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Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero 
Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos 
portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que 
A) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das pri-
meiras manifestações artísticas dos portugueses em terras 
brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
B) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, 
cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica bra-
sileira e a contestação de uma linguagem moderna.
C) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar 
do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, 
em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
D) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – ver-
bal e não verbal –, cumprem a mesma função social e artística.
E) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de gru-
pos étnicos diferentes, produzidos em um mesmo momen-
to histórico, retratando a colonização.
70. (Enem-2013)
Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), 
meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena de café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra 
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não 
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
 de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é 
uma palavra que já me está a pôr com dores 
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria 
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a 
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma 
[rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. 
(UDICE, N. Matéria do poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.)
O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu 
caráter metalinguístico justifica-se pela
A) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no 
mundo contemporâneo.
B) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico 
do século XX.
C) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta 
para assuntos rotineiros.
D) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de 
construção da própria obra.
E) valorização do efeito de estranhamento causado no públi-
co, o que faz a obra ser reconhecida.
71. (Enem-2011)
Texto I
Onde está a honestidade?
Você tem palacete reluzente
Tem joias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança ou parente
Só anda de automóvel na cidade...
E o povo pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e felicidade...
Vassoura dos salões da sociedade
Que varre o que encontrar em sua frente
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente...
(ROSA, N. Disponível em: . 
Acesso em: abr. 2010.)
Texto II
 Um vulto da história da música popular brasileira reconhe-
cido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio 
de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 
anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, 
deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural 
brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade con-
temporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI.
(Disponível em: . Acesso em: abr. 2010.)
Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasi-
leiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e 
situações de um povo. A atualidade da canção “Onde está a 
honestidade?”, de Noel Rosa, evidencia-se por meio
A) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvi-
dosa de alguns.
B) da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm 
herança.
C) da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade.
D) do privilégio de alguns em clamar pela honestidade.
E) da insistência em promover eventos beneficentes.
72. (Enem-2011) A discussão sobre “o fim do livro de papel” 
com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discus-
são idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. 
Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 
anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes 
de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publi-
cados e lidos – em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quân-
ticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz 
de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, 
folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... 
Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, 
não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth 
ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.
(TAVARES, B. Disponível em: .)
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgi-
mento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta 
seu ponto de vista, defendendo que 
A) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será 
extinto com o avanço da tecnologia.
B) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veicu-
lador de impressões e de valores culturais.
C) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer 
de se ler textos em livros e suportes impressos.
D) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em 
novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.
E) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibili-
dade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.
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Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero E o povo pergunta com maldade:
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