Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nós SOMOS do tecido de que são feitos os SONHOS.” 
 Willian Shakespeare 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
LIÇÃO 1 – #MORFOLOGIA: classe de palavras (sintagma 
nominal); concordância nominal; verbos (tempos e modos); 
LIÇÃO 2 – #SINTAXE I: termos integrantes: TRANSITIVIDADE 
(complemento verbal; complemento nominal); função sintática dos 
pronomes pessoais); 
LIÇÃO 3 – #SINTAXE II: termos essenciais: estudo do sujeito; 
concordância verbal; 
LIÇÃO 4 – #SINTAXE III: regência; crase; colocação 
pronominal; pontuação; acentuação; 
 LIÇÃO 5 – #SEMÂNTICA: signficação de palavras; reorganização 
da estrutura de orações e do períodos do texto; substituição de 
palavras; reescrita de textos; (APÊNDICE) 
 
 LIÇÃO 6 - #OFICINA DE LEITURA: compreensão textual; 
Interpretação textual; tipologia textual; gêneros textuais; elementos 
coesivos e referência textual. (APÊNDICE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
3 
 
 
SUMÁRIO 
LIÇÃO 1...................................................................................................5 
LIÇÃO 2 ................................................................................................... 18 
LIÇÃO 3 ................................................................................................... 24 
LIÇÃO 4 ................................................................................................... 30 
 
APÊNDICE I – SEMÂNTICA .................................................................... 46 
 
 AS COORDENADAS ....................................................................... 47 
 AS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ............................................ 50 
 AS SUBORDINADAS ADJETIVAS ................................................... 51 
 AS SUBORDINADAS ADVERBIAIS ................................................. 52 
 SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES ................................................... 55 
 OS ADVÉRBIOS ............................................................................ 56 
 AS EXPRESSÕES DENOMINATIVAS ............................................... 58 
 VOZES DO VERBO ......................................................................... 59 
 A REESCRITURA DE SENTENÇA .................................................... 61 
APÊNDICE II.......................................................................................63 
 PONTUAÇÃO ................................................................................. 64 
 ACENTUAÇÃO ............................................................................... 68 
 
APÊNDICE III – OFICINA DE LEITURA ....................................... 71 
 
 INTERTPRETAÇÃO TEXTUAL 
 COMPREENSÃO TEXTUAL 
 GÊNEROS TEXTUAIS 
 TIPOLOGIA TEXTUAL 
 REFERÊNCIA TEXUTAL 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
LIÇÃO 1 – #MORFOLOGIA: classe de palavras (sintagma 
nominal); concordância nominal; verbos (tempos e modos); 
 
1.1 - UNIVERSO DA CONSTRUÇÃO: O SUBSTANTIVO! 
 
 DETERMINATES SUBSTANTIVO ADJETIVO/FUNÇÃO 
 DE ADJETIVO 
 Artigo 
 Pronomes NÚCLEO 
 Numeral 
 
 1.1.2 ARTIGO E SUBSTANTIVO: a primeira relação semântica do sintagma! 
 
A) O artigo é a palavra que acompanha e determina o substantivo de 
modo definido (O, A, OS, AS) ou indefinido (UM, UMA, UNS, UMAS); 
 
B) os artigos são responsáveis por diversos detalhes de significação, em 
diferentes situações comunicativas em que são empregados. 
 
 
1.1.2.1 EMPREGO DO ARTIGO DEFINIDO (QUESTÃO CESPE/REESCRITURA 
DE SENTENÇA e CRASE!) 
 
“O Antônio comunicou-se com João.” 
 a) Junto de nomes próprios, denota familiaridade (podendo o artigo ser 
omitido); 
 
“A Suécia”, “o Atlântico”, “o Brasil” 
 b) Costuma aparecer ao lado de certos nomes próprios geográficos; 
 
DICA#CASCA! no Brasil, os Estados que dispensam o uso do artigo são: 
Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, 
Pernambuco e Sergipe. 
 “O historiador Tito Lívio” 
c) Em alguns títulos; 
(é omitido em ordinais pospostos ao título: Pedro I, Henrique VIII) 
 “Os Lusíadas”, “A Tempestade” 
d)Usa-se o artigo em nomes de trabalhos literários e artísticos (se o artigo 
pertence ao título, terá de ser escrito, obrigatoriamente, com letra 
 
6 
 
maiúscula) 
 
(mesmo quando o nome da obra vier precedido de preposição, conserva-se o 
artigo: “No caso de Os Lusíadas”) 
 
“Estou em casa”, “passei por casa”, “todos de casa”, “fui a casa” 
e) São omitidos antes da palavra casa designando residência ou família; 
(quando seguidos de nome do possuidor ou de um adjetivo ou expressão 
adjetiva, pode o vocábulo casa acompanhar-se de artigo: “Da casa de meus 
pais”) 
*No exemplo “fui a casa”, o artigo é omitido, ou seja, só há a 
preposição a, pois a palavra casa não é qualificada. 
 
 “Era perto da uma hora/Era perto de uma hora” 
f) Nas indicações de tempo com uma hora, expressando a primeira hora, a 
utilização do artigo é facultativa; 
 
“Meu livro/O meu livro” 
g) Na maioria dos casos, de emprego facultativo junto a possessivos em 
referência a nome expresso; 
*É obrigatório o uso do artigo, quando o possessivo é usado sem substantivo: 
“Bonita casa era a minha”; 
 
“O homem mais virtuoso do lugar” 
“O homem o mais virtuoso do lugar” (errado) 
h) Não se repete o artigo em frases como a citada; 
*É preciso saber distinguir o uso do conjunto o mais quando é para enfatizar 
o substantivo determinado por adjetivo como na frase: “Seu rosto de leite e 
rosas, de um contorno o mais perfeito” 
 
“Traz a cabeça embranquiçada pelas preocupações. Tem o rosto sereno, mas as mãos 
trêmulas.” 
 i) Junto às designações de partes do corpo e nomes de parentesco, os 
artigos denotam posse; 
 
“O coração de todo o ser humano foi concebido para ter piedade” 
j) A palavra todo, no singular, pode vir ou não seguida de artigo, com os 
significados de inteiro, total e cada; 
*O conjunto o todo denota totalidade, inteireza. 
(ou também pode aparecer com o sentido de qualquer: “O coração de todo 
o ser humano foi concebido para ter piedade”) 
*Em designações geográficas, o conjunto todo o ou a palavra todo entrará 
como correta se a região pedir ou não artigo: “Todo o Brasil”, “Todo Portugal” 
*Usa-se em algumas expressões como: todo o gênero, todo o mundo, a toda 
a parte, em toda a parte, a toda a pressa, em todo o caso, etc. 
 
7 
 
*No plural, todos não dispensa artigo (salvo se vier se vier acompanhado de 
palavra que exclua este determinante: “Todas as famílias”, “todas 
estas pessoas” 
*Se exprimimos a totalidade numérica por numeral precedido do elemento 
reforçativo todos, aparecerá artigo se o substantivo vier expresso: “Todos os 
dois romances”, “todas as seis respostas” 
*Se omitirmos o substantivo, não haverá lugar para o artigo: “Fizeram-me 
seis perguntas. Respondi, acertadamente, a todas seis.” 
 
1.2 – PRONOMES 
1.2.1 – INDEFINIDOS 
São aqueles que se referem à 3ª pessoa gramatical de forma vaga, imprecisa. 
Eles podem ser variáveis, sofrendo flexão de gênero e número e podem também 
assumir papel de pronome substantivo e de pronome adjetivo. 
1.2.2 - Emprego de alguns pronomes indefinidos (QUESTÃO DE PROVA!) 
 A) Algum(uns), alguma(s) 
Quando eles aparecem antes do substantivo, possuem sentido afirmativo. 
Se aparecerem depois, ganham sentido negativo. 
Algum amigo ligará para você. (sentido afirmativo; alguém ligará) 
Amigo algum ligará para você. (sentido negativo;ninguém ligará) 
B) Certo(s), certa(s) 
Dependendo da posição dessas palavras, a classe gramatical mudará. Se 
alguma delas vier ANTES do substantivo, serão pronomes indefinidos; se 
Variáveis Invariáveis Locução pronominal indefinida 
Algum (uns), alguma(s) Alguém Qualquer um 
Nenhum(uns), nenhuma(s) Algo Cada um 
Todo(s), toda(s) Cada Todo aquele que 
Outro(s), outra(s) Nada Um ou outro 
Muito(s), muita(s) Ninguém Todo mundo 
Pouco(s), pouca(s) Tudo Seja quem for 
Certo(s), certa(s) 
Tanto(s), tanta(s) 
Quanto(s), quanta(s) 
Qualquer, quaisquer 
 
8 
 
vierem APÓS o substantivo, serão adjetivos. 
Certas pessoas nunca tomam as decisões certas. 
Certas pessoas caracteriza o pronome indefinido certas, mas decisões 
certas caracteriza o adjetivo certas que é dado à palavra decisões. 
C) Todo(s), toda(s) 
Essas palavras possuem variações de sentido. Se forem empregadas no 
plural, vão indicar a totalidade de um conjunto: 
Todas as lojas estarão abertas até meia-noite. 
Se forem empregadas no singular e sem artigo, essas palavras terão 
sentido de qualquer e cada: 
Em casa, toda decisão é tomada em conjunto. (toda decisão = cada decisão) 
Se forem empregadas no singular e com artigo, essas palavras indicarão 
totalidade, funcionando como a palavra inteiro, transformando-se em 
adjetivo: 
Assistiam desenhos por toda a manhã. (assistiam desenhos pela manhã 
inteira) 
Se essas palavras forem empregadas no singular, depois de um 
substantivo, também serão como a palavra inteiro. 
Assistiam desenhos pela manhã toda. (assistiam desenhos pela manhã inteira) 
 
1.2.2 – POSSESSIVOS 
Os pronomes possessivos são aqueles que se referem às três pessoas gramaticais, 
indicando algo que lhes pertence, estabelecendo a relação de posse entre o 
pronome pessoal e o possessivo. São variáveis em gênero e número, concordando 
sempre com a pessoa ao qual se refere. 
Pessoa gramatical Pronome pessoal Pronome possessivo 
1ª pessoa singular Eu Meu, minha, meus, minhas 
2ª pessoa singular Tu Teu, tua, teus, tuas 
3ª pessoa singular Ele/ela Seu, sua, seus, suas 
1ª pessoa plural Nós Nosso, nossa, nossos, nossas 
2ª pessoa plural Vós Vosso, vossa, vossos, vossas 
3ª pessoa plural Eles/elas Seu, sua, seus, suas 
 1.2.3 – DEMONSTRATIVOS 
São aqueles que possuem a função de indicar o lugar que um ser ou alguma 
coisa ocupa em relação às três pessoas gramaticais. Essa localização pode 
ocorrer no tempo, no espaço ou no contexto. Os pronomes demonstrativos 
podem ser variáveis ou invariáveis: 
 
 
9 
 
 Variáveis Invariáveis 
Este, esta, estes, estas Isto 
Esse, essa, esses, essas Isso 
Aquele, aquela, aqueles, aquelas Aquilo 
 
DICA#CASCA! A BANCA ABORDA, COM ESSES PRONOMES, A REFERÊNCIA 
TEXTUAL! 
 
CUIDADO! Substitutos dos pronomes demonstrativos (CAI NA PROVA!) 
 
A) A palavra “tal” pode ser considerada sinônima dos seguintes pronomes: 
Este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela e aquilo: 
 
Tal surpresa me deixou acanhada. (esta) 
Foi inesperada tal atitude, mesmo porque não conhecíamos esse seu lado. (aquela) 
 
B) No sentido de “exato, idêntico, em pessoa”, as palavras “mesmo” e 
“próprio” atuam como pronomes demonstrativos: 
 
Foi a própria professora quem nos deu a notícia. (em pessoa) 
Foi nesse mesmo lugar que nos encontramos pela primeira vez. (exato) 
 
C) A palavra “semelhante” pode atuar como demonstrativo de identidade: 
 
Você foi corajoso em proferir semelhante palavra. 
 
D) AS PALAVRAS O, A, OS, AS 
 
“A vida é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam.” 
A vida é uma tragédia para aqueles que sentem e uma comédia para aqueles que 
pensam. 
 
1.2.4 – RELATIVOS (CAI NA PROVA!) 
 
Quadro dos Pronomes Relativos 
Variáveis 
Invariáveis 
Masculino Feminino 
o qual 
cujo 
quanto 
os quais 
cujos 
quantos 
a qual 
cuja 
quanta 
as quais 
cujas 
quantas 
quem 
que 
onde 
 
A) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado 
relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as 
quais" quando seu antecedente for um substantivo. 
 
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) 
 
 
10 
 
B) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: 
por isso, são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", 
"onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são 
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de 
determinadas preposições. 
 
Regressando de São Paulo, visitei O SÍTIO de minha tia, O QUAL me deixou 
encantado. 
(O uso de "que" neste caso geraria ambiguidade.) 
 
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? 
(Não se poderia usar "que" depois de "sobre".) 
 
CUIDADO! os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de 
acordo com a regência verbal dos verbos da oração. (CAI NA PROVA!) 
 
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com) 
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de) 
 
C) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o 
consequente. Equivale a "do qual", "da qual", "dos quais", "das quais". 
 
O carro, cujo pneu está furado, pertence a papai. 
 
D) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome 
indefinido: tanto (ou variações) e tudo: 
 
Emprestei tantos quantos foram necessários. 
Ele fez tudo quanto havia falado. 
 
E) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. 
 
O Deus a quem amo é poderoso! 
 
F) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado 
na indicação de lugar. 
 
A casa onde morava foi assaltada. 
 
G) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que". 
 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
 
1.3 ADJETIVO E SUBSTANTIVO: a segunda relação semântica 
do sintagma! (QUESTÃO DE CONCORDÂNCIA NOMINAL!) 
 
 1.3.1 – O QUE É ADJETIVO? 
Os adjetivos são termos que atribuem características, qualidades ou estados a um 
substantivo. 
 1.3.2 – O QUE É LOCUÇÃO ADJETIVA? 
De mesmo valor que o adjetivo, as locuções adjetivas exercem o mesmo papel que 
o adjetivo, atribuindo qualidades e caracterizando os seres. A diferença, no entanto, 
é que as locuções adjetivas são expressões iniciadas por preposições 
(de, em, com, sem, etc). 
 
11 
 
Aquela árvore com flores na esquina. 
DICA#CASCA! 
As locuções adjetivas, apesar de exercerem o mesmo papel de adjetivo, 
não são expressões que transformamos em adjetivo, uma vez que às vezes 
elas não possuem um adjetivo equivalente ou este adjetivo equivalente 
não traz o mesmo significado. 
Tempero de receitas apetitosas. 
 
Aqui, não há um adjetivo equivalente a receitas apetitosas. 
Ela tem opiniões infantis. 
Aqui, o significado do adjetivo e da locução proposta é divergente, porque 
a frase pressupõe opiniões ingênuas, não necessariamente da infância. 
 
1.3.3 FLEXÃO EM GRAU 
 
A) Superlativo 
Indica característica atribuída ao substantivo em máxima intensidade. É 
dividido em absoluto e relativo. 
 
A.1) Superlativo Absoluto 
O superlativo absoluto ainda admite duas formas: analítico e sintético. 
 
A.1.2) Quando é analítico, temos uma palavra intensificadora + adjetivo. 
 
Aqui será construído um prédio muito alto. 
 
 
A.1.2) No caso do sintético, temos o adjetivo + um sufixo intensificador. 
 
Aqui será construído um prédio altíssimo. 
 
B) Superlativo Relativo 
Quando o superlativo é relativo, temos um adjetivo que atribui característica 
relacionando-o a outros seres com a mesma característica. Estes também 
admitem duas divisões, sendo de superioridade: 
 
Este prédio é o mais alto do mundo. 
 
Ou de inferioridade: 
 
Esta meninaé a mais baixa de todas. 
 
C) Comparativo 
Indica comparação entre uma característica que dois seres possuem, 
estabelecendo uma relação entre eles. Tem três tipos: comparativo de 
superioridade, de igualdade ou de inferioridade. 
 
C.1) Comparativo de Superioridade 
A árvore era mais alta que o poste. 
 
C.2) Comparativo de Igualdade 
A árvore era tão alta quanto o poste. 
 
C.3) Comparativo de Inferioridade 
 
12 
 
A árvore era menos alta que o poste. 
 
DICA#CASCA! O USO DA PREPOSIÇÃO É FACULTATIVO! (QUESTÃO DE 
PROVA!) 
 
Lucas é menos extrovertido (do) que seu irmão. 
Lucas é mais extrovertido (do) que seu irmão. 
Este procedimento é melhor (do) que o outro. 
Meu desempenho foi pior (do) que o seu. 
A falta de segurança é maior (do) que a de saneamento básico. 
 
DICA#CASCA!: As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais 
mau”, “mais grande” e “mais pequeno”, apenas devem ser utilizadas quando 
se comparam duas características de um mesmo ser. 
Exemplos: 
 
Pedro é mais bom (do) que esforçado. 
O garoto é mais mau (do) que esperto. 
Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. 
 
1.4 – CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Conceito: é a adequação dos termos da oração feita para que estes harmonizem e 
concordem em número e gênero com o substantivo. 
Regra geral: em uma oração com dois ou mais substantivos, o adjetivo pode 
concordar com todos estes termos (concordância lógica) ou com o mais próximo dele 
(concordância atrativa). 
 
 
Menino e menina gordos. (lógica, pois “gordos” abrange “menino” e “menina”) 
Menino e menina gorda. (atrativa, pois “gorda” se refere somente a “menina”) 
 
CUIDADO! 
Na soma, o termo masculino SEMPRE prevalecerá. Para que haja a forma 
FEMININA e PLURAL, na adição dos núcleos, é necessário que TODOS os 
elementos, SEM EXCEÇÃO, sejam femininos. 
 
 
A mãe e filha bonitas chegaram cedo. 
 
Chegou atrasada a mãe e o pai. (atrativa, pois “atrasada” se refere somente a 
“mãe”) 
 
Chegaram atrasados a mãe e o pai. (lógica, pois “atrasados” se refere a “mãe” 
e “pai”) 
 
A) Obrigado, anexo (incluso / apenso), quite, próprio, possível, tal qual, 
nenhum: são variáveis. 
 
 Muito obrigada, disse e mulher. 
 
Os documentos seguem anexos. 
 
A lista de preços inclusa foi aprovada pela diretoria. 
 
A petição segue apensa ao processo. 
Posso dizer que agora estamos quites. 
 
13 
 
 
Ela mesma trocou a lâmpada queimada. 
 
O autor escreveu três possíveis finais para a história. 
 
As mães eram tais quais as filhas. 
 
Não vi nenhuma motocicleta também. 
 
ATENÇÃO: “anexo” é variável, porém as expressões “em anexo”, “em 
incluso” e “em apenso” são invariáveis. 
 
Os documentos estão em anexo. 
 
A lista de preços em incluso foi aprovada pela diretoria. 
 
A petição segue em apenso ao processo. 
 
Menos é invariável: 
 
Ela comprou menos roupas dessa vez. 
 
Também quis parcelar em menos vezes. 
 
Bastante, meio: quando modificam o substantivo, são variáveis; quando 
são advérbios, invariáveis. (QUESTÃO DE PROVA!) 
Havia bastantes pessoas dentro daquele ônibus. (modifica o substantivo 
“pessoas” - variável) 
 
Choveu bastante ontem de manhã. (função de advérbio - invariável) 
 
Hoje eu estou meio desanimado. (função de advérbio - invariável) 
 
Ela comeu meia melancia! (modifica o substantivo “melancia” - variável) 
 
Haja(m) vista – o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado 
esteja no singular, verbo SOMENTE poderá ficar no SINGULAR; caso o 
elemento exemplificado esteja no PLURAL, o verbo PODERÁ VIR no 
SINGULAR ou como no PLURAL. 
 
Os últimos fatos foram alegres, HAJA VISTA O NASCIMENTO DE JOÃO. 
 
A literatura brasileira é muito rica, HAJA(M) VISTA OS MARAVILHOSOS LIVROS DE 
MACHADO DE ASSIS. 
 
CUIDADO! A expressão fica invariável (seguida de preposição). 
 
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. 
 
MESMO – Quando significar “PRÓPRIO” é variável. Porém quando significar 
ATÉ MESMO é invariável. 
 
Ela mesma (PRÓPRIA) fez o almoço. 
Mesmo (ATÉ MESMO) ela fez o almoço. 
 
 
 
14 
 
POSSÍVEL 
Com as estruturas com O MAIS – O MENOS – O MELHOR – O PIOR 
– QUANTO, o adjetivo POSSÍVEL estará no SINGULAR; 
 
Fiz todos os esforços QUANTO POSSÍVEL. 
 
São alunos O MAIS estudiosos POSSÍVEL. 
 
Já nas estruturas com OS MAIS – OS MENOS – OS MELHORES – OS PIORES, o 
adjetivo POSSÍVEL virá no PLURAL. 
 
 São alunos OS MAIS POSSÍVEIS ESTUDIOSOS. 
 
DECORE! 
 
1 – Fica no SINGULAR o ADJETIVO que modifica dois ou mais 
SUBSTANTIVOS que se referem à mesma pessoa ou coisa: 
 
Ele sempre foi pai e marido EXEMPLAR. 
Tom Jobim foi compositor, músico e arrnajador GENIAL. 
 
 
2 - Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode 
variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: 
 
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: 
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. 
 
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. 
Encontramos caída a roupa e os prendedores. 
Encontramos caído o prendedor e a roupa. 
 
CUIDADO! Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o 
adjetivo deve sempre concordar no plural. 
 
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. 
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. 
 
3 - Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: 
 
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for 
acompanhado de nenhum modificador. 
 
Água é bom para saúde. 
 
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um 
artigo ou qualquer outro determinativo. 
 
Esta água é boa para saúde. 
 
4 - O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a 
que se refere. 
 
Juliana as viu ontem muito felizes. 
 
5 - Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no 
singular, podem ser usadas as construções: 
 
15 
 
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último 
adjetivo. 
 
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. 
 
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. 
 
Admiro as culturas espanhola e portuguesa. 
 
6 – É PROIBIDO / É NECESSÁRIO 
Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam 
invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não 
vier precedido de artigo). 
 
É proibido entrada de crianças. 
Em certos momentos, é necessário atenção. 
No verão, melancia é bom. 
 
Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, 
pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele. 
 
É proibida a entrada de crianças. 
Esta salada é ótima. 
A educação é necessária. 
São precisas várias medidas na educação.1.5 - MODOS VERBAIS 
 
INDICATIVO = CERTEZA; 
SUBJUNTIVO = INCERTEZA, HIPÓTESE, DESEJO; 
IMPERATIVO = ORDEM, PEDIDO, DESEJO. 
 
2 - TEMPOS VERBAIS 
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa 
pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 
 
Tempos do Indicativo 
 
Presente - Expressa um fato atual. 
 
Eu estudo neste colégio. 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
SUBSTITUIÇÃO COM O MESMO SENTIDO: indica duração do tempo, ou seja, fato 
passado que alcança o momento da fala. 
 
Eu tenho estudado todos os dias. = Eu venho estudando todos os dias. (verbo vir + 
gerúndio) 
 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao 
atual, mas que NÃO foi completamente terminado. 
 
Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
 
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento 
anterior ao atual e que foi totalmente terminado. 
 
16 
 
Ele estudou as lições ontem à noite. 
 
Pretérito Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido ANTES de outro fato 
já terminado. (PASSADO DO PASSADO) 
 
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO: 
 
Eu amara quando o verão acabou. (forma simples) 
Eu tinha amado quando o verão acabou. (forma composta / MESMO SENTIDO!) 
 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num 
tempo vindouro com relação ao momento atual. 
 
Ele estudará as lições amanhã. 
 
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer 
posteriormente a um determinado fato passado. 
 
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
 
DECORE! 
 
Pode veicular uma ideia de hipótese: 
Não sei o que faria se não estivesses presente. (FUTURO CONDICIONAL) 
 
Tempos do Subjuntivo 
 
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. 
É conveniente que estudes para o exame. 
 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já 
ocorrido. 
Eu esperava que ele vencesse o jogo. 
 
DICA#CASCA!: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em 
que se expressa a ideia de condição ou desejo. 
 
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num 
momento futuro em relação ao atual. 
 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
DICA#CASCA! o futuro do presente é também usado em frases que indicam 
possibilidade ou desejo. 
 
Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
CUIDADO! 
 
FUTURO DO SUBJUNTIVO OU INFINITIVO PESSOAL? 
 
A diferença é que o futuro do subjuntivo vem regido por conjunção 
 
17 
 
(normalmente “quando” ou “se”), advérbio ou pronome relativo. VEJA: 
 
“Quando eu soltar a minha voz, por favor me entenda.” 
“Se você não cantar agora, o público não perdoará.” 
“A casa em que ela cantar sempre estará cheia de fãs.” 
 
O infinitivo, por sua vez, pode ser regido por preposição: 
 
“Ao soltar a minha voz, você me entenderá.” 
“Para cantar agora, ela exige mil coisas absurdas.” 
“Sem lutares, a vitória é improvável.” 
“Chegou a hora de essa gente mostrar seu valor.” 
 
ou vir sem preposição: 
 
“Navegar é preciso.” 
“Viver não é preciso.” 
“Convém chegares mais cedo.” 
 
 
3 – FORMAS NOMINAIS 
 
Infinitivo – equivale ao valor de um 
substantivo; 
Gerúndio – equivale ao valor de um 
adjetivo ou de um advérbio; 
Particípio – equivale ao valor de um 
adjetivo. 
 
3.1 - Emprego do infinitivo 
Essa forma nominal do verbo deve ser utilizada quando há a intenção de exprimir o 
processo verbal em eficiência, ou seja, exprime a noção de ação do verbo, 
aproximando-o do substantivo. 
 
“É preciso saber viver” 
De amar, também se morre. 
 
3.2 - Emprego do gerúndio 
O gerúndio deve ser utilizado quando há a intenção de expressar a continuidade do 
processo verbal, realizando as funções do advérbio ou do adjetivo. 
 
Ela perdeu o livro andando no parque. (valor adverbial = quando) 
Tenho agonia de pessoa assobiando. (valor de adjetivo = pessoa que assobia) 
 
3.3 - Emprego do particípio 
O particípio deve ser utilizado quando há a intenção de exprimir um resultado da 
ação verbal, acumulando tanto as funções do verbo quanto do adjetivo e, por isso, 
pode receber as desinências -a de feminino e -s de plural. 
 
Comprado o presente, fomos para a festa. 
A roupa foi confeccionada por um estilista. 
 
4 – TEMPOS COMPOSTOS (CAI NA PROVA!) 
 
A) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
Processo que ocorreu ANTES de outro processo passado. 
 
https://portugues.uol.com.br/gramatica/substantivos.html
https://portugues.uol.com.br/gramatica/adverbios.html
 
18 
 
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara) 
 
B) FUTURO DO PRESENTE 
Expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já 
PASSADO em relação a OUTRO FATO FUTURO. Isso acontece por influência 
nominal particípio. 
 
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido. 
 
CUIDADO! O TEMPO COMPOSTO DO FUTURO DO PRESENTE NÃO PODE SER 
SUBSTITUÍDO PELA FORMA SIMPLES! 
 
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido. (tempo composto / fato ocorrido) 
Quando estivermos lá, o dia amanhecerá. (forma simples / fato futuro). 
 
C) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO: 
Indica um fato que se realizaria no passado, entretanto, com uma condição: 
 
Se tivéssemos conversado antes, essa tragédia não teria acontecido. 
 
Indica um processo ENCERRADO posteriormente a uma época passada que 
mencionamos no presente: 
 
Anunciou-se que no dia anterior o jogador já teria assinado contrato com outro 
clube. 
 
D) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO: 
É empregado para indicar processos que se REPETEM ou PROLONGAM do 
passado até o presente: 
 
Tenho amado muito nestes últimos dias. 
 
É natural substituirmos este tempo composto pela locução verbal VIR + 
GERÚNDIO. 
 
Venho amando muito nestes últimos dias. 
LIÇÃO 2 – #SINTAXE I: termos integrantes: TRANSITIVIDADE 
(complemento verbal; complemento nominal); função sintática dos 
pronomes pessoais); 
 
2.1 - A TRANSITIVIDADE E A COMPLEMENTAÇÃO VERBAL (objeto direto, 
objeto indireto, objeto direto e indireto) 
 
#A TABELA DA TRANSITIVIDADE VERBAL 
 
 
DECORE, PELO AMOR DE DEUS!!! 
 
V.T.D (verbo transitivo direto) / QUEM AMA AMA 
ALGUMA COISA; 
 
 João BEBE ÁGUA. 
 
V.T.I (verbo transitivo indireto) / QUEM PRECISA 
PRECISA DE ALGUMA COISA; 
 
 
19 
 
DECORE AS PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS!!! 
 
A: a, ante, até, após; 
S: sem, sob, sobre; 
D: de, desde; 
E: em, entre; 
P: para, por, perante, per; 
C: com, contra; 
T: trás. 
 
 ASDEPCT! 
 
 João PRECISA DE ÁGUA. 
 
 
V.T.D.I (verbo transitivo direto e indireto / QUEM 
ESCREVE ESCREVE ALGUMA COISA PARA 
ALGUÉM; 
 
 João DISSE A VERDADE AOS PAIS. 
 
V.L(verbo de ligação) 
 
A) Os verbos de ligação, também chamados 
de copulativos, têm a função de ligar o sujeito e suas 
características (predicativo do sujeito); 
 
B) Lista dos Verbos de Ligação: 
 
B.1) Estado Circunstancial 
 Estar. Exemplo: Estou exausta! 
 Parecer. Exemplo: Ela parece feliz com os 
resultados. 
 Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos 
sempre contentes. 
B.2) Estado Permanente 
 Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até 
amanhã? 
 Viver. Exemplo: Vivem doentes. 
B.3) Mudança de Estado 
 Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia! 
 Tornar-se. Exemplo: Ela se tornou um exemplo de 
vida. 
 Virar. Exemplo: Depois de tudo, virou um santo... 
B.4) Continuidade do Estado 
 Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado. 
 Continuar. Exemplo: Ela continuou atenta ao 
trabalho. 
DICAS#CASCAS! 
A) A BANCA COBRA O COMPLEMENTO VERBAL: OBJETO DIRETO E OBJETO 
INDIRETO! (FIQUE DE OLHO!); 
B) VERBO DE LIGAÇÃO NÃO TEM COMPLEMENTO! A vida é bela (bela é 
PREDICATIVO DO SUJEITO); 
C) CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de ligação é feita 
mediante o seu CONTEXTO.https://www.todamateria.com.br/verbos-intransitivos/
https://www.todamateria.com.br/verbos-transitivos/
 
20 
 
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas distintas, conforme 
verificamos nos exemplos a seguir: 
 
Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo de ligação, pois 
expressa um estado, que é o fato de se sentir contente); 
 
Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de 
se sentir constantemente cansada); 
 
Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir no 
Japão); 
 
D) O PREDICATIVO DO SUJEITO É A CARACTERÍSTICA DO SUJEITO QUE 
DEFINE OU MODIFICA O SUJEITO! 
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas não acrescenta nada 
ao verbo e, sim, ao sujeito. 
2.2 – COMPLMENTO NOMINAL VS. ADJUNTO ADNOMINAL 
 
2.2.1 – COMPLEMENTO NOMINAL 
Complementa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). 
Ex: 
Tenho medo do escuro. 
Paulo é fiel ao time. 
O governo agiu contrariamente ao povo. 
 
2.2.2 - ADJUNTO ADNOMINAL 
Determina, Específica o valor do SUBSTANTIVO! 
A casa de papai é bonita. 
O carro bonito foi vendido. 
 
TABELA DO PODER! 
 
ADJUNTO 
ADNOMINAL 
COMPLEMENTO 
NOMINAL 
Subst. Abstrato ou Concreto Substantivo abstrato; 
Adjetivo; 
Advérbio. 
Sentido de Posse Sem sentido de posse 
O uso da preposição NÃO é 
obrigatório 
O uso da preposição É 
OBRIGATÓRIO 
Sentido Ativo 
(preposição DE) 
Sentido Passivo (qualquer 
preposição) 
 
2.2.3 - COMPLEMENTO NOMINAL VS. OBJETO INDIRETO (os termos 
integrantes da oração e a técnica do estudo da preposição) 
1. Ele pensa verdadeiramente na vitória. 
https://www.todamateria.com.br/predicado/
 
21 
 
1º PASSO: a técnica só é válida quando O TERMO DESTACADO ESTÁ 
POSPOSTO AO VERBO! 
2º PASSO: quebramos a estrutura do termo destacado: 
na vitória = em + a vitória. 
 
3º PASSO: descobrimos a origem da preposição (se for do verbo, temos 
OBJETO INDIRETO; se for do nome, temos COMPLEMENTO NOMINAL). 
 
Como, na questão, QUEM PENSA PENSA EM ALGUMA COISA, temos OBJETO 
INDIRETO. 
 
Agora, veja: 
 
2. Ele é fiel ao clube. 
 
Ao clube = a + o clube (A é preposição / O é artigo) 
 
Analisando o verbo da questão, descobrimos que trata-se de VERBO DE 
LIGAÇÃO. Logo, a preposição tem origem no NOME FIEL. 
 
ao clube = COMPLEMENTO NOMINAL. 
 
2.3 – A FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES PESSOAIS (QUESTÃO DE 
PROVA!) 
 
A) CASO RETO 
EU –TU – ELE – NÓS – VÓS – ELES 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: SUJEITO 
 
B) OBLÍQUO ÁTONO 
ME – TE – SE - NOS – VOS 
 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: COMPLEMENTO VERBAL (objeto direto ou indireto). 
 
Desejo-te boa sorte...(objeto indireto) 
Faça-me o favor...(objeto indireto) 
Amo-te. (objeto direto) 
 
DICAS#CASCAS! 
 
A) O – A – OS – AS: SÓ FUNICIONAM COMO OBJETO DIRETO! 
Ontem, eu a vi. 
 
B) Em verbos terminados em -R, -S ou -Z, elimina-se a terminação e os 
pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -AM, -
EM, -ÃO e –ÕE os pronomes se tornam no(s), na(s); 
 
 
22 
 
C) FUNÇÕES DO PRONOME LHE: 
 
C.1) COMPLEMENTO VERBAL: objeto indireto (SEMPRE COM V.T.I / 
V.T.D.I) 
 
Disse-lhe a verdade! 
 
C.2) COMPLEMENTO NOMINAL (SEMPRE COM VERBO DE LIGAÇÃO!) 
 
Ele não lhe foi fiel. 
 
C.3) ADJUNTO ADNOMINAL (SENTIDO POSSE / SEMPRE COM VERBO 
TRANSITIVO DIRETO / PODE SER SUBSTITUÍDO POR SEU, SUA, DELE, 
DELA) 
 
Beijo-lhe a mão. (Beijo a sua mão. / Beijo a mão dele.) 
 
D) OBLÍQUO TÔNICO (A PREPOSIÇÃO É OBRIGATÓRIA) 
A MIM – A TI – A SI – A ELE/A ELES – A ELA/A ELAS – A NÓS – A VÓS 
 
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: COMPLEMENTO VERBAL (objeto indireto; objeto direto 
preposicionado) 
 
Disse a verdade a mim. (objeto indireto) 
Ninguém entende a nós.” (objeto direto preposicionado) 
 
 
2.4 - PRONOME RELATIVO – A FUNÇÃO SINTÁTICA REFERENCIAL QUE / O 
QUAL / A QUAL / ONDE = EM QUE / QUANDO = EM QUE / CUJO / QUEM 
OBSERVE: 
O CARRO QUE COMPREI É BONITO. 
1 – O CARRO É BONITO; 
2 – EU COMPREI O CARRO. (objeto direto da oração subordinada adjetiva) 
 
QUE = CARRO / CARRO TEM FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO / QUE = OBJETO DIRETO. 
DICA#CASCA: OS PRONOMES RELATIVOS INTRODUZEM AS ORAÇÕES 
SUBORDINADAS ADJETIVAS. LOGO, POSSUEM FUNÇÃO DE ADJUNTO 
ADNOMINAL! 
O ALUNO QUE ESTUDA PASSA! 
 
O PRONOME RELATIVO FUNCIONA COMO ADJUNTO ADNOMINAL DE ALUNO E 
SUJEITO DA ORAÇÃO QUE ESTUDA. 
 
CUIDADO! USO DO PRONOME RELATIVO (DECORE!) – QUESTÃO DE PROVA! 
1- Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim 
determinar. 
Este é o pintor a cuja obra me refiro. 
 
23 
 
Este é o pintor de cuja obra gosto. 
2 - O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas: 
Não conheço o político de quem você falou. 
 
3 - O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo 
classificado como pronome relativo indefinido. 
Quem faltou foi advertido. 
 
4 - Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de 
preposição. 
Marcelo era o homem a quem ela amava. 
 
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo 
universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no 
singular ou no plural. 
 
Não conheço o rapaz que saiu. 
Gostei muito do vestido que comprei. 
Eis os ingredientes de que necessitamos. 
 
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, 
os, as. 
Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo) 
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome 
relativo QUE. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo O 
QUAL (e flexões). 
Aquele é o livro com que trabalho. 
Aquela é a senhora para a qual trabalho. 
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a 
do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída. 
Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio. 
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos 
quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. 
Comprou tudo quanto viu. 
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido 
aproximado de em que, no qual. 
Este é o país onde habito. 
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser 
usado sem antecedente. 
Sempre morei no país onde nasci. 
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a 
para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. 
Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança. 
 
24 
 
 
LIÇÃO 3 – #SINTAXE II: termos essenciais: estudo do sujeito; 
concordância verbal; 
 
3.1- O ESTUDO DO SUJEITO 
 
A) O SUJEITO SIMPLES / SUJEITO COMPOSTO (A BANCA COBRA EM 
CONCORDÂNCIA VERBAL!) 
 
B) SUJEITO DESINENCIAL / ELÍPTICO / OCULTO DETERMINADO 
Ganhamos a loteria. 
Paulo, SAIA! 
 
C) SUJEITO INDETERMINADO (A BANCA COBRA AS FUNÇÕES DA PALAVRA 
SE!) 
 
1º CASO: VERBO NA 3ª PESSOA DO PLURAL 
 
Ex: Roubaram meu carro. 
 
2° CASO: O VERBO + ” SE” QUESTÃO DE PROVA! 
 
DECORE AS FÓRMULAS MÁGICAS! 
 
2.1) V.T.I + SE + PREPOSIÇÃO = SUJEITO INDETERMINADO 
 
Ex: Precisa-se de funcionários. 
(SE = Índice de indeterminação do sujeito.) 
DE FUNCIONÁRIOS = objeto indireto 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
2.2) V.I + SE = SUJEITO INDETERMINADO 
 
Ex: Vive-se bem em apartamentos. 
 
SE = Índice de indeterminação do sujeito. 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
2.3) VERBO DE LIGAÇÃO + SE 
 
Ex: Fica-se nervoso na casa da sogra. 
 
SE = Índice de indeterminação do sujeito. 
VERBO NA 3ª PESSOA SINGULAR! 
 
 
2.4) V.T.D + SE = SUJEITO DETERMINADO 
 
Ex: Alugam-se apartamentos. / Aluga-se apartamento. 
 
SE = Partícula Apassivadora 
Apartamentos / apartamento = Sujeito simples 
O verbo DEVE CONCORDAR com o sujeito! 
 
 
25 
 
D) ORAÇÃO SEM SUJEITO (os verbos IMPESSOAIS) 
é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo 
impessoal. Observe a estrutura destas orações: 
 
Havia formigas na casa. 
Nevoumuito este ano em Nova Iorque. 
 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a 
enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo 
verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo 
verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa 
ocorrem com: 
 
D.1) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: (Nevar, chover, ventar, 
gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer) 
 
Veja: 
Choveu muito no inverno passado. 
Amanheceu antes do horário previsto. 
 
DICA#CASCA! quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter 
sujeito determinado. 
 
Veja: 
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) 
Já amanheci cansado. (eu=sujeito) 
 
D.2) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia 
de tempo ou fenômenos meteorológicos: 
 
D.2.1) Ser: 
 
É noite. (Período do dia) 
Eram duas horas da manhã. (Hora) 
 
DICA#CASCA! ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão 
numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) 
 
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) 
 
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-
se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de 
dias. 
 
D.2.2) Estar: 
 
Está tarde. (Tempo) 
Está muito quente.(Temperatura) 
 
D.2.3) Fazer: 
 
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) 
Fez 39° C ontem. (Temperatura) 
 
D.2.4) Haver: (QUESTÃO DE PROVA!) 
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) 
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) 
 
 
26 
 
DICA#CASCA! 
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA 
TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e 
haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural. 
 
Veja: 
Faz muitos anos que nos conhecemos. 
Deve fazer dias quentes na Bahia. 
 
Veja mais: 
Há muitas pessoas interessadas na reunião. 
Houve muitas pessoas interessadas na reunião. 
Havia muitas pessoas interessadas na reunião. 
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião. 
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. 
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. 
 
3.2 - CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
3.2.1 - CASOS QUE ACEITAM O SINGULAR E O PLURAL (questão de prova!) 
 
A) EXPRESSÕES PARTITIVAS: A MAIOR PARTE, BOA PARTE, GRANDE PARTE, A 
MAIORIA, A MINORIA, PARTE DE, METADE DE, UMA PORÇÃO DE, O GROSSO DE, O 
RESTO DE etc. 
 
Boa parte das pessoas ACREDITOU/ACREDITARAM no que ele disse. 
A maioria os alunos OBTEVE/OBTIVERAM boas noitas. 
Metade dos professores PARTICIPOU/PARTICIPARAM do congresso. 
 
DICA#CASCA! O mesmo processo de concordância se aplica quando se 
empregam COLETIVOS (bando, grupo, enxame etc.). Quando o COLETIVO é 
seguido de TERMO NO PLURAL, a concordância também é OPTATIVA: 
 
 
Um grupo de alunos EXIGIU/EXIGIRAM a presença da professora. 
 
CUIDADO! O verbo ficará no SINGULAR se essas palavras (maioria, parte, 
metade etc.) NÃO FOREM ESPECIFICADAS. 
Ex: 
A maioria faltou. 
Boa parte abandonou o projeto. 
Um bando destruiu a sala. 
 
CUIDADO! (CAI NA PROVA!) Com expressões partitivas + ser, o verbo 
CONCORDA com o PREDICATIVO, e não com o SUJEITO: 
 
A maioria dos analistas SÃO EXPERIENTES. 
 
B) SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO: quando o sujeito composto é posposto, ou seja, 
colocado depois do verbo, passam a existir duas possibilidades de concordância: 
VERBO NO PLURAL ou em CONCORDÂNCIA COM O NÚCLEO MAIS PRÓXIMO. 
 
FALTARAM ao time CORAGEM E DETERMINAÇÃO. 
FALTOU ao time CORAGEM E DETERMINAÇÃO. 
ACABARAM O LEITE E OS OVOS. 
ACABOU O LEITE E OS OVOS. 
 
 
27 
 
CUIDADO! Nos casos em que o SE indica IDEIA DE RECIPROCIDADE entre os 
núcleos que constituem o SUJEITO COMPOSTO, a concordância deve ser feita 
no PLURAL. 
 
Ex: 
ABRAÇARAM-SE A MÃE E A FILHA. 
OFENDERAM-SE muito O TÉCNICO E O JOGADOR. 
 
C) PALAVRAS SINÔNIMAS (A CONCORDÂNCIA COM A UNIDADE DE SENTIDO 
DOS NÚCLEOS) 
 
Ex: 
DESCASO e DESPREZO sempre MARCOU seu comportamento. 
O verbo no SINGULAR ENFATIZA a UNIDADE DE SENTIDO DOS NÚCLEOS. 
 
DESCASO e DESPREZO sempre MARCARAM seu comportamento. 
Também é possível a CONCORDÂNCIA LÓGICA, ou seja, o emprego do VERBO 
NO PLURAL. 
 
D) Verbos SER entre pronome não pessoal e substantivo (Concorda com o 
Sujeito ou Predicativo) 
 
Ex: 
Tudo ERA/ERAM delícias naquela mesa. 
Isso É/SÃO coisas que dizem por aí. 
Quem É/SÃO os integrantes da comissão? 
 
E) Verbo SER nas expressões que indicam noção de quantidade (MUITO, 
POUCO, BASTANTE / VERBO NO SINGULAR!) 
 
Ex: 
Três quilos de carne É MUITO POUCO para um churrasco. 
Cinco dias É POUCO tempo para conhecer Roma. 
Cem reais É POUCO para comprar tudo o que é preciso. 
 
F) Verbo SER nas indicações de tempo (Concorda com o número de minutos, 
de horas, ou de dias mais próximo) 
 
Ex: 
É uma hora da tarde. 
São quatro horas. 
É meio-dia e vinte. 
Hoje é/são vinte e dois de dezembro. 
 
G) A expressão É QUE (VERBO NO SINGULAR) – QUESTÃO DE PROVA! 
 
Ex: 
É para essas pessoas QUE o novo governo deve trabalhar. 
É nessas horas QUE se vê quem de fato é amigo. 
Os elefantes fazem tudo, mas os macacos É QUE levam a fama. 
 
H) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade 
aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e 
substantivo, o verbo concorda com o substantivo. 
 
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. 
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. 
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas. 
 
28 
 
 
CUIDADO! quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que 
exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: 
Ex: 
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (Ofenderam 
um ao outro) 
 
I) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve 
ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o 
verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar no 
plural. 
 
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. 
Alagoas impressiona pela beleza das praias. 
As Minas Gerais são inesquecíveis. 
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. 
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. 
 
J) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, 
quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou 
"de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa 
do plural) ou com o pronome pessoal. 
 
E Quais de nós são / somos capazes? 
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. 
 
CUIDADO! 
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo 
ficará no singular. 
 
Ex: 
Qual de nós é capaz? 
Algum de vós fez isso. 
 
 
L) PORCENTAGEM (Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica 
porcentagem seguida de substantivo, o verbo pode concordar com o 
substantivo ou o número porcentual). 
Exs: 
25% do orçamento do país deve / devem destinar-se à Educação. 
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito. 
1% do eleitorado aceita a mudança. 
1% dos eleitores aprova / aprovam a mudança. 
 
CUIDADO! Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de 
substantivo, o verbo deve concordar com o número. 
 
25% querem a mudança. 
1% conhece o assunto. 
 
M) O PRONOME RELATIVO QUE – QUESTÃO DE PROVA! 
Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e 
pessoa é feita com o antecedente do pronome. 
 
Fui eu que paguei a conta. 
Fomos nós que pintamos o muro. 
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 
 
29 
 
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem. 
 
N) O PRONOME RELATIVO QUEM 
Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na 
terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do 
pronome. 
 
Fui eu quempagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. 
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro. 
 
O) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. 
 
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. 
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance. 
 
CUIDADO COM A IDEIA DE EXCLUSÃO (CAI NA PROVA!) 
Se houver exclusão, a expressão um dos que leva o verbo para o singular: 
 
Já foi um dos candidatos que venceu a última eleição presidencial (somento José 
venceu). 
 
P) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: 
"não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", 
"tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural. 
 
Ex: 
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. 
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 
 
 
Q) VERBO PARECER 
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: 
Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. 
 
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. 
 
A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão. 
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento. 
 
CUIDADO! 
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. 
 
EX: 
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.) 
 
R) O VERBO NO INFINITIVO – QUESTÃO DE PROVA! 
 
R.1) INFINITIVO PESSOAL COM SUJEITO IGUAL AO DO VERBO DA ORAÇÃO 
ANTERIOR ( FLEXÃO FACULTATIVA) 
 
Ex: 
Os sindicalistas foram a Brasília para CONVERSAR / CONVERSAREM com o 
presidente. 
 
CUIDADO! 
 
Se a oração infinitiva vier ANTES da principal, é mais frequente o 
INFINITIVO FLEXIONADO: 
 
30 
 
Para CONVERSAREM com o presidente, os sindicalistas foram a Brasília. 
 
R.2) INFINTIVO PESSOAL COM SUJEITO DIFERENTE DO SUJEITO DO VERBO 
DA ORAÇÃO ANTERIOR (FLEXÃO OBRIGATÓRIA!) 
 
Ex: 
O presidente fez o possível para os executivos estrangeiros ACEITAREM a proposta. 
 
R.3) INFINTIVO QUE É REGIDO POR PREPOSIÇÃO E FUNCIONA COMO 
COMPLEMENTO DE SUBSTANTIVO, ADJETIVO OU VERBO. (NÃO SE FLEXIONA 
O INFINITIVO!) 
 
Ex: 
Os jornalistas foram proibidos DE ENTRAR. 
Eles não têm chance DE VENCER. 
Foram incumbidos DE ABRIR a exposição. 
Todos estão obrigados A COMPARECER. 
 
R.3) RECIPROCIDADE (FLEXÃO OBRIGATÓRIA!) 
 
Ex: 
Depois de brigas e brigas marido e mulher faziam o possível para SE SUPORTAREM. 
 
R.4) DEIXAR – FAZER – MANDAR – OUVIR – SENTIR – VER + INFINITIVO 
(FLEXÃO OPTATIVA!) 
 
Exs: 
Faça os meninos DORMIR / DORMIREM cedo. 
Mande os cozinheiros PREPARAR / PREPARAREM a comida. 
 
CUIDADO! 
Se o SUBSTANTIVO for substituído por um PRONOME OBLÍQUO, O 
INFINITIVO NÃO SERÁ FLEXIONADO 
 
Ex: 
Deixe-os ficar. 
Faça-os dormir cedo. 
Não os ouvi cantar. 
 
R.5) LOCUÇÃO VERBAL 
 
Só se flexiona o PRIMEIRO VERBO, chamado de auxiliar. O INFININITVO não 
deve ser flexionado. 
Ex: 
Eles DEVEM chegar logo. 
QUEIRAM comparecer ao estacionamento. 
 
LIÇÃO 4 – #SINTAXE III: Regência; Crase; Colocação 
Pronominal 
 
4.1 - VERBOS INTRANSITIVOS 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no 
entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que 
costumam acompanhá-los. 
 
CHEGAR - IR 
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua 
 
31 
 
culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
 
Exemplos: 
Fui ao teatro. 
Adjunto Adverbial de Lugar 
 
Ricardo foi para a Espanha. 
Adjunto Adverbial de Lugar 
 
Eles chegaram de Santos. 
Amanhã deves chegar cedo ao curso. 
 
CUIDADO! 
 
Quando cheguei a casa. (correto) 
Quando cheguei EM casa. (errado) 
Amanhã vou A ou PARA casa. (certo) 
Amanhã vou EM casa. (errado) 
 
DICA#CASCA! "IR PARA algum lugar" enfatiza a direção, a partida." IR A 
algum lugar" sugere também o retorno.Importante: reserva-se o uso de "em" 
para indicação de tempo ou meio. Veja: 
 
Cheguei a Roma em outubro. 
Adjunto Adverbial de Tempo 
 
Chegamos no trem das dez. 
Adjunto Adverbial de Meio 
 
COMPARECER 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
 
4.2 - VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS 
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. 
Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o 
estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso 
oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, 
lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, 
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos 
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos 
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São 
verbos transitivos indiretos, dentre outros: 
 
CONSISTIR 
Tem complemento introduzido pela preposição "em". 
 
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. 
 
OBEDECER e DESOBEDECER 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". 
 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
 
RESPONDER 
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto 
 
32 
 
indireto para indicar "a quem" ou"ao que" se responde. 
 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
 
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo 
a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: 
 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
 
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". 
 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria 
privilegiada. 
 
4.3 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS OU INDIRETOS (QUESTÃO DE PROVA / 
REECRITURA DE SENTENÇA!) 
 
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra 
indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, 
temos: 
 
Abdicar 
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. 
Acreditar 
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. 
Almejar 
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. 
Ansiar 
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. 
Anteceder 
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma 
série de fatos estranhos. 
Atender 
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. 
Atentar 
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta 
forma de digitar. 
Cogitar 
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. 
Consentir 
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados 
consentiram na adoção de novas medidas econômicas. 
Deparar 
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela 
paisagem em nossa trilha. 
Gozar 
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. 
Necessitar 
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de 
algumas horas para preparar a apresentação. 
Preceder 
Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações 
precederam à mudança de regime. 
 
33 
 
Presidir 
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. 
Renunciar 
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. 
Satisfazer 
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. 
Versar 
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos 
modernistas. 
 
4.4 - VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto 
e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: 
 
Agradecer, Perdoar e Pagar 
São verbos que apresentam objeto direto relacionadoa coisas e objeto 
indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: 
 
Agradeço aos ouvintesa a audiência. 
 Objeto Indireto Objeto Direto 
 
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. 
 Objeto Direto Objeto Indireto 
 
Paguei o débito ao cobrador. 
 Objeto Direto Objeto Indireto 
 
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. 
Observe: 
 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. 
 
CUIDADO! 
Com os verbos AGRADECER – PERDOAR - PAGAR a pessoa deve sempre 
aparecer como OBJETO INDIRETO, mesmo que na frase não haja objeto direto. 
 
Veja os exemplos: 
A empresa não paga aos funcionários desde setembro. 
Já perdoei aos que me acusaram. 
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. 
 
INFORMAR 
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a 
pessoas, ou vice-versa. 
 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
 
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. 
Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. 
Informe-os deles. (ou sobre eles) 
 
34 
 
 
Obs.: a mesma regência do verbo INFORMAR é usada para os seguintes: 
AVISAR, CERTIFICAR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR, PREVENIR. 
 
COMPARAR 
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou 
"com" para introduzir o complemento indireto. 
 
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. 
 
PEDIR 
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração 
subordinada substantiva) e indireto de pessoa. 
 
Pedi-lhe favores. 
 Objeto Indireto objeto Direto 
 
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. 
 Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
 
 
A construção "PEDIR PARA", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter 
emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta 
quando a palavra licença estiver subentendida. 
 
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 
 
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração 
subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os 
catálogos em casa). 
A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente 
considerada incorreta. 
 
PREFERIR 
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela 
preposição "a". Por Exemplo: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus 
ideais. Prefiro trem a ônibus. 
 
DICA#CASCA! na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos 
intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, 
mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre). 
 
4.5 - MUDANDÇA DE TRANSITIVIDADE VS MUDANÇA DE 
SENTIDO (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
AGRADAR 
Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar. 
 
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê. 
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade 
de agradá-lo. 
 
Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser 
agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição "a". 
 
O cantor não agradou aos presentes. O cantor não lhes agradou. 
 
ASPIRAR 
 
35 
 
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar. 
 
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.) 
 
Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição. 
 
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.) 
 
CUIDADO! (QUESTÃO CESPE!) 
como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se 
usam as formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a 
ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo: 
 
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.) 
 
ASSISTIR 
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, 
auxiliar. 
 
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As empresas de saúde negam-
se a assisti-los. 
 
Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, 
caber, pertencer. 
 
Assistimos ao documentário. 
Não assisti às últimas sessões. 
Essa lei assiste ao inquilino. 
 
DICA#CASCA! no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, 
sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela 
preposição "em". 
 
Assistimos numa conturbada cidade. 
 
CHAMAR 
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a 
presença de. 
 
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias 
vezes. / Chamei-o várias vezes. 
 
No sentido de repreender é V.T.D.I com o complemento indireto regido da 
preposição a: 
 
 O fiscal chamou o candidato à atenção. 
 
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e 
indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não. (QUESTÃO DE 
PROVA!) 
 
I - A torcida chamou o jogador mercenário. 
II - A torcida chamou ao jogador mercenário. 
III - A torcida chamou o jogador de mercenário. 
IV - A torcida chamou ao jogador de mercenário. 
 
CONSTAR 
No sentido de ser composto ou constituído é VTI e rege a preposição de 
 
36 
 
(objeto indireto). 
 
 Este processo consta de seis volumes. 
 
No sentido de estar registrado, estar escrito é VI e deve ser empregado com a 
preposição EM, que introduz termo que indicar lugar. 
 
Seu aparte consta na ata. 
Consta nos autos que o réu não tem habilitação. 
 
No sentido de dizer-se, passar por certo é VI. 
 
Consta que Edinéia será a coordenadora-geral. 
 
CUSTAR 
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo 
acompanhado de adjunto adverbial. 
 
Frutas e verduras não deveriam custar muito. 
 
No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto. 
 
Muito custa viver tão longe da família. 
 Verbo intransitivo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Reduzida de 
 Infinitivo 
 
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. 
 
CUIDADO! a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao 
verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. 
 
Custei para entender o problema. 
 
Forma correta: Custou-me entender o problema. / Custa-me entender o 
problema. 
 
IMPLICAR 
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: 
 
Dar a entender, fazer supor, pressupor 
 
Suas atitudes implicavam um firme propósito. 
 
Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar 
 
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo. 
 
Como transitivo direto e indireto, significa comprometer 
 
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. 
 
Com o sentido de envolver-se é VTI com o complemento regido pela 
preposição EM. 
 
O jogador implicou-se em drogas. 
 
CUIDADO! no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e 
rege com preposição "com". 
 
37 
 
 
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. 
 
PROCEDER 
Proceder é VI no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção, 
vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. 
 
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. 
Você procede muito mal. 
 
Nos sentidos de ter origem ou dar início é transitivo indireto. 
 
O avião procede de Maceió. 
Procedeu-se aos exames. 
O delegado procederá ao inquérito. 
 
QUERER 
Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar. 
 
Querem melhor atendimento. 
Queremosum país melhor. 
 
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar. 
Quero muito aos meus amigos. 
Ele quer bem à linda menina. 
Despede-se o filho que muito lhe quer. 
 
VISAR 
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de 
pôr visto, rubricar. 
 
O homem visou o alvo. 
O gerente não quis visar o cheque. 
 
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo 
indireto e rege a preposição "a". 
 
O ensino deve sempre visar ao progresso social. 
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público. 
 
DICA#CASCA! 
Se o verbo Visar estiver seguido de INFINITIVO, a preposição pode ficar 
subentendida. Veja: 
 
Raquel visava conseguir amizades = visava A conseguir amizades. 
 
LEMBRAR 
Se não estiver acompanhado de pronome oblíquo átono é VTD, tem o sentido 
de não esquecer e pede complemento sem preposição (objeto direto): 
 
Lembrei o tempo bom que vivemos juntos. 
 
Acompanhado de pronome oblíquo é VTI, tem o sentido de recordar e pede 
complemento regido da preposição de (objeto indireto): 
 
Cafu, ao erguer a taça, comemorando o penta, lembrou-se da mulher. 
 
 
38 
 
Com o sentido de trazer à lembrança e VTI e rege a preposição A: 
 
Lembrou a todos o tempo de menino. 
 
DICA#CASCA! 
– Os verbos ESQUECER, ADMIRAR E RECORDAR apresentam a mesma regência 
de LEMBRAR; 
– Há ainda uma construção em que a coisa lembrada, admirada, esquecida ou 
recordada passa a funcionar como SUJEITO, ficando o verbo na 3ª pessoa do 
singular, sofrendo alteração de sentido: 
 
Lembrou-me o ocorrido nesta sala (= o ocorrido nesta sala me veio à memória). 
Esqueceram-me os desenganos (= os desenganos caíram-me no esquecimento). 
 
PRECISAR 
É VTD com o sentido de marcar, indicar com precisão. 
 
O relojoeiro precisou o defeito do cronômetro. 
 
Com o sentido de carecer, ter necessidade é VTI e rege a preposição DE. 
 
Acho que ela precisa de carinho. 
 
4.6 – CRASE 
É a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da 
preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), 
aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, 
a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no 
sentido contrário ao acento agudo: à. 
 
4.6.1 - A CRASE É LEGAL 
 
A) Antes de palavras femininas (a – as) 
 
O bom cidadão obedece À LEI. 
 
B) Cidades – Países 
 
Fui à Bahia 
 
DICA#CASCA! troca o verbo ir por voltar: voltei da Bahia 
 
Fui a Brasília / Voltei de Brasília 
 
C) Na indicação do número de horas. 
 
 Cheguei às 10 horas 
 
DICA#CASCA! Substitua a hora por "meio-dia": se der "ao meio-dia", há 
crase; se não der, esqueça a crase. 
 
A transmissão começa às 6h30, com crase, porque A transmissão começa AO MEIO 
DIA. Cheguei à uma hora. / Cheguei AO MEIO DIA. 
 
CUIDADO! 
À 0h do dia 1.º de janeiro, começará a queima de fogos. 
AO MEIO DIA do dia 1º de janeiro, começará a queima de fogos. 
 
39 
 
 
CUIDADO II! 
Em cinco casos, porém, não há crase nesse "a" que acompanha horas: 
quando antes dele há as preposições "após", "desde", "entre" e "para". 
 
Veja: 
Os portões serão fechados após as 7h30. 
O consumo de álcool está liberado desde a 0h de segunda-feira. 
Há uma lei que proíbe a prática esportiva na praia entre as 8h e as 16h. 
A sessão estava marcada para as 20h. 
 
CUIDADO III! A HORA, A CRASE E O PARALELISMO! 
 
Observe: 
I - A aula é de 8h às 10h. (errado!) 
II - A aula é das 8h às 10h. (correto!) 
 
D) Na expressão “À MODA DE”, “À MANEIRA DE”, mesmo que a palavra 
moda venha oculta. 
 Usam sapatos à Luís XV. (à moda de Luís XV) 
 
E) Expressões adverbiais femininas. (LOCUÇÃO ADVERBIAL / questão de 
prova!) 
À tarde 
À noite 
À vontade 
Às claras 
À toa 
Às avessas 
À direita 
À esquerda 
Às voltas 
 
DICAS#CASCAS! 
 
1 - ÀS VEZES Vs. TODAS AS VEZES 
“Iracema às vezes vai à praia, mas nem todas as vezes banha-se no MAR.” 
substitua a palavra feminina “vezes” por uma masculina. Se antes da palavra 
masculina empregada vier um “AO”, antes de “vezes” ocorrerá crase. 
Em vez de “vezes”, escreverei “domingos” (ou outra palavra masculina qualquer: 
“Iracema AOS domingos vai à praia, mas nem todos OS domingos banha-se no MAR.” 
 
2 - Nas expressões adverbiais a pé, a cavalo, a sangue-frio, a lápis, etc., o uso 
da crase não é permitido por uma questão óbvia, as palavras que formam as 
expressões são masculinas. Logo, não há a ocorrência de crase. 
 
Prefiro ir a pé. 
A prova não pode ser feita a lápis. 
 
3 - A locução adverbial a distância tem gerado polêmica. Isso ocorre porque 
algumas gramáticas dizem que a crase só deve ser usada quando a palavra 
distância estiver determinada. 
A melhor praia fica à distância de 30 km. 
 
Alguns estudiosos já defendem o uso da crase com a palavra distância, ainda 
que esta não esteja especificada, pois seu uso elimina a possibilidade de dupla 
interpretação. Veja os exemplos: 
O menino estuda à distância. 
 
40 
 
Eu escrevo à distância. 
O ensino da faculdade é à distância. 
 
Outras expressões que trazem dúvidas são as que vêm acompanhadas de 
adjuntos adverbiais de instrumento. Não há justificativa para o uso da crase, 
no entanto, sua ausência gera duplo sentido. Por isso, seu uso é recomendado. 
Além desses adjuntos, há algumas expressões que também pedem o uso da 
crase para evitar a ambiguidade. Veja: 
 
Bateu à máquina. 
Cortou à faca. 
Lavou à mão. 
 
F - Locuções prepositivas constituídas de palavras femininas. (LOCUÇÃO 
CRISTALIZADA) 
À força de 
À beira de 
À guisa de 
À custa de 
À força de 
À ilustração de 
À flor de 
 
CUIDADO! A locução ÀS CUSTAS DE é usada APENAS com valor processual, 
jurídico. Veja: 
 
“Ele foi condenado às custas do processo” 
 
G - Locuções conjuntivas 
À medida que 
À proporção que 
 
CUIDADO! CRASE COM AS PALAVRAS CASA E TERRA. 
Não ocorre crase com a palavra CASA no sentido de LAR, MORADIA e com a 
palavra TERRA no sentido de CHÃO FIRME, a menos que venham 
DETERMINADAS. Veja: 
Vou a casa almoçar. 
Vou à casa de minha tia almoçar. 
Os passageiros da aeronave desceram a terra. 
Passageiros da aeronave desceram à terra de seus avós. 
 
4.6.2 - A CRASE É ILEGAL 
 
A - Antes de masculino. 
 
Andei a pé. 
 
B) Antes de verbo. 
 
Estou apto a discutir. 
 
C) Antes de pronome de tratamento. 
 
Dirigiu-se a V.Sª com aspereza. 
 
CUIDADO! Senhora – senhorita – dona = Exceções! 
 
D) Antes de pronome em geral. 
 
41 
 
 
Não me referi a ela (pronome pessoal reto) 
 a ele(pronome pessoal reto) 
 a qualquer (indefinido) 
CUIDADO! 
 
1 - Fiz alusão à mesma pessoa. (alusão ao mesmo homem. / o pronome mesmo 
admite artigo) 
Isto interessa à própria candidata. (ao próprio candidato. / o pronome próprio admite 
artigo) 
 
2 – Pode haver crase antes dos pronomes indefinidos pouca(s), muitas, 
demais, outra(s) e várias: 
 
O doutor atendeu às poucas mulheres que hoje foram à sua clínica. 
BC equipara crédito consignado às demais operações. 
De uma geração à outra, tudo pode mudar. 
 
E) Quando um a (sem o “s” de plural) precede um nome plural. 
 
Não falo a pessoas estranhas. 
Não falo às pessoas estranhas. 
 
F) Com palavras repetidas. 
 
Cara a cara. 
Face a face. 
 
CUIDADO! CRASE OBRIGATÓRIA! 
 
É preciso decralar guerra à guerra! 
É preciso dar mais vida à vida! 
 
Nesses casos, a crase é obrigatória devido à regência do verbo DECLARAR e 
DAR. 
 
G) Antes de numerais não determinados por artigo. 
 
O político iniciou visita a duas nações europeias. 
 
CUIDADO! Se as nações forem determinadas...crase! 
 
...visita às duas nações europeias. 
 
H) Antes dos pronomes relativos QUEM e CUJA: 
 
Era geniosa a funcionária à quem se reportava. [Inadequado] 
Era geniosa a funcionária a quem se reportava. [Adequado] 
 
A mulher, à cuja filiação se unira, esgotava-se em lágrimas. [Inadequado] 
A mulher, a cuja filiação se unira, esgotava-se em lágrimas. [Adequado] 
 
4.6.3- A CRASE É FACULTATIVA (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
A) Antes de nomes próprios de pessoa femininos. 
 
DICA CASCA! 
Nos casos em que o nome próprio vier especificado, determinado, haverá o 
 
42 
 
uso da crase: 
 
Dirigi-me à bela Beatriz! 
 
B) Antes dos pronomes possessivos femininos. DECORE! 
 
I - Não obedeço a sua coordenadora. (com preposição a, mas sem o artigo a) 
II - Não obedeço à sua coordenadora. (com a preposição a e com o artigo a) 
III - Não obedeço a suas coordenadoras. (com preposição a, mas sem o 
artigo as) 
 
CUIDADO: CRASE OBRIGATÓRIA! 
 
 Não obedeço às suas coordenadoras. (com a preposição a e com o artigo as) 
 
Não obedeço à sua coordenadora, mas à minha. (minha: pronome possessivo 
substantivo, o uso do artigo será obrigatório. Como há a preposição a, o 
acento indicador de crase também será obrigatório) 
 
C) Depois da preposição ATÉ. 
 
Cheguei até A/À muralha. 
 
4.6.4 – CRASE COM OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS. DECORE! 
 
Àquela = a essa; 
Àquele = a esse; 
Àquilo = a isso. 
 
4.6.5 À QUE E À QUAL 
 
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. 
Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. 
 
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. 
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. 
 
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase! 
 
À QUE (A AQUELA QUE / AO QUE) 
 
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje. 
 a aquela que ela vive 
hoje. (troca por A AQUELA QUE) 
 
(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje. 
(troca por correspondente masculino) 
 
4.6.6 – A CRASE E O PARALELISMO (CAI NA PROVA!) 
 
A) Trabalharemos das (de + a) 7h às (a + as) 13h. (preposição + 
artigo//preposição + artigo) 
 
B) Descansaremos da (de + a) 11h às (a + as) 7h. (preposição + 
artigo//preposição + artigo) 
 
C) O corredor vai da (de + a) cozinha à (a + a) sala de estudo. (preposição + 
artigo//preposição + artigo) 
 
43 
 
 
D) Trabalhamos de segunda a sexta-feira. (preposição//preposição) 
 
E) Trabalhamos de 8 a 12 horas. (preposição//preposição) 
 
F) Enumere de um a vinte. (preposição //preposição) 
 
G) Disse a mãe, filha e sobrinha toda a verdade. (preposição obrigatória para o 
1º elemento e facultativa para os demais) 
 
H) Disse à mãe, à filha e à sobrinha toda a verdade. (preposição + artigo para 
todos os elementos) 
 
4.7 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
4.7.1 – Próclise 
 
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: 
 
A) Palavras com sentido negativo: (NADA, NÃO, NUNCA) 
 
Nada me faz querer sair dessa cama. 
Não se trata de nenhuma novidade. 
Nunca me disse a verdade. 
 
B) Advérbios 
Nesta casa se fala alemão. 
Naquele dia me falaram que a professora não veio. 
C) Pronomes relativos 
 
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. 
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. 
 
D) Pronomes indefinidos 
 
Quem me disse isso? 
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. 
 
E) Pronomes demonstrativos 
 
Isso me deixa muito feliz! 
Aquilo me incentivou a mudar de atitude! 
 
F) Preposição seguida de gerúndio 
 
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa 
escolar. 
 
G) Conjunção subordinativa (SUBSTANTIVA, ADJEITVA, ADVERBIAL) 
 
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. 
 
H) Orações exclamativas e optativas (exprimem desejo) 
 
Quanto se ofendem por nada, rapazes! 
Deus te proteja! 
 
4.7.2 – Ênclise 
 
44 
 
 
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações 
iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando: 
 
A) O verbo estiver no imperativo afirmativo 
 
Amem-se uns aos outros. 
Sigam-me e não terão derrotas. 
 
B) O verbo iniciar a oração 
 
Diga-lhe que está tudo bem. 
Chamaram-me para ser sócio. 
 
C) O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição “a” 
 
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. 
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. 
 
D) O verbo estiver no gerúndio 
 
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. 
Despediu-se, beijando-me a face. 
 
E) Houver vírgula ou pausa antes do verbo 
 
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. 
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. 
 
 
4.7.3 – Mesóclise 
 
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente 
ou no futuro do pretérito: 
 
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. 
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. 
 
DICAS #CASCAS! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
1 - A ÊNCLISE FACULTATIVA – Sujeito expresso na oração 
 
Os candidatos me pediram exercícios. 
Os candidatos pediram-me exercícios. 
 
Ambos te abraçaram com cuidado. 
Ambos abaçaram-te com cuidado. 
 
 
2 - A ÊNCLISE PROIBIDA – Com verbos no futuro do presente ou no futuro 
do pretérito: 
 
Farão-se exercícios durante a aula. (ERRADO!) 
Far-se-ão exercícios durante a aula. (CORRETO!). 
 
 
4.7.3 - COLOCAÇÃO PRONOMINAL ESPECIAL: AS LOCUÇÕES VERBAIS 
(INFINITIVO/GERÚNDIO/PARTICÍPIO) 
 
45 
 
 
A) QUANDO O VERBO PRINICIPAL FOR CONSTITUÍDO POR INFINITIVO OU 
GERÚNDIO: 
 
A.1) Se não houver palavra ATRATIVA, o pronome oblíquo virá depois do 
verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
INFINITIVO: Devo esclarecer-lhe o ocorrido. / Devo-lhe esclarecer o ocorrido. 
GERÚNDIO: Estavam chamando-me pelo alto-falante. / Estavam-me chamando pelo 
alto-falante. 
 
A.2) Se houver palavra atrativa, o pronome PODERÁ ser colocado antes do 
verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
INFINITIVO: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. / Não lhe posso esclarecer o 
ocorrido. 
GERÚNDIO: Não estavam chamando-me. / Não me estavam chamando. 
 
B) QUANDO O VERBO PRINICIPAL FOR CONSTITUÍDO POR PARTICÍPIO: O 
pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
 
Haviam-me convidado para a festa. 
 
B.1) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo 
FICARÁ antes do verbo auxiliar. 
 
Não me haviam convidado para a festa. 
 
CUIDADO! Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou futuro do 
pretérito, ocorrerá MESÓCLISE, DESDE QUE NÃO HAJA PALAVRA ATRATIVA 
ANTES DELE. 
 
Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
 
CUIDADO! Se houver fator de próclise e depois uma intercalação, o pronome 
pode ficar antes ou depois do verbo auxiliar. 
 
Alega que a vítima que fulano de tal, o agresso, seu ex-amásio, a tem perseguido... 
 tem-na perseguido... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE I: SEMÂNTICA 
 AS COORDENADAS 
 AS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (sintaxe) 
 AS SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 AS SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES 
 OS ADVÉRBIOS 
 AS EXPRESSÕES DENOMINATIVAS 
 VOZES DO VERBO 
 A REESCRITURA DE SENTENÇA 
 
 
47 
 
1 - AS ORAÇÕES COORDENADAS 
 
ADITIVAS 
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, 
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções 
coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as 
orações coordenadas sindéticas aditivas. 
 
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções. 
 
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções: 
 
Não só...mas também; 
Não só...como também; 
Não só...mas ainda; 
Não só...como ainda. 
 
Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da 
segunda oração. 
 
Veja: 
 
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito 
bem. 
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de 
reestruturação social do país. 
 
DICA#CASCA! 
 como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se nalíngua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas. 
 
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções. 
 
ADVERSATIVAS 
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração 
coordenada anterior, estabelecendocontraste ou compensação. "Mas" é a 
conjunção adversativa típica. Além dela, empregam- se: porém, contudo, 
todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. 
Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas. 
 
 
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) 
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. 
Tens razão, contudo controle-se. 
Renata gostava de cantar, todavia não agradava. 
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória. 
 
DICASCASCAS! 
 
A) lgumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". 
Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos 
diferentes. 
 
Deus cura, e o médico manda a conta. 
 
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe 
 
48 
que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem 
cobra a conta!" 
 
B) A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo. 
 
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta. 
 
PARA PROVAS CESPE, CONTEXTUALIZAR É MELHOR DO QUE DECORAR! 
 
ALTERNATIVAS 
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a 
conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, 
quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas 
alternativas. 
 
Diga agora ou cale-se para sempre. 
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
 
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas 
orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É 
como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá". 
 
CONCLUSIVAS 
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As 
conjunções típicas são: logo, portantoe pois 
(posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, 
de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas 
sindéticas conclusivas. 
 
 
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. 
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. 
O time venceu, por isso está classificado. 
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. 
 
EXPLICATIVAS 
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na 
declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e 
pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações 
coordenadas sindéticas explicativas. 
 
Vou embora, que cansei de esperá-lo. 
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. 
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATUREZA 
SUBSTANTIVA 
 
 ADJETIVA 
 ADVERBIAL 
 
50 
 
2 – AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (FUNÇÕES SINTÁTICAS!) 
Exercem as funções sintáticas dos substantivos no período composto. 
 
A) SUBJETIVA 
É subjetiva quando exerce a função sintática de SUJEITO do verbo da oração 
principal. Observe: 
Ex: É necessário que você vá à reunião. 
B) OBJETIVA DIRETA 
É objetiva direta quando exerce a função sintática de OBJETO DIRETO do verbo 
da oração principal. 
Ex: Eu juro que direi a verdade. 
C) OBJETIVA INDIRETA 
É objetiva indireta quando exerce a função sintática de OBJETO INDIRETO do 
verbo da oração principal. 
Ex: Eu preciso de que fale a verdade. 
D) COMPLETIVA NOMINAL 
É complemento nominal quando exerce a função sintática de COMPLEMENTO 
NOMINAL da oração principal. 
Ex: Roberto tem medo de que todos saiam da festa! 
E) APOSITIVA 
É apositiva quando exerce a função sintática de APOSTO da oração principal. 
Ex: Nosso desejo era o mesmo: que ele fosse aprovado! 
F) PREDICATIVA DO SUJEITO 
É predicativa quando exerce a função de PREDICATIVO DO SUJEITO da oração 
principal. 
Ex: Nosso desejo era que ele desistisse. 
 
DICAS#CASCAS! 
 
A) As orações subordinas substantivas são iniciadas pelas CONJUNÇÕES 
INTEGRANTES QUE ou SE; 
 
B) Para reconhecer uma oração subordinada substantiva, fazemos a troca 
dela por um substantivo ou pronome substantivo (isso, isto, aquilo). 
 
Peço-lhe que me dê a mão./ Peço-lhe isto. 
Ele não sabe se passou no concurso público. / Ele não sabe isto. 
 
C) ORAÇÕES SUBORDINADAS DESENVOLVIDAS VS. REDUZIDAS (QUESTÃO 
DE PROVA!) 
 
A garota afirmou QUE precisava de ajuda. 
A garota afirmou PRECISAR de ajuda. 
 
Eu juro QUE direi a verdade. 
Eu juro DIZER a verdade. 
 
51 
 
3 - ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA 
 
3.1 - Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas 
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações 
subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas 
que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, 
individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo 
chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que 
realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se 
encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas 
adjetivas explicativas. 
 
Exemplo 1: 
 
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava 
naquele momento. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) 
 
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o 
sentido da palavra "homem": trata- se de um homem específico, único. A 
oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, 
mas sim àquele que estava passando naquele momento. 
 
Exemplo 2: 
 
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. 
(Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) 
 
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à 
palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já 
sabemos estar contida no conceito de "homem". 
 
DICA#CASCA! 
Ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as 
diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. 
Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva 
de acordo com o que se pretende dizer. 
 
Exemplo 1: 
 
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. 
 
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou 
escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora 
em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, 
ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração 
subordinada adjetiva restritiva. 
 
Saiba que: 
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por 
uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a 
pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das 
restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as 
restritivas, não. 
 
52 
Exemplo 2: 
 
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma 
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou 
escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o 
irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento 
identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. 
 
DECORE, PELO AMOR DE DEUS! 
 
As orações subordinadas adjetivas podem: 
 
A) Vir coordenadas entre si; 
 
É uma realidade que degrada E assustaa sociedade. 
e = conjunção 
 
B) Ter um pronome como antecedente. 
 
Não sei O QUE vou almoçar. o = antecedente 
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
 
CUIDADO! 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS DESENVOLVIDAS VS. REDUZIDAS (QUESTÃO DE 
PROVA!) 
Não raro ocorre com as subordinadas adjetivas, haja vista que elas também 
se classificam em desenvolvidas e reduzidas. Assim, para que você possa 
demarcar tais diferenças, analise: 
 
Observávamos os alunos que estudavam na biblioteca. 
1ª oração (principal) Or. subord. adjetiva restritiva desenvolvida 
 
Observávamos os alunos estudando na biblioteca. 
1ª oração subordinada adjetiva reduzida 
 
4 - ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL – QUESTÃO DE 
PROVA! 
 
1) CAUSA 
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um 
determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. É aquilo 
ou aquele que determina um acontecimento. 
 
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. 
 
Principais conjunções: como, porque, porquanto, na medida em que, visto 
que, já que, etc. 
 
CUIDADO COM A PALAVRA SE! (CAI NA PROVA!) 
 
Se não tinha competência para o cargo, não poderia ter aceitado a 
proposta. (CAUSA) 
 
#DIFERENÇAS ENTRE CAUSA E EXPLICATIVA 
 
1 - Se a oração relacionada tem verbo no imperativo, a outra oração é 
 
53 
explicativa: 
Fica, Juliana, porque eu quero. 
 
2 - Se o acontecimento introduzido pela conjunção for IRRELEVANTE para 
a existência da outra ação, tem-se explicação: 
Choveu, porque a rua estava molhada. (a rua ficou molhada após a chuva – não 
pode ser causa, somente explicação); 
 
3 - Havendo noção de PRECEDÊNCIA na oração introduzida pelo conectivo, 
tem-se causa: 
Foi levado para o hospital porque sentia dor no corpo. (O fato que o leva para o 
hospital é a dor no corpo – causa.) 
 
2) CONSEQUÊNCIA 
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é 
consequência, que é efeito do que se declara na oração principal. 
Principais conjunções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas 
estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que. 
 
Ex: Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo. 
 
3) CONDIÇÃO 
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de 
um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que 
deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso 
na oração principal. 
 
Ex: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time 
será campeão. 
 
Principais conjunções: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde 
que, a menos que, sem que etc. 
 
DICA#CASCA! 
 
DESDE QUE PODE INDICAR TEMPO! Veja: 
 
Desde que ele começou a estudar, tudo mudo por aqui. (ideia de tempo). 
CUIDADO! 
 
4) CONCESSÃO 
As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às 
ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou 
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao 
contraste, à quebra de expectativa. 
Principais conjunções: ainda que, ainda quando, mesmo que, se 
bem que, posto que, apesar de que, malgrado, a despeito de, 
apesar de, conquanto, embora, não obstante 
Ex: Embora fizesse calor, levei agasalho. 
DECORE O ESQUEMA! (CAI NA PROVA!) 
A) AINDA QUE, MESMO QUE, AINDA SE, MESMO SE (representação da 
concessão como hipótese ou irrealidade): 
“...ele prefere ser lançado contra as pedras, ainda que se arrebente todo.” 
 
54 
OBS: Não é raro o emprego de AINDA QUE introduzindo FATO: 
“Ainda que boa parte da carreira tenha sido dedicada ao judô, Hermanny conta que 
um dos fatos mais marcantes de sua carreira foi a participação na equipe...” 
C) EMBORA, APESAR DE (introduzem SEMPRE uma informação vista como fato 
real). 
D) NÃO OBSTANTE, NADA OBSTANTE, CONQUANTO, POSTO QUE (significam o 
mesmo que EMBORA, mas são expressões conectivas praticamente restritas a 
usos acadêmicos formais, como os discursos solenes e os textos jurídicos). 
E) AS CONJUNÇÕES USADAS COM VERBO NO SUBJUNTIVO (ainda que, mesmo 
que, embora, não obstante, nada obstante); 
 AS CONJUNÇÕES USADAS COM VERBO NO INFINITIVO (apesar de, a 
despeito de) 
5) COMPARAÇÃO 
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma 
comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. 
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que 
formam o grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios: 
como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como 
se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado 
com menos ou mais).. Veja os exemplos: 
 
Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência. 
“Não, meu coração não é maior do que o mundo.” 
 
6) CONFORMATIVAS 
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de 
conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para 
a execução do que se declara na oração principal. 
Principais conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com 
o mesmo valor de conforme). 
 
Fiz o bolo conforme ensina a receita. 
 
7) FINALIDADE 
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, 
a finalidade daquilo que se declara na oração principal. 
Principais Conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva 
para que. 
 
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. 
“Orai, porque não entreis em tentação.” 
“Vou-me agarrar aos teus cabelos, para não cair do teu galope.” 
 
8) PROPORÇÃO 
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia 
de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração 
principal. 
Principais Conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, 
 
55 
ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... (maior), quanto 
maior... (menor), quanto menor... (maior), quanto menor... (menor), 
quanto mais...(mais), quanto mais... (menos), quanto menos... (mais), 
quanto menos... (menos). 
 
 À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. 
 
9) TEMPO 
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam 
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, 
podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou 
posterioridade. 
 
Principais Conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e 
locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, 
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. 
 
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. 
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. 
Mal você saiu, ela chegou. 
 
CUIDADO COM AS REDUZIDAS! 
 
Terminada a festa, todos se retiraram. (particípio) 
Ao chegar em casa, ligue-me. (infinitivo) 
 
5 - SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES 
(DECORE, PELO AMOR DE DEUS!) 
 
Peguei o livro DO professor com o compromisso de devolvê-lo amanhã - Posse 
 
As esculturas DE cerâmica fizeram o maior sucesso durante a exposição - Matéria 
 
Estudar COM os amigos é muito mais proveitoso - Companhia 
 
O conhecimento é a chave PARA o sucesso - Finalidade 
 
Falamos SOBRE Machado de Assis durante a apresentação do seminário - Assunto 
 
O garoto se feriu COM a faca - Instrumento 
 
Aguardávamos COM ansiedade o resultado do concurso - Modo 
 
O cachorro morreu DE uma epidemia desconhecida - Causa 
 
A plateia protestou CONTRA o alto preço da mensalidade - Oposição 
 
O orientador estipulou um prazo DE vinte dias para a entrega da tese de dissertação - 
Tempo 
 
Conheci uns amigos DE Fortaleza – Origem 
 
 
56 
 
PREPOSIÇÃO A 
 
CONDIÇÃO: A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado; 
FIM: João estudou A passar no concurso. 
LUGAR: Estávamos Ao portão do curso. 
TEMPO: Ao encontrar a solução, fiquei aliviado. 
MODO: Falar Aos berros. 
 
PREPOSIÇÃO COM (principalmente com valor de CAUSA) 
 
CAUSA – Os japoneses ficaram aflitos COM o Tsunami. 
INSTRUMENTO – Lavei a roupa COM sabão de coco. 
TEMPO – COM seis meses deuso, as peças começaram a ficar ruins. 
MEIO – Fui COM minha moto para os lugares mais remotos do Brasil. 
 
A PREPOSIÇÃO DE (principalmente com valor de CAUSA e de POSSE) 
 
MODO – Os espertos vão saindo DE fininho. 
LUGAR – DE longe nada se via. 
TEMPO – A reunião aconteceu DE manhã. 
CAUSA – As frutas caíram do pé DE podre. 
NEGAÇÃO – Não quisera regressar DE jeito algum. 
POSSE – Ela bebeu com o dinheiro DE Maria. 
 
A PREPOSIÇÃO ATÉ (QUESTÃO DE PROVA) 
 
LIMITE DE LUGAR – Segui você até o final da rua. 
LIMITE DE TEMPO – Esperei até ontem. 
LIMITE NUMÉRICO – O produto custará até três vezes mais. 
 
A PREPOSIÇÃO ENTRE 
 
LUGAR – A moto estava entre os dois carros no trânsito. 
TEMPO – Entre 1979 e 1985, foram vendidas três mil peças. 
QUANTIDADE – O preço vai girar entre oito a dez dólares. 
COMPANHIA – Vivia entre os mais pobres. 
 
6 - OS ADVÉRBIOS 
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou 
outro advérbio. SÃO INVARIÁVEIS! 
 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, 
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, 
aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, 
nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, 
externamente, a distância, à distância de, de longe, de 
perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, 
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, 
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, 
jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, 
constantemente, entrementes, imediatamente, 
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às 
vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em 
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de 
tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 
 
57 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, 
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, 
à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, 
desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, 
lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que 
terminam em "-mente": calmamente, tristemente, 
propositadamente, pacientemente, amorosamente, 
docemente, escandalosamente, bondosamente, 
generosamente. 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, 
efetivamente, certo, decididamente, deveras, 
indubitavelmente. 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de 
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. 
 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, 
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, 
quem sabe. 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, 
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de 
todo, de muito, por completo, extremamente, 
intensamente, grandemente, bem (quando 
aplicado a propriedades graduáveis). 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, 
somente, simplesmente, só, unicamente. Por 
exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das 
árvores. 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, 
também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece 
durante a adolescência. 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por 
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos 
meus amigos por comparecerem à festa. 
 
 
DICAS#CASCAS! 
 
A) Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao 
advérbio o mais ou o menos. 
 
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. 
Voltarei o menos tarde possível. 
 
B) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos 
apenas o último: 
 
O aluno respondeu calma e respeitosamente. 
 
 
C) Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido. 
Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer como advérbio e 
como pronome indefinido. 
 
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre 
flexões. 
 
 
58 
Eu corri muito. 
 
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. 
 
Eu corri muitos quilômetros. 
 
7 - AS EXPRESSÕES DENOTATIVAS 
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exemplo), 
assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomenclatura 
Gramatical Brasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático, são 
expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do ponto de vista 
morfológico, são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes 
gramaticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no 
contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da 
ideia que expressam: 
 
Adição: ainda, além disso, etc. 
Comeu tudo e ainda repetiu. 
 
Afastamento: embora 
Foi embora daqui. 
 
Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente 
Ainda bem que passei de ano 
 
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc. 
Ela quase revelou o segredo. 
 
Designação: eis 
Eis nosso carro novo. 
 
Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, 
sequer, apenas, etc. 
Não me descontou sequer um real. 
 
Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc. 
Li vários livros, a saber, os clássicos. 
 
Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc. 
Eu também vou viajar. 
 
Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. 
Só ele veio à festa. 
 
Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc. 
E você lá sabe essa questão? 
 
Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. 
Somos três, ou melhor, quatro. 
 
Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. 
Mas quem foi que fez isso? 
 
 
 
 
 
59 
8 – VOZES DO VERBO 
A voz verbal transmite se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação 
expressa pelo verbo. As três vozes verbais existentes no português são a voz 
ativa, a voz passiva e a voz reflexiva. 
1 – REESCRITURA DE SENTENÇA (VOZ PASSIVA SINTÉTICA = VOZ PASSIVA 
ANALÍTICA / MANTÉM O MESMO SENTIDO!) VEJA: 
 
Aluga-se apartamento Apartamento é alugado. (mesmo 
sentido) 
 
O garoto se feriu. O garoto foi ferido. (não possui o mesmo 
sentido) 
 
 (sentido reflexivo) (sentido passivo) 
 
2 – ClASSIFICAÇÃO DA PALAVRA SE (pronome apassivador; pronome 
reflexivo; pronome recíproco). VEJA: 
 
2.1 – PRONOME APASSIVADOR: 
 
Vende-se casa. 
 
 
2.2 – PRONOME REFLEXIVO (SE = A SI MESMO) 
 
O garoto se feriu. (O garoto feriu a si mesmo) 
 
 
2.3 – PRONOME RECÍPROCO (SE= UM COM OUTRO / UM AO OUTRO) 
 
 
Os jogadores se ofenderam. (um ao outro) 
 
2.3 - Voz ativa 
O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou 
seja, quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal. 
 
Mariana leu o livro. 
A avó fez o almoço. 
O professor corrigiu as provas dos alunos. 
 
Voz passiva (SUA PROVA ESTÁ AQUI!) 
O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, 
ou seja, quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente 
da passiva. 
 
O livro foi lido por Mariana. 
Leu-se o livro. 
O almoço foi feito pela avó. 
Fez-se o almoço. 
As provas dos alunos foram corrigidas pelo professor. 
Corrigiram-se as provas. 
 
Existem dois processos distintos de formação da voz passiva: o analítico e o 
sintético. 
 
2.3.1 - Voz passiva analítica 
É formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio 
 
60 
de um verbo transitivo, seguindo quase sempre a estrutura: sujeito paciente 
+ verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva. 
 
A dança foi coreografada por ela. 
As capas dos cadernos foram enfeitadas pelas crianças. 
Os pacientes serão atendidos pelo médico logo que possível. 
 
2.3.2 - Voz reflexiva 
O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo 
tempo agente e paciente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical 
pratica e sofre a ação verbal. É formada por um verbo na voz ativa mais um 
pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se), atuando como objeto. 
A voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, quando há doissujeitos que 
praticam a ação um no outro. 
O cozinheiro feriu-se com a faca. 
DICA#CASCA! 
Para saber se a palavra Se é reflexiva, basta trocá-la por A SI MESMO. Veja: 
O garoto feriu-SE com a faca = feriu A SI MESMO com a faca. (pronome 
reflexivo) 
2.3.2 – Voz reflexiva recíproca 
A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo reflexivo 
indica reciprocidade, ou seja, quando 
dois ou mais sujeitos praticam a ação, ao 
mesmo tempo que também são pacientes. 
Maria e João amam-se. 
Os jogadores ofenderam-se. 
Os carros chocaram-se. 
 
DICAS #CASCAS! 
 
A) Para saber se a palavra Se é recíproca, basta trocá-la por UM COM OUTRO / UM 
AO OUTRO. Veja: 
 
Maria e João amam-se. = Maria e João amam UM AO OUTRO. (pronome reflexivo 
recíproco) 
 DECORE, PELO AMOR DE DEUS! 
 
A TABELA PODEROSA DO “SE” 
1.V.T.I + SE + PREPOSIÇÃO = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO 
SUJEITO / 
Trata-se de propostas duvidosas. 
2.V.I + SE = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO / Vive-
se bem em aptos. 
3.V.L + SE = SUJEITO INDETERMINADO / ÍNDICE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO / Fica-se 
nervoso 
em audiências. 
4.SE = A SI MESMO / PRONOME REFLEXIVO / O garoto feriu-se. 
5.SE = UM AO OUTRO; UM COM OUTRO / PRONOME REFLEXIVO RECÍPROCO / ÍNDICE DE 
RECIPROCIDADE / Pai e filho amam-se incondicionalmente. 
 
 
61 
 
 
 
9 – REESCRITURA DE SENTENÇA (PRINCIPAIS CASOS) 
 
9.1 – MUDANÇA DE POSIÇÃO DE VOCÁBULOS 
 
A) Qualquer homem merece respeito. 
 Ricardo é um homem qualquer. (houve mudança de sentido!) 
 
B) Fábio Lucas é um alto funcionário. 
 Fábio Lucas é um funcionário alto. (houve mudança de sentido!) 
 
9.2 – LOCUÇÕES ADJETIVAS 
 
Ele tem olhos de águia. 
Ele tem olhos aquilinos. 
 
9.3 – LOCUÇÕES VERBAIS 
 
A) FORMA SIMPLES DO PRESENTE INDICATIVO = LOCUÇÃO VERBAL (MESMO 
SENTIDO) 
 
Ele estuda muito para a prova. (forma simples) 
Ele vem estudando muito para a prova. (locução verbal) 
Ele tem estudado muito para a prova. (locução verbal) 
 
B) FORMA SIMPLES DO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO = LOCUÇÃO VERBAL (MESMO 
SENTIDO) 
 
Eu estudara muito para a prova. (forma simples) 
Eu tinha estudado muito para a prova.(locução verbal) 
 
C) ADVÉRBIO DE FINALIDADE 
 
Ele estuda a fim de passar no concurso. 
Ele estuda para passar no concurso. 
 
D) LOCUÇÕES CONJUNTIVAS (ESTUDE AS SUBORDINADAS ADVERBIAIS) 
 
Ainda que chova, irei à praia. 
Mesmo que chova, irei à praia. 
 
E) TRANSFORMAÇÃO DE ORAÇÃO REDUZIDA EM DESENVOLVIDA E VICE-
VERSA 
 
E.1) REDUZIDAS DE GERÚNDIO PARA DESENVOLVIDAS 
SENTIDO ADITIVO 
Pagou a conta, quitando a dívida. 
Pagou a conta e quitou a dívida. 
 
SENTIDO DE CAUSA 
 
Acreditanto nas palavras do amigo, estudou para a prova. 
Já que acreditava nas palavras do amigo, estudou para a prova. 
 
SENTIDO DE TEMPO 
 
62 
 
Chegando à casa dos seus pais, ligue-me. 
Quando chegar à casa dos seus pais, ligue-me. 
 
E.2) REDUZIDAS DE INFINITIVO PARA DESENVOLVIDAS 
 
SUBJETIVA (SUJEITO ORACIONAL) 
 
É preciso amar a pessoa idosa. 
É preciso que se ame a pessoa idosa. 
 
VALOR ADJETIVO 
 
Leonardo não é homem de fazer grosserias. 
Leonardo não é homem que faz grosserias. 
 
VALOR DE TEMPO 
 
Ao chegar à casa dos seus pais, ligue-me. 
Quando chegar à casa dos seus pais, ligue-me. 
 
NOTA: ESTUDE OS CASOS APRESENTADOS NAS LIÇÕES ANTERIORES: 
 
pronome relativo; 
oração adjetiva (forma reduzida/desenvolvida); 
oração adverbial; 
crase e paralelismo. 
 
 
63 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE II 
 PONTUAÇÃO 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
1 - PONTUAÇÃO 
 
1.1 - VÍRGULA 
 
ENTENDA A LÓGICA! 
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares 
indissociáveis: 
 
SUJEITO + VERBO; VERBO + COMPLEMENTO. 
 
A primeira regra de ouro do uso da vírgula é: não se separam esses 
elementos com vírgula. VEJA: 
 
O professor devolveu as provas corrigidas 
 
O professor = sujeito 
devolveu = verbo 
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu" 
 
Quando algo "se intromete" nessa estrutura, a vírgula será usada: 
 
O professor, durante a aula, devolveu, em silêncio, as provas corrigidas. 
 
O professor = sujeito 
durante a aula = adjunto adverbial de tempo 
devolveu = verbo 
em silêncio = adjunto adverbial 
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu" 
 
1.1.2 – USE A VÍRGULA PARA: 
 
A) Separar o aposto (termo explicativo): 
 
Recife, a Veneza brasileira, se desenvolveu muito nos últimos anos. 
 
B) Isolar vocativo (termo que chama a atenção): 
 
Marcos, estamos a sua espera! 
Estamos, Marcos, a sua espera! 
Estamos a sua espera, Marcos! 
 
C) Isolar expressões que indicam circunstâncias variadas como tempo, lugar, 
modo, companhia, entre outras (adjuntos adverbiais invertidos ou 
intercalados na oração): 
 
Todos, em meio à festa, se puseram a fazer brindes aos convidados. 
Durante muitos anos, fiz trabalho voluntário. Isso foi muito gratificante! 
 
D) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo: 
 
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas. 
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade. 
 
E) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a 
meu ver, ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o 
que se está dizendo: 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/202/dempre-devo-usar-virgula-antes-da-palavra-mas
 
65 
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes. 
Voltaremos a nos falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta. 
 
F) Separar termos coordenados (uma lista, por exemplo): 
 
Amor, fortuna, ciência. Apenas isso não traz felicidade. 
Durante a juventude viveu no Brasil, na França, na Itália. 
Saiu de casa, fechou a porta e foi-se, para sempre, daquele lugar. 
 
1.1.3 – NÃO USE A VÍRGULA PARA: 
 
A) Para separar sujeito e predicado 
O tapete persa (sujeito) nos serviu de cama durante muitos anos (predicado). 
 
2) Entre verbo e complemento 
 
O presidente mudou (verbo) os planos de viagem (complemento do verbo). 
O homem deve obedecer (verbo) a princípios éticos (complemento do verbo). 
 
 
ESQUEMA / NÃO SE USA VÍRGULA! 
 
 ESTRTURA DA ORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERMOS ESSENCIAS TERMOS INTEGRANTES 
 
 Sujeito / Predicado Objeto direto (João bebe água) 
 Objeto indireto (João precisa de água) 
 Complemento nominal (João tem medo do escuro) 
 Agente da passiva (João foi ferido por um animal) 
 
CUIDADO! (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
A correção dos testes, a professora ainda não a fez. (a vírgula separa um elemento 
pleonástico que vem antes do verbo); 
 
O papagaio, que é um animal barulhento, incomoda toda a gente. (a vírgula isola 
orações subordinadas adjetivas) 
 
Eu quero ser bailarina; meu irmão, escritor. (supressão do verbo) 
 
uso da vírgula é facultativo no início ou meio da oração, quando o adjunto 
adverbial for apenas um advérbio: 
 
O Ontem, fomos ao cinema ver um filme de comédia. 
Ontem fomos ao cinema ver um filme de comédia. 
 
A vírgula pode ser usada antes da conjunção e quando houver sujeitos 
distintos, repetição enfática do e ou quando a conjunção e transmite um valor 
 SUJEITO VERBO 
COMPLEMENTO 
DO VERBO 
 
66 
diferente de uma adição: 
 
Eu fique esperando, e ele continuou trabalhando. (sujeitos distintos) 
Quero conhecer o mundo: o Brasil, e a Alemanha, e a Austrália, e a África do Sul,... 
(repetição enfática) 
Ele estudou todos os dias, e mesmo assim reprovou no teste. (valor diferente de 
adição) 
 
1.1.2 –DOIS-PONTOS 
 
Os dois-pontos são utilizados antes: 
do discurso direto; 
de uma enumeração; 
de uma citação; 
de uma explicação, resumo, esclarecimento, causa ou consequência; 
de informações importantes como observações, notas e exemplos; 
de orações apositivas; 
do vocativo inicial de comunicações. 
É um sinal de pontuação usado para marcar uma pequena pausa numa frase 
que ainda não se encontra concluída. 
 
A) Dois-pontos na introdução do discurso direto: 
Paulo se esticou o mais que pode e berrou: 
— Já chega! 
 
B) Dois-pontos na introdução de uma enumeração: 
Foram escolhidas cinco cores diferentes: verde, azul, vermelho, laranja e lilás. 
 
C) Dois-pontos na introdução de uma citação: 
Descartes disse: “Penso, logo existo”. 
 
D) Dois-pontos na introdução de uma explicação, resumo, esclarecimento, 
causa ou consequência: 
Concluindo: será necessária a colaboração de todos, sem faltas. 
 
E) Dois-pontos na introdução de palavras que indicam observações, notas, 
exemplos, informações importantes,… 
Dica: não se usa crase antes de palavras no masculino. 
 
F) Dois-pontos na introdução de orações apositivas: 
Decidi abrir o jogo: já não consigo mais guardar este segredo. 
 
1.1.3 – ASPAS 
 
A) Enfatizar Discursos: para enfatizar palavras ou expressões, utiliza-se as aspas, 
por exemplo: Que “Deus” é esse? Outro caso da utilização das aspas é quando o locutor 
pretende ironizar algo, por exemplo: Após encontrar o vaso quebrado, minha mãe 
disse: Muito “bonito” o que você fez. 
B) Citações Diretas: empregada para citar algum discurso proferido pelo próprio 
autor, utiliza-se as aspas antes e após o discurso: Segundo o Presidente da República: 
“Iremos combater a crise”. (Note que as aspas vem identificar as palavras proferidas 
pelo presidente. Quando as citações diretas são escritas por meio digital, podemos 
acrescentar o itálico. 
C) Estrangeirismo: o estrangeirismo (também chamado de neologismo estrangeiro) 
é o uso muito frequente de palavras estrangeiras que, por vezes, são acrescidas ao 
dicionário dependendo do uso, por exemplo, show, chat, web, dentre outros. 
Geralmente quando usamos palavras estrangeiras no texto devemos colocar as aspas 
ou quando digitamos no computador, o itálico. Exemplo: Esperamos o “feedback” da 
https://www.todamateria.com.br/estrangeirismo/
 
67 
professora. 
D) Neologismo: quando uma palavra é criada dentro de um texto, por exemplo, um 
conceito novo, ela aparece entre aspas, com o intuito de demostrar que aquele termo 
foi criado, sendo, portanto, um vocábulo que ainda é inexistente nos dicionários. 
Exemplo: Essa noite vamos “caetanear” muito no show de Caetano Veloso. 
E) Gírias: quando na produção textual são empregadas as expressões populares, 
denominadas de gírias, utiliza-se as aspas, por exemplo: A Cibele disse que “não rolou” 
as vendas de bilhetes. A expressão destacada significa na linguagem denotativa que 
não aconteceu. 
F) Citar Obras: Quando queremos citar no texto o nome de uma obra, artigo, 
dissertações, teses, capítulos de livro, filmes, dentre outros, devemos utilizar as aspas 
(e ainda, o itálico), por exemplo: A “Gioconda” é a obra mais famosa de Leonardo Da 
Vinci; O autor relata em seu artigo intitulado “Memórias de um Soldado”, sua vida 
durante a guerra. 
 
DICA#CASCA! 
O ponto final antes do fechamento das aspas, quando a frase está completa: 
“Sabemos que procuramos na vida a felicidade.” 
O ponto final depois do fechamento das aspas quando o discurso não está 
completo: “Sabemos que procuramos na vida a felicidade (...)”. 
Além disso, as vírgulas não são colocadas dentro das aspas, por exemplo: “O 
discurso do Presidente”, Lula da Silva, enfatizou o tema do desenvolvimento 
sustentável. 
 
1.1.4 – PONTO E VÍRGULA 
 
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. 
Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas 
capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes 
casos: 
 
A) Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que 
guardem relação entre si. 
 
O rio está poluído; os peixes estão mortos. 
 
B) Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já 
possui elementos separados por vírgula. 
 
O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, 
contra. 
 
C) Para separar itens de uma enumeração. 
 
No parque de diversões, as crianças encontram: 
brinquedos; 
balões; 
pipoca. 
 
D) Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, 
todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula. 
 
Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã. 
 
E) Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção 
aparecer no meio da oração. 
 
https://www.todamateria.com.br/neologismo/
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-giria/
 
68 
Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas 
alguns. 
 
2 - ACENTUAÇÃO 
 
OXÍTONAS: a última sílaba é a tônica (chaminé); 
PAROXÍTONAS: a penúltima sílaba é a tônica (mesa); 
PROPAROXÍTNAS: a antepenúltima sílaba é a tônica (lâmpada). 
 
2.1 OXÍTONAS 
Acentuam-se as oxítonas terminadas em: 
A(s) – maracujá, Paraná; 
E(s) – café, dendê. 
O(s) – filó, rococó; 
EM / ENS: Belém, parabéns. 
 
CUIDADO! 
Também acentuamos os MONOSSÍLABOS TÔNICOS terminados em A(S) - E(S) – 
O(S): chá, pó, pé. E as FORMAS VERBAIS terminadas em A – E – O tônico, seguidas 
de LA(S) – LO(S): apaziguá-las, amá-los, vencê-lo. 
 
2.2 - PAROXÍTONAS 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: 
Ã(s), ão(s): órfã, órfão. 
I(s), us: táxi, bônus. 
Um, uns: álbum, médiuns. 
R: açúcar. 
X: clímax. 
N:pólen. 
L: fácil. 
Ps: bíceps. 
Ditongos orais (junção de duas vogais orais): mágoa, família, dicionário. 
 
DICA#CASCA: não acentuamos os prefixos paroxítonos terminados em “i” ou 
“r”: SEMIDEUS, INTERLOCUTOR. 
 
2.3 - ACENTUAÇÃO DAS PROPAROXÍTONAS 
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. 
 
árvore, mármore, pedagógico, ouvíssemos, pêssego. 
 
2.3 - ACENTUAÇÃO DAS PROPAROXÍTONAS 
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. 
 
árvore, mármore, pedagógico, ouvíssemos, pêssego. 
 
2.4- REGRAS ESPECIAIS 
 
2.4.1 - As oxítonas e monossílabas recebem acento agudo nos ditongos de 
pronuncia ABERTA: ÉU – ÉI – ÓI 
 troféu – anéis, herói. 
 
2.4.2 - Não recebem mais acento agudo as paroxítonas com ditongos abertos 
ÉI e ÓI, desde o acordo ortográfico de 1990. 
 
 ideia – assembleia – heroico. 
 
 
69 
2.4.3 - Nas paroxítonas acentuam-se as vogais I e U tônicas dos hiatos, 
quando ficam sozinhas na sílaba ou são seguidas da letra s: saída, Luíza, saúde, 
balaústre. 
 
2.4.4 - Acentuam-se os verbos TER e VIR, e todos os seus derivados (DETER, 
MANTER ,INTERVIR, SOBREVIR etc). Na terceira pessoa do plural no presente 
do indicativo: eles vêm, eles têm, eles detém, eles mantêm, eles sobrevêm. 
 
DICAS#CASCAS! 
 
A) Fica abolido o acento circunflexo na terceira pessoa do plural dos verbos 
CRER –DAR – LER – VER. 
 creem – deem – leem – veem. 
 
B) As duas únicas palavras que permanecem com o acento diferencia são PÔDE 
(pretérito perfeito) e PODE (presente do indicativo); PÔR (verbo) e POR 
(preposição). 
 
C) É FACULTATIVO o uso do acento diferencial em: FÔRMA (substantivo), 
FORMA (substantivo ou verbo). 
 
 
D) QUANDO HAVERÁ ACENTO NO HIATO? 
 
Haverá acento no segundo elemento do hiato apenas quando se verificarem 
simultaneamente quatro condições: 
 
1.o segundo elemento do hiato for “i” ou “u”; 
2.a tônica da palavra incidir sobre essas vogais; 
3.essas vogais estiverem sozinhas na sílaba ou acompanhada de “s”; 
4.essas vogais não forem seguidas de “nh”. 
 
 
Exemplos do Acordo Ortográfico: adaís (plural de adail), aí, atraí (de atrair), baú, 
caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de 
atrair), atraísse (de atrair), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, 
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso,raízes, recaída, ruína, saída, 
sanduíche. 
 
Veja outros exemplos e observe o preenchimento das 4 condições: 
 
1.o segundo elemento do hiato for “i” ou “u”; 
2.a tônica da palavra incidir sobre essas vogais; 
3.essas vogais estiverem sozinhas na sílaba ou acompanhada de “s”; 
4.essas vogais não forem seguidas de “nh”. 
 
 
Exemplos do Acordo Ortográfico: adaís (plural de adail), aí, atraí (de atrair), baú, 
caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de 
atrair), atraísse (de atrair), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, 
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, 
sanduíche. 
 
Veja outros exemplos e observe o preenchimento das 4 condições: 
sa-ú-va; 
cu-í-ca; 
ru-í-do; 
(eu)ca-í; 
 
70 
sa-ú-de; 
e-go-ís-ta; 
ca-su-ís-mo. 
 
Observação 1: 
 
A não ocorrência de qualquer uma das quatro condições citadas determinará 
a não existência de acento no hiato. 
É o que se verifica, por exemplo, em: 
 
1.ca-o-lho, hi-gi-e-ne, le-vi-a-no: o segundo elemento não é nem “i” nem “u”; 
2.pro-i-bi-ção, des-tru-i-ção, re-u-ni-ão: a tônica da palavra não recai no 
segundo elemento do hiato; 
3.sa-ir-mos, ru-im, o-ri-um-do, con-tri-bu-in-te, in-clu-ir, ju-iz, ca-iu, pa-ul: o hiato 
não está sozinho na sílaba; 
4.ra-i-nha, cam-pa-i-nha, ta-i-nha, mo-i-nho: o segundo elemento do hiato é 
seguido de “nh”. 
 
Observação 2: 
 
O acento do hiato se mantém mesmo nas formas verbais com pronomes 
enclíticos ou mesoclíticos. (QUESTÃO DE PROVA!) 
 
Exemplos do Acordo Ortográfico: atraí-lo(s), atraí-lo(s)-ia, possuí-la(s), possuí-
la(s)-ia. 
 
Outros exemplos: destruí-lo, destruí-lo-emos, distraí-lo, poluí-la, retribuí-lhe, 
excluí-lo(s)-íamos, extraí-lo(s)-emos. 
 
Observação 3: 
 
O acento no hiato tem por objetivo assinalar que o “i” ou “u” não forma 
ditongo com a vogal anterior.Como, porém, não existe ditongo “ii”, 
escrevem-se sem acento palavras como xiita, xiismo, mandriice. 
 
Observação 4: 
 
O acento em cheiíssimo, feiíssimo, seriíssimo não assinala o hiato, mas a sílaba 
tônica dessas palavras, por serem proparoxítonas. 
 
 
 
 
 
71 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE III: OFICINA DE LEITURA 
 
 
 
 INTERTPRETAÇÃO TEXTUAL; 
 COMPREENSÃO TEXTUAL; 
 GÊNEROS TEXTUAIS; 
 TIPOLOGIA TEXTUAL; 
 REFERÊNCIA TEXUTAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
1 - INTERPRETAR x COMPREENDER 
 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, 
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao 
afirmar que... 
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, 
ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou 
ERRADA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
2 - TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS 
 
2.1 – TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
 Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como 
vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc. 
 
 São eles: narração, argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposição 
(que é o texto informativo). 
 
A) Narração 
Um tipo textual muito conhecido é a narração que geralmente é apresentada em 
formato de livros e histórias que contam o que, onde, como, quando e quem. A 
narração deve ser uma história que envolve personagens e acontecimentos, além do 
clímax. O espaço, o tempo e o enredo fazem parte da estrutura. 
B) Descrição 
Já a descrição pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero), 
afinal, ela serve para situar o leitor, fazendo-o imaginar a cena que está sendo 
retratada. Geralmente, ela acompanha muito a narração, para descrever o lugar, os 
personagens. Na descrição, há recursos extras que podem melhorar a qualidade do 
texto: 
Enumeração: é quando você descrever a ação em ordem, como se fosse retratar uma 
ação em movimento, por exemplo, para que o leitor compreenda o processo. 
Comparação: na descrição é possível fazer comparações para permitir que o leitor 
faça associações e compreenda o que queremos dizer. É um recurso muito valioso, 
visto que podemos comparar situações e facilitar a interpretação de texto. 
Os cinco sentidos: é muito comum usar esse recurso no momento de descrever 
alguma ação, personagem. Podemos utilizar o olfato, tato, paladar, visão e audição 
para que o leitor visualize e sinta as palavras, imaginando perfeitamente. Você pode 
descrever um prato de comida, por exemplo, caracterizando-o pelo cheiro e pelo 
paladar. 
Quem descreve pode ser tanto objetivo quanto subjetivo, ou seja, pode decidir se suas 
opiniões ficarão de fora ou não. Assim, o texto pode se tornar imparcial ou íntimo, 
dependendo do objetivo. E em um texto descritivo há muita utilização de três classes 
gramaticais, os adjetivos, substantivos e locuções adjetivas, além de verbos no 
passado e no presente. 
A descrição é apresentada em 3 estruturas: introdução (o que será descrito), 
desenvolvimento (caracterização) e conclusão (finalização). 
C) Dissertação 
A dissertação é um tipo de texto muito conhecido, principalmente em vestibulares. O 
objetivo da dissertação é debater e expor um tema com argumentos fortes, 
apresentando a sua opinião de forma clara. É permitido que você exponha seu ponto 
de vista. Na dissertação você deve conhecer o assunto, de modo que o texto fique claro 
e que aparenta autoridade sobre o tema. 
 
73 
 
A estrutura da dissertação é dividida em três: introdução, desenvolvimento e 
conclusão. Na introdução, deve-se apresentar o tema; no desenvolvimento, deve-se 
apresentar argumentos que vão de encontro ao seu ponto de vista sobre o assunto, 
guiando o leitor; e na conclusão, deve ser retomado o tema para finaliza-lo ou concluir 
sobre o assunto. 
D) Exposição 
O texto expositivo é aquele totalmente imparcial e neutro, que serve apenas para 
informar e não trazer a opinião do autor. É apenas uma exposição sobre o assunto que 
será retratado. Um exemplo claro são as notícias vinculadas no jornal. Não deve ter 
interferência nenhuma da opinião do autor e o objetivo é explicar. 
E) Injunção 
Já a tipologia textual da injunção diz respeito a instruções. Isso quer dizer que são 
textos que nos guiam e nos instruem para completar uma tarefa, seja por meio de um 
manual ou uma receita, por exemplo. Há duas formas: o instrucional, que é apenas 
uma sugestão de como você pode fazer tal coisa; e a prescrição, que enaltece uma 
norma, uma regra, como no caso da bula de remédios ou uma receita. 
 
2.2 – GÊNEROS TEXTUAIS 
 
 Possuem função comunicativa e estão inseridos em um contexto cultural. 
 
 Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de 
acordo com o estilo do autor, conteúdo, composição e função. 
 
 
 São infinitos os exemplos de gêneros: receita culinária, blog, e-mail, lista de 
compras, bula de remédios, telefonema, carta comercial, carta argumentativa 
etc. 
 
Cada gênero textual possui seu próprio estilo e estrutura, possibilitando, assim, que 
nós o identifiquemos através de suas características. Vejamos alguns exemplos: 
Carta: se caracteriza por ter um destinatário e um remetente específicos, pode ser 
uma carta pessoal, ou uma carta institucional, pode ser ainda uma carta ao leitor, ou 
uma carta aberta. Dependendo de qual seja seu OBJETIVO, ela adquirirá diferentes 
estilos de escrita, poderá ser dissertativa, narrativa ou descritiva. A estrutura formal 
da carta é também uma característica marcante, pois é fixa, apresentando 
primeiramente a saudação, em seguida o corpo da carta e por último a despedida. 
Propaganda: este gênero costuma aparecer bastante na forma oral, mas também 
pode ser escrito. Possui como característica marcante a linguagem argumentativa e 
expositiva, podendo também haver pequenas descrições.O objetivo é sempre o 
mesmo: divulgar o produto/serviço e influenciar a opinião do leitor para que ele 
“compre” a ideia. O texto é claro e objetivo, e as mensagens costumam despertar 
sentimentos, emoções e sensações no leitor: calma, tranquilidade, emoção, adrenalina, 
calor, frio, inquietação. Outro elemento importante é o uso das imagens. 
Receita: é um texto instrucional permeado de descrições. O objetivo é instruir o leitor 
para preparar algo, geralmente uma comida. A estrutura também é fixa, apresentando 
na sequência: os ingredientes, o modo de preparo e o rendimento da receita. Quanto 
à linguagem, utiliza verbos no imperativo, pois a partir da ordem, o leitor tenderá a 
seguir corretamente as instruções para adquirir bom êxito. 
Outros exemplos de textos instrucionais são a bula de remédio e o manual de 
instruções. 
 
74 
 
Notícia: este é um dentre os diversos gêneros jornalísticos, e pode ser facilmente 
identificado. Possui como característica a linguagem narrativa e descritiva, e seu 
objetivo é informar um fato ocorrido. Outra característica marcante é a presença de 
elementos como: o tempo, o lugar e as personagens envolvidas no fato. 
Há outros gêneros essencialmente jornalísticos como a Reportagem e a Entrevista. 
3 – REFERÊNCIA TEXTUAL (O QUE MAIS CAI NA PROVA!) 
 
São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência 
dependente com um termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e 
do latim “anaphora”. Designa-se ANÁFORA o termo ou expressão que, em um texto 
ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico 
retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo 
dependemos do termo antecedente. 
Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA: 
João está doente. Vi-o na semana passada. 
Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. 
Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério 
 
PRINICPAIS PRONOMES ANAFÓRICOS: 
 
RETOS: ELE, ELA / Ricardo chegou. Ele é o professor. 
 
OBLÍQUOS: O, A, OS, AS, A ELE, A ELA / Comrei uma cadeira. Deixei-a na casa de 
mamãe. 
 
RELATIVOS: QUE, O QUAL, A QUAL, CUJO, ONDE, EM QUE, etc / Comprei o carro 
que era do meu pai. 
 
DEMONSTRATIVOS: ESSE, ESSA, ESSES, ESSAS, ISSO / Ele não consegue 
entender nada. Isso se deve à falta de atenção. 
 
Os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, 
estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para 
compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz 
referência. 
 
Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA: 
 
A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado. 
(O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode 
compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.) 
 
Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José. 
(Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente 
seguintes “João, Maria e José”.) 
 
Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos 
de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do 
termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas. 
 
Anáfora - termo anterior. retoma por meio de referência um 
Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

Mais conteúdos dessa disciplina