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Prévia do material em texto

Gestão da Operação 
de Importação
Professor Me. Alexsandro Cordeiro Alves da Silva
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Kauê Berto
Web Designer
Thiago Azenha
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
SILVA, Alexsandro Cordeiro Alves da.
Gestão da Operação de Importação.
Alexsandro. Cordeiro Alves da Silva.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 94 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
AUTOR
Professor Me. Alexsandro Cordeiro Alves da Silva
●	 Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia, UFPR/Lactec (universidade Federal 
do Paraná);
●	 Licenciado em Letras - Port./Inglês Plena, UEM (Universidade Estadual de 
Maringá);
●	 Bacharel em Administração, FAPAN (Faculdade de Paraíso do Norte);
●	 Graduando em Pedagogia, UniFCV (Centro Universitário Cidade Verde);
●	 Graduando em Ciências Econômicas, UniFCV (Centro Universitário Cidade 
Verde);
●	 Especialização em Comércio Exterior pela UNIFAMMA (União de Faculdades 
Metropolitanas de Maringá);
●	 Docente do Curso de Direito, Administração, Marketing, Logística, Ciências 
Econômicas, Processos Gerenciais, Letras, Engenharia Civil, Arquitetura e 
Urbanismo e Ciências Contábeis da UniFCV;
●	 Coordenador do Curso de Administração presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Ciências Econômicas presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Letras presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Marketing presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Logística presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Empreendedorismo presencial/EAD (UniFCV);
●	 Coordenador do Curso de Comércio Exterior EAD (UniFCV);
●	 Coordenador	Científico	em	Ciclos	de	Estudos	do	UniFCV;	
●	 Gestor Educacional do Colégio Axia;
●	 Docente de pós-graduação no Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV). 
Ampla experiência como analista de Comércio Exterior (10 anos), produtor de ma-
terial didático, tradutor, coordenação de cursos superiores, e grupos de estudos. 
http://lattes.cnpq.br/8228698800793385
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), que bom que você escolheu aprender mais sobre o tema que 
mais tem crescido nos últimos tempos no Brasil! Proponho um compartilhar de informações 
que	te	ajudará	a	trilhar	o	caminho	de	sua	graduação.	Este	material	são	reflexões	de	nossa	
experiência, acertos, processos e acima de tudo, um pedaço de muitas etapas que pode-
mos construir sobre o Comércio e a Gestão da Operação de Importação.
Na unidade I iniciaremos nosso trajeto pelo conceito aduaneiro, custos logísticos, 
tipos de pagamentos, os tratamentos administrativos as Licenças de Importação (LI), e 
os tipos de importação de material usado, assim como a legislação que respalda cada 
processo.
Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre as operações espe-
ciais de importação. Veremos algumas possibilidades de isenção e benefícios encontrados 
na legislação aduaneira, em destaque trataremos da admissão temporária, EX-tarifário, os 
acordos internacionais, os tipos de despachos aduaneiros, os procedimentos documentais 
e	físicos	nas	aduanas	nacionais,	os	tipos	de	desembaraço	aduaneiro	e	finalizaremos	com	
a análise dos pagamentos dos tributos incidentes na importação.
Na sequência, nas unidade III e IV, trataremos das peculiaridades dos tributos que 
envolvem os produtos importados, as defesas comerciais e a nova proposta de sistema 
único de importação. Nessa etapa você verá que o sistema de importação tem mudado 
e	os	profissionais	da	área	de	comércio	exterior	terão	novas	oportunidades	para	oferecer	
recentes	serviços,	como	é	o	caso	do	profissional	em	Perícia	Aduaneira.	
Venha conosco conhecer mais sobre o Comércio Exterior (COMEX)! É uma área 
fascinante e repleta de possibilidades. Esperamos contribuir para o seu crescimento pro-
fissional	e	aguçar	a	vontade	de	continuar	pela	busca	do	conhecimento.	Seja	curioso,	cada	
assunto tratado neste material abre a possibilidade de muita pesquisa e temos certeza que 
você estará à frente no mercado de trabalho.
Muito obrigado e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 6
Métodos de Importação
UNIDADE II ................................................................................................... 28
Operações Especiais de Importação
UNIDADE III .................................................................................................. 53
Tratamento Tributário das Importações
UNIDADE IV .................................................................................................. 73
Despacho de Importação
6
Plano de Estudo:
• Conceitos aduaneiros
• Tratamento administrativo 
• Tipos de licenciamento e material usado
• Pagamentos internacionais e custos logísticos 
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar as teorias da Importação
• Compreender os tipos de tratamentos na Importação
• Estabelecer a importância da Legislação Aduaneira
UNIDADE I
Métodos de Importação
Professor Mestre Alexsandro Cordeiro Alves
7UNIDADE I Métodos de Importação
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), bem vindo (a) a primeira unidade do livro.
Vamos dar início ao estudo sobre os Métodos de Importação. Essa é uma área 
do conhecimento que estuda as regras e implicações da importação relacionada com o 
Comércio	Exterior.	Os	métodos	da	 importação	são	 importantes	devido	ao	 impacto	finan-
ceiro e de planejamento no processo de importação. No entanto, antes de iniciar o estudo 
dos métodos de importação, foi abordado neste primeiro momento os conceitos gerais da 
importação, ou seja, as regras gerais aduaneiras.
Com o propósito de atingir o crescimento das importações, mas dentro dos contro-
les fronteiriços, foram estabelecidas regras de importação para que os órgãos responsáveis 
pudessem	ter	maior	controle	dos	processos	e	dos	produtos	importados.	Após	a	verificação	
da necessidade de parâmetros que respeitassem as normas internacionais da Organização 
Mundial	do	Comércio	(OMC),	surgiram	legislações	específicas	para	determinados	tipos	de	
produtos e serviços. 
A partir do Decreto nº 6759 – Planalto, foram criadas inúmeras Instruções Norma-
tivas (IN) e estabelecidos os órgãos responsáveis por cada tipo/categoria de produtos e 
serviços	a	serem	importados.	Para	cada	setor	as	regras	são	evidenciadas	com	a	finalidade	
de	auxiliar	o	 importador	e	a	fiscalização	na	entrada	de	produtos	no	país.	A	discrepância	
entre legislação e a importação pode gerar custos adicionais, como multas, perdas da 
mercadoria e devolução do produto à origem, se for o caso.
Em	seguida,	serão	apresentadas	as	legislações	específicas	para	o	Licenciamen-
to de Importação de Produtos e Serviços, os tratamentos administrativos, os custos na 
importação, os impostos incidentes e os tipos de pagamento internacional, assim como o 
conceito aduaneiro no processo de importação.
Desejamos um ótimo estudo a todos!
8UNIDADE I Métodos de Importação
1 CONCEITOS ADUANEIROS
Em linhas gerais o conceito aduaneiro está ligado ao comércio exterior que se 
relaciona com a compra e vendade produtos e serviços entre empresas e governos de 
diferentes países ao redor do mundo. Essa correlação acompanha os acontecimentos 
internacionais (políticos e econômicos), logo a legislação aduaneira vem ao encontro da 
definição	de	tratativas	administrativas	e	processuais,	ou	seja,	tudo	está	sendo	acompanha-
do desde a saída do produto - na origem - até a chegada no país - destino -, e, as regras 
devem ser observadas criteriosamente.
Assim como as tendências de consumo, a legislação aduaneira também pode so-
frer alterações, por meio de emendas, Instruções Normativas, etc, para que os tratamentos 
de cada caso sejam coerentemente assertivos no que diz respeito ao cumprimento da 
legislação e ao que ela propõe. Ainda, é importante ressaltar que as questões aduaneiras 
do	país	estabelecem	regras	de	estocagem,	fretes,	classificação	fiscal	de	mercadorias,	tipos	
de pagamento, produtos permitidos e proibidos de serem importados, e, dentro outros, os 
impostos incidentes na importação.
É na Legislação Aduaneira (LA), por meio do Decreto nº 6759 de 5 de fevereiro de 
2009, que encontramos	também	os	órgãos	governamentais	responsáveis	pela	fiscalização	
e execução dos procedimentos legais estabelecidos no processo de importação. Para 
tanto,	tudo	começa	pela	classificação	fiscal	do	produto	por	meio	da	Nomenclatura	Comum	
9UNIDADE I Métodos de Importação
do	Mercosul	(NCM)	e	consequentemente	a	verificação	do	tratamento	administrativo	que	a	
legislação prevê para cada produto. 
Contudo, há regras gerais que devem ser observadas na importação, mas é a partir 
da	classificação	fiscal	da	mercadoria	que	serão	consultadas	as	tratativas	aduaneiras	para	
cada tipo de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
De início, a legislação é observada antes da importação da mercadoria, mas é na 
aduana	que	todo	o	processo	é	verificado,	ou	seja,	antes	da	entrada	da	mercadoria	no	país	
e apenas em raros casos é permitido que o produto seja vistoriado diretamente na empresa 
importadora, mas no geral, mesmo nessas situações a aduana é o primeiro contato com o 
produto estrangeiro.
Segundo Assumpção (2007), o conceito de aduana é semelhante a Alfândega (do 
árabe:	قدنفلا;	transl.:	al-fundaq, “hospedaria”, “estalagem”) ou aduana	(do	árabe:	ناويدلا;	
transl.: ad-dīwān, “registro”, “escritório”). Para a autora, trata-se de uma repartição governa-
mental	e	oficial	para	o	controle	de	movimentos	de	entrada	e	saída	de	mercadorias	do	país,	
ou seja, entradas (importações) e saídas (exportações). 
É inclusive nesse local (aduana) que os órgãos como ANVISA, INMETRO, 
fiscalização	da	Receita	Federal	e	Estadual,	dentre	outros,	fazem	a	verificação	das	condições	
da	mercadoria.	É	importante	ressaltar	que	esses	órgão	tratam	apenas	da	fiscalização	de	
produtos e serviços e não do controle de tráfego de pessoas, para isso, há outras regras e 
legislações que é regido pela polícia de fronteira.
É na aduana (escritório) que são cumpridas as regras dispostas no decreto 6759/09 
e na alfândega (local de hospedagem) que são armazenados os produtos que serão 
exportados ou importados. Pensando assim, por isso que se denomina a legislação de 
importação como legislação aduaneira, ou seja, órgãos governamentais fazendo cumprir 
determinações legais do país sobre determinado processo de importação. Já a estocagem 
e armazenamento podem ser contempladas pela legislação aduaneira, possuindo assim 
as regras alfandegárias de armazenagem, como local propício para determinados produtos 
perecíveis, perigosos, muito pesados, muito leves, etc.
Na	 organização	 geral	 e	 fiscalização	 das	 aduanas	 encontramos	 a	 Secretaria	 da	
Receita Federal do Brasil, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, ambos estipulados 
com os devidos poderes no Regulamento aduaneiro do Brasil (dec. 6759/09).
Antes de prosseguirmos, é extremamente importante que você estudante entenda a 
lógica e organização de atuação aduaneira na gestão da operação de importação. Sabendo 
10UNIDADE I Métodos de Importação
quais	órgão	estão	envolvidos	na	aduana	e	seus	processos,	ficará	mais	fácil	saber	a	quem	
recorrer nos casos de organização de uma importação.
No mesmo decreto 6759/09 estão esclarecidos os órgãos intervenientes e os anuen-
tes. Os intervenientes têm relacionamento com comércio exterior de alguma forma, mas 
nem sempre são impeditivos de importação (banco do exportador, vendedor, despachante, 
dentre outros); nem sempre trabalham somente com comércio exterior. Já os anuentes 
legislam e tem papel de permitir a importação, ou seja, diretamente ligado à importação 
(órgãos como DECEX, MAPA, EXÉRCITO, dentre outros). 
De modo geral, os órgãos anuentes trabalham diretamente no país em que a mer-
cadoria se encontra no momento da análise, por isso, a estrutura do comércio no Brasil 
tem como seu maior organizador o próprio governo. Já os demais órgãos analisam os 
produtos e comparam com a legislação. Por exemplo, se um importador está trazendo um 
cavalo, será de responsabilidade do importador juntamente com o (Ministério da Agricultura 
Pecuária	e	Abastecimento	 (MAPA)	verificar	a	classificação	e	após	a	permissão,	 trazer	a	
mercadoria - sempre respaldado pela legislação aduaneira.
Dentre os órgãos anuentes e intervenientes, destacam-se: Conselho Monetário Na-
cional (CMN), Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), Ministério das Relações Exteriores 
(MRE), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) - atual Ministério da 
Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Ministério da Fazenda (MF), Ministério 
das Comunicações (MC), Ministério da Agricultura Pecuária e do Abastecimento (MAPA), 
Agência de Promoção de Exportações S/A (APEX), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro 
e Pequenas Empresas (SEBRAE), Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S/A 
(SBCE), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação de Comércio Exterior do 
Brasil (AEB), Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX), Federações 
Estaduais, Câmaras de Comércio, dentre outros.
Ainda, cada órgão acima pode se subdividir, dependendo da necessidade e da 
legislação. Obviamente você não precisa saber de todos eles, mas é importante saber 
que cada setor desse é um órgão responsável para determinadas ações na importação. 
Importante: esta é a distribuição geral, mas é devemos acompanhar os acontecimentos 
do governo, pois cada presidente reorganiza suas partes, podendo renomear, adicionar, 
subtrair ou até mesmo incluir em outras pastas alguns órgãos de atuação. 
Nem sempre todos os órgãos estarão envolvidos em todas as importações, mas 
dependendo	do	tipo	de	produto	será	necessário	verificar	com	esses	departamentos	o	que	
deve fazer para que o processo de importação não seja barrado no momento da entrada no 
11UNIDADE I Métodos de Importação
país. Todos eles estão interligados e respondem a legislação aduaneira e é na aduana que 
serão efetivamente observados. Para resumir, observe a estrutura de atuação e conceito 
aduaneiro:
Figura 1 - Estrutura da Presidência da República na aduana
Fonte: o autor (2020)
A presidência da república, Figura 1, estabelece e assina decretos sobre a impor-
tação e exportação interna de acordo com a legislação nacional e internacional. O MRE 
(Ministério das Relações Exteriores ou Itamaraty) está diretamente ligado as relações in-
ternacionais e responsável pelas políticas internacionais (Bilateral, regional e Multilateral). 
Já o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) atua nas políticas de 
desenvolvimento do comércio exterior.
Por sua vez, o Ministério da Fazenda fórmula e regulamenta as políticas econô-
micas do país, ou seja, é um órgão administrativo do comércio exterior; é nele que estão 
os	órgãos	relacionados	ao	fisco,	como	Receita	Federal	(responsável	também	pela	vistoria	
e	parametrização	da	mercadoria)	e	BACEN	(responsável	pelas	verificações	de	contratos,	
câmbio e pagamentos). Estes últimos são responsáveispela parte tributária da União.
Como citado anteriormente, cada órgão acima ainda tem sob sua responsabilidade 
outras subdivisões de departamentos, como pode ser observado na Figura 2.
12UNIDADE I Métodos de Importação
Figura 2 – Subdivisão de responsabilidades aduaneiras
Fonte: o autor (2020)
Observe que cada departamento acima atua de maneira direta ou indireta na impor-
tação e por isso é importante relembrar que cada órgão tem seu regimento e normativas. 
Essas normativas é que estabelecem critérios na importação aduaneira de determinados 
produtos. Dependendo do tipo de tratamento administrativo é que teremos que observar a 
Instrução Normativa (IN) para a importação de determinado produto.
13UNIDADE I Métodos de Importação
2 TRATAMENTO ADMINISTRATIVO
O tratamento administrativo é a base para a sequência da importação. Antes mes-
mo	 de	 começar	 a	 importar	 o	 interessado	 deve	 começar	 a	 classificação	 da	mercadoria;	
é somente a partir dela que é possível consultar os procedimentos a serem tomados, a 
saber,	podemos	definir	os	três	primeiros	passos:	1)	escolhe-se	o	produto	a	ser	importado;	
2)	classifica	o	número	NCM	(Nomenclatura	Comum	do	Mercosul);	3)	consulta	o	tratamento	
administrativo do NCM do produto. 
Dependendo	do	produto	e	sua	classificação	poderá	ser	observado	se	aquele	produto	
será analisado pelo INMETRO, ou pelo MAPA, ou pela ANVISA, etc. Ainda, se é permitido 
importar aquele produto, se o país de origem está autorizado a enviar determinado produto 
para o Brasil, se os impostos serão maior de determinadas empresas de origem, ou, se 
precisa ter autorização para o embarque (mas esses tipos de autorizações trataremos em 
tópico	específico).
No	passo	1,	classificação	do	NCM,	verifica-se	o	tipo	de	produto,	sua	constituição	e	sua	
finalidade	(Revenda,	uso	e	consumo	ou	ativo	e	imobilizado).	É	sabido	que	os	países	possuem	
sua cultura e códigos linguísticos que nem os maiores linguistas do mundo seriam capazes de 
entender a todos. Imagine agora relacionar cultura e produtos. Pense em uma caneta! Simples 
assim. Mas nos EUA se diz “pen”, já na china se diz (bi), ou seja, para diminuir o número de 
erros	é	melhor	tratar	os	produtos	com	códigos	numéricos	em	que	cada	um	deles	signifique	uma	
coisa,	como	seu	peso,	sua	composição,	sua	função,	sua	finalidade,	material	constituinte,	etc. 
14UNIDADE I Métodos de Importação
O NCM está presente tanto na Tarifa Externa Comum (TEC) como na Tabela de Incidência 
do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), podendo ser consultado no site do MDIC 
e junto com o NCM, encontra-se as alíquotas de II, IPI, PIS e COFINS, além é claro do 
manual	de	classificação	de	mercadorias,	assim	como	o	tratamento	administrativo	do	NCM.	
A	Receita	Federal	(RF)	ajuda	na	classificação	da	mercadoria	por	meio	de	consulta	
pública (item a item), mas seria impossível importar se todas as vezes fosse preciso esperar 
a	RF	classificar	para	o	cliente	os	produtos,	por	isso,	é	de	domínio	público	a	lista	de	NCMs	
dos produtos comuns nas transações de comércio exterior. Mas e os produtos que vão 
surgindo no decorrer do tempo? E os produtos que deixam de existir? Bem, para esses 
casos,	a	classificação	é	feita	por	associação	ou	aproximação	de	produtos.
Se	fosse	necessário	classificar	um	disco	voador,	por	exemplo,	não	há	número	de	
NCM para esse produto, mas há um relacionado: 8803.30.00 - Aeronaves e aparelhos 
espaciais,	 e	 suas	 partes.	 Mesmo	 sendo	 estabelecido	 números	 para	 a	 classificação	 da	
mercadoria,	na	prática	é	comum	os	fornecedores	enviarem	documentos	com	classificação	
distintas,	pois	muitas	vezes	no	país	de	origem	o	número	não	está	atualizado	ou	a	fiscaliza-
ção	é	mais	branda	quanto	a	classificação	fiscal.	
A	saber,	a	classificação	 incorreta,	para	o	Brasil,	é	passiva	de	multas	altíssimas,	
onerando o importador/exportador; este sistema é adotado desde 1995 pelo Sistema Har-
monizado	(SH),	criado	pela	OMC	e	define	o	tratamento	administrativo.
Observando	 o	 número	 de	 classificação	 do	 produto,	 é	 possível	 constatar	 que	 a	
classificação	fiscal	é	composta	por	4	dígitos:	0000	(xxxx).	Entretanto,	para	o	Brasil,	deve-se	
atentar	para	a	classificação	mais	específica	do	produto.	No	exemplo	da	caneta,	seu	material	
constituinte poderia ser de madeira, logo o tratamento administrativo seria pelo Ministério 
da agricultura (MAPA), poderia dar choque (ANVISA), poderia ser banhada à ouro, poderia 
ser de plástico, etc. 
Para	cada	tipo	de	caneta	há	uma	subclassificação.	Há	livros	específicos	e	discipli-
nas	detalhadas	para	a	classificação	da	mercadoria,	mas	para	você	entender	a	estrutura	da	
classificação	que	designa	o	tratamento	administrativo	de	um	produto	você	pode	observar	
a Figura 3
15UNIDADE I Métodos de Importação
Figura 3 – Estrutura do NCM
Fonte: o autor (2020)
Na estrutura anterior é notório que dependendo do tipo da caneta haverá uma 
classificação	específica	e	a	classificação	incorreta	pode	gerar	multas	na	importação.	Isso	
acontece pelo motivo de que cada tipo de caneta haverá um custo envolvido, logo, a tri-
butação	sofrerá	variações.	A	classificação	de	mercadoria	é	um	trabalho	árduo	até	mesmo	
para	os	profissionais	do	comércio	exterior.	Alguns	produtos	possuem	também	uma	defesa	
chamada Antidumping, para tornar o produto concorrente, outras simplesmente podem não 
seguir os padrões nacionais de segurança estabelecidos pelo INMETRO.
Para Assumpção (2007), o controle administrativo nas importações é realizado pelo 
tratamento administrativo, podendo ser consultado no site do MDIC e nele consta se o 
produto pode ser trazido livremente ou se precisa de autorização, ou seja, por meio da 
Licença de Importação (LI) sujeita a anuência de órgãos do governo ou podem ser trazidos 
para o tratamento administrativo já estabelecido na NCM de cada produto. Sobre a Licença 
de importação trataremos mais adiante.
16UNIDADE I Métodos de Importação
3 TIPOS DE LICENCIAMENTO E MATERIAL USADO
De acordo com o art. 13 da Portaria SECEX nº 23/2011, de modo geral, as “importa-
ções brasileiras estão dispensadas de licenciamento, exceto nas hipóteses de importações 
sujeitas ao tratamento de Licenciamento Automático, Licenciamento Não-Automático ou 
Impedimento”. Desse modo, cabe aos importadores e despachantes aduaneiros a obser-
vação	da	classificação	dos	produtos	e	seus	tratamentos	administrativos.	
Em caso de autorização automática, o importador pode trazer a mercadoria e pro-
videnciar o registro da Declaração de Importação (DI) no Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (SISCOMEX), e, consequentemente proceder com o Despacho Aduaneiro junto à 
Receita Federal do Brasil.
A Receita Federal disponibiliza aplicativos como o “importador” e no site da RF 
para simular se o produto está sujeito a liberação automática ou Licenciamento prévio, ou 
seja, se precisará de autorização de algum órgão anuente para a importação. Ainda, para 
auxiliar o importador, a RF também disponibiliza uma tabela de informativa a respeito do 
Tratamento Administrativo aplicado às Importações denominada “bens sujeitos à Licença 
ou Proibição na Importação”.
A Licença de Importação (LI), é um documento ou informação na Nomenclatura 
Comum do Mercosul (NCM - explicada anteriormente) emitido pelo SISCOMEX que libe-
ra a importação de mercadoria. Todo produto tem o processo de licenciamento, sendo 
a maioria automático e liberado diretamente no NCM indicado. Dependendo do produto, 
17UNIDADE I Métodos de Importação
deverá passar pela liberação por meio do licenciamento. Vejamos a seguir os principais 
Licenciamentos de Importação (LI).
3.1 Importações Dispensadas de Licenciamento
A maioria dos produtos não precisam de Licença de Importação (LI). São produ-
tos que geralmente já são trazidos para o país com certa frequência e também já foram 
analisadas as possibilidades de comercialização, ou que não ferem nenhuma legislação 
estabelecida.	Isso	não	significa	que	um	produtoque	não	tenha	LI	será	sempre	assim,	pois	
em algum momento o governo pode entender que determinado produto ou país começou a 
ir contra a legislação interna do país de origem ou destino.
3.2 Importações Sujeitas a Licenciamento Automático
Os	 produtos	 classificados	 nesta	 modalidade	 são	 liberados	 automaticamente.	 A	
diferença em relação com a anterior é que neste caso irá precisar registrar a LI no sistema 
do órgão anuente, mas assim que for registrado aparecerá que está liberada. Essa moda-
lidade normalmente é usada apenas para que os órgãos anuentes tenham maior controle 
de quantidade de determinado produto está entrando no país, ou para acompanharem 
determinados desempenhos econômicos do produto. Normalmente uma LI com licencia-
mento automático passa a ter licenciamento obrigatório dependo do que for constatado no 
processo de análise. 
Costumeiramente o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) 
considera móveis de madeira com o Licenciamento automático e quando a mercadoria 
chega é feita a vistoria da carga. Alguns licenciamentos automáticos podem levar alguns 
dias	para	a	liberação;	isso	ocorre	quando	o	sistema	irá	verificar	alguns	dados	do	registro	da	
LI e se estão de acordo, por exemplo país de origem e tipo de material constituinte.
3.3 Importações Sujeitas a Licenciamento Não Automático
Nesta modalidade a mercadoria não poderá embarcar para o Brasil até que o órgão 
anuente analise o caso. Ainda, o tempo de deferimento é maior, pois o produto está sob 
análise. Essa análise pode estar relacionada a diversos motivos, desde sub preços (para 
prevenir defesa comercial), cargas perigosas, venenos, produtos de marca, alimentos, san-
ções internacionais pela Organização Mundial do Comércio (OMC) feitas a alguns países, 
dentre outras.
Produtos dessa categoria estão sob controle do governo principalmente no que se 
diz respeito a qualidade e quantidade de produtos importados (alimentos, medicamentos, 
18UNIDADE I Métodos de Importação
brinquedos etc.), visando sempre a proteção do mercado interno. Os produtos mais comuns 
que	constam	com	impeditivo	são	os	que	precisam	de	certificações	do	MAPA,	INMETRO,	
ANVISA,	DECEX,	IBAMA,	dentre	outros.	Por	fim,	mesmo	após	a	liberação	da	importação	
pelos órgãos anuentes, a maioria dos produtos deste tratamento administrativo (constantes 
na	NCM)	passam	por	uma	vistoria	física	assim	que	chegam	na	alfândega	com	a	finalidade	
de	verificação	de	irregularidade,	como	é	o	caso	de	pneus,	bebidas,	brinquedos,	animais,	
ferramentas, etc.
3.4 Importações de Material Usado (Licenciamento)
Em consonância com o art. 13 da Portaria SECEX nº 23/2011, de modo geral é 
proibido a importação de Material usado. Entretanto, o governo abre exceção para alguns 
produtos, e, obviamente esses produtos passam pelo tratamento administrativo da LI não 
automático, uma vez que será analisado caso a caso. 
Para as exceções destacamos (apenas algumas) do que pode ser importado como 
material usado: a) Máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, ferramentas, moldes 
e contêineres para utilização como unidade de carga, na condição de usados, desde que 
não sejam produzidos no país (Brasil), ou seja, que não tem similar aqui em nosso país 
para atender a demanda; b) partes e peças de equipamentos de produtos importados e que 
somente o fabricante possui; c) equipamentos, partes e peças que sejam destinados para 
a reconstrução do país (em caso de catástrofes); d) veículos antigos para colecionadores, 
desde	que	classificados	nas	NCMs	8701,	8702,	8703,	8704,	8705,	8709,	8711	e	8716,	e	no	
sub item 8903.91.00 da NCM; e) Instrumentos para a aeronáutica ou marinha; f) Importação 
de equipamentos, partes e peças de regime drawback, ou seja, de equipamentos que serão 
trazidos para fabricação de produtos a serem exportados; g) importação de vestuário para 
desfiles	e	equipamentos	para	utilização	em	jogos	olímpicos,	dentre	outras	situações.
Por	fim,	cabe	ressaltar	que	o	prazo	de	liberação	de	cada	modalidade	de	Licença	de	
Importação vai depender de sua categoria, ou seja, deferimento diferente para cada tipo de 
LI. Os processos mais ágeis são os do MAPA e DECEX (de 3 a 5 dias), já os processos com 
deferimento pela ANVISA e INMETRO levam mais tempo (de 20 a 30 dias) para análise, 
uma vez que precisarão de mais tempo para a aferição do que é exigido na importação. 
Os registros e acompanhamentos são feitos por meio do Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (SISCOMEX).
19UNIDADE I Métodos de Importação
4 PAGAMENTOS INTERNACIONAIS E CUSTOS LOGÍSTICOS INTERNACIONAIS
O	 transporte	 da	mercadoria	 oriunda	 de	 outros	 países	 fica	 a	 cargo	 dos	 agentes	
logísticos, muitas vezes conhecidos como “agentes de carga”. Trata-se de um grupo de 
empresas responsáveis pela logística das empresas e para entender melhor o seu funda-
mental papel no translado de mercadorias e serviços é importante entender as regras que 
regem o transporte de mercadorias e a responsabilidade de cada envolvido.
De modo geral, há dois momentos envolvendo custos internacionais. Primeiro o 
momento em que se paga a mercadoria ao fornecedor; e, o segundo momento em que 
se paga pelo transporte da mercadoria. No primeiro, a negociação é entre o comprador 
e vendedor e o pagamento da mercadoria é feita por intermédio dos canais bancários 
devidamente	 credenciados	 para	 esse	 fim.	 Já	 no	 segundo	momento,	 pode	 ou	 não	 estar	
envolvido o fornecedor, trata-se do transporte da mercadoria. Nesse caso, o fornecedor só 
será	envolvido	caso	a	modalidade	de	transporte	necessite	sua	influência,	a	saber,	chama-
dos essa modalidade de transporte de Incoterms (International Commercial Terms / Termos 
Internacionais de Comércio).
Segundo o site governamental (http://www.aprendendoaexportar.gov.br/), os 
Incoterms	 servem	para	definir	 as	 responsabilidades	e	obrigações	de	 cada	envolvido	na	
importação, logo, entende-se que o custo logístico deve ser assumido pelos envolvidos no 
processo e delimitados pelas regras de transporte de mercadorias, assim como a respon-
sabilidade de cada envolvido. Importante saber que essas regras não são leis, mas foram 
20UNIDADE I Métodos de Importação
editadas	 e	 reunidas	 pela	Câmara	 de	Comércio	 Internacional	 (CCI)	 com	 a	 finalidade	 de	
ajudar os negociadores internacionais.
Vigente desde 2010, em resumo, os principais Incoterms que devem aparecer na 
fatura	de	compra	podem	ser	classificados	como:	a)	EX	WORKS	-	EXW	(Local de Entrega 
Nomeado) em que o fornecedor apenas fabrica ou vende a mercadoria e o comprador paga 
o transporte desde a fábrica, na origem, até a empresa do comprador, no destino; b) já no 
FREE CARRIER - FCA (Livre no Transportador) o vendedor entrega a mercadoria em local 
combinado, para que o comprador retire e dali em diante o vendedor não tem mais res-
ponsabilidade de custos de transporte pela mercadoria; c) FREE ALONGSIDE SHIP - FAS 
(Livre ao Lado do Navio) como o nome já diz, o combinado será o exportador deixar a mer-
cadoria não em um local qualquer, mas sim ao lado do navio para embarque. Nesse caso, 
os custos da alfândega são incorporados ao exportador, uma vez que a mercadoria será 
entregue livre para embarcar; d) FREE ON BOARD - FOB (Livre Embarcado) o exportador 
fica	responsável	pelos	custos	logísticos	até	o	momento	em	que	a	mercadoria	embarcar	no	
transporte internacional. A diferença deste Incoterms é que é utilizado unicamente para 
transportes marítimos; e) COST AND FREIGHT - CFR (Custo e Frete) nesta modalidade o 
custo e o frete é pago pelo exportador, ou seja, na negociação o exportador já considerará 
os custos que terá para o translado da mercadoria e incluirá no valor da mercadoria, desta-
cando na nota o que é valor de mercadoria e o que é valor de frete internacional; f) COST, 
INSURANCE AND FREIGHT - CIF (Custo, Seguro e Frete), nesta modalidade o seguro da 
mercadoria, os custos dos bens e frete são incluídosna nota, destacando cada um deles 
devidamente, além é claro de combinar o local de entrega da mercadoria. Em suma, temos:
Tabela 1 – Resumo do Incoterms
GRUPO INCOTERMS 2010 PONTO DE TRANFERÊNCIA DO CUSTO PONTO DE TRANFERÊNCIA DO RISCO
E EXW	-	EX-WORK ORIGEM ARMAZÉM NA ORIGEM
F
FAS - FREE ALONG SIDE SHIP TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO AO LADO DO NAVIO
FOB - FREE ON BOARD TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO
FCA - FREE CARRIER TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO PRIMEIRO TRANSPORTE INTERNACIONAL
C
CFR - COST AND FREIGHT TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO
CIF - COST, INSURANCE AND 
FREIGHT TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO PRIMEIRA MURADA DO NAVIO
CPT - COST AND FREIGHT TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO PRIMEIRO TRANSPORTE INTERNACIONAL
CIP - COST, INSURANCE AND 
FREIGHT PAID TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO
PRIMEIRO TRANSPORTE 
INTERNACIONAL
DAP - DELIVERY AT PLACE DESPESAS ATÉ LOCAL DE ENTREGA LOCAL DETERMINADO DO DESTINO
D
DAT - DELIVERY AT TERMINAL DESPESAS ATÉ TERMINAL DE ARMAZENAMENTO
LOCAL DETERMINADO DO 
DESTINO
DDP - DELIVERY DUTY PAID DESPESAS INCLUINDO IMPOSTOS ATÉ LOCAL FINAL DE ENTREGA
LOCAL DETERMINADO DO 
DESTINO
Fonte: o autor (2020)
21UNIDADE I Métodos de Importação
Os	 termos	 EXW,	 FCA,	 CIP,	 CPT,	 DAP,	 DAT,	 DDP	 são	 utilizados	 para	 qualquer	
modalidade de transporte (terrestre, marítimo, aéreo e ferroviário), incluindo multimodal. 
Já os termos FAS, FOB, CFR, CIF são utilizados somente para transporte de mercadorias 
via	marítima	ou	fluvial.	Os	termos	do	Grupo	“F”	e	do	Grupo	“E”	correspondem	ao	transporte	
internacional não pago. Os do Grupo “D” (Delivered) e os do Grupo “C” correspondem ao 
transporte pago.
Além desses Incoterms destacados há uma lista que pode ser consultado no site 
da Receita Federal, e, é importante esclarecer que cada Incoterms destaca as responsa-
bilidades e deveres de cada envolvido, além de delimitar a modalidade de transporte de 
cada um, ou seja, alguns só podem ser usados para o transporte marítimo, outros para o 
transporte aéreo e outros para os rodoviários. Além disso, a logística internacional prevê as 
questões de armazenagem, viabilidade de modalidade, seguro da mercadoria, transporte 
interno e externo, além é claro das responsabilidades e riscos das partes envolvidas.
Considerando as modalidades de transporte, é importante que o importador tenha 
em mente que dependendo do modo que trata a mercadoria terá mais ou menos custos. 
Entretanto, há transportes que são mais rápidos e mais custosos o que pode ajudar o 
importador em iminente necessidade de determinada mercadoria.
Os custos internacionais dependem da distância em que a mercadoria irá percorrer, 
para isso, há a necessidade de uma cotação de frete internacional que pode ser feita dire-
tamente pelos agentes de carga. Logo, os agentes de carga terão tabelas internacionais de 
origem e destinos logísticos e é calculado pelo peso e cubagem da mercadoria. Somente 
com o peso e a cubagem é possível fazer uma cotação de preço de transporte, além é claro 
da origem e destino da mercadoria.
Você deve estar se perguntando: mas e como se faz o pagamento dessa mercado-
ria e transporte? Bem, vamos por partes! Pense assim: primeiro devo pagar a mercadoria 
ao fornecedor e segundo pagar pelo transporte dessa mercadoria. Szabo (2016) citando 
Ballou	(2004)	esclarece	que	a	“logística	é	lida,	além	de	bens	materiais,	como	o	fluxo	de	ser-
viços,	(...)	o	que	significa	que	inclui	todas	as	atividades	importantes	para	a	disponibilização	
de bens e serviços”. 
Considerando isso, para enviar o dinheiro pela mercadoria o comprador deve ser 
cadastrado regularmente como importador e cumprir as regras de envio de valor constantes 
na Resolução n° 3.568, de 29.05.2008 do Banco Central. Se a negociação doméstica é cheia 
de	regras	e	parametrizações,	imagine	no	comércio	exterior!	Os	fatores	que	mais	influenciam	
na	negociação	são	os	fatores	culturais,	pois	a	confiança	da	modalidade	de	pagamento	varia	
22UNIDADE I Métodos de Importação
de país para país. No momento em que se prepara para entrar no comércio internacional, 
deve-se ter em mente que os costumes estarão envolvidos também na negociação, por 
isso, a distância e a língua pode ser impeditivos para o sucesso de uma relação comercial.
Normalmente	os	próprios	bancos	“fecham	o	câmbio”	por	meio	das	regras	específicas	
de câmbio que são regulamentadas pela Lei 4.595, de 1964, Resolução CMN 3.265, 2005, 
dentre	 outras,	 sempre	 com	a	 fiscalização	 e	 atualizações	 feitas	 pelo	Sistema	Financeiro	
Nacional, Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central.
Em regras gerais os pagamentos da mercadoria são feitos pelos bancos via con-
tratos internacionais nas seguintes modalidades: Antecipado (antes do embarque), À vista 
(do momento do embarque até o registro da Declaração de Importação (DI)), A prazo (após 
o registro da mercadoria), ou, ROF (Registro sobre Operação Financeira) para os casos 
de negociação com pagamento acima de 360 dias. O cálculo de custo de cada operação é 
feito exclusivamente pelos bancos e deve ser consultado de acordo com o montante a ser 
enviado,	logo	não	há	fórmula	prévia	estabelecida	para	essa	movimentação	financeira.
Para	cada	contrato	os	bancos	ou	agentes	financeiros	cobram	uma	pequena	taxa	
de operação e o custo maior está na observação da taxa cambial no dia do pagamento. 
Logo,	o	acompanhamento	do	mercado	financeiro	e	a	cotação	do	dólar	é	fundamental	para	
o momento em que for pagar uma mercadoria internacional. Normalmente as empresas 
importadoras	combinam	com	seus	agentes	 financeiros	 (bancos)	para	que	acompanhem	
o melhor momento para envio do dinheiro. Após o envio é obrigatoriamente necessário 
declarar à Receita Federal o motivo do envio e após a mercadoria Registrada, vincular o 
valor na nota de registro.
Nesse momento é importante pensar em mercadoria como o bem tangível che-
gando até o destino. Já no caso de serviços, por exemplo, um molde ou hora trabalhada 
no produto, caso seja cobrado à parte, também deve ser negociado à parte e pago em 
contratos distintos, pois um contrato será na modalidade de ferramental e serviços e outro 
de mercadoria a ser embarcada, o que está previsto nas normal da Lei 4.595, de 1964, 
Resolução CMN 3.265, 2005.
Os custos logísticos internacionais, segundo Szabo (2016) citando Ballou (2004), 
“é uma somatória dos custos dos elementos-chaves dessa cadeia, como por exemplo, o 
custo de transporte, o custo de armazenagem, processamento de pedido, ou seja, todos os 
custos ligados direta ou indiretamente aos produtos”.
Devemos considerar as variáveis de custos na separação da mercadoria, embala-
gem e marcação dos produtos, além das licenças necessárias junto aos órgão anuentes, 
23UNIDADE I Métodos de Importação
taxas e tributos envolvidos no manuseio, documentações de transporte e desembaraço da 
mercadoria, seguros e frete internacional/nacional, modal de transporte e monitoramen-
to de saída e chegada da mercadoria (Follow-up). Só é possível calcular os custos da 
mercadoria por meio de uma previsão de despesas! Normalmente tudo é calculado pela 
cubagem da mercadoria, como a seguir: Cubagem x custo da armazenagem + cubagem x 
frete + cubagem x taxas. O cálculo que fazemos entre custos internacionais e impostos de 
mercadoria chega a 80% do valor real do produto.
É comum entre os importadores a previsão de despesas para que tenham uma 
estimativa	 de	 custos.	 Sendo	 assim,	 os	 custos	 logísticos	 podem	 ser	 classificados	 como	
variáveis e invariáveis, sendo os variáveis de acordo com o volume da atividade (arma-
zenagem	nos	portos	e	aeroportos)	e	os	fixos	que	não	variam	de	acordo	com	o	volume	da	
atividade (armazenagem própria). 
Cada tributo na previsão de despesas deve ser considerado como internacional 
e nacional e ambos estão envolvidos no custo da mercadoria e a divisão entre eles é 
proporcionalmente regido por legislação própria, que serão vistos em outrasunidades.
Para que se comece a entender a previsão de despesas é importante fazer a classi-
ficação	da	mercadoria,	após,	cotar	o	valor	do	frete,	considerar	o	valor	do	seguro,	escolher	a	
modalidade de importação, consultar os impostos incidentes no tipo de importação e tipo de 
produto. Separadamente da taxa de câmbio utilizada para o envio de pagamento ao exterior, 
é necessário consultar a taxa PTAX, que será usada na nacionalização da mercadoria. É 
considerando essa taxa para os cálculos dos impostos na incidentes na importação. A taxa 
PTAX é uma média da variação do dólar calculado em determinado período de tempo, ou 
seja, é uma taxa de câmbio calculada durante o dia pelo Banco Central do Brasil. Consiste 
na média das taxas informadas pelos dealers de dólar durante 4 janelas do dia. É a taxa de 
referência para o valor do Dólar de D2 (em dois dias úteis).
Para facilitar o entendimento elaboramos uma previsão de despesas padrão consi-
derando uma importação FOB marítimo de USD 150000,00:
24UNIDADE I Métodos de Importação
Tabela 2 - Proposta de previsão de despesas
Fonte: o autor (2020).
Observe que o custo internacional está inserido no valor aduaneiro (Custo, Seguro 
e Frete); as taxas incidentes no processo, mesmo que internacional, entram na base de 
cálculo para os impostos nacionais. Sobre cada imposto nacional trataremos nas unidades 
seguintes e ajudará a entender o fato gerador de cada imposto.
25UNIDADE I Métodos de Importação
SAIBA MAIS
Você pode fazer uma simulação dos impostos e do custo de importação. Para isso, a 
Receita	Federal	disponibiliza	dois	aplicativos	 importantes	para	verificação	da	NCM	e	
também dos possíveis custos de importação. Além disso, nestes aplicativos (Importa-
dor) pode ser consultado o tratamento administrativo, ou seja, se a mercadoria precisa 
de Licença de Importação e se é permitido importar. Consulte a NCM de algum produto 
no site do MDIC e faça um teste do App:
Fonte: Receita Federal em <http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/> (2020).
 
REFLITA 
“Existe o risco que você não pode jamais correr, e existe o risco que você não pode 
deixar de correr.” 
Peter Drucker.
26UNIDADE I Métodos de Importação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade percebemos que o método de importação é vasto e cheio 
de detalhes a serem observados. Em uma importação, vimos que é importante considerar 
a	classificação	fiscal	da	mercadoria	ou	do	serviço	por	meio	da	Nomenclatura	Comum	do	
Mercosul (NCM). É a partir dela que poderemos começar a entender os tratamentos admi-
nistrativos de cada serviço ou produto, ou seja, se é um produto novo, usado, para uso e 
consumo,	revenda,	industrialização,	ou	para	ativo	e	imobilizado.	Partindo	da	classificação,	
é importante observar o local de origem e destino da mercadoria e se há Licenciamento da 
Importação e o tipo de licenciamento (automático, não automático).
Em	um	segundo	momento,	após	a	mercadoria	ser	devidamente	classificada	e	estar	
pronta para o embarque, chega o momento de pagar, nesse sentido, observamos nesta uni-
dade que há regras e modalidades para o envio do pagamento. Na sequência é o momento 
de fazer a cotação do frete internacional, pois é dele que dependemos dos valores para a 
verificação	dos	custos	internacionais.	Os	custos	internacionais	devem	ser	considerados	de	
acordo com a negociação, ou seja, por meio dos Incoterms previstos na legislação.
Por	fim,	o	método	de	 importação	mais	 inteligente	é	aquele	que	antes	de	 tudo	é	
respaldado por cálculos aduaneiros, para isso, é importante que o importador faça uma 
previsão de despesas. É nela que o importador terá uma ideia dos gastos que terá em uma 
determinada importação. Normalmente quem faz as previsões de despesas são os des-
pachantes	aduaneiros,	profissionais	de	comércio	exterior	que	estão	aptos	a	buscarem	as	
informações do agente de carga, exportador e importador, unindo todas as informações em 
uma tabela simples de cálculos dos impostos e despesas aduaneiras. Sobre os impostos 
incidentes	na	importação	trataremos	em	uma	unidade	específica.
Foi um prazer passar alguns processos de importação! Saiba que o campo de 
trabalho para os estudantes envolvidos nesta temática é vasto. Espero você em nossas 
próximas unidades desse curso.
27UNIDADE I Métodos de Importação
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
Título: Captain Phillips (Original)
Ano produção:	2013	|	Duração:	134	minutos	|	Classificação:	14	
anos | Gênero: Ação 
Sinopse: Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval 
experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão 
de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo 
no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm 
atuado com frequência nos mares por onde devem passar. A si-
tuação não demora a se concretizar, quando dois barcos chegam 
perto do cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o 
dinheiro a bordo. Uma estratégia inicial faz com que os agressores 
recuem, apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips uti-
lize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, 
eles conseguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quan-
do pensa ter conseguido negociar com os piratas, o comandante 
é levado como refém em um pequeno bote. Começa uma longa e 
tensa negociação entre os sequestradores e os serviços especiais 
americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde.
LIVRO 
Título: Noções Básicas De Importação
Autor: João Dos Santos Bizelli E Ricardo Barbosa
Editora: Aduaneiras
Sinopse: A obra apresenta, de forma prática, todas as informa-
ções	básicas	para	uma	visão	ampla	dos	principais	aspectos	fiscais	
e administrativos do processo de importação, analisando, após a 
definição	 da	 política	 brasileira	 das	 últimas	 décadas,	 a	 estrutura	
governamental com a indicação dos principais órgãos intervenien-
tes, inclusive da Camex, que deve estabelecer uma política de co-
mércio	exterior	mais	uniforme	e	eficaz,	os	principais	conceitos	da	
área, inclusive o Incoterms, o regime cambial vigente, a estrutura 
das nomenclaturas utilizadas no País (NCM, NBM e Naladi) com 
as regras	de	classificação	fiscal,	o	sistema	administrativo	para	o	
Licenciamento Não-Automático (LI) ou Automático (DI) das opera-
ções no Siscomex, os principais tributos e encargos que oneram 
as importações (I.I, IPI, ICMS e outros), transporte obrigatório, 
regimes aduaneiras especiais (drawback, admissão temporária, 
entreposto aduaneiro, etc) e atípicos (DEA, ZFM, Free Shop, Re-
cof, Recom, Repex, Repetro, etc.) os acordos internacionais que 
o Brasil é membro (GATT-OMC, NCPD, SGPC, Aladi e Mercosul). 
Conta também com o demonstrativo detalhado do cálculo dos tri-
butos de uma importação, incluindo a nova sistemática de cálculo 
por dentro do ICMS, e uma planilha de preço para compreensão 
mais adequada dos impostos e outros encargos que oneram estas 
operações. Traz informações sobre a solicitação de “Ex-tarifário” e 
estruturas (organogramas): MF-SRF e BCB, MDIC, Camex; e dos 
organismos internacionais OMC, Mercosul e Aladi.
28
Plano de Estudo:
• Admissão temporária, importação triangular, EX-tarifário e acordos
• Despacho aduaneiro e desembaraço aduaneiro
• Peculiaridades das operações de importação
• Pagamentos dos tributos e AFRMM
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar os casos especiais
• Compreender os tipos de tratamentos especiais
• Estabelecer a importância dos processos especiais
UNIDADE II
Operações Especiais de Importação
Professor Mestre Alexsandro Cordeiro Alves
29UNIDADE II Operações Especiais de Importação
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), bem vindo (a) a segunda unidade do livro.
Vamos dar início ao estudo sobre as operações especiais de importação. Esta é 
uma unidade muito interessante, pois trataremos aqui dos processos individualmente e os 
momentos em que eles ocorrem. Em uma importação comum, já estão estabelecidas algu-
mas	regras	vigentes	para	que	o	governoacompanhe	a	importação	do	começo	ao	fim.	Como	
vimos	na	unidade	anterior,	cada	órgão	anuente	ou	envolvido	no	processo	fica	responsável	
por uma parte da importação, então nesta unidade veremos alguns dos procedimentos 
especiais para casos diferenciados na importação.
Com o propósito de agilizar o processo de importação, o governo estabeleceu por 
meio de Instruções Normativas ou até mesmo leis como proceder nos casos em que os 
produtos ou modalidades de importação fogem do estabelecido. Dessa forma, o principal 
agente	para	a	verificação	dos	casos	especiais	é	a	Receita	Federal.	É	ela	que	irá	conferir	
os documentos e o respaldo da legislação vigente, desde o momento que a mercadoria for 
embarcada até o desembaraço da mercadoria.
Surge	neste	processo	a	persona	do	despachante,	profissional	da	área	de	comércio	
exterior que monta o processo, como um advogado, e entrega à Receita Federal que a 
partir deste momento interage com o despachante, que responde junto com o importador 
às exigências legais previstas.
Começaremos por tratar dos casos especiais, alguns, e chegaremos ao momento 
do desembaraço da mercadoria, ou seja, quando a mercadoria está liberada para a utiliza-
ção de acordo com o exposto na Declaração de Importação (DI).
Em	seguida,	serão	apresentadas	as	legislações	específicas	para	cada	caso	espe-
cial elencado nesta unidade. É importante salientar que os casos especiais estão previstos 
em lei, entretanto, como o próprio nome já diz, são especiais e a Receita Federal poderá 
a qualquer momento solicitar comprovações e estabelecer regras que auxiliem no cumpri-
mento da lei.
Desejamos um ótimo estudo a todos!
30UNIDADE II Operações Especiais de Importação
1 ADMISSÃO TEMPORÁRIA, IMPORTAÇÃO “TRIANGULAR”, EX-TARIFÁRIO E ACOR-
DOS COMERCIAIS
Para entender o que são casos especiais de importação precisamos pensar em 
algumas situações! Imagine que você é um esportista e competidor em várias campeonatos 
de tiro ao alvo. Um dia você é convidado para participar de um evento no Brasil. No primeiro 
momento	 você	 fica	muito	 feliz,	 pois	 poderá	 competir	 em	 outro	 país	 e	 além	 disso	 pode	
mostrar	 seus	 talentos	a	 todo	o	mundo,	 afinal	 esta	é	uma	competição	mundial	 que	está	
acontecendo no Brasil e transmitido em diversas redes sociais. Você tem um agente no 
Brasil	que	te	ajudará	a	alugar	um	hotel,	e	você	fica	responsável	por	trazer	todos	os	seus	
instrumentos de competição. Mas para trazer no avião deverá despachar a mercadoria, 
pois são muitos instrumentos. Nesse caso, o seu agente aqui no Brasil terá que trazer seus 
pertences temporariamente e depois devolver ao país de origem.
Agora	 imagine	que	você	é	um	profissional	que	promove	feiras	e	eventos	em	um	
grande evento em São Paulo. Você quer trazer o que há de mais novo no mercado mundial, 
por exemplo, os carros que ainda nem foram lançados aqui no Brasil. Então organiza tudo 
e	 traz	um	carro	híbrido	único	que	deverá	ficar	no	Brasil	somente	no	período	da	 feira.	O	
embarque	dessa	mercadoria	não	é	definitivo,	logo,	não	é	uma	importação	comum	e	se	trata	
de uma importação em regime especial.
31UNIDADE II Operações Especiais de Importação
1.1 Importação Temporária
Nesses casos, a Instrução Normativa (IN) número 1600, de 14 de dezembro de 
2015 irá respaldar que essa mercadoria entre e saia do Brasil de forma adequada e seu 
evento ocorra conforme o planejado. Entretanto, na feira, um investidor gostou muito do 
carro híbrido e agora fez uma proposta irrecusável a você. Ele vai comprar o carro, mas 
legalmente você não fez a importação para revenda e sim para exposição. Bem nesse caso 
é	possível	você	fazer	a	importação	definitiva	da	mercadoria,	desde	que	previsto	em	lei.
Esse exemplo que foi dado é um caso de importação temporária, segundo o site 
da Receita Federal, uma importação temporária é um regime aduaneiro que possibilita a 
entrada	de	algumas	mercadorias	no	país	 com	uma	finalidade	específica	e	 com	período	
previamente determinado de permanência em território nacional. Para esses casos os im-
postos	ficarão	suspensos	e	o	importador	terá	que	assinar	um	termo	de	compromisso	com	
data prevista de devolução da mercadoria ao país de origem. 
Basicamente essas exportação são feitas para feiras, exposições, congressos, 
eventos	(de	caráter	científico,	comercial,	técnico,	cultural	ou	esportivo)	que	visem	a	promoção	
comercial	e/ou	para	o	uso	individual	em	exercício	temporário	de	atividade	profissional	de	
não residente (que não more no país).
Segundo a IN 1600/14, o processo para a importação temporária, por ser uma 
importação especial deve seguir basicamente os seguintes passos: a) pode ser solicitado 
por pessoa física ou jurídica mediante a solicitação; b) o pedido deve ser feito diretamente 
na unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) pelo importador ou seu re-
presentante legal, nesse caso o despachante; c) assinar o Termo de Responsabilidade em 
que consta multa e penalidades legais se o regime de importação temporária for descum-
prida; d) será realizada uma importação de importação simplificada, ou seja, Declaração 
Simplificada de Importação (DSI) -eletrônica ou em papel; e) caso a mercadoria venha 
junto com o exportador para a feira ou evento deverá declarar a situação por meio da 
Declaração de Bagagem Acompanhada/Desacompanhada, a Declaração de Importação 
(DI) ou outras documentações solicitadas pela Receita Federal; f) o prazo para a concessão 
ou indeferimento do regime tem prazo estabelecido de até 30 dias, caso toda a documen-
tação e exigências estiverem corretas na solicitação; g) por fim, a legislação defende que 
a fiscalização pode solicitar vistoria da mercadoria, inclusive no evento para a constatação 
da finalidade da mercadoria.
Caso o interesse secundário da mercadoria também seja para venda, o solicitante 
deve esclarecer nos documentos de importação temporária, alertando que caso a mercado-
32UNIDADE II Operações Especiais de Importação
ria seja vendida fará a nacionalização normal do produto; seguindo os procedimento de uma 
importação para revenda e novo processo administrativo será aberto para a nacionalização 
da mercadoria.
1.2 Importação “triangular” 
Também conhecido como importação por conta e ordem, a importação triangular 
tem respaldo legal e são estabelecidas regras por meio da Instrução Normativa nº 1.861, 
de 27 de dezembro de 2018. Segundo esta IN, nota-se que:
Art. 2º Considera-se operação de importação por conta e ordem de terceiro 
aquela em que a pessoa jurídica importadora é contratada para promover, em 
seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria estrangeira, 
adquirida no exterior por outra pessoa jurídica. § 1º Considera-se adquirente 
de mercadoria estrangeira importada por sua conta e ordem a pessoa jurí-
dica que realiza transação comercial de compra e venda da mercadoria no 
exterior, em seu nome e com recursos próprios, e contrata o importador por 
conta e ordem referido no caput para promover o despacho aduaneiro de im-
portação. § 2º O objeto principal da relação jurídica de que trata este artigo é 
a prestação do serviço de promoção do despacho aduaneiro de importação, 
realizada pelo importador por conta e ordem de terceiro a pedido do adqui-
rente de mercadoria importada por sua conta e ordem, em razão de contrato 
previamente	firmado,	que	poderá	compreender,	ainda,	outros	serviços	rela-
cionados com a operação de importação, como a realização de cotação de 
preços, a intermediação comercial e o pagamento ao fornecedor estrangeiro. 
(IN 1.861/18)
De acordo com a legislação, uma empresa importadora pode ser contratada para 
trazer uma mercadoria, em sua totalidade, para outra empresa no Brasil que não é impor-
tadora. A negociação é simples: o cliente entra em contato com a empresa importadora e 
compra uma carga inteira de determinado produto, entretanto esta empresa compradora, 
por algum motivo, não pode importar diretamente o produto.Então essa empresa estabelece 
que pagará por toda a importação, inclusive o recolhimento dos impostos, mas o nome do 
importador será o da empresa que tem o know-how ou capacidade de importação junto ao 
RADAR (departamento responsável pelo credenciamento de uma empresa importadora).
O	 RADAR	 define	 inclusive	 a	 quantidade	 em	 valor	 de	 moeda	 (USD)	 que	 uma	
empresa pode importar, logo a empresa passa por um momento de análise e a Receita 
Federal acompanha a capacidade de importação da importadora. Normalmente o Radar 
inicialmente é Limitado e após determinado tempo passa a ser ilimitado, dependendo da 
frequência da importação.
Para que a importação por conta e ordem (triangular) aconteça, a empresa contra-
tada como importadora precisa atuar também no seguimento do produto que está sendo 
embarcado, caso contrário deve solicitar a liberação temporária do tipo de produto a ser 
embarcado, ou seja, se uma empresa é importadora de papel toalha, não pode importar 
33UNIDADE II Operações Especiais de Importação
carros para uma concessionária, por isso terá que explicar para a Receita Federal que se 
trata de uma compra por conta e ordem.
Todos os documentos de importação terão em sua declaração que trata-se de uma 
compra triangular, uma vez que os impostos e demais tratativas devem ser observadas 
diretamente	com	o	comprador	final	do	produto	importado.
Para entender melhor, observe:
Figura 1 – Fluxo da Operação Triangular
Fonte: o autor (2020)
Observe que em todo momento os três agentes do processo estão envolvidos e a 
Receita Federal precisa saber deste processo. O comprador pode enviar o dinheiro ao ex-
portador por meio do importador. O mesmo acontece com os impostos e os custos totais da 
importação que é pago pelo Comprador do produto, mas por intermédio do importador. Na 
Figura	1	fica	claro	que	o	importador,	nessa	situação,	é	apenas	um	facilitador	no	processo	
e este recebe pelos seus serviços conforme previsto na da Instrução Normativa nº 1.861 
que	define	“a	transação	comercial	de	compra	e	venda	de	mercadoria	nacionalizada,	me-
diante	contrato	previamente	firmado	entre	o	importador	por	encomenda	e	o	encomendante	
predeterminado”. Note que como a legislação é precisa, ambas as empresas devem estar 
cadastradas no Sistema de Comércio Exterior conforme RFB nº 1.603, de 15 de dezembro 
de	2015,	que	estipulam	os	limites	financeiros	de	importação.
Exportador
ImportadorComprador
34UNIDADE II Operações Especiais de Importação
1.3 EX-tarifário 
O regime de EX-tarifário (ou “exceção tarifária”) é um sistema governamental para 
a estimulação ou desestimulação de importação de determinados produtos. Basicamente 
tem objetivo para rever as questões tributárias de determinados insumos ou máquinas 
importadas. 
O	EX-tarifário	 não	 é	 imutável,	 por	 isso	 o	 importador	 que	 quer	 se	 beneficiar	 de	
reduções	de	tributos	devem	observar	sempre	as	modificações	que	são	feitas	pelo	governo,	
por exemplo, pode ocorrer a isenção tributária na área de determinados medicamentos, 
com o objetivo de suprir o mercado brasileiro com alguma medicação que esteja com falta 
de demanda, entretanto um tempo depois não existe mais essa redução devido à saturação 
de mercado. As últimas portarias revisadas pelo governo foram as de número 309, de 24 de 
junho de 2019, e número 324, de 29 de agosto de 2019.
De modo geral, o EX-tarifário consiste na redução por um determinado tempo da 
alíquota do imposto de importação (II) de bens de capital (BK), de informática e telecomuni-
cação (BIT), na Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) que pode ser encontrado na lista 
de Nomenclatura (NCM), quando não houver a produção nacional equivalente. No ano de 
2019 o Ministério da Economia promoveu a redução a 0% (zero), ao amparo do Ex-Tarifário. 
Caso o importador não opte pelo EX-tarifário, as importações de BK têm incidência de 14% 
de Imposto de Importação, e as de BIT 16%. 
É notório que o regime especial de EX-tarifário ajuda no investimento do país, uma 
vez	que	o	custo	da	importação	fica	melhor	com	o	recolhimento	do	II	reduzido.	A	promoção	
desse regime visa: a) investimento em bens de capital (BK); b) investimento em informática 
e telecomunicação (BIT) - desde que não tenham produção considerável no país; c) ino-
vação e tecnologia; d) estimula a empregabilidade e renda sobre diferentes segmentos da 
economia nacional.
Ainda, algumas máquinas, segundo a legislação, podem ser importadas com o 
benefício do EX-tarifário, uma vez que comprovada que a entrada desse maquinário irá 
produzir produtos inovadores, inéditos ou mesmo a empregabilidade das pessoas. 
Para essa comprovação, o importador pode pedir EX-tarifário excepcional, caso 
não	 esteja	 na	 classificação	 da	mercadoria	 que	 aquele	 produto	 pode	 gerar	 emprego	 ou	
inovações de mercado. Para isso o importador precisa passar por um processo rigoroso de 
análise. Já na nova tratativa, as Portarias do Ministério da Economia nº 309, de 24 de junho 
de 2019, e nº 324, de 29 de agosto de 2019 estabelecem as regras para a solicitação de 
análise de EX-tarifário.
35UNIDADE II Operações Especiais de Importação
Para conhecimento, o modelo simples disponibilizado para análise deve conter em 
carta:
Assunto: Redução do Imposto de Importação - EX-tarifário 
Prezados Senhores: 
A (nome da Empresa ou Entidade), nos termos da Resolução nº 35, de 22 de novembro de 
2006, da Câmara de Comércio Exterior, vem solicitar a essa Secretaria de Desenvolvimento 
da Produção a redução do imposto de importação na forma de EX-tarifário, para o produto 
sem produção nacional abaixo descrito. 
I - Da entidade de classe ou empresa: 
a) Razão Social: 
b) CNPJ: 
c) Pessoa de contato (representante): 
d) Endereço: 
e) Telefone: 
f) Fax: 
g) e-mail: 
Obs.: As comunicações entre o MDIC e a empresa sobre o processo serão efetuadas apenas por meio dos endereços, 
telefones e fax listados aqui. É de responsabilidade da empresa mantê-los atualizados. Se a pessoa de contato não for 
um funcionário da empresa legalmente competente para representá-la, anexar procuração específica para pleitos desta 
natureza. 
II - Dos produtos: 
Obs.: Cada requerimento deve se referir a um único produto, em papel timbrado da empre-
sa requerente, não se admitindo pedido por meio de fax, telegrama ou semelhantes. No 
caso de a entidade de classe ou a empresa pretender mais de um produto, deve solicitar 
em requerimentos separados. 
a) Código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): (que entende ser classificado 
o produto.) b) Sugestão de descrição para o produto: (utilizando o padrão da NCM, sem 
incluir marca comercial, modelo ou tipo de equipamento ou procedência do mesmo.) c) 
Especificações técnicas detalhadas, descrição do funcionamento e informações adicionais: 
(tudo aquilo que se julgar necessário para a análise do pleito, acompanhado de catálogos 
técnicos originais e/ou literatura técnica pertinente.) c.1) Os documentos que instruírem o 
pleito de redução tarifária, não escritos no idioma português, deverão estar acompanhados 
de tradução. c.2) Quando o bem se apresentar em um único corpo e possuir mais de uma 
função, detalhar a função principal e as demais funções; c.3) Quando o bem se apresentar 
em vários corpos, especificar a função do conjunto, bem assim a função de cada corpo e 
como tais corpos estão integrados, observado o disposto no subitem anterior. 
III - Da previsão de importação: 
a) Previsão do valor FOB unitário do produto em US$: 
b) Quantidade de produtos a serem importados: 
c) Data prevista de embarque do produto a ser importado: 
d) Previsão de chegada em portos brasileiros: 
IV - Dos investimentos: 
a) Objetivos específicos do projeto: (especialmente os vinculados ao aumento das exporta-
ções, à substituição de importações, ao aumento da oferta de produtos ao mercado interno, 
aos ganhos de competitividade, aos avanços tecnológicos e à melhoria da infraestrutura 
e dos serviços. Sempre que possívelquantificar os objetivos mencionados neste item) b) 
Investimentos totais em bens importados, em dólares dos Estados Unidos (US$) e em reais 
36UNIDADE II Operações Especiais de Importação
(R$): (= FOB x Quantidade de produtos a serem importados) c) Investimentos em obras, 
instalações e bens nacionais, em reais (R$) d) Investimentos globais vinculados ao pleito, 
em dólares dos Estados Unidos (US$) e em reais (R$): 
ANEXOS: (citar a relação de documentos que acompanham o processo) 
Atenciosamente, 
Pessoa Responsável / Cargo
O prazo para a análise do pedido varia de acordo com a complexidade das caracte-
rísticas do produto. Ainda, uma vez conseguido o EX-tarifário para determinada importação, 
o prazo da liberação é por aproximadamente dois anos de validade, logo, se precisar im-
portar novamente o produto deverá ser observado a vigência da liberação, que consta em 
órgão	oficial	do	governo.
O EX-tarifário é um regime que tem característica de planejamento, pois a importa-
ção de produtos dessa modalidade devem começar bem antes de sua comercialização ou 
utilização para geração de empregos. Desse modo, o governo prevê alguns maquinários 
e	produtos	com	EX-tarifário	no	momento	em	que	o	importador	vai	fazer	a	classificação	da	
mercadoria e pode ser observado em Tratamento Administrativo. Os demais casos não 
previstos	na	classificação	devem	ser	pleiteados	junto	aos	órgãos	competentes.
1.4 Acordos Comerciais
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 1990 atua para que o Brasil 
tenha planejamento estratégico na comercialização e a redução de barreiras, em sua maio-
ria a redução tarifária, entre países com relacionamento comercial. Além das reduções 
tarifária, os acordos estabelecem regras e disciplinas, condições iguais de competição em 
mercados estratégicos, maior participação do Brasil nas cadeias de produção internacional, 
e, maior acesso ao conhecimento de novas tecnologias.
Tem como objetivos também as reformas domésticas, maior produtividade em es-
cala	e	redução	do	custo	de	produção,	e	finalmente	a	competitividade.	Os	acordos	servem	
para a não discriminação de produtos oriundos do Brasil. Os acordos comerciais recente-
mente analisados pela CNI são:
37UNIDADE II Operações Especiais de Importação
Tabela 1 – Principais acordos com o Brasil (em andamento)
ENVOLVIDOS OBJETIVO
União Europeia
Defender a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Euro-
peia com a inclusão dos pleitos de maior impacto para a indústria, 
sobretudo em acesso a mercados e regras de origem.
México
Defender a conclusão de um acordo de livre comércio ou de um 
acordo parcial – o mais amplo possível na cobertura de bens – que 
inclua regras de origem satisfatórias para a indústria e capítulos so-
bre	barreiras	técnicas,	medidas	sanitárias	e	fitossanitárias,	compras	
governamentais, facilitação de comércio e serviços.
Mercosul
Defender a importância do Mercosul para a indústria; apresentar e 
defender	propostas	para	influenciar	e	estimular	o	avanço	da	agenda	
econômica e comercial do bloco, em particular para a ampliação do 
livre comércio intrabloco e negociação de acordos em serviços e fa-
cilitação de comércio; e defender o aperfeiçoamento da governança 
técnica e administrativa do Mercosul.
Aliança	do	Pacífico
Apresentar e defender propostas para o aprofundamento da inte-
gração	 entre	 o	Mercosul	 e	 a	Aliança	 do	Pacífico,	 prioritariamente	
em acumulação de origem e facilitação de comércio; e defender o 
aprofundamento dos acordos bilaterais com o México e a Colômbia.
Estados Unidos e 
Japão
Defender o lançamento de negociações para acordos de livre co-
mércio com os Estados Unidos e o Japão com base nos roadmaps 
apresentados pelo setor privado brasileiro e pelas suas contrapartes 
americana e japonesa.
Tarifa Externa Co-
mum do Mercosul
Elaborar posicionamento para a defesa da abertura comercial do 
Brasil via acordos comerciais e, em paralelo, avaliar as opções para 
a racionalização da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul e suas 
exceções, com o intuito de aumentar a competitividade industrial.
OCDE
Elaborar e apresentar propostas que contribuam para a acessão do 
Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Eco-
nômico (OCDE), sobretudo nos temas de comércio, investimentos 
e tributação internacional; e defender, junto às congêneres da Con-
federação Nacional da Indústria (CNI) no exterior, o apoio dos seus 
respectivos governos para o processo de acessão do Brasil.
Fonte: o autor (2020)
Embora os supracitados estejam em andamento, sempre antes da importação é 
importante consultar a vigência dos mesmos, uma vez que os acordos tem características 
de serem por um determinado e tempo e posteriormente renovados, conforme o caso.
Os	acordos	mais	comuns	firmados	pelo	Brasil	são	Mercado	Comum	do	Sul	-	MER-
COSUL, Associação Latino-Americana de Integração - ALADI, NAFTA - Acordo de Livre 
38UNIDADE II Operações Especiais de Importação
Comércio da América do Norte, OPEP - Organização dos Países Produtores de Petróleo, 
Sistema Geral de Preferências - SGP, SGPC - Sistema Global de Preferências Comerciais. 
Já os acordos comerciais e negociações internacionais são os estabelecidos com a Organi-
zação Mundial do Comércio - OMC, União Europeia - EU, UNCTAD, Área de Livre Comércio 
das Américas - ALCA, Ministério da Economia e o Grupo dos 77. Todos os acordos estão 
disponíveis	nos	canais	eletrônicos	e	também	em	legislações	específicas.	
Já os acordos com preferência tarifárias, destacamos os de Regimes de Origem, 
Certificado	de	Origem,	Certificado	de	Origem	Digital	(COD),	ABC	das	Regras	de	Origem	e	
Pesquisa de Mercado. Caso queira consultar o que prevê cada um deles é importante que 
leia os acordos na íntegra. 
Os	acordos	firmados	exclusivamente	com	países	são:	Acordo	de	Sementes	entre	
países da ALADI (AG-02), Acordo de Bens Culturais entre países da ALADI (AR-07), Brasil - 
Uruguai (ACE-02), Brasil - Argentina (ACE-14), Mercosul (ACE-18), Mercosul - Chile (ACE-
35), Mercosul - Bolívia (ACE-36), Brasil - México (ACE-53), Mercosul - México (ACE-54), 
Automotivo Mercosul - México (ACE-55), Mercosul - Peru (ACE-58), Mercosul - Colômbia, 
Equador e Venezuela (ACE-59), Brasil/Guiana/São Cristóvão e Névis(AAP.A25TM 38), 
Brasil - Suriname (ACE-41), Brasil - Venezuela (ACE-69), Mercosul - Colômbia (ACE-72), 
Mercosul - Cuba (ACE-62), Mercosul/ Índia, Mercosul/ Israel, Mercosul/ SACU, Mercosul/
Egito, Mercosul/Palestina - AINDA SEM VIGÊNCIA, Acordo de Ampliação Econômico-Co-
mercial Brasil – Peru (AINDA SEM VIGÊNCIA) e Brasil - Paraguai (ACE-74).
Todos os acordos comerciais estão respaldados por regras de ambas as partes, 
por isso, não cabe aqui a análise de cada um deles, mas é importante esclarecer que em 
caso de importação os acordos internacionais devem ser consultados para a facilitação das 
negociações e possíveis benefícios tributários.
39UNIDADE II Operações Especiais de Importação
2 DESPACHO ADUANEIRO E DESEMBARAÇO ADUANEIRO
Para Tripoli e Prates (2016), a organização do processo de importação vai além 
da atividade entre importador e exportador, dessa forma podemos garantir que os órgãos 
governamentais,	por	sua	complexidade,	estabelecem	alguns	critérios	para	a	verificação	da	
mercadoria e também estabelecem os respondentes em cada fase do processo. 
O	despacho	aduaneiro	fica	a	cargo	do	despachante	aduaneiro,	pessoa	responsável	
pela tratativa com a Receita Federal e a entrega de todo documento solicitado. Normalmen-
te,	é	o	representante	legal	da	empresa	junto	a	aduna.	Esse	profissional	passa	por	provas	
específicas	e	somente	após	comprovado	o	período	de	experiência	na	profissão	é	que	pode	
atuar como despachante. Primeiro deve começar como ajudante de despachante, por uma 
média de 5 anos, após, realiza uma prova nacional de despachante e daí começa a atuar 
como despachante aduaneiro.
É dele a função de acompanhar o desembaraço aduaneiro que é feito exclusiva-
mente	pela	Receita	Federale	órgãos	envolvidos	na	importação	do	produto	específico.	Em	
suma, o despacho aduaneiro é a reunião de informações sobre a importação e a declaração 
de todas as informações em um sistema denominado Siscomex (Sistema de Comércio 
Exterior). Somente o despachante e a Receita Federal tem acesso às informações cons-
tantes no despacho aduaneiro.
O	Despacho	Aduaneiro	trata-se	do	procedimento	de	fiscalização	que	toda	merca-
doria deve passar, seja na importação ou exportação, no caso da importação é o momento 
40UNIDADE II Operações Especiais de Importação
em que se solicita a autorização da nacionalização da mercadoria. Tem o objetivo de uma 
verificação	precisa	de	todos	os	dados	que	foram	fornecidos	previamente	pelo	importador	
em relação a mercadoria importada, pois com base nessas informações que são cobrados 
os tributos e taxas de importação.
O regulamento aduaneiro, estudado na unidade anterior, estabelece os tipos de 
documentos e prazos necessários para o despacho da mercadoria e consequentemente 
culmina	no	desembaraço	da	mercadoria,	feito	pela	fiscalização.	
Para	 que	 o	 despacho	 aduaneiro	 siga	 um	 fluxo	 de	 tempo	 razoável	 é	 importante	
seguir alguns passos como: 01. Conclusão da Transação Comercial, envio da FATURA 
PROFORMA	ou	PROFORMA	INVOICE;	02.	Classificação	da	Mercadoria	(NCM)	e	descri-
ção	de	acordo	com	a	NCM	definida;	03.	Verificar	se	a	NCM	tem	L.I.,	e	se	o	deferimento	
é	antes	ou	após	o	embarque;	04.	Confirmar	com	o	 importador	se	o	Credenciamento	no	
RADAR,	procuração	e	Tela	RADAR	estão	ok;	05.	Verificar	a	modalidade	de	transporte	e	
fazer a cotação de frete; 06. Solicitar o seguro internacional provisório; 07. Enviar instrução 
de embarque para o exportador com dados do agente, NCM’s e demais dados a serem 
mencionados nos conhecimentos; 08. Enviar dados do exportador para o agente de carga 
do Brasil enviar para o agente na origem; 09. Solicitar ao exportador a cópia da Invoice 
e Packing para conferência do DRAFT do B/L; 10. Acompanhar o embarque e conferir 
DRAFT do B/L; 11. Fazer Follow up da posição dos processos para o cliente; 
Seguindo temos os passos: 12. Conferência Documental - solicitar ao exportador 
para enviar a cópia dos documentos originais e assinados por e-mail, antes do envio dos 
originais para o Brasil; 13. Solicitação dos documentos originais de importação para desem-
baraço; 14. Acompanhar com o agente de carga e SISCARGA a chegada da mercadoria 
no	Brasil;	 15.	 Verificar	 o	 local	 onde	 será	 o	 desembaraço	 aduaneiro;	 16.	 Verificar	 se	 os	
documentos	originais	chegaram;	17.	Solicitar	o	Seguro	Internacional	definitivo;	18.	Cotar	
o	frete	do	transporte	Rodoviário;	19.	Fazer	a	Solicitação	de	Numerários;	20.	Confirmar	a	
atracação	porto/Aeroporto;	21.	Verificar	se	houve	AVARIAS	para	comunicar	a	seguradora/
cliente;	 22.	Pagar	 taxas	e	providenciar	 a	 liberação	do	BL/AWB;	23.	Providenciar	 a	DTA	
(caso seja remoção para EADI) e ADTA no MAPA para container ou mercadorias que te-
nham deferimento da L.I. pelo MAPA, ANVISA e outros; 24. Providenciar o deferimento da 
L.I.	(se	houver);	25.	Registrar	a	D.I.	e	verificar	parametrização;	26.	Acompanhamento	de	
desembaraço junto a Receita Federal; 27. Mercadoria desembaraçada, informar ao cliente; 
28. Providenciar o carregamento; 29. Acompanhar até a entrega no cliente; 30. Separar 
41UNIDADE II Operações Especiais de Importação
processo	no	operacional	e	enviar	para	o	financeiro;	31.	Prestação	de	contas	da	Operação;	
32. Fim do processo.
Com	esses	procedimentos	provavelmente	a	mercadoria	seguirá	o	fluxo	corretamen-
te	de	importação.	Para	Melhor	entendimento	do	fluxo	e	tempo	do	processo	de	despacho,	
observe o esquema:
Figura 2 – Fluxo da importação
Fonte:	http://www.techimpex.com.br/tech_servicos/conteudo/fluxogramas/importacao_maritima_amarelo-
-vermelho.htm (2020)
O desembaraço da mercadoria acontece logo após o registro da Declaração de Im-
portação	(DI).	No	primeiro	momento,	o	desembaraço	envolve	a	verificação	dos	documentos	
que	acompanham	a	mercadoria,	com	a	finalidade	de	verificação	legal	dos	procedimentos	
documentais,	ou	seja,	se	tem	a	Invoice	(nota	fiscal	de	compra),	o	Packing	List	(romaneio)	e	
certificações,	se	for	o	caso.
O	 desembaraço	 aduaneiro	 pode	 envolver	 dois	 procedimentos:	 1)	 a	 verificação	
documental;	e,	a	verificação	da	carga	(física).	Os	documentos	necessários	para	o	desem-
baraço	e	também	a	verificação	física	da	carga	estão	estabelecidos	no	Decreto	4.543/2002.
42UNIDADE II Operações Especiais de Importação
Assim	que	a	mercadoria	chega	no	Brasil,	a	carga	é	colocada	em	uma	fila	de	espera,	
é	neste	momento	que	a	aduana	verifica	junto	aos	portos	e	aeroportos	a	“presença	de	carga”,	
ou seja, se o peso e dimensões fornecidas na documentação está correta. 
O sistema Siscomex é usado para completar o Registo da Mercadoria. Após o 
Registro da mercadoria o próprio sistema emite um documento denominado Declaração de 
Importação (DI). Após este registro a carga é parametrizada, para isso, usa-se um sistema 
de código para saber se está tudo correto com a mercadoria a ser nacionalizada. É no 
momento do registro da DI que são recolhidos automaticamente os impostos previstos em 
lei.
Na	parametrização	da	mercadoria	a	carga	pode	ser	classificada	como:	canal	Verde	
(não há análise); canal amarelo (conferência documental), vermelho (conferência documen-
tal e física), e canal cinza (todas as conferências anterior e também a consulta legal dos 
produtos e também possível auditoria da carga ou na empresa). Nesse último normalmente 
acontece em caso de suspeita de sonegação ou irregularidades na arrecadação do imposto.
Em resumo temos: 1º os bens chegam à alfândega nos portos ou aeroportos; 2º 
verificação	 e	 registro	 da	mercadoria;	 3	 º	 após	 desembaraço	 da	DI	 e	 desembaraçada	 a	
mercadoria	é	liberada	com	o	Certificado	de	Importação	(CI)	e	a	mercadoria	pode	ir	para	a	
empresa.
Em consonância com o decreto 6.759/06 visto na unidade anterior, a Instrução 
Normativa (IN) 680/06 os tipos de despacho aduaneiro como sendo: Art. 2º - I) despacho 
para consumo/revenda; a) ingressada no País com o benefício de drawback (aquele que 
é industrializado e devolvido); b) destinada à ZFM (Zona Franca de Manaus), à Amazônia 
Ocidental ou a ALC; c) contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, con-
duzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum; e d) admitida em regime 
aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, na forma do disposto no inciso II, que 
venha a ser submetida ao regime comum de importação; e III - despacho para admissão 
em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, de mercadoria que ingresse 
no País nessa condição.
43UNIDADE II Operações Especiais de Importação
3 PECULIARIDADES DAS OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO
Durante o processo de desembaraço da mercadoria há algumas peculiaridades a 
serem observadas na INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 680, DE 02 DE OUTUBRO DE 
2006.	Dentre	elas	destacam-se:	Verificação	de	Mercadoria	pelo	Importador,	Declaração	de	
Importação, Registro Antecipado da DI, Documentos de Instrução da DI, Exame Documen-
tal,	Agendamento	da	Verificação	da	Mercadoria,	Formalização	de	Exigências	E	Retificação	
da DI, Desembaraço Aduaneiro, e Comprovante de Importação. A seguir, algumas especi-
ficações	considerando	a	IN	680/06	(recorte nosso):
3.1 Verificação de Mercadoria pelo Importador
No	Art.	10,	o	importador	poderá	requerer,	previamente	ao	registro	da	DI,	a	verifi-
cação das mercadorias efetivamente recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao 
tratamento	tributário	ou	aduaneiro,	inclusive	no	que	se	refere	à	sua	perfeita	identificação	
com	vistas	à	classificação	fiscal	e	à	descrição	detalhada.	Isso	ocorre	nos	casos	de	descon-
fiança	se	o	exportador	realmente	enviou	a	mercadoria	com	os	critérios	estabelecidos.
3.2 Declaração de Importação
Art. 4º, a Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importadorno Sis-
comex e consistirá na prestação das informações constantes do Anexo Único, de acordo 
com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. § 1º Não será admitido 
agrupar, numa mesma declaração, mercadoria que proceda diretamente do exterior e 
44UNIDADE II Operações Especiais de Importação
mercadoria que se encontre no País submetida a regime aduaneiro especial ou aplicado 
em áreas especiais. § 2º Será admitida a formulação de uma única declaração para o des-
pacho de mercadorias que, procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada 
a consumo e outra a ser submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária 
ou a ser reimportada. § 3º Não será permitido agrupar, numa mesma adição, mercadorias 
cujos preços efetivamente pagos ou a pagar devam ser ajustados de forma diversa, em 
decorrência das regras estabelecidas pelo Acordo de Valoração Aduaneira.
3.4 Registro Antecipado da DI
Art. 17, a DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser 
registrada antes da sua descarga na unidade da RFB de despacho, quando se tratar de: 
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1759, de 13 de novembro de 2017). 
I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente para ter-
minais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados; II - mercadoria 
inflamável,	 corrosiva,	 radioativa	 ou	 que	 apresente	 características	 de	 periculosidade;	 III	
- plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetí-
veis de danos causados por agentes exteriores; IV - papel para impressão de livros, jornais 
e periódicos.
3.5 Documentos de Instrução da DI
Art. 18, a DI será instruída com os seguintes documentos: I - via original do conhe-
cimento de carga ou documento equivalente; II - via original da fatura comercial, assinada 
pelo exportador; III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e IV - outros, exigi-
dos	exclusivamente	em	decorrência	de	Acordos	Internacionais	ou	de	legislação	específica.
3.6 Exame Documental
Art.	21,	após	o	registro,	a	DI	será	submetida	a	análise	fiscal	e	selecionada	para	um	
dos seguintes canais de conferência aduaneira: I - verde, pelo qual o sistema registrará o 
desembaraço	automático	da	mercadoria,	dispensados	o	exame	documental	e	a	verificação	
da mercadoria; II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo 
constatada	 irregularidade,	efetuado	o	desembaraço	aduaneiro,	dispensada	a	verificação	
da mercadoria; III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após 
a	realização	do	exame	documental	e	da	verificação	da	mercadoria;	e	IV	-	cinza,	pelo	qual	
será	 realizado	o	 exame	documental,	 a	 verificação	da	mercadoria	 e	 a	 aplicação	de	pro-
cedimento	especial	de	controle	aduaneiro,	para	verificar	elementos	 indiciários	de	fraude,	
45UNIDADE II Operações Especiais de Importação
inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em 
norma	específica.
3.7 Agendamento da Verificação da Mercadoria
Art.	26,	a	verificação	da	mercadoria,	no	despacho	de	 importação,	será	realizada	
mediante agendamento, que será realizado conforme as regras gerais estabelecidas pelo 
chefe da unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro. (Redação dada pelo(a) 
Instrução Normativa RFB nº 1759, de 13 de novembro de 2017). §1º Alternativamente ao 
estabelecimento	 de	 regras	 gerais	 de	 agendamento	 das	 verificações	 físicas,	 poderá	 ser	
adotado o critério de escalonamento das DI cujas mercadorias serão objeto de conferência. 
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 957, de 15 de julho de 2009). §2º O 
depositário	das	mercadorias	será	 informado	sobre	o	agendamento	das	verificações,	de-
vendo providenciar com antecedência o posicionamento das correspondentes mercadorias 
para	a	realização	da	verificação	física.	(Redação	dada	pelo(a)	Instrução	Normativa	RFB	nº	
1759,	de	13	de	novembro	de	2017)	§3º	As	regras	de	agendamento	para	verificação	física	
das	mercadorias,	ou	os	escalonamentos,	conforme	o	caso,	deverão	ser	afixados	em	local	
de fácil acesso aos importadores, exportadores e seus representantes. Posicionamento da 
Mercadoria	para	Verificação
3.8 Formalização de Exigências e Retificação da DI
Art.	42,	as	exigências	formalizadas	pela	fiscalização	aduaneira	e	o	seu	atendimento	
pelo importador, no curso do despacho aduaneiro, deverão ser registrados no Siscomex. 
§1º Sem prejuízo do disposto no caput, na hipótese de a exigência referir-se a crédito 
tributário ou direito comercial, o importador poderá efetuar o pagamento correspondente, 
independentemente	de	formalização	de	processo	administrativo	fiscal.	§2º	Havendo	mani-
festação de inconformidade, por parte do importador, em relação à exigência de que trata 
o §1º, o crédito tributário ou direito comercial será constituído mediante lançamento em 
auto de infração, que será lavrado em até 8 (oito) dias. (Redação dada pelo(a) Instrução 
Normativa RFB nº 1813, de 13 de julho de 2018)
3.9 Desembaraço Aduaneiro
Art. 48, concluída a conferência aduaneira, a mercadoria será imediatamente de-
sembaraçada pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável pelo despacho. 
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1759, de 13 de novembro de 2017); 
§	1º	A	mercadoria	objeto	de	exigência	fiscal	de	qualquer	natureza,	formulada	no	curso	do	
46UNIDADE II Operações Especiais de Importação
despacho aduaneiro na forma do caput do art. 42, somente será desembaraçada após 
o respectivo cumprimento. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1759, de 
13 de novembro de 2017); § 3º A mercadoria cuja declaração receba o canal verde será 
desembaraçada automaticamente pelo Siscomex. § 4º A mercadoria poderá ser desem-
baraçada, ainda, quando a conclusão da conferência aduaneira dependa unicamente do 
resultado de análise laboratorial, mediante assinatura de Termo de Entrega de Mercadoria 
Objeto de Ação Fiscal, pelo qual o importador será informado que a importação se encontra 
sob	procedimento	fiscal	de	revisão	interna.	§	5º	Nos	casos	em	que,	comprovadamente,	se	
tiver	conhecimento	de	processo	administrativo	fiscal	formalizado	para	exigência	de	crédito	
tributário, com base em laudo laboratorial emitido para importação anterior de mercadoria 
de	mesma	origem	e	fabricante,	com	igual	denominação,	marca	e	especificação,	o	desem-
baraço	na	forma	do	§	4º	ficará	condicionado	à	prestação	de	garantia	do	crédito	tributário	
anteriormente constituído, em uma das formas estabelecidas no parágrafo único do art. 
759 do Decreto nº 6.759, de 2009, ou à sua extinção. (Redação dada pelo(a) Instrução 
Normativa RFB nº 1759, de 13 de novembro de 2017); § 6º O disposto no § 4º não se aplica 
quando houver indícios que permitam presumir tratar-se de mercadoria cuja importação es-
teja sujeita a restrição ou proibição de permanência ou consumo no País. § 7º Na hipótese 
prevista no art. 47, decorridos 5 (cinco) dias úteis da realização da entrega antecipada, ou 
do	fim	do	prazo	para	a	entrega	dos	documentos	de	instrução	da	DI,	a	eventual	exigência	
fiscal	 não	 cumprida	 será	 formalizada	 em	 termo	 próprio	 e,	 depois	 da	 ciência	 deste	 pelo	
importador,	a	DI	será	desembaraçada.	§	8º	Caso	a	exigência	mencionada	no	§	1º	refira-se	a	
crédito tributário ou direito comercial que tenha sido constituído mediante auto de infração, 
conforme	§	2º	do	art.	42,	o	desembaraço	fica	condicionado	ao	seu	respectivo	pagamento	
integral, e não será autorizado com base apenas no seu parcelamento. § 9º Em caso de 
impugnação do auto de infração a que se refere o § 8º, o importador poderá requerer o 
desembaraço	das	mercadorias	ao	chefe	da	unidade	da	RFB	de	análise	fiscal,	mediante	
a	prestação	de	garantia	sob	a	forma	de	depósito	em	dinheiro,	fiança	bancária	ou	seguro	
aduaneiro, no valor do montante exigido. § 10. Não estão obrigados à apresentaçãoda 
garantia mencionada no § 9º os órgãos da Administração Pública, observado o disposto 
no § 2º do art. 34 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976. § 11. O desembaraço 
aduaneiro previsto no § 9º não é cabível nas seguintes hipóteses: I - quando houver indícios 
de que a importação da mercadoria esteja sujeita a restrição, ou a sua permanência ou o 
seu consumo seja proibido no País; II - mercadorias amparadas por isenção ou redução de 
tributos quando não atendidas as condições para usufruir tais benefícios; III - mercadorias 
47UNIDADE II Operações Especiais de Importação
importadas sob regimes aduaneiros especiais, exceto para os casos de drawback, Recof, 
Recof-Sped e exportação temporária; IV - quando o litígio versar sobre a pena de perdimento 
dos bens; § 12. A garantia prestada na forma prevista no § 9º subsistirá até a satisfação 
do	respectivo	crédito	tributário	ou	até	a	decisão	definitiva	do	litígio	favorável	ao	importador.
3.10 Comprovante de Importação.
Art. 66, o Comprovante de Importação será emitido pelo importador mediante tran-
sação	específica	do	Siscomex.	Parágrafo	único.	Para	efeito	de	circulação	da	mercadoria	
no	território	nacional,	o	Comprovante	de	Importação	não	substitui	a	documentação	fiscal	
exigida	nos	termos	da	legislação	específica.
Esses artigos selecionados esclarecem as tratativas aduaneiras mais comuns na 
importação de mercadoria. É importante que todos eles sejam lidos e observados em caso 
de necessidade.
48UNIDADE II Operações Especiais de Importação
4 PAGAMENTO DOS TRIBUTOS E AFRMM
Ainda que o assunto dos tributos sejam tratados na Unidade III, é importante neste 
momento entender o que a legislação entende, de forma geral, os tributos e a AFRMM.
O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) está previsto 
no Decreto-lei nº 2.404/1987 e respaldado pela Lei nº 10.893/2004 (alterações trazidas 
pelas Leis nº 12.599/2012 e 12.788/2013). O AFRMM foi criado para atender aos encargos 
da União e também para o apoio da Marinha Mercante Nacional. O entendimento é para 
que este tributo seja cobrado e posteriormente usado na manutenção de nossos portos, 
contribuindo para melhorias e investimentos na recepção de mercadorias.
O fato gerador deste tributo é exatamente no momento em que a mercadoria chega 
ao Brasil, ou seja, no momento em que o navio atraca já estão utilizando a estrutura física 
responsável pela Marinha Mercante, logo, um valor deve ser recolhido. Nesse sentido, o 
governo, por meio do decreto acima estabelece 25% (vinte e cinco por cento) na navegação 
de longo curso; II - 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e III - 40% (quarenta 
por	cento)	na	navegação	fluvial	e	lacustre,	quando	do	transporte	de	granéis	líquidos	nas	
regiões Norte e Nordeste.
Já os demais pagamentos de tributos podem ser observados também na IN 680/06 
que estabelece:
Art. 11. O pagamento dos tributos e contribuições federais devidos na impor-
tação de mercadorias, bem assim dos demais valores exigidos em decorrên-
cia da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda, 
49UNIDADE II Operações Especiais de Importação
será	efetuado	no	ato	do	registro	da	respectiva	DI	ou	da	sua	retificação,	se	
efetuada no curso do despacho aduaneiro, por meio de Documento de Arre-
cadação de Receitas Federais (Darf) eletrônico, mediante débito automático 
em conta corrente bancária, em agência habilitada de banco integrante da 
rede arrecadadora de receitas federais. § 1º Para a efetivação do débito, o 
declarante deverá informar, no ato da solicitação do registro da DI, os códigos 
do banco e da agência e o número da conta corrente. § 2º Após o recebi-
mento, via Siscomex, dos dados referidos no § 1º, e de outros necessários à 
efetivação do débito na conta corrente indicada, o banco adotará os proce-
dimentos necessários à operação, retornando ao Siscomex o diagnóstico da 
transação. § 3º Para efeito do disposto neste artigo, o banco integrante da 
rede arrecadadora interessado deverá apresentar carta de adesão e forma-
lizar termo aditivo ao contrato de prestação de serviços de arrecadação de 
receitas federais mantido com a SRF. § 4º A Coordenação-Geral de Adminis-
tração Tributária (Corat) e a Cotec poderão expedir normas complementares 
para a implementação do disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo. § 5º O Darf 
apresentado após o desembaraço da mercadoria, para pagamento dos crédi-
tos	tributários	exigidos	pela	autoridade	aduaneira,	será	confirmado	na	forma	
estabelecida	em	ato	da	Coana.	§	6º	O	importador	é	responsável	por	verificar	
se	o	pagamento	foi	devidamente	debitado	pela	instituição	financeira	no	ato	
do registro da DI, e estará sujeito a penalidades caso o pagamento não seja 
concluído.	Art.	 11-A.	Nas	 hipóteses	 de	 impossibilidade	 de	 identificação	 da	
mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descri-
ção genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, será 
aplicada alíquota única de 80% (oitenta por cento) em regime de tributação 
simplificada	relativa	aos	tributos	incidentes	na	importação,	nos	termos	do	art.	
67 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. § 1º A base de cálculo da tri-
butação	simplificada	prevista	neste	artigo	será	arbitrada	em	valor	equivalente	
à mediana dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas 
a	título	definitivo,	pela	mesma	via	de	transporte	internacional,	constantes	de	
declarações registradas no semestre anterior, incluídas as despesas de frete 
e seguro internacionais. § 2º Caberá à Coana realizar o cálculo da mediana 
dos valores por quilograma a que se refere o § 1º e emitir Ato Declaratório 
Executivo (ADE), a ser publicado no sítio da RFB, para divulgação da tabela 
com esses valores no primeiro mês de cada semestre. § 3º Para efeito de cál-
culo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento 
do correspondente crédito tributário, quando se tratar de mercadoria extravia-
da, constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, 
nos termos do art. 73 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. § 4º Na 
falta de informação sobre o peso da mercadoria, será adotado o peso líquido 
admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte. (IN 680/06)
Por	fim,	é	importante	que	esses	tributos	sejam	considerados	na	previsão	de	despe-
sas.	A	maioria	dos	tributos	na	importação	são	considerados	fixos	e	por	isso	fica	mais	fácil	
considerar o valor que será cobrado no desembaraço da mercadoria.
50UNIDADE II Operações Especiais de Importação
SAIBA MAIS
Nos casos de bagagem desacompanhada a legislação prevê que um residente de outro 
país	que	venha	morar	definitivamente	no	Brasil	pode	trazer	todos	os	seus	pertences,	
desde que comprovado que são de uso pessoal no país de origem. Você pode ler a le-
gislação de bagagem desacompanhada em:
http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/viagens-internacionais/guia-do-viajante/entrada-no-
-brasil/mudanca-brasil
REFLITA 
“O comércio é a arte de abusar do desejo ou da necessidade que alguém tem de alguma 
coisa.” 
Jules Goncourt.
51UNIDADE II Operações Especiais de Importação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade notamos que na importação podem acontecer casos 
especiais. Esses casos especiais devem ser observados antes da importação para que se 
possa consultar a legislação vigente de cada caso.
Um dos destaques das modalidades especiais é a importação temporária para 
feiras	e	eventos,	em	que	o	importador	pode	se	beneficiar	da	suspensão	dos	impostos	da	
importação. Outro caso interessante é o EX-tarifário, que dependendo de sua característica 
pode reduzir a zero o imposto de importação (II). Para esses casos há uma análise mais 
detalhada em que pode levar muito tempo, por isso o planejamento na importação é de 
fundamental importância.
Ainda, tivemos a oportunidade de observar algumas Instruções Normativas que re-
gem o sistema de importação no Brasil. Dentreos destaques dos INs estão as que orientam 
sobre o despacho aduaneiro e também o desembaraço das mercadorias. São nas Instru-
ções	Normativas	que	podemos	verificar	os	prazos	de	desembaraço	de	uma	mercadoria,	as	
tratativas para os canais parametrizados e também como devemos recolher os impostos e 
tributos estabelecidos.
Nas próximas unidades falaremos mais da questão dos impostos incidentes na 
importação	e	esperamos	que	você	se	torne	um	profissional	capacitado	a	agir	nas	diversas	
situações. É importante destacar também o papel do despachante aduaneiro! É ele que faz 
toda a instrução ao importador e acompanha a carga desde o momento que sai da origem 
até a empresa do cliente importador.
Sabemos que é muita lei para se observar, mas garanto que com pesquisa e muito 
esforço você já tem o caminho para pesquisar a legislação aduaneira de nosso país.
É sempre um prazer estudar sobre as regras de importação! Espero você em 
nossas próximas unidades desse curso.
52UNIDADE II Operações Especiais de Importação
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
Título: Outsourced (Original) | Despachado para a China
Ano produção:	 2006	 |	Duração:	 99	minutos	 |	Classificação:	 14	
anos | Gênero: Comédia 
Sinopse: Despachado Para a Índia é uma comédia de diferen-
ças culturais com um toque de romance. Todd Anderson (Josh 
Hamilton) dirige um call center de apoio ao cliente em Seattle até 
que o seu chefe lhe dá a má notícia: o seu emprego vai ser alvo 
de Outsourcing e, ainda por cima, ele terá de ir até á Índia para 
treinar o seu substituto. Ele espera a pior experiência da sua vida e 
certamente é assim que as coisas começam. O caos de Bombaim 
assalta os seus sentidos e o seu novo escritório está paralisado 
devido a equívocos culturais. Mas à medida que vai conhecendo 
melhor os seus colegas de trabalho, descobre que não é fácil 
odiá-los, incluindo o seu amistoso substituto Puro (Asif Basra) e a 
adorável teimosa Asha (Ayesha Dharker). Rapidamente descobre 
que tem muito a aprender - acerca da Índia, da América e dele 
próprio.
LIVRO 
Título: Regimes Aduaneiros Especiais
Autor: Liziane Angelotti Meira 
Editora: Síntese
Sinopse: O objetivo do presente estudo é o exame aprofundado 
dos regimes aduaneiros especiais à luz dos princípios constitu-
cionais da legalidade, da publicidade e da isonomia tributária. Em 
que pese a sua importância para o sistema tributário nacional e 
para os interesses estratégico- comerciais, o tema praticamente 
não tem sido visitado pela dogmática jurídica nos últimos vinte 
anos, certamente em razão da vasta e complexa legislação que 
o regula. As conclusões alcançadas por este trabalho ressaltam 
que o regimes aduaneiros especiais constituem isenções ou redu-
ções condicionais dos impostos incidentes sobre as operações de 
comércio exterior - adstritos, portanto, ao princípio constitucional 
da legalidade -, nas quais os bens importados ou exportados são 
submetidos a controle aduaneiro. Essas inferências não somente 
conduzem a uma mudança do conceito dos regimes aduaneiros 
especiais, aceito quase sem dissonância no País, como também 
reclamam profundas alterações na respectiva legislação.
53
Plano de Estudo:
• Tratamento tributário da importações
• Impostos e taxas na importação
• Defesa comercial, salvaguardas e medidas compensatórias 
Objetivos de Aprendizagem:
• Estudar o tratamento tributário nas importações
• Compreender os custos agregados aos produtos importados.
•	Verificar	o	impacto	financeiro	dos	impostos	e	tributos
UNIDADE III
Tratamento Tributário das Importações
Professor Mestre Alexsandro Cordeiro Alves
54UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), bem vindo (a) a terceira unidade do livro.
Seja bem-vindo a mais uma unidade deste livro sobre os processos e gestão na 
importação. Desta vez falaremos um pouco sobre as questões tributárias na importação. 
Este assunto assombra a maiorias dos importadores, uma vez que os custos na importa-
ção estão ligados diretamente no planejamento e análise de custos dos produtos a serem 
comercializados.
Veremos a diferenciação entre tributo e imposto, também estudaremos um pouco 
sobre o Imposto de Importação (II), imposto sobre produtos industrializados (IPI), PIS, 
COFINS, CIDE, ICMS e os tributos de defesa comercial, como o Dumping. Em seguida, 
verificaremos	sobre	o	cálculo	dos	impostos	de	importação,	mas	antes	alinharemos	na	defi-
nição de cada imposto e produto e o impacto que esses tributos trazem para a formulação 
do preço de venda dos produtos.
É nesta unidade que poderemos analisar as grandes questões entre empresários 
e	o	governo,	uma	vez	que	o	cálculo	dos	impostos,	em	sua	maioria,	influenciam	de	forma	
negativa a importação, uma vez que os importadores não veem com bons olhos o fato de 
estarem contribuindo com o crescimento do país e ainda assim serem taxados com altos 
impostos. Entretanto, com muito planejamento, conhecendo as bases legais e os benefícios 
fiscais,	é	possível	a	programação	dos	impostos,	possibilitando,	inclusive,	se	beneficiar	de	
medidas compensatórias, e salvaguardas.
Na importação, os impostos incidentes são recolhidos no momento do registro da 
Declaração de Importação (DI), por meio de cálculos preestabelecidos pela legislação e 
sempre	visa	a	proteção	da	produção	nacional,	logo,	não	é	essencialmente	fiscal,	mas	sim	
um método de controle governamental quando se faz necessário.
Desejamos um ótimo estudo a todos!
55UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
1 TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS IMPORTAÇÕES
Nesta parte trataremos sobre os tributos, impostos e taxas incidentes na importa-
ção. A relevância é muito grande, uma vez que são eles que, de modo geral, encarecem 
uma mercadoria, já que faz parte do custo do produto importado e será passada adiante 
para	o	consumidor,	no	preço	final	do	produto.	As	regras	para	a	contribuição	dos	impostos,	
tributos e taxas variam de estado para estado e é importante que cada importador consulte 
a legislação vigente e as regras de arrecadação.
Na importação, estabelecido pela Legislação Aduaneira (Decreto No. 6.759/09), 
a base de cálculo é o valor aduaneiro (convertido em moeda nacional), ou seja, Valor da 
Mercadoria no Local de Descarga (+) Valor do Frete Internacional (+) Seguro (+) THC 
(VMLD+VFI +S+A). Essa é a base de cálculo para tributações dos impostos na importação, 
normalmente conhecida como valor CIF (Cost, Insurance and Freight + Custo, Seguro e 
Frete), lembrando que o THC (Terminal Handling Charge - manipulação de carga no ter-
minal) está vinculado ao frete, uma vez que se trata da taxa recolhida junto com o valor do 
frete para o manuseio da carga.
Antes de explicar o fato gerador dos recolhimentos você precisa entender a dife-
rença entre Tributo, Imposto, Contribuição e Taxa!	Cada	definição	tem	um	fato	gerador	e	
também	são	regidos	por	legislações	específicas	de	cada	estado	que	você	pode	consultar	
nos	canais	de	informação.	Também	é	importante	saber	qual	o	regime	fiscal	(Simples	Na-
56UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
cional, Lucro Presumido e Lucro Real, etc.) a empresa se enquadra, pois cada regime tem 
regras	específicas	de	arrecadação.
Os Tributos formam as arrecadações da União, estado ou município e englobam as 
taxas, impostos e contribuições. Os tributos são obrigações que se deve pagar ao gover-
no por determinado serviço oferecido à sociedade; os Impostos não tem uma destinação 
específica	e	fica	a	cargo	dos	governantes	a	destinação	para	serviços	universais,	como	a	
educação e a segurança; as Taxas	são	vinculadas	a	um	serviço	público	específico,	como	
a taxa de recolhimento de lixo, taxa de emissão de carteira de identidade, etc.; já as Con-
tribuições está vinculada a melhoria direta para o contribuinte, por exemplo o Programa de 
Integração Social (PIS) e o Patrimônio do Servidor Público (PASEP). 
A alíquota dos impostos é variável e está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC), 
disponívelno site do Ministério da Economia, podendo ser mais alta para os produtos em 
que o país deseja restringir o seu ingresso ou mais baixa para os produtos cuja a entrada 
no país seja interessante. As contribuições, segundo Brogini (2013), é parte integrante 
da importação, são inúmeras e importantes para quem importa. A seguir vamos detalhar 
algumas arrecadações pertinentes para nosso escopo, importações.
1.1 Não-Cumulatividade dos Tributos
Para iniciar as questões sobre os impostos, tributos e taxas, precisamos delimitar 
o que é não cumulatividade! Imagine que você ligue para seu amigo empresário e soli-
cite a realização de um determinado serviço. O seu amigo analisa o seu pedido e cobra 
R$1.000,00 para a realização. Assim que seu amigo desliga o telefone ele percebe que não 
conseguirá cumprir os prazos e as exigências; então ele liga para um terceiro que pode 
realizar o serviço em nome dele e consegue que o parceiro faça o serviço que você pediu 
por R$800,00. Bem o parceiro do seu amigo empresário faz o serviço e seu amigo entrega 
o	serviço	do	 teu	pedido.	O	seu	amigo	empresário	emite	uma	nota	fiscal	com	o	valor	do	
combinado, ou seja, R$1.000,00. Dos mil reais que seu amigo recebeu, ele tira R$200,00 
e “guarda” para ele e solicita que o parceiro emita uma nota de R$800,00 pelo serviço 
terceirizado. 
Vamos imaginar que o serviço tem um Imposto Sobre Serviço (ISS), logo o parceiro 
vai pagar 5% dos R$800,00 pelo serviço e seu amigo paga 5% sobre os R$1.000,00. Note 
que nesse caso a prefeitura vai receber 5% de R$1800,00, ou seja, ambos pagam um 
imposto sobre o mesmo valor de R$1.000,00 a diferença é que como houve duas Notas 
Fiscais (NF), há cobrança duas vezes. Essa é a característica do imposto cumulativo.
57UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
Agora suponhamos que você ligue para mim, vendedor de câmeras de seguran-
ça, e quer comprar minhas câmeras para revender em tua loja. Você faz uma compra de 
R$2.000,00 e quando eu vou ao meu estoque percebo que não tenho o material. Para não 
perder a venda eu vou até outro fornecedor e compro as câmeras dele por R$1.500,00; 
emito	a	NF	de	R$2.000,00	e	te	envio	o	produto	no	dia	seguinte.	Todo	mundo	fica	feliz!	Bem,	
nesse caso, pegando o exemplo do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços 
(ICMS), é um imposto não-cumulativo. Ou seja, pensando que o ICMS do meu estado seja 
18%, meu fornecedor pagará ICMS sobre os R$1.500,00 e eu pagarei o ICMS sobre os 
R$500,00 (diferença entre o preço de compra e preço de venda), uma vez que o tipo do im-
posto é não cumulativo. Quando você for vender as câmeras de segurança, provavelmente 
irá agregar o seu preço de venda e também pagará o imposto sobre essa diferença. Cada 
um paga o imposto sobre o valor que agrega na venda!
58UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
2 IMPOSTOS E TAXAS NA IMPORTAÇÃO
O momento do recolhimento dos tributos de importação (Imposto de Importação - II, 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS 
e Taxa de Utilização do Siscomex está previsto na INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 98, 
DE 29 DE DEZEMBRO DE 1997 e estabelece que sempre será o momento do registro 
da Declaração de Importação (DI), já o ICMS é no momento da liberação da mercadoria, 
quando ela poderá circular em território nacional.
2.1 Imposto de Importação (II)
Com base na LEI Nº 3.244, DE 14 DE AGOSTO DE 1957 está sujeita ao Imposto 
de Importação (II) a mercadoria estrangeira que entrar em território nacional. Este imposto 
federal está regulamentado por uma tabela denominada “ad valorem”, ou seja, sobre o 
valor da mercadoria e sua variação está contida na tabela de Nomenclatura Comum do 
Mercosul (NCM), vista na unidade um. Essa alíquota tem como base a média de valor do 
produto enquadrado na NCM de cada produto, por exemplo, se o valor de uma caneta es-
ferográfica	importada	tem	uma	média	de	valor	custando	USD0.98,	a	alíquota	será	aplicada	
considerando essa média de preço da caneta importada. Cálculo = (Valor CIF*Alíquota), 
exemplo, R$128.000,00*5% = R$6.400,00.
A tabela com os valores estão no site do Ministério da Economia, antigo MDIC, 
conforme informado nas unidades anteriores. O Imposto de Importação tem como fato ge-
59UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
rador a entrada de mercadoria oriunda de país estrangeiro no território aduaneiro (território 
nacional). Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data 
de registro da DI da mercadoria a ser submetida a despacho para consumo, ou no dia do 
lançamento	respectivo,	nos	casos	definidos	em	lei.
2.2 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
O governo estabelece no DECRETO Nº 7.212, DE 15 DE JUNHO DE 2010 o Im-
posto sobre Produtos Industrializados, o entendimento, de acordo com o decreto, é que 
incide IPI em “qualquer operação com produto industrializado, nacional ou estrangeiro, 
mesmo incompleta, parcial ou intermediária”, por esse entendimento, mesmo as mercado-
rias que entraram no país para industrialização são tributadas e obviamente as que já estão 
industrializadas e o fato gerador para a importação é o registro da DI, não considerando 
o destino a ser dado aos produtos importados, se para consumo, utilização, comércio, 
industrialização, locação e outros.
Segundo o decreto, a base de cálculo do IPI é o valor aduaneiro (VLMD+VFI +S+A), 
acrescido do Imposto de Importação, ou seja, o II faz parte da base de cálculo do IPI, em-
bora controverso e muitos importadores alegam, compreensivelmente, que pagam imposto 
sobre imposto. Cálculo considerando o exemplo do II (item 2.1): = (Valor CIF+II)*Alíquota, 
exemplo, (R$128.000,00+R$6.400,00)*10%=R$13.440,00. A alíquota constante na TIPI 
(Tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados), constante no site do Ministério da 
Economia,	é	também	com	base	na	classificação	da	NCM	do	produto,	ou,	segundo	o	decreto	
7.212/10,	 “no	caso	de	alíquotas	específicas	 (valores	 fixos	em	 reais)	o	 valor	do	 IPI	 será	
alcançado com a aplicação desses valores sobre a quantidade de produto industrializado 
importado”.
2.3 Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social (COFINS)
Com base na Lei Complementar nº 7 de 7 de Setembro de 1970 (PIS) e Lei Com-
plementar nº 70 de 30 de Dezembro de 1991 (COFINS) e suas alterações, foram estabele-
cidos dois tributos e se aplicam também na importação, com fato gerador no registro da DI.
O PIS, conforme art. 1º “é instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de 
Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desen-
volvimento das empresas”, já o COFINS conforme art. 1º “nos termos do inciso I do art. 195 
da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas (...) destinadas exclusivamente 
às	despesas	com	atividades	fins	das	áreas	de	saúde,	previdência	e	assistência	social”.	
60UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
O destino da arrecadação desses tributos é distinta; o PIS é para promover a integração 
social	do	empregado,	já	o	COFINS	é	para	o	financiamento	da	Seguridade	Social	-	inclusive	
a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública.
Conforme Instrução Normativa - RFB nº 1.401 de 09/10/2013, a base de cálculo 
tanto para o PIS como para o COFINS é o valor CIF (Custo, Seguro e Frete)*Alíquota. A 
alíquota estabelecida é de 1,65% para o PIS e de 7,6% para o COFINS, salvo exceções 
na	tabela	de	classificação	fiscal	da	mercadoria	pela	NCM,	conforme	site	do	Ministério	da	
Economia.
2.4 Taxa de Utilização do Siscomex (TUS)
De acordo com o Decreto n° 660, de 25.9.92, o Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (SISCOMEX) é um instrumento administrativo que engloba as atividades de “regis-
tro,	acompanhamento	e	controle	das	operações	de	comércio	exterior,	mediante	fluxo	único,	
computadorizado, de informações (...) emite os documentos que envolvemas operações de 
comércio exterior”. O simples fato de utilizar o software SISCOMEX no módulo Importação 
gera taxa denominada Taxa de Utilização do Siscomex (TUS).
Essa taxa faz parte da base de cálculo do ICMS e o valor do recolhimento será 
conforme a quantidade de adições (considerando cada NCM uma adição), a saber: 
I - R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI;
II - R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição à DI, 
observados os seguintes limites;
a) até a 2ª adição - R$ 29,50;
b) da 3ª à 5ª - R$ 23,60;
c) da 6ª à 10ª - R$ 17,70;
d) da 11ª à 20ª - R$ 11,80;
e) da 21ª à 50ª - R$ 5,90; e
f) a partir da 51ª - R$ 2,95.
2.5 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)
Primeiramente	deve	ficar	claro	que	o	ICMS	é	um	imposto	estadual,	logo	trataremos	
aqui das regras gerais e você precisará consultar as alíquotas do ICMS de seu estado; a 
regra do ICMS do Paraná, por exemplo, está respaldada no DECRETO N.º 7.871 de 2017! 
Esse imposto incide sobre a circulação de mercadorias devido ao transporte interestadual e 
intermunicipal	para	“qualquer	que	seja	a	sua	finalidade,	por	pessoa	física	ou	jurídica,	ainda	
61UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
que não seja contribuinte habitual do imposto” e é de responsabilidade de cada estado, 
conforme	ratificado	na	LEI	COMPLEMENTAR	Nº	114,	DE	16	DE	DEZEMBRO	DE	2002.
Na importação, conforme disposto do decreto 7.871/17, e, comum nos demais es-
tados, o fato gerador do ICMS é o desembaraço da mercadoria. Sendo assim, entende-se 
que todos os impostos e mais as despesas ocorridas até o momento do desembaraço, 
fazem parte da base de cálculo do ICMS. 
Em suma, a base de cálculo do ICMS na importação é a soma do valor da mercado-
ria constante na DI, acrescido do valor do II, IPI, PIS/COFINS e quaisquer outros impostos, 
taxas, contribuições e também as despesas aduaneiras. O montante do próprio imposto 
integra a base de cálculo, por meio do chamado “cálculo por dentro”, nas operações de 
importação. Por exemplo, numa importação de produto tributado a 18%, o cálculo será 
efetuado com base de cálculo do ICMS “por fora”, dividido por 0,82 (fator oriundo de 100% - 
18% = 82%), multiplicado por 18% (alíquota). Desse modo, partindo de uma base de cálculo 
de 100 (base de cálculo “por fora”), ao invés de obtermos 18 (sistemática anterior), o ICMS 
será de 21,95 (sistemática atual). A taxa de câmbio utilizada no cálculo do ICMS deverá ser 
a mesma do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior caso 
tenha variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço.
Atualmente, existem níveis básicos de alíquotas para a incidência do imposto: 7% 
(sete por cento), 12% (doze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento), incidentes sobre 
um grupo limitado de mercadorias, e 17% (dezessete por cento) e 18% (dezoito por cento), 
estas duas últimas incidentes sobre a maioria dos produtos, conforme o Estado onde ocor-
rer a tributação, podendo existir situações ou operações com a utilização de percentuais 
diferentes. No Estado do Paraná, por exemplo, a alíquota integral é de 18% sendo utilizado 
o Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto 7.871/17 e o convênio ICMS 52/91 como 
bases de consulta das alíquotas e benefícios.
Considerando	o	regime	tributário,	mercadoria	específica	e	destinação	do	produto,	
observe os exemplos a seguir (sempre atualizando com a legislação do ICMS vigente):
62UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
Tabela 1 - Mercadoria para Industrialização, Porto de Paranaguá/PR
 
Somatório	para	Base	de	Cálculo	(●) 10.000,00 
Base de cálculo (Final) 0,82 12.195,12 
Valor do ICMS Total 0,18 2.195,12 
Base de cálculo Reduzida 33,33% 1.463,42 
Valor do ICMS Diferido (valor ICMS TOTAL X 33,33%) 33,33% 731,63 
Valor do ICMS Após o Difererimento Parcial 1.463,49 
Crédito Presumido (9% do Valor da BC Integral) 0,09 1.097,56 
Valor MÍNIMO do ICMS (Base Cálculo Finall x 3%) 0,03 365,86 
Valor do ICMS a recolher 365,86 
Crédito Presumido Final 1.097,56 
(●) já considerando o somatório de valor da mercadoria, frete, seguro, THC, Imp. Importação, IPI, PIS, Cofins, despesas aduaneiras e despesas acessórias.
ICMS a recolher no Desembaraço 0
NOTA - Não ocorrerá recolhimento no desembaraço aduaneiro em virtude de sua suspensão
NOTA FISCAL DE ENTRADA
Base de Cálculo do ICMS 0
Valor do ICMS (benefício para industrialização) 0
Valor Total da Nota 10.000,00
Informações Complementares 
Diferimento parcial do ICMS, conforme art. 96, inciso ......, do RICMS-PR, no valor de : 731,63
Suspensão do ICMS no valor de: 365,86
conforme art. 615 do RICMS-PR do RICMS aprovado pelo Decreto 6.080/2012., – importação de materiais destinados à industrialização 
Crédito presumido do ICMS lançado em “Outros Créditos” no LRAICMS : 1.097,56
O valor do crédito presumido é lançado em conta gráfica, conforme inteligência da Consulta n° 28/2007
Fonte: o autor (2020)
Tabela 2 - Mercadoria para Revenda, Porto de Paranaguá/PR
 
Somatório	para	Base	de	Cálculo	(●) 10.000,00 
Base de cálculo (Final) 0,82 12.195,12 
Valor do ICMS Total 0,18 2.195,12 
Base de cálculo Reduzida 33,33% 1.463,42 
Valor do ICMS Diferido (valor ICMS TOTAL X 33,33%) 33,33% 731,63 
Valor do ICMS Após o Difererimento Parcial 1.463,49 
Crédito Presumido (9% do Valor da BC Integral) 0,09 1.097,56 
Valor MÍNIMO do ICMS (Base Cálculo Finall x 3%) 0,03 365,86 
Valor do ICMS a recolher 365,86 
Crédito Presumido Final 1.097,56 
 
(●) já considerando o somatório de valor da mercadoria, frete, seguro, THC, Imp. Importação, IPI, PIS, Cofins, despesas adua-
neiras e despesas acessórias.
ICMS a recolher no Desembaraço 365,86
NOTA – Recolhimento no momento do desembaraço aduaneiro através 
de GR-PR
NOTA FISCAL DE ENTRADA
Base de Cálculo do ICMS 12.195,12
Valor do ICMS 1.463,49
Valor Total da Nota 10.365,86
63UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
Informações Complementares 
Diferimento parcial do ICMS, conforme art. 96, inciso ......, do RICMS-PR, no valor de: 731,63
ICMS recolhido no momento do desembaraço aduaneiro no valor de: 365,86
art. 617-A acrescentado pelo Dec. 6.891/2012, do RICMS aprovado pelo Decreto 6.080/2012 – importação de 
mercadorias para revenda 
Crédito presumido do ICMS lançado na GR-PR referente ao pagamento do imposto - 1.097,56
Destacado o valor total do ICMS devido - após o diferimento parcial - conforme dispõe a Consulta n° 130/2006
Fonte: o autor (2020)
Mais uma vez é importante esclarecer que o cálculo acima é apenas para que você 
estudante tenha noção de como é a aplicação da legislação sobre os impostos, mas é 
importante que consulte a legislação de seu estado. Muitos estados, como Santa Catarina, 
tem	benefícios	fiscais	para	a	 importação	com	entrada	pelos	portos	e	aeroportos	de	seu	
estado.	Já	outros	lugares,	como	Manaus,	tem	legislações	específicas	para	produtos	nacio-
nalizados e oriundos de importação.
2.6 CIDE-combustíveis
A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) é um tributo a ser 
recolhido	na	importação	e	demais	negociações	de	combustíveis	e	tem	a	finalidade	de	contri-
buir em investimentos em infraestrutura de transporte, em projetos ambientais relacionados 
à indústria de petróleo e gás, e em subsídios ao transporte de álcool combustível, de gás 
natural e derivados, e de petróleo e derivados.
Instituído pela LEI No 10.336, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001, tem como base 
geral “Art. 1º (...) a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a 
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, 
e álcool etílico combustível (Cide)”. Destacamos que a contribuição tem a distribuição do 
recurso bem delimitado, por exemplo,
§ 2o A distribuição a que se refere o § 1o deste artigo observará os seguintes 
critérios: I - 40% (quarenta por cento) proporcionalmente à extensão da malhaviária federal e estadual pavimentada existente em cada Estado e no Distrito 
Federal, conforme estatísticas elaboradas pelo Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes - DNIT;. II - 30% (trinta por cento) proporcional-
mente ao consumo, em cada Estado e no Distrito Federal, dos combustíveis 
a que a Cide se aplica, conforme estatísticas elaboradas pela Agência Na-
cional do Petróleo – ANP; III - 20% (vinte por cento) proporcionalmente à po-
pulação,	conforme	apurada	pela	Fundação	Instituto	Brasileiro	de	Geografia	
e Estatística - IBGE; IV - 10% (dez por cento) distribuídos em parcelas iguais 
entre os Estados e o Distrito Federal. (LEI 10.336/01)
A distribuição da arrecadação é feita diretamente aos estados brasileiros e Distrito 
Federal, conforme estabelecido em lei e tem o repasse feito no último dia útil de cada mês:
64UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
Tabela 3 - Distribuição dos recursos arrecadados (Lei 10.336/01)
ESTADO PERCENTUAL
ACRE 0,74%
ALAGOAS 1,60%
AMAPÁ 0,57%
AMAZONAS 1,39%
BAHIA 6,39%
CEARÁ 3,55%
DISTRITO FEDERAL 1,43%
ESPÍRITO SANTO 2,13%
GOIÁS 4,69%
MARANHÃO 3,00%
MATO GROSSO 2,76%
MATO GROSSO DO SUL 2,72%
MINAS GERAIS 10,72%
PARÁ 2,85%
PARAÍBA 1,95%
PARANÁ 7,23%
PERNAMBUCO 3,67%
PIAUÍ 1,98%
RIO DE JANEIRO 5,53%
RIO GRANDE DO NORTE 2,22%
RIO GRANDE DO SUL 6,50%
RONDÔNIA 1,23%
RORAIMA 0,74%
SANTA CATARINA 3,92%
SÃO PAULO 17,47%
SERGIPE 1,34%
TOCANTINS 1,68%
T O T A L 100,00%
Fonte: encurtador.com.br/hkoG4 (Planalto, 2020).
Além das atribuições da distribuição, a mesma lei estabelece o fato gerador como 
sendo,
“Art. 3º A Cide tem como fatos geradores as operações, realizadas pelos 
contribuintes de importação e de comercialização no mercado interno de: 
I – gasolinas e suas correntes; II - diesel e suas correntes; III – querosene de 
aviação e outros querosenes; IV - óleos combustíveis (fuel-oil); V - gás lique-
feito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta; e VI - álcool 
etílico combustível”. (LEI 10.336/01)
Caso o importador atue na importação de produtos que incidam a CIDE-Combus-
tível,	precisa	verificar	na	classificação	fiscal	da	mercadoria,	por	meio	da	NCM,	se	consta	
como tratamento administrativo a incidência deste tributo. Caso tenha, deverá incluir em 
sua base de cálculo e no Siscomex o valor descrito na legislação. Resumindo, a previsão 
de coleta deste tributo é feita por metros cúbicos e/ou toneladas importados, por exemplo, 
65UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
“Art. 5] A Cide terá, na importação e na comercialização no mercado interno, 
as	seguintes	alíquotas	específicas:	I	–	gasolina,	R$	860,00	por	m³;	II	–	diesel,	
R$	390,00	por	m³;	III	–	querosene	de	aviação,	R$	92,10	por	m³;	IV	–	outros	
querosenes,	R$	92,10	por	m³;	V	–	óleos	combustíveis	com	alto	teor	de	en-
xofre; VI – óleos combustíveis com baixo teor de enxofre, R$ 40,90 por t; 
VII – gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e da na-
fta,	R$	250,00	por	t;	VIII	–	álcool	etílico	combustível,	R$	37,20	por	m³”.	(LEI	
10.336/01)
Os demais casos devem ser consultados na legislação. É importante lembrar que, 
como	trata-se	de	um	tributo	bem	definido	sobre	a	arrecadação	e	ser	por	unidade	de	me-
dida, entra na base de cálculo em destaque e faz parte da base de cálculo do ICMS, por 
exemplo,	quantidade	de	m³	*	alíquota	=	x,	ou	seja,	 (Ym³*AL)=x. O valor de “x” entra na 
base de cálculo do ICMS como despesa, junto com os demais valores da base de cálculo, 
salientamos que, por se tratar de um tributo variável, conforme art. 15º, “os Ministérios da 
Fazenda e de Minas e Energia e a ANP poderão editar os atos necessários ao cumprimento 
das disposições contidas nesta Lei” a qualquer momento e sempre revisado.
2.7 Despesas Diversas
As despesas diversas na importação dependem da modalidade em que se está 
fazendo o traslado da mercadoria. Caso a importação seja marítima, ocorrerá incidência 
de algumas taxas que no aéreo não tem, e vice e versa. Para tanto, o importador deve 
fazer seus cálculos das vantagens e desvantagens de cada modalidade e optar dentre as 
categorias de transporte qual a mais vantajosa para determinado momento. As modalida-
des mais comuns são: Aéreo, Ferroviário, Hidroviário, Marítimo e Rodoviário, dentre elas, 
destacam-se as modalidades aérea e marítima.
Observe:
Tabela 4 - Transporte aéreo
Vantagens: Desvantagens:
●	 É o transporte mais rápido; ●	 Menor capacidade de carga;
●	 Não necessita embalagem mais re-
forçada (manuseio mais cuidadoso).
●	 Valor do frete mais elevado em rela-
ção aos outros modais.
Fonte: o autor (2020)
A base de cálculo do frete aéreo é obtida por meio do peso ou do volume da mer-
cadoria, sendo considerado aquele que proporcionar o maior valor. As despesas diversas 
também acompanharão esta base de cálculo. Por exemplo, para desembaraço da mer-
cadoria, armazenagem, manuseio da carga, dentre outras taxas. A IATA (International Air 
Transport	Association)	estabeleceu	a	seguinte	relação	(peso/volume):	1	kg	=	6000	cm³	ou	1	
66UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
ton	=	6	m³.	Por	exemplo:	no	caso	de	um	peso	de	1	kg	acondicionado	em	um	volume	maior	
que	6.000	cm³,	considera-se	o	volume	como	base	de	cálculo	do	frete,	caso	contrário,	con-
sidera-se o peso. Cálculo do peso cubado - exemplo: 45 CM X 37 CM X 58 CM = 0,45 M X 
0,37	M	X	0,58	M	=	0,09657	M³	/	0,006	=	16,09	Kg	cubados.	Esta	será	a	base	para	as	demais	
taxas e despesas de manuseio da carga. Quem envia essas despesas ao despachante/
importador é o agente de cargas.
As	despesas	mais	comuns	são	chamadas	de	“Charges”,	que	podem	ser	classifi-
cadas como: manuseio da mercadoria, estocagem, armazenagem, repeso, conferência, 
contagem de mercadoria, taxa de segurança, dentre outras que poderão ocorrer. 
Tabela 5 - Transporte marítimo
Vantagens: Desvantagens:
●	 Maior capacidade de carga; ●	 Necessidade de transbordo nos portos;
●	 Carrega qualquer tipo de carga; ●	 Distância dos centros de produção;
●	 Menor custo de transporte. ●	 Maior exigência de embalagens;
●	 Menor	 flexibilidade	 nos	 serviços	 aliado	 a	
frequentes congestionamentos nos portos.
Fonte: o autor (2020)
O mesmo que acontece no transporte aéreo acontece no transporte marítimo. De-
pendendo do tipo de carga que está sendo importada e do tamanho do container escolhido, 
haverá maior ou menor incidência de despesas diversas. 
Uma carga consolidada (compartilhada no mesmo container) terá que ser aberta 
assim que chegar no porto para pesagem e disposição para a Receita Federal. Esse ma-
nuseio também gera uma despesa, chamada de Handling. A saber, há uma despesa de 
armazenagem do tempo em que a mercadoria estiver esperando para o desembaraço, uma 
taxa	para	contar	a	quantidade	de	caixas,	taxa	para	pesagem,	taxa	para	verificar	se	a	carga	
passou por inspeção e assim por diante. 
Tabela 5 - Transporte marítimo
HIGH CUBE
Medidas Internas 20 PÉS 40 PÉS 40 PÉS
Comprimento (mm): 5.900 mm 12.030 mm 12.075 mm
Largura (mm): 2.340 mm 2.345 mm 2.370 mm
Altura (mm): 2.395 mm 2.395 mm 2.735 mm
Peso Máximo da Carga (Kg): 21.600 Kg 26.480 Kg 25.930 Kg
Cubagem	Disponível	(M³): 33,1	m³ 67,6	m³ 78,0	m³
STANDARD
Fonte: o autor (2020)
67UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
As despesas diversas dependem da opção que o importador faz, para isso, o despa-
chante	normalmente	faz	uma	previsão	de	despesas	para	a	verificação	do	que	é	mais	barato	
na importação. Normalmente, são usados para cargas soltas a consolidação (compartilhar 
mercadoria no mesmo container) e rateio das despesas, tudo depende do tamanho e peso 
da carga. Uma carga que foi estufada em um container de 20” será diferente de uma carga 
de um container de 40” e consequentemente se a carga vier compartilhada dentre vários 
importadores no mesmo container irá ter um rateio das despesas. 
As despesas diversas no transporte marítimo mais comuns são: Capatazias (THC) 
- atividade de movimentação de cargas e mercadoriasnas instalações portuárias em geral; 
Liberação de BL (BL Fee) - a atividade de emitir e liberar o BL original ao exportador/
importador; Gate - Taxa de recepção das unidades no terminal; ISPS (International Scurity 
and Port Security) ou TSF (Terminal Security Fee) - para controle de acessos e monito-
ramento; Lacre (Seal) - fornecimento do Lacre; Foodgrade - Taxa para unidade padrão 
alimento; ENS/A.M.S / Transmission Fee - para transmissão dos dados de embarque para 
alfandega; VGM - cobrada para a transmissão dos dados; Damage Protection Surcharge 
(DPP – Proteção de danos) - valor de seguro cobrado pela Cia Marítima; Drop Off - cobrada 
para utilizar um depot e deixar o container vazio armazenado; Taxa de Registro de Siscarga 
(TRS); Desconsolidação - cobrada pelo manuseio da documentação na importação.
68UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
3 DEFESA COMERCIAL, SALVAGUARDAS E MEDIDAS COMPENSATÓRIAS 
Brogini (2013) alerta para que as importações sejam bem sucedidas é importante 
observar os benefícios que são oferecidos pelo governo ou pelos acordos entre países. 
Além disso, há também as defesas comerciais, salvaguardas e medidas compensatórias 
que devem ser consultadas caso a caso. Portanto, nesta parte de nossos estudos vamos 
apenas esclarecer brevemente o que cada uma delas prevê.
3.1 Defesa comercial
O	departamento	de	Defesa	Comercial	 (DECOM)	é	 responsável	 para	fiscalizar	e	
cumprir as determinações legais. É o DECOM que examina os preços das importações 
oriundas de diversos países e compara com os valores praticados no mercado interno, 
gerando assim um valor padrão de cada mercadoria a ser importada e comercializada no 
mercado nacional. É este departamento que recebe também as denúncias de competição 
desleal e aplica o dumping (subida de preço) ou antidumping (baixa de preço) quando 
necessário, além disso analisa as medidas compensatórias e de salvaguardas.
3.2 Salvaguardas
As medidas de salvaguarda visam observar determinados produtos e aplicar o au-
mento de tributação de importações que estejam previstos como prejuízo grave ou ameaça 
de prejuízo grave na comercialização devido à grande quantidade de importação. Essas 
medidas são denominadas salvaguardas devido a sua periodicidade que trata de sobretaxa 
69UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
de impostos, normalmente II, por determinado tempo e depois de analisado pode voltar ao 
preço	normal	ou	continuar	com	mais	tributos.	Tem	essa	tratativa	a	finalidade	de	manuten-
ção da indústria e do comércio de produtos domésticos. A indústria doméstica (conjunto 
de produtores de bens similares ou diretamente concorrentes ao produto importado) pode 
entrar com pedido de salvaguardas sempre que se sentir ameaçada pela grande demanda 
de importação e será analisado pelo DECOM.
3.3 Medidas Compensatórias
As medidas compensatórias são administradas pelo Ministério da Economia e 
visa contribuir, em alguns casos, para o acordo de suspensão ou isenção de impostos de 
mercadorias que serão importadas e/ou exportadas, industrializada no mercado interno e 
em seguida reexportadas. 
Para o Ministério da Economia (2020):
As medidas compensatórias têm como objetivo compensar subsídio concedi-
do, direta ou indiretamente, no país exportador, para a fabricação, produção, 
exportação ou ao transporte de qualquer produto, cuja exportação ao Brasil 
cause danos à indústria doméstica. País Exportador: É o país - de origem ou 
de exportação - onde é concedido o subsídio. Quando os produtos não forem 
exportados para o Brasil diretamente do país exportador, mas a partir de um 
país intermediário, as transações em questão serão consideradas como ten-
do ocorrido entre o país exportador e o Brasil. (MDIC 2020). 
Sendo assim, as medidas compensatórias são aquelas que requerem algumas 
ações da importadora ou exportadora por terem conseguido um benefício, normalmente 
fiscal,	e,	consequentemente	devem	compensar	esse	subsídio	com	ações	diversas,	seja	na	
comercialização mais barata da mercadoria, seja na geração de emprego, dentre outras.
SAIBA MAIS
Você pode acompanhar uma carga se tiver o número de container pelo site mundialmen-
te conhecido como https://www.track-trace.com/container. Além disso, as cargas aéreas 
podem ser acompanhadas pelo site https://www.track-trace.com/aircargo. 
REFLITA 
“O comércio é o grande civilizador. Trocamos ideias quando trocamos tecidos.” 
Robert Ingersoll.
70UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro	aluno,	nesta	unidade	verificados	os	tipos	de	tributos	cumulativos	e	não	cumu-
lativos, os impostos e taxas incidentes da importação, além das taxas e medidas que o 
governo toma para a manutenção da coleta e vistoria dos impostos. Além disso, tratamos 
também	sobre	a	importância	de	se	verificar	quais	impostos	incidem	em	cada	tipo	de	impor-
tação.
Na sequência, notamos que a modalidade de transporte e o estado em que a mer-
cadoria	é	desembaraçada	pode	influenciar	no	custo	total	da	importação	e	por	isso,	sempre	
orientamos consultar a legislação vigente e local do estado em que se deseja fazer a impor-
tação.	Além	disso,	refletimos	sobre	o	processo	de	desembaraço	das	mercadorias	e	o	papel	
do	despachante	aduaneiro,	principalmente	na	chegada	da	mercadoria	no	Brasil.		Por	fim,	
além das medidas de contribuição e defesa comercial, tratamos também dos importantes 
documentos envolvidos na importação de qualquer produto para ser nacionalizado. Confor-
me as legislações estabelecidos, foi possível entender que o processo de importação, da 
origem ao destino, é tomada de detalhes importantes e cada departamento solicitará uma 
documentação	específica.
Sugiro que busque conhecer alguma empresa que faz estes processos de despa-
cho aduaneiro e também, quando possível, vá fazer uma visita aos portos e aeroportos que 
têm departamento de importação. Você entenderá que o processo é complexo, mas cheio 
de possibilidades de atuação.
Com este material, muitas vezes o estudante pode se perguntar se realmente vale 
a penas importar mercadorias de outros países. Não tenha dúvidas disso. Seja pela falta 
de mercadoria ou por novidades de mercado, sempre é interessante fazer comércio com 
outros países e acima de tudo, o custo de produção dos outros países faz com que a oferta 
e demanda seja cada vez mais universal.
Na próxima unidade falaremos das novidades e processos modernos nas importa-
ções brasileiras. Espero você em nossa próxima unidade curso.
71UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
Título: Outsourced (Original) | Despachado para a China
Ano produção:	2007	|	Duração:	2h	23min	|	Classificação:	14	anos	
| Gênero: Aventura.
Sinopse:	Serra	Leoa,	final	da	década	de	90.	O	país	está	em	plena	
guerra	civil,	 com	conflitos	constantes	entre	o	governo	e	a	Força	
Unida Revolucionária (FUR). Quando uma tropa da FUR invade 
uma aldeia da etnia Mende, o pescador Solomon Vandy (Djimon 
Hounsou) é separado de sua família, que consegue fugir. Solomon 
é levado a um campo de mineração de diamantes, onde é obri-
gado a trabalhar. Lá ele encontra um diamante cor-de-rosa, que 
tem cerca de 100 quilates. Solomon consegue escondê-lo em um 
pedaço de pano e o enterra, mas é descoberto por um integrante 
da FUR. Neste exato momento ocorre um ataque do governo, que 
faz com que Solomon e vários dos presentes sejam presos. Ao 
chegar na cadeia lá está Danny Archer (Leonardo DiCaprio), um 
ex-mercenário nascido no Zimbábue que se dedica a contraban-
dear diamantes para a Libéria, de onde são vendidos a grandes 
corporações. Danny ouve um integrante da FUR acusar Solomon 
de ter escondido o diamante e se interessa pela história. Ao deixar 
a prisão Danny faz com que Solomon também saia, propondo-lhe 
um trato: que ele mostre onde o diamante está escondido, em 
troca de ajuda para que possa encontrar sua família. Solomon não 
acredita em Danny mas, sem saída, aceita o acordo.LIVRO 
Título: Coleção de Importação e Exportação
Autores: José Marcelo Fernandes Araújo, Renata Correia de 
Queiroz, Neusa Maria Ferreira Barbosa e Andrea Teixeira Nicolini.
Editora: Sage
Sinopse: coleção de Importação e Exportação é composta por: 
Volume I – Tratamento Administrativo e Aduaneiro da Importação 
e Exportação O tratamento administrativo dispensado às importa-
ções e exportações de produtos e serviços é bastante complexo 
em decorrência das diversas esferas legais que devem ser ob-
servadas,	 bem	 como	 da	 análise	 de	 possíveis	 benefícios	 fiscais	
existentes, quanto da aplicação dos Regimes Especiais. Volume II 
– ICMS, IPI, ISS Considerando a complexidade legal que envolve 
algumas operações de importação e exportação elaboramos neste 
volume da Coleção IOB de Tratamento Tributário na Importação 
e Exportação um manual envolvendo as principais operações 
com suas respectivas bases legais, cuja abordagem é de âmbito 
Municipal, Estadual e Federal em relação aos seguintes tributos: 
ISS, ICMS e IPI. Volume III – PIS/PASEP, COFINS, IRPJ, CSLL, 
72UNIDADE III Tratamento Tributário das Importações
RTU, IRRF, CIDE, IOF Este volume trata da incidência dos tributos 
federais	(exceto	o	IPI)	e	seus	principais	reflexos,	sendo	o	PIS/PA-
SEP-Importação e COFINS-Importação, o Pis/Pasep e a COFINS 
sobre a receita bruta de exportação, o IRPJ e a CSLL sobre a ex-
portação,	o	Regime	de	Tributação	Unificada	(RTU),	que	permite	a	
importação, por microempresa importadora varejista habilitada, de 
determinadas mercadorias procedentes do Paraguai, o IRRF sobre 
as remessas feitas ao exterior, a incidência da CIDE-Royalties e 
ainda considerações sobre o IOF.
Disponível:https://www.iob.com.br/newsletterimages/iobstore/
sumarios/2013/jun/LIV21559.pdf
73
Plano de Estudo:
• Análise e reflexão	histórica das importações
• Projeto nova importação
• O novo projeto de importação
• Declaração Única de Importação - DUIMP
Objetivos de Aprendizagem:
• Estudar a evolução das importações no Brasil.
• Compreender o cenário atual das importações.
•	Verificar	os	avanços	para	o	Brasil	no	novo	processo	de	Importação.
UNIDADE IV
Despacho de Importação
Professor Mestre Alexsandro Cordeiro Alves
74UNIDADE IV Despacho de Importação
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), bem vindo (a) a quarta unidade do livro.
Na	reta	final	de	nossas	considerações	sobre	Gestão	da	Operação	de	Importação	
você já deve ter percebido que há muito campo de trabalho para quem se interessa por 
comércio	exterior,	em	específico,	a	importação.	Há	muitos	caminhos,	processos	e	detalhes	
a	serem	observados	e	por	isso	esta	área	conta	com	profissionais	qualificados	para	dar	todo	
o suporte aos importadores. O importante neste processo é saber em qual local buscar as 
informações, sendo assim, os sites governamentais auxiliam e atualizam todas as regras 
de importação e comércio exterior.
Nesta unidade você será capaz de observar o processo de importação como um 
todo,	ou	seja,	desde	o	momento	da	saída	da	mercadoria	da	origem	até	o	seu	destino	final	
no país. Para isso, pensamos em fazer um panorama geral da importação até o momento 
de seu desembaraço e posteriormente observarmos as atividades modernas e as novas 
tecnologias que estão sendo desenvolvidas pelos governantes para unir as informações em 
um processo único de importação. Esse projeto não é novo, mas tem passado pela fase de 
implantação e você fará parte desta análise juntamente conosco.
Observe	como	era	a	importação	e	para	qual	caminho	está	seguindo.	Você	ficará	
encantado com a proposta de agilidade de desembaraço e junção de informações em um 
único sistema. Enquanto em alguns países o desembaraço da mercadoria demora horas 
para	o	desembaraço,	no	Brasil	leva	em	média	20	dias	para	todo	o	processo	estar	finalizado.	
A diminuição do tempo de espera do desembaraço contribuirá para o desenvolvimento 
contínuo e sistemático das importações, e, incidindo menos gastos aduaneiros.
Convido você a adentrar nesse processo histórico e a se empenhar para contribuir, 
como	futuro	profissional,	deste	novo	sistema	de	gestão	na	importação.
Desejamos um ótimo estudo a todos!
75UNIDADE IV Despacho de Importação
1 ANÁLISE E REFLEXÃO HISTÓRICA DAS IMPORTAÇÕES
Estimados(as) discentes, como todo processo de gestão, a importação passou 
por inúmeras etapas até chegar no sistema em que adotamos no Brasil, a saber, Sistema 
Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). Entretanto, nem sempre foi assim! O sistema 
de gestão de importação passa por constantes mudanças e a perspectiva é que, com o 
aumento das importações, os processos sejam repensados para que possa atender as 
demandas com agilidade.
Imagine você como era a importação há 200 anos atrás! As primeiras regulamenta-
ções	eram	de	fato	superficiais	e	ficaram	robustas	após	muitos	processos	revistos	e	muitas	
regulamentações e legislações surgindo, tudo isso para não perder o mercado de venda 
e compra de produtos, mas acima de tudo, para a proteção do mercado interno brasileiro.
Em termos históricos, a primeira organização, segundo o Ministério da Economia, 
tudo começou em 1808 com a conhecida Carta Régia de Abertura dos Portos brasileiros às 
Nações Amigas. Foi nesse momento que a história do Brasil mudaria no que diz respeito às 
questões	comerciais.	Estava	firmado	o	primeiro	acordo	internacional,	ainda	que	prematuro	
e com interesses de extrair matéria prima do até então Brasil Colônia.
Com o passar do tempo as adaptações foram sendo feitas, entretanto, em média, o 
Brasil	leva	em	torno	de	14~20	dias	para	a	finalização	de	desembaraço	de	uma	importação,	
isso	se	tudo	ocorrer	conforme	o	planejado	e	não	seja	necessário	retificações.	Por	isso,	antes	
de	entrarmos	no	tópico	específico	sobre	o	Projeto	Nova	Importação	e	Declaração	Única	de	
76UNIDADE IV Despacho de Importação
Importação (DUIMP), que visam a modernidade do setor, será interessante fazermos uma 
reflexão	do	processo	de	importação	desde	o	seu	início.	
Os dados a seguir foram retirados do site do Ministério da Economia (MDIC), que 
disponibilizou em comemoração aos 200 anos de comércio exterior brasileiro um panorama 
histórico.
Tabela 1 - 200 anos das relações comerciais brasileiras (por décadas)
1808-1820
A corte portuguesa se estabeleceu no Brasil, em 1808. Em 28 de janeiro 
daquele ano, foi publicada a Carta Régia de Abertura dos Portos brasileiros 
às Nações Amigas. Com isso, o Brasil passou a exercer autonomia inédita 
sobre seu próprio comércio exterior.
1821-1830 
O principal fato histórico desse período para os brasileiros foi a indepen-
dência do país em 1822. O Brasil assinou o Tratado de Comércio com a 
Inglaterra, ato que revalidou os termos do Tratado de Comércio firmado entre 
Portugal e a Grã-Bretanha em 1810.
1831-1840
A terceira década do século XIX foi marcada, no Brasil, pelo aumento da 
demanda mundial pela borracha produzida na região amazônica. Entretanto, 
a balança comercial registra sucessivos déficits. Nesta década, o café come-
çou a se destacar na pauta das exportações brasileiras.
1841-1850
No ano de 1844 o governo brasileiro extinguiu o Tratado Comercial com a 
Grã-Bretanha. Esta medida aumentou o custo dos produtos importados, es-
timulando a instalação de indústrias no país. As exportações de café aumen-
taram, mas a balança comercial ainda é desfavorável para Brasil.
1851-1860
Pela primeira vez o Brasil conseguiu diversificar os destinos de suas expor-
tações, mas as importações continuaram concentradas na Grã-Bretanha. O 
primeiro saldo positivo da balança comercial foi obtido em 1860 graças ao 
café, que nesta década correspondia a 48,8% das exportações, seguido pelo 
açúcar (21,2%), algodão (6,2%), fumo (2,6%) e cacau (1%).
1861-1870
Nesta década, o café e o algodão são os principais produtos exportados pelo 
Brasil. O total das exportações entre 1851 e 1860 é de 150 milhões de libras 
esterlinas, equivalentes a 11,8% do PIB e as importações somam 132 mi-
lhões de libras. O superávitcomercial do período foi de 18 milhões de libras.
1871-1880
Entre os anos de 1871 e 1880, os embarques brasileiros de café, açúcar, 
algodão, couros, borracha, cacau, mate e fumo, continuavam crescendo e 
representavam 95% de toda a pauta exportadora.
1881-1890
A balança comercial brasileira registrava sucessivos saldos positivos, contri-
buindo para um acúmulo de capital, que parte era direcionado para a expan-
são das atividades manufatureiras. Em maio de 1888, a Lei Áurea aboliu a 
escravidão no Brasil e em 15 de novembro de 1889 houve a proclamação da 
República.
1891-1900
O comércio exterior continua dependente do café, que constituía o setor mais 
dinâmico da economia e responde por mais de 60% das exportações brasi-
leiras. Na região Amazônica intensificou-se a exploração da borracha, valori-
zada pela nascente indústria automobilística nos Estados Unidos.
77UNIDADE IV Despacho de Importação
1901-1910
Nesta década, iniciou-se uma longa fase de expansão do comércio exterior 
brasileiro. A Região Norte viveu o auge do ciclo da borracha e o Brasil res-
pondia por 97% da produção mundial. Em 1906, foi colocado em prática o 
Acordo de Taubaté, para manter em alta o preço internacional do café e ga-
rantir os lucros dos cafeicultores.
1911-1920
O acontecimento histórico que marca a segunda década do século XX é a 
Primeira Guerra Mundial. A entrada do Brasil na guerra coincide com uma cri-
se no setor cafeeiro, que obrigou o governo a colocar em prática o segundo 
plano de valorização do produto. Os principais produtos de exportação eram 
café, açúcar, cacau, mate, fumo, algodão, borracha, couros e peles.
1921-1930
A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, provoca uma crise que se alastra 
pelo mundo e atinge em cheio a economia cafeeira brasileira. Isso coincide 
com extraordinária expansão das lavouras de café e o resultado foi uma ofer-
ta superior à demanda internacional. A solução encontrada pelo governo é a 
destruição dos estoques excedentes do produto.
1931-1940
Os efeitos da quebra da bolsa de Nova York e da crise do setor cafeeiro 
comprometem o desempenho do comércio exterior brasileiro. No início desta 
década, grande parte da safra do grão se acumula em armazéns. A oferta 
continua muito maior que demanda mundial e para contornar a crise do setor, 
o governo destruiu milhões de sacas de café. O algodão brasileiro desponta 
como o segundo principal de exportação. A política de substituição de im-
portações favorece o desenvolvimento da indústria nacional. Nesta década, 
houve o início da Segunda Grande Guerra.
1941-1950
Durante a Segunda Guerra Mundial, o intercâmbio comercial brasileiro era 
feito principalmente com os Estados Unidos. Com a guerra, os preços inter-
nacionais do café se tornam mais uma vez atrativos. A produção e a expor-
tação desse produto volta a sua posição de destaque na economia nacional.
1951-1960
Neste período, houve a diversificação da pauta exportadora brasileira e tam-
bém dos destinos desses produtos. No início dos anos 50, a normalização 
das trocas internacionais já tinha feito com que o café voltasse a concentrar 
a maior parte das exportações, tendo os EUA como principal mercado.
1961-1970
Os anos JK foram bastante proveitosos para a indústria nacional, com su-
cessivos aumentos da produtividade, mas não houve avanços do comércio 
exterior brasileiro. Café, açúcar, algodão e minérios ainda são responsáveis 
por 70% da pauta exportadora do país. Na segunda metade da década, a 
participação de produtos manufaturados nas exportações brasileiras passou 
de 7% em 1965 para 30% em 1974.
1971-1980
Nesta década, a economia brasileira conseguiu crescer de forma considerá-
vel. O milagre econômico, iniciado em 1967, chegou a seu auge, com taxas 
de crescimento anual acima de 11%. A participação dos produtos manufatu-
rados na pauta exportadora brasileira aumenta em 47% de 1974 a 1979 e o 
Brasil conquistou novos mercados no Oriente Médio e na África.
1981-1990
Brasil e Argentina assinaram a Ata de Buenos Aires, que fixou a data de 31 
de dezembro de 1994 para início das atividades do Mercado Comum do Sul 
(Mercosul) e, no âmbito da Associação Latino-americana de Integração (Ala-
di), foi firmado o Acordo de Complementação Econômica N.º 14, que conso-
lidou os protocolos de natureza comercial e propôs uma redução tarifária a 
partir de 1990.
78UNIDADE IV Despacho de Importação
1991-2000
No início da década de 90, o Brasil implementou a abertura comercial com 
redução de tarifas de importação e reformulação dos incentivos às exporta-
ções. Os fluxos comerciais se intensificaram e foi criado o Mercosul. Nesta 
década também foi instituída a Organização Mundial de Comércio (OMC), 
organismo multilateral responsável pela regulamentação do comércio.
2001-atual
A partir de 2000, o comércio exterior brasileiro aumentou num ritmo mais 
vigoroso. O crescimento econômico mundial, o aumento dos preços inter-
nacionais de produtos básicos, a diversificação dos mercados importadores 
e a maior produtividade da indústria nacional são fatores que favoreceram 
o dinamismo das exportações brasileiras, que passou a atingir sucessivos 
recordes”.
Fonte: o autor com base em Ministério da Economia Indústria, Comex e Serviços (2020).
Conforme resumo acima, é notório que a importação e exportação tendem a au-
mentar, para isso, o Serpro ou Serviço Federal de Processamento de Dados, implantado 
em 1964, tem a tarefa de reunir o máximo de informações possíveis de um único processo 
para que, em sua base de dados, sejam registrados os padrões e procedimentos de cada 
movimentação de comércio internacional. Assim, com um sistema de gerenciamento de 
informações e dados, de forma inteligente, poderá agilizar todo processo e expor as infor-
mações necessárias à comunidade e gestores.
Para	 tanto,	 vamos	 verificar	 nos	 tópicos	 a	 seguir	 o	 que	 se	 tem	 feito	 para	 que	 o	
sistema de importação seja incrementado.
79UNIDADE IV Despacho de Importação
2 PROJETO NOVA IMPORTAÇÃO
O mercado internacional e o processo de nacionalização de mercadoria estão 
passando por constantes mudanças. Assim como em 2018 a exportação passou por um 
processo de modernização, a saber, a implantação da Declaração única de Exportação 
(DU-E), chegou a vez da importação. 
O Projeto Nova Importação é uma movimentação governamental que se deu por 
meio de consulta pública no ano de 2017 em diversos sites governamentais. A intenção 
foi	coletar	diversas	opiniões	de	profissionais	da	área	de	comércio	exterior	(Comex),	dentre	
eles	estão	os	fiscais,	despachantes,	 importadores,	agentes	de	carga,	órgãos	anuentes	e	
intervenientes	e	profissionais	da	área	da	Tecnologia	da	Informação	(TI).
Essa consulta está em análise e pode voltar a ser feita a qualquer momento, caso 
o ministério da Economia entenda que é importante rever as propostas feitas na consulta 
pública.	A	consulta	ratificou	o	que	é	notório	pelos	profissionais	envolvidos	no	processo	de	
importação: a duplicidade de informações e a burocracia desnecessária que resulta na 
morosidade do processo de importação. 
Ainda em 2020, para que uma importação seja realizada, o importador deve plane-
jar	muito	bem	o	fluxo	das	informações	com	muitos	setores	envolvidos.	Cada	setor	tem	seus	
prazos, instruções normativas, legislações, análises, deferimentos e documentos inúmeros 
a serem preenchidos. 
80UNIDADE IV Despacho de Importação
Por exemplo, uma empresa que quer importar vasos de cerâmica, deverá consul-
tar	o	 tratamento	administrativo	e	verificará	que	 terá	LI	 (Licença	de	 Importação)	a	serem	
deferidas pelo MAPA, após o embarque terá que preparar toda a documentação para a 
vistoria, após, terá que preparar o processo para a Receita Federal fazer a vistoria da 
carga, assim como o MAPA também fará a vistoria. Em seguida, terá que realizar o registro 
da	DI,	consultar	o	Banco	Central	para	a	verificação	da	taxa	cambial,	na	sequência,	coletar	
os impostos e tributos na Receita Estaduale liberar a mercadoria no recinto alfandegário.
Caso algum desses procedimentos dê divergência, o processo todo será interrom-
pido até que o setor libere a mercadoria para a competência de outro setor. Como você 
deve notar, o processo é árduo e mais, caso ele volte a fazer a importação da mesma mer-
cadoria, mesmo exportador, mesmos valores ou mesmos portos e aeroportos a estrutura 
da importação permanecerá a mesma, ainda que ele faça a mesma importação por anos.
Em resumo, observe como é complexo o sistema de nacionalização de mercadoria, 
importação:
Quadro 1 - Fluxograma de importação 
Fonte: o autor (2020).
Observando	 o	 fluxograma	 você	 foi	 capaz	 de	 identificar	 diversos	 setores	 que	 se	
conversam, mas ao mesmo tempo possuem sistemas e estruturas distintas. Um exemplo 
81UNIDADE IV Despacho de Importação
mais claro são os órgãos anuentes e intervenientes. Observe na sequência todos os órgãos 
que possivelmente terão acesso à informação de importação de um único processo:
Quadro 2 - Envolvidos governamentais no processo de importação 
Fonte: o autor (2020).
Conforme	definido	na	unidade	I	(volte a unidade I e reveja cada órgão), todos esses 
departamentos são regidos por normas e regulamentações internas e em cada importação, 
dependendo do tratamento administrativo, NCM, tipo de produto, etc., terão mais ou menos 
setores envolvidos, mesmo na incidência de importação pelo.
Após	ouvir	diversos	setores,	o	governo	entende	a	necessidade	de	unificação	de	
informações e após a análise e liberação de um departamento os outros, concomitante-
mente, podem se valer das informações já deferidas para agilidade do processo. Foram 
ouvidos 2145 contribuições de 133 agentes distintos, segundo o portal Siscomex (www.
portal.siscomex.gov.br).
82UNIDADE IV Despacho de Importação
3 O NOVO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO
Com	a	finalidade	de	coordenação	das	atividades	de	registro,	o	novo	processo	de	
importação tem muito trabalho pela frente, haja vista que os órgãos envolvidos precisam 
passar por adaptações, treinamentos e sistema de informática capaz de “conversar” simul-
taneamente como uma base de dados nacional.
Essa base de dados, deverá envolver pelo menos 3 procedimentos que permeiam 
uma importação. Para Araújo (2013) a base para qualquer importação pode ser subdividida 
em três, a saber: 
Administrativa: todos os procedimentos necessários para efetuar uma im-
portação, são aplicados de acordo com a operação e/ou tipo de mercadoria 
a ser importada. Compreende todos os atos que estão a cargo da Secex, 
envolvendo a autorização para importar, que se completa com a emissão 
da licença de importação, tudo realizado via on-line no Siscomex (Sistema 
Integrado de Comércio Exterior), e interligados aos órgãos governamentais, 
Receita Federal, Banco Central do Brasil (Bacen) e todos os agentes que 
participam ativamente nos processos de exportação e importação. Cambial: 
é a transferência da moeda estrangeira para o exterior para o pagamento das 
importações, cujo controle está a cargo do Banco Central e que se processa 
por meio de um banco autorizado a operar em câmbio. Fiscal: que com-
preende o despacho aduaneiro, mediante o recolhimento de tributos, e que 
se completa com a retirada física da mercadoria da alfândega. (ARAÚJO, p. 
8, 2013, grifo nosso)
Segundo o autor, a etapa administrativa inicia o processo de importação, logo, está 
ligada a autorização de entrada de mercadoria no país. Já o setor cambial é de responsa-
83UNIDADE IV Despacho de Importação
bilidade	dos	bancos	e	agentes	financeiros,	e,	por	fim,	o	setor	fiscal	fica	responsável	pelas	
fiscalizações	aduaneiras	e	recolhimento	de	taxas	e	tributos,	conforme	a	legislação.	
Após	o	Projeto	Nova	 Importação	 ter	finalizado	a	primeira	etapa	de	pesquisa	em	
2017, conforme visto no tópico anterior, todas as contribuições estão sendo analisadas pela 
Receita Federal Brasileira (RFB) e a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), entretanto, 
no site do Portal Único Siscomex, já está disponível as primeiras tratativas e a fase de teste 
que	já	foi	implantada	desde	o	final	do	ano	2018,	com	mais	robustez	em	meados	de	2019.	
Na	nova	estrutura,	a	unificação	das	informações	é	o	objetivo	geral.	Diferente	do	que	
foi	apresentado	no	tópico	1	desta	unidade,	o	esquema	de	fluxo	de	informações	pode	ser	
demonstrado da seguinte maneira:
Quadro 3 - Novo processo de Importação
Fonte: https://www.fazcomex.com.br/blog/duimp-e-o-novo-processo-de-importacao/ (2020).
Observe que a proposta do novo processo de importação não diminui a quantidade 
de participantes/envolvidos na importação, mas concentra em um único sistema todas as 
informações necessárias para o processo ser consultado por qualquer órgão governamental 
que precise no momento da nacionalização. Destaque em especial para LPCO (Licenças, 
Permissões,	Certificados	e	Outros	Documentos)	que	contará	com	todos	os	deferimentos	de	
Licença de Importação e uma vez liberada por um dos órgãos será inerente a liberação da 
mercadoria pelos demais envolvidos, assim como a Guia de Recolhimento (GR) e Relató-
rios de Inteligência Financeira (RIF) totalmente interligados e com liberações simultâneas.
Para	Borges	 (2017),	 os	 riscos	 financeiros	de	 financiamentos	na	 importação	 são	
grandes,	 logo,	as	questões	financeiras	unificadas	ajudarão	 inclusive	em	novas	 linhas	de	
84UNIDADE IV Despacho de Importação
créditos para pagamentos de impostos com antecedência e planejamento, o que ajudará a 
empresa importadora na manutenção e prevenção de gastos.
Com a nova estrutura, não haverá mais a necessidade de vários registros, possibi-
litando a Declaração Única de Importação (DUIMP), e a consulta de importações anteriores 
(catálogo) como base de dados, que será abordado no tópico a seguir.
85UNIDADE IV Despacho de Importação
4 DECLARAÇÃO ÚNICA DE IMPORTAÇÃO – DUIMP
Para que você possa relembrar, o despacho aduaneiro é a reunião de informações 
sobre a importação e a declaração de todas as informações em um sistema denominado 
Siscomex (Sistema de Comércio Exterior). Somente o despachante e a Receita Federal 
tem acesso as informações constantes no despacho aduaneiro.
O	Despacho	Aduaneiro	trata-se	do	procedimento	de	fiscalização	que	toda	merca-
doria deve passar, seja na importação ou exportação, no caso da importação é o momento 
em que se solicita a autorização da nacionalização da mercadoria. Tem o objetivo de uma 
verificação	precisa	de	todos	os	dados	que	foram	fornecidos	previamente	pelo	importador	
em relação a mercadoria importada, pois com base nessas informações que são cobrados 
os tributos e taxas de importação.
Como observado nos tópicos anteriores desta unidade, surge um sistema que inte-
gra todas as informações do despacho aduaneiro em uma Declaração Única de Importação, 
doravante denominada DUIMP.
A primeira vantagem da DUIMP é a antecipação do risco aduaneiro, ou seja, hoje 
chegam	nas	aduanas	brasileiras	as	importações	e	são	feitas	as	verificações	de	condições	
financeiras,	legislações,	capacidade	financeira	do	importador	e	tudo	isso	contribui	para	a	
parametrização da mercadoria. Em outras palavras, o que se coloca no sistema de im-
portação	(Siscomex)	é	que	vai	 influenciar	se	a	mercadoria	será	parametrizada	em	canal	
vermelho, verde, amarelo ou cinza.
86UNIDADE IV Despacho de Importação
O	novo	fluxo,	os	casos	de	armazenamento	da	mercadoria	serão	solicitados	ape-
nas se for necessário, essa análise só será possível graças a DUIMP, que armazenará 
informações de importações anteriores antevendo o processo. Ou seja, durante o trajeto 
da	mercadoria	a	fiscalização	já	irá	informar	se	precisa	ver	a	mercadoria	no	momento	que	
chegar no porto. Na antecipação da parametrização, ou despacho antecipado, conforme 
o que acontece em mercadorias perecíveis, o importador será informado antes mesmo do 
navio atracar na aduana.
Ser para Fontes (2018) o sucesso para a importação é o planejamento, com aDUIMP há uma interligação de informação, das quais destaca-se: a) Catálogo de produtos 
- ainda que algumas empresas já tenham em seus bancos de dados, agora os produtos 
tenham descrição detalhada padrão, com isso, a própria receita federal passa a unir essas 
descrições de mercadorias e estipular como descrição padrão e serão usados em impor-
tações futuras, órgãos anuentes e de outros importadores, uma vez validada a anuência 
será automática sem a necessidade de nova Licença de Importação; b) Única licença de 
importação para diversas operações - caso o importador traga mais de um tipo de produto 
na mesma importação, tem a possibilidade de fazer uma única licença de importação e seja 
liberada pelos órgãos anuentes responsáveis ao mesmo tempo e em um único processo, 
diminuindo o tempo de análise; c) Conferência aduaneira e inspeções em janela única de 
tempo - na conferência física estabelecida ao mesmo tempo para todos os órgãos anuentes 
e não mais agendado por cada departamento para vistoria.
Na sequência, d) Pagamento centralizado de tributos e despesas - apenas uma 
realização de pagamento, ou seja, no momento do registro da declaração, tirando a ne-
cessidade de impostos serem recolhidos no registro e demais encargos posteriormente ao 
registro, o que diminuirá o tempo de espera para a liberação; e) Entrega da carga desvin-
culada dos documentos - a desvinculação do processo em que envolve a carga física da 
documentação (papel); e, f) Desembaraço parcial - permite que libere a mercadoria que 
estiver em conformidade e deixar parte da mercadoria em desacordo para posteriormente 
prosseguir com os procedimentos cabíveis em lei.
Robles e Nobre (2016) inclui em seus estudos a necessidade de estruturação 
logística	na	importação	e	o	impacto	financeiro	que	pode	decorrer	de	má	gestão	logística	
na importação. Sobre esse fato, a DUIMP também pode trazer alguns benefícios! A saber, 
conforme explicado nas unidades anteriores sobre os tipos de importação, em suma, temos 
a importação por conta própria, Importação por conta e ordem e Importação por encomenda 
que	podem	ser	beneficiadas	pela	nova	estrutura.
87UNIDADE IV Despacho de Importação
Relembrando: na importação própria o fornecedor tem relação direta com o impor-
tador;	na	 importação	por	conta	e	ordem	há	uma	empresa	específica	(trade)	que	 importa	
para vender toda sua importação para determinada empresa no Brasil; e, importação por 
encomenda mudam algumas questões de quem recolhe os tributos, mas é semelhante a 
importação por conta e ordem. Para esses casos, após a realização da primeira importação, 
o sistema único irá padronizar o processo e não será necessário entender cada importação 
como isolada.
Por	fim,	ainda	que	tenham	diversas	mudanças,	destaca-se	a	possibilidade	de	uma	
carga consolidada (LCL - Less Container Load - Menos de um container embarcado), aque-
la que vem “isolada” dentro de um container com cargas de diferentes importadores, poderá 
ser registrada antes mesmo de chegar na alfândega, ou seja, desembaraço sobre águas. 
Em razão disso, poderá ter carga liberada e desembaraçada antes mesmo de chegar na 
aduana.
Segundo o site do Portal Siscomex todos esses processos que elencamos já estão 
em fase de testes e as empresas foram selecionadas aleatoriamente para a fase de testes 
que se deu início em 2018 e permanece de forma gradual até os dias atuais. Na versão 
piloto	os	critérios	para	que	as	empresas	possam	testar	é:	apenas	empresas	certificadas	
no programa Operador Econômico Autorizado - OEA, tipo C2; Importação destinada a 
consumo (equivalente a DI Tipo 01); Modal aquaviário; Recolhimento integral de tributos; 
Mercadorias e operações não sujeitas a licenciamento de importação; Preenchimento ape-
nas por tela (sem uso de serviço/XML); Permite importação por conta e ordem (OEA C2); 
Uso obrigatório do Catálogo de Produtos.
Muito em breve todas as importações passarão a utilização da DUIMP e muitas 
novas	possibilidades	de	atuação	do	profissional	de	Comércio	Exterior	estará	no	mercado	
de	 trabalho.	Um	deles	é	a	auditoria	aduaneira,	em	que	 formará	profissionais	que	serão	
capazes a montar catálogos de produtos e auxiliar na adaptação das empresas para o 
Sistema Único de importação. Você estudante terá uma gama ainda maior de atuação no 
mercado de trabalho e das relações internacionais.
Agradeço	imensamente	a	sua	atenção	e	espero	que	nossas	reflexões	aqui	expos-
tas	sejam	apenas	janelas	para	que	você	possa	construir	o	seu	futuro	profissional.	Será	um	
prazer te encontrar em breve e compartilharmos nossas experiências.
88UNIDADE IV Despacho de Importação
SAIBA MAIS
 A Receita Federal disponibiliza um site para treinamento do novo processo de importa-
ção	(DUIMP.	Para	acessar	é	necessário	ter	um	certificado	digital,	vale	a	pena	conferir:	
http://www.siscomex.gov.br/sistema/sistemas-em-treinamento/. 
 
REFLITA 
“O país onde o comércio é mais livre será sempre o mais rico e próspero, guardadas as 
proporções”.
Voltaire.
89UNIDADE IV Despacho de Importação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na	parte	final	de	nossos	estudos	pudemos	observar	a	evolução	dos	processos	de	
importação no país. Foi possível observar que a demanda de mercado cresceu e continua 
em constante crescimento, não somente no Brasil, mas em todos os países que se dispõem 
às negociações do comércio internacional. 
A gestão nesses processos é de extrema importância, e, por isso, o estudante 
pode observar que o Brasil está em constante mudança para atender aos importadores 
com agilidade e desburocratização do desembaraço aduaneiro. Enquanto em outros países 
desenvolvidos a importação é feita em horas, no Brasil ainda se leva dias para o desemba-
raço e comercialização do produto importado, por isso, as constantes mudanças visam a 
agilidade dos processos.
A grande novidade é o sistema de desembaraço único de importação (DUIMP), 
que ainda em fase de testes, já pode contribuir para que, no mínimo, as informações e 
os envolvidos na importação “se conversem” por meio de uma plataforma única, podendo 
assim contribuir para o ágil desembaraço da mercadoria.
Nesta unidade você pode constatar onde estamos e quais os objetivos de nossos 
governantes	 para	 a	 eficiência	 e	 eficácia	 nos	 portos	 e	 aeroportos.	Obviamente,	 o	 inves-
timento nesses processos são enormes e para isso conta com etapas de implantação e 
treinamento, tanto de pessoal interno (órgãos públicos) como de todos os envolvidos na 
importação,	 ou	 seja,	 desde	 o	 transportador	 da	 carga	 até	 o	 consumidor	 final.	 Você	 que	
está	estudando	esse	módulo	pode	ser	o	futuro	profissional	que	terá	acesso	a	todas	essas	
facilidades projetadas.
Finalizamos	aqui	as	nossas	reflexões	sobre	os	novos	processos	de	importação	e	os	
rumos que a tecnologia contribuem para a agilidade na importação brasileira. Desejamos 
que você busque cada vez mais conhecer sobre o comércio exterior que é apaixonante e 
cheio de possibilidades. 
Até a próxima.
90UNIDADE IV Despacho de Importação
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
Título: A dama de Ferro
Ano produção:	2012	|	Duração:	1h	44min|	Classificação:	14	anos	
|	Gênero:	Biografia.
Sinopse: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira 
dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret 
Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos 
na função de primeira-ministra do Reino Unido em um mundo 
até então dominado por homens. Durante a recessão econômica 
causada	pela	 crise	do	petróleo	no	fim	da	década	de	70,	a	 líder	
política tomou medidas impopulares, visando a recuperação e 
comércio do país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino 
Unido	entrou	em	conflito	com	a	Argentina	na	conhecida	e	polêmica	
Guerra das Malvinas.
LIVRO 
Título: negociações Internacionais
Autor: Tânia Manzur 
Editora: Saraiva
Sinopse: É fundamental que a preparação de negociadores inter-
nacionais atenda a um rol de exigências que permitaalcançar con-
sensos, promover acordos, superar barreiras, sugerir caminhos, 
inovar e empreender. Pensando nisso, este livro, além de apre-
sentar um balanço teórico-conceitual da negociação internacional 
e sugerir técnicas e estratégias para a formação do negociador 
internacional	eficiente,	 também	busca	contribuir	para	uma	 inser-
ção	 internacional	mais	 eficaz	 do	 Brasil	 a	 partir	 da	 formação	 de	
negociadores capazes e conscientes de seu papel.
91UNIDADE IV Despacho de Importação
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, José Marcelo Fernandes. Tratamento Administrativo e Aduaneiro da Importação e Expor-
tação: Volume 1. São Paulo: IOB. Disponível em: http://www.iob.com.br/newsletterimages/iobstore/
sumarios/2013/jun/liv21128.pdf
ASSUMPÇÃO, ROSSANDRA MARA. Exportação e Importação: Conceitos Procedimentos Bá-
sicos. Curitiba: IBPEX, 2007. Disponível em: HTTPS://BV4.DIGITALPAGES.COM.BR
BANCO DO BRASIL. Licença de Importação. Disponível em: http://www.bb.com.br/portalbb/
page44,109,4454,12,0,1,3.bb <Acesso 07 fev. 2020 às 16:15>
BANCO DO BRASIL. Termos Internacionais do Comércio (Incoterms 2000). Disponível em: http://
www.bb.com.br/docs/pub/dicex/dwn/IncotermsRevised.pdf <Acesso 07 fev. 2020, às 10:32>
BANCO MUNDIAL. BR – Transport Logistics Project (SWAp). Disponível em: http://documents.
worldbank.org/curated/en/403101468742539055/pdf/Project0Inform1nt010January01802005.pdf 
<Acesso 08 fev. 2020, às 17:03>
BORGES, Joni Tadeu. Financiamento Ao Comércio Exterior: O Que Uma Empresa Precisa Saber. 
Curitiba: Intersaberes, 2017. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br
BROGINI, Gilvan. Tributação e Benefícios Fiscais no Comércio Exterior. Curitiba: Intersaberes, 
2013. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br
FONTES, Kleber. 7 Passos para o Sucesso na Importação: O Manual para Ser Bem Sucedido 
no Comércio Exterior. São Paulo: Labrador, 2018. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br
PALÁCIO DO PLANALTO. 200 anos de comércio internacional. Disponível em: <http://www.mdic.
gov.br/component/content/article?id=888> Acesso em 23/03/2020 às 14h.
PALÁCIO DO PLANALTO. Decreto n° 660, de 25.9.92 Disposições sobre TUS. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0660.htm <Acesso 10 mar. 2020, às 
14:00>
PALÁCIO DO PLANALTO. Decreto Nº 6.759, De 5 De Fevereiro De 2009. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm <Acesso 09 fev. 2020, às 16:55>
PALÁCIO DO PLANALTO. Decreto Nº 7.212, DE 15 de junho de 2010 Disposições sobre IPI. Dis-
ponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7212.htm <Acesso 
10 fev. 2020, às 13:00>
PALÁCIO DO PLANALTO. Decreto-lei nº 2.404/1987 e disciplinado pela Lei nº 10.893/2004. 
Com as alterações trazidas pelas Leis nº 12.599/2012 e 12.788/2013. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12599.htm<Acesso 10 fev. 2020, às 16:01>
PALÁCIO DO PLANALTO. Lei 9.019, de 30 de março de 1995, e pelo Decreto nº 1.751, de 19 
de dezembro de 1995. Disposições sobre medidas e subsídios. Disponível em: http://www.mdic.
gov.br/index.php/comercio-exterior/defesa-comercial/205-defesa-comercial-2/o-que-e-defesa-co-
mercial/1774-medidas-subsidios-e-medidas-compensatorias. <Acesso 22 mar. 2020, às 17:00>
PALÁCIO DO PLANALTO. Lei Complementar Nº 114, de 16 de dezembro de 2002 Disposições 
sobre poderes dos Estados. Disponível em: <Acesso 10 mar. 2020, às 16:00>
PALÁCIO DO PLANALTO. Lei Complementar nº 70 de 30 de Dezembro de 1991. Disposições 
sobre COFINS. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp70.htm <Acesso 
10 mar. 2020, às 16:00>
92UNIDADE IV Despacho de Importação
PALÁCIO DO PLANALTO. Lei Nº 3.244, de 14 De Agosto De 1957 Disposições sobre II. Dispo-
nível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3244.htm <Acesso 10 mar. 2020, às 12:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Declaração Única de Importação. Disponível em: <www.portal.
siscomex.gov.br> Acesso em 23/03/2020 às 16h.
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Decreto N.º 7.871 de 2017 Disposições sobre ICMS Paraná. 
Disponível em: http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao/RICMS2017.pdf <Acesso 10 
mar. 2020, às 12:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. DUIMP e o Novo Processo de Importação. Disponível em: 
<https://www.fazcomex.com.br/blog/duimp-e-o-novo-processo-de-importacao/ 2020> Acesso em 
27/03/2020 às 12h.
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa Nº 1.861, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018. 
Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idA-
to=97727<Acesso 10 fev. 2020, às 15:34>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB nº 1.401 de 09/10/2013 Disposi-
ções sobre base de cálculo PIS/COFINS. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/
sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=46792 <Acesso 10 mar. 2020, às 17:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015. 
Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=70354<Aces-
so 10 fev. 2020, às 16:34>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB Nº 1600/15. Disponível em: http://
normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=70297&visao=anotado <Acesso 10 
fev. 2020, às 16:34>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa SRF Nº 680, DE 02 DE OUTUBRO DE 
2006. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anota-
do&idAto=15618<Acesso 10 fev. 2020, às 16:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa SRF Nº 98, DE 29 DE Dezembro de 1997 
Disposições sobre recolhimento. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2con-
sulta/link.action?visao=anotado&idAto=15618#123476 <Acesso 10 mar. 2020, às 16:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Lei 10.336/2001 Disposições sobre CIDE. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10336.htm <Acesso 10 mar. 2020, às 11:00>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Portaria Nº 309, De 24 De Junho De 2019, E Nº 324, De 29 De 
Agosto De 2019. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?vi-
sao=anotado&idAto=101914<Acesso 10 fev. 2020, às 12:34>
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Tratamento Administrativo. Disponível em: http://idg.receita.
fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-importacao/back-up/topicos/procedi-
mentos-preliminares/licenciamento-da-importacao/tratamento-administrativo <Acesso 10 fev. 2020, 
às 16:34>
ROBLES, Léo Tadeu; NOBRE, Marisa. Logística Internacional: Uma Abordagem para a Inte-
gração de Negócios. Curitiba: Intersaberes, 2016. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br
SZABO, VIVIANE (ORG.) Planejamento de Cenário Logístico. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2016. Disponível em: HTTPS://BV4.DIGITALPAGES.COM.BR
TRIPOLI, Angela Cristina K.; PRATES, Rodolfo Coelho. Comércio Internacional: Teoria e Prática. 
Curitiba: Intersaberes, 2016. Disponível em: HTTPS://BV4.DIGITALPAGES.COM.BR
93UNIDADE IV Despacho de Importação
CONCLUSÃO
Prezado(a) aluno(a),
Neste estudo foi exposto a você os principais conceitos sobre Gestão da Operação 
de Importação. Para tanto, iniciamos o nosso material com os conceitos teóricos que envol-
vem	a	gestão	e	o	comercio	exterior,	ficando	claro	a	você	que	a	legislação	e	os	processos	
aduaneiros são mutáveis, ou seja, devem ser pesquisados toda vez que necessário, pois 
trata-se de muito respaldo por meio de legislações e podem mudar dependendo do mercado 
interno e externo, assim como a oferta e a demanda.
Destacamos, principalmente na última unidade as novidades que o comércio exte-
rior tem trazido nos últimos tempos, a saber, a Declaração Única de Importação (DUIMP), 
que tenho certeza que você vai ouvir falar muito sobre esse assunto. Seja o primeiro a ser 
um especialista neste assunto, garanto que haverá muito mercado de trabalho quando o 
sistema estiver completamente em funcionamento!
Ao pensar em gestão de processosde importação você precisa lembrar que tra-
tamos da fundamentação teórica, ou seja, a base legal para cada processo na gestão. 
Hoje, quem faz a gestão do processo de importação é o despachante aduaneiro, logo, com 
essas	empresas	estão	os	profissionais	mais	atualizados	no	mercado	de	trabalho	sobre	a	
legislação.	Caso	você	tenha	oportunidade,	converse	com	um	profissional	desta	área.
Por	fim,	quero	respaldar	nossa	pesquisa	em	fatores	práticos.	O	que	isso	quer	dizer?	
Tente elaborar uma previsão de despesas com os modelos apresentados nesse material; 
procure	fazer	uma	classificação	de	uma	mercadoria	e	consultar	os	tratamentos	administra-
tivos, baixe os aplicativos indicados nesse material e insta tempo em seu conhecimento. 
Afirmo	que	a	área	da	gestão	é	pautada	por	experiências,	logo,	faça	testes,	converse	com	
seus parceiros de estudo e compartilhem informações.
Nosso desejo é que possamos nos encontrar em breve!
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
	UNIDADE I
	Métodos de Importação
	UNIDADE II
	Operações Especiais de Importação
	UNIDADE III
	Tratamento Tributário das Importações
	UNIDADE IV
	Despacho de Importação

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