Programas de financiamento para atividades e 
serviços relacionados à exportação; 
6 - Seguro de crédito às exportações; 
7 - Redução tarifária; 
8 - Zonas de livre comércio. 
 
Para alcançar as metas estabelecidas nos programas de promoção comercial, é 
essencial a integração dos setores público e privado e a criação de mecanismos que 
atendam efetivamente às necessidades da classe empresarial. 
 
A promoção comercial nas empresas é parte do plano de marketing de exportação 
e tem como objetivo, por meio de diferentes métodos – formas diferentes de comunicação 
– informar, persuadir e lembrar os consumidores-alvos sobre a empresa e seu composto 
de marketing. Assim, o composto promocional depende do alvo da promoção, além de ser 
função do orçamento promocional disponível, da natureza do produto e do tipo de 
concorrência do mercado-alvo. 
 
1.4.6 Negociar com o Importador 
O site do Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE) também chama a atenção para 
algo que precisa de muita atenção, a negociação internacional. Atente para o que é 
orientado pelo Governo. 
 
A negociação com o importador é uma fase que 
envolve desde os primeiros contatos, denominados 
preliminares ou exploratórios, até o total fechamento do 
negócio. Este é um dos momentos mais importantes para o 
Exportação: 
Fonte: https://pngimage.net/exportacao-png-3/ 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
 
 
8 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
exportador, que não deve ignorar a cultura do país, as regras de etiqueta, os costumes, os 
horários etc. 
 
Nesta fase existem aspectos indispensáveis a serem considerados como, por 
exemplo, a classificação da mercadoria, a embalagem, as condições de venda e o Incoterm 
a ser utilizado, o preço de exportação, a modalidade de pagamento a ser utilizada, o prazo 
de entrega da mercadoria, dentre outros. 
 
Veja na sequência a última das sugestões do Governo quanto as principais etapas 
das exportações. 
 
1.4.7 Operacionalizar a exportação 
A esse respeito, o exportador deve conhecer todas as orientações gerais sobre o 
Novo Processo de Exportação e o Conteúdo sobre a Declaração Única de Exportação – 
DUE, uma vez que esse novo processo oferece tramites simplificados para as vendas dos 
produtos brasileiros no exterior, por meio da eliminação de documentos e etapas 
(APRENDENDO A EXPORTAR, 2020, ON LINE). 
 
A Plataforma Aprendendo a Exportar, possui muitas outras informações, e por isso, 
deve ser consultada sempre que possível, objetivando a atualização frente aos diferentes 
procedimentos que compõem uma exportação. 
 
Convém destacar que o conhecimento apresentado nesse capítulo constitui uma 
pequena porcentagem da grandiosidade da exportação no Brasil, bem como, fragmentos 
do que orientam as autoridades e a legislação brasileira, nesse contexto. 
 
 
 
O processo de exportação brasileiro passou por mudanças significativas nos 
últimos anos e com isso, agregou-se inovação, desenvolvimento e facilidade 
nas operações. Você viu ao longo desse capítulo a preocupação do Governo 
Brasileiro em dar suporte, apoio e orientações aos exportadores, com o 
objetivo de promover as exportações. 
 
 
 
 
9 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO (DU-E) 
 
 
Objetivo: 
Descrever as mudanças ocorridas nos processos de exportação e apresentar a 
relevância dessas ocorrências para as negociações brasileiras. 
 
Introdução: 
A Declaração Única de Exportação (DU-E) é um documento eletrônico que entrou 
em vigor em 23 de março de 2017, objetivando facilitar o controle administrativo das 
mercadorias que são enviadas ao exterior. 
 
Ao longo dos anos seguintes, ajustes foram efetuados,permitindo que os 
exportadores brasileiros pudessem experimentar mudanças no processo de despacho, nas 
formas de exportar, na eliminação de documentos e de etapas, nas integrações e nas 
automatizações. 
 
Dessa forma, atente para algumas das muitas particularidades da Declaração Única 
de Exportação que lhe serão apresentadas de agora em diante. Especificamente nesse 
capítulo, você verá muito do que orienta a legislação sobre essa temática. Vamos lá? 
 
2.1 A Declaração Única de Exportação (DU-E) 
 A DU-E é um documento 
eletrônico que contém informações de 
natureza aduaneira, administrativa, 
comercial, financeira, tributária, fiscal e 
logística, que caracterizam a operação 
de exportação dos bens por ela 
amparados e definem o 
enquadramento dessa operação e foi 
instituída pela Portaria Conjunta 
RFB/SECEX nº 349, de 21 de março de 
2017 (RECEITA FEDERAL DO 
BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
DU-E: 
Fonte: https://dclogisticsbrasil.com/como-funciona-a-due/ 
Acesso em: 05 de junho de 2020. 
https://dclogisticsbrasil.com/como-funciona-a-due/
 
 
10 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Dias depois, a Instrução Normativa Nº 1.702, de 2017 (2020, ON LINE) foi 
promulgada estabelecendo as informações da DU-E e servindo de base para o controle 
aduaneiro e administrativo das operações de exportação e para os dados estatísticos das 
exportações do Brasil. 
 
2.2 Benefícios aos Exportadores 
O Ministério da Fazenda (2020, ON LINE) assegura que o novo processo de 
exportação, a DU-E, trouxe muitos benefícios aos exportadores, dentre os quais: 
 
1 - Eliminação de documentos: Registro de Exportação - RE, Declaração 
de Exportação - DE e Declaração Simplificada de Exportação - DSE; 
2 - Eliminação de etapas processuais: fim de autorizações duplicadas em 
documentos distintos, possibilidade de autorizações abrangentes a mais 
de uma operação; 
3 - Integração com a nota fiscal eletrônica; 
4 - Redução de 60% no preenchimento de dados; 
5 - Automatização da conferência de informações; 
6 - Guichê único entre exportadores e governo; 
7 - Fluxos processuais paralelos: despacho aduaneiro, movimentação da 
carga e licenciamento e certificação deixam de ser sequenciais e tiveram 
redução de tempo; 
8 - Expectativa de redução de 40% do prazo médio para exportação. 
 
2.3 Despacho Aduaneiro de Exportação 
A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, n° 1.702, de 2017 (2020, ON 
LINE) assegura no artigo 3 que o despacho de exportação é o procedimento mediante o 
qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação à 
mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao 
desembaraço aduaneiro da mercadoria e a sua saída para o exterior. Enquanto no artigo 4 
estabelece que toda mercadoria destinada ao exterior, inclusive a reexportada, está sujeita 
ao despacho de exportação, com as exceções estabelecidas na legislação específica. 
 
Ainda sobre o despacho aduaneiro na exportação, a Instrução Normativa em questão 
(2020, ON LINE), no seu artigo 2, descreve por: 
 
 
 
11 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
I – Declarante: a pessoa responsável por apresentar a DU-E e promover o despacho 
de exportação em nome próprio, se for o exportador, ou em nome de terceiro, quando se 
tratar de pessoa jurídica contratada para esse fim; 
 
II - Despacho domiciliar: aquele realizado em local solicitado pelo exportador, 
situado fora de recinto aduaneiro e sob sua responsabilidade; 
 
III – Exportador: qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território 
aduaneiro; 
 
IV - Exportação própria: aquela cujo declarante é o próprio exportador; 
 
V - Exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal: aquela 
cujo declarante é uma empresa de transporte expresso internacional, nos termos da 
legislação específica, ou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), contratada 
pelo exportador para promover em seu nome o despacho de exportação; 
 
VI - Exportação por conta e ordem de terceiro: aquela cuja DU-E é apresentada 
e cujo despacho aduaneiro de exportação é promovido por pessoa jurídica contratada para 
essa atividade; 
 
VII - exportação consorciada: aquela promovida por 2 (dois) ou mais exportadores 
e processada com base em uma única DU-E; 
 
VIII - Referência Única da Carga (RUC): o identificador único e irrepetível que 
servirá de base para o controle da armazenagem e movimentação de cargas para 
exportação; 
 
IX - Referência Única de Carga-Master (MRUC): o identificador único e irrepetível 
que servirá de base para o controle da armazenagem e movimentação de cargas 
consolidadas para exportação; 
 
X - Recepção de carga: a informação prestada pelo interveniente, referente às 
cargas por ele recebidas para despacho aduaneiro ou em trânsito aduaneiro de exportação; 
 
 
 
12 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
XI - Entrega de carga: a informação prestada pelo interveniente, referente às cargas 
por ele entregues a outro interveniente para trânsito aduaneiro, embarque ao exterior ou 
transposição de fronteira; 
 
XII - Consolidação de carga: a informação prestada pelo interveniente, referente 
ao agrupamento de cargas, por ele realizado, relativas a diferentes operações de 
exportação que tenham um mesmo destino, final ou para redistribuição, no exterior; 
 
XIII - Unitização de carga: a informação prestada pelo interveniente, referente ao 
acondicionamento, por ele realizado, dos volumes soltos de uma carga a exportar em uma 
ou mais unidades de carga; 
 
XIV - Manifestação de embarque: a informação prestada pelo transportador, 
referente às cargas por ele transportadas ou a serem transportadas para o exterior, ou em 
trânsito aduaneiro pelo território nacional; 
 
XV - Sistema comunitário logístico: o sistema de informação em tempo real que 
otimiza e coordena os processos operacionais da cadeia logística dos diversos operadores 
de uma comunidade portuária, aeroportuária ou de transportadores; 
 
XVI - Averbação de embarque: a confirmação da saída dos bens exportados do 
País; 
 
XVII – Evento: o registro eletrônico de uma ação ou situação relacionada com a nota 
fiscal eletrônica (NF-e). 
 
2.4 Parametrização 
A seleção parametrizada é a função que estabelece níveis diferenciados de 
conferência aduaneira para a declaração de exportação, onde há três possibilidades de 
canais de conferência (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
Verde: o sistema procederá ao desembaraço automático da declaração, não sendo 
obrigatória a conferência aduaneira. 
 
 
 
13 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Laranja: Ocorre a conferência documental da mercadoria, não sendo necessário 
inspecionar o físico. 
 
Canal Vermelho: procedimentos obrigatórios: exame documental e verificação 
física da mercadoria pela fiscalização aduaneira. 
 
2.5 Formas de Exportação Utilizando a DU-E 
Como você já deve ter percebido, a Instrução Normativa 
1.702 de 2017 norteia todo esse capítulo do seu Guia da 
Disciplina. A respeito dessa Instrução (2020, ON LINE), chamo 
sua atenção para o artigo 11, que apresenta três 
possibilidades ao exportador, em ocasião da realização da sua 
exportação, por meio de DU-E. Vamos conhecer quais são 
essas possibilidades? 
 
Exportação própria 
Hipótese de exportação em que o declarante e o exportador 
da DU-E são a mesma pessoa (física ou jurídica). Para a DU-
E, distintos estabelecimentos de uma empresa não são 
considerados pessoas distintas. Dessa forma, uma DU-E de 
exportação por conta própria pode ser instruída com notas 
fiscais de diferentes filiais de uma mesma empresa (RECEITA 
FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE).Exportação por meio 
de operador de 
remessa expressa 
ou postal 
Hipótese de exportação em que declarante e exportador são 
pessoas distintas, sendo que o declarante da DU-E 
obrigatoriamente deve ser empresa de transporte expresso 
internacional ou os Correios, conforme estabelece o artigo 12 
da IN RFB n° 1.702/2017 (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 
2020, ON LINE). 
Exportação por conta 
e ordem de terceiro 
Hipótese de exportação em que declarante e exportador são 
pessoas distintas, sendo que o declarante da DU-E será uma 
pessoa jurídica especificamente contratada para essa 
atividade, inclusive na qualidade de operador logístico, 
Exportação: Fonte: https://terrabit.com.br/2019/12/13/plano-nacional-da-cultura-exportadora/. Acesso em: 05 de junho de 2020. 
https://terrabit.com.br/2019/12/13/plano-nacional-da-cultura-exportadora/
 
 
14 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
conforme estabelece o artigo 13 da IN RFB n° 1.702/2017 
(RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
 
 
O processo de exportação brasileiro passou por mudanças significativas nos 
últimos anos e com isso, agregou-se inovação, desenvolvimento e facilidade 
nas operações. Você viu ao longo desse capítulo a preocupação do Governo 
Brasileiro em dar suporte, apoio e orientações aos exportadores, com o 
objetivo de promover nossas exportações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. IMPORTAÇÃO 
 
 
Objetivo: 
Apresentar particularidades sobre a importação de mercadorias no Brasil. 
 
Introdução: 
Conforme você já viu anteriormente, a exportação ocorre em oportunidade da saída 
de um bem, produto ou serviço para fora das fronteiras do país de origem, porém, quando 
se trata das importações, muitas atividades, apesar de possuírem similaridades com as 
exportações, se tornam diferenciadas, garantindo assim, a seguridade das operações de 
comércio internacional. 
 
Dessa forma, torna-se essencial que você compreenda que nenhum país consegue 
produzir cem por cento de tudo que sua população necessita para sobreviver, logo, este 
precisará considerar a importação como fator necessário para suprir essas necessidades. 
 
Diante desse breve relato, convido você para compreender de agora em diante, as 
particularidades da importação e sua relevância para manutenção do equilíbrio de áreas 
específicas dos países. 
 
3.1 Conceito de Importação 
De acordo com Souza (2008) a importação é 
uma operação de relação de trocas entre países 
distintos, concernente à entrada de mercadorias 
contra a saída de divisas. Em termos legais, a 
mercadoria só é considerada importada após sua 
internalização no país, por meio da etapa de 
desembaraço aduaneiro e do recolhimento dos 
tributos exigidos em lei (INVEST & EXPORT BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
Frente ao exposto, é possível compreender que 
mesmo as nações possuindo riquezas naturais e tendo capacidade de produção em 
diferentes áreas, em algum momento, inevitavelmente, estas precisarão recorrer ao exterior 
Importação: 
Fonte: https://wrcomex.com.br/importacao 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
https://wrcomex.com.br/importacao
 
 
16 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
para adquirir produtos que não conseguem produzir, ou até o produzem, todavia, em 
quantidades inferiores à necessidade da população. 
 
Nesse sentido é importante observar o exemplo citado por Maia (2013) quando 
informa que a Europa constantemente necessita da borracha da Ásia e do petróleo do 
Oriente Médio e mesmo com sua agricultura bem desenvolvida, para seu conforto, opta por 
importar café, chá, cacau e soja. 
 
3.2 Fases do Processo de Importação 
O Portal Invest & Export Brasil (2020, ON LINE) informa que o processo de 
importação pode ser dividido em três fases distintas. Vamos conhecer os detalhes dessas 
fases? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase 
Administrativa 
Se refere aos procedimentos e exigências de órgãos de 
governo prévios à efetivação da importação e variam de 
acordo com o tipo de operação e de mercadoria: trata-se 
do licenciamento das importações. 
Fase 
Fiscal 
Compreende o tratamento aduaneiro, por meio do 
despacho de importação. Essa etapa ocorre em recintos 
próprios, logo após a chegada da mercadoria no Brasil, e 
inclui o recolhimento dos tributos devidos na importação. 
Após a conclusão do desembaraço aduaneiro, a 
mercadoria é considerada importada e pode ser liberada 
para o mercado interno. 
Fase 
Cambial 
Diz respeito à operação de compra de moeda estrangeira 
destinada a efetivação do pagamento das importações 
(quando há esse pagamento) sendo processada por 
entidade financeira autorizada pelo Banco Central do 
Brasil a operar em câmbio. 
 
 
17 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3.3 Habilitação e Credenciamento no SISCOMEX 
A Instrução Normativa RFB Nº 1603, de 15 de dezembro de 2015 (2020, ON LINE) 
estabelece que antes do despacho de importação, que se inicia com o registro da 
declaração de importação, o importador deve habilitar-se para operar no Sistema Integrado 
de Comércio Exterior (Siscomex). Além da habilitação do importador, é facultativo também 
o cadastro do responsável legal da empresa e o credenciamento de seus representantes. 
 
3.3.1 Habilitação 
Uma vez que para atuar no comércio internacional torna-se necessário habilitar a 
empresa, a Receita Federal do Brasil disponibiliza um Manual de Habilitação no Siscomex 
para orientar exportadores, importadores e outros intervenientes quanto aos procedimentos 
necessários à habilitação. 
 
Para nortear os interessados, a Instrução Normativa Nº 1.603/2015 e a Portaria 
Coana Nº 123/2015 estão disponíveis. Todavia, é preciso informar que o importador, 
pessoa física ou jurídica poderá estar dispensado da habilitação conforme o tipo de 
operação a ser realizada (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
3.3.2 Habilitação do Responsável Legal 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE) informa que a atuação da pessoa 
jurídica em operações de comércio exterior via Siscomex, depende de análise prévia pela 
Receita Federal do Brasil – RFB (processo de habilitação). 
 
Assim, após a habilitação da empresa para operar no comércio exterior, a RFB 
efetua o cadastro do responsável legal da empresa (dirigente, diretor, sócio-gerente, dentre 
outros) nos sistemas. Entretanto, caberá ao responsável legal operar o Siscomex ou 
cadastrar representantes legais para atuarem em nome da empresa. 
 
3.3.3 Habilitação dos Representantes Legais 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE) orienta ainda que, somente após a 
habilitação do responsável legal, pela pessoa jurídica junto à Receita Federal, é que este 
poderá credenciar no Siscomex as pessoas físicas que atuarão como representantes da 
empresa para a prática dos atos relacionados com o despacho aduaneiro. 
 
 
 
18 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O interessado, pessoa física ou jurídica, somente poderá ser representado para 
exercer atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias, conforme 
estabelece o artigo 809 do Regulamento Aduaneiro: 
 
 
 
 
 
Torna-se relevante ressaltar que, somente essas pessoas podem ser credenciadas 
como representantes do interessado, para atuar em seu nome, junto ao Siscomex. 
 
3.4 Despacho Aduaneiro de Importação 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE), assegura que o despacho de 
importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados 
pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentadose à 
legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro, conforme orienta o artigo 
542 do Regulamento Aduaneiro. 
 
Dessa forma, toda mercadoria 
procedente do exterior, importada a título 
definitivo ou não, sujeita ou não ao 
pagamento do imposto de importação, 
deverá ser submetida a despacho de 
importação, que será realizado com base 
em declaração apresentada à unidade 
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. 
Pessoalmente, se pessoa física; 
 
Por intermédio do despachante aduaneiro; 
 
Se pessoa jurídica, mediante: dirigente, empregado, funcionário ou servidor 
especificamente designado, no caso de órgão da administração pública, missão 
diplomática ou representação de organização internacional. 
Despacho Aduaneiro de Importação: 
Fonte: https://dclogisticsbrasil.com/voce-sabe-a-diferenca-entre-despachante-aduaneiro-e-agente-de-carga/ 
Acesso em: 06 de junho de 2020. 
 
 
19 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O despacho aduaneiro de importação é processado com base em declaração. A 
declaração de importação, regra geral, é processada no Siscomex, por meio de Declaração 
de Importação (DI), Declaração Única de Importação (Duimp) ou Declaração Simplificada 
de Importação (DSI eletrônica). No entanto, existem exceções, em razão da natureza da 
mercadoria, da operação e da qualidade do importador, em que o despacho de importação 
é processado sem registro no Siscomex por meio de Declaração Simplificada de 
Importação (DSI formulário). 
 
 
 
 O despacho de importação poderá ser efetuado em zona primária ou em zona 
secundária. Tem-se por iniciado o despacho de importação na data do registro 
da declaração de importação. O registro da declaração de importação consiste 
em sua numeração pela Receita Federal, por meio do SISCOMEX (RECEITA 
FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
Cabe salientar que o despacho aduaneiro de importação se fundamenta pelas 
orientações das Instruções Normativas N º 611/2006 e 680/2006e possui dois tipos de 
despacho, conforme lhe serão apresentados na sequência. 
 
3.4.1 Despacho Normal 
O registro da DI é realizado após a chegada da mercadoria no recinto alfandegado 
de zona primária ou secundária, onde é processado o despacho de importação, conforme 
previsto no inciso III do art. 15 da IN SRF nº 680/2006 (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 
2020, ON LINE). 
 
3.4.2 Despacho Antecipado 
Na modalidade "Registro Antecipado", a DI relativa à mercadoria que proceda 
diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua descarga na unidade da RFB 
de despacho nas seguintes situações (art. 17 da IN SRF nº 680/2006): 
 
 Mercadoria transportada a granel cuja descarga deva se realizar diretamente 
para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos 
apropriados; 
 
 
20 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de 
periculosidade; 
 Plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos 
facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por 
agentes exteriores; 
 Papel para impressão de livros, jornais e periódicos; 
 Órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou 
municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia 
mista e fundações públicas; 
 Mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre; 
 Mercadoria importada por meio aquaviário, quando o importador for certificado 
como Operador Econômico Autorizado (OEA), na modalidade OEA. 
 Outras situações ou outros produtos, a serem avaliadas pelo chefe da unidade 
da RFB de despacho, mediante justificativa (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 
2020, ON LINE). 
 
3.5 Parametrização 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE), informa que o Siscomex seleciona as 
DIs registradas para um dos canais de conferência: 
 
Verde: pelo qual o sistema registra o desembaraço automático da 
mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação física da 
mercadoria. A DI selecionada para canal verde, no Siscomex, poderá ser 
objeto de conferência física ou documental, quando forem identificados elementos 
indiciários de irregularidade na importação, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
– AFRFB, responsável por essa atividade; 
 
Amarelo: pelo qual deve ser realizado o exame documental e, não sendo 
constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a 
verificação física da mercadoria. Na hipótese de descrição incompleta da 
mercadoria na DI, que exija verificação física para sua perfeita identificação com vistas a 
confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem declarada, o AFRFB pode 
condicionar a conclusão do exame documental à verificação física da mercadoria; 
 
 
21 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Vermelho: pelo qual a mercadoria somente é desembaraçada após a 
realização do exame documental e da verificação física da mercadoria; ou 
 
Cinza: pelo qual deve ser realizado o exame documental, a verificação física 
da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, 
para verificar indícios de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado 
da mercadoria. 
 
3.6 Declaração Única de Importação - DUIMP 
Em 26 de setembro de 2018 foi instituída a Portaria COANA, Nº 77 (2020, ON LINE), 
estabelecendo os procedimentos para execução do projeto-piloto do Novo Processo de 
Importação e o despacho aduaneiro por meio de Declaração Única de Importação – DUIMP. 
 
DUIMP é a sigla de Declaração Única de Importação e é o novo documento 
eletrônico que reúne todas as informações de natureza aduaneiras, administrativa, 
comercial, financeira, tributária e fiscal pertinentes ao controle das importações pelos 
órgãos competentes da Administração Pública brasileira na execução de suas atribuições 
legais. A DUIMP do Portal Siscomex substituirá a DI (Declaração de Importação) no 
Siscomex Web (FAZ COMEX, 2020, ON LINE). 
 
Cabe ressaltar que a nova DUIMP já está em operação desde outubro de 2018, 
porém, sua versão completa está prevista para ser apresentada em meados de 2020. Esta 
primeira versão que está em uso, é um piloto e somente as empresas certificadas OEA 
(Operador Econômico Autorizado) podem registrar no Portal Único. 
 
 
 
Operador Econômico Autorizado - OEA é um parceiro estratégico da Receita 
Federal que, após ter comprovado o cumprimento dos requisitos e critérios do 
Programa OEA, será certificado como um operador de baixo risco, confiável e, 
por conseguinte, gozará dos benefícios oferecidos pela Aduana Brasileira, 
relacionados à maior agilidade e previsibilidade de suas cargas nos fluxos do 
comércio internacional (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE). 
 
 
 
 
22 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3.7 Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX 
O Portal Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE) descreve o Siscomex como sendo 
uma ferramenta facilitadora, que permite a adoção de um fluxo único de informações, 
eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de documentos 
envolvidos nas operações, logo, trata-se de um instrumento que agrega competitividade às 
empresas exportadoras, na medida em que reduz o custo da burocracia. 
 
O Siscomex promove a integração das atividades de todos os órgãos gestores do 
comércio exterior, inclusive o câmbio, permitindo o acompanhamento, orientação e controle 
das diversas etapas do processo exportador e importador. 
 
O Siscomex começou a operar em 1993, para as exportações e em 1997, para as 
importações e é administrado pelos chamados órgãos gestores, que são: a Secretaria de 
Comércio Exterior -SECEX, a Receita Federal do Brasil - RFB e o Banco Central do Brasil 
- BACEN e as operações registradas via Sistema são analisadas online tanto pelos órgãos 
gestores, quanto pelos órgãos anuentes que estabelecem regras específicas para o 
desembaraço de mercadorias dentro de sua área de competência. 
 
3.7.1 Usuários do SISCOMEX 
De acordo com o Portal Aprendendo a Exportar (2020, ON LINE) os usuários do 
Sistema são: 
 
Importadores, exportadores, depositários e transportadores, por meio de seus 
empregados ou representantes legais; 
 
A Receita Federal do Brasil - RFB, a Secretaria de Comércio Exterior - 
SECEX, os Órgãos Anuentes e as Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos 
Estados e do Distrito Federal, por meio de seus servidores; 
As instituições financeiras autorizadas pela SECEX a elaborar licença de 
importação, por meio de seus empregados; 
 
 
23 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
A importação é um procedimento necessário no Brasil e no mundo. Para uma 
empresa atuar no mercado externo, através da importação as habilitações 
precisam ocorrer, objetivando promover essas atividades na nação. É preciso 
destacar que os procedimentos relativos à Declaração Única de Importação – 
DUIMP ainda estão em fase de teste e logo serão implantados, oferecendo 
mais agilidade, segurança e qualidade às importações brasileiras. 
 
O Banco Central do Brasil - BACEN e as instituições financeiras autorizadas a 
operar em câmbio, mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de 
Informações do Banco Central - SISBACEN, por meio de seus servidores e 
empregados. 
 
 
 
24 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS E DOCUMENTOS 
 
 
Objetivo: 
Destacar a relevância da classificação fiscal de mercadorias e dos documentos para 
as operações de comércio internacional. 
 
Introdução: 
O comércio internacional se utiliza de instrumentos em oportunidade da 
determinação dos tributos envolvidos na importação e exportação, ferramentas estas, que 
servem para controlar e determinar o tratamento administrativo necessário para cada 
mercadoria. 
 
Dentre esses instrumentos, a classificação fiscal de mercadorias se destaca como 
sendo essencial em ocasião da organização e respectiva classificação fiscal a ser adotada 
nas negociações internacionais. 
 
Nesse contexto, destaca-se também a documentação das operações comerciais, 
que devem contemplar informações básicas e necessárias sobre cada processo, e ainda 
assim, garantir a qualidade e procedência dos produtos. 
 
Dessa forma, convido você para compreender os detalhes e a relevância dessas 
duas grandes vertentes do comércio internacional. 
 
4.1 Classificação Fiscal de Mercadorias 
A classificação fiscal de 
mercadorias é o processo de 
determinação do código numérico 
representativo da mercadoria, 
obedecendo-se os critérios 
estabelecidos na NCM (RECEITA 
FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON 
LINE). 
A adoção dessas medidas se 
torna necessária, uma vez que, nas 
Classificação Fiscal de Mercadorias: 
Fonte: https://blog.vmisecurity.com/recepcao-de-mercadorias/ 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
https://blog.vmisecurity.com/recepcao-de-mercadorias/
 
 
25 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
negociações internacionais, inevitavelmente, haverá sempre a participação de pessoas de 
diferentes partes do mundo, e, consequentemente, será necessária a adoção de diferentes 
idiomas. Apesar de o inglês ainda ser o principal idioma dessas transações, houve um 
tempo onde muitos comerciantes enfrentaram sérias dificuldades para definir suas 
negociações, principalmente, em função dos entraves linguísticos e das particularidades 
das mercadorias. 
 
Diante desses acontecimentos, muitas dúvidas 
surgiram em oportunidade da identificação dos produtos, 
que por apresentarem particularidades semelhantes, 
muitas vezes eram confundidos, resultando em conflitos e 
entraves para os processos. 
 
Assim, a Classificação Fiscal de Mercadorias foi 
estabelecida, objetivando determinar os tributos que 
seriam incidentes nas operações de comércio internacional 
e estabelecendo o tratamento administrativo do produto e 
os controles estatísticos. 
 
4.1.1 Sistema Harmonizado - SH 
Em 1985 foi adotado o Sistema Harmonizado – SH, um método internacional de 
classificação de mercadorias, que se baseia em uma estrutura de códigos e suas 
respectivas descrições. 
 
Por conseguinte, as principais funções desse sistema é facilitar as inúmeras 
negociações no comércio internacional, bem como, elaborar tarifas de fretes e das 
estatísticas que ocorrem através dos diferentes modais de transporte. 
 
 
 
 Faro e Faro (2012) destacam que o SH está organizado em 21 seções e 96 
capítulos, de acordo com seis regras gerais de interpretação. Por conseguinte, 
Segre (2009) reforça ainda que, o SH permite que pelo menos o capítulo, a 
posição e a subposição da nomenclatura dos produtos sejam comuns nos 
diferentes países onde são comercializados. 
 
Dúvida: 
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-
vetores-gratis/duvida 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/duvida
https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/duvida
 
 
26 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Dessa forma, os códigos que compõem o SH são formados por seis dígitos, que 
traduzem as especificidades de cada mercadoria, tais como: origem do determinado 
produto, a matéria prima utilizada na composição e a aplicação, porém, sempre em uma 
ordem numérica lógica, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias. 
 
4.1.2 Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM 
A Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM é uma lista de produtos, códigos e 
alíquotas (TEC) e tem como base o SH (NYEGREY, 2016). Por conseguinte, Segre (2009) 
destaca que a NCM é uma linguagem aduaneira, comum à maioria dos países que atuam 
no comércio internacional. 
 
Nesse sentido, com o início do Bloco Econômico do Mercado Comum do Sul - 
MERCOSUL em 1991, a NCM foi adotada e essa classificação de mercadorias passou a 
ser comum entre todos os seus membros. Logo, a numeração da NCM consiste em seis 
dígitos do SH e mais 2 dígitos acrescentados pela NCM, chamados de item e subitem. 
 
 
 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE) informa que a NCM é fundamental 
para determinar os tributos envolvidos nas operações de comércio exterior e 
de saída de produtos industrializados, além de ser base para o 
estabelecimento de direitos de defesa comercial, sendo também utilizada no 
âmbito do ICMS, na valoração aduaneira, em dados estatísticos de importação 
e exportação, na identificação de mercadorias para efeitos de regimes 
aduaneiros especiais, de tratamentos administrativos, de licença de 
importação, etc. 
 
4.1.3 Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração - NALADI 
A NALADI é uma nomenclatura que foi elaborada 
pelos países membros da Associação Latina Americana de 
Integração – ALADI e possui muitas semelhanças com a 
NCM, pois em ambos os sistemas, a base é o SH, dispondo, 
inclusive, do número de dígitos, sendo que os quatro 
primeiros são absolutamente coincidentes. 
 
 
 
27 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4.1.4 Tarifa Externa Comum - TEC 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON LINE) 
informa que a Tarifa Externa Comum (TEC) é a 
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) acrescida das 
alíquotas do Imposto de Importação, sendo 
uniformemente adotada por todos os países do Mercosul. 
 
A TEC passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 
1995, aprovada pelo Decreto nº 1.343, de 23 dedezembro de 1994, substituindo a antiga Tarifa 
Aduaneira do Brasil (TAB). 
 
4.1.5 Tabela de Incidência do IPI - TIPI 
A Tabela de Incidência do IPI (TIPI) é a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 
acrescida das alíquotas do IPI e dos Ex tarifários da TIPI, tem por base a NCM e passou a 
vigorar em 1º de janeiro de 1997 por força do Decreto nº 2.092/1996. 
 
4.2 Documentos para as Operações do Comércio Exterior 
As operações no comércio internacional possuem documentos específicos e com 
finalidades diferenciadas, que se complementam. 
 
Dessa forma, na sequência serão listados os principais para que você possa 
compreender suas funções e a relevância de suas informações nas operações de comércio 
internacional. 
 
4.2.1 Fatura Pro Forma ou Pro Forma Invoice 
É o documento emitido pelo exportador ao importador, onde se formaliza e confirma 
a negociação internacional, porém, apesar de ser um contrato entre as partes, não gera 
obrigações de pagamento por parte do importador. O documento pode ser conceituado 
como uma tomada de preço internacional, na qual o interessado (importador) busca 
detalhes daquilo que está disposto a comprar (MINERVINI, 2012). 
 
4.2.2 Fatura Comercial ou Commercial Invoice 
É o documento onde deve constar os dados do exportador, importador, porto de 
origem e destino, descrição da mercadoria, quantidade/volume, valor unitário, valor total, 
TEC: Fonte: 
https://logodownload.org/mercosul-logo/ 
Acesso em: 04 de junho de 2020. 
https://logodownload.org/mercosul-logo/
 
 
28 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Incoterm, dados bancários (conforme mencionado no contrato de câmbio) e quaisquer 
outras informações pertinentes ao embarque (MINERVINI, 2012). 
 
 
 
A sua utilização no mercado externo guarda similaridade com os efeitos 
gerados no comércio interno pela nota fiscal (FARO e FARO, 2012). 
 
 
 
4.2.3 Letra de Câmbio 
É o documento emitido pelo exportador contra o importador. Esse documento 
concede o direito do exportador as divisas concernentes da comercialização a um país 
estrangeiro. Pode ser comparado com as duplicatas do mercado nacional (TRIPOLI e 
PRATES, 2016). 
 
4.2.4 Conhecimento de Embarque 
É o documento destinado a reconhecer o recebimento da carga, este descrimina as 
condições do transporte que serão empreendidas, e firmando o compromisso de entrega-
la ao seu destinatário (FARO e FARO, 2012). 
 
Tripoli e Prates (2016) reforçam também que, esse documento é de suma 
importância, visto que, sem sua emissão, não é possível desembarcar nem retirar da 
alfândega a mercadoria quando esta chega ao destino. 
 
Os principais tipos de conhecimento de embarque são: 
Marítimo B/L – Bill of Lading; 
Aéreo AWB – Air Waybill - MAWB (Master Airway Bill), HAWB (House Airway Bill); 
Rodoviário: CRT – Conhecimento de Transporte Rodoviário; 
Ferroviário: TIF/CTF – Transporte Internacional de Transporte Ferroviário; 
Multimodal: (Throughbill of Landing). 
 
Motta (2010) reitera que no transporte marítimo de carga, o conhecimento de 
embarque, B/L, constitui-se como o contrato mais importante do comércio marítimo, pois 
 
 
29 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
representa a carga e sua propriedade, e ainda identifica as mercadorias para transporte e 
o porto de destino. 
 
4.2.5 Romaneio de Embarque ou Packing List 
Trata-se de um documento de natureza não contábil, que atua como um facilitador 
do processo de movimentação da carga a ser exportada, como também do próprio 
despacho aduaneiro, na origem e destino (FARO e FARO, 2012). 
 
Esse documento descreve individualmente a relação dos produtos embarcados, 
indicando os tipos de volumes, quantidade, dimensões, peso líquido e bruto, além de seus 
respectivos conteúdos (MINERVINI, 2012). 
 
O Ministério da Economia (2020, ON LINE) informa que não existe um modelo 
padrão para este documento, porém, em geral, contempla as seguintes informações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.6 Contrato de Câmbio 
Souza (2008) informa que o contrato de câmbio é um instrumento especial firmado 
entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, por meio do qual se mencionam 
as características das operações, assim como as condições sobre as quais se realizam. 
 
 
 
Trata-se de um documento bancário fiscalizado pelo Banco Central que 
procede com a troca da moeda estrangeira pela moeda nacional, baseando-se 
na taxa de câmbio do dia em que o contrato foi firmado. 
 
 
Quantidade total de volumes (embalagem); 
 
Marcação dos volumes; 
Marcação dos volumes; 
 Identificação dos volumes por ordem numérica; e 
Marcação dos volumes; 
 Espécie de embalagens (caixa, pallet etc) contendo peso líquido, peso bruto, 
dimensões unitárias e o volume total da carga. 
 
 
 
30 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4.2.7 Apólice de Seguro 
Esse documento é necessário quando a condição de venda (Incoterms) abrange a 
contratação do seguro da mercadoria (TRIPOLI e PRATES, 2016), ou seja, é emitido pelas 
companhias seguradoras, contemplando as características e condições do seguro de 
transporte internacional dos produtos objeto da exportação (FARO e FARO 2012). 
 
Torna-se cabível destacar que a contratação de um seguro de transporte, garante 
ao segurado a indenização devida pelos eventuais prejuízos causados aos bens segurados 
durante o transporte nas viagens aquaviárias, terrestres e aéreas no âmbito nacional e 
internacional (NORBIM e NORBIM, 2014). 
 
4.2.8 Certificados de Origem 
Trata-se de um documento emitido pelo exportador para atestar origem e 
procedência da carga. Esses documentos possuem como principal função, garantir o 
tratamento preferencial as mercadorias negociadas entre países comercialmente ligados 
por uma Associação ou Bloco e geralmente possui validade de 180 dias a partir da data de 
emissão. 
 
De acordo com Borges (2017), os certificados mais utilizados no comércio 
internacional são: 
 Certificado de origem para os países da Associação Latino-americana de 
Integração – ALADI; 
 Certificado de origem do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL; 
 Certificado de Origem – Formulário “A”; 
 Certificado de Análise; 
 Certificado de Inspeção; 
 Certificado Fitossanitário; 
 Certificado de Classificação; 
 Certificado de Seguro. 
 
 
 
A classificação fiscal de mercadorias destaca-se na atualidade como um 
diferencial nas operações do comércio internacional, pois além de organizar 
os produtos, ainda determina a posição de acordo com os mais modernos 
padrões de classificação. Numa outra vertente, apresentam-se os documentos 
do comércio exterior, destacando-se como essenciais nas muitas operações 
nessa vertente. 
 
 
31 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. PRINCIPAIS IMPOSTOS NO COMÉRCIO EXTERIOR 
 
 
Objetivo: 
Demonstrar a essencialidade da incidência de impostos nas operações de comércio 
exterior. 
 
Introdução: 
O cenário econômico mundial enfrenta severas crises há décadas e por essa razão, 
a adoção de medidas torna-se essencial. A esse respeito, ressalta-se a necessidade da 
implantação de sistemas que preservem as demandas e respeitem os altos e baixos das 
economias dos países. 
 
Nesse contexto, o sistema tributário termina sendo uma das áreas de escape aos 
governos, ou seja, torna-se uma forma de assegurar a continuidade das operações 
cotidianas. No Brasil, há uma constante necessidade de manter a atenção sobre o cenário 
econômico, haja vista as severas crises dos últimos anos e a necessidade de manter as 
operações de comércio internacional em total funcionalidade. 
 
Dessa forma, convido você, para juntos entendermos melhor a necessidade da 
incidência das tributações nas operações comerciaisexternas. 
 
Vamos dar continuidade no seu processo de aprendizagem? 
 
5.1 Impostos 
Os impostos são valores que pessoas físicas e 
jurídicas pagam e esse tipo de cobrança, que é 
vinculada pelo governo em suas diferentes esferas, 
serve para custear serviços básicos, como: saúde, 
educação, transporte, segurança, dentre outros. 
 
A esse respeito, é preciso informar que as 
operações que envolvem a saída e a entrada de 
mercadorias no país, também são submetidas a tais 
Impostos: Fonte: 
http://marinasilva.org.br/programa/. 
Acesso em: 07 de junho de 2020. 
 
 
32 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
procedimentos, conforme lhe será apresentado na sequência. 
 
5.1.1 Imposto de Exportação - IE 
É um imposto incidente somente sobre uma mercadoria nacional ou quando esta já 
está nacionalizada e é de competência exclusiva da União, sendo um instrumento de 
controle fiscal e comercial, em vez de um mecanismo para angariar recursos aos cofres 
públicos (NYEGRAY, 2016). 
 
A Receita Federal do Brasil 
(2020, ON LINE) informa que o 
imposto de exportação tem como 
fato gerador a saída da mercadoria 
do território aduaneiro, conforme 
estabelece o artigo 1º do Decreto-
lei nº 1.578, de 1977. A Receita 
destaca também que para efeito de 
cálculo do imposto, considera-se 
ocorrido o fato gerador na data de 
registro da DU-E, de acordo com as orientações do Decreto-lei nº 1.578, de 1977 e do artigo 
213 do Regulamento Aduaneiro. 
 
Souza (2008) destaca que o IE serve como instrumento de política econômica para 
proteção da nossa indústria, que, por questão de desenvolvimento, não teria capacidade 
de competir em igualdade de condições com indústrias de países desenvolvidos, que 
chegam a dar subsídios para a exportação de seus produtos. 
 
5.1.2 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 
Trata-se de um tributo de competência da União, que possui uma alíquota variável 
de acordo com a mercadoria que está sendo comercializada. Em ocasião de uma 
exportação, as empresas exportadoras ficam isentas do pagamento desse imposto. 
 
O IPI incide sobre os produtos industrializados nacionais e estrangeiros em 
oportunidade do desembaraço aduaneiro do produto de procedência estrangeira, ou na 
saída do produto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (RECEITA 
Imposto de Exportação: 
Fonte: https://mkempresas.com.br/impostos-de-exportacao-de-ti/ 
Acesso em: 07 de junho de 2020. 
https://mkempresas.com.br/impostos-de-exportacao-de-ti/
 
 
33 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
FEDERAL DO BRASIL, 2020, ON LINE) e informa que são obrigados ao pagamento do 
Imposto como contribuinte: 
 
 
O IPI tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro (BROGINI, 2013). 
 
5.1.3 Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS 
O ICMS é o principal imposto de âmbito estadual. A rigor, abrange vários impostos 
que, consequentemente tem diversas hipóteses de incidência (BROGINI, 2013). É um 
imposto incidente sobre o resultante do valor do Imposto de Importação, incluindo também 
o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados e possui alíquota que varia entre o tipo 
de produto comercializado. 
 
Assim, quando ocorre a saída de determinado produto destinado à exportação, o 
exportador desfruta da não incidência desse imposto, porém, desde que a mercadoria tenha 
efetivamente saído do território aduaneiro. 
 
5.1.4 Imposto de Importação – II 
É um tributo federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo 
(BROGINI, 2013) e incide sobre a importação de produtos estrangeiros, em oportunidade 
O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço 
aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 
O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que 
industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos 
geradores decorrentes de atos que praticar; 
O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo 
aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores 
decorrentes de atos que praticar; 
Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a 
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado 
à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade 
prevista na Constituição Federal. 
1 
2 
3 
4 
 
 
34 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
de acesso destas em território aduaneiro. Quando ocorre a incidência do II na importação, 
o pagamento deste tributo é efetuado no 
registro da mercadoria, por meio do sistema 
eletrônico no SISCOMEX e a base de cálculo é 
o valor aduaneiro. A alíquota está indicada na 
Tarifa Externa Comum (TEC). 
 
A Receita Federal do Brasil (2020, ON 
LINE) estabelece que o II também incide sobre a bagagem de viajantes procedentes do 
exterior. No caso dessas bagagens, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem 
a cota de isenção e a alíquota é de cinquenta por cento. 
 
De acordo com Souza (2008) o 
Imposto de Importação possui como principal 
característica sua função extrafiscal, 
porquanto serve mais como instrumento de proteção da indústria nacional do que como 
instrumento de arrecadação de recursos financeiros para o tesouro público. 
 
5.1.5 Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação de Patrimônio 
do Servidos Público na Importação de Produtos Estrangeiros e Serviços (PIS/Pasep-
Importação) 
Trata-se de uma contribuição com objetivo de equiparar 
os custos de produção de mercado interno com os produtos 
importados, não cumulativa, com lançamentos fiscais, 
permitindo crédito. Vale destacar que durante o processo de 
introdução dessa contribuição, junto com o Cofins-importação, 
houve mudança na fórmula de cálculo, chegando, por fim, a ser 
introduzida diretamente no Siscomex, como já são aplicados 
os demais tributos federais (LUDOVICO, 2018). 
 
5.1.6 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social na Importação de 
Produtos Estrangeiros e Serviços (Cofins-Importação) 
Ludovico (2018) assegura que da mesma forma que a PIS/Pasep-importação, a 
Cofis-importação tem por objetivo equipara os custos de produção de mercado interno com 
Imposto de Importação: Fonte: 
http://exclusivo.com.br/_conteudo/negocios/2019/07/245538
5-reducao-do-imposto-de-importacao-de-bens-de-capital-e-
suspensa.html. Acesso em: 07 de junho de 2020. 
http://exclusivo.com.br/_conteudo/negocios/2019/07/2455385-reducao-do-imposto-de-importacao-de-bens-de-capital-e-suspensa.html
http://exclusivo.com.br/_conteudo/negocios/2019/07/2455385-reducao-do-imposto-de-importacao-de-bens-de-capital-e-suspensa.html
http://exclusivo.com.br/_conteudo/negocios/2019/07/2455385-reducao-do-imposto-de-importacao-de-bens-de-capital-e-suspensa.html
 
 
35 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
os produtos importados. Trata-se de contribuição não cumulativa, com lançamentos fiscais 
permitindo crédito. 
 
5.1.7 Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 
Brogini (2013) informa que o AFRMM é um tributo de 
competência federal que incide sobre a contratação do frete 
marítimo – consequentemente, de incidência bastante comum 
em operações de comércio exterior, visando captar recursos 
para restauração e modernização da frota naval mercante do 
país. 
 
De acordo com a Receita Federal Brasileira (2020, ON 
LINE), o fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação 
de descarregamento da embarcação em porto brasileiro, a qual pode ser proveniente do 
exterior, em navegação de longo curso ou de portos brasileiros, em navegação de 
cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre.O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, aplicando-
se as seguintes alíquotas: 
 I - 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso; 
 II - 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e 
 III - 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do 
transporte de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste (RECEITA 
FEDERAL, 2020, ON LINE). 
 
5.1.8 Taxa de Armazenagem 
É cobrada com o objetivo de remunerar tanto portos, como aeroportos alfandegados, 
por diversos serviços prestados, dentre eles: 
 Período em que a carga ficou depositada; 
 Movimentação de mercadorias importadas; 
 Controle do material enquanto armazenado. 
 
Cabe salientar que, em se tratando das taxas citadas, pode ocorrer variações, 
sempre de acordo com a área alfandegada em questão. 
Marinha Mercante: Fonte: 
https://marinhamercante.com.br/. 
Acesso em: 07 de junho de 2020. 
 
 
36 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
Conforme os pontos principais desse capítulo, os impostos são valores que 
pessoas físicas e jurídicas pagam e esse tipo de cobrança, que é vinculada pelo 
governo, em suas diferentes esferas, serve para custear diferentes serviços. 
Em se tratando das operações de comércio internacional, ocorre de as 
arrecadações também custearem melhorias para o desenvolvimento das 
operações de comércio exterior no país. 
 
 
 
37 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6. DEFESA COMERCIAL E TERRITÓRIO ADUANEIRO 
 
 
Objetivo: 
Destacar a essencialidade da defesa comercial e do território aduaneiro, para o 
comércio exterior. 
 
Introdução: 
No cenário dos negócios internacionais, muitos países possuem vantagens em 
relação aos demais. O Brasil, por exemplo, é uma potência na produção de commodities 
agrícolas e na prática da pecuária, ao passo em que os alemães são líderes mundiais no 
setor de engenharia e os italianos em design. Os chineses e os indianos, por outro lado, 
têm a primeira e a segunda maior foça de trabalho do mundo, respectivamente (NYEGRAY, 
2016). 
 
Frente a essa realidade, muitos países podem se utilizar dessas vantagens para 
promoção de medidas desleais no comércio internacional, que resultarão em entraves para 
as negociações, perdas financeiras e rupturas de contratos. 
 
Em contrapartida das medidas necessárias para a defesa comercial dos países, 
torna-se essencial também, conceituar o território aduaneiro e sua representatividade para 
o comércio exterior brasileiro. Vamos em busca desse novo conhecimento? 
 
6.1 Práticas Desleais no Comércio Exterior 
Ao final da Segunda Guerra Mundial (1945), muitos países e suas economias se 
encontravam em estado de calamidade. Nesse período, foi elaborado um acordo que 
buscava desenvolver o comércio internacional e remover seus obstáculos. Tratava-se do 
GATT – General Agreement on Tariffs and Trade, (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio), 
que posteriormente se tornaria a base para a criação da OMC – Organização Mundial do 
Comércio, em 1995. 
 
Ao longo dos anos seguintes, com a criação da OMC, o comércio internacional se 
expandiu generosamente, ao passo em que a própria Organização passou a lidar e 
regulamentar as atividades de comércio entre seus países membros, dos quais, o Brasil faz 
parte. 
 
 
38 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Entretanto, mesmo 
existindo uma organização para 
gerenciar essas atividades, muitos 
países se tornaram alvos de 
investidas comerciais desleais, 
principalmente, em função de suas 
características, carências, ou 
mesmo, diante das suas 
necessidades de consumo. 
 
Dentre as práticas desleais mais comuns no mundo, destacam-se: o dumping e o 
subsídio, que contribuem negativamente para as negociações sadias no mercado, 
conforme as ponderações de Faro e Faro (2012). 
 
Entenda melhor que práticas são essas. 
 
6.1.1 Dumping 
O dumping é uma prática comum no comércio internacional e consiste na exportação 
de um produto por um preço inferior ao praticado no mercado doméstico do produtor 
(SECRETARIA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS, 2017, ON LINE). 
 
Em outras palavras, Faro e Faro 
(2012) ressaltam que o dumping é 
entendido como a introdução de um 
produto no mercado externo, a preço 
inferior ao valor normal praticado na 
venda de produto similar no seu 
mercado local e que na verdade, 
compreende uma ação fomentada pelas 
empresas exportadoras por iniciativa própria, na tentativa de conquistar mercados. 
 
Sobretudo, o dumping além de ser condenado pelo Direito Econômico brasileiro, é 
danoso, não só à economia do país que sofre com essa prática, mas ao comércio 
internacional como um todo (NYEGRAY, 2016). 
 
Prática Desleal: Fonte: https://startupi.com.br/2018/08/como-voce-encara-
seus-concorrentes/. Acesso em: 07 de junho de 2020. 
Dumping: Fonte: https://www.seancanney.com/fund-fight-illegal-
dumping/. Acesso em: 07 de junho de 2020. 
https://startupi.com.br/2018/08/como-voce-encara-seus-concorrentes/
https://startupi.com.br/2018/08/como-voce-encara-seus-concorrentes/
 
 
39 Comex – Regime de Importação e Exportação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6.1.2 Subsídio 
De acordo com Faro e Faro (2012) o subsídio pode ser definido como a concessão 
de auxílio econômico ou financeiro a uma entidade ou conjunto de entidades, por um agente 
governamental, com o objetivo de beneficiá-las, seja contribuindo para sua sustentação de 
renda, formação do preço de suas mercadorias, ou mesmo conferindo-lhes condições de 
competitividade no mercado externo, e/ou colaborando para a redução de suas 
importações. 
 
Dessa forma, o Ministério da Economia (2020, ON LINE) assegura que se entende 
como subsídio a concessão de um benefício, em função das seguintes hipóteses: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2 Medidas Antidumping 
O Brasil tornou-se signatário dos Acordos Antidumping e de Subsídios e Medidas 
Compensatórias do GATT em abril de 1979, ao final da Rodada Tóquio, mas esses acordos 
só se tornaram parte integrante do arcabouço jurídico nacional em 1987, pelos Decretos 
nº 93.941, de 19 de janeiro de 1987, publicado no DOU de 02 de fevereiro de 1987, e nº 
93.962, de 22 de janeiro de 1987, publicado no DOU de 23 de janeiro de 1987, aprovados 
pelo Congresso Nacional pelo Decreto Legislativo nº 20, em 5 de dezembro de 1986 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
Por conseguinte, Faro e Faro (2012) reiteram que em oportunidade de dumping, não 
basta apenas apontar a conduta desleal de uma determinada empresa ou grupo de 
empresas estrangeiras que estejam exportando para o Brasil. Há que se comprovar, 
Caso haja, no país exportador, qualquer forma de 
sustentação de renda ou de preços que, direta ou 
indiretamente, contribua para aumentar exportações 
ou reduzir importações de qualquer produto; ou 
1 
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Caso haja contribuição financeira por um governo ou 
órgão público, no interior do território do país 
exportador. 
 
 
40 Comex – Regime de Importação e Exportação 
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também, que a investida comercial sob contestação está interferindo no comportamento e 
perfil de atuação da indústria nacional, de forma tal que possa comprometer ou prejudicar 
a condução de suas atividades comerciais. 
 
6.3 Medidas Compensatórias 
As medidas compensatórias têm como objetivo compensar subsídio concedido, 
direta ou indiretamente, no país exportador, para a fabricação, produção, exportação ou ao 
transporte de qualquer produto, cuja exportação ao Brasil cause dano à indústria doméstica 
e podem ser aplicadas para neutralizar efeitos de subsídios governamentais (MINISTÉRIO 
DA ECONOMIA, 2020, ON LINE). 
 
A exemplo das medidas antidumping,

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